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Prova COMPERVE - 2016 - UFRN - Técnico em Contabilidade


ID
1893334
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

O propósito comunicativo dominante no texto é

Alternativas
Comentários
  • É facil perceber que a todo instante desde o primeiro parágrafo até o último o autor passa a ideia de que o problema das tragédias são consequência de uma alinça gananciosa do poder público e de empresas privadas que só visam o ganho de capital, assim a consequência lógica desta aliança é violência indireta causa pelos desatres que afetam o povo brasileiro pela falta de investimento em infraestrutura de qualidade e metódos seguros das construções públicas.

  • A letra a) parece bastante com a b)

    Se não fosse um pequeno detalhe que faz toda a diferença: O início do texto.

    sustentar a ideia de que... é bem diferente de "denunciar as consequências

    Sem sombra de dúvidas, "letra a"

  • A b está errada pois em nenhum momento o autor direciona crítica a empresas estrangeiras...
  • Acho que a B está errada pois não sse trata de uma "Denuncia". E sim de uma opinião, um texto que visa argumentar...

    Denuncia se trata de um genero textual com fundamentos narrativos, explicativos e afins.

    Um artigo de opinião se trata de uma opinião com bases explicativas e argumentativas etc. 

    (Acho que é isso)

  • LETRA A :3 PARAFRAFO:  A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer

  • 1. Tradução do enunciado: O propósito comunicativo dominante no texto é = comando de interpretação;

    2. Identificar a tipologia textual: Tipologia textual predominante: dissertativo - argumentativo (defesa de uma tese)

    3. Identificar a tese (ideia principal) defendida no texto: Sustentar a ideia de que trágedias ambientais e humanas são uma espécie de violência resultante da aliança entre Estado e capital. 

    RESPOSTA: letra A

  • a)

    sustentar a ideia de que trágedias ambientais e humanas são uma espécie de violência resultante da aliança entre Estado e capital. 

  • Propósito comunicativo está diretamente ligado ao gênero textual. Se você quer saber qual o propósito comunicativo de um texto, encontre o gênero textual dele (dentro da tipologia).

  • Elencar = trazer a pauta algo para que possa ser discutido

    Todo mundo falando da B mas eu fiquei em duvida mesmo entre a C e a A

    Na minha interpretação todo parágrafo subentende-se o que está escrito na C


ID
1893337
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

O texto configura-se como

Alternativas
Comentários
  • reposta D

  • letra D pois no texto o autor expoe sua opniao. Por isso o predominio do tipo ARGUMENTATIVO.

  • A diferença entre as alternativas A e D é que em nenhum momento a autora do texto utilizou verbos no modo imperativo, o que caracterizaria o tipo injuntivo.

  • O texto não se enquadra no tipo textual injuntivo/instrucional, pois não é um texto de orientação, como receita de bolo ou modo de instalação. Nesse tipo de texto há predominância de verbos no imperativo.

     

  • Uma característica forte do artigo de opinião é seu caráter informacional. Pode-se fazer uma comparação com um texto jornalístico. 

    Assim fica fácil de diferenciar. Sabendo-se o conceito de texto injuntivo/instrucional, com o uso lógica, dá pra tirar de letra. 

  • O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos. TEXTO ARGUMENTATIVO  = DEFENDER PONTOS DE VISTAS

  • Artigo de opinião

    O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos.
    É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis.
    Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final.
    Contudo, em vestibulares, a assinatura é desnecessária, uma vez que pode identificar a autoria e desclassificar o candidato.
    É muito comum artigos de opinião em jornais e revistas. Portanto, se você quiser aprofundar mais seus conhecimentos a respeito desse tipo de produção textual, é só procurá-lo nestes tipos de canais informativos. A leitura é breve e simples, pois são textos pequenos e a linguagem não é intelectualizada, uma vez que a intenção é atingir todo tipo de leitor.
    Uma característica muito peculiar deste tipo de gênero textual é a persuasão, que consiste na tentativa do emissor de convencer o destinatário, neste caso, o leitor, a adotar a opinião apresentada. Por este motivo, é comum presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações, humor satírico, ironia e fontes de informações precisas.
    Como dito anteriormente, a linguagem é objetiva e aparecem repletas de sinais de exclamação e interrogação, os quais incitam à posição de reflexão favorável ao enfoque do autor.
    Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude, favoreça, exija, etc.) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores (e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que, etc.) e dão maior clareza às ideias.
    Geralmente, é escrito em primeira pessoa, já que trata-se de um texto com marcas pessoais e, portanto, com indícios claros de subjetividade, porém, pode surgir em terceira pessoa.

  • Bem simples. 

    Gênero textual em que o autor expõe a sua opinião na tentativa de persuadir o leitor (argumentação). 

    Aí fica fácisss.

    a) artigo de opinião, com forte presença dos tipos textuais argumentativo e injuntivo. 

    b) artigo informativo, com forte presença dos tipos textuais explicativo e descritivo. 

    c) artigo informativo, com predomínio do tipo textual explicativo. 

    d) artigo de opinião, com predomínio do tipo textual argumentativo. CERTO!


ID
1893340
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

Tomando por base uma leitura global, considere as seguintes afirmativas acerca de parágrafos do texto: 


I No primeiro parágrafo, insinua-se que, no Brasil, obras públicas são mal planejadas.

II No terceiro parágrafo, apresenta-se o ponto de vista defendido ao longo do texto.

III No quinto parágrafo, desenvolve-se ideia introduzida no quarto parágrafo.

IV No décimo parágrafo, conclui-se a discussão sem que sejam apresentadas informações novas.


Das afirmativas, estão corretas 

Alternativas
Comentários
  • Gab Letra a) I e II

  • Apesar da COMPERVE ser uma banca relativamente fácil, sempre encontro dificuldade desse tipo de questão, sempre duas questões são muito parecidas. O candidato deve ler e reler muitas vezes antes de marcar.

    A letra b) também poderia ser uma resposta. III No quinto parágrafo, desenvolve-se ideia introduzida no quarto parágrafo. 

    Vejam, 

        4° Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.

        5°  Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo.....

  • As questões de interpretação de texto da COMPERVE são sempre as mais difíceis da prova.

  • Tenho dificuldade nessas questões de português da COMPERVE. Uma banca fácil, mas as questões de interpretação me pega sempre.

  • Questão realmente confusa, mas interpretei a III, como errada. Considerei a parte negritada abaixo como a conclusão do respectivo parágrafo, e não o parágrafo anterior....

     

    § 4ºValores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.

     § 5º Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.

  • Danilo Rodrigues, eu também achei confuso nesse ponto. Após excluir a possibilidade da IV, só me desfiz da III porque a I e II estão mais "claras" no meu ponto de vista.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               Essa parte que fez a diferença para você, visto agora, me ajudou a ter mais certeza da minha escolha. Vlw!

    II - "A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer" - Esse é o ponto de vista da autora.

    I - " tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil..." - Não paira nenhuma dúvida sobre a falta de planejamento das obras no Brasil.

  • Devemos observar o anúncio da questão   ->>>>  ''Tomando por base uma leitura global''...

    Na opção I, o parágrafo não insinua naada, apenas relata o que está ocorrendo.    Porém,devido ao enunciado,a opção torna-se correta em relação a todo o texto.

    Caí nesta bosta. Banca cabulosa!!!!!

     

  • Concordo com a colega Vanessa, inclusive marquei a B e errei. Para complicar nossa vida, essa banca tem demonstrado que ama textos longos. Já vi que vai ser trabalhosa nesse aspecto.  =/ 

  • Sempre me deparo com reclamações sobre as questões de interpretação de texto da COMPERVE. Realmente é super tenso. Não tem jeito, nos resta praticar muito para tentar assimilar a banca.

  • Vanessa, compreendo seu ponto de vista, porém discordo dele.

    Não poderia ser o item III " No quinto parágrafo, desenvolve-se ideia introduzida no quarto parágrafo" simplesmente porque a ideia foi introduzida no terceiro parágrafo, não no quarto. Observe:

     

    § 3º. A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.

       § 4º.   Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.

       § 5º.   Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.

  •   3º A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.

    II No terceiro parágrafo, apresenta-se o ponto de vista defendido ao longo do texto. (CORRETO)

     Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.

      5º Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.

    III No quinto parágrafo, desenvolve-se ideia introduzida no quarto parágrafo.(ERRADO)

    Explicação:

    Apesar do quinto parágrafo iniciar com a ideia trazida do quarto, ele não desenvolve a ideia do mesmo, porque ao longo da escrita, o autor retoma a ideia anteriormente citada, de que a relação entre o estado brasileiro e as empresas de capital provocam mortes e sofrimento.

    Gabarito: A


ID
1893343
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

Acerca dos modos de citação do discurso alheio, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O DISCURSO INDIRETO é fácil reconhecer. Quando se tem algo semelhante a um Discurso Direto mas é antecedido de partículas introdutórias, como por exemplo o QUE e o SE, isto significa que o autor quer se colocar distante daquilo que foi exposto. Não necessariamente há a necessidade do uso de aspas para este tipo de Citação do Discurso Alheio. Logo, C. ;)

  • "O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado."

    O Narrador diz o que o taxista disse, mas não exatamente nas palvras dele. Dircurso indireto.

  • Letra C

    Vejamos as letras B e a D para esclarecer melhor os termos mencionados:

     

    Ilha textual ou ilha enunciativa é uma forma híbrida de citação (direta e indireta). Considere os exemplos seguintes:

    Ex.: Vera disse aos prantos que tinha flagrado o marido “papando a empregada”.

    Ex.: O ladrão confessou que tinha roubado para “mata-las fome dos bruguelo”.

     

    Aspas de distanciamento

    Por esse modo de marcar a voz alheia, o escrevente demonstra que não assume aquele termo especifico que ele destaca, seja por não concordar com a ideia vinculada pela palavra/expressão; por ela ser considerada lexicalmente inadequada; pelo fato de estar em sentido figurado ou de ser incomum/pouco usual; entre outros motivos.

    Ex: qualquer pessoa pode simular um grande numero de equações e “alegar” que elas agem como um cérebro.

  • B.   Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”. ( = ASPAS DE DISTANCIAMENTO)  - Questão errada!

  • alternativa c

    Atualmente a banca costuma colocar esse tipo de questão nas provas.

    Discurso direto: ocorre no momento da fala 

        * é facil identificar,pois tem: dois pontos,travessão e aspas( :   ,  -  , " " )

    Discurso indireto:o fato já ocorreu

        * é facil identificar,pois tem:verbos no passado,locuções verbais, que e se

     

     

  • O que é Ilha Textual?

     

    Nesse modo de citar, o enunciador citante, recorrendo geralmente à modalização em discurso segundo ou ao discurso indireto (formas de citação indireta), isola, entre aspas, um fragmento que, ao mesmo tempo, ele utiliza e menciona, emprega e cita. Tem-se, então, uma forma híbrida: mesmo, por exemplo, tratando-se globalmente de discurso indireto, esse contém palavras atribuídas aos enunciadores citados.

     

    Exemplo 12 No vestiário, o craque disse que ganhariam a copa “de qualquer jeito, com ou sem dopping”.

     

    Perceba no exemplo 12 que o enunciador inicia a citação como se fosse utilizar o discurso indireto, pois utiliza o verbo de dizer (disse) e a partícula integradora (que), além disso, as primeiras palavras do discurso citado são apropriadas pelo enunciador (ganhariam a copa); só no final do enunciado ele usa aspas e cita, em forma de discurso direto, um fragmento do discurso do craque citado da maneira como ele disse (de qualquer jeito, com ou sem dopping). Essa fragmentação do discurso citado, que depende do discurso citante, inclusive para ganhar um sentido completo, contextualizado, é que caracteriza a ilha textual.

    Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/franciscoarruda/disciplinas/energias2av/modos-de-citacao-do-discurso-alheio

  • material simples e bom para quem ainda tem dúvidas. 

    https://docente.ifrn.edu.br/florenciocaldas/disciplinas/lingua-portuguesa/modos-de-citar-o-discurso-alheio

     

  • Em poucas palavras;

    Claramente uma citação indireta (o autor do texto utilizou suas próprias palavras): O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. 

    Gabarito: c)

  • Outro material simples para complementar ao exposto pela Adriana Aparecida.


    https://docente.ifrn.edu.br/franciscoarruda/disciplinas/energias2av/modos-de-citacao-do-discurso-alheio


ID
1893346
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

De acordo com o texto, depreende-se que

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    3° paragráfo: A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.

  • Gab. C

     

    Significado de Depreender

    v.t.d.Compreender, perceber claramente alguma coisa; obter entendimento intelectual acerca de: depreender um sentido metafórico, figurado.v.t.d. e v.bit.Deduzir, alcançar a resposta; chegar à compreensão ou à conclusão de:

    depreendeu seus sinais de tristeza; ela depreendeu das circunstâncias que a filha poderia estar com problemas.(Etm. do latim: deprehendere)

     

    Sinônimos de Depreender:

    Depreender é sinônimo de: alcançar, compreender, entender, inferir, perceber, saber, deduzir

     

    # Veja que depreender não busca a letra fria o texto.

  • A letra B extrapolou quando falou em "exorbitante". Não vemos isso no texto. Algumas vezes a ideia até tá correta, mas se houver extrapolação, no mínimo possível, desconfie.


ID
1893349
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

O título do texto

Alternativas
Comentários
  • Letra D

     

    Claramente percebemos o posicionamento do autor.

  • nem precisa ler muito para responder kkkk

  • Só para complementar:

    Tema: compreende o assunto proposto para discussão, o assunto que vai ser abordado.

     


    Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo discutido.

     


    Argumentação: é um conjunto de procedimentos linguísticos com os quais a pessoa que escreve
    sustenta suas opiniões, de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. É fornecer argumentos, ou seja, razões
    a favor ou contra uma determinada tese.

  • Concordo que seja a D, mas pq B está errada? pois de fato é pouco revelador sobre a temática.

  • Marquei B, não vejo erro nela.


ID
1893352
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

A linguagem empregada no texto é

Alternativas
Comentários
  • Texto Conotativo - Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, sendo usado em poemas, poesias (Você é o meu sol).

    Texto Denotativo - Quando a palavra é utilizada com seu sentido comum, ou seja, o que aparece no dicionário (O dia está quente hoje).

  • Predominantemente conotativa.  "...que ainda estamos construindo a duras penas..."

  • Esse texto, a meu ver, é predominantemente conotativo, ou seja, usa-se bastante o sentido figurado, como bem relatou o colega abaixo.

    Discordo do gabarito, que foi a letra a)

  • O que laca é isso. Pq é o ponto de vista do autor. O cara vai ler a mente dele é? Predomina a linguagem conotativa.

  • Gente presta atenção, embora tenha algumas palavras de sentido figurado no texto, nao signfica que seja predominante conotoativa nao. Tem que se levar em conta o texto por completo, pode-se repar que nele o que mais predominar (mais influencia, maior quantidade), é o sentido denotativo.

    Letra Correta Letra A

    Predominantemente denotativa. 

  • Concordo que o texto é predominantemente conotativo. Por favor, pedimos mais cuidado para que as bancas coloquem questões mais definidas do que aquelas em que podem considerar-se corretas várias delas.

    Deus abençoa a todos e a tudo, que nos cuidemos bem sempre e cuidemos dos demais seres, sempre que sentirmos que devemos.

  • Embora haja várias expressões conotativas( sentido figurado), o texto - no sentido completo - é muito mais denotativo( sentido real)

  • Realmente, temos que interpretar o sentido da palavra. Me equivoquei.

    Quando se diz predominantemente, ou seja, na maior parte do texto predomina a linguagem denotativa. Aquelas poucas passagens conotativas não dominam o texto.

  • Fiquei na dúvida se é EXCLUSIVAMENTE ou PREDOMINANTEMENTE, mas que é denotativo isto está claro.

    Onde tem texto conotativo nesse texto?

  • Aline dantas. Um dos trechos que se usa a liguagem conotativa.

    "E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. "

  • No texto "empurra-empurra" tem um sentido figurado. Ninguém anda empurrando de verdade, e sim colocando a culpa.

  • prestar atenção no enunciado "predominantemente" é diferente de totalmente um advérbio já muda a proposta da questão.

  • -
    quanto as assertivas C e D, é preferível fugir de termos "exclusivamente"

  • Bruno, se o texto fosse EXCLUSIVAMENTE DENOTATIVO não poderia haver NENHUM trecho conotativo. No texto há alguns, portanto não pode ser exclusivamente, mas predominantemente denotativo.


ID
1893355
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

Quanto à linguagem empregada no texto, optou-se por

Alternativas
Comentários
  • Onde está o "registro fomal"? OK, próxima...

  • Não existe registro informal. O texto não possui gírias ou coloquialismos. Gabarito letra C

  • Marquei a letra A por causa dessa passagem " A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita." Os erros de colocação pronominal são caracterizados pela informalidade, o que, para mim, tornou o texto informal.

  • Formal?

  • "Aquele velho empurra-empurra...". Isso é registro formal aonde?! #piada

  • "Aquele velho empurra-empurra...". Isso é registro informal, contudo o que predomina é uma linguagem formal.

  • Um artigo de opinião deve atrair o leitor com uma linguagem formal, mas também com marcas de informalidade que, nesse caso e, de acordo com o que entendo do contexto, busca atingí-lo usando dessas expressões.

     

    As assertivas não dizem PREDOMINANTEMENTE e sim UM TOM de informalidade.

     

    Mais uma vez a COMPERVE deixa a desejar. SEMPRE entre duas alternativas há muita similaridade e, muitas vezes, sendo corretas ambas, confundindo o candidato.

    Discordo do gabarito

    #cansada

  • Péssima questão.

  • Fiquei muito em dúvida e marquei a errada, mas depois de estudar o assunto, entendi que a linguagem é formal, mesmo. Ele até coloca "um registro mais formal" em momento algum está falando que nao tem elementos informais, e o texto está adequado as exigências da situação argumentativa. 

  • Gab.C

    Inicialmente eu errei a questão (escolhi o Gab. A), fui me baseando em algumas figuras de linguagem que a autora utilizou ao longo do texto, tais como: "empurra-empurra; máquina de matar e deixar morrer; obra está ali, já fazendo aniversário" 

     

    Após algumas discussões com colegas, chegamos a conclusão que a "situação" do texto realmente exige um tom mais formal, e que apenas algumas figuras de linguagem não poderiam descaracterizar isso.

     

    Um texto com enfoque na comunicação de acidentes e incidentes que ocorreram em determinados locais, não são "de interesse" geral, poderia ser, mas não é, por isso ele se torna mais restrito/direto e exige um tom mais formal. (que realmente é mais utilizado).

  • Linguagem formal

    A linguagem formal pode ser nomeada também de registro formal. É usada quando não há familiaridade entre os interlocutores da comunicação ou em situações que requerem uma maior seriedade.

    Características da linguagem formal:

    Utilização rigorosa das normas gramaticais (norma culta);

    Pronúncia clara e correta das palavras;

    Utilização de vocabulário rico e diversificado;

    Registro cuidado, prestigiado, complexo e erudito.

    Situações de uso da linguagem formal:

    Em discursos públicos ou políticos;

    Em salas de aula, conferências, palestras, seminários,…;

    Em exames e concursos públicos;

    Em reuniões de trabalho e entrevista de emprego;

    Em documentos oficiais, cartas, requerimentos,…;

    Público-alvo da linguagem formal:

    Superiores hierárquicos;

    Autoridades religiosas, oficiais, políticas,…;

    Público alargado;

    Público desconhecido;

    Linguagem informal

    A linguagem informal pode ser nomeada também de registro informal. É usada quando há familiaridade entre os interlocutores da comunicação ou em situações descontraídas.

    Características da linguagem informal:

    Despreocupação relativamente ao uso de normas gramaticais;

    Utilização de vocabulário simples, expressões populares e coloquialismos;

    Utilização de gírias, palavrões, palavras inventadas, onomatopeias, gestos,…;

    Uso de palavras abreviadas ou contraídas: cê, pra, tá,…;

    Sujeita a variações regionais, culturais e sociais;

    Registro espontâneo e pouco prestigiado, por vezes incorreto e desleixado.

    Situações de uso da linguagem informal:

    Conversas cotidianas;

    Mensagens de celular;

    Chat na Internet;

    Público-alvo da linguagem informal:

    Familiares;

    Amigos;

    Fonte: https://www.normaculta.com.br/linguagem-formal-e-informal/

  • É a segunda vez que respondo essa questão e marquei a mesma alternativa "A".

  • Gente...a dúvida foi cruel entre A e C.


ID
1893358
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado.


Se o tempo verbal empregado no trecho fosse o pretérito imperfeito do indicativo, e o sujeito do primeiro período fosse a primeira pessoa do plural, a reescrita correta seria: 

Alternativas
Comentários
  • 1ª pessoa do plural: Nós
    Pretérito Imperfeito: Terminações : VA - IA - NHA
    Conjugar na primeira pessoa do singular: Eu estudava - Eu corria - Eu caminhava .

    Letra: D

  • 1ª pessoa do plural Nós

    Bizú para conjugar no pretério imperfeito use o termo "antigamente" - ...antigamente eu ia.

  • não precisa nem saber o que é preterito imperfeito nesta questão. a frase em si, já deixa claro a resposta...

  • pretérito imperfeito do indicativo

    TERMINAÇÕES: IA, VA, EIS, VEIS, ERA

  • GABARITO: LETRA D

    Bizu:

    Pretérito Imperfeito: Tudo que é IMPERFEITO merece uma VA IA NHA porque já ERA.

    FONTE: Profª Flávia Rita


ID
1893361
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rio Doce: não foi acidente. Foi violência

                                                                                              Rosana Pinheiro-Machado

      Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado. Uma rua ia ser alargada para a Copa do Mundo, mas, no meio da obra, descobriu-se que não se podia mais continuar perfurando, porque encontravam (veja bem) uma rocha no meio do caminho. Tudo ficou mais caro.
      A Prefeitura dizia que é culpa da empresa, que deveria ter previsto o problema, mas a empresa queria que a prefeitura cobrisse o valor extra da obra. Aquele velho empurra-empurra. O buraco e seus desvios já viraram parte da paisagem da cidade. A obra está ali, já fazendo aniversário de três anos. E a sensação de todos que passam por tantas obras inacabadas ou malfeitas no Brasil é que elas nunca serão plenamente concluídas. E quem tem a sua vida transtornada somos todos nós.
      A velha aliança que se perpetua entre o Estado brasileiro e o capital – às vezes competindo, às vezes cooperando, mas sempre lucrando – é uma máquina de matar e deixar morrer. A estrutura burocrática e reguladora brasileira nos irrita, nos machuca e nos desrespeita. Mas esse modus operandi causa muito mais do que horas trancadas no trânsito ou a desilusão de ver uma cratera estampada. Ele também produz dor, sofrimento e morte.
      Valores para as campanhas? Licitações facilitadas. Mais uma ponte caiu. A obra está cara? O Estado não fiscaliza? Mais uma barragem se rompeu. A empresa aérea sofre uma crise e cortam-se os custos da manutenção? Quem fiscaliza? Mais um avião caiu.
      Choveu e abriu buraco na estrada? Passe-se aquele cimento mais barato. Assim, quando chover de novo, o Estado paga para tapar os buracos, e a empresa ganha sempre. Afinal de contas, para que investir em material duradouro se o Brasil é país tropical em que quase nunca chove forte? O resultado dessa ganância é perverso: acidentes, corpos mutilados e vidas interrompidas por causas que poderiam ter sido evitadas, mas que são naturalizadas como “acidente”.
      Não se trata de acidente. Trata-se de um crime praticado pelo Estado e pelas empresas que deveriam ser controladas pelo Estado, mas que, na verdade, controlam o Estado.
    Trata-se, portanto, de violência estrutural – conceito adotado por antropólogos como Veena Das, Arthur Kleinman, Paulo Farmer e Akhil Gupta para dar visibilidade a uma forma de sofrimento causado por estruturas sociais: pelo descaso, pela corrupção e pela ausência do Estado na fiscalização (o mesmo Estado que sabe fazer-se onipresente e ostensivo quando se trata de correr atrás de camelô porque os lojistas da cidade estão pressionando).
      A dor causada a milhares de pessoas e a morte de milhares ou milhões de animais ao longo do Rio Doce não foram acidentais. Não foi um desastre natural inevitável. Violência não é apenas o ato deliberado de força mas também os atos invisíveis da incompetência ou má fé judicial, política e administrativa. É preciso nomear claramente esta tragédia. Uma vez que admitimos que o que ocorreu na obra da Samarco (uma parceria da BHP e da Vale) foi um ato de violência – produzida pelo descaso e pela ganância que “deixam morrer” – é preciso identificar os culpados, que, neste caso, são agentes específicos do mercado e das agências controladoras do Estado.
      Não foi acidente. Não foi seleção natural. E a população brasileira não faz parte desse jogo em que se acredita que “os políticos corruptos são reflexo de um povo corrupto”. O taxista de Porto Alegre continua a se indignar, todos os dias. Eu me indigno. Você se indigna. Nós nos sentimos desrespeitados e impotentes.
      As mídias sociais encorajam e nos ajudam a encontrar aqueles outros milhões de perdidos que também não querem esquecer. Não há milagre para romper com esse ciclo de violência estrutural que se perpetua na sociedade brasileira. Podemos contar somente com a mobilização e o engajamento no projeto democrático – que ainda estamos construindo a duras penas, mas de que não desistiremos tão fácil. Por ora, cabe a nós entoar o grito “não foi acidente”, pressionar por medidas reparadoras e acompanhar a sua implementação.

Disponível em:<http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-foi-acidente-foi-violencia-635.html>. Acesso em: 7 jan. 2016. [Adaptado]

Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado.


Considere as seguintes afirmativas sobre a organização do trecho.


I O primeiro período é composto por coordenação.

II O segundo período é composto por subordinação.

III O trecho é composto por cinco orações organizadas em dois períodos.

IV O segundo período tem valor semântico de aposto em relação ao primeiro.


Das afirmativas, estão corretas 

Alternativas
Comentários
  • I: Oração subordinada adverbial de tempo, "sempre que eu vou"

    III: 6 orações: Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado.

     

  • Não concordo com o gabarito.

    Para mim estão corretas II e IV.

    Segundo Mourão:

    II O segundo período é composto por subordinação.

    - A coesão do segundo período é estabelecida pela conjunção “porque”, fazendo-nos crer que a oração a qual por ela é introduzida é de natureza Subordinada Adverbial Causal.

    IV O segundo período tem valor semântico de aposto em relação ao primeiro.

    O período que se inicia após o primeiro ponto-final apresenta-se, sim, com função apositiva explicativa, vez que acrescenta dado ao que fora mencionado.

     

  • Gab. letra a) II e IV

    O comentário do Jeferson Fickel está correto, e a correção do/a Hesli Santos o complementa.

     

    II O segundo período é composto por subordinação. -> Oração subordinada adverbial temporal (sempre)

     

    IV O segundo período tem valor semântico de aposto em relação ao primeiro. -> ...é a mesma coisa. (Que coisa?) O taxista reclama.... Aposto explicativo.

  • A assertiva I, de cara esta errada. Pois existem duas oração ( com verbos ), ou seja, não pode ser coordenada. ja eliminamos a C) e D). - ERRADAS

  • podem  pedir comentários do prfessor. por favor.

  • Alguém pode explicar esse gabarito? 

    Por que o segundo período é composto por subordinação? Não seria o primeiro período? 

  • Na verdade, o "pode fazer" é uma locução verbal. Então conta apenas 1 vez. Sendo assim, existem 6 orações mesmo.

    " Sempre que eu vou a Porto Alegre, é a mesma coisa. O taxista reclama que não pode fazer o caminho que ele quer, porque um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado."

    Bons estudos.

  • Segundo a explicação do Professor Alexandre e conjunto com meus estudos através de outros professores e materiais:

    I O primeiro período é composto por coordenação. Errado

    As palavras sempre, quando, no momento, trazem consigo um aspecto temporal, aquela circunstância de tempo. Então, ela é uma Oração Subordinada Adverbial de Tempo, não é uma oração coordenada. Já que orações coordenadas são aquelas independentes do ponto de vista sintático, não precisam da outra para existir. Já a oração subordinada precisa. No caso, se ficasse apenas a primeira oração: "Sempre que eu vou a Porto Alegre"; ficaria incompleta! Precisou da outra oração para existir.

    II O segundo período é composto por subordinação. Certo

    O taxista reclama (oração principal) que (O "que" pode ser conjunção integrante, quando substitui isso ou aquilo, gerando uma oração subord. substantiva. Pode ser também pronome relativo, quando substitui o(a) qual, gerando nesse caso uma oração subord. adjetiva. Nessa questão ele reclama de algo, ou seja, reclama disso, então é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta) não pode fazer o caminho que (nesse caso substitui o qual. Essa é uma oração subordinada adjetiva. Como não há vírgula antes do que, é uma oração subordinada adjetiva restriva) ele quer, porque (é o motivo, a palavra porque aqui está justificando o motivo, então é uma Oração Subordinada Adverbial Causal) um trecho da Avenida Anita Garibaldi ainda está fechado.

    Ou seja, por isso que a questão está certa, de fato só há Orações Subordinadas aí, só subordinação.

    III O trecho é composto por cinco orações organizadas em dois períodos. Errado

    Vamos contar os verbos ou locuções verbais para saber quantas orações há:

    1ª oração: vou;

    2ª oração: é;

    3ª oração: reclama;

    4ª oração: pode fazer (essa é uma locução verbal, que caracteriza apenas uma oração);

    5ª oração: quer;

    6ª oração: está.

    IV O segundo período tem valor semântico de aposto em relação ao primeiro. Certo

    Sim, todo o esclarecimento tem um papel apositivo (de aposto), pois o papel do aposto é exatamente esse, o de esclarecer, de explicar.

    Ou seja: Sempre que eu vou para Porto Alegre é a mesma coisa.

    ...

    A mesma coisa o quê?

    Então o segundo período vai explicar que mesma coisa é essa.

    Ele não está dizendo que o segundo período é um aposto, mas tem VALOR SEMÂNTICO de aposto, já que traz essa explicação.

    Lembrando que semântica = sentido.


ID
1893364
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O plano de seguridade social do servidor, previsto na Lei nº 8.112/90, estabelece normas referentes a diversos benefícios. Nos termos da referida lei, são beneficiários de pensão:

Alternativas
Comentários
  • Letra (A)

     

    L8112

    Art. 217.  São beneficiários das pensões:

    I - o cônjuge; 

    II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente;

    III - o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar; 

    IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

    a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

    b) seja inválido; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)       

    c) tenha deficiência grave; ou    

    d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos do regulamento;

    V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; e

    VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV.

     

  •  a)companheiros ou companheiras que comprovem união estável como entidade familiar.  GAB.

     b)filhos menores de vinte e quatro anos. 21 anos

     c)pai e mãe, mesmo que não dependam economicamente do servidor. 

     d)filhos inválidos até vinte e um anos de idade. Inválido não tem limite.

     

    Bons Estudos!! ;)

  •    8112/90- Art. 217.  São beneficiários das pensões:

    I - o cônjuge;

    II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente; 

    III - o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar;

    IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:

    a)    seja menor de 21 (vinte e um) anos;

    b)      b) seja inválido;

    c)       d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos do regulamento;

     

    V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;

    VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV.

  • LETRA A CORRETA 

    LEI 8.112

    ART. 217 III - o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar; 

  • A Lua RN errou ein...Atenção!!!! tem que depender economicamente do servidor 

  • A) companheiros ou companheiras que comprovem união estável como entidade familiar. 

  • Excelentes comentários.

     

  •  a)companheiros ou companheiras que comprovem união estável como entidade familiar. Certo

     b)filhos menores de. 21 anos

     c)pai e mãe, que dependam economicamente do servidor. 

     d)filhos nválidos.

    Força, Foco e Fé!

     

  • nível de dificuldade dessa questão é ZERO.

  • GABARITO: LETRA A

    Da Pensão

    Art. 217.  São beneficiários das pensões:

    I - o cônjuge;

    II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente; 

    III - o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar;

    IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:

    a)seja menor de 21 (vinte e um) anos;

    b)seja inválido;

    c)tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos do regulamento;

    V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;

    VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV.

    FONTE: LEI N° 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Tal questão almeja que seja assinalada a alternativa em que conste um beneficiário das pensões previstas na respectiva lei.

    Nesse sentido, dispõe o artigo 217, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 217. São beneficiários das pensões: 

    I - o cônjuge;

    II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente;

    III - o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar;

    IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:

    a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;

    b) seja inválido;

    d) tenha deficiência intelectual ou mental;

    V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; e

    VI - o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV."

    Analisando as alternativas

    Tendo em vista os dispositivos elencados acima, conclui-se que somente a alternativa "a" se encontra correta, já que, conforme o inciso III, do artigo 217, elencado anteriormente, os companheiros ou companheiras que comprovem união estável como entidade familiar são considerados beneficiários, para efeitos de concessão das pensões previstas na lei 8.112 de 1990. Nas demais alternativas, constam informações as quais estão divergentes do contido na respectiva lei e também não encontram amparo legal nesta, conforme destacado nos incisos e no artigo transcritos acima.

    Gabarito: letra "a".


ID
1893367
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

À luz das normas referentes à revisão de processo disciplinar, previstas no regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90), considere as afirmativas a seguir.


I Da revisão do processo, poderá resultar agravamento de penalidade.

II Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

III A comissão revisora terá sessenta dias para a conclusão dos trabalhos.

IV O processo disciplinar somente poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido.


Das afirmativas, estão corretas 

Alternativas
Comentários
  • Letra (A)

     

    I - ERRADA - Art. 182, Parágrafo único.  Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

     

    II - CERTA - Art. 184,  § 1o  Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

     

    III - CERTAArt. 179.  A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.

     

    IV - ERRADA -   Art. 174.  O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem     fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

  • A IV está imcompleta. O Art.174 fala "a pedido ou de ofício"..por isso está errada. 

  • sacanagem

  • Art. 174.  O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem     fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

     § 1o  Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

    § 2o  No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.

     Art. 179.  A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.

    Parágrafo único.  O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

    Parágrafo único.  Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade

  •  I Da revisão do processo, poderá resultar agravamento de penalidade.(ERRO) - NÃO poderá

    IV O processo disciplinar somente poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido. (ERRO) -  Pedido ou Oficio.

  • a)

    II e III.

  • Algumas Bancas examinadoras (CESPE, por exemplo) consideram que questões incompletas não estão erradas. No entanto, a COMPERVE nitidamente já tem o posicionamento contrário. Mais uma dificuldade para os concurseiros...

  • Pessoal, o item IV não está errado por estar incompleto. O art. 174 aduz que o processo disciplinar será revisto a pedido ou de ofício. O item IV afirma que a revisão se dá SOMENTE a pedido. Isso que torna o IV incorreto, por restringir a possibilidade de revisão do processo a APENAS a pedido. A questão está clara e não deixa margens para dúvida, a não ser que o candidato não preste atenção a este detalhe ou desconheça do conteúdo dos artigos abordados.

  • COMPLEMENTANDO:

    A afirmativa IV está ERRADA, pois fala que o processo disciplinar só poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido, sendo que o art. 174, caput, da Lei 8.112/91 descreve que poderá ser também, a qualquer tempo, de ofício.

  • Art. 179.  A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.

  • A IV está errada sim, pois, além de poder ser de ofício, deverão haver FATOS NOVOS que jutifiquem a inocência ou a inadequação da pena. 

     

     

  • I Da revisão do processo, NÃO poderá resultar agravamento de penalidade.

    II Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

    III A comissão revisora terá sessenta dias para a conclusão dos trabalhos.

    IV O processo disciplinar somente poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido OU DE OFÍCIO, QUANDO SE ADUZIREM FATOS NOVOS OU CIRCUNSTÂNCIAS SUSCETÍVEIS DE JUSTIFICAR A INOCÊNCIA DO PUNIDO OU A INADEQUAÇÃO DE PENALIDADE APLICADA.

  • GABARITO: A

    I - ERRADO: Art. 182. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

    II - CERTO: Art. 184. § 1o Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.

    III - CERTO: Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.

    IV - ERRADO: Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem   fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

  • Questão exige conhecimento acerca das normas referentes à revisão de processo disciplinar, previstas no regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90), examinemos cada afirmativa:

    I. “Da revisão do processo, poderá resultar agravamento de penalidade”.

    “Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade”, conforme o art. 182, PU, da Lei nº 8.112/90. INCORRETA esta afirmativa.

    II. “Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo”.

    O art. 174, §1º, da Lei nº 8.112/90, assim estabelece: “Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo”. CORRETA esta afirmativa.

    III. “A comissão revisora terá sessenta dias para a conclusão dos trabalhos”.

    CORRETA esta afirmativa, conforme o art. 179, da Lei nº 8.112/90.

    IV. “O processo disciplinar somente poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido”.

    Ocorre que “O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada”, conforme o art. 174, da Lei nº 8.112/90. INCORRETA esta afirmativa.

    Como se vê, das afirmativas, estão corretas II e III.

    GABARITO: A.


ID
1893370
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Um servidor público federal foi investido em mandato de Deputado Distrital. Considerando as disposições expressas no regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90), esse servidor

Alternativas
Comentários
  • Letra (C)

     

    L8112

    Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

    I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

  • (C)
    Também com apoio constitucional:

    Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:     (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;


    (A) Prefeito.
    (B) Vereador.

  • Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

            I - tratando-se de mandato (DEPUTADO) federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

            II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

            III - investido no mandato de vereador:

            a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

            b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

  • c) ficará afastado do cargo enquanto durar o mandato eletivo. 

  •                                                                                      Opção pela remuneração

                                                                           /                                                               \

                                                                 Prefeito                                                         Vereador

                                                                                                                                       * caso não tenha compatibilidade de horários

     

    DEMAIS CARGOS: PR / GOV / SEN /  DEP vale a remuneração do cargo

  • GABARITO: C

    Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

  • GABARITO: LETRA C

    Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

    Art. 94.  Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

    I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 94, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

    I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

    II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

    III - investido no mandato de vereador:

    a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

    b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração."

    - No caso do inciso I elencado acima, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e receberá o subsídio do mandato eletivo (não há a opção de optar pela remuneração). Alguns exemplos de mandato eletivo referentes ao item "1" são o de Senador, Deputado Federal e Estadual.

    - No caso do inciso II elencado acima, o servidor público deverá se afastar do seu cargo e poderá optar pela remuneração.

    - No caso do inciso III elencado acima, se houver compatibilidade de horários com o cargo de Vereador, o servidor perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. Todavia, caso não haja compatibilidade de horários, aplica-se o mesmo caso do Prefeito (afasta-se do seu cargo e poderá optar pela remuneração).

    Analisando as alternativas

    Letra a) Esta alternativa está incorreta, pois, no caso de ser investido no mandato de Deputado Distrital, o servidor público deverá ser afastado de seu cargo, mas não poderá optar pela remuneração, devendo receber, obrigatoriamente, o subsídio de Deputado Distrital.

    Letra b) Esta alternativa está incorreta, pois, no caso de ser investido no mandato de Deputado Distrital, mesmo que haja compatibilidade de horários, o servidor deverá se afastar de seu cargo.

    Letra c) Esta alternativa está correta e é o gabarito em tela, pelos motivos elencados nas alternativas anteriores e nas explicações destacadas anteriormente.

    Letra d) Esta alternativa está incorreta, pois, no caso de ser investido no mandato de Deputado Distrital, o servidor público deverá se afastar de seu cargo, independentemente de haver compatibilidade de horários.

    Gabarito: letra "c".


ID
1893373
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com as normas expressas na Lei nº 8.112/90, considere as afirmativas a seguir, referentes a férias e gratificação por encargo de curso e concurso.


I É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

II O valor da gratificação por encargo de curso e concurso será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida.

III O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de três períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

IV A gratificação por encargo de curso ou concurso poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.


Das afirmativas, estão corretas

Alternativas
Comentários
  • Letra (D)

     

    I - CERTA - Art. 77,  § 2o  É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

     

    II - CERTA - Art. 76-A,  § 1o  Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros:

    I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; 

     

    III - ERRADA -  Art. 77.  O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica

     

    IV - ERRADA – Art. 76-A, § 3o  A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.

  • 1) faltas nao sao descontadas nas ferias do servidor p´blico. isso ocorre no regime CLT

    2) a gratificaçao por encargo de curso ou concurso è calculada em horas de acordo com a natureza e complexidade da atividade

    3) as férias podem ser acumulados por no màximo dois períodos, podemdo parcelar por até 3 parcelas

    4) nao se incorporam ao vencimento as idenizaçoes e a gratificaçao por encargo de curso ou concurso, e nada pode ser utilizado para acréscimos de outras vantagens.

  • ainda não entendi o II.

  • Neila, o item II é letra da lei;

    Art. 76-A.  A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)  (Regulamento)

    I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

    II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

    III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

    IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

    § 1o  Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

    I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

     

  • GABARITO LETRA E.

    § 1o  Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

    I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

     

    #JESUS REI DA GLÓRIA

  • GABARITO LETRA 

     

    d)

    I e II.

  • decore isso, igual na lei 8112, CLT, lei 122 RN.

    FERIAS:

    - cumula até 2 periodos

    - PAR CE LA em até 3.

     

    GABARITO ''D''

  • Sinceramente? Povo bonzinho esse que transcreve a lei. Obrigada, gente!

  • GABARITO D

    I É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. CORRETO

    II O valor da gratificação por encargo de curso e concurso será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida. CORRETO

    III O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de três períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. ERRADO (ATÉ 2 PERÍODOS)

    IV A gratificação por encargo de curso ou concurso poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. ERRADO (NÃO PODERÁ SER UTILIZADA)

  • Questão exige do candidato conhecimento acerca das férias e gratificação por encargo de curso e concurso, de acordo com as normas expressas na Lei nº 8.112/90, examinemos cada afirmação:

    I. “É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço”.

    Tal prática é expressamente vedada, nos moldes do §2º do art. 77 “É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço”. CORRETA esta afirmativa.

    II. “O valor da gratificação por encargo de curso e concurso será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida”.

    “O valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida”, conforme o art. 76-A, §1º, I, da Lei 8.112/90. De tal modo, CORRETA esta alternativa.        

    III. “O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de três períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica”.

    “O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica”, conforme o art. 77, da Lei nº 8.112/90. INCORRETA esta afirmativa.          

    IV. “A gratificação por encargo de curso ou concurso poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões”.

    Ocorre que “a Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões”, conforme o art. 76-A, §3º, da Lei 8.112/90. Do exposto, INCORRETA esta alternativa.

    Como se vê, das afirmativas, estão corretas I e II.

    GABARITO: D.


ID
1893376
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Um servidor estável lotado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte opera com substâncias radioativas. De acordo com as normas previstas na Lei nº 8.112/90, esse servidor deve ser submetido a exames médicos a cada

Alternativas
Comentários
  • Letra (B)

     

    L8112

    Art. 72.  Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

    Parágrafo único.  Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

  • Lembrar que é o mesmo período entre férias!
  • GABARITO LETRA B.

     

    Art. 72.  Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

    Parágrafo único.  Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

    #JESUS PRÍNCIPE DA ETERNIDADE

  • Férias e exames médicos a cada 6 (seis) meses.

  • ESTA É MOLE..(b)

  • b)

    seis meses. 

  • Letra B

    Art. 72.  Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

            Parágrafo único.  Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

  •  b)

    seis meses. 

  • COMPLEMENTANDO:

    Só lembrando que estes mesmos servidores que operam direta e permanentemente com substâncias ratioativas gozarão de 20 dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, PROIBIDA EM QUALQUER HIPÓTESE A ACUMULAÇÃO. ( Art. 79, Lei 8.112/91).

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 72, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

    Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses."

    Analisando as alternativas

    Considerando o que foi explanado, conclui-se que, no caso de um servidor estável lotado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte o qual opera com substâncias radioativas, esse servidor deve ser submetido a exames médicos a cada seis meses.

    Gabarito: letra "b".


ID
1893379
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

À luz do que dispõe a Lei nº 8.112/90 acerca de diárias, na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, ele restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo de

Alternativas
Comentários
  • Letra (A)

     

    L8112

     Art. 59.  O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.

    Parágrafo único.  Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

  • RESTITUIR: 

    NÃO SE AFASTAR

                       RETORNAR ANTES  = 5 DIAS 

  • RESTITUIÇÃO: DIARIAS-5 DIAS X AJUDA DE CUSTO: 30 DIAS

  • GABARITO ITEM A

     

    DIÁRIAS---> 5 DIAS

     

    AJUDA DE CUSTO---> 30 DIAS

  • DICA:

     

    DIÁRIA5 - 5DIAS

    DIÁRIA5 - 5DIAS

    DIÁRIA5 - 5DIAS

    DIÁRIA5 - 5DIAS

    DIÁRIA5 - 5DIAS

     

  • Dica TOP Chiara AFT

  • a)

    cinco dias.

  •  a)

    cinco dias.

  • DIÁRIA5 - 5 DIAS

    AJUDA D3 CUST0 - 30 DIAS

  • Diarias: 5 dias

    Ajuda de custo: 30 dias

  • GABARITO: A

    Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 59, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.

    Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput."

    Analisando as alternativas

    À luz dos dispositivos elencados acima, percebe-se que, acerca de diárias, na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, ele restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo de cinco dias.

    Gabarito: letra "a".


ID
1893382
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nos termos do que expressamente dispõe a Lei nº 8.112/90, analise os itens a seguir, referentes à remoção de servidor. 


I Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido, no âmbito do mesmo quadro, com mudança de sede.

II A remoção a pedido, para outra localidade, por motivo de saúde do servidor, depende do interesse da Administração.

III A remoção de ofício dá-se no interesse da Administração.

IV Independe do interesse da Administração, a remoção a pedido, para outra localidade, em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.


Dos itens, estão corretos 

Alternativas
Comentários
  • Nobre Nobre, o item I está errado, pois está afirmando que "Remoção" é aquilo descrito no referido item, o que não o é, porque o conceito está demasiado incompleto, faltando, além da expressão que você destacou, a expressão "com ou sem" mudança de sede.

     

    Abraço.

  • Letra (B)

     

    I - ERRADAArt. 36.  Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

     

    II - ERRADA - Art. 36, Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    [...]

     III -  a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

     b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; 

     

    III - CERTA - Art. 36, Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    I - de ofício, no interesse da Administração;

     

    IV - CERTA – Art. 36, Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção;

    III -  a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

  • Art. 36
    Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    I - de ofício, no interesse da Administração;

    II - a pedido, a critério da Administração;

    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

    a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

     

    Bons estdudos!

  • Remoção e redistribuição são formas de deslocamento. 

    A remoção do servidor pode ocorrer tanto a pedido como de ofício. A pedido, por motivo de doença, acompanhar cônjuge e por concurso de remoção não há discricionariedade, a Administração é obrigada a conceder. 

    A redistribuição do cargo é só ex officio, para outro órgão, dentro do mesmo poder.

  • Caro Bruno Aquino, concordo com sua colocação. O problema (para nós) é que essa mesma questão poderá, em outro concurso, ser considerada correta, pois ela citou alguns pontos de um conceito e excluiu outros, porém sem usar expressões como "apenas" ou "somente". Por exemplo, se eu disser que a bandeira do Brasil possui as cores verde e azul, minha afirmação estará incompleta, porém não estará incorreta.

    Abraço e bons estudos.

  • GABARITO LETRA B.

    Art. 36. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    I - de ofício, no interesse da Administração;

    II - a pedido, a critério da Administração;

    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

    a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

    #JESUS NOME MARAVILHOSO

  • Item I, a cespe, com certeza, iria considerar certa!

  • Pra nunca mais esquecer, tudo sobre remoção:

    https://youtu.be/Fy02KH8_UEE

  • b)

    III e IV. 

  • Letra B

    Art. 36.  Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

     Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

            I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

            II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

            III -  a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

           a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

            b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

            c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

  • a remoção a pedido é ato vinculado, quando em virtude de processo seletivo!

     

  • Questão passível de anulação! 

    Concordo com a opinião de Francisco Aramis. O item I não tem erro, apenas está incompleto em relação ao que está expresso no Art. 36 , incisos I, II, III da letra da lei 8.112/90. 

     

  • "Nos termos do que expressamente dispõe a Lei nº 8.112/90",segundo o enunciado, nao cabe partes ou trechos incompletos da lei. Por isso a questão não foi anulada posteriormente. Nota-se claramente que a alternativa I não está completa.

  • GABARITO B

    I Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido, no âmbito do mesmo quadro, com mudança de sede. ERRADO (PEDIDO/OFÍCIO, COM/SEM MUDANÇA DE SEDE)

    II A remoção a pedido, para outra localidade, por motivo de saúde do servidor, depende do interesse da Administração. ERRADO (MOTIVO DE SAÚDE INDEPENDE DA ADM) 

    III A remoção de ofício dá-se no interesse da Administração. CORRETO 

    IV Independe do interesse da Administração, a remoção a pedido, para outra localidade, em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. CORRETO

  • Gabarito: B

    Mas se quiser brigar pode brigar, porque a I não esta errada, apenas incompleta.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Analisando os itens

    Item I) Este item está incorreto, pois, conforme o caput, do artigo 36, da citada lei, "remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede."

    Item II) Este item está incorreto, pois dispõe a alínea "b", do inciso III, do Parágrafo único, do artigo 36, da citada lei, o seguinte:

    "Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    (...)

    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

    (...)

    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;"

    Item III) Este item está correto, pois dispõe o inciso I, do Parágrafo único, do artigo 36, da citada lei, o seguinte:

    "Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    I - de ofício, no interesse da Administração;"

    Item IV) Este item está correto, pois dispõe a alínea "c", do inciso III, do Parágrafo único, do artigo 36, da citada lei, o seguinte:

    "Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    (...)

    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

    (...)

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados."

    Gabarito: letra "b".


ID
1893385
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90) prevê a suspensão do estágio probatório durante algumas licenças e afastamentos. De acordo com as normas da referida lei, é correto afirmar que o servidor terá suspenso o seu estágio probatório durante

Alternativas
Comentários
  • Letra (B)

     

    L8112

     Art. 20, § 5o  O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento.

     

    Art. 86.  O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

  • Delicada esta questão. O estágio probatório aplica-se em alguns casos, entretanto, apenas para outros casos ele ficará suspenso. Na hora da prova, é necessário a habilidade do concurseiro de saber diferenciar. 

  • Art. 20§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento

       - Art. 83 Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família


       - Art. 84 Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge


       - Art. 86 Da Licença para Atividade Política


       - Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração


       - Participação em curso de formação.
     

  • Para resolver esse tipo de questão eu sempre penso que a suspensão do estágio probatório acaba prejudicando o servidor e beneficiando a Administração. Sendo assim, só poderia ocorrer nos casos em que a licença "beneficiasse o servidor" (algum interesse particular), mas que não fosse de interesse da Administração.

  • Para o afastamento para mandato eletivo não suspende o estágio probatório, apenas é permitido o afastamento, como que procede após cumprido o prazo do mandato? começa tudo de novo o tempo do estágio probatório se ele retornar ao cargo?

  • O SEMME não suspende o estágio probatório, ou seja, como se em exercício estivesse.

    Serviço Militar

    Estudo/Missão no exterior

    Mandato Eletivo

     

    É mais fácil decorar os que NÃO suspendem, que são poucos. 

    Macete meu

  • Letra B.

    Para licenças e afastamentos DCASA, o servidor terá o seu estágio probatório suspenso:

    Doênça em pessoa da família;

    Curso de formação;

    Atividade política;

    Servir em organismo internacional;

    Afastamento de cônjuge.

  • Pessoal, vi um macete em outra questão que é bem legal pra não esquecer os casos em que o estágio probatório é suspenso:

     

    CÔNJUGE - PESSOA DA FAMÍLIA - fez CURSO DE FORMAÇÃO em POLÍTICA INTERNACIONAL.

     

    Bom, nunca mais errei questões sobre esse assunto. :D

    P.S.: não fui eu que criei o macete. Peguei em outra questão e, infelizmente, não lembro o nome da pessoa. Por isso, peço desculpas por não citar a fonte. =/

  • Licença (SEM remuneração e para participar de curso de formação) suspende o estágio probatório....

    § 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento.

    TODAS AS LICENÇAS ABAIXO SÃO SEM REMUNERAÇÃO.

    83-Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família 
    84-Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro {c/  prazo indeterminado e sem remuneração. }que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. 

    86-Da Licença para Atividade Política 

    96- O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. 

  • Mnemônicos

    MESADAS

    MESS

    MATRACA

     

     

    No Probatório o servidor tem direito a; 

    Mandato Eletivo

    Estudo ou missão no exterior

    Servir a outro órgão ou entidade

    Afastamento do cônjuge

    Doença em pessoa da família

    Atividade Política

    Serviço Militar

     

    NÃO suspendem o probatório;

    Mandato eletivo

    Estudo ou missão no exterior

    Servir a outro órgão ou entidade

    Serviço miliar

     

    O servidor em probatório NÃO PODE;

    MAndato classista

    TRAtar de assunto particular

    CApacitção

  • LETRA B

     

    O estágio probatório ficará suspenso durante as seguintes licenças e afastamentos:

     

    - DOENÇA FAMILIAR

    - AFASTAMENTO DO CÔNJUGE

    - ATIVIDADE POLÍTICA

    - SERVIR O.I

    - CURSO DE FORMAÇÃO

     

     

    #valeapena ♥ ♥ ♥

  • QUAIS LICENÇAS E AFASTAMENTOS SUSPENDEM O ESTÁGIO PROBATÓRIO?

    Ficará suspenso durante as licenças e afastamentos abaixo indicados:

    1-licença por motivo de doença em pessoa da família;

    2-licença não remunerada por motivo do afastamento do cônjuge;

    3-Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participa ou com o qual coopera, com perda da remuneração;

    4-Participação em curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na administração pública federal;

     5- Licença para atividade política.

  •  b)

    a licença para atividade política.

  • Fiquem atentos ao seguinte:

     

    Atividade política é diferente de exercer Mandato Eletivo.

     

    GAB B

  • Concurseiro Senhor, não existem duas respostas! Devemos nos atentar a diferença do art. 20 §4º comparado ao § 5º da L.8112, tendo em vista que pode levar o candidato ao erro. Resposta completa da questão foi dada pelo colega Filipe Br!

    Gabarito: letra B

    Obrigada e bons estudos a todos!

  •  b)

    a licença para atividade política.

  • Para revisão 

    Mnemônicos

    MESADAS

    MESS

    MATRACA

     

     

    No Probatório o servidor tem direito a; 

    Mandato Eletivo

    Estudo ou missão no exterior

    Servir a outro órgão ou entidade

    Afastamento do cônjuge

    Doença em pessoa da família

    Atividade Política

    Serviço Militar

     

    NÃO suspendem o probatório;

    Mandato eletivo

    Estudo ou missão no exterior

    Servir a outro órgão ou entidade

    Serviço miliar

     

    O servidor em probatório NÃO PODE;

    MAndato classista

    TRAtar de assunto particular

    CApacitção

  • Servidor em estágio probatório não pode gozar das licenças: MATRACA

    MAndato classista

    TRAtar de interesses particulares

    CApacitação.

    Suspendem o estágio probatório:

    Doença da família; afastamento do cônjuge; atividade política; curso de formação e para servir organismo internacional.

    #forçaehonra!!!

  • " Doença afastada politicamente forma-se internacionalmente"

  • Doença em pessoa da família

    Afastamento do cônjuge

    Atividade política

    Org. internacional

    Curso de formação

  • macete do @qciano

    servidor CASADO suspende o estágio probatório

    Curso de formação - afast. p/ participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo

    Atividade política (licença)

    Servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere (afastamento)

    Afastamento do cônjuge ou companheiro

    DOença em pessoa da família (licença)

  • GABARITO: B

    MACETE SUSPENSÃO ESTÁGIO PROBATÓRIO: PROvas SUSPENDEM CURSO DE POLÍTICO E CÔNJUGE NA OIT SOBRE DOENÇA FAMILIAR

    PROvas SUSPENDEM: o estágio PRObatório é SUSPENSO nos seguintes casos:

    CURSO: Curso de formação 

    POLÍTICO: Atividade política 

    CÔNJUGE: Afastamento do cônjuge 

    OIT: Trabalhar em organismo Internacional 

    DOENÇA FAMILIAR: Doença em membro da família .

  • Mais fácil decorar o que não suspende o estágio probatório:

    1. Mandato Eletivo
    2. Estudo/missão no exterior
    3. Serviço miliar

    O resto suspende!

    IMPORTANTE: Licença para tratar da própria saúde e licença maternidade são considerados como de efetivo exercício e não suspendem o estágio probatório.

    #NÃODESISTA

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Conforme o § 5º, do artigo 20, da citada lei, "o estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento."

    Cabe salientar que os artigos 83, 84, § 1º, 86 e 96 dizem respeito, respectivamente, às seguintes licenças e afastamentos: licença por motivo de doença em pessoa da família, licença sem remuneração e por prazo indeterminado por motivo de afastamento do cônjuge, licença para atividade política e afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere.

    Analisando as alternativas

    Considerando o que foi explanado, conclui-se que, dentre as alternativas, apenas durante a licença para atividade política o estágio probatório do servidor público será suspenso. Logo, a alternativa "b" é o gabarito em tela. Nas demais alternativas, constam licenças e afastamentos em que o estágio probatório não é suspenso.

    Gabarito: letra "b".

  • 99% das questões que falam sobre suspensão do EP tentam fazer essa confusão do

    afastamento para exercício de mandato eletivo X licença para atividade política

    na minha cabeça eu coloquei que não suspende para exercício do mandato eletivo pq é uma função essencial ao país, bla bla bla, democracia bla...

    suspende na atividade política pq é o período que o camarada tá lá na rua fazendo campanha com o dinheiro público e o mínimo que se possa fazer é suspender a contagem rs

    :D


ID
1893388
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo dispõe a Lei nº 8.112/90, em concurso público, deve-se reservar às pessoas portadoras de deficiência até

Alternativas
Comentários
  • Letra (A)

     

    L8112

    Art. 5º, § 2o  Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

  • Mínimo 5% e máxima 20%

  • uma questão dessa não cai na minha prova!!!!

     

  • essa VITORIAs ARAUJO comentou errado!!!

  • até 20%

     

  •  a)

    vinte por cento das vagas oferecidas. 

  •  a)

    vinte por cento das vagas oferecidas.

  • VAGA PRA DEFICIENTE

    lei 8112: ATÉ 20%

    lei 122 (pessoal que vai pro MP RN).: ATÉ 5%

     

    GABARITO ''A''

  • 20% ou (VINTE %) = deficieNTE

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Conforme o § 2º, do artigo 5º, da citada lei, "às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso."

    Analisando as alternativas

    À luz do dispositivo elencado acima, conclui-se que deve-se reservar às pessoas portadoras de deficiência até vinte por cento das vagas oferecidas.

    Gabarito: letra "a".


ID
1893391
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com as normas previstas no regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90), a nomeação far-se-á em

Alternativas
Comentários
  • Letra (D)

     

    L8112

     Art. 9o  A nomeação far-se-á:

    [...]

     II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.

  • Lei nº 8.112/90

    Art. 9o  A nomeação far-se-á:

            I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

            II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. 

  • Só lembrar quer os cargos de comissão são de ocupação sem concurso público. São os famosos "apadrinhados". Já o cargo em caráter efetivo é de investidura em concurso público. A banca misturou os conceitos no sentido de confundir o candidato. Mas só de saber o conceito dos dois cargos resolveria a questão.

  • Cargo de confiança.

    exclusivo a servidores efetivos.

    logo, questão D

  • Art. 9° A nomeação farse-á

    Em caráter efetivo -> Cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira

    Em comissão - > para cargos de confiança vagos, inclusive na condição de interino.

  • Art. 9° A nomeação farse-á:

    Em caráter efetivo: Cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira

    Em comissão:  para cargos de confiança vagos, inclusive na condição de interino.

  •  d)

    comissão, inclusive na condição de interino, para os cargos de confiança vagos

  • Art. 9o  A nomeação far-se-á:
    I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
    I - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
    Parágrafo único.  O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

    Diferenças entre cargo efetivo, cargo em comissão e função de confiança
    Cargos efetivos:Ingresso através de concurso público;
    É regido pela lei 8112/90 (União);
    Aposentadoria se dá pelo regime próprio dos servidores públicos.

    Cargos em comissão:
    Não precisa de concurso público para entrar;
    Apenas para cargos de chefias, assessoramento e direção;
    Sem estabilidade (exonerado “ad nutum”);
    Não precisa ser titular de cargo efetivo.
    Para quem é ocupante de cargo efetivo e nomeado para cargo em comissão ficara afastado das atribuições do cargo efetivo;
    Aposenta-se pelo INSS.

    Função de confiança ou função gratificada:
    É um acréscimo de atribuições (exerce as atribuições do cargo efetivo e as da função gratificada);
    Ocupada exclusivamente por quem tem cargo efetivo;
    Exclusivo para cargos de direção, chefia e assessoramento.
     

  • II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.                   (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

     

    Os Cargos Em Comissão destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento e, nos termos do inciso V do artigo 37 da Constituição Federal, “a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei”.  Nestes casos, a nomeação para cargo em comissão não é precedida de concurso, uma vez que os cargos de confiança são de livre nomeação e exoneração.

     

    São os cargos mais elevados da hierarquia administrativa e são considerados de livre provimento pelo governo, desde que obedecidos os percentuais mínimos destinados aos servidores de carreira e os casos e condições para os servidores previstos em lei.

     

    Atenção: Os cargos de confiança só podem ser isolados. Não se admite a criação de cargo de confiança em carreira.

     

    Exercício do cargo em comissão na qualidade de INTERINO: Ocorre quando o ocupante de um cargo em comissão deve exercer outro cargo em comissão por certo tempo, até que seja nomeado o novo ocupante deste segundo cargo em comissão. Mas nesses casos, não se permite a remuneração pelos dois cargos. Caberá o servidor escolher qual remuneração receberá durante o período. Essa é a única forma do servidor exercer mais de um cargo em comissão ao mesmo tempo.

     

    Súmula Vinculante 13 (Controla os Atos de Nepotismo – Afrontando os princípios da Moralidade e da Impessoalidade): A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º (terceiro) grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramentopara o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

     

     

    Função de CONFIANÇA ou GRATIFICADA: só é designada a servidor ocupante de cargo efetivo (tanto de carreira quanto isolado).

     

    --- > É um acréscimo de atribuições (exerce as atribuições do cargo efetivo e as da função gratificada);

     

    --- > É ocupada exclusivamente por quem tem cargo efetivo;

     

    --- > É exclusivo para cargos de direção, chefia e assessoramento.

  • Art. 9o  A Nomeação  far-se-á: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

     

    Os cargos em caráter efetivo dependem de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

     

    --- > Cargo ISOLADO: É o tipo de cargo que não vem a ser escalonado em classes, não comportam regime de progressão (são cargos de fixação rígida tendo a natureza de ser único), sem promoção e, atualmente, não é mais usado. Assim, uma vez nomeado para cargo isolado, o servidor não poderá percorrer esse escalonamento a níveis superiores, pois não há tal previsão legal. São exemplos de cargos isolados o de Procurador Geral da Fazenda Nacional, o de Corregedor de Tribunal de Justiça - mandato fixo -, etc. Os cargos em comissão são, também, todos os cargos isolados.

     

    --- > Cargo em CARREIRA: É aquele que pode ser escalonado em classes, que é a junção de cargos da mesma classificação. Ocorre promoção, ou seja, o servidor ingressa na primeira classe da carreira e vai subindo, percebendo vencimentos paulatinamente maiores, bem como e eventualmente, também, atribuições e responsabilidades de maior relevância. Constituem meio de motivar o servidor a progredir no serviço público, buscando aperfeiçoamentos, especializações e mesmo a permanência na adestração pública.

     

    Com a introdução do Princípio da Eficiência, os CARGOS EM CARREIRA passaram a ser a regra na Administração Pública, por trazerem um maior incentivo ao servidor que quanto mais se atualizar e melhorar no exercício de suas atribuições, mais rápido ascenderá na carreira.

     

    Importante destacar que todos os cargos em caráter efetivo estão inclusos no RPSP (Regime de previdência de caráter contributivo e solidário).

  •  a) caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo OU DE CARREIRA.

     b) caráter efetivo, para os cargos de confiança e funções de assessoramento. 

     c) caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo OU DE CARREIRA.

     d) comissão, inclusive na condição de interino, para os cargos de confiança vagos.

  • Alternativa D

    LEI 8112/90

     Art. 9  A nomeação far-se-á:

     II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.

  • Comecemos, então, pela nomeação, a qual pode ocorrer em caráter efetivo ou em comissão. Como determina o art. 9º do Estatuto dos Servidores Públicos Federais, a nomeação terá natureza efetiva “quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira”, caso em que temos como aspectos distintivos a exigência de prévia aprovação em concurso público e a possibilidade de aquisição de estabilidade.

    Os cargos em comissão, como já ventilado, dispensam a precedente habilitação em concurso público e não conferem estabilidade ao servidor, vez que são de livre nomeação e exoneração.

  • GABARITO: LETRA D

    Da Nomeação

    Art. 9  A nomeação far-se-á:

    II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 9º, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 9º A nomeação far-se-á:

    I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

    II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.

    Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade."

    Analisando as alternativas

    À luz dos dispositivos elencados acima, percebe-se que apenas a alternativa "d" se encontra correta, por ter sido transcrito, literalmente, o inciso II, do artigo 9º, da lei 8.112 de 1990, destacado acima. Cabe salientar que, nas demais alternativas, constam informações as quais não encontram amparo legal, na citada lei. Por fim, ressalta-se que as funções de direção e assessoramento guardam relação com os cargos em comissão e os cargos em caráter efetivo guardam relação com os cargos isolados de provimento efetivo ou de carreira.

    Gabarito: letra "d".


ID
1893394
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade de Custos
Assuntos

Uma editora universitária recebeu encomenda para produzir um livro de Química Analítica, com tiragem inicial de 1.500 exemplares. Durante o mês de março, essa foi a única encomenda recebida e processada. Ao final do mês, o setor de controladoria apurou os seguintes eventos ocorridos no período: 


I Aquisição de 1.000 kg de papel offset por R$ 10.000,00 a prazo;

II Recebimento de fatura de telefonia e internet do mês de março, com vencimento em abril, no valor de R$ 500,00;

III Apontamento de 800 horas de trabalho dos técnicos de impressão e encadernação, no valor unitário de R$ 5,00;

IV Depreciação de máquinas e equipamentos da produção contabilizada em R$ 1.500,00;

V Pagamento de fatura de energia elétrica consumida em fevereiro, no valor de R$ 3.600,00;

VI Consumo de tinta para impressão, no valor de R$ 1.200,00;

VII Consumo de cola para encadernação, no valor de R$ 100,00;

VIII Pagamento de 50% do valor do papel adquirido;

IX Depreciação do prédio contabilizada em R$ 2.000,00;

X Requisição de 800 kg de papel offset para produção;

XI Recebimento de fatura de energia elétrica do mês de março, com vencimento em abril, no valor de R$ 4.500,00;

XII Apropriação do gasto de assinatura de TV, referente ao mês de março, no valor de R$ 800,00;

XIII Pesagem de aparas de sobra de papel cortado: 20kg.


Medições realizadas pelo setor de engenharia da universidade apontam que a área ocupada pela produção é de 75% de toda a área da editora, e que a energia consumida pela área administrativa corresponde a apenas 10% da energia total consumida pela editora. Tais informações são levadas em conta na apropriação dos gastos indiretos correspondentes a essas medições. 

Para uma apropriada gestão de custos, faz-se necessária a correta separação de custos, despesas, investimentos e perdas. Analisando os eventos apurados pela controladoria, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •  

    GABARITO: LETRA E,

    Ocorreu apenas um evento de investimento:

    I Aquisição de 1.000 kg de papel offset por R$ 10.000,00 a prazo;

  • Houve alguma perda?

  • XIII Pesagem de aparas de sobra de papel cortado: 20kg. >>>nesse evento ocorre perda decorrente do processo natural de produção, no entanto, não se pode considerar uma perda, pois as sobras fazem parte do processo natural de produção. portanto, deve ser considerado como custo.


ID
1893397
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade de Custos
Assuntos

Uma editora universitária recebeu encomenda para produzir um livro de Química Analítica, com tiragem inicial de 1.500 exemplares. Durante o mês de março, essa foi a única encomenda recebida e processada. Ao final do mês, o setor de controladoria apurou os seguintes eventos ocorridos no período: 


I Aquisição de 1.000 kg de papel offset por R$ 10.000,00 a prazo;

II Recebimento de fatura de telefonia e internet do mês de março, com vencimento em abril, no valor de R$ 500,00;

III Apontamento de 800 horas de trabalho dos técnicos de impressão e encadernação, no valor unitário de R$ 5,00;

IV Depreciação de máquinas e equipamentos da produção contabilizada em R$ 1.500,00;

V Pagamento de fatura de energia elétrica consumida em fevereiro, no valor de R$ 3.600,00;

VI Consumo de tinta para impressão, no valor de R$ 1.200,00;

VII Consumo de cola para encadernação, no valor de R$ 100,00;

VIII Pagamento de 50% do valor do papel adquirido;

IX Depreciação do prédio contabilizada em R$ 2.000,00;

X Requisição de 800 kg de papel offset para produção;

XI Recebimento de fatura de energia elétrica do mês de março, com vencimento em abril, no valor de R$ 4.500,00;

XII Apropriação do gasto de assinatura de TV, referente ao mês de março, no valor de R$ 800,00;

XIII Pesagem de aparas de sobra de papel cortado: 20kg.


Medições realizadas pelo setor de engenharia da universidade apontam que a área ocupada pela produção é de 75% de toda a área da editora, e que a energia consumida pela área administrativa corresponde a apenas 10% da energia total consumida pela editora. Tais informações são levadas em conta na apropriação dos gastos indiretos correspondentes a essas medições. 

Dentre as classificações de custos utilizadas na gestão, está a que separa os custos de acordo com sua forma de alocação ao objeto de custo.

Dentre os eventos apurados pela controladoria, aqueles que se caracterizam como custos diretos são:

Alternativas
Comentários
  • Custo Direto: É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento.

    Os únicos que se enquadram no conceito acima são:

    III Apontamento de 800 horas de trabalho dos técnicos de impressão e encadernação, no valor unitário de R$ 5,00;

    VI Consumo de tinta para impressão, no valor de R$ 1.200,00;

    VII Consumo de cola para encadernação, no valor de R$ 100,00;

    X Requisição de 800 kg de papel offset para produção.

    GABARITO: C

     

     

     

  • A questão menciona que será produzido apenas um produto(livro de quimica analitica ). Portanto depreciação das máquinas e equipamentos de produção e energia elétrica da produção são custos diretos.

    A meu ver passível de anulação. 


ID
1893400
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade de Custos
Assuntos

Uma editora universitária recebeu encomenda para produzir um livro de Química Analítica, com tiragem inicial de 1.500 exemplares. Durante o mês de março, essa foi a única encomenda recebida e processada. Ao final do mês, o setor de controladoria apurou os seguintes eventos ocorridos no período: 


I Aquisição de 1.000 kg de papel offset por R$ 10.000,00 a prazo;

II Recebimento de fatura de telefonia e internet do mês de março, com vencimento em abril, no valor de R$ 500,00;

III Apontamento de 800 horas de trabalho dos técnicos de impressão e encadernação, no valor unitário de R$ 5,00;

IV Depreciação de máquinas e equipamentos da produção contabilizada em R$ 1.500,00;

V Pagamento de fatura de energia elétrica consumida em fevereiro, no valor de R$ 3.600,00;

VI Consumo de tinta para impressão, no valor de R$ 1.200,00;

VII Consumo de cola para encadernação, no valor de R$ 100,00;

VIII Pagamento de 50% do valor do papel adquirido;

IX Depreciação do prédio contabilizada em R$ 2.000,00;

X Requisição de 800 kg de papel offset para produção;

XI Recebimento de fatura de energia elétrica do mês de março, com vencimento em abril, no valor de R$ 4.500,00;

XII Apropriação do gasto de assinatura de TV, referente ao mês de março, no valor de R$ 800,00;

XIII Pesagem de aparas de sobra de papel cortado: 20kg.


Medições realizadas pelo setor de engenharia da universidade apontam que a área ocupada pela produção é de 75% de toda a área da editora, e que a energia consumida pela área administrativa corresponde a apenas 10% da energia total consumida pela editora. Tais informações são levadas em conta na apropriação dos gastos indiretos correspondentes a essas medições. 

A apuração do custo de um produto ou serviço pode ser realizada utilizando - se diferentes métodos de custeio. Os custos da encomenda, apurados pelo custeio por absorção e pelo custeio direto são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Custeio por absorção: EIMP + compras - EFMP + CIF

    Custeio direto: Retira os CIF, no caso da questão, as depreciações. 

  • Custeio por absorção: EIMP + compras - EFMP + CIF

                MP     +   MOD  + DEP. MAQ. + TINTA + DEP. PREDIO  + ENERGIA

    CA =  800X10 + 800X5 +, 1500 + 1200+100 +  1500 + 4050

    CA =  R$ 20.350,00

    Custeio direto: Retira os CIF, no caso da questão, as depreciações. 

    CD =  800X10 + 800X5 + 1200+100 + 4050

    CD = 17.350,00


ID
1893403
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma editora universitária recebeu encomenda para produzir um livro de Química Analítica, com tiragem inicial de 1.500 exemplares. Durante o mês de março, essa foi a única encomenda recebida e processada. Ao final do mês, o setor de controladoria apurou os seguintes eventos ocorridos no período: 


I Aquisição de 1.000 kg de papel offset por R$ 10.000,00 a prazo;

II Recebimento de fatura de telefonia e internet do mês de março, com vencimento em abril, no valor de R$ 500,00;

III Apontamento de 800 horas de trabalho dos técnicos de impressão e encadernação, no valor unitário de R$ 5,00;

IV Depreciação de máquinas e equipamentos da produção contabilizada em R$ 1.500,00;

V Pagamento de fatura de energia elétrica consumida em fevereiro, no valor de R$ 3.600,00;

VI Consumo de tinta para impressão, no valor de R$ 1.200,00;

VII Consumo de cola para encadernação, no valor de R$ 100,00;

VIII Pagamento de 50% do valor do papel adquirido;

IX Depreciação do prédio contabilizada em R$ 2.000,00;

X Requisição de 800 kg de papel offset para produção;

XI Recebimento de fatura de energia elétrica do mês de março, com vencimento em abril, no valor de R$ 4.500,00;

XII Apropriação do gasto de assinatura de TV, referente ao mês de março, no valor de R$ 800,00;

XIII Pesagem de aparas de sobra de papel cortado: 20kg.


Medições realizadas pelo setor de engenharia da universidade apontam que a área ocupada pela produção é de 75% de toda a área da editora, e que a energia consumida pela área administrativa corresponde a apenas 10% da energia total consumida pela editora. Tais informações são levadas em conta na apropriação dos gastos indiretos correspondentes a essas medições. 

Os fatos contábeis são classificados como permutativos, modificativos aumentativos, modificativos diminutivos e mistos.

Os eventos IV, V e XII são classificados, respectivamente, como fatos:

Alternativas
Comentários
  • Dsde quando reconhecimento de despesa de depreciacao e fato permutativo????

  • Também não entendi essa da depreciação. Eu iria contabilizar assim:

    D - Despesa com depreciação  - DRE

    C - Depreciação acumulada - Ativo Imobilizado

    Se diminuiu o PL( com a despesa) é fato modificativo diminutivo.

  • Questão bixada, próxima! 

  • Quando a depreciação/amortização for de equipamentos ligados ao setor de produção, esta deverá ser contabilizada diretamente como custo dos produtos. D- PRODUTOS EM PROCESSO/PRODU (a depender da nomenclatura utilizada pelo órgão) C- Depreciação acumulada.

    Assim, o fato é meramente permutativo sem influenciar no resultado, muito menos no patrimônio líquido da entidade.

  • Complementando o comentário do Perito ITEP-RN, essa regra está determinada no CPC 16 - Estoques.


ID
1893409
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A Resolução CFC nº 1.282/2010 atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC nº 750/1993, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Em seu Artigo 1º, a citada Resolução modificou a nomenclatura para Princípios de Contabilidade e o número de princípios sofreu a seguinte alteração:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    Resolução 750 CFC:


    Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)
    I) o da ENTIDADE;
    II) o da CONTINUIDADE;
    III) o da OPORTUNIDADE;
    IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
    V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1282/10)
    VI) o da COMPETÊNCIA; e
    VII) o da PRUDÊNCIA.

    Art. 7 II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
    [...]
    e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais

    bons estudos

  • ASSERTIVA C

    Resolução 750 CFC:
    Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)
    I) o da ENTIDADE;
    II) o da CONTINUIDADE;
    III) o da OPORTUNIDADE;
    IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
    V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1282/10) 
    VI) o da COMPETÊNCIA; e
    VII) o da PRUDÊNCIA.
    Art. 7 II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
    [...] e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais

  • O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que prescrevia a Resolução antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a mudança de posicionamento, tornando-se “espécie” do genérico princípio do Registro pelo Valor Original. 

     

    Registro valor original

     

    Base

    1Custo histórico

     

    2 Variação do Custo Histórico

     

    a) Custo corrente

    B) realizável 

    c) valor presente 

    d) valor justo

    e) atualização monetária 

     

  • Princípios Contábeis (palavras-chave)

     

    Entidade: Autonomia patrimonial.

    Continuidade: Continuará em operação no futuro.

    Oportunidade: Tempestividade e integridade.

    Valor Original:  Custo histórico (custo de aquisição);

                             Custo corrente (data do balanço);

                             Valor realizável (valor de venda ou liquidação);

                             Valor presente (fluxo de caixa descontado);

                             Valor justo (transação sem favorecimento);

                             Atualização monetária (correção da moeda).

    Prudência: menor ativo, maior passivo, menor PL.

    Competência: Confronto de receitas e despesas correlatas na mesma competência;

                          Reconhecimento das receitas e despesas;

                          Ocorrência do fato gerador.

    ___________________________________________________________________________

    Não deixe que as pessoas te façam desistir daquilo que você mais quer na vida. Acredite. Lute. Conquiste. E acima de tudo, seja feliz.


ID
1893412
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade de Custos
Assuntos

A direção do restaurante universitário de uma Instituição de Ensino Superior do interior de Minas Gerais decidiu adotar a metodologia de custo-padrão para apurar os custos das refeições produzidas. Após diversos ensaios, foi apurado que uma refeição servida em bandejão tem o seguinte padrão de custo de matéria-prima: 0,45kg ao preço de R$ 8,00/kg.


Ao final do mês, foram apuradas as seguintes informações:


- número de refeições fornecidas = 60.000

- custo de matéria-prima consumida = R$ 240.000,00

- quilos de matérias-primas consumidas no preparo das refeições = 25.200


Com base nessas informações, é correto afirmar: 

Alternativas
Comentários
  • CUSTO VARIÁVEL   REAL  (-) PADRÃO    =    VARIAÇÃO

    QTD                        0,42     -     0,45         =    -0,03

    PREÇO                   9,52     -     8,00         =     1,52

    TOTAL                    4,00      -     3,60         =      0,40

     

    Variação Quantidade (-0,03 x 8,00) = -0,24 Favorável

    Variação Preço (0,45 x 1,52) = 0,69 Desfavorável

    Variação Mista (-0,03 x 1,52) = -0,05 Favorável

    Custo Total (-0,24 + 0,69 + -0,05) = 0,40 Desfavorável


ID
1893415
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A Resolução CFC nº 1.185/2009, que aprova a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis – define os critérios para que um ativo seja classificado como circulante. Um desses critérios é que o ativo

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    Pronunciamento Técnico 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis


    66. O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

       (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;

       (b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;

       (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou

       (d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
     

    Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes

    bons estudos


ID
1893418
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

A Resolução CFC nº 1.366/2011, que aprova a NBC T 16.11 – Sistema de Informação de Custos do Setor Público, define as características e atributos da informação de custos. São exemplos de atributos da informação de custos:

Alternativas

ID
1893421
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Análise de Balanços
Assuntos

As análises vertical e horizontal são importantes técnicas de análise de demonstrações financeiras, como, por exemplo, do Balanço Patrimonial. Por meio dessas técnicas, pode -se verificar quais são os principais tipos de ativos e como a relevância de cada ativo alterou-se nos últimos períodos. Sobre essas técnicas de análise, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Item C

     

     

     

     

     a) a análise horizontal verifica a estrutura de composição de itens das demonstrações financeiras e a sua evolução ao longo do tempo. 

     (Análise Vertical)

     

     

    b) a análise vertical permite detectar os motivos pelos quais o resultado de uma organização melhora ou piora de um período para outro. 

    (Análise Horizontal)

     

     

    c) a análise horizontal aponta como um componente de uma demonstração financeira alterou-se ao longo do tempo, comparando os valores de um período para o outro. (Correto)

     

     

    d) a análise vertical compara os valores de uma demonstração de um determinado período com os valores dessa mesma demonstração em períodos anteriores.

    (Análise Horizontal)


ID
1893427
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

As normas estabelecidas no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público são obrigatórias para todos os órgão e entidades da administração direta e indireta da Federação. Essas normas são facultadas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

     

    " As normas estabelecidas no MCASP são obrigatórias para todos os órgãos e entidades da administração direta e da administração indireta dos entes da Federação, incluindo seus fundos, autarquias, fundações, e empresas estatais dependentes e facultativas para as empresas estatais independentes."


ID
1893430
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Um dos princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público é considerado como base indispensável à integridade e à fidedignidade dos processos de reconhecimento, mensuração e evidenciação da informação contábil, dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública. Trata-se do princípio da

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Resolução 1.111 CFC


    Perspectivas do Setor Público

    O Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público.

    A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

    bons estudos

  • Os princípios da Contabilidade do Setor Público não se confundem com os Princípios Orçamentários. Um Mnemônico ajuda a matar essa questão de maneira simples e rápida: PRECOC. 

    P - PRUDÊNCIA : Adotar maior valor para passivos e menor para ativos

    R - REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: Os componentes do patrimônio serão registrados na sua totalidade (sem deduções)

    E - ENTIDADE: O Patrimônio é autônomo e indisponível 

    C - COMPETÊNCIA: Os efeitos das transações são reconhecidos na data que ocorrem. (Não há regime de Caixa na Contabilidade só no Orçamento) 

    O - OPORTUNIDADE: Informações INTEGRAS e TEMPESTIVAS sendo base da Integralidade e Fidedignidade Pública. (GABARITO)

    C - CONTINUIDADE: A atividade contábil terá fins futuros. A continuidade dos entes perdura enquanto sua finalidade não estiver concluida. 

  • Questão desatualizada.

    Resolução 750/93 REVOGADA.

  • Resolução Revogada 750/93

    Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

    Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

  • Que gente mais repetitiva, credo! As resoluções foram revogadas, porém os principios não deixaram de existir. Continua a mesma coisa. Todas as questões de principios esses comentários, nem leram o que o CFC comentou sobre a continuidade dos princípos. 

     

    Foi revogada, porém os principios não foram extintos, prestem atenção.

    " Revogar a Resolução nº 750/1993, porém, não significa que os Princípios de Contabilidade estejam extintos. A revogação das resoluções visa à unicidade conceitual, indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária e teórica, que poderiam comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) "

     

    http://cfc.org.br/noticias/revogacao-da-resolucao-no-7501993-contexto-e-consideracoes/

  • Princípio da OPORTUNIDADE: é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos processos de reconhecimento, mensuração e evidenciação da informação contábil, dos atos e fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio público.


ID
1893433
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Os princípios têm o condão de declarar e consolidar os altos valores da vida humana e, por isso, são considerados pedras angulares e vigas-mestras do sistema. Desta forma, a Resolução do CFC nº. 1.367/11 esclarece sobre o conteúdo e abrangência dos Princípios de Contabilidade sob a perspectiva do Setor Público. De acordo com essa Resolução, o princípio do Registro pelo valor original estabelece que

Alternativas
Comentários
  • A) princípio da continuidade

    b) princípio da oportunidade -informações íntegras e tempestivas

    c) gabarito certo -princípio do registro pelo valor original

    d) princípio da prudência 

  • QUESTÃO DESATUALIZADA!                                                                                                                                                                                                    Na data de 4 de outubro de 2016 foi publicada, no Diário Oficial da União, a Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBC TSP) – Estrutura Conceitual.

    referida norma revogou a Resolução 750/93, que trata dos princípios de contabilidade.

     

     


ID
1893436
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Quando se registram operações, no campo do controle e variações patrimoniais, as receitas e despesas devem ser contabilizadas seguindo determinados princípios. Os princípios que devem seguir as receitas e as despesas são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Questão mal formulada, mas enfim não podemos ficar brigando com a banca. Nosso foco é acertar a questão!

    foco orçamentário: receita - caixa; despesa- competência

    foco patrimonial: receita e despesa- competência 

     

    Gabarito: item d

     

  • REGIME ORÇAMENTARIO É O MISTO; DESPESA  SEGUE A COMPETENCIA, BEM COMO A RECEITA SEGUE O CAIXA

    TRATANDO-SE DE REGIME PATRIMONIAL O REGIME É DE COMPETENCIA PARA AMBOS, RECEITA E DESPESAS.

     

  • O regime orçamentário, conhecido como regime misto, reconhece a despesa orçamentária no exercício financeiro da emissão do empenho e a receita orçamentária pela arrecadação.

    De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público a Lei nº 4.320/64, em seu art. 35º, refere-se ao regime orçamentário, que até então era conhecido como regime misto (caixa para a receita e competência para a despesa).

    Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:

    I – as receitas nele arrecadadas;

    II – as despesas nele legalmente empenhadas.

    Se a banca questionar o regime sob aspecto contábil (patrimonial), devemos responder que é o de competência, onde os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem, e não quando os recursos financeiros são recebidos ou pagos. Já, se for abordado o regime sob aspecto orçamentário, será o regime misto.


ID
1893439
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da contabilidade aplicada ao setor público, são:

Alternativas
Comentários
  • NBC T 16.6 - Demonstrações Contábeis

     

    3.       As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público são:

    (a)   Balanço Patrimonial;

    (b)   Balanço Orçamentário;

    (c)   Balanço Financeiro;

    (d)  Demonstração das Variações Patrimoniais;

    (e)   Demonstração dos Fluxos de Caixa;

    (f)   Demonstração do Resultado Econômico. (Excluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13)

    (g)   Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; e (Incluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13)

    (h)   Notas Explicativas. (Incluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13)

     

    gab: A

  • ASSERTIVA A

    NBC T 16.6 - Demonstrações Contábeis

    Item 3.  As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público são:

    (a)   Balanço Patrimonial;

    (b)   Balanço Orçamentário;

    (c)   Balanço Financeiro;

    (d)  Demonstração das Variações Patrimoniais;

    (e)   Demonstração dos Fluxos de Caixa;

    (f)   Demonstração do Resultado Econômico. (Excluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13)

    (g)   Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; e (Incluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13)

    (h)   Notas Explicativas. (Incluída pela Resolução CFC n.º 1.437/13)

     


ID
1893442
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) é estruturado de acordo com a natureza das informações. Essas informações são classificadas como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    MCASP 6a edição

     

    "O PCASP representa uma das maiores conquistas da contabilidade aplicada ao setor público. Além de ser uma ferramenta para a consolidação das contas nacionais e instrumento para a adoção das normas internacionais de contabilidade, o PCASP permitiu diversas inovações, por exemplo:

    a. Segregação das informações orçamentárias e patrimoniais: no PCASP as contas contábeis são classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam – orçamentária, patrimonial e de controle, de modo que os registros orçamentários não influenciem ou alterem os registros patrimoniais, e vice-versa."

  • PCASP permite a consolidação das Contas Públicas Nacionais, conforme determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

  • O PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas das informações contábeis:

     

    a. Natureza de Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.

     

    b. Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com a composição do patrimônio público e suas variações qualitativas e quantitativas.

     

    c. Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle..

     

    (MCASP 7ª edição, Pg: 342)


ID
1893445
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

O PCASP possui estrutura básica em nível de classe e grupo. Exemplos de classes que representam naturezas de informações Patrimoniais e Orçamentárias são, respectivamente :

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

     

    O 1o nível (Classe) da estrutura do código da conta contábil do PCASP segue o seguinte padrão:

     

    PATRIMONIAL

    1 - Ativo

    2 - Passivo

    3 - Variação Patrimonial Diminutiva

    4 - Variação Patrimonial Aumentativa

     

    ORÇAMENTÁRIO

    5 - Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento

    6 - Controle da Execução do Planejamento e Orçamento

     

    CONTROLE

    7 - Controles Devedores

    8 - Controle Credores

  • MCASP 6 Edição. 

    "Lançamentos Contábeis
    O registro contábil deve ser feito pelo método das partidas dobradas e os lançamentos devem debitar e
    creditar contas que apresentem a mesma natureza de informação.
    Assim, os lançamentos estarão fechados dentro das classes 1 a 4 ou das classes 5 e 6 ou das classes 7 e 8:
    a. Lançamentos de natureza patrimonial: apenas debitam e creditam contas das classes 1, 2, 3 e 4.
    b. Lançamentos de natureza orçamentária: apenas debitam e creditam contas das classes 5 e 6.
    c. Lançamentos de natureza de controle: apenas debitam e creditam contas das classes 7 e 8."


ID
1893448
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP), o balanço patrimonial está subdividido nos grupos de ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante e passivo não circulante e patrimônio líquido. São exemplos de contas classificadas no passivo circulante:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     

    PASSIVO CIRCULANTE - Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que atendam a qualquer um dos seguintes critérios: tenham prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo operacional da entidade; sejam mantidos primariamente para negociação; tenham prazos estabelecidos ou esperados no curto prazo; sejam valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade do setor público for fiel depositaria, independentemente do prazo de exigibilidade.

     

    *OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIAS E ASSISTENCIAIS A PAGAR A CURTO PRAZO: Compreende as obrigações referentes a salários ou remunerações, bem como benefícios aos quais o empregado ou servidor tenha direito, aposentadorias, reformas, pensões e encargos a pagar, benefícios assistenciais, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações , com vencimento no curto prazo.

     

    *EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A CURTO PRAZO: Compreende as obrigações financeiras externas e internas da entidade a titulo de empréstimos, bem como as aquisições efetuadas diretamente com o fornecedor, com vencimentos no curto prazo.

    FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A CURTO PRAZO Compreende as obrigações junto a fornecedores de matérias-primas, mercadorias e outros materiais utilizados nas atividades operacionais da entidade, bem como as obrigações decorrentes do fornecimento de utilidades e da prestação de serviços, tais como de energia elétrica, água, telefone, propaganda, alugueis e todas as outras contas a pagar, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações, com vencimento no curto prazo.

     

    *OBRIGAÇÕES FISCAIS A CURTO PRAZO Compreende as obrigações das entidades com o governo relativas a impostos, taxas e contribuições com vencimento no curto prazo.

     

    *OBRIGAÇÕES DE REPARTIÇÃO A OUTROS ENTES Compreende os valores arrecadados de impostos e outras receitas a serem repartidos aos estados, Distrito Federal e Municípios.

     

    *PROVISÕES A CURTO PRAZO Compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, com prazo provável no curto prazo.

     

    *DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO Compreende as obrigações da entidade junto a terceiros não inclusas nos subgrupos anteriores, com vencimento no curto prazo, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações, com vencimento no curto prazo.

     

  • Não entendi pq alternativa B) "precatório a pagar (CP) e depósitos restituíveis" está errada. Ambas correspondem a obrigações a serem paga; o próprio texto disse que os precatórios em questão são de curto prazo; e os depósitos restiruíveis, mesmo que sob o aspecto orçamentário são extra, patrimonialmente entram no BP. Se alguém puder ajudar, fico grato :)

  • De acordo com o Mcasp a letra B está correta: Recolhimento do IRRF Natureza da informação: patrimonial D 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) C 1.1.3.5.x.xx.xx Depósitos restituíveis e valores vinculados – Conta Especial

ID
1893451
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Os estoques estão interligados às principais áreas de operação dos órgãos e entidades do setor público e representam itens de grande relevância. São exemplos de estoques materiais de consumo e materiais permanentes. Sobre estoques, leia as afirmativas abaixo: 


I Os estoques são mensurados ou avaliados pelo valor de aquisição ou de produção ou de construção.

II Se o valor de aquisição ou de produção for maior que o valor de mercado, não é necessário fazer nenhum tipo de ajuste: o valor a ser contabilizado permanecerá o mesmo.

III Quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, deve-se considerar o valor de mercado.

IV Os estoques de animais, de produtos agrícolas e extraídos devem ser mensurados pelo valor de aquisição ou por valor justo quando esse for mensurado com confiabilidade.


Das afirmativas, estão corretas

Alternativas

ID
1893454
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Segundo o MCASP, os bens imobilizados tangíveis são mantidos para o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos. Consideram -se imobilizados, os bens imóveis que são classificados como bens de uso especial, bens dominiais, bens de uso comum do povo e bens imóveis em andamento. São submetidos à contabilização facultativa

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    5.3.4.2. Bens do Patrimônio Cultural

    Ativos descritos como bens do patrimônio cultural são assim chamados devido a sua significância histórica,

    cultural ou ambiental. Exemplos incluem monumentos e prédios históricos, sítios arqueológicos, áreas de conservação

    e reservas naturais. Estes ativos são raramente mantidos para gerar entradas de caixa e pode haver obstáculos

    legais ou sociais para usá-los em tais propósitos.

    Certas características são geralmente apresentadas por bens do patrimônio cultural (apesar de não serem exclusivas

    de tais ativos):

    a. O seu valor cultural, ambiental, educacional e histórico provavelmente não é refletido totalmente no valor

    financeiro puramente baseado no preço de mercado;

    b. As obrigações legais ou estatutárias podem impor proibições ou restrições severas na alienação por venda;

    c. São geralmente insubstituíveis e seus valores podem aumentar através do tempo mesmo se sua condição

    física se deteriorar;

    d. Pode ser difícil estimar sua vida útil, a qual em alguns casos pode ser centenas de anos.

    O reconhecimento e a mensuração desses ativos são facultativos e podem seguir bases outras que não as utilizadas

    para os ativos imobilizados. Porém, caso sejam registrados pelo ente, devem ser evidenciados conforme as

    normas apresentadas neste Manual.

    Ressalta-se que alguns recursos minerais e florestais, tais como petróleo, gás natural e recursos não regenerativos

    semelhantes, são de difícil mensuração e ainda carecem de normatização específica.


ID
1893457
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Ativos imobilizados obtidos gratuitamente, de acordo com a MCASP, deverão ser registrados na contabilidade. Seu registro e mensuração devem ser feitos considerando-se o

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    "A entidade que implantar os procedimentos pela primeira vez deve reconhecer inicialmente o ativo imobilizado pelo custo ou valor justo. Para itens do ativo imobilizado que foram adquiridos gratuitamente ou por um valor simbólico, a mensuração ocorre pelo valor justo do item da data de aquisição."

  • 5.3.3. Ativos Imobilizados Obtidos a Título Gratuito
    Quando se tratar de ativos imobilizados obtidos a título gratuito, estes devem ser registrados pelo valor justo
    na data de sua aquisição, sendo que deverá ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em
    procedimentos técnicos ou valor patrimonial definido nos termos da doação.

     

    MCASP - sexta edição página 143.


ID
1893460
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

No final de 2015, uma prefeitura lançou em restos a pagar uma despesa com a reforma de uma escola municipal que fora empenhada pelo valor estimado de R$ 70.000,00. Em 2016 a prefeitura foi efetuar o pagamento desse resto a pagar e identificou que o serviço a ser pago tinha como valor real R$ 79.800,00. O procedimento para contabilização da diferença é 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    MCASP 6a edição

     

    "No momento do pagamento de restos a pagar referente à despesa empenhada pelo valor estimado, verifica-se se existe diferença entre o valor da despesa inscrita e o valor real a ser pago; se existir diferença, procede-se da seguinte forma:

    - Se o valor real a ser pago for superior ao valor inscrito, a diferença deverá ser empenhada a conta de despesas de exercícios anteriores;

    - Se o valor real for inferior ao valor inscrito, o saldo existente deverá ser cancelado."


ID
1893463
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

As obrigações constituem um conjunto de dívidas do ente público para com terceiros. As obrigações nas quais a inscrição constitui ingresso extraordinário, e seu resgate, desembolso extraorçamentário, podem ser classificadas como Dívida

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    A questão está falando de RESTOS A PAGAR. No Balanço Financeiro, o valor inscrito como restos a pagar é considerado como Receita Extraorçamentária e o valor de restos a pagar pago no período é classificado como Despesas Extraorçamentárias.

     

    De acordo com a Lei 4.320/64, restos a pagar fazem parte da Dívida Flutuante.

     

    Art. 92. A dívida flutuante compreende:

    I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;

    II - os serviços da dívida a pagar;

    III - os depósitos;

    IV - os débitos de tesouraria.

  • ASSERTIVA C 

    Dívida Pública:

    A dívida da União, dos Estados e dos Municípios é proveniente de obrigações contraídas a fim de financiar investimentos não cobertos com a arrecadação. A dívida pública é dívida em flutuante e fundada.

    A dívida flutuante é aquela contraída pela Administração Pública, por um breve e determinado período de tempo. Segundo a Lei nº 4.320/64, a dívida flutuante compreende os restos a pagar, excluídos os serviços de dívida a pagar, os depósitos e os débitos de tesouraria.

    A dívida fundada é baseada em contratos de empréstimo ou financiamentos com organismo multilaterais, agências governamentais ou credores privados, que geram compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrios orçamentários ou a financiamento de obras e serviços públicos.

    FONTE: http://www.fazenda.rj.gov.br/

     

  • De cara já dava para eliminar o item B e D, pq consolidada é a mesma coisa que fundada.

     

    DÍVIDA FUNDADA OU CONSOLIDADA
    é aquela que compreende que os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses contraídos mediante emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços públicos, que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

     

    Gabarito: C

  • Art. 92. A dívida flutuante compreende:

    I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;

    II - os serviços da dívida a pagar;

    III - os depósitos;

    IV - os débitos de tesouraria.


ID
1893466
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública

Dívida Ativa é definida como um conjunto de créditos tributários e não tributários em favor da Fazenda Pública. Sobre Dívida Ativa, é correto afirmar:

Alternativas

ID
1893472
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Segundo o MCASP, a apresentação das Variações Patrimoniais Qualitativas é considerada facultativa apenas para fins de consolidação. Essa apresentação poderá ser feita por meio de notas explicativas. São exemplos de fatos que compõe essas variações:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

     

    Variações qualitativas são aquelas que não modificam o PL.

     

    Construção de obras publicas: diminui ativo e aumenta ativo.

    Venda de um bem pelo seu valor contabil - ou seja, sem prejuizo ou lucro -, diminui ativo e aumenta ativo.

    Operações de credito: aumenta o passivo (obrigações a pagar) e aumenta o ativo (dinheiro entrando).

     

  •  Valores que representam variação patrimonial quantitativa (VPA ou VPD) estão grifados:

     

    a) construção de obras públicas; alienação de bens pelo valor contábil e realização de operações de créditos.

     b) arrecadação de tributos anteriorm. contabilizado como direito a receber, aquisição de bens móveis e ajustes a valor recuperável de ativos (VPD).

     c) apropriação de obrigações com pessoal e seus encargos a partir do fato gerador, redução de estoque pelo consumo (VPD) e depreciação (VPD).

     d) reavaliação positiva de ativos (VPA), cancelamento de obrigações a pagar (VPA) e arrecadação de recursos sem o lançamento do direito a receber anterior (VPA). 


ID
1893475
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública

Contabilmente, o reconhecimento de crédito tributário do Imposto Predial e Territorial Urbano e a sua arrecadação deverão ser lançados, respectivamente, nos subsistemas

Alternativas