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Prova VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre


ID
2427934
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia a crônica “Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

     Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

     À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

  Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) João Alves Júnior.

  Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometes recompensa tentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida.

(Fala, amendoeira, 2012.)

Na crônica, João Alves é descrito como

Alternativas
Comentários
  • Acho que o dono da besta pagou alguém para escrever o anúncio


ID
2427937
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia a crônica “Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

     Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

     À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

  Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) João Alves Júnior.

  Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometes recompensa tentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida.

(Fala, amendoeira, 2012.)

O humor presente na crônica decorre, entre outros fatores, do fato de o cronista

Alternativas
Comentários
  • esses HUMOR que eu não vejo nenhuma graça....


ID
2427940
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia a crônica “Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

     Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

     À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

  Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) João Alves Júnior.

  Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometes recompensa tentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida.

(Fala, amendoeira, 2012.)

O cronista manifesta um juízo de valor sobre a sua própria época em:

Alternativas
Comentários
  • Juízo de valor é um julgamento feito a partir de percepções individuais, tendo como base fatores culturais, sentimentais, ideologias e pré-conceitos pessoais, normalmente relacionados aos valores morais.

  • O NARRADOR EXPRESSA SUA CRÍTICA AO COMPARAR O ANÚNCIO ANTIGO COM OS ANÚNCIOS DE SUA ÉPOCA. ISSO SE EXPLICA NOS TRÊS ULTIMOS PERÍODOS DO ULTIMO PARÁGRAFO

    Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. 

  • Um juízo de valor é um juízo sobre a correção ou incorreção de algo, ou da utilidade de algo, baseado num ponto de vista pessoal. Como generalização, um juízo de valor pode referir-se a um julgamento baseado num conjunto particular de valores ou num sistema de valores determinado. 


ID
2427943
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia a crônica “Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

     Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

     À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

  Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) João Alves Júnior.

  Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometes recompensa tentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida.

(Fala, amendoeira, 2012.)

“Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó.” (2º parágrafo)
Em relação ao período do qual faz parte, a oração destacada exprime ideia de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

     

    COMENTÁRIO: 

     

    Classificação das orações subordinadas adverbiais

    A) CAUSAL: PORQUE, JÁ QUE, VISTO QUE, UMA VEZ QUE, COMO, PORQUANTO, NA MEDIDA EM QUE...

    Ex.:

    [Transferimos o passeio][na medida em que está chovendo].

    [Como está chovendo], [transferimos o passeio].

     

     

    B) CONSECUTIVA: (TÃO / TAL / TAMANHO / TANTO)...QUE, DE MANEIRA QUE, DE MODO QUE, DE FORMA QUE...

    Ex.:

    [Gritamos tanto] , [que eles acabaram ouvindo].

    [Ela era linda], [de modo que chamava a atenção].

     

    C) COMPARATIVA: (TAL)...QUAL, (TÃO)...COMO, (TANTO)...QUANTO, (TANTO)...COMO..., MAIS QUE, MENOS QUE

    Ex.:

    Envelheçamos [como as árvores fortes envelhecem].

    Aqui ninguém trabalha mais [do que o outro (trabalha)].

     

    D) CONCESSIVA: EMBORA, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS QUE, APESAR DE QUE, POSTO QUE...

    Ex.:

    Fui trabalhar, [por muito que me sentisse doente].

    [Conquanto gritasse], não me ouviam.

     

    E) CONDICIONAL: SE, CASO, SEM QUE (COM O VERBO NO SUBJUNTIVO), CONTANTO QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE...

    Ex.:

    Farei o que pede [desde que você me ajude também].

    [A menos que te esforces], não terás sucesso.

     

    F) CONFORMATIVA: CONFORME, SEGUNDO, COMO, CONSOANTE, DE ACORDO COM...

    Ex.:

    Todos fizeram a tarefa [conforme pediu o chefe].

    Procedemos [como nos ditou a consciência].

     

    G) FINALIDADE: A FIM DE QUE , PARA QUE, COM O OBJETIVO DE, COM O FITO DE...

    Ex.:

    Explicarei de novo, [a fim de que tudo se esclareça].

    Dedique-se mais [para que você obtenha êxito].

     

    H) PROPORCIONAL: À PROPORÇÃO QUE, À MEDIDA QUE, QUANTO MENOS/MAIS ... (MAIS/MENOS)...

    Ex.:

    [À medida que estudo] , [fico mais segura].

    [Quanto mais rezo], mais assombração me aparece.

     

    I) TEMPORAL: QUANDO, ANTES QUE, LOGO QUE, ASSIM QUE, DEPOIS QUE, SEMPRE QUE, MAL...

    Ex.:

    João a ama [desde que a encontrou pela primeira vez].

    [Sempre que precisa de ajuda], Maria liga.

  • Concessivas = Introduzem uma oposição entre duas ideias, Oposição não é forte o suficiente para impedir a outra ação.

    embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que pese, nem que, dado que, sem que (=embora não),não obstante, apesar de.

    Encontramos nossos amigos, mesmo sem os procurar.


ID
2427946
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia a crônica “Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

     Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

     À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

  Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) João Alves Júnior.

  Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometes recompensa tentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida.

(Fala, amendoeira, 2012.)

Está empregado em sentido figurado o termo destacado no seguinte trecho:

Alternativas

ID
2427949
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia a crônica “Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

     Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

     À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

  Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) João Alves Júnior.

  Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometes recompensa tentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida.

(Fala, amendoeira, 2012.)

Em “Contudo, não o afirmas em tom peremptório: ‘tudo me induz a esse cálculo’.” (5º parágrafo), o termo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de sentido para o texto, por:

Alternativas

ID
2427952
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia a crônica “Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

     Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

     À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

  Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) João Alves Júnior.

  Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometes recompensa tentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida.

(Fala, amendoeira, 2012.)

Com base no último parágrafo, a principal qualidade atribuída pelo cronista a João Alves é

Alternativas

ID
2427955
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor português Gil Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que chegam a um braço de mar onde se encontram duas barcas (embarcações): uma destinada ao Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

 Vem um Frade com uma Moça pela mão […]; e ele
mesmo fazendo a baixa1  começou a dançar, dizendo
Frade: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
            Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
            Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha!
Diabo: Que é isso, padre? Quem vai lá?
Frade: Deo gratias2 ! Sou cortesão.
Diabo: Danças também o tordião3 ?
Frade: Por que não? Vê como sei.
Diabo: Pois entrai, eu tangerei4
            e faremos um serão.
            E essa dama, porventura?
Frade: Por minha a tenho eu,
            e sempre a tive de meu.
Diabo: Fizeste bem, que é lindura!
            Não vos punham lá censura
            no vosso convento santo?
Frade: E eles fazem outro tanto!
Diabo: Que preciosa clausura5!
Entrai, padre reverendo!
Frade: Para onde levais gente?
Diabo: Para aquele fogo ardente
            que não temestes vivendo.
Frade: Juro a Deus que não te entendo!
            E este hábito6não me val7?
Diabo: Gentil padre mundanal8
            a Belzebu vos encomendo!
Frade: Corpo de Deus consagrado!
            Pela fé de Jesus Cristo,
            que eu não posso entender isto!
            Eu hei de ser condenado?
            Um padre tão namorado
            e tanto dado à virtude?
            Assim Deus me dê saúde,
            que eu estou maravilhado!
Diabo: Não façamos mais detença9
            embarcai e partiremos;
            tomareis um par de remos.
Frade: Não ficou isso na avença10.
Diabo: Pois dada está já a sentença!
Frade: Por Deus! Essa seria ela?
            Não vai em tal caravela
            minha senhora Florença?
            Como? Por ser namorado
            e folgar c’uma mulher?
            Se há um frade de perder,
            com tanto salmo rezado?!
Diabo: Ora estás bem arranjado!
Frade: Mas estás tu bem servido.
Diabo: Devoto padre e marido,
            haveis de ser cá pingado11

(Auto da Barca do Inferno, 2007.)

 1 baixa: dança popular no século XVI.
2 Deo gratias: graças a Deus.
3 tordião: outra dança popular no século XVI.
4 tanger: fazer soar um instrumento.
5 clausura: convento.
6 hábito: traje religioso.
7 val: vale.
8 mundanal: mundano.
9 detença: demora.
10 avença: acordo.
11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginário popular, processo de tortura que ocorreria no inferno)

No excerto, o escritor satiriza, sobretudo,

Alternativas
Comentários
  • No diálogo entre o Frade e o Diabo, ficam evidentes

    os costumes dissolutos e sensuais não só do Frade, mas

    também dos demais clérigos do convento. Conclui-se,

    portanto, o relaxamento dos costumes do clero, que se

    afastou da espiritualidade, preferindo os prazeres

    mundanos.


ID
2427958
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor português Gil Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que chegam a um braço de mar onde se encontram duas barcas (embarcações): uma destinada ao Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

 Vem um Frade com uma Moça pela mão […]; e ele
mesmo fazendo a baixa1  começou a dançar, dizendo
Frade: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
            Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
            Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha!
Diabo: Que é isso, padre? Quem vai lá?
Frade: Deo gratias2 ! Sou cortesão.
Diabo: Danças também o tordião3 ?
Frade: Por que não? Vê como sei.
Diabo: Pois entrai, eu tangerei4
            e faremos um serão.
            E essa dama, porventura?
Frade: Por minha a tenho eu,
            e sempre a tive de meu.
Diabo: Fizeste bem, que é lindura!
            Não vos punham lá censura
            no vosso convento santo?
Frade: E eles fazem outro tanto!
Diabo: Que preciosa clausura5!
Entrai, padre reverendo!
Frade: Para onde levais gente?
Diabo: Para aquele fogo ardente
            que não temestes vivendo.
Frade: Juro a Deus que não te entendo!
            E este hábito6não me val7?
Diabo: Gentil padre mundanal8
            a Belzebu vos encomendo!
Frade: Corpo de Deus consagrado!
            Pela fé de Jesus Cristo,
            que eu não posso entender isto!
            Eu hei de ser condenado?
            Um padre tão namorado
            e tanto dado à virtude?
            Assim Deus me dê saúde,
            que eu estou maravilhado!
Diabo: Não façamos mais detença9
            embarcai e partiremos;
            tomareis um par de remos.
Frade: Não ficou isso na avença10.
Diabo: Pois dada está já a sentença!
Frade: Por Deus! Essa seria ela?
            Não vai em tal caravela
            minha senhora Florença?
            Como? Por ser namorado
            e folgar c’uma mulher?
            Se há um frade de perder,
            com tanto salmo rezado?!
Diabo: Ora estás bem arranjado!
Frade: Mas estás tu bem servido.
Diabo: Devoto padre e marido,
            haveis de ser cá pingado11

(Auto da Barca do Inferno, 2007.)

 1 baixa: dança popular no século XVI.
2 Deo gratias: graças a Deus.
3 tordião: outra dança popular no século XVI.
4 tanger: fazer soar um instrumento.
5 clausura: convento.
6 hábito: traje religioso.
7 val: vale.
8 mundanal: mundano.
9 detença: demora.
10 avença: acordo.
11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginário popular, processo de tortura que ocorreria no inferno)

No excerto, o traço mais característico do diabo é

Alternativas
Comentários
  • ironia fica evidente na fala do Diabo que, em uma

    frase exclamativa, diz o contrário do que pensa em

    “preciosa clausura”, quando em verdade, depois de

    todas as informações dadas pelo Frade, o Diabo deduz

    que o clero é uma instituição corrompida e promíscua.


ID
2427961
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor português Gil Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que chegam a um braço de mar onde se encontram duas barcas (embarcações): uma destinada ao Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

 Vem um Frade com uma Moça pela mão […]; e ele
mesmo fazendo a baixa1  começou a dançar, dizendo
Frade: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
            Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
            Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha!
Diabo: Que é isso, padre? Quem vai lá?
Frade: Deo gratias2 ! Sou cortesão.
Diabo: Danças também o tordião3 ?
Frade: Por que não? Vê como sei.
Diabo: Pois entrai, eu tangerei4
            e faremos um serão.
            E essa dama, porventura?
Frade: Por minha a tenho eu,
            e sempre a tive de meu.
Diabo: Fizeste bem, que é lindura!
            Não vos punham lá censura
            no vosso convento santo?
Frade: E eles fazem outro tanto!
Diabo: Que preciosa clausura5!
Entrai, padre reverendo!
Frade: Para onde levais gente?
Diabo: Para aquele fogo ardente
            que não temestes vivendo.
Frade: Juro a Deus que não te entendo!
            E este hábito6não me val7?
Diabo: Gentil padre mundanal8
            a Belzebu vos encomendo!
Frade: Corpo de Deus consagrado!
            Pela fé de Jesus Cristo,
            que eu não posso entender isto!
            Eu hei de ser condenado?
            Um padre tão namorado
            e tanto dado à virtude?
            Assim Deus me dê saúde,
            que eu estou maravilhado!
Diabo: Não façamos mais detença9
            embarcai e partiremos;
            tomareis um par de remos.
Frade: Não ficou isso na avença10.
Diabo: Pois dada está já a sentença!
Frade: Por Deus! Essa seria ela?
            Não vai em tal caravela
            minha senhora Florença?
            Como? Por ser namorado
            e folgar c’uma mulher?
            Se há um frade de perder,
            com tanto salmo rezado?!
Diabo: Ora estás bem arranjado!
Frade: Mas estás tu bem servido.
Diabo: Devoto padre e marido,
            haveis de ser cá pingado11

(Auto da Barca do Inferno, 2007.)

 1 baixa: dança popular no século XVI.
2 Deo gratias: graças a Deus.
3 tordião: outra dança popular no século XVI.
4 tanger: fazer soar um instrumento.
5 clausura: convento.
6 hábito: traje religioso.
7 val: vale.
8 mundanal: mundano.
9 detença: demora.
10 avença: acordo.
11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginário popular, processo de tortura que ocorreria no inferno)

Com a fala “E eles fazem outro tanto!”, o frade sugere que seus companheiros de convento

Alternativas
Comentários
  • Nesse diálogo, o Frade evidencia que os religiosos

    desse convento eram tão mundanos quanto ele, eram

    todos ligados aos prazeres terrenos. Esse

    comportamento desvinculado da castidade e da vida

    espiritualizada é equivocado, questionável


ID
2427964
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor português Gil Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que chegam a um braço de mar onde se encontram duas barcas (embarcações): uma destinada ao Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

 Vem um Frade com uma Moça pela mão […]; e ele
mesmo fazendo a baixa1  começou a dançar, dizendo
Frade: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
            Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
            Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha!
Diabo: Que é isso, padre? Quem vai lá?
Frade: Deo gratias2 ! Sou cortesão.
Diabo: Danças também o tordião3 ?
Frade: Por que não? Vê como sei.
Diabo: Pois entrai, eu tangerei4
            e faremos um serão.
            E essa dama, porventura?
Frade: Por minha a tenho eu,
            e sempre a tive de meu.
Diabo: Fizeste bem, que é lindura!
            Não vos punham lá censura
            no vosso convento santo?
Frade: E eles fazem outro tanto!
Diabo: Que preciosa clausura5!
Entrai, padre reverendo!
Frade: Para onde levais gente?
Diabo: Para aquele fogo ardente
            que não temestes vivendo.
Frade: Juro a Deus que não te entendo!
            E este hábito6não me val7?
Diabo: Gentil padre mundanal8
            a Belzebu vos encomendo!
Frade: Corpo de Deus consagrado!
            Pela fé de Jesus Cristo,
            que eu não posso entender isto!
            Eu hei de ser condenado?
            Um padre tão namorado
            e tanto dado à virtude?
            Assim Deus me dê saúde,
            que eu estou maravilhado!
Diabo: Não façamos mais detença9
            embarcai e partiremos;
            tomareis um par de remos.
Frade: Não ficou isso na avença10.
Diabo: Pois dada está já a sentença!
Frade: Por Deus! Essa seria ela?
            Não vai em tal caravela
            minha senhora Florença?
            Como? Por ser namorado
            e folgar c’uma mulher?
            Se há um frade de perder,
            com tanto salmo rezado?!
Diabo: Ora estás bem arranjado!
Frade: Mas estás tu bem servido.
Diabo: Devoto padre e marido,
            haveis de ser cá pingado11

(Auto da Barca do Inferno, 2007.)

 1 baixa: dança popular no século XVI.
2 Deo gratias: graças a Deus.
3 tordião: outra dança popular no século XVI.
4 tanger: fazer soar um instrumento.
5 clausura: convento.
6 hábito: traje religioso.
7 val: vale.
8 mundanal: mundano.
9 detença: demora.
10 avença: acordo.
11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginário popular, processo de tortura que ocorreria no inferno)

Assinale a alternativa cuja máxima está em conformidade com o excerto e com a proposta do teatro de Gil Vicente.

Alternativas
Comentários
  • Em 03/04/2018, às 14:40:50, você respondeu a opção D.Errada!

    Em 08/10/2017, às 10:35:25, você respondeu a opção D.Errada!

    Em 09/07/2017, às 22:00:05, você respondeu a opção D.Errada!

  • No teatro de Gil Vicente e nesse excerto, o humor é o

    meio pelo qual se manifesta a crítica social. Isso fez

    com que ele fosse comparado ao teatrólogo latino

    Plauto, cuja máxima era: ridendo castigat mores

    (rindo, castiga os costumes).


ID
2427967
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o soneto XLVI, de Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), para responder a questão.
Não vês, Lise, brincar esse menino
Com aquela avezinha? Estende o braço,
Deixa-a fugir, mas apertando o laço,
A condena outra vez ao seu destino.

Nessa mesma figura, eu imagino,
Tens minha liberdade, pois ao passo
Que cuido que estou livre do embaraço,
Então me prende mais meu desatino.

Em um contínuo giro o pensamento
Tanto a precipitar-me se encaminha,
Que não vejo onde pare o meu tormento.

Mas fora menos mal esta ânsia minha,
Se me faltasse a mim o entendimento,
Como falta a razão a esta avezinha.

(Domício Proença Filho (org.). A poesia dos inconfidentes, 1996.)

O tom predominante no soneto é de

Alternativas

ID
2427970
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o soneto XLVI, de Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), para responder a questão.
Não vês, Lise, brincar esse menino
Com aquela avezinha? Estende o braço,
Deixa-a fugir, mas apertando o laço,
A condena outra vez ao seu destino.

Nessa mesma figura, eu imagino,
Tens minha liberdade, pois ao passo
Que cuido que estou livre do embaraço,
Então me prende mais meu desatino.

Em um contínuo giro o pensamento
Tanto a precipitar-me se encaminha,
Que não vejo onde pare o meu tormento.

Mas fora menos mal esta ânsia minha,
Se me faltasse a mim o entendimento,
Como falta a razão a esta avezinha.

(Domício Proença Filho (org.). A poesia dos inconfidentes, 1996.)

No soneto, o menino e a avezinha, mencionados na primeira estrofe, são comparados, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • No soneto, a brincadeira do menino se assemelha ao que Lise faz com o eu lírico (avezinha

    presa sentimentalmente aos caprichos do coração de sua amada e musa).


ID
2427973
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  Os parnasianos brasileiros se distinguem dos românticos pela atenuação da subjetividade e do sentimentalismo, pela ausência quase completa de interesse político no contexto da obra e pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
A referida “atenuação da subjetividade e do sentimentalismo” está bem exemplificada na seguinte estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):

Alternativas
Comentários
  • A “atenuação da subjetividade e do sentimentalismo” está expressa na poesia descritiva

    que se ocupa da caracterização de um palácio, de forma objetiva e materialista.


ID
2427976
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder a questão.

    De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
   É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.
   A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?
(Violência urbana, 2003.)

O modo de organização do discurso predominante no excerto é

Alternativas
Comentários
  • Linguagem objetiva, observar a fonte do texto (é um livro que tem como tema a violência urbana).

    No primeiro parágrafo, o recurso que ele emprega é instrucional (verbos no imperativo): instruções de segurança para o dia a dia e a partir disso, ele começa a argumentar sobre o problema da violência: as cidades perdem sua função, sentimento de medo, movimentos retóricos ao final do último parágrafo, tudo isso reforça o ponto de vista do autor.


ID
2427979
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder a questão.

    De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
   É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.
   A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?
(Violência urbana, 2003.)

O trecho “As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe.” (2º parágrafo) foi construído na voz passiva. Ao se adaptar tal trecho para a voz ativa, a locução verbal “foram substituídas” assume a seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

     “As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe.” ===> voz passiva analítica (verbo ser/estar + verbo no particípio), passando para a voz ativa os agentes da passiva (em vermelho) transformam-se em sujeitos da ação.

    ===> O SENTIMENTO E A INSEGURANÇA que o medo impõe SUBSTITUÍRAM as noções de segurança e de vida comunitária.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
2427982
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder a questão.

    De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
   É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.
   A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?
(Violência urbana, 2003.)

As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia de negação são

Alternativas
Comentários
  • Sentido de negação:

    desconhecido => não conhecido

    insegurança => sem segurança

  • GABARITO D)

    Alguns prefixos de negação: in-, im-, i-, des-, dis-, á-, an-.


ID
2427985
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  Trata-se de uma obra híbrida que transita entre a literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica, de base naturalista e evolucionista, à construção literária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão romântica da natureza. Seu autor recorreu a formas de ficção, como a tragédia e a epopeia, para compreender o horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de ultrapassar a sua significação particular.
(Roberto Ventura. “Introdução”. In: Silviano Santiago (org.). Intérpretes do Brasil, vol 1, 2000. Adaptado.)
Tal comentário crítico aplica-se à obra

Alternativas
Comentários
  • Os Sertões é um livro do escritor e jornalista brasileiro Euclides da Cunha, publicado em 1902. É considerado como o primeiro livro-reportagem brasileiro. Trata da Guerra de Canudos, no interior da Bahia. Euclides da Cunha presenciou uma parte da guerra como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo. 

  • Lembre-se que os sertões falam sobre guerra.


ID
2427988
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Carpe diem: Esse conhecido lema, extraído das Odes do poeta latino Horácio (65 a.C.- 8 a.C.), sintetiza expressivamente o seguinte motivo: saber aproveitar tudo o que se apresente de positivo (mesmo que pouco) e transitório.
(Renzo Tosi. Dicionário de sentenças latinas e gregas, 2010. Adaptado.)
Das estrofes extraídas da produção poética de Fernando Pessoa (1888-1935), aquela em que tal motivo se manifesta mais explicitamente é:

Alternativas
Comentários
  • A tópica do carpe diem manifesta-se mais

    explicitamente na ode de Ricardo Reis, o heterônimo

    pessoano cuja poética é de contenção emocional e de

    temática próximas dos ideais da antiguidade clássica,

    retomados ao longo da trajetória literária,

    principalmente a do Arcadismo. O lema de aproveitar

    a vida é mais evidente na exortação presente nos dois

    últimos versos: “Circunda-te de rosas, ama, bebe / E

    Cala. O mais é nada.


ID
2427991
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  O quadro não se presta a uma leitura convencional, no sentido de esmiuçar os detalhes da composição em busca de nuances visuais. Na tela, há apenas formas brutas, essenciais, as quais remetem ao estado natural, primitivo. Os contornos inchados das plantas, os pés agigantados das figuras, o seio que atende ao inexorável apelo da gravidade: tudo é raiz. O embasamento que vem do fundo, do passado, daquilo que vegeta no substrato do ser. As cabecinhas, sem faces, servem apenas de contraponto. Estes não são seres pensantes, produtos da cultura e do refinamento. Tampouco são construídos; antes nascem, brotam como plantas, sorvendo a energia vital do sol de limão. À palheta nacionalista de verde planta, amarelo sol e azul e branco céu, a pintora acrescenta o ocre avermelhado de uma pele que mais parece argila. A mensagem é clara: essa é nossa essência brasileira – sol, terra, vegetação. É isto que somos, em cores vivas e sem a intervenção erudita das fórmulas pictóricas tradicionais.
(Rafael Cardoso. A arte brasileira em 25 quadros, 2008. Adaptado.)
Tal comentário aplica-se à seguinte obra de Tarsila do Amaral (1886-1973):

Alternativas
Comentários
  • O texto de Rafael Cardoso faz referências ao quadro

    Antropofagia. As passagens “contornos inchados das

    plantas”, “o seio que atende ao inexorável apelo da

    gravidade” e, principalmente, “as cabecinhas sem

    face” relacionam-se, inequivocamente, a caracterís -

    ticas presentes nessa tela.


ID
2428024
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os Gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela.
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.)
O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade:

Alternativas
Comentários
  • Apesar de as cidades gregas serem autônomas entre si, havia elementos culturais, como o excerto aponta, que integravam-nas como a arquitetura, a religiosidade e a filosofia.

    (D) a existência de cidades-estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação. 

  • O tema da questão é Antiguidade Ocidental, também conhecida como “antiguidade clássica", sendo consideradas, assim as civilizações grega, romana e macedônica de forma genérica. Há ainda a cultura helenística que, embora resultante da fusão de elementos ocidentais e orientais, é parte da “antiguidade ocidental" ou clássica porquanto fundamento do que entendemos hoje como Civilização Ocidental. Embora não corresponda exatamente ao ocidente geográfico, não sendo tampouco única e indivisível, tal conceito engloba um conjunto significativo de manifestações culturais e valores, muitos dos quais tem sua origem na Antiguidade. E, uns quantos considerados fundamentais para entendermos o que se entende por “civilização grega", uma vez que os gregos antigos viviam em unidades geográfica e politicamente separadas 
    Partindo dessas ideias podemos então analisar as alternativas que se propõem a responder  à questão: a que parte essencial da vida dos gregos antigos se refere o extrato de texto 
    A) ERRADA. Entre os gregos antigos , a vida política – participação na vida pública da polis – era tão importante quanto o desenvolvimento das Artes. Até mesmo porque entre eles havia, como um valor, a fusão dos conceitos de Ética e Estética. Ou seja: o bom e o belo são um só. O bom se reflete no belo e vice versa. A busca da Beleza, através da Arte, é a mesma busca das virtudes do Bem e do Bom .
    B) ERRADA. Exatamente porque as populações eram isoladas, elas não podiam ser militarmente frágeis. A possibilidade de alianças era real, mas, a possibilidade de socorro rápido nem sempre. A geografia da península Balcânica, por ser montanhosa, era, e é, um elemento desfavorável à um deslocamento rápido. Havia, incluso, polis nas quais a vida militar era a espinha dorsal de sua organização tal como Esparta. 
    C) ERRADA. O nascimento da filosofia não só não pode ser articulado somente a este ou aquele momento político como também antecede à tirania ateniense em mais ou menos um século.

    D) CORRETA. As polis eram unidades políticas independentes que tinham em comum elementos culturais que podem ser descritos como “padrões civilizatórios de unificação". Entre eles podemos citar, além do idioma grego, os festivais em homenagem a deuses do panteão comum, sendo as Olimpíadas, em homenagem a Zeus, o que se tornou o maior deles. Paravam-se os conflitos e guerras e nos jogos todos eram helenos – gregos .
    E) ERRADA. Apesar da ideia de Democracia ter nascido entre os gregos antigos, isso não significa igualdade. A civilização grega era escravocrata sendo que entendiam ser seu desenvolvimento cultural resultante do “ ócio criativo" na medida em que os escravos – não cidadãos - estavam encarregados do trabalho bruto. Além disso, estrangeiros ( aqueles vindos de outras cidades) , assim como as mulheres, não são entendidos como omooi – iguais

    RESPOSTA CORRETA : D


ID
2428027
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   A Igreja foi responsável direta por mais uma transformação, formidável e silenciosa, nos últimos séculos do Império: a vulgarização da cultura clássica. Essa façanha fundamental da Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar e função na passagem para o Feudalismo. A condi- ção de existência da civilização da Antiguidade em meio aos séculos caóticos da Idade Média foi o caráter de resistência da Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas.
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 2016. Adaptado.)
O excerto permite afirmar corretamente que a Igreja cristã

Alternativas
Comentários
  • A questão trata do papel da Igreja Católica quando do desmoronamento do Império Romano do Ocidente e formação de um novo estilo de vida na Europa a partir da entrada/invasão dos povos germânicos. É um longo período de incerteza, de guerras, de escassez. E, neste período, a Igreja, segundo o texto do historiador Perry Andersen, “A condição de existência da civilização da Antiguidade em meio aos séculos caóticos da Idade Média foi o caráter de resistência da Igreja." Ela é o fundamental elemento de permanência em uma época de transformações radicais e, muitas vezes, abruptas.
    Como se pode então explicitar o papel da Igreja neste processo histórico? O que apresentam as alternativas?
    A) CORRETA. A igreja Católica passou de instituição perseguida pelas autoridades romanas para ser a igreja oficial do império pelo Edito de Tessalônica, assinado em 390 pelo imperador Teodósio. Na verdade, a forca do catolicismo já vinha crescendo há tempos , primordialmente após a conversão do imperador Constantino, que estabeleceu liberdade de culto aos cristãos em 313. E, é a única instituição do império que sobrevive à invasão dos germanos, por conta até de seu trabalho de conversão dos mesmos, além da proteção de populações romanas entre os muros de suas propriedades. 
    B) ERRADA. Embora a atividade cultural da Igreja tenha sido de suma importância durante a chamada idade média, na medida em que coube a ela preservar a literatura e obras da antiguidade, além da produção de conhecimento de sua época, os membros do alto clero tinham intensa atividade política. A Igreja era proprietária de terras, o que significava ter riqueza e a possibilidade de ação política! 
    C) ERRADA. A proibição da representação de imagens religiosas é uma característica do islamismo – que proíbe também a representação da figura humana – e, mais tarde, de algumas vertentes protestantes. Não é característica da Igreja Católica. Quanto à manter-se fiel aos ensinamentos bíblicos há um grande questionamento, que é o que, ocasionalmente, levará a movimentos de oposição (heresias) como o Ocramismo no século XII e outros a partir do século XIV.
    D) ERRADA. A Igreja Católica não promoveu a liberdade religiosa, havendo, inclusive, a criação do Tribunal do Santo Ofício – a Inquisição - que julgava ideias e pessoas consideradas heréticas. . Aquelas consideradas culpadas eram entregues à Justiça civil para castigo como fogueira. Quanto à questão da teocracia, ela era vigente no Império Bizantino ou Império Romano do Oriente (cesaropapismo) tendo sido largamente combatido pela Igreja Católica ocidental.
    E) ERRADA. Ao invés de combater o universo religioso feudal, a Igreja Católica o construiu, como forma de combater sim, as crenças das várias regiões da Europa anteriores à expansão do cristianismo. O paganismo greco-romano era condenado como “ construção do demônio" e nocivo à salvação das almas. 
    RESPOSTA CORRETA: A 

ID
2428033
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época, ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento novo.
(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História geral da civilização brasileira, vol 2, 1960. Adaptado.)
De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas Gerais no século XVIII

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     

    Comentário: 

    A resposta encontra-se no seguinte trecho: 

    Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios etc

     

    Ou seja, em torno da mineração foram surgindo outras atividades que abasteciam a mineração. 

    Dessa forma, gabarito: C

  • O trecho do texto de Sérgio Buarque de Hollanda tem como objeto a sociedade da região das Minas, no século XVIII. É bastante interessante na medida em que desconstrói dois mitos acerca do período colonial da história do Brasil. O primeiro seria que a estrutura sócio econômica de todas as regiões era, senão igual, bastante semelhante. O segundo mito é aquele que a classificação da estrutura social da época colonial como dual, ou seja, uma sociedade composta de senhores e escravos. As duas ideias, embora tenham elementos corretos, não abarcam a complexidade e variedade das regiões coloniais. A questão demanda que se aponte efeitos do desenvolvimento da região mineradora.
    Passemos às alternativas.
    A) ERRADA – A região das minas era, exatamente pelo caráter da produção da área, alvo de controle mais rígido da metrópole portuguesa. Foi criada a Intendência das Minas, controlada diretamente pela Coroa, sendo o intendente por ela indicado. Por isso percebe-se que a afirmativa está incorreta. Ela defende exatamente o oposto.
    B) ERRADA – Por conta de atrair população em busca de enriquecimento rápido ou, ainda, fornecedores dos artigos necessários ao funcionamento das minas, a região mineradora favoreceu o enriquecimento e a possibilidade de ascensão social. Mesmo que tenha havido, em um primeiro momento, um aumento de preços do material necessário ao trabalho, o enriquecimento era compensador. Por tudo isso a afirmativa não está correta 
    C) CORRETA – A região mineradora em Minas Gerais foi um polo atrator de várias atividades para o abastecimento da mesma. Ao contrário das unidades açucareiras, as Datas de exploração de minérios e pedras preciosas não eram auto suficientes, precisando de variada gama de serviços. Por conseguinte, desenvolve-se uma economia mais diversificada do que em regiões agrícolas e, aglutinada em áreas urbanas. A cidade era não só centro administrativo, mas centro comercial e de serviços. 
    D) ERRADA – A região mineradora ou a economia mineradora NÃO é incompatível com o desenvolvimento das regiões agrícolas, até mesmo porque Minas Gerais não se encontra no litoral, tampouco no NE. Ao contrário, o transporte da riqueza das “Geraes", para o litoral levou ao crescimento de núcleos sócioeconômicos, urbanos e agrícolas ao longo do caminho - vide a Estrada Real, que unia Vila Rica (Ouro Preto) à Paraty.
    E) ERRADA – Por ser uma região rica e urbanizada, a região mineradora desenvolve uma sociedade bastante diversificada – o que é, aliás, o que mostra o trecho transcrito, de autoria de Sérgio Buarque de Hollanda. Há uma grande variedade de tipos sociais, além dos senhores e escravos. Ainda é a região berço de intensa atividade cultural, com especial destaque para um estilo específico de arquitetura e escultura – o Barroco brasileiro – que tem no famoso Aleijadinho seu expoente.
    RESPOSTA CORRETA : C
  • (A) Portugal ainda tinha o controle nas áreas, tanto que conseguiu estabelecer as casas de fundição, que cobravam 20% de tudo produzido ali.

    (B) Agora, o pequeno minerador poderia subir socialmente, se, por exemplo, encontrasse uma grande mina.

    (C) Gabarito

    (D) Nunca, o Brasil até hoje possui grande forças na agro exportação.

    (E) Nesse período surgiram várias classes e virou uma sociedade flexível. Tinha Trabalhadores, burocratas, grandes mineradores, autoridades, pequenos mineradores. Os únicos que não conseguiriam subir na hierarquia eram os escravos.


ID
2428036
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de origem europeia, liberal e utópica, que concebe a América espanhola como um todo unitário, assembleia de nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a Metrópole somente para acelerar o processo de dispersão do Império.
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.)
O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América Latina. Tendo em vista a situação política das nações latino-americanas no século XIX, é correto concluir que

Alternativas
Comentários
  • Os processos de libertação colonial frente ao domínio espanhol no início do século XIX, tal como se viu na libertação das 13 colônias inglesas no final do século XVIII, foram conduzidos por lideranças políticas e militares alinhadas com o iluminismo e representantes dos setores mais abastados da sociedade colonial, excetuando os "chapetones" que eram os privilegiados espanhóis nascidos na metrópole. Os Estados Nacionais que se configuraram passaram a ser comandados, portanto, pelas elites "criollas".

  • Na letra E "as classes dirigentes nativas" são os criollos, que detinham terras mas sem poderes políticos administrativo, eles lutaram contra os chapetones (legítimos espanhóis que tinham poder político) para obter mais poder político, isso colaborou para os processos de independência nas Américas... Os criollos após as independências foram os únicos que obtiveram benefícios, lembrando que as independências não efetivaram mudanças sociais profundas nas classes baixas(mestiços, índios e negros etc)... Portando letra a letra B resume bem isso.. as classes dirigentes antigas( os criollos) foram os "herdeiros" da ordem colonial, ou seja, ganharam mais poder e benefícios..

  • A entrada da questão comenta o trecho apresentado, de Octávio Paz. Nele, são apresentadas as duas concepções que disputavam liderança e, é claro, concretização no processo de independência das regiões da América Latina, entendida, na verdade, como América Hispânica. Pergunta-se, então, a partir da situação vivenciada pelas nações americanas após a independência, qual destas duas concepções foi efetiva.

    Assim, analisamos as alternativas apresentadas:
    A) ERRADA. Embora esse fosse o sonho do líder Simon Bolivar – a substituição das rivalidades pela cooperação, formando uma confederação de Estados desde o México até a Patagônia, unindo todos os hispano-americanos – não foi o que aconteceu. Os localismos e as rivalidades foram mais fortes do que os pontos de união.

    B) ERRADA . A instabilidade política, expressa no grande número de golpes de Estado ou guerras civis, governos autoritários ou ditaduras, marcou por longo tempo a vida independente dos novos Estados e levou a um fracionamento geopolítico ainda maior do que aquele do momento da independência. Ela pode ser considerada resultante, em grande parte, do forte localismo econômico e político típico do período da ocupação espanhola. 

    C) ERRADA. Após a independência,as metrópoles ibéricas continuaram a ter algum tipo de influência em suas ex-colônias,mas,estas passaram a ser Estados Soberanos. Sendo assim, donos de seus destinos políticos, para acertos e erros. No entanto, podemos destacar a grande influência econômica da Grã- Bretanha que, evidentemente, possibilita sua atuação política dentro dos novos Estados, ainda que indireta.

    D) ERRADA. O conteúdo filosófico da luta pela libertação é originário das teorias nascidas do movimento Iluminista do século XVIII, essencialmente franco britânico, sendo de caráter liberal (em termos políticos e econômicos ) e, até mesmo democrático. No entanto, os interesses oligárquicos, ou seja, de proprietários, comerciantes atacadistas e grupos politicamente dominantes levaram à distorção destes ideais segundo suas necessidades. República sim . Democracia não.

    E) CORRETA. O interesse das classes dirigentes nativas – os criollos da América Hispânica – não se vinculava a mudanças estruturais em termos sociais e econômicos principalmente. Grosso modo pode-se dizer que pretendiam a estruturação de um Estado através do qual lhes fosse possível assumir a liderança política que, no período colonial, estava - ao menos de direito embora não totalmente de fato – nas mãos dos espanhóis natos. Assim sendo, pouco muda em termos estruturais, o que leva à uma pesada herança colonial.

    RESPOSTA CORRETA: E

ID
2428039
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da anexação de territórios mexicanos, da distribuição de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim como da anexação de terras indígenas. Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual

Alternativas
Comentários
  • A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi justificada pela ideologia do Destino Manifesto, segundo a qual estaria no destino do povo estadunidense “conquistar o continente que a Providência lhe reservou”. Nesse sentido, como mencionado no texto, expandiram seus territórios mediante compra, guerras e anexações.

  • Os Estados Unidos se formaram o “país costa a costa" que conhecemos no século XIX. Inicialmente composto apenas por Treze Colônias inglesas no litoral Atlântico da América do Norte, o território foi sendo acrescido, aos poucos, das terras à oeste, além dos Montes Apalaches. Os mecanismos de tal expansão territorial são indicados no trecho transcrito. A questão que se faz é acerca do Destino Manifesto - justificativa ideológica para tal expansão e conquista do oeste que, ao contrário do que indica o imaginário de muitos, não era “ terra de ninguém".

    Analisemos as alternativas:
    A) ERRADA. A expansão não é ideologicamente justificada por valores democráticos até mesmo porque eles não estavam presentes na sociedade norte americana como um todo neste momento de sua história. Poderiam ter sido usados argumentos vinculados ao trabalho (labor) por conta do fundamento calvinista da cultura dos EUA. Mas, não associado a valores democráticos e, certamente, não é a essência do Destino Manifesto. 

    B) ERRADA. A alternativa apresenta uma ideia de transformação mundial que seja benéfica para a humanidade. O projeto do Destino Manifesto não tem caráter mundial. Ele se refere estritamente à expansão dos estadunidenses pelo território da América do Norte em direção ao Oceano Pacífico e além. 

    C) ERRADA. Nessa alternativa é apresentada a ideia de que a expansão visava atender às necessidades econômicas das sociedades pagãs, não cristãs, os nativos do continente. É preciso não esquecer que tais comunidades eram em sua maioria auto suficientes e que, na verdade, a expansão, ao ocupar suas terras, matar e expulsar os búfalos de territórios de origem inviabilizou suas economias de agricultura itinerante, caça e pesca. 

    D) ERRADA. O Destino Manifesto foi uma justificativa ideológica para a expansão dos brancos de origem europeia em direção ao oeste, exatamente para ocupar as terras que pertenciam, em grande parte, às populações nativas. Quanto aos descobridores, esses seriam os espanhóis que ocupavam parte da atual Flórida, que seria comprada pelos EUA e da Califórnia, ocupada por cidadãos dos EUA e “acolhida “ como território por demanda da população da região após plebiscito 

    E) CORRETA . O Destino Manifesto defendia ser uma missão divina a ocupação dos territórios a oeste para levar a civilização branca, notadamente superior, a todos. A Providência Divina  os havia dado esta “missão" nesta terra.

    RESPOSTA CORRETA : E
  • ERA DESTINO DO EUA EXPANDIR E CONQUISTAR

  • ➥ DESTINO DO MANIFESTO

    Os Estados Unidos se formaram o “país costa a costa" que conhecemos no século XIX. Inicialmente composto apenas por Treze Colônias inglesas no litoral Atlântico da América do Norte, o território foi sendo acrescido, aos poucos, das terras à oeste, além dos Montes Apalaches. Os mecanismos de tal expansão territorial são indicados no trecho transcrito. A questão que se faz é acerca do Destino Manifesto - justificativa ideológica para tal expansão e conquista do oeste que, ao contrário do que indica o imaginário de muitos, não era “ terra de ninguém"

    ➥ A expansão não é ideologicamente justificada por valores democráticos até mesmo porque eles não estavam presentes na sociedade norte americana como um todo neste momento de sua história. Poderiam ter sido usados argumentos vinculados ao trabalho (labor) por conta do fundamento calvinista da cultura dos EUA. Mas, não associado a valores democráticos e, certamente, não é a essência do Destino Manifesto. 

    ➥ O projeto do Destino Manifesto não tem caráter mundial. Ele se refere estritamente à expansão dos estadunidenses pelo território da América do Norte em direção ao Oceano Pacífico e além. 

    ➥ Nessa alternativa é apresentada a ideia de que a expansão visava atender às necessidades econômicas das sociedades pagãs, não cristãs, os nativos do continente. É preciso não esquecer que tais comunidades eram em sua maioria auto suficientes e que, na verdade, a expansão, ao ocupar suas terras, matar e expulsar os búfalos de territórios de origem inviabilizou suas economias de agricultura itinerante, caça e pesca. 

    ➥ O Destino Manifesto foi uma justificativa ideológica para a expansão dos brancos de origem europeia em direção ao oeste, exatamente para ocupar as terras que pertenciam, em grande parte, às populações nativas. Quanto aos descobridores, esses seriam os espanhóis que ocupavam parte da atual Flórida, que seria comprada pelos EUA e da Califórnia, ocupada por cidadãos dos EUA e “acolhida “ como território por demanda da população da região após plebiscito 

    ➥ O Destino Manifesto defendia ser uma missão divina a ocupação dos territórios a oeste para levar a civilização branca, notadamente superior, a todos. A Providência Divina os havia dado esta “missão" nesta terra.

    GABARITO DO PROFESSOR (E)


ID
2428042
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    Art. 3º O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado da Tríplice Aliança de 1º de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde já que a navegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república deste nome fica franqueada aos navios de guerra e mercantes das nações aliadas, livres de todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa navegação comum.
(“Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral (orgs.). Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)
O tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai deixa transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no conflito:

Alternativas
Comentários
  •  Brasil e Paraguai se envolveram numa guerra motivada, entre outras coisas, pela disputa da navegação dos rios da bacia platina. Derrotado, o governo Paraguaio assinou um Tratado no qual aceitava as sanções impostas pela Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina) tais como a livre navegação pleos rios da região. Gabarito letra C.

  • O trecho apresentado é do Tratado assinado ao final da Guerra do Paraguai. Vale notar que, apesar de a guerra ter acontecido em sua maior parte entre Brasil e Paraguai, o tratado é acordado entre o Paraguai e a Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai, tendo em vista que foram estes os Estados que, oficialmente entraram em estado de guerra com o Paraguai . As determinações do tratado nos esclarecem alguns dos motivos fundamentais para que o Brasil tivesse entrado em guerra. A questão pede que se assinale a alternativa que destaque tais motivos.

    Vamos às alternativas
    A) ERRADA. As principais jazidas de metais preciosos encontram-se, no século XIX, em Minas Gerais e o acesso já era conhecido à época da Guerra do Paraguai. Havia, é verdade, jazidas em Mato Grosso e Goiás mas, sua produtividade era inferior àquela de Minas Gerais. Além disso o acesso à região produtora se fazia pelo norte da região mineira. 

    B) ERRADA. A Guerra contra o Paraguai acontece no final do século XIX, em um momento em quaisquer acordos feitos com Estados Ibéricos já não mais seriam tendo estes como metrópoles. Exceto por Cuba e outras pequenas regiões da Centro América e as Guianas, todo o continente americano é composto por Estados independentes. Portanto, a ideia de “metrópoles ibéricas" inviabiliza a alternativa.

    C) CORRETA. Esta é a questão fundamental: ligação fluvial. A comunicação entre as províncias do interior, particularmente Goiás e Mato Grosso, e a capital do Império, Rio de Janeiro, era feita através da navegação pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, depois de chegarem as embarcações até o estuário do Prata. Tal caminho, embora longo para os padrões de hoje em dia, era mais adequado, mais rápido e mais fácil do que aquele por terra, subindo as serras desde o litoral até o planalto central. Portanto, a manutenção da navegação livre era objetivo fundamental das autoridades brasileiras.

    D) ERRADA. O projeto de proteção com fronteiras naturais não é executado através da guerra do Paraguai e sim através de tratados, negociações e até mesmo conflitos desde o período de dominação portuguesa, mais conhecido como período colonial. No final do século XIX a questão de fronteiras não é crítica e o conflito que dará margem à anexação do território que será o Acre, em 1904, em nada se relaciona com o conflito no Paraguai

    E) ERRADA. A questão em pauta não é econômica e sim geoestratégica. Ademais, o governo monárquico, liderado por D. Pedro II não detinha quaisquer monopólios seja de produção seja de transporte de mercadorias dentro e fora do país. 

    RESPOSTA CORRETA: C
  • Razões de interesse do Brasil na região platina

    • Garantir a navegação no Prata
    • A junção dos rios Paraná e Uruguai davam no rio da prata que era a principal forma de comunicação da província do Mato Grosso com o Rio de Janeiro

    • Conflitos de terras e roubo de gado entre os gaúchos e uruguaios
    • Os gaúchos acusavam frequentemente os uruguaios de roubar gado no nosso lado da fronteira
    • A não intervenção imperial poderia reacender anseios separatistas

    • Impedir que a Argentina anexasse a República das províncias unidas do rio da prata(Uruguai)
    • O controle das duas margens do rio da prata pela argentina acabaria com a livre navegação


ID
2428045
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

  A industrialização contemporânea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam ser feitos pelo setor privado, devido à escassez de capital que caracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso, o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegado ao processo de modernização, processou-se em condições socioeconômicas diferentes. Um efeito internacional de demonstração, na forma de imitação de padrões de vida, entre países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das nações, resultou em pressões significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferença entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Em vista das aspirações de melhores padrões de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econômico recente do Brasil.
(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. Adaptado.)

De acordo com o texto, uma das particularidades do processo de industrialização brasileira é

Alternativas
Comentários
  • Questões sobre a industrialização brasileira podem ter enfoque histórico, geográfico ou sociológico a partir das disciplinas clássicas do ensino médio. O texto de apoio trata do processo de industrialização no Brasil e a importância dos investimentos e políticas estatais para sua realização. O enunciado pergunta sobre uma particularidade do processo brasileiro, algo que é exclusivo ou único do que ocorreu por aqui. 

    Análise das alternativas:

    A) Induz ao erro no sentido que é verdade que no desenvolvimento histórico da revolução industrial o controle sobre a matéria prima é um ponto importante, vide a conferência de Berlim sobre a partilha da África, mas isso não se relaciona com a particularidade do processo brasileiro que já era nação produtora de matérias primas e se tornará posteriormente potência na mineração com os recursos de seu vasto território.

    B)  Escassez de mão de obra no Brasil para o trabalho industrial já tinha sido historicamente resolvida com a imigração em massa de europeus para substituição do trabalho escravo nas lavouras de café.

    C) Pode confundir candidatos que tenham razoável conhecimento histórico já que a política ficou nas mãos de grupos com interesses similares aos da economia colonial, baseados na agro exportação, até a chegada do grupo de Getúlio Vargas ao poder em 1930. No entanto, a industrialização com ação do Estado como descreve o texto é projeto desse período e não do anterior também chamado de República dos cafeicultores.   

    D) O Brasil assim como o México e a Argentina para citar apenas dois está no grupo de países de industrialização tardia ou seja daqueles que realizaram seus processos de industrialização com atuação do Estado e posteriores a revolução industrial mas especificamente no século XX. Apesar de ser o gabarito e a alternativa que está mais adequada esse processo de industrialização pela via estatal não pode ser considerado exatamente uma particularidade do Brasil assim ao pé da letra já que também ocorreu em outros Estados. ALTERNATIVA CORRETA.  

    E) Se existia certamente um mercado consumidor de produtos de luxo ele era composto por grandes exportadores de café e outro produtos agrícolas e as poucas indústrias que já existiam se dedicavam a substituição de importações e seus proprietários não configuravam um "amplo" mercado consumidor.

    Considerações finais:

    O processo de industrialização no Brasil não pode ser compreendido corretamente sem seu conteúdo histórico dado seu caráter estatal. Como visto na questão conhecimento sobre o projeto industrial de base da Era Vargas seria determinante para macar a alternativa correta.
    Gabarito: D

ID
2428048
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  A industrialização contemporânea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam ser feitos pelo setor privado, devido à escassez de capital que caracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso, o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegado ao processo de modernização, processou-se em condições socioeconômicas diferentes. Um efeito internacional de demonstração, na forma de imitação de padrões de vida, entre países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das nações, resultou em pressões significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferença entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Em vista das aspirações de melhores padrões de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econômico recente do Brasil.
(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. Adaptado.)

Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro, apontados pelo texto, foram enfrentados no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) com o Plano de Metas, cujo objetivo era promover a industrialização por meio

Alternativas
Comentários
  • A. da associação de esforços econômicos entre o Estado, o capital estrangeiro e as empresas nacionais.



  • O período entre 1930 e 1964 pode ser caracterizado, em termos econômicos, como um momento em que o Brasil avança em um processo de industrialização dentro do modelo de substituição de importações. Apesar das diferenças entre a atuação dos presidentes da época, é possível destacar um ponto em comum: a atuação do Estado como agente econômico, em maior ou menor escala. A questão destaca o Plano de Metas, do governo do presidente Juscelino Kubitschek, e pede para que  seja apontado qual seria o mecanismo base para a industrialização do país segundo a proposta do Plano. 
    Partimos então para a compreensão e análise das alternativas.
    A) CORRETA. O que caracteriza o Plano de Metas é a proposta de associação entre o capital estatal, o capital particular nacional e o capital estrangeiro. Cada um em uma área de atuação. O Estado em áreas estratégicas e de infraestrutura. O capital nacional (empresas já estabelecidas, , em expansão e novas empresas) em setores de alta utilização de mão-de-obra e tecnologia pouco sofisticada. O capital estrangeiro, por sua vez, nas áreas de alta necessidade tecnológica e mão de obra especializada. 

    B) ERRADA . A valorização da moeda nacional seria artificial. A contenção de salários contém a inflação, é verdade, mas também pode contrair o mercado consumidor, principalmente o consumo das camadas médias da população, o que não é interessante em um momento de industrialização. Por fim, o capital estatal não seria usado para “salvar" empresas,mas para criar uma dada infraestrutura necessária à industrialização. 

    C) ERRADA. As indústrias têxteis cabem ao capital privado nacional e não ao investimento estatal. Aliás, era um setor em desenvolvimento desde a década de 1920. Ao mesmo tempo, o aumento dos impostos sobre o grande capital nacional inviabilizaria, ou minimizaria, sua capacidade de investimento. Era preciso, segundo a proposta do Plano de metas, garantir o investimento das indústrias para que houvesse crescimento. 

    D) ERRADA. O estrito controle das empresas multinacionais limitaria sua entrada. Ou seja, o Brasil deixaria de ser atraente para investimento. Este controle tipifica a ação dos governos Vargas e não do governo JK. É uma das ações do nacionalismo econômico varguista. 

    E) ERRADA. Embora no governo JK tenha sido criada a SUDENE, (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) o crescimento desta região foi pequeno ou nenhum. Isto porque o modelo econômico privilegiava a industrialização e, a região NE não se destacava por uma infraestrutura capaz de sustentar indústrias, além de não ter um mercado consumidor em crescimento. O combate à seca não se apresenta como prioridade tampouco o aumento do salário mínimo. Mão de obra barata era importante para manter baixos os custos das empresas.

    RESPOSTA CORRETA: A

ID
2428057
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

 Com o fim da Guerra Fria, os EUA formalizaram sua posição hegemônica. Sem concorrência e se expandindo para as antigas áreas de predomínio socialista, o capitalismo conheceu uma nova fase de expansão: tornou-se mundializado, globalizado. O processo de globalização criou uma nova divisão internacional do trabalho, baseado numa redistribuição pelo mundo de fábricas, bancos e empresas de comércio, serviços e mídias.
(Loriza L. de Almeida e Maria da Graça M. Magnoni (orgs.).
Ciências humanas: filosofia, geografia, história e sociologia, 2016. Adaptado.)
Dentre as consequências do processo de globalização, é correto citar

Alternativas
Comentários
  • Uma das consequências do mundo globalizado, devido ao predomínio do modelo econômico neoliberal, é o enfraquecimento (menor presença e participação) do Estado na economia.

  • Temos um texto de apoio tratando de globalização em seus aspectos geopolíticos como o fim da bi-polarização e o início de um mundo "monopolar" com o predomínio mesmo que momentâneo, de uma única superpotência. Aborda também os aspectos tecnológicos e a desindustrialização de várias nações. O enunciado cobra a alternativa que apresente correta consequência do processo descrito.

    Análise das alternativas:

    A) Apesar da preponderância norte americana no cenário mundial sobretudo, do ponto de vista militar, não é correto falar de um governo universal no mundo contemporâneo.

    B) O mundo atual tem poucos conflitos entre nações mas uma consideravelmente maior quantidade de conflitos locais de vários tipos como étnicos, religiosos e pelo controle de recursos ambientais.

    C) A consolidação de mega corporações transnacionais com atuação global, a interconectividade entre os espaços o livre comércio sem controle e as exigências de reformas econômicas como contrapartida à concessão de empréstimos são mecanismos do mundo globalizado que tem  erodido o poder decisório dos estados-nações contemporâneos. AFIRMATIVA CORRETA

    D) O trabalho segue ocorrendo em condições degradantes em diversas partes do mundo e o desemprego estrutural ligado às perdas de postos de trabalho para inovações tecnológicas agrava ainda mais essa situação.   

    E) A desigualdade entre nações segue crescendo e com graves disparidades tecnológicas e recursos naturais escassos tende a se aprofundar.


    Considerações finais: 

    Globalização é tema mais que previsível  clássico porém complexo. Seu estudo requer bastante atenção sobre suas múltiplas faces e não só pode como deve ser complementado com o estudo do noticiário internacional com a mais amplas cobertura possível.
    Gabarito: C
  • GABARITO LETRA C- o enfraquecimento dos estados-nações, POIS o estado fica menor no período neoliberal.

    Neoliberal/Informacional (a partir dos anos 70) 

    -Características: 

    • Livre mercado e concorrência.  
    • Eliminar barreiras alfandegárias para deixar o Estado menos burocrático. 
    • Intervenção mínima do Estado, apenas para fiscalizar as privatizações.  
    • O Estado forneceria os serviços básicos, como: transporte, educação, saúde. 
    • Menos impostos e menos gastos públicos. (austeridade fiscal, o equilíbrio entre gastos e arrecadação) 

  • Aprofundando um pouco mais a questão do enfraquecimento do Estado-Nação :

    Simplificando Estado-Nação seria por exemplo Brasil , Alemanha , França e etc.... O Estado tem a função de intervir na promoção do bem-estar econômico e social . O Estado-Nação estabelece uma representação desigual dos interesses sociais, culturais e econômicos. O aparato estatal (ou seja, as instituições) servem para evitar crises institucionais no Estado. Entretanto, quando as classes subjugadas se mobilizam ocorrem crises que fragilizam as instituições e consequentemente os Estados-Nações . Apesar de, o Estado com sua economia estruturada começar a elevar seu desenvolvimento econômico e também seu PIB. Estudos mostram que a medida que isso ocorre , as despesas governamentais aumentam mais rapidamente que as receitas.


ID
2428066
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Criado em resposta às crises econômicas do final da década de 1990, o G-20 reflete o contexto de

Alternativas
Comentários
  • Não há texto de apoio somente a afirmação de que o G20 foi criado como resposta a crises econômicas da década de 90. Procuramos a alternativa que defina o contexto dessa criação. 

    Análise das alternativas:

    A) Não há mais supremacia britânica desde a segunda guerra mundial.

    B) A bipolaridade dos tempos da guerra fria não tinha relação com estabilidade econômica e crises ocorriam frequentes como a crise do petróleo da década de 70

    C) A antiga ordem mundial dos século XIX e XX até o final da década de 80, não conheceu multipolaridade nem antes das grandes guerras mundiais com o protagonismo britânico nem depois com a bipolarização EUA x URSS. 

    D) A reunificação da Alemanha, colapso soviético, a criação de blocos regionais dentre outros aspectos são o contexto dos múltiplos interesses nacionais que marcam a década de 90 do século XX. Afirmativa correta.

    E) O colapso soviético é de 1992 anterior a criação de G20. 


    Considerações finais:

    Questão com intercessão entre a história e a geografia escolar abordando tanto geopolítica da transição da guerra fria para período posterior como sendo necessários conhecimentos de outros períodos anteriores como o século XIX da supremacia britânica. 
     
    Gabarito: D

ID
2428069
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

    Alguns estudos recentes mostram que, de fato, há uma mudança ocorrendo na equação das migrações internas e na conformação das redes urbanas, com um novo papel de protagonismo regional dessas cidades médias, cuja população e PIB crescem mais do que as grandes cidades brasileiras.
(João S. W. Ferreira e Luciana Ferrara. “A formulação de uma nova matriz urbana no Brasil”. In: Tarcisio Nunes et al. (orgs.). Habitação social e sustentabilidade urbana, 2015. Adaptado.)
Assinale a alternativa que indica corretamente o fenômeno urbano caracterizado no excerto.

Alternativas
Comentários
  • A desmetropolização do Brasil

    Atualmente, encontra-se em curso no Brasil o processo de desmetropolização, que é a diminuição do crescimento das metrópoles em benefício das cidades menores, sobretudo as cidades médias. Esse fenômeno está acompanhado da desconcentração industrial, em que as grandes empresas e fábricas – antes concentradas nos grandes centros urbanos – passam a se deslocar para cidades menores em busca, principalmente, de menores impostos (ou até a isenção de boa parte deles). Mas vale lembrar que esse processo é lento e gradual, de modo que é errôneo dizer que as grandes cidades não são mais industrializadas.

    Mas isso não significa que as grandes cidades estejam diminuindo o seu tamanho populacional, mas apenas recebendo menos migrantes e crescendo demograficamente em uma velocidade muito menor. Além disso, no lugar das grandes fábricas, as principais metrópoles passam a se especializar em serviços do setor terciário e em abrigar centros administrativos e tecnológicos. Portanto, em vez de perder a importância, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro vêm se transformando em verdadeiros centros de poder, modernizando-se em uma velocidade maior do que o restante do país.

  • O texto de apoio comenta sobre a importância cada vez maior para economia das cidades médias. O enunciado considera isso um fenômeno e busca por seu nome dentre as alternativas.

    Análise das alternativas:

    A) Sinônimo de adensamento e valorização do espaço urbano ao extremo a verticalização é bem pouco presente em cidades médias e não possui relação direta com a redução da importância das grandes metrópoles.

    B) Segregação especial ou periferização são um grande problema para o tecido urbano das cidades onde ocorrem devido à degradação da qualidade de vida da população que reside nesses espaços e não possui relação com o fenômeno descrito. 

    C) Gentrificação é um processo de valorização espacial que tende a modificar o perfil da área onde ocorre obrigando a saída de pessoas que não conseguem arcar com os novos custos mais altos de aluguéis, impostos e serviços e também não se relaciona com o texto de apoio.

    D) Favelização é uma forma de ocupação desordenada caracterizada pela autoconstrução de moradias, geralmente insalubres, em áreas irregulares como encostas, várzeas ou mangues,  com precária infraestrutura de serviços públicos e classificados oficialmente como aglomerados urbanos. Nada disso relaciona-se com a descrição do texto.

    E) Desmetropolização é o fenômeno de redução da atração de novas atividades das grandes metrópoles em função de cidades menores com melhores acessos, custos mais baixos de espaço, taxas, mão-de-obra e maiores incentivos fiscais concedidos por prefeitos interessados em atrair para suas cidades atividades diversas. Afirmativa correta


     
    Considerações finais:

    O Brasil atualmente tem mais de 85% de sua população vivendo em centros urbanos o que significa uma enorme importância da Geografia urbana nas provas em geral e dada a complexidade do tema vale sempre a pena aprofundar-se nos estudos sobre o assunto.  
     
    Gabarito: E
  • Cuidado para não confundir desindustrialização com desmetropolização.

  • Involução Metropolitana. = Desmetropolização = Migração Decrescente Devido ao alto custo de vida, infraestrutura saturada, alto custo de produção e difícil mobilidade urbana, as metrópoles hoje são considerades como cidades repulsivas tanto para moradia, quanto para produção. Fato que leva cidades de médio porte a serem vistas como cidades atrativas para indústrias e para moradia devido ao baixo custo de vida e de produção comparados às grandes metrópoles.

  • Palavra-chave do texto: com um novo papel de protagonismo regional dessas cidades médias


ID
2428081
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia os excertos do geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber.
Excerto 1
Domínio com fortíssima e generalizada decomposição de rochas, densas drenagens perenes, extensiva mamelonização, agrupamentos eventuais de “pães de açúcar”, planícies de inundação meândricas.
Excerto 2
Domínio com planaltos de estrutura complexa, planaltos com vertentes em rampas suaves, ausência quase completa de mamelonização, drenagens espaçadas pouco ramificadas.
(“Domínios morfoclimáticos e províncias fitogeográficas do Brasil”. In: A obra de Aziz Nacib Ab’Sáber, 2010. Adaptado.)
Os domínios morfoclimáticos caracterizados nos excertos 1 e 2 referem-se, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  •  d) aos mares de morros e ao cerrado.

  • Descrição de paisagens é um exercício clássico de paisagens que não pode ser descartado pela análise de imagens pura e simplesmente. O enunciado refere-se a quais domínios descritos?

    A) No cerrado a decomposição de rochas não é tão forte devido ao longo período seco. Planaltos de estrutura complexa não dominam a paisagem na caatinga.

    B) Decomposição de rochas no semi-árido não é característica principal e no mar de morros não há grandes planaltos.

    C) Agrupamentos de "pães de açúcar" ou relevos residuais não são comuns na Amazônia e pradarias são grandes áreas muito planas onde não há grandes planaltos.

    D) Mar de morros é uma designação de relevo com grande quantidade de morros baixos no formato de meias laranjas onde a decomposição de rochas é forte devido a grande pluviosidade enquanto o predomínio de relevos na paisagem é característica do cerrado. Afirmativa correta 

    E) No domínio das Araucárias prevalece a decomposição de solos e rochas de composição heterogêneas o que não produz relevos de meias laranjas num mar de morros.

    Considerações finais:

    A proposta de reunir diversas características importantes sobre a geografia física brasileira nos domínios morfoclimáticos tornou o professor Ab´ Sáber uma referência importante nesse tema sendo suas proposições estudadas até os dias de hoje e frequentemente abordadas dada a sua qualidade didática de agrupar diversas informações em unidades menores dotadas de maior significado. 

    Gabarito: D
  • Mamelonização: Partindo de uma perspectiva morfoclimática, podemos notar que a mamelonização extensiva, se refere a um mar de morros sendo essa expressão utilizada para designar o relevo nas colinas dissecadas da serra geral. 

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  • CONTINUAÇÃO....

    Domínio dos mares de morros: O domínio das áreas mamelonadas tropicais-atlânticas florestadas se estende pelo litoral brasileiro em uma área total de aproximadamente 1 milhão de km2, do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Era originalmente recoberto pela Mata Atlântica, floresta tropical de vegetação latifoliada e higrófita. Devido ao desmatamento provocado pela colonização e urbanização, resta apenas 7% dessa vegetação. Assim, o relevo mamelonado (morros em forma de meias-laranjas) passou a ser a característica principal desse domínio. O principal impacto é a ocupação humana. É considerado um hotspot da biodiversidade, isto é, área com enorme presença de vegetação endêmica e com menos de 25% da sua cobertura original.

    Domínio da Araucária: Os planaltos subtropicais com araucárias são terrenos predominantemente sedimentares-basálticos, localizados no Sul do país, em uma região de clima subtropical. É no estado do Paraná onde se observa a maior concentração de sua vegetação bem peculiar, a araucária – uma floresta de pinheiros aciculifoliados (folhas em forma de agulhas).

    Domínio do Cerrado: É o domínio dos chapadões tropicais interiores com cerrados e florestas-galerias. Apresenta uma vegetação tropófita adaptada ao clima tropical típico ou continental, com verão chuvoso e inverno seco. Nas áreas com maior umidade, como nas margens dos rios, observa-se a formação das florestas-galerias. O relevo é constituído principalmente por planaltos sedimentares e chapadas (relevo em forma de mesa). Os solos são intensamente laterizados, e, por isso, são solos ácidos com grande concentração de alumínio. A deficiência É o segundo domínio considerado um hotspot, devido à destruição pela cultura da soja.

  • RESUMINHO.

    Domínio da Caatinga: O domínio das depressões Inter montanas e Inter planálticas semiáridas é caracterizado por uma vegetação xerófila adaptada ao clima semiárido, como as cactáceas e arbustos caducifólios e espinhosos, que podem armazenar água no caule e nas raízes. Geralmente, é associado a uma vegetação esbranquiçada. É o único bioma típico do país, embora alguns pesquisadores o caracterizem como Estepe( é uma formação vegetal de planície com poucas árvores, composta por herbáceas e pequenos bosques, similar à pradaria, embora este último tipo de planície – que ocorre em climas mais úmidos – contenha gramíneas mais altas em relação à estepe). O relevo é marcado por inselbergs (morros residuais com entorno plano).

    Domínio herbáceo: Domínio das pradarias As áreas de coxilhas subtropicais com pradarias mistas são também denominadas Pampas ou Campos Sulinos. Apresentam um relevo formado por coxilhas (colina aplainada) recobertas por vegetação herbácea, isto é, vegetação rasteira, como as gramíneas. O clima predominante é o subtropical.

    Domínio amazônico: O domínio das terras baixas florestadas equatoriais é caracterizado pela Floresta Amazônica, com vegetação latifoliada, higrófila, hidrófila, grande biodiversidade e três extratos de vegetação (mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme). O clima é equatorial, quente e úmido, e o relevo é formado por terras baixas (Planície Amazônica) e planaltos residuais. Em geral, os solos da Amazônia são muito desenvolvidos e de baixa fertilidade, com exceção de alguns pontos de terra preta (solo orgânico muito fértil) e solos aluviais (margens dos rios). O principal impacto é o avanço da pecuária, que é responsável por 70% do desmatamento. A extração de madeira e o avanço da soja, somados à atividade pecuária, caracterizam o avanço da fronteira agrícola sobre esse domínio.

  • GABARITO - D

    Cerrado é caracterizado por ter muitos planaltos, o que demonstra poucos morros extensos e picos elevados. Já os mares de morros vem descendo desde "cima" do Brasil até a região sudeste mais ou menos, o que é explicado pelo "pães de áçucar".

    CAVEIRA!


ID
2428084
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

    A Pegada Hídrica é uma ferramenta de gestão de recursos hídricos que indica o consumo de água doce com base em seus usos direto e indireto. “Precisamos desconstruir a percepção de que a água vem apenas da torneira [um uso direto] e que simplesmente consertar um pequeno vazamento é o bastante para assumir uma atitude sustentável”, ressalta Albano Araujo, coordenador da Estratégia de Água Doce da Nature Conservancy.
(www.wwf.org.br. Adaptado.)
Considerando o excerto e os conhecimentos acerca do consumo de água no planeta, é correto afirmar que o uso indireto de água doce corresponde

Alternativas
Comentários
  • O consumo de água indireto está relacionado ao conceito de água virtual, que consiste na quantidade de água gasta para produzir um bem, produto ou serviço.

  • Água adequada para o consumo humano é mais escassa do que imaginamos. No texto de apoio temos a citação de usos direto e indireto da água. O uso direto é o abastecimento do consumidor doméstico. O enunciado questiona o que seria um uso indireto. 

    A) Isso também é uso direto já que a própria água está presente na relação de consumo.

    B) Segue sendo uso direto independente da origem.

    C) Diversos processos de fabricação utilizam grandes quantidade de água. Essa água sequer imaginamos ter sido utilizada. Isso sim configura o uso indireto. Afirmativa correta.

    D) Reuso ainda tem água chegando em uso direto.

    E) Ainda se configura o uso direto nesse caso independente da forma de abastecimento.


    Considerações finais:


    O Brasil possui a maior disponibilidade hídrica do planeta e mesmo assim por falta de infraestrutura de planejamento ainda temos áreas de escassez onde partes consideráveis da população sofre com falta de água. Tratados internacionais, políticas de sustentabilidade em governos e empresas e até mesmo conflitos armados pelo controle da água já estão ocorrendo pelo mundo. Todos estes fatores tornam o item extremante importante de ser estudado e recorrente nas provas.

    Gabarito: C
  • A famosa água virtual, que é aquela usada de forma indireta, essa é necessária para o processo produtivos de alguns produtos, a água direta é aquela que consumimos.

    LETRA C

    APMBB


ID
2428090
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

   O governo americano está sendo processado, pela primeira vez, por quem nem nasceu ainda. Quem assina o processo, em nome das “futuras gerações”, também não está por aqui há muito tempo: são 21 crianças e adolescentes de 8 a 19 anos que registraram uma ação contra Barack Obama, presidente dos Estados Unidos. Eles acreditam que os governantes não estão fazendo o suficiente para salvar o planeta do aquecimento global. Um dos argumentos do grupo é que as autoridades conhecem os danos potenciais dos combustíveis fósseis há décadas: já se sabia que reduzir a emissão desses gases era necessário para dar condições razoáveis de vida a gerações futuras – e por isso eles acusam o Estado de estar infringindo seus direitos constitucionais.
(www.super.abril.com.br, 26.04.2016. Adaptado.)
Tal denúncia relaciona-se, em larga medida, ao não cumprimento dos objetivos propostos no

Alternativas
Comentários
  • Temos um texto de apoio que aborda esforços diplomáticos para lidar com mudanças climáticas e aquecimento global. O enunciado aborda o não cumprimento dos objetivos propostos num acordo internacional. Devemos buscar a alternativa correta.

    Análise das alternativas

    A) Tratado de delimitação de fronteiras na América do Sul no século XVIII

    B) Tratado de integração entre países europeus que lança as sementes da futura União Europeia.

    C) Protocolo de Quioto que foi o primeiro grande compromisso internacional para a redução das emissões da gases componentes de efeito estufa como forma de reduzir os impactos do aquecimento global. Afirmativa correta

    D) Evento de criação do MERCOSUL.

    E) Acordo internacional de biossegurança 

    Considerações finais:

    O protocolo de Quioto já foi superado por um acordo maior e mais amplo que é o Acordo de Paris o maior e mais ambicioso acordo climático da história, prevendo cotas de emissão e redução, políticas de compensação para reduções entre outras medidas revolucionárias. A grande ausência é a retirada unilateral norte americana que argumenta sobre os prejuízos causados pelo acordo a sua economia.  
    Gabarito: C
  • "Eles acreditam que os governantes não estão fazendo o suficiente para salvar o planeta do aquecimento global. "

    O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional entre os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), firmado com o objetivo de se reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e o consequente aquecimento global

    Resposta Correta: Letra C

  • Tratado de Madrid: Tratado de 175o entre PORTUGAL e ESPANHA para redefinir o tratado de Tordesilhas.

    Tratado de Roma: Depois de tornou a União Europeia.

    Protocolo de Quioto: Redução de gases de efeito estufa.

    Tratado de Assunção: Depois se tornou o Mercosul.

    Protocolo de Cartagena: Um protocolo relacionado a biodiversidade.

    Alternativa correta é a C, pois está relacionada ao texto.


ID
2428096
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Texto 1
  Estamos em uma situação aterradora: dos lados da direita e da esquerda há ausência de pensamento. Você conversa com alguém da direita e vê que ele é capaz de dizer quatro frases contraditórias sem perceber as contradições. Você conversa com alguém da extrema esquerda e vê o totalitarismo que também opera com a ausência do pensamento. Então nós estamos ensanduichados entre duas maneiras de recusar o pensamento.
(Marilena Chaui. “Sociedade brasileira: violência e autoritarismo por todos os lados”. Cult, Fevereiro de 2016. Adaptado.)
Texto 2
   O fenômeno dos coletivos é um traço regressivo no embate com a solidão do homem moderno. É uma tentativa, canhestra e primitiva, de “voltar ao útero materno” para ver se o ruído insuportável da realidade disforme do mundo se dissolve porque grito palavras de ordem ou faço coisas pelas quais eu mesmo não sou responsabilizado, mas sim o “coletivo”, essa “pessoa” indiferenciada que não existe.
(Luiz Felipe Pondé. “Sapiens x abelhas”. Folha de S.Paulo, 23.05.2016. Adaptado.)
Sobre os textos, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Da forma como estão formatados os textos a serem comparados, o enunciado e as alternativas temos uma questão de interpretação de textos onde são necessários também conhecimentos de História e  Filosofia para sua adequada resolução. No primeiro texto há uma crítica à renúncia do pensamento como ponto de partida para atuação política na sociedade contemporânea e como o autoritarismo pode contemplar os objetivos de diferentes espectros políticos. No segundo texto temos também uma crítica à renúncia de responsabilização individual do homem moderno e mais uma vez de como o autoritarismo pode surgir mesmo do interior de estruturas de atuação aparentemente democráticas.  O enunciado manda apenas comparar os textos.

    Análise das alternativas:

    A) Nenhum dos textos aborda o individualismo tampouco tradições populares.

    B) Ambos os textos abordam tendências autoritárias no campo da política e tocam no tema da ausência de reflexão racional e seus aspectos subjetivos só que a partir de enfoques diferentes entre si. ALTERNATIVA CORRETA

    C) Os ideais iluministas de racionalidade e ponderação só aparecem no primeiro texto.

    D) O primeiro texto critica como emoções podem obscurecer a tomada de decisões racionais e o segundo demonstra como o coletivismo também pode ser autoritário.

    E) O texto 1 de fato destaca a alienação da consciência política mas o 2 critica a participação em coletivos ao invés de valoriza-la. 

    Considerações finais:

    Esta questão demonstrou a importância de um método de estudo que não priorize apenas a absorção de conteúdo das disciplinas mas também a capacidade de refletir sobre ele. A interpretação e a comparação de textos também foram capacidades fundamentais nesse momento.

    Gabarito: B 

ID
2428099
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

    Em maio deste ano, a divulgação do vídeo de uma moça desacordada, vítima de um estupro coletivo, provocou grande indignação na população. Num primeiro momento, prevaleceu a revolta diante da barbárie e a percepção de que o machismo, base da chamada “cultura do estupro”, persiste na sociedade. Passado o primeiro momento, as opiniões divergentes começaram a surgir. Entre os que não veem o machismo como propulsor de crimes desse tipo estão aqueles (e aquelas!) que consideraram os autores do ato uns “monstros”, o que faz do episódio um caso isolado, perpetrado por pessoas más. Houve quem analisasse o fato do ponto de vista da psicologia, sugerindo que, num estupro coletivo, o que importa é o grupo, não a mulher (como ocorre nos trotes contra calouros e na agressão entre torcidas de futebol). Mais uma vez, temos uma reflexão que se propõe explicar os fatos à luz do indivíduo e seu psiquismo. Outros deslocam o problema para as classes sociais menos favorecidas. São os que costumam ficar horrorizados com a existência de favelas, ambientes onde meninas dançam com pouca roupa ao som das letras machistas do funk.
(Thaís Nicoleti. “Discursos em torno da ‘cultura do estupro’”. www.uol.com.br, 09.06.2016. Adaptado.)
Considerando o conjunto dos argumentos mobilizados no texto para explicar a violência contra a mulher na sociedade atual, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2428102
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

  Quando estou dentro do cinema, tudo me parece perfeito, como se eu estivesse dentro de uma máquina de sensações programadas. Mergulho em suspense, em medo, em vinganças sem-fim, tudo narrado como uma ventania, como uma tempestade de planos curtos, tudo tocado por orquestras sinfônicas plagiando Beethoven ou Ravel para cenas românticas, Stravinski para violências e guerras. Não há um só minuto sem música, tudo feito para não desgrudarmos os olhos da tela. A eficiência técnica me faz percorrer milhares de anos-luz de emoções e aventuras aterrorizantes, que nos exaurem como se fôssemos personagens, que nos fazem em pedaços espalhados pela sala, junto com os copos de Coca-Cola e sacos de pipocas. Somos pipocas nesses filmes.
(Arnaldo Jabor. “A guerra das estrelas”. O Estado de S.Paulo, 18.11.2014. Adaptado.)
Esse texto pode ser corretamente considerado

Alternativas
Comentários
  • O texto é uma crítica ao cinema espetáculo onde segundo o autos não há muito espaço para apreciação estética ou reflexão alguma a ser realizada diante da sobreposição de estímulos que o filme causa. O enunciado manda apenas comparar o texto com as alternativas.


    Análise das alternativas:

    A) No texto de apoio há a seguinte passagem "nos exaurem como se fôssemos personagens, que nos fazem em pedaços espalhados pela sala, junto com os copos de Coca-Cola e sacos de pipocas. Somos pipocas nesses filmes." que exemplifica claramente o ponto de vista do autor ao considerar o filme como entretenimento que exagera nos efeitos visuais e sonoros tornando-se uma experiência cansativa em suas palavras. ALTERNATIVA CORRETA.

    B) Ressaltar que a experiência é exaustiva não é avaliação elogiosa.

    C) A música erudita é citada como sendo utilizada de maneira equivocada no filme para valorizar momentos mas sem profundidade na apreciação.

    D) Ser comparado à pipoca no contexto que o autor utilizou não é elogioso.

    E) É possível afirmar que culturalmente elitista é tom da própria crítica do autos do texto à obra, além de não ter críticas no texto se referir a uma única obra.

    Considerações finais:

    A questão demonstrou a importância de uma preparação que vá além da absorção de conteúdo programático das disciplinas clássicas e passe também por leituras, filmes e músicas que componham um acervo de cultura geral que contribua eventualmente para a resolução de questões do tipo.

    Gabarito: A
  • alternativa A

    O texto discute o modo pelo qual certa produção cinematográfica busca a atenção do espectador, menos pelo valor estético que as obras são capazes de produzir em suas configurações artísticas intrínsecas, do que pelo apelo que fazem através da utilização de recursos

    técnicos e procedimentos narrativos de caráter sensacionalista. ETAPA

  • PARA MIM A ALTERNATIVA D TAMBÉM ESTÁ CORRETA,DADO QUE PELA MINHA ANALISE NÃO PERCEBI UMA CRÍTICA,....

  • Também marquei a D nessa questão, apesar de ter músicas e efeitos em abundância, o autor parece gostar da sensação, parece que ele está impressionado com o poder de envolvência desses aspectos empregados no cinema.

    Acho que a frase final do "Somos pipocas nesse filme" tem alguma intepretação que não consegui pegar,


ID
2428105
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seus valores estejam sendo atacados por elementos como os fundamentalistas americanos e o islamismo radical, isto é, pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo”. Estas palavras do historiador britânico Anthony Pagden chegam em um momento em que algumas forças insistem em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo é um projeto importante e em incessante evolução. Proporciona uma imagem de um mundo capaz tanto de alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar-se das restrições do tipo de normas morais oferecidas pelas comunidades religiosas e suas análogas ideologias laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusive, o comunitarismo”, afirma Pagden.
(Winston Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.)
No texto, o Iluminismo é entendido como

Alternativas
Comentários
  • iluminismo, também conhecido como século das luzes ilustração,foi um movimento intelectual e filosófico que dominou o mundo das ideias na Europa durante o século XVIII, "O Século da Filosofia".

    O Iluminismo incluiu uma série de ideias centradas na razão como a principal fonte de autoridade e legitimidade e defendia ideais como liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e separação Igreja-Estado. Na França, as doutrinas centrais dos filósofos do Iluminismo eram a liberdade individual e a tolerância religiosa em oposição a uma monarquia absoluta e aos dogmas fixos da Igreja Católica Romana. O Iluminismo foi marcado por uma ênfase no método científico e no reducionismo, juntamente com o crescente questionamento da ortodoxia religiosa - uma atitude capturada pela frase Sapere aude (em português: "Atreva-se a conhecer".

  • e. uma experiência intelectual racional e emancipadora, de origem europeia, porém passível de universalização.

  • O iluminismo, movimento intelectual do século XVIII, valorizava a autonomia, a liberdade e a emancipação dos homens, princípios que, segundo o texto, ainda são considerados corretos e podem ser universalizados.

  • A UMA DIFERENÇA ENTRE COESÃO E COERENCIA , O TEXTO NÃO FALA NADA DO SEC XVIII

  • É interessante ver como Winston Manrique Sabogal, neste trecho de “'O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo" entende o movimento intelectual do século XVIII, essencialmente anglo-francês, como um projeto muito maior do que ele mesmo. Ou seja, os ideais defendidos, as reflexões propostas não embasam filosófica e ideologicamente apenas a transformações históricas imediatamente posteriores mas, são vivos e pertinentes hoje e, quem sabe, o serão ainda por um bom tempo. Em síntese é o que diz o trecho transcrito. Portanto, pergunta-se como pode, então, ser entendido (ou qualificado) o movimento Iluminista que ocorreu na Europa Ocidental no século XVIII.
    Analisando as alternativas:
    A) ERRADA. Esta alternativa pode induzir ao erro pois poucas palavras invalidam a afirmativa. Uma leitura apressada pode levar à uma interpretação errônea. O Iluminismo propõe ideais políticos e filosóficos, mas não religiosos. E, não são contra a hegemonia do Ocidente e sim contra a hegemonia de reis e da Igreja . “Abalar os tronos e derrubar os altares", este era seu lema.

    B) ERRADA. O Iluminismo foi, sim, um movimento intelectual que valorizava a razão, a liberdade e a autonomia mas, não foi, e não é, circunscrito ao século XVIII. É exatamente sua existência além de seu tempo histórico que é defendida pelo autor.

    C) ERRADA. Do Iluminismo nascerão teorias “científicas" e “lógicas" que terão por objetivo a legitimação da dominação imperialista e colonialista. Porém, somente no século XIX e, não se pode fazer uma relação tão imediata e direta com o movimento iluminista.

    D) ERRADA. O eurocentrismo do movimento iluminista está presente em alguns autores e em outros nem tanto. No entanto, ao contrário do que diz a afirmativa, os iluministas, via de regra, negavam uma universalidade teológica por ser ela não racional. Os homens nascem iguais e assim são por serem humanos e não por serem filhos de Deus. Aliás, o pensamento teológico strictu sensu é criticado e entendido como não científico

    E) CORRETA. Esta alternativa apresenta uma síntese do que o autor defende no trecho acima. O projeto Iluminista ultrapassa a sua temporalidade e a sua origem geográfica. É europeu, mas universal. É do século XVIII mas nos dá base e fundamento para entendermos e analisarmos fenômenos contemporâneos.

    RESPOSTA CORRETA: E

  • É interessante ver como Winston Manrique Sabogal, neste trecho de “'O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo" entende o movimento intelectual do século XVIII, essencialmente anglo-francês, como um projeto muito maior do que ele mesmo. Ou seja, os ideais defendidos, as reflexões propostas não embasam filosófica e ideologicamente apenas a transformações históricas imediatamente posteriores mas, são vivos e pertinentes hoje e, quem sabe, o serão ainda por um bom tempo. Em síntese é o que diz o trecho transcrito. Portanto, pergunta-se como pode, então, ser entendido ( ou qualificado) o movimento Iluminista que ocorreu na Europa Ocidental no século XVIII.
    Analisando as alternativas:
    A) ERRADA. Esta alternativa pode induzir ao erro pois poucas palavras invalidam a afirmativa. Uma leitura apressada pode levar à uma interpretação errônea. O Iluminismo propõe ideais políticos e filosóficos , mas não religiosos . E, não são contra a hegemonia do Ocidente e sim contra a hegemonia de reis e da Igreja . “Abalar os tronos e derrubar os altares", este era seu lema.
    B) ERRADA. O Iluminismo foi, sim , um movimento intelectual que valorizava a razão, a liberdade e a autonomia mas, não foi, e não é, circunscrito ao século XVIII. É exatamente sua existência além de seu tempo histórico que é defendida pelo autor.
    C) ERRADA. Do Iluminismo nascerão teorias “científicas" e “lógicas" que terão por objetivo a legitimação da dominação imperialista e colonialista. Porém, somente no século XIX e , não se pode fazer uma relação tão imediata e direta com o movimento iluminista.
    D) ERRADA. O eurocentrismo do movimento iluminista está presente em alguns autores e em outros nem tanto. No entanto, ao contrário do que diz a afirmativa, os iluministas , via de regra, negavam uma universalidade teológica por ser ela não racional . Os homens nascem iguais e assim são por serem humanos e não por serem filhos de Deus. Aliás, o pensamento teológico strictu sensu é criticado e entendido como não científico
    E) CORRETA. Esta alternativa apresenta uma síntese do que o autor defende no trecho acima. O projeto Iluminista ultrapassa a sua temporalidade e a sua origem geográfica. É europeu, mas universal. É do século XVIII mas nos dá base e fundamento para entendermos e analisarmos fenômenos contemporâneos.

    RESPOSTA CORRETA: E


ID
2428108
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia

  A genuína e própria filosofia começa no Ocidente. Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência. No esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um povo se reconheça livre, eis o que constitui o seu ser, o princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção do nosso ser essencial no sentido de que a liberdade pessoal é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte, não podemos ser escravos. O estar às ordens de outro não constitui o nosso ser essencial, mas sim o não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno da verdadeira e própria filosofia.
(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.)
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia

Alternativas
Comentários
  • A concepção hegeliana de liberdade pode ser compreendida de forma geográfica. Ela se move do Oriente para o Ocidente uma vez que no Oriente somente os imperadores gozam de liberdade, enquanto que no Ocidente a liberdade se espraia entre os indivíduos, mesmo os mais simples. Somente em um ambiente com tal organização seria possível para a Filosofia e toda a sua liberdade questionadora verdadeiramente florescer, pois segundo Hegel, "a liberdade pessoal é uma condição fundamental" do ser. Assim sendo, para Hegel, somente no Ocidente a verdadeira Filosofia pode existir por ser ela possível somente onde a liberdade individual e, dessa forma, a expansão da capacidade racional se encontre livre.

    A resposta é letra D.

    A letra A está errada, pois Hegel compreende a filosofia como o exercício da liberdade plena.
    A letra B está errada, pois para Hegel onde há regime opressor e que controle o pensamento, a verdadeira filosofia não poderá se desenvolver.
    A letra C está errada, pois, para Hegel, a verdadeira filosofia se afasta das paixões para dar valor somente à potência racional.
    A letra E está errada, pois Hegel considera que sim há padrões universais de julgamento, tanto que se permite comprar a capacidade racional dos homens orientais com os homens ocidentais e considerar que uma condição fora do homem, da estrutura política, pode ser o diferencial na capacidade e potencialidade racional.

    Gabarito: Letra D.

ID
2428111
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

    Nossa felicidade depende daquilo que somos, de nossa individualidade; enquanto, na maior parte das vezes, levamos em conta apenas a nossa sorte, apenas aquilo que temos ou representamos. Pois, o que alguém é para si mesmo, o que o acompanha na solidão e ninguém lhe pode dar ou retirar, é manifestamente mais essencial para ele do que tudo quanto puder possuir ou ser aos olhos dos outros. Um homem espiritualmente rico, na mais absoluta solidão, consegue se divertir primorosamente com seus próprios pensamentos e fantasias, enquanto um obtuso, por mais que mude continuamente de sociedades, espetáculos, passeios e festas, não consegue afugentar o tédio que o martiriza.
(Schopenhauer. Aforismos sobre a sabedoria de vida, 2015. Adaptado.)
Com base no texto, é correto afirmar que a ética de Schopenhauer

Alternativas
Comentários
  • A ética de Schopenhauer valoriza a individualidade, a riqueza espiritual, ou seja, dá maior relevância às capacidades intelectuais que os homens cultivam na solidão.

  • O texto é do importante filósofo alemão do século XIX Arthur Schopenhauer  que desenvolveu importante contribuição ao chamado "pessimismo filosófico" no entanto, a questão não é sobre a obra ou mesmo sobre o próprio filósofo sendo muito mais uma reflexão sobre a interpretação do texto e sua correlação com as alternativas. O texto em si trata da importância muito maior que o autor atribui ao ser do que ao possuir, tecendo uma crítica à acumulação simplista de bens materiais em detrimento do desenvolvimento da riqueza espiritual não necessariamente do ponto de vista religioso.
    O enunciado compara a Ética de Schopenhauer às alternativas.

    Análise das alternativas:

    A) Não, ele critica severamente o consumo como algo capaz de elevar o espírito humano.

    B) Schopenhauer  fala de um homem espiritualmente rico como alguém capaz de sentir realizado até em solidão sendo essa uma das mais importantes capacidade do ser humano. AFIRMATIVA CORRETA.

    C) É exatamente o contrário do que se afirma aqui. As qualidades intelectuais são como riquezas que acompanharão uma pessoa por toda sua existência e elevarão seu espírito.

    D) A riqueza material e o consumo são o ponto da crítica do texto e não sua valorização.

    E) Apesar de falar em elevação do espírito o autor não está tratando de aspectos religiosos em sua obra.

    Considerações finais:

    A questão nos demonstra que tão importante quanto conhecer os principais aspectos da obra dos mais relevantes filósofos é a capacidade de interpretar e relacionar suas ideias mesmo que seja a primeira vez que se tem contato com o fragmento de texto. Ou seja a capacidade de leitura e interpretação é tão importante quanto os conteúdos  conhecidos anteriormente. 

    Gabarito: B

ID
2428117
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Em uma matéria sobre o papel das plantas na redução da concentração atmosférica dos gases do efeito estufa, consta a seguinte informação:
O vegetal “arranca” o carbono, que é o C do CO2 , para usar de matéria-prima para o seu tronco, e devolve para a atmosfera o O2 , ou seja, oxigênio.
(Superinteressante, maio de 2016. Adaptado.)
Tal informação refere-se à

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

     

    No fenômeno da fotossíntese, a planta utiliza água e gás carbônico. Nesse processo, ocorre fotólise da água, o que resulta na liberação do O2 e na liberação do hidrogênio, que será utilizado na síntese de compostos orgânicos como polissacarídeos (celulose), componentes da matéria-prima de troncos e glicose, que será utilizada na respiração celular.

  • Todo ser vivo precisa de energia e matéria orgânica para crescer e manter seu metabolismo. Nos vegetais, esse alimento é produzido pela fotossíntese, através da captação da luz do sol pelo pigmento clorofila. A fotossíntese é um processo metabólico onde organismos autótrofos transformam CO2 e água (H2O) em glicose e oxigênio. Esse processo funciona de acordo com a seguinte fórmula: 
    6 CO2 + 12 H2O + luz = C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O
    A fotossíntese ocorre em duas etapas, a fase luminosa e a fase escura. A fase luminosa ocorre durante o dia, quando há luz, onde moléculas de ATP são formadas e moléculas de água quebradas (fotólise). Essa quebra transforma o NADP em NADPH2 e libera O2 para a atmosfera. O NADP transporta hidrogênios para que ocorra a fase escura no estroma, usando os hidrogênios extras do NADPH2 e a energia do ATP para formar a glicose numa reação com CO2. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia, 2011)


    Analisando as alternativas sobre o processo de redução dos gases do efeito estufa (ex. CO2):
    a) respiração celular é a quebra da glicose para a obtenção de energia, nos vegetais a fotossíntese gera glicose. Incorreta.
    b) fotossíntese, mas a planta não separa o C do O2 e o devolve para a atmosfera, ocorre uma reação onde apenas no final do processo moléculas de O2 são liberadas. Incorreta.
    c) fotossíntese, porém o carbono do CO2 não é utilizado fora da reação com H2O. Incorreta.
    d) fotossíntese e está incorreta, uma vez que o oxigênio liberado para atmosfera provém da reação de decomposição da água, e não do CO2 que a planta capta da atmosfera. Correta.
    e) respiração celular é a quebra da glicose, a fotossíntese gera glicose, água e O2. Incorreta.

    Gabarito do professor: Letra D.

  • CONTINUAÇÃO 2:

    *Quem faz a fotossíntese?

     Plantas, algas,cianobactérias, e bactérias fotossintetizantes.

    Existem fatores externos e interno que determinam a quantidade de fotossintese que uma planta vai fazer:

    FATORES INTERNOS: formato da folha se tá danificado ou não, quantidade de clorofila e a abretura dos estômatos.

    FATORES EXTERNOS: Luz,quantidade de CO2 e a temperatura.

    Luz e Fotossíntese

    *O cloroplasto possui Clorofila que converte a luz em energia, o seu ótimo de energia ocorre na luz azul e vermelho, refletindo o verde, que não é absorvido;

    Intensidade Luminosa

    * Quanto mais intensidade da luz, maior a velocidade da reação, mas tem um limite;

    *Ponto de compensação (ponto fótico) é o ponto em que a planta produz a mesma quantidade de (O2) que a planta consome, ou seja, se ela resceber mais luz ela vai liberar mais O2 do que consumir.

    Temperatura e Fotossíntese

    *A taxa de fotossíntese tem o seu ponto ideal em média é 35ºC passou disso as proteínas desnaturam caindo a taxa,temperaturas muito baixas também diminuem a taxa de fotossíntese, dependendo da planta . 

    CO2 e a Fotossíntese

    *Quanto maior a concentração de CO2 maior a taxa de fotossíntese, mas também tem o seu limite.

    Crédito de Carbono, sequestro de CO2:

    *Empresas plantam árvores para poder produzir CO2.

  • CONTINUAÇÃO 1:

    Etapa Fotoquímica em detalhes:

    *É a Etapa que converte a energia luminosa em energia química;

    *Existem dois Fotossistemas, a diferença entre eles é que o fotossistema II consegue captar ondas luminosas em P680 (nanômetros), e o fotossistema I consegue captar ondas luminosas em P700 (nanômetros);

    *foi descoberto primeiro Fotossistema I e depois o II;

    * A luz atinge as Clorofilas, que ocorre a quebra água (hidrólise),o gás Oxigênio é liberado, os elétrons são energizados pela energia luminosa, que vem da periferia até o centro de reações, onde tem clorofilas especializadas, que convertem os elétrons em energia por proteínas de membranas (Citocromos- proteínas transportadoras de elétrons), e levam esses elétrons até o outro fotossistema(I), produzindo ATP;

    Enquantos os elétrons estão sendo carregados para o outro fotossistema, eles estão perdendo energia, então quando chegam no fotossistema I com pouca energia, a luz que também chega no fotossistema I energiza esses elétrons, que chegam no centro, e agora serão utilizados para a produção do NADPH;

    * O NADPH carrega os elétrons e o Hidrogênio;

    * Esse é o processo ACÍCLICO, porque há necessidade de repor elétrons por quebra da água no fotossistema II; e lembre-se está ocorrendo na membrana do Tilacóide;

    *O processo CÍCLICO ocorre apenas no fotossistema I, e não ocorre a quebra da água, os elétrons eles são energizados pela luz e são utilizados apenas para a fabricação de ATP, os elétrons voltam para o fotossistema I formando um ciclo. Repare o fotossistema I ele atua tento no sistema ACICLICO como no sistema CICLICO enquanto o fotossistema II só ocorre no processo ACICLICO.

    IMPORTANTE!!

    A planta faz fotossintese e libera glicose e gás oxigênio, esse O2 é residuo e vai para atmosfera, dentro das células das plantas também tem as motocôndrias essas motocôndrias agora usam a glicose e o O2 para produzir ATP em massa para planta e consequnetemente a planta consegue usar o ATP, e dependenso da planta ela libera mais O2 do que consome e consequentemente a nossa atmofera fica com muito mais O2

    *LEMBRANDO que o maior produtor de O2 são as algas;

  • RESUMINHO

    O que é fotossíntese? 

    É uma captura de CO2 para a síntese da matéria orgânica com a presença de LUZ., ou seja, é todo alimento que tem energia do sol, até os de origem animal, pois o animal consome vegetais que recebem essa energia;

    *Sem o sol, sem energia, sem vida;

    *Os autótrofos ( conseguem produzir seu próprio alimento) fabricam as substâncias orgânicas, o sol fornece a energia em forma de luz para as plantas, nas plantas existe o cloroplasto, que contém a clorofila de pigmentação verde, convertendo a energia luminosa em energia química e para isso utiliza o CO2 (dióxido de carbono)+H2O (água) que libera o O2 (oxigênio)e tem como produto a Glicose;

    *O que é necessário para uma planta fazer fotossíntese?

     6CO2 + 12H2O ----luz e pigmentos fotosintéticos ----» C6H12O6 (Glicose) + 6H2O (água)+6O2(Oxigênio);

    * ESSE O2 LIBERADO NA FOTOSSÍNTESE NÃO VEM DO CO2, VEM DA QUEBRA DA ÁGUA H2O!

    *H2O é fonte de Hidrogênios e Elétrons e libera O2 para atmosfera;

    *CO2 é fonte de carbono para o composto orgânico;

    *Onde ocorre a fotossíntese?

     Nas células das folhas onde existe uma organela chamada Cloroplasto. Dentro dos cloroplastos possui os Granum que tem a membrana chamada tilacóide nessa membrana do tilacoide estão a clorofila organizadas no complexo antena, na membrana do tilacóide é onde ocorre uma das fases da fotossíntese, enquanto a outra fase de fotossíntese ocorre no Estroma, no gel que se localiza dentro da organela do Cloroplasto;

    *O complexo antena se liga à proteínas, formando o fotossistema, nos Complexos Antenas tem a clorofila que são os pigmentos fotossintetizantes que possuem: clorofila a,b,c, e o Caroteno;

    *Ter diferentes tipos de clorofila faz com que captem diferentes comprimentos de onda da luz, otimizando assim a captação da energia luminosa;

    * É nos fotossistemas que ocorre a converção de energia luminosa em enregia química.

    *A luz tem um comprimento de onda, e o que a gente enxerga é um espaço muito pequeno do comprimento de luz que existe, a cor que a gente enxerga é a cor que não foi absorvida, a planta verde ela não absorveu a cor verde e refletiu, logo a Clorofila absorve muito bem a cor vermelha e azul, e consequentemente reflete a luz verde.

    Etapas da Fotossíntese: 

    *A 1ª Etapa, se chama Etapa Fotoquímica(clara), que acontece na membrana do Tilacóide;

    *A planta absorve luz, pega a água e libera O2 como resíduo, e produz ATP (é a molécula energética) e NADPH (carrega elétrons) ;

    *A 2ª Etapa, se chama Etapa Química (escura), que acontece no Estroma;

    * Nessa etapa clara o ATP e o NADPH serão utilizados com o CO2, para a produção de matéria orgânica, o ATP se transforma em ADP, e o NADPH se transforma em NADP, que voltam para a etapa fotoquímica;

    * Ambas as fases ocorrem no dia, se uma para a outra para também porque a etapa clara depende da luz e a etapa escura depende do que a etapa clara produziu;


ID
2428132
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Uma professora de Biologia explicava a seus alunos que o daltonismo para a cor verde é determinado por um gene recessivo ligado ao sexo.
Paulo e Luísa, um casal de gêmeos que estudava na mesma sala, disseram que eram daltônicos para a cor verde. A professora perguntou se outras pessoas da família também eram daltônicas e os gêmeos responderam que outras duas pessoas tinham o mesmo tipo de daltonismo. Para descobrir quais eram essas pessoas, a professora fez mais algumas perguntas aos gêmeos e descobriu que eles não tinham outros irmãos, que seus pais eram filhos únicos e que seus avós ainda eram vivos.
As outras duas pessoas daltônicas da família eram

Alternativas
Comentários
  • Pai e avô materno

  • A genética explica os seres vivos apresentarem características semelhantes às do pai e da mãe. Os genes são os responsáveis pela transmissão dos caracteres a cada geração. Na maioria das espécies, o sexo é determinado pelos genes que estão situados em cromossomos. Dentro do núcleo de cada célula estão os cromossomos, que são corpúsculos compactos em forma de bastonetes. A espécie humana apresenta 44 autossomos e 2 cromossomos sexuais (46, XX para sexo feminino e 46, XY para sexo masculino), totalizando 46 cromossomos, e apenas os sexuais carregam informações genéticas relacionadas ao sexo. Um gene dominante manifesta um fenótipo, sendo o outro alelo dominante ou recessivo, mas um gene recessivo apenas manifesta seu fenótipo se tiver outro alelo também recessivo. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia, 2011)

    De acordo com os dados da questão: 
    XdXd - daltonismo para a cor verde (cromossomo X com alelo alterado)
    Os gêmeos Paulo e Luisa apresentam genótipos XdXd, XdY e fenótipos daltonismo para verde.


    Para que essa herança ligada ao sexo se apresente nos dois filhos, o pai e a mãe obrigatoriamente precisam ter a característica no cromossomo Xd. Como o pai (XdY) possui apenas um cromossomo X, ele já determina a herança recebida, por isso apresenta o daltonismo. A mãe (X--Xd) possui dois cromossomos X, então ela terá o gene, mas pode apresentar visão normal caso o outro gene seja dominante (XDXd), ou apresentar também o daltonismo, sendo os dois genes recessivos (XdXd). Como o pai apresentou o daltonismo, os avós paternos precisariam apresentar ao menos um gene recessivo para daltonismo (Xd), então a avó (X--Xd) não há como confirmar, e o avô (XdY), por possuir apenas um cromossomo X que carrega a herança sexual, apresenta daltonismo.
    - O pai é daltônico, a mãe não há como confirmar.
    - O avô paterno é daltônico, mas a avó paterna não há como confirmar.
    - Os avós maternos não se pode afirmar.
    As outras duas pessoas daltônicas da família eram:
    a) o pai e o avô materno dos gêmeos. Correta.
    b) a mãe e a avó materna dos gêmeos - não há como confirmar. Incorreta.
    c) a mãe e a avó paterna dos gêmeos - não há como confirmar. Incorreta.
    d) o pai (é daltônico) e a mãe dos gêmeos (não se pode afirmar). Incorreta.
    e) o avô materno e a avó paterna dos gêmeos - não se pode afirmar. Incorreta. 

    Gabarito do professor: Letra A.

  • Ainda percebi uma outra combinação possível: pai daltônico e avó materna daltônica. Da mesma forma atenderia o comando da questão de ter apenas mais duas pessoas na família daltônicas. Alguém mais chegou a essa conclusão?


ID
2428144
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Em um experimento, um estudante realizou, nas Condições Ambiente de Temperatura e Pressão (CATP), a eletrólise de uma solução aquosa de ácido sulfúrico, utilizando uma fonte de corrente elétrica contínua de 0,200 A durante 965 s. Sabendo que a constante de Faraday é 96 500 C/mol e que o volume molar de gás nas CATP é 25 000 mL/mol, o volume de H2 (g) desprendido durante essa eletrólise foi igual a

Alternativas
Comentários

ID
2428174
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Radares são emissores e receptores de ondas de rádio e têm aplicações, por exemplo, na determinação de velocidades de veículos nas ruas e rodovias. Já os sonares são emissores e receptores de ondas sonoras, sendo utilizados no meio aquático para determinação da profundidade dos oceanos, localização de cardumes, dentre outras aplicações.
Comparando-se as ondas emitidas pelos radares e pelos sonares, temos que:

Alternativas
Comentários
  • a) Errada, as ondas emitidas pelos radares(rádio) não são ondas mecânicas, pois não necessitam de um meio para se propagar.Ondas sonares são mecânicas pois precisam de um meio para se propagar.

    b) Errada, apenas ondas sonoras dependem de um meio para se propagar e quanto mais denso for o meio, maior será sua velocidade de transmissão.

    c) Errada, as ondas de rádio têm oscilação transversal e as ondas sonoras oscilação longitudinal.

    d) Certa, a frequência de oscilação depende apenas da fonte.

    e) Errada, a velocidade de propagação de ondas eletromagnéticas(rádio) é maior que ondas mecânicas(sonoras).

  • Ondas eletromagnéticas são. Exemplo: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x e raios gamas. Ondas mecânicas podem ser transversais ou longitudinais. O som é uma onda longitudinal.


ID
2428189
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma companhia de engenharia de trânsito divulga o índice de lentidão das ruas por ela monitoradas de duas formas distintas, porém equivalentes. Em uma delas, divulga-se a quantidade de quilômetros congestionados e, na outra, a porcentagem de quilômetros congestionados em relação ao total de quilômetros monitorados.
O índice de lentidão divulgado por essa companhia no dia 10 de março foi de 25% e, no mesmo dia e horário de abril, foi de 200 km. Sabe-se que o total de quilômetros monitorados pela companhia aumentou em 10% de março para abril, e que os dois dados divulgados, coincidentemente, representavam uma mesma quantidade de quilômetros congestionados na cidade. Nessas condições, o índice de congestionamento divulgado no dia 10 de abril foi de, aproximadamente,

Alternativas
Comentários
  • No dia 10 de março 25% (25/100) da via estava congestionada, ou seja, de cada 100 km, 25 km estavam congestionados.

    Já dia 10 de abril, havia 200 km congestionados ( o mesmo valor para março)

    Logo:

    10 de março:

    25 km congestionados ----- 100 km

    200 km congestionados ----- X

    X = 800 km

    Sabendo que em março tínhamos 800 km sendo monitorados, em abril o total de quilômetros monitorados será 10 % maior, isto é, 880 km.

    Sendo assim,

    880 km monitorados ---- 100%

    200 km congestionados ---- Y

    Y = 22,7 % ( aproximadamente 23 % )