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Prova EXATUS - 2010 - CEFET-RJ - Assistente em Administração


ID
1009012
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas do texto (L 10 – 19 e 33):

Alternativas
Comentários
  • - "agradar AOS passageiros"  (note a preposição “a”) pois o verbo agradar, usado como transitivo indireto, significa corresponder à expectativa.

    - "observando A fisionomia" não se usa crase pois "fisionomia" é um substantivo, e o "a" neste caso é um artigo.

    - "As coisas TÊM DE".  O verbo "ter" no plural leva acento.

  • Linha 10) ...satisfação em agradar aos passageiros... 
    Quem agrada, agrada a alguem (verbo transitivo indireto)
    Linha 19) Fico observando a fisionomia ...
    Neste caso, observando é verbo transitivo direto. Não pede preposição (observando o quê?). A colega acima afirmou que não se usa a crase pois fisionomia é substantivo. Porém é importante lembrar que crase é a junção da preposição a com o artigo feminino a(s), ou com o pronome demonstrativo a(s), ou com o pronome demonstrativo aquele(a)(s). Logo, muitos substantivos femininos pedem sim crase. O que deve ser observado neste caso, é se o verbo pede ou não preposição. 
    Linha 33) As coisas tem de melhorar....
    Deve-se observar dois detalhes: o acento em ter, e o significado das expressões "tem a" e "tem de". No primeiro caso, as coisas está no plural. Logo, o acento é necessário. No segundo caso, a expressão "tem a" isoladamente não tem significado na língua portuguesa. Já a expressão "tem de", significa "necessita".

  • Faltou incluir o texto.

     

  • Gabarito. A.

    observar é um VTD, logo não possui conjunção em seu complemento


    As coisas -> plural, o plural dos verbos ter e vir é => Têm , Vêm, SINGULAR => Tem, Vem


  • Verbo TER na terceira pessoa do singular não recebe acento circunflexo. Exemplo: ele tem.

    Verbo TER na terceira pessoa do plural recebe acento circunflexo - acento diferencial. Exemplo: eles têm.

  • Puxa,errei.....porque está especifcando que é da pessoa

  • Complementando o comentário sobre o verbo observar. Observamos algo e não a algo. Neste caso temos mais um caso que toca a regência. Logo é impossível utilizar a crase por exigência do verbo em relação ao não uso de preposição e não a relação do termo "a" (que é um artigo definido) com o substantivo que o segue. 

  • 1) O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros,

    contração da preposição com um dos artigos definidos: a + a = à; a + as = às; a + o = ao; a + os = aos.

    2) Fico observando ____ fisionomia do passageiro. 

    artigo definido: a

    3) As coisas ______ melhorar 

    Verbo TER, 3ª p plural, acento circunflexo: têm


ID
1009015
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Quanto à acentuação gráfica, analise as afirmativas e assinale a incorreta:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C
         Acentua-se "táxi" pois é uma paroxítona terminada em I, já as palavras "será" e "está" são oxítonas terminadas em A, por isso são acentuadas. Portanto estas palavras NÃO obedecem à mesma regra de acentuação.
  • pula essa questão!

  • tá-xi - paroxítona

    se-rá - oxítona

    es-tá - oxítona

  • que banca sem noção!

  • Me corrijam se eu estiver errado, por favor:

    a separação das palavras da letra "A" ocorre da seguinte maneira:

    - rá-di-o

    - ne-gó-ci-o

    - au-di-tó-ri-o

    Sendo assim, com as antepenúltimas acentuadas (caso a separação que fiz esteja correta) elas são proparoxítonas e o enunciado diz que são paroxítonas. Por favor, alguém pode me ajudar?

  • Gustavo, 

    as duas últimas vogais de cada palavra mencionada não são separadas, por isso são ditongos. Na forma como pronunciamos é possível perceber que ficam juntos, quase não é possível distinguir o som das duas vogais. Separado fica assim: rá-dio / ne-gó-cio / au-di-tó-rio. 

     

    Dá uma lida no link abaixo: 

     

    http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono3.php

  • A alternativa B faz uma afirmação correta. As palavras: Título, música e taxímetro são realmente proparoxítonas. Não entendi  por qual motivo foi indicada como incorreta.

  • Não seria a alternativa C a incorreta             (minha tecla de interrogação não está funcionando)

  • Gente, leiam corretamente o enunciado: a questão pede para assinalar a afirmativa INCORRETA. A incorreta é a letra C, com a explicação que a Ana Luísa já deu!. :)

  • A palavra táxi obedece a regra das palavras paroxítonas terminadas em `i` enquanto as palavras será e está são oxítonas terminadas `a`

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

     

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

     

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...


    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.


ID
1009018
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Transportando-se para a voz passiva a frase. “Clarinete dá o recado sem precisar de orquestra”, a forma verbal resultante será:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B
    Se o clarinete dá o recado, então o recado É DADO!
  • Letra B

    Sem precisar de orquestra o recado é dado pelo clarinete.
  • Como sabemos, a voz passiva sempre terá um verbo a mais que a ativa correspondente e transforma o objeto direto da voz ativa em sujeito da voz passiva.

    A locução verbal formada, deverá também  ter o mesmo tempo e modo.

    Ou seja, "Clarinete  ... " O verbo dar está no presente do indicativo, então ao passar para a voz passiva, o verbo auxiliar também deverá estar no presente do indicativo, ou seja, o verbo "ser" na 3ª pessoa do singular do indicativo: é, com o auxiliar no particípio: dado.

    Voz ativa: "Clarinete dá o recado sem precisar de orquestra"

    Voz passiva:  "O recado é dado por clarinete sem precisar de orquestra"

ID
1009021
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Assinale a alternativa em que não se aponta corretamente a quem se refere o sujeito oculto da expressão verbal indicada:

Alternativas
Comentários
  • letra D


    Sujeito oculto refere-se ao passageiro.

  • O senhor, passageiro, não tem que agradecer.

    verbo não se refere ao motorista, refere-se ao passageiro.

    Gabarito D


ID
1009024
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Em “Estou adivinhando” (L 25) são feitas as seguintes afirmações. Assinale a incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Os verbos modais exprimem vontade, necessidade, proibição, enfim, idéias que atenuam ou enfatizam uma ação verbal. Como modais, esses verbos estão sempre associados a outros verbos formando uma locução verbal (verbo modal + verbo principal, nesse caso).

    Numa locução verbal formada por verbos modais (quererprecisarpoderdever e etc.) a concordância verbal ocorre obrigatoriamente entre o verbo modal e o sujeito ao qual está ligado. Nesse caso, somente o verbo modal deve concordar em número e pessoa com o seu sujeito.

    http://www.nilc.icmc.usp.br/minigramatica/mini/aconcordanciaeosverbosmodais.htm

  • gente se a locução verbal estiver no presente o verbo auxiliar, ela fica no tempo verbal de pretérito perfeito não é?

  • Pra mim a C está errada, verbos no gerúndio tem características de advérbio.

  • Em resposta à questão, é fundamental entender uma coisa:

    TENHO ADIVINHADO --> Pretérito Perfeito COMPOSTO do Indicativo.

    A forma em questão é ESTOU ADIVINHANDO. A gramática admite que essa locução verbal equivale ao presente do indicativo (ADIVINHO), uma vez que ambas as formas têm aspecto cursivo ou durativo, ou seja, denotam uma ação que se prolonga no tempo e no espaço.



  • Porque a letra A está errada?

  • A letra A nao está errada, a questão pediu para analisar a incorreta.

  • Estou adivinhando = é um verbo auxiliar de aspecto ( acurativos): precisam o momento em que a ação verbal se realiza.

    No caso da questão, entende-se que é um aspecto de continuidade.


    Auxiliares de modo (modais) = Precisam o modelo como a ação verbal se realiza ou deixa de se realizar, os valores semânticos dos verbos variam no contexto discursivo.

    Exemplo: Posso estudar ( possibilidade, capacidade, permissão)

    Fonte: Fernando Pestana.

  • A letra c também está errada.

    Não é um tempo composto.

    Tempo composto é formado por TER/ HAVER + particípio    o que não é o caso da questão que é uma locação formada pelo verbo estar + gerúndio


ID
1009039
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

A frase que encerra a mensagem desta crônica é:

Alternativas

ID
1009060
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei de Servidores Públicos, a investidura em cargo público ocorrerá com a:

Alternativas
Comentários
  • A alternativa A é a correta.

    Artigo 7º, Lei 8112/90: "A investidura em cargo público ocorrerá com a posse".
  • ProviMEnto = NoMEação

    InveStidura = PoSse

  • O provimento originário ocorre da seguinte forma: REGRA GERAL.

    Nomeação(provimento)-----30 dias-----Posse(investidura)-------15 dias-------Exercício(início das atividades).

  • Até a nomeação, o concurseiro tem o provimento/ocupação do cargo.

    Na posse, ele deixa de concurseiro para ser servidor público, pois na posse está a investidura/atribuições dos direitos e obrigações

  • A pose dar-se a com a investidura. 

  • A questão em tela exige do candidato conhecimento sobre investidura em cargo público, segundo o que dispõe o estatuto dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais (Lei 8.112/1990).

    Vejamos o dispositivo legal exigido:

    Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

    Veja, é a partir da posse o nomeado torna-se servidor público.

    >>> NOTE: O provimento se dá com a nomeação, a investidura se dá com a posse.

    >>> MACETE:

    ProviMEnto = NoMEação

    InveStidura = PoSse

    >>> Súmulas pertinentes do STF:

    Súmula 16: "Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse”.

    Súmula 17: "A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da posse”.

    De posse do aparato necessário para a resolução, e nos termos do art. 7º da Lei 8.112/1990, a investidura em cargo público ocorre com a posse. Logo, concluímos como correta a alternativa “A”, que menciona a resposta adequada para a questão.

    Quanto às demais alternativas, não é a expedição do ato da autoridade competente (Letra B), ou a nomeação (Letra C) que materializa a investidura em cargo público, mas a posse.

    Fonte: Lei 8.112/1990.

    Gabarito da questão: A.


ID
1010488
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Analise as seguintes orações do texto quanto à classificação e assinale a incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Pessoal,acredito que o motivo por que a questão foi anulada foi o de haver duas questões incorretas,letra a e c.
    Na letra a,fala de oração coordenada aditiva assindética,coisa que não existe,pelo menos eu nunca ouvi falar. Existe apenas oração coordenada assindética,que são aquelas que não são ligadas por conjunção,ex : Estudei,passei na prova.

    Já na letra
    c,a oração em questão não é objetiva indireta,e sim direta,já que não apresenta preposição.Para ficar mais fácil o entendimento,basta substituir a oração subordinada( aquela que contém a conjunção) por ISSO,veja como fica fácil:
    O senhor mostra que tem satisfação em agradar.>>>>> O senhor mostra ISSO.  ISSO=OBJETO DIRETO 
    Note que esse artifício de substituição por ISSO vale apenas para conjunções integrantes ( que e se).

    Portanto,as duas letras estão incorretas,acredito que seja esse o motivo da anulação da questão.

    Abraço,fiquem com Deus.

  • para mim a letra B é a correta.


ID
1099900
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas (L 50 e 51):

Alternativas

ID
1099903
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Os verbos “tocar”, “escutar” e “despejando” (1º parágrafo) são formas nominais do:

Alternativas
Comentários
  • ar:infinitivo 

    ndo: gerúndio

  • Ah! Se uma questão dessas cai numa prova que minha. Tô sonhando...... É isso. Suedilson. 


ID
1099906
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Analise os sinônimos dados as palavras em destaque:


I - Ficava tão empolgado pela música (L 23) = arrebatado.

II – Meu dever confortá-lo (L 33) = animá-lo.

III - Um passageiro distinto (L 08) = ilustre.

Quais dos sinônimos dados podem substituir corretamente o termo em destaque sem prejuízo para o sentido do texto?

Alternativas
Comentários
  • distinto significa diferente, o que não é igual. 
    ilustre significa o que se distingue por seu brilhantismo.  
     
    Note que enfase possui uma ênfase maior do que distinto. Logo não são sinônimos. 

  • Pessoal, cuidado. O gabarito foi alterado para letra D, todas estão corretas. 

  • Aqui está marcando A como gabarito.

     

    Eu marquei B.

     

    Confortar alguém = animar alguém?


ID
1099909
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

O segmento grifado está substituído pelo pronome correspondente de modo incorreto somente na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Ouvir VTD... OUVIR-LO


ID
1099912
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Em “Mas se as coisas melhorarem este ano.” (L 31) o nexo mas poderá ser substituído sem prejuízo algum para a frase por qualquer um dos listados abaixo, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Mas, porém, todavia e contudo, estão empregado na frase com sentido de adversidade. 

     
    Portanto possuí o sentido conclusivo, logo o gabarito é LETRA A.

ID
1099915
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Em “Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. (L 46) Assinale a alternativa que classifica corretamente a oração sublinhada:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B 

    Ninguém precisa ser grande em nada,/ desde que cultive alguma coisa bonita na vida. É uma oração subordinada Adverbial condicional, pois expressa uma condição em relação a oração principal.

  • b)Oração subordinada adverbial condicional. 

    conjunções subordinativas adverbiais condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).

     

  • “Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida.”

    b)  Oração subordinada adverbial condicional.

    Por que período composto? Pois tem duas orações, isto é, 2 verbos. Cada verbo - uma oração. (LOCUÇÃO - PRECISA SER, CULTIVE)

    Por que subordinada? Pois são orações dependentes.

    Por que adverbial? Pois são orações que exercem função de um advérbio da oração principal.

    Por que condicional? Pois, traz uma condição a qual a oração principal depende para ser para ocorrer ou não.

    Ex.: “Se você vier, eu ficarei feliz.” “Se o tempo colaborar, a colheita será abundante.”

    Pode ser trocada: “A colheita será abundante se o tempo colaborar.” “Desde que cultive alguma coisa bonita na vida, ninguém precisa ser grande em nada.”

  • conjunções subordinativas adverbiais condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).

     

  • Oração subordinada adverbial condicional. 

  • Oração subordinada adverbial condicional.


ID
1099918
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Assinale a alternativa em que a função sintática do termo sublinhado está incorreto:

Alternativas
Comentários
  • Verbo gostar não é nominal.

    Alternativa C.


ID
1099921
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Em “Quando se tem pressa”. (L 4) O termo sublinhado estabelece relação de:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma conjunção temporal. São conjunções que estabelecem o momento, o tempo da realização do fato contido na oração subordinante (principal).

    TEMPORAIS
    Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.

  • As conjunções temporais podem ser identificadas quando se troca por expressões como

    No momento em que, A partir de ...

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Boa!!!

  • Erro de tipo exclui a tipicidade

  • Exclui a tipicidade


ID
1099924
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Assinale a alternativa em que a expressão não é regida por um nome:

Alternativas

ID
1099930
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Atente para as afirmativas:

I - O cronista se inclui entre os passageiros distintos porque não manda, mas pede educadamente ao motorista que o conduza ao seu destino.

II - “Fatalidade da vida” a que o autor se refere ao fato do passageiro de táxi ter de ouvir o rádio noticiando, a pleno volume, assaltos, homicídios, ocorrências policiais etc.

III - No primeiro parágrafo o cronista com os pronomes “você”, “seu” e “o” (acompanharão) dirige-se ao leitor.

Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:

Alternativas
Comentários
  • "o" não faz referência ao destino?

ID
1099933
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

A resposta do cronista “Sim, ele é agradável” (L 15) dá a entender que ele:

Alternativas

ID
1099936
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O motorista achou que nem devia cobrar a passagem e até ficou encabulado. Assinale a alternativa que não justifica a atitude do motorista:

Alternativas

ID
1099939
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A razão entre o número de exercícios resolvidos de português por Marcos em relação a Júlia é de 3/7 . Se  Marcos fez 15 exercícios, quantos exercícios Júlia Fez?

Alternativas
Comentários
  • 3 está para 7, assim como 15 está para x.         

    3/7 = 15/x (multiplica cruzado)

    3 . x = 7.15

    3x = 105

    x = 105/3

    x = 35


ID
1099942
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática

Determine a medida da altura de um triângulo eqüilátero que tem 8√3 cm de altura de lado:

Alternativas

ID
1099945
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma escola deseja ladrilhar a biblioteca retangular de 3m por 4,5m com ladrilhos quadrados de 15 cm de lado. Qual o número de ladrilhos necessários?

Alternativas
Comentários
  • L = 3m

    C = 4,5m

    4,5 x 3 = 13,5m 

    ladrilhos = 0,15cm² ( 0,0225)


    13,5m / 0,0225cm = 600

    Item C


  • Largura x comprimento ---> 4,5 . 3 = 13,5 m²

     

    Ladrilhos = 15 cm de lado, para encontrar a área dele é só multiplicar dois lados: 15 . 15 = 225 cm²

     

    Para transformar cm² em m², pode ir dividindo de 100 em 100. O primeiro 100 o transformará em decímetro (dm²), depois em metro (m²).

     

    1º: 225 cm²/100= 2,25 dm²

     

    2º: 2,25 dm²/100 = 0,0225 m²

     

    ou divide 225 por 10 mil, pois 100 x 100 é 10000.

     

    225/10000 = 0,0225 m² 

     

    13,5 / 0,0225 = 600 ladrilhos


ID
1099948
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O número 3,576 também pode ser escrito na seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • a) 3576 X 10^-3 = 3576 . (1/10)^3 = 3576 . 1/1000 = 3576/1000 = 3,576


ID
1099957
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma gráfica tem 5 máquinas iguais que imprimem 36.000 panfletos em 2 horas. Considerando que duas dessas máquinas não estejam funcionando, calcule em quanto tempo as restantes imprimiriam 27.000 exemplares do mesmo panfleto?

Alternativas
Comentários
  • deve-se descobrir qto cada maquina faz:

    36000/5 = 7200;

    7200 é o que cada maquina faz em 2h, então em cada hora = 7200/2 = 3600.


    regra de três:

    em cada hora faz 3600;

    x horas faz 27000. 

    1/x = 3600/27000 ~> x = 7,5 isso é o tempo que precisa pra fazer os 27 mil.... como são 3 maquinas funcionando: 7,5/3 = 2,5!!!!

  • Fiz um pouquin diferente.
    36.000 = 2 h
    27.000 = x, mas como são inversamente proporcionais (tempo cara, tempo normalmente é inverso), visto que a quantidade de máquinas diminuiu, tem que arrumar:

    36.000 = x
    27.000 = 120 (coloquei 120 min logo pra ficar mais fácil a conta)

    Regra de três simples --> x = 36000*120/27000 = 160 min, que dá 2h e 30 min.

  • Vlw concurseira!!!



ID
1099960
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Francisco colocou parte do seu 13º salário em uma aplicação que rendia 25,6% de juro ao ano. Sabendo-se que após dois anos ele recebeu R$ 389,12 de juro, qual foi a quantia que ele aplicou?

Alternativas
Comentários
  • o enunciado deu:

    juros (J) = 389,12;tempo (t)= 2 anos;taxa (i)= 25,6 ao ano;capital (c) = ?
    podemos usar a fórmula de juros simples ~> J = C i T ~> substituindo: 389,12 = C x 0, 256 (25,6/100) x 2, achamos que o capital é de 760
  • J=CIT

    j = 389,12

    i = 25,6 a.a

    t = 2 anos

    c = ?


    389,12 = C x 25,6/100 x 2

    389,12 = 51,2C/100

    C = 38912 / 51,2

    C = 760,00

    Item C

     

  • M=C*(1+i*n)

    25,6*2= 51.2/100= 0.512

    389,12+C=C*(1+0.512)

    C*(1+0.512)=389,12+C

    C+C*0.512= 389,12+C

    -C+C+C*0.512=389,12

    C=389,12/0.512

    C=760 REAIS 

  • O enunciado não fala que é juros simples. Isso é motivo de anulação da questão. Pelo que eu sei, quando o enunciado não fala o tipo de juros ( simples ou composto) subtende-se o composto.


ID
1099966
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O salário de um rapaz é calculado de acordo com as horas trabalhadas. No último mês, ele trabalhou 176 horas e 24 minutos. Qual deve ser o salário do rapaz nesse mês, considerando que ele ganha R$ 13,52 por hora?

Alternativas
Comentários
  • 1º qt é o 24 min em horas:
    1 = 60 ~> x = 24, x = 0,4.

    2º qt vale o 24 minutos em dinheiro ~> 1 = 13,52, 0,4 = x ~> x = 5,408
    3º salario = 176 x 13,52 + 5,408 =  2384,928. Logo, gab. D
  • 24/60 = 0,4

    176,4 x 13,52 = 2.384,928


ID
1099969
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere as afirmativas:

I - Um número racional pode ser representado por meio de uma fração.

II - A representação de um número racional é finita e não periódica.

III - O número -8 é um número inteiro que não é natural.

IV - Na reta real, o ponto que representa - √5 está entre 0 e 1.

Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • I - Um número racional pode ser representado por meio de uma fração. 

    Correto

    II - A representação de um número racional é finita e não periódica. 

    Correto

    III - O número -8 é um número inteiro que não é natural. 

    Correto

  • Cláudia, uma dízima periódica é um número racional!

    Exemplo 0,3333333... = 3/9 (3/9 é um número racional e 0,3333333... é uma dízima)

    Logo a assertiva II está errada, pois um número racional pode ser uma dízima.

    Nem todo número racional é uma dízima mas toda dízima é um número racional.


ID
1099972
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Considere dois quadrados. Um deles tem 12cm de lado e o outro tem 15cm de lado. Qual é a razão entre o perímetro do quadrado menor e o perímetro do quadrado maior?

Alternativas
Comentários
  • quadrado A = 12x4 = 48

    quadrado B = 15x4 = 60


    60         100

    48           x


    x = 80 ou 4/5 de 100

    Item B

  • Razão inicial:

    12 para 15.  

    12/15, simplificando por 3 = 4/5

     


ID
1099978
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um terreno tem a forma de um trapézio de bases 35m e 24m, e altura 22m. Nesse terreno, foi construída uma piscina retangular de 10,5m por 6m. No restante do terreno, colocou-se grama. Qual área da parte do terreno que foi gramado?

Alternativas
Comentários
  • Vamos calcular a área do trapézio, que é dada por: 

    A = (B+b)*h/2, em que "A" é a área, "B" é a base maior, "b" é a base menor e "h" é a altura. 

    Assim, como o nosso trapézio tem bases de 35m e de 24m e tem altura de 22m, então a área vai ser: 

    A = (35+24)*22/2 --- mas, como a resposta tem que ser dada em centímetros, então vamos transformar 35m, 24m e 22m em centímetros. Assim: 

    35m = 3.500cm 
    24m = 2.400cm 
    22m = 2.200cm 
    Assim, a área ficará sendo: 

    A = (3.500+2.400)*2.200/2 
    A = (5.900)*1.100 
    A = 5.900*1.100 
    A = 6.490.000cm² <--- Essa é a área do trapézio 

    Agora vamos encontrar a área da piscina retangular, que tem medidas de 10,5m por 6m. 
    A área de um retângulo é dada por: 

    A = C*L, em que "A" é a área, "C" é o comprimento e "L" é a largura. 
    Assim, substituindo "C" por 10,5m e "L" por 6m, temos: 

    A = 10,5*6 ---- mas como a resposta tem que ser dada em centímetros, então vamos transformar em centímetros 10,5m e 6m. Assim: 

    10,5m = 1.050cm 
    6m = 600cm 
    Assim, a área ficará sendo: 

    A = 1.050*600 
    A = 630.000cm² <--- Essa é a área da piscina. 

    Agora, como o restante do terreno foi gramado, então a área gramada será dada pela área do trapézio menos a área da piscina. Assim, chamando a área gramada de AG, temos: 

    AG = 6.490.000cm² - 630.000cm² 
    AG = 5.860.000cm² <--- Essa é a área gramada. 

  • 1) Área do terreno: (Base + base) * altura /2 

    A = (35+24)* 22/ 2 ---> 59* 22 = 1.298/ 2 = 649

    A=649 m²

    2) Área da piscina: 10,5 x 6 = 63m²

    3) Área do gramado: 649 - 63 = 586 m²


ID
1099987
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma mesa tem o tampo na forma de um quadrado. Uma formiga, partindo de um dos cantos do tampo, contornou-se até voltar ao ponto inicial. Andou 5,20 m. Qual é a área do tampo dessa mesa?

Alternativas
Comentários
  • Perímetro do quadrado:

    4L=5,2 => L = 52,/4 => L =1,3

    Área do quadrado = A= L x L => A = 1,3 x 1,3 => A = 1,69

    Alternativa C

  • 5,20m/4 = 1,3m

    1,3m² = 1,69

    Item C

  • Resposta Letra C

    Se ao contornar o quadrado a formiga percorreu 5,20m; então a soma dos 4 lados do quadrado é 5,20m

    5,20/ 4 = 1,30m > Cada lado do quadrado mede 1,30m

    A fórmula da área do quadrado é Área = lado x lado

    Área = 1,30 x 1,30 = 1,69 m2


ID
1099990
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Qual o valor de x, para que os números 5x – 1 ; x + 2; 3 e 4 formam, nessa ordem uma proporção?

Alternativas
Comentários
  • Proporção é uma igualdade entre duas razões.

    logo ~> 5x – 1 / x + 2 = 3/4 resolvendo acha x = 10/17
  • proporção é = 5x – 1/ x + 2 = 3/4 ~> x = 10/17

  • Na proporção os produtos dos meios é igual ao produto dos extremos. 

    Então temos os extremos sendo 5x-1 e 4, e os do meio x+2 e 3.  Fica assim:para dar proporção o produto do meio tem que ser igual ao dos extremos, então fazendo as contas, temos que 3(x+2) = 4(5x-1),  usando a alternativa 10/17 no lugar de x, temos que:  3(10/17+2/1) = 3(10+34/17) = 3(44/17) = 132/17   e   4(5/1.10/17 -1/1) = 4(50/17-1/1) = 4(50/17-17/1) = 4(33/17) = 132/17.  Portando, a resposta correta é a "b".

  • Na proporção os produtos dos meios é igual ao produto dos extremos. 

    Então temos os extremos sendo 5x-1 e 4, e os do meio x+2 e 3.  Fica assim:para dar proporção o produto do meio tem que ser igual ao dos extremos, então fazendo as contas, temos que 3(x+2) = 4(5x-1),  usando a alternativa 10/17 no lugar de x, temos que:  3(10/17+2/1) = 3(10+34/17) = 3(44/17) = 132/17   e   4(5/1.10/17 -1/1) = 4(50/17-1/1) = 4(50/17-17/1) = 4(33/17) = 132/17.  Portando, a resposta correta é a "b".

  • proporção=igualdade

     5X-1=3

    X+2=4

    produtos dos meios igual produtos dos extremos

    4.(5X-1)=3.(X+2)

    20X-4=3X+6

    20X-3X=6+4

    17X=10

    X=10/17



ID
1099996
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Qual a forma decimal de representar o número racional – 2 1/6 ?

Alternativas
Comentários
  • 1/6 = 0,1666666 + (- 2) = – 2,166... 

  • 1/ 6 = 0, 166666 + (-2) = – 2,166... 


ID
1099999
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Acerca de alguns comandos de texto de sistemas operacionais, analise as afirmações abaixo:

I - No Linux, o comando rmdir diretório apaga o diretório informado (sublinhado) desde que o mesmo esteja vazio.

II - Os comandos no Linux e no Windows respectivamente, ls e dir são utilizados para listar arquivos e pastas existentes em um diretório atual.

III - No Linux, o comando du diretório mostra o tamanho do diretório informado (sublinhado).

IV - No Linux, o comando halt encerra o computador, assim como no Windows essa ação é efetuada com o comando shutdown – s.

É correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A - todas as alternativas estão corretas.

  • rmdir - Apaga diretórios vazios (apenas se estiver vazio);

    rm - Apaga arquivos ou diretórios vazios ou não.

  • du = disk usage

  • Decorei assim a diferença entre rmdir e rm: vazio tem 5 letras, assim como rmdir; logo, rmdir só pode excluir diretório vazio. Por conseguinte, rm pode excluir diretório de todo modo.
  • Comando rmdir -> Remove diretórios vazios

    -p Remove uma hierarquia de diretórios.

    -v Exibe informações de progresso do processamento -v = verbose

    --------------------------------------

    Comando du -> Exibe o espaço ocupado.

    -h Permite visualizar o tamanho em KB, MB (em vez de blocos)

    Ex: du /home

    --------------------------------------

  • Mas o shutdown -s também é usado no Linux. Porque a IV está certa?


ID
1100002
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Ao salvar de forma default arquivos no Microsoft Office Word, Excel e PowerPoint, esses arquivos possuirão as seguintes extensões e definições, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra B. Válido para as versões pré-2007.

    Atualizando seriam:

    docx – documento; xlsx – pasta; pptx – apresentação 

  • GABARITO: B


ID
1100005
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Acerca de navegadores, analise as afirmações abaixo:

I - Tanto no Internet Explorer quanto no Firefox, para se exibir o navegador em tela inteira pode ser utilizada a tecla F11.

II - Uma forma de aumentar o tamanho das fontes exibidas em páginas pelo Internet Explorer é por meio do menu Exibir – Tamanho do texto.

III - No entanto, a ação proposta na afirmativa anterior (II) não é válida para outros itens, como figuras e fotos; além disso a aplicação da formatação do Tamanho do texto só é aplicada em sites cuja esta funcionalidade esteja disponível.

IV - O Google lançou um browser chamado Chrome e, neste browser, quando efetuado um download, o arquivo baixado disponibiliza um link dentro do próprio ambiente visual do browser (localizado embaixo da interface), facilitando o usuário acessar o arquivo quando do término do download.

É correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

    Todas as afirmações estão corretas.

    I - todos os navegadores, Internet Explorer e Mozilla Firefox, e também o Google Chrome, F11 é Tela Inteira.

    II e III - outra forma é com CTRL + 'rodinha do mouse', que aumenta o texto e figuras ao mesmo tempo (zoom)

    IV - o Google Chrome mostra na parte inferior a lista de downloads. O Internet Explorer e o Mozilla Firefox mostram em janelas auxiliares (Ctrl+J)

  • c) Todas as afirmativas estão corretas.

  • kkkkkkkkkkkk


ID
1100008
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Word, as teclas de atalho para alterar a caixa de um texto selecionado, abrir um arquivo e inserir um hiperlink são respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • OBS: o simples fato de apertar F12 já abre um novo arquivo, não tem a necessidade de apertar a tecal CTRL. Não concordo com a resposta (letra C) mencionada na questão.

  • Simples fato de apertar F12 não abre um novo arquivo, e sim a opção "Salvar Como"...

    Opção C está correta.

  • sempre que sobra 2 eu erro! hahaha

  • GABARITO C

    SHIFT + F3 : ALTERA AS LETRAS EM MAIÚSCULO E MINÚSCULO.

    bons estudos


ID
1100014
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre as modalidades de licitação, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • gab. b 


    § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

  • A. Errado, são 5 modalidades.

    B. Correta

    C. É vedada a criação de outras modalidades, assim como a combinação delas.

    D. Nesse caso a licitação será DISPENSÁVEL.

  • A) (ERRADA) Art. 22. São modalidades de licitação: I - concorrência; II - tomada de preços; III - convite; IV - concurso; e V - leilão.

    B) (CERTA) Art. 22 § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

    C) (ERRADA) Art. 22 § 8o  É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.

    D) (ERRADA)  Art. 24. É dispensável a licitação: III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;

  • Sacanagem dessas bancas que cobram a literalidade. Essa letra "D" está correta, pois "inexigível" significa aquilo que não é exigido, ou seja, é dispensável.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.666/93. Vejamos:

    A. ERRADO.

    Art. 22, Lei 8.666/93. São modalidades de licitação:

    I - concorrência;

    II - tomada de preços;

    III - convite;

    IV - concurso;

    V - leilão.

    B. CERTO.

    Art. 22, § 2º, Lei 8.666/93 – Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. Dica: Tomada de preços - Terceiro dia.

    C. ERRADO.

    Art. 22, §8º, Lei 8.666/93. É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.

    D. ERRADO.

    Art. 24, Lei 8.666/93. É dispensável a licitação:

    III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.

    Observa-se que apesar de a regra geral que disciplina as contratações públicas possuir como premissa a exigência da realização de licitação para a obtenção de bens e para a execução de serviços e obras, há, na própria Lei de Licitações exceções.

    Na licitação dispensável, rol taxativo presente no art. 24, há para o administrador uma faculdade, que poderá realizar o processo licitatório ou não, dependendo das particularidades do caso concreto.

    A licitação dispensada, rol taxativo presente no art. 17, por sua vez, está relacionada às alienações de bens públicos tanto móveis quanto imóveis, não cabendo ao administrador nenhum tipo de juízo de valor, pois há na lei uma imposição da contratação direta.

    Por fim, a inexigibilidade de licitação, rol exemplificativo no art. 25, faz referência aos casos em que o administrador também não tem a faculdade para licitar, porém, aqui o motivo é a ausência de competição em relação ao objeto a ser contratado, condição indispensável para um procedimento licitatório. Tornando, a licitação impossível.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.


ID
1100017
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei de Licitações, quando houver inviabilidade de competição, a licitação será:

Alternativas
Comentários
  • gab. c


    Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

  • gab. c


    Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.666/1993.

    Inicialmente importante fazermos menção a nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros 2 anos teremos a aplicação da lei nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar a lei nº 8.666/93 ou a lei nº 14.133/21, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis.

    Observa-se que apesar de a regra geral que disciplina as contratações públicas possuir como premissa a exigência da realização de licitação para a obtenção de bens e para a execução de serviços e obras, há, na própria Lei de Licitações exceções.

    Na licitação dispensável, rol taxativo presente no art. 24 da Lei 8.666/93, há para o administrador uma faculdade, que poderá realizar o processo licitatório ou não, dependendo das particularidades do caso concreto (ato discricionário).

    A licitação dispensada, rol taxativo presente no art. 17 da Lei 8.666/93, por sua vez, está relacionada às alienações de bens públicos tanto móveis quanto imóveis, não cabendo ao administrador nenhum tipo de juízo de valor, pois há na lei uma imposição (ato vinculado) da contratação direta.

    Por fim, a inexigibilidade de licitação, rol exemplificativo presente no art. 25 da Lei 8.666/93, faz referência aos casos em que o administrador também não tem a faculdade para licitar, porém, aqui o motivo é a ausência/inviabilidade de competição em relação ao objeto a ser contratado, condição indispensável para um procedimento licitatório. Tornando, assim, a licitação impossível.

    Agora, vejamos:

    Art. 25, Lei 8.666/93. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    Assim:

    A. ERRADO. Obrigatória.

    B. ERRADO. Dispensável.

    C. CERTO. Inexigível.

    D. ERRADO. Nenhuma das alternativas anteriores.

    Gabarito: ALTERNATIVA C.


ID
1100020
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando as disposições da Lei dos Servidores Públicos, assinale a INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A - art13 § 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento (CORRETA)


    B - art13  § 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica.(INCORRETA)


    C - art13 § 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. (CORRETA)


    D - Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.  Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. (CORRETA)


    GAB: LETRA B.

     


  • Nomeação (Provimento) ----30 dias (prorrogável)----> Posse (Investidura) ----- 15 dias (improrrogável) ---> Exercício

    Para efetivar a Posse:

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos Servidores Públicos. Vejamos:

    A. CERTO.

    Art. 13, §1º, Lei 8.112/90. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.

    B. ERRADO.

    Art. 13, §3º, Lei 8.112/90. A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

    C. CERTO.

    Art. 13, §4º, Lei 8.112/90. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

    D. CERTO.

    Art. 14, Lei 8.112/90. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

    Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.


ID
1100023
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando as disposições da Lei dos Servidores Públicos, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A- Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. (CORRETA)


    B- Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:  I - exoneração;  II - demissão;  III - promoção;  VI - readaptação;  VII - aposentadoria;  VIII - posse em outro cargo inacumulável;  IX - falecimento. (INCORRETA)


    C- Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. (CORRETA)


    D- Art. 44. O servidor perderá: I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; (CORRETA)


    GAB: LETRA B

  • Vacância - PARE FDP

     

    Promoção;

    Aposentaroria;

    Reintegração;
    Exoneração;

    Falecimento;
    Demissão;
    Posse em cargo incaumulável.

     

     

  • A- Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. (CORRETA)

     

    B- Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:  I - exoneração;  II - demissão;  III - promoção;  VI - readaptação;  VII - aposentadoria;  VIII - posse em outro cargo inacumulável;  IX - falecimento. (INCORRETA)

     

    C- Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. (CORRETA)

     

    D- Art. 44. O servidor perderá: I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; (CORRETA)

     

    GAB: LETRA B

     

    Vacância - PARE FDP

     

    Promoção;

    Aposentaroria;

    Reintegração;
    Exoneração;

    Falecimento;
    Demissão;
    Posse em cargo incaumulável.

  • Atenção!

    Vamos prestar atenção nesses Mnemônicos pois as colegas abaixo erram no comentário a Monica Fasano referiu certo o artigo 33 da lei, mas ao mencionar o Mnemônico errou pois o correto é readaptação e não reintegração como ela mencionou. Dica: sempre verificar o texto de lei para não perder questões como esta.

  • Sendo Promoção e Readaptação casos híbridos, pois podem ser de provimento ou vacância dependendo da situação.

  • A presente questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8112/90.

    DICA: quando a questão exigir que se assinale a alternativa incorreta, após a leitura do enunciado, circule a palavra incorreta.

    Vejamos:

    OPÇÃO A: correta.

    Conceitua os exatos termos do instituto da reintegração, a seguir reproduzido, verbis:

    Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens (art. 28).

    OPÇÃO B: incorreta.

    A alternativa está errada, pois existem outras formas de vacância no art. 33, a seguir reproduzido, verbis:

    Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - promoção; VI - readaptação; VII - aposentadoria; VIII - posse em outro cargo inacumulável; IX - falecimento.

    OPÇÃO C: correta.

    Alternativa correta. Conceitua os exatos termos do instituto da remoção, a seguir reproduzido, verbis:

    Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (art. 36).

    OPÇÃO D: correta.

    Alternativa correta. Conceitua os exatos termos do dispositivo legal, a seguir reproduzido, verbis:

    Art. 44. O servidor perderá: I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;                  

    Fonte: Lei 8.112/1990.

    GABARITO DA QUESTÃO: LETRA B.

    Não esqueça:

    >> Remoção >>>>> deslocamento do servidor (art. 36).

    >> Redistribuição >>> deslocamento de cargo (art. 37). 

    >> Recondução >>>>retorno ao cargo anteriormente ocupado (art. 29).

    >> Servidor efetivo escolhido para exercer função de confiança não é “nomeado” e sim “designado”. >> Ascensão e a transferência: formas de provimento declaradas inconstitucionais pelo STF (SV 43) e revogadas pela Lei nº 9.527/97.

  • Nomeação, promoção, readaptação

    Reintegração e reversão

    Aproveitamento e recondução

    São provimentos para cargo publico oooohhhh

    Exonerou

    Faleceu

    Demitiu

    Promoveu

    Aposentooouohhh

    Readaptouooh

    POC

    São vacanciaaaaa

    Música Alfacon: https://www.youtube.com/watch?v=tUKifqtpHhg

    amoooo kkk


ID
1100605
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

A frase “Quando menos se espera"... (1º parágrafo) relaciona-se com um adjetivo do 2º parágrafo. Assinale- o:

Alternativas
Comentários
  • "Mas eis que [quando menos se espera] o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno."


ID
1106890
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
1106893
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se a = 0,5 + 1/8 e b = 7/8 - 4,3. Qual é o valor de a+b?

Alternativas

ID
1106896
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Encontre a fração geratriz da seguinte dízima periódica 0,636363...

Alternativas
Comentários
  • gab. A

    http://www.matematicadidatica.com.br/FracaoGeratrizDizimaPeriodica.aspx
  • O número que se repete colocamos no numerador, depois colocamos  "Noves" na quantidade de períodos que houver na dízima no denominador, neste caso são 2 periodos. Ficará 63/99, que simplificando por 3, dará 21/33, que simplificando novamente por 3, resultará em 7/11.

    :)

  • Divide-se 7 por 11 resultado = 0,63636363

  • 0,636363

    63 vai para o numerador e 99 para o denominador

    7/11

    A

  • Transforme 0,636363 desta forma:
    0,63 = 63 (repete-se o número que está sempre se repetindo na dizima) / 99 (1 nove para cada repetidor, no caso temos 2 números então é 99)

    63/99 por 3 = 21/33 por 3 = 7/11.

    gab a


  • 63/99

     

    Simplifique por 9.

    63/9= 7

    99/9= 11

     

    R: 7/11

     

    Errei por não ter simplificado.

  • fui na secaKKKK

  • quando vc faz o cálculo corretamente e esquece o mais importante, simplicar kkkkk

  • 0,636363...

    o período é 63 e contém 2 algarismos (6 e 3); portanto, sua fração geratriz será 63/99 = 21/33 = 7/11.

    gab. A

  • 63/99 Simplificando fica 7/11


ID
1106902
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Sabendo que 30% de x é igual a 21,3. Calcule o valor de x?

Alternativas
Comentários
  • 30% de x = x vezes 30 ~> 30 vezes x = 21,3 ~> x = 71

  • 30% de x = 30 (vezes)x ~> 30 (vezes) x = 21,3 ~> x = 71

  • Resposta letra A

    30% = 21,3

    100% = x

    Regra de 3:

    30x = 100 x 21,3

    30x = 2130

    x = 71


ID
1106911
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Assinale a alternativa correta, em que os números estão em ordem crescente:

Alternativas
Comentários
  • Ordem crescente = do MENOR para o MAIOR

     

    d) 5^-1 = (1/5)^1 = 1/5 = 0,2 < 0,7 < 1^1/2 = raiz quadrada de 1 = 1 < raiz quadrada de 3 = aproximadamente 1,75

        


ID
1106917
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Qual o tipo de sistema wireless que não é capaz de atravessar paredes?

Alternativas
Comentários
  • Parede de vidro o infravermelho atravessa :)

    A banca não especificou o tipo de material da parede, e por isto foi anulada.

  • Gabarito letra D.

    Nenhuma das alternativas, pois o sistema Wireles não passa por paredes e sim o sinal.

    Cada questão que aparece.

    Bons estudos.

  • Valeu, lindo! Ótima explicação. <3