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Prova IDECAN - 2016 - Prefeitura de Cariacica - ES - Professor - História


ID
3341896
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

Na sequência que constitui o 2º§ do texto podem ser identificados, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

    ? Verbo "poder ? podemos" indicando uma possibilidade, uma hipótese; conjunção coordenativa alternativa "ou" trazendo a ideia de alternância; condição trazida pela conjunção subordinativa condicional "se" e o verbo "converter" conjugado na terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo (=converta você) indicando um convite, um aconselhamento.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3341899
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

Em todo o texto apresentado, o emprego do acento grave é registrado por quatro vezes. Dentre os trechos destacados a seguir, a exigência da regência de acordo com a norma padrão da língua só NÃO faz parte da justificativa para tal ocorrência em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? A questão pede uma alternativa em que a crase não tenha sido empregado devido à regência:

    ? Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços [...]? (8º§) ? temos uma locução adverbial de tempo com base feminina, crase correta e obrigatória, não há relação regencial.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão é até fácil, o difícil é entender esses enunciados u.U

  • GABARITO: LETRA D

    Marca a única alternativa que não ocorre crase por causa da regência.


ID
3341902
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

“Tudo o que era guardado à chave permanecia novo por mais tempo. Mas meu propósito não era conservar o novo, e sim renovar o velho. ” (Walter Benjamin.)

Considerando o texto “Passeio à infância”, pode-se afirmar que, em relação à citação transcrita de Walter Benjamim,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? possui um conteúdo que condiz com o pensamento citado, sendo considerados textos com ideias afins.

    ? Ambos textos possuem como ideia principal o ato de reviver as lembranças, são textos nostálgicos, textos que objetivam retomar os fatos vividos e referenciá-los (=cultivar o velho).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3341905
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

O mesmo referente pode ser identificado através dos elementos de coesão textual destacados no trecho a seguir, com EXCEÇÃO de:

“Eu lhe(I) dou aipim ainda quente com melado. Talvez vo(II) fosse como aquela(III) menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco. (3º§)

Mas eu a(IV) levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repete dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto.” (4º§)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Eu lhe(I) dou aipim ainda quente com melado. Talvez você(II) fosse como aquela(III) menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e co/co. (3º§)

    Mas eu a(IV) levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repete dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto.? (4º§)

    ? "lhe", "você" e "a" (=referem-se à mesma mulher que acompanha o narrador em sua preambulação.; já o pronome demonstrativo "aquela" refere-se à menina rica.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • eu não entendi a pergunta.

    Socorroooo kkkkkk

  • Depois do comentário explicando percebo o quanto a questão era fácil esse enunciado que estava dificultando


ID
3341908
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

Algumas decisões em relação à estruturação do texto estão relacionadas ao objetivo da comunicação, dentre elas a que diz respeito ao nível de linguagem utilizado. Assinale a seguir o trecho destacado que representa a utilização de uma linguagem coloquial.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa?? (1º§)

    ? Observa-se que temos um verbo usado em seu sentido coloquial, sentido informal, ele denota a ideia de ficar "errando", "preambulando", "sem nada para fazer".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • ... utilização de uma linguagem coloquial.

    “Ou vamos ficar bestando (vagabundeando, errando, estar à atoa) nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa?” (1º§)

    Linguagem informa: 

    A linguagem informal também é classificada de linguagem coloquial. Essa linguagem é aplicada quando os interlocutores são amigos ou familiares e em momentos de descontração, ou seja, essa linguagem também conhecida como linguagem coloquial, informal, natural ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagem formal não estão registradas ou têm outro significado.

  • Linguagem formal é a mesma linguagem culta

    Linguagem informal é a mesma linguagem coloquial


ID
3341911
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

“Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.” (5º§) Assinale, a seguir, a reescrita que mantém a correção semântica e gramatical do período destacado anteriormente.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino fei/o do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.? (5º§) ? Observa-se que temos uma conjunção coordenativa adversativa, temos que procurar outra conjunção com esse mesmo valor, só encontramos na letra "b":

    ? Homem experiente, ido e vivido; todavia, quando a olhei, estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino fei/o do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco ? conjunção coordenativa adversativa (=temos a nossa resposta).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3341914
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

Os vocábulos a seguir não podem substituir sem alteração de sentido a palavra destacada em “Imagine um arco-íris visto na mais remota infância.” (6º§), EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? A questão pede uma palavra que possa substituir o adjetivo em destaque:

    ? ?Imagine um arco-íris visto na mais remota infância.? (6º§) ? "remota" significa algo que é distante, longínquo, afastado.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Lauta é feminino de lauto

    lau·to

    (latim lautus, -a, -um)

    adjetivo

    Que apresenta abundância, riqueza ou luxo. = ABUNDANTE, MAGNÍFICO

    "lauta", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021,  [consultado em 28-08-2021].

  • Atenção no enunciado: Todos os vocábulos não podem substituir... exceto(o vocábulo que pode substituir).

    Lauta: abundante

    Longínqua: remota

    Adjacente: próximo

    Improvável: que não se pode provar


ID
3341917
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.”

(Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas.)

Comparando as ideias expostas no trecho anterior com o texto “Passeio à infância” pode-se afirmar que há em comum (indique C para o correto, e I para o incorreto):

( ) A tipologia textual predominante apresentada.

( ) A escolha feita pela sequência narrativa referente à ordem cronológica dos fatos.

( ) A intenção discursiva através do desejo de retomar e de referenciar fatos vividos.

( ) A variação temporal como um dos principais elementos para a estruturação textual.

A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • Arthur Carvalho,explique essa por favor.Você é muito bom!

  • também não entendi

  • Questão cansativa , pqp.

  • Encontrei o recurso que fizeram para a questão, a banca manteve o gabarito.

    O primeiro texto é uma crônica descritiva.

    Sinceramente, fiz várias pesquisas e não consegui diferenciar, com clareza, uma crônica descritiva de uma narrativa.

    Justificativa da banca: A crônica “Passeio à infância” de Rubem Braga apresenta elementos descritivos. Existem descrições objetivas e subjetivas. A descrição subjetiva, apresentada no texto em análise, é mais conotativa, ou seja, nela, a opinião do autor incide sobre o objeto descrito, que não aparece como é na realidade, mas como o autor o vê. “Se a descrição objetiva é uma fotografia sem retoques, a descrição subjetiva é uma pintura na qual o autor coloca não só o que vê, mas também o que sente.” No texto em análise, “Passeio à infância” ocorre uma descrição subjetiva do ambiente. Na descrição de ambientes, o texto pode tratar de ambientes reais, concretos, como é o caso de um relatório, ou fictícios, como uma cidade imaginária (ou real que seja rememorado através de sua descrição) em um texto literário, o importante é que consigamos visualizar o que o autor descreve.

    Já no trecho de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” temos a predominância da narrativa conforme características descritas anteriormente. Nos textos descritivos os acontecimentos ocorrem num mesmo momento, são concomitantes; predominam verbos de estado; não ocorrem mudanças significativas. Os textos descritivos-narrativos (como o em análise) são aqueles que apresentam as características dos textos descritivos, mas também há marcas de textos narrativos, tais como sequência temporal ou a mudança de estado. É difícil haver um texto puramente descritivo ou narrativo - nas descrições pode haver marcas das narrativas e vice-versa. Geralmente, as narrativas iniciam-se por um texto descritivo para a apresentação do cenário, local estrategicamente organizado pelo autor, para situar o leitor mais próximo dos futuros acontecimentos.

  • Eu não entendi nem o que a questão tá pedindo. Alguém pode me ajudar?

  • I) O item I realmente é confuso. A banca considerou "Memórias Póstumas de Brás Cubas" como predominantemente narrativo e “Passeio à infância” como predominantemente descritivo.

    II) Incorreta. “Memórias Póstumas de Brás Cubas” não segue a mesma ordem cronológica, pois começa de trás para frente.

    III) Correto. Em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, esse "desejo de retomar e de referenciar fatos vividos" fica claro no trecho "...abrir estas memórias...".

    IV) Correto. De fato há uma variação temporal como elemento importante na construção textual em ambos os textos.

  • Quanto mais estudo para essa banca, mais me sinto burr@ kkkk


ID
3341920
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

De acordo com os propósitos do autor, pode-se afirmar, tendo em vista o foco narrativo assumido no texto, que o narrador, elemento do mundo ficcional,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? O narrador é o "homem maduro", "o menino que era fei/o na infância", temos um narrador-personagem (=um tipo de narrador que participa da história e por isso, recebe esse nome. Ele pode ser o personagem principal (narrador-protagonista), ou mesmo um personagem secundário (narrador-testemunha)).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O AUTOR RECONSTROI FATOS DE SUA INFANCIA, ESTANDO TATOALMENTE ASSOCIADO A ELES.


ID
3341923
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Passeio à infância

      Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegamos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingá? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para a atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!

     Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer fôrmas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?

   Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão amassada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horroroso o nosso pobre doce de abóbora e coco.

     Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.

    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão de infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.

     Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.

     Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração de infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que eu sei lhe ensino; são pequenas coisas de mato e de água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.

     Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego na beira do rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 

(BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas – 3ª edição – Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.)

É possível identificar a ocorrência de um processo anafórico presente nos trechos a seguir, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Exceção ? Não entendi ?

  • Anáfora

    É um mecanismo linguístico por meio do qual um termo recupera um outro termo que o antecedeu no texto.

    A questão pede a alternativa em que não há o emprego anafórico de um termo.

    A - “[...] como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga […]” (2º§)

    Pronome Relativo - retoma "mês"

    B - “Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras […]” (2º§)

    Não há o emprego anafórico de algum termo

    (GABARITO)

    C - “Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa?” (1º§)

    Pronome Relativo - retoma "areia"

    D - Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras...” (3º§)

    Refere-se a mulher do texto


ID
3341926
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um programa de televisão premiou os participantes de um concurso da seguinte forma:

  • o primeiro colocado recebeu metade da premiação total;
  • o segundo colocado recebeu 2/3 da premiação restante;
  • o terceiro colocado recebeu metade do que sobrou;
  • o quarto colocado recebeu 1/4 do que ainda sobrou; e,
  • os concorrentes que ficaram da quinta à décima colocação dividiram R$ 3.000,00.

A premiação total dada pelo programa aos concorrentes foi:

Alternativas

ID
3341929
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A fim de aumentar a produção, uma confecção decidiu adotar medidas que elevassem o rendimento de seus funcionários. Essas medidas foram baseadas a partir das informações obtidas do gráfico “produção de peças/hora do dia” cuja lei de formação é f(x) = –52x2 + 350x + 1000 e 1 ≤ X ≤ 8.Após adotar essas medidas, o dono da confecção constatou um aumento de 75% na produção no horário que tinha o menor rendimento. O número de peças produzidas atualmente nesse horário é:

Alternativas
Comentários
  • Pelo limite de X estabelecido (menor ou igual a 8) o menor rendimento é produzido quando X = 8, assim:

    f(8)= -52 X2 = 350X + 1000

    f(8) = -3328 + 2800 + 1000

    f(8)=472

    Mas a questão diz que as 8hs houve um aumento de 75%, logo:

    472---------- 100%

    x ------------- 175%

    100x = 472 . 175

    x = 82600 / 100

    x = 826

    Gab. D


ID
3341932
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Pedro, Carlos e Marcos estão conversando a respeito de suas moradias. Joana ouviu parte da conversa que explicitou as seguintes informações:

  • a moradia de Carlos é amarela;
  • Pedro ou mora em uma mansão ou em um apartamento;
  • a casa é azul; e,
  • a mansão não é verde.

Joana tendo conhecimento de que um dos três amigos mora em uma casa, outro em um apartamento e o outro em uma mansão, de cores amarela, verde e azul, não necessariamente nessa ordem, chegou a conclusão de que quem mora em um apartamento, em uma moradia amarela, em uma moradia azul, em uma mansão e em uma casa são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

    Típica questão em que devemos cruzar as informações do enunciado até chegar à resposta correta.

    Escreva as iniciais de cada nome e na frente de cada nome as iniciais dos tipos de moradia e das cores, aí é só cruzar as informações do enunciado até chegar á resposta. Exemplo: se a moradia de Carlos é amarela, então podemos riscar as cores azul e verde; se Pedro mora ou em uma mansão ou em um apartamento, então podemos riscar a opção casa e assim até chegar ao resultado.

  • só se focar no Carlos!

ID
3341935
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Observe a sequência a seguir:

3B , 7F , 14M , 18Q, 36I , 40M . . .

A letra que acompanha o número do 9º termo desta sequência é:

Alternativas
Comentários
  • 3 +4 7 X2 14 +4 18 X2 36 +4 40 X2 80 +4 84 X2 168

    RAZÃO = ( +4 X2 )

    A = 1 ( 2 )

    B = 2 ( 3 )

    C = 3 ( 4 )

    D = 4 ( 5 )

    E = 5 ( 6 )

    F = 6 ( 7 )

    :

    :

    M = 13 ( 14 )

    :

    :

    K = 167 ( 168 )

    L = 168

    NUMEROS SERÃO SEMPRE +1

    MULTIPLIQUEI 26 X 6 = 156 FALTAM 12

    OU

    DIVIDI-SE 168 / 26 RESTO 12


ID
3341938
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Para atender uma nova demanda, uma empresa selecionou três de seus 16 funcionários e formou um grupo. Um dos três funcionários do grupo foi designado líder, outro foi designado analista e o outro gerente. O número de combinações possíveis para a formação desse grupo é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Têm-se três cargos. Para o primeiro cargo, há 16 opções de funcionários; para o segundo, 15 opções (já usamos 1 no primeiro); para o terceiro, 14 opções (já usamos 2 funcionários até aqui).

    Portanto: 16.15.14 = 3360.

  • Eu fiz C16,3 :(

  • A questão propositalmente cita combinação para confundir o candidato, mas como há cargos que diferem as pessoas não pode ser, sendo a ordem importante. Assim:

    16 x 15 x 14 = 3.360

    Gab: C

  • A questão lhe induz ao erro...

  • dá uma ideia de grupo, porém ele bota em ordem classificatória mudando de combinação para arranjo. 16x15x14=3360

  • Questão que induz ao erro, mas é possível fazer utilizando combinação e arranjo

    Primeiro: quantos grupos de 3 funcionários é possível formar dentro de um grupo de 16?

    C16,3 = 16*15*14/3*2*1 = 560

    Segundo: quantas possibilidades eu tenho para escolher o líder, analista e gerente num grupo de três funcionários?

    líder: 3

    analista: 3-1=2

    gerente: 2-1=1

    3*2*1 = 6

    Terceiro: se tenho 6 possibilidades para escolher as funções e tenho 560 possibilidades de grupos de funcionários, basta multiplicar

    560*6 = 3360

    Existe caminhos mais rápidos, mas esse ajuda a entender de outra forma.


ID
3341941
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em uma biblioteca ocorre um curioso fenômeno: em determinada ordem de gênero, o número de livros de um gênero é igual ao número de livros do gênero anterior na ordem, somado a dois. Sabendo que a biblioteca possui 2040 livros, distribuídos em 40 gêneros, então o número de livros do gênero “Clássicos”, 17º nessa ordem de gênero, é:

Alternativas
Comentários
  • Pra mim tá mais para PA: Gab: 44 D

  • É uma progressão aritmética. Então: A1 não sabemos; R = 2 S = 2040 n = 40 A40 = A1 + 39.2 A40 = A1 + 78 Usaremos as soma dos termos. S = (A1 + An).n/2 Logo 2040 = (A1 + A40).40/2 2040 = (A1 + A1 + 78).20 2040 = 20A1 + 20A1 + 1560 2040 - 1560 = 40A1 A1 = 480/40 A1 = 12 Depois encontrado o A1 usamos pra encontrar o A17... A17 = A1 + 16.2 A17 = 12 + 32 A17 = 44 Gabarito alternativa D

ID
3341944
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Observe a sequência a seguir:

x + 5, 3x + 15, 9x + 45 . . .

Sabendo que a soma dos oito primeiros termos dessa sequência equivale a 3280, o valor de “x” é:

Alternativas
Comentários
  • 1 - X+5

    2 - 3X+15

    3 - 9X+45 (X3)

    4 - 27X+135

    5 - 81X+405

    6 -243X+1215

    7 - 729X+3645

    8 - 2187X+10935

    3280X+16400 = 3280

    X = 3280 - 16400 / 3280

    X = -4


ID
3341947
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma empresa de telefonia oferece planos com junção de até três tipos de serviços: telefone fixo, TV por assinatura e telefone móvel. Após um lavamento, a empresa constatou que dos seus clientes:

  • 64,3 % assinando um plano que possuía o serviço de telefonia fixa;
  • 53% assinam um plano que possuía o serviço de telefonia móvel;
  • 8,5% assinam um plano que possuía os serviços de TV por assinatura e telefonia fixa;
  • 35% assinam um plano que possuía os serviços de TV por assinatura e telefonia móvel; e,
  • 3,3% assinam um plano que possuía os serviços de Telefonia Móvel e telefonia fixa.

Sabendo que a empresa possui 50.000 clientes, então o número de clientes que assinam o plano que contém os três tipos de serviços é:

Alternativas
Comentários
  • A questão está incompleta e com informações erradas. Segue abaixo a correção:

    . 64,3% assinam um plano que possuía o serviço de TV por assinatura;

    • 27% assinam um plano que possuía o serviço de telefonia fixa;

    • 53% assinam um plano que possuía o serviço de telefonia móvel;

     8,5% assinam um plano que possuía os serviços de TV por assinatura e telefonia fixa;

    • 35% assinam um plano que possuía os serviços de TV por assinatura e telefonia móvel; e,

    • 3,3% assinam um plano que possuía os serviços de Telefonia Móvel e telefonia fixa.

    Gabarito: letra B

  • com base nos dados do amigo de cima

    vamos la:

    soma 27% + 64% + 53% = 144,3%

    144,3% -100% = 44,3%( que representa as interseções)

    agora você faz 44,3% -8,5% - 35% - 3,3% =2,3%

    2,3% de 50000 = 1250

    Resp B

  • A resposta do colega alfartano está incorreta, pois 44,3% -8,5% - 35% - 3,3% dá um numero negativo, ou seja, a intersecção entre os três foi subtraída mais de uma vez. Acertei essa questão no chute, quem souber a resolução poste por favor...

    • Vamos colocar x pessoas na intersecção desses três conjuntos;
    • 3,3% assinam um plano que possuía os serviços de Telefonia Móvel e telefonia fixa... Já temos x pessoas nesse conjunto!... Então, vamos colocar mais 3,3% - x pessoas lá;
    • 35% assinam um plano que possuía os serviços de TV por assinatura e telefonia móvel... Já temos x pessoas nesse conjunto!... Então, vamos colocar mais 35% - x pessoas lá;
    • 8,5% assinam um plano que possuía os serviços de TV por assinatura e telefonia fixa... Já temos x pessoas nesse conjunto!... Então, vamos colocar mais 8,5% - x pessoas lá;

    • 53% assinam um plano que possuía o serviço de telefonia móvel... Já temos 38,3% - x pessoas lá... Então, vamos colocar mais 53% - (38,3%-x) = 14,7% + x pessoas, lá...
    • 27% assinam um plano que possuía o serviço de telefonia fixa... Já temos 11,8% - x pessoas lá... Então, vamos colocar mais 27% - (11,8%-x) = 15,2% + x pessoas, lá...
    • 64,3% assinam um plano que possuía o serviço de TV por assinatura... Já temos 43,5% - x pessoas lá... Então, vamos colocar mais 64,3% - (43,5%-x) = 20,8% + x pessoas, lá...

    Agora, se somarmos todos os elementos desses conjuntos teremos um total de 100% de clientes!... Então,

     

    15,2%+x+8,5%−x+x+3,3%−x+20,8%+x+35%−x+14,7%+x=100%

    15,2%+x+8,5%−x+x+3,3%−x+20,8%+x+35%−x+14,7%+x=100%

     

    97,5%+x=100%

    97,5%+x=100%

     

    x=2,5%declientes

    x=2,5%declientes

     

    Dessa forma, sabemos que 2,5% de clientes que assinam o plano que contém os três tipos de serviços... Como a empresa tem 50.000 clientes, em linguagem matemática, o nº dos que assinam o plano que contém os três tipos de serviço é:

     

    2,5%de50.000

    2,5%de50.000

     

    0,025×50.000=1.250clientes


ID
3341953
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Sabendo que o resto da divisão de 3x4 + (3m – 8)x3 + x2 + (2m – 3)x – (6m + 10) por x + 3 é 2, então o valor de m é:

Alternativas
Comentários
  • x+3=0 => x=-3

    3(-3)^4+(3m-8)(-3)³+(-3)²+(2m-3)(-3)-(6m+10)=2

    243-81m+216+9-6m+9-6m-10=2

    465-93m=0

    m=5

    Letra B


ID
3341956
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“Todo presidente dos Estados Unidos se dedica a duas tarefas simultâneas: governar o dia a dia e preparar seu lugar na história. Quanto mais próximo o fim do mandato, mais se fala do legado. Que marca deixará? Barack Obama, presidente desde janeiro de 2009, deixará a Casa Branca depois do fim do seu segundo mandato. Em uma entrevista à revista The New Yorker, publicada em 2014, Obama refletiu sobre a limitada capacidade dos presidentes de mudar o mundo e disse: ‘Nós só tentamos que o nosso legado seja correto’.”

(Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/11/internacional/1452533002_110738.html.)

Assinale a alternativa que contém uma ou mais ações marcantes do governo de Obama.

Alternativas

ID
3341959
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“A Receita Federal libera, a partir das 9 h desta quinta-feira (08/09/16), a consulta ao quarto lote de restituições do Imposto de Renda 2016 e a lotes residuais, de quem caiu na malha fina, de 2008 a 2015. Estão incluídos nesse 4º lote de restituição do IR deste ano 2.106.171 contribuintes, totalizando R$ 2,5 bilhões em restituições. O pagamento será feito no dia 15 de setembro.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/economia/imposto-de-renda/2016/noticia/2016/09/receita-abre-consulta-ao-4-lote-do-ir-2016-nestaquinta.html.)

No fim de abril, a Receita Federal informou que 716 mil declarações já estavam retidas na malha fina do IR devido a inconsistências das informações prestadas. Sobre a “Malha Fina”, assinale a afirmativa correta.

Alternativas

ID
3341965
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“A desaceleração da economia da China terá consequências negativas na economia mundial em 2016, especialmente nos países emergentes, afirmou a agência de classificação Moody's. O enfraquecimento mais pronunciado do que o antecipado da economia chinesa é atualmente um dos maiores riscos para a economia global, avaliou a agência no documento. O mundo olha atento para a desaceleração do ritmo de crescimento econômico da China, que pode afetar as economias de diversos países, inclusive o Brasil.”

(Disponível em: http://economia.uol.com.br/noticias/efe/2016/05/19/desaceleracao-da-china-mais-aos-paises-emergentes-avalia moodys.htm.)

Apesar dessa crise, a China continua sendo a segunda maior economia do mundo. Esse crescimento acelerado teve início principalmente a partir

Alternativas

ID
3341968
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

As medidas de combate ao tabagismo poderão ser ampliadas. Está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) o projeto que proíbe a venda de fumígenos para menores de 21 anos (PLS 236/2016). O autor do projeto, o ex-senador Ricardo Franco (DEM-SE), argumenta que uma restrição mais rigorosa é uma questão de saúde pública e também um direito dos jovens brasileiros. Ele destaca que a proibição alcança o uso e a venda de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco.”

(Disponível em: http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/09/06/projeto-proibe-venda-de-cigarros-para-menores-de-21-anos.)

Conforme a legislação brasileira atual, a proibição de venda de fumígenos atinge menores de

Alternativas
Comentários
  • D


ID
3341971
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A partir da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), crianças e adolescentes brasileiros, sem distinção de raça, cor ou classe social, passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direitos e deveres, considerados como pessoas em desenvolvimento a quem se deve prioridade absoluta do Estado. De acordo com o texto do ECA, à criança e ao adolescente serão assegurados para garantia do Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Queremos a alternativa incorreta, o direito de contestação é das crianças e adolescentes e não dos pais.

    ? Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    II - direito de ser respeitado por seus educadores;

    III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

    IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

    V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O erro da questão está em destaque:

    Direito de ser respeitado por seus educadores e de contestar critérios avaliativos, podendo seus responsáveis recorrer às instâncias escolares superiores.

    Não sãs os responsáveis, e sim os próprios estudantes. Art. 53, III.

  • Para responder esta questão, exige-se do candidato conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA), Lei nº 8.069/90. O candidato deve indicar qual assertiva traz um direito da criança e do adolescente incorretamente. Vejamos:

    a) Correta.

    "Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: (...) V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.(...)"

    b) Correta.

    "Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: (...) IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;(...)"

    c) Correta.

    "Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: (...) I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;(...)"

    d) Incorreta.

    A criança e o adolescente que podem recorrer a instâncias superiores, e não seus responsáveis. Vejam o texto legal:

    "Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: (...) II - direito de ser respeitado por seus educadores; III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;(...)"

    Gabarito do monitor: D


ID
3341974
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia

Na perspectiva da educação integral, o conceito de tempo integral suscita várias discussões, uma vez que há algumas correntes dos movimentos sociais ligados à educação que defendem que apenas a ampliação do tempo de estudo não garante o resultado ambicionado pela educação integral no ensino e aprendizagem dos estudantes – resultado que deseja garantir o pleno desenvolvimento das crianças e adolescentes. No âmbito das Diretrizes Curriculares Nacionais, a educação integral é assim entendida:

I. Considera-se como de período integral a jornada escolar que se organiza em sete horas diárias, no mínimo, perfazendo uma carga horária anual de, pelo menos, mil e quinhentas horas.

II. A proposta educacional da escola de tempo integral promoverá a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa de educar e cuidar entre os profissionais da escola e de outras áreas, as famílias e outros atores sociais, sob a coordenação da escola e de seus professores, visando alcançar a melhoria da qualidade da aprendizagem e da convivência social e diminuir as diferenças de acesso ao conhecimento e aos bens culturais, em especial entre as populações socialmente mais vulneráveis.

III. O currículo da escola de tempo integral, concebido como um projeto educativo integrado, implica a ampliação da jornada escolar diária mediante o desenvolvimento de atividades como o acompanhamento pedagógico, o reforço e o aprofundamento da aprendizagem, a experimentação e a pesquisa científica, a cultura e as artes, o esporte e o lazer, as tecnologias da comunicação e informação, a afirmação da cultura dos direitos humanos, a preservação do meio ambiente, a promoção da saúde, entre outras. As atividades serão desenvolvidas dentro e fora do espaço escolar.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
3341977
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Boa parte das reflexões sobre a função social da escola no Brasil foi canalizada em torno do debate acerca das tendências pedagógicas. Assim, tomando como mote as discussões de Libâneo, é possível identificar papéis propostos para a instituição escolar nas diferentes pedagogias. Estão corretas as correlações entre o papel da escola e as tendências pedagógicas:

Alternativas
Comentários
  • A) No contexto da tendência liberal tradicional, concebe-se uma escola modeladora do comportamento, com ênfase em aspectos voltados para que os indivíduos se integrem na máquina do sistema social global. INCORRETA – Refere a Tendência Tecnicista

    B) No contexto da tendência liberal renovada , a escola é chamada a cumprir uma clássica função: a atuação da escola consiste na preparação intelectual e moral dos alunos para assumir sua posição na sociedade. O compromisso com a escola é com a cultura. INCORRETA – Refere à Liberal Tradicional e o nome correto é Progressiva!

    C) No contexto da tendência liberal tecnicista, à escola cumpre retratar a vida, buscando suprir as experiências que permitam ao aluno educar-se, num processo ativo de construção e reconstrução do objeto, numa interação entre estruturas cognitivas do indivíduo e estruturas do ambiente. INCORRETA, pois refere a Tendência Progressista Histórica-crítica dos conteúdos

    D) No contexto da pedagogia progressista encontramos orientações voltadas para uma transformação na personalidade dos alunos num sentido libertário e autogestionário e até uma perspectiva na qual a escola é chamada a cumprir um papel de transmissão dos conhecimentos universais buscando a transformação social. CORRETA, faz menção tanto a tendência progressista Libertária como a Histórica-crítica dos conteúdos.

    Estude, tenha disciplina, planejamento e materiais de qualidade. Não espere motivação e palavras de incentivo!

  • Em uma questão mal elaborada como esta, devemos ir na "menos errada", no caso seria a Letra D .. pois de certo modo fez uma mistura de características de 2 duas tendências progressistas: a Libertária e a Critico social dos conteúdos

  • Toda vez que faço questões da Idecan vejo que eu não aprendi nada
  • D) No contexto da pedagogia progressista encontramos orientações voltadas para uma transformação na personalidade dos alunos num sentido libertário e autogestionário e até uma perspectiva na qual a escola é chamada a cumprir um papel de transmissão dos conhecimentos universais buscando a transformação social.

    Pedagogia progressista libertária

    Pedagogia progressista crítico-social dos conteúdos. (Note que não é a transmissão de conteúdos tidos como verdades absolutas, mas sim os "universais")

    #vousernomeado


ID
3341980
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, o dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante, entre outras providências, a garantia de oferta da educação básica. Esta oferta deverá ser:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Segundo a LDB (9394/96):

    ? Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:   

    a) pré-escola; 

    b) ensino fundamental; 

    c) ensino médio.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A educação básica é de caráter obrigatório e gratuito a partir dos 4 anos aos 17 anos de idade, sendo organizada em 3 níveis: pré-escola de 4 a 5 anos, ensino fundamental de 6 a 14 anos e ensino médio de 15 a 17 anos.

  • A educação básica é de caráter obrigatório e gratuito a partir dos 4 anos aos 17 anos de idade, sendo organizada da seguinte maneira:

    pré-escola;

    ensino fundamental;

    ensino médio


ID
3341983
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

De acordo com as DCNs para o ensino médio, construir a qualidade social pressupõe conhecimento dos interesses sociais da comunidade escolar para que seja possível educar e cuidar mediante interação efetivada entre princípios e finalidades educacionais, objetivos, conhecimentos e concepções curriculares. Isso abarca mais que o exercício político-pedagógico que se viabiliza mediante atuação de todos os sujeitos da com unidade educativa. A escola de qualidade social adota como centralidade o diálogo, a colaboração, os sujeitos e as aprendizagens, o que pressupõe, sem dúvida, atendimento a requisitos tais como, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Exceto: C

    Valorização dos profissionais da educação, com programa de formação inicial, critérios de acesso, permanência, remuneração compatível com a jornada de trabalho definida no plano de ação do MEC.

  • A escola de qualidade social adota como centralidade o diálogo, a colaboração, os sujeitos e

    as aprendizagens, o que pressupõe, sem dúvida, atendimento a requisitos tais como:

    I – revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e tempos educativos,

    abrangendo espaços sociais na escola e fora dela;

    II – consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade

    e à diversidade cultural, resgatando e respeitando os direitos humanos, individuais e coletivos e

    as várias manifestações de cada comunidade;

    III – foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem, e na avaliação das

    aprendizagens como instrumento de contínua progressão dos estudantes;

    IV – inter-relação entre organização do currículo, do trabalho pedagógico e da jornada de

    trabalho do professor, tendo como foco a aprendizagem do estudante;

    V – preparação dos profissionais da educação, gestores, professores, especialistas, técnicos,

    monitores e outros;

    VI – compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura entendida como espaço

    formativo dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade;

    VII – integração dos profissionais da educação, os estudantes, as famílias, os agentes da comunidade

    interessados na educação;

    VIII – valorização dos profissionais da educação, com programa de formação continuada,

    critérios de acesso, permanência, remuneração compatível com a jornada de trabalho definida

    no projeto político-pedagógico;

    IX – realização de parceria com órgãos, tais como os de assistência social, desenvolvimento e

    direitos humanos, cidadania, ciência e tecnologia, esporte, turismo, cultura e arte, saúde, meio

    ambiente.

  • Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, não é a do ensino médio


ID
3341986
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

“Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado Projeto Político-Pedagógico – o famoso PPP. Podemos conceituar o PPP definindo as próprias palavras que compõem o documento. É projeto porque _______________; é político porque _______________; é pedagógico porque _______________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    “Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado Projeto Político-Pedagógico – o famoso PPP. Podemos conceituar o PPP definindo as próprias palavras que compõem o documento. É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo; é político porque considera a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir; é pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.” (LOPES, 2010, p. 01)


ID
3341989
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No caderno currículo, conhecimento e cultura da série indagações sobre o currículo, Moreira e Candau propõem que se evidenciem, no currículo, a construção social e os rumos subsequentes dos conhecimentos, cujas raízes históricas e culturais tendem a ser usualmente “esquecidas”, o que faz com que costumem ser vistos como indiscutíveis, neutros, universais, intemporais. Isso significa

Alternativas
Comentários
  • B de bola


ID
3341992
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A escola é o lugar onde se concretiza o objetivo máximo do sistema escolar, ou seja, o atendimento direto de seus usuários nas relações de ensino-aprendizagem. É nela que as metas governamentais são atingidas ou não, e que as políticas educacionais se realizam tal como o previsto ou sofrem distorções. Ao discutir autonomia da escola, Veiga destaca algumas dimensões consideradas básicas para o bom funcionamento de uma instituição educativa e que, segundo ela, devem ser relacionadas e articuladas entre si:

I. Autonomia administrativa: consiste na possibilidade de elaborar e gerir seus planos, programas e projetos e autonomia jurídica – diz respeito à possibilidade de a escola elaborar suas normas e orientações escolares.

II. Autonomia financeira: refere-se à disponibilidade de recursos financeiros capazes de dar à instituição educativa condições de funcionamento efetivo.

III. Autonomia pedagógica: consiste na liberdade de propor modalidades de ensino e pesquisa. Está estreitamente ligada à identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, bem como aos resultados e, portanto, à essência do projeto pedagógico da escola.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • "Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público."

    Essa parte de autonomia jurídica, quebrou minhas pernas, nunca vi isso.

    A banca deu gabarito ''A'.


ID
3341995
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A divergência entre as teorias curriculares deve fazer com que a escola discuta qual currículo quer adotar para se chegar ao objetivo desejado. Essa escolha deve ser pensada a partir da concepção do seu Projeto Político-Pedagógico (PPP) e do conhecimento das características mais marcantes sobre as teorias curriculares. Assinale a alternativa que apresenta uma característica das teorias críticas.

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta: Letra C

    A) pós crítica ( raça, etnia..)

    B) pós crítica ( gênero, alteridade ...)

    C) crítica ( emancipação, curriculo oculto, relações de poder...)

    D) pós crítica ( multiculturalismo)

  • Item C - Correto.


ID
3341998
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Embora seja uma das bandeiras da Escola Nova e o conceito de aprender a aprender continue o mesmo, atualmente, na prática ele muda radicalmente. Se antes era visto como o desenvolvimento da lógica do aprendiz, atualmente sabemos que há o desenvolvimento da lógica sim, mas apenas isso não garante essa capacidade. Dessa forma, Telma Weisz afirma que para ser capaz de aprender permanentemente, a bagagem necessária, hoje, é

Alternativas
Comentários
  • D

    acadêmico-cultural.


ID
3342001
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A tendência habitual de situar os diferentes conteúdos de aprendizagem sob a perspectiva disciplinar tem feito com que a aproximação à aprendizagem se realize segundo eles pertençam à disciplina ou à área. Se mudarmos de ponto de vista e, em vez de nos fixar na classificação tradicional dos conteúdos por matéria, consideramo-los segundo a tipologia conceitual, procedimental ou atitudinal, poderemos ver que existe uma maior semelhança na forma de aprendê-los e de ensiná-los, pelo fato de serem conceitos, fatos, métodos, procedimentos, atitudes etc., e não pelo fato de estarem ligados a uma ou a outra disciplina. Contudo, Zabala alerta que é conveniente prevenir do perigo de compartimentar o que nunca se encontra de modo separado nas estruturas do conhecimento, pois:

I. Todo conteúdo, por mais específico que seja, sempre está associado e, portanto, será aprendido junto com conteúdos de outra natureza.

II. As atividades de aprendizagem são substancialmente semelhantes segundo a natureza do conteúdo.

III. A estratégia de diferenciação tem sido basicamente a partir da análise da aprendizagem e não do ensino.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • III é correto, II não.


ID
3342004
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A escola, em qualquer sociedade, tende a renovar-se e ampliar seu âmbito de ação, reproduzir as condições de existência social formando pessoas aptas a ocupar os lugares que a estrutura social oferece. Com a religião e o esporte, a educação pode se constituir num instrumento do poder e, nessa medida, o professor é o instrumento da reprodução das desigualdades sociais em nível escolar. Acerca das relações de poder na escola, analise as afirmativas a seguir.

I. A escola se constitui num centro de discriminação, reforçando tendências que existem no “mundo de fora”. O modelo pedagógico instituído permite efetuar vigilância constante. As punições escolares não objetivam acabar ou ‘recuperar’ os infratores. Mas, ‘marcá-los’ com um estigma, diferenciando-os dos ‘normais’, confiando-os a grupos restritos que personificam a desordem, a loucura ou o crime.

II. As áreas do saber se formam a partir de práticas políticas disciplinares, fundadas na vigilância. Isso significa manter o aluno sob um olhar permanente, registrar, contabilizar todas as observações e anotações sobre os alunos, através de boletins individuais de avaliação.

III. A prática de ensino em sua essência reduz-se à vigilância. Não é mais necessário o recurso à força para obrigar o aluno a ser aplicado, é essencial que o aluno, como o detento, saiba que é vigiado. Porém há um acréscimo: o aluno nunca deve saber que está sendo observado, mas deve ter a certeza de que poderá sê-lo sempre.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas

ID
3342007
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

É comum responsabilizar a escola de ensino regular por não saber trabalhar com as diferenças e excluir seus alunos e a escola especial por se colocar de forma segregada e discriminatória. A implementação da educação inclusiva requer a superação desta dicotomia eliminando a distância entre o ensino regular e o especial, que numa perspectiva inclusiva significa

Alternativas

ID
3342010
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O trabalho interdisciplinar garante maior interação entre os alunos, destes com os professores, sem falar na experiência e no convívio grupal. Partindo deste princípio é importante, ainda, repensar essa metodologia como uma forma de promover a união escolar em torno do objetivo comum de formação de indivíduos sociais. Neste aspecto a função da interdisciplinaridade é apresentar aos alunos possibilidades diferentes de olhar um mesmo fato. Essa temática é compreendida como

Alternativas

ID
3342013
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Muito mais do que um conjunto de saberes dividido em áreas de conhecimento, disciplinas, atividades, projetos e outras formas de recorte, por sua vez hierarquizados em séries anuais ou semestrais, ciclos, módulos de ensino, eixos e outras formas de escalonar o tempo, o currículo é o coração da escola. Sobre as formas de organização curricular, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
3351013
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A civilização grega, na qual foram estabelecidas as bases da política e da cultura ocidentais, começou a se formar em torno de 2000 a.C, na Península Balcânica e entrou em declínio no séc. II a.C. Essa civilização deu origem à cultura ocidental, por assim dizer, ao inventar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B


ID
3351016
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Do surgimento das primeiras manifestações estudantis, a nível de movimento social, na história do Brasil, até os dias atuais, passando pelo Regime Militar, o movimento estudantil tem deixado suas marcas.
Acerca desse assunto,
analise as afirmativas a seguir.

I.
A UNE foi a primeira entidade estudantil do Brasil, criada em pleno Regime Militar.
II.Numa das participações mais contundentes, os estudantes estiveram presentes na “Passeata dos Cem Mil” contra o Regime Militar.
III.Na Campanha “Diretas Já”, a participação dos estudantes foi irrisória, pois a UNE tinha sido cassada pelo governo da “Linha Dura”.
IV.
O movimento “Caras Pintadas” foi marcado por uma presença muito forte dos estudantes, bem como de outros setores da sociedade civil.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • A UNE foi criada em 1937, ainda sob o contexto da Era Vargas.

    Gabarito - C

  • " A história do Brasil moderno não pode ser contada sem citar a participação da União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade que representa os universitários do país, fundada em 1937 (...)

    Da campanha O Petróleo é Nosso na década de 1940, passando pelo enfrentamento à ditadura militar nos anos 60 e 70, pelas Diretas Já nos anos 80 e pela mobilização dos caras-pintadas na década de 1990, a UNE fez parte das principais mobilizações populares da história recente brasileira.

    Fonte: Agência Senado

  • Na manhã do dia 26 de junho de 1968, estudantes, artistas, religiosos e intelectuais se concentram nas ruas do centro do Rio de Janeiro. Às 14h, iniciam uma passeata com cerca de 50 mil pessoas. Uma hora depois esse número já havia dobrado e os manifestantes ocupam toda a avenida Rio Branco. O ato, que ficaria conhecido como a Passeata dos Cem Mil, foi a maior manifestação de protesto desde o golpe de 1964.

    Já os caras-pintadas foi o movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer do ano de  que teve, como objetivo principal, o impeachment do presidente do Brasil na época, Fernando Collor de Mello.


ID
3351019
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Que relações tem a história com o tempo, com a duração, tanto com o tempo ‘natural’ e cíclico do clima e das estações quanto com o tempo vivido e naturalmente registrado dos indivíduos e das sociedades? Por um lado, para domesticar o tempo natural, as diversas sociedades e culturas inventaram um instrumento fundamental, que é também um dado essencial da história: o calendário[...]”
(Le Goff, 1924
Tradução Bernardo Leitão... [et al.] Campinas, SP Editora da UNICAMP, 1990.)

Sobre o calendário, de uma maneira geral, analise as afirmativas a seguir.

I.
É considerado um dos grandes emblemas e instrumentos do poder; pois,normalmente,os detentores carismáticos do poder são senhores do calendário.
II.
Júlio César fez reformar o calendário romano e, numa prova de seu poder, criou o novo calendário, denominado “Calendário Cristão”, vigente até hoje.
III.
O lugar que o calendário ocupa nos primeiros séculos do cristianismo demonstra a sua importância para a igreja cristã.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • O calendário vigente até hoje de Augusto César

    No ano 730 de Roma, o Senado romano decretou que Sextilis, passasse a chamar-se Augustus, pois durante este mês o imperador César Augusto pôs fim à guerra civil que desolava o povo romano. E para que o mês dedicado a César Augusto não tivesse menos dias que o dedicado a Júlio César, Augustus passou a ter 31 dias. Este dia "saiu" do mês de Februarius, que ficou com 28 dias nos anos comuns e 29 nos bissextos. Também para que não houvesse tantos meses seguidos com 31 dias, reduziram-se para 30 dias os meses de September e November, passando a ter 31 dias os de October e December. Assim se chegou a uma distribuição, sem lógica, dos dias pelos meses, que ainda hoje perdura, e que se transcreve com os nomes atuais em língua portuguesa.


ID
3351022
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“O século XIX foi marcado pela forte cientificação da história. Para esses historiadores a verdade estava implícita nos fatos empíricos, ou seja, naquilo que podia ser visto e era real.O historicismo se preocupava principalmente com a história dos eventos políticos e das guerras. A história dos ‘heróis’ e de grandes personalidades foi uma marca desse período. A metodologia foi uma grande contribuição desse período, pois ela permitiu aos historiadores a capacidade de refletir sobre a veracidade dos documentos.”
(JUZWIAK, Victor; LEITE, Marcos Flávio. Relação entre Ensino de História e Historiografia: algumas reflexões. Revista Virtual P@rtes.)

Para os historiadores desse período (século XIX), o documento histórico

Alternativas

ID
3351025
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Quatro tumbas pré-colombianas foram descobertas em Lima, em 2015
Três mulheres e um homem viveram entre os anos 1000 e 1450. As primeiras tumbas da cultura Ichma ficavam no topo de uma pirâmide.

Mil anos de idade em um cemitério pré-inca de forma piramidal que se ergue no coração de um bairro residencial em Lima. A descoberta confirma a presença da cultura Ichmaem Lima, que se instalou na costa central do Perua partir do ano 1000 e desapareceu em 1450, coincidindo com a expansão do império inca, que abarcou os anos 1438-1533.
(Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/quatro-tumbas-pre-colombianas-sao-descobertas-em-lima.html.)


São chamados povos pré-colombianos os povos que precederam à colonização europeia na América. Os mais conhecidos foram os astecas, incas e maias. Dentre as principais características que permeavam o cotidiano desses povos, podemos destacar:

Alternativas
Comentários
  • Gab B


ID
3351028
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O termo primavera vem do latim, com a união das palavras primo evere, que significam “antes do verão”. É uma época de extrema beleza, cheia de flores coloridas e perfumadas, que marcam o início da reprodução de muitos vegetais. Em história, em mais de uma ocasião, o termo primavera ganhou uma conotação política e social, relacionada à mudança. Tendo em vista o contexto dessas “primaveras históricas”, analise as afirmativas a seguir.

I.É o nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos que eclodiu em 2011.
II.
Movimentos revolucionários de cunho nacionalista e popular que eclodiram em diversos pontos da Europa por volta de 1840.
III.
Tentativa de criar na Tchecoslováquia um projeto de renovação do socialismo: o socialismo humanista.

A alternativa que traz
os nomes desses movimentos, na ordem crescente, é:

Alternativas
Comentários
  • Primavera Árabe foi uma série de revoltas populares que eclodiram em mais de 10 países no Oriente Médio e na região norte da África. A Tunísia foi o berço de revoluções que se espalharam pelas nações vizinhas em oposição às altas taxas de desemprego, precárias condições de vida, corrupção e governos autoritários.

    Primavera dos Povos foi uma série de conflitos ocorridos em alguns países da Europa, em 1848. De cunho liberal, nacional e socialista, a também chamada Revolução de 1848 teve início na França

    Primavera de Praga foi um período de oito meses durante o ano de 1968 em que a população da Checoslováquia (ou Tchecoslováquia) passou a pressionar por mudanças no sentido de reformar os moldes do governo comunista que estava instalado naquele país. A mobilização popular e a abertura do governo pelas reformas levaram a União Soviética a intervir, invadindo a Checoslováquia em agosto de 1968..


ID
3351031
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“Jerusalém, cidade que abriga alguns dos locais mais importantes de três religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo), vive desde 2015 uma nova onda de violência de confrontos entre palestinos e israelenses. Este surto recente tem como pano de fundo a situação da Esplanada das Mesquitas, situada na cidade velha de Jerusalém.”
(Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/23269040
/guia-do-estudante-atualidades/22.)

O surto recente de violência é a continuidade de um longo conflito entre israelenses e palestinos, cujo marco crucial:

Alternativas
Comentários
  • Letra A. Essa questão não é de hoje. Após a criação do Estado de Israel houve uma expansão para o território da Palestina, obrigando-os a fugirem para o Líbano. Um dos contextos para a criação do Hexbollah.


ID
3351034
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

“O tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) visa evitar que qualquer país signatário mantenha ou adquira armas atômicas, exceto aqueles que fazem parte do chamado ‘Clube Atômico’. Coreia do Norte, Índia e Paquistão são países que não fazem parte do TNP e estão testando armas atômicas.”
(Disponível em: http://www.infoescola.com/geografia/tratado-de-nao-proliferacao-de-armas-nucleares/.)

Os países que atualmente fazem parte do chamado “Clube Atômico” são:

Alternativas

ID
3351037
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“O massacre de Eldorado dos Carajás completa 20 anos. Em 1996, 19 sem-terra foram mortos pela polícia militar do Pará e muitos outros foram mutilados. E até hojeo Pará é palco da maior parte dos conflitos de terra do Brasil.”
(Disponível em: http://www.mst.org.br/2015/04/17/carajas
-19-anos-de-impunidade.html.)

A crise de terras é uma constante na história do Brasil. Sobre a Reforma Agrária em nosso país, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: D

  • a)   No Brasil, a maioria dos latifúndios não estão nas mãos de estatais. ITEM INCORRETO.

    b)  No Brasil, as grandes propriedades também são destinadas a assentamentos. ITEM INCORRETO.

    c)   A Lei de Terras é de 1850, durante o Brasil Império. ITEM INCORRETO.

    d)  ITEM CORRETO.

    Resposta: D

  • A) ERRADO - Aqui, a maioria dos latifúndios pertence a grandes empresas privadas.

    Latifúndio corresponde a uma extensa propriedade agrícola privada, geralmente não exploradas economicamente, portanto improdutivas. Quando exploradas são destinadas ao cultivo de um único produto agrícola (monocultura), com finalidade de abastecer, comumente, o mercado externo, devido à produção em larga escala.

    B) ERRADO - As terras devolutas são bens da União ou dos Estados, consideradas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e de construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental. As áreas destinadas a assentamentos são as terras desapropriadas ou adquiridas pelos governos federal e ou estaduais, com o fim de cumprir as disposições constitucionais e legais relativas à Reforma Agrária.

    C) ERRADO - Em nossas terras, as primeiras grandes mobilizações a favor da Reforma Agrária surgiram através da Lei de Terras, no período imperialista.

    A Lei de Terras é de 1850 (lei n.601) e dispunha sobre normas do direito agrário brasileiro. O Brasil Império compreende o período de 1822 a 1889.

    D) CERTO - A Reforma Agrária se baseia, entre outros pilares, na desapropriação das terras improdutivas e no apoio aos pequenos produtores.


ID
3351040
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Cariacica - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A “Era JK” completa 60 anos. Em 1956, JK iniciava um governo marcado por práticas políticas de incentivo industrial, mas também de forte endividamento. “Cinquenta anos em cinco”era o lema desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek.
O Plano de Metas, um dos mais importantes marcos do governo de JK, pr
econizava, entre outros fatores:

Alternativas
Comentários
  • Plano SALTE é o nome de um plano econômico elaborado pelo governo brasileiro, na administração do presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1950) que tinha como objetivo estimular o desenvolvimento de setores como saúde, alimentação, transporte e energia (exatamente o significado da sigla "SALTE")

  • R A) Incentivo à produção de bens de consumo como automóveis e eletrodomésticos.