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Prova VUNESP - 2021 - UNESP - Vestibular- Conhecimentos Gerais - Área de Biológicas


ID
5026171
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.


    Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
    Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
    Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas.
    Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
     — E ele é muito hiputrélico...
    Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
    — Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
    Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
    — Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
    — É. Mas não existe.
    Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
    — O senhor também é hiputrélico...
    E ficou havendo.

(Tutameia, 1979.)

De acordo com o narrador, o hipotrélico revela, em relação à prática do neologismo, uma postura

Alternativas
Comentários
  • como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.

    item C

  • obg pela dica

  • muito obrigada pela dica


ID
5026174
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.


    Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
    Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
    Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas.
    Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
     — E ele é muito hiputrélico...
    Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
    — Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
    Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
    — Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
    — É. Mas não existe.
    Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
    — O senhor também é hiputrélico...
    E ficou havendo.

(Tutameia, 1979.)

Considerando que “sonejar” constitui um neologismo formado pelo radical “sono” e pelo sufixo “-ejar”, que exprime aspecto frequentativo, “a inércia que soneja em cada canto do espírito” (2o parágrafo) contribui, segundo o narrador, para

Alternativas
Comentários
  • CONTRIBUI PARA A SOBREVIVÊNCIA DO IDIOMA, POIS O SURGIMENTO DE NOVAS PALAVRAS FAZ COM ELE SE EXPANDA E, CONSEQUENTEMENTE, SE RENOVE, GRADATIVAMENTE.

    gab: E

  • da alternativa A até D fala sobre mudança, coisa que o ''Hipotrélico'' não detém...


ID
5026177
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.


    Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
    Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
    Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas.
    Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
     — E ele é muito hiputrélico...
    Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
    — Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
    Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
    — Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
    — É. Mas não existe.
    Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
    — O senhor também é hiputrélico...
    E ficou havendo.

(Tutameia, 1979.)

O efeito cômico do texto deriva, sobretudo, da ambiguidade da expressão

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra B

    O texto de Guimarães Rosa inicia explicando acerca do termo "hipotrélico" e, em meio a palavras difíceis e quase que não usuais, o autor diz ser um termo amplo de significados, mas que seria como algo "vice dito" ou "vago", um termo típico do 'BOM PORTUGUÊS" (tradicional da língua portuguesa sem neologismos e estrangeirismos). No final do texto, um BOM PORTUGUÊS (cidadão brasileiro honesto e nacionalista) discute com outras 2 pessoas e as chama de Hipotrélicas.


ID
5026180
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.


    Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
    Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
    Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas.
    Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
     — E ele é muito hiputrélico...
    Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
    — Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
    Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
    — Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
    — É. Mas não existe.
    Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
    — O senhor também é hiputrélico...
    E ficou havendo.

(Tutameia, 1979.)

“Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:

O senhor também é hiputrélico...” (11° e 12° parágrafos)

Considerando o contexto, o termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:

Alternativas
Comentários

ID
5026183
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.


    Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
    Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
    Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas.
    Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
     — E ele é muito hiputrélico...
    Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
    — Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
    Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
    — Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
    — É. Mas não existe.
    Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
    — O senhor também é hiputrélico...
    E ficou havendo.

(Tutameia, 1979.)

Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a palavra sublinhada em:

Alternativas
Comentários

ID
5026186
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Futurismo. O Manifesto Futurista, de autoria do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944), foi publicado em Paris em 1909. Nesse manifesto, Marinetti declara a raiz italiana da nova estética: “queremos libertar esse país (a Itália) de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários”. Falando da Itália para o mundo, o Futurismo coloca-se contra o “passadismo” burguês e o tradicionalismo cultural. A exaltação da máquina e da “beleza da velocidade”, associada ao elogio da técnica e da ciência, torna-se emblemática da nova atitude estética e política.

(https://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.)


Verifica-se a influência dessa vanguarda artística nos seguintes versos do poeta português Fernando Pessoa:

Alternativas
Comentários
  • "exaltação da máquina e da “beleza da velocidade”, associada ao elogio da técnica e da ciência"

    Alternativa A)


ID
5026192
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

A linguagem do texto pode ser caracterizada como

Alternativas
Comentários
  • A linguagem não é lacônica mas sim extremamente detalhada, não é coloquial ou informal, pois trata -se de um jornalista descrevendo uma guerra de maneira determinista, não é hemértica pois todas infomações ficam claras e nenhum pouco obscuras ou de difilcil compreensão.


ID
5026195
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Anteriormente ao texto transcrito, Euclides da Cunha menciona a existência de “higrômetros inesperados e bizarros” na paisagem. Constitui exemplo de higrômetro inesperado e bizarro no texto transcrito:

Alternativas
Comentários
  • A questão requer compreensão e interpretação textual, em que, a partir das informações explícitas no texto, é possível chegar a uma conclusão e requer também conhecimento acerca de significação contextual das palavras.

    Primeiramente, faz-se necessário saber o que significa higrômetro.

    Higrômetro = nome genérico de instrumentos que servem para medir a umidade de gases ou do ar.

    Fonte: Dicionário de Língua Portuguesa Antônio Houaiss.

    Alternativa (A) incorreta – É apenas a descrição exata de um velho jardim em abandono, não chega a ser algo inesperado nem bizarro porque é algo que, infelizmente, encontra-se frequentemente.


    Alternativa (B) incorreta – Os vermes decomporem um cadáver são algo mais comum e esperado.

    Alternativa (C) correta – O corpo do soldado, morto há três meses, avistado intacto, sem mesmo os vermes terem decomposto seu cadáver, é algo inesperado e bizarro. Quando Euclides da Cunha menciona “higrômetro inesperado e bizarro", conclui-se que o corpo estava com aparência de mumificado, mantendo os traços fisionômicos, murcho apenas, devido à baixa umidade do ar, o que impediu que o corpo entrasse em decomposição no local.

    Alternativa (D) incorreta - É apenas a descrição exata de um velho jardim em abandono, não chega a ser algo inesperado nem bizarro porque é algo que, infelizmente, encontra-se frequentemente.


    Alternativa (E) incorreta - É apenas a descrição de como estava o ar, não chega a ser algo inesperado nem bizarro.


    Gabarito da professora: Alternativa C.

  • A dúvida poderia ficar entre a alternativa b e c, como ele cita na b como que a ação do vermes fosse efetivada, ficamos apenas com a c.


ID
5026198
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Considerando o contexto histórico de produção do texto, o soldado abandonado e seu “adversário possante” podem ser identificados, em termos políticos, como

Alternativas
Comentários
  • Para tal questão basta saber o contesto da guerra de Canudos, Republicanos (governo) x Mornarquistas seguidores de Antônio Conselheiro. A farda do soldado evidência que ele fazia parte de um exército bem organizado (republicanos).


ID
5026201
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

A paisagem retratada no texto mostra-se compatível com o clima que registra

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

    Temperaturas elevadas e precipitacões escassas e mal distribuídas ao longo do ano

  • O estudo do clima necessita da observação de amplos aspectos, notadamente os fatores climáticos, para que seja possível a compreensão dos processos que formam os diferentes tipos climáticos e produzir um entendimento mais adequado que a simples memorização de siglas e termos sem precisa conexão entre si.  A questão em si propõe um cruzamento entre o estudo dos climas brasileiros e a literatura ao apresentar fragmentos de descrição de clima e vegetação inclusos na obra clássica da literatura brasileira "Os Sertões".  Sobre a relação entre a paisagem retratada no texto e o tipo climático correspondente buscamos a alternativa correta.


    A) Altas temperaturas e pouca precipitação são características que estão presentes no texto, onde não há nada que mencione temperaturas amenas no inverno. 

    B) A secura relacionada a baixa precipitação é fato bem descrito no texto o que rejeita a ideia de precipitação concentrada no inverno. 

    C) Diversas "pistas" sobre o tipo de clima estão inseridas no texto e nos levam a essa alternativa. O próprio nome e a fama da obra "Os Sertões" já nos remetem ao semiárido. A existência de cactáceas que são plantas adaptadas a pouca umidade, a referência a um aspecto de jardim abandonado de vegetação franzina e até mesmo a mumificação do combatente descrito no final é compatível com um clima seco e árido capaz de tornar o corpo humano ressecado e sem a decomposição como conhecemos. 

    D) Não há qualquer menção a concentração de grandes precipitações em algum período do ano.

    E) Esta descrição corresponde a um tipo climático mais característico do Brasil Central e não do Semiárido nordestino onde se passa os eventos narrados em "Os Sertões". 


    GABARITO DO PROFESSOR: C
  • Esses locais, como o sertão que é a matéria de estudo do texto, tem até chuva, mas são ''fracas'' e mal distribuídas, algo que não ajuda em melhorar a situação da escassez de água, por exemplo.

    GAB C

    APMBB


ID
5026204
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Além da primeira parte intitulada “A terra”, outras duas partes, intituladas “O homem” e “A luta”, compõem Os sertões. Verifica-se assim, na própria estrutura da obra, uma nítida influência do

Alternativas
Comentários
  • Determinismo: Teoria filosófica que afirma que as escolhas e ações humanas acontecem por relações de causalidade, e não em virtude do livre-arbítrio.

    item A

  • O autor, adepto do determinismo, teoria que afirma ser o homem influenciado (determinado) pelo meio, pela raça e pelo momento histórico, dividiu Os sertões em três partes, a saber: A terra (o meio), O homem (a raça) e A luta (o momento).


ID
5026207
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Considerando-se o contexto, o termo que qualifica o substantivo na expressão “adversário possante” (4° parágrafo) tem sentido oposto ao termo que qualifica o substantivo em

Alternativas
Comentários
  • Em "Adversário possante", o termo "possante" dá ideia de: forte; vigoroso.

    Em "Vegetação franzina", o termo "franzina" dá ideia de: fraco; sem vigor;

  • As questoes de vestibular nao sao pra amadores


ID
5026210
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Observa-se o emprego de voz passiva no trecho

Alternativas
Comentários
  • O sujeito sofre a ação expressa pelo verbo. (E)

  • OS MORTOS FORAM ENTERRADOS = Letra E.

    QC não marcou a questão como está na prova.

    RECEITA DE BOLO DE PASSIVA ANALITICA PARA ATIVA

    1 - Organize a frase se for o caso ( COLOCANDO NA ORDEM DIRETA )

    2 - Sujeito Paciente vira OBJETO DIRETO

    3 - Tire o VERBO SER, QUANDO ELE SAI ELE JOGA O TEMPO VERBAL DELE PARA O VERBO QUE VEM DEPOIS

    ( A MESMA COISA QUE DIZER MANTENHA O TEMPO VERBAL )

    4 - AGENTE DA PASSIVA INDETERMINADO = SUJEITO INDETERMINADO NA VOZ ATIVA ( OU SEJA 3 PESSOA DO PLURAL) FGV AMA ISSO.


ID
5026213
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernandes,


    Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
    — Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
    Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
    — Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
    O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
    Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
    — Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
    Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o chamou:
    — Compadre leão, está pronta a partilha!
    O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
    — Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
    E o rato respondeu:
    — Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito! — Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
    — Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.


Moral: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.


1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito comum.

2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.


(100 fábulas fabulosas, 2012.)


A narrativa de Millôr Fernandes afasta-se do modelo tradicional da fábula na medida em que emprega um tom

Alternativas
Comentários
  • qconcursos, a letra C está com grafia errada. O correto é lacônico.

  • E) paródico


ID
5026216
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernandes,


    Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
    — Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
    Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
    — Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
    O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
    Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
    — Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
    Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o chamou:
    — Compadre leão, está pronta a partilha!
    O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
    — Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
    E o rato respondeu:
    — Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito! — Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
    — Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.


Moral: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.


1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito comum.

2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.


(100 fábulas fabulosas, 2012.)


Uma moral para a narrativa de Millôr Fernandes em conformidade com uma fábula tradicional seria:

Alternativas
Comentários

ID
5026219
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernandes,


    Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
    — Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
    Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
    — Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
    O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
    Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
    — Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
    Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o chamou:
    — Compadre leão, está pronta a partilha!
    O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
    — Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
    E o rato respondeu:
    — Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito! — Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
    — Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.


Moral: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.


1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito comum.

2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.


(100 fábulas fabulosas, 2012.)


Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida.” (8° parágrafo)


Em relação à oração que a sucede, a oração sublinhada expressa ideia de

Alternativas
Comentários
  • A frase destacada sugere ideia de tempo

  • Gabarito: Em relação à oração que a sucede ("o rato não teve a menor dúvida”), a oração sublinhada (“mal o leão se afastou") expressa ideia de tempo.

    Justificativa: Perceba que “Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida” é igual a “Assim que o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida”. Quando "mal" puder ser substituído por uma expressão de tempo, ele deixa de ser advérbio e passa a ser conectivo de tempo.


ID
5026222
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernandes,


    Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
    — Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
    Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
    — Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
    O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
    Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
    — Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
    Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o chamou:
    — Compadre leão, está pronta a partilha!
    O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
    — Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
    E o rato respondeu:
    — Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito! — Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
    — Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.


Moral: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.


1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito comum.

2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.


(100 fábulas fabulosas, 2012.)


“E o rato respondeu:

— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais.” (12° e 13° parágrafos)


Ao se transpor esse trecho para o discurso indireto, o termo sublinhado assume a seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Discurso indireto:

    E o rato disse que tinha estabelecido

  • Do pretérito perfeito para o mais-que-perfeito

  • indireto - e o rato disse que tinha estabelecido


ID
5026258
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente isoladas [...].


(Rafael Scopacasa. Revista de História, no 177, 2018.)

A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser considerada um exemplo de “globalização em sociedades pré-modernas”, pois envolveu

Alternativas
Comentários
  • Há controvérsias entre os cientistas sociais acerca do fenômeno da Globalização. Há aqueles que a entendem como um efeito do capitalismo das empresas multinacionais e de subdivisão da produção , com cada vez maior utilização das tecnologias de produção, circulação e comunicação. Sendo assim , só se pode estabelecer a globalização a partir da segunda metade do século XX. 
    Há os que entendem o processo de globalização como aquele que começa a se estabelecer com a expansão comercial marítima dos Tempos Modernos europeus, quando há a mundialização do comércio com a incorporação da América, da África e da Ásia nas rotas mercantis através dos Oceanos Atlântico, e Índico. O entrelaçamento de mercados e culturas teria sido o primeiro degrau da globalização. 
    Por sua vez, o trecho transcrito apresenta a possibilidade de globalização em sociedades chamadas de pré-modernas como a romana. Tais sociedades tiveram como característica básica a construção de impérios territoriais. 

    Entre as alternativas uma apresenta elementos da vida dos romanos que se adequam ao conceito de globalização. 
    A) INCORRETA- Ao contrário, a influência helenística, absorvida dos gregos, é enorme. E não há homogeneização da alimentação. 
    B) INCORRETA- A imposição de uma moeda não é elemento de globalização. A moeda comum, assim como o idioma comum, são  resultantes da circulação de mercadores, administradores, tropas e aventureiros por toda a área dominada. Há, porém, no Império Romano, a busca de imposição do monoteísmo ao ser assumido o cristianismo como religião oficial. Tal imposição não é característica de globalização. 
    C) INCORRETA- Uma das ações romanas mais importantes para a longevidade de seu domínio foi a manutenção, na medida do possível, das características culturais dos povos dominados. Além disso havia uma intensa circulação pelo Mar mediterrâneo, não só da frota romana como também de outros povos. Finalmente, o que está posto na alternativa não caracteriza globalização. 
    D) INCORRETA- A expansão romana trouxe alguma uniformização linguística – o chamado latim vulgar – e um intercâmbio cultural entre as diferentes regiões do Império. Porém , tais elementos não são suficientes para configurar uma globalização. 
    E) CORRETA- Ao entendermos globalização como interdependência economia e cultural entre várias regiões distantes e com ampla circulação de bens entre elas, a alternativa atende à proposta da questão 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Envolveu a interdependência dos povos nas regiões conquistadas, característica fundamental do conceito de globalização.

  • RESOLUÇÃO (Cursos Objetivo):

    A conquista do Mediterrâneo pelos romanos, dando origem ao Mare Nostrum, criou um mundo de relações de interdependência, o qual pode ser considerado precursor do atual conceito de globalização.

    GABARITO:

    (E) mobilidade intensa de bens e interdependência entre regiões e povos distantes.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2021/02/unesp-2021-expansao-romana-pelo-mar.html?m=1


ID
5026261
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

    Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente isoladas [...].


(Rafael Scopacasa. Revista de História, no 177, 2018.)

O uso contemporâneo do conceito de globalização envolve, além dos aspectos mencionados no texto,

Alternativas
Comentários
  • McDonalds -> preço do BigMac em Natal/RN tem o mesmo valor do mesmo produto em São Paulo/SP (ao menos na propaganda que vejo aqui na região potiguar)

    Ano de Pandemia: o famoso Zoom, além das tradicionais formas de contato já existentes.

    Consciência global: como não lembrar do movimento Vidas Negras Importam, após a atrocidade policial norte-americana, matando George Floyd. Reverberou até no meio esportivo, quando o heptacampeão de Fórmula 1, Lewis Hamilton, promoveu protestos pacíficos antes e após as corridas.

    B

    EsPCEx 2022

  • A Globalização pode ser entendida como um processo de intensificação das trocas em escala global que só se tornou possível após o surgimento de um mundo profundamente modificado conhecido como meio-técnico-científico-informacional. Este processo deve ser entendido através de suas feições tecnológicas, geopolíticas, econômicas e culturais que devem ser estudadas a partir de conhecimentos de História, Geografia e complementadas com o acompanhamento atento do noticiário. O texto associado demonstra uma possibilidade de entendimento do conceito de globalização a partir da visão de historiadores enquanto o enunciado busca a alternativa que apresente características contemporâneas do conceito.
    A) O setor de serviços atualmente é maior que o industrial nas principais economias do planeta.

    B) A globalização contemporânea é marcada pela formação de uma meio técnico-científico-informacional que comprime o espaço-tempo através de transportes e comunicações de alta eficiência que somados causam os efeitos mencionados.
    C) Barreiras geográficas tendem a se tornar cada vez mais irrelevantes no mundo globalizado contemporâneo devido as facilidade na comunicação e transportes. 
    D) A globalização é incapaz de produzir unidade política e ideológica entre governantes já que a circulação de ideais sobre o tema aumenta exponencialmente. 
    E) Os blocos não são impositores de poder, pelo contrário são um arranjo econômico cuja principal função é proteger as economias locais do aumento da competitividade global causada pela globalização contemporânea. 

    GABARITO DO PROFESSOR: B

  • Basta observar a sua volta, o que a globalização nos permite hoje em dia?

    Comunicação ultraveloz, cada vez mais a parte econômica se sobressai dos conflitos(consciência global) e a convergência de preços.

    GAB B

    APMBB


ID
5026267
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O consumo dos alimentos nas propriedades de monocultura de cana-de-açúcar estava […] baseado no que se podia produzir nas brechas de um grande sistema subordinado ao mercado externo, resultando em uma grande quantidade de farinha de mandioca, feijões de diversos tipos, batata-doce, milho e cará comidos com pouco rigor, além de uma cultura do doce, cristalizada na mistura das frutas com açúcar refinado e simbolizada, popularmente, pela rapadura.


(Paula Pinto e Silva. “Sabores da colônia”. In: Luciano Figueiredo (org). História do Brasil para ocupados, 2013.)


O texto caracteriza formas de alimentação no Brasil colonial e revela

Alternativas
Comentários
  • O texto confere exatamente o que é notado nos modelos da colonização portuguesa. Com a produção voltada apenas para abastecer o mercado de Portugal, oficialmente, não havia como produzir outros mantimentos em larga escala. Porém, não devemos anular o fato de ter existido culturas de produtos variados, configurando-se patrimônio da nação até os atuais dias. Um exemplo citado: rapadura.

    C

    EsPCEx 2022

  • A colonização de caráter mercantilista, levada a cabo por Estados europeus nos séculos XVI, XVII, XVII e parte do XIX, no continente americano tinha como objetivo principal obter mercados consumidores de produtos europeus e fornecedores, exclusivos, de mercadorias que permitissem a manutenção da balança comercial das metrópoles sempre favorável. 
    Por conseguinte, a produção para abastecimento interno era de menor importância e feita estritamente para alimentar – e de forma básica- os habitantes das áreas coloniais. Muitos dos hábitos alimentares dos habitantes das regiões coloniais no Brasil foram copiadas dos nativos, aproveitando o que a terra dava.
    Pede-se que seja assinalada a alternativa que indica o que indica o trecho, além da descrição dos alimentos consumidos. 

    A) INCORRETA- A metrópole tinha pouco interesse em diversificação da produção. O quantitativo de produtos comerciários era importante para auferir lucro e, além disso, só havia interesse na produção do que tivesse alto valor de revenda no mercado internacional. 
    B) INCORRETA- A alimentação da população das regiões coloniais era bastante simples e composta por pouca quantidade de proteínas devido à pouca disponibilidade de alimentos variados na colônia. A alimentação era, muitas vezes, copiada daquela dos nativos 
    C) CORRETA- As áreas de cultivo eram usadas para a produção do que iria ser exportado. A produção para subsistência ocupava as franjas do sistema. Não raro os senhores requisitavam a produção de subsistência da área da senzala, onde os escravos tinham permissão para plantar o que comer.
    D) INCORRETA- Não havia a proposta dos proprietários para diversificar a produção nem de produzir mais para consumo interno. O lucro advinha do comércio externo. 
    E) INCORRETA- Na América Portuguesa não havia a produção de alimentos para abastecimento de outras áreas coloniais estrangeiras.

    Gabarito do Professor: Letra C.
  • LETRA C. A questão quer saber sobre as chamadas "brechas camponesas", bom, a colônia era uma grande empresa colonial e disso não temos dúvidas e suas terras estavam voltadas para a produção ao mercado externos, produções em largas escalas, porém neste território, há as pessoas que vivem nele, desde escravos à senhores de terra. A base da alimentação dessa população, eram feitas nas chamadas brechas que eram pequenos pedações de terra voltados ao plantio de subsistência e a produção de gado era feita um pouco mais ao interior do território.


ID
5026270
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A exploração do ouro, na região das Minas Gerais durante o século XVIII, implicou um conjunto de transformações no perfil geral da América portuguesa, tais como

Alternativas
Comentários
  • A notícia da atividade mineradora logo se espalha pelo Brasil, chegando também aos ouvidos dos vários mercadores europeus. Vale ressaltar que várias famílias partiram dos vários pontos geográficos do país, a fim de estabelecer, às margens dos rios, a atividade mineradora, resultando num processo de expansão no que tange o fator "interiorização".

    Todavia, Portugal, não querendo perder o tão sonhado ouro, trata de estabelecer as Casas de Fundição, além de tabelar impostos (absurdos, por sinal), numa tentativa de extrair o máximo dos recursos minerais do Brasil.

    B

    EsPCEx 2022

  • No século XVIII, a área mais dinâmica da América Portuguesa passa a ser a região das minas, comumente chamada de “Gerais". É na área, mais especificamente em Vila Rica, que se instala a sede da Intendência das minas. 

    É a região colonial que cresce em dinamismo, dando lucros à coroa portuguesa. Por isso a capital administrativa da América Portuguesa foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. A construção da Estrada Real vai permitir a ligação entre a região aurífera e o litoral, onde está a cidade de Paraty. O sudeste vai atrair mais a atenção de exploradores, comerciantes e artesãos, passando a haver um dinamismo no interior que não havia antes. 
    A sociedade que se desenvolve na região das minas tem tendência a ser menos estratificada , mais dinâmica e urbana. Nascem cidades como a já citada Vila Rica ( Ouro Preto), Mariana, Sabará, Congonhas do Campo e outras, na região do atual estado de Minas Gerais. Há o desenvolvimento de uma cultura local – o barroco mineiro - que se expressa na arquitetura, na pintura e na escultura, além das letras. 
    Uma das alternativas indica uma das transformações ocorridas em função da mineração. 
    A) INCORRETA- a necessidade de mão de obra para a área das minas levou a uma maior importação de africanos para escravização. Não há , ainda, o estímulo à imigração europeia. Os europeus que chegam vem de outras regiões coloniais ou de Portugal , com o objetivo de conseguir uma data e enriquecer rapidamente.
    B) CORRETA- A nova região colonial, a região das minas, demandou, de acordo com os interesses da metrópole portuguesa, uma administração mais direta , próxima e , claro, mais rígida. A ideia era a de evitar o contrabando de ouro e a fuga do pagamento de impostos a Portugal. Daí a implantação da Intendência das Minas, o que configura uma nova proposta de administração na colônia.
    C) INCORRETA - Embora regiões do interior da atual região sudeste tenham se tornado mais dinâmicas, em função da exploração das minas e das necessidades de abastecimento da região, as atividades de exportação não foram abandonadas. Elas eram fonte de lucros de proprietários, mercadores portugueses e da coroa. 
    D) INCORRETA- Os intercâmbios com as regiões da América Espanhola continuam sendo bastante restritos à determinadas áreas fronteiriças, primordialmente no sul. Além disso, não há mercado aurífero entre as áreas coloniais de portugueses e espanhóis na medida em que ambos tinham como um dos objetivos a acumulação de metais preciosos. 
    E) INCORRETA- O contato com a Inglaterra era indireto, de acordo com o Exclusivo Colonial. As mercadorias inglesas chegavam ao Brasil através de comerciantes portugueses, que detinham o monopólio: os chamados reinóis. 

    Gabarito do Professor: Letra B
  •  A Intendência tinha também como responsabilidade a distribuição das datas, terrenos auríferos demarcados em lotes.

  • Intendência das Minas foi um órgão criado para cobrar os impostos e superintender todo o serviço de mineração em 1702, após a confirmação da existência de grandes quantidades de ouro na área do Rio das Velhas. Foi criada uma Intendência para cada capitania do Brasil em que houvesse extração de ouro.

    • A exploração do ouro, na região das Minas Gerais durante o século XVIII, implicou um conjunto de transformações no perfil geral da América portuguesa, tais como a implementação do regime de intendências e a formação de nova estrutura administrativa na colônia.

ID
5026273
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O importante trabalho de fazer um alfinete é dividido em mais ou menos dezoito operações distintas. Vi uma pequena fábrica que só empregava dez operários e onde, em consequência, alguns deles eram encarregados de duas ou três operações. Mas, embora a fábrica fosse muito pobre e, por isso, mal aparelhada, quando em atividade, eles conseguiam fazer cerca de doze libras de alfinetes por dia: ora, cada libra contém mais de quatro mil alfinetes de tamanho médio. Assim, esses dez operários podiam fazer mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia de trabalho; logo, se cada operário fez um décimo desse produto, podemos dizer que fez, num dia de trabalho, mais de quatro mil e oitocentos alfinetes. Mas, se todos tivessem trabalhado à parte e independentemente uns dos outros, e se eles não tivessem sido moldados a essa tarefa particular, cada um deles não teria feito, com certeza, vinte alfinetes.


(Adam Smith. A riqueza das nações (1776). Apud: André Gorz.
Crítica da divisão do trabalho, 1980. Adaptado.)


Considerando que uma libra equivale a aproximadamente 450 gramas, o texto indica que

Alternativas
Comentários
  • Primeira questão de História misturada com Matemática que já fiz.

    Alternativa correta é a letra D). Basta analisar a parte de que 1/10 produzia mais de 4800.

  • O Texto Associado à questão se refere ao processo de industrialização. A Revolução Industrial trouxe as máquinas que introduziram o trabalho mecânico em maior escala. A maneira de produzir não era mais artesanal e não exigia um funcionário especializado. A produção fabril exigia que os trabalhadores operassem as máquinas e soubessem apenas acerca etapa da produção na qual estavam inseridos. Este fato achatou salários, na medida em que não era mais necessário ter uma formação especifica para a manipulação das máquinas. Em contrapartida o sistema de linha de produção ampliou a capacidade produtiva das fábricas que, por sua vez, precisava de mais matéria prima e mercado consumidor para absorver mercadorias produzidas. 
    A questão versa sobre o clássico tema da Revolução Industrial. Mas propõe uma interdisciplinaridade na medida em que a compreensão das alternativas demanda um mínimo entendimento de matemática.
    É uma proposta interessante que reflete novas tendências de não setorização total do conhecimento. A demanda é assinalar o que diz o texto acerca da correspondência entre libras, gramas e a produtividade do trabalho 
    A) INCORRETA - O modelo de fábrica mencionado ampliou a capacidade de produção de alfinetes com a implantação de uma linha de produção, na qual cada operário desempenha uma função de cada vez. No texto foi mencionado que um operário era responsável por mais de uma operação porém, o operário só vai para uma operação depois de finalizada a outra. Ampliou-se a produção, mas não se referira à quantidade produzida. 
    B) INCORRETA - A criação de uma linha de produção com o parcelamento de tarefas permitia que os operários focassem na etapa do processo à qual estavam dedicados, agilizando a produção dos alfinetes mas, poderia ser de qualquer produto. Tais fatores levaram a ampliação da capacidade de produção. 
    C) INCORRETA - A fábrica produzia por dia 12 libras de alfinetes, levando em consideração que uma libra equivale a 450 gramas, constatamos que a produção diária da fábrica gerava em torno de 5,4 kg de mercadorias. 
    D) CORRETA – Uma libra equivale a 450 gramas que corresponde a 4000 alfinetes. Um operário produz em média 4800 alfinetes que equivale a 540 gramas produzidas em um dia de trabalho. 
    E) INCORRETA - A divisão de tarefas faz com que o operário automatize a tarefa e a execute com mais rapidez, ampliando a capacidade produtiva da fábrica e do trabalhador que está envolvido em apenas uma parte da produção.

    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Questão confusa para minha cabeça.

  • oxe essa questão de história está na minha lista de matemática KKKKKKKKKKKKKK


ID
5026276
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Artigo 1° – Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres [...].

Artigo 2° – Os importadores de escravos no Brasil incorrerão na pena corporal do artigo cento e setenta e nove do Código Criminal, imposta aos que reduzem à escravidão pessoas livres [...].
(Lei de 7 de novembro de 1831. https://camara.leg.br.)


A Lei de 7 de novembro de 1831, também conhecida como “Lei Feijó”,

Alternativas
Comentários
  • gabarito B, ok! Mas qual o erro da C?

  • A alternativa C refere-se à Lei Inglesa Bill Aberdeen , 1845. Mas o texto faz referencia à Lei Feijó , ou , '' Lei Para Inglês Ver'' de 1831.

  • Lei Feijó: Essa lei proibia a importação de escravos para o Brasil. A Lei Feijó foi promulgada mais pela pressão que os ingleses estavam fazendo ao Brasil para que houvesse a extinção do tráfico negreiro. Antes dessa lei, alguns acordos já haviam sido assinados entre o Brasil e a Inglaterra, mais especificamente desde a Vinda da familia real para o Brasil.

    Mas esses decretos não eram do agrado da Inglaterra que desejava mesmo o Fim da escravidão no Brasil.

  • A Inglaterra apoiou a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. Assim, desde 1808 os ingleses negociavam acordos abolicionistas com os monarcas portugueses. Como a Inglaterra também teve o papel de mediadora entre Portugal e Brasil para o reconhecimento da independência brasileira, os ingleses introduziram paulatinamente acordos e tentativas abolicionistas no Brasil. Somaram-se a esses esforços os progressistas dentro do território brasileiro que discutiam as ideias abolicionistas pressionando cada vez mais para o fim da escravidão. Em 1831 foi promulgada a Lei Feijó, sendo a primeira lei de caráter abolicionista. 
    O primeiro artigo mencionava que os escravos que entrassem no Brasil a partir da data de promulgação da lei seriam considerados livres e o comandante da embarcação que o trouxe, os financiadores e seus compradores deveriam ser declarados culpados. O escravizado poderia declarar que estava em situação ilegal. O Estado não cumprira o seu papel de vigilante com rigor o que fez com que o tráfico de escravos continuasse ocorrendo até a promulgação da Lei Eusébio de Queiros no ano de 1850. 
    O conhecimento sobre as leis abolicionistas que culminaram na abolição da escravatura no ano de 1888 é fundamental para a análise das alternativas. A proposta é de indicar o significado da Lei Feijó entre as alternativas apresentadas. 
    A) INCORRETA - Durante o primeiro ano da vigilância mais ostensiva do governo, os números do tráfico de africanos para escravização diminuíram. Entretanto com a falta de fiscalização por parte do Estado ele foi aumentando progressivamente e só diminuiu de fato após a promulgação da Lei Eusébio de Queiros de 1850. 
    B) CORRETA - A Lei Feijó não pôs fim ao tráfico internacional de escravos e na entrada de mão de obra africana, pois o Estado não vigiava com rigor a entrada e a chegada desta mão de obra a ser escravizada. No ano de 1850 foi promulgada por D. Pedro II a Lei Eusébio de Queirós que proibia definitivamente a entrada de africanos escravizados no país e, estabelecia as medidas de repressão para a supressão da atividade. 
    C) INCORRETA – A Inglaterra promulgou o Bill Aberdeen, em 1845, com o objetivo de prender qualquer navio que fosse suspeito de transportar escravos no oceano Atlântico. 
    D) INCORRETA – A Lei Feijó tinha por objetivo suprimir o tráfico internacional de escravos e não o fez a contento por falta de interesse do Estado em fiscalizar os envolvidos no processo de escravização. 
    E) INCORRETA - O Brasil só passou a ter propostas de caráter liberal após a promulgação do Ato Adicional de 1834 que introduziu elementos tais como a criação das Assembleias legislativas Provinciais e, a autonomia do governo provincial para a criação de impostos, por exemplo. 

    Gabarito do Professor: Letra B.
  • LEI PARA INGLÊS VER

  • A alternativa C misturou duas leis. Realmente a lei Feijó foi promulgada por pressão da Coroa Inglesa, uma vez que buscavam mercado consumidor para seus produtos, entretanto a lei que determinou a apreensão de embarcações com escravos foi a Aberdeen, apenas em 1845.

  • LETRA B. Acabei errando por bobeira, vale a pena comparar a lei Feijó (alternativa B) e a lei Bill Aberdeen (Alternativa C)

  • LETRA B

    percebi em um comentário anterior meu que havia errado por confundir a lei Feijó (tentou de maneira infrutífera acabar com o tráfico de escravos) com a lei Bill Aberdeen (que autorizava abater tumbeiros)

    Mas é importante notar que em ambas a legislações, foram provenientes de pressões da Inglaterra para por fim a escravidão "na era moderna", mas não se engane, o interesse inglês era majoritariamente econômico.

    --------------------------------

    (Caso esteja errado me informem por privado)

    @estuda_gabrielg


ID
5026279
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O reconhecimento do território africano empreendido pelas campanhas de exploração e pelas missões religiosas foi facilitador de uma verdadeira invasão de mercadores europeus nas caravanas e rotas de comércio que ligavam diferentes pontos do continente. Muitos desses mercadores começaram a controlar algumas redes de comércio, criando novos sistemas de autoridade que não passavam mais por líderes africanos. De início, isso não representou nenhum tipo de perigo para as elites africanas, que já estavam acostumadas a negociar com árabes, indianos e com os próprios europeus. No entanto, no decorrer do século, os europeus se tornaram senhores das principais rotas comerciais do litoral africano, inclusive as que ligavam as cidades orientais com o continente asiático.

(Ynaê Lopes dos Santos.
História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)


Ao avaliar a presença europeia no continente africano ao longo do século XIX, o texto caracteriza

Alternativas
Comentários
  • a) um movimento de intensificação do comércio internacional, realizado a partir da difusão de valores universais como o cristianismo e a democracia.

    Errada, creio que seu erro tá em dizer que teve a difusão do cristianismo e a democracia, então quer dizer que não teve difusão do cristianismo? Ah? Como assim? Sim, teve difusão do cristianismo porém essa não era o principal objetivos dos países, o principal objetivo mesmo agora ela explorar a África pegar os seus principais recursos e acho que outro erro tá em falar que teve difusão da democracia porque os Europeus se achavam superiores aos africanos

    b) o respeito europeu à multiplicidade de crenças e manifestações culturais e a insistência africana em manter formas arcaicas de organização política.

    Errada, respeito kkkk? Piada isso né? Os europeus se achavam superiores

    c) um esforço consciente e planejado de integração entre os continentes, por meio da constituição de ligações terrestres e marítimas.

    Errada, esforço consciente e planejado? Pqp né? Os cara tá pouco de fodend* pra África só queria explorar e explorar

    d) um processo de interferência gradual e profunda nos padrões culturais africanos, de organização social e dinâmica política das sociedades locais.

    Correta

    e) a disposição europeia de colaborar para o progresso de países subdesenvolvidos, ampliando a capacidade produtiva das economias locais.

    Errada, é como já falei os europeus se achavam superiores que as pessoas do continente africano então eles iam ajudar essas pessoas?

  • O Imperialismo do século XIX está diretamente relacionado à partilha do continente africano e asiático. O objetivo da expansão imperialista das nações industrializadas era explorar politicamente e economicamente regiões da África e Ásia. A motivação era a necessidade de matéria prima para produzir mais mercadorias e a construção de um mercado consumidor capaz de absorver estas.
    A dominação política dependendo do país colonizador poderia ser de origem direta, na qual enviava os seus próprios governantes ou de origem indireta, na qual as elites locais eram controladas pelo financiamento do país imperialista. 
    A questão é de análise de texto. A leitura atenta permite a análise adequada das alternativas propostas acerca do significado da presença europeia em regiões da África. 
    A) INCORRETA – Os Estados europeus, com a segunda Revolução Industrial ,ampliaram a sua necessidade de matéria prima e de mercado consumidor que fosse capaz de absorver as mercadorias produzidas. Tal fato justifica a intensificação do comércio internacional e a expansão imperialista. 
    B) INCORRETA – Os países imperialistas europeus acreditavam na sua “superioridade" de sua civilização e utilizaram esta teoria para dominar regiões dos continentes africano e asiático, pois acreditavam que tais povos precisavam ser “civilizados" de acordo com o sistema de crença europeu . Isso era o suficiente para justificar a dominação. 
    C) INCORRETA – O projeto de colonização europeu tinha como objetivo a dominação direta ou indireta para a exploração econômica e política. Não havia um interesse na integração como via de cooperação mútua. 
    D) CORRETA - Os europeus começaram a firmar sua presença no continente africano paulatinamente no século XV e, lentamente, ao desenrolar dos processos históricos, foram interferindo na dinâmica cultural, política e social do continente africano. 
    E) INCORRETA – O processo imperialista europeu do século XIX estava relacionado à exploração da matéria prima dos países dominados e à proposição de transformá-los em mercado consumidor das suas mercadorias produzidas. 

    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Questão sobre neocolonialismo/imperialismo, no século xix as nações europeias brigavam pelos territórios da África e da Ásia.


ID
5026282
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de formação e consolidação dos Estados nacionais na América hispânica, nas duas primeiras décadas do século XIX, envolveu

Alternativas
Comentários
  • O princípio político que norteou a formação dos Estados Nacionais hispano-americanos foi o republicanismo. A Monarquia só foi escolhida pelo México e durou um pequeno espaço de tempo. A República também foi manipulada pelos interesses locais, causando, em alguns territórios, disputas políticas violentas. Oligarcas permaneceram com grande influência em suas regiões .
    A economia manteve a sua estrutura latifundiária com a mão de obra servil , voltada essencialmente para exportação. Cada Estado Hispano -americano tem especificidades em sua realidade socioeconômica e cultural, tendo, assim, antagonismos regionais entre as lideranças do processo emancipatório .
    Daí o fracionamento da antiga América Espanhola em uma miríade de Estados, muitos com sérios problemas para a manutenção de uma unidade territorial e política. Há que indicar a alternativa que mostra um fator importante no processo de formação e solidificação dos Estados em questão. 
    A) INCORRETA – Os Estados Unidos iniciaram a sua participação na independência dos estados hispano -americanos após a divulgação das ideias de unidades presentes no Pan Americanismo. Em nome da Doutrina Monroe, que defendia que a América é para os americanos, ou seja, rejeita interferência europeia, Estados Unidos foi a primeira nação a reconhecer a independência destes estados.
    B) INCORRETA – O Brasil e a Argentina precisaram de uma ação concreta da diplomacia britânica com relação à disputa de ambos acerca do controle da Bacia do Rio da Prata. Nesse contexto aconteceu a criação do Uruguai, um Estado tampão entre Brasil e Argentina que passa a ter a soberania sobre a Bacia do rio da Prata. 
    C) CORRETA – O projeto federalista acreditava que os governos regionais deveriam ter autonomia frente ao governo central. O projeto unitário defendia que os governos locais deveriam ser subordinados ao poder central. A disputa por estes dois projetos criou disputas violentas e, até mesmo guerras civis. 
    D) INCORRETA – As elites criollas predominaram como grupo social dominante na formação dos Estados Nacionais. Estas elites possuíam referências euro centradas e defendiam a manutenção do status quo para que permanecessem no poder. 
    E) INCORRETA – Os governos conservadores mantiveram a sua relação direta com a Igreja Católica. Entretanto, quando a Igreja não era apoiada pelo governo local, a mesma pedia apoio a uma país europeu; como aconteceu no México no qual a Igreja Católica pediu a intervenção francesa. 

    Gabarito do Professor: Letra C
  • O processo de independência da América Espanhola iniciou-se no final do século XVIII, foi liderado pela elite criolla, homens brancos descendentes de espanhóis. Entre 1815-1830, boa parte da América Espanhola conquistou a independência dando início ao processo de formação do Estado Nacional. Havia um intenso debate político dentro do Estado nacional, a discussão girava em torno da centralização (unitaristas) ou descentralização (federalistas) política. O referido debate também ocorreu nos EUA na década de 1780 e no Brasil durante o Período Regencial, 1831-1840.

    FERRETO.

    LETRA C

  • A

    a participação militar direta dos Estados Unidos.

    B

    a intermediação diplomática do Império brasileiro.

    C-Correta

    a disputa entre projetos unitários e federalistas.

    D

    o prevalecimento das tradições culturais indígenas.

    E

    o franco apoio da Igreja católica aos novos Estados.

    Alt C


ID
5026285
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A “política dos governadores” é considerada a última etapa da montagem do sistema oligárquico ou liberalismo oligárquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do poder central pela oligarquia cafeeira.

(Carlos Alberto Ungaretti Dias.
“Política dos governadores”. https://cpdoc.fgv.br.)


A afirmação do texto pode ser justificada pelo fato de que essa política

Alternativas
Comentários
  • Assegurou o compromisso de isenção da intervenção do Estado em assuntos locais, estabelecendo um equilíbrio entre estes e o poder central.

    A Política dos Governadores foi um acordo político firmado durante o período da República Velha (1889-1930).

    O intuito era unir os interesses dos políticos locais marcado pelas oligarquias estatais da época juntamente ao governo federal, para assim, garantir o controle do poder político.

  • A República Oligárquica, de 1894 a 1930, dentro da chamada “República Velha"+, teve duas expressões referentes à forma de fazer política. No nível federal, com a Política do Café com Leite e a nível estadual com a Política dos Governadores. A Política Café com Leite se refere às características econômicas dos estados de Minas Gerais com a produção de Leite, além e café, e São Paulo com a produção de café. Estes dois estados se revezavam na candidatura para a presidência da República, cargo este que por vezes era ocupado pelo candidato de Minas Gerais e em seguida por São Paulo e, assim sucessivamente. Esta política somente foi viável de acontecer por conta do sistema federativo baseado nas prerrogativas de autonomia da Constituição de 1891. A Política dos Governadores é chamada de última etapa de montagem do sistema oligárquico porque ela unia os interesses dos políticos das oligarquias estatais ao governo federal . Com o coronelismo e o voto de cabresto conseguiam garantir os votos necessários ao controle do poder político em ambas as esferas de poder. O historiador Boris Fausto, em seu livro História do Brasil, disse que o objetivo da política dos governadores era: 
    “[…] reduzir ao máximo as disputas políticas no âmbito de cada Estado, prestigiando os grupos mais fortes; chegar a um acordo básico entre a União e os Estados; pôr fim às hostilidades existentes entre o Executivo e o Legislativo, domesticando a escolha dos deputados. O governo central sustentaria assim os grupos dominantes dos Estados, enquanto estes, em troca, apoiariam a política do presidente da República.  Para ajustar a Câmara dos deputados a esses fins, processou-se uma pequena, mas importante modificação em seu regimento. Apesar de um pouco complicada, vale a pena conhecê-la, entre outras coisas, por ser um exemplo vivo de como se manipulava a representação popular." 
    O conhecimento acerca do que foi a política dos governadores e da sua importância para a manutenção do status quo da República Oligárquica é fundamental para a compreensão e análise da questão. Entre as alternativas uma indica um fato que permite tal proposta de política. 
    A) INCORRETA – A política dos governadores fortaleceu o projeto de política das oligarquias cafeeiras. O acordo selou o comprometimento da presidência da República com as oligarquias dominantes. 
    B) INCORRETA – Os preços do café baixaram desde 1906 por conta de superprodução mas, despencaram com a crise de 1929 e processo de depressão econômica. O Brasil produzia 2/3 da produção de café mundial e a queda de preços no mercado internacional comprometeu diretamente a geração de divisas e o pagamento d dívidas externas. 
    C) INCORRETA – A Política dos Governadores e a Política do Café com Leite se referiam aos cargos executivos para as esferas estaduais e federais, respectivamente. Mas os “coronéis", eram os responsáveis pelos poderes locais efetivavam os votos de cabresto para a eleição das três esferas dos poderes legislativo e chefia do executivo.
    D) INCORRETA - Os setores da aristocracia rural estavam intimamente ligados e exercendo influência na política em âmbito nacional, corroborando a força dos cargos do poder central, como o da Presidência da República por exemplo. 
    E) CORRETA - A Política dos Governadores foi um acordo político, no qual foram inclusas manobras políticas para minimizar a influência de grupos opositores às oligarquias cafeeiras. Neste acordo foi ratificado o compromisso da presidência da República em apoiar as oligarquias dominantes nos Estados, estabelecendo um equilíbrio e coordenação de poder entre o governo central e eles. 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • Política dos governadores - > Pres Campos Sales -> República Velha

  • O Governo Federal favorecia as Oligarquias Estaduais e em troca usava os currais eleitorais dos Coronéis para eleger Senadores e Deputados Federais que eram apoiados pelo Governo.

  •  -A política dos governadores significa que uma mão lavará a outra. Os governos estaduais apoiavam o federal e o federal não incomodava os estados dos coronéis, isso resultou no fortalecimento do executivo. 

  • Questão com 30% de acerto, pode saber que o buraco é mais embaixo.

  • esquece, o pai tá entre os 30% haha

  • Política dos governadores, arranjo político feito entre o governo federal e os governos estaduais. A ideia era simples: o presidente contava com os presidentes dos estados para garantir a eleição de deputados e senadores alinhados com o seu governo, o que restringia a possibilidade de opositores alcançarem o poder. Em troca, ele garantiria recursos e favores aos estados.

  • "Campos Sales, fazendeiro e político paulista, foi o segundo presidente civil e um dos principais responsáveis pelas alianças entre governadores de estado e governo federal. Tal sistema de alianças é conhecido como política dos governadores, que consistia na troca de favores entre os governadores de estado, que apoiavam o governo federal elegendo deputados federais e senadores favoráveis ao presidente. Em troca, o presidente apoiava os governadores concedendo verbas, empregos e favores para seus aliados políticos."

    fonte: PDF estratégia concursos


ID
5026288
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre as tensões anteriores à Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que contribuíram para o desgaste das relações diplomáticas e para o início do conflito armado, é possível citar:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    Lembre se a guerra começou principalmente por causa do Imperialismo Europeu, ou seja, a divisão da África pois alguns países queriam territórios dos outros e isso acabou dando consequência à Conferência de Berlim que era justamente para manter a organização dos territórios pra não ocorrer guerra e foi totalmente o oposto do que aconteceu os países não obedeceram nada

  • A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro grande conflito do século XX . Foi considerado um estado de guerra total, uma vez que as nações participantes empenharam todos os seus recursos na disputa. As causas deste fato foram às disputas imperialistas, os nacionalismos, as alianças militares e a corrida armamentista. Os eventos que levaram a Primeira Guerra Mundial foram muitos e, com alto grau de complexidade que variavam desde as disputas coloniais por territórios asiáticos e africanos, passando pelo pan eslavismo até variados sentimentos nacionalistas . 
    Tudo culmina em uma corrida armamentista. Para responder esta questão é preciso ter o conhecimento sobre os fatores estruturais e conjunturais que levaram à Primeira Guerra Mundial e o desenrolar do conflito. Também precisará saber as questões referentes a Guerra Fria e a Segunda Guerra Mundial. Cita-se entre as questões de tensão pré guerra:
    A) INCORRETA – As disputas geoestratégicas entre Estados Unidos e União Soviética são elementos centrais da Guerra Fria, pós segunda guerra mundial. Os Estados Unidos e a União Soviética lançavam mão de apoio aos países enfraquecidos pós conflito para que eles pudessem receber em contrapartida apoios políticos e ideológicos. 
    B) INCORRETA – A entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial teve como estopim o bombardeio de Pearl Harbor pelos japoneses. O conflito entre Estados Unidos e Japão tinha raízes no expansionismo territorial do século XIX nas Ilhas do Oceano Pacifico.
    C) INCORRETA – Os países capitalistas apoiavam as independências e a reconstrução de países pós Segunda Guerra Mundial com o objetivo de ter o maior número de territórios capitalistas – o chamado “ mundo livre". Dessa forma contendo o avanço do socialismo no Leste europeu.
    D) CORRETA – Um dos fatores preponderantes para a eclosão da Primeira Guerra Mundial foi a corrida imperialista nos territórios do continente africano e asiático.
    E) INCORRETA –As potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial, lideradas pela França e Inglaterra, se reuniram para negociar um acordo de paz em Paris , o que resultou no Tratado de Versailles de 1919 e na formação da Sociedade ou Liga das Nações.

    Gabarito do Professor: Letra D.
  • GABARITO - D

    Conhecido como "Imperialismo", uma ideologia que fazia com que os países (nesse caso europeus) corressem atrás de locais que possuem grande quantidade de recursos naturais, como por exemplo a África.

    CAVEIRA!

  • Podemos eliminar a alternativa A, porque a União Soviética foi fundada em 1922, ou seja, depois da primeira guerra. A letra B está incorreta, pois a o expansionismo territorial e político do Japão vai ser umas das causas da segunda guerra. A alternativa C está errada pois o o avanço do socialismo vai ser o estopim da guerra fria. E a letra E está incorreta pois a Sociedade das Nações foi fundada em 1919 ( a primeira guerra mundial acabou em 1918, logo, está sociedade não teve a oportunidade de coordenar as negociações durante este conflito). Sendo assim a correta é D.


ID
5026291
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Cantar uma sabiá

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De uma palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor
Talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer


(www.chicobuarque.com.br)


A canção “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim, foi apresentada no III Festival Internacional da canção, em setembro de 1968, durante o regime militar brasileiro. Sua letra

Alternativas
Comentários
  • Lembramos da Tropicália um dos movimentos de resistência à ditadura, o qual os cantores como Chico Buarque, Gal Costa etc. Usavam palavras metafóricas em suas musicas para driblar o DCDP , Divisão de Censura de Diversões Públicas, órgão que fiscalizava previamente todas as canções.

    Tortura, resistência e censura. O período ditatorial no Brasil, que durou entre 1964 e 1985, deixou marcas históricas. Entre muitas ações, essa intervenção tentou vetar e dificultar a circulação de ideias advindas da manifestação cultural, que fosse contra o regime vigente. Tudo era mantido sob o olhar crítico dos encarregados de impedir o debate no Brasil, e a música foi uma das expressões mais atingidas.

    A Música Popular Brasileira (MPB) teve importante papel, quando, dando voz aos estudantes da época e opositores do regime, passou a ser disseminada pelo povo. Diante dos festivais que foram surgindo e o Movimento Tropicália, este último considerado o movimento que mudou a cultura brasileira, o regime militar se viu ameaçado.

    Para combater as composições consideradas “de protesto” ou de qualquer conduta divergente à moral dos militares, o regime instaurou a censura no Brasil. Assim, foi criada a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), órgão que fiscalizava previamente todas as canções.

    http://portaldonic.com.br/jornalismo/2017/05/17/5-musicas-censuradas-durante-a-ditadura-militar/

  • O Festival Internacional da Canção foi criado em 1966 por Augusto Marzagão. O objetivo era projetar a Musica Popular Brasileira, incentivar compositores e arranjadores e, promover intercâmbios culturais com os músicos do mundo inteiro. Existiam duas categorias: a nacional apenas de compositores brasileiros e a internacional para o resto do mundo. O festival fazia parte da programação da Secretaria Estadual do Turismo do Rio de Janeiro e era realizado no Maracanazinho. 
    No ano de 1967, a TV Globo passou a investir e a transmitir o evento. O III Festival Internacional da Canção aconteceu no ano de 1968 e quem venceu foi a canção “Sabiá" composta por Tom Jobim e Chico Buarque, ambos notadamente opositores do regime militar brasileiro. Suas músicas e suas produções eram inspecionadas pelos agentes da Censura. 
    A questão apresenta alternativas de análise literária em um contexto histórico. É uma proposta de interdisciplinaridade. Há que ter conhecimentos de Língua Portuguesa além de História. 
    A) CORRETA – Segundo Humberto Werneck, que escreveu o livro Chico Buarque Letra e Música, a canção Sábia foi premiada por ser uma nova Canção do Exílio, comparando a canção ao poema de Gonçalves Dias. Além disso, a canção retrata o desejo de retorno a uma terra que não possui mais as mesmas características de antes. Ou seja, o país antes das repressões e perseguições políticas. 
    B) INCORRETA – A letra da Música se refere a um eu lírico solitário com desejo de retorno a uma terra que possui determinadas características enumeradas ao longo da canção. 
    C) INCORRETA – O eu lírico da música fala sobre a sua terra, enumera seus elementos e seus sentimentos. É uma canção que retrata o sentimento de exílio e separação, aos quais artistas e intelectuais também foram submetidos.
    D) INCORRETA – Tanto Chico Buarque quanto Tom Jobim foram declaradamente opositores do regime militar brasileiro e sofreram com o exílio. Foram exilados, no entanto, depois da composição desta música . Ela foi influenciada pelo sentimento de não pertencer com o contexto histórico que estavam vivenciando. 
    E) INCORRETA – O canto do pássaro referido na música significa o retorno a terra deixada, na qual este passarinho é parte integrante da fauna. 
    Gabarito do Professor: Letra A.
  • Por que não é a B?

  • Não é a B porque inexiste referência na letra da canção a voos de pássaros. Apenas a seu canto.

    Já a intertextualidade citada em A refere-se ao poema "Canção do Exílio" de Gonçalves Dias (minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá...)

  • intertextualidade: "Canção do exílio" do poeta romântico Gonçalves Dias.

    "minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá"

  • LETRA A. Mais uma parte triste de nossa história, o canto do sabiá seria uma metáfora com a repressão do regime militar brasileiro que durante o período do Costa e Silva, "o tio velho", como era conhecido, instaurou o Ato Institucional nº 5 que dentre de suas características mais duras do regime, tinha como função do Presidente da República a pena de banimento.


ID
5026294
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

As long as it operated as a cheap factory, China’s growth was welcomed by the US, and its emergence as a new market for consumer goods was eagerly anticipated. However, in the mid-2010s the relationship between the rising nation and the incumbent superpower became more competitive. With the election in 2016 of Donald Trump on an “America First” platform, the gloves came off. Unhappy with the trade imbalance, the US president kicked off a trade war in 2018. The fallout for companies has been considerable.

(Lucy Colback. www.ft.com, 28.02.2020. Adaptado.)


O excerto descreve mudanças nas relações geopolíticas entre Estados Unidos e China nas últimas décadas. Essas mudanças resultaram em

Alternativas
Comentários
  • Não seria necessário saber de inglês para se chegar a alternativa correta. Bastava, apenas, estar atento aos aspectos geopolíticos e atualidades.

    Alternativa B), demonstrando exatamente o que Donald Trump realizou, a partir de uma política protecionista.

    EsPCEx 2022

  • A questão cobra interpretação de um texto sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

    Vamos analisar o texto:

    As long as it operated as a cheap factory, China's growth was welcomed by the US, and its emergence as a new market for consumer goods was eagerly anticipated. However, in the mid-2010s the relationship between the rising nation and the incumbent superpower became more competitive. With the election in 2016 of Donald Trump on an “America First" platform, the gloves came off. Unhappy with the trade imbalance, the US president kicked off a trade war in 2018. The fallout for companies has been considerable.

    Tradução -
    Enquanto operou como uma fábrica barata, o crescimento da China foi bem recebido pelos EUA e seu surgimento como um novo mercado para bens de consumo foi ansiosamente esperado. No entanto, em meados da década de 2010, a relação entre a nação em ascensão e a superpotência atual tornou-se mais competitiva. Com a eleição em 2016 de Donald Trump em uma plataforma “America First", as luvas caíram. Insatisfeito com o desequilíbrio comercial, o presidente dos Estados Unidos deu início a uma guerra comercial em 2018. As consequências para as empresas foram consideráveis.

    Voltemos à questão:

    O excerto descreve mudanças nas relações geopolíticas entre Estados Unidos e China nas últimas décadas. Essas mudanças resultaram em...

    A) Incorreto - barreiras aos investimentos de empresas norte-americanas em território chinês, com o confisco de máquinas destinadas à produção.
    Não mencionado no texto.

    B) Correto - medidas unilaterais e protecionistas do governo norte-americano, com a adoção de tarifas adicionais aos produtos chineses.
    O texto menciona que "insatisfeito com o desequilíbrio comercial, o presidente dos Estados Unidos deu início a uma guerra comercial em 2018". Porém, o texto não menciona a adoção de tarifas adicionais aos produtos chineses. Como todas as outras alternativas não foram mencionadas no texto, a banca entende que as tarifas adicionais aos produtos chineses seja um fato naturalmente decorrente de medidas protecionistas.

    C) Incorreto - soluções sustentáveis para setores industriais tradicionalmente poluidores, com o compartilhamento de fontes de insumos renováveis entre os dois países.
    Não mencionado no texto.

    D) Incorreto - incentivos para a criação de indústrias binacionais, com o intercâmbio facilitado de trabalhadores qualificados.
    Não mencionado no texto.

    E) Incorreto - sanções econômicas e diplomáticas do governo norte-americano, que restringiram o comércio da China com outros países.
    Não mencionado no texto.


    Gabarito do Professor: Alternativa B.

ID
5026297
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A primeira corrida para a região ocorreu no Sudão, em 2011. Começou no norte, perto do Vale do Nilo, depois se espalhou para o oeste, para Darfur, favorecida por uma nova geração de detectores de metais baratos e fáceis de usar. Depois, a “frente pioneira” avançou de leste para oeste, sem controle, pegando outros Estados de surpresa. Fora de qualquer estrutura legal, indivíduos com equipamentos de baixo custo — sudaneses em sua maioria — descobriram áreas de interesse no Chade, particularmente no norte, em 2013; em seguida, no sul da Líbia e Níger, em 2014; na Mauritânia, em 2016; e, mais recentemente, em 2018, no norte do Mali. No deserto, a extração está apenas começando e faz crescer a incerteza em uma região já desestabilizada.

(Rémi Carayol. https://diplomatique.org.br, 08.01.2020. Adaptado.)


A região que tem atraído a atenção de populações africanas e o minério explorado correspondem, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • O texto de apoio descreve eventos relacionados a proliferação de garimpos na África e o enunciado questiona qual o material e a região do continente onde ocorreu o fato descrito.

    A) Diamante não é localizável por detector de metais e o Magrebe corresponde ao Norte da Líbia e não o sul.

    B) No deserto recoberto de areia e dunas é bem complexo realizar garimpo de metais preciosos.

    C) O Magrebe fica nas margens do Mediterrâneo não corresponde a área descrita.

    D) o Sahel é uma área de transição entre o deserto e florestas e estende-se por diversos países citados no texto, enquanto o ouro é detectável pelos equipamentos rudimentares descrito no texto. Alternativa correta. 

    E) O diamante é que é o problema já que não é detectável por detectores de metal. 



    Gabarito do professor: D.

ID
5026300
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Embora tenha relação com estímulos à produção e aos investimentos em infraestrutura no país, a dívida externa brasileira é um obstáculo

Alternativas
Comentários
  • O enunciado questiona qual alternativa apresenta corretamente uma questão estrutural brasileira afetada pela existência da dívida.

    A) O Brasil já é a maior economia do Mercosul e encontra-se de acordo com os ditames do FMI, sendo que uma coisa não exclui a outra.

    B) Não há relação direta entre ambas as questões, sendo possível possuir dívida com organismos externos e participar de organizações multilaterais como o Brasil faz regularmente.

    C) Essa era a lógica do comércio imperialista do século XIX. Atualmente, não se faz mais negócios dessa forma sendo as atividades separadas umas das outras.

    D) O conselho de segurança não possui qualquer critério de ingresso para vagas rotativas relacionado a existência de dívidas nacionais.

    E) O pagamento apenas dos juros em alguns casos já compromete seriamente o financiamento de políticas públicas que poderiam reduzir desigualdades. Alternativa correta.  


    Gabarito do professor: E.

ID
5026309
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A natureza predatória do desmatamento da Amazônia mostra-se no fato de que, com seus 750 mil km2 de área desmatada, a região contribui com 14,5% do valor do produto agropecuário brasileiro. São Paulo tem área agrícola de 193 mil km2 e entra com 11,3% da produção nacional.

(Ricardo Abramovay. Amazônia, 2019. Adaptado.)


Os dados apresentados no excerto contribuem para colocar em xeque

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra A

    coloca em cheque sim! tendo em vista que a área utilizada na Amazônia é quase 4x maior que a paulista e produz quase a mesma coisa.

    bons estudos

  • A quantidade de áreas de cobertura vegetacional original no Brasil ainda é tão grande que essa grande massa de floresta é capaz de atuar na regulação de fenômenos climáticos em escala global. Devido a isso, o desmatamento no Brasil é processo acompanhado por cientistas de todo o mundo e amplamente criticado, sendo o país frequentemente alvo de sanções internacionais por deixar isto ocorrer de forma descontrolada. O texto associado aborda a comparação entre a relação espaço e produtividade na Amazônia e em São Paulo e o enunciado busca a alternativa correta sobre o tema.

    A) A área utilizada na Amazônia é quase quatro vezes maior que a de São Paulo com uma pequena diferença na participação na produção nacional. Este diferença contesta a necessidade de desmatamento da Amazônia para o desenvolvimento econômico nacional ressaltando que a área poderia ser mais bem aproveitada. 

    B) A vocação agrária é fruto de escolhas políticas nacionais que remetem a segunda década do século XX enquanto que os resultados econômicos são reais em participação do PIB. Isso só não possui relação direta com os fatos apresentados no texto.

    C) Unidade territorial não tem nada a ver com comparação de de áreas ambientais diferentes.

    D) Não há comparação alguma com o espaço amazônico. 




    GABARITO DO PROFESSOR: A
  • Questão boa. Ele deseja colocar em xeque se realmente é necessário desmatar tanto em prol do benefício econômico tendo em vista que com nem 20% da mesma área São Paulo contribui quase com a mesma coisa.

    GAB A

    APMBB


ID
5026315
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

A disponibilidade de água no Brasil é elevada, se comparada à de outras regiões do mundo. No entanto, quando se consideram o potencial hídrico no território e a distribuição da população brasileira por regiões, notam-se

Alternativas
Comentários
  • Chaves do comando da questão:

    Potencial Hídrico no Território -> não é uniforme. Enquanto numa região há mais de 3 usinas hidrelétricas, há outras regiões que não possuem capacidade de tê-las.

    Distribuição da população -> O Brasil é um país populoso sim, mas não é muito povoado, fato que é comprovado quando, coincidentemente ou não, as regiões que dispõem de grandes reservatório de água são bastante ocupadas.

    E

    EsPCEx 2022

  • RESOLUÇÃO (Cursos Objetivo):

    No Brasil, existem áreas com maior e menor potencial hídrico. A região amazônica apresenta elevada densidade hídrica; diferentemente do Sertão Nordestino, que se destaca pelo déficit hídrico.

    Por outro lado, em regiões que apresentam importantes bacias hidrográficas, como a Região Sudeste, a poluição e a contaminação dificultam a distribuição de água. Portanto, a distribuição desigual e a escassez hídrica caracterizam o território brasileiro.

    GABARITO:

    (A) a distribuição desigual do recurso e a possibilidade de escassez hídrica.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2021/02/unesp-2021-disponibilidade-de-agua-no-brasil-e-elevada-se-comparada-a-de-outras-regioes-do-mundo.html

  • O uso de recursos hídricos é tema complexo e recorrente em provas e deve ser estudado a partir de aspectos como a disponibilidade, o uso e o destino da água após sua utilização. Recurso já em falta em diversas partes do mundo, no Brasil já é motivo de disputas judiciais e de violência no campo. Sobre a distribuição da água no Brasil buscamos a alternativa correta.


    A) O Brasil com suas dimensões continentais, apesar de sua enorme disponibilidade hídrica, não está a salvo de disputas pelo uso da água já que há grandes diferenças entre áreas de alta disponibilidade e de baixa. Importante lembrar que para além da disponibilidade física de água ainda é necessário considerar suas condições de uso, sendo comuns casos onde há água disponível mas sua qualidade dificulta o abastecimento humano.

    B) A matriz energética brasileira é bastante diversificada e na maioria dos casos o aproveitamento do potencial hidroelétrico de um rio não compromete definitivamente sua disponibilidade para o abastecimento humano.

    C) Em termo hidrológicos transposição são intervenções de engenharia para transpor águas de uma área para outra e sozinhas não possuem capacidade para inviabilizar o abastecimento de grande áreas nem possuem esse objetivo. 

    D) Áreas bem abastecidas de fato se valorizam  em relação as de menor disponibilidade, mas transumância é um tipo de migração temporária que não afeta de forma definitiva a demanda por água de uma região.

    E) Este tipo de ocorrência é rara no Brasil e a ocupação  das bacias hidrográficas em geral não possuem grandes diferenças em relação  a ocupação do restante do país.

    GABARITO DO PROFESSOR: A 

ID
5026318
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Há cinco anos, na China, a febre do compartilhamento de bicicletas atraiu bilhões de dólares de investidores e de clientes, gastos pelas startups na compra de milhões de novas bicicletas, para conquistar participação de mercado. Quando o colapso inevitável chegou, a maioria das empresas faliu, deixando autoridades municipais com os custos de limpar a bagunça.

(https://6minutos.uol.com.br, 19.09.2020. Adaptado.)


Nesse cenário, o problema a ser administrado pelas autoridades municipais é

Alternativas
Comentários
  • O texto de apoio aborda a questão das inovações tecnológicas no ramo dos transportes e o enunciado questiona qual alternativa apresenta corretamente a consequência para o poder público local sobre o tema.

    A) A estrutura viária de circulação de bicicletas não depende diretamente das empresas de aluguel citadas no texto já que mesmo após seu fechamento usuários de bicicletas particulares ainda irão usufruir das vias para sua circulação.

    B) Apesar de serem quase totalmente recicláveis bicicletas são objetos pesados e volumosos cuja reutilização ou transformação em outros materiais possui custo elevado em energia, transporte e mão de obra necessários para sua realização. Alternativa correta.

    C) Isso não é um enorme problema para o poder público já que não se trata de transporte de massa de vital importância para a circulação da maioria da força de trabalho como trens, metro e ônibus.

    D) Fábricas de bicicletas não são grandes poluidoras e sua presença não está condicionada ao negócio de bicicletas para locação.

    E) Isso não configura um grave problema para autoridades públicas. 



    Gabarito do professor: B.

ID
5026321
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, é um marco importante para a questão ambiental. Em diversos países, essa conferência estimulou

Alternativas
Comentários
  • A Conferência de Estocolmo foi o primeiro evento sobre o meio ambiente realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e teve como objetivo discutir as consequências da degradação do meio ambiente. A partir dessas discussões, vários órgãos e organismos foram criados para tentar defender o meio ambiente e criaram-se leis de combate à poluição.

    A alternativa que corresponde a afirmação acima é a letra (A)

  • A Conferência das Nações Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, mais conhecida como Conferência de Estocolmo, aconteceu em 1972. Ela é considerada um marco na história do movimento ambientalista. Incluso mudou o rumo da perspectiva acerca de como preservar o meio ambiente. Estados desenvolvidos defenderam, na conferência , o projeto “ zerista". Ou seja, não haveria mais crescimento econômico para não esgotar as reservas naturais. 

    Além de ser uma proposta de dificílima prática, contou com a oposição em massa dos países em desenvolvimento pois o zerismo significaria a manutenção das discrepâncias entre países ricos e pobres pois o “ não crescimento" afetaria pouco os ricos mas, impediria os mais pobres de buscarem soluções para seus problemas econômicos. O Brasil foi o Estado que liderou o Grupo dos 77 países ( o G77) contra a proposta de crescimento zero. 

    Foi ainda em Estocolmo que se criou uma comissão, com a coordenação da então primeira ministra da Noruega, Gro Brundtland, para estudar a questão e propor soluções. O Relatório Brundtland ( Nosso Futuro Comum ) foi a público em 1986 e é nele que é explicitado o conceito de Desenvolvimento Sustentável . É possível , então, defender a ideia de que a Conferência de Estocolmo representa um novo rumo para a análise e proposição de soluções para as prementes questões ambientais. e as alternativas uma indica um efeito da conferência 

    A) CORRETA- A partir de 1972 houve um crescimento significativo no quantitativo de leis ambientais e organizações que lutam pela preservação do meio ambiente 

    B) INCORRETA- A fundação de organizações não governamentais está correta mas a estatização de empresas poluidoras é falso. 

    C) INCORRETA – A ONU não tem propriedades , de quaisquer tipos, dentro dos Estados. 

    D) INCORRETA- A criação de áreas de preservação , algumas com taxas de entrada, já existiam antes de 1972. Não são efeito direto da Conferência de Estocolmo. 

    E) INCORRETA- A necessária valorização do campo e a preservação das possibilidades de vida do camponês são problemas , acima de tudo, econômicos e políticos. A questão ambiental tem presença mas não é o problema central 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
5026324
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Nas atividades cotidianas de indústrias, de empresas ou de pessoas em suas residências, o empenho pelo aumento da eficiência energética pode contribuir para

Alternativas
Comentários
  • Eficiência: aproveitar ao máximo de algo. Se for possibilitado uma estrutura que produza energia numa quantidade X e utilizarmos 90% do X, estaríamos economizando recursos, possibilitando investimento em outras áreas e, assim, permitindo que os impactos ambientais fossem reduzidos.

    E

    EsPCEx 2022

  • No mundo contemporâneo a energia para o funcionamento da economia e da sociedade como conhecemos é um debate de extrema importância que inclui conhecimentos sobre suas principais formas, utilizações, custos, impactos e efeitos geopolíticos. O enunciado busca a alternativa que apresente corretamente as vantagens da eficiência energética.


    A) É incoerente afirmar que a a reestruturação dos sistemas de produção teria como objetivo reduzir a disponibilidade de bens para a sociedade.

    B) Eficiência energética inclui necessariamente a redução do uso de combustíveis fósseis.

    C) A eficiência energética inclui produzir a energia o mais próximo possível de onde ela será consumida já que seu transporte por longas distâncias gera enormes perdas.  

    D) Há poucos subsídios públicos ao setor energético no Brasil e a busca por eficiência em seu uso não se relaciona diretamente com o tema.

    E) Este é o caminho recomendado nas boas práticas de eficiência energética. Suas consequências passam pela redução de impactos ambientais e o combate ao desperdício.






    GABARITO DO PROFESSOR: E 




ID
5026330
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Aquele que ousa empreender a instituição de um povo deve sentir-se com capacidade para, por assim dizer, mudar a natureza humana, transformar cada indivíduo, que por si mesmo é um todo perfeito e solitário, em parte de um todo maior, do qual de certo modo esse indivíduo recebe sua vida e seu ser; alterar a constituição do homem para fortificá-la; substituir a existência física e independente, que todos nós recebemos da natureza, por uma existência parcial e moral. Em uma palavra, é preciso que destitua o homem de suas próprias forças para lhe dar outras […] das quais não possa fazer uso sem socorro alheio.

(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1978.)


De acordo com a teoria contratualista de Rousseau, é necessário superar a natureza humana para

Alternativas
Comentários
  • '' é preciso que destitua o homem de suas próprias forças para lhe dar outras […] das quais não possa fazer uso sem socorro alheio." Ou seja, Rosseau afirma que, a partir do contrato social, se tira a força individual e solitária (ausente de uma comunidade e senso de responsabilidade com o outro) e deve-se pregar uma força que dependa de outras pessoas ao redor, tornando as ações individuais passíveis de interferir no meio social e da vontade geral. Assim sendo: "; substituir a existência física e independente, que todos nós recebemos da natureza, por uma existência parcial e moral"

  • Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra no ano de 1712. Seus estudos fizeram com que fosse considerado filósofo e cientista político. Ficou conhecido pela sua obra “Contrato Social" e teve grande influência no pensamento iluminista. As teorias de Rousseau expressavam a natureza boa e livre dos seres humanos. Entretanto, a sociedade o corromperia. A fonte das desigualdades entre os seres humanos era a propriedade privada, uma vez que no princípio tudo pertencia a todos. Para que uns possuíssem as suas propriedades, outros foram usurpados.

    O indivíduo estaria sempre preocupado com as suas necessidades e com as aparências. Dessa forma, faria o que fosse preciso para alcançar o reconhecimento e o status dentro do que precisava mostrar para os outros. De acordo com o filósofo, ainda assim poderia ser pensada uma sociedade ideal e a solução estaria presente no Contrato Social. A vontade do coletivo seria soberana na teoria contratualista. O foco da sociedade que viveria o Contrato Social seria o bem comum social. Dando importância a vontade do cidadão que seria em sua essência coletiva. Nesse contrato estaria prevista a igualdade entre todos e o comprometimento para que esta sociedade se tornasse igualitária. 

    Rousseau pode ser considerado um dos filósofos da Revolução Francesa por inspirar a defesa da igualdade e a liberdade em suas teorias. Mais especificamente é possível perceber as propostas de Rousseau nas ações e projetos do grupo jacobino, durante a Revolução Francesa. Conhecimentos básicos das propostas de Rousseau são importantes para a solução da questão. E, o tema faz parte do conteúdo programático de Filosofia para Ensino Médio. Vale citar o livro “ Filosofia" de Renato dos Santos Belo como referência. 

    A) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta, pois a teoria contratualista visa o bem estar da sociedade como um todo. A integridade do soberano do Antigo Regime era assegurada pelos teóricos do direito divino dos reis, como Jean Bodin.

    B) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta pois a teoria de Rousseau tinha por objetivo terminar com as desigualdades sociais. Elas seriam, segundo ele, fruto de uma disputa por um mundo de aparências e reconhecimento focado no indivíduo e, não no bem estar coletivo. 

    C) INCORRETA- Esta afirmativa não é a correta porque Rousseau não mencionou um estado de guerra de todos contra todos como o faz Hobbes. Ele fala sobre a criação da propriedade privada como fonte de corrupção e a usurpação de uns indivíduos em detrimento de outros. Nesse ponto seria necessário efetivar o contrato social visando à igualdade entre todos e o bem comum coletivo. 

    D) CORRETA – Esta afirmativa está correta pois , para Rousseau, a vontade geral significava a promover a vontade política do povo. O indivíduo contratualista seria o homem social que teria a preocupação com o interesse geral. O Estado seria importante, pois tomaria ações em prol da vontade geral e da soberania do povo. 

    E) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta pois o foco da teoria contratualista estava em produzir o bem estar coletivo da sociedade, uma vez que foi o convívio em sociedade que degradou a natureza humana. O homem primitivo estava destinado a viver solitário e nisso morava a sua felicidade e bem estar. 

    Gabarito do Professor: Letra D

ID
5026333
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

The phenomenon E-democracy [electronic democracy] is well known and well used in Sweden. E-democracy is a solution that makes it easier for the population to vote or to participate in different questions, or just to make themselves heard. E-democracy is used a lot of municipalities as a simple way for the inhabitants to participate in the local debate. E-democracy is often argued as a tool that makes participation more available for everyone.

(“E-democracy and digital gaps”. www.svekom.se)


A ferramenta apresentada no excerto remete a uma característica da política ateniense no período clássico, que diz respeito

Alternativas
Comentários
  • A questão fala sobre um benefício promovido pela "Democracia Virtual", se é que posso chamar assim. Então, analisando as alternativas, a única que confere a "máxima" proximidade com o estudado na Idade Antiga é a alternativa E), afirmando ser um modo de igualdade, o que é associado ao fato de que o mundo virtual pode ser mais acessível, sendo um ambiente com participação de maiores parcelas da população daquele país.

    E

    EsPCEx 2022

  • A questão cobra interpretação de um texto sobre a E-democracia.

    Vamos analisar o texto:

    The phenomenon E-democracy [electronic democracy] is well known and well used in Sweden. E-democracy is a solution that makes it easier for the population to vote or to participate in different questions, or just to make themselves heard. E-democracy is used a lot of municipalities as a simple way for the inhabitants to participate in the local debate. E-democracy is often argued as a tool that makes participation more available for everyone.

    Tradução -
    O fenômeno E-democracia [democracia eletrônica] é bem conhecido e bem utilizado na Suécia. A e-democracia é uma solução que torna mais fácil para a população votar ou participar de diversas questões, ou simplesmente fazer-se ouvir. A e-democracia é usada em muitos municípios como uma forma simples de os habitantes participarem do debate local. A e-democracia é freqüentemente considerada uma ferramenta que torna a participação mais disponível para todos.

    Voltemos à questão:
    A ferramenta apresentada no excerto remete a uma característica da política ateniense no período clássico, que diz respeito...
    A) Incorreto - ao poder irrestrito de um único indivíduo.
    Não mencionado no texto.

    B) Incorreto - ao peso da retórica nas tomadas de decisão na pólis.
    Não mencionado no texto.

    C) Incorreto - à decisão soberana de um líder religioso.
    Não mencionado no texto.

    D) Incorreto - ao domínio de um grupo financeiramente privilegiado.
    Não mencionado no texto.

    E) Correto - à igualdade de participação nas decisões políticas.
    Veja trecho em negrito na tradução acima.


    Gabarito do Professor: Alternativa E.

ID
5026336
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia

Texto 1

Provavelmente o marco mais importante que lançou a semente científica da sensciência, nível mais simples de consciência animal, foi a obra A expressão da emoção no homem e nos animais, de Charles Darwin, que demonstra que os animais apresentam as mesmas expressões que os homens. O maior paradoxo é que, embora a ciência utilize os animais como modelo biológico na medicina desde a década de 1950, há negligência no que concerne à avaliação e ao tratamento da dor em animais, em especial os de laboratório.

(Caroline Marques Maia. “Quanta dor os animais sentem?”.
www.comciencia.br, 27.03.2020. Adaptado.)


Texto 2

A capacidade de sentir prazer, dor e medo não é exclusiva dos seres humanos. Ela é, na verdade, vital para a sobrevivência de seres de várias espécies. […] A biologia evolutiva e as ciências do comportamento e do cérebro têm demonstrado que o sistema nervoso dos humanos tem semelhanças impressionantes com o de alguns animais, especialmente de outros mamíferos.

(www.bbc.com, 04.03.2019.)


Os textos levantam questões que dizem respeito

Alternativas
Comentários
  • Texto 1

    "Provavelmente o marco mais importante que lançou a semente científica da sensciência, nível mais simples de consciência animal, foi a obra A expressão da emoção no homem e nos animais, de Charles Darwin, que demonstra que os animais apresentam as mesmas expressões que os homens...."

    Texto 2

    ".. biologia evolutiva e as ciências do comportamento e do cérebro têm demonstrado que o sistema nervoso dos humanos tem semelhanças impressionantes com o de alguns animais,..."

    Alt C

  • bioética

  • Considerando que o conhecimento humano, em especial a ciência, já demonstra que os animais são dotados de atributos assemelhados aos humanos, o que inclui as emoções e as dores físicas, os textos fazem apelos à reflexão quanto às formas de ação humana que afetem esses seres. Ou seja, se referem à adoção de condutas éticas no trato com animais.


ID
5026339
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia

Texto 1

O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos. A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos.

(Gilles Deleuze e Félix Guattari. O que é a filosofia?, 2007.)


Texto 2

A língua é um “como” se pensa, enquanto que a cultura é “o quê” a sociedade faz e pensa. A língua, como meio, molda o pensamento na medida em que pode variar livremente. A língua é o molde dos pensamentos.

(Rodrigo Tadeu Gonçalves.
Perpétua prisão órfica ou Ênio tinha três corações, 2008. Adaptado.)


Os textos levantam questões que permitem identificar uma característica importante da reflexão filosófica, qual seja, que

Alternativas
Comentários
  • "A língua é o molde dos pensamentos".

  • Se a linguagem é o molde do pensamento, novas palavras (ou novos significados) e novas estruturas linguísticas podem expressar ideias antes indizíveis, alçar o conhecimento humano a lugares antes inimagináveis.

    A filosofia questiona o conteúdo de conceitos já existente, propõe novos significados ou mesmo cria novos conceitos que ajudam a melhor compreender o mundo, a sociedade e a natureza humana.


ID
5026342
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia

Texto 1

Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, popularizou-se) o termo fake news para designar os relatos pretensamente factuais que inventam ou alteram os fatos que narram e que são disseminados, em larga escala, nas mídias sociais, por pessoas interessadas nos efeitos que eles poderiam produzir.

(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, um fenômeno de comunicação política entre jornalismo, política e democracia”. Estudos em Jornalismo e Mídia, no 2, vol. 16, 2019.)


Texto 2

As vacinas foram os principais alvos de fake news entre todas as publicações monitoradas pelo Ministério da Saúde em 2018. Cerca de 90% dos focos de mentiras identificados pelo órgão tinham como alvo a vacinação. Reconhecido internacionalmente, o programa de imunização brasileiro viu doenças como sarampo e poliomielite voltarem a ameaçar o país em 2018 após os índices de cobertura vacinal caírem em 2017.

(Fabiana Cambricoli. “Ministério da Saúde identifica 185 focos de fake news e reforça campanhas”. https://saude.estadao.com.br, 20.09.2018. Adaptado.)


Os textos tratam de uma prática que é contrária ao princípio da fundamentação racional sustentado por Descartes, que propôs a

Alternativas
Comentários
  • Método Cartesiano

    Não aceita como verdade, o que não é suficientimente conhecido.

    (duvidar)

    Gab.:A

  • Lembre-se da frase "Penso, logo existo"

    Descartes, utilizava-se do racionalismo, ou seja, o conhecimento é adquirido a partir da razão e não do sentido


ID
5026345
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A filosofia não é mais um porto seguro, mas não é, tampouco, um continente de ideias esquecidas que merece ser visitado apenas por curiosidade. Muitas pessoas supõem que a ciência e a tecnologia, especialmente a física e a neurociência, engolirão a filosofia nas próximas décadas, sem saberem que, ao defender esse ponto de vista, estão implicitamente apoiando uma posição filosófica discutível. Certamente, muitas questões da filosofia contemporânea passaram a ser discutidas pelas ciências. Mas há outras, no campo da ética, da política e da religião, cuja discussão ainda engatinha e para as quais a ciência não tem, até agora, fornecido nenhuma solução.

(João de Fernandes Teixeira. Por que estudar filosofia?, 2016.)


De acordo com o texto, a filosofia

Alternativas
Comentários
  • Certamente, muitas questões da filosofia contemporânea passaram a ser discutidas pelas ciências. Mas há outras, no campo da ética, da política e da religião, cuja discussão ainda engatinha e para as quais a ciência não tem, até agora, fornecido nenhuma solução.

    Letra B


ID
5026348
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Uma comunidade de equatorianos com nanismo apresenta a rara Síndrome de Laron, também observada em populações judias do Mediterrâneo. Pessoas com essa síndrome carregam uma mutação no gene que determina a produção de uma proteína que compõe o receptor do hormônio de crescimento (GH). O hormônio circula no sangue da pessoa, mas o organismo não reage a ele, o que impede o desenvolvimento pleno de seus corpos.


(Hugo Aguilaniu. https://cienciafundamental.blogfolha.uol.com.br, 02.04.2020. Adaptado.)


A mutação responsável pela Síndrome de Laron compromete

Alternativas
Comentários
  • Resposta: E

    A mutação permite que o receptor, como proteína, seja normalmente produzido (conforme indica o texto). Porém, a mutação altera o estado natural da proteína (conformação), prejudicando a sua interação com o hormônio GH, causando a síndrome.

    Fonte: Objetivo

  • RESOLUÇÃO (Cursos Objetivo):

    A mutação permite que o receptor, como proteína, seja normalmente produzido (conforme indica o texto). Porém, a mutação altera o estado natural da proteína (conformação), prejudicando a sua interação com o hormônio GH, causando a síndrome.

    GABARITO:

    (E) a conformação estrutural das proteínas do receptor do hormônio, presente na membrana plasmática da célula.

    Fonte:https://www.indagacao.com.br/2021/02/unesp-2021-mutacao-responsavel-pela-sindrome-de-laron-compromete.html?m=1

  • "carregam uma mutação no gene que determina a produção de uma proteína que compõe o receptor do hormônio de crescimento" mata a questão

  • Recepção de substâncias na célula → membrana plasmática.

    Como o hormônio é uma molécula grande demais para atravessar diretamente a bicamada fosfolipídica, necessita de uma proteína para intermediar o transporte.

    As proteínas, por sua vez, devem a sua funcionalidade à forma estrutural; daí que, se um gene defeituoso alterar a sua conformação, o hormônio não será absorvido.

    Gabarito : (E)


ID
5026354
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Em laboratório, cobaias adoeceram após serem inoculadas com vírus influenza. A recuperação de uma cobaia será mais rápida caso ela receba uma injeção de

Alternativas
Comentários
  • Letra C. O mais eficaz é o uso do plasma sanguíneo de outra cobaia que foi infectada pelo vírus e se recuperou, pois nele há a presença de anticorpos contra a doença em questão.

    letra A está errada pois antibiótico só serve para doenças bacterianas,não virais.

    letra B nada a ver

    Letra D é nada a ver tbm, é ineficaz. Se a pessoa nunca foi infectada ela não tem anticorpos contra X doença.

  • O tratamento mais eficaz será a aplicação de plasma sanguíneo extraído de uma outra cobaia que fora previamente infectada pelo vírus influenza e se recuperou. O indivíduo recuperado produziu anticorpos contra o antígeno viral, presentes no plasma sanguíneo, que serão transferidos para a cobaia infectada e ajudarão no combate ao vírus.

  • RESOLUÇÃO (Cursos Objetivo):

    O tratamento mais eficaz será a aplicação de plasma sanguíneo extraído de uma outra cobaia que fora previamente infectada pelo vírus influenza e se recuperou. O indivíduo recuperado produziu anticorpos contra o antígeno viral, presentes no plasma sanguíneo, que serão transferidos para a cobaia infectada e ajudarão no combate ao vírus.

    GABARITO:

    (C) plasma sanguíneo extraído de outra cobaia recuperada da doença.

    Fonte: https://www.indagacao.com.br/2021/02/unesp-2021-em-laboratorio-cobaias-adoeceram-apos-serem-inoculadas-com-virus-influenza.html?m=1

  • Poderia ser a (E); mas, como ele não especificou qual é o vírus, está errada.

    Nem todos os vírus possuem a transcriptase reversa → o HIV, p. ex., possui

    Gabarito : (C)

  • O indivíduo que se recuperou produziu anticorpos para o vírus, então essa será a melhor solução.

    Não se esqueça que antibióticos serve apenas para doenças causadas por bactérias! Contra vírus não haverá eficácia.


ID
5026363
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

A análise quantitativa dos fenótipos obtidos dos cruzamentos entre plantas de ervilha de cheiro foi crucial para que Gregor Johann Mendel pudesse estabelecer a existência de fatores que se segregavam de forma independente para compor os gametas.


Atualmente, para a análise molecular referente aos fenótipos cor e textura das sementes em ervilhas de cheiro, deve-se investigar o total ________ de de cromossomos homólogos, ________ genes e ________alelos.


As lacunas no texto são preenchidas, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Em dois pares de cromossomos obtemos: 2 pares (AaBb), sendo que cada par condiciona o aspecto de UM gene levando a 2 genes que por consequência possui 4 alelos, 2 dominantes (A e B) e 2 recessivos (a e b).

  • Do Título À Ordem

    Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título.

    § 1º Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante.

    § 2º A transferência por endosso completa-se com a tradição do título.

    § 3º Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente.

    Art. 911. Considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com série regular e ininterrupta de endossos, ainda que o último seja em branco.

    Parágrafo único. Aquele que paga o título está obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas.

    Art. 912. Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o endossante.

    Parágrafo único. É nulo o endosso parcial.

    Art. 913. O endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, completando-o com o seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o título, em branco ou em preto; ou pode transferi-lo sem novo endosso.

    Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título.

    § 1º Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidário.

    § 2º Pagando o título, tem o endossante ação de regresso contra os coobrigados anteriores.

  • Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da ação.

    Art. 916. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.

    Art. 917. A cláusula constitutiva de mandato, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída.

    § 1º O endossatário de endosso-mandato só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu.

    § 2º Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde eficácia o endosso-mandato.

    § 3º Pode o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o endossante.

    Art. 918. A cláusula constitutiva de penhor, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título.

    § 1º O endossatário de endosso-penhor só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador.

    § 2º Não pode o devedor opor ao endossatário de endosso-penhor as exceções que tinha contra o endossante, salvo se aquele tiver agido de má-fé.

    Art. 919. A aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil.

    Art. 920. O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior.


ID
5026366
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Para mimetizar um tecido e obter uma estrutura para enxertos em humanos, um grupo de pesquisadores utilizou a espongina, composta por colágeno, e a biossílica das espículas provenientes de um invertebrado. A associação da parte orgânica com a parte inorgânica resultou em um compósito com propriedades muito similares às do tecido humano.


(Karina Ninni. https://agencia.fapesp.br, 10.09.2020. Adaptado.)


O filo a que pertence o invertebrado mencionado e um órgão humano que poderá receber o enxerto são

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    Espongina faz parte do reino dos poríferos, as esponjas. É constituída de colágeno,como afirma o texto. Lembremos do colágeno associado à estrutura óssea. Sabendo disso podemos, de cara, eliminar B, D, E.

    Fêmur = estrutura óssea = colágeno.


ID
5026369
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Leia os versos da canção “Tenho sede”, composta por Anastácia e Dominguinhos.


Traga-me um copo d’água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco d’água
E os meus olhos pedem o teu olhar

A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede o teu amor
Se não me deres, posso até morrer


A canção menciona a escassez de água, que pode afetar tanto os animais quanto as plantas. Um hormônio humano e um hormônio vegetal que atuam para a economia de água nesses organismos e uma figura de linguagem que aparece nesses versos são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Letra B. Dá para fazer por eliminação.

    O hormônio que se responsabiliza por regular a quantidade de água no corpo humano é o ADH (também conhecido por vasopressina). REABSORÇÃO DE H20 = ADH = VASOPRESSINA = HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO.

    Lembrem-se que a tiroxina (T4) é um hormônio da tireoide. Logo, letras C e D eliminadas.

    Hipérbole = exagero. "posso até morrer". Pleonasmo não é pois não há uma repetição de ideias como "subir para cima". Letras A e E eliminadas.

  • A questão traz versos de uma canção de Anastácia e Dominguinhos, que cita a escassez de água que afeta animais e vegetais. Em seguida, pede dois hormônios (humano e vegetal, respectivamente) que são atuantes na economia de água desses organismos e a figura de linguagem correta que são citados nos versos. O sistema endócrino (secretor de hormônios) funciona juntamente com o sistema nervoso, e quando recebe informações, envia ordens para que algumas glândulas produzam determinada substância. Dentre as diversas glândulas endócrinas e exócrinas e seus principais hormônios lançados na corretne sanguínea, um hormônio que atua no controle hídrico é a vasopressina (ADH), produzida pelo hipotálamo e secretada pela neuro-hipófise, evitando a perda excessiva de água (vasoconstritor) e garantindo a osmolaridade normal no sangue. Os hormônios vegetais, ou fitormônios, são substâncias que a planta produz para regular seu crescimento e desenvolvimento. Alguns dos principais hormônios são a auxina, as giberelinas, as citocininas, o etileno e o ácido abscísico. O hormônio atuante no controle de perda de água dos vegetais é o ácido abscícico, que induz ao fechamento dos estômatos (controle hídrico) e inibe o crescimento das gemas, também sendo responsável pela dormência de sementes durante os períodos de outono e inverno. Dentre as duas figuras de linguagem citadas nas alternativas, temos: o pleonasmo, que ocorre quando há uma repetição que enfatiza uma ideia já expressada anteriormente com outro termo; e a hipérbole, onde observamos um exagero intencional nas ideias e expressões para provocar uma intensificação expressiva. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2011; Amabis & Martho. Fundamentos da Biologia Moderna. 1ª ed. São Paulo, SP. Ed. Moderna, 1991)


     

    Um hormônio humano e um hormônio vegetal que atuam para a economia de água nesses organismos e uma figura de linguagem que aparece nesses versos são, respectivamente,


    A) vasopressina, ácido abscísico e pleonasmo. Incorreta. A vasopressina, ou ADH, é o hormônio antidiurético responsável pelo controle da perda excessiva de água em humanos; o ácido abscísico é o hormônio que atua no controle hídrico nos vegetais, induzindo ao fechamento estomático; e o pleonasmo ocorre quando há uma repetição de ideias, o que não é mostrado nos versos.

    B) vasopressina, ácido abscísico e hipérbole. CORRETA. A vasopressina, ou ADH, é o hormônio antidiurético responsável pelo controle da perda excessiva de água em humanos; o ácido abscísico é o hormônio que atua no controle hídrico nos vegetais, induzindo ao fechamento estomático; e a hipérbole ocorre quando há um exagero intencional nas ideias e expressões para provocar uma intensificação expressiva, como citado no verso “E essa sede pode me matar".


    C) tiroxina, giberelina e hipérbole. Incorreta. As células da tireoide são responsáveis por produzir os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que não fazem parte do controle de perda de água no organismo; a giberelina estimula a germinação de sementes, a floração e desenvolvimento dos frutos, auxiliando no crescimento do caule e das folhas, não atuante no controle hídrico; e a hipérbole ocorre quando há um exagero intencional nas ideias e expressões para provocar uma intensificação expressiva, como citado no verso “E essa sede pode me matar".


    D) tiroxina, giberelina e pleonasmo. Incorreta. As células da tireoide são responsáveis por produzir os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que não fazem parte do controle de perda de água no organismo; a giberelina estimula a germinação de sementes, a floração e desenvolvimento dos frutos, auxiliando no crescimento do caule e das folhas, não atuante no controle hídrico; e o pleonasmo ocorre quando há uma repetição de ideias, o que não é mostrado nos versos.

    E) vasopressina, giberelina e pleonasmo. Incorreta. A vasopressina, ou ADH, é o hormônio antidiurético responsável pelo controle da perda excessiva de água em humanos; a giberelina estimula a germinação de sementes, a floração e desenvolvimento dos frutos, auxiliando no crescimento do caule e das folhas, não atuante no controle hídrico; e o pleonasmo ocorre quando há uma repetição de ideias, o que não é mostrado nos versos.


    Gabarito do Professor: B





ID
5026372
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Funcionamento de uma folha artificial

As folhas artificiais estão entre as tecnologias mais promissoras para um mundo mais limpo, pois podem tanto capturar o dióxido de carbono da atmosfera quanto transformá-lo em combustíveis limpos, além de gerar energia sob outras formas.
Essas folhas biomiméticas convertem o dióxido de carbono em combustível e decompõem a água em oxigênio e hidrogênio, tudo isso usando energia solar. Os dois processos ocorrem simultaneamente, mas um de cada lado de uma célula fotovoltaica: o oxigênio é produzido no lado “positivo” da célula e o combustível é produzido no lado “negativo”.

(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)


Comparando o processo de fotossíntese natural com o executado pelas folhas artificiais, constata-se que ambos

Alternativas
Comentários
  • Resolução: https://www.indagacao.com.br/2021/02/unesp-2021-comparando-o-processo-de-fotossintese-natural-com-o-executado-pelas-folhas-artificiais-constata-se-que-ambos.html

  • A questão traz um texto sobre o funcionamento de folhas artificiais, que, utilizando a energia solar, são capazes de produzir combustível a partir de dióxido de carbono e oxigênio e hidrogênio a partir da água. No texto, o oxigênio é produzido no lado positivo da célula, enquanto o combustível é produzido pelo lado negativo. Depois de comparar os processos de fotossíntese natural e o realizado pelas folhas artificiais, pede-se que indique a alternativa correta sobre ambos. Nos vegetais, a energia necessária para o metabolismo das suas células é produzido pela fotossíntese, através da captação da luz do sol pelo pigmento clorofila presente nas células. A fotossíntese é um processo metabólico onde organismos autótrofos transformam CO2 e água (H2O) em glicose e oxigênio. Esse processo funciona de acordo com a seguinte fórmula: 

    6 CO2 + 12 H2O + luz = C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O

    Nesse processo natural, ocorre a variação do número de oxidação (NOX) dos elementos C (+4 para 0 - redução) e O (-2 para 0 - oxidação) com transferência de elétrons.

    No processo das folhas artificiais, ocorre a variação do NOX em H (+1 para 0 - redução) e em O (-2 para 0 - oxidação), e em CO2 = combustível, também com transferência de elétrons (informação do enunciado). (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2011)


    Fonte da imagem: site todamateria.com.br


    Comparando o processo de fotossíntese natural com o executado pelas folhas artificiais, constata-se que ambos


    A) são processos exotérmicos. Os dois processos são endotérmicos, pois utilizam a luz solar para transformar em produtos. Incorreta.

    B) dependem da ação da clorofila. O processo de fotossíntese natural depende da ação da clorofila, porém as folhas artificiais não possuem esse pigmento, são utilizados outros meios para absorver a lus solar. Incorreta.


    C) funcionam como pilhas eletroquímicas. Nas pilhas, o ânodo (onde a oxidação ocorre) está no polo negativo, inversamente ao que ocorre na eletrólise, onde o ânodo está presente no polo positivo. Os dois são processos de eletrólise, absorvendo a luz solar. Incorreta.


    D) têm os mesmos reagentes e produtos. Os processos possuem produtos diferentes, a fotossíntese natural produz C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O, enquanto que a realizada pela folha artificial produz combustível, hidrogênio e oxigênio. Incorreta.

    E) envolvem transferência de elétrons. Os dois processos envolvem transferência de elétrons, e a luz solar que fornece os elétrons para as células fotovoltaicas e realizam a eletrólise. CORRETA.


    Gabarito do Professor: Letra E.



ID
5026384
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

As bacteriorrizas são exemplos de associações simbióticas entre bactérias e raízes de plantas leguminosas. Essas bactérias fixam o nitrogênio atmosférico (N2 ), transformando-o em amônia (NH3 ). Nessa transformação, o número de oxidação do elemento nitrogênio é alterado de

Alternativas
Comentários
  • N2 Substancia simples fica 0 (zero)

    NH3 é H é -1 x 3 H= -3

    A questão diz que: transformação, o número de oxidação do elemento nitrogênio é alterado de:

    Então o NH3 é o agente reduzido

  • Esta questão aborda conceitos relacionados às reações de oxirredução e número de oxidação.


    Quando uma espécie química é reduzida, ela recebe elétrons e seu número de oxidação diminui. Mas, quando é oxidada, ela perde elétrons e seu número de oxidação aumenta. Dessa forma, analisemos os números de oxidação (NOX) do nitrogênio nas moléculas N2 e NH3:


    • N2: o NOX de cada átomo em substâncias simples é sempre igual a zero.


    • NH3: o NOX do hidrogênio sempre será +1 quando ligado a um elemento mais eletronegativo. Em um composto neutro a soma total do NOX precisa ser igual a zero. Dessa forma, temos:


    x + 3 (+1) = 0    x = -3


    Assim, o NOX do nitrogênio é igual a -3.


    Portanto, nessa transformação, o número de oxidação do elemento nitrogênio é alterado de 0 para –3, sendo reduzido.



    Gabarito da Professora: Letra E.


ID
5026387
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Os ácidos biliares são constituídos por moléculas com porções hidrofílicas e hidrofóbicas. Em razão dessas características, esses ácidos, que, nos seres humanos, são produzidos pelo

Alternativas
Comentários
  • A Bile atua na emulsificação de Lipídios é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar.

  • Bile → produzida pelo fígado → armazenada na vesícula biliar → atua na emulsão de lipídios no duodeno (não contém enzimas)

    Gabarito : (A)

    Nível de Dificuldade : Médio

  • A questão traz a informação de que os ácidos biliares possuem uma porção hidrofóbica e uma porção hidrofílica, pedindo que seja indicada a opção correta sobre onde esses ácidos são produzidos no corpo humano. Os ácidos biliares são produzidos a partir do colesterol, no fígado, e são secretados na bile, onde fica armazenada na vesícula biliar. Durante o processo digestório de um alimento no corpo humano, quando o bolo de massa alimentar chega ao duodeno (quimo), o fígado produz e libera a bile, contendo ácidos biliares, água, colesterol e bilirrubina, que atua como emulsificante (detergente) transformando gorduras em minúsculas gotículas de ácidos graxos e colesterol que se misturam com a água e formam uma emulsão. Os ácidos biliares são os maiores componentes orgânicos encontrados na bile. (Linhares, S. & Gewandsznajder, F. Biologia. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2011)


    Fonte da imagem: site pontobiologia.com.br


    Os ácidos biliares são constituídos por moléculas com porções hidrofílicas e hidrofóbicas. Em razão dessas características, esses ácidos, que, nos seres humanos, são produzidos pelo


    A) fígado, atuam na emulsificação de triglicerídeos. Os ácidos biliares são produzidos pelo fígado e atuam na emulsificação de triglicerídeos, que são óleos e gorduras (ácidos graxos). CORRETA.

    B) fígado, atuam na emulsificação de açúcares. Os ácidos biliares são produzidos pelo fígado, porém não atuam na emulsificação de açúcares, esse processo de digestão ocorre na saliva, no suco pancreático e no intestino delgado. Incorreta.

    C) fígado, atuam na hidrólise de proteínas. Esses ácidos biliares são produzidos no fígado, mas não atuam na hidrólise de proteínas, esse processo é realizado pelas enzimas digestivas no estômago e pâncreas. Incorreta.

    D) pâncreas, atuam na emulsificação de triglicerídeos. Os ácidos biliares não são produzidos no pâncreas, esse órgão produz insulina e suco pancreático com enzimas para quebrar gorduras, proteínas e açúcares. Incorreta.

    E) pâncreas, atuam na hidrólise de açúcares. Os ácidos biliares não são produzidos no pâncreas, esse órgão produz insulina e suco pancreático com enzimas para quebrar gorduras, proteínas e açúcares. Incorreta.


    Gabarito do Professor: Letra A.

  • Os sais biliares são produzidos pelo fígado e armazenado na vesícula biliar, tendo como atuação a emulsificação de triglicerídeos, fazendo com que eles se separem em pequenas unidades para a atuação da Lipase.

    LETRA A

    APMBB

  • Lembrei de gordura no fígado.

  • Os ácidos biliares são produzidos no fígados atuando para emulsionar a gordura para ser digerida que no caso é a quebra dos triglicerídeos que são gorduras no sangue


ID
5026399
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Três esferas, x, y e z, feitas com materiais diferentes e de massas iguais estavam, inicialmente, à mesma temperatura ambiente (θamb) e foram mergulhadas, simultaneamente, em água pura em ebulição, até entrarem em equilíbrio térmico com a água. Em seguida, foram retiradas da água e deixadas sobre uma superfície isolante, até voltarem à mesma temperatura ambiente. Os calores específicos dos materiais das esferas são cx , cy e cz , de modo que cx < c y < cz . Com os resultados desse experimento, foram construídos o gráfico 1, relativo ao aquecimento das esferas até a temperatura de ebulição da água, e o gráfico 2, relativo ao resfriamento das esferas, até retornarem à temperatura ambiente.


Considerando que as trocas de calor tenham ocorrido a uma taxa constante, a representação dos gráficos 1 e 2 é: 

Alternativas
Comentários
  • Prezado aluno, no meu canal do Youtube - Física Rio com o prof. Alfredo Costa, você encontra a resolução dessa questão comentada. Entra lá

  • Q = m.c.Δt

    no enunciado ele disse que a massa e a variação de temperatura são iguais, então nós vamos olhar a quantidade de calor pelo calor especifico

    Q = c

    cx < cy < cz

    ele diz que cz é o maior calor especifico, então é o que vai demorar mais tempo para esquentar e resfriar.

    lembrem sempre do exemplo da água do mar e da areia da praia, a areia está sempre mais quente que a água e isso ocorre pq o calor especifico da areia é menor que o da água e a quantidade de energia necessária para aquecer a areia é menor e, por isso, seu aquecimento ocorre mais rápido.

    cy é o segundo maior então tem o tempo e quantidade de calor médio

    e cx o menor, precisa de menos calor e menos tempo para esquentar

    GAB A

    desculpe qualquer erro.

  • Questão que exige apenas entender o conceito de calor específico. Quanto maior o calor específico, maior será a exigência de calor necessário para esquentar e resfriar o corpo. Como o cZ possui o maior calor específico, ele precisa ser no gráfico o que mais demora para esquentar e resfriar. Somente a alternativa A mostra isso.


ID
5026402
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Para analisar a queda dos corpos, um estudante abandona, simultaneamente, duas esferas maciças, uma de madeira e outra de aço, de uma mesma altura em relação ao solo horizontal. Se a massa da esfera de aço fosse maior do que a massa da esfera de madeira e não houvesse resistência do ar, nesse experimento

Alternativas
Comentários
  • Questão muito boa...

    No vácuo, os objetos cairão na mesma velocidade, ou seja, a única força atuante é a da gravidade. Portanto, a massa não importa.

    Porém, a energia mecânica associada a cada um deles, é diferente, visto que o corpo de mais massa possuirá maior energia potencial gravitacional acumulada, fazendo com que a energia cinética ao chegar ao solo seja maior do corpo com menor massa.

    Epotg= m * g *h --> esfera de aço


ID
5026411
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Procurando economizar energia, Sr. Artur substituiu seu televisor de LCD de 100 W por um de LED de 60 W, pelo qual pagou R$ 1.200,00. Considere que o Sr. Artur utilizará seu novo televisor, em média, durante cinco horas por dia e que 1 kWh de energia elétrica custe R$ 0,50. O valor pago pelo novo televisor corresponderá à energia elétrica economizada devido à troca dos televisores em, aproximadamente,

Alternativas
Comentários
  • Energia = Potência . tempo

    Gasto da TV antiga = 100.5

    G = 500 W ou 0,5 kW

    Custo diário da TV antiga = 0,5 . 0,5

    Cd = 0,25

    Custo mensal da TV antiga = 0,25 . 30 dias

    Cm = 4,5

    ------- / /-------

    Gasto da TV nova = 60.5

    G' = 300 ou 0,3 kW

    Custo diário da TV nova = 0,3 . 0,5

    Cd' = 0,15

    Custo mensal da TV nova = 0,15 . 30 dias

    Cm' = 7,5

    ------- / / ---------

    Diferença entre as duas TV's = 3

    1200 / 3 = 400

    GABARITO: LETRA B

  • O custo mensal da TV antiga é 7,5 e o da TV nova é que é 4,5.

  • Compensa ficar com a TV antiga