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Prova FUMARC - 2018 - Câmara de Carmo do Cajuru - MG - Analista de Sistemas e Suporte


ID
4179802
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

O propósito do texto é

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    O propósito está no último parágrafo:

    "O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública." - demonstrar a importância de ser amado.

  • A única que tenho certeza de que está errada é a letra A.

    A)apresentar quem realmente foi amado.

    "Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem..." Ou seja: não há apresentação de quem foi amado (personagem).

    B)demonstrar a importância de ser amado.

    Sim, em várias partes o autor ressalta o bem-amado (forma passiva).

    C)mostrar que se deve amar.

    Essa é mais sutil, mas alguns trechos na forma ativa também deixam dúvidas:

    "E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção"

    "Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. .."

    "O que ama é um disseminador."

    Além do próprio título: "O homem que conheceu o amor"

    D)refletir sobre o que é o amor.

    Além do título: "O homem que conheceu o amor", no trecho que cita Freud, Jabor, Bilac, etc., ficam evidentes as reflexões sobre o amor. E ainda, como falar em amar e ser amado sem refletir sobre o que é o amor?

  • Dá pra justificar qualquer gabarito com partes literais do texto, menos o A

  • acho que o comando da questão deveria pedir a incorreta

  • Extremamente subjetiva.

  • Um texto, em regra, não tem mais de um proposito e quando o tem, um sempre prevalece.

    Conhecendo a estruturação de um texto, saberiam que a única resposta cabida é demonstrar a importância de ser amado.

    Ele é argumentado unicamente sobre o ponto de que ser armado é uma virtude.

    Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. [...] Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.

    [...]

    Reconhece-se a 50m um desamado, mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 

      Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.

      O que ama é um disseminador.

      Tocar nele é colher virtudes. 

      O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila (O huno/ O destruidor): por onde passa renascem cidades. 

      O bem-amado é uma usina de luz.

    Gabarito Letra B.

    Ps: não há reflexão sobre o ato de amar, mas a condição de ser amado.

  • Letra B

    O primeiro paragrafo já demonstra e demonstra " Que foi muito amado"

    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse:


ID
4179805
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

Ao afirmar que dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar, o locutor do texto nos faz entender que o velho senhor

Alternativas
Comentários
  • O senhor disse: “na verdade, fui muito amado.” Diante desta afirmação e percebendo a forma como foi expressada o autor compara essa fala como se o velho senhor tivesse dito "sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar." Acredito que no entendimento do autor as duas situações representam felicidade e momentos bons, por isso a comparação.

  • pra mim a C e a D estão corretas, tendo o mesmo significado

  • GAB.C

  • Questão bizonha. A é um gabarito completamente justificável. Talvez o único.

  • Estar feliz é uma coisa

    Estar extremamente feliz é outra

    Fumarc = Fumando

  • Mais uma banqueta pra atrapalhar minha vida.....

  • Banca sem noçao

  • Eu interpretei que ele não tinha noção do que fazer para viver feliz, ele simplesmente vivia. Vejo essa a diferença da C para a D.
  • Né possívellllll...

    Bom, tive que reler. A intepretação para assinalar a assertiva correta não está no excerto acima mencionado.

    "Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 

      Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados."

    Ou seja, remetendo à frase do velhote. :  “na verdade, fui muito amado.” ou seja, na verdade, fui muito feliz.

    No final das contas, mesmo com toda essa análise. eu não marcaria a assertiva C, só se fumar muita maconha, como diria meu professor Elias Santana.


ID
4179808
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

As palavras destacadas estão corretamente interpretadas entre parênteses, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • Fastio: ausência de apetite; inapetência. Sensação de aborrecimento; tédio. Sentimento de repugnância e de aversão direcionados a algo ou a alguém; repulsa: sentia fastio a doces e a pessoas chatas

  • Fui por eliminação. A única palavra que eu não sabia o significado e por isso não saberia um sinônimo foi a palavra fastio.

  • Fui pelo Direito, onde Coerção e Coação tem suas diferenças, e me ferrei

  • Se fosse CESPE deixaria em branco.


ID
4179811
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

As palavras estão utilizadas em sentido conotativo em:

Alternativas
Comentários
  • “Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo.” - temos um sentido figurado, "faca no peito" dá sentido de cobrança.

    Afinal, belo texto!

    Gabarito letra A!

  • Como o colega mesmo mencionou, ao dizer "Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo" acredito que o autor quis se referir ao fato de que o personagem se abriu de boa vontade sem sofrer coerção ou ser forçado a se abrir. Foi autêntico e espontâneo. Logo, temos uma linguagem conotativa representada pela palavra faca que, no contexto, possui significado diverso.

  • Que belo texto!

  • Denotação e Conotação

    Basicamente, denotação é o sentido literal das palavras. Em geral, quando se fala em conotação, o sentido de uma palavra ou expressão não coaduna com o literal, dicionarizado, embora haja sempre algum vínculo semântico. Compare:

    a) O muro de sua casa é de pedra. (sentido literal)

    b) O muro de seu coração é de pedra. (sentido conotativo)

    ------------------------------------------------------------------------------------

    Tirado do Qconcursos

  • Gabarito:

    A - Conforme explicado pelo colega Concurseiro Persistente.

    Conotativo é o sentido que damos a uma palavra em função de seu contexto, que não corresponde ao seu significado literal.

    Denotativo é o mesmo que encontramos no dicionário, o emprego original e literal da palavra.

    Portanto, a linguagem denotativa é mais objetiva, direto ao sentido estreito do vocábulo ou expressão.

  • GAB. A

    CONOTATIVO: SENTIDO FIGURADO.

    DENOTATIVO: DICIONÁRIO : REAL SIGNIFICADO.

  • Não costumo ler texto para responder questões, mas depois que vi os elogios ao texto... li! e concordo que os elogios são justos. Muito bom o texto.
  • Ao meu ver, gabarito deveria ser alternativa D:

    d) “Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí...”

    Frases sobre amor não podem ser "inquietantes", uma vez que são despersonalizadas. Elas poderiam causar inquietação em quem as leem, mas jamais poderão ser inquietantes (frases que não sossegam, rs). Por esse motivo, entendo que está em sentido conotativo.

  • Acredito que a alternativa D também esteja correta. A palavra "inquietante" traduz o estado inquieto, agitado, características estas atribuídas às pessoas, mas no texto se utilizou da forma conotativa para se atribuir às frases.
  • parecia pronto para morrer não é sentido conotativo????


ID
4179814
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

Em: “Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar.”, o verbo destacado, se flexionado no pretérito imperfeito do indicativo, ficaria:

Alternativas
Comentários
  • A - "estava" - desinência "ava" - pretérito imperfeito do indicativo;

    B - "esteja" - presente do subjuntivo;

    C - "esteve" - pretérito perfeito do indicativo;

    D - "estivesse" - desinência "sse" - pretérito imperfeito do subjuntivo.

  • Verbo ESTAR no pretérito imperfeito do indicativo

    Quando a terminação for AR usa-se a desinência VA, portanto, ficaria ESTAVA.

  • GABARITO -A

    As terminações " Ava / INHA / IA " Indicam pretérito Imperfeito.

    A terminação " ra " - Pretérito- Mais-que-perfeito.

     “Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar.

    Bons estudos!

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento em tempo e modo verbal. O candidato precisa indicar qual assertiva indica a conjugação do verbo "estar" no pretérito imperfeito do modo indicativo. Vejamos:

     Em: “Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar.

    a) Correta.

    Estava⇢ o pretérito imperfeito do indicativo indica sentido inacabado que dura no tempo.

    b) Incorreta.

    Esteja⇢  essa conjugação indica um presente hipotético, podendo colocar o "que" antes (que ele esteja), assim, é o presente do subjuntivo.

    c) Incorreta.

    Esteve⇢ essa conjugação indica um passado que teve início e fim, assim, chama-se pretérito perfeito do indicativo.

    d) Incorreta.

    Estivesse⇢ essa conjugação indica um passado incerto em relação a outro fato anterior, por isso, chama-se pretérito imperfeito do subjuntivo.

    Gabarito do monitor: A

    • Indicativo: expressa certeza 
    • Subjuntivo: expressa uma atitude hipotética, duvidosa ou possível. 
    • Imperativo: expressa uma ordem ou orientação

  • Pretérito imperfeito do indicativo:

    Dica:

    Coloca o "antigamente" antes na flexão verbal.

    Veja: "Antigamente" estava...

    "Antigamente" estinha"

    (...)

    Fonte: Meus resumo + Janaína Arruda.


ID
4179817
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

Em: “Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada.”, as palavras destacadas são, respectivamente, 

Alternativas
Comentários
  • BIZU (gab D)

    Como o "o" pode se comportar?

     Artigo definido (Antes de substantivo) : aluno chegou.

    2º Pronome pessoal obliquo: (Retoma o termo anterior) : Encontrei-na festa.

    3º Pronome demonstrativo: (Antes de "que" e "de"): Quero que você procura.

  • Passei maior parte do tempo só pra ver onde estava a quarta palavra destacada kkkkkk

  • O pronome pessoal do caso oblíquo "o" pode ser facilmente substituído pelo pronome "ele".

    Assim temos:

    ouvindo-o = ouvindo ele

    Que se o é = que se ele é

    o é por frações = ele é por frações

  • Pronome é invariável, portanto se tentar colocar o O no plural e fizer sentido, não será pronome.

  • O segundo "o" tá substantivando a palavra desejo

    Os outros podem ser substituídos por ele, logo são pronomes pessoais do caso oblíquo


ID
4179820
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

Há oração sem sujeito em:

Alternativas
Comentários
  •  a) “Havia um certo fastio em suas palavras e gestos.” Oração sem sujeito  GABARITO.

     b) “Se retirava de um banquete satisfeito.”    Sujeito oculto

     c) “Sim, batem nas dobras de seu ser.”  Sujeito indeterminado

     d) “Também se ama por contaminação na tela do instante.” Sujeito indeterminado

  • GABARITO A

    O verbo HAVER no sentido de existir é IMPESSOAL, permanece no SINGULAR e NUNCA possui sujeito. O que o verbo HAVER tem é OBJETO DIRETO.

    bons estudos

  • Verbo haver com sentido de existir: SUJEITO INEXISTENTE!

  • Sobre os tipos de sujeito, convém mencionar estes:

    1) oculto/elíptico/desinencial/implícito

    Apesar de não aparecer na estrutura, é possível reconhecê-lo observando a forma verbal constante na frase. Exs.:

    a) (eu) Avistei uma mulher deslumbrante;

    b) (nós) Vimos um navio a atracar no cais.

    2) inexistente

    O sujeito será inexistente quando houver verbos impessoais (o “haver” no sentido de existência e tempo passado, os que denotam fenômenos da natureza, tempo transcorrido etc.). Exs.:

    a) Choveu muito hoje;

    b) Amanhã não haverá aula;

    c) São cinco horas;

    d) Fez dez graus nessa manhã.

    3) simples

    Apresenta somente um núcleo, este que é sempre pronome ou substantivo. Exs.:

    a) Homens grandes realizam grandes feitos: sem escada, pegam frutas de árvores;

    b) Raquel de Queirós foi a maior escritora brasileira;

    c) Ninguém ouviu as súplicas do homem agônico.

    4) composto

    Apresenta dois ou mais núcleos. Exs.:

    a) Homens e mulheres grandes realizam grandes feitos: sem escada, pegam frutas de árvores;

    b) Raquel de Queirós, Clarice LispectorLygia Fagundes Telles escreveram livros insuperáveis;

    c) Em minha biblioteca particular, Machado de Assis, José de Alencar, Monteiro Lobato, Aluísio de Azevedo, Raul Pompeia e Graciliano Ramos não faltam.

    5) oracional

    Apresenta-se sob forma de oração. Exs.:

    a) Estudar muito e saber fazê-lo é crucial para ser aprovado;

    b) Sobreviver a toda forma de contratempo é necessário;

    c) É preciso compreender os motivos reais da insurreição.

    6) Indeterminado

    Em dois casos constar-se-á sujeito indeterminado:

    I – Quando diante de verbos na terceira pessoa (singular ou plural, sendo último mais comum) sem referência a pessoas determinadas:

    a) Diz que vai chover;

    b) Estão batendo;

    c) Disseram que você verá, este ano, seu nome no rol de aprovados.

    II – Empregando o pronome “se” junto ao verbo, de modo que a oração passe a equivaler a outra que tem por sujeito “alguém”, “a gente”:

    a) Vive-se bem aqui na cidade (a gente vive bem na cidade);

    b) Precisa-se de pintores urgentemente (alguém precisa de pintores urgentemente);

    A partícula “se” das frases anteriores se comporta como índice de indeterminação do sujeito.

    a) “Havia um certo fastio em suas palavras e gestos.”

    Correto. Há oração sem sujeito, tendo em vista que o verbo "haver" é impessoal no sentido de existência;

    b) “Se retirava de um banquete satisfeito.”

    Incorreto. Há sujeito indeterminado. Não há como precisá-lo apenas inspecionando este breve fragmento;

    c) “Sim, batem nas dobras de seu ser.”

    Incorreto. Há sujeito indeterminado;

    d) “Também se ama por contaminação na tela do instante.”

    Incorreto. Há sujeito indeterminado.

    Letra A

  • GABARITO A

    O verbo HAVER no sentido de existir é IMPESSOAL, NUNCA POSSUI SUJEITO.

    O que o verbo HAVER tem é OBJETO DIRETO.

    Foco, força e fé

  • Haver no sentido de existir, ocorrer, acontecer ou indicando tempo decorrido, é inexistente (oração sem sujeito).

    Portanto, esse é um verbo impessoal.

    O sentido é igual mas a sintática é diferente.

    Fonte: Quebrando as bancas.

    Gabarito: A

  • Gab A

    Verbo Haver = Existir = Impessoal e não se flexiona.

  • GAB: A

    O verbo HAVER no sentido de existir é IMPESSOAL, NUNCA POSSUI SUJEITO NEM PLURAL!!

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. To sempre postando motivação nos storys S2

  • Hipóteses de sujeito inexistente/oração sem sujeito:

    a) Haver com valor existencial (sempre na 3ª pessoa do singular)

    Havia pessoas boas no local.

    b) Haver e fazer indicando tempo decorrido (sempre na 3ª pessoa do singular)

    Faz semanas que não o vejo.

    c) Fenômenos naturais, exceto sentido figurado (sempre na 3ª pessoa do singular)

    Ventava forte naquele dia.

    d) Chega de, basta de, passa de (sempre na 3ª pessoa do singular)

    Passa das dez horas.

    e) Ser (hora, data, distância)

    São dois quilômetros até o curso.

    Não confundir com sujeito indeterminado, que existe, mas não pode ser identificado na frase nem no contexto.

    São formas de indeterminar o sujeito:

    a) 3ª do plural sem referente

    Roubaram meu relógio.

    Bateram no meu carro.

    b) VTI, VI, VLig. + SE (índice de indeterminação do sujeito) / 3ª do singular

    Precisa-se de bons funcionários.

    c) Infinitivo impessoal

    "Ser ou não ser, eis a questão."

    Fonte: Curso Português Total - Profª Flávia Rita


ID
4179823
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

A colocação do pronome oblíquo está correta, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • B

    O não atrai o pronome

  • A posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, lhe, vos, o[s], a[s], etc.) pode ser distintamente três: próclise (antes do verbo. p.ex. não se realiza trabalho voluntário), mesóclise (entre o radical e a desinência verbal, p.ex. realizar-se-á trabalho voluntário) e ênclise (após o verbo, p.ex. realiza-se trabalho voluntário). 

    a) Chamar-lhe-ia, se pudesse.

    Correto. O verbo "chamar" está na forma verbal "chamaria", no futuro do pretérito e, somado a isso, o pronome oblíquo átono "lhe" não pode encabeçar períodos, de modo que deve interpor-se entre o radical e a desinência, em mesóclise, exatamente como na estrutura acima;

    b) Não lembro-me de você.

    Incorreto. Antepondo-se ao verbo "lembrar-me" há uma partícula negativa "não", que atrai para perto de si o pronome oblíquo "me". Portanto, é preciso posicioná-lo procliticamente: "não me lembro de você";

    c) Nunca me queixei dos problemas.

    Correto. Antepondo-se ao verbo "queixar-me" há um advérbio (nunca), que atrai para perto de si o pronome "me". Sendo assim, posiciona-se

    d) Vou avisá-lo da festa.

    Correto. Não há fator que reclame para perto de si o pronome "o", que está na forma "-lo".

    Letra B

  • GABARITO B

    CASOS DE PRÓCLISE  (Pronome Oblíquo Átono antes do verbo)

      1) Palavras com sentido negativo: Não, Nem, Nunca,Jamais,Ninguém, Nenhum, ...;

     2) Advérbio curto (sem vírgula): Já, Agora, Assim, Também, Sempre, Mais, Menos, Pouco, ...;

      3) Conjunções Subordinativas: Se, Caso, Embora, Quando, Enquanto, Como, Que, ...;

      4) Gerúndio precedido de EM;

      5) Pronome Relativo: Que, O qual, Onde, Cujo, ...;

      6) Pronomes Indefinidos; Tudo, Nada, Ninguém, Qualquer, ...;

      7) Pronome Demonstrativo: Isso, Aquilo, Isto, Aquele, Este, Esse, ...;

      8) Frase Optativa (Exprime desejo);

      9) Frase Interrogativa (?);

    10) Frase Exclamativa (!).

     

    bons estudos

  • "Não" É palavra atrativa e atrai pronome

  • Assertiva B

    Não lembro-me de você.

    Palavras atrativas

    conjunção subordinativas

    negativas

    advérbios

    pronome

    Relativos

    Indefinidos

    Interrogativos

  • GABARITO: LETRA B

    COMPLEMENTANDO:

    ► O pronome oblíquo átono pode ocupar três posições em relação ao verbo com o qual se relaciona: a ênclise (depois do verbo); próclise (antes do verbo); e a mesóclise (dentro do verbo). Por ser uma partícula átona, não inicia oração e, entre os verbos de uma locução, liga-se a um deles por hífen.

    PRONOMES ATÓNOS: - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s);

    PRÓCLISE

    Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem o pronome:

    1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:

    Não o quero aqui. / Nunca o vi assim.

    2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):

    Foi ela que o fez. / Alguns lhes deram maus conselhos. / Isso me lembra algo.

    3. Advérbios ou locuções adverbiais:

    Ontem me disseram que havia greve hoje. / Às vezes nos deixa falando sozinhos.

    4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:

    Oxalá me dês a boa notícia. / Deus nos dê forças.

    5. Conjunções subordinativas:

    Embora se sentisse melhor, saiu. / Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.

    6. Palavras interrogativas no início das orações:

    Quando te deram a notícia? / Quem te presenteou?

    MESÓCLISE

    Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:

    Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente: orgulharei);

    Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito: orgulharia).

    ÊNCLISE

    Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:

    1. Verbos no imperativo afirmativo:

    Depois de terminar, chamem-nos. / Para começar, joguem-lhes a bola!

    2. Verbos no infinitivo impessoal:

    Gostaria de pentear-te a minha maneira. / O seu maior sonho é casar-se.

    3. Verbos no início das orações:

    Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. / Surpreendi-me com o café da manhã.

    TODA MATÉRIA.

  • GAb B

    Palavras Negativas atrai o pronome para perto de si, ou seja, próclise é obrigatória.

  • Ênclise: DEPOIS do verbo.

    1. Ex: Dê-me a resposta.

    Aparece DEPOIS do verbo > SEMPRE. = (Repare no Hífen, ele é uma característica bem comum)

    Próclise: ANTES do verbo.

    1. Ex: Não me dê a resposta. > Repara bem > Quando você faz a próclise NÃO tem hífen.

    Próclise > prefixo de “PRE” > ANTES = pega essa ideia que já era.

    Mesóclise (meioclise): MEIO do verbo.

    1. Ex: Dar-me-a resposta.

    Pela quantidade de Hífen > já dá pra saber o que se é : Ênclise, próclise ou Mesóclise.

    Pegou ? ok, caso ajude segue os atrativos:

    Atrativos: > Narisd

    N → NEGATIVAS ( NÃO,NUNCA, JAMAIS…)

    A → ADVÉRBIOS (SEMPRE, TALVEZ, SOMENTE…)

    R → RELATIVOS (PRON. RELATIVOS)

    I → INDEFINIDOS/INTERROGATIVOS

    S → SUBORDINATIVAS (CONJUNÇÃO – QUE, EMBORA,JÁ QUE..)

    D → DEMONSTRATIVO( PRON. DEMONSTRATIVO: ESTE, AQUELE, ISSO…)

    Fonte: Meu caderno + colegas do Qc

  • "Nao" é atrativo de próclise.

  • matei essa questão olhando a letra C....KKKKK


ID
4179826
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

A regência verbal está correta, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO DA BANCA - D

    Algumas observações no final...

    A) Aspiramos o ar puro.

    Aspirar no sentido de solver / respirar - VTD

    Aspirar no sentido de almejar - VTI (A)

    Aspiro à magistratura.

    -------------------------------------

    B) Assistia à cirurgia do lado de fora da sala.

    Assistir no sentido de ver - VTI - A

    Assistir no sentido de Morar - VTI (EM)

    Assistir no sentido de Ajudar - VTD

    Assistir no sentido de ter competência - VTI (A)

    ---------------------------------------

    C) Este trabalho acarretará promoção na empresa.

    Acarretar pode ser usado no sentido de

     acarretar algo (transitivo direto); acarretar algo a alguém (transitivo direto e indireto).

    D) Não pise na grama.

    Essa é uma expressão adequada aos padrões formais da linguagem, haja vista que o verbo “pisar”, no sentido de pôr os pés no chão, andar, caminhar, pode se classificar como transitivo direto (pisar a grama).

    E pisar na grama?

    Também está correta, pois o verbo também se classifica como indireto, regido pela preposição “em” (pisar na grama).

    Mas daí a dizer pisar à grama, como se ele se fosse indireto (que realmente assim se classifica, mas regido por outra preposição), não!!!!!

    Dessa forma, saiba que você pode assim proferir:

    Pisar a grama

    OU

    Pisar na grama.

    https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/voce-pisa-na-ou-grama.htm

  • regência verbal trata da transitividade de verbo, que pode ser intransitivo (dispensa complementos verbais), transitivo direto (requer complemento verbal direto), transitivo indireto (requer complemento verbal indireto) ou ainda bitransitivo (requer concomitantemente um complemento verbal direto e outro indireto). Nestas duas últimas, o verbo reclama preposição (a, de, em, por, sobre, etc.)

    Abaixo, algumas siglas a fim de atalhar a resolução:

    VTD: Verbo Transitivo Direto

    VTI: Verbo Transitivo Indireto

    a) Aspiramos o ar puro.

    Correto. O verbo "aspirar", no sentido de desejar ardentemente, rege preposição "a"; no entanto, no sentido de haurir, sorver, respirar, é VTD e não rege preposição alguma;

    b) Assistia à cirurgia do lado de fora da sala.

    Correto. O verbo "assistir", tendo a acepção de testemunhar, presenciar, ver, é VTI e rege preposição "a";

    c) Este trabalho acarretará promoção na empresa.

    Correto. O verbo "acarretar" é VTD e não rege preposição alguma;

    d) Não pise na grama.

    Correto. De acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, p.405, o verbo "pisar", quando VTI, rege múltiplas preposições, entre elas a preposição "em". Na literatura brasileira, excedem construções com a regência "pisar em": Machado de Assis, Gregório de Matos, Pe. Antônio Vieira são apenas alguns a serem citados, de modo que não há que se reprovar a estrutura dessa alternativa. Novamente, mais uma sumária e injustificável arbitrariedade de bancas de concursos.

    Gabarito da banca: Letra D.

    Gabarito do monitor: Questão nula, por não apresentar adequada opção de resposta.

  • Pisar é um verbo transitivo direto, porém alguns gramáticos aceitam que ele seja Transitivo Indireto.

    Segundo o professor Terror: https://www.youtube.com/watch?v=JehP90nDxM0

  • Verbo ASIPIRAR:

    1. Sentido de cheirar, respirar (VTD) ex.: A menina aspirou o aroma da flor.

    2. Sentido de desejar, querer algo (VTI) ex.: A menina aspira ao cargo de Perito.

    _____________________________________________________________________

    Verbo ASSISTIR: 

    1. Sentido de ajudar (VTD) ex.: O médico assistiu o paciente.

    2. Sentido de ver (VTI) ex.: A menina está assistindo à televisão.

    3. Sentido de morar (VI) ex.: Assistimos numa conturbada cidade..

    4. Sentido de pertencer, caber (direito de alguém) (VTI) ex.: O direito à aposentadoria assiste à idosa.  

    ______________________________________________________________________________

    Verbo ACARRETAR não necessita de preposição.

    Acarreta ALGO, acarreta ALGUMA COISA.

    bons estudos

  • Gab: letra D

    A gramática normativa é um manual de regras da língua, onde o conceito de certo e errado são inerentes. Então, é considerado errado o uso do verbo pisar com preposição, porque ele é considerado como verbo transitivo direto. Portanto, as únicas formas corretas para a gramática normativa são: “Por favor, senhorita, é proibido pisar a grama” e “Pessoas educadas não pisam o tapete”.

    Entretanto, há a realidades das ruas. Alguns podem dizer que não se pode considerar nada além da gramática normativa porque as regras são imutáveis. Além disso, a fala é dinâmica, modificando-se a todo o momento, mas a língua não. Será? É claro que não podemos entender que a velocidade de mudança entre a língua falada e a escrita seja a mesma. No entanto, não se pode afirmar que as mudanças não ocorram nesta esfera, um célebre exemplo é a palavra você. Etimologicamente, derivou-se de vossa mercê, passou para vossemecê, vosmecê, vancê, até chegar à forma como a conhecemos, o que significa que, embora de forma lenta, as mudanças na língua podem ocorrer.

    Como é possível perceber, há um impasse entre a norma e o uso, quem sairá vencedor, só o tempo definirá. Para o momento, a definição é a seguinte, todas as vezes em que o contexto pedir a aplicação ou utilização das regras, use o verbo pisar como transitivo direto, portanto, sem preposição. No entanto, se o que está sendo discutido é o uso, ou seja, a realidade linguística atual, então considere o uso do verbo com preposição.

    https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/gramatica/regencia-verbo-pisar-E-proibido-pisar-ou-na-grama.htm

  • Primeira vez que vejo na vida. Fazendo questões e aprendendo, eis o lema do concurseiro.

  • A questão deveria ser anulada, pois há divergências. Segue o trecho do livro A Gramática Para Concursos, do Professor Fernando Pestana (2015, p. 966):

    "Segundo José Maria da Costa, baseando sua pesquisa em Francisco Fernandes e em Celso P. Luft:

    I) “Pisar a grama” (correto);

    II) “ Pisar na grama” (correto);

    III) “ Pisar sobre a grama” (correto);

    IV) “ Pisar em cima da grama” (correto);

    V) “ Pisar por cima da grama” (correto);

    VI) “ Pisar à grama” (errado)."

  • A primeira questão que eu descartei era o gabarito kkk que vergonha

  • a) aspirar no sentido de "cheirar" inalar -VTD - CORRETA

    b) assistir no sentido de lugar/estar presente... VTI - exige preposição "à" - CORRETA

    c) ACARRETAR no sentido de ter como consequência - VTD - CORRETA

    d) PISAR na grama - NÃO SEI PQ TA ERRADA KAKAKA, acredito que seria errado se tivesse um "à".

  • A gramática normativa é um manual de regras da língua, onde o conceito de certo e errado são inerentes. Então, é considerado errado o uso do verbo pisar com preposição, porque ele é considerado como verbo transitivo direto. Portanto, as únicas formas corretas para a gramática normativa são: “Por favor, senhorita, é proibido pisar a grama” e “Pessoas educadas não pisam o tapete”.

    https://brasilescola.uol.com.br

  • GAB: D

    saiba que você pode proferir:

    Pisar a grama OU Pisar na grama.

    MAS, CUIDADO, A BANCA NÃO ACEITA O "PISAR NA GRAMA"

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. To sempre postando motivação nos storys S2


ID
4179829
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR 

Affonso Romano de Sant’Anna 


    Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar. 
    Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar. 
    Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
    Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula. 
    Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí... Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”. 
    Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção. 
    Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar - ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim. 
    Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
    Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor. 
    Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele. 
    Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
    O que ama é um disseminador.
    Tocar nele é colher virtudes. 
    O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades. 
    O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública. 

Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018. 

___, entre pesquisadores, que, se a população mundial ___ esta postura em relação ao meio ambiente, ___ sérios problemas a serem resolvidos.

As lacunas na frase acima são preenchidas corretamente por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D.

    futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo

    Se mantiver então haverá (haver: verbo impessoal fica no singular)

     

    Isso é comentado, então: Comenta-se isso

     

    Comenta-se que, se a população mundial mantiver esta postura em relação ao meio ambiente, haverá sérios problemas a serem resolvidos.

  • GABARITO C

    Lembrando que o verbo HAVER no sentido de EXISTIR é IMPESSOAL, portanto não flexiona e permanece no SINGULAR.

    bons estudos

  • GABARITO -C

    I) ___, entre pesquisadores, que, se a população mundial

    ( Comenta-se ) / Isso = Oração subordinada substantiva Objetiva direta.

    II) ___ esta postura em relação ao meio ambiente,

    A conjugação do verbo "manter " é feita similar a do verbo " ter".

    Se eu tiver / se eu mantiver

    Se eu tivesse / Mantivesse

    Se ele tiver / Mantiver

    -----------------------------------

    III) ___ sérios problemas a serem resolvidos.

    Haver no sentido de existir - Impessoal - Singular

    Bons estudos!

  • Por que comenta-se ficou no singular? sujeito oracional?

  • no meu entendimento @Magda Amaral comenta - se ficou n singular porque ele está concordando com postura. Entre os pesquisadores comenta- se que, se a população mantiver essa postura..... o verbo comentar está concordando com postura. Na concordância verbal sempre busque o sujeito e encontre o núcleo; é com ele que o verbo concordará. A banca colocou ele isoladamente e do lado de entre pesquisadores para condundir o candidato.
  • GAb C

    Verbo Haver no sentido de existir é impessoal, ou seja, não vai para o plural e não tem sujeito.

  • Para responder esta questão, exigia-se do candidato conhecimento de concordância verbal e de morfologia dos verbos. O candidato deve indicar quais palavras corretas preenchem a lacuna. Vejamos:

    Ordem original⇢ Comenta-se, entre pesquisadores, que, se a população mundial mantiver esta postura em relação ao meio ambiente, haverá sérios problemas a serem resolvidos.

    Ordem ajustada por mim Comenta-se que haverá sérios problemas a serem resolvidos entre pesquisadores se a população mundial mantiver esta postura em relação ao meio ambiente.

    Comenta-se O verbo comentar deve ficar no singular para concordar com seu sujeito oracional. Vejam:

    Comenta-se que haverá sérios problemas a serem resolvidos.

    Comenta-se isso.

    Mantiver O verbo "manter" é posto na sua conjugação no futuro do subjuntivo para indicar algo que pode acontecer de maneira condicionada.

    HaveráO verbo "haver" foi empregado no singular, pois tem sentido de existir e, dessa forma, é impessoal, isto é, não possui sujeito.

    Dessa forma, a ordem correta fica assim: Comenta-se, mantiver e haverá.

    Gabarito do monitor: C

  • GAB: C

    Verbo "HAVER" no sentido de existir é impessoal, ou seja, NÃO VAI PARA O PLURAL e NÃO tem sujeito.

    por isso ficou assim:

    COMENTA-SE, entre pesquisadores, que, se a população mundial MANTIVER esta postura em relação ao meio ambiente, HAVERÁ sérios problemas a serem resolvidos.

    COMO VEMOS, A FRASE NÃO FOI PARA O PLURAL DEVIDO A PALAVRINHA "HAVER".

    (CUIDADO COM A PALAVRINHA "HAVER" )

    OU SEJA, QUANDO TEM A PALAVRINHA "HAVER", NÃO TEM SUJEITO NEM PLURAL

    obs: SIGO DE VOLTA NO INSTA "carolrocha17" S2.. To sempre postando motivação nos storys S2

  • @Magda Amaral o verbo comenta-se ficou no singular porque o seu sujeito é oracional, portanto deve ser flexionado na terceira pessoa do singular


ID
4179832
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O crescimento exponencial de uma determinada cultura de bactérias em função do tempo de observação se expressa por f(t) = Be k t sendo B e K constantes positivas e t é o tempo em horas. Se, no instante inicial da observação, estão presentes 1.500 bactérias, e esse total duplica em 4 horas, então é CORRETO afirmar que o total de bactérias presentes ao final de seis horas de observação é igual a

Alternativas
Comentários
  • Solução detalhada no link abaixo

    https://www.instagram.com/p/CGNPEvyj_W1/?igshid=kn0n0se820wt

    @emporiodamatematica


ID
4179835
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se a sequência (x, y, z, k) é uma Progressão Aritmética crescente na qual x + y = 1 e z + k = 9, então é CORRETO afirmar que o terceiro termo dessa progressão é um número

Alternativas
Comentários
  • Vamos colocar todos os valores em função de x

    y = x + r

    z = x + 2r

    k = x + 3r

    -

    x + = 1

    y = x + r

    x + x + r = 1

    2x = 1 - r

    -

    z + = 9

    z = x + 2r e k = x + 3r

    x + 2r + x + 3r = 9

    2x + 5r = 9

    Podemos substituir o 2x

    2x = 1 - r

    1 - r + 5r = 9

    4r = 8

    r = 2 (achamos a razão)

    -

    2x = 1 - r

    2x = 1 - 2

    2x = -1

    x = -1/2 (se quiser deixar em fração não tem problema)

    x = -0,5

    A questão está perguntando sobre o terceiro termo: z

    z = x + 2r

    z = -0,5 + 2*2

    z = 3,5

    Números racionais são números "não inteiros" que podem ser escritos na forma de fração

    3,5 = 35/10 ou 7/2 ou 70/20, são várias possibilidades.

    alternativa D

  • Solução detalhada no link abaixo: https://www.instagram.com/p/CGI5DWQjWqS/?igshid=1m5jc9ijcnw3 @emporiodamatematica
  • PENSEI ASSIM ::: X=0,25 Y= 0,75 Z=2,25 K=6,75 ::

    CASO HAJA ERRO,FAVOR INFORMAR.

  • A1, A1+r, A1+2r, A1+3r

    A1+A1+r = 1, logo 2A1+r=1

    A1+2r+A1+3r = 9, logo 2A1+5r = 9

    Temos um sistema de equação, agora é só resolver pelo método da adição.


ID
4179841
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Os termos da sequência (314, 157, 154, 77, 74, 37,...) são obtidos por um critério lógico de formação. Assim, segundo esse critério, é CORRETO afirmar que a soma do sétimo e oitavo termos dessa sequência é igual a

Alternativas
Comentários
  • A lógica da sequência pode ser feita da seguinte maneira: dividir por 2 e subtrair por 3

    314/2= 157

    157-3=154

    154/2=77

    77-3=74

    74/2=37

    37-3=34

    34/2= 17

    17-3=14

    314,157,154,77,74,37,34,17......

    Somamos 34+17= 51

    gabarito letra C

  • GAB C

    A METADE - 3 ,A METADE - 3 ,A METADE - 3

    (314, 157, 154, 77, 74, 37,...)

    314/2 =157

    157-3 =154

    METADE DE 154 =77

    77-3=74

    METADE DE 74= 37

    37-3=34

    METADE= 17

    17 +34 =51


ID
4179844
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se a sequência de números reais representada por (x, y, z, w) é uma Progressão Geométrica, na qual w + y = 60 e x + z = 20, então é CORRETO afirmar que o valor de x e a razão dessa Progressão são, respectivamente, iguais a

Alternativas
Comentários
  • Vamos colocar os termos em função de y

    q é a razão da PG

    x = y/q

    z = y*q

    w = y*q² 

    -

    x + z = 20 (substituindo o x e o z)

    x = y/q e z = y*q

    y/q + y*q = 20 (vamos multiplicar toda a equação por q)

    q*(y/q) + q*(y*q) = q*20 (fazemos isso pra sumir com aquele denominador maroto ali)

    y + y*q² = 20q (deixe assim por enquanto)

    -

    w + y = 60 (substituindo o w)

    w = y*q² 

    y*q² + y = 60

    -

    Olha que interessante, nos temos duas equação onde os termos do lado esquerdo da igualdade são iguais

    y + y*q² = 20q

    y*q² + y = 60

    y + y*q² = y*q² + y

    Se o lado esquerdo da igualdade das duas equações são iguais, então o lado direito também é igual, podemos igualar 20q e 60

    20q = 60

    q = 60/20 = 3 (achamos a razão)

    Podemos marcar a alternativa A

    -

    Mas vamos descobrir o valor de x que a questão também pede

    x + z = 20

    z = x*q² (substituir o z na equação)

    x + x*q² = 20

    sabemos que q (razão) vale 3

    x + x*3² = 20

    x + 9x = 20

    10x = 20

    x = 20/10 = 2

  • ( x , y , z , w ) , sendo uma PG:

    ( x , x*q , x*q² , x*q³).

    O enunciado diz que:

    w + y = 60

    (x*q³) + (x*q) = 60 ; colocamos x*q em evidência

    x*q ( q² + 1) = 60 (I)

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    O enunciado também diz que:

    x + z = 20

    x + (x*q²) = 20 ; colocamos o x em evidência

    x ( 1 + q² ) = 20 ; organizando letras e números

    x ( q² + 1 ) = 20 (II) ; observe que este termo é semelhante a parte contido em (I) com exceção do q "de fora" e o 60

    Vamos substituir este termo (II) em (I)

    Retomando (I)

    x*q ( q² + 1) = 60

    q*x ( q² + 1) = 60 ; substitui o termo (II) aqui

    q * 20 = 60

    q = 60/20

    q = 3

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Agora basta substituir o valor da razão (q=3) no termo II e acharemos o valor de X:

    x ( q² + 1) = 20

    x ( 3² + 1) = 20

    x (9 + 1 ) = 20

    x * 10 = 20

    x = 20 / 10

    x = 2

    GABARITO A

  • Solução em detalhes no link abaixo:

    https://www.instagram.com/p/CGFKLaxjwlt/?igshid=1jbhm7hy3qu59

    @emporiodamatematica

  • Notação especial PG de 4 termos => ( x, x.q, x.q^2, x.q^3)

    w+y=60 => x.q + x.q^3 =60

    x.q( 1+ q^2)=60

    1+q^2= 60/(x.q)

     x + z = 20 => x+ x.q^2=20

    x (1+ q^2) =20

    x . 60/(x.q) =20

    60 = 20q

    q=3

    Para o X é só substituir

    x+ x.q^2=20

    x+ x.9 =20

    x=2

  • Gabarito Letra A

    Achei mais fácil ir testando as alternativas.

    X = 2 (primeiro termo).

    q = 3 (razão) , logo:

    2 x 3 = 6

    6 x 3 = 18

    18 x 3 = 54

    x, y, z, w

    2, 6, 18, 54

    2+18 = 20

    6+54 = 60

  • sem formula, testando a alternativa é tranquilo

    se x=2 *3 y = 6 *3 z=18 *3 w=54

    ja achamos na alternativa A

  • PG (x, y, z, w)

    Onde:

    a1 = x; a2 = y; a3 = z e a4 = w

    Pelo enunciado:

    w + y = 60

    x + z = 20

    a4 + a2 = 60

    a1 + a3 = 20

    Escrevendo todos os termos em função de a1, temos:

    a1.q³ + a1.q = 60 (i)

    a1 + a1.q² = 20 (ii)

    Fazendo: (i)/(ii), temos:

    a1.q³ + a1.q 60 a1.q(q²+1)

    -------------- = ----- ------> ------------------ = 3 ------> q = 3

    a1 + a1.q³ 20 a1(1+q³)

    Sendo:

    a1 + a1.q² = 20

    a1 +a1.3² = 20

    a1 + 9a1 = 20

    10a1 = 20

    a1 = 20/10

    a1 = 2

    Resposta: Letra A


ID
4179850
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Se todo professor é estudioso e existem artistas que são professores, então, partindo dessas premissas lógicas, é CORRETO concluir que

Alternativas
Comentários
  • A pergunta responde a questão "Se todo professor é estudioso e existem artistas que são professores" vamos analisar as respostas.

    A)Existem artistas que são professores.Certo,Pensando em todos os artista existentes algum pode ser professor e no enunciado da questão fala "existem artistas que são professores"

    B)Existem professores que não são estudiosos.Falsa, a questão fala "todo professor é estudioso"

    C)Todo artista é professor.Falsa,a questão fala "existem artistas que são professores",Logo existe artistas que não são professores

    D)Todo estudioso é artista.Falsa,Só se todos os artistas fossem professores que seriam todos estudiosos "Todo professor é estudioso"

  • Gab A

    Eu sempre gostei de "visualizar" questões assim então eu faço por conjuntos.

    1º : Se todo professor é estudioso ...

    TODA vez que ele dizer "Todo A é B" e variáveis = Você deve colocar o conjunto "A" dentro do conjunto "B".

    Segue o desenho:

    http://sketchtoy.com/69355314

  • Assertiva A

    existem artistas que são professores.

  • questão pede a interseção

    http://sketchtoy.com/69374691


ID
4179853
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

No universo dos números naturais, consideram-se duas propriedades p e q:


p: n é um número natural múltiplo de 3

q: a soma dos algarismos de n é um número natural divisível por 3.


Nessas condições, é CORRETO afirmar que a relação de implicação lógica entre as propriedades p e q é:

Alternativas
Comentários
  • Gostaria do comentário do professor!

  • Gab.: C - se e somente se.

  • também gostaria do comentário do prof.. QC deixa muito a desejar , c isso..

  • Número natural é qualquer número inteiro, incluindo o zero (0), que seja positivo.

    {n ∈ N | 0,1,2,3,4,5,6,...}

    Porém, devemos observar as afirmações:

    p: n é um número natural múltiplo de 3

    Explicando: 3x0=0; 3x1=3; 3x2=6; 3x3=9; 3x4=12; e a lógica se repete sucessivamente.

    {n ∈ N múltiplos de 3 | 0,3,6,9,12,15,18,...}

    q: a soma dos algarismos de n é um número natural divisível por 3.

    Explicando: Nós já temos os valores n definidos ali em cima, a afirmação q diz que se somarmos qualquer algarismo de cada um desses números, iremos obter um número natural que sempre será divisível por 3. Vamos fazer o teste?

    3x17 = 51 5+1=6 -> 6 é um número natural divisível por 3 CERTO

    3x8 = 24 2+4=6 -> 6 é um número natural divisível por 3 CERTO

    3x11 = 33 3+3=6 -> 6 é um número natural divisível por 3 CERTO

    Podemos concluir portanto que n sempre será um número múltiplo de três e que as somas dos algarismo dessa multiplicação sempre será um número natural divisível por três e a recíproca é verdadeira, pois o resultado da soma de qualquer algarismo dos números múltiplos de três, sempre será um número natural múltiplo de três também.

    GABARITO: (C) p⇔q

    -----------------------

    Boa sorte e bons estudos.

  • perdida

  • Vcs precisam do conceito de múltiplo e divisor para resolver essa questão. Sem esse conhecimento, o gabarito realmente não faz sentido.

    Ex: vamos tomar o número 15.

    p: 15 é múltiplo de 3 (3x5 = 15)

    q: 15 é divisível por 3 (1+5 = 6, e 6/3 = 2)

    Assim, 15 é um múltiplo de 3 se, e somente se, a soma de seus algarismos (1+5) for divisível por 3

    Gab C

  • Rezar pra Selecon não abduzir esta esta questão para PPMG


ID
4179859
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere os argumentos lógicos I, II e III a seguir:

I. Se todos os estudantes gostam de Matemática, e nenhum atleta é estudante, concluímos que ninguém que goste de Matemática seja um atleta.
II. Todos os engenheiros são estudiosos. Nenhum trabalhador braçal é estudioso. Concluímos que nenhum trabalhador braçal é engenheiro.
III. Se as leis são boas e seu cumprimento é rigoroso, a criminalidade diminui. Se o cumprimento rigoroso das leis diminui a criminalidade, então nosso problema atual é de ordem prática. Portanto, nosso problema atual é de ordem prática.


Diante desses argumentos, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  •    PREMISSAS                         CONCLUSÃO                   ARGUMENTO

      verdadeira                              verdadeira            =              Válido

      verdadeira                                 falsa                    =              inválido

     pelo menos uma Falsa              verdadeira           =              inválido

    pelo menos uma Falsa                falsa                   =              válido

     

     

    I. Se todos os estudantes gostam de Matemática, e nenhum atleta é estudante, concluímos que ninguém que goste de Matemática seja um atleta.

    Nesse item, se todos os estudantes gostam de Matemática, e nenhum atleta é estudante, então concluo que pode existir algum atleta que goste de matemática. Ou seja, a conclusão acaba sendo falsa, com as duas premissas verdadeiras.  Indo até o quadro que fiz acima -> Argumento inválido

     

     

    II. Todos os engenheiros são estudiosos. Nenhum trabalhador braçal é estudioso. Concluímos que nenhum trabalhador braçal é engenheiro.

    Fazendo aqueles conjuntos, chegamos a conclusão que, realmente, nenhum trabalhador braçal é engenheiro.

    Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira-> Argumento válido

     

     

    III. Se as leis são boas e seu cumprimento é rigoroso, a criminalidade diminui. Se o cumprimento rigoroso das leis diminui a criminalidade, então nosso problema atual é de ordem prática. Portanto, nosso problema atual é de ordem prática.

    Nesse tipo de item sempre tento inválida-lo. Portanto tento deixar a conclusão falsa e todas premissas verdadeiras, o que de fato consigo:

     

    seguindo a regra da condicional sabemos que FALSO com FALSO é verdadeiro, então:

     

    Se as leis são boas e seu cumprimento é rigoroso, a criminalidade diminui.      F -> F = premissa verdadeira

     

    Se o cumprimento rigoroso das leis diminui a criminalidade, então nosso problema atual é de ordem prática.  F -> F = premissa verdadeira

     

      Portanto, nosso problema atual é de ordem prática.    Conclusão falsa 

     

     

    Conseguimos ter premissas verdadeiras e conclusão falsa -> Argumento inválido

     

    GABARITO A.


ID
4179862
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Câmara Municipal reunir-se-á extraordinariamente quando convocada pelo

Alternativas

ID
4179865
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Regimento Interno
Assuntos

Sobre a denominada Tribuna Livre, prevista no Regimento Interno da Câmara, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GAB. A

    TRIBUNA LIVRE é instrumento do exercício da cidadania.


ID
4179868
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A inviolabilidade do vereador, por suas opiniões, palavras e votos, PRESSUPÕE que a manifestação do vereador tenha sido emitida

Alternativas
Comentários
  • Imunidade material dos Vereadores:

    art 29 CF - VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;         

    Gab B

  • GABARITO: B

    Informação adicional

    Durante sessão da Câmara Municipal, após discussão sobre uma representação contra o Prefeito, um Vereador passou a proferir pesadas ofensas contra outro Parlamentar. O Vereador ofendido ajuizou ação de indenização por danos morais contra o ofensor. A questão chegou até o STF que, julgando o tema sob a sistemática da repercussão geral, declarou que o Vereador não deveria ser condenado porque agiu sob o manto da imunidade material. Na oportunidade, o STF definiu a seguinte tese que deverá ser aplicada aos casos semelhantes:

    Nos limites da circunscrição do Município e havendo pertinência com o exercício do mandato, garante-se a imunidade prevista no art. 29, VIII, da CF aos vereadores.

    STF. Plenário. RE 600063/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 25/2/2015 (repercussão geral) (Info 775).

    Requisitos para a imunidade material dos Vereadores:

    Repare que, para que haja a imunidade material dos Vereadores, são necessários dois requisitos:

    1) que as opiniões, palavras e votos tenham relação como o exercício do mandato; e

    2) que tenham sido proferidas na circunscrição (dentro dos limites territoriais) do Município.

     

    Ofensas que não tenham relação com o exercício do mandato ou que sejam proferidas fora do Município não gozam da imunidade

    Ex.: Vereador que, no clamor de uma discussão, dirigiu expressões grosseiras contra policial militar. O STF entendeu que as supostas ofensas foram proferidas em contexto que não guardava nenhuma relação com o mandato parlamentar, durante discussão entre duas pessoas que se encontravam em local totalmente alheio à vereança. Logo, não se aplica a imunidade material (STF. Plenário. Inq. 3215, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 04/04/2013).

    CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Imunidade material dos Vereadores. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/7ef605fc8dba5425d6965fbd4c8fbe1f>. Acesso em: 16/12/2020


ID
4179871
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Regimento Interno
Assuntos

NÃO constitui causa de perda do mandato de vereador a investidura no cargo de:

Alternativas
Comentários
  • GAB. C

    Um vereador pode pedir licença para desempenhar funções de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal ou Prefeito da capital. Essa licença não tem prazo determinado, o vereador reassume seu cargo a qualquer tempo e pode optar pela remuneração ou subsídio.

    FONTE: CÂMARA DE ARACAJU


ID
4179874
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a publicidade dos atos municipais, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • gab. D

    lei 8666/93

    a) Art. 2   As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.

    c) Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as compras feitas pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação.  

    ouseja, será ampla a divulgação.

     

  • Publicação é requisito de eficácia.

  • GABARITO D

    Segundo a doutrina a Publicidade é um requisito de Eficácia dos atos.

  • D) Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.

  • Analisemos as opções, separadamente:

    a) Errado:

    Inexiste permissivo legal que dispense, genericamente, do dever de licitar, a escolha do órgão de imprensa que irá se encarregar da publicidade de leis e atos administrativos, notadamente acaso o Poder Público deseje se valer de veículos privados de imprensa para aumentar o alcance da divulgação.

    b) Errado:

    A publicação dos atos do Poder Público constitui verdadeira imposição constitucional, derivado do princípio da publicidade, estampado no art. 37, caput, da CRFB, não sendo dado a nenhum administrador público, ou mesmo ao Parlamento, seja de que unidade federativa for, dispensar a observância do dever de publicidade dos atos e decisões administrativos.

    c) Errado:

    Tampouco existe base normativa genérica a autorizar que a publicação de atos do Poder Público, normativos ou não, se dê de maneira resumida, ressalvada a possibilidade de a lei, em determinados casos, assim permitir. Por exemplo, no caso específico da Lei de Licitações e Contratos, existe previsão autorizadora da publicação resumida do edital e do contrato.

    A regra, portanto, consiste na publicação da integralidade dos atos, o que resulta no desacerto desta opção.

    d) Errado:

    Foi considerada correta pela Banca. Todavia, discordo do entendimento, o que afirmo pelas razões abaixo esposadas:

    Realmente, a publicação dos atos do Poder Público é tida como condição para sua eficácia, vale dizer, para a aptidão de produzirem efeitos. Contudo, esta afirmativa é válida para atos que sejam voltados à produção de efeitos externos e para aqueles que onerem o patrimônio público.

    Assim sendo, o uso da palavra "nenhum" acaba por torna incorreta esta assertiva, em vista da excessiva generalização, uma vez que os atos que tenham por objetivo a produção de efeitos apenas no âmbito interno da Administração não dependem de publicação para que adquiram eficácia.

    Refira-se, ademais, que nenhum princípio constitucional é absoluto, de maneira que a publicidade, embora regra geral, admite exceções, ou seja, hipóteses constitucionalmente aceitas de sigilo (CRFB, art. 5º, XXXIII).


    Gabarito do professor: sem resposta

    Gabarito oficial: D

  • Art. 61.  Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.

    Parágrafo único.  A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.  

  • Publicidade: Impõe à Administração Pública o dever de dar transparência a seus atos, tornando-os públicos, do conhecimento de todos.

  • GAb D

    A Publicidade é requisito de eficácia do ato.

  • Gabarito da banca: Letra D

    Eu acertei a questão por eliminação, marcando a menos errada.

    Não concordo com o gabarito. Isto porque a doutrina ensina que a publicidade é um pressuposto de eficácia dos atos administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o patrimônio público.

    Assim, ao meu ver, é equivocado dizer que "nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação", pois, reitera-se, a doutrina somente elenca os atos que produzem efeitos externos e que impliquem ônus para o patrimônio público.

    Fonte: Marcelo Alexandrino

  • GAB: D

    Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.

    OU SEJA, ANTES DA PUBLICAÇÃO NÃO TEM PROBLEMA NENHUM COM A PUBLICIDADE..


ID
4179877
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A prática de racismo e injúria racial no exercício do mandato CONSTITUI

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra D

    Obs:

    Nos termos do art. 16, da Lei nº 7.716/89 - Estatuto da Igualde Social: "Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a 3 meses."

    É importante ressaltar, que os efeitos da condenação NÃO são automáticos (art. 18), devendo ser motivadamente declarados na sentença.

    Bons estudos, e firmes na luta, até a aprovação!

  • Seja impessoal na resposta, pois na prática sabemos o que realmente acontece!
  • A) conduta isenta de punição por força de norma regimental. ✘

    B) conduta não alcançada pelo Regimento Interno por não ser ilícita. ✘

    C) opinião protegida pela inviolabilidade se proferida na circunscrição do Município.

    D) violação do decoro parlamentar, ensejando a aplicação de penalidade nos termos do Regimento Interno.

  • mandato de quem????? ai não tem como responder

  • A questão cobra conhecimentos acerca do crime de racismo e injúria racial no exercício do mandato. A banca apontou como gabarito a letra D, mas apenas com o enunciado da questão, sem nenhum outro contexto, é impossível chegarmos a uma resposta correta da questão. Faltam dados para respondermos adequadamente. A questão não deixa claro se o mandado é de deputado, senador ou vereador. As imunidades de deputados e senadores são diferentes das imunidades conferidas aos vereadores. Além disso, as alternativas estão baseadas no regimento interno, mas não diz qual. Seria o regimento interno da câmara dos deputados? Do senado? Da câmara dos vereadores? De qual cidade?

    A questão deveria ter sido anulada.

  • RACISMO 

    •Discriminação ou preconceito 

    •Raça 

    •Cor

    •Etnia 

    •Religião 

    •Procedência nacional 

    •Orientação sexual 

    (entendimento do STF)

  • Essa banca deveria ter o nome de FUMADA...

  • RESUMO SIMPLES

    RACISMO X INJURIA RACIAL OU INJURIA QUALIFICADA OU RACISMO IMPRÓPRIO

    RACISMO OFENDE A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

    RESTRIÇÃO DE DIREITOS A UM OU COLETIVIDADE

    INCONDICIONADO

    IMPRESCRITÍVEL

    INAFIANÇÁVEL

    NÃO EXISTE NA FORMA CULPOSA

    NÃO É HEDIONDO NEM EQUIPARADO, ACEITA GRAÇA, ANISTIA, INDULTO.

    INJURIA RACIAL OFENDE A HONRA SUBJETIVA

    INSULTO, FERE A DIGNIDADE E O DECORO DE UMA PESSOA

    CONDICIONADO

    IMPRESCRITÍVEL (STF)

    MULTA SOMENTE CUMULATIVA

    NÃO EXISTE NA FORMA CULPOSA

    NÃO É HEDIONDO NEM EQUIPARADO, ACEITA GRAÇA, ANISTIA, INDULTO.

  • O Supremo Tribunal Federal entende que a garantia da inviolabilidade está adstrita ao exercício do mandato ou da prática de ato dele decorrente. Opiniões, palavras e votos que se distanciarem das funções parlamentares não serão amparados pelo artigo 53, caput, da Constituição Federal.


ID
4179880
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre o vencimento do servidor público, é CORRETO afirmar que se trata de retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público,

Alternativas
Comentários
  • Para não haver dúvidas, o PREVISTO EM LEI, é enfatizado

  • Com valor fixado em lei, nunca inferior a um salário mínimo, reajustada, periodicamente, de modo a preservar-lhe o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação.

  • Em se tratando de concurso público realizado pelo Município de Carmo do Cajuru/MG, há que ser aplicada a Lei 1.480/1991 daquela unidade federativa.

    Dito isso, o conceito de vencimento, de acordo com o citado Estatuto, encontra-se em seu art. 44, que assim o define:

    "Art. 44. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei, nunca inferior a um salário mínimo, reajustada, periodicamente, de modo a preservar-lhe o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação, ressalvado o disposto no inciso XIII, do art. 37 da Constituição Federal."

    a) Errado:

    O vencimento do cargo público deve ser fixado em lei, não sendo possível que isto ocorra por meio de decisão administrativa, como se infere do teor do art. 40 da Lei 8.112/90:

    b) Certo:

    Em perfeita conformidade com o teor da definição legal, acima indicada.

    c) Errado:

    De novo, não é viável que o valor seja fixado pela pessoa jurídica ou pelo órgão a que pertença o servidor, devendo, isto sim, estar previsto em lei.

    d) Errado:

    Se o valor deve estar fixado em lei, pode-se dizer, de plano, que está sujeito ao limite aí estabelecido. Ademais, a própria Constituição estabelece o "teto" do serviço público, em seu art. 37, XI, de maneira que está errado aduzir não haver limites máximos para o vencimento de servidores públicos.


    Gabarito do professor: B

  • CF

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

    XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

    Lei 8.112

    Art. 41, § 5 Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo.

  • GAB. B

    com valor fixado em lei, nunca inferior a um salário mínimo, reajustada, periodicamente, de modo a preservar-lhe o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação.

  • Gab. B

    Lei 8.112:

    Art. 40.  Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

     Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

  • no aplicativo aparece uma questão, tu vai nos comentários, os mesmos são referentes a outra questão.

ID
4179883
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O servidor público possui direito de petição?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:"A"

    Lei 8.112/90, art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer(PETIÇÃO) aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

  • Gab. A

    O direito de petição é definido como o direito dado a qualquer pessoa que invocar a atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou uma situação.

  • A questão exige conhecimento acerca da Lei n. 8.112/90 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União) e pede ao candidato que assinale o item correto, respondendo se o servidor público possui direito de petição.

    Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 104 da Lei n. 8.112/90, que preceitua:

     Art. 104.  É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

    Portanto, sim, o servidor público possui direito de petição, em defesa de direito ou interesse legítimo, de modo que somente o item "a" está correto.

    Gabarito: A

  • Para o adequado exame desta questão, cumpre aplicar a regra do art. 104 da Lei 8.112/90, que consagra o direito de petição em favor do servidores públicos. Confira-se:

    "Art. 104.  É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo."

    Assim sendo, vejamos cada opção:

    a) Certo:

    Em perfeita conformidade com a norma de regência, acima indicada.

    b) Errado:

    É assegurada, sim, a possibilidade de o servidor constituir procurador, na forma do art. 113 da Lei 8.112/90, in verbis:

    "Art. 113.  Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído."

    c) Errado:

    A possibildiade de a Administração corrigir de ofício eventuais atos inválidos deriva de seu poder de autotutela, o qual em nada é abalado pelo exercício do direito de petição, por parte de servidores públicos. Neste sentido, aliás, o teor do art. 114 da Lei 8.112/90:

    "Art. 114.  A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade."

    Em havendo dever de revisão de atos ilegais, é claro que o exercício deste dever não pode ficar condicionada a uma provocação de servidor público.

    d) Errado:

    Assertiva que afronta diretamente a norma do art. 104 da Lei 8.112/90, acima já transcrito.


    Gabarito do professor: A

  • Alternativa B errada, pois não há vedação legal e se houvesse seria inconstitucional.

    Alternativa C errada: súmula 473 do STF.

    Alternativa D errada: art. 104, Lei 8.112/90.

  • GAB. A

     Art. 104.  É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

  • gab. A

    Art. 104, lei 8.112 - é assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa do direito ou interesse legítimo.

    Art. 5º, inciso XXXIV, CF - são a todos assegurados, independente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa dos direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.


ID
4179886
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a responsabilidade do servidor público pelo exercício irregular de suas atribuições, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Incorreta letra C. O servidor público pode responder nas 3 esferas (administrativa, civil e penal), Sendo essas, em regra, independentes entre si.

  • Letra C- INCORRETA O servidor público pode responder pelo exercício irregular de suas atribuições na esfera administrativa,civil sendo que as três esferas são independentes entre si e podem, inclusive, serem cumuladas
  • Questão exige do candidato conhecimento acerca das responsabilidades do servidor público pelo exercício irregular de suas atribuições, devendo o candidato assinalar a opção incorreta.

    Alternativa “a" correta: conforme o art. 124, da Lei 8.112/1990: “A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função”.

    Alternativa “b" correta: o art. 125, da Lei 8.112/90, determina que “as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”.

    Alternativa “c" incorreta: o art. 125, da Lei 8.112/90, determina que “as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”. Esse artigo trata do Princípio da independência entre as instâncias. José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 800) leciona que “Se as responsabilidades se acumulam, a consequência natural será a da acumulabilidade das sanções, visto que para cada tipo de responsabilidade é atribuída uma espécie de sanção”.

    Alternativa “d" correta: é comum o uso da expressão ação regressiva para nominar a ação a ser movida pelo Estado contra seu agente, consoante o art. 122, §2º, da Lei 8.112/90: “Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva”.

    GABARITO: C.

    Referência: CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28 ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 800.  

  • Eis os comentários sobre cada opção:

    a) Certo:

    Trata-se de proposição afinada com a norma do art. 124 da Lei 8.112/90, que assim estabelece:

    "Art. 124.  A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função."

    b) Certo:

    Esta proposição está apoiada na regra do art. 125 da Lei 8.112/90, que consagra o princípio da independências das instâncias penal, civil e administrativa, no tocante à responsabilidade dos servidores públicos. É ler:

    "Art. 125.  As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si."

    c) Errado:

    Como acima já pontuado, o servidor público pode ser responsabilizado nas três esferas, vale dizer, penal, civil e administrativa. A este respeito, confira-se o teor do art. 121 da Lei 8.112/90:

    "Art. 121.  O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições."

    d) Certo:

    Por fim, esta opção está devidamente respaldada no teor do art. 122, §2º, da Lei 8.112/90:

    "Art. 122 (...)
    § 2o  Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva."


    Gabarito do professor: C

  • O servidor público pode ser responsabilizado nas três esferas, penal, civil e administrativa. A este respeito, confira-se o teor do art. 121 da Lei 8.112/90:

    "Art. 121.  O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições."


ID
4179889
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A aplicação de penalidade de demissão a servidor da Câmara Municipal é de competência do(a)

Alternativas

ID
4179907
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

Princípio do COBIT 5, versão português, que descreve sete categorias de habilitadores:

Alternativas
Comentários
  • O COBIT5 entrega uma série de habilitadores para apoiar a implementação de um sistema abrangente, definindo as categorias de habilitadores suas fases e objetivos. http://www.dfconectado.com.br/principios-do-cobit-5

    Gabarito: D

  • O COBIT5 entrega uma série de habilitadores para apoiar a implementação de um sistema abrangente, definindo as categorias de habilitadores suas fases e objetivos. http://www.dfconectado.com.br/principios-do-cobit-5

    Gabarito: D

  • Princípio 4 Permitir uma abordagem holística: O COBIT5 entrega uma série de habilitadores para apoiar a implementação de um sistema abrangente, definindo as categorias de habilitadores suas fases e objetivos.

    http://www.dfconectado.com.br/principios-do-cobit-5

    Gabarito: D

  • Permitir uma abordagem holística.

    Habilitadores Coorporativo do COBIT-5

    1 - Princípios, Políticas e Frameworks;

    2 - Processo;

    3 - Estruturas Organizacionais;

    4 - Cultura, Ética e Comportamento;

    5 - Informação;

    6 - Serviços, Infraestrutura e Aplicativos; e

    7 - Pessoas, Habilitadores e Competências.

  • Fala meu aluno(a)! A questão aborda conhecimentos acerca de Governança de TI (COBIT).

    Gabarito: LETRA D

    O que é COBIT?

    R. é uma metodologia para a Governança de TI – um conjunto de práticas que gere os recursos e ferramentas da área. Ele é usado como um instrumento de suporte para gestores e garante a integridade dos sistemas de informação;

    R. Guia para a Governança Corporativa de TI e para o Gerenciamento de TI;

    R. Trata a Governança de forma holística;

    R. Pode ser usado por empresas de todos os portes;

    R. Genérico para representar todos os processos de TI.

    Quais são os cincos Princípios do COBIT?

    ACAPD

    Atender às Necessidades das Partes Interessadas;

    Cobrir a Organização de Ponta a Ponta;

    Aplicar um Modelo Único Integrado;

    Permitir uma Abordagem Holística;

    Distinguir a Governança da Gestão.

    ____________________________________________________________________________________________________

    Atender às Necessidades das Partes Interessadas: criar valor para suas partes interessadas mantendo o equilíbrio entre a realização de

    benefícios e a otimização do risco e uso dos recursos.

    Cobrir a Organização de Ponta a Ponta: integra a governança corporativa de TI

    à governança corporativa, cobrindo todas as funções e processos corporativos e

    considerando os habilitadores de governança e gestão de TI aplicáveis em toda a organização.

    Aplicar um Modelo Único Integrado: alinha-se a outros padrões e modelos importantes em um alto nível e, portanto, pode servir como o um modelo unificado para a governança e gestão de TI da organização.

    Permitir uma Abordagem Holística: define um conjunto de habilitadores para

    apoiar a implementação de um sistema abrangente de gestão e governança de TI da organização.

    Distinguir a Governança da Gestão: faz uma clara distinção entre governança

    e gestão. Essas duas disciplinas compreendem diferentes tipos de atividades, exigem modelos organizacionais diferenciadas e servem a propósitos diferentes.

    Rumo à aprovação meus alunos(a)!

    Bons Estudos!


ID
4179910
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

Estágio do ciclo de vida do gerenciamento de serviços de TI da ITIL V3 2011, no qual se encontra o processo “Gerenciamento de acesso”:

Alternativas
Comentários
  • Processos que fazem parte da operação de serviço:

    - Gerenciamento de Eventos

    - Gerenciamento de Incidentes

    - Gerenciamento de Problemas

    - Cumprimento de Requisições

    - Gerenciamento de Acesso

    Alternativa: C

  • Para não confundir, o gerenciamento de acesso(operação) põe em prática "o que foi definido" no gerenciamento de segurança da informação(desenho/projeto).


ID
4179913
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Governança de TI
Assuntos

O nível de capacidade 2 do CMMI 1.3 (Nível 2) corresponde ao nível:

Alternativas
Comentários
  • A abordagem contínua de implementação (níveis de capacidade)

    Nível 0 (Incompleto): o processo não é executado ou é parcialmente executado.

    Nível 1 (Executado): o processo satisfaz todas as metas específicas de sua área de processo e realiza o trabalho necessário para gerar os seus produtos.

    Nível 2 (Gerenciado): o processo é planejado e executado de acordo com políticas organizacionais.

    Nível 3 (Definido): o processo é gerenciado e adaptado a partir de um conjunto de processos padronizados da organização, que, por sua vez, também evoluem continuamente.

    Alternativa: C

  • ✅Gabarito(C) 

    Direto da documentação do CMMI. Treinando o inglês também já que em alguns órgãos caem questões em inglês.

    Capability Level 2: Managed

    A capability level 2 process is characterized as a managed process. A managed process is a performed process that is planned and executed in accordance with policy; employs skilled people having adequate resources to produce controlled outputs; involves relevant stakeholders; is monitored, controlled, and reviewed; and is evaluated for adherence to its process description.

    The process discipline reflected by capability level 2 helps to ensure that existing practices are retained during times of stress.

    Fonte:CMMI® for Development, Version 1.3

  • GABARITO: C

    DICA: I G D Gq O

    AS VOGAIS NO INICIO E NO FINAL.... NA ORDEM DAS VOGAIS ... E O (D) NO MEIO DOS (G)....


ID
4179916
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Algoritmos e Estrutura de Dados
Assuntos

Função de complexidade de algoritmos, cujo tempo de execução ocorre tipicamente em algoritmos que resolvem um problema quebrando-o em problemas menores, resolvendo cada um deles independentemente e, depois, ajuntando as soluções:

Alternativas
Comentários
  • c = São algoritmos de complexidade nLogn. Ocorre tipicamente em algoritmos que dividem problemas em problemas menores, porém juntando posteriormente a solução dos problemas menores.

  • Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Complexidade_log-linear

  • Força Guerreiro!!!!!!


ID
4179922
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Analise o seguinte objeto JSON: 


{

   "Nome"          :       "João",

    "Sobrenome"    :       "Silva",

    "Ativo"              : true



Esse objeto corresponde exatamente ao seguinte tipo de declaração: 

Alternativas

ID
4179925
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Analise o seguinte código escrito na linguagem Java:


 public static double recursive (double d) {

                if (d <= 1) {

                              return 1;

               }

                else {

                            return d * recursive(d - 1);

                 }

  } 



Assinale o conteúdo que será exibido na saída do programa quando a função for chamada com o parâmetro 6:  

Alternativas
Comentários
  • 6 x 120 = 720

    5 x 24 = 120

    4 x 6 = 24

    3 x 2 = 6

    2 x 1 = 2

    1

    Alternativa: D


ID
4179928
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura de Software
Assuntos

Um serviço Web implementado na arquitetura REST poderá fornecer uma resposta estruturada nos seguintes padrões de conteúdo, dentre outros, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • HTTP é o protocolo que o REST pega carona para realizar comunicação.

  • REST: JSON, XML, YAML, CSV, etc

    SOAP: XML


ID
4179931
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Tecnologia que corresponde a uma linguagem para definição de folhas de estilo para apresentação de documentos XML nos navegadores:

Alternativas
Comentários
  • XSLT é uma linguagem que pode ser usada para transformar documentos XML em outros formatos(ex: HTML).


ID
4179934
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

De acordo com Sommerville (2011), requisitos não funcionais podem ter as seguintes classificações, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Requisitos não funcionais

    - São restrições aos serviços ou funções oferecidos pelo sistema.

    - Incluem restrições de timing, restrições no processo de desenvolvimento e restrições impostas pelas normas.

    - São requisitos que não estão diretamente relacionados com os serviços oferecidos pelo sistema a seus usuários.

    - Eles podem estar relacionados às propriedades emergentes do sistema, como confiabilidade, tempo de resposta e ocupação de área.

    Alternativa: B

  • RNF

    - De Produto (ex: desempenho, usabilidade)

    - Organizacional (ex: processos, linguagens de programação)

    - Externo (ex: requisitos éticos e legais)


ID
4179937
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Considerando a técnica de Análise de Pontos de Função, uma função de transação que envia dados ou informações de controle para fora da fronteira da aplicação e, adicionalmente, inclui lógica de processamento é um(a):

Alternativas
Comentários
  • Consulta Externa - SEM PROCESSAMENTO

    Saída Externa: COM PROCESSAMENTO


ID
4179940
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os diagramas da UML:

I. Diagrama de Sequência é um diagrama de interação que dá ênfase à ordenação temporal das mensagens entre os objetos de um sistema.
II. Diagramas de Componentes são diagramas comportamentais da UML.
III. Diagrama de Atividades mostra o fluxo sequencial ou ramificado de uma atividade para outra e os objetos que realizam ou sofrem ações.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Gab (B).

    Diagrama de componentes é estrutural


ID
4179943
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Considere que um projeto tenha:

• Valor Agregado (VA ou EV): 450
• Custo Real (CR ou AC): 500
• Valor Planejado (VP ou PV): 400


Qual é a Variação do Custos (VC ou CV) deste projeto?

Alternativas
Comentários
  • VC = VA - CR


ID
4179946
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Em relação aos tipos de testes de software, julgue os itens a seguir, marcando com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a assertiva falsa.


( ) Teste de Regressão significa executar novamente um subconjunto de testes já realizado anteriormente, para garantir que as últimas modificações não propagarão efeitos colaterais indesejáveis no software.
( ) Testes Alfa são realizados no ambiente de produção do usuário final para identificar possíveis problemas nesse ambiente que não foram detectados nas fases anteriores de teste.
( ) O Teste de Estresse executa um sistema de tal forma que ele demande recursos em quantidade, volume ou frequência anormais, com o objetivo de identificar limites de capacidade.
( ) O Teste de Unidade avalia a lógica interna de processamento e as estruturas de dados dentro dos limites de um componente.


A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Teste de Regressão significa executar novamente um subconjunto de testes já realizado anteriormente, para garantir que as últimas modificações não propagarão efeitos colaterais indesejáveis no software. VERDADEIRO

    Testes Alfa são realizados no ambiente de produção do usuário final para identificar possíveis problemas nesse ambiente que não foram detectados nas fases anteriores de teste. FALSO, os testes alfa são realizados no ambiente de desenvolvimento

     O Teste de Estresse executa um sistema de tal forma que ele demande recursos em quantidade, volume ou frequência anormais, com o objetivo de identificar limites de capacidade. VERDADEIRO

    O Teste de Unidade avalia a lógica interna de processamento e as estruturas de dados dentro dos limites de um componente. VERDADEIRO

  • O II na realidade está descrevendo o TESTE BETA.

    TESTA ALFA = NA INSTALAÇÃO DO DESENVOLVEDOR

    TESTE BETA = NA INSTALAÇÃO DO USUÁRIO

    GAB C.


ID
4179949
Banca
FUMARC
Órgão
Câmara de Carmo do Cajuru - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

De acordo com o PMBOK 5ª. Edição, são fases que compõem o ciclo de vida de um projeto, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Na verdade, o ciclo de vida de um projeto é divido nas seguintes fases:

    • Início do projeto,
    • Organização e preparação,
    • Execução do trabalho do projeto,
    • Encerramento do projeto.

     

    A questão, na verdade, está cobrando os grupos de processos:

    • Iniciação
    • Planejamento
    • Execução
    • Monitoramento e Controle
    • Encerramento

     

    Nesse caso, o único que não está presente é o "Elaboração". GAB D

    PMBOK 5, págs 38, 49