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Prova COMPERVE - 2019 - UFRN - Assistente Social


ID
3096103
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

A linguagem empregada no título tende à

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → Temos uma linguagem conotativa (sentido figurado, sentido de conto de fadas);

    → Um silêncio que MATA (temos o uso da figura de linguagem prosopopeia/personificação, foi atribuído uma ação ao substantivo "silêncio"; ficamos curiosos para saber qual é esse "silêncio", a que ele está relacionado).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • QC, contratem "Arthur Carvalho". Adoro seus comentários, cara!

  • show de bola arthur otimas dicas mestre....

  • Um silêncio que MATA só desperta a curiosidade porque estamos fazendo prova.

     


ID
3096106
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

Com base na leitura do texto, depreende-se que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

    → Ou seja, depreende-se da leitura do texto que a inércia (conformismo) é algo que contribui para a manutenção da violência, fazendo que ela se acentue.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Por que a B está errada?

  • A velha mania de ir pela minha opinião deixando de lado o que pedi a questão... pqp!!

  • Também não entendi por que a B está errada.

  • A questão pede interpretação e não compreensão. Por isso, alternativa B errada!

  • Circunscreve = limita-se

    "Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade."

    Existem outros tipos de violência


ID
3096109
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

No segundo parágrafo do texto, entrecruzam-se

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar?

  • É mister que se note a ausência de travessão, aspas e verbos dicendi ou de elocução (p.ex. afirmar, dizer, interrogar, etc.), características intrínsecas ao discurso direto. Ora, se não se percebem tais elementos é o discurso indireto o caracterizador desse texto.

    Outro aspecto a ser submetido ao crivo de uma análise diz respeito às vozes presentes no excerto assestado. Discorrendo de maneira mais simples possível, observe que cinco coisas têm voz no parágrafo em apreço: “pesquisas mostram”, “pesquisa aferiu”, “homens admitem”, “estudo revelou” e “quem presencia”.

    Letra B

  • Banca safada.
  • Todas as vozes são discursos indiretos? Não há nenhuma "modalização de discurso segundo" ou "ilha textual", por exemplo? Julguei aferir como um verbo de elocução ou discendi. Confundi legal.

  • questão mal elaborada.

  •  "Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?"

    Eu fiz assim, avisem-me se tem equívoco:

    1º obviamente, sob Discurso Direto (voz do autor do texto)

    2º Aqui eu acho que temos o tal do Discurso Indireto Livre (quando o autor alterna sem marcação a voz do discurso, nesse caso, está citando a pesquisa);

    3º Outra marcação de DIL;

    4º Aqui temos a forma Discurso Indireto.

    5º Outra forma de Discurso Indireto.

    Qualquer coisa, mandem-me mensagem no PV se errei em alguma coisa.

    OBS: Quando do Discurso Indireto, o autor normalmente cita outra fonte, normalmente marcada pelo uso da conjunção essencial "que":

    Ele falou que não conseguiu acertar a questão.

    No Discurso Indireto Livre, o autor muda de voz sem fazer marcações que alternou (esse, mais difícil de perceber).

  • Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. 1. VOZ DO AUTOR/NARRADOR

    Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). 2. INDIRETO (Indicado pelos colchetes)

    Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. 3. INDIRETO (O verbos declarativos "dizer, afimar, aferir" vêm seguido de oração subordinada substantiva, iniciada pela conjunção "que" ou "se")

    Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. 4. INDIRETO livre (A fala do autor/narrador mistura-se com a do "personagem" no seu próprio discurso sem introduzi-lo por verbos dicendi, nem destaca-los por as aspas ou travessão)

    E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. 5. INDIRETO (O verbos declarativos "dizer, afimar, aferir" vêm seguido de oração subordinada substantiva, iniciada pela conjunção "que" ou "se")

    Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio? 1. VOZ DO AUTOR/NARRADOR

  • Chutei e fiz gol. Queria chutar assim na Prova

  • Não entendi. Alguém pode me explicar onde é que tem cinco vozes no segundo parágrafo? Porque eu só vejo a da narradora

  • É visível que se note a ausência de travessão, aspas e verbos dicendi ou de elocução ( ex: afirmar, dizer, interrogar, etc.), características intrínsecas ao discurso direto. Ora, se não se percebem tais elementos é o discurso indireto o caracterizador desse texto.

    Outro aspecto a ser submetido ao crivo de uma análise diz respeito às vozes presentes no excerto assestado. Discorrendo de maneira mais simples possível, observe que cinco coisas têm voz no parágrafo em apreço: “pesquisas mostram”, “pesquisa aferiu”, “homens admitem”, “estudo revelou” e “quem presencia”.

    Gabarito ´´B´´ de Black Sabbath...srsrsrsrsrsrsrsr

  • “pesquisas mostram”, “pesquisa aferiu”, “homens admitem”, “estudo revelou” e “quem presencia”.

    Ruma à aprovação. RN

  • Inúmeras pesquisas(1) mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015-(2)Outra pesquisa (3) do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo(4) recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?" 

    Eu entendi que existem 4 discursos indiretos e em vermelho seria voz do autor.


ID
3096112
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

No terceiro parágrafo do texto, predomina a sequência

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

    → os dois pontos anunciam um aposto explicativo, explicando acerca dos cinco tipos de violência, logo temos uma predominância explicativa.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • fiquei na dúvida entre a descritiva e a explicativa, entende que ele tava descrevendo os tipos de violência, alguém me ajuda aí.

  • Observem que, após os ":" no terceiro parágrafo, nota-se a presença de explicações sobre os conceitos de violência.

  • No meu ver é dissertativo, e não explicativo ou descritivo.

    .

    .

    O texto descritivo emprega verbos de ligação e/ou adjetivos para descrever algo ou alguém, coisa que o parágrafo não faz. "Laura é uma excelente professora" (descreve a professora) 

    .

    O texto explicativo visa instruir o leitor acerca de um procedimento, condicionando a conduta do leitor. "Coloque o parafuso e aperte bem" (explica um procedimento)

    .

    Já o texto DISSERTATIVO busca "informar e esclarecer o leitor através da exposição rigorosa e clara de um determinado assunto ou tema." (fonte: https://www.normaculta.com.br/tipos-de-texto/)

    .

    Não tem nada a ver com o fato de ser um aposto, visto que aposto também tem várias classificações. Essa questão deveria ter sido anulada. 

  • Para mim também é uma Argumentação.

  • Eu pensei, ué "descritivo" deve descrever sobre alguma coisa

    e deu no que deu

  • Assertiva C

    (-) 99% explicativa

  • Estão confundindo EXPLICAÇÃO com INJUNÇÃO. A questão pede para analisar o terceiro parágrafo de modo isolado e nele é claramente uma explicação. GABARITO: C

  • Muitos foram de descritivo pelo simples fato de analisar todo o texto, mas a questão está pedindo O TERCEIRO PARAGRAFO e sem sobra de duvida predomina a explicativa.

  • Achei que fosse argumentação!

  • Achei que fosse argumentação!

  • Argumentativo tem opiniões, é explicativo porque está definindo os tipos de violências.

     

  • Colocar descritiva e explicativa é uma p@#@# sacanagem.

  • Vcs devem analisar que está pedindo apenas o terceiro parágrafo não todo o texto

  • É possível perceber que no terceiro parágrafo existe uma enumeração explicando os cinco tipos de violência. Logo não existe uma argumentação (defende um ponto de vista), nem uma descrição (observacional, algo estático) e nem narrativo (evolução temporal).

  • Não vejo uma argumentação, a dúvida fica mesmo entre descritiva e a explicativa,porem uma leitura mais atenta dá para perceber que está explicando cada tipo de violência do parágrafo. Fui seco em descritiva. :(

  • O que me ajudou a distinguir uma explicativa de uma descritiva foi tentar ver o objetivo da fala, a qual é fazer que o leitor entenda os tipos de violência através do significado, mas também com exemplos. Por isso, explicativa. Descritiva foca na criação de um cenário.


ID
3096115
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivo, que[1] podem levá-lo ao cometimento de crimes, para sentir prazer no sofrimento dos outros, e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura-se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.


No parágrafo, emprega-se, prioritariamente, uma estratégia baseada em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → Encontramos a relação de causa e efeito na primeira frase do trecho: O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal → O FATO DE (CAUSA) o assédio ser um comportamento criminoso FAZ QUE (EFEITO/CONSEQUÊNCIA) deva ser severamente tratado como tal.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • ESTOU aprendendo muito. Evoluindo. Estou muito feliz!! A certa é a D.

    Arthur tem ajudado pacas!! Deus abençoe

  • Obrigada, Arthur Carvalho. Também estou crescendo dia a dia e seus comentários me ajudam bastante!

  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
3096118
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivo, que[1] podem levá-lo ao cometimento de crimes, para sentir prazer no sofrimento dos outros, e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura-se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.


A linguagem empregada no parágrafo revela um enunciador, predominantemente,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivo, que[1] podem levá-lo ao cometimento de crimes, para sentir prazer no sofrimento dos outros, e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura-se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

    → Eu marquei alguns termos para justificar o gabarito letra "a", o autor fica visivelmente implicado com o tema tratado, usa adjetivos para demonstrar esse valor subjetivo: criminoso, antissociais; também uso advérbios, os dois que marquei são temporais, mostrando a contrariedade do autor.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
3096121
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivo, que[1] podem levá-lo ao cometimento de crimes, para sentir prazer no sofrimento dos outros, e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura-se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.


No contexto em que surge, o elemento linguístico [1] é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → A partir desse momento, criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivo, que[1] podem levá-lo ao cometimento de crimes [...]

    → Temos um pronome relativo, mas qual termo ele retoma? É necessário observar o verbo que segue "podem", ele está no plural, logo o termo que é retomado está no plural, assim temos a nossa resposta "condutas antissociais", o pronome pode ser substituído por "as quais".

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • quem respondeu B deixa um like !!!!!

  • Gab - B

    Sintetizando a parte principal: (...) criam-se no indivíduo condutas antissociais, (...) , que podem levá-lo ao cometimento de crimes (...)

  • "Que" é um pronome relativo (e não uma conjunçâo), que introduz uma oração adjetiva (restritiva) e retoma o termo "condutas antissociais".

  • um desajuste afetivo= aposto explicativo

    Que= pronome relativo que retomo “condutas antissociais".

  • Notem a concordância do verbo "poder":

    A partir desse momento, criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivo, que[1] podem levá-lo ao cometimento de crimes...

  • Algumas dicas que podem salvar nesta questão;

    Em análise sintática o primeiro passo é a identificação do sujeito....

    O que

    podem levá-lo ao cometimento de crimes?

    Seja bem sagaz na resposta e perceba que o verbo está no plural, logo não pode ser um desajuste efetivo, pois está no singular.

    Jogo rápido para ver se é conjunção:

    Troca por isso.. tá vendo que não dá certo?..

    Não é uma conjunção , mas perceba que as orações adjetivas são introduzidas por pronomes relativos...vc troca pelo qual ou quais..

    Sucesso, bons estudos, não desista!

  • Se o que puder ser substituído por o(s) qual(is)/a(s) qual(is), ja se sabe que é um pronome relativo. Se fosse uma conjunção integrante estaria introduzindo uma oração subordinada substantiva >> CSI - OSS.

  • O verbo ao plural dá a indicação de o q está sendo retomado pelo pronome relativo

  • Temos uma "oração subordinada adjetiva explicativa"

  • Isso é o que dá quando não se analisa todo o cotexto e fica restrito a apenas o que é pedido no enunciado.

    Fui seco na letra B.

  • Análise do "que"

    Se for pronome relativo, pode ser substituído por o qual, a qual e suas variações. A substituição é possível, logo, trata-se de pronome relativo. Deste modo, eliminam-se as alternativas C e D. Como o verbo após o "que" está na terceira pessoa do plural, pode-se concluir que o pronome retoma o termo "condutas antissociais".

  • criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivoque[1] podem levá-lo 

  • ...criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivo, que[1] podem levá-lo ao...

    QUEM "PODEM LEVÁ-LO???" "as CONDUTAS ANTISSOCIAIS" (= "condutas antissociais podem levá-lo..."). Nesse caso, o verbo (podem) está no plural para concordar com o sujeito (condutas antissociais).

    ...condutas antissociais, que podem levá-lo ao... (= ...condutas antissociais, AS QUAIS podem levá-lo ao...), logo, "que" é PRONOME RELATIVO e retoma "condutas antissociais".

    "QUE" pronome relativo equivale a O(A) (S) QUAL (IS) Ex.: O livro que eu li é ruim. (que = O QUAL)

    "QUE" conjunção integrante equivale a ISSO / ESSE (A) Ex.: Estou certo de que você passará nas provas. (= Estou certo DISSO)

    .

    A um pronome e retoma “um desajuste afetivo”.

    "que" é PRONOME RELATIVO e retoma "condutas antissociais".

    B um pronome e retoma “condutas antissociais”.

    "que" é PRONOME RELATIVO e retoma "condutas antissociais".

    C uma conjunção e introduz uma oração substantiva.

    "que" é PRONOME RELATIVO e retoma "condutas antissociais".

    D uma conjunção e introduz uma oração adjetiva.

    "que" é PRONOME RELATIVO e retoma "condutas antissociais".

    Gabarito: Letra B

  • MAXO, QUESTÃO NADA A VER.

  • "...um desajuste afetivo..." É uma expressão interferente(observação, ressalva do autor) não tem relação alguma com qualquer termo.

  • Contração

  • tudo que estar entre virgulas pode tirar sem problemas que vai continuar com sentido,vendo por esse lado a gente nota que ele retoma ao termo anterior a vírgula !

  • A partir desse momento, criam-se no indivíduo condutas antissociais, um desajuste afetivo, que[1] podem levá-lo ao(...)

    O verbo denuncia o sujeito! O que podem levar? as condutas antissociais.

    Abstratamente, você também poderia pensar condutas são eventos materiais que podem ter consequências reais.


ID
3096124
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá[1] mais ser aceito e precisa[2] urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização .


Sem alteração do sentido e com respeito à norma-padrão, o excerto está corretamente reescrito em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá[1] mais ser aceito e precisa[2] urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. → O principal ponto é o uso da conjunção coordenativa adversativa, procuramos uma frase que a tenha substituído corretamente por outra do mesmo valor e o restante da frase esteja correto:

    A) As mulheres têm sim exercido sua voz, visto que mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social, que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente, ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. → aqui temos uma conjunção subordinativa causal, não é o que queremos.

    B) As mulheres têm sim exercido sua voz, pois mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social, que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. → aqui temos uma conjunção subordinativa causal, não é o que queremos, equivale a "já que", "visto que".

    C) As mulheres têm, sim, exercido sua voz; porém, mergulham por vezes em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa, urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. → conjunção coordenativa adversativa, a vírgula separou erroneamente a locução verbal, o correto seria ou deslocar o advérbio "urgentemente" ou eliminar a vírgula, pois temos um advérbio de curta extensão e o uso da vírgula é facultativo.

    D) As mulheres têm, sim, exercido sua voz; no entanto, mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa, urgentemente, ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. → correto, conjunção coordenativa adversativa "no entanto" e logo após vírgulas facultativas em advérbios de curta extensão.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • A) As mulheres têm sim exercido sua voz, visto que mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social, que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente, ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. (a vírgula altera o sentido da oração, que deixa de ser restritiva e passa a ser explicativa)

    B) As mulheres têm sim exercido sua voz, pois mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social, que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. (a vírgula altera o sentido da oração, que deixa de ser restritiva e passa a ser explicativa)

    C) As mulheres têm, sim, exercido sua voz; porém, mergulham por vezes em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa, urgentemente, ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. (faltou a vírgula)

    D) As mulheres têm, sim, exercido sua voz; no entanto, mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa, urgentemente, ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. GABARITO

  • A As mulheres têm sim exercido sua voz, visto que mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social, que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente, ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. (ideia de causa)

    B As mulheres têm sim exercido sua voz, pois mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social, que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. (ideia de causa)

    C As mulheres têm, sim, exercido sua voz; porém, mergulham por vezes em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa, urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. (CONJUNÇÃO CONCESSIVA: PORÉM (CORRETO) ----------- OU: precisa, urgentemente, ser resolvido / OU: precisa urgentemente ser resolvido.

    DAs mulheres têm, sim, exercido sua voz; no entanto, mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa, urgentemente, ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização.

  • A dica é de incio perceber a conjunção adversativa que vai manter o sentido da frase original!Com isso ficamos entre C e D!

  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -É praticando que se aprende e a prática leva á aprovação.


ID
3096127
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Um silêncio que MATA

                                                                               Cláudia Maria França Pádua


      A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

      Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

      Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

      O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

      É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

      Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

      No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

      A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado].

As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá[1] mais ser aceito e precisa[2] urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização .


As formas verbais [1] e [2]

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá[1] mais ser aceito e precisa[2] urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização .

    → temos o pronome relativo "que", o qual pode ser substituído por "o qual", retoma o termo "conformismo de cultura social"; ele exerce função de sujeito de ambos verbos em destaque, o quê não deverá ser mais aceita e precisa ser resolvido? Um conformismo de cultura social → que.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Sabendo que sujeito não é preposicionado é suficiente para "matar" a questão.

  • Gab - B

    O pronome relativo QUE refere-se a todo o termo "conformismo de cultura social", que é o sujeito.

    (...) conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e que precisa ser resolvido (...)

    O trecho em específico poderia ser reescrito desta forma: (...) o conformismo de cultura social não deverá ser mais aceito e precisa ser resolvido (...)

  • Assertiva B

     em um conformismo de cultura social que não deverá[1] mais ser aceito e precisa[2]

    que "Exerce o papel do próprio Sujeito "

  • As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá[1] mais ser aceito e precisa[2] urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização .

    Em ambos os verbos o pronome relativo "que" retoma CONFORMISMO DE CULTURA SOCIAL, exercendo a função de SUJEITO.

    Basta substituir o "que" por "ISSO":

    ISSO não deverá mais ser aceito.

    ISSO precisa urgentemente ser resolvido.

  • sujeito ñ pode ser preposicionado

  • Gabarito: B

  • O sujeito de ambas as orações é o "que', visto que ele retoma o sujeito real "conformismo de cultura social". Cultura social não pode ser sujeito visto que é precedido por preposição.

  • "SE VIU PREPOSIÇÃO, SUJEITO É NÃO!!"

  • "DE cultura social ..."

    Sujeito não pode ser preposicionado.

  • Não existe na lingua portuguesa sujeito preposicionado.

  • QUE se refere ao SUJEITO CONFORMISMO, portanto gabarito letra B.

  • Este de cultura social É UM COMPLEMENTO NOMINAL?

  • que retoma o sujeito conformismo. Letra B

  • "TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE"

    #PMMG

    B

    O sujeito não é preposicionado;

    Em ambos os verbos, o pronome relativo "que" retoma CONFORMISMO DE CULTURA SOCIAL, exercendo a função de SUJEITO.

    substituir o "que" por "ISSO":

    ISSO não deverá mais ser aceito.

    ISSO precisa urgentemente ser resolvido.

    (...) o conformismo de cultura social não deverá ser mais aceito e precisa ser resolvido (...)


ID
3096130
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/90) estabelece expressamente as formas de provimento de cargo público. Dentre elas, estão:

Alternativas
Comentários
  • Provimento:

    Nomeação

    Promoção

    Readaptação

    Reintegração

    Reversão

    Vacância

    Exoneração

    Demissão

    Falecimento

    Promoção

    Aposentadoria

    Readaptação

    POC (Posse em cargo não acumulável)

  • Gabarito letra 'C'.

    O provimento em cargo público é um ato administrativo para preenchimento de cargo público. É feito por meio de nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração ou recondução ().

    Reintegração: Art. 28.  A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    Reversão: Art. 25.  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado.

    Nomeação: Forma de investidura em cargo público, que se oficializa com a publicação do correspondente decreto ou portaria e se completa com a posse e o exercício.

  • C

  • Gabarito letra C para os não assinantes.

    Bizu para lembrar: 4 REis APROVEITAram NOssa PROMOÇÃO.

    Art. 8  São formas de provimento de cargo público:(TIREI DA ORDEM PARA MONTAR O BIZU)

    readaptação;

    reversão;

    reintegração;

    recondução.

    aproveitamento;

    nomeação;

    promoção;

    *OBS:

    -Somente a nomeação é originária, todas as demais são derivadas.

    Vacância - FRADE PP

    Falecimento

    Readaptação

    Aposentadoria

    Demissão

    Exoneração

    Promossão

    Posse em outro cargo

  • GABARITO (C)

    Complementando os colegas, os provimentos podem ser originárias ou derivadas.

    -> A nomeação é a única forma de provimento originário, pois é a única hipótese que aceita não ter havido vínculo entre o nomeado e a administração.

    -> O derivado (demais tipos de provimento já citados pelos colegas, exceto a nomeação que é originário) só é possível pois já existe um vínculo entre a Administração e o agente.

    Ademais, existe o provimento híbrido, que consiste em forma de provimento e vacância simultâneos, são eles:

    -> Promoção;

    -> Readaptação;

    -> Vacância pra posse em cargo inacumulável.

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21

  • GABARITO: LETRA C

    São formas de provimento de acordo com a Lei 8.112:

    Nomeação,

    Promoção

    Aproveitamento

    Readaptação

    Reversão

    Reintegração

    Recondução

    Nomeação: Cargo Efetivo: pressupõe a aprovação em concurso público de provas ou de provas e Títulos – sabemos que a aprovação em concurso NÃO ENSEJA O DIREITO ADQUIRIDO À NOMEAÇÃO.

    Promoção: é a elevação de um Servidor de uma classe para outra dentro de uma mesma carreira. Com isso, houve a vacância de um cargo inferior e conseqüentemente o provimento do cargo superior.

    Aproveitamento: é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor que se encontrava em disponibilidade e foi aproveitado – deve realizar-se em cargo semelhante àquele anteriormente ocupado. A Administração deve realizar o aproveitamento de forma prioritária, antes mesmo de realizar concurso para aquele cargo.

    Readaptação: é a passagem do Servidor para outro cargo compatível com a deficiência física que ele venha a apresentar.

    Reversão: é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor aposentado por invalidez quando insubsistentes os motivos da aposentadoria – pode acontecer para o mesmo cargo se ele ainda estiver vago ou para um outro semelhante. Se não houver cargo vago, o Servidor que reverter ficará como EXCEDENTE.

    Reintegração: é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor que fora demitido, quando a demissão for anulada administrativamente ou judicialmente, voltando para o mesmo cargo que ocupava anteriormente. Dá-se com o ressarcimento de todas as vantagens que o servidor deixou de receber durante o período em que esteve afastado.

    Recondução: é o retorno ao cargo anteriormente ocupado, do servidor que não logrou êxito no estágio probatório de outro cargo para o qual foi nomeado decorrente de outro conc urso.

    Erros

    A - Demissão (Vacância)

    B- Falecimento (Vacância)

    C - Todas corretas

    D - Aposentadoria (Vacância)

    VACÂNCIA ( Cargo sem ocupante, vago).

  • 4R ANP - Reintegração, recondução, readaptação, reversão,aproveitamento, nomeação e promoção.

  • GABARITO:C

     

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
     

     

    Do Provimento

     

      Art. 8o  São formas de provimento de cargo público:

       

         I - nomeação; [GABARITO]

     

            II - promoção;

     

            III -            (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

     

            IV -                 (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

     

            V - readaptação;

     

            VI - reversão; [GABARITO]

     

            VII - aproveitamento;

     

            VIII - reintegração; [GABARITO]

     

            IX - recondução.

  • Quem conhece a musiquinha...

    Nomeação, promoção, readaptação, reintegração e reversão, aproveitamento e recondução... são... provimentos... para cargo público.

    .

    Exonerou, faleceu, demitiu, promoveu, aposentou, readaptou, POC são vacâncias.

  • GABARITO: LETRA C

    Art. 8  São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • Vejam essa música do alfacon das formas de PROVIMENTO e nunca mais esqueça essa BUDEGA. haha

    https://www.youtube.com/watch?v=tUKifqtpHhg

  • PANR4 - promoção, aproveitamento, nomeação, readaptação, reversão, reintegração, recondução

  • PROMOÇÃO

    APROVEITAMENTO

    NOMEAÇÃO

    4

    READAPTAÇÃO

    REVERSÃO

    Reintegração

    Recondução

  • Art. 8  São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    III - ascensão;           

    IV - transferência;  Revogada                            

    V - readaptação; Revogada

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

  • CUIDADO mariene machado

    PROMOÇÃO

    APROVEITAMENTO

    NOMEAÇÃO

    READAPTAÇÃO

    REVERSÃO

    Reintegração

    Recondução

    CUIDADODO mariene machado

  • A questão exige conhecimento sobre agentes públicos e pede ao candidato que assinale a alternativa que demonstram algumas formas de provimento de cargo público.

    Antes de adentrar ao tema, vale dizer que "agentes públicos" é o termo mais genérico para fazer alusão àqueles que desempenham função pública, ainda que sem remuneração e/ou caráter temporário.

    Vejamos as alternativas:

    a) nomeação, recondução e demissão.

    Errado. Em que pese a nomeação e a recondução serem formas de provimento de cargo público, demissão não é.

    b) recondução, readaptação e falecimento.

    Errado. Em que pese a recondução e a readaptação serem formas de provimento de cargo público, falecimento não é.

    c) reintegração, reversão e nomeação.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. Reintegração, readaptação e nomeação são formas de provimento de cargo público, conforme art. 8º da Lei 8.112/92:

    Art. 8  São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    d) reversão, aposentadoria e reintegração.

    Errado. Reversão e reintegração são formas de provimento de cargo público. Porém, aposentadoria não é.

    Gabarito: C

  • GAB: C

    provimento ---> pan 4R

    promoção**

    aproveitamento

    nomeação

           Readaptação**

           Reversão

           Reintegração

           Recondução

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Vacância ----> PADRE PF

    Promoção**

    Aposentadoria

    Demissão

    Readaptação**

    Exoneração

    Posse em outro cargo inacumulável

    Falecimento


ID
3096136
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com as disposições do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/90), constituem indenizações ao servidor:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra 'A'.

    De acordo com a Lei 8.112 :

    Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia.     

  • A

  •     Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor: DATA

           I - Ajuda de custo;

           II - Diárias;

           III - Transporte.

           IV - Auxílio-moradia.        

    Art. 49.  Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: GAI

           I - Indenizações;

           II - Gratificações;

           III - Adicionais.

    Indenizações é DATA.

    Vantagens é GAI.

  • Gabarito : A

    Lei 8.112 :

    Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia

  • Vantagens:

    Indenizações:

    -diária

    -ajuda de custo

    -transporte

    -auxilio moradia

    Gratificações:

    -curso ou concurso

    -assessoramento,chefia e direção

    -natalina

    Adicionais:

    -férias

    -insalubridade,periculosidade,penosidade

    -noturno

    -serviço extraordinário.

    gab:A

  • Aos iniciantes, um breve resumo para se localizarem neste tópico:

    1º A lei definiu o que é vencimento:

    Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

    2º Foi definido que remuneração é vencimento + vantagens pecuniárias permanentes:

    Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    3º As vantagens, por sua vez, se dividem em 3 grupos (Indenizações, Gratificações e Adicionais):

    -> Indenizações: Ajuda de custo, Diárias, Indenização de transporte, Auxílio-Moradia. Art. 49 § 1  As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

    -> Gratificações e Adicionais: Função de confiança; Gratificação natalina; Adicional de insalubridade; Adicional de serviço extraordinário; Adicional noturno; Adicional Férias; Gratificação por encargo de curso ou concurso.

    § 2  As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21

  • GABARITO: A

    Capítulo II

    Das Vantagens

     Art. 49.  Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

    I - indenizações;

    II - gratificações;

    III - adicionais.

    Mnemônico: GAI

  • Vantagens:

    Indenizações: DATA

    -diária

    -ajuda de custo

    -transporte

    -auxilio moradia

    Gratificações: GAI

    -curso ou concurso

    -assessoramento,chefia e direção

    -natalina

    Adicionais: FINS

    -férias

    -insalubridade,periculosidade,penosidade

    -noturno

    -serviço extraordinário.

  • GABARITO:A

     

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

     

    Das Indenizações

           

    Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor:

           
            I - ajuda de custo; [GABARITO]

     

            II - diárias; [GABARITO]

     

            III - transporte. [GABARITO] 

     

            IV - auxílio-moradia.   [GABARITO]             (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

     

  • GABARITO: LETRA A

    Seção I

    Das Indenizações

    Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia.  

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.

  • A questão exige o conhecimento da Lei 8112/90, em especial no que se refere à remuneração do servidor.

    Lembrando que todos os artigos mencionados serão da Lei 81129/90, passamos a um breve resumo:

    Remuneração do servidor é composta pelo vencimento (art. 40) mais as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei (art. 41).

    As vantagens, por sua vez, são compostas de Indenizações, Gratificações e Adicionais (art. 49 – Mnemônico: “GAI”).

    Aqui entra o que pede a questão: quais são essas indenizações? A resposta está no art. 51, que nos diz: “Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor: I - Ajuda de custo; II - Diárias; III - Transporte. IV - Auxílio-moradia”. DICA: Mnemônico: “DATA”.

    Voltando às alternativas.

    Letra A: correta. É o que dispõe o art. 51 da Lei 8112/90, mencionado acima, sendo o gabarito.

    Letra B: incorreta. As "diárias", "auxílio-moradia" e "transporte" são indenizações (art. 51), porém a gratificação é uma modalidade autônoma de vantagem (art. 49). Lembrando que a gratificação se incorpora ao vencimento ou provento, no casos e condições indicados em lei (art. 49, §2º)

    Letra C: incorreta. “Transporte”, “ajuda de custo” e “auxílio moradia” são indenizações (art. 51), porém os “adicionais” são uma modalidade autônoma de vantagem (art. 49). Lembrando que os adicionais se incorporam ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei (art. 49, §2º).

    Letra D: incorreta. Diária e ajuda de custo são indenizações (art. 51), porém gratificações e adicionais são modalidades autônomas de vantagem (art. 49), que se incorporam ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei (art. 49, §2º).

    Gabarito: Letra A. 

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8.112/90.

    O conhecimento exigido diz respeito às indenizações. Elas visam ressarcir gastos efetuados pelo servidor em razão do regular exercício de suas funções.

    Firmado esse entendimento, nos termos do enunciado, o candidato deverá assinalar a alternativa que constituem indenizações ao servidor.

    Nesse sentido, cumpre acionar o teor do art. 51 e incisos, abaixo transcrito:

     “Art. 51 Constituem indenizações ao servidor:

    I - Ajuda de custo;

    II - DIárias;

    III - Transporte.

    IV - Auxílio-moradia”.              

    DICA: use o mnemônico A DI T A (cuja).

    Nestes termos, está claro que a opção correta encontra-se na letra A.

    A alternativa “B” está incorreta, “gratificações”, nos termos do art. 49, consubstancia uma das vantagens devidas ao servidor. Entretanto, sua natureza é remuneratória, não indenizatória.

    Alternativa “C”: incorreta, “adicionais”, nos termos do art. 49, consubstancia uma das vantagens devidas ao servidor. Entretanto, sua natureza é remuneratória, não indenizatória.

    A alternativa “D” está incorreta, pelas razões esposadas nos comentários anteriores.

    GABARITO: A.

  • INDENIZAÇÃO = DATA

    DIÁRIA

    AJUDA DE CUSTO

    TRANSPORTE

    AUXÍLIO-MARADIA


ID
3096142
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando as normas previstas no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/90), analise as afirmativas abaixo.


I Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por jornada.

II O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de vinte por cento, computando-se cada hora como cinquenta minutos e trinta segundos.

III As férias poderão ser parceladas em até quatro etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

IV O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.


Das afirmativas, estão corretas

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro da II?

  • Erro da alternativa II: 50 minutos.

    "Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

    § 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

  • GABARITO LETRA 'C'.

    I Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por jornada. CERTO.

    Lei 8.112. Art. 74.  Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

    II O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de vinte por cento, computando-se cada hora como cinquenta minutos e trinta segundos. ERRADO

    Lei 8.112. Art. 75.  O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.

    III As férias poderão ser parceladas em até quatro etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública. ERRADO

    Lei 8.112. Art. 77. [...] § 3  As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

    IV O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. CERTO

    Lei 8.112. Art. 77.  O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

  • C

  • GABA c)

    II - Art. 75.  O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.

  • Gabarito : C

    II- O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de vinte por cento, computando-se cada hora como cinquenta/ cinquenta e dois minutos e trinta segundos.

    III- As férias poderão ser parceladas em até quatro/ três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

  • Que caras escrotos!

  • Gabarito letra C para os não assinantes.

    Helen a II está errada, pois erra na % de valor acrescido e também nos minutos, conforme correção abaixo.

    II O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de vinte por cento, computando-se cada hora como cinquenta minutos e trinta segundos.

    Lei. 8112

    Do Adicional Noturno

    Art. 75.  O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.

  • GABA LETRA C,

    Vejamos, os casos da Lei 8.112 - 90 são os mesmos que ocorrem no direito do trabalho.

    Pois a jornada de hora-extra é limitada a 2 horas, não podendo exceder tal limite;

    A hora notura é aquela entre as 22 horas e cinco da manhã seguinte e conta como cinquenta e dois minutos e trinta segundos, já que está é reduzida, mas o percentual dessa hora noturna não é 20%, mas sim, 25%!

  • Quem estuda Direito do Trabalho vai perceber que o servidor público regido pela Lei 8.112 tem o melhor dos dois mundos no que se refere ao trabalho noturno, se comparar com a regra trabalhista: tem a mesma HORA FICTA do trabalhador URBANO (52m e 30s), recebendo o mesmo ADICIONAL do trabalhador RURAL (25%)...rs

  • GABARITO:C

     

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

     

    Do Adicional por Serviço Extraordinário

     

            Art. 73.  O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

     

            Art. 74.  Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. [GABARITO]
     


     

    Das Férias

     

            Art. 77.  O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.  [GABARITO]             (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)                 (Vide Lei nº 9.525, de 1997)

     

            § 1o  Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

     

            § 2o  É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

     

            § 3o  As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.


     

  • GAB. LETRA C

    I - Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por jornada. CERTO.

    II - O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de vinte por cento, computando-se cada hora como cinquenta minutos e trinta segundosERRADO

    Lei 8.112. Art. 75.  O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.

    III - As férias poderão ser parceladas em até quatro etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública. ERRADO

    Lei 8.112. Art. 77. § 3  As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

    IV - O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. CERTO

  • Bizu das férias

    PARC3LADA - 3

    ACUMULADA2 - 2

  • A questão indicada está relacionada com a Lei nº 8.112 de 1990.

    - Itens:

    I – CORRETA. Com base no artigo 74, da Lei nº 8.112 de 1990, apenas será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

    II – INCORRETA. De acordo com o artigo 75, da Lei nº 8.112 de 1990, o serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25%, computando-se cada hora como cinquenta minutos e trinta segundos.

    No item II foi indicado cinquenta e dois minutos e trinta segundos, logo, a alternativa está incorreta.

    III – INCORRETA. Com base no artigo 77, § 3º, da Lei nº 8.112 de 1990, as férias poderão ser parceladas em até três etapas, contanto que assim requeridas pelo servidor e no interesse da administração pública.

    No item III foi indicada que as férias poderão ser parceladas em até quatro etapas, logo, o item III está incorreto.

    IV – CORRETA. De acordo com o artigo 77, da Lei nº 8.112 de 1990, o servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até no máximo dois períodos em caso de necessidade do serviço, salvo hipóteses em que exista legislação específica.

     

    Assim, a única alternativa CORRETA é a letra C), pois apenas os itens I) e IV) estão corretos.

     

    Gabarito do Professor: C) 


ID
3096145
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nos termos das disposições expressas na Lei nº 8.112/90, o “processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido”. No que concerne ao processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário, a citada lei estabelece que o prazo para a conclusão NÃO excederá 

Alternativas
Comentários
  • PAD sumário – 30 + 15 dias 

    Sindicância – 30 + 30 dias 

    PAD – 60 + 60 dias 

  • bom saber!

  • GABARITO: D

    Art. 133. § 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem

  • D

  • Gabarito : D

    Sumário : 30 prorrogável + 15

    Sindicância : 30 prorrogável + 30

    PAD : 60 prorrogável + 60

  • Gabarito (D)

    Art. 133. § 7º - O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. 

    Tipos de processos administrativos existentes na 8.112:

    PAD Sumário

    Sindicância

    PAD (normal)

    Principais finalidades, em resumo, desses processos:

    . PAD sumário: Apurar casos de acúmulo ilegal de cargos; inassiduidade habitual e abandono de cargo;

    . Sindicância: Casos que aplicar-se-á advertência ou suspensão de até 30 dias;

    . PAD normal: Suspensão superior a 30 dias; destituição de cargo em comissão; cassação de aposentadoria; cassação de disponibilidade e demissão

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21

  • Gente cuidado o PAD pode ser de ate 140 dias, e nao 120(60 + 60) como está nos comentarios mais curtidos.

    PAD = 60 + 60 + 20(julgamento) = 140 dias.

  • GABARITO:D

     

    LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990


    Das Penalidades

     

           Art. 133.  Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:           (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
     

     

      § 5o  A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.            (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

     

            § 6o  Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.             (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

     

            § 7o  O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.   [GABARITO]             (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

     

            § 8o  O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.            (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

            

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 133. § 7   O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.

    FONTE: CF 1988

  • Gabarito: Letra D!

    PAD: 60 + 60 dias

    PAD sumário: 30 + 15 dias 

    Sindicância: 30 + 30 dias 

  • Art. 133.  Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:                 

    § 7  O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.                 

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8.112/90, que disciplina o estatuto dos servidores públicos civis.

    É exigido conhecimento sobre o processo administrativo disciplinar (PAD).

    Na linha do exposto, o mestre José dos Santos Carvalho Filho (2015, p. 1022) ensina que processo administrativo disciplinar "é o instrumento formal através do qual a Administração apura a existência de infrações praticadas por seus servidores e, se for o caso, aplica as sanções adequadas”.

    Por seu turno, segundo Alexandrino e Paulo (2017), "o PAD é o meio legal utilizado pela administração para a aplicação de penalidades por infrações graves cometidas por seus servidores. A instauração de PAD será sempre necessária para a aplicação das penalidades de suspensão por mais de trinta dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão (art.146)".

    Com apoio nestes preceitos doutrinários, a escorreita resolução da presente questão demanda o acionamento do §7º do art. 133, que assim estabelece:

    “§7º O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem”.

    Diante do dispositivo legal sobredito, bem como em cotejo com as alternativas oferecidas pela Banca, conclui-se que a única opção contemplada na lei é aquela indicada na letra "D”. Todas as demais alternativas simplesmente não contam com amparo legal, o que as torna incorretas.

    Sobre o tema, confira-se o teor da súmula 611 do Superior Tribunal de Justiça:

    “Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de auto-tutela imposto à Administração”.

    GABARITO: D.

    Referências:

    ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 25 ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Atual, 2017.

    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28 ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 1022.

  • PAD:

    sumário: 30 + 15

    comum: 60 + 60

    SINDICÂNCIA: 30+30


ID
3096151
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando as normas da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, a qual regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, analise as afirmativas abaixo.


I Entidade é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.

II O administrado tem o direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, sendo vedada a obtenção de cópias de documentos neles contidos.

III Um dos critérios observados nos processos administrativos é o da atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

IV Finalidade, interesse público, eficiência e segurança jurídica são alguns dos princípios a serem obedecidos pela Administração Pública nos processos administrativos.


Das afirmativas, estão corretas

Alternativas
Comentários
  • I:órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;

    II: tem direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

    III e IV: perfeitas. Art 2 da lei.

    GAB: B

  • Lei 9.784/99

    I)

    Art. 1 Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

    § 1 Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

    § 2 Para os fins desta Lei, consideram-se:

    I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;

    II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

    III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

    II)

    Art. 3 O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

    II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

    III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

  • Continuando....

    III e IV) Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

    Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:

    I - atuação conforme a lei e o Direito;

    II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;

    III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;

    IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

    V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;

    VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

    VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

    VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

    IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;

    X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;

    XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

    XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;

    XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

  • GABA b)

    I Entidade é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta (órgãos) e da estrutura da Administração indireta.

    II O administrado tem o direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, sendo vedada a obtenção de cópias de documentos neles contidos.

  • Gabarito : B

    I- Art. 1 Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

    § 1 Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

    § 2 Para os fins desta Lei, consideram-se:

    I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;

    II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

    III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão

    II- Art. 3  O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

  • Eu utilizo o seguinte mnemônico para gravar os princípios explícitos "Sera Facil Pro MoMo":

    Sgurança Jurídica

    Eficiência

    RAazoabilidade

    Finalidade

    Ampla Defesa

    Contraditório

    Interesse Público

    Legalidade

    PROporcionalidade

    MOtivação

    MOralidade.

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

  • ERRADA I Entidade é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.

    Art. 1º Inciso II - Entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

    ERRADA II O administrado tem o direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, sendo vedada a obtenção de cópias de documentos neles contidos.

    Art. 3º Inciso II Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

  • GABARITO:B

     

    LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999

     

    DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

     

    Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. [GABARITO]

     

    Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:

     

    I - atuação conforme a lei e o Direito;

     

    II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;

     

    III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;

     

    IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; [GABARITO]

     

    V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;

     

    VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

     

    VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

     

    VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

     

    IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;

     

    X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;

     

    XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

     

    XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;

     

    XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

  • Gabarito: B

    Entidade possui personalidade jurídica.

  • PARA QUEM FICOU EM DÚVIDA SOBRE A ALTERNATIVA A - VEJA ESSES CONCEITOS;

    Órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; 

    Entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 

  • A questão exige o conhecimento da Lei 9784/99. Passamos à análise individual das assertivas.

    Assertiva I: incorreta. Para os fins da lei 9784/99, entidade “é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica” (art. 1º, §2º, II). A assertiva trouxe a definição de órgão: "a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta” (art. 1º, §2º, I). Ainda, os órgãos da administração pública direta não possuem personalidade jurídica própria.

    Assertiva II: incorreta. A obtenção de cópias de documentos contidos nos processos administrativos é um direito do administrado, estando previsto expressamente no art. 3º, II, da Lei 9784/99, que diz: ”Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: (...) II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas”.

    Assertiva III: correta. De fato, a atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé é um dos critérios a ser observado nos processos administrativos, como consta no art. 2º, parágrafo único, IV, da Lei 9784/99: “Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: (...) IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”.

    Assertiva IV: correta. Exatamente o que nos diz o caput do art. 2º da Lei 9784/99: "Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência". Lembrando que são princípios explícitos, o que não impede a aplicação de outros (inclusive implícitos).

    Logo, corretas as assertivas III e IV.

    Gabarito: Letra B.


ID
3096154
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A lei que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal (Lei nº 9.784/99) estabelece os deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo. Nos termos das normas expressas na referida lei, o administrado deve

Alternativas
Comentários
  • Lei 9.784/99

    DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

    Art. 4 São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

  • A)Art. 4 IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. (GABARITO)

    B) Art. 3 IV- fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

    C)Art. 3 III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    D) Art 4 II-proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; ( prescindir: dispensar.)

  • Gabarito: A

    Lei nº 9.784

    Art. 4 São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

  • Gabarito "A"

     

    Lei 9.784/99

     

     

    DOS DEVERES DO ADMINISTRADO ( EX PROCEDER COM LEALDADE NAO PRESTA)

     

     

    Art. 4 São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - EXpor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

     

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  • GABARITO:A

     

    LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999

     

    DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

     

    Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

     

    I - expor os fatos conforme a verdade; [GABARITO]

     

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

     

    III - não agir de modo temerário;

     

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. [GABARITO]

  • Quanto à alternativa D, "formular alegações e apresentar documentos antes da decisão bem como ter vista dos autos" são direitos do interessado. São faculdades, portanto, e não deveres.

  • GABARITO: LETRA A

    DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

    Art. 3 O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

    II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

    III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

    DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

    Art. 4 São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    FONTE:  LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999.  

  • GABARITO: LETRA A

    DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

    Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.

  • Gabarito: A

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

  • Lei n° 9.784/99

    Deveres dos Administrados

    > Expor os fatos conforme a verdade

    > Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé

    > Não agir de modo temerário

    > Prestar as informações que lhe forem solicitadas e

    > Colaborar para o esclarecimento dos fatos

  • A questão requer conhecimento da Lei 9784/99, também denominada Lei do Processo Administrativo, em especial sobre os deveres do administrado perante a Administração Pública.

    Tais deveres estão elencados em capítulo próprio (Capítulo III) da Lei do Processo Administrativo, no seu artigo 4º, que dispõe:

    Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: I - expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - não agir de modo temerário; IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos”.

    Lembrando que não podemos confundir “deveres” com “direitos” (do administrado), passamos às alternativas:

    Letra A: correta. Trata-se de um dever do administrado, estando previsto no art. 4º, IV, da Lei 9784/99: “Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: (...) IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos”.

    Letra B: incorreta. Trata-se de um direito do administrado (e não um dever), estando previsto no art. 3º, IV, da Lei 9784/99: "Art. 3 O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: (...)IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei". Em outras palavras, a constituição obrigatória de advogado só se dará com expressa previsão legal. Não havendo previsão legal, ao administrado é facultado constituir advogado.

    Letra C: incorreta. Trata-se de um direito do administrado (e não um dever), estando previsto no art. 3º, III, da Lei 9784/99: Art. 3 O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: (...) III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente.

    Letra D: incorreta. Primeiramente, deve-se saber o que o termo “prescindível” significa dispensável (ou desnecessário). Pode parecer bobeira, mas o termo é recorrente em diversas questões de concurso, sempre no intuito de confundir o candidato. Voltando à alternativa, “proceder com lealdade” é um dever do administrado, porém a urbanidade e a boa-fé também são necessárias (são imprescindíveis – ou não prescindíveis). O referido dever do administrado está previsto no art. 4º, II, da Lei 9784/99: “Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: (...) II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé”.

    Gabarito: Letra A.


ID
3096157
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Tendo como base as disposições expressas na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, a qual regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, analise as afirmativas abaixo.


I Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

II Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

III Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.

IV O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de dez dias, o encaminhará à autoridade superior.


Das afirmativas, estão corretas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → Conforme LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999:

    I Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. → correto: Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

    II Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. → incorreto: Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

    III Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado. → correto:  Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.

    IV O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de dez dias, o encaminhará à autoridade superior. → o correto, conforme art. 56: § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Prazos e prazos... Bora lá!

    Regra geral - 5 dias (+ 5 dias)- Art. 23

    Intimação para comparecimento - Antecedência mínima de 3 dias úteis - Art. 26, §2º

    Oitiva de órgão consultivo - Máximo de 15 dias - Art. 42

    Manifestação do interessado ao final da instrução -10 dias - Art. 44

    Decisão pela autoridade competente -30 dias (+ 30 dias) - Art. 49

    Interposição de recurso administrativo - 10 dias - Art. 59, caput

    Prazo para decisão do recurso - 30 dias

    Prazo para autoridade que decidiu reconsiderar - 5 dias - art. 56, §1º

    LÓGICA: sempre vai aumentando a metade.

    sem prazo: 5

    para parte: 10

    para órgão consultivo: 15

    para autoridade competente: 30

    Bjos, me liga.

  • Principais diferenças dos recursos da lei 9.784 e da lei 8.112

    Recurso é dirigido à autoridade que proferiu a decisão;

    Recurso é dirigido à autoridade imediatamente superior a que tiver proferido a decisão

    ---------------

    Prazo para interpor recurso: 10 dias;

    Prazo para interpor recurso: 30 dias;

    ---------------

    Recurso decidido em 30 dias;

    Lei não estabeleceu prazo;

    ---------------

    Recurso não tem efeito suspensivo, salvo disposição contrária;

    Poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente;

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21

  • II - o prazo pra interpor recurso que tem prazo de 10 dias (elimina as alternativas B, C e D) é dirigido à autoridade que proferiu a decisão,

    IV- que se não a considerar no prazo de 5 dias é encaminhado à autoridade superior.

  • Gabarito Letra 'A' I e III estão corretas

    Lei 9.784.

    I Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. CORRETA Art. 49.

    II Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. ERRADA. Seria 10 dias - Art. 59, caput

    III Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.CORRETA Art. 39.

    IV O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de dez dias, o encaminhará à autoridade superior. ERRADA. Seria 5 DIAS art. 56, §1º

    Intimação para comparecimento - Art. 26, §2º - Antecedência mínima de 3 dias ÚTEIS

    Oitiva de órgão consultivo - Máximo de 15 dias - Art. 42

    Manifestação do interessado ao final da instrução -10 dias - Art. 44

    Decisão pela autoridade competente -30 dias (+ 30 dias) - Art. 49

    Interposição de recurso administrativo - 10 dias - Art. 59, caput

    Prazo para decisão do recurso - 30 dias

    Prazo para autoridade que decidiu reconsiderar - 5 dias - art. 56, §1º

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  • GABARITO: LETRA A

    DO DEVER DE DECIDIR

    Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

    DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

    Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

    DA INSTRUÇÃO

    Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.

    DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

    Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

    § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

    LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.

  • A questão versa sobre as disposições do Processo Administrativo Federal (Lei 9.784/99).

    ASSERTIVA I: CERTA. Trata-se da literalidade do art. 49 da lei 9.784/99. “Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de ATÉ TRINTA DIAS PARA DECIDIR, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.”

    ASSERTIVA II: ERRADA. O prazo é de 10 dias e não de 5 dias: Art. 59 da lei 9.784/99. “Salvo disposição legal específica, é de DEZ DIAS o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.”

    ASSERTIVA III: CERTA. Trata-se da literalidade do art. 34 da lei 9.784/99: “Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.”

    ASSERTIVA IV: ERRADA. O prazo é de 5 dias e não de 10 dias: Art. 56, §1 da lei 9.784/99. “O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de CINCO DIAS, o encaminhará à autoridade superior.”

    Logo, o recurso administrativo deve ser enviado à AUTORIDADE QUE PROFERIU A DECISÃO RECORRIDA, que terá o prazo de 5 DIAS para analisar se vai reconsiderar sua decisão. São 2 opções:

    1)     RECONSIDERAR A DECISÃO e acatar o recurso do interessado;

    2)     NÃO RECONSIDERAR A DECISÃO e encaminhar o recurso à autoridade superior para julgamento.

    GABARITO: LETRA “A”, vez que as assertivas I e III estão corretas e as assertivas II e IV estão incorretas.

  • interposição de recursos administrativos o prazo e de 10 dias


ID
3096160
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As políticas sociais não devem ser analisadas como um fato isolado a partir de sua expressão imediata. É indispensável considerar sua múltipla causalidade, as conexões internas, as relações entre suas diversas manifestações e dimensões (histórica, econômica, política e cultural) nas quais as mesmas se inscrevem. Do ponto de vista econômico, no estudo das políticas sociais, faz-se necessário

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → Nessa perspectiva, deve considerar sua múltipla causalidade, as conexões internas, as relações entre suas diversas manifestações e dimensões. Do ponto de vista histórico é fundamental situar o surgimento da política social, relacionando-a com as expressões da questão social que determinaram sua origem (e que, dialeticamente, também sofrem efeitos da política social). Do ponto de vista econômico, é importante relacionar a política social com as questões estruturais da economia e seus efeitos para as condições de produção e reprodução da vida da classe trabalhadora. Dito de outra forma, deve-se buscar relacionar as políticas sociais com as determinações econômicas que, em cada momento histórico, atribuem um caráter específico ou uma dada configuração às políticas sociais, assumindo, assim, um caráter histórico-estrutural. Do ponto de vista político, é importante conhecer as posições tomadas pelas forças políticas em confronto, desde o papel do Estado até a atuação de grupos que constituem as classes sociais e cuja ação é determinada pelos interesses da classe em que se situam.

    → Fonte: Avaliação de políticas, programas e projetos sociais (Ivanete Boschetti).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
3096163
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na produção teórica sobre os fundamentos da política social, constata-se que, por um lado, os direitos civis estão historicamente vinculados ao ideário liberal burguês e, por outro, os direitos políticos e sociais resultam do processo de organização e da luta da classe trabalhadora. Nesse contexto, o Estado intervém por meio da implementação de políticas sociais, com vistas a atenuar conflito no âmbito da luta de classes e, ao mesmo tempo, assegurar o desenvolvimento da sociedade capitalista. Nesse cenário, a política social

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → Isso foi possível, por um lado, em razão da gênese da profissão vincular-se ao contexto de enfrentamento da questão social através das políticas sociais, assegurando as condições necessárias para a expansão do capitalismo monopolista (CARVALHO; IAMAMOTO, 1982; NETTO, 1992; MONTAÑO, 1998). Por outro lado, há o reconhecimento de que a política social reveste-se de um caráter contraditório, pois, ao mesmo tempo em que atende aos interesses do capital, atende também às necessidades da classe trabalhadora. Portanto, a sua expansão é marcada pela luta dos trabalhadores na perspectiva da conquista e da consolidação dos direitos sociais (IAMAMOTO, 2003; YAZBEK, 2000; PEREIRA, 2008)1

    → IAMAMOTO, M. V. Projeto profissional, espaços ocupacionais e trabalho do assistente social na atualidade. In: CFESS-Conselho Federal de Serviço Social. Atribuições privativas do(a) assistente social. Brasília: Cfess, 2002, p. 13-50.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096166
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em face do processo de implementação de políticas de ajuste neoliberal, ocorreram mudanças no âmbito da ação pública estatal em relação ao enfrentamento da pobreza, uma das expressões da questão social. O debate acadêmico na área do serviço social aponta para a redefinição do papel do Estado na área social, à desregulamentação de políticas sociais que desloca a atenção à pobreza para a iniciativa privada ou indi vidual, com forte apelo à solidariedade. Esse processo impacta as políticas sociais, com algumas consequências , entre as quais se destacam:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? A atual desregulamentação das políticas públicas e dos direitos sociais desloca a atenção à pobreza para a iniciativa privada ou individual, impulsionada por motivações solidárias e benemerentes, submetidas ao arbítrio do indivíduo isolado, e não à responsabilidade pública do Estado. As consequências de transitar a atenção à pobreza da esfera pública dos direitos para a dimensão privada do dever moral são: a ruptura da universalidade dos direitos e da possibilidade de sua reclamação judicial, a dissolução de continuidade da prestação dos serviços submetidos à decisão privada, tendentes a aprofundar o traço histórico assistencialista e a regressão dos direitos sociais.

    ? Fonte: http://www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-018-001.pdf

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ?

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.


ID
3096169
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Frente ao ajuste neoliberal, as políticas sociais são consideradas como custos excessivos para o Estado, geradoras de desequilíbrio e, preferencialmente, devem ser acessadas via mercado, resultando na sua privatização e na mercantilização do atendimento das necessidades sociais. Considerando esse cenário, a intervenção do assistente social orientada por uma perspectiva crítica deve

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) dominar um conjunto de técnicas que extrapole a realidade imediata, na perspectiva de elaborar políticas sociais de natureza regulatória e disciplinadora de conflitos sociais. → incorreto, pois o Assistente Social não regula e nem disciplina a sua população usuária, devemos enxergar os "conflitos sociais" como marcadores dessa sociedade que se gere através da desigualdade e da acumulação capitalista.

    B) pautar o exercício profissional em respostas que privilegiem o atendimento imediato de situações de pobreza e de exclusão social que afetam os segmentos mais vulneráveis. → incorreto, devemos passar longe do "imediatismo".

    C) estimular a criação de mecanismos de desburocratização do Estado e de democratização das relações com os sujeitos que reivindicam direitos e políticas sociais. → correto, é o 2DE: desburocratização e democratização.

    D) pautar o exercício profissional em princípios de solidariedade e da cultura conservadora, como estratégia de desmercantilização dos direitos e das políticas sociais. → incorreto, devemos agir contrários às práticas conservadoras.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096172
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No âmbito das competências profissionais do assistente social, cabe a este profissional realizar a análise e avaliação de políticas sociais. Estudos sobre essa temática, a partir de uma perspectiva crítico-dialética, indicam aspectos a serem considerados na avaliação de politicas sociais que, no conjunto, fornecem indicadores essenciais com vistas a subsidiar suas análises. Em relação à avaliação de políticas sociais , considere as afirmativas abaixo.


I A avaliação de políticas sociais possui uma dimensão estritamente técnica, cabendo ao avaliador adotar como referência ou preocupação aspectos em relação à seletividade de acesso a direitos e benefícios sociais.

II A natureza e tipo dos direitos e benefícios previstos e/ou implementados, as fontes de financiamento e direção dos gastos e a participação e o controle social democrático são indicadores de avaliação de politicas sociais.

III Os conceitos de Estado e de política social são aspectos estritamente teóricos, sendo desnecessários para a realização da avaliação de políticas, programas sociais e/ou projetos sociais.

IV Os critérios de acesso e permanência dos cidadãos em determinada política e/ou programa social são reveladores de sua capacidade de inclusão e/ou exclusão do acesso.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    I A avaliação de políticas sociais possui uma dimensão estritamente técnica, cabendo ao avaliador adotar como referência ou preocupação aspectos em relação à seletividade de acesso a direitos e benefícios sociais. → incorreto, visto que não é "estritamente/somente" técnica, mas perpassa por todas as dimensões que norteiam a nossa profissão.

    II A natureza e tipo dos direitos e benefícios previstos e/ou implementados, as fontes de financiamento e direção dos gastos e a participação e o controle social democrático são indicadores de avaliação de politicas sociais.

    III Os conceitos de Estado e de política social são aspectos estritamente teóricos, sendo desnecessários para a realização da avaliação de políticas, programas sociais e/ou projetos sociais. → incorreto, são aspectos que devem ser analisados também de acordo com a realidade social, pois há constantes modificações.

    IV Os critérios de acesso e permanência dos cidadãos em determinada política e/ou programa social são reveladores de sua capacidade de inclusão e/ou exclusão do acesso.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096175
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A intersetorialidade tem sido abordada de forma recorrente, no debate sobre as políticas sociais, como uma estratégia de gestão de políticas públicas que está, necessariamente, relacionada ao enfrentamento de situações concretas. Com efeito, considera -se, por um lado, o agravamento das expressões da questão social refletida no aumento da desigualdade social e da pobreza e, por outro lado, a precarização das políticas sociais que vêm comprometendo a sua capacidade de responder às demandas por direitos sociais. Em relação à efetividade da intersetorialidade, analise as afirmativas abaixo.


I Supõe a implementação de ações integradas e a superação da fragmentação da atenção às necessidades sociais da população.

II Envolve medidas burocráticas e a captação de recursos comunitários para garantir a inclusão social dos segmentos mais vulneráveis.

III Envolve a agregação de diferentes setores sociais em torno de objetivos comuns e deve ser o princípio orientador da construção de redes municipais.

IV Supõe ações centralizadas e o respeito às especificidades das políticas e deve ser o principio básico da inclusão social dos segmentos mais vulneráveis.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    I Supõe a implementação de ações integradas e a superação da fragmentação da atenção às necessidades sociais da população.

    II Envolve medidas burocráticas e a captação de recursos comunitários para garantir a inclusão social dos segmentos mais vulneráveis.

    III Envolve a agregação de diferentes setores sociais em torno de objetivos comuns e deve ser o princípio orientador da construção de redes municipais.

    IV Supõe ações centralizadas e o respeito às especificidades das políticas e deve ser o principio básico da inclusão social dos segmentos mais vulneráveis. → incorreto, visto que são ações "descentralizadas".

    → A intersetorialidade é a articulação entre as políticas públicas por meio do desenvolvimento de ações conjuntas destinadas à proteção social, inclusão e enfrentamento das expressões da questão social. Supõe a implementação de ações integradas que visam à superação da fragmentação da atenção às necessidades sociais da população. Para tanto, envolve a articulação de diferentes setores sociais em torno de objetivos comuns, e deve ser o princípio norteador da construção das redes municipais. (CAVALCANTI; BATISTA; SILVA, 2013, p. 1-2)

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096178
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sob a ótica do pensamento crítico-dialético, o significado sócio-histórico do instrumental técnico-operativo do Serviço Social é compreendido não somente como um conjunto de instrumentos e técnicas, mas como parte da intervenção do assistente social nas relações sociais. Partindo do entendimento de que, para a concretização do seu trabalho profissional, o assistente social aciona um instrumental técnico-operativo, analise as afirmativas abaixo.


I A dimensão técnico-operativa nos capacita a operar a passagem das características singulares de uma situação que se manifesta na prática profissionall para uma interpretação à luz do cotidiano.

II A instrumentalidade do Serviço Social, numa análise crítica, sofre as determinações da dinâmica social, da qual emanam as demandas para as instituições nas quais o assistente social desenvolve seu trabalho profissional.

III A intervenção técnico-operativa está amparada pela dimensão ético-político e esta, por sua vez, se encontra aportada em fundamentos teóricos que nos capacitam a compreender os limites e as possibilidades do exercício profissional, como parte do movimento contraditório da realidade social.

IV A dimensão teórico-metodológica da formação do assistente social tem prioridade sobre a dimensão técnico-operativa, pois fundamenta a prática profissional, seguida da dimensão ético-politica que analisa e investiga novas demandas.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    I A dimensão técnico-operativa nos capacita a operar a passagem das características singulares de uma situação que se manifesta na prática profissional para uma interpretação à luz do cotidiano. → incorreto, pois a dimensão que nos capacita é a teórico-metodológica.

    II A instrumentalidade do Serviço Social, numa análise crítica, sofre as determinações da dinâmica social, da qual emanam as demandas para as instituições nas quais o assistente social desenvolve seu trabalho profissional.

    III A intervenção técnico-operativa está amparada pela dimensão ético-político e esta, por sua vez, se encontra aportada em fundamentos teóricos que nos capacitam a compreender os limites e as possibilidades do exercício profissional, como parte do movimento contraditório da realidade social.

    IV A dimensão teórico-metodológica da formação do assistente social tem prioridade sobre a dimensão técnico-operativa, pois fundamenta a prática profissional, seguida da dimensão ético-politica que analisa e investiga novas demandas. → incorreto, nenhuma dimensão tem prioridade sobre a outra, pois possuem o mesmo valor e devem ser efetivadas conjuntamente.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096181
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No Serviço Social, a instrumentalidade é concebida como uma construção sócio -histórica que possibilita aos assistentes sociais materializarem sua intencionalidade em respostas profissionais às expressões da questão social, contemplando as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa. Para uma intervenção profissional orientada pela direção social defendida no projeto ético-político da profissão, essas três dimensões

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) são concebidas de forma indissociável, no processo formativo, sendo que a dimensão ético-político se sobressai em relação às demais dimensões. → incorreto, visto que são dimensões sem pesos individuais, todas possuem a mesma importância e devem ser conjuntamente efetivadas.

    B) são essenciais e devem ser articuladas durante o exercício profissional, com vistas à construção de respostas criativas e propositivas de intervenção profissional. → correto.

    C) devem ser contempladas durante o exercício profissional, mas cabe ao assistente social escolher aquela dimensão que melhor se adequa a sua intervenção. → incorreto, porquanto são dimensões que possuem o mesmo valor e devem ser integralizadas, efetivadas em conjunto.

    D) possuem identidades próprias, mas, para uma intervenção propositiva, a dimensão técnico-operativa se sobressai em relação às demais dimensões. → incorreto, visto que são dimensões sem pesos individuais, todas possuem a mesma importância e devem ser conjuntamente efetivadas.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Vamos analisar as alternativas:

    A) são concebidas de forma indissociável, no processo formativo, sendo que a dimensão ético-político se sobressai em relação às demais dimensões. Errado. Todas as dimensões possuem a mesma importância e devem ser constitutivas da intervenção profissional de forma indissociável.

    B) são essenciais e devem ser articuladas durante o exercício profissional, com vistas à construção de respostas criativas e propositivas de intervenção profissional. Correto. As 3 dimensões proporcionam uma leitura crítica da realidade, fugindo do senso comum e das aparências e possibilitando a construção de propostas criativas e propositivas de intervenção.

    C) devem ser contempladas durante o exercício profissional, mas cabe ao assistente social escolher aquela dimensão que melhor se adequa a sua intervenção. Errado. Não cabe ao profissional escolher qual dimensão utilizar, pois todas elas devem estar presentes nas intervenções profissionais.

    D) possuem identidades próprias, mas, para uma intervenção propositiva, a dimensão técnico-operativa se sobressai em relação às demais dimensões. Errado.  Não há dimensão que se sobressai, todas elas têm igual importância.

    GABARITO: LETRA B


ID
3096184
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A assessoria, como toda atividade no serviço social, é compreendida como uma ação de sujeitos sociais inseridos nas relações sociais com as quais o assessor interage, numa relação dialética com a realidade da qual faz parte. Tendo por base a perspectiva do projeto ético político profissional, ao ser demandado a prestar uma atividade de assessoramento, o assistente social deve tomar como referência a concepção de assessoria compreendida como

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) uma intervenção profissional com autonomia que requer o controle da população usuária, visando adaptá-la à lógica institucional. → incorreto, pois, de forma alguma, deve haver uma adaptação à lógica institucional.

    B) uma intervenção profissional neutra em relação aos interesses institucionais com vistas à garantia dos direitos. → Assistente Social não possui uma atuação neutra, pelo contrário, é uma atuação perpassada de intencionalidade.

    C) um espaço de interlocução e qualificação do trabalho desenvolvido com vistas à garantia de direitos e à efetivação do projeto de profissão. → correto.

    D) um espécie de pacto institucional para solucionar conflitos com vistas à garantia da ordem da instituição no atendimento aos usuários. → Incorreto, garantia de diretos e não "ordem institucional".

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096187
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na Lei 8.662/93, que regulamenta a profissão do Serviço Social no Brasil, o exercício da assessoria e o da consultoria é uma atribuição privativa do assistente social, bem como uma competência profissional. Por dispor de conhecimentos acumulados sobre o cotidiano da população usuária dos serviços sociais, os assistentes sociais vêm sendo requeridos a prestarem assessoramentos a diferentes sujeitos sociais que atuam na gestão/formulação de políticas sociais públicas e privadas e aos movimentos sociais. As assessorias postas ao Serviço Social na atualidade

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) possibilitam a identificação de demandas, direcionando o trabalho para o disciplinamento da população usuária. → incorreto, visto que a população usuária não deve ser "disciplinada" de forma alguma.

    B) contradizem as atribuições privativas do assistente social, embora ampliem o mercado de trabalho desse profissional. → incorreto, não há uma contradição.

    C) ameaçam diminuir a empregabilidade do assistente social nos diferentes espaços ocupacionais públicos. → pelo contrário, há um aumento de campo de atuação, surgem novas possibilidades.

    D) possibilitam a conquista de novos espaços ocupacionais, contribuindo para maior visibilidade e promoção da profissão. → correto.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096190
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A apropriação de conhecimentos consistentes da vida social, por parte do profissional de Serviço Social, torna-se indispensável ao seu exercício profissional, tanto na execução de políticas sociais, como em atividades de planejamento, monitoramento e avaliação de planos, programas e projetos sociais. No exercício profissional, o desenvolvimento de uma postura investigativa por parte do assistente social se justifica porque

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? O que seria, então, a propalada atitude investigativa? Remete a uma postura aberta do sujeito para investigar, a permanente curiosidade, expectativa para aprender e entender o inesperado, o acaso, o que extrapola suas referências e o leva a ir além. A atitude investigativa consiste numa postura inquieta e curiosa, por isso é fundamental na bagagem cotidiana do profissional. A ausência dessa postura pode levar à cristalização das informações, à estagnação do aprendizado profissional, o que, consequentemente, comprometerá o compromisso do assistente social com a qualidade dos serviços prestados à população usuária.

    Nessa perspectiva, Battini refere que a atitude investigativa é a permanente busca do novo pela reconstrução de categorias teórico-metodológicas de leitura e intervenção na realidade social, pois: Pensar os fatos, os acontecimentos, as relações exige questionar, investigar a realidade, criticá-la, tornando-a evidente pela contínua recolocação de questões, fazendo-a emergir de forma cada vez mais rica e viva, recriando-a num contínuo percurso entre a aparência e a essência, entre a parte e o todo, entre o universal e o particular, numa visão dialética. (Battini, 1994, p. 144)

    ? Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282010000100004

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ?


ID
3096193
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Planejamento da pesquisa da realidade social é indispensável ao processo de investigação, configurando-se como um momento de reflexão de tomada de decisões sobre o objeto de estudo, as fontes de informação, a escolha dos procedimentos para obtê-las e o tratamento dos dados coletados. Considere as afirmativas abaixo que discorrem sobre os elementos básicos que devem ser observados na fase de preparação do projeto de pesquisa numa perspectiva crítico dialética.


I Os objetivos específicos da pesquisa devem ser definidos de forma superficial na justificativa. A possibilidade de seu alcance será posteriormente testada pela metodologia da pesquisa.

II Os recursos orçamentários, quando forem necessários, serão definidos ao final da realização da pesquisa. É necessário, nessa fase, indicar em cada item os apoios e/ou parcerias que o pesquisador necessita realizar.

III O objeto da pesquisa geralmente surge de uma dificuldade identificada na prática, ou de lacunas e imprecisões detectadas em outros estudos ou na teoria, e sofre influência dos interesses, trajetória e visão de mundo do pesquisador.

IV O cronograma pode ser considerado como um elemento flexível e funciona como um instrumento de acompanhamento sistemático das atividades em determinado período de tempo.


Sobre a fase de preparação do projeto de pesquisa, estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    I Os objetivos específicos da pesquisa devem ser definidos de forma superficial na justificativa. A possibilidade de seu alcance será posteriormente testada pela metodologia da pesquisa. → deve ser atrelado de forma direta à justificativa e não de forma superficial.

    II Os recursos orçamentários, quando forem necessários, serão definidos ao final da realização da pesquisa. É necessário, nessa fase, indicar em cada item os apoios e/ou parcerias que o pesquisador necessita realizar. → incorreto, serão definidos juntamente à pesquisa, no decorrer e não no final.

    III O objeto da pesquisa geralmente surge de uma dificuldade identificada na prática, ou de lacunas e imprecisões detectadas em outros estudos ou na teoria, e sofre influência dos interesses, trajetória e visão de mundo do pesquisador.

    IV O cronograma pode ser considerado como um elemento flexível e funciona como um instrumento de acompanhamento sistemático das atividades em determinado período de tempo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096196
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A dimensão investigativa é inerente à natureza de grande parte das competências profissionais para: compreender o significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio-histórico, identificar as demandas presentes na sociedade, realizar pesquisas que subsidiem a formulação de políticas e ações profissionais, realizar visitas, perícias técnicas, laudos, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social. Essas competências se relacionam ao ato de investigar que ganha o estatuto de elemento constitutivo da própria intervenção profissional. A pesquisa e a produção de conhecimento crítico são reconhecidos como essenciais e são partes constitutivas do trabalho profissional porque

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Aqui nos interessa chamar a atenção para a possibilidade contida nas competências e habilidades de ?compreender o significado da profissão?, para o redimensionamento dos espaços profissionais, das demandas e respostas, do que depende, essencialmente, mas não exclusivamente, da escolha dos aportes teórico-metodológicos aliada à capacidade política de estabelecer estratégias socioprofissionais adequadas. Explicita-se, então, a dimensão investigativa da prática como constitutiva do exercício profissional bem como se reconhece e se enfatiza a natureza investigativa de grande parte das competências profissionais. Na relação dialética entre investigar e intervir, desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade, os conhecimentos teórico-metodológicos, os saberes interventivos e procedimentais (SANTOS, 2006) constituem-se componentes fundamentais

    ? Fonte: http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/C8pQHQOyl68c9Bc41x5Y.pdf

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ?

  • Alguém poderia explicar melhor essa questão?


ID
3096199
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

"Ainda que dispondo de relativa autonomia na efetivação de seu trabalho, o assistente social depende, na organização de sua atividade, do Estado, da empresa, entidades não - governamentais que viabilizam aos usuários o acesso a seus serviços, fornecem meios e recursos para sua realização, estabelecem prioridades a serem cumpridas, interferem na definição de papéis e funções que compõem o cotidiano do trabalho institucional. Ora, se assim é, a instituição não é um condicionante a mais do trabalho do assistente social. Ela organiza o processo de trabalho do qual ele participa."

IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo, Cortez, 1998, p. 63.


A partir da análise do trecho, conclui-se que

Alternativas
Comentários
  • Como o Assistente Social não consegue realizar seu trabalho sozinho, ou seja, depende da instituição que o emprega (Público ou privado) ele detém portanto de uma relativa autonomia, a profissão de SSO não possui TOTAL autonomia para realizar seu trabalho, logo, os assistentes sociais dependem da instituição empregadora para acessar os meios necessários à efetivação do seu trabalho profissional.

    Gabarito C

  • GABARITO D

  • Gabarito D

  • Ainda que dispondo de relativa autonomia na efetivação de seu trabalho, o assistente social depende, na organização da atividade, do Estado, da empresa, entidades não-governamentais que viabilizam aos usuários o acesso a seus serviços, fornecem meios e recursos para sua realização, estabelecem prioridades a serem cumpridas, interferem na definição de papéis e funções que compõem o cotidiano do trabalho institucional. Ora, se assim é, a instituição não é um condicionante a mais do trabalho do assistente social. Ela organiza o processo de trabalho do qual ele participa.

    Ao vender sua força de trabalho em troca do salário (valor de troca dessa mercadoria), o profissional entrega ao seu empregador o seu valor de uso ou o direito de consumi-la durante a jornada estabelecida. Durante a jornada de trabalho, a ação criadora do assistente social deve submeter-se à exigências impostas por quem comprou o direito de utilizá-la durante um certo período de tempo conforme as políticas, diretrizes, objetivos e recursos da instituição empregadora. É no limite dessas condições que se materializa a autonomia do profissional na condução de suas ações. O assistente social preserva uma relativa independência na definição de prioridades e das formas de execução de seu trabalho, sendo o controle exercido sobre sua atividade distinto daquele a que é submetido.


ID
3096202
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Os espaços sócios ocupacionais institucionais, nos quais se inserem o assistente social, devem apresentar, para além de infraestrutura adequada e recursos humanos qualificados, condições técnicas e éticas de trabalho para que esse profissional possa cumprir com responsabilidade e compromisso as suas atribuições e competências, com vista à efetivação das políticas sociais a que estão vinculados. Para o exercício profissional com qualidade para o fortalecimento do projeto ético-político do serviço social, o assistente social deve ter

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) disponibilidade para produzir e sistematizar estudos descritivos, liberdade na intervenção dos problemas sociais, capacidade para selecionar as demandas dos usuários e imediatismo no atendimento das demandas dos usuários. → O Assistente Social não é um profissional imediatista, logo já eliminamos a alternativa.

    B) domínio teórico-metodológico, direito para elaborar um projeto de trabalho e atividades comprometidas com práticas individualizantes, normas de regulação instituídas e posicionamento de negociações junto aos gestores. →

    C) garantido seu direito ao livre exercício das atividades, à inviolabilidade do local e documentação, liberdade na realização de estudos e pesquisa e autonomia profissional para decidir a direção e as estratégias de ação junto aos usuários. → Correto, conforme Código de Ética de 1993, Art. 2º - Constituem direitos do/a assistente social: d) inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional; h) ampla autonomia no exercício da Profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções; i) liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos.

    D) garantido a neutralidade nos processos de trabalho, inviolabilidade do local e da documentação, autonomia profissional para a realização de práticas individualizantes em atendimento aos interesses institucionais. → Assistente Social não é um profissional neutro, a nossa atuação profissional deve ser permeada de intencionalidade e não neutra.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096205
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A política de educação é constituída por níveis e modalidades de ensino que possuem muitas particularidades. O serviço social se insere na educação compreendendo-a como um complexo constitutivo da vida social que tem uma função social importante na dinâmica da reprodução social. Essa concepção, sintonizada com os princípios do projeto ético-político aponta para uma atuação profissional que assume determinadas características. Em relação ao trabalho desenvolvido pelo assistente social na política de educação, analise as afirmativas abaixo.


I Desenvolvimento de ações voltadas para garantia do acesso e permanência, de investigação, de articulação e atuação na gestão democrática.

II Desenvolvimento de ações junto ao segmento estudantil, sobretudo na política de assistência estudantil, considerando que é este o público alvo do seu trabalho.

III Seu trabalho vai além das abordagens individuais e grupais, não se restringe ao segmento estudantil e envolve ações junto a famílias, professores e trabalhadores.

IV Seu trabalho está voltado para atuação junto às famílias e aos professores no sentido de corrigir as dificuldades que prejudicam o bom desempenho dos alunos.


Sobre a atuação do assistente social na área de educação estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → Os Subsídios para o Debate sobre Serviço Social na Educação, até o Seminário Nacional Serviço Social na Educação, que ocorreu em 2012, privilegiam um tipo de abordagem que trata criticamente a relação entre as estratégias institucionais que são forjadas a partir da Política de Educação e as respostas sociais e profissionais no tocante aos processos de garantia do acesso, da permanência, da gestão democrática e da qualidade da educação. 

    → A atuação dos/as assistentes sociais adquire, assim, uma dimensão estratégica no processo de luta pela qualidade da educação, visto que na condição de sujeito coletivo já vem atuando nos processos de luta pelo reconhecimento dessa política como integrante da seguridade social, ampliando o alcance do campo da proteção social no país. Neste sentido, a atuação profissional deve buscar ampliar o horizonte político-pedagógico das abordagens individuais e grupais voltadas para discussões temáticas, muitas vezes limitadas aos processos de valorização e reconhecimento do protagonismo dos sujeitos sociais que atuam na educação escolarizada, mas sem o estabelecimento de vínculos mais orgânicos com os conhecimentos e ações coletivas produzidas nas instâncias de controle social, nos fóruns vinculados às demais políticas públicas e na consolidação da esfera pública.

    → Fonte: Subsídios para a Atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação 

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • GABARITO: C

    I Desenvolvimento de ações voltadas para garantia do acesso e permanência, de investigação, de articulação e atuação na gestão democrática.

    II Desenvolvimento de ações junto ao segmento estudantil, sobretudo na política de assistência estudantil, considerando que é este o público alvo do seu trabalho.

    III Seu trabalho vai além das abordagens individuais e grupais, não se restringe ao segmento estudantil e envolve ações junto a famílias, professores e trabalhadores.

    IV Seu trabalho está voltado para atuação junto às famílias e aos professores no sentido de corrigir as dificuldades que prejudicam o bom desempenho dos alunos.


ID
3096208
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social

Na UFRN, a assistência estudantil é regulamentada pela Resolução Nº 169/2008 -CONSEPE, de 02 de dezembro de 2008, e suas alterações. Tal resolução institui o programa de bolsas e auxílios de assistência estudantil e regulamenta os procedimentos para a sua concessão, acompanhamento e avaliação. Conforme o artigo 10 da referida Resolução, na seleção de bolsistas, a instituição considera os critérios de

Alternativas

ID
3096211
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O serviço social brasileiro surgiu nos anos 1930, a partir da iniciativa de grupos e frações das classes dominantes que se expressavam através da igreja católica. Nesse período, a profissão não era somente uma nova forma de exercer a caridade, mas se constituía em uma forma de intervir ideologicamente na vida da classe trabalhadora. A resultante desse processo foi uma atuação na qual o serviço social orienta-se pela/o

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Observa-se que diferentemente da caridade tradicional, a profissão propõe: uma ação educativa, preventiva e curativa dos problemas sociais através de sua ação junto às famílias trabalhadoras. O Serviço Social passa a orientar a ?individualização? da proteção legal, entendida como assistência educativa adaptada aos problemas individuais, guiando-se pela militância católica, em oposição a qualquer movimento que se levantasse contra a Igreja Católica

    ? Fonte: http://pos.unifacef.com.br/_livros/Vanguarda_Conhecimento/Artigos/Marilia_Borges.pdf

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ?


ID
3096214
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Ao longo da história do serviço social, a influência do pensamento conservador é reconhecida em toda literatura da área. Assim, quando se analisa as primeiras décadas históricas da profissão no Brasil, é possível observar que há um enraizamento desse pensamento na prática profissional do assistente social. A esse respeito, analise as ideias apresentadas abaixo.


I Incorporação da noção de comunidade como matriz analítica da sociedade capitalista e como projeto norteador da ação profissional.

II Defesa da formação social, moral e intelectual da família, considerada a célula básica da sociedade.

III Compreensão de que a prática social é essencialmente histórica, tendo o trabalho como fundamento.

IV Defesa de um pensamento que rompe com o fatalismo e com o messianismo e efetiva o desenvolvimento de comunidade.


As ideias que explicitam o modo como o pensamento conservador se enraíza na prática profissional do assistente social estão presentes nos itens

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → Diante da família, o pensamento conservador enfatiza a sua formação social, moral e intelectual, considerando-a como a célula básica da sociedade (IAMAMOTO, 1995). Essa também é vista como um dos alicerces morais do conservadorismo, tendo como principal tarefa a manutenção da propriedade. Além disso, diante de um pensamento conservador, a mulher exerce o papel de agente socializador, responsável pela educação moral dos filhos (BARROCO, 2010). 

    → Como salientamos o Serviço Social surge e se desenvolve em meio a ambiente teórico, passando pela influência do pensamento conservador europeu, franco-belga, à sociologia conservadora norte americana, a partir dos anos 40, [...] incorpora a noção de comunidade como matriz analítica da sociedade capitalista e como projeto norteador da ação profissional, a sociedade encontra-se estruturada não mais de acordo os princípios das relações de comunidade, e sim, de acordo com princípio da ―racionalidade burguesa da reprodução do capital‖ (IAMAMOTO. 2008, p. 26, 27).

    → Fonte: FAMÍLIA, CONSERVADORISMO E QUESTÃO SOCIAL: SUAS EXPRESSÕES NA CONTEMPORANEIDADE (Alexia Dorneles).

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  • Bastava eliminar a III

ID
3096217
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A questão social surge na Europa Ocidental, no final do século XVIII, em face da pauperização massiva da população trabalhadora no contexto do capitalismo em seu estágio industrial-concorrencial. A expressão “questão social”, entretanto, não é usada apenas pelo pensamento crítico. Na segunda metade do século XIX, ela também foi usada pelo pensamento conservador, que a compreende como

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → Deve-se atentar ao enunciado da questão: ela pede uma concepção conservadora:

    A) sequela transitória do capitalismo, considerando que suas manifestações resultam da entrada da classe trabalhadora na cena política. → incorreto, essa visão já é permeada por um viés crítico.

    B) ineliminável de toda e qualquer ordem social e deve ser objeto de ação moralizadora e de reformas que preservem a propriedade privada. → CORRETO: no primeiro as manifestações da questão social eram vistas como características inelimináveis de toda e qualquer ordem social e para amenizá-las e reduzi-las era preciso uma intervenção política limitada, enquanto que para o segundo, a gravitação da questão social só era possível com uma exarcebação da vontade divina. Assim, para ambos, a questão social é objeto de ação moralizadora, o enfrentamento de suas manifestações deve ser função de um programa de reformas que preserve a propriedade privada dos meios de produção. 

    C) vinculada à sociedade burguesa, defendendo que sua superação depende de uma outra ordem social sem desigualdade e sem desemprego. → incorreto, essa visão já é permeada por um viés crítico.

    D) expressão das desigualdades econômicas do capitalismo e deve ser objeto de políticas que promovam a sua superação. → incorreto, essa visão já é permeada por um viés crítico.

    → Fonte: A QUESTÃO SOCIAL NO CAPITALISMO: uma análise do seu conceito na contemporaneidade.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096220
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O objeto de trabalho do serviço social é a questão social, que se apresenta ao profissional por meio de suas múltiplas expressões, as quais exigem que o profissional conheça e se aproprie da realidade. Isso implica em conhecer e decifrar o seu objeto de trabalho. Nessa perspectiva, para o assistente social, o conhecimento do real se apresenta como

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → O conhecimento real se apresenta como uma condição para o exercício profissional, sendo uma condição que fornece meios, materiais transformadores e ajustadores de objetivos. Fora dele fica a atividade teórica não se materializa, na medida em que é atividade espiritual pura. Mas, por outro lado não há práxis como atividade puramente material, isto é, sem a produção de finalidades e conhecimentos que caracteriza a atividade teórica.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • De forma coerente com a perspectiva marxista de apreensão da realidade, o AS é um trabalhador que parafraseando Marx, atua com o sujeito de “carne e osso”, com sua história de vida real. A partir do processo de vida real é possível decifrar as questões que se colocam na singularidade do sujeito, conhecer a realidade social em que está inserido, apreendendo os seus modos e condições de vida com seus condicionantes históricos, sociais, econômicos e culturais, porém também os seus anseios, desejos, necessidades e demandas. Para se apreender o trabalho do assistente social deve-se situá-lo no contexto das relações sociais concretas de cada sociedade, pois sua ação é um produto humano, uma objetivação construída historicamente, o que requer uma postura investigativa sobre o real, pois esta “é necessária para descortinar as armadilhas da vida cotidiana, passo crucial e insubstituível para uma intervenção profissional crítica, propositiva e, portanto, não repetitiva” (Silva, 2007, p. 11).

    Nesse sentido, é preciso considerar as mudanças tecidas na sociedade, pois as transformações que emergem na cena contemporânea e em curso alteram significativamente o tecido social e, consequentemente, o cenário e o palco onde são engendradas as relações sociais. Tais alterações produzem novas necessidades na sociedade, pois, diante do quadro caótico do contexto de agudização da questão social, cada vez mais são imprescindíveis profissionais comprometidos com o enfrentamento das mais variadas expressões da questão social, profissionais que tenham, conforme sinaliza Iamamoto (1998, p. 80) "uma competência crítica capaz de decifrar a gênese dos processos sociais, suas desigualdades e as estratégias de ação para enfrentá-las. Supõe competência teórica e fidelidade ao movimento da realidade; competência técnica e ético-política que subordine o “como fazer” ou “o que fazer” e, este ao “dever ser”, sem perder de vista seu enraizamento no processo social."

    http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/04.pdf


ID
3096223
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Ao longo da história do serviço social no Brasil, a pobreza tem sido abordada sob diferentes perspectivas e a partir de diferentes conceitos, configurando tendências diversas. A abordagem coerente com o pensamento crítico e com o projeto ético político é a que considera a pobreza como

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? A pobreza no MPC (Modo de produção capitalista), enquanto expressão da "questão social", é uma manifestação da relação de exploração entre capital e trabalho, tendo sua gênese nas relações de produção capitalista, onde se gestam as classes e seus interesses. Como afirmamos, se o pauperismo e a pobreza, em sociedades pré-capitalistas, é resultado da escassez de produtos, na sociedade comandada pelo capital elas são o resultado da acumulação privada de capital. No MPC, não é o precário desenvolvimento social e econômico que leva à pauperização de amplos setores sociais, mas o próprio desenvolvimento (das forças produtivas) é o responsável pelo empobrecimento (absoluto ou relativo) de segmentos da sociedade. Não é, portanto, um problema de distribuição no mercado, mas tem sua gênese na produção (no lugar que ocupam os sujeitos no processo produtivo).

    ? Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000200004

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ?

  • poder e empoderamento isso é abordado?


ID
3096226
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O desemprego é considerado uma expressão central da questão social no Brasil , que aparece como um componente estrutural do regime de trabalho, ao lado da informalidade. Nesse âmbito, sob uma abordagem histórica e numa perspectiva de totalidade, a reflexão sobre a questão social encontra dois elementos centrais que caracterizam o regime de trabalho no Brasil. Esses elementos são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → É consenso entre os estudiosos de diversas matrizes políticas que as expressões da questão social vêm se diversificando e ampliando mundialmente. No caso brasileiro, visando particularizar a “questão social”, podemos destacar “a flexibilidade estrutural e a precariedade das ocupações como características históricas do regime de trabalho no Brasil” (SANTOS, 2012, p. 232).

    → Fonte: SANTOS, J. “Questão social”: particularidades no Brasil. São Paulo: Cortez. 2012.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • gente crise do fordismo existe? e revolução passiva? nunca ouvi falar nisso podem me ajudar?

    Só p nível de conhecimento mesmo.

    obg


ID
3096229
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Os fundamentos do serviço social permeiam a interlocução entre o serviço social e a sociedade e consistem na matriz explicativa da realidade e da profissão. Tais fundamentos são constituídos por múltiplas dimensões, sendo essas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Yolanda Guerra em A dimensão técnico-operativa do exercício profissionalAs dimensões teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas do Serviço Social caracterizam-se como uma unidade de diferentes elementos que determinam a riqueza e a amplitude que demarcam o modo de ser da profissão. Nesse sentido, estando em sistemático processo de totalização, as dimensões não são formas fixas, tampouco podem ser consideradas de maneira autônoma, ao contrário, são instâncias interatuantes. ainda que possa haver situações determinadas, na realização de determinada competência ou atribuição profissional, o predomínio de uma sobre a outra. Se a dimensão técnico-operativa é a forma de aparecer da profissão, dela emana a imagem social e sua autoimagem, encontrando-se carregada de representações sociais e da cultura profissional. 

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • GABARITO: LETRA B

    Yolanda Guerra em A dimensão técnico-operativa do exercício profissionalAs dimensões teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas do Serviço Social caracterizam-se como uma unidade de diferentes elementos que determinam a riqueza e a amplitude que demarcam o modo de ser da profissão. Nesse sentido, estando em sistemático processo de totalização, as dimensões não são formas fixas, tampouco podem ser consideradas de maneira autônoma, ao contrário, são instâncias interatuantes. ainda que possa haver situações determinadas, na realização de determinada competência ou atribuição profissional, o predomínio de uma sobre a outra. Se a dimensão técnico-operativa é a forma de aparecer da profissão, dela emana a imagem social e sua autoimagem, encontrando-se carregada de representações sociais e da cultura profissional. 

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Ola Arthur, vc tem esse material em pdf pra compartilhar? Grata

  • Gabarito: LETRA B:

    Closs (2015) afirma que os Fundamentos do Serviço Social dizem respeito à matriz explicativa da realidade e da profissão, particular ao Serviço Social, (re)construída processualmente na sua trajetória histórica no movimento da realidade brasileira, a qual porta dimensões teórico-metodológicas e ético-políticas que fundamentam a dimensão técnico-operativa desta profissão. Segundo a referida autora, esta matriz, atualmente, conforma-se a partir da conjugação de método/teoria marxistas e valores emancipatórios na análise histórico-crítica totalizante do Serviço Social, profissão cujo núcleo central reside no debate teórico-metodológico marxista, na análise da sua historicidade, na abordagem teórica da “questão social” e da categoria trabalho, assim como do projeto ético-político profissional.

    Texto: OS FUNDAMENTOS DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO XV ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORAS/ES EM SERVIÇO SOCIAL (ENPESS)


ID
3096232
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Numa abordagem histórico-crítica, fundada na teoria social marxiana, a profissão de assistente social se insere e se conforma nas relações sociais que se estabelecem na sociabilidade capitalista, sendo a reprodução das relações sociais compreendida como reprodução da totalidade da vida social. Com base no exposto, são elementos básicos dessa abordagem da profissão:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → O modo peculiar de exploração na sociedade capitalista se efetiva um marco de contradições e antagonismos. Assim, “questão social” é mais que problemas e/ou manifestação social. É a expressão (conceitual e concreta) da sociabilidade erguida sob o comando do capital, com todos os efeitos sociais que emergem da luta pela apropriação da riqueza social criada a partir do trabalho não pago, dessa forma, constituem-se como elementos básicos de abordagem da profissão: o movimento histórico da sociedade capitalista, a questão social e suas expressões e configurações e o trabalho como categoria fundante para analisar o exercício profissional. A necessidade de apreender suas múltiplas expressões e formas concretas assumidas no cenário contemporâneo vai além do aspecto da pobreza. Pois, essas manifestações expressam, “[...] disparidades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediatizadas por relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais [...]” (IAMAMOTO, 2001a, p. 17)

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ID
3096235
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A apropriação pela profissão de matrizes explicativas acerca da realidade acompanha as transformações sociais que particularizam o capitalismo e o pensamento social. Nesse contexto, emerge a questão do pluralismo, que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? O pluralismo consiste no necessário diálogo e no debate de ideias, apontando os riscos de posicionamentos ecléticos (que conciliam o inconciliável ao apoiarem-se em pensamentos divergentes.

    ? Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhFAYAD/os-fundamentos-historicos-teorico-metodologicos-servico-social-brasileiro-na-contemporaneidade?part=2

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  • Qual o erro da B?

  • Também gostaria de saber qual o erro da alternativa B

  • O erro da B está em dizer que o pluralismo supõe a convivência de opostos. Conviver significa partilhar um mesmo local, coexistir, logo, essa alternativa deixa implicitamente a ideia de conciliação de matrizes diferentes ou antagônicas. A isso da-se o nome ecletismo.

    "É importante a diferenciação que Carlos Nelson Coutinho faz com relação ao pluralismo como fenômeno social e político, indispensável para uma sociedade democrática, e o pluralismo na produção de conhecimento, o qual deve ser tomado com cuidado para não cair no ecletismo ou na conciliação de questões que são inconciliáveis. Na organização da nossa categoria, devemos trabalhar com o pluralismo, já na produção de conhecimento, precisamos evitar reproduzir o ecletismo. Devemos conhecer todas as matrizes teóricas, mas é necessária a coerência teórico-metodológica. Neste contexto, o pluralismo se instaura como a necessidade de debate entre diferentes concepções de profissão e seus diferentes projetos." https://cress-mg.org.br/Home/PDF/189a77db-df8e-4d95-8996-ed4455f9a8ed

  • " A questão do pluralismo, sem dúvida uma das questões do tempo presente, desde os anos 80 vem-se constituindo objeto de polêmicas e reflexões do Serviço Social. Temática complexa que constitui como afirma Coutinho (1991,p.5-15) um fenômeno do mundo moderno e da visão individualista do homem. É o autor em questão que problematiza a proposta de hegemonia com pluralismo, no necessário diálogo e no debate de ideias, apontando os riscos de posicionamentos ecléticos (que conciliam o inconciliável ao se apoiarem-se em pensamentos divergentes)" - Yasbek - CFESS, p. 12, 2009.


ID
3096238
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O diálogo do serviço social com o marxismo é o que permite à profissão despertar e tomar consciência para a sua inserção na sociedade de classes. Para tanto, cabe destacar a contribuição do Movimento de Reconceituação, iniciado no continente latino -americano no início dos anos 1960. Entretanto, neste período, a aproximação da profissão com o marxismo ocorre com algumas limitações decorrentes da apropriação de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? A aproximação do Serviço Social à tradição marxista realizou-se "sob exigências teóricas muito reduzidas - as requisições que a comandavam foram de natureza sobretudo ideopolítica, donde um cariz fortemente instrumental nessa interlocução" (NETTO, 1989, p. 97). Quiroga esclarece que a maioria dos docentes por ela entrevistados não teve acesso aos textos originais de Marx, sendo a formação deles liderada pelo pensamento de Althusser, cuja reflexão epistemológica atribui primazia ao sujeito no processo científico. Em O estruturalismo e a miséria da razão, Coutinho (2010, p. 175-176) afirma que "Althusser e sua escola pretendem apresentar o estruturalismo (ou a sua versão particular dele) como o resultado de uma 'leitura' correta de Marx". E retruca: "sob o pretexto de 'redescoberta' do verdadeiro Marx, pratica-se uma destruição objetiva da essência da herança marxista e sua substituição, consciente ou inconsciente, por uma filosofia burguesa da moda."

    Não diria que a opção do Serviço Social por Althusser tenha tido a pretensão consciente ou inconsciente de uma "redescoberta" do verdadeiro Marx, mesmo porque, como fora atestado, a maioria dos docentes nem lera Marx. Entretanto, apesar da aproximação enviesada, o Serviço Social assimilou elementos isolados do pensamento de Marx que respondem por uma indignação hegemônica na profissão, distinguível da ideia de hegemonia marxista. Esta é falsa e, a meu ver, explica o ecletismo.

    ? Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802013000100002

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ?


ID
3096241
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em termos do que aponta a lei de regulamentação da profissão (Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993) quanto a competências, direitos e atribuições do assistente social, o conjunto CFESS-CRESS tem desenvolvido esforços no sentido de promover a apropriação, pela categoria profissional, da função social da profissão, o que supõe o trato com as diferentes expressões da questão social, sem ficar refém de uma visão generalista da mesma. Nessa direção, o CFESS vem desenvolvendo ações afirmativas que visam a demarcar as competências e atribuições privativas do assistente social. Dentre essas ações, aquela que contribui diretamente para atuação do assistente social na política de educação é a

Alternativas
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  • GABARITO: LETRA B

    → Dentre essas ações, aquela que contribui diretamente para atuação do assistente social na política de educação é a elaboração de documentos e parâmetros que se constituem em subsídios para o trabalho profissional.

    → Um exemplo é o documento Subsídios para a Atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação, o qual fomenta o acúmulo teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político da categoria profissional, construído, em especial, nas duas últimas décadas da trajetória do Serviço Social na Política de Educação. Os “Subsídios” vão ao encontro da histórica demanda da categoria acerca de orientações para o exercício profissional no âmbito da referida política. A presente brochura constituísse, portanto, como produto Grupo de Trabalho Nacional Serviço Social na Educação.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
3096244
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Considere o trecho abaixo sobre o trabalho do assistente social.


“elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares”.

Fonte: Art. 4º, item I, da Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993, que dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências.


De acordo com a Lei citada, o trecho corresponde a

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → Conforme a Lei 8662/93 (Lei de Regulamentação da Profissão):

    Art. 4º Constituem competências do Assistente Social: II - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  •         Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

     I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;

     

     

  • Lembre-se da dica: Não falou em matéria de Serviço Social, não é atribuição privativa! Direitos e deveres não são tratados na Lei de regulamentação, mas sim no Código de Ética!

    Constituem competências do Assistente Social, conforme a Lei 8662/93, em seu inciso II do art. 4º:

    I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares.

    Gabarito: letra C

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  • *Competência do Assistente social


ID
3096247
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A literatura profissional que trata do projeto ético‐político do Serviço Social brasileiro aponta que este possui alguns elementos constitutivos, que são: a explicitação de princípios e valores ético‐políticos; uma matriz teórico‐metodológica em que se ancora; crítica radical à ordem social vigente – a da sociedade do capital – que produz e reproduz a miséria ao mesmo tempo em que exibe uma produção monumental de riquezas; lutas e posicionamentos políticos acumulados pela categoria, através de suas formas coletivas de organização política, em aliança com os setores mais progressistas da sociedade brasileira. Tais elementos constitutivos possuem componentes que lhe dão materialidade. Esses componentes construídos pelos assistentes sociais são:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → Segundo Teixeira e Braz (2009), identificam-se como elementos constitutivos do projeto ético-político: a explicitação de princípios e valores éticos-políticos, a matriz teórico-metodológica em que se ancora, a crítica radical à ordem social vigente e os posicionamentos políticos acumulados pela categoria através de suas formas coletivas de organização política em aliança com os setores mais progressistas da sociedade brasileira. Estes elementos se objetivam e se expressam a partir de determinados componentes construídos pelos Assistentes Sociais como: a produção de conhecimentos no interior do Serviço Social, as instâncias político-organizativas da profissão e sua dimensão jurídico-política

    → Fonte: PROJETO ÉTICO – POLÍTICO: QUAIS OS FIOS PARA A SUA CONSOLIDAÇÃO? UMA ANÁLISE DA EFETIVAÇÃO DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Segundo Braz (2000), os elementos constitutivos do projeto ético- político do Serviço 

    Social tem três dimensões articuladas entre si que emprestam materialidade ao mesmo. 

    Estas são a dimensão da produção de conhecimentos no interior do Serviço Social imersa na 

    literatura produzida pela profissão, a dimensão político-organizativa, composta pelo 

    Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa 

    em Serviço Social (ABEPSS), pela Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social 

    (ENESSO), e etc, e a dimensão jurídico- política da profissão, na qual inclui as leis e 

    documentos referentes ao Serviço Social, como o atual Código de Ética.

    https://www.cress-mg.org.br/arquivos/simposio/O%20PROJETO%20ÉTICO%20POLÍTICO%20É%20HEGEMÔNICO%20E%20NÃO%20HOMOGÊNEO.pdf 


ID
4905439
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um silêncio que MATA



Cláudia Maria França Pádua


    A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

     Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex - companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violento s. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

    Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2- violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos esp aços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

    O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

     É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.

    Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulheres era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

    No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

    A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.

    As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.



PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado]. 

Prioritariamente, o texto objetiva

Alternativas
Comentários
  • Qual o objetivo do texto?

    De acordo com o último parágrafo...

    As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização.

    As demais alternativas tratam de informações e argumentos que serviram de base para o desenvolvimento da tipologia.


ID
5025751
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei nº 8.112/90 prevê que as reposições e indenizações ao erário podem ser parceladas, a pedido do interessado. Nos expressos termos da sobredita lei, o valor de cada parcela não pode ser inferior ao correspondente a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

  • Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 46, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

    § 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela.

    § 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição."

    Analisando as alternativas

    Levando em consideração o que foi explanado, percebe-se que somente a alternativa "c" está correta e em consonância com o disposto na lei 8.112 de 1990.

    Gabarito: letra "c".

  • Gabarito C

    Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

  • LETRA C

    Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

    § 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela.

    § 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição.

  • A questão exige conhecimento do teor do art. 46 da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 46.  As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.                

    § 1º  O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.      

    § 2º  Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela.         

    § 3º  Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição.              


    A partir da leitura do dispositivo legal transcrito acima, verifica-se que a alternativa C está correta.

    Gabarito do Professor: C

  • GABARITO: LETRA C

    COMENTÁRIO DA PROFESSORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    A questão exige conhecimento do teor do art. 46 da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.                

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.      

    § 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela.         

    § 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição.              

    A partir da leitura do dispositivo legal transcrito acima, verifica-se que a alternativa C está correta.

    FONTE: Fernanda Baumgratz, Advogada, Especialista em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora, de Direito Administrativo, Legislação Estadual, Legislação dos TRFs, STJ, STF e CNJ


ID
5025757
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

À luz do que estabelece a Lei nº 8.112/90, “a gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano”. Segundo as normas da referida lei, a gratificação natalina será paga até o dia

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõem os artigos 63 e 64, da citada lei, o seguinte:

    " Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.

    Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

    Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano."

    Analisando as alternativas

    Levando em consideração os artigos acima, depreende-se que apenas a alternativa "c" possui a data correta no que tange ao pagamento da gratificação natalina, qual seja: 20 do mês de dezembro de cada ano.

    Gabarito: letra "c".

  • De acordo com a Lei 8112, sobre a gratificação natalina (Art.63)

    Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.

  • Até o dia 20 de dezembro para dar tempo comprar os presentes natalinos.
  • A questão exige conhecimento do teor dos artigos 63 e 64 da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 63.  A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.

    Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

    Art. 64.  A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.


    A partir da leitura do dispositivo legal transcrito acima, verifica-se que a alternativa C está correta.


    Gabarito do Professor: C

ID
5025766
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/90) prevê a possibilidade de afastamento preventivo do cargo no decorrer do processo disciplinar, como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade. À luz do que estabelece a sobredita lei, o servidor poderá ser afastado do exercício do cargo pelo prazo de até sessenta dias,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    Lei 8.112/90

    Art. 147.  Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

           Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

  • Essa tá entregue .

  • A questão em tela versa sobre a disciplina de Direito Administrativo e a lei 8.112 de 1990.

    Dispõe o artigo 147, da citada lei, o seguinte:

    "Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração."

    Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo."

    Analisando as alternativas

    Considerando o dispositivo acima, conclui-se que apenas a alternativa "d" está correta e em consonância com o disposto na lei 8.112 de 1990.

    Gabarito: letra "d".

  • Se pensarmos que, a aplicação do afastamento preventivo do servidor com prejuízo da remuneração já caracteriza uma forma de penalidade contra o mesmo, sem ter havido a conclusão do fato ou de sua autoria, perceberíamos que a alternativa está incorreta.

  • A questão exige conhecimento do teor do art. 147 da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 147.  Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a  autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

    Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

    A partir da leitura do dispositivo legal transcrito acima, verifica-se que a alternativa D está correta.

    Gabarito do Professor: D