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Prova Esamc - 2019 - Esamc - Vestibular - Segundo Semestre


ID
4161586
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

A estrutura linguística predominante no texto acima permite que ele seja entendido como:

Alternativas

ID
4161589
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

Releia o trecho:

“O filósofo Hans Jonas [...] afirmava que ‘não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo’ e propôs uma virada.”

Transpondo do texto para a realidade mundial hoje, um exemplo prático da “virada” a que o dito filósofo se refere poderia ser, hipoteticamente:

Alternativas

ID
4161592
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

Releia o seguinte trecho:
“Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.”

Segundo o texto, o dito “modelo [de desenvolvimento] calcado no presente” conduz:

Alternativas

ID
4161595
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

O excerto a seguir descreve uma saída apontada pelo filósofo Hans Jonas para amenizar efeitos do modelo de desenvolvimento liberal. “Fala de um ‘princípio de moderação’, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.”

Assinale, dentre as manchetes abaixo, aquela que evidencia um “efeito negativo” implícito no trecho acima.

Alternativas

ID
4161598
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

O trecho a seguir propõe ao leitor um jogo semântico com a palavra “tempo”.

“Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo (1) já sem muito tempo (2) de sobrevida, tornou-se o nosso tempo (3).”

A alternativa que mais bem interpreta, na ordem, os sentidos dessa expressão é:

Alternativas

ID
4161601
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

Releia o trecho a seguir pra a questão:

“Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.”


A partir da leitura do trecho acima, entende-se que a expressão “heurística” tem suas raízes no campo da:

Alternativas

ID
4161604
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

Releia o trecho a seguir pra a questão:

“Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.”


A construção do sentido do texto ganha mais força retórica no trabalho entre as expressões “poderosa” e “inocente”. A esta figura de linguagem denominamos

Alternativas

ID
4161607
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

“Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.”

Em outras palavras, buscando anular o medo da finitude, a humanidade:

Alternativas

ID
4161610
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

“Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa.”

Quanto à concordância, a forma verbal “podem” está

Alternativas

ID
4161613
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício 
Márcio Seligmann-Silva

    [...] Aparentemente, a marcha incontornável da humanidade em direção ao precipício (em regimes capitalistas puros, nos de capitalismo de Estado e nos que tentaram, de modo infeliz, a ditadura dos partidos comunistas) não pode ser alterada sem um levante de uma população que, lamentavelmente, parece cada vez mais fascinada pelo mundo da técnica dos gadgets.

    Como no mito dos lemingues que se suicidam no mar, nossa espécie supostamente racional faria algo semelhante por meios mais “sofisticados”. [...]

    A chamada “força do mercado”, esse “quarto poder” que efetivamente manda e desmanda no mundo, está calcada nesse modelo de técnica predadora sem o qual as indústrias (e suas ações no mercado) não existiriam. O capitalismo se alimenta da Terra, mas desconsidera que esta mesma Terra é finita e está sendo exaurida.

    O filósofo Hans Jonas dedicou os últimos anos de sua longa vida (1903- 1993) à construção de uma nova ética da responsabilidade à altura desses desafios contemporâneos. Ele afirmava que “não temos o direito de hipotecar a existência das gerações futuras por conta de nosso comodismo” e propôs uma virada.

    Ao invés de construir um modelo calcado no presente, com o objetivo do viver bem e da felicidade conectados ao aqui e agora, estabeleceu o desafio de construir uma ética do futuro: da destruição da casa-Terra, ele deduz o imperativo de salvar essa morada para garantir a possibilidade de vida futura.

    Em vez de apostar no modelo liberal do progresso infinito a qualquer custo ou de acreditar na promessa revolucionária que traria de um golpe o “paraíso sobre a Terra?” ele aposta em um “summum bonum” moderado, modesto, o único possível para a nossa sobrevivência. Fala de um “princípio de moderação”, reconhecendo que a conta deveria ser paga pelos que mais possuem.

    Hoje, podemos dizer que esse futuro que ele desenhava, ou seja, esse tempo já sem muito tempo de sobrevida, tornou-se o nosso tempo. Sua “heurística do medo” — a saber, uma pedagogia da humanidade que se transformaria a partir do confronto com a visão medonha de seu fim muito próximo — soa ainda poderosa, mas um tanto inocente, mesmo reconhecendo que suas ideias influenciaram protocolos como o Acordo de Paris, de 2015.

    Observando a sequência de crimes socioambientais, parece que essa heurística não está rendendo frutos. Não aprendemos com as catástrofes, e isso nos levará, caso não alteremos nosso curso, à catástrofe final. Ou seja, a emoção do medo do Armagedom está sendo vencida pela razão instrumental e sua promessa (distópica) de transformar a natureza em mercadoria.

     [...] Um lamentável e terrível exemplo da situação em que nos encontramos em termos dessa submissão a um determinado modelo liberal associado a uma técnica espoliadora e destrutiva é justamente o que acaba de ocorrer com o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG).

    Apenas a arrogância fáustica, a hybris que cega, o sentimento de onipotência podem justificar que essa barragem (como tantas outras) tenha sido construída logo acima de uma área urbana e das instalações dos funcionários da empresa. Novamente a situação de risco associada a esse tipo de tecnologia ficou exposta. Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.
    O cerne do capitalismo é o lucro e isso explica, nesse caso e em outros, tudo de modo simples e direto. O crime de Brumadinho deve ultrapassar 300 vítimas fatais diretas, fora a destruição de toda uma região habitada também por pescadores, ribeirinhos e indígenas pataxó que dependiam diretamente do rio Paraopeba para a sua sobrevivência. Se pensarmos nos inúmeros atingidos, apenas no Brasil, por barragens (de mineradoras e de hidroelétricas), fica claro que não se trata apenas de uma questão de “barragem a montante”.

(Adaptado de “A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício”, publicado na FOLHA DE S.PAULO, em 17/02/19, pelo Prof. Dr Márcio Seligmann-Silva, titular de teoria literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.) 

“Os alarmes que não soaram reproduzem o silêncio da humanidade diante das repetidas manifestações da violência da técnica.”

O trecho acima, em meio a um poético jogo de palavras dos universos do som e do silêncio, faz uma dura crítica, segundo a qual a humanidade:

Alternativas

ID
4161616
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo:

    “... A noite está tepida. O céu já está salpicado de estrelas. Eu que sou exótica gostaria de recortar um pedaço do céu para fazer um vestido. Começo ouvir uns brados. Saio para a rua. É o Ramiro que quer dar no senhor Binidito. Mal entendido. Caiu uma ripa no fio da luz e apagou a luz da casa do Ramiro. Por isso o Ramiro queria bater no senhor Binidito. Porque o Ramiro é forte e o senhor Binidito é fraco.

    O Ramiro ficou zangado porque eu fui a favor do senhor Binidito. Tentei concertar os fios. Enquanto eu tentava concertar o fio o Ramiro queria expancar o Binidito que estava alcoolisado e não podia parar de pé. Estava inconciente. Eu não posso descrever o efeito do álcool porque não bebo. Já bebi uma vez, em caráter experimental, mas o álcool não me tonteia.

    Enquanto eu pretendia concertar a luz o Ramiro dizia:
   — Liga a luz, liga a luz sinão eu te quebro a cara. O fio não dava para ligar a luz. Precisava emendá-lo. Sou leiga na eletricidade. Mandei chamar o senhor Alfredo, que é o atual encarregado da luz. Ele estava nervoso. Olhava o senhor Binidito com despreso. A Juana que é esposa do Binidito deu cinquenta cruzeiros para o senhor Alfredo. Ele pegou o dinheiro. Não sorriu. Mas ficou alegre. Percebi pela sua fisionomia. Enfim o dinheiro dissipou o nervosismo.”

(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014. p.32)

Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977), catadora de lixo e escritora, expôs, em Quarto de Despejo: Diário de uma favelada (1960), as mazelas e os sofrimentos enfrentados pela população da favela do Canindé, em São Paulo. O trecho apresentado aponta um dos problemas estruturais da favela retratado pela escritora: 

Alternativas

ID
4161619
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo:

    “... A noite está tepida. O céu já está salpicado de estrelas. Eu que sou exótica gostaria de recortar um pedaço do céu para fazer um vestido. Começo ouvir uns brados. Saio para a rua. É o Ramiro que quer dar no senhor Binidito. Mal entendido. Caiu uma ripa no fio da luz e apagou a luz da casa do Ramiro. Por isso o Ramiro queria bater no senhor Binidito. Porque o Ramiro é forte e o senhor Binidito é fraco.

    O Ramiro ficou zangado porque eu fui a favor do senhor Binidito. Tentei concertar os fios. Enquanto eu tentava concertar o fio o Ramiro queria expancar o Binidito que estava alcoolisado e não podia parar de pé. Estava inconciente. Eu não posso descrever o efeito do álcool porque não bebo. Já bebi uma vez, em caráter experimental, mas o álcool não me tonteia.

    Enquanto eu pretendia concertar a luz o Ramiro dizia:
   — Liga a luz, liga a luz sinão eu te quebro a cara. O fio não dava para ligar a luz. Precisava emendá-lo. Sou leiga na eletricidade. Mandei chamar o senhor Alfredo, que é o atual encarregado da luz. Ele estava nervoso. Olhava o senhor Binidito com despreso. A Juana que é esposa do Binidito deu cinquenta cruzeiros para o senhor Alfredo. Ele pegou o dinheiro. Não sorriu. Mas ficou alegre. Percebi pela sua fisionomia. Enfim o dinheiro dissipou o nervosismo.”

(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014. p.32)

A linguagem do diário de Carolina Maria de Jesus transita entre o vocabulário informal, com imprecisões na ortografia e na acentuação das palavras, e o vocabulário erudito, adquirido na leitura de textos literários. Este jogo informal/erudito torna-se evidente no trecho:

Alternativas

ID
4161622
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho abaixo para a questão:

“Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.
[…]

Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinhá Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros. Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, viase perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco.

Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!

O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.

Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à-toa, pedia desculpa. […].”

(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2013. p.93-94.)

Vidas Secas (1938), um clássico de Graciliano Ramos, narra as dificuldades de sobrevivência de uma família de retirantes, encabeçada por Fabiano e Sinhá Vitória, no sertão nordestino. Fabiano, na cena apresentada, é injustiçado por:

Alternativas

ID
4161625
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Fabiano, ao refletir sobre suas condições de trabalho, compara-se a um negro que trabalha e nunca recebe carta de alforria. A comparação é baseada na:

Alternativas

ID
4161628
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um dos processos estilísticos de Graciliano Ramos em Vidas Secas (1938) é o discurso indireto livre. Este pode ser reconhecido em:

Alternativas

ID
4161631
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A utilização de softwares destinados à construção de gráficos matemáticos é uma prática comum entre alunos de diversos cursos de nível superior como, por exemplo, engenharia e economia. Durante a execução de um trabalho proposto, um aluno utilizou um software para encontrar a região do plano cartesiano que satisfazia, simultaneamente, as seguintes condições: (x - 2)2 + (y - 2)2 ≥ 4, 0  x  4 e 0 ≤  4. A área dessa região do plano é

Alternativas

ID
4161637
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

No ano de 2017, Paulo fez um empréstimo numa instituição financeira a juros compostos de 2% ao mês. No ano seguinte, ao receber a primeira parcela de seu 13º salário, quitou sua dívida toda de uma só vez, pagando a quantia de R$ 3 121,20. Se ele tivesse feito esse pagamento um mês antes, o valor pago seria igual a:

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe se o gabarito dessa questão está realmente correta?

    Não seria a alternativa B?

  • Alguém sabe se o gabarito dessa questão está realmente correta?

    Não seria a alternativa B?

  • Acho que é B mesmo, o meu deu 3059,8


ID
4161643
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um porta moedas contém moedas de 5, 10 e 25 centavos totalizando R$ 6,60. Sabe-se que o número de moedas de 25 centavos é o dobro do número de moedas de 10 centavos e que a quantidade total de moedas é igual a 42. Quantas moedas de 5 centavos há nesse porta moedas?

Alternativas

ID
4161649
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma empresa produz placas de MDF para a fabricação de móveis e pretende armazená-las em pilhas de mesma altura que contenham somente placas do mesmo tipo. Em determinado dia foram produzidas 81 placas marrons e 45 placas brancas, todas com a mesma espessura. Para o armazenamento dessas 126 placas, o menor número possível de pilhas é:

Alternativas
Comentários
  • A resposta correta não seria a C (14 pilhas)?


ID
4161655
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Falta de fiscalização e manutenção motivam baixa durabilidade de estradas

    A falta de recursos para obras de construção, fiscalização e manutenção é a principal causa da baixa durabilidade das rodovias brasileiras, aponta estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
   O desgaste, diz o estudo, é a principal deficiência encontrada no pavimento das estradas brasileiras sob gestão pública e cresceu nos últimos anos: entre 2004 e 2016, o percentual de trechos desgastados passou de 13% para 49%.

(https://g1.globo.com/economia/noticia/falta-de-fiscalizacao-e-manutencaosao-principais-causas-da-baixa-durabilidade-de-estradas-no-brasil.ghtml)

A partir de um estudo feito sobre os trechos desgastados de uma determinada estrada, cuja extensão total é de 1.000 quilômetros, concluiu-se que o desgaste vem aumentando a uma taxa de 11,7% ao ano desde 2004, ano em que foi observado 130 quilômetros de desgaste. Supondo que essa taxa se mantenha constante nos próximos anos, está correto afirmar que esta estrada estará totalmente desgastada no ano de:

Dados: log(1,117) = 0,05; log(13) = 1,1

Alternativas

ID
4161676
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Crimes contra pretos, pobres e favelados costumam mesmo passar despercebidos. Para mais da metade da população brasileira, a morte violenta de um jovem negro choca menos do que a de um jovem branco, segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal. Marielle [Franco] morreu porque defendia os pobres negros e favelados. [...] Todos os anos são assassinadas no país 30 mil pessoas, 23 mil são jovens negros. A cada 23 minutos, um jovem negro morre no país. São números de guerra. São números de um genocídio. [...] O Negro quando não morre é preso. Quando não é preso, é sentenciado pelo descaso.

(Duas semanas da morte de Marielle e o que temos até agora é o mesmo de quando um negro é morto na favela.Disponível em: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/ duas-semanas-da-morte-de-marielle-e-o-que-temos-ate-agora-e-o-mesmo-dequando-um-negro-e-morto-na-favela/. Acesso em: 07 mar. de 2019, às 20h53min.)

Assinale a alternativa cujo trecho musical mais bem se relaciona com o contexto brasileiro apresentado pelo excerto acima:

Alternativas

ID
4161679
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Na perspectiva de desconfiados atores e comentadores da política, os coletes amarelos compõem um tenebroso momento populista em que lideranças carismáticas se valem de agendas demagógicas para ludibriar o eleitorado em meio a crises econômicas e sociais de difícil solução. [...] Avessos aos canais convencionais de mediação, os revoltosos se recusam a moderar suas demandas e seu repertório radical de ação ao se verem fortalecidos pela dimensão do movimento e pelo apoio da opinião pública.

(SCERB, Philippe. Quem tem medo dos coletes amarelos?. Publicado em 24 de janeiro de 2018. Disponível em: https://diplomatique.org.br/ quem-tem-medo-dos-coletes-amarelos/. Acesso em: 09 mar. 2019, às 17:55.)

Iniciado em novembro de 2018, o movimento dos coletes amarelos repercutiu internacionalmente como um grande e duradouro protesto. Entre as características do movimento está correto o que se afirma em:

Alternativas

ID
4161682
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

O Parlamento britânico rejeitou [...] mais uma vez o acordo proposto pela primeira-ministra Theresa May para o Brexit, a maior derrota do governo na história moderna – o recorde anterior era de 1924, com diferença de 166 votos. Depois disso, o Parlamento aprovou duas emendas ao projeto: uma delas exigindo que o “backstop” na fronteira com a Irlanda do Norte seja substituído por “arranjos alternativos para evitar uma fronteira ‘dura’”; e outra, consultiva que rejeita que o Reino Unido deixe a União Europeia sem um Acordo de Retirada e um Marco para o Futuro Relacionamento.

(Parlamento britânico rejeita novamente acordo de Theresa May sobre o Brexit. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/03/12/parlamento-britanicorejeita-novamente-acordo-sobre-o-brexit.ghtml. Acesso em: 12 mar. 2019, às 19h10)

Iniciado por um plebiscito em 2016, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia prolongou-se de maneira quase teatral em debates no parlamento inglês (Londres) e no Conselho da União Europeia (Bruxelas). Aos ingleses, o processo resultou na demissão de um primeiro ministro, no esgotamento político do partido conservador e em constantes mudanças da opinião pública sobre o acontecimento. Entre os empecilhos para a saída, é correto afirmar que o problema relaciona-se com a (o):

Alternativas

ID
4161688
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Pequim é o grande credor da Venezuela. Ao longo da última década, emprestou-lhe quase 62 bilhões de dólares (233 bilhões de reais, pelo câmbio atual), segundo a Base de Dados do Financiamento China – América Latina do Diálogo Interamericano e Universidade de Boston. Uma soma que representa aproximadamente 40% do financiamento que Pequim concedeu a toda a América Latina. A maior parte é composta por créditos pagáveis em petróleo. E aproximadamente um terço, 20 bilhões (75 bilhões de reais), ainda está pendente de devolulução.

(China e Venezuela: uma relação baseada em dívidas. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/01/25/internacional/1548438622_696886.html. Acesso em: 09 mar. 2019, às 22h10)

Sobre as relações entre China e Venezuela, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • claro e objetivo


ID
4161691
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia o texto:

Mônica dos Santos é uma das moradoras de Bento Rodrigues, que perdeu tudo o que tinha para a lama da Samarco. ‘Minha mãe e eu escapamos com vida, porque saímos às 6h para trabalhar, mas não ficamos nem com a roupa do corpo. Na arena que nos recebeu a noite, fomos orientadas a tirar e aceitar roupas de doação’, conta. Isso foi há ‘três anos e quatro meses’. Até hoje, ela e sua família não receberam nem a indenização, nem a nova casa prometida. ‘Sei que ninguém vai ser preso. Nem se fala mais nisso. A justiça do nosso país é muito morosa e funciona para quem tem dinheiro e poder. Se os culpados tivessem sido presos, não teria acontecido o desastre em Brumadinho. As empresas não aprendem com os próprios erros. Tem que ter punição severa’, afirma.

(O que fazer quando empresas matam. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/25/politica/1551065907_650249.html acesso em 13 mar. 2019, às 17h07min.

Com base no texto, bem como em seus conhecimentos gerais, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
4161694
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o texto abaixo:

Albert Einstein previu no século passado que, se as abelhas desaparecessem da superfície da Terra, o homem teria apenas mais quatro anos de vida. A morte em grande escala desse animal, interpretada como apocalíptica na época, é hoje um alerta real. Desde o começo do século, casos de morte e sumiço de abelhas são registrados nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, estudiosos destacam episódios alarmantes a partir de 2005. Agora, o fenômeno parece chegar ao ápice. Nos últimos três meses, mais de 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas por apicultores apenas em quatro estados brasileiros, segundo levantamento da Agência Pública e Repórter Brasil. Foram 400 milhões no Rio Grande do Sul, 7 milhões em São Paulo, 50 milhões em Santa Catarina e 45 milhões em Mato Grosso do Sul, segundo estimativas de Associações de apicultura, secretarias de Agricultura e pesquisas realizadas por universidades.

(Apicultores brasileiros encontram meio bilhão de abelhas mortas em três meses. Disponível em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Mae-Terra/Apicultoresbrasileiros-encontram-meio-bilhao-de-abelhas-mortas-em-tres-meses/3/43463 acesso em 13 mar. 2019, às 17h09min.)

Com base na notícia, bem como em seus conhecimentos gerais, identifique a alternativa correta:

Alternativas

ID
4161697
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia o texto a seguir:

[No dia 31 de janeiro de 2018] encerrando as atividades do #JaneiroVermelho – Sangue Indígena, Nenhuma Gota a Mais, os povos indígenas realizam uma série de ações em todo país com o objetivo de denunciar a crescente ameaça que os povos originários e seus territórios têm sofrido, bem como os retrocessos impostos pelo Estado brasileiro. Estão previstas ações em pelo menos 22 estados e no Distrito Federal, onde também será realizado a coletiva de imprensa, às 15h em frente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No exterior, também estão sendo organizados atos em pelo menos seis países, entre eles a Suíça, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Portugal e Irlanda.

(Indígenas realizam mobilização nacional nesta quinta-feira, 31. Disponível em: https://mobilizacaonacionalindigena.wordpress.com/2019/01/30/ indigenas-realizam-mobilizacao-nacional-nesta-quinta-feira-31/ acesso em 13 mar. 2019, às 17h11min.)

Com base no trecho da notícia reproduzida acima, bem como em seus conhecimentos sobre a questão indígena brasileira, leia as afirmativas a seguir: I. Um retrocesso é a transferência para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) das atribuições de identificar, demarcar e registrar terras indígenas (TIs), medida que esvazia a Fundação Nacional do Índio (Funai). II. Várias comunidades têm sido invadidas e atacadas por agentes ligados aos interesses dos ruralistas, garimpeiros e madeireiros, em flagrante violação aos direitos de posse e usufruto exclusivo dos povos indígenas. III. A demarcação de Terras Indígenas é uma garantia de proteção à bio- diversidade e à reprodução física e cultural dos povos indígenas, conforme assegura o texto constitucional. Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4161700
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia os textos a seguir:
TEXTO I:
Washington encontrou um obstáculo inesperado em sua campanha mundial para remover a chinesa Huawei do cenário: a Índia, maior democracia do planeta. As autoridades e as empresas de telecomunicações indianas não se deixaram persuadir pelas advertências americanas de que usar equipamentos da Huawei para atualizar suas redes de telecomunicações representa uma ameaça à segurança cibernética. ‘A percepção é que a ação dos Estados Unidos é mais uma questão de política externa’, disse Rajan Mathews, diretor da Associação de Operadoras de Celulares da Índia.

(Índia resiste à campanha americana contra a Huawei Newley Purnell, Rajesh Roy e Dustin Volz [NOVA DÉLI]. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/tec/2019/02/ india-resiste-a-campanha-americana-contra-a-huawei.shtml?loggedpaywall acesso em 13 mar. 2019, às 17h13min.)

TEXTO II:
A Huawei contra-ataca. Depois de sofrer acusações de espionagem e ter seus produtos banidos pela administração de Donald Trump, a companhia chinesa abriu um processo contra o governo dos Estados Unidos. O anúncio foi feito pelo chairman em exercício da companhia, Guo Ping, durante conferência realizada no início desta quinta-feira [07 de março de 2019].

(Huawei processa Trump por banir seus produtos dos EUA. Disponível em: https://tecnoblog.net/281405/huawei-processa-eua-governo-trump/ acesso em 13 mar. 2019, às 17h14min.)

Esses textos ilustram uma guerra tecnológica, travada no âmbito da indústria de smartphones, entre as maiores potências econômicas do mundo. Sobre esse tema, julgue as afirmativas:

I. Autoridades dos EUA temem que a Huawei, segunda maior fabricante de smartphones do mundo, seja usada como uma ferramenta para espionagem a serviço de Pequim.
II. A Samsung, maior fabricante mundial de smartphones, praticamente desapareceu do mercado chinês, devido à ascensão da Apple, que agora lidera a produção local desses aparelhos.
III. A instalação de sistema de defesa antimísseis estadunidense na Coreia do Sul agravou as tensões entre esse país e a China, resultando em uma reação adversa dos consumidores chineses a marcas sul-coreanas, como a Samsung.

Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4161703
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia o excerto a seguir para a próxima questão:

    O caso dos índios juruna da Volta Grande do Xingu é paradigmático: essa população que vivia (apesar das agressões do agronegócio e da proximidade com a Transamazônica) em harmonia com o seu meio e de modo feliz viu o seu rio – fonte de vida, água, alimentos, transporte, rituais, lazer, etc. – baixar a um nível que a transformou, da noite para o dia, em uma população empobrecida e depende de ajuda.
   Detalhe: a queda do nível do rio foi decorrência da instalação e do funcionamento, desde 2015, a poucos quilômetros de sua aldeia, da hidrelétrica de Belo Monte, a terceira maior do mundo.

(A técnica na sofisticada marcha da humanidade em direção ao precipício – 17/02/2019 – Ilustríssima – Folha de São Paulo. Retirado: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/ 2019/02/a-tecnica-na-sofisticada-marcha-da-humanidade-em-direcao-ao-precipicio.shtml. acessado 10/03/2019.)

Diferentes escalas de degradação ambiental mostram como os avanços técnicos baseados apenas nas leis de mercado capitalistas provocam diferentes impactos socioambientais. Considerando essa temática, assinale a alternativa que melhor se enquadra ao fragmento do texto apresentado. 

Alternativas

ID
4161706
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o trecho do resumo de um artigo relacionado ao uso de agrotóxicos na agricultura brasileira para responder à questão.

     The intensive use of pesticides in Brazilian agriculture is a public health issue due to contamination of the environment, food and human health poisoning. The study aimed to show the spatial distribution of the planted area of agricultural crops, the use of pesticides and related health problems, as a Health Surveillance strategy. We obtained data from the planted area of 21 predominant crops, indicators of the consumption of pesticides per hectare for each crop and health problems. The amount of pesticides used in the Brazilian municipalities was spatially distributed and correlated with the incidence of pesticides poisoning: acute, sub-acute and chronic. The health problems showed positive and significant correlations with pesticide use.

(Adaptado de: http://www.scielo.br/scielo.php?pid= S1413-81232017021003281&script=sci_abstract&tlng=en - Acessado em: 07/03/2019.)

De acordo com o texto, o uso intensivo de agrotóxicos

Alternativas

ID
4161709
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o trecho do resumo de um artigo relacionado ao uso de agrotóxicos na agricultura brasileira para responder à questão.

     The intensive use of pesticides in Brazilian agriculture is a public health issue due to contamination of the environment, food and human health poisoning. The study aimed to show the spatial distribution of the planted area of agricultural crops, the use of pesticides and related health problems, as a Health Surveillance strategy. We obtained data from the planted area of 21 predominant crops, indicators of the consumption of pesticides per hectare for each crop and health problems. The amount of pesticides used in the Brazilian municipalities was spatially distributed and correlated with the incidence of pesticides poisoning: acute, sub-acute and chronic. The health problems showed positive and significant correlations with pesticide use.

(Adaptado de: http://www.scielo.br/scielo.php?pid= S1413-81232017021003281&script=sci_abstract&tlng=en - Acessado em: 07/03/2019.)

O objetivo do estudo apresentado era

Alternativas
Comentários
  • Na letra E, há um erro na utilização da crase. Não se usa crase no singular se após a crase vier uma palavra no plural.


ID
4161712
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto a seguir para responder à questão.
How INTERPOL supports Brazil to tackle international crime

    Brazil is the largest South American country, with 16,000 km of land border and 8,000 km of coastline to protect against incoming crime. Its geographic location at the heart of the Americas, and its numerous maritime ports sitting on transshipment routes to global markets, make it attractive to organized crime.

    The capacity to take investigations beyond this vast expanse of territory to work with police forces the world over is crucial to safeguarding Brazilian national security.

    The INTERPOL National Central Bureau (NCB) in Brasilia plays a fundamental role in protecting the country’s economy, institutions and businesses against global crime.

(Adaptado de: https://www.interpol.int/Who-we-are/ Member-countries/Americas/BRAZIL - Acessado em: 05/03/2019.)

As medidas de 16 mil quilômetros e 8 mil quilômetros, no texto, referem-se

Alternativas

ID
4161715
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto a seguir para responder à questão.
How INTERPOL supports Brazil to tackle international crime

    Brazil is the largest South American country, with 16,000 km of land border and 8,000 km of coastline to protect against incoming crime. Its geographic location at the heart of the Americas, and its numerous maritime ports sitting on transshipment routes to global markets, make it attractive to organized crime.

    The capacity to take investigations beyond this vast expanse of territory to work with police forces the world over is crucial to safeguarding Brazilian national security.

    The INTERPOL National Central Bureau (NCB) in Brasilia plays a fundamental role in protecting the country’s economy, institutions and businesses against global crime.

(Adaptado de: https://www.interpol.int/Who-we-are/ Member-countries/Americas/BRAZIL - Acessado em: 05/03/2019.)

O texto afirma que o Brasil é “atraente para o crime organizado”. Assinale a alternativa que apresenta a melhor justificativa para essa afirmação, segundo as informações do texto.

Alternativas

ID
4161724
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere a notícia a seguir para responder à questão.
Poetry for a surveillance society
Joseph McAllister combines technologies with media to produce unique art Thu, Jun 14, 2018, 06:35 - Marie Boran

    I think that I shall never see a poem as lovely as a …webcam? Joseph McAllister describes himself as “a computational artist and privacy advocate”. He combines technologies like machine learning and programming with media including sculpture and interactive theatre to produce unique art for the increasingly technocratic age we live in.

    His latest work is Webcam Poetry, which uses a machine learning method known as “dense captioning”, a method that detects objects in video footage and produces descriptions in natural language. Combined with his own programming (he calls it his poetry engine), it takes live streaming webcam footage and “writes” poems based on what it sees. 

(Adaptado de: https://www.irishtimes.com/business/technology/ poetry-for-a-surveillance-society-1.3528084 - Acessado em 07/03/2019.) 

Segundo o texto, o trabalho “Webcam Poetry”

Alternativas

ID
4161727
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto a seguir para a questão.

Why Orwell’s 1984 could be about now
By Jean Seaton - 7 May 2018

    The book, with its disorientating first sentence, “It was a bright cold day in April, and the clocks were striking thirteen”, defines the peculiar characteristics of modern tyranny. In 1984 television screens watch you, and everyone spies on everyone else. Today it is social media that collects every gesture, purchase, comment we make online, and feeds an omniscient presence in our lives that can predict our every preference. Modelled on consumer choices, where the user is the commodity that is being marketed, the harvesting of those preferences for political campaigns is now distorting democracy.

    But the greatest horror in Orwell’s dystopia is the systematic stripping of meaning out of language. The regime aims to eradicate words and the ideas and feelings they embody. Its real enemy is reality. Tyrannies attempt to make understanding the real world impossible: seeking to replace it with phantoms and lies.

(Adaptado de: http://www.bbc.com/culture/story/ 20180507-why-orwells-1984-could-be-about-now - Acessado em: 11/03/2019.

De acordo com o texto, os mecanismos por trás das mídias sociais

Alternativas

ID
4161730
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o texto a seguir para a questão.

Why Orwell’s 1984 could be about now
By Jean Seaton - 7 May 2018

    The book, with its disorientating first sentence, “It was a bright cold day in April, and the clocks were striking thirteen”, defines the peculiar characteristics of modern tyranny. In 1984 television screens watch you, and everyone spies on everyone else. Today it is social media that collects every gesture, purchase, comment we make online, and feeds an omniscient presence in our lives that can predict our every preference. Modelled on consumer choices, where the user is the commodity that is being marketed, the harvesting of those preferences for political campaigns is now distorting democracy.

    But the greatest horror in Orwell’s dystopia is the systematic stripping of meaning out of language. The regime aims to eradicate words and the ideas and feelings they embody. Its real enemy is reality. Tyrannies attempt to make understanding the real world impossible: seeking to replace it with phantoms and lies.

(Adaptado de: http://www.bbc.com/culture/story/ 20180507-why-orwells-1984-could-be-about-now - Acessado em: 11/03/2019.

. A partir da leitura do segundo parágrafo do texto, pode-se concluir que

Alternativas

ID
4161745
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Atente para os fragmentos:

Si o senhor não está lembrado
Da licença de conta
Que aqui onde agora está
Esse adifício alto
Era uma casa velha um palacete assobradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mais um dia nem quero lembrá
Veio os homens com as ferramentas
o dono mandô derrubá
[...]
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E pra esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida

(Saudosa Maloca.
Composição do paulista Adoniran Barbosa, 1951.
Disponível em: https://www.letras.mus.br/adoniran-barbosa/43969/.
Acesso em: 26 fev. 2019, às 09h30.)

São Paulo é recordista no ranking do déficit habitacional: faltam 1,3 milhão de residências. Completam a lista Minas Gerais (575 mil), Bahia (461 mil), Rio de Janeiro (460 mil) e Maranhão (392 mil). No DF, há uma carência de 132 mil moradias. Ao todo, cerca de 33 milhões de brasileiros não têm onde morar, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos. Mesmo com iniciativas do governo federal, como o programa Minha Casa, Minha Vida, o problema tem se acentuado. Especialistas em habitação traduzem os números: a falta de moradia aumenta o número de invasões e de população favelada — o índice chegou a 11,4 milhões, segundo o Censo 2010 do IBGE.

(AUGUSTO, Otávio. 33 milhões de brasileiros não têm onde morar, aponta levantamento da ONU. Publicado em 03 mai. 2018. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/05/03/interna-brasil, 678056/deficit-de-moradias-no-brasil-chega-a-6-3-milhoes-sp-tem-a-maior-defa.shtml. Acesso em: 26 fev. 2019, às 09h00.)

A análise dos excertos e dos períodos retratados nos permite assinalar como correta (s) a (s) seguinte (s) afirmativa (s):
I. O problema de falta de moradia não é uma novidade no Brasil, sendo São Paulo o Estado recordista. A partir da consolidação da industrialização nos anos 1950, a região atrai pessoas de todo o país, em busca de melhores condições de vida.
II. Programas como o Minha Casa, Minha Vida, têm solucionado, apenas nos Estados mais pobres do Brasil, o problema do déficit habitacional, uma vez que não são aplicados nas regiões mais ricas do país.
III. O aumento do número de favelas no Brasil, bem como o de invasões a imóveis abandonados pela população sem teto, está diretamente ligado à falta de moradias.

Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4161748
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em março de 2019, o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira sagrou-se campeão do carnaval carioca com o samba enredo “História para Ninar Gente Grande”. Leia o fragmento extraído da obra:


Brasil, o teu nome é Dandara E a tua cara é de cariri Não veio do céu Nem das mãos de Isabel A liberdade é um dragão no mar de Aracati Salve os caboclos de julho Quem foi de aço nos anos de chumbo Brasil, chegou a vez De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês.
rasil, o teu nome é Dandara

E a tua cara é de cariri

Não veio do céu

Nem das mãos de Isabel

A liberdade é um dragão no mar de Aracati

Salve os caboclos de julho

Quem foi de aço nos anos de chumbo

Brasil, chegou a vez

De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês.

(Samba enredo da G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira/RJ. Disponível em: https://www.letras.mus.br/mangueira-rj/samba-enredo-2019- historias-para-ninar-gente-grande. Acesso em: 10 mar. 2019, às 10h15)

O samba critica a noção de “história oficial”, contada pelos vencedores ao custo da vida de diversos heróis e heroínas quase anônimos, e tenta resgatar essas memórias, como é o caso da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, enquanto liderava uma comissão que investigava milícias no Rio de Janeiro. Sobre a recuperação da memória desses heróis, é correto o que se afirma em: “

Alternativas

ID
4161751
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o fragmento, extraído do famoso discurso do governante ateniense Péricles (494 a.C. – 429 a.C.) e reproduzido na obra de Tucídides, para os soldados da cidade antes de uma batalha da Guerra do Peloponeso, que opôs os aliados de Atenas aos de Esparta:

[...] quanto às cidades de nossa confederação, restituir-lhes-emos a independência se elas eram independentes quando concluímos a paz, e logo que os lacedemônios, de sua parte, concederem às suas cidades aliadas o direito de ser independentes de forma condizente não com os interesses dos lacedemônios, mas com os desejos de cada cidade isoladamente; quanto à arbitragem, estamos prontos a submeter-nos a ela de acordo com o tratado, e não tomaremos a iniciativa da guerra, mas nos defenderemos contra aqueles que o fizerem.

(TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UNB, 1987, p. 87-88.)

O texto aponta para a existência de ligas entre as cidades gregas, durante a Guerra do Peloponeso. Enquanto ocorriam os conflitos, Atenas vivia o auge de sua experiência democrática.

Assinale a alternativa na qual aparece a contradição entre teoria e prática dos atenienses no período retratado, associando ao mundo atual.

Alternativas
Comentários
  • Entre os séculos VI a.C. e V a.C., os gregos entraram em confronto com o império persa, começando as Guerras Médicas (os gregos chamavam os persas de medos). As cidades-estados gregas uniram-se para derrotar o exército inimigo. A vitória grega representou não apenas o seu domínio sobre o mundo antigo, como também trouxe inúmeras mudanças na organização das cidades-estados com a ascensão de Atenas e Esparta.

    Temendo o retorno dos persas para vingarem a derrota na guerra, foi fundada a Liga de Delos, aliança militar entre as cidades gregas sob a liderança de Atenas para combater o ataque inimigo. Cada cidade deveria contribuir com dinheiro, armamentos e soldados para o tesouro comum, que seria guardado em Atenas. Os atenienses utilizaram os recursos desse fundo para fortificar a cidade e investir em construções públicas e obras de arte.

    O crescimento de Atenas provocou uma reação de Esparta. Para responder à aliança militar liderada pelos atenienses, os espartanos formaram a Liga de Delos. A rivalidade entre as duas cidades-estados desencadeou a Guerra do Peloponeso, em 431 a.C.


ID
4161760
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Leia atentamente os excertos:

Comparo o estado atual da América ao arruinado Império Romano – em que cada parte desmembrada formou um sistema político, conforme seus interesses e situação ou segundo a ambição particular de alguns chefes, famílias ou corporações [...] Por outro lado, não somos índios nem europeus, mas uma espécie intermediária entre os legítimos proprietários da terra e os usurpadores espanhóis, em suma, sendo americanos por nascimento e nossos direitos os da Europa, temos de disputá-los com os do país e nos mantermos nele contra a invasão dos invasores [...].

(BOLÍVAR, Simón. Cartas da Jamaica. Discurso de 1815. In____Escritos políticos – Coleção Repertórios. Campinas: Unicamp, 1992, p. 60-61.)

[O povo vietnamita] se ergueu como um só homem para resistir aos colonialistas franceses. [...] Há mais de dez anos, nossos irmãos do Sul combatem com heroísmo incomparável, aceitando incontáveis sacrifícios, para se libertarem do jugo atroz dos imperialistas americanos e seus lacaios. [...] Nossos compatriotas lutam obstinadamente para libertar o Sul, preservar o Norte, reunificar a pátria e contribuir para a salvaguarda da paz e da independência dos outros povos.

(MINH, Ho-Chi. A resistência do Vietnam. Discurso de 1965. RJ: Laemmert, 1968, p. 238-239.)

O discurso de Ho-Chi Minh foi proferido exatos 150 anos após o de Simón Bolívar, mas apresenta várias semelhanças com aquele. Assinale a alternativa na qual podem ser identificadas aproximações entre os dois discursos:

Alternativas

ID
4161763
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o excerto do documento a seguir:

E, portanto, os ditos lordes espirituais e temporais, e os comuns, respeitando suas respectivas cartas e eleições, estando agora reunidos como plenos e livres representantes desta nação [...] para reivindicar e garantir seus antigos direitos e liberdades:

1) Que é ilegal o pretendido poder de suspender leis, ou a execução de leis, pela autoridade real, sem o consentimento do Parlamento.
2) Que é ilegal o pretendido poder de revogar leis, ou a execução de leis, por autoridade real, como foi assumido e praticado em tempos passados.
3) Que a comissão para criar o recente Tribunal de comissários para as causas eclesiásticas, e todas as outras comissões e tribunais de igual natureza, são ilegais e perniciosos.

(Declaração Inglesa de Direitos - 1689. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/ index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-dasNa%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/a-declaracao-inglesa-de-direitos-1689.html.
Acesso em: 10 mar. 2019, às 14h10)

Estabelecida em 1689, a Declaração de Direitos concretizou a chamada Revolução Gloriosa. De acordo com o texto e as características do movimento, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A letra E está totalmente errada. Houve perseguição aos católicos. E a revolução gloriosa foi uma revolução burguesa. https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/supremacia-burguesa-com-revolucao-gloriosa.htm#:~:text=A%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Gloriosa%2C%20ocorrida%20em,da%20dinastia%20Stuart%20na%20Inglaterra.


ID
4161766
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o texto a seguir:

Nasceram menos bebês na China no ano passado do que em 2017, que, por sua vez, já teve um índice menor que 2016. Foram 15,23 milhões de nascimentos em 2018, uma queda de mais de 11% em relação ao ano anterior. As autoridades acharam que afrouxar e, depois, abolir a política do filho único, em meados da década de 2010, geraria um baby boom, mas a medida não deu o resultado esperado. um baby boom, mas a medida não deu o resultado esperado.

(A China enfrenta baixa natalidade e envelhecimento da população. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/a-china-enfrentabaixa-natalidade-e-envelhecimento-da-populacao-f0rv5p0ec1ptq3wzcj9od0pqi/ acesso em 13 mar. 2019, às 16h04.)

Com base nas informações apresentadas acima, bem como em seus conhecimentos sobre a demografia mundial, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
4161769
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o texto a seguir:

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, revela que o Brasil foi o país que mais apresentou índices de desmatamento entre os anos de 1982 e 2016. [...] Ao todo, o Brasil perdeu 399 mil quilômetros quadrados de superfície arborizada nos últimos 34 anos, o que representa mais do que a perda da Rússia, Canadá, Paraguai e Argentina juntos. A pesquisa mostra, contudo, que a tendência brasileira de desmatamento não se repete no mundo: ao longo do mesmo período, as áreas cobertas por árvores cresceram 7,1% no planeta. [...] Os maiores aumentos foram observados nos países temperados e nas zonas polares, que conseguiram “compensar” a perda nas áreas tropicais.

(Brasil é o país com maior índice de desmatamento nos últimos 34 anos, diz estudo. Disponível em: https://ultimosegundo.ig.com.br/ ciencia/meioambiente/2018-08-20/brasil-maior-desmatamento.html acesso em 13 mar. 2019, às 16h09min.)

Leia as afirmativas abaixo:
I. São consequências importantes do desmatamento as alterações climáticas, a perda da biodiversidade e a desertificação.
II. A Mata Atlântica é o ecossistema brasileiro menos prejudicado, já que aproximadamente 93% da mata original ainda se encontra preservada.
III. São algumas das causas do desmatamento no Brasil a exploração madeireira, a agropecuária e as represas das usinas hidrelétricas.

Com base no texto, bem como em seus conhecimentos sobre questões ambientais, assinale a alternativa que relaciona a(s) afirmativa(s) correta(s) apresentada(s) acima:

Alternativas
Comentários
  • A mata atlântica é um hotspot brasileiro, bioma altamente degradado por interferência humana, desde o princípio com a colonização e extrativismo na região Sudeste, e atualmente pelo avanço das industrias. Tem cerca de 92% do bioma JÁ degradado.


ID
4161775
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o texto abaixo:

A análise do grau de poluição de 111 rios brasileiros chegou a uma conclusão alarmante, nestes tempos de crise hídrica. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, em 21 rios, a água tem qualidade tão ruim que não pode ser usada para o consumo mesmo depois de passar por tratamento. Não foi possível encontrar um único rio com água totalmente limpa. [...] De acordo com a legislação brasileira, as águas nessa situação não podem sequer receber tratamento para consumo humano ou serem usadas para irrigar lavouras. É o caso do rio Tietê, em São Paulo.

(Pesquisadores medem a poluição de rios de cinco estados e do DF. Disponível em: https://www.cidadessustentaveis.org.br/noticias/pesquisadores-medempoluicao-de-rios-de-cinco-estados-e-do-df acesso em 13 mar. 2019, às 16h52min.)

Com base no texto, bem como nos seus conhecimentos sobre a geografia brasileira, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
4161787
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

O funcionamento de muitos detectores de fumaça depende da presença de amerício-241, um material radioativo. As partículas alfa emitidas por ele são capazes de ionizar o ar no interior do detector, gerando um meio condutor que permite uma corrente elétrica contínua entre dois eletrodos, e a entrada da fumaça nesse meio interrompe a corrente fazendo soar um alarme. Esses detectores, entretanto, não apresentam risco à saúde porque as partículas radioativas emitidas não conseguem atravessar suas paredes.

A partir do exposto, conclui-se que a propriedade da radiação alfa que garante a segurança da utilização de detectores de fumaça contendo o amerício-241 é:

Alternativas

ID
4161790
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

O formaldeído (massa molar = 30 g/mol), também conhecido como formol, é um composto tóxico, porém muito utilizado por cabeleireiros em um procedimento chamado de “escova progressiva”. Acima da concentração máxima permitida pela Anvisa, de 0,2% em massa, ele pode causar danos à pele, aos olhos, ao fígado e ao sistema respiratório. A liberação desse tipo de produto pela Anvisa é feita via formulário eletrônico, bastando que a empresa interessada informe a composição e efetue pagamentos de taxas. Assim, sem fiscalização adequada, muitos produtos irregulares chegam aos salões de beleza, prejudicando a saúde de profissionais e clientes.

Em um estudo recente, foram encontradas irregularidades em todas as marcas de escova progressiva analisadas. Em um desses produtos, de densidade próxima a 1,2 g/mL, a concentração de formaldeído encontrada foi de 1,76 mol/L. Isso significa que esse produto, mesmo regularizado junto à Anvisa, apresentava uma concentração de formaldeído maior que a permitida em aproximadamente:

Alternativas
Comentários
  • Para mim, a melhor resposta! Objetivo e esclarecedor.


ID
4161796
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

“A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou um estudo sobre o risco de surto de doenças como leptospirose, febre amarela, dengue e esquistossomose em Brumadinho (MG). A pesquisa foi feita a partir de informações de saúde do município, sistemas de dados públicos e levantamentos sobre tragédias passadas, como as enchentes de Santa Catarina, em 2008, e o rompimento da barragem de Mariana, em 2015. Christovam Barcellos, pesquisador titular do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Lis/Icict) da Fiocruz, afirma que catástrofes ambientais geralmente causam surtos de doenças infecciosas.”

(Brumadinho corre risco de surto de doenças, alerta estudo. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2019/02/brumadinho-correrisco-de-surto-de-doencas-alerta-estudo.html acesso em 12 mar. 2019, às 22h23min.

A partir da análise do excerto acima, julgue as seguintes afirmativas como corretas ou incorretas:


I. Dentre as doenças supracitadas, a febre amarela, a dengue e a leptospirose têm como agente etiológico um vírus.
II. O número de casos de esquistossomose tende a aumentar por falta de saneamento básico, como ocorre atualmente na região destruída pela lama.
III. O número de casos de dengue e febre amarela aumentará pela proliferação de mosquitos ocasionada pela morte de seus predadores.

Estão corretas as afirmações:

Alternativas

ID
4161799
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Leia o excerto a seguir:

“O mercúrio (único metal líquido) é combinado com outros elementos para formar compostos orgânicos e inorgânicos de mercúrio. O mercúrio metálico é usado para produzir o gás de cloro e soda cáustica, sendo também usado em termômetros, obturações dentárias, interruptores, bulbos de lâmpadas e baterias.

Usinas termoelétricas de queima de carvão são a maior fonte de origem humana das emissões de mercúrio para o ar nos Estados Unidos. No Brasil a atual crise hídrica e de energia faz com que o governo se utilize mais destas usinas na geração de uma energia mais cara e mais nociva à saúde humana e ao meio ambiente. Mercúrio no solo e na água é convertido por bactérias em metilmercúrio[...]. No Brasil contaminação por mercúrio ocorre nas regiões de garimpo e é denominada minamata, em referência à tragédia ocorrida na cidade japonesa com o mesmo nome [local em que nasciam crianças anencéfalas].”

(Efeitos dos Metais Pesados na Saúde Humana. Disponível em: http://www.robertofrancodoamaral.com.br/blog/efeitos-dos-metaispesados-na-saude-humana/ acesso em 12 mar. 2019, às 22h53min.)

Além de causar a anencefalia de recém-nascidos, o mercúrio:

Alternativas

ID
4161802
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

“A sífilis voltou a ser uma epidemia no Brasil, e o alto número de infectados preocupa especialistas da saúde. [...] Segundo Adele Benzaken, diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das ISTs, do HIV/ Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde, ainda existe uma resistência com relação à penicilina, tanto por parte do paciente quanto de alguns profissionais de saúde, muitas vezes mal orientados.

‘A penicilina é o remédio mais indicado para o tratamento’, explica Adele. ‘Um dos principais trabalhos de prevenção é a boa orientação médica ou a procura do paciente ao consultório ainda nos primeiros sintomas da doença. Se a sífilis for diagnosticada no início, a cura é mais rápida’, afirmou.

O preconceito e o medo do julgamento social, no entanto, ainda afeta pacientes, que, muitas vezes resistem em informar o médico que fizeram sexo sem preservativo. Esse cenário atrapalha o diagnóstico precoce da doença, avalia Eliana Bicudo, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.”

(Sífilis volta a ser epidemia no Brasil e preocupa especialistas. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2018/12/13/ interna_ciencia_saude,725222/sifilis-volta-a-ser-uma-epidemia-no-brasil-epreocupa-especialistas.shtml acesso em 12 mar. 2019, às 23h43min.)

O uso da penicilina é eficaz no tratamento da sífilis porque se trata de uma infecção: 

Alternativas
Comentários
  • Sífilis é causada por uma bactéria. Não precisa nem ler o texto.


ID
4161805
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Leia o trecho a seguir:

“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de cinco cortes de frango da marca Perdigão, que pertence à empresa BRF. A medida foi tomada depois que a própria fabricante detectou, em testes de qualidade, a presença da bactéria Salmonella enteritidis, conhecida por causar surtos de diarreia e gastroenterite.”

(Lotes de frango da Perdigão são recolhidos por risco de salmonela. Disponível em: https://saude.abril.com.br/alimentacao/lotes-de-frango-da-perdigao-saorecolhidos-por-risco-de-salmonela/ acesso em: 12 mar. 2019, às 23h50min.)

Para evitar problemas de contaminação em alimentos, bastante comuns, como o supracitado, usam-se drogas nas rações para alimentar frangos. O resultado final dessa medida, contudo:

Alternativas

ID
4161808
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Leia o trecho a seguir:

        “Quando a epidemia de Aids surgiu, por volta de 1980, não existiam drogas capazes de controlar o vírus. Contrair o HIV era praticamente uma sentença de morte. Logo nos primeiros anos, os epidemiologistas descobriram que nessas comunidades havia um pequeno número de pessoas que, apesar de terem dezenas ou centenas de parceiros sexuais todos os anos, não contraíam a doença. Parecia que uma fração da humanidade era resistente ao vírus.

        Descobrir por que essas pessoas são resistentes ao HIV era extremamente importante. Para entrar nas células, o HIV se liga a uma proteína que se chama CCR5. O que os cientistas acabaram descobrindo é que as pessoas resistentes ao vírus têm um pedaço do gene da proteína CCR5 faltando. São 32 aminoácidos a menos, o suficiente para bloquear a entrada do vírus na célula.

        Em pacientes com leucemia e que são soros positivos para HIV, a nova medula CCR5?32/?32 recebida, pode livrar o mesmo da leucemia e do HIV. O truque funciona.”

(Resistentes ao HIV. Disponível em: https://ciencia.estadao.com.br/ noticias/geral,resistentes-ao-hiv,70002748773 acesso em 13 mar. 2019, às 00h07min.)

Sabe-se que as proteínas são geneticamente determinadas por sequências de códons no DNA, constituídas por três bases nitrogenadas. Desta forma, segundo as informações acima expostas, o “gen” mutante resistente deve apresentar:

Alternativas

ID
4161811
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Leia a notícia abaixo.
Lama de barragem da Vale chega a Retiro Baixo e continua até o Rio São Francisco

“A lama que vazou de barragem da mineradora Vale S.A. em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte [...] atingiu o reservatório da hidrelétrica de Retiro Baixo, neste sábado (9 de fevereiro), segundo constataram os técnicos ambientais ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil. O volume de rejeitos tende a paralisar a geração de energia da usina por um longo período de tempo, com um prejuízo superior a R$ 60 milhões por ano.

[...] A hidrelétrica tinha potência de 82 megawatts (MW) e está localizada na região dos municípios mineiros de Pompéu e Curvelo, a cerca de 220 quilômetros de Brumadinho. A Agência Nacional de Águas (ANA) atesta que a barragem “possibilitará amortecimento da onda de rejeito” e que a onda de lama já atingiu o reservatório.”

(Adaptado de https://www.correiodobrasil.com.br/
lama-barragem-vale-retiro-baixo-rio-sao-francisco/)

Sabendo que a tragédia do rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, ocorreu no dia 25 de janeiro, estime a velocidade escalar média dos rejeitos até atingirem a hidrelétrica Retiro Baixo.

Alternativas

ID
4161814
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Leia a próxima notícia, ainda sobre o desastre de Brumadinho.
Causa do rompimento da barragem de Brumadinho pode ser a mesma de Mariana

[...] A Secretaria do Meio Ambiente de Minas Gerais e especialistas ouvidos pelo Estado acreditam que a principal hipótese para o rompimento seja um fenômeno chamado de liquefação.
[...] Ainda sem acesso às informações do monitoramento, e de forma hipotética, o presidente da Federação Brasileira de Geólogos, Fábio Reis, disse que pode ter ocorrido um processo de liquefação [do solo]. “Seria quando um material, por sobrecarga, passa de característica mais sólida para uma líquida, mais fluida”, explicou.

(Adaptado de https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/ causa-do-rompimento-da-barragem-de-brumadinho-pode-ser-a-mesma-de-mariana, 0233aa9d5f0cf03c1db61b39b212ca05bx3n8378.html)

No contexto do rompimento da barragem, a mudança de estado físico que deve ter ocorrido com o solo e a(s) consequência(s) disso estão descritas na alternativa:

Alternativas

ID
4161817
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Texto para a questão
Vídeo mostra queda de helicóptero com Ricardo Boechat

        [...] O caminhão teria colidido com o helicóptero enquanto estava a cerca de 45 km/h, a 100 m da cabine de pedágio por onde havia acabado de passar. “Se não houvesse um caminhão ali, talvez fosse possível ter feito um pouso forçado”, afirmou o delegado Luís Roberto Hellmeister.

    Antes de sumir entre os viadutos, a aeronave fez uma manobra no ar, mostrando que estava sem controle, e sumiu entre os viadutos. O delegado descarta que tenha ocorrido queda livre.

    Para Hellmeister, as imagens mostram que o piloto tentou realizar um pouso de emergência, pelo fato de ter seguido uma linha reta antes de cair.[...]

(Adaptado de https://www.pragmatismopolitico.com.br/2019/02/
video-queda-de-helicoptero-ricardo-boechat.html)


Se o motorista do caminhão tivesse avistado o helicóptero logo ao sair da cabine de pedágio, com os mesmos 45 km/h, qual deveria ser, aproximadamente, a mínima aceleração, em módulo, que ele poderia imprimir ao veículo para que não ocorresse a colisão? Despreze qualquer tempo de reação do motorista e suponha que essa desaceleração seja constante.

Alternativas
Comentários
  • 45 km/h = 12,5 m/s

    v² = vo² + 2.a.ΔS

    0 = 12,5² + 2.(-a).100

    200a = 156,25

    a = 156,25/200

    a = 0,78 m/s²

    GABARITO: LETRA D

  • Questões de física não combinam com textão... srsrs dá dor de cabeça. A questão é bem simples, mas o texto te faz um nó na cabeça.


ID
4161820
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Texto para a questão
Vídeo mostra queda de helicóptero com Ricardo Boechat

    [...] O caminhão teria colidido com o helicóptero enquanto estava a cerca de 45 km/h, a 100 m da cabine de pedágio por onde havia acabado de passar. “Se não houvesse um caminhão ali, talvez fosse possível ter feito um pouso forçado”, afirmou o delegado Luís Roberto Hellmeister.

    Antes de sumir entre os viadutos, a aeronave fez uma manobra no ar, mostrando que estava sem controle, e sumiu entre os viadutos. O delegado descarta que tenha ocorrido queda livre.

    Para Hellmeister, as imagens mostram que o piloto tentou realizar um pouso de emergência, pelo fato de ter seguido uma linha reta antes de cair.[...]

(Adaptado de https://www.pragmatismopolitico.com.br/2019/02/ video-queda-de-helicoptero-ricardo-boechat.html)

Não ter “ocorrido queda livre” com o helicóptero significa que:

Alternativas

ID
4161823
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2019
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Leia o próximo texto, ainda sobre problemas recentes no nosso país.

Viaduto que cedeu na marginal Pinheiros começará a ser reerguido no sábado

[...] De acordo com Covas, o trabalho até aqui da Prefeitura consistiu em dar apoio à estrutura para evitar que ela cedesse mais. Para isso, uma viga artificial, chamada pilar de alívio, uma estrutura de ferro na cor azul, foi instalada no local do pilar rompido. Esta viga, sozinha, está carregando cerca de 200 das 500 toneladas de peso da fração do viaduto.[...]

(Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/11/27/ viaduto-que-cedeu-na-marginal-pinheiros-comecara-a-ser-reerguido-no-sabado.htm)

O texto da reportagem tem um erro conceitual de Física associado ao senso comum. Trata-se da confusão entre duas grandezas físicas (massa e peso), que guardam uma relação, mas são conceitos fisicamente diferentes. Supondo g = 10 N/kg, o erro acima descrito se explica porque a massa e o peso estão respectivamente associados:

Alternativas
Comentários
  • Faltou explicar que 200T é a massa!