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Prova UNIRIO - 2008 - UNIRIO - Engenheiro de Segurança do Trabalho


ID
293722
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

A assertiva que indica a idéia central de “A Fábula da Cidade” é a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Não achei que a ideia central do texto fosse a questão do Rio de Janeiro, e sim das grandes cidades como um todo.


ID
293725
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Em “A Fábula da Cidade”, há predominância da linguagem conotativa. Considerando esta característica, pode-se afirmar que o tema é apresentado de forma

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    "Metáfora é a atribuição a uma pessoa ou coisa de uma qualidade que não lhe cabe logicamente.  Essa transferência de significado de um termo para outro baseia-se na semelhança de características que o emissor da mensagem encontra ente os dois termos comparados.  É uma comparação de ordem subjetiva, sem o conectivo que indica esta comparação.

    Ex. Maria é uma flor.
    Vê-se que Carlos é uma fera enjaulada."

    Fonte:  Gramática para Concursos  Marcelo Rosenthal

ID
293728
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Afirma-se que no fluxo das informações textuais ocorrem duas rupturas, a fim de ressaltar características do tópico de que se constitui o texto. Estas rupturas, estão, indicadas, respectivamente, nos

Alternativas

ID
293731
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Em relação à estrutura morfossintática do texto, pode-se afirmar que há

Alternativas

ID
293734
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Em relação ao homem e à cidade, o uso dos adjetivos, no 7° parágrafo, semanticamente, acentua

Alternativas

ID
293737
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Nos fragmentos destacados, há ironia em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    “... quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, ...”

    Não tem como alguém MORRER e TRIUNFAR ao mesmo tempo.

    triunfar

    1.obter triunfo, vitória.

    "sofreram muito, mas triunfaram"

    2.levar vantagem; preponderar, prevalecer.

    ----------------------------------------------------------------

     

    morrer

    1.perder a vida; finar-se, falecer, expirar.☞ ver uso a seguir.

    "o poeta morreu depauperado"

    2.perder gradualmente a força, a intensidade; desaparecer, sumir.

    "o fogo/o sol morria lentamente"


ID
293740
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Analisando-se a estrutura textual, a identificação incoerente ocorre em

Alternativas
Comentários
    • a) Correta “... o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, ...” (§ 4º.) = hipótese   
    • Hipótese 
    • É suposição que se faz acerca de uma coisa possível ou não e de que se tira uma consequência: emitir uma hipótese arriscada.
    • Teoria provável, se bem que não demonstrada ainda.
    •  

    • b) Correta “Uma casa é muito pouco para um homem, sua verdadeira casa é a cidade.” (§ 1º.) = tópico frasal
    • Tópico frasal é a oração que introduz a idéia central a ser desenvolvida em um parágrafo.
    • c)Correta  “ uma cidade deve ter a medida do homem.” (§ 1º.) = tese
    • Uma tese  é  um texto que se caracteriza pela defesa de uma idéia, de um ponto de vista. Ou então pelo questionamento acerca de um determinado assunto. O autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com fatos, com dados, que utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas idéias
    • d) "O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?” (§ 10º.) = conclusão
    •  e)Correta  “ Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, ...” (§ 7º.) = argumento
    • Significado de Argumento
    • Prova que serve para afirmar ou negar um fato: argumento válido.
    • Sumário de um livro, de uma peça de teatro etc.
    • Lógica Raciocínio pelo qual se tira uma consequência de uma ou várias proposições.
    • Lógica Argumento de uma função, elemento cujo valor é bastante para determinar o valor da função dada.

ID
293743
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Para o enunciador, uma conseqüência cruel da desumanização das cidades é

Alternativas

ID
293746
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


O texto “Tristeza de cronista” apresenta reiterado uso dos parênteses. Sua função discursiva é

Alternativas

ID
293749
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


O tema da crônica se refere à

Alternativas

ID
293761
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


Das estruturas destacadas, a que apresenta ambigüidade é

Alternativas
Comentários
  • Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase. A ambiguidade é um caso especial de polissemia, a possibilidade de uma palavra apresentar vários sentidos em um contexto.

    Ex:

    "Onde está a vaca da sua avó?" (Que vaca? A avó ou a vaca criada pela avó?)
    "Onde está a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? A mãe ou a cadela criada pela mãe?)
    "Este líder dirigiu bem sua nação"("Sua"? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o líder)?).
    Obs 1: O pronome possessivo "seu(ua)(s)" gera muita confusão por ser geralmente associado ao receptor da mensagem.

    Obs 2: A preposição "como" também gera confusão com o verbo "comer" na 1ª pessoa do singular.

    A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecional, em particular na escrita, pois nem sempre é possível contactar o emissor da mensagem para questioná-lo sobre sua intenção comunicativa original e assim obter a interpretação correta da mensagem
    fonte: wikipedia

  • Ótimo comentário do amigo acima. No entanto, errei a questão por marcar a letra c).


    “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, ...” (§ 4º.)     


    Pensei da seguinte forma: Quem ficar de lado e não de frente? Você ou o Cristo? 


    Não entendi muito do porquê da letra e) ser a correta. Se alguém tiver noção, seria ótimo postar aqui.






  • O termo:... muito falada... possui dois sentidos.
    Um sentido positivo: No qual Rui Barbosa seria uma pessoa muito conhecida e falada por muitas pessoas.
    Um sentido negativo: No qual Rui Barbosa seria uma pessoa negativamente falada... ou seja, mal falada.

    Foi o que entendi!
  • Ambiguidade é com relação a duplicidade no sentido da frase e não com relação ao sentido da palavra.

    Concordo que a palavra "falada" tem mais de um sentido, porem não é o que a questão quer. (Por sinal acabei de cometer uma COLISÃO).

    Marcaria a "c" sem medo de ser feliz na mesma linha de raciocínio do José Silva.


  • Impressionante como as bancas de concurso conseguem pegar um assunto importante dos estudos da linguagem e transformá-lo em um saco de gatos. Tudo por conta da preguiça. Você passa anos estudando Bakhtin, Peirce, etc...

    E os caras reduzem a isso. Não estou pedindo uma análise de poema ou de uma passagem importante de um romance, porque aí seria demais, mas, pelo amor de DEUUUSSSS, trabalhem com um texto completo, que de fato explore o fenômeno da ambiguidade. Isso não é ambiguidade, é pegadinha, e vc não mede nada com isso, nenhum tipo de capacidade. Se eu colocar meus alunos do 6 ano para formarem questões de concursos, eles fazem umas trinta dessas em uma tarde, talvez mais, e os caras são pagos para isso. Vão tomar vergonha. Se for para fazer pegadinha, pelo menos tome o cuidado de não jogar para frente uma questão com duas respostas certas, pelo amor de Deus... Precisamos de uma lei urgentemente para regular as provas de concurso... Assim não dá mais... Políticos incompetentes, bancas gananciosas... Temos de mudar isso.

  • QUESTÃO SEM GABARITO

    A ambiguidade a que o gab (E) supostamente se refere é a ambiguidade entre falada como particípio presente e como particípio depoente. No primeiro sentido, falam muito sobre a pessoa; no segundo, a pessoa é que fala muito (pesquise sobre particípio depoente). No entanto, o texto em análise impossibilita a segunda interpretação; logo não há gabarito.


ID
293764
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


Ao proceder-se a reescritura do fragmento “... sua conversa era ouvida por todos os passageiros.” (§ 1º.), só ocorre inadequação em

Alternativas
Comentários
  • Caso alguem possa ajudar ... Não entendi porque a "e" é a correta?

    Seria pelo tempo e modo do verbo ir???

    Mesmo que seja, porque está errada? Se fosse pelo tempo passado, a "D" também estaria errada ;

    Agradeço desde já a ajuda.

    grsonia@ig.com.br



  • Em primeiro lugar, preciso comentar que as questões de reescritura são verdadeiras pedras no meu caminho! rsrsrs e tenho a impressão de que não sou o único a tropeçar nestas questões, mas o fato é que existem mais de 20 maneiras de se parafrasear textos, o que dificulta bastante a análise das frases reescritas. Além disso, o tempo para a realização das provas nunca parece ser o suficiente.

    Enfim, também errei esta questão, por achar que o erro também poderia estar na letra "D". Entendi que a frase seria mais adequadamente reescrita da seguinte forma:

        d) ... sua conversa, por todos os passageiros, era ouvida.  

    Sinceramente, achei a falta de vírgulas muito mais inadequado do que acontece na letra "E", mas, vai se entender o que a banca organizadora quis dizer com a palavra "inadequação". Termo bastante subjetivo, no meu ponto de vista!

    Mas fazendo uma análise da alternativa "e", lembrei-me que há casos em que a reescritura pode alterar o sentido da frase, caso se altere o tempo verbal!

    Perceba!

    O verbo ser na frase original está conjugado no Pretérito imperfeito do indicativo, indicando, por isso, uma ação que ainda não foi concluida.
    Dizer que "uma conversa era ouvida" pode significar que ela, a conversa, continua a ser ouvida. Esta é uma característica importante deste tempo verbal.

     “... sua conversa era ouvida por todos os passageiros.”

    Já na frase reescrita, o verbo "ser" está conjugado no pretérito mais-que-perfeito, indicando uma ação concluída, ou seja, iniciada e finalizada no passado. Portanto, a mudança de tempo verbal causa uma mudança no sentido da frase.

      e) ... sua conversa fora ouvida por todos os passageiros.

    Creio que a mudança do tempo verbal deve ser entendida como uma inadequação, já que altera o sentido da frase.

    Espero ter ajudado!

ID
293782
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei não podendo ser inferior, segundo a lei 8.112/90,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta "a" .Artigo 40 caput e artigo 41§ 5º da lei 8.112 de 1990.

    Artigo 40 . Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

    Artigo 41 - Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.§ 5º. Nenhum servidor receberá remuneração
    inferior ao salário mínimo.

     
  • Para mim essa questão cabe recurso, visto que vencimento não é sinônimo de remuneração, conforme define a Lei 8112 - Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

  • Caros colegas,

    A questão deveria ser anulada tendo em vista que Vencimento e remuneração não são considerados sinônimos. O que não pode ser inferior ao salário mínino é a remuneração = Vencimento acrescido das vantagens + adicionais + gratificações...

    Abraços e Bons Estudos
  • Caros colegas VPNI e Rafael, o entendimento de vocês é pertinente, uma vez que remuneração e vencimento são institutos distintos. No caso apontei o artigo 40/ 41 § 5º, pois estes são os  artigos atuais da lei que fazem referência à resposta.

    Analisando a situação sobre a anulação da questão

    A questão supra foi aplicada no dia 1º de junho de 2008, época em que vigorava o parágrafo único do artigo 40 da lei 8112/90 = Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário-mínimo., Ocorre que este dispositivo foi revogado pela lei 11.784 de 22 de setembro de 2008 que acrescentou ainda o § 5º, que apontou a remuneração com não podendo ser inferior ao mínimo, seguindo a tendência das jurisprudências do STF. Corrobora isso os julgados; 

    * RE-AgR 369.010/SP, relator Ministro Joaquim Barbosa, P. D.J 16/06/06 "... O plenário desta corte... firmou o entendimento de que o artigo 7º, IV, combinado com o artigo 39§2º, ambos da Constituição, refere-se à remuneração total recebida pelo servidor em atividade e não apenas ao vencimento base...".

    * "... É da jurisprudência do STF que a remuneração total do servidor é que não pode ser inferior ao salário mínimo (CF, art. 7º, IV). Ainda que os vencimentos sejam inferiores ao mínimo, se tal montante é acrescido de abono para atingir tal limite, não há falar em violação dos arts. 7º, IV, e 39, § 3º, da Constituição...." (RE 439.360-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 9-8-2005, Primeira Turma, DJ de 2-9-2005.

    Assim, apesar da banca apontar a justificativa da assertiva "a" no parágrafo único do artigo 40, TAMBÉM ENTENDO QUE MESMO ANTES DA ALTERAÇÃO FORMAL , ESTE ARTIGO NÃO DEVERIA SER APLICADO, levando-se em conta jurisprudência do STF, anterior a lei revogadora 11.784, no sentido do mínimo ser referente a remuneração.
  • A questão não tem resposta. Deverá ser anulada.

ID
293785
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a lei 8.112/90, o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes, denomina-se

Alternativas
Comentários
  •  Questão correta " e". Artigo 41 da lei 8112/ 90.

     Art. 41 .Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    •  a) salário --> seria a contraprestação pecuniária recebida pelo trabalhador em decorrência de sua atividade laboral (prestação laborativa).
    •  b) subsídio --> Recebido por membros de poder (Deputados, Ministros..), pago em parcela única, sem nenhum tipo de gratificação e vantagem pecuniária, salvo indenizações.
    •  c) proventos --> designação técnica dos valores pecuniários devidos aos inativos
    •  d) ajuda de custo --> visa compensar despesas do servidor com a mudança de domicílio em caráter permanente (caso de remoção obrigatória).
    •  e) remuneração --> vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
  •  

    REMUNERAÇÃO:   CARGO EFETIVO

     Art. 41 Lei 8.112 .Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    SUBSÍDIO:       AGENTE POLÍTICO – Art. 39   CRFB

    § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

  • Remuneração = Vencimentos + Vantagens

  • GABARITO: LETRA E

    Do Vencimento e da Remuneração

    Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8112/90.

    A solução objetiva desta questão encontra-se no art. 41º da Lei nº 8.112/90, a seguir reproduzido, verbis:

    Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    >>> Nos termos do art. 41 da Lei 8.112/1990, remuneração é o “vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei”. O vencimento, por seu turno, é definido pelo art. 40 da lei como a “retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei”.

    GABARITO DA QUESTÃO: E.

    Fonte: Lei 8.112/1990.

    Não esqueça:

    >> Remoção >>>>> deslocamento do servidor (art. 36).

    >> Redistribuição >>> deslocamento de cargo (art. 37). 

    >> Recondução >>>>retorno ao cargo anteriormente ocupado (art. 29).

    >> Servidor efetivo escolhido para exercer função de confiança não é “nomeado” e sim “designado”.

    >> Ascensão, acesso e a transferência: formas de provimento declaradas inconstitucionais pelo STF (SV 43) e revogadas pela Lei nº 9.527/97.

  • r = v + v

    remuneração = vencimento + vantagens


ID
293788
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O servidor público estável, segundo a Lei 8.112/90, poderá

Alternativas
Comentários
  • Questão correta " b". Artigo 22 da lei 8.112/90


    Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegura ampla defesa.

    Lembrando que a lei 8.112 aponta duas possibilidades : sentença judicial transitada em julgado / processo administrativo disciplinar . No entanto, não se pode esquecer do que prescreve a constituição federal no artigo 41,§1º, III  que aponta a possibilidade de perda mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.


    Art. 41 da Constituição federal. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 

     

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo

     

    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

  • Alternativa correta (C)

    Vou apenas fazer um comentário em observância da abrangência do termo Processo administrativo. Para uma melhor formulação da alternativa (C) teria que especificar como "Processo Administrativo Disciplinar". Óbvio que pelo contexto dá para saber que é um P.A.D., até mesmo porque o enunciado diz para ter como base a lei 8.112... Só que as bancas são sacanas, e já errei questões por omissões de alguns termos - não o caso desta - não sei se vocês ficam com o pé atrás para marcar certas questões quando pensamos na banca que está realizando o certame.

    (...)

    UNIRIO

    (...)

    Bons estudos! Deus abençoe a todos! 
  • GABARITO: LETRA C

    Art. 22.  O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • A) ERRADA.. Não é "SOMENTE", existem outras possibilidades (Art. 132 lei 8.112/90)

    B) CORRETA.. CF/88, Art. 41parágrafo 1°, inciso II.

    C) ERRADA... ver o rol do Art.132 lei 8.112/90

    D) ERRADA....(Art.147 lei 8.112/90) afastamento preventivo não é por decisão judicial.


ID
293791
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a lei 8112/90, a Administração apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos através do poder

Alternativas
Comentários
  • Maria Sylvia Zanella Di Pietro aponta que o PODER DISCIPLINAR " é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa... Não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração, porque, nesse caso, as medidas punitivas encontram seu fundamento no poder de polícia do Estado. " 

    Neste poder administrativo a Administração Pública não tem liberdade de escolha de punir ou não o servidor, devendo obrigatoriamente ao ter conhecimento da prática de falta do servidor instaurar o procedimento disciplinar adequado.
  • Gabarito C

    Poder Disciplinar - é aquele pelo qual a Administração Pública pode, ou melhor, DEVE apurar as infrações e, conforme o caso, aplicar devidas punições a seus servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina interna da Administração.


    O poder de punir, para a Administração, é um poder-dever, o que significa dizer que a abertura de processo disciplinar, quando da ciência de alguma irregularidade praticada por agente público, é obrigatória, sob pena de crime de condescendência criminosa daquele que se OMITIU, conforme dispõe o Art. 143 da lei nº 8.112/90.

    "Art. 143.  A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa."


    X

    Poder Hierárquico - serve como fundamento para que os órgãos e agentes atuem em relação a seus subordinados, conforme a escala hierárquica. É necessário ressaltar que a hierarquia não é atributo exclusivo do Poder Executivo , mas sim da Administração Pública.

    O poder de avocar competência, que significa trazer para si atribuição de órgão hierarquicamente inferior, desde que, da mesma forma, não seja competência exclusiva deste. A avocação, ao contrário  da delegação , deve ser encarada como exceção, por desprestigiar o agente subordinado.
  • Apenas para complementar, com noções gerais de direito administrativo, é importante saber que o poder disciplinar só é exercido em face de quem tenha vínculo jurídico especial com a administração, como os seus servidores, ou particulares que contratem com a administração pública.

    A FCC já entendeu (em 2012) que o poder disciplinar é exercido pela administração pública, em punições a alunos de escolas públicas (cf. Questão Q21303).


     


  • PODER HIERÁRQUICO


        É aquele pelo qual a Administração distribui e escalona as funções de seus órgãos, ordena e rever a atuação de seus agentes, estabelece a relação de subordinação entre os servidores públicos de seu quadro de pessoal. No seu exercício dão-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-se.   


    PODER DE POLÍCIA


        “Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando o disciplinando direito, interesse  ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público...” (Código Tributário Nacional, art. 78, primeira parte)”

       

        Em resumo : através do qual a Administração Pública tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. 


    Extensão  do Poder de Polícia - A extensão é bastante ampla, porque o interesse público é amplo. Segundo o CTN “Interesse público é aquele concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, `a tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais” (Código Tributário Nacional, art. 78 segunda parte). 


    LIMITES  DO PODER DE POLÍCIA


    Necessidade – a medida de polícia só deve ser adotada para evitar ameaças reais   ou prováveis de perturbações ao interesse público;


    Proporcionalidade/razoabilidade  – é a relação entre a limitação ao direito individual e o prejuízo a  ser evitado;


    Eficácia – a medida deve ser adequada para impedir o dano a interesse público. Para ser eficaz a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para executar as sua decisões, é o que se  chama de auto-executoriedade.


    PODER DISCIPLINAR


        Ë aquele através do qual a lei permite a Administração Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas  ligadas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A aplicação da punição por parte do superior hierárquico é um poder-dever, se não o fizer incorrerá em crime contra Administração Pública (Código Penal, art. 320). 


    Ex : Aplicação de pena de suspensão ao  servidor público.


        Poder disciplinar não se confunde com Poder Hierárquico. No Poder hierárquico a administração pública distribui e escalona as funções de seus órgãos e de seus servidores. No Poder disciplinar ela responsabiliza os seus servidores pelas faltas cometidas.

    Tutela pode ser definida como um encargo ou autoridade que se confere a alguém, por lei ou por testamento, para administrar os bens e dirigir e proteger a pessoa de um menor que se acha fora do poder familiar, bem como para representá-lo ou assistir-lhe nos atos da vida civil; defesa, amparo, proteção; tutoria; dependência ou sujeição vexatória.

  • art. 127, l.8112/90: são penalidades disciplinares...

  • GABARITO: LETRA C

    O poder disciplinar consiste na possibilidade de a Administração aplicar punições aos agentes públicos que cometam infrações funcionais.

    Assim, trata-se de poder interno, não permanente e discricionário. Interno porque somente pode ser exercido sobre agentes públicos, nunca em relação a particulares, exceto quando estes forem contratados da Administração. É não permanente na medida em que é aplicável apenas se e quando o servidor cometer falta funcional. É discricionário porque a Administração pode escolher, com alguma margem de liberdade, qual a punição mais apropriada a ser aplicada ao agente público.

    FONTE:  Manual de Direito Administrativo (2019) - Alexandre Mazza.  

  • Questão versa sobre os poderes da Administração.

    Alternativa A incorreta, tendo em vista que o Poder Hierárquico é o poder de que dispõe a Administração Pública para distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação dos seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.

    Alternativa B incorreta, tendo em vista que o Poder de Polícia, em conformidade com José Cretella Jr., é “o conjunto de poderes coercitivos exercidos in concreto pelo Estado sobre as atividades dos administrados, através de medidas impostas a essas atividades”.

    Alternativa C correta, tendo em vista que o Poder Disciplinar é "a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração" (Hely Lopes Meirelles, in Direito Administrativo Brasileiro. 25a edição. Malheiros, 2000, p. 115). Exemplo: a suspensão de servidor público como punição pela prática de falta funcional.

    Alternativa D incorreta, não guarda relação com o enunciado.

    Alternativa E: errada, não se amolda ao enunciado. O poder de autotutela subjaz na Súmula STF 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    GABARITO DA QUESTÃO: C.


ID
293794
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto à abrangência da Lei 8112, de 11 de dezembro de 1990, é correto afirmar que estatui o Regime Jurídico dos servidores públicos

Alternativas
Comentários
  • L8112 - art. 1 - questão cópia da lei.
  • Colegas, como faço para encontrar neste site questões sobre a lei 8112? Por exemplo: se quero responder a questões de Português, digito português, deixo selecionado questões e mando pesquisar. Mas com essa lei já tentei Estatudo do Servidor, Lei 8112 e etc e nada de encontrar as questões separadamente. Se alguém souber como faço, por favor me dê uma luz. Grato.
  • Título I. Capítulo Único. Das Disposições Preliminares.
    Art. 1o  Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

  • Art. 1o  Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. 
    Letra "E"
  • Malcoln, basta digitar 8.112 (com ponto) na busca. Espero ter ajudado!
  • Lei 8112/90, Art. 1º: "Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais".

    Assim sendo, a resposta correta para a questão será a letra E.

  • Letra E. É o artigo 1 da Lei 8.112/1990.

  • Artigo 1° da Lei 8.112/90 - Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, INCLUSIVE as em regime especial, e das fundações públicas federais.

  • institui****

  • Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.


ID
293935
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


Ocorre a relação lógica de conseqüência na palavra selecionada em

Alternativas
Comentários
  • Podemos responder essa questão observando a conjunção subordinada consecutiva (grifada na frase) ou analisando o sentido da frase.


    os ônibus andam tão depressa e caprichosamente - Fato motivador (causa)

    que as perguntas e respostas se desencontravam. - Fato motivado (consequência)
  • a) Que= conjunção integrante.  "Imagine Isto"

    b) Que = pronome indefinido interrogativo

    c) Gabarito da questão. Aqui tem relação de causa  e consequência. "QUE" = Conjunção subordinativa adverbial consecutiva 

    d) Que = pronome indefinito interrogativo

    e) Que=  pronome relativo


ID
293938
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


O emprego da palavra sublinhada em “... principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça ...” (§ 6º.) tem como objetivo indicar o sentido de

Alternativas
Comentários
  • Significado de Estimativa

    s.f. Cálculo aproximado, avaliação; conjectura.

    Não seria atenção ou espanto
    Alguém pode ajudar???


ID
293944
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No programa Microsoft Excel, fórmulas armazenadas em células de uma planilha permitem calcular o resultado de operações sobre o conteúdo de outras células. Qual das fórmulas abaixo calcula corretamente a soma de valores contidos nas células A1, A2, B1 e B2?

Alternativas

ID
293947
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No navegador Microsoft Internet Explorer, qual das alternativas abaixo descreve uma finalidade da opção “Codificação” do menu “Exibir” ?

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta  D

    d) Permitir a seleção de conjunto de caracteres apropriado para o idioma da página.

ID
293950
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Qual a finalidade da tecla de função F5 no navegador Microsoft Internet Explorer?

Alternativas
Comentários
  • Letra B.
    Para ir para a página inicial, clicar no botão HOME ou teclar Alt+Home.
    Para alternar entre os modos de exibição tela inteira e normal, tecla F11.
    Para abrir a caixa de diálogo de Localizar - Ctrl+F. Obs.: Localizar/Substituir só tem nos editores de textos, planilhas e apresentações, e é Ctrl+U.
    Para parar o carregamento da página atual é a tecla ESC.
  • GAB: B 

     

    Atualizar a página aberta.

     


ID
293953
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Ferramentas de correio eletrônico, como o Microsoft Outlook Express, permitem ao usuário configurar contas para conexão com um servidor de e-mail. Um dos protocolos para recebimento de mensagens que pode ser escolhido na configuração de contas de e-mail é

Alternativas
Comentários
  • Olá colegas.
    Gabarito (b)

    Vou explicar de forma bem resumida.

    a) FTP.

    (File Transfer Protocol): Protocolo) responsável pela transferência de arquivos (download e upload).

    c) http.

    (Hiper Text Transfer Protocol): Protocolo de Transferência de Hiper Textos, responsável pela transferência de hipertextos, ou seja, é o protocolo que permite abrir páginas da Internet.

    d) SMTP.

    Responsável por enviar mensagens de correio eletrônico.

    e) UDP.

    Este tipo de protocolo de comunicação não é orientado à conexão, ou seja, não há qualquer tipo de garantia que o pacote ou dados irá chegar ou não.
    A grande vantagem deste protocolo é sua utilização em tempo real, uso de difusão de dados, como voz e dados.
    Ele trabalha, em relação ao TCP, de forma muito mais rápida.
     
  •  Letra B

    Os protocolos usados para envio e recebimento de e-mail são:

    Envio: SMTP

    Recebimento: POP ou POP3 ( o usuário baixa a msg de e-mai para o computador, assim como ocorre no outlook) e o IMAP ( a msg fica no servidor, assim como ocorre no e-mail convencional).
  • A questão aborda conhecimentos acerca dos protocolos de recebimento usado na configuração de uma conta de e-mail.

    A)     Incorreta -O protocolo FTP é usado para transferência de arquivos.

    B)     Correta – O protocolo POP é usado para recebimento de e-mails, esse protocolo baixa as mensagens do servidor para o computador.

    C)     Incorreta -O protocolo HTTP é o protocolo usado para visualizar páginas Web..

    D)    Incorreta – O protocolo SMTP é usado para envio de e-mails.

    E)     Incorreta -O protocolo UDP é um protocolo de transporte equivalente ao protocolo TCP, porém não é confiável, pois não há garantia de que os dados chegarão na ordem correta e intactos e não realiza o handshake, mas é utilizado devido a sua alta velocidade.

     

    Gabarito – Alternativa B.


ID
293956
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Como é conhecido o tipo de ameaça à segurança de informação caracterizada por um programa que se instala no computador e executa tarefas sem conhecimento do usuário, tais como permitir acesso remoto ao computador, espionagem e envio de senhas e dados pessoais?

Alternativas
Comentários
  • Olá colegas.
    Gabarito (d)

    a) Vírus de programa.

    São programas maliciosos, criados para se replicar automaticamente e danificar o sistema.

    b) Vírus de boot.
    Infecta o setor de boot do sistema operacional comprometendo a inicialização do sitema.

    c) Vírus de macro.
    Contaminam arquivos de dados de editores de textos, planilhas, etc.

    e) Worm.
    São programas que se propagam em uma rede sem necessariamente modificar programas.

  • TROJAN - CAVALO DE TRÓIA - Programa que oculta o seu objetivo sob uma camuflagem de outro programa útil ou inofensivo. Diz-se fazer algo, que pode ou não ser feito, mas também faz algo danoso, consistente da ação direta no computador, ou na abertura das portas para que outro computador possa invadir a máquina. Professor Fenelon.
  •  O "Cavalo de Troia", segundo a mitologia grega, foi uma grande estátua, utilizada como instrumento de guerra pelos gregos para obter acesso à cidade de Troia. A estátua do cavalo foi recheada com soldados que, durante a noite, abriram os portões da cidade possibilitando a entrada dos gregos e a dominação Troia. 

  • Trojan backdoor e trojan spy


ID
294283
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


Analise o uso do sinal de pontuação dois-pontos nos fragmentos abaixo:

I) “O outro interessava-se logo pelas minúcias: ...” (§ 2º.)

II) “... o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões postais; ...” (§ 3º.)

III) “... e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” (§ 6º.)

Os dois-pontos registram, respectivamente, ocorrência das seguintes estruturas lingüísticas:

Alternativas

ID
294868
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A NR 03 estabelece que o Delegado Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, pode tomar providências que deverão ser adotadas para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais. Em relação a esta norma regulamentadora, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a - correto
    b- errado. SSMT- Serviços Especializados em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Medicina do Trabalho.
    c-errado. Os empregados deverão receber salário como se estivessem em efetivo exercício.
    d-errado. A interdição importará na paralização total. Embargo é em obra.
    e-errado. é necessário retirar a interdição ou o embargo.
  • Artigo 161 CLT:

    § 2º - A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da
    Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por
    entidade sindical.

  • Capítulo V da CLT

    SEÇÃO II Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição

     

    Art. 161 – O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho.

    § 2º – A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por entidade sindical.

    § 3º – Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessados recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao recurso.

  • RESPOSTA: A

     a) CERTO

     b) ERRADO. ... DEZ dias corridos, à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho – SSMT.

     c) ERRADO. ...decretar férias coletivas ...demitir.... NNÃÃOOOOO.... Os empregados deverão receber salário como se estivessem em efetivo exercício.....

     d) ERRADO. embargo => OBRA. 

     e) ERRADO. Somente após a retirada do embargo ou interdição .......

  • A questão exigiu conhecimento sobre a NR3 que versa sobre embargo e interdição e da CLT. No caso em questão, há grave e iminente risco para o trabalhador e devemos marcar a alternativa que está correta de acordo com a norma regulamentadora e também da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

    A- CORRETA. A assertiva versa corretamente sobre a competência para embargar ou interditar, nos termos do Art. 161 da CLT.

    § 2º - "A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por entidade sindical"

    B- INCORRETA. O prazo é de 10 dias, de acordo com a CLT, Art. 161.

    § 3º - "Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessados recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao recurso".

    C- INCORRETA. Pois nesse período, o pagamento dos salários é feito de forma normal.

    § 6º - "Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício". 

    D- INCORRETA. De acordo com a NR3, embargo se relaciona à obra, Interdição seria o correto para o caso descrito na alternativa.

    3.2.2.1 "O embargo implica a paralisação parcial ou total da obra.

    3.2.2.2 A interdição implica a paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou equipamento, do setor de serviço ou do estabelecimento".

    E- INCORRETA. Dependerá de liberação. De acordo com Mara Camisassa (2015), "durante a vigência do embargo ou interdição poderão ser desenvolvidas somente as atividades necessárias à correção da situação de grave e iminente risco (GIR), desde que adotadas medidas de proteções adequadas dos trabalhadores envolvidos".

    GABARITO: LETRA A


ID
294871
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A gestão de Segurança e Saúde em espaços confinados deve ser planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados. Em relação às medidas administrativas preconizadas pela NR 33, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • 33.3.3 Medidas administrativas:
    a)  manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, e respectivos riscos;
    b)  definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado;
    c)  manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o Anexo I da presente norma;
    d)  implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;
    e)  adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR, às peculiaridades da
    empresa e dos seus espaços confinados;
    f)  preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do ingresso de trabalhadores
    em espaços confinados;
    g)  possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada e Trabalho;
    h)  entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e Trabalho;
    i)  encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem completadas, quando ocorrer uma
    condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos;
    j)  manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos;
    k)  disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos trabalhadores
    autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho;
    l)  designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e
    providenciando a capacitação requerida;
    m)  estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços confinados;
    n)  assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorização de
    supervisão capacitada;
    o)  garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle existentes no local de
    trabalho; e
    p)  implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, considerando o local, a
    complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.


ID
294874
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), os profissionais que podem assinar laudos de insalubridade e periculosidade são

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: b) engenheiros de segurança do trabalho e médicos do trabalho.

    CLT

    Art . 195
    - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

ID
294877
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Em relação à Norma Regulamentadora NR 26 – Sinalização de Segurança, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A letra (A )está errada, conforme a norma: 

    26.2 O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde. (126.015-4 / I2).
  • Questão desatualizada. A NR 26 teve o texto alterado e não determina mais as cores, mas sim recomenda o atendimento às normas técnicas.
  • NBR 7195 - Cores para segurança

    2.2 Com exceção das cores verde, branca e preta, as demais cores padronizadas nesta Norma não devem ser utilizadas na pintura do corpo de máquinas.


  • Questão desatualizada

  • Branco, PRETO, verde!

    Dica para decorar: perdeu o BV com o PRETINHO!

  • 26.1 Cor na segurança do trabalho

    26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.

    26.1.2 As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.

    26.1.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

    26.1.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.


ID
294880
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Em um local de trabalho foi constatada a presença de ruídos contínuos e de ruídos de impactos. Em relação a estes dois agentes, conforme o expresso na NR15 (atividades e operações insalubres) e em seus anexos 1 e 2, assim como na NR09 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • D) errada. o limite de tolerancia para ruido de impacto é de 130 dB (linear).
  • Vejamos:

    a) o trabalhador , em hipótese alguma, pode ser exposto a ruído contínuo sem proteção adequada acima de 130 dB (A).
    ERRADA. Acima de 115 dB(A) o trabalhador precisa de proteção adequada.

    b) ruídos de impactos devem ser medidos em circuito de resposta lenta (SLOW).
    ERRADA. Os ruídos de impactos devem ser medidos no circuito de resposta para impacto. Caso o medidor de nível de pressão sonora não possua esse circuito, admite-se a medição no circuito de resposta rápido (FAST).

    c) o nível de ação para ruído contínuo, para fins legais, ocorre quando a dose atinge a 50% da máxima exposição diária permissível.
    CORRETA. É o que preconiza a NR-09 – PPRA:
    9.3.6.2Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
    b)  para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.

    d) o limite de tolerância (LT) para ruído de impacto é de 140dB (linear).
    ERRADO. O limite de tolerância para impacto será de 130 dB(linear) - nessa utiliza-se medidor de pressão sonora com resposta para impacto – ou de 120 dB(C), quando se utiliza medidor que não tenha resposta para impacto, ou seja, utiliza-se o circuito de compensação C e o circuito de resposta FAST.

    e) o adicional de insalubridade é de grau máximo, constatada a insalubridade por ruído contínuo.
    ERRADO. Tanto na insalubridade por ruído contínuo, intermitente ou de impacto o grau de insalubridade é médio (20%).

ID
294883
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Dentre as novidades estabelecidas pela portaria MTE 598/04 que alterou a NR 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE, os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir o Prontuário de Instalações Elétricas e mantê-lo . Em relação a este prontuário, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Da NR-10: 

    10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.

    Opção a)
  • Em relação às outras:

    Letra B:10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. > TODAS

    Letra C: 10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado. 

    Letra D: 10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas "a", "c", "d" e "e", do item 10.2.4 e alíneas "a" e "b" do item 10.2.5. 

    ALÍNEA F > f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e 

    Letra E: 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo: 

    a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; 

    b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; 

    c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; 

    d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; 

    e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; 

    f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e 

    g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de "a" a "f".

    NADA DIZ SOBRE "a quantidade mínima de treinamentos a serem realizados ao longo do ano."

  • 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:

    a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;

    b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;

    c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

    d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;

    e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;

    f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

    g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.

    10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item

    10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:

    a) descrição dos procedimentos para emergências;

    b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

  • A questão exige conhecimento acerca da NR-10 que versa sobre Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.

    Em relação às medidas de controle, a partir de uma certa carga instalada, os estabelecimentos são obrigados a constituir e a manter um conjunto de documentações.

    Essa medida de controle leva o nome de Prontuário de Instalações Elétricas para estabelecimento com carga instalada superior a 75 kW, nos termos da NR-10:

    “10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo: (...)"

    Há exceções?

    Sim. De acordo com o manual de auxílio na interpretação da NR-10

    "O valor de 75 kW de potência instalada é o limite superior de potência determinado para fornecimento em baixa tensão, conforme resolução da ANEEL nº 486 de 29/11/2000. Há exceções à regra (zona rural; distribuição subterrânea), onde são adotados outros valores de potência como limites do tipo de fornecimento. (...)"

    Analisando as alternativas:

    A- CORRETA.

    De acordo com o subitem 10.2.6, competem ao empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa a organização e a manutenção do prontuário.

    B- INCORRETA.

    A NR-10 não restringe as empresas como a assertiva o fez.

    "10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção". 

    C- INCORRETA.

    O erro está em: (...) devem ser elaborados por profissional qualificado e autorizado pela empresa.

    Enquanto o correto é:

    "10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado".

    D- INCORRETA.

    O prontuário deve contemplar as seguinte alíneas abaixo. A alínea "f", que fala sobre certificação, por exemplo, não consta no rol das exigências para as empresas na situação do 10.2.5.1.

    De acordo com a NR-10:

    "10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5".

    E- INCORRETA.

    Não há estabelecimento de quantidade mínima de treinamentos a serem realizados ao longo do ano.

    GABARITO: LETRA A


ID
294889
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Em uma empresa em que trabalham 100 trabalhadores, ocorreram três acidentes com três acidentados no último ano, sendo debitados 100 dias para o primeiro acidente, 200 dias para o segundo e no último foram debitados 60 dias. De acordo com a legislação vigente, deve-se determinar e encaminhar ao INSS as taxas de freqüência e gravidade. Baseado nos dados apresentados e, considerando a jornada mensal por trabalhador de 200 horas, a taxa de freqüência e a taxa de gravidade anuais são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: a) 12,5 e 1500.

    Primeiro deve-se achar o "numero de homens-horas de exposição ao risco (H)" no ano.

    Jornada mensal por trabalhador = 200 horas
    Jornada anual por trabalhador = 12 x 200= 2400 horas
    Total de trabalhadores = 100
    Jornada anual para o total de trabalhadores = 2400 x 100 = 240000 homem-hora

    Taxa de Frequencia (TF)
    TF = N x 1.000.000               H
    N = 3 (número de acidentados)
    H = 240000 (homem-hora de exposição ao risco)
    TF = 3 x 1.000.000 = 12,5               240000

    Taxa de Gravidade (TG)
    TG = T x 1.000.000               H
    T = 360 (número de dias debitados 200+100+60 = 360)
    H = 240000 (homem-hora de exposição ao risco)
    TG = 360 x 1.000.000 = 1500               240000
  • Parabéns!!!

    Só fazendo uma observação: Dentro da questão de Taxa de Gravidade fica correto colocar na questão e até mesmo para quem vai resolver a questão da seguinte forma;

    Formula: TG= DP x 1.000,000 / HHT

    Sendo assim, ficaria TG= 360 x 1.000,000 / 240.000 = TG 1.500

    De acordo com a NBR 14.280 (Cadastro de Acidente do Trabalho) dias Perdidos seriam os dias que os trabalhadores ficaram ausentes / afastados. Porém quando há Dias Debitados, o mesmo deve ser acrescido aos dias perdidos.

    Como assim?

    A formula que está acima ficaria assim:

    TG= DP + DD x 1.000,000 / HHT

    OBS: Os dias debitados só são acrescentados ao calculo quando por exemplo um Trabalhador morre ou perde um membro, etc. De acordo com o Quadro 1 da NBR.

    Se por ventura, no calculo que foi feito, tivesse ocorrido um óbito, a conta seria assim:

    TG=DP + DD x 1.000,000 / HHT =

    TG= 360+6.000 x 1.000,000 / 240.000=

    TG= 6.360,000,000 / 240.000=

    TG= 26,500

    Como na questão não havia Dias a se debitar, então a Letra A está correta, só quis fazer uma observação em relação a DP que é uma coisa, e Dias Debitados é outra.

    Abraços!!!


ID
294892
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A portaria 485/05 do MTE estabeleceu a NR 32 (segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde). Em relação a esta importante norma, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    32.5.2 Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde devem atender ao disposto na NBR 9191 e ainda ser:

    a) preenchidos até 2/3 de sua capacidade;

    b) fechados de tal forma que não se permita o seu derramamento, mesmo que virados com a abertura para baixo;

    c) retirados imediatamente do local de geração após o preenchimento e fechamento;

    d) mantidos íntegros até o tratamento ou a disposição final do resíduo.

  • a- os resíduos podem ser retirados do local de geração até 12 horas após o preenchimento e fechament -> devem ser retirados imediatamente

    b-os recipientes de resíduos existentes nas salas de cirurgia e de parto necessitam de tampa para vedação. -> não necessitam

    c- o limite máximo de enchimento deve estar localizado 10 cm abaixo do bocal dos recipientes destinados à coleta de material perfuro cortante. -> 5 cm abaixo do bocal

    d- os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde devem ser preenchidos até 2/3 de sua capacidade. GABARITO

    e- os resíduos hospitalares podem ser misturados com resíduos em geral desde que os coletores saibam e sejam avisados. -> SEPARADOS


ID
294895
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho da indústria da Construção (PCMAT), programa estabelecido em 1995 com a alteração da NR18, estabelece diretrizes de ordem administrativa e de organização relacionados às condições de trabalho e prevenção de riscos e acidentes na indústria da construção. Em relação a NR18, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • NR-18:

    a) 18.15.47.5 Todos os trabalhadores devem utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista ligado a um cabo guia fixado em estrutura independente do equipamento, salvo situações especiais tecnicamente comprovadas por profissional legalmente habilitado. 

    b) 18.26.5 Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo.

    c) 18.22.20 É proibida a utilização de ferramentas elétricas manuais sem duplo isolamento.

    d) 18.28.2 O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de 6 (seis) horas, ser ministrado dentro do horário
    de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades, constando de: ...

    e) 18.29.4 É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obras.
  • Completando a informação do colega quanto ao item A:

     
    18.23.2 O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser utilizado em serviços de eletricidade e em situações 
    em que funcione como limitador de movimentação. 
    18.23.3 O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado em atividades a mais de 2,00m (dois metros) de 
    altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhado
  • NR-18:

    a) ERRADA -  18.15.47.5 Todos os trabalhadores devem utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista ligado a um cabo guia fixado em estrutura independente do equipamento, salvo situações especiais tecnicamente comprovadas por profissional legalmente habilitado. 

    b)  CERTA - 18.26.5 Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo.

    c) ERRADA - 18.22.20 É proibida a utilização de ferramentas elétricas manuais sem duplo isolamento.

    d) ERRADA - 18.28.2 O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de 6 (seis) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades, constando de: ...
    e) ERRADA - 18.29.4 É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obras.


ID
294898
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A NR 33 (Espaços confinados) estabelece a existência de um profissional denominado de supervisor de entrada em espaços confinados. É correto afirmar que o profissional supervisor de entrada

Alternativas
Comentários
  • a) poderá desempenhar a função de vigia
    b) curso de capacitação inicial de no mínimo 40 horas (16 horas são para os trabalhadores autorizado e vigias)
    c) certo
    d) quem deve permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada é o VIGIA
    e) atribuição do VIGIA

ID
294901
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

De acordo com a Legislação Previdenciária, em especial a Lei 8.213/1991, a alternativa que NÃO apresenta situações que são equiparadas a acidentes de trabalho e que possam ocorrer no ambiente ou horário de trabalho é

Alternativas
Comentários
  • ART 20

      § 1º Não são consideradas como doença do trabalho:



    d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
  • De acordo com a Legislação Previdenciária, em especial a Lei 8.213/1991, a alternativa que NÃO apresenta situações que são equiparadas a acidentes de trabalho e que possam ocorrer no ambiente ou horário de trabalho é

     

    c) doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. GABARITO

     

    ________________________________________________________________________________________________

    LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.

    Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:

    § 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

     

    a) a doença degenerativa;

    b) a inerente a grupo etário;

    c) a que não produza incapacidade laborativa;

    d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.


ID
294904
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A NR 15 estabelece em alguns de seus anexos que a insalubridade pode ser caracterizada por avaliação qualitativa, como por exemplo, anexos 13 (agentes químicos) e 14 (agentes biológicos). Em relação a esta NR e aos anexos 13 e 14, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Questão estranha: pela NR 15, a aplicação de organoclorado é grau médio de insalubridade.

    Entretanto, a aplicação deste produto é proibida no brasil desde 2005. Estranho uma prova de 2008 colocar uma questão destas.
  • ANEXO XIII

    CHUMBO

     
    Insalubridade de grau máximo
     Fabricação e emprego de chumbo tetraetila e chumbo tetrametila.


    HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO
     Insalubridade de grau médio
     
    Emprego de defensivos organoclorados: DDT (diclorodifeniltricloretano) DDD (diclorodifenildicloretano), metoxicloro (dimetoxidifeniltricloretano), BHC (hexacloreto de benzeno) e seus compostos e isômeros. 

    SILICATOS
    Insalubridade de grau máximo

    Operações de extração, trituração e moagem de talco. 

    ANEXO XIV

    Insalubridade de grau médio Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em:

     - gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico);

    Insalubridade de grau médio Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em:

    - hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);

    A única correta é a alternativa A, que diz que  o emprego de defensivos organoclorados como DDT é considerado atividade insalubre de grau médio.

ID
294907
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Em relação ao Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais (NR-11), é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a) 11.2.2 Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de um saco.

    b) 11.2.3 É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um metro) ou
    mais de extensão.
    11.2.3.1 As pranchas de que trata o item 11.2.3 deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinqüenta centímetros).

    c) 11.2.8 Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a
    utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:
    a) lance único de degraus com acesso a um patamar final;

    d) 11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos
    0,50m (cinqüenta centímetros).

    e) 11.2.3 É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um metro) ou
    mais de extensão.

    Portanto, letra C
  • 11.2.8 Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:

    a) lance único de degraus com acesso a um patamar final;

    b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25m (dois metros e vinte e cinco centímetros);

    c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o espelho ter altura superior a 0,15m (quinze centímetros), nem o piso largura inferior a 0,25m (vinte e cinco centímetros);

    d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que assegure sua estabilidade;

    e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em toda a extensão;

    f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente qualquer defeito. 


ID
294910
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A NR16 determina áreas mínimas de risco com inflamáveis. Estas áreas são disciplinadas, de acordo com suas características. A relação condicionante e áreas mínimas está contemplada em

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    f. Carga e descarga de inflamáveis líquidos contidos em navios, chatas e batelões.
    Afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a operação, com extensão correspondente ao comprimento da embarcação.

    Foco e fé!






  • ALTERNATIVA A - ERRADA

    e

    Tanques elevados de inflamáveis gasosos

    Círculo com raio de 3 metros com centro nos pontos de vazamento eventual (válvula registros, dispositivos de medição por escapamento, gaxetas).


    ALTERNATIVA B - ERRADA

    b

    Unidade de processamento das refinarias.

    Faixa de 30 metros de largura, no mínimo, contornando a área de operação.


    ALTERNATIVA C - ERRADA

    p

    Testes em aparelhos de consumo de gás e seus equipamentos.

    Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno dos seus pontos extremos.


    ALTERNATIVA D - CORRETA

    f

    Carga e descarga de inflamáveis líquidos contidos em navios, chatas e batelões.

    Afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a operação, com extensão correspondente ao comprimento da embarcação.


    ALTERNATIVA E - ERRADA

    h

    Enchimento de vagões –tanques e caminhões –tanques com inflamáveis líquidos.

    Círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de enchimento dos tanques.


    Questão que testa a capacidade de decorar e nada mais. 
  • Tanques ELEVADOS ---> 3 m

    Não existe área de 60 ou 10 m (apenas 3; 7,5; 15; 30m)


ID
294913
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo o determinado na NR10, profissional capacitado com circuitos energizados é aquele que

Alternativas
Comentários
  • Da NR-10:

    10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:
    a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e
    b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

    Opção c)
  • Conforme a NR-10 é considerado trabalhador:
     - QUALIFICADO: aquele que comprovar conclusão de curso específico na área de elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino;
     - HABILITADO: aquele trabalhador previamente QUALIFICADO e com registro no Conselho de Classe;
     - CAPACITADO: aquele que receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional HABILITADO E AUTORIZADO e trabalhe sob a responsabilidade desses profissionais;
     - AUTORIZADOS: aqueles que são QUALIFICADOS ou CAPACITADOS e OS HABILITADOS com anuência formal da empresa.


    Ressalto que a norma ainda cita que "a empresa concederá AUTORIZAÇÃO aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes no Anexo II da NR10"
  • simplificação:

    qualificado: se formou
    habilitado: se formou e tem o CREA
    capacitado: treinado e sob responsabilidade de um cara habilitado e autorizado
    autorizado: qualquer um desses cara aí q a empresa diga por escrito q pode fazer as coisas

ID
294916
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A NR23 estabelece critérios para medidas de proteção contra incêndios que devem dispor os locais de trabalho. Em relação a esta NR, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    Porém, a questão esta desatualizada devido a portaria da nº 221 da SIT de 06/05/2011.

    Foco e fé!
  • 23.2 Os locaisde trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.

    23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.

    23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho.

    23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento.


ID
294919
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Em relação à Lei 8213/91, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra A = Correta

    Letra B
    = A doença do trabalho e/ou doença profissional não é equiparada ao acidente de trabalho e sim considerado como
    acidente de trabalho, segundo o art 20 da 8213/91
    Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
            I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
            II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

    Letra C = o percentual é 50%


    Letra D = Art 21 da 8213/91
    § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

    Letra E = Em caso de óbito o comunicado deve ser imediato.

    Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
  • a) o auxílio-acidente será devido, a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. GABARITO

    Art. 86. § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.  

    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    b) equipara-se a acidente do trabalho a doença do trabalho, assim entendida e produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. ERRADO

    Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

     - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    c) o auxílio-acidente mensal corresponderá à noventa e um por cento do salário-de-benefício. ERRADO

    Art. 86. § 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.  

    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    d) os períodos destinados à refeição ou ao descanso, e período utilizado para satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este não é considerado exercício do trabalho para o empregado. ERRADO

    Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    e) a empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, inclusive em caso de óbito. ERRADO

    Art. 22.  A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.   

     


ID
294922
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O presidente e o vice-presidente da CIPA constituirão entre seus membros a comissão eleitoral, no prazo mínimo de

Alternativas
Comentários
  • DO PROCESSO ELEITORAL
     
     
    5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral - CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
  • 60 - Convocação 55 - Comissão Eleitoral 45 - Publicação Edital 15 - Candidatura 30 - Eleições
  • A questão pede a alternativa correta em relação às disposições da NR-05 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes- CIPA).

    Atenção: a partir de 03 de janeiro de 2022, estará vigente o novo texto da NR-05. Esta questão foi comentada com base na NR vigente à época.

    No que tange o processo eleitoral da CIPA, a NR-05 dispõe, entre outras considerações, o seguinte:

    "5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral - CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral".

    GABARITO: LETRA C


ID
294925
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Com relação às medidas de Proteção adotadas no tocante a andaimes estabelecidas na NR18, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A) 18.15.20 Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos em escada incorporada a sua própria estrutura 
    ou por meio de torre de acesso.  
    B) 18.15.14 Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de um metro de altura devem possuir escadas 
    ou rampas
    C) 18.15.18 As torres de andaimes não podem exceder, em altura, quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, 
    quando não estaiadas
    D) 18.15.16 Os andaimes de madeira somente podem ser utilizados em obras de até três pavimentos ou altura 
    equivalente e devem ser projetados por profissional legalmente habilitado
    E)18.15.25 Os andaimes fachadeiros devem ser externamente cobertos por tela de material que apresente resistência 
    mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos. (Alterado pela Portaria SIT n.º 201, de 21 
    de janeiro de 2011)
    18.15.25.1 A tela prevista no subitem 18.15.25 deve ser completa e ser instalada desde a primeira plataforma de 
    trabalho até dois metros acima da última

ID
294928
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O Estado do Rio de Janeiro dispõe de uma legislação específica que versa sobre segurança contra incêndio e pânico. Este legislação criou em 1976 o COSCIP (Código de Segurança e Combate a Incêndio e Pânico). Considerando o COSCIP, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • CAPÍTULO VI
    Da Canalização Preventiva
    Art. 24 - O projeto e a instalação da Canalização Preventiva Contra Incêndio
    deverão ser executados obedecendo-se ao especificado neste Capítulo.
    Art. 25 - São exigidos um reservatório d’água superior e outro subterrâneo ou baixo,
    ambos com capacidade determinada, de acordo com o Regulamento de Construções e
    Edificações de cada Município, acrescido, o primeiro, de uma reserva técnica para incêndio
    (fig. 4), assim calculada:
    I - Para edificações com até 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros);
    II - Para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes: 6.000 l (seis mil litros),
    acrescido de 500 l (quinhentos litros) por hidrante excedente a 4 (quatro);
    III - Quando não houver caixa d’água superior em face de outro sistema de
    abastecimento aceito pelo Corpo de Bombeiros, o reservatório do sistema terá, no mínimo,
    a capacidade determinada pelo regulamento de Construções e Edificações do Município,
    acrescida da reserva técnica estabelecida nos incisos anteriores
  • Item por item, amigos!

    a) a edificação multifamiliar com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída inferior a 1500m2 (mil e quinhentos metros quadrados) é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio. (A edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída até 900m²é isenta de Dispositivos Preventivos Fixos Contra Incêndio)

     b) para edificação com mais de 4 (quatro) hidrantes deve-se ter uma reserva técnica de incêndio de 6.000 l (seis mil litros), acrescido de 500 l (quinhentos litros) por hidrante, excedente a 4 (quatro). ✔

     c) a pressão d’água exigida em qualquer dos hidrantes será, no mínimo, de 2kg/cm2 (dois quilos por centímetro quadrado), e, no máximo, de 6kg/cm2 (seis quilos por centímetro quadrado). (A pressão d’água exigida em qualquer dos hidrantes será, no mínimo, de 1kg/cm² , e, no máximo, de 4kg/cm²)

     d) para a edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a 1500m2 (mil e quinhentos metros quadrados) será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio e Brigada. (Para a edificação com o máximo de 3 (três) pavimentos e área total construída superior a 900m2 (novecentos metros quadrados), será exigida a Canalização Preventiva Contra Incêndio prevista no Capitulo VI)

     e) o número de hidrantes será calculado de tal forma que à distância sem obstáculos, entre cada caixa e os respectivos pontos mais distantes a proteger, seja de, no máximo, 15m (quinze metros). (O numero de hidrantes será calculado de tal forma que a distancia sem obstáculos, entre cada caixa e os respectivos pontos mais distantes a proteger seja de, no máximo, 30m)

     

    GABARITO LETRA B


ID
294931
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

No caso de afastamento definitivo do presidente da CIPA deve o empregador indicar, um substituto em

Alternativas
Comentários
  • NR- 05 

    DO FUNCIONAMENTO


    5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA. (205.027-7/ I2)
  • 5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

    5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.


ID
294934
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a NR-5, o treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes deve contemplar como itens pertinentes, um estudo

1- dos riscos originados do processo produtivo e uma análise da metodologia de investigação de acidentes e doenças do trabalho.

2- do ambiente, das condições de trabalho e das medidas de controle de riscos, originados no processo produtivo.

3- sobre a legislação tributária e previdenciária, relativas à segurança e saúde, no trabalho e sobre a organização da CIPA.

4- dos princípios gerais de higiene do trabalho, inclusive com noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e das medidas de prevenção.

Somente estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  •  O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
     
    a. estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; 
    b. metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

    c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa; 
    d. noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e medidas de prevenção; 
    e. noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho;
    f.  princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; 
    g. organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão. 

    Logo, a correta: E
  • letra E)


    O erro da afirmativa 3 é mencionar legislação tributária no lugar trabalhista


ID
294937
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a NR 23 (Proteção contra Incêndio), os materiais de fácil combustão com a propriedade de queimar em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, se enquadram na classificação de fogo do tipo

Alternativas
Comentários
  • A questão está correta para a época da prova (2008), mas a NR 23 foi atualizada em 2011 e esse critério não é mais contemplado.
  • Hoje temos as classes de incêndios, que são iguais às classes de fogo que preconiza a NR-23:

    CLASSE A
    • Caracteriza-se por fogo em materiais sólidos;
    • Queimam em superfície e profundidade;
    • Após a queima deixam resíduos, brasas e cinzas; • Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método de resfriamento,
    e as vezes por abafamento através de jato pulverizado.


    CLASSE B
    • Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis;
    • Queimam em superfície;
    • Após a queima, não deixam resíduos;
    • Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento.


    CLASSE C
    • Caracteriza–se por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente
    equipamentos elétricos);
    • A extinção só pode ser realizada com agente extintor não condutor de eletricidade,
    nunca com extintores de água ou espuma;
    • O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força,
    pois assim ele se tornará um incêndio de classe A ou B.


    CLASSE D
    • Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos (aluminio, antimônio, magnésio, etc.)
    • São difíceis de serem apagados;
    • Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento;
    • Nunca utilizar extintores de água ou espuma para extinção do fogo.







ID
294940
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a NR 4 (SESMT), para fins de dimensionamento do SESMT, não serão considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, os canteiros de obras e frentes de trabalho situados no mesmo Estado, Território ou Distrito Federal, com número de empregados menor que

Alternativas
Comentários
  • conforme disposto na NR 04

    4.2.1 Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1 (um) mil

    empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão considerados como

    estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá

    organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.


ID
294943
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Para efeito da NR-9, os riscos considerados ambientais são

Alternativas
Comentários
  • NR 09

    Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
  • Riscos ergonômicos e de acidentes são RISCOS DE OPERAÇÃO, não riscos ambientais.

ID
294946
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

A afirmação que não faz parte das atribuições da CIPA, expressas na NR-5, é

Alternativas
Comentários
  • letra "d" porque é atribuição do SESMT
  • Complementando:
    NR-4

    4.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em  Medicina do Trabalho: 

    i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de  insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros  III, IV, V e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos dados à  Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb;

  • 5.16 A CIPA terá por atribuição:

    a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;

    b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;

    c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

    d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;

    e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

    f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

    g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

    h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;

    i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

    j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;

    l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;

    m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

    n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

    o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;

    p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.


ID
294949
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo determina a NR-23, as “Classes de Fogo” = A, B, C, D devem ser associadas ao tipo de extintor de incêndio (indicado na tabela), para o qual deva ser utilizado.

Tabela de Tipo de extintor

I – Espuma

II - Dióxido de Carbono

III - Químico Seco

IV - Água Pressurizada ou Água-Gás


A opção que apresenta somente associações corretas da classe de incêndio e do tipo de extintor, é

Alternativas
Comentários
  • A questão está correta para a época da prova (2008), mas a NR 23 foi atualizada em 2011 e esse critério não é mais contemplado.

ID
294952
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a NR 23 (Proteção contra Incêndio), na classificação do fogo, os materiais/produtos considerados inflamáveis são

Alternativas
Comentários
  • A questão está correta para a época da prova (2008), mas a NR 23 foi atualizada em 2011 e esse critério não é mais contemplado.
  • Conforme NR 23 - Proteção contra incêndios


    23.9 Classes de fogo.

    23.9.1 Será adotada, p ara efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a seguinte classificação de fogo:

    Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.;

    Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente e m sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;

    Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.

    23.9.2 Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.


ID
294955
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O sistema de prevenção ambiental das empresas deve visar a

Alternativas
Comentários
  • resp certa: assegurar que a organização identifique os impactos do processo no meio ambiente e implemente controles dos aspectos considerados significativos.


ID
294958
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho

O tempo efetivo máximo de trabalho de entrada de dados no processamento eletrônico não deve exceder, pela NR-17, a

Alternativas

ID
294961
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

As técnicas de gerenciamento de riscos como Análise Preliminar de Riscos, Análise de Modos de Falha e Efeitos, HAZOP, Análise de Árvore de Falhas visam basicamente a

Alternativas
Comentários
  • identificar, analisar, antecipar os perigos inerentes ao processo visando a implementar ações preventivas e/ ou corretivas, bem como contribuir para elaborar o plano de emergência.

    Sempre que tratarmos de HAZOP estaremos abordando a análise de riscos dentro de um processo.

  • Gab: A

     

    Hazop é a técnica de identificação de perigos e operabilidade que consiste em detectar desvios de variáveis de processo em relação a valores estabelecidos como normais. O objetivo do Hazop são os sistemas e o foco são os desvios das variáveis de processo.

     

    AAF é uma técnica de identificação de perigos e análise de riscos que parte de um evento topo escolhido para estudo e estabelece combinações de falhas e condições que poderiam causar a ocorrência desse evento. A técnica é dedutiva e pode ser qualitativa e quantitativa. O objeto da AAF são os sistemas. Os focos da AAF são o evento topo e as sequências de eventos que o produzem.

    O método da AAF visa selecionar um evento topo identificado por qualquer técnica de identificação de perigos. Construir os níveis subsequentes ou ramos, identificando falhas que podem causar a ocorrência do evento topo.

    A AAF possibilita o cálculo da frequência e de probabilidade de ocorrência de eventos básicos .

     

    A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma metodologia indutiva estruturada para identificar os potenciais perigos decorrentes da instalação de novas unidades e sistemas ou da própria operação da planta que opera com materiais perigosos. APR é uma técnica de identificação de perigos e análise de riscos que consiste em identificar eventos perigosos, causas e consequências e estabelecer medidas de controle. Preliminarmente, porque é utilizada como primeira abordagem do objeto de estudo. 

     

    What IF é a técnica de identificação de perigos e análise de riscos que consiste em detectar perigos utilizando questionamento aberto promovido pela pergunta E se?


    O objeto pode ser um sistema, processo, equipamento ou evento. O foco é “tudo o que pode sair errado”. O foco é mais amplo que o de outras técnicas, porque seu método de questionamento é mais livre, é um verdadeiro brainstorming.(tempestade de ideias)

     

    AAEÁrvore de Eventos, também chamada de Série de Riscos (SR), é uma técnica de identificação de perigos e análise de riscos queidentifica sequências de eventos que podem suceder um Evento Iniciador. A AAE pode ser qualitativa ou quantitativa. O objeto são áreas e sistemas de controle de emergência nele contidos. O foco são os eventos iniciadores e as séries de eventos decorrentes.

     

    AMFE é uma técnica de análise de riscos que consiste em identificar os modos de falha dos componentes de um sistema, os efeitos dessas falhas para o sistema, para o meio ambiente e para o próprio componente. O objeto da AMFE são os sistemas. O foco são os componentes e suas falhas.

  • Para identificar os perigos e os riscos associados à atividade empresarial, a organização pode se utilizar de Técnicas de Análise de Riscos.

    As técnicas de análise de risco são de fundamental importância para o gerenciamento de risco, no sentido de evitar acidentes ou a repetição deles, como também evitar perdas e danos.


ID
294964
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Os limites máximos de transporte manual de cargas, transportadas, individualmente, para os trabalhadores do sexo masculino, recomendados na CLT – art. 198, são

Alternativas
Comentários
  • "Não podemos deixar de considerar, entretanto,
    o novo patamar que será fixado; como limite de peso
    a ser transportado manualmente, que é de 20 Kg,
    ressalvando-se as disposições especiais relativas ao
    trabalho do menor e da mulher."

    http://www.senado.gov.br/
  • C.L.T:


    Da Prevenção da Fadiga



    Art . 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.



    Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.

  •  

    MAXIMOS:

    CLT - 60kg

    OIT - 50kg

    Niosh - 23kg


ID
294967
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de que trata a Norma Regulamentadora NR - 4 deverão ser registrados no órgão regional do MTb. Do requerimento não deverá constar

Alternativas
Comentários
  • Pegadinha. Na letra E, não há necessidade de infornação do nome dos representantes legais da empresa.

    Item 4.17.1 da NR 4 (revisão de 11 de dezembro de 2009).
  • Gabarito letra E.

     

     

    4.17.1 O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional do MTb e o requerimento deverá conter os seguintes dados:

     

    a) nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;

     

    b) número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho do MTb;

     

    c) número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por estabelecimento;

     

    d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;

     

    e) horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.


ID
294970
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Com relação a NR-9, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • 9.3.8.2 Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos.
  • 9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais

  • OS DADOS DEVEM FICAR 20 ANOS NO MINIMO

  • Justificativas

    a) Errada. Pode ser qualquer profissional ou grupo que, a critério do empregador, seja considerado capaz de elaborar o programa, além do SESMT.

    b) Errada. 20 anos é o período mínimo para que esses documentos sejam armazenados

    c) Correta

    d) Errada. 20 anos

    e) Errada. Essa responsabilidade é do empregador.


ID
294973
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a NR 20 (Líquidos combustíveis e inflamáveis), o armazenamento de líquidos inflamáveis dentro do edifício só poderá ser feito em recipientes cuja capacidade máxima, por recipiente, seja de

Alternativas
Comentários
  • Questão desatualizada.

    Esse item foi suprimido da NR 20 depois da Portaria SIT n.º 308, de 29 de fevereiro de 2012.

    Foco e fé!
  • 20.17.2.1 A instalação do tanque no interior do edifício deve ser precedida de Projeto e de Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR), ambos elaborados por profissional habilitado, contemplando os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais, bem como nas demais regulamentações pertinentes, e deve obedecer aos seguintes critérios:

    a) localizar-se no pavimento térreo, subsolo ou pilotis, em área exclusivamente destinada para tal fim;

    b) deve dispor de sistema de contenção de vazamentos:

    c) deve conter até 3 tanques separados entre si e do restante da edificação por paredes resistentes ao fogo por no mínimo 2 horas e porta do tipo corta-fogo;

    d) possuir volume total de armazenagem de no máximo 3.000 litros, em cada tanque;

    e) possuir aprovação pela autoridade competente;

    f) os tanques devem ser metálicos;

    g) possuir sistemas automáticos de detecção e combate a incêndios, bem como saídas de emergência dimensionadas conforme normas técnicas;

    h) os tanques devem estar localizados de forma a não bloquear, em caso de emergência, o acesso às saídas de emergência e aos sistemas de segurança contra incêndio;

    i) os tanques devem ser protegidos contra vibração, danos físicos e da proximidade de equipamentos ou dutos geradores de calor;

    j) a estrutura da edificação deve ser protegida para suportar um eventual incêndio originado nos locais que abrigam os tanques;

    k) devem ser adotadas as medidas necessárias para garantir a ventilação dos tanques para alívio de pressão, bem como para a operação segura de abastecimento e destinação dos gases produzidos pelos motores à combustão.


ID
294976
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego são aplicadas, no que couber, aos trabalhadores,

Alternativas
Comentários
  • Conforme a NR1:
    "1.1. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.". Dessa forma, a resposta deveria ser letra d.

  • Concordo plenamente, pois funcionários públicos estatutários não estão obrigados. Item correto é D.
  • FUNRIO sempre sendo muito funny


  • Ainda assim, a única NR que se aplica aos rurais é a NR 31. O restante se aplica somente aos celetistas e avulsos.

  • LETRA - C

  • Questão controversa. Até concordo com a inclusão dos funcionários públicos, porém, somente os regidos pela CLT. Quando abordada a seleção de trabalhadores urbanos e rurais, não estão excluídos os de empresas estatais. O mais correto seria letra D.


ID
294979
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, desde o registro de sua candidatura até um prazo, após o final de seu mandato. Este prazo é de

Alternativas
Comentários
  • NR-5 CIPA

    5.8. É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de CIPA desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.

  • A questão exige conhecimento acerca das disposições em relação à proteção da dispensa arbitrária do membro eleito para cargo de direção da CIPA.

    De acordo com a NR-05:

    "5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato."

    Além do que pontua a NR-5, o instituto é trazido nos seguintes dispositivos:

    A CLT dispõe o seguinte: 

    Art. 165 - "Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro". 

    A Súmula 339 do TST: I - "O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988". (...)

    Esquematizando quem da CIPA tem direito à proteção em relação à despedida arbitrária de até um ano após o fim do mandato?

    SIM: Titulares (CLT Art. 165) e suplentes (TST, Súmula 339).

    NÃO: Designados, pois são indicados pelo empregador.

    Portanto, nos termos do item 5.8 da NR-05, a proteção é iniciada no registro da candidatura e encerrada após um ano do final do mandato.

    GABARITO: LETRA D


ID
294982
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a NR 23 (Proteção contra Incêndio), independente da área ocupada, a quantidade de extintores que deverá existir é

Alternativas
Comentários
  • Questão desatualizada. A Nova NR 23 não discursa sobre isso.

    (Redação dada pela Portaria SIT n.º 221, de 06 de maio de 2011)
     
    23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação
    estadual e as normas técnicas aplicáveis.
     
    23.1.1 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:  
    a)  utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
    b)  procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;  
    c)  dispositivos de alarme existentes.  
     
    23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se
    encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.
     
    23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos,
    indicando a direção da saída.
     
    23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho.  
     
    23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do
    interior do estabelecimento.

ID
294985
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Segundo a NR 1, canteiro de obra é definido como

Alternativas
Comentários
  • Letra E

    NR1

    1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se:
    f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
  • 1.6

    Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se:

    (Alteração dada pela Portaria n.º 06,de 09/03/83)

    a) empregador, a empresa individual ou coletiva, que,assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados;

    b) empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário;

    c) empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos;

    d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa,funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica,refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório; (Alternativa "d")

    e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento; (Alternativa "b")

    f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra; (Alternativa "e", resposta da questão)

    g) frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra; (Alternativa "a")

    h) local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos.


    * Observação: A alternativa "c" não trouxe nenhum conceito previsto no item acima. Ela está incompleta, visto que fala em local de trabalho temporário, que pode ser fixo ou móvel, tratando-se na primeira hipótese de canteiro de obra e, na segunda, de frente de trabalho.

  • Segundo a NR 1, canteiro de obra é definido como

    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    a) área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra.

    1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se: g) frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    b) menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento.

    1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se: e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento;

    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    c) local de trabalho temporário, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, à demolição ou ao reparo de uma obra.

    1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se:

    f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

    g) frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

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    d) cada unidade da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório.

    1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se:  d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório;

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    e) área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, à demolição ou ao reparo de uma obra.

    1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-se:  f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra; GABARITO

  • LETRA E

     

    CANTEIRO DE OBRA - ÁREA DO TRABALHO FIXA E TEMPORÁRIA

     

    FRENTE DE TRABALHO - ÁREA DE TRABALHO MÓVEL E TEMPORÁRIA

     

     

    #missaoAFT

     

  • Canteiro de obra: área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reforma de uma obra.

    Empregado: a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

    Empregador: a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador as organizações, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitam trabalhadores como empregados.

    Estabelecimento: local privado ou público, edificado ou não, móvel ou imóvel, próprio ou de terceiros, onde a empresa ou a organização exerce suas atividades em caráter temporário ou permanente