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Prova Gestão Concurso - 2014 - CEMIG-TELECOM - Analista Administrativo Jr.


ID
1505548
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

O autor do texto cita o livro “Vidas Secas” com o objetivo de

Alternativas
Comentários
  • O texto deixa claro através do título: "Vidas Secas", que o personagem passava por uma questão existencial seria. No caso a pobreza era uma delas. Mas, a ociosidade a noite era tido como algo terrível, pois ao apagar as luzes mais nada se escutava, se fazia. A noite era uma verdadeiro silencio o que incomodava. Na atualidade, as pessoas ocupam o tempo por demais com o uso excessivo da internet. Ao ficarem sem por alguns tempo se desesperam, pois precisam serem preenchidas, mesmo que seja com um monte de bobagens. O cuidado maior em relação a esta questão esta no fato de que o enunciado procura na questão B afirmar que o autor esta se comparando a Fabiano e sua vida sem sentido. Mas, o autor não afirma que ele é igual a Fabiano. Quem é igual a Fabiano são os que usam a internet demasiadamente sem um sentido, ou uma utilidade, preenchendo o vazio existencial através das redes sociais. Essa questão tem que ter cuidado.         

  • GAB. Letra A


ID
1505551
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

Sobre a organização textual, foram feitos alguns comentários. Avalie-os como (V) verdadeiros ou (F) falsos.

(_____) O texto foi publicado na revista Carta Capital e, por esse motivo, pertence ao gênero reportagem.

(_____) O público-leitor desse texto é formado por pessoas interessadas por assuntos gerais, do nosso cotidiano.

(_____) Verifica-se uma opinião do autor do texto no trecho: “...a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança.” (6§)

(_____) Entre as estratégias empregadas para a construção da argumentação textual, encontra-se a intertextualidade em, pelo menos, cinco trechos do texto.

A sequência CORRETA de classificação, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • A = F  "Reportagem" não é gênero. Reportagem é um exemplo de texto narrativo.

    C= F  Verifica-se uma opinião do autor do texto no trecho: “...a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança.” (6§) 
    (a personagem Fabiano) Em vão, conclui: a vida seria... (Não é uma opinião do autor)
  • GAB. Letra B


ID
1505557
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

INSTRUÇÃO: Releia o quinto parágrafo do texto para responder à questão:

Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.”

Considere estes comentários sobre as palavras sublinhadas no trecho:

I. A palavra “pontiagudo” foi formada por composição por aglutinação.
II. A palavra “armados” foi formada por um processo de derivação sufixal.
III. A palavra “delatado” foi formada por um processo de derivação prefixal.
IV. A palavra “silêncio” foi formada por um processo de derivação regressiva.

É CORRETO apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • não entendi essa derivação regressiva da palavra silencio.

  • Cintia,

    Entendo que silêncio é um substantivo masculino derivado do verbo silenciar, cuja característica denota uma ação o que configura uma derivação regressiva. O verbo, na ocasião, é a palavra primitiva. 


  • IV esta correto, pois a derivacão regressiva acontece quando uma palavra é formada por REDUCÃO e NÃO por acréscimo como é o caso da prefixal e sufixal.

    Exatamente o que ocorreu com o substantivo silêncio: ele foi formado por derivacão regressiva - reducão

    exemplo: silenciar - silêncio / beijar - beijo / falar - fala

  • I. A palavra “pontiagudo” foi formada por composição por aglutinação. - correto - formação por aglutinação precogniza que ha perda sonora/ortográfica quando 2 palavras se juntam para formar uma nova. exemplos clássicos: aguardente, boquiaberto, embora etc
    II. A palavra “armados” foi formada por um processo de derivação sufixal. correto - radical: arma + sufixo desinencial de participio -dos
    III. A palavra “delatado” foi formada por um processo de derivação prefixal. errado- é sufixal: delatar + ado
    IV. A palavra “silêncio” foi formada por um processo de derivação regressiva. -correto- origina-se do verbo silenciar. a lógica de ser considerada formação regressiva é porque , consoante a explicação que tive no tempo da faculdade, originalmente se usavam verbos e adjetivos para se comunicar, adverbios e substantivos sendo um advento recente na evolução humana. 


ID
1505560
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

INSTRUÇÃO: Releia o quinto parágrafo do texto para responder à questão:

Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.”

Sobre a estrutura gramatical do parágrafo, foram feitos alguns comentários. Avalie-os como (V) verdadeiros ou (F) falsos.

(____) No trecho “Hoje vamos à internet”, há duas expressões adverbiais.

(____) A expressão “pelo silêncio” estabelece uma relação de causa no trecho.

(____) A oração “nada de bom para pensar” é classificada como “adverbial final”.

(____) O termo “nos” é o objeto indireto do verbo levar, que antecede a expressão.

A sequência CORRETA de classificação, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Quais são as duas expressões adverbiais do trecho: Hoje vamos à internet. ?

  • Luiza,
    Este foi o meu raciocinio para resolver a questão:
    Hoje = Tempo

    Internet = Lugar (quem vai, vai a algum lugar)
  • Obrigada, Vinicius!! ;)

  • Com relação à segunda afirmativa.

     

    Considerei-a correta, fazendo uma substituição hipotética: O tempo, por ser delatado pelo silêncio, é nosso maior delator [...]

  • Internet não seria objeto indireto? 

  • Questão horrorosa.

  • "Hoje vamos à praia"



    à praia é expressão adverbial? Lógico que não. Apesar de indicar lugar, é objeto indireto do verbo "ir", "vamos +a + a praia"


    não consegui entender porque isso seria "expressão adverbial"

  • Pessoal, é OI mesmo. Abstraiam e tentem achar a menos errada. Só lamento que isso de achar a menos errada tritura o tempo de quem estudou, na prova.

  • (_V_) No trecho “Hoje vamos à internet”, há duas expressões adverbiais. Hoje = Tempo e Internet = Lugar.

    (_F_) A expressão “pelo silêncio” estabelece uma relação de causa no trecho. Pelo = por meio de, é uma relação de instrumento.

    (_F_) A oração “nada de bom para pensar” é classificada como “adverbial final”. O para é preposição quando introduz um grupo preposicional (conjunto de palavras sem um verbo nuclear).

    (_F_) O termo “nos” é o objeto indireto do verbo levar, que antecede a expressão. Nos (sem acento) é OD, leva nós a nós mesmos.


ID
1505563
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

O autor do texto se mostra como um conhecedor dos acontecimentos que estão a sua volta, mostrando ter conhecimento sobre os fatos sociais. Qual trecho do texto comprova essa afirmação?

Alternativas
Comentários
  • GAB. Letra A

  • Em tempos de secura do ar, de reservatórios,

    Uma referência do autor a crise hídrica pela qual o Brasil, em especial São Paulo, passava à época da publicação da revista


ID
1505566
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

Considere esta definição de metalinguagem:

        1. Metalinguagem

É a linguagem que descreve acerca de si mesma ou de uma outra linguagem.
Ela incide em textos cujo foco é o próprio código empregado, ou seja, o conjunto de signos utilizado para transmissão e recepção da mensagem. Nesses textos a temática é exatamente a manifestação da linguagem.

Um filme cujo tema seja o próprio filme ou o cinema;
Um poema que trata de criações poéticas.


(www.dicionarioinformal.com.br/metalinguagem/. Acesso: 15/08/2014., Adaptado)

Qual destes trechos retirados do texto exemplifica a metalinguagem?

Alternativas
Comentários
  • Pelo título do texto " Vidas Secas", percebe-se que o texto fala sobre o livro "Vidas Secas".

  • e sobre o tempo que não concede tempo para nada!!

  • GAB. Letra A. 

  • Gabarito Letra A -- Um texto falando de outro texto.



    Porém a letra C, fazer a mesma coisa, mas não sei o porquê de está errada?


ID
1505569
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

Estes trechos foram retirados do texto. Há comentários sobre os sinais de pontuação empregados. Analise esses comentários.

Trecho 1: “Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos...” (7§)
Comentário: As vírgulas foram usadas para separar elementos coordenados entre si. Esses elementos são adjuntos adnominais que recaem sobre o mesmo substantivo: secura.

Trecho 2: “Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio.” (8§)
Comentário: A vírgula foi usada para isolar um adjunto adverbial deslocado. Já os pontos, foram utilizados para separar orações coordenadas assindéticas. Por fim, os dois pontos foram utilizados para introduzir uma relação de causa.

Trecho 3: “Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas...” (9§)
Comentário: As vírgulas foram usadas para isolar uma oração intercalada que, no contexto em que ocorre, serve para garantir credibilidade às informações do texto.

Trecho 4: “Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens...” (11§)
Comentário: A primeira vírgula utilizada nesse trecho está isolando uma oração subordinada adverbial condicional. A expressão “diziam os sábios” está entre vírgulas por não possuir vínculo sintático com o restante da oração. A última vírgula do trecho isola uma oração subordinada adjetiva explicativa, que serve para, no contexto em que ocorre, informar que nem todos “os sábios podem suportar 15 minutos sem conferir as mensagens no celular”.

Estão CORRETOS apenas os comentários feitos sobre os sinais de pontuação utilizados nos trechos

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar essa questão?

  • Não entendi a primeira.

  • Também não entendi, vamos indicar para comentário.

  • Gabarito: Letra A

    Trecho 1: O Comentário está correto. A palavra secura é omitida. Desenvolvendo o trecho, ficaria: "Em tempos de secura do ar e secura de reservatórios e secura de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos...” As locuções adjetivas "do ar", "de reservatórios", "de ideias" têm função sintática de adjuntos adnominais. 

    Trecho 2: "Com ele" tem função sintática de objeto indireto e foi deslocado para o início da frase. As orações seguintes são coordenadas assindéticas, pois não possuem conectivos. Reescrevendo, ficaria: Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la e não compartilhá-la e não lançá-la para ser curtida.

    Trecho 3: O comentário está correto. A oração intercalada dá mais credibilidade ao texto porque faz referência a estudo científico realizado por professores universitários e publicado na revista Science. 

    Trecho 4: A primeira afirmação do comentário está correta. É possível substituir a vírgula pela palavra "então".
    "Se quer saber a dimensão do tempo então fique um minuto em silêncio..." Logo a segunda oraçao é uma subordinada adverbial condicional. 
    No entanto a segunda afirmação está errada  pois a expressão "diziam os sábios" possui vínculo sintático com a próxima oração que é iniciada pelo "que", um pronome relativo que faz referência a palavra sábios.  


ID
1505572
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

Considere estes comentários sobre a linguagem:

                                 O que é a Linguagem figurada:
     A linguagem figurada consiste em  uma ferramenta ou modalidade de comunicação, que utiliza figuras de linguagem para expressar um sentido não literal de um determinado enunciado.
     A linguagem figurada é usada para dar mais expressividade ao discurso, para tornar mais amplo o  significado de uma palavra. Além disso, também serve para criar significados diferentes ou quando o   interlocutor não encontra um termo adequado para o que deseja comunicar.
                                                     (www.significados.com.br/linguagem-figurada/. Acesso: 15/08/2014.)

Considere agora o primeiro parágrafo do texto:

'“Cabeça vazia é a oficina do diabo", dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai."

Qual dos verbos negritados do primeiro parágrafo foi utilizado em linguagem figurada?

Alternativas
Comentários
  • GAB. Letra D


ID
1505575
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

INSTRUÇÃO: A questão referem-se ao nono parágrafo do texto:

        “Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de  pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57%  das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade  achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se  entreter dando choques em si mesmos – um deles  estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada  poderia ser mais revelador dos nossos dias.”

Entre as estratégias argumentativas utilizadas no parágrafo, encontram-se

Alternativas
Comentários
  • GAB. Letra A

  • Eu marquei a alternativa A, porém não achei nenhuma comparação.

  • Gabarito: Letra A

    O autor faz uma comparação entre o estudo publicado na revista Science e passagens do texto que falam sobre o tédio de ficar em silêncio por alguns minutos. Trechos como este:  (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.  Outro trecho: "Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida. " 

    A exemplificação está nos procedimentos realizados pelo experimento. 

    A conclusão aparece na frase "Nada  poderia ser mais revelador dos nossos dias.”

    A expressão "Vai ver é por isso que..." é uma evidência da opinião do autor. 


ID
1505578
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

INSTRUÇÃO: A questão referem-se ao nono parágrafo do texto: 

        “Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de  pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57%  das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade  achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se  entreter dando choques em si mesmos – um deles  estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada  poderia ser mais revelador dos nossos dias.”


Há um problema relacionado à concordância verbal neste trecho do nono parágrafo:

Alternativas
Comentários
  • Acho que o gabarito é letra b. Alguém sabe?

  • também acho que o gabarito é letra b.

  • quem prefere, prefere uma coisa à outra. letra A

  • Poderia ser C

     


ID
1505581
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

INSTRUÇÃO: A questão referem-se ao nono parágrafo do texto: 

        “Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de  pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57%  das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade  achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se  entreter dando choques em si mesmos – um deles  estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada  poderia ser mais revelador dos nossos dias.”

Considere a relação estabelecida pelo trecho destacado:

    “E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter   dando  choques em si mesmos."

A relação de “reflexividade", estabelecida pelo trecho destacado, também é encontrada na frase:

Alternativas
Comentários
  • Gab. Letra A

  • "...choques em si mesmos" e O menino molhou-se.... são ações em que o indivíduo provoca (age na ação) e sofre as consequências da própria ação "na pele". Logo, a relação de "reflixividade" é mantida. 

    Gabarito: Letra A


ID
1505584
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

                Chandelier

Party girls don't get hurt
Can't feel anything, when will I learn
I push it down, push it down

I'm the one "for a good time call"
Phone's blowin' up, they're ringin' my
doorbell
I feel the love, feel the love

1, 2, 3 1, 2, 3 drink
1, 2, 3 1, 2, 3 drink
1, 2, 3 1, 2, 3 drink
Throw ‘em back, till I lose count

I'm gonna swing from the chandelier,
from the chandelier
I'm gonna live like tomorrow doesn't
exist
Like it doesn't exist
I'm gonna fly like a bird through the night
Feel my tears as they dry
I'm gonna swing from the chandelier,
from the chandelier

And I'm holding on for dear life
Won't look down, won't open my eyes
Keep my glass full until morning light
'Cause I'm just holding on for tonight
Help me, I'm holding on for dear life
Won't look down won't open my eyes
Keep my glass full until morning light
'Cause I'm just holding on for tonight
On for tonigh

Sun is up, I'm a mess
Gotta get out now, gotta run from this
Here comes the shame, here comes the
shame
[...]

Furler, Sia. Chandelier, Sia. In: 1000 Forms of Fear. Monkey Puzzle Records e RCA Records, 2014.


Letras de músicas abordam temas que, de certa forma, podem ser reforçados pela repetição de trechos ou palavras. O fragmento da canção Chandelier, por exemplo, permite conhecer o relato de alguém que

Alternativas
Comentários
  • c-

    Parte que identifica o que a questao quer:

     

    Keep my glass full until morning light
    'Cause I'm just holding on for tonight
    Help me, I'm holding on for dear life

     

    O texto trata de uma pessoa que quer atenção mas que tambem tem ciência das consequencias de seus atos, como nessa passgem:

    Sun is up, I'm a mess
    Gotta get out now, gotta run from this
    Here comes the shame, here comes the
    shame


ID
1505587
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

A sentença “Jane _____ cook pasta very well.” é CORRETAMENTE completada com

Alternativas
Comentários
  • A) O modal Can , pois pode expressar abilidade, oportunidade,possibilidade, permissão ou pedido; aquí, abilidade


    B) seria doesn't (Jane- 3ª pessoa)


    C) Poderia ser o Present progressive tense se  am/is/are com o verbo auxiliar terminando em -ing:  Jane is cooking ....


    D) Usamos o would have(teria) como passado(1) de will have(terá) ou como condicional(2) para falar sobre algo que não ocorreu:


    (1) ------>   By the end of the decade scientists will have discovered a cure for influenza.


                      I will phone at six o’clock. He will have got home by then.


                      I phoned at six o’clock. I knew he would have got home by then.


                      It was half past five. Dad would have finished work.


    (2) -------> If it had been a little warmer we would have gone for a swim.


                     He would have been very angry if he had seen you.


    Obs: No perfective will have estamos olhando para trás a partir de um ponto no tempo(1) quando algo terá acontecido ou em um ponto do presente(possibilidade)(3)

    (3)--------> Look at the time. The match will have started.
                      It’s half past five. Dad will have finished work.


    https://learnenglish.britishcouncil.org/en/english-grammar/verbs/modal-verbs/will-have-or-would-have
    http://leo.stcloudstate.edu/grammar/tenses.html

    http://www.englishpage.com/modals/can.html

  • a-

    Can expressa habilidade para fazer algo. Jane can cook. I can drive. He can climb the stairs etc


ID
1505590
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Leia as sentenças abaixo:

I. The waiter that served me at the coffe shop moved away.
II. He saw that the bottles were empty.
III. Carla told me that she was going to quit the restaurant where she works in.
IV. I didn’t get the job that I applied for.

Em qual (is) das sentenças acima o uso do pronome relativo em negrito é extremamente necessário?

Alternativas
Comentários
  • Quando usar o THAT ou não:


    1- Você pode omití-lo quando se está diante de um pronome pessoal:


    EX:  I saw the sofa you bought yesterday. ( Eu vi o sofá que você comprou ontem.)



    2- Não podemos omití-lo quando se está diante de um verbo(ocupa o lugar do sujeito) ou de um advérbio:


    EX: Please, take the books THAT are on the shelf. ( Por favor, pegue os livros que estão na prateleira.)


           I have a radio THAT hardly works. ( Eu tenho um rádio que dificilmente funciona.)

  • a-

    Pronome relativo é opcional em oração subordinada substantiva. Para orações subordinadas adjetivas restritivas, é obrigatorio


ID
1505593
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta os termos que preenchem CORRETAMENTE as lacunas existentes nos enunciados seguintes, de cima para baixo:

I. These bees ___________ kept in a large hive before they were taken out and examined by the beekeeper.
II. A thief came into his house, tied him up, took his money, and left. He ___________ tied up for several hours.
III. John doesn't cook very well. He _____________ helped by his wife.
IV. Amanda is pregnant. She expects her baby ______________ in November.

Alternativas
Comentários
  • I) These bees had been kept in a large hive before they were taken out and examined by the beekeeper. (As abelhas tinham sido mantidas em uma grande colmeia antes de terem sido levadas e examinadas pelo apicultor.) Usou o "past perferct" indicando uma ação no passado que aconteceu antes de outra também no passado.
    II) A thief came into his house, tied him up, took his money, and left. He has been tied up for several hours. (Um ladrão entrou na sua casa, amarrou-o, pegou o seu dinheiro, e saiu. Ele ficou amarrado por muitas horas.) Usou o "present perfect" indicando uma ação no passado sem o tempo definido.
    III) John doesn't cook very well. He was being helped by his wife. (John não cozinha  muito bem. Ele estava sendo ajudado por sua esposa.) Usou o "past continuous" para indicar uma ação que estava acontecendo no passado.
    IV) Amanda is pregnant. She expects her baby to be born in November. (Amanda está grávida. Ela espera que seu bebê nasça em novembro.) Usou o infinitivo para indicar uma ação esperada para o futuro.

    GABARITO: B
  • I) These bees had been kept in a large hive before they were taken out and examined by the beekeeper. (As abelhas tinham sido mantidas em uma grande colmeia antes de terem sido levadas e examinadas pelo apicultor.) Usou o "past perferct" indicando uma ação no passado que aconteceu antes de outra também no passado.
    II) A thief came into his house, tied him up, took his money, and left. He has been tied up for several hours. (Um ladrão entrou na sua casa, amarrou-o, pegou o seu dinheiro, e saiu. Ele ficou amarrado por muitas horas.) Usou o "present perfect" indicando uma ação no passado sem o tempo definido.
    III) John doesn't cook very well. He was being helped by his wife. (John não cozinha  muito bem. Ele estava sendo ajudado por sua esposa.) Usou o "past continuous" para indicar uma ação que estava acontecendo no passado.
    IV) Amanda is pregnant. She expects her baby to be born in November. (Amanda está grávida. Ela espera que seu bebê nasça em novembro.) Usou o infinitivo para indicar uma ação esperada para o futuro.

    GABARITO: B
  • b-

    I- 2 ações no passado. Para a que aconteceu primeiro usa-se had been + past participle, o que designa o passado do passado.

    II- for several hours determina uma duração de tempo, o que exige progressive present perfect: uma ação que iniciou no passado e ainda acontece, com destaque à passagem contínua do tempo

    III- Primeiro periodo usa simple present porque é um fato. O segundo usa simple past past porque é uma ação que ja acabou, dependendo do contexto do primeiro periodo para entender seu uso

    IV - A expressao é to be born para previsão de nascimento

  • I) These bees had been kept in a large hive before they were taken out and examined by the beekeeper.

    (As abelhas tinham sido mantidas em uma grande colmeia antes de terem sido levadas e examinadas pelo apicultor.)

    Usou o "past perferct" indicando uma ação no passado que aconteceu antes de outra também no passado.

    II) A thief came into his house, tied him up, took his money, and left. He has been tied up for several hours.

    (Um ladrão entrou na sua casa, amarrou-o, pegou o seu dinheiro, e saiu. Ele ficou amarrado por muitas horas.)

    Usou o "present perfect" indicando uma ação no passado sem o tempo definido.

    III) John doesn't cook very well. He was being helped by his wife.

    (John não cozinha muito bem. Ele estava sendo ajudado por sua esposa.)

    Usou o "past continuous" para indicar uma ação que estava acontecendo no passado.

    IV) Amanda is pregnant. She expects her baby to be born in November.

    (Amanda está grávida. Ela espera que seu bebê nasça em novembro.)

    Usou o infinitivo para indicar uma ação esperada para o futuro.

  • VEjo que na Letra C pode ser respondido por WAS helped quanto WAS BEING helped.


ID
1505596
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Levando em consideração as diferentes formas de se referir a ações no futuro, analise os itens seguintes:

I. Claire is working at the library on Friday morning.
II. When I retire, I am going to go back to Liverpool to live.
III. The telephone is ringing, but I won’t answer it.
IV. James and Sarah are working two jobs to afford a private school for their children.

O emprego dos termos em destaque está CORRETO apenas em

Alternativas
Comentários
  • I. CORRETO. "Present Continuous" empregado como futuro.
    II. CORRETO. Uso de "Going to future" .
    III. CORRETO. Uso de "Will" na negativa.
    IV. ERRADO. "Present Continuous" empregado para uma ação continua do presente.

    GABARITO: C.

  •  c) I, II e III.

  • I. - 1 dos usos do present continuous é para designar ações futuras agendadas. e.g.: You're leaving for the countryside on the 6 p.m. train
    II e III. going to vs will. Going to é para futuros certos, planejados. Will é para ações futuras espontâneas. There's someone at the door. I will answer it.
    IV. Para ações regulares, rotinas e fatos, usa-se simple present, e não present continuous


ID
1505599
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Texto para a questão.

“Dear Robert,

I can’t believe I have found your email address, because I thought I’d lost it! It’s been so long we haven’t talked, I feel I have so much to tell you. Do you remember Alex from our high school class? We got married! And we’ve been married for about six years. We have two kids, Lily and Oliver. They’re so lovely! Lily is five and Oliver is two. We moved from Florida right after we had Lily for Alex got a nice job as a chief engineer of a car factory in Chicago and we’ve been living here since then. Chicago is an incredible city. There are many shopping centers, parks, libraries and the nightlife is pretty fun. Of course, after having two kids, Alex and I don’t have plenty of time to go out at night, but we do catch a movie every once in a while, we just have to find a babysitter! I’m still working as a teacher in a primary school very close to our neighborhood. I work in the afternoons and it gives me the opportunity to see the kids in the morning and at night. Alex usually works all day, yet he gets home before I do, so that when I arrive the kids have already taken their showers and are finishing their supper. It’s very rewarding to be a mom, even though I may get worn out at times. So, I heard you run a taco place in central Florida, is that right? Me and my husband love Mexican food and we’re planning on visiting our parents in the city on Thanksgiving. Maybe we could stop by your business and grab a taco! Well, Oliver has just woken up from his afternoon nap and is calling for me! I’m looking forward to hearing from you soon!

Love,

Lucy”

De acordo com o texto acima, as expressões destacadas for, every once in a while e yet podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido, respectivamente, por

Alternativas
Comentários
  • a-

    for - as, since, for the reason that, owing to the fact that, because

    every once in a while, now and then, at times, sometimes

    yet, still, nonetheless, nevertheless, alas, but.

     

    There's nothing nice about Chicago nowadays...


ID
1505602
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Leia o diálogo abaixo:.

Douglas: It’s good to have you here, cousin! Would you like some wine?
Claudia: Sure. Douglas, remember when we were kids and we used to visit grandma every Sunday for lunch? Douglas: Yes. We would spend the whole day playing in the backyard! Too bad we can’t turn back time…
Claudia: You’re right… I guess I would have spent more time with her. She used to take such good care of us. She would make us those delicious chocolate chip cookies, then she would buy us all Christmas presents.! She has always enjoyed being around her grandchildren!
Douglas: Yeah… If I had grandchildren, I would be exactly like she was to us.
Claudia: So would I! I would rather be like her than being a lonely old lady.

De acordo com o diálogo acima, nas expressões destacadas, o verbo modal would é empregado para indicar, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • CERTA A

    Would you like-  cortesia , oferecer algo


    would have spent-  expressa um desejo de algo passado


    would make- passado de will, denota o hábito da avó


    would be-  usado para falar de algo que vai, pode ou poderá acontecer ( sob uma condição).

     If I asked her to the party, would she come?; I would have come to the party if you'd asked me; I'd be happy to help you.


    would rather be - usado ra expressar preferencia, opinião. faria; seria; preferiria; etc.

    I would do it this way; It'd be a shame to lose the opportunity; I'd prefer to go tomorrow rather than today.



  • a-

    Would quando junta com if forma orações subordinadas condicionais. I would have have spent more time with her significa uma condição passada porque é algo que ja aconteceu e há somente possibilidade de especular como seria se fosse diferente. If I had grandchildren, I would be exactly like she was to us significa algo que não é verdade e o interlocutor conjectura um cenário alternativo.

     

    I would rather === I prefer, I'd sooner


ID
1505605
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Texto para a questão.

    “A World Health Organization panel is convening Monday to discuss the ethics of using experimental medicine to fight the Ebola outbreak in West Africa. Since its onset this year, the virus is believed to have infected 1,779 people and killed 961, according to WHO's latest figures. Their conditions are said to be improving. ZMapp is also being given to Miguel Pajares, a Spanish priest infected with Ebola while working in Liberia, Spain's Ministry of Heath announced Saturday. The drug was sent from Geneva, Switzerland, to Madrid, where Pajares is being treated in a special isolation unit at Hospital Carlos III.
    The patients' treatment has raised questions about the use of unproven and unlicensed drugs to treat Ebola and why these three have received the serum when so many others in West Africa also have the virus. Medical ethicists, scientific experts and lay people from the countries affected by the Ebola outbreak will discuss the use of unlicensed medicines to combat the virus during the WHO teleconference Monday. The panel will look at issues including whether it is ethical to use "unregistered interventions with unknown adverse effects," and, if so, who should receive them. The WHO last week declared the Ebola outbreak a "public health emergency of international concern." Since an Ebola epidemic was declared in Guinea in March, the disease has spread to Sierra Leone, Liberia and Nigeria. On Sunday, Ivory Coast banned flights to and from those countries affected by Ebola. Emirates this month become the first major international airline to suspend flights from Guinea, followed by pan-African airline ASKY and smaller regional carrier Arik Air. British Airways stopped its flights to Sierra Leone and Liberia last Tuesday, because of the "deteriorating public health situation."
    The Ebola virus causes hemorrhagic fever that affects multiple organ systems in the body. It can kill up to 90% of those infected. Early symptoms include weakness, muscle pain, headaches and a sore throat. They later progress to vomiting, diarrhea, impaired kidney and liver function -- and sometimes internal and external bleeding. Ebola spreads through contact with organs and bodily fluids such as blood, saliva, urine and other secretions of infected people. The most common treatment requires supporting organ functions and maintaining bodily fluids such as blood and water long enough for the body to fight off the infection.

Disponível em: http://edition.cnn.com. Acesso em: 11 ago 2014. (Adaptado).

De acordo com o texto acima, o painel convocado pela Organização Mundial de Saúde tem por objetivo discutir sobre

Alternativas
Comentários
  • Primeiro parágrafo:

    "A World Health Organization panel is convening Monday to discuss the ethics of using experimental medicine to fight the Ebola outbreak..."

  • a-

     

    A World Health Organization panel is convening Monday to discuss the ethics of using experimental medicine to fight the Ebola outbreak in West Africa.

     

     The patients' treatment has raised questions about the use of unproven and unlicensed drugs to treat Ebola and why these three have received the serum when so many others in West Africa also have the virus.


ID
1505608
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Texto para a questão.

    “A World Health Organization panel is convening Monday to discuss the ethics of using experimental medicine to fight the Ebola outbreak in West Africa. Since its onset this year, the virus is believed to have infected 1,779 people and killed 961, according to WHO's latest figures. Their conditions are said to be improving. ZMapp is also being given to Miguel Pajares, a Spanish priest infected with Ebola while working in Liberia, Spain's Ministry of Heath announced Saturday. The drug was sent from Geneva, Switzerland, to Madrid, where Pajares is being treated in a special isolation unit at Hospital Carlos III.
    The patients' treatment has raised questions about the use of unproven and unlicensed drugs to treat Ebola and why these three have received the serum when so many others in West Africa also have the virus. Medical ethicists, scientific experts and lay people from the countries affected by the Ebola outbreak will discuss the use of unlicensed medicines to combat the virus during the WHO teleconference Monday. The panel will look at issues including whether it is ethical to use "unregistered interventions with unknown adverse effects," and, if so, who should receive them. The WHO last week declared the Ebola outbreak a "public health emergency of international concern." Since an Ebola epidemic was declared in Guinea in March, the disease has spread to Sierra Leone, Liberia and Nigeria. On Sunday, Ivory Coast banned flights to and from those countries affected by Ebola. Emirates this month become the first major international airline to suspend flights from Guinea, followed by pan-African airline ASKY and smaller regional carrier Arik Air. British Airways stopped its flights to Sierra Leone and Liberia last Tuesday, because of the "deteriorating public health situation."
    The Ebola virus causes hemorrhagic fever that affects multiple organ systems in the body. It can kill up to 90% of those infected. Early symptoms include weakness, muscle pain, headaches and a sore throat. They later progress to vomiting, diarrhea, impaired kidney and liver function -- and sometimes internal and external bleeding. Ebola spreads through contact with organs and bodily fluids such as blood, saliva, urine and other secretions of infected people. The most common treatment requires supporting organ functions and maintaining bodily fluids such as blood and water long enough for the body to fight off the infection.

Disponível em: http://edition.cnn.com. Acesso em: 11 ago 2014. (Adaptado).

Com referência ao texto acima, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas

ID
1505611
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Assinale a alternativa que preencha CORRETAMENTE as sentenças abaixo de acordo com os verbos dados, respectivamente.

I. _________________ (to lie) in the sun for six hours. That’s why he is sunburnt.
II. Carry is on the phone now. _________________ (to talk) to her sister in Greece.
III. I’m not sure if this is a good book. _________________ (to read) it.
IV. I think I’m a good skier. _________________ (to go skiing) every weekend in the winter.
V. In Middle East the people _________________ (to rise up) against the dictator after the incident.
VI. Americans _________________ (to be) the first to send a man to the moon about fifty years ago.

Alternativas
Comentários
  • I. He's been lying (to lie) in the sun for six hours. That's why he is sunburnt. (present perfect continuous)
    II. Carry is on the phone now. She's talking (to talk) to her sister in Greece. ( ação em progresso - present continuous)
    III. I'm not sure if this is a good book. I haven't read (to read) it. (ação no passado sem especificar o tempo - present perfect)
    IV. I think I'm a good skier. I go skiing (to go skiing) every weekend in the winter. (hábito no presente - simple present)
    V. In Middle East the people rose up (to rise up) against the dictator after the incident. (ação no passado cujo tempo é mencionado - simple past)
    VI. Americans were (to be) the first to send a man to the moon about fifty years ago. (ação no passado cujo tempo é mencionado - simple past)

    Gabarito do Professor: C
  • Alternativa correta:

    c) He’s been lying - She’s talking - I haven’t read - I go skiing - rose up - were

  • c-

     

    I. Present Perfect Continuous é para ações que iniciaram no passado mas seus efeitos ainda podem ser presenciados no presente. Exemplo classico: It's been raining; the ground is wet from the rainfall.


    II. Present continuous indica ações que acontecem agora mas que nao sao rotinas, geralmente temporárias.


    III & VI. Usa-se Present perfect para algo no passado mas nao especifico. Nao ha marca de tempo no present perfect, enquanto que no simple past sim.


    IV. Simple Present é para rotinas e acontecimentos regulares.


    V. Simple past indica ação terminada no passado. Olha a diferença de sentido se mudar para present perfect. In the middle east, people have risen up against the emperor significa que as pessoas se rebelaram contra o imperador e a situação nao esta resolvida; ele foi removido e pode estar preparando um ataque. Em In the middle east, people rose up against the emperor implica uma ação concluida. Ele pode ter anulado a rebelião ou ela resultou em uma mudança permanente de governo.

    Obs.: A justificativa para simple past é devido ao after the incident, o qual é marca de tempo. Porém, para essa marca de tempo ter validade, é necessário um contexto. Marcas de tempo que não exigem contexto são datas e medidas de tempo. E.g.: He took part of the king's arms in 1999.


ID
1505614
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A respeito da cultura grega e romana, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Fiquem atentos aos nomes dos deuses e às correlações: apesar de ser uma questão "decoreba", a última correlação de deuses Hermes-Vulcano está incorreta - Hermes era Mercúrio para os Romanos e Vulcano era Hefesto para os Gregos.


ID
1505617
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Analise os itens abaixo sobre o Renascimento:

I – O Renascimento foi um conjunto de mudanças baseadas nos ideais humanistas que repercutiram nos campos da ciência, das artes plásticas e da política.

II – São características do Renascimento: o naturalismo, o classicismo, o hedonismo e o antropocentrismo.

III – Os mecenas eram indivíduos ricos que protegiam e financiavam artistas, filósofos e atores. A prática do mecenato garantia as condições materiais para os artistas e pensadores criarem suas obras e, em contrapartida, proporcionava prestígio e destaque social aos mecenas.

IV - Fillipo Brunelleschi, Donato Bramante, Veronese e Ticiano são alguns dos grandes nomes do período renascentista.

É CORRETO apenas o que se afirma em:

Alternativas

ID
1505620
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Um dos aspectos do mundo globalizado é o alto consumo de aparelhos eletro-eletrônicos, o que acaba por gerar um grande problema ambiental: o que fazer com o lixo eletrônico?

A respeito do tema, analise os itens abaixo:

I – A Lei Federal nº 12.305/2010 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil, com previsão da responsabilidade compartilhada e o conceito de logística reversa.

II – Lixo eletrônico, resíduo eletrônico ou e-lixo são termos utilizados para denominar o material eletroeletrônico descartado ou obsoleto, tais como computadores, aparelhos de televisão, rádios, geladeiras, celulares, câmeras digitais, entre outros.

III – O descarte incorreto do lixo eletrônico pode gerar sérios riscos ao meio ambiente e à saúde humana. Na composição dos equipamentos eletroeletrônicos, estão presentes metais pesados altamente tóxicos, principalmente mercúrio, berílio e chumbo. Quando o descarte incorreto ocorre, tais materiais podem contaminar o solo e os lençóis freáticos ou, ainda, liberar toxinas extremamente perigosas no ar quando queimados.

IV – Para evitar danos ao meio ambiente, o correto é reciclar o lixo eletrônico: ele deve ser recolhido e enviado a empresas especializadas, em um processo chamado de manufatura reversa. O nome ilustra bem as etapas: desmontar, separar partes e extrair diferentes elementos de cada componente, ou seja, uma lógica que faz o caminho contrário ao da produção dos equipamentos.

Considerando que cada item tem o valor de 03 (três), a soma dos itens CORRETOS é:

Alternativas

ID
1505623
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Sobre a Comissão Nacional da Verdade, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • "...as graves violações de Direitos Humanos examinadas pela comissão são aquelas praticadas por agentes públicos ou privados."

    Acredito que o erro seja a ausência dos militares.


ID
1505626
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Artigo 18 da Constituição Federal: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nos termos desta Constituição.”

A respeito do tema, analise os itens abaixo:

I. O território “X” pertence à União e sua transformação em estado-membro é possível, se regulamentado em lei complementar.
II. Para o município “Y” ser criado, deverá haver lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerá, ainda, de consulta prévia através de plebiscito às populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal apresentados e publicados na forma da lei.
III. Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. No entanto, não é possível a transformação de estado em território federal.

É CORRETO apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • TÍTULO III

    Da Organização do Estado

    CAPÍTULO I

    DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

     Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

    § 1º Brasília é a Capital Federal.

    § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

    § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

    LOGO A APÇÃO III ESTA ERRADA

    I E II CORRETAS

    GABARITO ALTERNATIVA D


ID
1505629
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
História

A Constituição Federal de 1988, a sétima brasileira, é considerada a “Constituição Cidadã”. A respeito das constituições brasileiras, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas

ID
1505632
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Geografia

Determinada região brasileira apresenta as seguintes características abaixo:

- Apresenta vegetação da Mata Atlântica, cerrado, caatinga e Mata dos Cocais;
- Apresenta clima semirárido, tropical, litorâneo úmido e equatorial úmido;
- A economia é bem diversificada, indo do turismo à indústria, além de passar pela pecuária;
- A seca em determinada área dessa região gerou um projeto que causa grande polêmica entre políticos, técnicos e ambientalistas.

Com base nas informações acima, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • O nordeste não é a segunda maior região do Brasil, esse posto é do CO, sendo o NE a terceira mair em extensão territorial.

    gabarito: Letra A.

    Que venha o IBGE!

  • Só errou quem quis kkkkkkk

  • Só errou quem quis kkkkkkk


ID
1505635
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A respeito da nova organização mundial, analise os itens abaixo e marque (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos:

(   ) O processo de globalização tornou-se possível graças ao grande avanço tecnológico na comunicação e na informação, marcado pela expansão dos computadores e da internet.
(   ) Com o fim da Guerra Fria, marcada pela bipolaridade, a nova ordem mundial é marcada pela unipolaridade, com o domínio dos Estados Unidos.
(   ) A globalização tem aprofundado desigualdades sociais e reacendido conflitos étnicos.
(   ) Com o crescimento do comércio e o fluxo financeiro internacional, foram formados blocos de comércio ou blocos econômicos, como o Mercosul, o Nafta, a União Europeia e a Apec.
(   ) A globalização não tem efeito negativo no meio ambiente, pois todos têm consciência da importância do desenvolvimento sustentável e tomam as medidas necessárias para preservar os recursos naturais.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Gab= A.

  • AJUDOU MUITO IRMÃO, PARABENS

  • AJUDOU MUITO IRMÃO, PARABENS


ID
1505638
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em junho de 1992, o Rio de Janeiro recebeu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Eco92 ou Rio92.

A respeito dos encontros sobre meio ambiente, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito d), pois o Brasil não fez parte dos países que assinaram o acordo do Protocolo de Quito (países chamados Anexo I), mas apenas se comprometeu voluntariamente à cumprir determinadas metas estabelecidas pelo acordo.

  • O Brasil assinou o Protocolo de Kyoto em 29 de Abril de 1998, porém a Assembléia Legislativa aprovou o texto do Protocolo apenas em 20 de Julho de 2002, sob o Decreto Legislativo nº 144 de 2002. Sendo assim, a ratificação do Protocolo de Kyoto pelo Brasil foi feita somente em 23 de Agosto de 2002.

    Os Estados Unidos, maior emissor de dióxido de carbono do mundo (36,1%), assinou mas não ratificouProtocolo de Kyoto, alegando que a implantação das metas e diretrizes propostas pelo acordo prejudicariam a economia do país.


ID
1505641
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Em 11 de março de 2011, aconteceu um terremoto de magnitude 9 na região de Tohoku (nordeste do Japão), que desencadeou um tsunami em todo o litoral. Uma onda de quase 15 metros de altura arrasou as instalações da central nuclear Fukushima Daiichi, afetando os sistemas de resfriamento dos reatores e geradores de emergência situados no subsolo. O acidente de Fukushima pode ser considerado o mais grave desde a catástrofe de Chernobyl (Ucrânia) em 1986.

A respeito de fontes de energia, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas

ID
1505644
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O C.R.M coloca o cliente no foco das atenções das corporações, em que cada ponto de contato é cuidadosamente gravado , armazenado e vira objeto de estudo a fim de entender , fidelizar e suprir da melhor forma possível as necessidades dos clientes. Entretanto mais do que o aparato tecnológico que o cerca, o CRM nasceu como uma filosofia que, em sua origem, buscava entender melhor o cliente, e posteriormente se transformou em uma estratégia de negócios, que evoluiu e segmentou-se dividindo-se em três grandes áreas.


Assinale abaixo a alternativa que apresenta CORRETAMENTE os tipos existentes de CRM.

Alternativas
Comentários
  • Engraçado... Achei que seriam 4 tipos: CRM Estratégico, CRM Operacional, CRM Colaborativo (ou Social) e CRM Analítico.

    Desconhecia esse CRM Funcional.

  • São 4 as funcionalidades (ou tipos) de CRM: Operacional, Analítica, Colaborativa e Estratégica.

     

    Fonte: http://www.agendor.com.br/blog/o-que-e-crm/

  • Não achei de jeito nenhum esse FUNCIONAL. Alguém pode disponibilizar da onde a banca tirou isso?

  • Não achei de jeito nenhum esse FUNCIONAL. Alguém pode disponibilizar da onde a banca tirou isso?


ID
1505647
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Os cargos e salários estão intimamente ligados à definição de metas e objetivos pessoais e organizacionais. Esses objetivos orientam os indivíduos e definem o percurso a ser seguido e o quanto falta para completá-lo.

NUMERE a segunda coluna de acordo com a primeira relacionando o conceito com a descrição das cinco principais características de objetivos bem formulados

PRIMEIRA  COLUNA

1) Simples 
2) Mensuráveis 
3) Atingíveis 
4) Relevantes
5) Temporais 

Segunda coluna 

 ( ) Os objetivos devem ser um instrumento para o alcance da visão e da missão da empresa 
( ) Os objetivos devem contemplar um ponto de partida e um ponto de chegada.
 ( ) Os objetivos devem ser claros e evitar ambiguidades para que todos saibam o que se espera  dos colaboradores
 ( ) Os objetivos devem ser factíveis pela maioria dos  colaboradores da organização
 ( ) Os objetivos devem conter  marcos de indicação do seu progresso

A alternativa que representa a sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    (4) Os objetivos devem ser um instrumento para o alcance da visão e da missão da empresa. 4) Relevantes

    (5) Os objetivos devem contemplar um ponto de partida e um ponto de chegada. 5) Temporais

    (1) Os objetivos devem ser claros e evitar ambiguidades para que todos saibam o que se espera dos colaboradores. 1) Simples

    (3) Os objetivos devem ser factíveis pela maioria dos colaboradores da organização. 3) Atingíveis

    (2) Os objetivos devem conter marcos de indicação do seu progresso.2) Mensuráveis


ID
1505650
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

A empresa Alpha vem enfrentando diversos problemas com seu pessoa,l como elevado índice de desmotivação, absenteísmo e rotatividade. Ao investigar a causa dessa insatisfação de seus funcionários, a diretoria de Recursos Humanos buscou ouvir suas ponderações e, repetidas vezes, ouviu reclamações como: “eu trabalho bem mais do que meu colega e recebo bem menos”; “tenho mais tempo de casa, porém o novato contratado semana passada é mais bem pago do que eu”; ”eu e meu colega fomos contratados na mesma época, temos o mesmo cargo, mas ele ganha mais do que eu”. Diante de relatos como esses, foi necessário adotar uma medida para reverter a situação.

ASSINALE a alternativa que contém a(s) principal(is) ação(s) que deve(m) ser adotada(s) pela Diretoria de Recursos Humanos da empresa Alpha para solucionar o problema.

Alternativas
Comentários
  •   Avaliação de cargos e salários trata do equilibrio interno de sálarios.

  • meritocracia + tempo de casa ..... ; ajuste salarial 


ID
1505653
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

A escola clássica da Administração possui esse nome, pois seus integrantes definiram os conceitos fundamentais da Administração. Seus precursores defendiam a máxima eficiência das organizações.

ASSINALE a alternativa que sintetiza CORRETAMENTE as ideias principais de cada integrante da escola clássica da Administração:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A

    B) Frederick Taylor: iniciou o movimento da administração cientifica, o combate ao desperdicio e a racionalização do trabalho.

    C) Max Weber: definiu as organizações como maquina burocrática e os tipos de autoridade existentes dentro delas

    D) Henry Ford: buscou a maxima eficiencia das organizações implementando em sua fábrica a linha de montagem

    fonte: wikipédia

  • As outras alternativas são atribuídas a, de acordo com minha interpretação, se estiver errado corrijam-me: b)  Henry Ford  c) Frederick Taylor  d) Max Weber 


ID
1505656
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O planejamento consiste na primeira etapa do processo administrativo. O planejamento permite identificar a situação atual das organizações, estabelecer metas a serem alcançadas e definir o percurso a ser adotado para o alcance dos objetivos.

Sobre esse assunto, analise os itens seguintes:

I) O planejamento estratégico visualiza a organização de maneira sistêmica e define seu rumo considerando fatores internos e externos.
II) O planejamento tático é definido pela alta cúpula da organização, responsável pela elaboração da visão e missão.
III) O planejamento operacional é elaborado pelos administradores de nível hierárquico operacional tendo como parâmetro o planejamento tático.

É CORRETO apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D. http://www.portal-administracao.com/2014/07/planejamento-estrategico-tatico-operacional.html

  • Alternativa II errada . O Planejamento tático é realizado, pelo nível de gerência média ou intermediária.

  • GABARITO: D

     

    I (CORRETO)- "maneira sistêmica" quer dizer: maneira geral, generalizada. O Planejamento Estratégico tem foco global e externo/interno da estrutura como um todo, sua visão é a longo prazo (Direção).

     

    II (ERRADO)- O planejamento tático é definido pela alta cúpula da organização, responsável pela elaboração da visão e missão. 

    Trata-se de uma definição de Planejamento Estratégico. O Planejamento Tático é o Nível Intermediário da organização (Gerência).

     

    III  (CERTO)- O Planejamento Operacional tem foco seu foco nas tarefas e é de curto prazo (Habilidade Técnica/Supervisão de primeira linha). O Planejamento Tático é elo entre operacional e estratégico.

     

    fonte:

    respostas com base nos meus entendimentos e anotações.

     

     

    Bons estudos.

  • Para que a questão em apreço seja respondida corretamente, é preciso que tenhamos conhecimentos sobre os tipos de planejamento. Dentre as afirmativas apresentadas, vejamos qual é a correta.

    Vamos aos itens:

    I. correto. O planejamento estratégico visualiza a organização de maneira sistêmica e define seu rumo considerando fatores internos e externos.

    • O planejamento estratégico é onde tudo começa, é a visão do futuro da organização, que se estrutura nos fatores ambientais externos, e nos fatores internos, onde definimos os valores, visões e missão da organização. As decisões tomadas no planejamento estratégico são de responsabilidade da alta administração da empresa. As ações são criadas pensando em longo prazo

    II. incorreto. O planejamento tático (o correto seria estratégico) é definido pela alta cúpula da organização, responsável pela elaboração da visão e missão.

    • O planejamento tático tem um envolvimento a nível departamental, envolvendo às vezes apenas um processo de ponta a ponta. O planejamento tático é o responsável por criar metas e condições para que as ações estabelecidas no planejamento estratégico sejam atingidas. Outra característica do planejamento tático é o tempo que as ações são aplicadas, é de médio prazo.

    III. correto. O planejamento operacional é elaborado pelos administradores de nível hierárquico operacional tendo como parâmetro o planejamento tático.

    •  O planejamento operacional é de onde saem as ações e metas traçadas pelo nível tático para atingir os objetivos das decisões estratégicas. Neste planejamento os envolvidos são aqueles que executam as ações que são aplicadas em curto prazo.

    Tendo analisado os itens, concluímos que a alternativa "D" é a que deve ser marcada.

    GABARITO: D


ID
1505659
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Os administradores, para exercer as funções gerenciais, precisam dominar determinadas habilidades para desempenhar seu trabalho com eficiência e eficácia.

A habilidade relacionada ao entendimento da organização como um todo e que permite o administrador compreender as dificuldades enfrentadas tanto pelo seu departamento quanto pelos outros é a

Alternativas
Comentários
  • Habilidades Administrativas de Katz (FONTE: Sobral e Peci, 2008)

    Os administradores utilizam diversas habilidades para poder gerir uma organização. Durante a década de 1970, o pesquisador Robert L. Katz revelou que os administradores precisam de três habilidades essenciais para desempenhar bem seu papel: habilidades técnicas, humanas e conceituais.16

    As habilidades técnicas são as necessárias para executarmos uma tarefa. São relacionadas com a capacidade de utilizar uma ferramenta, ter conhecimentos especializados em uma indústria e executar um procedimento, por exemplo.

    Quando um supervisor monta uma planilha de controle de estoque, por exemplo, ele está utilizando uma habilidade técnica. Usamos uma habilidade técnica também quando construímos um organograma, um fluxograma ou um fluxo de caixa.

    Essas habilidades são normalmente adquiridas através do treinamento formal e depois são desenvolvidas durante a experiência e a vivência do profissional. De certa forma, são as mais importantes no começo da carreira de um administrador.

    Já as habilidades humanas são relacionadas com a capacidade do gestor de se relacionar e de cooperar com outras pessoas.17 Quando necessitamos motivar, comunicar e liderar outras pessoas, essas habilidades são fundamentais!

    Sempre que precisarmos atingir objetivos em uma organização através do trabalho de outros indivíduos, habilidades serão cruciais.

    Se você tem facilidade de interagir com seus companheiros de trabalho, de se fazer entender e “vender” suas ideias, com certeza já possui habilidades humanas em seu repertório! Um gerente que tenha receio de falar em público, de interagir com seus comandados, terá muita dificuldade em seu trabalho!

    Finalmente, as habilidades conceituais são relacionadas à capacidade de pensar, montar conceitos e analisar situações abstratas e complexas. Quando um gestor na cúpula da empresa está analisando a conjuntura econômica e as ações de diversos concorrentes para montar um planejamento estratégico, por exemplo, ele está utilizando a habilidade conceitual.

    Quando temos a condição de pensar criticamente, de analisar problemas complexos, estamos utilizando as habilidades conceituais. A capacidade de pensar de modo sistêmico, por exemplo, só pode ocorrer quando temos tais habilidades.

    Imagine que você está analisando como diferentes fatos podem afetar sua organização (por exemplo: uma nova legislação do governo, uma tecnologia que seja lançada, uma catástrofe ambiental etc.). Se você consegue entender como esses fatores impactariam sua empresa no futuro, você tem habilidades conceituais.

    Outra contribuição de Katz foi o entendimento de que, apesar de todos os administradores utilizarem e necessitarem dessas habilidades, elas seriam mais ou menos importantes para os administradores de acordo com sua posição na hierarquia da organização.


  • A habilidade relacionada ao entendimento da organização como um todo e que permite o administrador compreender as dificuldades enfrentadas tanto pelo seu departamento quanto pelos outros é a

     

    Estratégica => Conceitual

     

    Tática => Humanas

     

    Operacional => Técnicas

  • Para que a questão em apreço seja respondida corretamente, é preciso que tenhamos conhecimentos sobre as habilidades gerenciais. No caso desta questão, devemos marcar a alternativa que contém a habilidade relacionada ao entendimento da organização como um todo e que permite o administrador compreender as dificuldades enfrentadas tanto pelo seu departamento quanto pelos outros.

    Conforme a lição de Maximiano (2018), Robert Katz é um dos principais nomes quando o assunto posto à mesa é o estudo das habilidades gerenciais. Katz é responsável por retomar e aprofundar algumas ideias de Fayol. No quesito que estamos estudando aqui (Habilidades gerenciais), ele as dividiu em três categorias. Sendo elas:

    • Habilidade técnica: é a habilidade intimamente relacionada com a atividade específica do gerente. Estão relacionados às habilidades técnicas os conhecimentos, métodos e equipamentos necessários para a realização das atividades que estão no campo da sua área especializada do gestor.

    • Habilidade humana: é a área que envolve a compreensão das pessoas e das suas necessidades, interesses e atitudes. Tem a ver com a capacidade de entender, liderar e trabalhar com pessoas.

    • Habilidade conceitual: é a habilidade que envolve a capacidade de compreender e lidar com a complexidade da organização como um todo e usar, a partir disso, o intelecto para formular estratégias. A criatividade, planejamento, raciocínio abstrato e entendimento do contexto são representações da habilidade conceitual.

    Tendo apresentado o assunto, podemos concluir que a alternativa "A" é a correta.

    GABARITO: A

    Fonte:

    MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2018.


ID
1505662
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

A organização de arquivos consiste, em qualquer instituição, no desenvolvimento de determinadas etapas de trabalho.

A etapa que se inicia pelo exame dos estatutos, regimentos, regulamentos, normas, organogramas e demais documentos que compõem a instituição mantenedora do arquivo é

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe explicar a resposta?

  • Se arquivo é o conjunto de documentos recebidos e produzidos por uma entidade, seja ela pública ou privada, no decorrer de suas atividades, claro está que, sem o conhecimento dessa entidade - sua estrutura  e alterações, seu objetivo e funcionamento - seria bastante difícil compreender e avaliar o verdadeiro significado de sua documentação.

    O levantamento deve ter início pelo exame dos estatutos, regimentos, regulamentos, normas organogramas e demais documentos constitutivos da instituição mantenedora do arquivo a ser complementado pela coleta de informações sobre sua documentação.

    (Arquivo Teoria e Prática - Marilena L. Paes Cap.3 p. 35)

  • l


ID
1505665
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

Os arquivos possuem como finalidade servir à administração. Eles podem ser classificados segundo: i) as entidades mantenedoras; ii) os estágios de sua evolução; iii) a extensão de sua atuação e; iv) a natureza dos documentos.

A respeito da classificação dos estágios de evolução, ASSINALE a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B) Tal conceito foi corroborado pela doutrina de Marilena Leite Paes.

  • Alternativa B

    Lembrar sempre: Classificação dos arquivos é diferente da Classificação dos documentos.


    Os arquivos podem ser classificados segundo:


    1. As entidades mantenedoras : Públicos ou Privados;


    2. A natureza dos documentos: Especial ou Especializado;


    3. Os estágios de sua evolução: Corrente, intermediário ou Permanente;


    4. A extensão de sua atuação: Setorial ou Central.


  • isso é referente a qual matéria?nunca vi ou estudei este tipo de assunto.

  • Gabarito: B.

     

    Os estágios de evolução dos arquivos são as três idades:
    – arquivo corrente ou de primeira idade;
    – arquivo intermediário ou de segunda idade;
    – arquivo permanente ou de terceira idade.

     

    Renato Valentini - Arquivologia para Concursos, 4ª Edição.


ID
1505668
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Analise as seguintes afirmativas a respeito do processo decisório dentro das organizações:

I) “O administrador, no processo de tomada de decisão, não tem como determinar se a sua escolha foi o melhor curso de ação adotado para a organização”

PORQUE

II) “O conhecimento do administrador é limitado quanto à coleta das informações disponíveis para a tomada de decisão,”

Sobre as afirmativas e a relação existente entre elas, assinale alternativa CORRETA

Alternativas
Comentários
  • A banca não especificou sob qual abordagem. Na AdmCientífica, não faz sentido.Oo

  • QUAL fundamentação? se o administrador não tem a informação quem terá?


ID
1505671
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

A respeito das técnicas modernas a serviço dos arquivos, analise as seguintes afirmativas:

I) A microfilmagem é utilizada pelas organizações somente com o principal propósito de reduzir os custos de armazenagem de arquivos.
II) A implantação da microfilmagem é algo simples e fácil de executar podendo ser adotada pelas organizações a qualquer momento.
III) A microfilmagem pode ser utilizada com o objetivo de preservar os documentos originais que, com o uso, acabam deteriorando.

É CORRETO apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Não entendi porque o item II está incorreto. Alguém poderia explicar?

  • Sara.

    A microfilmagem tem alto custo no processo de adoção. Os documentos devem apresentar valor que justifique o preço dessa operação.

  • GABARITO: LETRA A

    Microfilme é o resultado do processo de reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução (Decreto n o 1.799/1996 –regulamenta a lei da microfilmagem).

    O microfilme reduz os espaços em aproximadamente 98%, em relação ao documento original.

    Com isso, há um domínio maior da massa documental, implicando a busca mais eficiente da informação.

    A microfilmagem não elimina o prévio tratamento da documentação.

    Objetivos:

    • reduzir o volume documental;

    • garantir a sua durabilidade (expectativa de vida: 500 anos).

    FONTE: Arquivologia para Concursos- 4 ed. Renato Valentini.


ID
1505674
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

A Qualidade Total exige o envolvimento de toda organização com o objetivo de um produto satisfazer ou superar as expectativas do cliente. Sobre a Qualidade Total, analise as seguintes afirmativas:

I) O processo de melhoria contínua consiste em tornar o processo mais capaz utilizando os recursos que estão à disposição da organização.
II) A inovação busca tornar o processo mais capaz através da inserção de recursos ainda não utilizados pela organização.
III) Em sua plenitude, a Qualidade Total deve considerar tanto a melhoria contínua quanto a inovação do processo.

É CORRETO apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • C) 

    A Gestão da Qualidade Total (TQM – Total Quality Management, em inglês) demanda que cada funcionário esteja envolvido no processo de busca do aumento da qualidade, e não apenas os empregados que lidam diretamente com os clientes ou na produção dos produtos.

    O pessoal da limpeza, do setor de faturamento, do setor de contratos e outros setores deve entender que seu trabalho contribui para que a empresa seja eficiente e consiga satisfazer seus clientes e ser competitiva. Dessa forma, a TQM significa o comprometimento de uma organização com a qualidade através da melhoria contínua em cada atividade.1


ID
1505677
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração de Recursos Materiais
Assuntos

Na tomada de decisão sobre quanto comprar, os gerentes de produção buscam identificar quais custos serão impactados com a sua decisão.

NUMERE a segunda coluna de acordo com a primeira relacionando o conceito com a descrição dos custos de estoque

PRIMEIRA  COLUNA 
1) Custos de  alocação do  pedido
2) Custos de desconto de preços
3) Custos de falta de estoque
4) Custos de capital de giro
5) Custos de armazenagem
6) Custos de  obsolescência
7) Custos de  Ineficiência de produção

SEGUNDA COLUNA
( ) altos níveis de estoque impedem a visualização completa da extensão de problemas dentro da produção.
( ) relacionados à locação, climatização e iluminação do armazém.
( ) ao solicitar um pedido, os fornecedores irão demandar pagamento por seus bens, o que pode não coincidir com o pagamento dos clientes,  comprometendo os fundos da  empresa.
( ) incluem as tarefas de escritório para o preparo do pedido e da documentação associada a isso, o arranjo para entrega e custos diversos para  gerar os pedidos.
( ) erro na decisão de  quantidade de pedido.
( ) muitos fornecedores oferecem descontos sobre o preço normal para pedidos em grandes quantidades assim como podem impor custos extras para pequenos pedidos.
( ) pedidos muito grandes podem significar que os itens estocados permanecerão muito tempo armazenados correndo o risco de mudança de moda e deterioração.

A alternativa que apresenta a sequência CORRETA de cima para baixo é:

Alternativas
Comentários
  • Custos de  Ineficiência de produção

    ( ) altos níveis de estoque impedem a visualização completa da extensão de problemas dentro da produção.

    Custos de armazenagem

    ( ) relacionados à locação, climatização e iluminação do armazém.

    Custos de capital de giro

    ( ) ao solicitar um pedido, os fornecedores irão demandar pagamento por seus bens, o que pode não coincidir com o pagamento dos clientes,  comprometendo os fundos da  empresa.

    Custos de  alocação do  pedido

    ( ) incluem as tarefas de escritório para o preparo do pedido e da documentação associada a isso, o arranjo para entrega e custos diversos para  gerar os pedidos.

    Custos de falta de estoque

    ( ) erro na decisão de  quantidade de pedido.

    Custos de desconto de preços

    ( ) muitos fornecedores oferecem descontos sobre o preço normal para pedidos em grandes quantidades assim como podem impor custos extras para pequenos pedidos.

    Custos de  obsolescência

    ( ) pedidos muito grandes podem significar que os itens estocados permanecerão muito tempo armazenados correndo o risco de mudança de moda e deterioração.

  • Acertei a questão somente por ter a certeza do custo da falta de estoque. kkkkkk 
    Gabarito D

  • Questão excelente para revisão de custos de estoque, conceitos. 


ID
1505680
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração de Recursos Materiais
Assuntos

O controle de estoques dentro das organizações pode gerar diferentes perspectivas de acordo com os diversos departamentos das empresas. MARQUE a alternativa que corresponde à área da empresa que normalmente considera um elevado estoque em montante de capital empatado.

Alternativas
Comentários
  • Res. Letra b


  • Com a devida vênia, discordo do gabarito. A doutrina fala em Setor de Vendas. Há diferenças entre Setor de Vendas e Contabilidade.  Gabarito Contestável.

  • o que vem a ser montante de capital EMPATADO?

  • Capital Empatado é o dinheiro usado no início do financiamento/investimento

    Empatar Capital: colocar na situação de não dar lucro imediato.
  • Se tratou de capital, possivelmente será contabilidade.


ID
1505683
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração de Recursos Materiais

A função de compras exerce um papel importante de ligação entre a empresa e seus fornecedores. O processo de compras consiste em algumas etapas que envolvem a unidade produtiva, a função de compras e os fornecedores.

Enumere os seguintes eventos na gestão de uma típica interação entre empresa e fornecedor, considerando a sequência do processo de compras

(   ) Função de compras prepara o pedido de compras
(   ) Função de compras seleciona o fornecedor preferencial
(   ) Unidade produtiva envia requisição de produtos e serviços
(   ) Fornecedores elaboram e enviam cotações
(   ) Fornecedores produzem produtos e serviços
(   ) Fornecedores entregam os produtos para a unidade produtiva que os recebe
(   ) Função de compras prepara solicitação de cotações

ASSINALE a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a sequência do processo de compras:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A. Que questão SAPECA!  O examinador quer te derrubar a qualquer custo.  Recorri à obra de Chiavenato e à obra de DIAS e não encontrei este processo. 

  • ( 5 ) Função de compras prepara o pedido de compras 
    ( 4 ) Função de compras seleciona o fornecedor preferencial 
    ( 1 ) Unidade produtiva envia requisição de produtos e serviços 
    ( 3 ) Fornecedores elaboram e enviam cotações 
    ( 6 ) Fornecedores produzem produtos e serviços 
    ( 7 ) Fornecedores entregam os produtos para a unidade produtiva que os recebe 
    ( 2 ) Função de compras prepara solicitação de cotações 


ID
1505686
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração de Recursos Materiais

A maioria das empresas adquirem uma grande variedade de produtos e serviços. Apesar das diferenças existentes entre as empresas, existem alguns objetivos básicos da atividade de compras que são válidos para todos os materiais e serviços comprados.

ASSINALE a alternativa que NÃO consiste em um objetivo da função de compras.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D, mas a banca já ouviu falar de fornecedores únicos, exclusivos e simples?   CHIAVENATO (2010: P. 100) —  A área de compras tem por finalidade a aquisição de matenalS, componentes e para suprir às necessidades da empresa e do seu sistema det~I~ ção nas quantidades certas, nas especificações exatas e nas datas aprazadas. Para atingir tal finalidade, o órgão de compras precisa desenvolver e manter !i fontes de suprimentos adequadas: a chamada cadeia de suprimentos. Se aIl empresa pode ser visualizada como um sistema aberto, o subsistema de compras é que garante os seus insumos e entradas, atuando omo interface em relação ao ambiente externo. Apesar de ser um subsistema orientado para fora da empresa isto é, voltado para os fornecedores externos o de compras interage internamente vários órgãos da empresa, como produção, PCP, engenharia e produto, controle de qualidade, controle de estoques, área financeira etc. Em síntese, a função principal do subsistema de compras é de apoio e suporte ao subsistema de produção da empresa. 


ID
1505689
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

A administração de contratos requer gestores, ou seja, responsáveis de ambas as partes para acompanhar o cumprimento dos objetivos definidos no momento da contratação.

ASSINALE a alternativa que NÃO condiz com a responsabilidade do gestor de contratos:

Alternativas

ID
1505692
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Logística

No processo de armazenagem, o uso de paletes consiste na combinação de peças pequenas e isoladas com o objetivo de realizar a movimentação, de uma só vez, de um maior número de unidades.

MARQUE a alternativa que corresponde ao material para fabricação do palete capaz de sustentar peso excessivo de cargas, altas temperaturas e trabalhos pesados, normalmente utilizado em fundições e ferramentarias.

Alternativas
Comentários
  • a questão já responde:: METAL


ID
1505695
Banca
Gestão Concurso
Órgão
CEMIG-TELECOM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Dentre as quatro funções administrativas, a proprietária da empresa Beta acredita dominar três delas. Em sua rotina, ela busca analisar a organização de forma holística e determinar os rumos a serem seguidos. Para alcançar esses objetivos, ela aloca os recursos disponíveis na empresa buscando tanto a eficiência quanto a eficácia. Nesse processo, ela sente que tem orientado seus funcionários para os objetivos da empresa e se sente orgulhosa em conseguir com que todos trabalhem com um propósito comum. A dificuldade que ela enfrenta é de determinar se os objetivos idealizados estão sendo cumpridos dentro do prazo e dentro das expectativas traçadas por ela. ASSINALE a função administrativa que a proprietária da empresa Beta precisa aprimorar:

Alternativas
Comentários
  • Subjetivo o comando, não? 

    O sistema de controle lhe fornece, assim, um modo de monitorar os efeitos das decisões e ações tomadas e comparar com o que foi planejado anteriormente.

    Dessa maneira, sua conclusão pode até ser de que o planejamento foi malfeito e de que a meta era ambiciosa demais!

    Um bom sistema de controle lhe proporcionará entender como sua empresa está funcionando para que você possa tomar as decisões necessárias de modo a atingir seus objetivos.

    O processo de controle é formado por quatro etapas:

    Ø Estabelecimento dos padrões – definição dos objetivos da atividade, ou seja, o desempenho esperado. Sem definir quais são as expectativas da empresa para determinada atividade seria impossível controlá-la.

    Ø Monitoramento do desempenho – acompanhamento dos resultados decorrentes das atividades. Basicamente é um trabalho de coleta de informações. Nessa fase, iremos determinar o que será medido, como iremos medir (fontes de informação) e quando iremos medir e com que frequência.3

    Ø Comparação do resultado com o padrão – análise dos resultados reais em comparação com o objetivo previamente estabelecido. Quase todas as atividades, naturalmente, terão algum tipo de desvio (sejam desvios positivos ou negativos). Entretanto, uma avaliação dos motivos que levaram ao desvio também é importante.

    Ø Medidas corretivas – nesse momento, devemos tomar as decisões que levem a organização a atingir os resultados desejados, se estes não tiverem sido alcançados. Dessa forma, podem acontecer três coisas: não mudar nada, buscar corrigir o desempenho ou alterar os padrões de desempenho (se tiverem sido maldefinidos).


    Sobral e Peci, 2008.

  • Controle:

    O controle compreende a medida do desempenho em comparação com os objetivos e metas predeterminados; inclui a coleta e a análise de fatos e dados relevantes, a análise das causas de eventuais desvios, as medidas corretivas e, se necessário, o ajuste dos planos. (LACOMBE ,2011)

  • Mt boa a questão!! 

  • Questão muito bem formulada.

    Resposta: controle

  • Questão muito bem elaborada!

    Em sua rotina, ela busca analisar a organização de forma holística e determinar os rumos a serem seguidos (PLANEJAMENTO). Para alcançar esses objetivos, ela aloca os recursos disponíveis na empresa buscando tanto a eficiência quanto a eficácia (ORGANIZAÇÃO). Nesse processo, ela sente que tem orientado seus funcionários para os objetivos da empresa (DIREÇÃO) e se sente orgulhosa em conseguir com que todos trabalhem com um propósito comum. A dificuldade que ela enfrenta é de determinar se os objetivos idealizados estão sendo cumpridos dentro do prazo e dentro das expectativas traçadas por ela (CONTROLE).

  • Aquele tipo de questão que você sente prazer em responder, que testa CONHECIMENTO do concurseiro.... <3

    Gab: D

  • A questão cobrou conhecimento sobre as funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle.

    Ela quis saber qual função está relacionada com o descrito no enunciado. Para isso, vamos separar as funções descritas no fragmento:

    "ela busca analisar a organização de forma holística e determinar os rumos a serem seguidos (planejamento). Para alcançar esses objetivos, ela aloca os recursos disponíveis (organização) na empresa buscando tanto a eficiência quanto a eficácia. Nesse processo, ela sente que tem orientado seus funcionários (direção) para os objetivos da empresa e se sente orgulhosa em conseguir com que todos trabalhem com um propósito comum. A dificuldade que ela enfrenta é de determinar se os objetivos idealizados estão sendo cumpridos dentro do prazo e dentro das expectativas traçadas por ela".

    A banca quer saber qual é esse função que a gerente tem dificuldade e precisa aprimorar.

    A) INCORRETA.

    PLANEJAMENTO é a função que precede as demais funções. Nela os objetivos são estabelecidos e também os meios para seja possível atingi-los. São palavras-chave da função planejamento: primeira função, objetivos, planos, missão, influenciar o futuro.

    B) INCORRETA.

    ORGANIZAÇÃO é a função que visa facilitar a consecução dos objetivos por meio da disposição adequada de recursos e atividades na infraestrutura organizacional. São palavras-chave da função organização: recursos, estrutura, atividades, posições.

    C) INCORRETA.

    DIREÇÃO é a função, de acordo com Chiavenato (2014), relaciona-se com a atuação sobre pessoas. Ela dinamiza e promove ação na organização. São palavras-chave da função direção: pessoas, motivação, ação, liderança, comunicação, coordenação. São atividades da direção: designar pessoas; coordenar esforços; comunicar; motivar.

    D) CORRETA.

    CONTROLE é a função que busca assegurar que os resultados obtidos estejam de acordo com aquilo que foi planejado. Nela, faz-se a comparação do realizado com o planejado e busca-se identificar se há necessidade de correção ou modificação. São palavras-chave da função controle: comparar, corrigir, padrões, monitorar. São atividades (e fases) do controle: Definir padrões, monitor desempenho, avaliar desempenho e agir corretivamente.

    Fonte: Idalberto Chiavenato. "Introdução à Teoria Geral da Administração". 9 ed. Manole. 2014

    GABARITO: LETRA D.