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Prova FUNCAB - 2016 - Prefeitura de Anápolis - GO - Nutricionista


ID
2234059
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


A delimitação dos espaços da narrativa é muito importante. Nesse texto, esses espaços são percebidos pelo(a):

Alternativas
Comentários
  • (A) - percurso do menino, que se desloca entre dois pontos. (casa e escola).


ID
2234062
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


Considere as seguintes afirmativas:

I. É possível identificar a presença de um personagem-narrador, que relata memórias de sua infância.

II. O garoto demonstra muito afeto à professora e admira sua capacidade de ler cada aluno.

III. O título aponta a interferência da passagem do tempo na narrativa de memórias.


Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • O garoto demonstra muito afeto à professora? Sinceramente não consegui identificar a parte do MUITO AFETO.

  • A banca forçou a barra com essa alternativa II.

    O único trecho que fala sobre a professora no texto é:

    "A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar."

    Ou seja, a professora ficava parada na porta da sala, analisando a roupa das crianças. As mães temiam serem chamadas de desmazeladas pela professora. Com tudo isso, parece que a mulher era a mais respeitada da escola por ser autoritária, exigente... o respeito, na frase, passa mais a impressão de ser por medo do que de ser por afeto.

    A meu ver, gabarito correto seria letra C, mas a banca considerou letra B.

  • Não deu para entender a posição da Banca no item II, em nenhum momento o aluno demonstra afeto, e sim respeito.

  • Única passagem do texto que remete a professora é:

    A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

    Mas não consegui identificar também demonstração de afeto, ainda mais MUITO afeto.

    Prefiro pensar que não seja "questão vendida" para figurinhas marcadas.

  • Aqui nesta passagem o autor exprime admiração ao destacar a "sabedoria da professora":

    (4ºparágrafo) Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

    Acredito que seja isso :)

  • São por essas questões que eu passo a duvidar da instituição.

  • Eeeeeitaaa.... que "afeto" é esse!?


ID
2234065
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


O narrador, além de contar sua história, posiciona-se em relação a ela, emitindo sua maneira de apreciar o assunto.

Um fragmento em que se confirma a afirmação é:

Alternativas
Comentários
  • Nunca vi uma questão com tamanho número de erros(83%) !

  • O que aconteceu???

  • Alguma explicação? Gabarito errado?


ID
2234068
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


“Então eu andava devagarinho, pisando certo, aprumado”

Este trecho estabelece com o período anterior sentido de:

Alternativas
Comentários
  • Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.

     

    São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • Gabarito letra D conclusão

     

    Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé.

    (CAUSA DELE ANDAR DEVAGAR) 

     

    Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho.

    (Efeito dele ter vergonha, tinha vergonha, logo.... conclusão.... ele andava devagarinho)

  • Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

    Logo, portanto, por isso.

  • GABARITO = D

    DEU TRABALHO MAIS TROQUEI POR PORTANTO, E PENSEI PARA EVITAR ISSO ELA ANDOU DEVAGARINHO

    PM/SC

    DEUS PERMITIRÁ


ID
2234071
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


A expressão destacada em “LIA A GENTE como se fosse um livro.” é um exemplo de um recurso expressivo, denominado:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

     

     a) eufemismo. Suaviza uma expresão - ex: Ele furtou ao invés de dizer ele roubou . Dica para lembrar (EUSUAviso)

     

     b) metonímia. A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.surge da necessidade do falante ou escritor dar mais ênfase à comunicação. Ex: O autor pela obra: ler Machado de Assis, O inventor pelo invento: comprar um Ford...

     

     c) sinestesia. semelhante à metáfora ou comparação por símile, porque combinam elementos de universos diferentes. No caso concreto da sinestesia, os elementos distintos que são combinados são os sentidos humanos. Ex: Um amargo silêncio pairava entre marido e mulher.

     

     d) catacrese. serve para suprir a falta de uma palavra específica que designe determinada coisa; abusão ex.: braços de poltrona; dentes do serrote; nariz do avião...

     

     e) pleonasmo.  redundância: ele via tudo com seus próprios olhossubir pra cima, descer para baixo ...

  • Com "lia a gente", pretende-se dizer que a professora observava as vestimentas, o comportamento dos alunos... fazia um "pente fino", olhava cada detalhe.

    Trata-se de metonímia, pois traduz o continente pelo conteúdo.

    Por exemplo, se ele bebeu o cálice todo, na verdade ele não bebeu o cálice, mas bebeu o líquido que estava no cálice.

    Da mesma maneira, a professora não leu os alunos, mas leu as vestimentas e comportamentos dos alunos.

    Gabarito: B

  • De cara elimina C/D/E;

    o mais certo sim seria metonímia como consta no gabarito, mas dependendo do contexto se a banca quiser considerar eufemismo fica por conta dela.


ID
2234074
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


Releia: “A escola, ONDE ME MATRICULOU TAMBÉM NA CAIXA ESCOLAR – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça.” A oração em destaque:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A

     

    O pronome relativo SEMPRE introduz uma oração subordinada Adjetiva. Tá em dúvida se é pronome relativo? troque por outro relativo para comprovar. 

     

    A escola, ONDE ME MATRICULOU TAMBÉM NA CAIXA ESCOLAR (...)

    A escola (a qual) me matriculou 

  • GABARITO A

     

    Quando o "QUE" der para substituir por: o qual, a qual.. será Pronome Relativo, logo ele retoma uma termo anterior.

     

    “A escola, ONDE ME MATRICULOU TAMBÉM NA CAIXA ESCOLAR [...]

       O pronome relativo ONDE retoma o termo "escola". Logo, exerce função de pronome relativo.

     

    Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale.

    As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.

     

    Bons estudos!

  • Parafraseando o gabarito:

    A) A oração em destaque é sintaticamente classificada como oração subordinada adjetiva (neste caso explicativa).

  • A alteração do sentido da frase com a retirada da vírgula já mostra que se trata de uma oração adjetiva explicativa...

  • Só o CUJA já deu para perceber que é uma oração SUB ADJ .

    pmsc chegando!!


ID
2234077
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


Sintaticamente, o termo destacado está corretamente analisado em:

Alternativas
Comentários
  • a) “O resto, dizia ELE.” / objeto direto. APOSTO

     b) “Eu carregava comigo UM CHOCALHO DE CASCAVEL amarrado em um cordão encardido” / OBJETO DIRETO

     c) “Parecia muito PEQUENO o ideal de meu pai.” / predicativo do sujeito.  (CORRETO) "O ideal de meu pai parecia muito pequeno.

     d)  “A gola ENGOMADA de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta.”  ADJUNTO ADNOMINAL

     e) Eu corria pelos matos cheio DE CARRAPICHOS E CARRAPATOS” /  (COMPLEMENTO NOMINAL

  • No texto o verbo correr é intransito, o que já inviabilizaria a transposição para voz passiva tendo em vista que somente os verbos transitivos direitos e diretos e indiretos adimitem essa conversão.

     

    A gola ENGOMADA jamais sera complemento nominal, pois "gola" é substantivo concreto.Importa lembrar que o Complemento nominal completa o sentido de substantivos abstratos, advérbios e adjetivos.

     

    Em sintese, a questão pode ser resolvida por eliminação. Ganha-se tempo para outras mais complicadas.

  • Parecer é verbo de ligacao. O verbo de ligacao liga o sujeito ao predicativo.

  • A oração está apenas invertida. Em ordem direta:

     

    "O ideal de meu pai PARECIA muito pequeno.”

     

    É predicativo do sujeito, conforme expresso. 

     

    Gabarito C

  • A gola ENGOMADA... ENGOMADA é adjunto adnominal tendo em vista que Complemento nominal começa com preposição.

  • Na ordem direta fica mais fácil.

     

     

    “Parecia muito PEQUENO o ideal de meu pai.” 

     

    "O ideal de meu pai parecia muito pequeno"

     

                    VL + Predicativo do Sujeito

  • Inverte a ordem.

    O ideal de meu pai - Sujeito

    parecia muito pequeno - predicativo do sujeito

  • ser, estar, parecer, ficar, tornar, andar, permanecer, continuar... Verbos de ligação que geralmente estão acompanhados de predicativo. Não confundir com objeto direto, predicativo remete a qualidade ou estado (morfologicamente seria classificado como o famoso adjetivo), portanto além de tudo é essencial DECORAR esses VL.

  • Corrigindo o comentário da Vanessa:

    A) é um sujeito e não um aposto --> pois passando para a ordem direta teríamos --> Ele dizia o resto --> Quem dizia ? ele

    logo "ele" é o sujeito.

  • #CASCAAA

  • GABARITO C

    a) “O resto, dizia ELE.” /  SUJEITO

     b) “Eu carregava comigo UM CHOCALHO DE CASCAVEL amarrado em um cordão encardido” / OBJETO DIRETO

     c) “Parecia muito PEQUENO o ideal de meu pai.” / predicativo do sujeito. (CORRETO) "O ideal de meu pai parecia muito pequeno.

     d) “A gola ENGOMADA de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta.”  ADJUNTO ADNOMINAL

     e) Eu corria pelos matos cheio DE CARRAPICHOS E CARRAPATOS” / (COMPLEMENTO NOMINAL

  • #CASCAA só quem acompanha sabe..

  • A e B são de fácil entendimento, vejamos as outras 2 erradas; a letra D, a gola engomada..... pq não pode ser complemento nominal? Pq ele está dentro da estrutura do sujeito, portanto deve ser necessariamente um adjunto adnominal, confirmado pelo fato q se eu retirar o substantivo, núcleo do sujeito, o adjunto adnominal irá embora, irão embora os 2, o artigo e o adjetivo; na letra E, é verdade q o agente da passiva pode ser indicado pela preposição DE, repare, uma terra povoada por índios mas tb uma terra povoada de índios, mas teria q ter um verbo q seria a ação exercida pelo agente da passiva, no caso está completando o sentido de mato cheio..cheio de? Complemento nominal.

  • Lucas PCDF.

    A letra a não é sujeito, pois não pode ter vírgula entre sujeito e predicado.

  • Termo relacionado ao sujeito por meio de um verbo de ligação, predicativo. Letra C


ID
2234080
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


A palavra destacada em “vistoriar o ATRÁS da casa buscando novas surpresas e outros convites”, no contexto em que foi produzida, sofreu um processo de formação de palavras, no qual não há qualquer alteração formal aparente, denominado derivação:

Alternativas
Comentários
  • Derivação imprópia : Modificação da palavra, mediante alteração do contexto, sem acréscimo de AFIXOS ou PREFIXOS.

  • Complementando:

     

    Derivação Regressiva: Criação de uma nova palavra por meio da supressão de elementos da palavra primitiva.
    janta (de jantar)
    venda (vender)

     

    Gab. E - Imprópria

  • Derivação Imprópria forma-se quando uma palavra muda de classe gramatical sem que a forma da primitiva seja alterada.

    Exemplo: O infeliz faltou ao serviço hoje. (adjetivo torna-se substantivo)

  • A palavras ATRÁS é um advérbio, o emprego do artigo "o" na frase tornou-a um substantivo, daí a explicação da mudança da classe.

     

  • GABARITO E

     

     

    * Derivação imprópria

     

    Ocorre quando uma palavra, sem sofrer nenhum acréscimo (tanto de prefixo quanto de sufixo), muda de classe gramatical, tendo em vista o contexto em que se encontra inserida.

     

    jantar está servido.
    Aqui a palavra em destaque se classifica como substantivo.

     

    Todos estão se preparando para jantar. 
    Já neste contexto, ela se classifica como verbo. 

     

     

    bons estudos

  • GABARITO LETRA E

    TRÁS---> ADVERBIO

    A TRÁS----> O ARTIGO A FEZ COM QUE O ADVERBIO FIQUE COMO SUBSTANTIVO


ID
2234083
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


A forma dos verbos pode indicar a duração prolongada de acontecimentos, que exprime o fato habitual, rotineiro como se observa em muitos exemplos no texto. Um desses exemplos encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • gab. D mostra uma saudade pessoal.

  • Por que não seria letra "C"? Meu obrigado a quem responder

  • pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado. Expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no tempo.

    Flávia Neves.

  • pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado. Expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no tempo.

    fonte:

  • Indicativo:

    *Presente --> Fato que ocorre no momento da fala --> HOJE eu nado.

    *Pretérito perfeito --> Fato PERFEITAMENTE acabado no passado --> ONTEM eu nadei

    *Pretérito imperfeito --> Fatos repetidos, frequentes ou habituais NO PASSADO --> ANTIGAMENTE eu corria (terminação VA-IA-NHA)

    *Pretérito mais-que-perfeito --> Indica duas ações terminadas no passado, sendo que uma terminou antes da outra --> Já passara da meia-noite quando Maria chegou (terminação -RA ou tinha/havido + particípio)

    Futuro do presente --> Indica fato futuro ao momento da fala; fato futuro e certo e incerteza ou dúvida --> AMANHÃ eu nadarei (terminação -REI,-RA).

    Futuro do pretérito --> Indica fato futuro em relação a outro fato ocorrido no passado; expressar incerteza/dúvida e edução a fazer pedidos --> SE EU FOSSE VOCÊ eu nadaria (terminação -RIA)


ID
2234086
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


“Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, LÁ.”. A palavra destacada, no contexto, caracteriza-se pela:

Alternativas
Comentários
  • tempo.....LA

    NESSE TEMPO

  • GABARITO = C

    MEIO QUE NO CHUTE, COM UM POUCO DE CERTEZA E MUITO MEDO

    PM/SC

    DEUS PERMITIRÁ


ID
2234089
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


Reescrevendo apenas o que se destacou no fragmento “Eu CARREGAVA comigo um chocalho de cascavel.” na voz passiva analítica sem alterar o sentido, ter-se-ia:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra b).

     

    Dica para realizar a transposição da voz ativa para passiva analítica:

     

    1°) Identificar o tipo de verbo e se admite conversão para voz passiva (No caso, o verbo deve ser VTD ou VTDI);

     

    2°) Identificar o sujeito e o objeto direto da oração;

     

    3°) Para realizar a transposição, deve-se manter os tempos verbais. Ex: Realizou (Pretérito perfeito) -> Foi (Pretério perfeito) + realizado (particípio);

     

    4°) Aplicar a seguinte regra: O sujeito da voz ativa se torna o agente da passiva, na voz passiva. Enquanto, o objeto direito da voz ativa se torna o sujeito da voz passiva.

     

    Exemplo:

     

    Voz ativa: O garoto (SUJEITO DA VOZ ATIVA) comeu (VTD) o bolo (OBJETO DIRETO DA VOZ ATIVA) 

     

    Voz passiva: O bolo (SUJEITO DA VOZ PASSIVA) foi comido pelo garoto (AGENTE DA PASSIVA)

     

    Link para complemento: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf73.php

     

     

    A frase é: “Eu carregava*(VTD) comigo um chocalho de cascavel (OD).”

     

    * "carregava" = Pretérito imperfeito do indicativo. Portanto, para se manter o mesmo modo verbal, a frase fica da seguinte forma: Um chocalho de cascavel era carregado...

     

     

    Segue um mnemônico para o Pretérito Imperfeito do Indicativo:

     

    "Era ele que vinha dando vaia" + punha + tinha

     

    Era = Verbo "Ser"

     

    Vinha = Verbo "Vir"

     

    Va = Verbos terminados em "ar" ou "or" {CARREGAR -> CARREGAVA)

     

    Ia = Verbos terminados em "er" ou "ir"

     

    Punha = Verbo "Pôr"

     

    Tinha = Verbo "Ter"

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Carregava - Pretérito Imperfeito Indicativo

    B - Era - Pretérito Imperfeito do Indicativo.

  • PMSC, estou chegando para realizar um sonho, fazer carreira e contribuir com a segurança pública do estado. DEUS PERMITIRÁ!

  • ✅ Gabarito: B

    Eu CARREGAVA comigo um chocalho de cascavel.” → A frase está na voz ativa, passando para a voz passiva analítica temos: ser/estar + particípio; sujeito passa a ser o agente da passiva e o objeto direto passa a ser o sujeito; mantemos o mesmo tempo verbal ("carregava"= Pretérito imperfeito do indicativo. Portanto, para se manter o mesmo modo verbal, a frase fica da seguinte forma: era carregado).

    Um chocalho de cascavel ERA CARREGADO por mim.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Analítica: SER + Particípio (Ado/ Ido)

    Sintética: VTD + SE


ID
2234092
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


Tendo em vista o enunciado “Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.”, analise as afirmativas a seguir.

I. O deslocamento do termo CUIDADOSAS para antes de PALAVRAS não provocaria alteração morfológica nem semântica.

II. Poderia ser colocada uma vírgula antes e outra depois de ASSIM sem prejuízo para o sentido da frase.

III. A forma verbal DIZIA é impessoal, dentro do contexto.


Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • I. ERRADO. O deslocamento do termo CUIDADOSAS para antes de PALAVRAS não provocaria alteração morfológica nem semântica.

    (Provocaria alteração semântica).

    Tornando as palavras cuidadosas = Todas as palavras irão ser cuidadosas; Tonando as cuidadosas palavras = Somente "as" cuidadosas palavras.

    II. CORRETO. Poderia ser colocada uma vírgula antes e outra depois de ASSIM sem prejuízo para o sentido da frase.

    (Intercalaria um termo acessório na frase)

    III. ERRADO. A forma verbal DIZIA é impessoal, dentro do contexto. 

    (Pelo contrário e PESSOAL, ou seja, DIZIA se refere ao pai do muleque.


  • Se você acertou, parabéns, pode entregar a prova!* =)

  • Obrigada pelo comentário motivador Lucas Taylor :D

  • ✅ Gabarito: A

    “Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas. ”

    I. O deslocamento do termo CUIDADOSAS para antes de PALAVRAS não provocaria alteração morfológica nem semântica → INCORRETO. Há mudança semântica sim: Tornando as palavras cuidadosas (as palavras passariam a ser cuidadosas); tornando assim as cuidadosas palavras (a ideia aqui é que as palavras já são cuidadosas).

    II. Poderia ser colocada uma vírgula antes e outra depois de ASSIM sem prejuízo para o sentido da frase → CORRETO. Intercalação da conjunção coordenativa conclusiva, uso adequado.

    III. A forma verbal DIZIA é impessoal, dentro do contexto → INCORRETO. Temos um sujeito elíptico que vem subentendido; refere-se ao pai do garoto.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
2234095
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


“Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava.” O uso dos dois-pontos no fragmento se justifica por introduzir uma:

Alternativas
Comentários
  • Quando puder substituir os dois pontos por "porque" ela será explicativa.

  • EXPLICAÇÃO= EXPLICAR ALGO JÁ MENCIONADO

    EXPLICITAÇÃO= EXPLICITAR ALGO A SER MENCIONADO

  • GABARITO = E

    PM/SC

    DEUS PERMITIRÁ

  • #PMSC

    #Pertenceremos

  • ✅ Gabarito: E

    “Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava.”

    ➥ Os dois-pontos equivalem a "porque" e dão início a uma explicação referente ao fato de ser comparado a uma cobra.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Usamos dois pontos para:

    I) como dizia meu avô: "..."

    II) Para apresentar um esclarecimento ou explicação : Não era um homem experto : era apenas inteligente.

    III) Para introduzir enumerações . Os amigos eram pouco : X, Y, Z

    IV) Para anunciar fala de personagem.. E o pai perguntou: "..."


ID
2234098
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


A conotação é um componente suplementar de significado por meio do qual ecoam as experiências culturais da comunidade, respondendo pelo efeito de sentido causado pela possível associação entre uma palavra e uma experiência cultural que matiza sua significação. O segmento transcrito do texto que contraria essa definição é:

Alternativas
Comentários
  • não entendi essa questão

  • Gabarito está C.

     

    Fiquei 10 minutos entre C e D e marquei D.

  • cobra anda?

  • Letra C

    Andar não está com o sentido de caminhar, e sim 'ser acompanhado' (verbo intransitivo)

    Ex: Os animais andam em bando.

    Ele só andava com mulheres.

    O enunciado fala o que contraria a ideia de Conotação. Estamos em busca de algo com sentido Denotativo (Dicionário)

  • Também fiquei alto tempo entre C e D e deu ruim, marquei D!

  • A questão pediu o contrário do sentido conotativo, ou seja, denotativo, a única alternativa que não tem esse sentido é a letra C. para mim o sentido foi literal seja por ser um ditado, ou por ser verdade ( que para mim me pareceu mais lógico).

  • Também marquei a D :(

  • cobra andando em dupla e chamando ou outro pelo seus chocalho, deve ter algum código secreto.

  • ✅ Gabarito: C

    “Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.”

    ➥ A frase acima foi empregada em seu sentido real, denotativo (dos dicionários). O verbo "andar" foi usado com o sentido de "acompanhar", marca uma descrição do modo como as cobras cascavéis agem.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!


ID
2234101
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O tempo amarrota a lembrança e subverte a ordem.

  Parecia muito pequeno o ideal de meu pai, naquele tempo, lá. A escola, onde me matriculou também na caixa escolar – para ter direito a uniforme e merenda –, devia me ensinar a ler, escrever e a fazer conta de cabeça. O resto, dizia ele, é só ter gratidão, e isso se aprende copiando exemplos. 

  Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjo. Ele pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração, e falava sem labirintos. Dizia frases claras, acordando sorrisos e caminhos. Parecia querer argumentar sem ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

  Um pesar estrangeiro andou atordoando meu pouco entendimento. Ir para a escola era abandonar as brincadeiras sob a sombra antiga da mangueira; era renunciar o debaixo da mesa resmungando mentiras com o silêncio; era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites. 

Contrapondo-se a essas perdas, havia a vontade de desamarrar os nós, entrar em acordo com o desconhecido, abrir o caderno limpo e batizar as folhas com a sabedoria da professora, diminuir o tamanho do mistério, abrir portas para receber novas lições, destramelar as janelas e espiar mais longe. Tudo isso me encantava.

  Por definição minha, perseguindo respostas, eu desconfiava ser a escola um lugar de muito respeito. Era preciso ter as unhas limpas e aparadas, cabelo penteado, caderno caprichado dentro do embornal, uniforme lavado – calça azul-marinho e camisa de fustão branco – e passado com ferro de brasa, goma de polvilho rala na gola, para não arranhar o pescoço.

  A professora, quando os alunos ainda na fila e do lado de fora da sala, lia a gente como se fosse um livro. E mãe nenhuma gostaria de ser chamada de desmazelada pela mulher mais respeitada do lugar. [...] 

  Eu carregava comigo um chocalho de cascavel amarrado em um cordão encardido, preso no pescoço. Simpatia de minha mãe para eu não urinar na cama. A gola engomada de minha camisa não escondia essa sentença peçonhenta. Eu vivia como a canção: “camisa aberta ao peito, pés descalços e braços nus”. [...] 

  Eu corria pelos matos cheio de carrapichos e carrapatos, saltando córrego, me equilibrando em pinguelas, descobrindo frutas maduras, suspeitando ninhos e passarinhos. Trazia, ainda, uma vergonha de todo mundo, mas deixar sumir na “campina” o chocalho, simpatia de mãe, seria brincar com sua fé. Então eu andava devagarinho, pisando certo,aprumado e manso, para evitar o chiquechique do chocalho. Cascavel anda em dupla, me diziam, e o chocalho serve para chamar o outro.

[...]

  Vi meu pai cochichar com minha mãe, e de início enredei ser carinho, como o de Dr. Júlio Leitão e Dona Pequenina. Abri bem os ouvidos, pois os olhos não dava. Ele dizia ser o Dr. Jair, seu patrão, como uma cobra: mordia e soprava. Eu balançava a cabeça, com força, de vez em quando, acordando a simpatia de minha mãe. Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra mordendo e soprando, se frio ou quente seu bafo.

  Dr. Jair visitou minha mãe, uma noite [...]. Não saí de perto dele nem tirei os olhos de sua boca, esperando o homem morder e soprar. Ele falou foi muito de riqueza e de como contava com o trabalho de meu pai, seu melhor empregado, capaz de carregar água em peneira. Perdi meu tempo.

BARTOLOMEU CAMPOS QUEIRÓS.Ler, escrever e fazer conta de cabeça.São Paulo: Global, 2004.

Vocabulário

destramelar: destrancar

embornal: sacola

peçonhenta: venenosa 


Observe os fragmentos.

1. “era não mais vistoriar o atrás da casa buscando novas surpresas e outros convites.”

2. “Vontade de chamar outra cascavel só para ver uma cobra”

Sobre eles leia as afirmações.

I. OUTROS e OUTRA são pronomes adjetivos indefinidos.

II. A forma verbal ERA é, conforme a regência, transitivo direto.

III. SÓ pode ser substituído por APENAS.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I- OUTROS e OUTRA são pronomes adjetivos indefinidos. Correto, pois são chamados de pronomes adjetivos quando ficam do lado de substantivos.

    Na frase em questão ficaram do lado dos substantivos convites e cascavel, respectivamente.

    II-Errada. A forma Verbal era é VL.

    III- Correta.   SÓ,na referida frase,é um advébio (sentido de apenas, somente).

  • GABARITO B

    Bizu: Verbo de ligação = SECAPPFT

    Ser (é)

    Estar

    Continuar

    Andar

    Parecer

    Permanecer

    Ficar

    Tornar-se

    bons estudos

  • Pronome adjetivo é aquele que acompanha um substantivo.

    Ex: Meu pai chegou - (meu: pronome adjetivo).


ID
2234104
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O Porto Seco Centro-Oeste ou EADI – Estação Aduaneira Interior, se configura como um terminal alfandegário com o objetivo de prestar serviços na área de movimentação e armazenamento de cargas ainda sob o controle aduaneiro. O Porto Seco Centro-Oeste, localizado na cidade de Anápolis, foi inaugurado na segunda metade do século XX, na seguinte década:

Alternativas
Comentários
  • gab.: D

    http://www.portocentrooeste.com.br/paginas/4-nossa-historia

     

  • Reposta equivocada Aelana Leite!..

    Gabarito E é a correta.

  • 1997 a 1999- Processo de constituição junto à Receita Federal do primeiro Porto Seco do interior do País.

    1999 Outubro: Inauguração oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    Área total – 109.700m²

    GABARITO: LETRA E.

  • PORTO SECO CENTRO-OESTE ANÁPOLIS GOIÁS

     

    1997 a 1999

    Processo de constituição junto à Receita Federal do primeiro Porto Seco do interior do País.

     

    1999

    Outubro: Inauguração oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    Área total – 109.700m²

     

    http://www.portocentrooeste.com.br/paginas/4-nossa-historia

     

     

     

    Os planos podem nos levar até certo ponto, depois disso você precisa ter um pouco de fé.

  • Gabarito: E

     

    Comentário:

     ●  1997 a 1999 - Processo de constituição junto à Receita Federal do primeiro Porto Seco do interior do país.

     ●  1999 - Outubro: Inauguração Oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    O Porto Seco Centro-Oeste e um terminal alfandegado em 1999, destinado a armazenagem e a movimentação de mercadorias importadas ou destinadas a exportação, sendo utilizado como facilitador das operações de comercio exterior.

    Atende aos setores de agricultura, siderurgia, construção e farmoquímico; produtos florestais e minerais; bens de consumo (alimentos, bebidas e êxtil) e bens duráveis (automobilístico e eletroeletrônico), entre outros.

    Está situado na cidade de Anápolis (GO), considerada o "Trevo do Brasil" pela facilidade natural de integração aos demais centros consumidores do País. Distante 55 km de Goiânia e 154 km de Brasília, além do fácil acesso rodoviário o Porto Seco Centro-Oeste dispõe de ramal ferroviário (Ferrovia Centro-Atlântica - FCA). Por associar os modais rodoviário e ferroviário, pelo Porto Seco de Anápolis podem ser transportados os mais diversos tipos de cargas, interligando todo o mercado do Centro-Oeste a outros pontos do País.

     

     

  • 1999 Outubro: Inauguração oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    Área total – 109.700m²

    1999 Outubro: Inauguração oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    Área total – 109.700m²

    1999 Outubro: Inauguração oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    Área total – 109.700m²

    >>>>>>>> AELANA GABARITO E

  • 1999 Outubro: Inauguração oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    Área total – 109.700m²

    1999 Outubro: Inauguração oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    Área total – 109.700m²

    1999 Outubro: Inauguração oficial da primeira EADI do Centro-Oeste do país e início das operações como prestadora de serviços portuários.

    Área total – 109.700m²

    >>>>>>>> AELANA GABARITO E


ID
2234107
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A história da formação da cidade de Anápolis se confunde com a de, pelo menos, um município próximo. Ainda no século XIX, a vila que originaria a cidade de Anápolis se desmembrou de Meia Ponte, que atualmente é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    O governo teria sua sede em Meia Ponte, atual Pirenópolis, mas houve desavenças entre Meia Ponte e a Capitania de São Paulo

  • Formação Administrativa

    Distrito criado com a denominação de Santana de Campos Ricos, pela Lei Provincial n.º 514, de 06-06-1873.

    Elevado à categoria de vila com a denominação de Santana das Antas, pela Lei Provincial n.º 811, de 15-09-1887, desmembrado do município de Meia Ponte (mais tarde Pirenópolis). Sede na antiga povoação de Santana de Campos Ricos. Instalado em 10-03- 1892.

    Elevado à condição de cidade com a denominação de Anápolis, pela Lei Estadual n.º 320, de 31-07-1907.

    Pela Lei Municipal n.º 35, de 21-03-1903, é criado o distrito de Santo Antônio do Capoeirão e anexado ao município de Anápolis.

    Pela Lei Municipal n.º 45, de 03-08-1903, é criado o distrito de Boa Vista de Traíras e anexado ao município de Anápolis. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos: Anápolis, Boa Vista de Traíras e Santo Antônio do Capoeirão.

    https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/goias/anapolis.pdf

     

     

     

     

    Os planos podem nos levar até certo ponto, depois disso você precisa ter um pouco de fé.

  • Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás).

  • Letra A de Pirenopólis

  • Gabarito: A

     

    Comentário:

    O começo da povoação na região das Antas onde hoje se encontra Anápolis, teve início em meados do século XVIII, graças ao movimento de tropeiros na região em direção às lavras de ouro das vilas próximas, como Corumbá e Meia Ponte. Na época a cidade de Anápolis tinha o nome de Freguesia de Sant´Anna das Antas fazia parte do território da Intendência de Meia Ponte.

    A emancipação foi idealizada e executada por Zeca Batista e Gomes de Sousa Ramos cuja luta resultou na emancipação política e administrativa da Freguesia na categoria de Vila (1887) que na época pertencia ao território da interdependência de Meia Ponte (Pirenópolis). 

    Devido a múltiplos obstáculos, sobretudo, pelas dificuldades levantadas pelas autoridades meiapontenses, pelo advento da Lei Áurea (1888) e pela Proclamação da República (1889), a instalação oficial da Vila só se concretizou em 10 de março de 1892, com José da Silva Batista sendo nomeado presidente da Junta Administrativa da Vila de Santana das Antas.

     

  • Municípios que surgiram durante a passagem do ouro Século XVIII:

    Arraial de Santana > Vila Boa > Cidade de Goiás.

    Meia Ponte > Pirinopolis

    Bonfim > Silvânia

    Santa Lúzia > Luziânia

    PILÁ

    Jaraguá

    Natividade.

  • https://youtu.be/9Im_T4vJhcc

  • MEIA PONTE --- ATUAL PIRENÓPOLIS

    ..

    GB / A

  • Pirenópolis é um município histórico, sendo um dos primeiros do estado de Goiás. Foi fundado com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte pelo minerador português Manoel Rodrigues Tomar (alguns historiadores denominaram-no como Manoel Rodrigues Tomás). As minas da região foram descobertas pelo bandeirante Amaro Leite, porém foram entregues aos portugueses por Urbano do Couto Menezes, companheiro de , o Anhanguera Filho, na primeira metade do século XVIII. Segundo a tradição local, o arraial foi fundado em  de , porém não há documentos comprobatórios e muitos historiadores e cronistas antigos afirmam ser a fundação em 1731.

    Foi importante centro urbano dos século XVIII e XIX, com mineração de ouro, comércio e agricultura, em especial a produção de algodão para exportação no século XIX. Ainda no século XIX, com o nome de cidade de , destacou-se como o berço da música goiana, e como berço da imprensa em Goiás, já que ali nasceu o primeiro jornal do Centro Oeste, denominado . Uma vez que citamos aqui o primeiro jornal do Centro Oeste, o poeta Leo Lynce diz, nos seguintes versos decassílabos: Que mundo de emoções experimento,/ ao recordar-te gleba hospitaleira/ - berço da imprensa de Goiás -, primeira/ luz acesa no nosso pensamento. Em 1890, a cidade teve seu nome mudado para Pirenópolis, o município dos Pireneus, nome dado à serra que a circunda. Ficou isolada durante grande parte do século XX e redescoberta da década de 1970, com a construção da nova  do país, . Hoje, é famosa pelo turismo e pela produção do , a Pedra de Pirenópolis

    GB A

    PMGOOO

  • GB A ?

    PC-GO

  • GB A ?

    PC-GO

  • >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis).

    GABARITO A

  • >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis).

    GABARITO A

  • >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis).

    GABARITO A

    >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis).

    GABARITO A

  • >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis).

    GABARITO A

    >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis),

    Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis).

    GABARITO A

  • CIdades e seus respectivos nomes anteriores:

    DISTRITO MIMOSO - Niquelândia

    BISCOITO DURO - Aragoiânia

    GOIABEIRA - Inhumas]

    BARRO ALTO DO VAOS DOS ANGICOS - Padre Bernardo

    SANTA LUZIA - Luziânia

    MEIA PONTE - Pirenópolis

    VILA BOA- Goias

    BONFIM- Silvania


ID
2234110
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O relevo do município de Anápolis, tal como a região circundante, possibilitam que a hidrografia da cidade possua a seguinte característica:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B.

    Em Anápolis não há nem um só rio caudaloso. Mas a natureza tratou de repor de outra forma esta ausência. Privilegiou o município com múltiplos córregos e ribeirões, situando a cidade numa área de terras férteis, no denominado Mato Grosso Goiano. Esses inúmeros cursos d’água deram a Anápolis outra curiosa importância de natureza geográfica — um divisor de águas, que se forma com maior notação na região do distrito de Hinterlândia. Essas águas correm para o Norte e para o Sul do país. E assim vão abastecer as bacias dos rios Paraná, Tocantins e Araguaia, com importância para a bacia Platina e a bacia Amazônica. São dezenas de córregos e ribeirões. Todos eles estreitos e encachoeirados.

    http://www.anapolisbrazil.inf.br/localizacao/hidrografia/

  • LETRA B

     

    ANÁPOLIS – POSSUI NASCENTES LEVAM ÁGUAS PARA BACIAS RIO PARANÁ, TOCANTIS, ARAGUAIA

  • Hidrografia

     

    Embora não exista nele nenhum rio caudaloso, nascentes na região do município de Anápolis levam águas para as bacias do Rio Paraná, Tocantins e Araguaia, com importância para a Platina e a Amazônica e do Rio São Francisco.São dezenas de córregos e ribeirões com pequeno volume e água, muita vezes estreitos e encachoeirados, que não podem ser utilizados para navegação. Durante o período das chuvas, costumam transbordar, muito embora o volume de água que possuem seja pequeno.

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1polis#Hidrografia

     

     

     

     

    Não olhe o tamanho da estrada, perceba o quanto já caminhou.​


ID
2234113
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Anápolis possui uma localização estratégica para o estado de Goiás. Localizada entre Goiânia e Brasília, é caminho obrigatório em muitas viagens estaduais. Entre as rodovias a seguir, assinale a rodovia federal que permite a conexão entre Anápolis e o Distrito Federal (Brasília).

Alternativas
Comentários
  • Letra E

     

     

    ANÁPOLIS É CORTADA PELAS:

    RODOVIAS FEDERAIS: BR-153BR-060 E BR-414

    RODOVIAS ESTADUAIS: GO-222, GO-437 E GO-330

  • RODOVIAS

    A cidade é cortada pelas rodovias federais BR-153, BR-060 e BR-414, pelas rodovias estaduais GO-222, GO-330, GO-437 e GO-560 e pela Ferrovia Centro-Atlântica, sendo ponto inicial da Ferrovia Norte Sul, que está sendo integrada à FCA.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1polis#Hidrografia

     

     

    Não olhe o tamanho da estrada, perceba o quanto já caminhou.

  • Anápolis está localizada a 53 quilômetros da capital, Goiânia, através de pista duplicada da BR-153, que liga a cidade ao sul e ao norte do país. Ainda conta com as rodovias federais BR-060 (que liga Anápolis à Brasília através de pista dupla).

  • Gabarito: E


    Comentário:

     Segue abaixo o rol de cidades que são cortadas pela BR-060:

     ● Alexânia                        

    ● Goiânia                          

    ● Guapó

    ● Abadiânia                        

    ● Aparecida de Goiânia                

    ● Posselândia

     Anápolis                          

    ● Abadia de Goiás                   

    ● Acreúna

    ● Terezópolis de Goiás                

    ● Indiara                           

    ● Rio Verde

    ● Jataí

    ● Serranópolis

    ● Chapadão do Céu

     

    As conexões que trazem tanto prestígio para Anápolis são as rodovias que formar o denominado Trevo Brasil: BR-060, BR-414,

    BR-153, além das rodovias estaduais GO-220 e GO-330, importantes para a fluidez da economia regional.

     

     

     

  • Br 060 e Br153, no trecho Anápolis-Brasília, é chamada de BRs coincidentes, pois se sobrepõem no mapa viário do país/estado

    Toda Br que começa com zero (0**) parte (origem) da capital federal (radiais)

    Toda Br que começa com um (1**) corta o país no sentido sul-norte (longitudinais)

    Toda Br que começa com dois (2**) corta o país no sentido leste-oeste (transversais)

    As demais Br são conhecidas como diagonais, de ligação e outras denominações

  • como é uma BR primária, então a numeração é a menor, fui no obvio, eu não sei nem a BR da minha cidade que dirá a de Goias!

  • kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


ID
2234116
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A cidade de Anápolis possui uma grande força de atração de mão de obra, proveniente de diferentes lugares do país e do mundo. Segundo dados do IBGE a partir do último grande Censo demográfico (2010), Anápolis possui número de residentes provenientes de outras cidades superior aos 300 mil. A maior quantidade dessa população, residente de Anápolis mas que não residia na cidade anteriormente ao ano de 2005, é proveniente da seguinte região brasileira:

Alternativas

ID
2234119
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Acerca dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, analise as afirmativas a seguir.

I. Um dos princípios dispostos na lei orgânica da saúde prevê a utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática.

II. Os serviços públicos devem ser organizados de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

III. O atendimento integral deve priorizar os serviços assistenciais, sem prejudicar as atividades preventivas.


Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • Diretrizes constitucionais do SUS:

    ·        Descentralização, com direção única em cada esfera de governo (federal, estadual, distrital e municipal);

    ·        Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais, e;

    ·        Participação da comunidade.


  • corretas

    I. Um dos princípios dispostos na lei orgânica da saúde prevê a utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática.

    II. Os serviços públicos devem ser organizados de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

  • Lei 8080

    CAPÍTULO II

    Dos Princípios e Diretrizes

    VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;

    XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

  • III. O atendimento integral deve priorizar os serviços assistenciais, sem prejudicar as atividades preventivas.

    Está invertida.

    Raiva quando se lê rápido e não presta atenção.


ID
2234122
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considerando as atribuições e características dos Conselhos de Saúde, analise as afirmativas a seguir.

I. Faz parte das competências dos Conselhos de Saúde discutir, elaborar e aprovar proposta de operacionalização das diretrizes aprovadas pelas Conferências de Saúde.

II. Deliberar sobre as normas do SUS pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) é uma atribuição dos Conselhos de Saúde nas instâncias estaduais e municipais.

III. Os Conselhos são órgãos colegiados, isso significa que são compostos por pessoas que representam diferentes grupos da sociedade.


Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • Sempre achei que COLEGIADO dizia-se de um órgão dirigente cujos membros têm poderes iguais...?


ID
2234125
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Marque a alternativa que apresenta uma das diretrizes básicas que devem ser observadas pelo Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde, a fim de garantir a gestão participativa.

Alternativas
Comentários
  • Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as seguintes diretrizes básicas para fins de garantia da gestão participativa:

    I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta de sua melhoria;

    II - apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e

    III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar.

     

    http://sna.saude.gov.br/download/LivroAuditoriaSUS_14x21cm.pdf

     

  • Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as seguintes diretrizes básicas para fins de garantia da gestão participativa:

    I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta de sua melhoria;

    II - apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e

    III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar.


ID
2234128
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O instrumento de planejamento elaborado para um período de quatro anos e que norteia todas as medidas e iniciativas em cada esfera de gestão, é denominado:

Alternativas

ID
2234131
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

De acordo com a história natural e prevenção das doenças, a prevenção secundária é realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, ao nível do estado de doença, e inclui:

Alternativas
Comentários
  • D)

    tratamento precoce


ID
2234134
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Com base nas disposições legais, a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, em até quantas horas após o atendimento:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B - 24 horas


ID
2234137
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição

De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, as maiores causas de mortalidade na faixa etária de 20 a 49 anos no estado do Espírito Santo são:

Alternativas

ID
2234140
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição

O Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde está dividido na primeira coluna em quatro partes que correspondem a responsabilidades específicas. Com base nessa divisão complete a segunda coluna.

Primeira Coluna

(1) Parte I

(2) Parte II

(3) Parte III

(4) Parte IV

Segunda Coluna

( ) responsabilidades orçamentário-financeiras

( ) responsabilidades organizativas

( ) responsabilidade pelo monitoramento

( ) responsabilidade executiva


A sequência correta é:

Alternativas

ID
2234143
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Assinale a alternativa que corresponde a uma doença ou agravo que deve ser notificado em até 7 dias, a partir do conhecimento de sua ocorrência.

Alternativas
Comentários
  • Hanseníase


ID
2234146
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A respeito das Redes de Atenção à Saúde é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Esta questao só pode ter sido anulada. Nenhuma das respostas esta correta. 

  • No Decreto 7508 de 2011:

    "Art. 7o  As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões Intergestores"


ID
2234149
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O nutricionista ao planejar uma alimentação saudável, sabe que as recomendações sobre a utilização dos grupos de alimentos da pirâmide alimentar brasileira a serem utilizadas na dieta, baseiam-se no:

Alternativas
Comentários
  • Já foi baseado no EUA, porém em  1999 pela  Sônia Tucunduva Philipp  apadatou conforme a populção brasileira.


ID
2234152
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Nos líquidos, o método que remove totalmente os microrganismos chama-se:

Alternativas

ID
2234155
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Qual o nome da doença que ocorre pela alteração da enzima fenilalanina em tirosina?

Alternativas
Comentários
  • a - fenilcetonúria

  • A fenilcetonuria ocorre devido conversão da enzima fenilalanina em tirosina


ID
2234158
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O nome da classificação proposta para quantificar a glicose sanguínea após a ingesta de carboidrato é:

Alternativas
Comentários
  • O índice glicêmico é usado para classificar os diferentes carboidratos dietéticos quanto a sua capacidade de elevar a glicemia quando comparado a um alimento de referência. Já a carga glicêmica  é o índice glicêmico do carboidrato dividido por 100 e multiplicado pela sua quantidade de teor de carboidratos disponíveis (carboidratos menos fibras, já que esta última não é absorvível) em gramas. 

  • Facilitando o entendimento:

    IG (Índice Glicêmico) é a classificação da velocidade em que o carboidrato chegará à corrente sanguínea.

    Ex: O arroz branco tem um IG alto. O arroz integral tem um IG baixo. Isso significa que a velocidade que o carboidrato chega a minha corrente sanguínea após a ingestão de um arroz branco é mais rápido do que quando se come um arroz integral.

    CG (Carga Glicêmica) é a quantificação de carboidrato em um alimento.

    Ex: 100g de mandioca tem aproximadamente 30g de carboidrato. 100g de batata inglesa tem aproximadamente 12g de carboidrato. Logo a CG da mandioca é maior que a CG da batata inglesa.


ID
2234161
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Chama-se grelina o hormônio que estimula a produção de GH, além de exercer outras atividades neurológicas, e que é secretado pela seguinte glândula:

Alternativas
Comentários
  • Grelina, também conhecida como o "hormônio da fome", é um hormônio peptídeo produzida principalmente pelas células épsilon do estômago e do pâncreas quando o estômago está vazio e atuam no hipotálamo lateral e no núcleo arqueado gerando a sensação de fome.

  • Resposta correta D pituitária.

  • Questão estranha, pois hipófise e pituitária são sinônimos.

  • Mas pituitária e hipófise não são a mesma coisa?


ID
2234164
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Ao manipulador ou funcionário do setor de alimentos e bebidas deve-se solicitar exames de saúde obrigatórios, dentre eles o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • b) exame bacteriológico de fezes


ID
2234167
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

No desastre ecológico ocorrido na cidade de Mariana – MG, a lama que contém metais pesados, como por exemplo o chumbo, tem efeito tóxico na biota e nos seres humanos causando a seguinte enfermidade.

Alternativas
Comentários
  • Saturnismo = intoxicação por chumbo.

  • Sobre  a letra E: A gastrite enantematosa é uma inflamação na parede do estômago, provocada pela bactéria H. pylori, ou devido a doenças autoimunes, pelo consumo de álcool ou pelo uso frequente de medicamentos como aspirinas, remédios anti-inflamatórios ou corticoides.


ID
2234170
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O IMC de um indivíduo do sexo masculino, cuja altura é 176 cm e seu peso 103 kg, é igual a:

Alternativas
Comentários
  • 1.76x1.76x103. 31x103= 31.90

ID
2234173
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Emprega-se na cozinha dietética a seguinte técnica de separação de partes de dois sólidos:

Alternativas
Comentários
  • Filtrar = LIQUIDO + SÓLIDO

    Centrifugar = Dois Liquidos

    Coar = Liquido + Solido

    Sedimentar = Liquido+ solido

  • b) descascar. 

  • DOIS SÓLIDOS: D ESCASCAR

    T AMISAR

    M OER


ID
2234176
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A taxa elevada de colesterol sanguíneo, predispõe o paciente a distúrbios cardiovasculares, especialmente, entre outros fatores, ao alto valor da relação dos seguintes minerais:

Alternativas
Comentários
  • Letra C - Zinco / Cobre

  • Letra D - Zinco / Cobre


ID
2234179
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A manifestação do sintoma de distensão intestinal pode ser causado pela deficiência de:

Alternativas
Comentários
  • d - lactase


ID
2234182
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Quando são ingeridas quantidades, aproximadamente, iguais de cálcio e fósforo ocorre a absorção mais favorável da seguinte substância:

Alternativas
Comentários
  • fosfato inorgânico.

  • O fosfato orgânico é convertido em fosfato inorgânico para ser absorvido.


ID
2234185
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Uma paciente de 47 anos, apresenta IMC = 38,59 kg/m², isto quer dizer que apresenta obesidade:

Alternativas
Comentários
  • IMC

    <18,5 baixo peso

    18,6 a 24,9 Eutrofia

    25 a 29,9 Sobrepeso

    30 a 34,9 Obesidade grau I

    35 a 39,9 Obesidade grau II

    >40 Obesidade grau III


ID
2234188
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

No armazenamento de cereais, o nutricionista deve ficar atento para que a umidade relativa do ar na despensa esteja entre 50% a 60% e sua temperatura ambiente não deve ultrapassar a:

Alternativas

ID
2234191
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Balanco de nitrogênio negativo, significa na avaliação de um paciente o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Balanço nitrogenado negativo: Quando a quantidade de nitrogênio ingerido é menor que a excretado. 


ID
2234194
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Cabe ao nutricionista levar ao paciente e às comunidades, conceitos corretos de alimentação. Assinale a escolha alimentar inteligente:

Alternativas
Comentários
  • consumir diariamente cereais integrais.


ID
2234197
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Qual seria a área adequada para a instalação da cozinha de uma unidade de alimentação e nutrição de um hospital com 200 leitos?

Alternativas
Comentários
  • 2m²/leito

  • Centralizada 2m²

    Descentralizado 1,8 m²


ID
2234200
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Na conservação de alimentos por refrigeração, ocorre a produção de uma bacteriostase, que significa:

Alternativas

ID
2234203
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A nutricionista responsável pela elaboração dos cardápios de uma unidade de alimentação e nutrição, em um dia da semana irá utilizar o vegetal batata inglesa. Quantos quilos deste alimento irá adquirir, sabendo-se que o número de comensais é igual a 450, seu fator de correção é 1,06 e o seu per capita é 100 g?

Alternativas
Comentários
  • e) 47,700

  • 1,06x100= 106

    106x450= 47,700 batata.


ID
2234206
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Anápolis - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A anemia causada pela deficiência de cobre pode ocorrer em virtude da interrupção do metabolismo do seguinte mineral:

Alternativas
Comentários
  • c- ferro