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Prova CONSULPAM - 2018 - Câmara de Juiz de Fora - MG - Jornalista


ID
2840791
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

Conforme as ideias apresentadas no texto, é correto afirmar que as sociedades:

Alternativas
Comentários
  • "Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo." (1º parágrafo)


    GAB. C

  • Texto extraído do final do 1º paragrafo.

    A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Gabarito C.

  • Palavras-chave e passagens para chegar ao gabarito:

    Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Gabarito letra C!

  • texto ruim do ca==*-*==lho


ID
2840803
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

Acerca da organização linguística do texto, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D.

    texto dissertativo argumentativo tem como principais características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista ou o questionamento de uma determinada realidade. O autor se vale de argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver.

    No texto em questão fica nítido a característica para esse tipo de texto, com exposição de teses e argumentos para embasar as ideias expressas do autor.


ID
2840809
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

A conjunção presente na frase “A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade” estabelece entre as orações que liga uma relação semântica de:

Alternativas
Comentários
  • A CAUSA da sociedade ser desigual é "a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade”, e a conjunção PORQUE (pois) deixa isso explícito.

  • Porque é conjunção explicativa ou causal.

    Como não temos a alternativa "explicação", então vamos de causa.


    Ganha-se tempo para responder a outras questões.


    Gab.: B

  • A partilha do poder econômico gerar diferenças [...], é a CAUSA de a sociedade ser desigual.

  • O fato de a partilha do poder econômico gerar diferenças, faz com que a sociedade seja desigual

  • Eu acertei, mas tem duas conjunções ali na frase não?


    A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade.


    A questão não especificou qual...

  • Toda causa existe um porquê.( ......porque a partilha......)

  • Conjunções subordinativas:

    Causal - já que, como, porque, uma vez que, visto que.

  • A questão quer saber o valor semântico da conjunção "porque" na frase destacada: “A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico..."

    A Finalidade.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

    B Causalidade.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que...

    Ex.: Porque você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

    C Condicionalidade.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

    D Proporcionalidade.

    Conjunções subordinativas proporcionais: têm valor semântico de proporcionalidade, simultaneidade, concomitância...

    São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos...

    Ex.: À medida que resolvia questões, aprendia o assunto das provas.

    Gabarito: Letra B

  • Troca por: POR CAUSA, se der certo, já era.

  • GABARITO: LETRA B

    Causaisintroduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo:

    Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.

    Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

    FONTE: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf86.php

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  • Cascavel que fala pae!!!!

  • Cascavel-CE ...Estou chegando..


ID
2840812
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado em todas as suas ocorrências somente no item:

Alternativas
Comentários
  • Quem ilude não ilude algo ou alguém? A transitividade do verbo iludir não seira VTD ?

    Acredito que a questão esteja equivocada, ao invés de "iludir" deveria ser "aludir", aí sim, seria VTI.

  • Gabarito Letra C.


    O termo "Frente à" é uma forma alterada da locução "em frente a". Tais locuções prepositivas de núcleo substantivo, em geral, possuem uma preposição obrigatória antes e uma depois desse substantivo.


    Pra quem ficou em dúvida na letra B, o verbo iludir é transitivo direto, intransitivo e pronominal. Ele significa alimentar a esperança de alguém ou ser iludido por meio de promessas falsas: iludir os amigos; vida que ilude; iludiu-se comigo.


    FOCO GUERREIROS!



  • B) O controle das forças de transformação social ilude àqueles que se aventuram à tarefa vã de manter os valores e costumes imutáveis.


    Só trocar: áqueles por estes...


    Surgindo: a estes, haverá acento grave.


    O controle das forças de transformação social ilude estes que se aventuram à tarefa vã de manter os valores e costumes imutáveis.


    Por isso a letra B está incorreta!





  • Bizu: Usa-se crase com os pronomes À QUAL, ÀS QUAIS.

  • ITEM D

    BIZU: NÃO HÁ CRASE:

    A SINGULAR + PLURAL

    EX: ASSISTO A NOVELAS


  • Tento sempre ao fazer questoes de crase, buscar o sujeito nas frases e reescrevê-la, de modo a nao ficar "decorando" sempre rsrs e vendo onde admite-se e nao a crase.

    ex.

    Frente à grande batalha pela igualdade social, o indivíduo se vê subjugado pelas forças históricas que o levam à falta de esperança.

    Sabendo que quem faz frente, faz frente A algo

    reescrevo


    A /Grande batalha de Jericó foi sangrenta.


    logo,

    Frente (a+a) à grande batalha....



  • Crase diante do aquele / aquela / aquilo

    = troca por " a este" , a esta, a isto .

    O controle das forças de transformação social ilude estes que se aventuram.

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  • LETRA C

  • A) À organização social, decorrente dos arranjos econômicos e ético-políticos, tem se mostrado perversa à países do ocidente pobre.

    B) O controle das forças de transformação social ilude àqueles que se aventuram à tarefa vã de manter os valores e costumes imutáveis. O verbo iludir é transitivo direto, intransitivo e pronominal.

    C) Frente à grande batalha pela igualdade social, o indivíduo se vê subjugado pelas forças históricas que o levam à falta de esperança. "Frente à" é uma forma alterada da locução "em frente a". Locução prepositiva de núcleo substantivo possui uma preposição obrigatória antes e uma depois desse substantivo.

    D) A mudança social está inevitavelmente condicionada à relações de poder que dificilmente se prestam à análises historicamente neutras. Não há crase com "a" no singular + plural, como em: Assisto a corridas.


ID
2840815
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

A propósito do emprego das vírgulas no trecho “Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.” do texto, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B)


    A) e D) : ERRADAS - Ambas alternativas tratam da exclusão de uma das vírgulas que servem para isolar o aposto que trata sobre a "Empreita". Como isso alteraria o sentido da frase, erradas ambas.


    C) : ERRADA - O ponto e vírgula, neste caso, poderia ser usado caso se tivesse uma conjunção conclusiva deslocada. Ora, temos o "pois" como conjunção conclusiva, mas ela não está deslocada de forma conclusiva (isolada por vírgulas e situada após o verbo "está").

  • LETRA B

    (...) pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.” 

    Uma expressão apositiva é aquela que aparece em uma oração se referindo a uma oração anterior e explicando-na. A amiga deu-me um conselho: que desistisse da ex namorada.

  • A propósito do emprego das vírgulas no trecho “Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.” do texto, é CORRETO afirmar que:



    RESPOSTA CORRETA LETRA "B) A última vírgula separa uma expressão apositiva, portanto está adequadamente empregada.".


    As expressões apositivas sempre vêm destacadas por vírgulas.


    E o que é uma expressão apositiva? Uma expressão apositiva é uma expressão que explica um termo ou uma oração anterior.



    @juniortelesoficial

  • (B)

    expressão apositiva: Uma expressão apositiva é uma expressão que explica um termo ou uma oração anterior.

  • LETRA B


ID
2840821
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção CORRETA em relação ao texto.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D



    Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…)






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  • Questão ridícula. Em momento nenhum foi dito que Aldrovando era o rapaz do cartório. Eu acreditava que este era seu pai, já que ele disse que Aldrovando nasceu de um erro de gramática. Lamentável!

  • Não entendi..... Aldrovando não era o rapaz do cartório...no início, afirma-se "sessenta anos de vida terrena".. e logo em seguida, fala-se que o rapaz do cartório tinha 23 anos...

  • não faz sentido o gabarito, o coronel sabia que a carta era para Laurinha, porém usou como pretexto o erro gramatical de Aldrovando para casar a filha encalhada... Entendi assim e por isso marquei letra A

  • Concordo com a Hellen.

    "Anjo adorado!

    Amo-lhe! "

    Entendo que aqui ele tentou utilizar uma linguagem culta, porém, errou na regência, já que o verbo é transitivo direto. Se fosse coloquial, ele teria dito "amo você", "te amo"...

       "Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou."

    O pai passou 3 dias pensando no que fazer até que teve a ideia de pegar  Aldrovando pelo seu deslize gramatical. Usou isso como justificativa, não pelo fato de julgar obrigatória a correção gramatical.

  • Amar é VTD. Se ele diz "amo-lhe", está se referindo a uma terceira pessoa. Apesar da intenção de "falar bonito",usar a norma culta...

  • Segue o fluxo...


ID
2840824
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção que corresponde à descrição temporal do verbo sublinhado em “Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara...”.

Alternativas
Comentários
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo é um tempo verbal empregado para indicar uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado.

    Além disso, ele é usado para falar de uma ação incerta do passado. Geralmente utiliza a desinência –ra


    Exemplos:

    Marcos falara de seus pais.

    Cidinha bebera uma bebida muito forte.




  • Quando encontrar questões que envolvam pretérito mais-que-perfeito e tiver "comprara, vendera..."

    FAÇA A SEGUINTE TROCA:


    COMPRARA-----------> TINHA COMPRADO

    VENDERA--------------> TINHA VENDIDO


    BONS ESTUDOS!!!

    É NA SUBIDA QUE A CANELA ENGROSSA.

  • Sei que a alternativa B está certa, mas alguém sabe o erro da D?

  • Paulo junio martins machado


    O erro da alternativa D é que ela não descreve o pretérito mais que perfeito simples. Apenas mostra como é feito o mesmo tempo na forma composta.

  • passado do passado: indica um fato anterior a outro fato também passado.

  • LETRA C

    Pretérito mais que perfeito:

    1. (estudara) -> havia estudado;

    2.(pensara) -> havia pensado;

  • Gabarito B

    É um desserviço dar o gabarito errado - prestem atenção, por favor.

  • Pretérito mais-que-perfeito: é o pretérito do pretério, o passado do passado.

  • Terminação " ra" pretérito mais-que-perfeito = Passado anterior a outro passado.

    OU " passado do passado".

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  •  A alternativa (A) está errada, pois, o verbo “Esguelara” está flexionado no pretérito mais-queperfeito simples do indicativo e expressa uma ação concluída. 

    A alternativa (B) é a correta, pois, de fato, o tempo verbal manifesta ação pretérita concluída antes de outra ação do passado ter se iniciado.

    A alternativa (C) está errada, pois, “Esguelara” não é uma locução verbal. 

    A alternativa (D) está errada, pois, não há distinção, quanto ao uso na linguagem formal ou culta, entre os verbos ter e haver. 

    Gabarito: B

  • Gabarito B) pretérito mais-que-perfeito.

    #vousernomeado

  • Tanto ter como haver como auxiliar no tempo composto são formais.


ID
2840827
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

No enunciado “Ousou o escrevente namorar-lhe a filha...”, identifique a que se refere o termo sublinhado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C.


    "Ousou o escrevente namorar-lhe a filha..." - Analisando a frase: Ousou o escrevente namorar a filha DELE.(adjunto adnominal com ideia de posse, referindo-se à filha do Coronel Triburtino.)


    Força guerreiros(as)!!

  • jurei que isso ali era uma objeto indireto porque esta no verbo

  • Questão linda! Contribui muito com o aprendizado.

  • Funções sintáticas do pronome lhe.

    O lhe pode exercer outras funções,ou seja, sintáticas dentro da frase.

    a) Objeto indireto= a ele, ligado a um verbo.

    b) Complemento nominal= a ele, ligado a um nome.

    c) Adjunto adnominal= dele/ dela, ideia de posse.

    Exemplos:

    a) Diga-lhe tudo sobre nós.

    b)Fiz-lhe referência.

    c) Tocou-lhe o peito ontem.

    Fonte:https://linguaportuguesadojulionet.wordpress.com/2016/04/29/funcoes-sintatica-do-pronome-lhe/

  • Qual o erro da B?

  • Namorar é VTD. No caso em questão,o lhe é referente ao pai da menina. Podemos transcrever a frase sem perda de sentido para "namorar a filha dele".

  • Não se está fazendo referência à filha dele, mas sim ao próprio Coronel Triburtino. Quanto a essa função do "lhe" como adjunto adnominal de posse, eu realmente não sabia. Mas agora sei! Adiante, Guerreiros!

  • O "lhe " sendo substituível por um pronome possessivo ( Dele (a) , sua ) = Adjunto adnominal .

    Toquei-lhe os cabelos

    Toquei os seus cabelos


ID
2840830
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção que reescreve o enunciado “Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo.”, atualizando-o para um uso contemporâneo e informal da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • violão emprestado ????

  • Sim Ana Paula, ele era pobre...

  • Significado de pinho = violão

  • Da onde essa banca tirou a ideia de violão? "à essa altura do campeonato, o sr. está sem bandoleira, seu 02?"

  • Não sabia o significado de "pinho", então liguei serenata a violão.

  • Não sabia que pinho era sinônimo de violão.

    Consegui identificar lendo o seguinte trecho do texto:

    "Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    (...)

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo"

    Sapecado de medo = morrendo de medo

    pinho (considerando que ele estava fazendo uma serenata) = violão.

  • O PINHO ERA EMPRESTADO LOGO SE SUBSTITUIU POR VIOLÃO TBM EMPRESTADO

  • Assinale a opção que reescreve o enunciado “Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo.”, atualizando-o para um uso contemporâneo e informal da língua portuguesa.

    C) Morrendo de medo, com um violão emprestado.

    ------------------------------------------------------------------------------------

    pinho

    pi·nho

    sm

    1 Madeira do pinheiro.

    2 Mús V violão.

    3 Bot V guapuruvu.

    http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/pinho/

    significado de sapecado

    adjetivo

    Que se sapecou; queimado, chamuscado ou seco.

    Diz-se do cavalo cujo pêlo é de tom vermelho-tostado.

    Embriagado, chumbado.

    https://www.dicio.com.br/sapecado/

    GAB. LETRA "C"

  • Tem que retornar ao texto para entender o sentido do emprego dos termos.

  • É mais provável se fazer uma serenata com um violão do que com um caixão, não é mesmo? Rs


ID
2840833
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Marque a alternativa que descreve o emprego do termo destacado em “Aqui se estrepou.”

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    Questões mal feitas

    Banca de quinta

  • Questões mal elaboradas.


    A banca é muito fraca.

  • Banca sem noção, o sentido é de lugar e não de tempo!


  • Não entendi a indignação dos colegas. Questão simples. Quem compreende o sentido do texto compreende que o "Aqui" tem o sentido de "Nessa hora", dentro da contação da história.

  • Que questão magna para uma banqueta dessas! Alto nível!

  • Quem tá falando que o advérbio é de lugar está falando besteira. Originalmente, claro, é um advébio de lugar, porém na semântica que foi colocado, aparece como advérbio de tempo.

  • Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...(Pronto! Foi nessa hora/momento em que o bilhete foi feito que sua vida teve outro rumo)

    A frase mostra o MOMENTO em que a vida do personagem vai mudar, ou seja, produção do motivo de seu futuro casamento.

  • A pegadinha está justamente no fato de que,à primeira vista,e sem observar o contexto , associamos imediatamente o advérbio à ideia de lugar. (O que não cabe na questão, pois o termo denota a ideia de momento )

  • Parem de questionar o nível de dificuldade que os colegas tem para resolver as questões!

    Se nós achamos fácil, é pq tivemos um preparo melhor, entendimento , conhecimento da matéria, ou um chute certeiro. Então em vez de criticar, deixa o seu entendimento sobre a questão ;)

    Você é mais corajoso do que acredita, mais forte do que parece e mais inteligente do que pensa.

    FOCO, PACIÊNCIA, FÉ E BONS ESTUDOS!

  • O comentário da Viviane Ferreira é esclarecedor. Ajudou muito!


ID
2840836
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Marque a alternativa que identifica a negociação de sentidos engatilhada pelo termo destacado no excerto, ao exprimir oposição, contraste, ressalva, compensação: “Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha.”

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar essa questão?? Obrigada.

  • não entendi essa questão socorro

  • SOCORRO MESMO......

  • Não entendi nada.

  • Acredito que o "apesar disso", se refere no texto, ao motivo da conversa (dito pelo pai :"umas certidõesinhas") promovida.

    Apesar de o pai ter falado que queria tratar de "umas certidoesinhas", o moço se encontrava com uma "pulga atrás da orelha" ao ir de encontro ao futuro sogro.

  • Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha.”



    Contraposto ao fato de o rapaz estar ressabiado, está o fato de o pai justificar o chamado por causa de “umas certidõesinhas


    Reposta: A



  • a) Certo pois mesmo que o pai dissesse que eram só umas certidõezinhas ele estava com medo.

    b) Ele veio ressabiado mesmo que fosse só pra certidõezinhas e não para abrir o jogo

    c) Contrapondo não, este é o motivo dele estar com medo

    d) Contrapondo não, até porque ele não sabia que o pai estava com o bilhete

    https://engenhariaatodaprova.wordpress.com/

  • Para resolver a questão precisa voltar ao texto.

    "Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou. Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos."

    A questão pede o item que exprimi oposição, contraste, ressalva, compensação do termo apesar disso: Contraposto ao fato de o rapaz estar ressabiado, está o fato de o pai justificar o chamado por causa de “umas certidõesinhas”.

    ou seja, o que contrapõe ao fato de o rapaz estar ressabiado é ele pressentir que o sogro utilizou de um disfarce de pretexto(certidõesinhas) para chamá-lo, apesar disso, ele atendeu ao pedido com a pulga atrás da orelha.

    Gabarito: A

  • Enunciado muito mal elaborado.

    Depois de umas três leituras... entendi que: a questão simplesmente quer saber a desculpa dada pelo pai para que o rapaz fosse até sua casa, "Apesar disso..." disso o quê? "do pai justificar o chamado por causa de “umas certidõesinhas”.

    LETRA: A

  • Eu perdi um tempão tentando entender oq o examinador queria com essa questão...Típico da consulpam!

  • Marquei C com tanto gosto... Questão maluca!

  • Ele não veio desconfiado por causa do chamado, mas sim por causa de uma espécie de conversa "certidõesinhas". Marquei C, errei, mas sou um ser humano. Bola pra frente.

  • Que diabos de texto é esse?

  • Banca com questões de LIXO.


ID
2840839
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale o emprego INADEQUADO da expressão “aquém”.

Alternativas
Comentários
  • A) Ultrapassar os limites não é um erro menor do que ficar aquém deles. (sentido de comparação)


    B) O que junta as pessoas é o que não se consegue ser: o que ficamos sempre aquém de ser. (abaixo de)


    C) A vida continua além do horizonte. A vida morre aquém do horizonte. (do lado de)

  • aquém

    advérbio

    na parte de cá; neste lado, deste lado.


  • Alternativa D

    Aquém = Advérbio

    Na parte de cá; neste lado, deste lado.

  • Fui por eliminação. Não sabia que a palavra "aquém" tinha outros significados além de ser o oposto de "além". Vivendo e aprendendo! Rs

  • gab: B

    Aquém = Advérbio

    Na parte de cá;

    neste lado,

    deste lado.

    " QUANDO PENSAR EM DESISTIR , LEMBRE-SE PORQUÊ COMEÇOU. "

    FOCO , PACIÊNCIA E FÉ!

    Bons Estudos!


ID
2840842
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção que corretamente identifica o fenômeno de linguagem expresso na expressão destacada em: “Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante...”.

Alternativas
Comentários
  • pleonasmo

  • Só temos lágrimas nos olhos, logo, pleonasmo.

  • a) Solecismo é caracterizado por ser um desvio gramatical que ocorre no nível sintático da língua.

    Exemplo: Vou no banheiro. (o correto seria: Vou ao banheiro.)


    b) Pleonasmo é usado para intensificar o significado de um termo através da repetição da própria palavra ou da ideia contida nela.

    Exemplo: com lagrimas nos olhos.


    c) Ambiguidade aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado.

    Exemplo: Pedro disse ao amigo que havia chegado. (Quem chegou? Pedro ou o amigo)


    d) Contradição lógica - existe esse vício de linguagem? rs. Creio que seja uma contradição ao que tenha dito na frase (pelo nome) rs.



  • Pleonasmo


    Trata da repetição de significação de vocábulo ou de termos oracionais.


    – “Iam vinte anos desde aquele dia / Quando com os olhos eu quis ver de perto / Quanto

    em visão com os da saudade via.” (Alberto de Oliveira)

    – Ao pobre nada lhe peço, ao rico nada lhe devo.

    – Médica, ela nunca o será.

    – Chorou um choro de profundo lamento.


    Obs.: O pleonasmo vicioso diz respeito à repetição inútil e desnecessária de algum termo ou

    ideia na frase. Nesse caso não é uma figura de linguagem, e sim um vício de linguagem.


    Fonte: A gramática para concursos públicos (Fernando Pestana)

  • Solecismo


    É o desvio sintático relativo à colocação ou emprego dos pronomes, à regência e à concordância. Vejamos, respectivamente, três exemplos:


    Forma inculta: Nunca chamar-te-ia de meu irmão, porque você ama ele mais do que a mim, por isso, para mim achar que você é merecedor de meu amor, precisará provar.

    Forma culta: Nunca te chamaria de meu irmão, porque você o ama mais do que a mim, por isso, para eu achar que você é merecedor de meu amor, precisará provar.


    Forma inculta: Não lhe conheceram, pois eram muito novos.

    Forma culta: Não o conheceram, pois eram muito novos.


    Forma inculta: Precisariam haver mais pessoas no mundo que se dispusessem a ajudar

    outras.

    Forma culta: Precisaria haver mais pessoas no mundo que se dispusessem a ajudar

    outras.


    Fonte: A gramática para concursos públicos (Fernando Pestana)

  • “Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante...”.

    Pleonasmo: repetição desnecessária.


ID
2840845
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

A respeito do emprego da expressão destacada em “a qual não pode ser senão a Maria do Carmo.”, assinale a(s) opção(ões) verdadeira(s) (V) ou falsa(s) (F).

I. A expressão “senão” equivale, no enunciado, a “a não ser”.
II. A expressão “senão” equivale, no enunciado, a “do contrário”.
III. A expressão “senão” equivale, no enunciado, a “apenas”.

Alternativas
Comentários
  • Não concordei com a resposta. Para que fosse V a primeira a frase deveria ser toda modificada "a não ser que fosse a Maria do Carmo". Da mesma forma, alterando a colocação da frase a opção III também daria certo: "a qual pode ser apenas a Maria do CArmo". Eu escolhi a opção C onde todas eram falsas, mas a opção do gabarito é letra D.

  • SENÃO - significado de " a não ser..." , "exceto"

    SE NÃO - carrega a conjunção SE uma condição, " caso não..."

  • exatamente, questão mal feita. A frase não concorda com essa colocação sem modificações.

  • A questão versa sobre os significados de SENÃO e SE NÃO

    SENÃO=exceto, a não ser

    SE NÃO=caso não, tem valor condicional, deve dar pra tirar o NÃO

    I. certo

    II. esta é a definição de SE NÃO, equivalente a "caso nao"

    III. ele está dizendo que não pode ser, apenas não se encaixa neste contexto

  • SENÃO = do contrario; caso contrario; mas sim; mas; a não ser; exceto; mas do que; mas também;

    SE NÃO = caso não; quando não.

  • Que questão mais sem nexo, meu povo! Vou fazer prova dessa banca domingo próximo e já prevejo dor de cabeça. Já até enviei e-mail para a banca com imagens de questões iguais com gabaritos diferentes em provas distintas de psicologia. Trash, viu.


ID
2840848
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

O texto apenas lido critica o emprego não normativo da língua portuguesa, no entanto, é flagrante o enunciado “Venha abraçar o teu noivo!”, cuja concordância:

Alternativas
Comentários
  • GAB: D - Está incorreta do ponto de vista da norma gramatical, pois falta paralelismo sintático entre o verbo no imperativo “venha”, que se refere à terceira pessoa do singular, e o pronome possessivo “teu”, que se refere à segunda. 



  • Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.


    Por exemplo: Vossa Excelência trouxe sua mensagem?


  • Imperativo

    vem tu

    venha você


    https://www.conjugacao.com.br/verbo-vir/

  • Caraca... Não sabia que seria "Vem Tu".

    Achei que fosse "Venha Tu".

    Mais conhecimento! Obrigado amigos do QC!

  • Pra não esquecer: O lema da Caixa está errado!

    "Vem pra Caixa você também"


    O correto seria:

    "Venha pra Caixa você também" ou "Vem pra Caixa tu também"

    Nunca esqueci graças a isso hahaha

  • Como seria a frase correta ??

  • O correto seria: "venhaS abraçar teu noivo" ?

  • Errado Carlos, a conjugação se faz com o verbo na forma "vem".

    Formas corretas: "Vem abraçar teu noivo." ou "Venha abraçar seu noivo."

  • Venhas abraçar o teu noivo, ou Venha abraçar o seu noivo.

  • GABARITO: LETRA D

    Vem = Tu

    Venha = você

    Vem abraçar teu noivo.

    Venha abraçar seu noivo.

  • Imperativo afirmativo: As 2º pessoa do singular e plural advêm do presente do indicativo.

    Logo o correto para a 2º pessoa do singular (tu) seria - "Vem" e não "venha", em que, este último está na 3º pessoa do singular, constatando-se assim ausência do paralelismo.

    Gabarito letra D!


ID
2840851
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta do Município de Juiz de Fora, de suas Autarquias e Fundações Públicas, o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria, é chamado de:

Alternativas
Comentários
  • letra b

     Art. 25.  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado



    Preclusão: É a perda do direito de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de praticar os atos processuais por não tê-los feito na oportunidade devida ou na forma prevista. É a perda de uma faculdade processual, isto é, no tocante à prática de determinado ato processual.

  • Reversão, Lembrar de V de velho. Aposentado.


ID
2840854
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Ainda de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta do Município de Juiz de Fora a recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

Alternativas
Comentários
  • letra d

     Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:     

       I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

           II - reintegração do anterior ocupante.

           Parágrafo único.  Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.


ID
2840857
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Em relação aos direitos e vantagens concernentes aos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora, de acordo com o previsto em seu Estatuto, analise os itens abaixo:

I. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

II. A remuneração do servidor investido em função de direção, chefia, assessoramento ou cargo em comissão será paga na forma prevista na lei de diretrizes dos planos de carreira.

III. O vencimento do cargo efetivo, sem acréscimo das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

IV. Nenhum servidor público municipal, ativo ou inativo, poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito.

Analisados os itens é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
2840860
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Complete as lacunas do enunciado sobre o artigo 9º da Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora:

Artigo 9º: A alienação dos bens públicos municipais, subordinada a existência de ______________________ devidamente justificada, será precedida de prévia avaliação feita por ___________ habilitado de órgão competente do Município e obedecerá as normas gerais de licitações e contratos da Administração Pública.

§ 1º A alienação de bens imóveis de que trata o caput deste artigo, submeter-se-á a justificativa, avaliação e autorização legislativa prévia, mediante aprovação de _________________ dos membros da Câmara Municipal.

§ 2º O Município, preferencialmente à venda ou doação de bens imóveis, outorgará concessão de ______________ de uso mediante prévia autorização legislativa e concorrência, dispensada esta nas hipóteses previstas nas normas gerais de licitações e contratos da Administração Pública e nos casos de destinação a entidades assistenciais ou de relevante interesse público, devidamente justificado.

A sequência CORRETA está em:

Alternativas
Comentários
  • A alienação dos bens públicos municipais, subordinada a existência de ______________________  INTERESSSE PUBLICO, fui direto pra letra C


ID
2840863
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

São órgãos de participação direta dos diversos segmentos da sociedade nos assuntos públicos e, a eles compete propor, fiscalizar e deliberar matérias referentes a cada setor da Administração Pública Municipal, conforme lei. Falamos aqui de:

Alternativas
Comentários
  • letra d

    Conselho de Curadores é o órgão deliberativo e consultivo em matéria de fiscalização econômica e financeira

     

    Entende-se por entidade de classe, uma sociedade de empresas ou pessoas com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, sem fins lucrativos e não sujeita a falência, constituída para prestar serviços aos seus associados. Toda entidade de classe tem em comum a gratuidade do exercício de cargos eletivos. São alguns exemplos de entidades de classe, as confederações, as federações, as associações, os sindicatos, as cooperativas e as entidades profissionais entre outros.

     

    As associações comunitárias ou de bairro são aquelas que têm como objetivo organizar e centralizar forças de moradores de uma determinada comunidade para representar, de maneira mais eficaz, interesses comuns. Pode-se definir uma associação comunitária como pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, criada a partir da união de ideias e esforços em torno de um propósito lícito e comum

  • ''Os conselhos são espaços públicos de composição plural e paritária entre Estado e sociedade civil, de natureza deliberativa e consultiva, cuja função é formular e controlar a execução das políticas públicas setoriais.

    O objetivo dos Conselhos Municipais é a participação popular na gestão pública para que haja um melhor tendimento à população. A proliferação destes Conselhos representa um aspecto positivo ao criar oportunidades para a participação da sociedade na gestão das Políticas Públicas''.

  • Associações comunitárias, ta de sacanagem... huehueuhehuhuehue

  • conselhos municipais.
  • acabei de conferir, conselhos municipais.
  • Gabarito D - Conselhos Municipais

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  • LETRA D

  • Cascavel CE. Cuida!

  • De acordo com o enunciado, o candidato deve demonstrar conhecimento acerca das funções dos principais órgãos municipais.

    Vejamos as alternativas:

    A) Associações Comunitárias.

    Errada. As associações comunitárias ou de bairro são aquelas que têm como objetivo organizar e centralizar forças de moradores de uma determinada comunidade para representar, de maneira mais eficaz, interesses comuns.

    B) Entidades de Classe.

    Errada. As entidades de classe têm como papel fundamental representar os profissionais, auxiliar na busca do crescimento profissional e defender seus direitos. Dentre outras funções está a promoção da valorização profissional, e defesa dos princípios éticos.

    C) Conselhos Curadores.

    Errada. Os Conselhos de Curadores são órgãos deliberativos centrais da administração municipal e tem por finalidade o exercício de atribuições deliberativas e consultivas em matéria de fiscalização econômica e financeira do município.

    D) Conselhos Municipais.

    Certa. Os Conselhos Municipais são mecanismos de interlocução permanente entre Governo e Sociedade Civil, que vêm ampliando e aperfeiçoando sua atuação, auxiliando a administração no planejamento, orientação, fiscalização e julgamento nas questões relativas a cada área temática.


    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Conselhos Municipais, como os conselhos municipais de saúde, geralmente, são órgãos consultivos e não deliberativos.


ID
2840866
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

O artigo 57 da Lei Orgânica Municipal versa sobre competência tributária e em seu inciso III, fala especificamente de imposto sobre transmissão de bens inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso.

Essa transmissão engloba, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

  • Letra A tem um erro, não é Cessão, é Acessão. Acho que digitaram errado.

ID
2840869
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Regimento Interno
Assuntos

Além das atribuições consignadas no Regimento Interno ou dele implicitamente resultantes, compete à Mesa Diretora a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

De forma especial, também é uma das competências da Mesa Diretora:

Alternativas
Comentários
  • A) nem todos os municípios têm tribunais de contas, sendo exceção o tribunal de São Paulo e do Rio de janeiro.(O Supremo Tribunal Federal – STF já decidiu, por meio da Ação direta de inconstitucionalidade – ADI nº 687, que a Constituição impede que os municípios criem os seus próprios tribunais, conselhos ou órgãos de contas. É permitido, contudo, que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado conselho ou tribunal de contas dos municípios, incumbido de auxiliar as Câmaras Municipais no exercício de seu poder de controle externo.) ERRADO


  • Algumas considerações sobre O Município.


    Municípios O município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.


    Fundamento: Artigo 31 da CF. 


    Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.


    § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.


    § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.


    § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.


    § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.


    Elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 15 de setembro, a proposta orçamentária da Câmara Municipal, a ser incluída na proposta do Município.


  • Alternativa C.

    Respondendo com base no conhecimento geral adquirido pelo que já estudei em regimentos internos e leis orgânicas.

    A) Enviar ao Tribunal de Contas do Município a prestação de contas anual, até o dia 31 de dezembro do ano corrente.

    Quem envia a prestação de contas ao TCE é o prefeito - as dele e a da Câmara - para isso, a Câmara deve enviar a sua prestação de contas até o dia 1º de março ao prefeito para que o mesmo consiga enviá-las ao TCE até do dia 31 do mesmo mês.

    B) Declarar de ofício ou por provocação de qualquer dos membros da Câmara Municipal, nos casos previstos na Lei Orgânica do Município, a perda de mandato de prefeito e vice-prefeito.

    Há situações específicas em que ocorrerá a extinção de mandato de vereador e nesse caso compete ao presidente da câmara apenas declarar o fato. O prefeito e o vice podem perder seus mandatos no âmbito de uma processo de cassação, nesse caso há julgamento e não declaração.

    C) Elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 15 de setembro, a proposta orçamentária da Câmara Municipal, a ser incluída na proposta do Município.

    D) Declarar de oficio a inelegibilidade de vereadores, prefeito e vice-prefeitos que forem cassados em seus mandatos. Nunca vi isso em RI ou LO como atribuição de Câmara.

    "Um passo de cada vez e uma conquista a cada passo."

  • Mangaratiba

    Seção II - Da competência da Mesa

    Art. 32 - A Mesa é o Órgão diretor de todos os trabalhos Legislativos e administrativos da Câmara.

    Art. 33 - Compete à Mesa da Câmara privativamente, em colegiado:

    I - propor ao Plenário, Projetos de Resoluções que criem, transformem e extingam cargos, empregos

    ou funções da Câmara Municipal, bem como fixem as correspondentes remunerações mensais;

    II - propor as Resoluções e os Decretos Legislativos que fixem ou atualizem a remuneração do

    Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, na forma estabelecida na Lei Orgânica Municipal;

    III - propor as Resoluções e os Decretos Legislativos concessivos de licenças e afastamentos ao

    Prefeito e aos Vereadores;

    IV - elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 31 de agosto, após a aprovação pelo Plenário, a

    proposta parcial do orçamento da Câmara, para ser incluída na proposta geral do Município,

    prevalecendo, na hipótese da não aprovação pelo Plenário, a proposta elaborada pela Mesa;


ID
2840872
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com o artigo 67 da Lei Orgânica Municipal de Juiz de Fora, NÃO é um princípio norteador da política de Mobilidade Urbana:

Alternativas
Comentários
  • Art. 67. A política de mobilidade urbana deverá estar fundamentada nos seguintes princípios: I - acessibilidade universal; II - desenvolvimento sustentável do Município nas dimensões socioeconômicas e ambientais; III - equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; IV - eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; V - transparência e participação social no planejamento, controle e avaliação da política de mobilidade urbana; VI - segurança nos deslocamentos das pessoas; VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes meios e serviços; VIII - equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; IX - compatibilização entre transportes urbanos e uso e ocupação do solo.


ID
2840878
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

É um dos objetivos da política de segurança alimentar e nutricional sustentável, segundo a Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora:

Alternativas
Comentários
  • letra D ??? A promoção da geração de trabalho e renda. o que isso tem a ver com a política de segurança alimentar e nutricional sustentável ?? penso que a correta seria letra B


ID
2840881
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Sobre a assessoria de comunicação e a assessoria de imprensa, marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros não tem nenhum dispositivo que trata das diferenças entre assessoria de imprensa e assessoria de comunicação. Os únicos itens do CEJB que trata de assessoria são os seguintes:



    Art. 7º O jornalista não pode:

    VI - realizar cobertura jornalística para o meio de comunicação em que trabalha sobre organizações públicas, privadas ou não-governamentais, da qual seja assessor, empregado, prestador de serviço ou proprietário, nem utilizar o referido veículo para defender os interesses dessas instituições ou de autoridades a elas relacionadas;

     

    Art. 12. O jornalista deve:

    I - ressalvadas as especificidades da assessoria de imprensa, ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, o maior número de pessoas e instituições envolvidas em uma cobertura jornalística, principalmente aquelas que são objeto de acusações não suficientemente demonstradas ou verificadas;

     

     

    Quem diferencia é o Manual de Assessoria de Comunicação da Fenaj:

     

    O que é Assessoria de Imprensa
    Serviço prestado a instituições públicas e privadas, que se concentra no envio freqüente de informações jornalísticas, dessas organizações, para os veículos de comunicação em geral.


    O que é Assessoria de Comunicação
    A ampliação das atividades das Assessorias de Imprensa nos últimos anos levou o profissional jornalista a atuar em áreas estratégicas das empresas, tornando-se um gestor de comunicação. E isso privilegiou a integração de outros profissionais – relações públicas, propaganda e publicidade – numa equipe multifuncional e eficiente.

  • A letra D está correta. A questão pede a INCORRETA.

  • Vê-se que a banca tem o posicionamento de que a Assessoria de Imprensa é uma atividade profissional apenas do Jornalismo. Isso varia muito de banca para banca, fica a dica. Algumas consideram como sendo uma atividade tanto para Jornalistas quanto para Relações Públicas, essa aqui considerou diferente.

  • O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros NÃO reconhece características da assessoria de imprensa que a diferencia da assessoria de comunicação.


ID
2840884
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

No texto “Notícia Institucional” de Graça Monteiro do livro “Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a mídia”, organizado por Jorge Duarte, a autora afirma: “Mediante a promoção de acontecimentos e a produção de notícias para serem divulgadas pela mídia, as instituições inserem-se no espaço público, construindo não apenas uma representação de si mesmas (mais conhecida como “imagem institucional”), como também a realidade do campo que atuam”. Com base nesta citação qual a opção que NÃO está correta?

Alternativas
Comentários
  • Na página 116 do artigo Notícia Institucional de Graça Monteiro do livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a mídia (org: Jorge Duarte), a autora diz o seguinte no parágrafo:

    Alvo da ação estratégia de múltiplos agentes sociais, o campo dos media tem sido mobilizado por diversas instituições, em suas pretensões legitimadoras. Mediante a promoção de acontecimentos e a produção de notícias para serem divulgadas pela mídia, as instituições inserem-se no espaço público, construindo não apenas uma representação de si mesmas (mais conhecida como “imagem institucional”), como também a realidade do campo que atuam.

    A alternativa D está incorreta porque busca-se a veiculação de conteúdo editoral e não "não editorial".

  • ALTERNATIVA D


    Entendo que o conteúdo editorial é o de cunho jornalístico e o não editorial é de cunho comercial (publicitário).


    Dessa forma, a assessoria de imprensa busca a veiculação de conteúdo editorial.


ID
2840887
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

O que não deve possuir o planejamento de comunicação de uma organização?

Alternativas
Comentários
  • O relacionamento com os públicos mistos não está excluído do planejamento da comunicação de uma organização. Todos os públicos - externos, internos e mistos - devem estar incluídos no planejamento.

     

    Portanto, GAB B.


ID
2840890
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Qual a afirmativa completamente CORRETA sobre o release?

Alternativas
Comentários
  • Letra D

  • A B estaria correta, não fosse o termo "Pirâmide Deitada", utilizada no webjornalismo.

  • Pirâmide deitada.

    O primeiro nível, chamado unidade base, assim como na pirâmide invertida traz o lead com as tradicionais perguntas, o que (?), quando (?), quem (?) e onde (?).

    No segundo, que é o da explicação, o autor deve responder ao por quê(?) e ao como(?).

    No terceiro nível, chamado de contextualização, usa-se as ferramentas que a internet oferece que são vídeo, som, infografias animadas e outras.

    O último nível, o de exploração, liga a notícia ao arquivo da publicação, ou a arquivos externos. É o momento em que se usa os hiperlinks que liga à matérias relacionadas ou a outras páginas com assuntos em comum.

    Podemos perceber que a idéia básica da informação mais importante ser colocada em primeiro lugar se mantém. No entanto o formato da pirâmide deitada se mostra mais completa.

    fonte: renatalopes-webjor.blogspot.com


ID
2840893
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Numa situação de crise, o que a assessoria de imprensa NÃO deve fazer?

Alternativas
Comentários
  • GAB B

     

    Ignorar a mídia ou minimizar seu papel, quando se administra um problema grave ou uma crise, quase sempre se transforma num lamentável erro, difícil de corrigir. (p. 185)

    Gestão de Crises e Comunicação, João José Forni

     

    Na gestão da comunicação de crises, existe uma série de ações que devem ser evitadas. A mais elementar: deixar o jornalista sem retorno, quando procura alguém sobre matéria negativa. (p. 395)

    Comunicação em Tempo de Crise, João José Forni, em Asssoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia (Duarte: org)

  • Não pode fugir da raia, como diz meu pai. =)


ID
2840896
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Qual destes critérios não deve nortear a produção de conteúdos digitais para a Internet?

Alternativas
Comentários
  • O conteúdo para a web pode e deve ser o mais personalizado possível.

     

    GAB C

  • Pensa nas diferentes redes sociais... Não é legal fazer o mesmo post para Facebook, Instagram, Twitter, etc. Cada rede pede uma comunicação diferente. Cada rede conta com ferramentas diferentes de produção de conteúdo.


ID
2840899
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Quais destes comportamentos podem ser considerados inadequados na relação entre o assessor de imprensa e os jornalistas das redações dos veículos de comunicação?

Alternativas
Comentários
  • Não é qualquer horário. Horário de fechamento de redação é o pior horário para se fazer uma visita. E todo assessor de imprensa deve saber disso e evitar esse horário.

     

    GAB B


ID
2840902
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Sobre a relação entre assessor de imprensa de uma organização e assessorado, o que se deve evitar?

Alternativas
Comentários
  • protérvia | s. f.

    1. Qualidade do que é protervo.

    2. Insolência; descaro.

    3. Violência.

    Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

     

    Naturalmente, esse não é o comportamento esperado de um profissional de assessoria de imprensa em situações de crise.

     

    GAB C

  • protérvia
    pro·tér·vi·a
    Qualidade do que é protervo; impudência, insolência, petulância.

  • nova banca na área, consulpam

  • Protérvia - agir com petulância.

  • Protérvia? Que palavra, hein?

    -característica ou procedimento do que é protervo; petulância.

    Mesmo não sabendo o que é a palavra, dá para responder a questão eliminando as outras alternativas. ;)


ID
2840905
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

Qual das opções abaixo explica corretamente um critério de noticiabilidade?

Alternativas
Comentários
  • Letra D

  • a) Interesse humano – fatos que descrevem histórias e dramas pessoais

    b) Interesse pessoal – notícias de utilidade (tratamento de doenças, datas). 

    Dessa forma a descrição de a e b estão trocadas

    c) Proeminência (celebridade) – notícias sobre pessoas importantes.

    d) Gabarito


    Tem um artigo bem legal que mostra os diferentes critérios de noticiabilidade para diferentes autores. Recomendo a leitura: https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/viewFile/2091/1830


ID
2840908
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Qual das opções abaixo não corresponde a uma correta descrição dos produtos e serviços de uma Assessoria de Imprensa?

Alternativas
Comentários
  • Press day é uma ferramenta de relacionamento com a imprensa pela qual os jornalistas visitam, em um dia determinado, as instalações e o funcionamento da organização.

     

    GAB D

     

     

     

    Artigo: Seu conteúdo é basicamente opinativo e interpretativo e, em geral, oferece uma análise sobre assunto de interesse público. (p. 258)

    Press kit: Conjunto de material (...) entregue como apoio a jornalistas durante uam cobertura, lançamento, coletiva, visita, buscando informar ar espeito de determinado assunto. (p. 267)

    Publieditorial: Material pago veciulado sob a forma de matéria jornalística e muitas ezes produzido por assessores de imprensa. (p. 268)

    Assessoria de imprensa e Relacionamento com a Mídia, Jorge Duarte

  • Essa parte da letra A não estaria errada, uma vez que o release não é um artigo opinativo e sim informativo sobre as ações presentes e/ou futuras das organizações?


    "O artigo opinativo do assessorado, elaborado com o apoio do assessor, analisa um tema de relevância pública, geralmente, da área da organização assessorada.",


    O publieditorial é função de qual departamento?

  • Respondendo a Li DN, a letra A está correta. O artigo, que é um texto do gênero opinativo, está entre as responsabilidades do assessor de imprensa. Não confundi-lo com o release. O release poderá ser alterado pelo jornalista, já o artigo não. Este deverá ser publicado na íntegra, tal como foi recebido. O texto original do artigo deverá ser escrito pelo assessorado, e, posteriormente, o assessor de imprensa poderá alterá-lo para deixá-lo mas palatável, traduzindo termos técnicos, suprimindo redundâncias e até mesmo adequando o texto ao tamanho máximo de caracteres do espaço oferecido pelo jornal. Geralmente o artigo aborda algum tema de relevância pública e atual.

    Sobre o publieditorial, geralmente é escrito pelo assessor de imprensa, ou de comunicação, e diagramado pela agência de publicidade contratada. Poderá, excepcionalmente, ser feito quase que totalmente pela agência, mas, neste caso, o tempo necessário para que se alcance um texto preciso poderá ser tão grande que é mais fácil que o  mesmo seja escrito pelo assessor, que já conhece o tema e os pormenores da "cena" que se deseja abordar. (Este conceito sobre publieditorial é baseado somente na minha própria experiência, pois desconheço referência bibliográfica).


ID
2840911
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

O que se deve evitar na realização de uma entrevista coletiva:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

  • Acho que a questão refere-se ao protagonismo do assessor de imprensa em detrimento de algum porta-voz. No Brasil, é raro que os assessores tomem atitudes assim.


ID
2840914
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Qual a alternativa que explica corretamente os gêneros jornalísticos?

Alternativas
Comentários
  • Não poderia ser a letra A, pois a questões pergunta sobre gêneros e não sobre os formatos dos gêneros .
  • Paloma: não sei se o erro da questão está no conceito de gêneros/formatos.

    O português João Pedro Sousa, em "Elementos do Jornalismo", livro bastante usado em trabalhos acadêmicos de jornalismo no Brasil, chama notícia, reportagem, entrevista etc. de gêneros jornalísticos. Na apostila "Jornalismo para concursos", feita por professor e pessoal da pós da UFSC, notícias, reportagens etc. não aparecem classificadas como formatos, e sim como exemplos (sem uma classificação específica) do gênero informativo, opinativo e interpretativo. A palavra "formatos", na apostila, só aparece associada a formatos de jornais (tabloide...) e formato impresso, eletrônico.

    Então não sei. Talvez a banca tenha considerado que são formatos, como você disse, mas talvez haja algum erro nas definições: entrevista, a rigor, talvez não possa ser considerada diálogo - o "Dicionário Houaiss de Comunicação e Multimídia" diz que é uma "coleta de declarações tomadas por um jornalista...". Seria um possível erro.

  • C) O gênero informativo tem a função de descrever os fatos, o opinativo traz juízos sobre variados temas, o interpretativo analisa o significado dos acontecimentos para a comunidade e o diversional trata de assuntos destinados à distração do público.


ID
2840917
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Qual a recomendação abaixo não se aplica para a produção de radiojornalismo?

Alternativas
Comentários
  • A)

    A notícia radiofônica deve começar pelas principais informações, o lide, de forma a tornar o texto atrativo, e de ter frases concatenadas, de maneira que a primeira leve a segunda e assim por diante.

  • Conforme Barbosa Filho, para captar a atenção do ouvinte, o texto radiofônico deve ser conciso, com palavras e frases curtas. Isso facilita a fala do locutor, tanto na improvisação quanto na leitura. Em busca de um ritmo agradável, pode-se ainda alternar frases curtas com frases médias (duas linhas); uma frase de mais de três linhas deve ser desdobrada em duas.

ID
2840920
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Sobre as profissões do campo da comunicação, marque a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • "O exercício profissional do jornalismo é regulamentado pelo Decreto-Lei 972/69, por sua vez regulamentado pelo Decreto 83.284/79." Fonte: Câmara dos Deputados.


    A segunda parte da letra A está correta, porém a parte de "desregulamentada" torna o item errado.

  • Há controvérsias, pois o STF decidiu que a Lei de Imprensa é inconstitucional. Portanto, não entendi o gabarito da questão.

  • Desregulamentada não.

    A própria CF/88

    CAPÍTULO V

    DA COMUNICAÇÃO SOCIAL


ID
2840923
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

A produção é responsável pelas condições materiais e do conteúdo do telejornal, por isso deve primar:

Alternativas
Comentários
  • C) Por buscar pautas que, além da relevância pública do fato, tenham qualidade e riqueza informacional das imagens.


ID
2840926
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

O Código de Ética dos Profissionais da Propaganda define os seguintes princípios que devem nortear a publicidade, EXCETO:

Alternativas

ID
2840929
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Digital
Assuntos

Considere as seguintes informações abaixo sobre o Marco Civil da Internet, que regulamenta, através da Lei 12.965 de 2014, a rede mundial no Brasil.


I – A proteção dos dados pessoais e a privacidade dos usuários devem ser garantidas pelas empresas que atuam na Internet.

II – Os provedores de acesso devem tratar todos os dados que circulam na Internet da mesma forma, garantindo a neutralidade da rede.

IIII – Os dados de conexão devem ser mantidos, sob sigilo, pelo prazo de 90 (noventa dias) pelos provedores.

IV – Os poderes públicos devem adotar preferencialmente tecnologias, padrões e formatos abertos e livres.

V – O desenvolvimento de ações e programas de capacitação para o uso da Internet é uma diretriz para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.


Sobre os itens acima, qual a alternativa correta:


Alternativas
Comentários
  • GAB A

     

    De acordo com a Lei 12.965/2014, são corretos os itens I, II, IV e V:

     

    I – A proteção dos dados pessoais e a privacidade dos usuários devem ser garantidas pelas empresas que atuam na Internet.
    Art. 11.  Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.

     

    II – Os provedores de acesso devem tratar todos os dados que circulam na Internet da mesma forma, garantindo a neutralidade da rede.
    Da Neutralidade de Rede
    Art. 9o O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.

     

    III – Os dados de conexão devem ser mantidos, sob sigilo, pelo prazo de 90 (noventa dias) pelos provedores.

    Errado


    IV – Os poderes públicos devem adotar preferencialmente tecnologias, padrões e formatos abertos e livres.
    Art. 24.  Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no desenvolvimento da internet no Brasil:
    V - adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;

     

    V – O desenvolvimento de ações e programas de capacitação para o uso da Internet é uma diretriz para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
    Art. 24.  Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no desenvolvimento da internet no Brasil:
    VIII - desenvolvimento de ações e programas de capacitação para uso da internet;

     

  • ERRO III:


    Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

  • Sobre o ítem da questão: 

    Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

    Lei 12.965/2014

    Art. 3o A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:

    I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal;

    II - proteção da privacidade;

    III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;

    IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;

    V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;

    VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades,nos termos da lei;

    AINDA...

    Art. 5o Para os efeitos desta Lei, considera-se:

    I - internet: o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala mundial para uso público e irrestrito,com a finalidade de possibilitar a comunicação de dados entre terminais por meio de diferentes redes;

    II - terminal: o computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet;

    III - endereço de protocolo de internet (endereço IP): o código atribuído a um terminal de uma rede para permitir sua identificação,definido segundo parâmetros internacionais;

    IV - administrador de sistema autônomo: a pessoa física ou jurídica que administra blocos de endereço IP específicos e o respectivo sistema autônomo de roteamento, devidamente cadastrada no ente nacional responsável pelo registro e distribuição de endereços IP geograficamente referentes ao País;

    V - conexão à internet: a habilitação de um terminal para envio e recebimento de pacotes de dados pela internet, mediante a atribuição ou autenticação de um endereço IP;

    VI - registro de conexão: o conjunto de informações referentes à data e hora de início e término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo terminal para o envio e recebimento de pacotes de dados;

  • Sobre o ítem da questão: 

    Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

    Lei 12.965/2014

    Art. 3o A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:

    I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal;

    II - proteção da privacidade;

    III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;

    IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;

    V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;

    VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades,nos termos da lei;

    AINDA...

    Art. 5o Para os efeitos desta Lei, considera-se:

    I - internet: o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala mundial para uso público e irrestrito,com a finalidade de possibilitar a comunicação de dados entre terminais por meio de diferentes redes;

    II - terminal: o computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet;

    III - endereço de protocolo de internet (endereço IP): o código atribuído a um terminal de uma rede para permitir sua identificação,definido segundo parâmetros internacionais;

    IV - administrador de sistema autônomo: a pessoa física ou jurídica que administra blocos de endereço IP específicos e o respectivo sistema autônomo de roteamento, devidamente cadastrada no ente nacional responsável pelo registro e distribuição de endereços IP geograficamente referentes ao País;

    V - conexão à internet: a habilitação de um terminal para envio e recebimento de pacotes de dados pela internet, mediante a atribuição ou autenticação de um endereço IP;

    VI - registro de conexão: o conjunto de informações referentes à data e hora de início e término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo terminal para o envio e recebimento de pacotes de dados;


ID
2840932
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

Sobre as câmaras municipais brasileiras, conforme os dados de 1996, 2000 e 2004, analisados pela pesquisadora Maria Teresa M. Kerbauy, no artigo “As câmaras municipais brasileiras: perfil de carreira e percepção sobre o processo decisório local”, qual a opção FALSA?

Alternativas

ID
2840935
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O que a Constituição Federal não prevê como atribuição das câmaras municipais:

Alternativas
Comentários
  • Art. 29, CF. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...)

    V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

    VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (...)

    Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

    § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

    § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

    § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

    Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

    § 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. (...)


ID
2840938
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

Qual a opção abaixo não corresponde a uma característica da comunicação pública?

Alternativas
Comentários
  • A comunicação pública trata dos processos de comunicação (instrumental) realizados pela sociedade civil organizada, Estado, governo e terceiro setor, com foco no interesse público, na formação de uma sociedade cidadã e democrática, em encurtar distâncias sociais reduzindo as diferenças e em ampliar a capacidade analítica individual em prol do coletivo.

    A comunicação governamental é a praticada por um determinado governo, visando a prestação de contas, o estímulo para o engajamento da população nas políticas adotadas e o reconhecimento das ações promovidas nos campos político, econômico e social. Trata-se de forma do governo se fazer presente perante a população.

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunicação_pública

  • Excluir comunitários não tá certo


ID
2840944
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

Acerca dos propósitos, gerais ou específicos, é CORRETO afirmar que o texto:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B


    A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve.

  • É um texto dicertativo argumentativo só por isso já dá para matar a questão. (alternativa B)

ID
2840947
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

Conforme o texto, uma das propriedades que define o poder público é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA: D) O estabelecimento daquilo que é prioritário para o conjunto da sociedade.


    TRECHO DA RESPOSTAS NO TERCEIRO PARÁGRAFO:


     O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão.

  • gab: D

    TERCEIRO PARÁGRAFO: O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade.

    " QUANDO PENSAR EM DESISTIR , LEMBRE-SE PORQUÊ COMEÇOU. "

    FOCO , PACIÊNCIA E FÉ!

    Bons Estudos!


ID
2840950
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

Ainda segundo o texto, desigualdade social resulta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA: D) Das assimetrias históricas oriundas da divisão social do trabalho e da propriedade, ou seja, da partilha do poder econômico.


    Terceiro parágrafo...

    (...)A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade.(...)

  • Adorei o texto!

    Letra D

  • gab: D

    P03L02

    " A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo... "

    " QUANDO PENSAR EM DESISTIR , LEMBRE-SE PORQUÊ COMEÇOU. "

    FOCO , PACIÊNCIA E FÉ!

    Bons Estudos!

  • Gab: D

    Das assimetrias históricas oriundas da divisão social do trabalho e da propriedade, ou seja, da partilha do poder econômico.


ID
2840956
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

No trecho “[...]a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais [...]” há uma figura de linguagem conhecida como metáfora. O sentido dessa expressão metafórica assemelha-se ao do provérbio presente no item:

Alternativas
Comentários
  •  “[...]a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais [...]”


    Pegamos o termo ICEBERG e trocamos pelas palavras correta, "o início de um grande conjunto de diferenças ", ou seja, não só isso de problema (a ponta do iceberg), mas tem vários outros problemas que não se fala e não se mostra. Como se diz "não é só isso aí que fulano está falando não. Tem caroço nesse angu (tem mais coisas) e ele não quer falar"

  • Letra A.


  • A frase "tem caroço nesse angu" está sendo utilizada no sentido figurado, e pode ter o mesmo significado de "tem algo de errado nessa situação".


    GAB: A


  • A meu ver comentar apenas o gabarito tbm é válido, pois é útil para quem não é assinante.

  • A metáfora é a figura de linguagem que transporta o significado de uma palavra para outra devido à relação de semelhança entre os significados.

  • A expressao "ponta do iceberg" significa que algo é a menor parte ou o começo de X.


    O sentido assemelha-se ao de "tem caroço nese angu" onde ambas demonstram que há algo a mais em um determinado fato além daquilo que é diretamente observável.

  • WHALISON BEZERRA, se você não fosse premium saberia a utilidade que tem "só" comentar o gabarito.

  • Quem nao é assinante pode muito bem ver as respostas pelas estatisticas, mas voces teimam com essas noias de escrever o gabarito

  • isso que me quebra no Portugues, não consigo ver diferença entre as alternativas.todas são figuradas, e se empregadas num texto não sei a diferença por ser uma metáfora.

  • Matheus Moreira, tem questão com alto índice de erro. A mais marcada é a errada. E aí? Qual incrível solução você dá?

  • Eu acho importante que o pessoal comente e explique as erradas também e não somente o gabarito, pois muitas vezes é preciso saber qual o erro nas outras alternativas ou qual a pegadinha do examinador, isto porque há questões que têm mais de uma correta, mas não é aquilo que o examinador pediu.

    Que me corrijam, mas acho que esta questão é uma dessas que várias estão certas, mas não é isso que o examinador pede e sim qual tem o sentido semelhante, ou seja, "a ponta do iceberg" quer dizer que há mais coisas escondidas, assim como em "Tem caroço nesse angu"

  • Eu espero não ser ignorante ao achar isso, mas essa questão me deixou chateada mais que todas. Todas são figurativas, apesar do colega acima ter dito que é a alternativa A, eu ainda não entendi a lógica rsrsrs

  • Eu espero não ser ignorante ao achar isso, mas essa questão me deixou chateada mais que todas. Todas são figurativas, apesar do colega acima ter dito que é a alternativa A, eu ainda não entendi a lógica rsrsrs

  • eu entendo que a ponta do iceberg mostra apenas uma parte de um todo, assim entendo que o caroço no angu tbm está escondido. Fui por essa lógica boba, mas acertei.

  • Essa frase: Tem caroço nesse angu. É uma explicação, assim como a frase: ...É apenas a ponta do Iceberg da configuração...
  • Gabarito''A''.

    A desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais=> provérbio presente no item: Tem caroço nesse angu.

    Não desista em dias ruins. Lute pelo seus sonhos!

  • O QC deveria cobrar mais caros de usuários que AMAM os não assinantes e a diferença DOAR para os mais pobri. Acho justo! hastagMelancianoPescoço


ID
2840968
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

As regras de concordância estão corretamente observadas somente no item:

Alternativas

ID
2841025
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre Educação na Lei Orgânica Municipal de Juiz de Fora, é INCORRETO dizer que:

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