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Prova VUNESP - 2018 - Prefeitura de Buritizal - SP - Professor de Educação Básica II - História


ID
3105115
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

Segundo o autor,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.

    → Ou seja, o processo de envelhecimento torna possível que a memória selecione mais fatos e simplesmente os levem ao esquecimento.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Achei que essa alternativa estava errada porque o texto não fala que o envelhecimento faz isso e sim que a MEMÓRIA faz - e por conta própria.

    [...] a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.

    =/

  • achei forçado essa interpretação.... não existe a possibilidade de apagar da memória os eventos... é a memória que faz isso de forma autoritária, capaz de suprimir por conta própria

  • Justificativas

    a) Erro de extrapolação, pois em nenhum momento houve afirmação que o aspecto físico poderia ser conservado

    b) Correta. O envelhecimento faz com que esqueçamos das coisas ruins da juventude e, por isso, passemos a achar que só o passado valeu a pena (muito comum nos idosos em geral, especialmente nos viúvos da ditadura)

    c) Errada. Erro de contradição

    d) Errada. Erro de contradição. A velhice nunca foi bem aceita pelo ser humano

    e) Errada. O enunciador acrescentou opinião própria nessa assertiva


ID
3105118
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

No contexto, a afirmação do autor segundo a qual “a memória é editora autoritária” caracteriza-se pelo emprego de palavras em sentido

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    → Voltando ao texto observamos com mais clareza a resposta: Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.

    → Ou seja, foi usado o sentido figurado, irreal, conotativo, sentido de "conto de fadas" para expressar que a memória é seletiva, ela seleciona e esquece experiências traumáticas.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3105121
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

Observe as palavras destacadas nas frases a seguir:

Lidar com a inexorabilidade desse processo…
… criar soluções diante da adversidade
… comem com parcimônia

Essas palavras têm sinônimos adequados, respectivamente, em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → Lidar com a inexorabilidade desse processo… … criar soluções diante da adversidade… … comem com parcimônia… → queremos sentidos semelhantes, sentidos sinonímicos:

    → "inexorabilidade" equivale a: crueldade, implacabilidade, austeridade, imutabilidade;

    → "adversidade" equivale a: revés, uma situação contrária, indesejável;

    → "parcimônia" equivale a: poupar, economizar, comedir, moderar, controlar, medir.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Chute de final de Copa do Mundo!

  • acertei pela lógica D kkk

  • acertei não sei se pela lógica ou pelo chute, mas acertei!!

  • INEXORABILIDADE: inexorabilidade implica uma atitude de alguém que não cede perante pressões ou pedidos de outras pessoas, ou uma decisão que não pode ser mudada.


ID
3105124
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

A alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades… – com correção e sem alteração de sentido é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → – Ainda que maldigamos o envelhecimento → temos uma conjunção subordinativa concessiva, procuramos esse mesmo valor:

    A) Apesar de maldizermos o envelhecimento... → correto, conjunção com o mesmo valor, outras com esse valor: embora, malgrado, não obstante (seguido de verbo no subjuntivo), se bem que, conquanto, nem que, mesmo que...

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Assertiva A

     concessiva

  • gab. A

    Li rápido e confundi o CONTANTO com o CONQUANTO :/

    Contanto que: CONDICIONAL

    Conquanto: CONCESSIVA

    CONCESSIVAS: quando mesmo, dado que, em que, mesmo que, conquanto, ainda que, posto que, embora, apesar de.....

  • CORRETA: A

    As bancas amam as conjunções concessivas. Adoram trocar o porquanto (causal ou explicativa) com o conquanto (concessivo) ou ainda com o contanto (condicional).Lembrando que as concessivas são uma quebra de expectativa, uma exceção.Ex: " Embora haja problemas, o brasileiro ri da própria desgraça".

    Fonte: Curso online do Pablo Jamilk.

    Abraço, colegas. Bons estudos a todos.

  • GABA a)

    Concessiva Embora, conquanto, ainda que, apesar de, posto que, mesmo que, para que, malgrado.

  • A frase do enunciado traz ideia de concessão (um fato que poderia interromper/atrapalhar a ocorrência de outro mas que não o faz). Logo, a conjunção "assim" pode ser substituída por outra de mesmo valor. Deste modo, o gabarito é a letra A. As outras opções trazem as seguintes ideias:

    letra b: nesse caso, até é advérbio de inclusão.

    letra c: contanto é uma conjunção condicional

    letra d: portanto é uma conjunção conclusiva

    letra é: sempre é uma conjunção temporal.


ID
3105127
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

A palavra “que” é um pronome empregado para retomar uma informação anterior na frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) ... é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante. → temos uma conjunção integrante, equivale a "isso" e dá início a uma oração subordinada substantiva subjetiva: Isso é possível.

    B) Achei que estava bem na foto → conjunção integrante, equivale a "isso" e dá início a um oração subordinada substantiva objetiva direta: achei ISSO.

    C) Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. → correto, temos um pronome relativo, retoma o termo "cabelos brancos", pode ser substituído por "os quais".

    D) ... é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos → conjunção integrante, equivale a "isso" e dá início a uma oração subordinada substantiva objetiva direta: aceitar ISSO.

    E) Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele... → o "que" faz parte da locução conjuntiva subordinativa concessiva "ainda que".

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • CORRETA: C

    É interessante, senhores, que tenhamos em mente alguns aspectos relacionados às conjunções integrantes. Quando se puder substituir o QUE/SE por isto/isso, estaremos diate delas. Elas introduzem um oração subordinada substantiva. Cabe ressaltar, ainda, que a conjunção integrante não retoma termo anterior/não tem função sintática

    Fonte: meus resumos

    Abraço, colegas. Bons estudos a todos. ..

  • Gabarito: C

    Quase não havia cabelos brancos entre os poucos (cabelos brancos) que sobreviviam

  • o   Gabarito: C.

    .

    Pronome Relativo

    - Retoma um substantivo ou um pronome substantivo antecedente.

    - Pode ser substituído por outro pronome relativo, como "o/os/a/as qual/is".

    - Ex: Achei o livro que você procura.

  • uma questão dessa nao cai na minha prova de tao facil que é aff......

  • ... é possível que (conjunção integrante) uma imagem de agora me cause impressão semelhante. Isso é possível.

    Achei que (conjunção integrante) estava bem na foto Achei isso.

    Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que (os quais) pronome relativo sobreviviam.

    ... é preciso sabedoria para aceitar que (aceitar isso) conjunção integrante nossos atributos se modificam com o passar dos anos

    Ainda que (locução conjuntiva concessiva) maldigamos o envelhecimento, é ele...


ID
3105130
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

A alternativa em que a frase entre parênteses substitui o trecho destacado observando a norma-padrão de regência é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    A) ... a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos. (não excedia aos 40 anos) → correto, não excedia a alguma coisa (preposição) + artigo definido "os"→ aos 40 anos.

    B) Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa… (de alcançar aos noventa) → alcançar alguma coisa, somente artigo definido "os" presente, o verbo não exige a preposição: alcançar os noventa.

    C) ... experiências com as quais nem sonhávamos… (das quais nem admitíamos) → admitíamos alguma coisa (verbo transitivo direto), nenhum termo exige a preposição "de", o correto é: as quais nem admitíamos.

    D) Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma... (de que mergulhamos) → mergulhamos em algo (em que ou no qual).

    E) Se me for dado o privilégio… (concedido ao privilégio) → concedido alguma coisa (verbo transitivo direto), logo somente o artigo definido "o" deve estar presente: concedido o privilégio.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • A bem da verdade, a resposta não poderia ser nem mesmo a alternativa "A"; uma vez que o verbo EXCEDER, no sentido de ultrapassar é verbo transitivo direto e, portanto, na norma culta padrão, deveria vir sem preposição: "NÃO EXCEDIA OS 40 ANOS", em vez de "não excedia AOS 40 anos".

    Por conseguinte, se você não errou; a banca também não se saiu muito bem! kkkk

    Levanta a cabeça e vamos à próxima!

  • Não entendi a regência do verbo exceder.

  • regência do verbo exceder:

    pode ser considerado VTD ou VTI (affs)...

    fonte: FOLHA DE SÃO PAULO

    W W W 1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0312200904.htm

  • Gabarito: A

  • repliQuei a resposta do colega ARTHUR POR SER MAIS COMPLETA

    GABARITO: LETRA A

    A) ... a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos. (não excedia aos 40 anos) → correto, não excedia a alguma coisa (preposição) + artigo definido "os"→ aos 40 anos.

    B) Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa… (de alcançar aos noventa) → alcançar alguma coisa, somente artigo definido "os" presente, o verbo não exige a preposição: alcançar os noventa.

    C) ... experiências com as quais nem sonhávamos… (das quais nem admitíamos) → admitíamos alguma coisa (verbo transitivo direto), nenhum termo exige a preposição "de", o correto é: as quais nem admitíamos.

    D) Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma... (de que mergulhamos) → mergulhamos em algo (em que ou no qual).

    E) Se me for dado o privilégio… (concedido ao privilégio) → concedido alguma coisa (verbo transitivo direto), logo somente o artigo definido "o" deve estar presente: concedido o privilégio.

  • Embora seja mais comum o uso de "exceder" como transitivo direto ("exceder o limite"), o "Houaiss" e o "Aurélio" registram (obviamente em decorrência do uso) esse verbo também como indireto ("exceder ao limite"). Moral da história: "Os níveis (...) excedem a (ou "à') capacidade de..."

    Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0312200904.htm#:~:text=Embora%20seja%20mais%20comum%20o,capacidade%20de...%22.


ID
3105133
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

A alternativa que reescreve passagens do texto em consonância com a norma-padrão de concordância é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    A) Parecem ainda não existirem animais como nós, capaz de criar soluções diante da adversidade. → O quê parece? ISSO (não existirem animais como nós → sujeito oracional), logo verbo fica no singular: ISSO; animais CAPAZES de CRIAREM...

    B) Talvez hajam animais com capacidade de sobrevivência em nichos ecológicos que transita do calor tropical às geleiras do Ártico. → verbo "haver" com sentido de existir é impessoal, logo não deve ser flexionado: Talvez haja...

    C) A vida pode ser considerado um vale de lágrimas, no qual se submergem de corpo e alma ao deixar a juventude. → a vida... considerada.

    D) Pode causar-me impressão semelhante imagens de agora, diante do privilégio de se atingir os noventa anos. → o sujeito está posposto ao verbo, na ordem direta: Imagens de agora podem causar-me...

    E) Exigem-se, para lidar com a inexorabilidade desse processo, certas habilidades nas quais somos inigualáveis. → correto, temos uma voz passiva sintética, sujeito paciente no plural, na passiva analítica: Certas habilidades são exigidas.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Na letra B acredito também que exista o seguinte erro:

    O verbo transitar deveria ter ido ao plural, ficando da seguinte forma- em nichos ecológicos que TRANSITAM do calor tropical

    Corrija-me caso eu esteja errada.

  • Oras, não concordo com o gabarito E uma vez que " quem tem certas habilidades, tem habilidades DE alguma coisa"

    logo, o correto, para mim, seria: certas habilidades DAS quais somos inigualáveis

  • GABARITO: E

    Quem é habilidoso, é habilidoso EM alguma coisa.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • GABA e)

    Se (VTD / P.A)

    Exigem-se certas habilidades (sujeito)

    Certas habilidades são exigidas.

  • CORREÇÕES

    A) ERRADA.. Parecem ainda não existirem animais como nós, capaz de criar soluções diante da adversidade.

    ordem direta e correção: Animais como nós, capazes de criar soluções diante da adversidade, parecem ainda não existiR 

    B) ERRADA ... Talvez hajam animais com capacidade de sobrevivência em nichos ecológicos que transita do calor tropical às geleiras do Ártico.

    correção: Talvez haja animais com capacidade de sobrevivência em nichos ecológicos que transitam do calor tropical às geleiras do Ártico. (verbo "haver" com sentido de existir não se flexiona)

    C) ERRADA... A vida pode ser considerado um vale de lágrimas, no qual se submergem de corpo e alma ao deixar a juventude.

    correção: A vida pode ser considerada um vale de lágrimas, no qual se submerge de corpo e alma ao deixar a juventude. (A vida considerada / um vale, no qual se submerge)

    D) ERRADA.. Pode causar-me impressão semelhante imagens de agora, diante do privilégio de se atingir os noventa anos.

    ordem direta e correção: Imagens de agora podem causar-me impressão semelhante, diante do privilégio de se atingirem os noventa anos. (Imagens podem / os noventa anos forem atingidos)

    E) CORRETA Exigem-se, para lidar com a inexorabilidade desse processo, certas habilidades nas quais somos inigualáveis.

    Gabarito ( E )

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

  • apenas repliQuei a resposta do colega arthur

    GABARITO: LETRA E

    A) Parecem ainda não existirem animais como nós, capaz de criarsoluções diante da adversidade. → O quê parece? ISSO (não existirem animais como nós → sujeito oracional), logo verbo fica no singular: ISSO; animais CAPAZES de CRIAREM...

    B) Talvez hajam animais com capacidade de sobrevivência em nichos ecológicos que transita do calor tropical às geleiras do Ártico. → verbo "haver" com sentido de existir é impessoal, logo não deve ser flexionado: Talvez haja...

    C) A vida pode ser considerado um vale de lágrimas, no qual se submergem de corpo e alma ao deixar a juventude. → a vida... considerada.

    D) Pode causar-me impressão semelhante imagens de agora, diante do privilégio de se atingir os noventa anos. → o sujeito está posposto ao verbo, na ordem direta: Imagens de agora podem causar-me...

    E) Exigem-se, para lidar com a inexorabilidade desse processo, certas habilidades nas quais somos inigualáveis. → correto, temos uma voz passiva sintética, sujeito paciente no plural, na passiva analítica: Certas 

  • AGNALDO LUÍS DOS SANTOS, SE VC NÃO SABE, ENTÃO NÃO REPOSTA POH, EXPLICAÇÃO DA LETRA A DO ARTHUR ESTÁ ERRADA, EXPLICAÇÃO CERTA ESTÁ NO COMENTÁRIO DA DONNA CONCURSEIRA.


ID
3105136
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que é possível, segundo a norma-padrão, a colocação do pronome destacado também depois do verbo a que se vincula.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

     sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos.

  • Inexistindo fator atrativo de próclise (p.ex. palavras negativas e partícula "que"), pode-se posicionar o pronome encliticamente, isto é, após o verbo. Na primeira alternativa, não há impedimento algum.

    Letra A

  • Usa-se a próclise de forma obrigatória quando há elementos atrativos

    A - Não temos fator atrativo de próclise, portanto também podemos usar a ênclise

    B- Verbo precedido de QUE atrai a próclise

    C- A Conjunção subordinada SE atrai a próclise

    D- Pronome relativo QUE atrai a próclise

    E -Palavra de sentido negativo atrai a próclise

    Corrija-me caso eu esteja errada

  • #Dúvida

    Qto à alternativa E --->>> A colocação não seria facultativa tendo em vista que verbo está no infinitivo? Tenho anotado que será facultativa ainda que haja expressões atrativas.

    A professora ainda cita que por questão estilística preferencialmente teremos ênclise (mas nesse caso não é regra, reforçando que gramatica admite próclise e ênclise indistintamente).

  • Questão passível de anulação.

    Com verbos no infinitivo impessoal a regra preconiza a ênclise, mas, havendo palavra atrativa, a próclise torna-se facultativa. Alternativa E também está correta.

    ...não se dar conta...

    ...não dar-se conta...

    Ambas possibilidades são aceitas e estão corretas.

  • Girl Concursista, no caso da letra E faz-se necessária a próclise por conta da palavra "não", que é atrativa.

  • O gabarito parece estar errado!

    O gabarito parece ser a letra E.

    Quando uma oração tem o verbo no INFINITIVO, pode-se fazer ênclise, mesmo que haja fator de próclise. Neste caso é OPCIONAL.

    Quanto à alternativa A, os colegas que comentaram a questão não chamaram atenção para o fato de a oração ser subordinada, introduzida pela conjunção integrante QUE, o que é um fator de próclise. Neste caso, a próclise não é opcional.

    Ademais, é errôneo pensar que por não ter fator de próclise, seja opcional o uso da ênclise. Se não houver fator de próclise, é obrigatório o uso de ênclise (regra geral).

    Usa-se próclise obrigatoriamente:

  • Bruno Henrique Sarruge, com verbos no INFINITIVO IMPESSOAL, precedidos de fator atrativo de próclise, a colocação pronominal é facultativa. Você está aplicando a regra geral em uma regra especifica/exceção. Sugiro que busque uma gramatica de língua portuguesa para esclarecer melhor sua confusão.

    Ademais , como muito bem percebido pelo colega Francisco Freire, a alternativa A possui uma oração subordinada substantiva, o que por si só torna a próclise obrigatória. O que torna apenas a afirmativa E correta.

  • Se não for a letra "E" , então estou estudando errado!

  • GABARITO = A

    LETRA (E) NÃO PODE SER, HAJA VISTA O NÃO ATRAI O PRONOME.

    BORA CACETE, ACABAR COM TUDO C@RAI.

  • a questão pede o verbo que a colocação fica depois, e não os pronomes atrativos.

  • a questão pede o verbo que a colocação fica depois, e não os pronomes atrativos.

  • As palavras atrativas atraem a próclise: conjunções, advérbios e afins. Porém, o caso de próclise facultativa se dá quando o sujeito está próximo, como acontece na letra A - nossos atributos.

    Portanto, GAB A

  • idade em que me considerava (bem) distante da juventude.

    adverbio?

    alguem explica, por favor?

  • Resposta para yan chiarelli:

    O advérbio "em que" atrai o pronome oblíquo átono fazendo a próclise ser obrigatória.

    A próclise é opcional quando o verbo não inicia a oração e não há palavra atrativa que obrigue o seu uso.

    Outra situação de próclise opcional é quando o verbo está no infinitivo não flexionado.

    Ex: Espero não te magoar.

    Espero não magoar-te.

    Repare que, neste caso, a existência da palavra atrativa "não" é indiferente, pois a regra do verbo no infinitivo é a que vale.

  • GABARITO A

    DICA:Um evento que percebi ao resolver várias provas da vunesp de coloção pronominal é que ela não aceita A FACULTATIVIDADE DA ÊNCLISE com verbo no infinitivo perante uma atração da próclise, ou seja, quando tiver uma atração de próclise essa prevalece para a VUNESP.

    ...não se dar SOMENTE ESSA FORMA É CORRETA PARA VUNESP

    SEI QUE SE TORNA MUITO RUIM TER QUE APRENDER A MATÉRIA E AINDA SABER O QUE A BANCA ADOTA, MAS DE NADA ADIANTA BRIGAR COM A BANCA. QUEREMOS MARCAR O X CORRETO, ENTÃO DEVEMOS CONHECER A BANCA.

  • Segunda questão em que aparece verbo no infinitivo e facultaria a utilização de próclise. Provavelmente a Vunesp não está aceitando essa regra, porém é cabível recurso.

  • ... sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos.

  • Se vc acertou essa questão, precisa estudar mais...

  • Fiquei confusa com esta questão. Vamos pedir o comentário do professor.

  • @Taciana Veríssimo Silva, ACREDITO QUE AS REGRAS SERIAM ESSAS:

    A - TEMOS FATOR DE próclise, PORQUE SE TIVERMOS CONJUNÇÃO ANTES DO SUJEITO EXPRESSO (NOSSOS ATRIBUTOS), ELA SERÁ UM CASO ATRATIVO DE PRÓCLISE, portanto NÃO podemos usar a ênclise DEPOIS DO VERBO MODIFICAR,

    B- Verbo precedido de QUE atrai a próclise

    C- A Conjunção subordinada SE atrai a próclise

    D- Pronome relativo QUE atrai a próclise

    E -Palavra de sentido negativo atrai a próclise - NEM SEMPRE, POIS EM VERBOS NO INFINITIVO, PODE-SE USAR A ÊNCLISE MESMO HAVENDO FATOR DE PRÓCLISE. ESSA É UMA EXCEÇÃO À REGRA.

    Acredito que seja isso, e LOGO a alternativa "E" seria a correta.

    Se errado, corrijam-me

  • A - ... sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos.

    Errado. Só seria facultativo se o sujeito fosse explícito em orações não subordinadas!

    ex: As crianças se abraçavam durante o intervalo. (sujeito as crianças, porém não é oração subor. pode ser abraçavam se ou se abraçavam)

    Agora quando o sujeito está explícito em uma oração subordinada, somente a próclise é aceita.

    ex: Ele disse que as crianças se abraçavam durante o intervalo

    Ele disse isso.

    Nesse caso as crianças é o sujeito porém em uma oração subordinada substantiva. Apenas a próclise poderá ser usada.

    fonte: Aula 47 - Elias Santana - GranCursos - Português do BRB.

    alguém sabe se esse gabarito é o final?

  • LETRA A

    A) nessa alternativa pode ser usada próclise ênclise.

    B) Pronome relativo (usa próclise)

    C) Conjunção Integrante (Usa próclise)

    D) Pronome Relativo (usa próclise )

    E) Palavra negativa (próclise)

  • CREIO QUE A NÃO ESCOLHA DA ALTERNATIVA "E" COMO CORRETA SE DÁ PELO FATO DE SER FACULTATIVO APENAS SE ACOMPANHADO DA "PREPOSIÇÃO PARA" DESDE QUE SEJA COM FATOR ATRATIVO "NEGATIVO".

    EX.: PARA SE EQUILIBRAR

    PARA EQUILIBRAR-SE

    PARA NÃO SE EQUILIBRAR

    PARA NÃO EQUILIBRAR-SE

    EX.: ....não se dar conta.../ "NÃO É ACOMPANHADO DO PARA" PORTANTO, NÃO É FACULTATIVO. É OBRIGATÓRIO.

    EX.: ....PARA não se dar conta.../ " É ACOMPANHADO DO PARA"

    PORTANTO, É FACULTATIVO SEU DESLOCAMENTO.

    EX.: ....PARA não dar-se conta... "CORRETO, TAMBÉM.

  • Pode usar proclise ou enclise , pela ausencia da palavra atrativa ... ou seja tanto enclise quanto proclise esta correto .

  • Questão passível de anulação.

    A alternativa E também está correta.

  • Jayson Pereira Godinho, a alternativa "E" está errada, pois o "não" exige próclise.

  • Verbos no infinitivo impessoal precedidos de palavra negativa ou preposição, cabe PRÓCLISE e ÊNCLISE.

    Recurso na certa!!

  • questão totalmente equivocada. questão que não é passiva de retificação,mas sim de anulação mesmo. Embora o gabarito,que é o item "A", da questão esteja errado,pois conjunção integrante atrai a próclise, ela teria que ser anulada, uma vez que existem duas possibilidades corretas. Os itens "D" e "E"

    Se analisarmos o item "D", também está correto, porque essa expressão "É QUE" ,se puder ser suprimida da oração e continuar a ter sentido,consequentemente será de realce, ou seja, não desempenhará função alguma na oração a não ser de realce,somente. E não vi,em nenhuma gramática, dizer que expressões expletivas são fatores de próclise.Portanto, fica facultada a colocação pronominal.

     exemplo:

    ...É ele QUE  nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças...

    ele nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças...

    ou

    ...É ele QUE traz-nos a aceitação das ambiguidades, das diferenças...

    ele traz-nos a aceitação das ambiguidades, das diferenças...

    E no item "E" também seria facultativa a colocação pronominal antes ou depois do verbo, haja vista ele estar no infinitivo não flexionado, independentemente da palavra atrativa, no caso , a palavra "NÃO"

    ATÉ AONDE VAI ESSAS LOUCURAS DESSAS BANCAS. QUEREM FERRAR COM OS CANDIDATOS, PORÉM ELAS PRÓPRIAS CAEM NAS ARMADILHAS MAL FEITAS. É BOLA PRA FRENTE! E SÓ UM CONSELHO A QUEM ACERTOU A QUESTÃO: ESTUDEM MAIS!!!

  • Alguém pode tirar uma dúvida?

    Na letra C, o for e o dado não estão como auxiliar e particípio respectivamente? nesse caso caberia proclise e enclise no auxiliar for.

  • Alexssandro,

    creio que apenas a próclise, pois o "se" é conjunção subordinativa.

  • Usa-se a próclise de forma obrigatória quando há elementos atrativos

    A - Não temos fator atrativo de próclise, portanto também podemos usar a ênclise

    B- Verbo precedido de QUE atrai a próclise

    C- A Conjunção subordinada SE atrai a próclise

    D- Pronome relativo QUE atrai a próclise

    E -Palavra de sentido negativo atrai a próclise

    Corrija-me caso eu esteja errada

  • Comentário do Mestre Fernando Pestana sobre esta questão:

     "A banca errou.

    A letra A é contestável entre os gramáticos.

    ....

    A letra É é incontestável, pois, diante de infinitivo impessoal (não flexionado, portanto), por mais que haja uma palavra atrativa, como o "não", a colocação pronominal é facultativa."

    portanto: QUESTÃO DEVERIA SER ANULADA

  • Pessoal, todas estão erradas!

  • Piada isso. A letra E é única que pode levar ênclise. Na letra A temos uma oração subordinada, e ela obriga a próclise, independente de ter conjunção ou da distância entre conjunção e pronome.

  • Questão chula!!!

    O enunciado dá o comando: Assinale a alternativa em que é possível, segundo a norma-padrão, a colocação do pronome destacado também depois do verbo a que se vincula.

    Entende-se que é possível ocorrer a ênclise e a próclise de acordo com a NORMA-PADRÃO, certo??

    A letra (E) é a única que pode ocorrer os dois ao mesmo tempo: próclise e ênclise, pois há a regra do infinitivo. 

  • Na letra E não pode ocorrer o uso da ênclise pelo simples motivo de não ter a estrutura: para não + verbo no infinitivo, de acordo com alguns gramáticos. Outros gramáticos pensam diferente, quando há apenas o infinitivo acompanhado de não, a ênclise e proclise são facultativos. O bizu é não se limitar a apenas um gramático e dar um espaço para o opinião de outros gramáticos
  • Fundamento. Explico.

    Questão passível de anulação. GABARITO é a letra e).

    e) Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que.

    Se o verbo estivesse no futuro do subjuntivo, a alternativa estaria errada. Contudo, o verbo está no infinitivo, caso em que se trata de regra especial, o que enseja, pois, tanto a próclise como a ênclise.

    Logo, gabarito é a E.

  • A) ... sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos.

    B) idade em que me considerava bem distante da juventude

    Idade NA QUAL me considerava bem distante da juventude - Pronome relativo

    C) Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa...

    CASO me for dado o privilégio- Conjunção subordinada condicional, verbo está no Futuro do subjuntivo

    D) ... é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças...- Pronome relativo

    E) Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária

    DAR está no infinitivo pessoal- Julgar é VOCÊ não se dar conta [...]

  • PRECISO ESTUDAR COLOCAÇÃO PRONOMINAL URGENTE, SEMPRE ERRO.

  • PRECISO ESTUDAR COLOCAÇÃO PRONOMINAL URGENTE, SEMPRE ERRO.

  • Mas a letra A tem um "que", não entendi

  • Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa, o se é conjunção subordinativa condicional, não conjunção integrante. Portanto, cabe questão, apesar da A ser bem mais perceptível.

  • SE LASQUEI!


ID
3105139
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.

           Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
          Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
          O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
          Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
        A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
           Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
           Considerar a vida um vale de lágrimas, no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não se dar conta de que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
             Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
         Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
(Drauzio Varela, A arte de envelhecer. https://drauziovarella.com.br. Adaptado)

A alternativa em que o pronome substitui corretamente a expressão destacada, de acordo com a norma-padrão da língua, é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) Ainda que maldigamos o envelhecimento… (= lhe maldigamos) → o "lhe" equivale a um complemento preposicionado, maldigamos alguma coisa (verbo transitivo direto, logo não poderia ser usado o "lhe"), o correto seria: que o maldigamos.

    B) … exercitam a cognição… (= exercitam-na) → correto, temos um verbo terminado em som nasal, logo usa-se -no(s), -na(s).

    C) … capaz de criar soluções diante da adversidade… (= criar elas) → o pronome pessoal do caso reto não pode ser usado como um complemento direto, o correto seria: criá-las (terminação em -r,-s e -z, essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s)).

    D) Considerar a vida um vale de lágrimas… (= considerar-lhe) → considerar alguma coisa (verbo transitivo direto, novamente o "lhe" não poderia ser usado), o correto seria: considerá-la.

    E) A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos… (= aflige-nas) → o verbo não termina em som nasal, o correto seria: aflige-os (referindo-se a mulheres e homens modernos).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Assertiva B

    exercitam-na

  • exercitam a cognição

    EXERCITAM-NA

  • GABARITO LETRA B

    ...exercitam a cognição (EXERCITAM-NA)

    Toda vez que o verbo tiver ~ ou M, acrescenta-se o N no pronome.

  • "TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE"

    #PMMG

    B

     PRÓCLISE - PRONOME ANTES DO VERBO

    -É APLICADA QUANDO TEMOS ADVERBIO OU PALAVRA NEGATIVA

    - “NADA" ME FAZ QUERER SAIR DA CAMA”

    - “NÃO" SE TRATA DE NENHUMA NOVIDADE”

    - “ELE "SEMPRE" ME DISSE A VERDADE”

     -PRONOME RELATIVO

    “A ALUNA "QUE" ME MOSTROU A TAREFA NA SEMANA PASSADA NÃO VEIO HOJE”

    - PRONOMES INDEFINIDOS

    "TODOS" SE COMOVERAM COM O FALECIMENTO DELE

    - PRONOME DEMONSTRATIVO

    "ISSO" ME DEIXA MUITO FELIZ

     - ÊNCLISE- PRONOME DEPOIS DO VERBO

    -O VERBO INICIAR ORAÇÃO

    "AVISARAM-ME" QUE ELES IRIAM CHEGAR MAIS TARDE

    -VERBO ESTIVER NO INFINITIVO IMPESSOAL REGIDO DA PREPOSIÇÃO “A”

    NAQUELE INSTANTE OS DOIS PASSARAM "A ODIAR-SE";

     - VERBO ESTIVER NO GERUNDIO

    NÃO QUIS SABER O QUE ACONTECEU, "FAZENDO SE" DE DESPREOCUPADA;

    - HOUVER VIRGULA OU PONTUAÇÃO ANTES DO VERBO

    CASO PASSAR NO VESTIBULAR EM OUTRA CIDADE, "MUDO ME" NO MESMO INSTANTE

     - MESÓCLISE- PRONOME NO MEIO DO VERBO 

     QUANDO O VERBO ESTA FLEXIONADO NO FUTURO DO PRETERITO COM PRONOME NO MEIO DO VERBO

    A PROVA "REALIZAR-SE-A" AMANHA / "FAR-LHE-EI" UMA PROPOSTA IRRECUSÁVEL;

     

    TERMINA EM Vogal ou Ditongo Oral( ia, oi ) 

     - O(S), A(S);

    TERMINA EM R, S e Z

     - La(s), Lo(s);

    TERMINA EM Ditongo Nasais(am, em, ãe, õe, ão)

    Na(s), No(s);

  • LHE só serve para PESSOA (a ele(a))


ID
3105145
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao discutir as relações de gênero na escola, Auad (2016) afirma que algumas medidas cotidianas nas práticas docentes podem ser repensadas e reconstruídas com vistas à igualdade entre o masculino e o feminino. Entre essas práticas, contribui para a igualdade

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

  • kkkkkkkkkkkk

    Por isso que os "gados" do Bozo ficam com raiva das escolas haha

  • Letra C

    A) encorajar a competição entre meninos e meninas, criando jogos com “time das meninas” e “time dos meninos”. Errado o ideal é incentivá-lo a jogarem juntos

    B) separar as atividades que são próprias dos meninos daquelas que são das meninas: os meninos, por exemplo, carregam as caixas de livros. Errado as atividades devem oportunizar que brinquem do que preferir

    C) incentivar, igualmente, meninos e meninas a brincar de boneca, cozinhar, fazer marcenaria, costura e todo tipo de trabalho manual. Correta

    D) censurar manifestações de carinho entre crianças do mesmo sexo e do sexo oposto no ambiente escolar, valorizando o respeito mútuo. Errado o respeito e valorizado quando as crianças podem conviver juntas

    E) estimular os meninos a serem líderes em grupos de tarefas e brincadeiras, e as meninas a serem colaboradoras ativas nessas atividades. Errado deve-se incentivar a igualdade


ID
3105148
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Libâneo (2013) afirma que a finalidade principal do trabalho em grupo é obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma tarefa. Há muitas formas de organização dos grupos, entre elas, uma em que, dado um tema, os alunos dizem o que lhes vem à cabeça, sem preocupação de censura a ideias. Estas são anotadas no quadro-negro e, em seguida, faz-se a seleção do que for relevante para prosseguir a aula.

Segundo Libâneo (2013), essa forma de organização é denominada

Alternativas
Comentários
  • Tempestade mental.

  • Os alunos dizem o que lhes vem à cabeça= Tempestade mental


ID
3105151
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A avaliação escolar é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Segundo Libâneo (2013), a avaliação escolar cumpre pelo menos três funções:
I. a função _____________, que se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar;
II. a função _____________, que permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por sua vez, determinam modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos;
III. a função _____________, que se refere aos meios e à frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didáticas.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.

Alternativas
Comentários
  • I. a função pedagógico-didática, que se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar; II. a função de diagnóstico, que permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por sua vez, determinam modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos; III. a função de controle, que se refere aos meios e à frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didáticas.

  • I. a função pedagógico-didática, que se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar;

    II. a função de diagnóstico, que permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por sua vez, determinam modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos;

    III. a função de controle, que se refere aos meios e à frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didáticas.

    Gabarito letra E


ID
3105154
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia

Ao discutir a Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar, Ropoli (2010) afirma que a escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas. Nessa perspectiva, a autora defende o ponto de vista de que o Projeto Político Pedagógico deve ser concebido como um documento

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    norteador das ações da escola que, ao mesmo tempo, oportuniza um exercício reflexivo do processo para tomada de decisões no seu âmbito.

  • A) exigido pela burocracia e administração escolar, ou seja, um simples plano ou projeto burocrático que cumpre as exigências da lei ou do sistema de ensino. (TUDO ERRADO)

    B) norteador das ações da escola que, ao mesmo tempo, oportuniza um exercício reflexivo do processo para tomada de decisões no seu âmbito. (CORRETO)

    C) paralelo ao cotidiano escolar, que não o atravessa, e fica restrito à categoria de um arquivo de caráter residual elaborado a partir de uma exigência de instâncias superiores.(TUDO ERRADO)

    D) necessário para que haja ensino individualizado para os alunos com deficiência e/ou problemas de aprendizagem, com métodos especiais para o ensino deles com a qualidade desejada. (ERRADO)

    E) fundamental para o salto qualitativo que a inclusão demanda, pois ele garante currículos adaptados, avaliação diferenciada e categorização e diferenciação dos alunos. (PECOU NO FINAL)


ID
3105157
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Os conteúdos de aprendizagem, segundo Zabala (1998), não se reduzem unicamente às contribuições das disciplinas ou matérias tradicionais. Portanto, também serão conteúdos de aprendizagem todos aqueles que possibilitem o desenvolvimento das capacidades motoras, afetivas, de relação interpessoal e de inserção social. Considerando a divisão dos conteúdos segundo sua tipologia, é correto afirmar que um conteúdo procedimental é um conjunto de

Alternativas
Comentários
  • D ações ordenadas e com um fim, ou seja, dirigidas para a realização de um objetivo.

  • CONTEÚDO PROCEDIMENTAL: Regras, técnicas, métodos, destrezas, habilidades, estratégias, procedimentos, ações ordenadas e com um fim, ou seja, dirigidas para a realização de um objetivo.

  • a alternativa C se refere aos Conceitos e os Principios - De acordo com Zabala; “Os conceitos e os princípios são termos abstratos. Os conceitos se referem ao conjunto de fatos, objetos ou símbolos que têm características comuns, e os princípios se referem às mudanças que produzem num fato, objeto ou situação em relação a outros fatos, objetos ou situações que normalmente descrevem relações de causaefeito ou de correlação.” (ZABALA, p.42, 1998)

    a alternativa D se refere ao conteudo Procedimental - De acordo com Zabala; “Um conteúdo procedimental (...) é um conjunto de ações ordenadas e com um fim, quer dizer, dirigidas para a realização de um objetivo. São conteúdos procedimentais: ler, desenhar, observar, calcular, classificar, traduzir, recortar, saltar, inferir, espetar, etc.” (ZABALA, p.43, 1998). Os conteúdos procedimentais que serão desenvolvidos nessas atividades são: A realização de ações que formam os procedimentos é uma condição sine qua non para aprendizagem, essas ações são necessárias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos e princípios. (ZABALA, 1998)


ID
3105160
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia

Para Piaget (2009), as estruturas operacionais são o que parece constituir a base do conhecimento, a realidade psicológica natural, nos termos em que ele compreende o desenvolvimento do conhecimento. E o problema central do desenvolvimento é compreender a formação, elaboração, organização e funcionamento dessas estruturas, as quais apresentam estágios de desenvolvimento.

Com relação a esses estágios, é correto afirmar que,

Alternativas
Comentários
  • O primeiro é o estágio sensório-motor, pré-verbal, durando aproximadamente os 18 primeiros meses de vida. Durante este estágio desenvolve-se o conhecimento prático, que constitui a subestrutura do conhecimento representativo posterior. Um exemplo é a construção do esquema do objeto permanente. Para um bebê, durante os primeiros meses, um objeto não tem permanência. Quando ele desaparece do campo perceptivo, não mais existe. Não há tentativa de pegá-lo novamente. Mais tarde o bebê buscará achá-lo e achá-lo-á por sua localização espacial. Conseqüentemente, junto com a construção do objeto permanente surge a construção do espaço prático ou sensório-motor. Similarmente há a construção da sucessão temporal e da causalidade sensório-motora elementar. Em outras palavras, há uma série de estruturas que são indispensáveis para o pensamento representativo ulterior.


ID
3105163
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Moura (2010), a Pedagogia de Projetos busca ressignificar a escola dentro da realidade contemporânea, transformando-a em um espaço significativo de aprendizagem para todos que dela fazem parte, sem perder de vista a realidade cultural dos envolvidos no processo. O trabalho por Projetos pode ser dividido em 4 etapas: problematização, desenvolvimento, aplicação e avaliação. Segundo o autor, na etapa da aplicação,

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    o educando tem a oportunidade de se colocar como sujeito ativo e transformador do seu espaço de vivência e convivência.

  • Letra A e alternativa correta, pensei que fosse outra, alternativas casca de banana.

  • c) aplicação: estimular a circulação das ideias e a atuação no ambiente da escola ou da comunidade ligada à escola dá ao educando a oportunidade de se colocar como sujeito ativo e transformador do seu espaço de vivência e convivência, por meio da aplicação dos conhecimentos obtidos na execução do projeto na sua realidade.

  • Letra A:

    --- estimular a circulação das ideias e a atuação no ambiente da escola ou da comunidade ligada à escola;

    --- dá ao educando a oportunidade de se colocar como sujeito ativo e transformador do seu espaço


ID
3105166
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para Queiroz e Moita (2007), é importante que o professor em formação e/ou o que já se encontra atuando conheça as tendências pedagógicas que influenciaram as práticas pedagógicas no Brasil, a fim de construir conscientemente a sua própria trajetória político-pedagógica. Entre elas, a tendência liberal tradicional, na qual o papel do aluno é de

Alternativas
Comentários
  • na Pedagogia tradicional aluno é receptor do conhecimento, logo passivo.

  • A) Tendência progressista Crítica Social dos Conteúdos de Saviani

    B) tendência Liberal Tradicional

    C) tendência Liberal Renovada progressivista

    D) tendência Liberal Tecnicista

    E) tendência progressista Libertária.

  • Para a Tendência Liberal Tradicional o aluno é objeto passivo, obediente, periférico no processo.


ID
3105169
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia

De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 7/2010, art. 6º, os sistemas de ensino e as escolas adotarão, como norteadores das políticas educativas e das ações pedagógicas, os princípios éticos, políticos e estéticos. Com relação aos princípios estéticos, é correto afirmar que, entre outros aspectos, se referem

Alternativas

ID
3105172
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia

De acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 214, a lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que, entre outros fatores, conduzam à

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    → Conforme a CF de 1988:

    Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

    I - erradicação do analfabetismo;

    II - universalização do atendimento escolar;

    III - melhoria da qualidade do ensino;

    IV - formação para o trabalho;

    V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

    VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3105178
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“A história é frequentemente contada de tal modo que se assume a superioridade do Ocidente sobre o resto do mundo. Eu, como outros historiadores, me empenhei em liberar a história de um movimento cultural dos pressupostos de superioridade. (...) Não assumo a superioridade da arte do Renascimento em relação à arte medieval, mas as vejo simplesmente como diferentes. (...) Quanto ao Ocidente, o revivescimento europeu da Antiguidade clássica não ocorreu num vácuo: dependeu de outros renascimentos clássicos em Bizâncio e no Islã. E renascimentos clássicos pertencem ainda a um grupo mais amplo de renascimentos culturais em outras partes do mundo, como a China por exemplo.” (In: As muitas faces da História)

De acordo com a posição do autor Peter Burke, o historiador deve

Alternativas
Comentários
  • Maria Lúcia Garcia Palhares Burke, historiadora brasileira, foi professora da Universidade de São Paulo e é hoje pesquisadora associada da Universidade de Cambridge na Inglaterra. Nos anos 2000 escreveu o livro “As muitas faces da História". Este livro compilou nove entrevistas de grandes historiadores do século XX, como: Carlo Ginzburg, Natalie Zemon Davis, Robert Darton, Asa Briggs, Jack Goody, Keith Thomas, Daniel Roche, Peter Burke e Quentin Skinner. A obra segue com modelo de entrevista, na qual os historiadores puderam explicitar o que ficou implícito ou se tornou um pressuposto acerca dos seus trabalhos e não ficou como um recurso disponível aos leitores. O fragmento do livro presente na questão refere-se à entrevista dada por Peter Burke. 
    Ele apresentou o Renascimento Cultural, Científico e Artístico ocorrido na Europa, entre os séculos XIV e XVI, como um movimento típico do Ocidente. Este revivescimento europeu não teria acontecido de forma superior aos renascimentos ocorridos em outros espaços e sim recebeu influência dos outros. A resposta da questão precisa do conhecimento sobre o renascimento como um movimento ocorrido em diferentes lugares que não somente a Europa e que não há superioridade entre os espaços e suas manifestações artísticas, culturais e cientificas. 
    Vale a leitura das obras da autora citada e do historiador Peter Burke
    A) CORRETA – Esta afirmativa está correta, pois as correntes historiográficas da História Nova já verificaram não haver superioridade e nem juízo de valor entre os períodos históricos e os movimentos contidos neles. Segundo os teóricos da história cultural, não se deve conferir superioridade a um grupo ou a um acontecimento e sim evidenciar as diferenças e peculiaridades de cada relação espaço e tempo, para que não se incorra em etnocentrismo. 
    B) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta pois a micro história verifica que os acontecimentos históricos não se dão de forma independente e seccionada do todo. Então, não é possível escrever uma história do Renascimento de maneira parcial considerando apenas a Europa, pois se faz necessário compreender a sua relação com o entorno e como estes entorno também influencia o seu interior. 
    C) INCORRETA - Esta afirmativa está incorreta, pois a historiografia descrita por Peter Burke no texto da questão pretende fazer compreender que não há superioridade entre os homens na relação tempo e espaço e que os eventos históricos não ocorrem de forma independente e sim se relacionam em uma variação de escala com o todo. 
    D)INCORRETA - Esta afirmativa está incorreta, pois de acordo com Peter Burke os eventos históricos não acontecem de forma independente e isolada. Sendo assim, os historiadores não devem olhar para a cronologia do Ocidente desconsiderando a influência e a relação de outros homens e espaços, como Bizâncio, Islã e China. Para a construção de uma historiografia não etnocêntrica é necessário se retirar não só qualquer juízo de valor como também a ideia de independência dos espaços, sem levar em considerar o Todo. 
    E) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta, de acordo com o fragmento da entrevista apresentado. Pois, o objetivo não é incorporar os modelos de outros renascimentos e sim compreender a forma que ele influenciou o Renascimento Europeu. Não há um vácuo entre as artes, uma vez que os processos históricos acontecem com rupturas e continuidades de forma gradual e não estanque. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3105181
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Dentre as alternativas a seguir, assinale a que contém a contribuição significativa dada pela Igreja ao processo de fortalecimento do feudalismo durante a Idade Média. (Perry Anderson. In: Passagens da Antiguidade para o Feudalismo)

Alternativas
Comentários
  • A Igreja Católica foi fundamental para a formação do Feudalismo. Os historiadores acreditam que em função da sua estrutura altamente hierarquizada propiciou a instituição a capacidade de se manter ao longo do tempo e das crises. Economicamente a sobrevivência da instituição era garantida pois a Igreja Católica era uma grande proprietária de terras e detinha, assim, poder econômico. A Igreja possuía também o poder sobre o saber, uma vez que detinha o monopólio do conhecimento. Dessa forma perpetuava a hierarquia da sociedade de estamentos e da sua importância como criação de Deus, o que assegurava em grande parte a estrutura teocêntrica do medievo europeu

     O estudo das características fundamentais do feudalismo faz parte do currículo de História da escola básica e da graduação em História. Há farta bibliografia e não apresenta grande dificuldade. Entre as opções um indica uma contribuição da Igreja Católica para a formação do feudalismo 
    A) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta, pois a servidão teve o início no final da Antiguidade- no Império Romano - e princípio da Idade Média. A servidão era a relação do servo com a terra e poderia ser uma condição por dívida ou por contrato. A economia feudal tinha por base a relação servil de trabalho .
    B) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta, porque os pactos feudo vassálicos envolviam todos os proprietários de terra. Era um pacto, no qual era estabelecida uma relação de suserania e vassalagem que estabelecia as obrigações e direitos de cada um. O vassalo deveria fidelidade ao seu senhor lhe oferecendo apoio econômico e militar caso necessário para proteger o feudo e o suserano fornecia uma propriedade de terra. A origem do costume é germana.
    C) CORRETA – Esta afirmativa está correta, pois a Igreja Católica como instituição detentora do monopólio do conhecimento e de reprodução da estrutura da sociedade , iniciou o processo de latinização das línguas germânicas. O objetivo desse processo era fazer com que os germânicos possuíssem condições de interagir nos campos sociais, políticos e religiosos, ao mesmo tempo em que eram controladas as características “ bárbaras" 
    D) INCORRETA - Esta afirmativa está incorreta, pois o despovoamento sistemático das cidades tem como motivo as invasões germânicas. Os indivíduos que moravam nas cidades centrais em virtude das atitudes violentas, saques e lutas provocadas pelos povos germânicos migraram para o interior como forma de proteção. 
    E) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta. A Igreja Católica objetivou melhorar a formação de monges e clérigos nas áreas rurais, para que eles pudessem ter condições de promover um diálogo com os pagãos. O objetivo inicial era o estabelecimento de uma convivência social e política com os germânicos e ,após isto, abrir caminho para a possibilidade de conversão. A conversão de alguns pagãos de acordo com a historiografia estava diretamente relacionada a sua necessidade de ampliar a sua rede de fiéis. 

    Gabarito do Professor: Letra C.
  • De todas as alternativas apresentadas, apenas a c apresenta um item correto.

    Por causa da sua grande presença em toda a Europa Ocidental, a Igreja Católica acabou contribuindo também para a latinização gradual das línguas germânicas, as línguas dos invasores bárbaros.

    Resposta: C


ID
3105187
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os anos de 1519 e 1522 foi realizada a primeira viagem marítima de volta ao mundo de que se tem registro. Assinale a alternativa correta a respeito dessa expedição.

Alternativas
Comentários
  • A serviço do rei de Espanha, planejou e comandou a expedição marítima que efetuou a primeira viagem da circum navegação ao globo. Foi o primeiro a alcançar a terra do fogo no extremo sul do continente americano, a atravessar o estreito que hoje leva seu nome e a cruzar o oceano pacifico, que nomeou. Fernão de Magalhães foi morto em batalha em cebu, nas filipinas durante a expedição, posteriormente chefiada por juam sebastian elcano até ao regresso em 1522.

    RESP: D

  • Gabarito (D)

    Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem, em 1519, de circunavegação que foi completada, mas ele morreu durante o feito e o trajeto foi completado pelo navegador Juan El Cano.

    Bons estudos!

  • O termo “circunavegação" refere-se à uma viagem marítima ao redor de alguma coisa, de uma ilha, de um continente ou da Terra. A primeira vez que aconteceu esse tipo de viagem ao redor da Terra, ou a primeira de que se tem registro, ao menos, aconteceu no século XVI.
    A maior importância desta viagem reside no fato de que foi a comprovação da teoria de Cristóvão Colombo e outros, de que a Terra era redonda. Em uma das alternativas é apresentada uma afirmativa correta acerca da viagem em questão. 
    A) INCORRETA- No momento desta viagem Henrique VIII estava envolvido em guerras com a França e buscava solidificar sua autoridade em relação à nobreza e à Igreja Católica na Inglaterra. Não era o momento de lançar-se à aventuras marítimas. 
    B) INCORRETA- O financiamento foi de Carlos V, exclusivamente. E os navegadores citados participaram de outras viagens. 
    C) INCORRETA- A viagem não foi mantida em segredo e, além disso, não houve dúvidas acerca dos patrocinadores e em nome de que monarca as descobertas foram feitas. 
    D) CORRETA- Com financiamento da coroa espanhola, mais especificamente de Carlos V, então um dos monarcas mais poderosos da Europa, Fernão de Magalhães, navegador português, planejou, organizou e liderou aquela que viria a ser a primeira viagem de circunavegação da Terra. Como Magalhães faleceu em viagem, em uma batalha nas Filipinas, ela foi completada sob o comando do navegador Juán Sebastián Elcano. 
    E) INCORRETA- A viagem descrita na alternativa é a de Vasco da Gama que não só não foi de circunavegação, assim como a chegada à Calicut na Índia foi em 1498. Bem antes daquela de Fernão de Magalhães 
    RESPOSTA: Letra D.
  • Entre 1519 e 1522, Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem marítima de circunavegação do globo de que se tem registro. Ou seja, a primeira viagem marítima de volta ao mundo.

    Esta expedição foi financiada parcialmente pela coroa espanhola, já que também houve participação de capital privado. Apesar de iniciada pelo capitão português Fernão de Magalhães, ela foi concluída pelo espanhol Juan Sebastião Elcano, tendo em vista que Magalhães morreu ao longo da viagem.

    Resposta: D


ID
3105190
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto de Frei Vicente de Salvador, citado por Eduardo França Paiva (2001), em Inaugurando a história e construindo a nação.

“E deste mesmo modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhe houveram de ensinar a dizer como aos papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real pera Portugal, porque tudo querem para lá.” Frei Vicente de Salvador.

Segundo o texto, o autor

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A.

    Importante entender num primeiro momento sobre o que o texto faz referência, que no caso é sobre o SENTIDO da colonização, isto é, explorar para enriquecer a Metrópole.

    "e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar"

    "porque tudo querem para lá."

    Essas passagens dão a entender diretamente uma critica a política metropolitana, mas analisando as alternativas:

    B) ERRADA, o texto não faz alusão ao povoamento no território nacional

    C) ERRADA, o texto não está necessariamente desacreditando, e sim descrevendo um tipo de política de colonização

    D) ERRADA, "recrimina os colonos lusos" até esta certo, mas o final é totalmente sem sentido

    E) ERRADA, novamente, não há alusão ao povoamento ocorrido e nem valorização de atitudes de colonos.

    FONTE: professora Alê Lopes - Estratégia

  • Frei Vicente do Salvador, cujo nome original era Vicente Rodrigues Palha, nascido em algo em torno de 1564, na atual Bahia, foi um religioso franciscano brasileiro. Sua vida é pouco documentada e, portanto, pouco conhecida. Frei Vicente estudou no colégio dos jesuítas, em Salvador. Estudou Direito e Teologia na Universidade de Coimbra, onde doutorou-se em cânones. Fez uma rápida carreira na Igreja, sendo nomeado num intervalo de poucos anos presbítero secular, cônego da Catedral de Salvador, vigário geral e governador do bispado da Bahia. Sua rápida carreira resulta de seu sucesso como administrador .

    No entanto, abandonou a carreira e ingressou na ordem mendicante dos Franciscanos. Inicialmente dedicou-se à catequização de nativos mas, com a preocupação da salvaguarda de suas culturas, assim como Bartolomeu de las Casas de quem era admirador. Em torno de 1603 foi nomeado para catequizar os silvícolas da Paraíba, devido ao seu conhecimento do idioma nativo e à ordem régia de fundar novas missões na área. Em 1606 deixou as missões, passando a lecionar Filosofia no convento de Olinda. No fim do ano o superior o escolheu para fundar o convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro

    Seus escritos" Crônica da Custódia do Brasil" e “História do Brasil" são documentos extremamente importantes acerca do período de dominação portuguesa no Brasil. Mais especificamente do final do século XVI e início do século XVII. A Crônica da Custódia do Brasil foi escrita provavelmente a partir de 1612 e terminada em torno de 1617. Deve ter sido levada a Lisboa pouco depois para ser impressa. Seus originais se perderam depois de 1650, mas já haviam sido utilizados pelo frei Manuel da Ilha e por Jorge Cardoso, que transcreveram várias partes da obra respectivamente na Relação e no Agiológio Lusitano. Parte já havia sido também transcrita na segunda composição do próprio Vicente do Salvador, História do Brasil. 

    A obra de Frei Vicente é conhecida entre graduados em História portanto, a questão não apresenta maiores dificuldades. Ademais, a pergunta é basicamente de interpretação do trecho transcrito. Uma das opções aponta a interpretação correta do fragmento
     A) CORRETA- O trecho de Frei Vicente Salvador demonstra a espoliação das riquezas da colônia em  favor da metrópole portuguesa.
    B) INCORRETA – Não há menção, no trecho citado, à não permanência dos colonizadores no território. 
    C) INCORRETA- Ao criticar a espoliação Frei Vicente Salvador não está desacreditando a colonização mas denunciando seus efeitos negativos. 
    D) INCORRETA – A questão dos papagaios é, mais do que tudo, uma metáfora: obediência e repetição acrítica. 
    E) INCORRETA – Ao contrário de elogios, há críticas às ações dos portugueses no território colonial 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3105193
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao longo do processo de formação dos estados absolutistas da época moderna, nas suas mais variadas formas, a antiga nobreza feudal precisou passar por uma série de adaptações à nova realidade, tais como:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

  • No absolutismo o rei era a figura ideal para concentrar o poder político e das armas, e garantir o funcionamento dos negócios.

    Nesta época, começam a surgir os grandes exércitos nacionais e a proibição de forças armadas particulares

  • A crise do sistema feudal favoreceu a formação de Estados e a construção de monarquias absolutistas. Alguns moldes comerciais de trocas, que eram comuns na Idade Média, passaram a não fazer mais sentido com a metamorfose dos burgos de pequenas fortalezas em postos de comércio e daí em cidades. Os burgos foram responsáveis pelo crescimento comercial e urbano; eram os locais nos quais se dava o processo de troca de produtos entre um feudo e outro. Também era onde havia o câmbio dez moedas.

    A burguesia foi um dos grupos que reivindicou a centralização política, pois um único território com a mesma rede de impostos e uma moeda única, amplia os lucros da burguesia. A nobreza, que era a maior detentora de terras no período feudal, continua sendo proprietária por apoiar os reis. E, também participaria dos quadros políticos das Monarquias Absolutistas e continuariam usufruindo de seus privilégios como a isenção de impostos. 

    Os Estados Nacionais para se consolidarem enquanto nação, além do apoio da burguesia e da nobreza, precisava estabelecer a moeda única, um idioma oficial, símbolos nacionais, dentre outros elementos identitários do povo e do território. Os intelectuais também foram responsáveis pela consolidação das monarquias absolutistas, pois elas fundamentavam o discurso da centralização política na figura do rei sem promover uma ruptura abrupta com o sistema feudal. A contribuição da Igreja também foi fundamental para o estabelecimento do poder divino do rei. 

    A) INCORRETA – Houve a manutenção de grande parte dos privilégios da nobreza, como a isenção de impostos, manutenção de terras e a preservação do poderio militar da nobreza considerada guerreira. 

    B) CORRETA – O exercício militar passou a ser utilizado para defender o Estado Nacional e não mais a própria terra. A cultura de privilégios e posse da nobreza se manteve, assim como necessidade de ampliar o conhecimento erudito, na medida em que o crescimento da burguesia fez a nobreza se justificar enquanto classe privilegiada e detentora de seus direitos através dos pensadores do absolutismo monárquico, como Jacques Bossuet. O exército passa a ser profissional. 

    C) INCORRETA – O Rei absolutista era nobre e a nobreza trabalhava em cooperação com o rei e sob a sua tutela e proteção. 

    D) INCORRETA – Os nobres eram nobres pelo nascimento e as honrarias nobiliárquicas, no inicio da Idade Moderna, eram conquistadas ou herdadas. 

    E) INCORRETA - O nobre era constituído nobre por nascimento em uma sociedade estamental. A nobreza era considerada um grupo guerreiro e o reconhecimento e a herança eram parte constituintes da identidade nobiliárquica. 

    Gabarito da professora: Alternativa B.

ID
3105196
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Este Brasil já é um novo Portugal”. Esta afirmação do Padre Fernão Cardim corresponde, segundo o historiador Evaldo Cabral de Melo (in: Viagem Incompleta – formação: histórias), a um processo de construção de identidade das populações da América portuguesa que pode ser definido como

Alternativas
Comentários
  • Nativismo para a Antropologia é toda ação que procure valorizar a cultura de um lugar, em reação à imposição de uma cultura externa, em geral dominante. O nativismo faz-se sentir especialmente na história dos povos que foram colonizados por outros, muitas vezes através de revoltas e motins, culminando mais adiante na própria emancipação - ou na completa aculturação.

  • Gabarito C: modalidade inicial de sentimento nativista durante o primeiro século da colonização.

  • O Padre Fernão Cardim entrou para a Companhia de Jesus em 1566 e, embarcou para o Brasil em 1583, como secretário do visitador da companhia. Visitou as regiões que hoje pertencem os estados da Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. 
    Eleito procurador pela província do Brasil em 1598, voltou a Portugal. Quando do seu regresso ao Brasil em 1601, foi aprisionado pelo corsário inglês Francis Cook. Após a sua libertação, voltou ao Brasil em 1604, como provincial da companhia, cargo que desempenhou até 1609 
    Embora publicada tardiamente, no século XIX, a obra de Fernão Cardim é datada do século XVI, e é constituída por dois tratados e cartas. Foi elaborada ao longo da década de 1580, quando desempenhava o cargo de secretário do padre visitador.
    O texto Narrativa epistolar de uma viagem e missão jesuítica foi publicado em Lisboa em 1847. Nesse texto, como testemunha da realidade quinhentista do Brasil, Cardim se encanta com a fauna e a flora do país a ponto de exagerar em muitas descrições, sempre com muito apreço pelo país que escolheu para trabalhar. 
    A fácil adaptação dos animais e árvores transplantados para o nosso país fez com que o jesuíta realçasse a grandiosidade da natureza: ´Este Brasil já é outro Portugal, e não falando no clima que é muito mais temperado e saio, sem calmas grandes, nem frios, e donde os homens vivem muito com poucas doenças' “
    A questão pede que seja assinalada, em uma das alternativas, a possível interpretação da expressão “ Este Brasil já é outro Portugal" , segundo o historiador Evandro Cabral de Melo. 
    A) INCORRETA- A obra do jesuíta é do século XVI, momento em que ainda não havia ainda, ao menos entre a maioria dos segmentos sociais da colônia, uma reação coletiva contrária ao domínio de Portugal e,o desejo pela independência. 
    B) INCORRETA- A construção de uma identidade não passa por uma identificação com “as formas de dominação lusitanas" ou uma submissão das elites coloniais. Ela podia existir mas, não como elemento de construção de identidade. 
    C) CORRETA- No início da colonização e dominação portuguesa pode ser interpretada como um início de sentimento nativista a ideia de que na América estruturava-se “um outro Portugal". Não uma continuação do Portugal europeu e sim “um outro". 
    D) INCORRETA- Esta afirmativa está deslocada no tempo. A metrópole portuguesa arrastou um atraso e passou a ter uma maior dependência de suas áreas coloniais, do Brasil em especial, nos séculos XVIII e XIX. 
    E) INCORRETA – Não havia, entre os habitantes da colônia, o anseio de “renovação das tradições portuguesas". A mistura, ainda que não racionalizada, de costumes nativos, africanos e europeus na verdade gerava uma especificidade cultural nas áreas coloniais.
    . RESPOSTA : C
  • Alguem sabe o porque da alternativa A estar errada? Obrigado!

  • A letra A está incorreta porque embora possa nutrir-se um sentimento nativista (como a letra C evidencia), no contexto do padre Fernão Cardim (1549-1625 (Invasão e colonização recentes )), é improvável que os habitantes do Brasil já quisessem emancipação de Portugal como uma nova nação nos moldes da Independência ocorrida no século XIX.


ID
3105199
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em sua obra Desagravos do Brasil e glórias de Pernambuco, datada de 1757, o padre Domingos Loreto Couto afirma: “Não é fácil determinar nestas províncias quais sejam os homens da plebe, porque todo aquele que é branco na cor, entende estar fora da esfera vulgar. Na sua opinião, o mesmo é ser alvo, que ser nobre, nem porque exercitam ofícios mecânicos perdem essa presunção [...]. O vulgo da cor parda, com o imoderado desejo das honras de que o priva não tanto o acidente, como a substancia, mal se acomoda com as diferenças. O da cor preta tanto que se vê com a liberdade, cuida para que nada mais lhe falta para ser como os brancos.” (Carlos Guilheme Mota. Viagem Incompleta – formação: histórias).

Segundo o texto, a dificuldade em determinar quem são os homens da plebe na província de Pernambuco em meados do século XVIII deve-se

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

  • Gabarito B: ao fato de brancos, pardos e pretos considerarem que podem alcançar a condição de nobreza, a partir de seus atos e ações.

  • -----------------------------------------------------------------

    "O vulgo da cor parda, com o imoderado desejo das honras... mal se acomoda com as diferenças. //

    O da cor preta tanto que se vê com a liberdade, cuida para que nada mais lhe falta para ser como os brancos.”

  • O trecho transcrito, de Carlos Guilherme Mota, não é de fácil entendimento. O texto trata da possibilidade de ascensão social no Brasil vinculada ao embranquecimento da pele. É apontada uma hierarquia social que está claramente atrelada à questão étnica, “porque todo aquele que é branco na cor, entende estar fora da esfera vulgar".
    A questão pede que seja apontada em qual alternativa que indica, segundo o texto, qual a dificuldade indicar para “quem são os homens da plebe na província de Pernambuco em meados do século XVIII"  
    Podemos, no entanto, discordar do gabarito dado porque o texto tem, mais do que tudo, um caráter étnico e, não fica clara a ideia de que é possível uma ascensão social de pardos e pretos através de suas ações. Desta forma não haveria resposta possível.
    A) INCORRETA – Apesar da multiplicidade étnica no Brasil não era difícil distinguir brancos, pardos ou pretos. Até mesmo porque os pretos eram, majoritariamente, escravos.
    B) CORRETA – O texto pode permitir concluir que a dificuldade para indicar quais são os homens da plebe existe porque brancos, pardos e pretos podem chegar à um status de nobre, apesar da questão étnica, por conta de seus atos. E que tal situação levará à percepção de um embranquecimento.
    C) INCORRETA- A possibilidade de ascensão social no período de dominação portuguesa no Brasil não era ampla nem fácil 
    D) INCORRETA- Era patente, para pardos e pretos, sua posição de inferioridade na escala social no século XVII. 
    E) INCORRETA – Houve pardos e pretos que executavam ofícios de mecânica e que se colocavam em uma posição superior à de origem. Mas, não se pode dizer que fossem em “grande número" em comparação com aqueles que se mantinham em uma posição de inferioridade.

    RESPOSTA: B
  • alguém tem informações mais aprofundadas sobre esse fato de pessoas negras conseguirem alcançar condição de nobreza em Pernambuco?


ID
3105202
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“A datação do início do processo de independência pode não ser nítida dependendo da vertente historiográfica adotada. Toda periodização pressupõe, entretanto, uma teoria geral da História. No caso da História do Brasil em formação, ou mais propriamente, no processo de definição de sua própria existência (visto que antes do Primeiro Reinado tal história era um não-ser) a periodização de uma história que se autodenomina nacional só pode ter início em 1817, quando se inicia a ruptura” (Carlos Guilherme Mota. Viagem incompleta. Formação: histórias.)

A ruptura à qual o autor do texto se refere foi a

Alternativas
Comentários
  • Revolução Pernambucana, 1817.

    R: E

  • INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA (1817)

    CRISE ECONÔMICA

    CARGA TRIBUTARIA EXAGERADA

    IDEAL:INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, PROCLAMAÇÃO DE UMA REPÚBLICA FEDERATIVA, PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

    GAB :E

  • A questão proposta é de memorização. Exige, no entanto, conhecimentos acerca do processo histórico e de cronologia do mesmo de maneira a ser possível analisar o trecho transcrito e, responder corretamente ao que se pede. 
    O autor Carlos Guilherme Mota refere-se a um momento de ruptura entre a colônia Brasil e sua metrópole. Momento em que, segundo ele, podemos começar a pensar e falar em um processo histórico efetivamente “nacional".
    A datação fornecida é 1817. Ao examinarmos os momentos de ruptura listados nas alternativas a data é um elemento fundamental para que seja assinalado o momento ao qual o autor se refere. 
    A) INCORRETA- Embora seja uma ruptura importante não contempla a questão pois ocorreu em 1808.
    B) INCORRETA- A Inconfidência ou Conjuração Baiana foi uma proposta de ruptura que aconteceu em 1798. 
    C) INCORRETA- Além da transferência da corte não configurar ruptura, aconteceu em 1808.
    D) INCORRETA- A Guerra da Cisplatina aconteceu entre Brasil e Uruguai e não entre Brasil e Portugal, além de ter acontecido entre 1825 e 1828. 
    E) CORRETA– A Revolução Pernambucana foi a revolta contra o domínio português que aconteceu em 1817. 
    RESPOSTA : E

ID
3105208
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto seguinte, do autor vencedor do concurso promovido, em 1844, pelo IHGB, sobre “Como se deve escrever a história do Brasil”, citado por Lilia Moritz Schwarcz, em Inaugurando a história e construindo a nação.

“Devia ser ponto capital para o historiador flexivo mostrar como no desenvolvimento sucessivo do Brasil se acham estabelecidas as condições para o aperfeiçoamento das três raças humanas que nesse país são colocadas uma ao lado da outra, de uma maneira desconhecida da história antiga, e que devem servir-se mutuamente de meio e fim”.

O autor do texto foi:

Alternativas
Comentários
  • IHGB tratou de elaborar, no início dos anos 1840, um concurso para a eleição do melhor manual sobre como deveria ser escrita a História do Brasil, que modelo deveria ser seguido e quais seriam suas fontes principais. O texto ganhador do concurso foi de autoria do naturalista alemão Karl Philip Von Martius, redigido em 1843 e publicado na Revista Trimestral de História e Geografia ou Jornal do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em janeiro de 1845, no número 24, tomo 6, abrangendo as páginas 381 a 403.

  • Nesta questão há três elementos de destaque: a historiadora Lilia Schwarcz, o trecho em si e o IHGB.
    O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro foi criado no período monárquico da história política do Brasil . Mais especificamente no início do reinado de Pedro II. Neste momento havia uma proposta de construção de uma ideia de nação cuidadosamente pensada e executada por intelectuais que cercavam o jovem e inexperiente imperador. Entre eles estava José Bonifácio de Andrada e Silva. É o contexto que envolve a criação do Instituto. Sua criação foi em 1838 a partir de sugestão do cônego Januário da Cunha Barbosa e do marechal Raimundo José da Cunha Matos. O IHGB teria por principal função promover agendas de investigação e produção de relatórios científicos sobre as diversas regiões que integravam a nação, visando assim a uma maior compreensão da complexidade brasileira e à produção de uma identidade cultural, social e política. Tais relatórios passaram a ser publicados na revista trimestral do instituto. 
    Lilia Schwarcz é uma historiadora e antropóloga brasileira. É doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo e, atualmente, professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas também na USP. 
    As alternativas indicam possíveis autores do trecho transcrito. Ele foi publicado no âmbito do IHGB e versa sobre o trabalho de um historiador para construir a narrativa acerca das três “raças colocadas lado a lado no Brasil para seu desenvolvimento". 
    Somente uma das alternativas indica corretamente o autor, vencedor do concurso do Instituto em 1844 
    A) INCORRETA- Apesar de ter sido um erudito, Pedro II não publicou livros ou participou de concurso do IHGB 
    B) INCORRETA-O historiador foi um renovador da metodologia de pesquisa histórica e autor de vários estudos, onde se destaca a primeira grande obra de síntese sobre a história do Brasil: História Geral do Brasil, publicada em dois volumes entre 1854 e 1857 . Mas, não é o autor da obra citada na questão. 
    C) CORRETA- Karl von Martius fez parte da expedição organizada pela Academia da Baviera para conhecer e catalogar flora, fauna e geografia do Brasil. Chegou ao país com Dna Leopoldina de Habsburgo. No entanto, suas obras contêm também diversas pesquisas sobre etnografia, folclore brasileiro e estudos das línguas indígenas. O secretário do IHGB, Januário da Cunha Barbosa, deu ideia de uma premiação para quem respondesse sobre qual o melhor sistema para escrever a História do Brasil. O ganhador foi von Martius , que propôs uma história do Brasil que fosse ao mesmo tempo "filosófica" e "pragmática", tendo como eixo a formação de seu povo, incluindo nesta formação a "mescla das raças" 
    D) INCORRETA- José Bonifácio deixou várias obras sobre mineralogia, que foi sua especialização feita em Portugal. Não há notícia acerca de uma obra sobre teoria de História ou sobre o trabalho do historiador 
    E) INCORRETA- Johan von Spix foi um naturalista alemão que fez parte da comitiva de Leopoldina de Habsburgo quando veio para o Brasil como esposa de Pedro I. Além disso, faleceu em 1826. Portanto não poderia participar de concurso em 1844 
    RESPOSTA: Letra C.

ID
3105211
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Eric Hobsbawn (1995) em A era das revoluções, afirma que

“A palavra ‘urbano’ é certamente ambígua. Ela inclui as duas cidades europeias que por volta de 1789 podem ser chamadas de genuinamente grandes segundo os nossos padrões – __________com cerca de um milhão de habitantes, e _________ , com cerca de meio milhão – e umas 20 outras com uma população de 100 mil ou mais”.

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.

Alternativas
Comentários
  • só acertei por causa do DATA

  • O historiador Eric Hobsbawm viveu durante quase todo o século XX, sendo considerado o maior historiador vivo  da época.  A sua produção historiográfica trata, essencialmente,  da estruturação , sucesso e crises do sistema capitalista , até o final do século XX. Entre as mais conhecidas estão as chamadas “Eras" :Era das Revoluções, Era do Capital, Era dos Impérios e Era dos Extremos. O trecho apresentado na questão é retirado da Era das Revoluções, cujo tema é o das revoluções burguesas : Revolução Científica, Revolução Industrial , Revolução Francesa entre outros. 
    O trecho da obra de Hobsbawm trata de cidades dentro de uma lógica industrial burguesa. Cidades que cresceram por conta de aumento de industrialização e da necessidade de serviços, o chamado setor terciário.
    É pedido que seja assinalada a alternativa que indica os nomes das cidades europeias que completam corretamente as lacunas. Ou seja, cidades que, segundo o autor, poderiam ser consideradas realmente grandes, no século XVIII 
    A) INCORRETA- Moscou não preenche a lacuna, mas Londres sim. 
    B) INCORRETA - Paris está correto mas Moscou não. 
    C) INCORRETA - Nem Moscou nem Berlim atendem às características 
    D) INCORRETA - Londres é uma opção correta mas não Berlim 
    E) CORRETA - As cidades que completam corretamente as lacunas são Londres e Paris.
    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3105214
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto e assinale a alternativa que dá continuidade a ele.
“Descolonização e revolução transformaram de modo impressionante o mapa político do globo. O número de Estados internacionalmente reconhecidos como independentes na Ásia quintuplicou. Na África onde havia um em 1939, agora eram cerca de cinquenta. Mesmo nas Américas, onde a descolonização no início do século XIX deixara atrás umas vinte repúblicas latinas, a de então acrescentou mais uma dúzia. Contudo, o importante nelas não era o seu número, mas…”
(Eric Hobsbawn, A Era dos Extremos)

Alternativas
Comentários
  • As ricas nações capitalistas em expansão dominaram regiões africanas e asiáticas desde a segunda metade do século XIX até a década de 1950,. As duas guerras mundiais, no entanto, as desgastaram e assim elas não conseguiram assegurar os seus interesses econômicos que advinham da exploração de regiões afro asiáticas. Entre as décadas de 1950 e 1960 surgiram por volta de cinquenta novos países em territórios africanos e asiáticos, dando origem a um novo grupo geopolítico chamado “Terceiro Mundo" . 
    Os países pertencentes ao grupo geopolítico do Terceiro Mundo têm por características comuns uma economia frágil, desigualdades sociais e dificuldade de estabelecer um Estado Consolidado. O Terceiro Mundo é composto por nações descolonizadas e por uma parte das nações da América Latina. Em 1955, Estados afro -asiáticos realizaram a Conferência de Bandung que tinha por objetivo a união deste conjunto de países para se apresentarem ao mundo como uma nova força política global , com cooperação e uma identidade econômica e culturas próprias. 
    Além disso, também queriam alinhar as medidas a serem tomadas para preservar a autonomia e a soberania destes países recém-criados opondo se ao neocolonialismo americano e soviético. O candidato para responder a questão deve possuir o conhecimento sobre o processo de descolonização dos territórios africanos e asiáticos. Além disso o aluno deve ser capaz de analisar os elementos formadores geopolíticos no pós Segunda Guerra Mundial.
    A sugestão de leitura para o assunto é o livro A Era dos Extremos de Eric Hobsbawn. 
    A) CORRETA – Ocorreu uma espantosa explosão demográfica depois da Segunda Guerra Mundial, e isso contribuiu para o equilíbrio populacional do Mundo. Entretanto, as nações que ampliaram a sua demografia são aquelas que têm uma economia subdesenvolvida. O historiador Eric Hobsbawn cita em seu livro “Era dos Extremos" que a explosão demográfica é o fator central da existência dos países de Terceiro Mundo.
    B) INCORRETA – Não podemos generalizar que os movimentos de independência surgiram no âmbito exclusivo das elites intelectuais. Na Índia a Independência foi delineada como uma resistência pacífica advinda de um grupo intelectual de alta casta, possuindo como um dos idealizadores Mahatma Gandhi, advogado brâmane. Já países da América Latina, como Cuba, os guerrilheiros revolucionários lutavam contra um governo elitista que defendia os interesses da elite econômica e do capital estrangeiro. 
    C) INCORRETA – Os Estados africanos e asiáticos que conseguiram as suas independências possuíam as suas próprias tradições e diversidade cultural, mesmo que estivessem vivendo sobre a égide de outros países anteriormente. 
    D) INCORRETA – O capitalismo necessita de mão de obra mais barata e de qualidade para a ampliação de suas fontes de lucro. O capitalismo norte americano continuou recebendo imigrantes em seu território independente da emancipação dos países. 
    E) INCORRETA - Os acordos internacionais ocorridos no pós - independência tinham por objetivo afirmar a autonomia e a soberania das nações que estavam se consolidando depois de terem passado por um processo de colonização.

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3105223
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto:
“As origens da Segunda Guerra Mundial produziram uma literatura histórica incomparavelmente menor sobre suas causas do que as da Primeira Guerra, e por um motivo óbvio”. Eric Hobsbawn. A Era dos Extremos.

Segundo a perspectiva de análise do autor, a diferença da produção historiográfica sobre as origens da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais foram:

Alternativas
Comentários
  • A Primeira Guerra Mundial teve as causas mais profundas e múltiplas. Além do mais, não houve um ganhador já que a Alemanha se rendeu mesmo estando em solo francês e vencendo todas no Front Oriental, chegando até o Báltico. Contudo, a Alemanha foi marcada como a grande vilã, mesmo o conflito tendo sido produzido por diversos atores. A Segunda Guerra foi mais clara: a Alemanha queria revanche, invadiu a Polônia e a França, declarou guerra à Inglaterra e aos EUA, além de querer acabar com a URSS.

    GAB: E

  • cadê um comentário descente ? aff

  • TENDO EM VISTA QUE A PRINCIPAL CULPADA PELA GUERRA FOI A ALEMANHA, PODEMOS DEDUZIR QUE OS HISTORIADORES NUNCA TIVERAM DÚVIDA SOBRE OS ANTECEDENTES DA GUERRA

    -ALEMANHA DESCUMPRE O TRATADO DE VERSALHES

    -ALEMANHA ANEXA A ÁUSTRIA (ANCHLUS)

    -ALEMANHA INVADE A POLÔNIA

    Podemos ressaltar também que os outros países, como a França ( que era uma das responsáveis pela Liga das Nações) fizeram de tudo para aplicar uma política de "APAZIGUAMENTO"

  • A questão tem como entrada um pequeno trecho da obra “Era dos Extremos", do historiador britânico Eric Hobsbawm. Na verdade são apenas duas frases que não nos permitem concluir o que se pede. Não há indicação de quais possibilidades o autor apresenta para “a diferença da produção historiográfica sobre as origens da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais" 
    A questão está bastante vaga e a redação não está clara. Assim sendo, é preciso ter conhecimento do trabalho de Hobsbawm, particularmente o livro de onde foi extraído o trecho.
    E, também, prestar atenção aos detalhes de cada alternativa apresentada para que detecte nelas informações que orientem a busca pela resposta correta 
    A) INCORRETA- Não se pode delimitar claramente o quantitativo de anos que levam este ou aquele processo. Há sempre fundamentos estruturais e conjunturais para tal. É o que o historiador Braudel chamou de história de longa duração e história de curta duração. 
    B) INCORRETA- Houve muita destruição de documentos do lado dos alemães e japoneses em função de ter sido o lado perdedor da guerra. Nem tanto na Itália pois esta, a partir da queda de Mussoilini, passa a ser aliada dos EUA e Grã- Bretanha. No entanto, há ainda uma quantidade significativa de fontes, escritas e não escritas, que permitem um estudo bastante acurado acerca da época. Aliás, ainda estão sendo descobertas novas fontes. 
    C) INCORRETA- A mudança de paradigma não se dá por conta do rádio e do cinema. Eles acrescentam fontes ao trabalho do historiador 
    D) INCORRETA- Apesar de ter existido a perseguição a intelectuais na época da guerra fria, o processo histórico ao qual Hobsbawm se refere é o anterior às guerras e não o da guerra fria.
    E) CORRETA- Até o presente momento não há questionamentos acerca de quem iniciou o conflito e, tanto na primeira quanto na segunda guerra os EUA não participaram diretamente do conflito enquanto puderam evitar. Até 1917 na primeira e 1941 na segunda guerra. 
    RESPOSTA: Letra E.
  • GAB-E

    os historiadores nunca tiveram dúvidas de que Alemanha, Japão e Itália foram os agressores, e que os Estados arrastados por eles para a Segunda Guerra Mundial fizeram o possível para evitar o conflito.

    PRATICAMENTE FOI O EFEITO DOMINÓ.

    MEXEU COM UM, MEXEU COM TODOS.

    GAB-E


ID
3105226
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante as últimas décadas do século XIX e inícios do século XX, surgiram cientistas e intelectuais dedicados a pensar e projetar ideias sobre o futuro do Brasil, refletindo acerca de questões raciais, religiosas e culturais. Silvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha estão entre os principais nomes desse grupo. Assinale a alternativa correta acerca de suas ideias.

Alternativas
Comentários
  • Os debates que mobilizavam a intelectualidade brasileira do final do Século XIX e começo do XX expressam a dificuldade de se formular, à época, interpretações do país e, sobretudo, de sua composição étnica, que não tivessem uma forte carga racista. 
    O país acabara de se libertar, ao menos oficialmente, do sistema escravista. Buscando participar do seleto grupo de nações “civilizadas", era urgente construir um conceito de nação e fugir dos preconceitos expressamente racistas, na medida em que a mentalidade da época permitisse. Na verdade o que se fazia, mais do que tudo, era a racionalização do racismo. 
    As divergências do racismo científico brasileiro entre a intelectualidade lidavam com outro ponto de pauta, qual seja: a discussão sobre a mistura de raças e os riscos de degeneração delas decorridos. Segundo Lilia Moritz Swarcz, o Brasil era descrito como “[...] uma nação composta de raças miscigenadas, porém em transição. Essas, passando por um processo acelerado de cruzamento, e depuradas mediante uma seleção natural [...], levaria a supor que o Brasil seria, um dia, branco".
    Percebe-se, então, dois grupos de intelectuais. Aqueles que acreditavam que a miscigenação que existe no Brasil levaria à “degeneração crescente" e à impossibilidade de constituição de um povo brasileiro habilitado à “civilização". Assim pensava o médico legista e etnólogo Raimundo Nina Rodrigues. Outros, mais otimistas, defendiam que a miscigenação no Brasil correspondia a uma possibilidade de melhoria e regeneração racial. Ela levaria ao desaparecimento progressivo dos negros e mestiços de pele escura, tidos como inferiores, e ao branqueamento progressivo do conjunto da população.
    Assim pensavam Sílvio Romero, João Batista Lacerda e Oliveira Viana. A imagem de uma “brasilidade mestiça", culturalmente embranquecida e politicamente integradora, expressa  a nação brasileira a partir das primeiras décadas do século XX. Tal modelo de nacionalidade, contudo, tende a perder sua força legitimadora ao longo da democratização. 
    Estes são elementos que têm de ser tomados em consideração ao responder à questão proposta. São citados os intelectuais Nina Rodrigues, Silvio Romero e Euclides da Cunha. É pedido que seja assinalada a alternativa que apresenta uma ideia correta acerca das proposições por eles defendida. 
    A) CORRETA- Os três intelectuais partem da premissa que a população brasileira é composta por miscigenação. Daí é preciso tomá-la como base para se pensar um conceito de nação. 
    B) INCORRETA- Euclides da Cunha foi abolicionista atuante e, por conta disso, foi perseguido. Mas Silvio Romero só nasceu em 1907 e Nina Rodrigues não foi abolicionista atuante.
    C) INCORRETA- Dos três intelectuais citados Euclides da Cunha talvez seja o que tem mais consciência do significado da miscigenação no Brasil. E, na verdade, ele descreve os hábitos e crenças nordestinos sem demonstrar preconceitos. 
    D) INCORRETA- Mesmo que defendam o progressivo embranquecimento racial e cultural nenhum dos três defende uma “limpeza étnica".
    E) INCORRETA- Nenhum dos intelectuais citados foi um indigenista. Silvio Romero, amigo de Euclides da Cunha, dedicou-se a estudar o folclore brasileiro mas não especificamente as culturas nativas.
    RESPOSTA : A

ID
3105229
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

. A Constituição Federal, de 1988, assegurou aos povos indígenas

Alternativas
Comentários
  • Atual constituição aparece frequentemente em questões de conhecimentos gerais para além de seu aspecto jurídico mais profundo, devido à amplitude de temas que aborda e relacionada a vários debates importantes da sociedade.  O enunciado questiona sobre os direitos assegurados aos povos indígenas.

    Análise das alternativas:

    A) É vedada a venda de terras indígenas.

    B) Assimilação não está prevista como direito e acesso a saúde e educação adequadas as suas necessidades e preservando sua cultura. 

    C) Em função desse direito que existe, a expressão povos originários é usada para referi-se aos povos nativos de terras colonizadas como o Brasil. A diferença cultural e linguística são princípios a serem respeitados na formulação de políticas públicas e demais iniciativas voltadas especificamente para tal grupo. AFIRMATIVA CORRETA


    D) A mineração e demais atividades degradadoras do ambiente das terras Indígenas são vedadas por lei e na prática não correspondem aos desejos de esmagadora maioria das lideranças dos povos indígenas. 

    E) não há previsão constitucional de ser incondicionalmente protegido. 



    Considerações finais:

    Episódios recentes como o imbróglio sobre o destino da Funai ou o aumento da violência contra lideranças indígenas ou mesmo as declarações do executivo contrárias a novas demarcações colocaram o tema no topo dos assuntos mais debatidos no noticiário recentemente. Prestemos bastante atenção aos novos acontecimentos e suas repercussões.  
    Gabarito: C

ID
3105235
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Segundo Ricardo Oriá, a preservação do patrimônio cultural tem sido valorizada pela historiografia contemporânea. E socializar esse patrimônio na escola, com valores semelhantes, significa:

Alternativas
Comentários

  • Atualmente, além da preocupação com a manutenção e a pesquisa da importância do patrimônio em um dado processo histórico, o que é uma especificidade da historiografia, há também a proposta de uma Educação Patrimonial. Esta proposta, essencialmente para a escola básica, tem por objetivo a melhor construção de uma ideia de nação e de práticas cidadãs vinculadas a um projeto de democracia. 
    A Educação patrimonial à preservação e conhecimento do patrimônio histórico além de apresentar elementos que propiciem a ideia de pertencimento àquela cultura, o que é base da construção de um conceito de nação. Por sua vez, a convivência com o “diferente" pode ser importante para embasar um ideário democrata. Há uma bibliografia específica sobre o tema em pauta. A indicação de obras fundamentais deve fazer parte da bibliografia oferecida quando da inscrição.

    Entre as alternativas uma indica o que significa “ socializar esse patrimônio na escola, com valores semelhantes " 
    A) INCORRETA- Um patrimônio histórico não tem necessariamente um “ valor excepcional", principalmente se a questão “ valor" está vinculada à uma ideia econômica ou financeira. Ele deve ser conservado pela sua representação na construção da cultura de uma dada comunidade. 
    B) INCORRETA – Contar a história a partir de heróis é a base da historiografia positivista , o que não significa a valorização das várias facetas do que pode ser considerado patrimônio .
    C) INCORRETA- A proposta é de valorizar as diferenças , sim , mas não de estilos arquitetônicos enquanto tais. E sim valorização do que tais estilos representam em termos de manifestação cultural. 
    D) CORRETA- A partir da Educação patrimonial é possível dar a conhecer ao estudante a variedade cultural e étnica de sua comunidade . Isso é um elemento base para a construção da cidadania verdadeiramente democrática. 
    E) INCORRETA- O que é considerado “patrimônio histórico" em uma determinada comunidade não é somente material. Há patrimônios imateriais como uma forma de dança , de música ou de dito popular. Além disso , o patrimônio não é um “ Bem" no sentido de valor econômico ou financeiro. 

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3105238
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em uma aproximação com o ensino da Revolução industrial, Carlos Alberto Vesentini, em O saber Histórico na sala de aula (1998), propôs estudos em sala de aula a partir de determinados tema e linguagem que eram

Alternativas
Comentários
  • O ensino da revolução industrial é complexo devido ao grande período de tempo abarcado pelo recorte cronológico das três revoluções. Utilizar meios diferenciados de mediação pedagógica em sala de aula é bastante comum e tem em Vesentini um dos grandes defensores no Brasil.

    A) Iconografia inclui diversos tipos de imagem que vão muito além da proposta do autor

    B) Para compreender as implicações do sistema de fábrica no processo da revolução industrial o uso do cinema permite abordar o tema com diferentes linguagens mais acessíveis e diversificadas. AFIRMATIVA CORRETA.

    C) O princípio da proposta do autor passa pela variedade e diversificação de fontes onde a literatura ocupa um lugar de menor importância dada a grande quantidade de aprendizado textual que já se realiza nos estudos históricos.


    D) A classe operária é certamente um dos protagonistas dos estudos sobre revolução industrial, sobretudo nas perspectivas mais progressistas mas a música não seria a melhor fonte sobre o tema já que não aborda corretamente todo o recorte cronológico que vai do século XVIII ao XXI.  


    E) Quadrinhos têm limitada disponibilidade de obras que abordem o tema revolução industrial a partir de uma perspectiva válida para a prática pedagógica da história escolar. Já as máquinas são um dos pontos importantes por seu caráter de desenvolvimento tecnológico e as implicações disso para toda a sociedade. 
     
    Gabarito: B

ID
3105241
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o seguinte texto de Maria de Lourdes Monaco Janotti, extraído em O saber Histórico na sala de aula (1998):

“O presente passou a explicar-se a partir de si mesmo. O perigo de ignorar o passado público pode também acarretar a perda da visão dialética da História e da vontade política que leva à crítica e à construção de projetos futuros.”

Segundo a autora,

Alternativas
Comentários
  • Desde a década de 1990 passou a haver uma maior atenção ao ensino de História no Brasil. A ideia era , como o é até hoje, o de abandonar o estudo de fatos em heróis . O foco passa a ser, cada vez mais , a interpretação do passado , ou até mesmo uma nova leitura do passado para que seja possível melhor compreender o presente , ao qual esta passado está ligado. A análise do passado não tem um fim em si mesmo e não se analisa o presente com ele mesmo. O diálogo entre passado e presente é fundamental para que , segundo a autora, seja possível a “visão dialética da História e da vontade política que leva à crítica e à construção de projetos futuros."
    Uma das alternativas mostra uma proposta de análise do trecho transcrito. 
    A) INCORRETA- Ao contrário: conhecer o passado estimula ações políticas mais fundamentadas. 
    B) INCORRETA – O trecho não tem referências ao sistema capitalista nem à questões econômicas . 
    C) INCORRETA- Embora a afirmativa possa ser considerada correta , não se relaciona com o trecho transcrito. 
    D) CORRETA- Não se pode nem se deve desqualificar o passado por conta de se enfraquecer a ideia de cidadania e a ação política consciente. 
    E) INCORRETA- A dialética da História produz-se essencialmente no espaço do Público e não do Privado. A conclusão apresentada está incorreta.

    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3105244
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Diferentemente de filósofos e literatos, nós historiadores devemos dispor de evidências para sustentar nossos argumentos, e não podemos simplesmente extraí-las da nossa cabeça. Nós as extraímos, sim, das caixas dos arquivos. Compreendo, evidentemente, que outras disciplinas têm o seu próprio rigor, e que os historiadores também dão asas à imaginação (...) reconheço os aspectos literários e arbitrários da escrita da história. (...) Dizer que nós não podemos ter um conhecimento direto do passado não significa dizer que qualquer versão do passado seja válida ou que uma versão não possa ser melhor do que outra. Podemos entrar imaginativamente em outras vidas, perambular por outros mundos, fazer contato com outras esferas da experiência, e fazer tudo isso com rigor e não fantasias e com ficções.” (In: As múltiplas faces da História).

Na opinião de Robert Darnton, autor dessas reflexões, o trabalho do historiador precisa ser:

Alternativas
Comentários
  • O título da obra de onde foi extraído o trecho apresentado na questão já nos dá a orientação do que o autor pretende transmitir : As múltiplas faces da História. Ele se propõe a apresentar as várias formas e aspectos do trabalho do historiador, em comparação com aqueles de outros pesquisadores de Ciências Sociais. 
    No trecho transcrito a comparação é feita com o filósofo, cujo trabalho intelectual parte de teses , isto é, proposições que podem ou não derivar da realidade dos fatos.
    É o que apresentam as alternativas: como deve ser o trabalho do historiador. 
    A) CORRETA- Ao historiador cabe imaginar a vida no passado com base em fontes confiáveis e analisadas com rigor científico. 
    B) INCORRETA- O relativismo até pode ser presente por conta de não ser possível abarcar todas as facetas da realidade mas, não há espaço para o fantasioso e sim a imaginação fundamentada de um passado historicamente analisado. 
    C) INCORRETA- “Desconfiado" sim, se isso significa fazer uma análise de fontes o melhor possível. Mas “ ousado" não é um termo que seja adequado ao trabalho de pesquisa. 
    D) INCORRETA- História não é a única ciência social que lida com fatos concretos. A Sociologia, a Ciência Política e a geografia, por exemplo, também trabalha com fatos. 
    E) INCORRETA- As evidências encontradas em arquivos – fontes – são fundamentais para o trabalho do historiador. No entanto, há espaço para a recriação do passado, imediato ou remoto, com a imaginação. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3105247
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto escrito pela historiadora Mary Del Priore (In: Historiografia Brasileira em Perspectiva):

“Fundada, pois, na constatação da negação e do esquecimento, a história da mulher emergiu e ganhou musculatura (…), atrelada à explosão do feminismo, articulada ao florescimento da antropologia e da história das mentalidades, bem como às novas aquisições da história social e às pesquisas, até então inéditas, sobre a memória popular. Este foi um período fundamental, no qual as feministas fizeram a história da mulher, antes mesmo dos historiadores. (…) Dois pólos fundamentais de reflexão ou duas preocupações estruturavam esta efervescência intelectual: fazer surgir as mulheres no seio de uma história pouco preocupada com as diferenças sexuais e demonstrar a opressão, a exploração e a dominação que sofriam e que as subjugava.”

Nesse texto, a autora faz referência específica a qual período histórico?

Alternativas
Comentários
  • Gab: D

    O Movimento Feminista surgiu no Brasil em 1975, na ocasião da instituição pela Organização das Nações Unidas (ONU) do Ano Internacional da Mulher, com os seguintes objetivos: identificar e denunciar as discriminações e as desigualdades que afetavam a situação da mulher brasileira, lutar pela liberação das mulheres enquanto sexo dominado e oprimido, promover a conquista de direitos civis para todas as mulheres e de espaços públicos de atuação para as representantes dessa minoria política. Sua existência e atuação como “novo movimento social” cujas singularidades e particularidades se inspiram nas formas e tipos originais de mobilizações antiinstitucionais e antiautoritárias que emergem nas sociedades pós-industriais nos anos 1960 e 1970 (movimentos de liberação da mulher, ecológicos, regionalistas e estudantis, contraculturais) duram até 1985.

    Fonte: www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/movimento-feminista

  • Vamo! PMPR!!

  • Embora o movimento internacional das mulheres tenha ganhado mais visibilidade na segunda metade do século XX, até mesmo por conta dos meios mais sofisticados de comunicação, ele não começou neste momento. Há ações em pról da valorização das mulheres, primordialmente depois que a mão de obra feminina passou a ser mais e mais utilizada nas fábricas e no setor de serviços, desde o final do século XIX. O trecho do trabalho da historiadora Mary del Priori refere-se a um momento bastante específico deste processo , quando passa a ser verdadeiramente historicizado. 
    Uma das alternativas indica o momento destacado no trecho
    A) INCORRETA- Em meados de 1890 havia muitas mulheres trabalhando em fábricas e no setor de serviços. Ao mesmo tempo já existiam, principalmente em países europeus, movimentos em pról da igualdade jurídica das mulheres mas, não se pode dizer que já existisse uma história da mulher enquanto tal.
    B) INCORRETA- O período pós segunda guerra não é intensamente marcado por movimentos feministas porquanto o cenário da Guerra Fria era aquele que absorvia as maiores preocupações políticas e intelectuais. 
    C) INCORRETA – No século XXI ainda há umas quantas lutas. Mulheres percebem salários, de maneira geral, mais baixos do que os homens na mesma função. Cabe a elas o trabalho de casa tendo, então, jornadas duplas ou triplas. No entanto, muitas lutas já foram travadas desde as sufragettes. 
    D) CORRETA- A década de 1970 é marcada pela popularização de muitos elementos novos na vida diária, vindos da ciência e da tecnologia. Um dos exemplos é a pílula anticoncepcional que deu maior controle da mulher sobre seu corpo. Toda a conjuntura da época estimulou o crescimento do movimento feminista e a construção de uma verdadeira história da mulher como diz o trecho
    E) INCORRETA- O período entre as duas guerras é marcado por crise de valores, crise econômica e política no mundo ocidental. Não é de uma conjuntura favorável ao movimento das mulheres. 
    RESPOSTA: Letra D.

ID
3105250
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

João José Reis (In: Viagem Incompleta) identifica que as formas de resistência coletiva à escravidão eram

Alternativas
Comentários
  • As reivindicações eram variadas: iam desde a diminuição ou abolição dos castigos até a pagamento pelo trabalho ou o fim do trabalho compulsório.

    GAB: E

  • Um exemplo pode ser encontrado no Recôncavo Baiano, no final do século XVIII. Por volta de 1789, no Engenho de Santana de Ilhéus, os escravos crioulos (nascidos no Brasil) paralisaram o trabalho, mataram o feitor, pegaram as ferramentas do engenho e refugiaram-se nas matas do entorno da região. O objetivo deles não era serem libertos da condição de escravos, mas buscar maior liberdade na escravidão. Ao menos é isso que foi sugerido pelo documento criado pelos escravos fugidos e que foi encaminhado ao seu senhor, referenciado como “Tratado proposto a Manuel da Silva Ferreira pelos seus escravos durante o tempo em que se conservaram levantados”.

    GABARITO: E

    Fonte com texto mais detalhado:https://brasilescola.uol.com.br/historiab/resistencia-escrava-engenho-santana-ilheus.htm

  • A questão está bastante vaga. Espera-se que a leitura da obra Viagem Incompleta , de João José Reis tenha sido feita ou que exista um conhecimento mínimo sobre ela. Não há na questão nenhum parâmetro que indique a resposta correta. Não há um trecho informativo. Há somente a citação da obra, o que é insuficiente.
    No entanto, se a obra não for conhecida, a leitura atenta e, conhecimentos gerais sobre a questão da escravidão no Brasil poderão auxiliar na interpretação de cada alternativa assim como na escolha da alternativa correta acerca das formas de resistência à escravidão.
    A) INCORRETA- A liberdade imediata sempre era o objetivo primeiro mas não o único. A entrada da questão é com o verbo ser:  “ eram". E a alternativa começa com “ todas". Não há conexão.
    B) INCORRETA- Nem todas as manifestações tinham como objetivo lutar contra a escravidão enquanto instituição. Havia luta por uma libertação de grupos de africanos sem que, no entanto, atingisse a instituição. A entrada da questão é com o verbo ser “ eram". E a alternativa começa com “ todas". Não há conexão.
    C) INCORRETA- Essa alternativa não responde à proposta da questão. A entrada da questão é com o verbo ser “ eram". E a alternativa começa com “ todas". Não há conexão.
    D) INCORRETA- As formas de resistência não estão necessariamente vinculadas à origem étnica. 
    E) CORRETA- As formas de resistência eram, segundo o autor, variadas. Apresentavam diversas formas. 

    Gabarito do Professor: Letra E.

ID
3105253
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de História do Ensino Fundamental de 5ª a 9º anos (MEC, 1998), as posturas teóricas-epistemológicas, do campo do conhecimento Histórico, contemplam preocupações com

Alternativas

ID
3105256
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“Em meados da década de 1950, subitamente, irrompeu dos catálogos (...) das gravadoras dirigidas aos negros pobres dos EUA, para tornar-se o idioma universal dos jovens, e notadamente dos jovens brancos”. Eric Hobsbawn. A Era dos Extremos.

Nesse trecho o autor está se referindo ao gênero musical

Alternativas
Comentários
  • No trecho do texto de apoio, o renomado historiador britânico faz referência ao gênero musical que iria transgredir as barreiras raciais e se tronar a expressão de rebeldia de jovens majoritariamente brancos. O enunciado questiona que gênero musical é o correto.

    A) Jazz criado por negros norte americanos no início do século XX destacou-se por sua excelência artística e de estilo tornando-se um gênero mundial mas nunca foi de fato uma música de protesto ou ligada a gerações mais jovens da população e tampouco restringiu-se ao público branco.

    B) Criado a partir do blues e do country com influências distantes europeias e africanas foi o gênero que saiu dos espaços racionalizados dos EUA para representar a rebeldia de toda uma geração num primeiro momento. Posteriormente teve sua popularidade e proposta de comunicação com o público jovem cooptada pela indústria da música e foi tornado-se cada vez mais um estilo com fãs de perfil étnico, econômico e social similar por todo o mundo. AFIRMATIVA CORRETA


    C) O RAP é criado no final da década de 70 e se estabelece na seguinte estando cronologicamente bem distante do período descrito no texto. 

    D) Surgido também na década de 70 mais para o início também não se adequa ao critério cronológico.

    E) Surgido no século XIX nas regiões do Sul rural e escravocrata dos EUA o Blues conquistou corações por todo o mundo mas nunca foi efetivamente um gênero musical de massas sobretudo, fora da América do Norte.

    Considerações finais:

    Questão que para além dos conhecimentos históricos exigiu conhecimentos gerais sobre a música popular internacional, mas cantada em inglês do ocidente. Tal relação reforça a necessidade de conhecer os grandes autores clássicos e reconhecer sua enorme capacidade de produzir História a partir de diferentes objetos como manifestações culturais de massa. 
    Gabarito: B

ID
3105259
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Leia o texto.

“As páginas que aí vão – escrevi-as para vós, meus filhos, ao celebrar a nossa Pátria o quarto centenário do seu descobrimento. Sorri-me a esperança de que encontrareis nelas prazer e proveito.
Consiste a minha primordial ambição em vos dar exemplos e conselhos que vos façam úteis à vossa família, à vossa nação e à vossa espécie, tornando-vos fortes, bons, felizes. Se de meus ensinamentos colherdes algum fruto, descansarei satisfeito de haver cumprido a minha missão.” – Afonso Celso. Por que me Ufano de meu país, 1908.

Tendo esse livro escolar como exemplo, é correto afirmar que a escola, naquele contexto,

Alternativas

ID
3105262
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Buritizal - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Leia o texto.
“Temos afirmado que a concepção de disciplina escolar está intimamente associada à de pedagogia e à de escola e, portanto, ao papel histórico de cada um desses componentes. Ao concebermos a disciplina escolar como produção coletiva das instituições de ensino, admitimos que a pedagogia não pode ser entendida como uma atividade limitada a produzir métodos para melhor “transpor” conteúdos externos, simplificando da maneira mais adequada possível os saberes eruditos ou acadêmicos.”
BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: Fundamentos e método.

A autora afirma no texto que

Alternativas
Comentários
  • A autora diz no texto que a pedagogia não pode ser vista como um método que simplifica o conhecimento científico, haja vista que as disciplinas escolares, diferentes do conhecimento acadêmico, possuem finalidades distintas. Logo, é de supor que o método e a maneira de ensinar é totalmente diferente.

    Portanto, por isso que não se pode confundir a pedagogia como um método que "simplifica" o conhecimento científico.

    Gabarito D