SóProvas



Prova IF-SP - 2019 - IF-SP - História


ID
2895205
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Joana, servidora de carreira técnico-administrativa do Câmpus São Roque, recentemente foi nomeada para o cargo de Professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Câmpus Barretos, onde já se encontra em exercício do novo cargo. Seu marido, Carlos, é servidor efetivo do Câmpus São Roque. Carlos deseja trabalhar no mesmo Câmpus que sua esposa. Para isso, considerando o que dispõe a lei nº 8.112/90, ele pode:

Alternativas
Comentários
  • Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

    Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei no 9.527, de 10.12.97)

    I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei no 9.527, de 10.12.97)

    II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei no 9.527, de 10.12.97)

    III- a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:(Incluído pela Lei no 9.527, de 10.12.97)

    a)para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; (Incluído pela Lei no 9.527, de 10.12.97)

    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; (Incluído pela Lei no 9.527, de 10.12.97)

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.(Incluído pela Lei no 9.527, de 10.12.97) 

  • GABARITO: C

    Lei 8.112

    Art. 36.  Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

    Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    I - de ofício, no interesse da Administração;

    II - a pedido, a critério da Administração;

    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

    a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; 

    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

  • Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor:

     

    *Pode ser de Duas Formas:

     

    -A Pedido__________________>Com o sem Sede

    -Ofício_____________________>Com ou Sem Sede

     


    Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:


    I -Ofício__________________>Interesse da Administração; 


    II - A pedido__________________>Critério da Administração


    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:


    a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;


    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;


    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados

     

    Na Remoção de Ofício (somente nela), desde que haja mudança de sede, o servidor possuirá o direito à ajuda de custo

     prevista no art. 53 da Lei 8.112/1990.

     

    ___>Remoção é o Deslocamento do Servidor

    ___>Redistribuição é o Deslocamento de Cargo

     

     

    Letra: C

    Bons Estudos ;)

  • A Servidora ( esposa dele ) foi deslocada no interesse da ADM?

    -não.

    Logo, ele não é obrigado a ir, ela quis prestar concurso pra outro lugar e quis assumir em outro lugar, cabe agora ele pedir e esperar. É conveniente para ADM removê-lo?

  • nao entendi

    IIIa pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:(Incluído pela Lei no 9.527, de 10.12.97).

    Deveria ser letra A então, né. Pois ele que está requisitando, independente da cônjuge ter sido removida com interesse ou não da Adm.

  • Lucas Chagas, ela não foi removida de ofício (já que se trata de um novo concurso prestado por ela), por isso o marido tem que solicitar a remoção dele a pedido, que será concedida a critério da administração.

    Só seria a pedido do servidor, independente do interesse da administração, nos seguintes casos:

    a) para acompanhar o cônjuge removido de ofício;

    b) motivo de saúde (comprovado por junta médica oficial);

    c) processo seletivo (concurso de remoção)

  • Lucas Chagas a questão é categórica em não mencionar "remoção"/ "deslocamento", logo não entra nas modalidades referente ao I e III do art. 36 da L8112/90, mas sim ela fora outrora aprovada no certame e está atuando cargo em determinada localidade e o marido dela apenas quer acompanhá-la, então entra na hipótese discricionária, ou seja, a critério da administração.

    resumindo: a Guria passou lá longe e tomou posse lá e o figura quis ir pra lá também, então ele pediu a administração e por sua vez a admin dá se quiser.

    bem isso, bons estudos.

  • Resumindo, tá com medo de ser traído
  • Redistribuição  é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder (art. 37).  --> deslocamento do cargo

    Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (art. 36). --> deslocamento do servidor

  • A questão indicada está relacionada com a Lei nº 8.112 de 1990.

    Dados do enunciado:
    Joana - servidora de carreira técnico-administrativa do Campus São Roque
    Joana foi nomeada para o cargo de Professora do Campus Barretos 
    Carlos - marido de Joana - servidor efetivo do Campus São Roque
    Carlos deseja trabalhar no mesmo Campus que sua esposa

    O que Carlos pode fazer?

    • Remoção: 

    Conforme delimitado por Mazza (2013), a remoção "é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede". A remoção pode ser de ofício, no interesse da Administração ou a pedido, a critério da Administração ou para outra localidade, independentemente do interesse da Administração.
    - Hipóteses de Remoção (Lei nº 8.112 de 1990):
    Art. 36, § único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:
    I - de ofício, no interesse da Administração;
    II - a pedido, a critério da Administração;
    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
    a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;
    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados;
    A) ERRADO, tendo em vista que Joana foi nomeada e não deslocada. Segundo Carvalho Filho (2018), "a nomeação é o ato administrativo que materializa o provimento originário de um cargo". 
    B) ERRADO, já que Joana foi nomeada. Conforme delimitado no art. 84, da Lei nº 8.112 de 1990, "Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo". 
    C) CERTO, com base no art. 36, §único, da Lei nº 8.112 de 1990.

    D) ERRADO, pois a transferência era uma das hipóteses de vacância de cargo público - art. 33, da Lei nº 8.666/93-, que foi revogada pela Lei nº 9.527 de 1997. 

    Referências:

    CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 32 ed. São Paulo: Atlas, 2018.
    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 

    Gabarito: C
  • Será a alternativa "C" Ser removido a pedido, a critério da Administração.

    Joana, fez um concurso e foi nomeada. Saiu de São Roque e foi para Barreto. Seu marido quiz ir também. Não há nada de errado, porém como Joana foi por conta próprio, isto é, não foi a critério da adm, ela quem escolheu fazer o concurso, portanto ela tem o direito de exigir a transferência. Já o Carlos, seu marido, cabe a adm decidir se deixa o acompanha-la ou não.

    Agora, se Joana tivesse sido removida a pedido da adm, aí sim, Carlos tinha o direito de exigir.

  • Gabarito C

    No vídeo, há a questão resolvida.

    Assistir a partir de 04:38:05

    https://www.youtube.com/watch?v=AWiqGIHeOJs&t=15671s

    fonte: Super Revisão UNILAB - Administração Geral, Português, Direito Administrativo, Lei 8.112 - Curso Prime - Prof. Lucas Martins

  • GABARITO C

  • Por que a D está errada?


ID
2895208
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a seção IV – Da Posse e do Exercício, do Capítulo I do Regime Jurídico Único – Lei nº 8112/90, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra A

     

    Art. 13. §1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.

  • Gabarito A 

     

    B ) Caso não tome posse no prazo legal, a nomeação (ato de provimento) é tornada sem efeito (não confundir com exoneração).

    Art. 13.§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18

    Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez eno máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

    § 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput

    C )       § 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento

  • Art. 15.  Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.

            § 1  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  • D)  Art. 20.  Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo.

  • GABARITO: Letra A

    *CONCURSO > Validade: até 2 anos prorrogável 1x = período (ato discric.)

    *HOMOLOGAÇÃO > Início prazo de validade do concurso (ato vinculado)

    *NOMEAÇÃO > Provimento

    Ato vinculado: p/ aprovados DENTRO nº vagas

    Ato discricionário:  p/ aprovados FORA nº vagas (expect. de direito)

    *POSSE > Investidura PRAZO: 30D A contar da nomeação

    Se não: SEM EFEITO Pode: Procuração específica

    *EXERCÍCIO > PRAZO: 15D após a posse

    Se não: EXONERAÇÃO ou RECONDUÇÃO

    *ESTÁGIO PROBATÓRIO > Avalia aptidão p/ exercício do cargo

    Responsabilidade

    Assiduidade

    Produtividade 

    Iniciativa

    Disciplina

    PRAZO: 3 anos =  Estabilidade (entendimento stf e stj)

    *ESTABILIDADE >

    Após 3 anos de efetivo exercício     

         +        

    Aprovação no estágio probatório     

      +

    Avaliação especial de desempenho 

  • LETRA A

     

    lei 8112

     

    A -     Art. 15.  Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.

            § 1o  É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

     

    EXERCÍCIO 15 DIAS

    POSSE = 30 DIAS

     

    B -   Art. 13.§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18

    Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez eno máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.

     

    C - Art. 13  § 1o  A Posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de Provimento. (nomeação)

     

    D -  Art. 20.  Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 36 meses , durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (ATUALIZANDO)

     

    O período de três anos para aquisição da estabilidade pode ser desde logo aplicado. Com efeito, no caso do servidor nomeado por concurso, a estabilidade se adquire depois de três anos, o período compreendido entre o início do exercício e a aquisição da estabilidade é denominado estágio probatório e tem por finalidade apurar se o servidor apresenta condições para o exercício do cargo, referente, à moralidade, assiduidade, disciplina e eficiência.” (Direito Administrativo, p.593. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 22ª ed. São Paulo: Atlas: 2009)

     

    @qciano -> Mnemônicos para concursos -> https://www.instagram.com/qciano

     

  • A) A posse ocorrerá no prazo máximo de trinta dias contados da publicação do ato de nomeação. CERTO

    B) Caso a posse não ocorra no prazo previsto na lei nº 8.112/90, o servidor será exonerado do cargo. ERRADO, A NOMEAÇÃO TORNARÁ SEM EFEITO.

    C) É de trinta dias (15 DIAS) o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. ERRADO, é de 15 dias.

    D) Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório pelo total período de 12 (doze) meses (36 meses), durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo. ERRADO, SÃO 36 MESES, OU SEJA, 3 ANOS.

  • A) CORRETA

    Art. 13. § 1 A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.

    B) ERRADA

    Art. 13. § 6 Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1 deste artigo.

    C) ERRADA

    Art. 15. § 1 É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

    D) ERRADA

    Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

    GABARITO: A

  • A - A  posse ocorrerá no prazo máximo de trinta dias contados da publicação do ato de nomeação.

  • Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

    § 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.

    A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

        Nomeação ------------30 dias--------------->Posse--------------15 dias-------------------->Exercício---->Estágio Prob. 3 anos 

    GABARITO A

  • Nomeação----------------30 dias------------Posse-----------15 dias--------------Exercício.

    Observações:

    a) A investidura ocorre com a posse.

    b) Se o servidor nomeado não tomar posse dentro do prazo previsto (30 dias), a nomeação tornar-se-á sem efeito.

    c) Após a posse se o servidor não entrar em exercício será exonerado.

    d) Após entrar em exercício o servidor ficará em estágio probatório por um período de 3 anos, de acordo com a CF/98.

  • A questão indicada está relacionada com a Lei nº 8.112 de 1990.

    Art. 13 A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
    §1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.

    A) CERTA, com base no art. 13, §1º - literalidade da lei. 

    B) ERRADA, tendo em vista que "será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no §1º deste artigo", com base no art. 13, §6, da Lei nº 8.112 de 1990.
    C) ERRADA, segundo Mazza (2013), "o servidor empossado tem o prazo de quinze dias para entrar em exercício (art.15, §1º, da Lei nº 8.112 de 1990), contados da data da posse, sob pena de ser exonerado do cargo ou de tornar-se sem efeito sua designação para função de confiança". 
    D) ERRADA, uma vez que a duração do estágio probatório é de três anos. 
    Primeiramente, pode-se dizer que o art. 41, da CF/88, dispõe que "são estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público" (Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998.
    Conforme indicado no art. 20, da Lei nº 8.112 de 1990, "ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V - responsabilidade".
    Segundo Mazza (2013), "a corrente majoritária sustenta que a duração atual do estágio probatório é de três anos, ou trinta e seis meses, mesmo período exigido para o servidor ocupante de cargo efetivo adquirir estabilidade". 
    Referência:

    MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 

    Gabarito: A
  • Gabarito letra A para os não assinantes

    Posse: ato de investidura pelo qual ficam atribuídos ao servidor as prerrogativas, os direitos e deveres do cargo.

    nomeação..........> (30 dias) posse--------> exercício (15 dias)

    InveStidura-----> poSSe.

    noMEação ---> proviMEnto.

  • 1ºnomeação(PROVIMENTO)----------> posse(INVESTIDURA)-----------> exercício

    ______________________________ 30 dias __________________________15 dias

  • 30 dias pra posse

    15 dias pro exercício

  •        § 1  A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento

  • b - Nomeação sem efeito (exoneração só se tomar posse e não entrar em exercicio) 

    c - da posse para o exercicio são 15 DIAS

    d - estagio probatório 3 anos (constituição) / 2 anos (8112)

  • Gabarito''A''.

    A) CERTA, A posse ocorrerá no prazo máximo de trinta dias contados da publicação do ato de nomeação. com base no art. 13, §1º - literalidade da lei. 

    B) ERRADA, tendo em vista que "será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no §1º deste artigo", com base no art. 13, §6, da Lei nº 8.112 de 1990.

    C) ERRADA, segundo Mazza (2013), "o servidor empossado tem o prazo de quinze dias para entrar em exercício (art.15, §1º, da Lei nº 8.112 de 1990), contados da data da posse, sob pena de ser exonerado do cargo ou de tornar-se sem efeito sua designação para função de confiança". 

    D) ERRADA, uma vez que a duração do estágio probatório é de três anos. 

    Primeiramente, pode-se dizer que o art. 41, da CF/88, dispõe que "são estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público" (Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998.

    Conforme indicado no art. 20, da Lei nº 8.112 de 1990, "ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V - responsabilidade".

    Segundo Mazza (2013), "a corrente majoritária sustenta que a duração atual do estágio probatório é de três anos, ou trinta e seis meses, mesmo período exigido para o servidor ocupante de cargo efetivo adquirir estabilidade".

    Estudar é o caminho para o sucesso. 

  • Gabarito A

    No vídeo, há a questão resolvida.

    Assistir a partir de 04:32:40

    https://www.youtube.com/watch?v=AWiqGIHeOJs&t=15671s

    fonte: Super Revisão UNILAB - Administração Geral, Português, Direito Administrativo, Lei 8.112 - Curso Prime - Prof. Lucas Martins


ID
2895211
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Após processo de consulta à comunidade do IFSP, a servidora Carla foi quem obteve o maior índice de votos dentre todos os candidatos para o cargo de Diretor Geral do Campus Itapetininga. Carla possui título de doutora e é Professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do quadro permanente do IFSP há cinco anos, tendo exercido cargo de gestão de Diretora Educacional do Câmpus Itapetininga nos últimos dois anos. Nessas condições, a nomeação de Carla para o cargo de Diretora Geral do câmpus Itapetinga:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Lei Nº 11.892/2008

    Art.13, §1º Poderão candidatar-se ao cargo de Diretor-Geral do campus os servidores ocupantes de cargo efetivo da carreira docente ou de cargo efetivo de nível superior da carreira dos técnico-administrativos do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, desde que possuam o mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo exercício em instituição federal de educação profissional e tecnológica e que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes situações:

    I - preencher os requisitos exigidos para a candidatura ao cargo de Reitor do Instituto Federal;

    II - possuir o mínimo de 2 (dois) anos de exercício em cargo ou função de gestão na instituição; ou

    III - ter concluído, com aproveitamento, curso de formação para o exercício de cargo ou função de gestão em instituições da administração pública.

  • CUIDADO COM A OPÇÃO (C)

    A BANCA FEZ UMA PEGADINHA COM UM TRECHO DO CAPÍTULO III

    § 3º O Diretor-Geral nomeado para o cargo de Reitor Pro-Tempore do Instituto Federal, ou de Diretor-Geral Pro-Tempore do Campus, não poderá candidatar-se a um novo mandato, desde que já se encontre no exercício do segundo mandato, em observância ao limite máximo de investidura permitida, que são de 2 (dois) mandatos consecutivos.

  • Carla atende todos os pré-requisitos para assumir o cargo de diretora-geral!!

    Letra A

  • Questão muito boa.

  • Diretor-Geral.

    Os campi serão dirigidos por Diretores-Gerais, nomeados pelo Reitor para mandato de 4 anos, permitida uma recondução, APÓS processo de CONSULTA à comunidade do respectivo campus, atribuindo-se o peso de:

    UM TERÇO para a manifestação do corpo docente;

    UM TERÇO para a manifestação dos servidores técnico-administrativos;

    UM TERÇO para a manifestação do corpo discente.

    Requisitos para candidatar-se ao cargo de Diretor-Geral do campus: servidores ocupantes de cargo EFETIVO da carreira DOCENTE ou de cargo EFETIVO de nível SUPERIOR da carreira dos técnico-administrativos do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, desde que possuam o mínimo de 5 anos de efetivo exercício em instituição federal de educação profissional e tecnológica e que se enquadrem em pelo menos UMA das seguintes situações:

    Preencher os requisitos exigidos para a candidatura ao cargo de Reitor do Instituto Federal;

    Possuir o mínimo de 2 anos de exercício em cargo ou função de Gestão na Instituição;

    Ter concluído, com aproveitamento, curso de formação para o exercício de cargo ou função de gestão em instituições da administração pública

    O Ministério da Educação expedirá normas complementares dispondo sobre o reconhecimento, a validação e a oferta regular dos cursos.


ID
2895214
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Com base na lei nº 11.892/2008, escolha a alternativa que preencha corretamente as lacunas da afirmação abaixo:


No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal, em cada exercício, deverá garantir o mínimo de ______ de suas vagas para a educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos e o mínimo de 20% de suas vagas para cursos de____________.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Lei Nº 11892/2008

    Art. 8 No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal, em cada exercício, deverá garantir o mínimo de 50% (cinqüenta por cento) de suas vagas para atender aos objetivos definidos no inciso I do caput do art. 7 desta Lei, e o mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas para atender ao previsto na alínea b do inciso VI do caput do citado art. 7.

    Art. 7 Observadas as finalidades e características definidas no art. 6 desta Lei, são objetivos dos Institutos Federais:

    I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos;

    VI - ministrar em nível de educação superior:

    b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional;

  • da onde que vem esse 30%???????????????????????????

  • 50 % para tecnico de nivel medio (art.7o, I)

    20% para licenciatura (art.7o , VI,b)

  • 20% par cursos em licenciatura, 50 % para técnico de nível médio,30% bacharelado engenharias e pós.

  • Art. 8º No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal, em cada exercício, deverá garantir o mínimo de 50% (cinquenta por cento) de suas vagas para atender aos objetivos definidos no inciso I do caput do art. 7º desta Lei [Ensino Médio], e o mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas para atender ao previsto na alínea b do inciso VI do caput do citado art. 7º [Licenciatura].


ID
2895217
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Considere as seguintes assertivas a respeito da Educação Profissional e Tecnológica, nos termos da Lei nº 11.741/2008, que alterou dispositivos da Lei nº 9.394/96:


I – Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação estão adstritos às diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.

II – A Educação Profissional e Tecnológica contempla a educação profissional técnica de nível médio, contudo, fica dispensada de observar as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.

III – A educação de jovens e adultos deverá articular-se, obrigatoriamente, com a educação profissional.

IV – As instituições de educação profissional e tecnológica oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionando a matrícula necessariamente ao nível de escolaridade do candidato.


Está correto o que se afirmar em:

Alternativas
Comentários
  • Art. 36-B, parágrafo único.

    A educação profissional técnica de nível médio deverá observar:

    I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação;

  • LDB:

    Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.

  • Letra Correta: A

    Art. 36-B, parágrafo Única, Inciso I - I – Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação estão adstritos às diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.

    II – A Educação Profissional e Tecnológica contempla a educação profissional técnica de nível médio, contudo, fica dispensada de observar as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.(Este item contradiz o Item I e está ao contrário do que a LDB afirma).

    III – A educação de jovens e adultos deverá articular-se, obrigatoriamente (preferencialmente), com a educação profissional.

    IV – As instituições de educação profissional e tecnológica oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionando a matrícula necessariamente ao nível de escolaridade do candidato. (Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.)

  • Amiga Elizandra, você se equivocou no gabarito. Por favor, corrija.

    Gabarito. Letra:C

  • Esquisita essa questão: II,III,IV estão erradas e a I não está no Art. 36-B - Parágrafo Único..Acabei de achar.. O item I está no Art. 39, 3º...


ID
2895220
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Na Lei de Diretrizes da Educação Nacional (nº 9394/1996), encontramos nos artigos 70 e 71 as especificações sobre as despesas para a manutenção e desenvolvimento do ensino e à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis. São apresentadas, respectivamente, o que são as despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino e o que não o são. Sobre as despesas apresentadas nos artigos supracitados assinale a alternativa que contemple de forma correta as despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Lei Nº 9.394/96

    Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:

    I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação;

    II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino;

    III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;

    IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;

    V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;

    VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;

    VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;

    VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.

    A) remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação; concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas; obras de infraestrutura realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar.

    B) aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino; formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos; aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.

    C) remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação; concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas; amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos do artigo 70 da lei nº 9394/1996.

    D) remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação; programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino.

  • Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:

    I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação;

    II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino;

    III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;

    IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;

    V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;

    VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;

    VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;

    VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.

    Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:

    I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;

    II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural;

    III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos;

    IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;

    V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar;

    VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.


ID
2895223
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em 2018, a fiscalização do Tribunal de Contas da União, com apoio dos responsáveis pelo controle interno, constatou irregularidades na aplicação da receita resultante de impostos no âmbito da União e de diversos Municípios, gerando prejuízos à manutenção e desenvolvimento do ensino. Nos termos da Constituição Federal, a União e os Municípios deverão aplicar, para esse fim, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Art. 212, CF/88. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

  • Gab. A

    União: 18% da receita anual de impostos

    Estado, DF e municípios: 25 %

  • Assertiva Correta: "A".

    Consoante a CF:

    Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

  • → Aplicação de recursos na educação

    A União vai aplicar, anualmente, não menos de 18% de impostos.

    E os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não menos do que 25% da receita resultante de impostos. As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino.

    Esses percentuais serão aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino.

    Tal exigência constitui princípio sensível da ordem federativa, de forma que a inobservância dessa aplicação poderá justificar a intervenção federal, através de representação do PGR. A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada receita do governo que a transferir.

    Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas. Caso não seja destinado a escola pública, poderá ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

    •       comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

    •       assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

    cpiuris

  • U: 18% | E, DF, M: 25%

    Receita resultante de IMPOSTOScompreendida a proveniente de transferências!

    Se falar "tributos", estará errado.

     

    Art. 212, CF.

  • Para não confundir...

    Como são Estados, DF e municípios (3) a aplicação tem que ser maior - - > 25%.

    Como é "só" a UNIÃO tem que ser menor ---> 18%

    Não confundi mais

  • União: mín. 18%

    Estado/DF/Municípios: mín. 25%

    da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências

  • Trata-se de uma questão onde se cobra o conhecimento da letra seca da Constituição, mais precisamente do seu art. 212, perguntando sobre a porcentagem da aplicação de receita resultante de impostos pela União e pelos Municípios. Conforme o artigo mencionado:
    "Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino." 



    GABARITO -  LETRA A


  • União aplicará, anualmente, NUNCA menos de 18%;

    Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 25% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

    A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, NÃO É CONSIDERADA, para efeito do cálculo, receita do governo que a transferir.


ID
2895226
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

No Capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA -, lei 8069/1990, denominado “Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer” são apresentados os direitos e também os deveres do Estado e da família para com a educação, cultura, esporte e lazer. Em relação à educação, o ECA apresenta que toda criança e adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Para que isso seja alcançado o Estado tem o dever de oferecer a educação pública e gratuita próxima à residência dos sujeitos.


Sobre os deveres do Estado, apresentados no artigo 54, assinale a alternativa que contemple de forma correta os deveres para a oferta da educação escolar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Lei Nº 8.069/1990

    Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

    II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

    III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

    IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;            

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

    VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

    B) atendimento em creche e pré-escola às crianças de dois a seis anos de idade; progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.

    C) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; oferta de ensino noturno regular, para os maiores de dezoito anos que comprovarem vínculo empregatício.

    D) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, preferencialmente para crianças e adolescentes de seis a quatorze anos; progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.

  • b) Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    (...)

    IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.

  • Art. 54 do ECA. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

    II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

    III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

    IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

    VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

  • Gabarito: letra A 

    a) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. Correto, conforme art. 54  I É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
    I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada
    um;
     

     b) atendimento em creche e pré-escola às crianças de dois a seis anos de idade; progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio. Errado. O atendimento deve às crianças de zero a cinco anos de idade.

     

     c) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; oferta de ensino noturno regular, para os maiores de dezoito anos que comprovarem vínculo empregatício. Errado. O ensino noturno independe de comprovação de vínculo empregatício. 

     

     d) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, preferencialmente para crianças e adolescentes de seis a quatorze anos; progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio. Errado. O ensino fundamental é extensivo a todos, independente da idade. 

  • Sobre os deveres do Estado, apresentados no artigo 54, assinale a alternativa que contemple de forma correta os deveres para a oferta da educação escolar:

    A) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.

    I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

    B) atendimento em creche e pré-escola às crianças de dois a seis anos de idade; progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.

    IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

    C) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; oferta de ensino noturno regular, para os maiores de dezoito anos que comprovarem vínculo empregatício.

     VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

    D) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, preferencialmente para crianças e adolescentes de seis a quatorze anos; progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.

     I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

  • Amigo, PUG CONCURSEIRO...

    Sua informação está errada! NÃO é de 0 a 6 anos de idade, mas sim de 0 a 5 anos, ok!

    IV –  atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;                 (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)

  • IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;                 

  • Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

    II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

    III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

    IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;  

    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

    VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

    § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

    § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.

    § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.

  • A questão está errada em seu enunciado, onde diz: "Para que isso seja alcançado o Estado tem o dever de oferecer a educação pública e gratuita próxima à residência dos sujeitos". Não é dever do Estado oferecer educação próxima à residência dos sujeitos.

  • Gabarito D

  • @Darlan Silva vai nessa de gabarito D, e se de muito bem na prova!

  • Gab. Letra A

  • A questão exige o conhecimento do direito à educação, garantia prevista tanto na Constituição Federal quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente. É importante ressaltar que o direito à educação é uma garantia constitucional (prevista no art. 227 da Constituição Federal), e foi reproduzida no ECA.

    Veja o que diz o art. 54 do ECA:

    Art. 54 ECA: é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

    I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

    II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

    III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

    IV - atendimento em creche e pré escola às crianças de 0 a 5 anos de idade;

    V - acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criança artística, segundo a capacidade de cada um;

    VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

    VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

    Conforme se observa dos incisos do art. 54, apenas a alternativa A está totalmente correta. Vamos ver os erros das demais alternativas:

    B - incorreta. Atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 5 anos de idade, e não 2 a 6 anos.

    C - incorreta. Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador, e não somente para os maiores de 18 anos que comprovarem vínculo empregatício.

    D - incorreta. Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que não tiveram acesso na idade correta, e não preferencialmente para crianças e adolescentes de 6 a 14 anos.

    Gabarito: A


ID
2895229
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A obra de Paulo Freire “Pedagogia da Autonomia” está dividida em três capítulos: “Não há docência sem discência”; “Ensinar não é transferir conhecimento” e “Ensinar é uma especificidade humana”. Com isso o autor apresenta, analisa e discute uma série de características, conceitos e fundamentos sobre o ato de ensinar.


Assinale a alternativa que contemple de forma correta alguns dos pressupostos desta obra sobre o ato de ensinar:

Alternativas
Comentários
  • Quem nos dera todos os brasileiros conhecessem a obra de Paulo Freire

  • Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo.

  • A questão aborda a obra de Paulo Freire, intitulada “Pedagogia da Autonomia", solicitando que seja indicada a alternativa que contém alguns dos pressupostos desta obra sobre o ato de ensinar.

    A) Uma das tarefas primordiais dos educadores é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar" dos objetos cognoscíveis, isto é, a preocupação central da práxis pedagógica é a transmissão e assimilação de conteúdos para os sujeitos das classes populares. Afinal, esses sujeitos somente poderão superar a ingenuidade e ignorância por meio da apropriação dos conteúdos técnicos.
    ERRADO - Para o autor, não há docência sem discência. Neste sentido, ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma a um corpo indeciso e acomodado. Docência e discência, se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. O educador democrático, crítico, em sua prática docente deve forçar a capacidade de crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar" dos objetos cognoscíveis, é uma de suas tarefas primordiais. Para isso, ele precisa ser um educador criador, instigador, inquieto, rigorosamente curioso, humilde e persistente. Deve ser claro para os educandos que o educador já teve e continua tendo experiência de produção de certos saberes e que estes não podem ser simplesmente transferidos a eles. Educador e educandos, lado a lado, vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber. É impossível tornar-se um professor crítico, aquele que é mecanicamente um memorizador, um repetidor de frases e ideias inertes, e não um desafiador. Pensa mecanicamente. Pensa errado. A verdadeira leitura me compromete com o texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensão fundamental me vou tornando também sujeito.

    B) Ensinar exige criticidade e pesquisa. Assim, para aproximar o mundo do conhecimento das classes trabalhadoras é preciso abandonar e negar o senso comum de modo a superar a visão ingênua para construir, por meio da ciência, a visão crítica, capaz de questionar as relações sociais.
    ERRADO - Paulo Freire enfatiza a necessidade do respeito à identidade de todos, independente de raça, classe social, sexo ou religião, ou seja o respeito à autonomia do educando, dando-lhe direito a pensar, agir e se expressar, buscando a construção do conhecimento. Para o autor, a educação é uma forma de construir a autonomia dos educandos, valorizando e respeitando sua cultura e seu acervo de conhecimentos empíricos junto à sua individualidade. Enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico, e da compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas". Define essa postura como ética e defende a ideia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de "ética universal do ser humano", essencial para o trabalho docente.

    C) É possível e desejável que os estudantes das classes trabalhadoras se tornem leitores críticos da realidade, a partir dos ensinamentos dos professores. O educador estabelece com o educando uma relação educador-educando no qual o conhecimento advém daquele que já percorreu uma trajetória acadêmica, isto é, o educador. Cabe ao educador instigar a curiosidade crítica para que o educando seja capaz de superar a realidade imediata.
    ERRADO - A prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando engloba a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico, e a compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas". Freire define essa postura como ética e defende a ideia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de "ética universal do ser humano", essencial para o trabalho docente. Dessa forma, deixa claro que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de aluno. "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender". Justifica assim o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem.

    D) Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo.
    CORRETO - Em sua obra, Freire coloca a necessidade do rigor metódico e intelectual que o educador deve desenvolver em si próprio, como pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber e o assimila de uma forma crítica, não ingênua, com questionamentos, e orienta seus educandos a seguirem também essa linha metodológica de estudar e entender o mundo, relacionando os conhecimentos adquiridos com a realidade de sua vida, sua cidade, seu meio social. Afirma que "não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino". Esse pesquisar, buscar e compreender criticamente só ocorrerá se o professor souber pensar. Para Freire, saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades. Se o docente faz isso, terá facilidade de desenvolver em seus alunos o mesmo espírito. Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos: o em que se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente. Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor. É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la.
    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.
  • Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo.

  • confesso q n lembrava da assertiva, mas acertei pelo estilo de escrita do autor
  • Diante dos conhecimentos sobre a doutrina de Paulo Freire, é possível destacarmos a seguir o erro das alternativas.

    A) Uma das tarefas primordiais dos educadores é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis (que podem ser conhecidos), isto é, a preocupação central da práxis pedagógica é a transmissão e assimilação de conteúdos para os sujeitos das classes populares. Afinal, esses sujeitos somente poderão superar a ingenuidade e ignorância por meio da apropriação dos conteúdos técnicos.

    Errada! Não há rigorosidade metódica, nem o foco da pedagogia freireana é a transmissão ou apropriação de conteúdos técnicos, mas sim a construção da autonomia do educando, com o intuito de proporcionar-lhe a liberdade.

    B) Ensinar exige criticidade e pesquisa. Assim, para aproximar o mundo do conhecimento das classes trabalhadoras é preciso abandonar e negar o senso comum de modo a superar a visão ingênua para construir, por meio da ciência, a visão crítica, capaz de questionar as relações sociais.

    Errada! O senso comum deverá ser respeitado para que seja gradativamente superado por meio do processo educacional.

    C) É possível e desejável que os estudantes das classes trabalhadoras se tornem leitores críticos da realidade, a partir dos ensinamentos dos professores. O educador estabelece com o educando uma relação educador-educando no qual o conhecimento advém daquele que já percorreu uma trajetória acadêmica, isto é, o educador. Cabe ao educador instigar a curiosidade crítica para que o educando seja capaz de superar a realidade imediata.

    Errada! O conhecimento é construído em uma relação dialógica entre educador e educando, na qual o educador é o mediador do processo educativo que conduzirá o educando à liberdade e à autonomia, por meio da problematização da realidade.

    D) Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo.

    Certa! Essa alternativa reproduz exatamente as palavras de Paulo Freire em sua obra Pedagogia da Autonomia.

    GABARITO: alternativa “D”

  • Discussão do tema e dessa questão no youtube:

    https://youtu.be/K9PAbKilKyM


ID
2895232
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No livro Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo, Tomaz Tadeu da Silva, argumenta que um currículo crítico inspirado nas teorias sociais que questionam a construção social da raça e da etnia também evitariam tratar a questão do racismo de uma forma simplista. Para o autor, o racismo não poderia ser tratado simplesmente como uma questão de preconceito individual, pois isso geraria uma pedagogia e um currículo centrados numa simples “terapêutica” de atitudes individuais consideradas erradas.


Considerando tais argumentações, uma unidade educacional que estivesse diante de uma situação de racismo praticada entre estudantes, estaria alinhada corretamente com os pensamentos do teórico, se:

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão, tomando por base o livro Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo, de Tomaz Tadeu da Silva, deve-se indicar a alternativa que traz a atitude mais adequada diante de uma situação de racismo praticada entre estudantes. 
    A) Realizasse uma investigação da situação, ouvindo a todos os envolvidos, tendo como exclusivo resultado a aplicação das sanções previstas no regimento escolar aos estudantes agressores, pois a punição, tomada como exemplo, poderia inibir a prática de atos racistas por outros estudantes. 
    ERRADO -De acordo com o autor, identidade e diferença são processos de produção social, processos que envolvem relações de poder. O outro cultural é sempre um problema, pois coloca permanentemente em xeque nossa própria identidade. A questão da identidade, da diferença e do outro é um problema social ao mesmo tempo que é um problema pedagógico e curricular. É um problema social porque, em um mundo heterogêneo, o encontro com o outro, com o estranho, com o diferente, é inevitável. É um problema pedagógico e curricular não apenas porque as crianças e os jovens, em uma sociedade atravessada pela diferença, forçosamente interagem com o outro no próprio espaço da escola, mas também porque a questão do outro e da diferença não pode deixar de ser matéria de preocupação pedagógica e curricular. Mesmo quando explicitamente ignorado e reprimido, a volta do outro, do diferente, é inevitável, explodindo em conflitos, confrontos, hostilidades e até mesmo violência. A incapacidade de conviver com a diferença é fruto de sentimentos de discriminação, de preconceitos, de crenças distorcidas e de estereótipos, isto é, de imagens do outro que são fundamentalmente errôneas. Como o tratamento preconceituoso e discriminatório do outro é um desvio de conduta, a pedagogia e o currículo deveriam proporcionar atividades, exercícios e processos de conscientização que permitissem que as estudantes e os estudantes mudassem suas atitudes. A punição sem um trabalho de discussão e conscientização, além de não questionar as relações de poder envolvidas na produção da identidade e da diferença culturais, pode reforçar um sentimento de “oposição", ressentimento e, até mesmo, de agressividade. Em geral, a apresentação do outro, nessas abordagens, é sempre o suficientemente distante, tanto no espaço quanto no tempo, para não apresentar nenhum risco de confronto e dissonância. Tratariam a identidade e a diferença como questões de conduta. A pergunta crucial a guiar o planejamento de um currículo e de uma pedagogia da diferença seria: como a identidade e a diferença são produzidas? Quais são os mecanismos e as instituições que estão ativamente envolvidos na criação da identidade e de sua fixação? Uma estratégia que simplesmente admita e reconheça o fato da diversidade torna-se incapaz de fornecer os instrumentos para questionar precisamente os mecanismos e as instituições que fixam as pessoas em determinadas identidades culturais e que as separam por meio da diferença cultural. Antes de tolerar, respeitar e admitir a diferença, é preciso explicar como ela é ativamente produzida.
    B) Procurasse não dar visibilidade à situação, empreendendo esforços para que somente os envolvidos a conhecessem, pois se a atitude racista dos estudantes se tornasse pública, poderia inspirar outros estudantes a terem atitudes semelhantes. 
    ERRADO - Numa visão crítica, podemos afirmar que as práticas curriculares reproduzem o saber de um grupo dominante que manipula o conhecimento e os saberes com base na afirmação de uma hegemonia racional que coloca em desvantagem as minorias desprivilegiadas dos bens culturais. Infelizmente, essa prática é concretizada em muitas escolas que não aceitam a flexibilidade do currículo como caminho para acolher os diversos saberes produzidos pelos sujeitos aprendentes. Não debater a situação, contribuiria para minimizar e invisibilizar as questões raciais, silenciando aqueles que são alvo de situações de racismo. Situações devem ser discutidas e problematizadas entre os estudantes. 
    C) Investigasse a situação e como proposta de resolução para o conflito, solicitasse aos agressores que se desculpassem junto à vítima, comprometendo-se a não terem mais atitudes semelhantes, sensibilizando-os sobre os danos do racismo para quem o sofre. 
    ERRADO - O autor coloca que o currículo é afetado de diferentes formas, mas principalmente através das relações humanas de poder. Há uma grande desigualdade em matéria de educação e currículo, no tocante a gênero, raça e sexualidade, estabelecendo neste referente, uma nítida relação de poder em sua base. Então, tratar da questão do racismo baseado nas ideias de tolerância, respeito e convivência harmônica entre os diferentes, mostra de certa forma uma superioridade por parte de quem promove esta tolerância. Não se discute, assim, as bases do preconceito, como ele é produzido, que relações de poder estão em jogo e como ele tem se perpetuado ao longo dos anos. 
    D) Propusesse, juntamente a outras medidas institucionais, uma ampla discussão sobre as causas institucionais, históricas e discursivas do racismo, procurando identificar o quê no currículo e nas práticas pedagógicas poderia minimizar ações desta natureza. 
    CORRETO  - Existe uma desigualdade no currículo no que diz respeito a gênero, raça e sexualidade, reproduzindo os saberes construídos por grupos historicamente hegemônicos e estabelecendo uma relação de poder em sua base. Uma política pedagógica e curricular da identidade e da diferença tem a obrigação de ir além das benevolentes declarações de boa vontade para com a diferença. Ela tem que colocar no seu centro uma teoria que permita não simplesmente reconhecer e celebrar a diferença e a identidade, mas questioná-las. Discutir como elas são produzidas. Favorecer toda experimentação que torne difícil o retorno do eu e do nós ao idêntico. Aproximar a diferença do múltiplo e não do diverso. É preciso trabalhar um currículo e uma pedagogia da diferença, que representem algum questionamento não apenas à identidade, mas também ao poder ao qual ela está estreitamente associada, um currículo e uma pedagogia da diferença e da multiplicidade. Nesse sentido, é importante que questões como essa sejam trabalhadas em diferentes componentes curriculares, como também de maneira interdisciplinar, envolvendo diferentes atores e promovendo discussões amplas e aprofundadas a respeito do racismo, suas origens, manifestações e efeitos ao longo da história.
    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.
  • Letra D.


ID
2895235
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Sobre o conceito de capital social desenvolvido pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002), é possível afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão solicita a alternativa que contém a afirmação correta sobre o conceito de capital social desenvolvido pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002). 
    A) A noção de capital social impôs-se, primeiramente, como uma hipótese dispensável para dar conta da desigualdade de desempenho escolar de crianças provenientes das diferentes classes sociais. 
    ERRADO -  A escola não consegue suprir as deficiências da formação familiar e social das crianças e jovens no que concerne ao capital social. Uma importante fonte de desenvolvimento do capital social que, segundo autores como Bourdieu, acaba tendo um peso maior que a escola é a família. Neste ponto, é tanto maior o capital social adquirido, quanto mais elevado for o nível cultural e o capital social e cultural da família em que o aluno se insere. Ele possibilita que seu possuidor usufrua de bens simbólicos e culturais e de serviços de boa qualidade, garantindo um melhor lugar no topo da pirâmide social. Assim, o capital social estaria mais ou menos fortemente na dependência do capital econômico da família. Para o autor, o capital cultural consiste num conjunto de qualificações que são adquiridas, basicamente, através do sistema escolar e da família e do que ela pode proporcionar. Uma família de posição social mais elevada transmitirá aos filhos um domínio da língua materna mais vasto, mais rico e mais escorreito do que aquele que os filhos de uma família de posses modestas e de posição social desfavorável será capaz de fazer pelos seus filhos. Repassará aos filhos, informalmente, no seu cotidiano, conhecimentos preciosos sobre arte, economia, finanças, história, mercado, profissões, países e outras informações que, mesmo de modo informal, vão produzindo uma diferenciação de seus filhos em relação aos filhos de famílias mais modestas. E a escola não consegue suprir totalmente as deficiências e lacunas na formação de uma pessoa originária de família de um nível cultural baixo e econômico pobre. Assim, alunos originários dessas famílias podem apresentar desempenhos escolares inferiores e índices de evasão escolar e repetência superiores. Portanto, a noção de capital social não é dispensável para dar conta da desigualdade de desempenho escolar de crianças provenientes das diferentes classes sociais. Privações e desigualdades extra escolares e condições socioeconômicas das famílias se relacionam diretamente com desempenhos escolares. Nesse sentido, é fundamental a consideração do capital social como um dos determinantes do desempenho e das desigualdades educacionais. 
    B) O capital social é o conjunto de recursos atuais ou potenciais que estão ligados à posse de uma rede durável de relações mais ou menos institucionalizadas de “interconhecimento" e “inter-reconhecimento". 
    CORRETO - Para Bourdieu o capital social consiste num conjunto de recursos potenciais de que uma pessoa dispõe, tanto de caráter intelectual, cultural, social quanto material e que podem ser mobilizados socialmente em benefício de seu detentor. É adquirido ao longo da vida por meio de relações sociais duráveis, forjadas em espaços sociais mais ou menos institucionalizados como a família, a escola, os amigos, os amigos da família, a universidade etc. Verifica-se uma amplitude no significado de capital social: ele se estende desde a facilidade de penetração e relacionamento com pessoas influentes, como qualidades pessoais, tais como o domínio da língua ou a arte de falar em público de forma clara, lógica e convincente; ou um elevado conhecimento no terreno de áreas novas e importantes como a engenharia genética ou a informática; da mesma forma, possui capital social maior ou menor alguém que tenha obtido um diploma num curso de pós-graduação conceituado, ou que saiba operar com ações na bolsa, proporcionando bons lucros para os investidores que nele confiaram suas ações. Portanto, o conceito abrange um largo espectro, é intangível e socialmente valioso. Assim sendo, o capital social apresenta uma dupla face: é individual, na medida em que é um conjunto de recursos pessoais, mas também é coletivo, na medida em que é adquirido, desenvolvido, reconhecido e legitimado pelo grupo social no qual a pessoa se insere. Para o autor, o capital social de uma família, tem a ver com a posição social que ela ocupa e este tem por base o capital econômico. 
    C) A noção de capital social impôs-se como, entre os diferentes meios de designar o fundamento de efeitos sociais, um determinante que não considera o capital econômico e cultural dos diferentes grupos. 
    ERRADO - A noção de capital social considera o capital econômico e cultural dos diferentes grupos. Além disso, o capital econômico permite o acesso a uma educação de melhor qualidade, acrescida que é pelo estudo de línguas estrangeiras, pela experiência adquirida por meio de viagens, da frequência a museus, ao cinema, pelo acesso às leituras de qualidade e, sobretudo, pela aquisição da linguagem dita oficial e, por isto, mais refinada. Enfim, o capital econômico encontrar-se subjacente ao capital social, seria um pressuposto deste. 
    D) O volume do capital social que um agente individual possui independe da extensão da rede de relações que ele pode efetivamente mobilizar e do volume do capital (econômico, cultural ou simbólico) que é posse exclusiva de cada um daqueles a quem está ligado. 
    ERRADO - Ele depende da extensão da rede de relações que ele pode efetivamente mobilizar e do volume do capital (econômico, cultural ou simbólico) que é posse exclusiva de cada um daqueles a quem está ligado. O capital social apresenta uma dupla face: é individual, na medida em que é um conjunto de recursos pessoais, mas também é coletivo, na medida em que é adquirido, desenvolvido, reconhecido e legitimado pelo grupo social no qual a pessoa se insere. O grupo social em que a pessoa se insere confere a ela, em contrapartida, um sentido de pertencimento; com ele e nele, ela estabelece laços sociais, modos de interação e, de distinção de seu grupo ou sua classe social em relação aos demais grupos sociais. 
    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B.
  • O que é capital social para Bourdieu?

    Bourdieu define o capital social como [...] “um conjunto de recursos atuais ou potenciais que estão vinculados a um grupo, por sua vez constituído por um conjunto de agentes que não só são dotados de propriedades comuns, mas também são unidos por relações permanentes e úteis”

    Claramente identificamos um problema no contexto escolar: e os alunos que não detém o mesmo capital social?

    Gabarito B.

    #vousernomeado


ID
2895238
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Freire (2011, p.49) aponta que “o clima do pensar certo não tem nada a ver com o das fórmulas pré-estabelecidas, mas seria a negação do pensar certo se pretendêssemos forjá-lo na atmosfera da licenciosidade ou do espontaneísmo”.


Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação entre “pensar certo” e “método” para Freire (2011):

Alternativas
Comentários
  •  c) Sem rigorosidade metodológica não há pensar certo.

  • A questão solicita que seja indicada a alternativa que contém a relação correta entre “pensar certo" e “método" para Freire (2011) 
    A) Não há pensar certo sem considerar o materialismo histórico-dialético. 
    ERRADO - O materialismo dialético é uma teoria filosófica cujo conceito defende que a realidade da sociedade é definida por meios materiais com base em estudos que podem ser realizados, por exemplo, no âmbito da economia, da geografia, das ciências, etc. No pensamento educacional de Paulo Freire, é próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico. Pensar mecanicamente é pensar errado. Pensar certo significa procurar descobrir e entender o que se acha mais escondido nas coisas e nos fatos que nós observamos e analisamos. Pensar certo é estar disposto à dúvida, ao questionamento, sem certezas absolutas. 
    B) O método escolhido pelo sujeito determina seu pensar certo. 
    ERRADO - Paulo Freire construiu ao longo de sua obra uma teoria do conhecimento, a qual o próprio não desejava que fosse reduzida a mera metodologia. Para o autor, quando a curiosidade rompe as barreiras da ingenuidade e adentra a esfera da criticidade, da rigorosidade metodológica, torna-se epistemológica. São os métodos que propiciam a construção sócio histórica contínua do próprio ser humano e do seu conhecimento acumulado historicamente. Sem os métodos não poderíamos conhecer, nem dominar a nossa pluralidade, criticidade, temporalidade, historicidade, muito menos tomaríamos ciência das consequências dos nossos atos, da nossa ação e reflexão na e com a realidade. Tampouco repassaríamos esses conhecimentos às gerações mais novas, para garantir que estas se situem espaço-temporalmente no processo e possam, a partir daí, continuar. A rigorosidade metodológica é importante para o saber, mas um determinado método não é determinante para o pensar certo. Pensar certo para o autor é o pensar reflexivo, crítico, criativo, ético e autônomo. 
    C) Sem rigorosidade metodológica não há pensar certo. 
    CORRETO - Para Freire, a aprendizagem autêntica é gerada a partir do desafio de metodicamente conhecer o mundo. A curiosidade ingênua vai agregando rigor metódico, tornando-se exigente, fomentando o afastamento do objeto para ser observado, estudado, desvendado sob o crivo da criticidade, superando gradativamente as visões parciais, as fugas recorrentes pelo interesse e desejo de compreensão global e análise metódica e rigorosamente crítica. Não há para o autor, na diferença e na "distância" entre a ingenuidade e a criticidade, entre o saber de pura experiência feito e o que resulta dos procedimentos metodicamente rigorosos, uma ruptura, mas uma superação. A superação e não a ruptura se dá na medida em que a curiosidade ingênua, sem deixar de ser curiosidade, pelo contrário, continuando a ser curiosidade, se torna crítica. É a mesma curiosidade. Muda só a sua qualidade. A essência continua a mesma. Para ser gerida e aperfeiçoada, para se tornar epistêmica, a curiosidade precisa ser metódica. 
    D) O pensar certo é possível a partir do método que lhe confere veracidade. 
    ERRADO -  Para Freire, faz parte do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo e a utilização de um critério para a recusa do velho, estando presente a rejeição a qualquer tipo de discriminação. O pensar propicia a percepção do inacabamento e a permanente busca por ser mais, percurso em que trava interações com os outros e com o mundo da cultura. O desenvolvimento da curiosidade epistemológica, condição para o pensar certo, possibilita a pergunta e problematização do mundo, a apreensão e produção reflexiva e crítica de conhecimento verdadeiro, gerado no e pelo diálogo e que pode transformar a realidade. Dessa forma, questionar certezas e verdades tidas como “absolutas" faz parte do pensar certo, conferir veracidade não consiste em seu objetivo. A dúvida, a incerteza, o questionamento e a abertura ao novo fazem parte desse pensamento. 
    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.
  • Sem rigorosidade metodológica não há pensar certo.


ID
2895241
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Demerval Saviani descreve onze teses sobre educação e política em sua obra Escola e Democracia, mostrando como se configuram as relações entre educação e política e evidenciando que “toda prática educativa, como tal, possui uma dimensão política assim como toda prática política possui, em si mesma, uma dimensão educativa.”


Assinale a alternativa que apresenta corretamente a definição sobre a dimensão política da educação presente na obra referida acima:

Alternativas
Comentários
  • A dimensão política da educação consiste em que, dirigindo-se aos não-antagônicos a educação os fortalece (ou enfraquece) por referências aos antagônicos e desse modo potencializa (ou despotencializa) a sua prática política.

  • Na questão, é solicitado que seja assinalada a alternativa que apresenta corretamente a definição sobre a dimensão política da educação presente nas onze teses sobre educação e política em, na obra Escola e Democracia, de Demerval Saviani. 
    A) A dimensão política da educação apresenta uma existência histórica e pode ser compreendida para além das manifestações sociais determinadas. 
    ERRADO - De acordo com a obra do autor, a teses quatro e cinco dizem: A explicitação da dimensão política da prática educativa está condicionada à explicitação da especificidade da prática educativa; A explicitação da dimensão educativa da prática política está, por sua vez, condicionada à explicitação da especificidade da prática política. 
    B) A dimensão política da educação consiste em que, dirigindo-se aos não-antagônicos a educação os fortalece (ou enfraquece) por referências aos antagônicos e desse modo potencializa (ou despotencializa) a sua prática política. 
    CORRETO - Conforme consta na tese oito: As relações entre educação e política se dão na forma de autonomia relativa e dependência recíproca. 
    C) A dimensão política da educação consiste em envolver a articulação entre antagônicos visando a derrota dos não-antagônicos. 
    ERRADO - Consta nas teses seis e sete da referida obra: A especificidade da prática educativa define-se pelo caráter de uma relação que se trava entre contrários não-antagônicos; A especificidade da prática política define-se pelo caráter de uma relação que se trava em contrários antagônicos. Assim, não existe menção a uma derrota dos contraditórios não-antagônicos. 
    D) A dimensão política da educação consiste no enfraquecimento dos não-antagônicos em busca da apropriação dos instrumentos culturais. 
    ERRADO - Não há menção sobre apropriação dos instrumentos culturais nas teses sobre educação e política. 
    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B.
  • VIAGEM LEGAL

  • Viajou mesmo!


ID
2895244
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No livro “Escola e Democracia”, Saviani (2018) destaca que a importância política da Educação reside na sua função de socialização do conhecimento. Nesse aspecto, elabora onze teses sobre Educação e Política. Assinale a alternativa que corresponde a uma dessas teses:

Alternativas
Comentários
  • ONZE TESES SOBRE EDUCAÇÃO E POLÍTICA

    Tese 1: Não existe identidade entre educação e política.

    Tese 2: Toda prática educativa contém inevitavelmente uma dimensão política.

    Tese 3: Toda prática política contém, por sua vez, inevitavelmente uma dimensão educativa.

    Tese 4: A explicitação da dimensão educativa da prática política está por sua vez, condicionada à explicitação da especificidade da prática educativa.

    Tese 5: A explicitação da dimensão educativa da prática política está por sua vez, condicionada à explicitação da especificidade da prática política.

    Tese 6: A especificidade da prática educativa define-se pelo caratê de um relação que se trava entre contrários não-antagônicos.

    Tese 7: A especificidade da prática política define-se pelo caráter de uma relação que se trava entre corolários antagônicos.

    Tese 8: As relações entre educação e política dão-se na forma de autonomia relativa e dependência recíproca.

     

    Tese 9: As sociedades de classe caracterizam-se pelo primado da política, o que determina a subordinação real da educação à prática política.

     

    Tese 10: Superada a sociedade de classes, cessa o primado da política e, em conseqüência, a subordinação da educação.

     

    Tese 11: A função política da educação cumpre-se na medida em que ela se realiza como prática especificamente pedagógica.

  •  d) Toda prática educativa contém inevitavelmente uma dimensão política

  • Nesta questão, é preciso indicar a alternativa que contém uma dessas teses sobre educação e política, constantes no livro “Escola e Democracia", de Saviani (2018). 
    A) Nem toda prática educativa contém uma dimensão política. 
    ERRADO - Toda prática educativa contém inevitavelmente uma dimensão política. Para o autor, educação e política são práticas distintas, porém inseparáveis e com íntima relação. São modalidades especificas da prática social, integrando uma mesma totalidade. 
    B) A especificidade da prática educativa se define pelo caráter de uma relação que se trava entre contrários antagônicos. 
    ERRADO - De acordo com as teses seis e sete sobre educação e política da referida obra: A especificidade da prática educativa define-se pelo caráter de uma relação que se trava entre contrários não-antagônicos; A especificidade da prática política define-se pelo caráter de uma relação que se trava em contrários antagônicos. 
    C) As sociedades de classe se caracterizam pelo primado da política, o que determina a insubordinação real da educação à prática educativa. 
    ERRADO - De acordo com a obra, a tese nove traz: As sociedades de classes caracterizam-se pelo primado da política, o que determina a subordinação real da educação à prática política. 
    D) Toda prática educativa contém inevitavelmente uma dimensão política. 
    CORRETO - Trata-se da tese dois sobre educação e política da referida obra. Para o autor, educação e política são práticas distintas, porém inseparáveis e com íntima relação. 
    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.
  • Valeu, Lídia!

  • contrários não-antagônicos? Um exemplo, por favor.


ID
2895247
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ao caracterizar a relação entre educação e sociedade para as teorias não-críticas, Saviani (2018, p. 4) afirma que concebem “a educação com uma ampla margem de autonomia em face da sociedade”, cabendo-lhe “um papel decisivo na conformação da sociedade evitando sua desagregação e, mais do que isso, garantindo a construção de uma sociedade igualitária”.


Assinale a alternativa que apresenta corretamente as pedagogias que Saviani (2018) define como teorias não-críticas.

Alternativas
Comentários
  • C

  • A , Pedagogia Nova é não-crítica?

  • Oi Allan, para Saviani, a Pedagogia Nova foi reprodutora do modelo Tradicional, mantendo-se o mesmo viés, por perdurar os papéis socialmente definidos, sem rupturas significativas. Neste sentido, ela é não-critica.
  • saviani nao e dualista

  • Nesta questão, deve-se assinalar a alternativa que apresenta corretamente as pedagogias que Saviani (2018) define como teorias não-críticas. 
    A) Pedagogia Nova e Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE). 
    ERRADO - A Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE) é uma teoria Crítico-Reprodutivista. 
    B) Pedagogia Tradicional, Pedagogia Tecnicista e Teoria da Escola Dualista. 
    ERRADO - A Teoria da escola dualista integra as teorias críticas da educação. 
    C) Pedagogia Tradicional, Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista. 
    CORRETO - Entre as teorias não-críticas é possível destacar três principais linhas: A primeira é a da Escola Tradicional, modelo já conhecido em que a escola é centrada no professor; A Escola Nova, ou escolanovismo, que aponta que o marginalizado não é o ignorante, e sim o rejeitado; O terceiro modelo em destaque, entre as teorias não-críticas, é o pedagogia tecnicista, que parte do pressuposto da neutralidade científica e é inspirada nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade, defendendo a reordenação do processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional. 
    D) Pedagogia Tecnicista e Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE). 
    ERRADO - A Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE) é uma teoria Crítico-Reprodutivista. 
    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.
  • Saviani compreende as pedagogias em duas perspectivas (ou vertentes):

    Teorias Não-Críticas: Tradicional, Nova e Tecnicista

    Teorias Crítico-Reprodutivistas (a mudança social é necessária, mas não é possível_:

    1) Escola como Aparelho Ideológico do Estado (AIE - Althusser)

    2) Teoria da Violência Simbólica (Bourdieu e Passeron)

    3) Teoria da Escola Dualista (Baudelet e Establet)

  • Gabarito: C - Pedagogia Tradicional, Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista.


ID
3021550
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

José de Souza Martins, em O Cativeiro da Terra, faz referência a uma série de esquemas interpretativos do processo de industrialização brasileiro que tinham como premissa uma ideia que, segundo o autor, não levava em “[...] conta a duplicidade de moedas do Brasil de então, com o mil-réis como moeda do residual mercado interno e as moedas estrangeiras, principalmente o franco, como moeda dos importados. Uma sociedade em que na elite dos fazendeiros havia os que na fazenda tomavam até sopa desidratada importada, como ocorria com os avós de Tarsila do Amaral, enquanto o colono se contentava com a serralha que brotava espontaneamente no meio do cafezal, como mistura de seu feijão com farinha. Poupava seus restritos ganhos monetários para emancipar-se em relação à fazenda, evitando consumi-los com o que não fosse além do vestuário e das despesas inevitáveis, como as que se fazia com médicos e remédios. Duas lógicas diversas de consumo, de inserção no mercado e de mercado”.
(MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da Terra. 9. ed. Revista e ampliada. São Paulo: Contexto, 2010. p. 216-217).

O argumento de Martins:

Alternativas

ID
3021553
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“[...] nenhuma economia industrial pode-se desenvolver além de um certo ponto se não possui uma adequada capacidade de bens de capital. [...] Mas é também evidente que, num sistema de empresa privada, o investimento de capital extremamente dispendioso que se faz necessário para a maior parte deste desenvolvimento não é assumido provavelmente pelas mesmas razões que a industrialização do algodão ou outros bens de consumo”.
(HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções (1789- 1848). 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. p. 59).

Historicamente, para Hobsbawm, as dificuldades para a implantação de uma indústria de bens de capital, no caso da Inglaterra, foram superadas à medida que:

Alternativas
Comentários
  • Embora o trecho transcrito, do historiador Eric Hobsbawm, refira-se à necessidade de bens de capital para a solidez de um processo de industrialização, ele não explicita qual a solução para o investimento no setor,  altamente dispendioso.
    A pergunta estabelece que as alternativas referem-se à forma que o autor propõe a solução para a questão do investimento em bens de capital: “Historicamente, para Hobsbawm" (...) porém, como o trecho transcrito não expõe esta parte da explanação do autor, é necessário o conhecimento acerca do processo de industrialização na Inglaterra e, melhor ainda, da obra de Hobsbawm.
    A Revolução Industrial inglesa teve como ponto fundamental o setor têxtil e, o setor de bens de capital desenvolveu-se de acordo com as necessidades da produção e distribuição da matéria prima para as indústrias têxteis. E, depois a distribuição do produto final pelos mercados consumidores. 
    A) INCORRETA- A industrialização inglesa aconteceu dentro de molde estritamente liberal, sem interferência específica do Estado no processo produtivo enquanto tal. Cabia ao Estado facilitar o fluxo do capital privado.
    B) INCORRETA- A pesquisa nas universidades para a produção de tecnologia para a indústria não é característica da primeira Revolução Industrial. Na verdade, as primeiras máquinas nasceram dentro das manufaturas sendo criadas por aqueles que tinham prática no trabalho. 
    C) INCORRETA – A primeira parte da afirmativa pode ser considerada correta. A primazia comercial e o controle de vastas áreas coloniais – embora especificamente a Índia só tenha sido dominada pelos ingleses no século XIX - permitiu à Inglaterra uma acumulação de capitais. Porém, o investimento do capital financeiro acumulado não era voltado para o setor de bens de capital. Ao menos não a princípio. 
    D) CORRETA- A aplicação em ferrovias atraiu capital primordialmente a partir de 1840. A rede ferroviária tornou-se vital para a ligação entre os centros produtores de matérias primas, as fábricas e os mercados. É um setor infra estrutural fundamental. 
    RESPOSTA : D

ID
3021556
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sobre os condicionantes gerais explicativos para o advento da I Guerra Mundial, marque a opção condizente com as teses centrais desenvolvidas por Giovanni Arrighi, no livro O Longo Século XX. (1995).

Alternativas
Comentários
  • Gabarito d

  • PESADA E NADA V!!!

  • coloquei d.

  • Para que uns textões desses?

    GAB: D

  • A – O submarino foi inventado pelos alemães (qualidade é mesmo maior que da Inglaterra). Aliança entre França e Rússia já existia antes. Aliança tem aliança com o império austro-húngaro, Áustria e Itália. O que deu origem foi as disputas entre a Sérvia e o Império Austro-Húngaro e não necessariamente a questão pan-eslavista da Rússia.

    B – Foi a partilha da África e não do mundo, essa definição se refere a África e não ao imperialismo global.

    C- Não estava claro, os EUA têm política isolacionista e o Império Russo é territorial e agrário, não ameaçou as potências industriais.

    D- Correto, alguns dos fundamentos que levaram a Primeira Guerra. 

  • Muito texto!!!!

    GAB: D


ID
3021559
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“[o] espantoso ‘grande salto avante’ da economia mundial (capitalista) e sua crescente globalização não apenas dividiram e perturbaram o conceito de ‘Terceiro Mundo’ como também levaram quase todos os seus habitantes conscientemente para o mundo moderno”.

(HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1995. p 356).

Tendo em vista a interpretação do autor, aponte a alternativa que descreve características fundamentais desse processo:

Alternativas
Comentários
  • O texto de apoio aborda uma passagem sobre como a globalização distribuiu ideais de desenvolvimento de sociedades por todo o mundo a ponto de causar a desconstrução do tradicional conceito de "três mundos" da época da guerra fria. Atualmente, nomenclaturas mais adequadas a realidade dos fatos são utilizadas como nações em desenvolvimento, nações emergentes e países desenvolvidos. O enunciado busca a alternativa que aponte corretamente as causas do processo descrito.
    A) Progresso secular, sem a influência de religiões, não é de fato o que vem ocorrendo em diversas nações que se destacam no cenário internacional atual. A escolarização é, de fato, uma constante de desenvolvimento nestas nações, mas a opção pelo modelo de instituições políticas liberal-democráticas não é unanimidade com nações como a China, e a Rússia destacando-se no campo econômico e geopolítico sem possuir sistemas políticos exatamente deste tipo. 
    B) Uma importante reação contra a imposição de valores ocidentais por parte da população de outras nações é  a valorização de manifestações culturais e características de identidade locais, o que vem ocorrendo  fortemente em nações da Ásia principalmente. 

    C) De fato, a China vem comprovando que o consumo em massa de seu mercado doméstico será um forte componente de seu planejamento econômico de médio prazo, num modelo similar ao estadunidense do pós Segunda Guerra. No entanto, o abandono de valores tradicionais não vem ocorrendo como descrito em diversas nações que tem assistido o surgimento de movimentos culturais tradicionais, em alguns casos sob forte influência religiosa, como na Turquia e Índia por exemplo. 
    D) Aproximadamente metade da população mundial reside em áreas urbanas. Onde o processo mais cresceu foi nos países em desenvolvimento e emergentes. Movimentos fundamentalistas são uma marca da sociedade atual. Governos de vários países de diferentes tipos de sistemas e orientações políticas não tem conseguido dar uma resposta a insatisfação crônica de parte da sociedade que acaba convencida de que um suposto retorno a pureza religiosa radical é a única saída para suas demandas. Alternativa correta. 


    Gabarito do professor: D

ID
3021562
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em Raízes do Brasil (1936), Sérgio Buarque de Holanda analisa os fundamentos da colonização e a mentalidade do brasileiro. A ética da aventura e a cultura da personalidade têm duas implicações para a história social do país:

Alternativas
Comentários
  • A

    a falta de uma moral do trabalho arraigada entre os portugueses reforça a tibieza das instituições e coesão social.

  • Não sei nem o que a alternativa disse(rs), porém, tinha certeza dos erros das demais alternativas.

    Letra A.


ID
3021565
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em agosto de 1939, foi celebrado o pacto Ribbentrop-Molotov, conhecido também como pacto Hitler-Stálin, pelo qual se estabelecia, entre outras coisas, um acordo de neutralidade e não agressão entre a Alemanha e a URSS. Explica-se tal pacto, tendo-se em vista principalmente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito c

  • GABARITO C

    O pacto de 23 de agosto de 1939 entre os ditadores da Alemanha nazista e da União Soviética foi um cálculo cínico, e de início funcionou para ambos os lados. Adolf Hitler assegurava-se da neutralidade soviética para uma planejada invasão da Polônia. Como isso colocaria em cena as potências garantidoras do país, o Reino Unido e a França, de início o líder nazista evitava uma guerra de dois fronts. 

    Assim, ele queria neutralizar um possível bloqueio marítimo britânico, que na Primeira Guerra terminara com a derrota alemã. Stalin, por sua vez, acreditava que o Reich Nazista se envolveria num longo conflito com as potências ocidentais. No longo prazo, contudo, ele considerava inevitável uma guerra contra os alemães, e queria fazer uma pausa para reforçar seu arsenal. O acordo entre os ditadores também ficou conhecido como Pacto Molotov–Ribbentrop, em referência aos ministros das Relações Exteriores dos dois regimes totalitários. 

  • Em 23 de agosto de 1939, um acordo de não agressão foi firmado entre a Alemanha e a União Soviética, o chamado PACTO GERMANO-SOVIÉTICO. Por ter sido assinado pelos representantes dos governos da Alemanha nazista e da União Soviética, J. Von Ribbentrop e V. Molotov, respectivamente, o acordo também ficou conhecido como PACTO RIBBENTROP-MOLOTOV. Alguns autores também se referem a este acerto como Acordo Hitler-Stálin.

    Na ocasião, foi acordado que, caso a Alemanha entrasse em conflito com a Inglaterra ou a França em razão de uma eventual invasão da Alemanha contra a Polônia, a URSS não se manifestaria militarmente.

    À época, os alemães receavam uma guerra em “duas frentes” (ataques tanto pelo leste quanto pelo oeste). Ademais, a URSS havia fracassado em viabilizar uma aliança com o Ocidente contra Hitler. Estes fatores contribuíram fortemente para uma aproximação germano-soviética.

    Resposta: C


ID
3021568
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Nos últimos 30 anos, pesquisas inovadoras têm estimulado debates acalorados e tentativas de revisões da historiografia colonial, o que significou novas interpretações acerca da sociedade e da economia da América portuguesa. Tais tentativas de revisão foram marcadas, especialmente, dentre outras coisas, pela:

Alternativas
Comentários
  • eu acho que é a D

  • Letra A

    CORRETA. Afirmação do papel desempenhado pelos comerciantes e traficantes coloniais; relativização da importância das plantations; interesse pelos circuitos mercantis internos; e possibilidade de se pensar a existência de acumulação interna e ritmos econômicos próprios.

    ERRADO. Afirmação do caráter puramente capitalista-mercantil do projeto colonizador; e predominância das plantations como unidades produtivas básicas; e interpretação da sociedade a partir da contradição fundamental “senhor/ escravo”.

    -> A sociedade era mais do que senhor e escravo, apesar de estar fortemente ligados, ainda tinha outros setores que influenciavam a sociedade, por exemplo, os comerciantes, que influenciaram na Guerra dos Mascates..

    ERRADO. Negação da possibilidade de acumulação de capitais nas colônias devido aos laços de dependência metropolitanos; afirmação da inexistência de um ritmo próprio da economia colonial, com flutuações econômicas determinadas rigidamente pelo mercado internacional.

    -> O Brasil foi a colônia mais rica por um tempo, devido a produção da cana-de-açucar.

    ERRADO. Afirmação do “pacto colonial” ou “exclusivo metropolitano”, como principal eixo de interpretação do passado colonial brasileiro; ênfase no caráter desumanizador da escravidão; e afirmação do predomínio absoluto da classe senhorial de proprietários de terra sobre o restante da sociedade.

    -> É dizer que os senhores de terras eram os únicos que mandavam ou detinham o poder no Brasil, e não é verdade.

    "Alô, é da Polícia? Tem um cara gato na minha casa! Ah, espera, sou eu mesmo" - Jhonny Bravo


ID
3021571
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“(...) confiando neste direito, e pela honra e defesa de sua Igreja, em nome de Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, pelo teu poder e autoridade, eu deponho o Rei Henrique, filho do Imperador Henrique, que se rebelou contra a tua Igreja com audácia inaudita, do governo sobre todo o reino da Alemanha e Itália, e desobrigo todos os homens cristãos da fidelidade que juraram ou possam jurar a ele, e proíbo qualquer um de servi-lo como rei. Assim fica demonstrado que aquele que ousa diminuir a glória de tua Igreja perde a glória que parece ter” (Gregório VII).

O trecho de texto atribuído ao papa Gregório VII (editado em: PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 1999. p. 132), refere-se ao ato pelo qual esse Papa depõe o rei Henrique IV, em 1076. O episódio serve de indicativo para uma das bases fundamentais do poder da Igreja medieval. Marque a alternativa que a descreve:

Alternativas
Comentários
  • Episódio em que o citado papa promove a excomunhão do rei germânico, que estava, ele próprio, escolhendo os bispos locais e outros membros do clero da localidade.

    Após na excomunhão, o rei recebe o perdão do papa e volta a reinar. Tendo, depois, derrubado o pontífice Gregório VII do seu " trono ".

    Episódio conhecido como: " Aquarela das Investiduras ".

  • O Papa como representante do poder sagrado coroava o rei como representante do poder temporal.

  • O poder da Igreja Católica durante a Idade Média europeia adivinha do fato de ser a única instituição de Estado que sobreviveu à queda do Império Romano do Ocidente.  Ela também detinha o monopólio da leitura e da escrita além de ser grande proprietária de terras por toda a Europa. O papa, maior do chefe da Cristandade, era chefe político nos Estados papais. 
    Também o pensar e agir de nobres, servos e homens livres estava vinculado, via de regra, aos ditames da Igreja. As primeiras universidades nasceram ligadas às catedrais. O mundo medieval na Europa era de base teocêntrica. Portanto, coaduna com este mundo o poder do papa de destronar um rei, ainda que seja legítimo. 
    A questão pede que seja indicada qual a alternativa que descreve corretamente esta ação específica do papa.
    A) CORRETA – Cabia ao papa o direito de incluir e excluir indivíduos, de qualquer grupo social, do Povo Cristão. E ser cristão, em um mundo de base teocêntrica, era fundamento de inserção social. Aquele que não era cristão era um pária. 
    B) INCORRETA- O controle ideológico da Igreja não justifica o caso descrito de destituição do rei Henrique IV 
    C) INCORRETA- É correto que os Estados Papais – ou seja a Igreja – dispunham de forças militares. No entanto Henrique IV não foi deposto pela força das armas do exército da Igreja 
    D) INCORRETA – O governo do papa sobre toda a cristandade era considerado de “direito" embora não o fosse de fato. A força política do papado dependia da articulação de alianças com famílias poderosas de toda a Europa. 
    RESPOSTA: A

ID
3021574
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“O que hoje é o árido, quente e inóspito deserto do Saara, no norte da África, era uma região de savanas e pradarias com alguns bosques, lar de caçadores e coletores que viviam de vários animais e plantas, sustentados por lagos permanentes e muita chuva.

Era assim numa época entre 5 mil e 10 mil anos atrás - período conhecido como do “Saara verde” ou “Saara úmido”. É difícil imaginar que o maior deserto quente do mundo, que tem uma precipitação anual entre 35 e 100 milímetros de chuva, recebia chuvas 20 vezes mais intensas há alguns milhares de anos”.

(MARQUES, William. Como era o Saara antes de se tornar o maior deserto do planeta. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ geral-39374825. Acesso em: 28 nov. 2018).

O trecho acima, extraído de uma reportagem da BBC Brasil, descreve um Saara verde que se desertifica posteriormente. Tal processo se relaciona com

Alternativas
Comentários
  • Para muita gente o antigo Egito é sinônimo de faraós e pirâmides do período de dinastias, que começou em cerca de 3.100 a.C. Mas, muito antes disso povos neolíticos floresceram na região. 
    O estudo destes grupos humanos é incipiente até mesmo porque seus restos estão localizados no que poderíamos definir hoje em dia como “no meio do nada", longe das margens do Rio Nilo. Isto se dá porque no período neolítico era mais úmido que atualmente, o que permitia que esses antigos pastores povoassem o que agora é o “meio do nada". 
    Essas comunidades, do tardio neolítico (5500- 4600 a.C), viviam do gado e cabras domesticados, e, processamento de plantas silvestres. Essas pessoas também faziam objetos metálicos, santuários e até círculos de calendário — que parecem um pouco com um mini Stonehenge.
    Com o processo de desertificação crescente, tais comunidades buscaram lugares menos inóspitos para viverem. A questão pede que se relacione a desertificação do Saara com uma das afirmativas apresentadas nas alternativas. 
    A) INCORRETA- O raciocínio está invertido. A desertificação leva às migrações e à formação das civilizações ao longo do rio Nilo.
    B) CORRETA- Com a desertificação do território que viria a ser o Saara, populações migraram à procura de fontes de água permanentes. Estas comunidades deram origem à civilizações mais sofisticadas como a Egípcia e a da região da Núbia, mais próxima às nascentes do Nilo. 
    C) INCORRETA- As populações europeias foram formadas essencialmente por migrações de populações originárias das margens do Mar Negro.- grupo indo-europeu.  Houve migrações da África para a Ásia e, de lá para a Europa. As migrações diretas deram-se, ao que tudo indica, pelo estreito de Gibraltar em período histórico posterior ao enunciado na questão 
    D) INCORRETA – Comunidades nômades que se deslocaram em direção ao Rio Nilo é que deram origem à civilização egípcia, posterior a elas no tempo. 
    RESPOSTA: B

ID
3021577
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O livro Os índios antes do Brasil, de Carlos Fausto (1999), apresenta as perspectivas etnográficas mais contemporâneas sobre os povos situados na América do Sul e no Brasil antes da chegada dos colonizadores. O autor:

Alternativas
Comentários
  • traça um panorama da variabilidade dos povos indígenas superando o senso comum em torno da uniformidade sociopolítica, econômica e cultural.

  • Dentre os temas enfocados por Fausto, destaca-se a crítica da tipologia evolucionista das populações indígenas desde uma visão continental. É mostrado como Steward elaborou sua classificação de cima para baixo a partir do modelo do império Inca, exemplo do "ápice do desenvolvimento no continente", definindo as demais populações da América do Sul pela "carência, levando à caracterização dos povos das terras baixas pela negativa" Dessa forma, segundo Fausto, "restringiram-se os problemas a serem enfrentados pela arqueologia a duas perguntas básicas: será que todos os povos das terras baixas, de fato, não tinham aquilo que os incas tinham? E por que não tinham?"

    Baseado em pesquisas recentes, o autor apresenta contrapontos às concepções de Steward no que se refere a demografia, desenvolvimento da agricultura, subsistência, exploração/manejo dos recursos naturais, criação da cultura material, tipos de sociedade e de organização política. Traça, assim, um panorama sugestivo da variabilidade dos povos indígenas, superando chavões em torno de sua falaciosa uniformidade sociopolítica, econômica, cultural e demográfica.

    http://professor-ruas.yolasite.com/resources/fausto,%20carlos.%20_os%20indios%20antes%20do%20brasil_.pdf.

  • As culturas tais como conhecemos, em territórios do Oriente e do Ocidente , têm a idade de milênios. A América do Sul, no entanto, passou a ser visitada e “descoberta" a partir do século XV, mas antes disso ela já era habitada. Os povos que ocupavam os territórios da América do Sul possuíam as suas especificidades e é sobre eles que o antropólogo Carlos Fausto escreveu no livro Os índios antes do Brasil. 
    Para responder esta questão é preciso ter o conhecimento do conteúdo da obra de Carlos Fausto, que realiza pesquisas com povos indígenas na Amazônia desde 1988, centradas em temas como parentesco, guerra, ritual, xamanismo, arte e memória.
    A) INCORRETA - As escavações arqueológicas comprovaram que a floresta tropical era povoada por uma sociedade simples e pequena, pois caso fosse ocupada por uma sociedade complexa e densamente habitada como a Inca, os recursos naturais teriam se extinguido. 
    B) CORRETA - O livro é dividido em diferentes expedições “caminhando" da esquerda para a direita do mapa da América do Sul. O autor analisa os estudos arqueológicos e revisa a bibliografia referente aos povos de cada território destas expedições demonstrando assim a diversidade sociopolítica, cultural e econômica existente. 
    C) INCORRETA - Havia em um primeiro momento a concepção de que não existia comida longe dos cursos de água e assim essa procura por comida não permitiria que acontecesse desenvolvimento cultural, social e político. Fazendo com que os povos no Brasil estivessem nos menores graus da escala evolutiva. 
    D) INCORRETA- A expansão tupi se deu rumo ao sul percorrendo as áreas de fronteira entre o Brasil e a Bolívia até o Paraguai, subindo até a costa brasileira. As descobertas arqueológicas dos sítios da foz do Amazonas e Piauí eram pertencentes a tradição Pocó. O conjunto Pocó foi produzido por povos cujos registros mais antigos de ocupação no território amazônico datam do primeiro milênio antes da era Cristã e foram catalogados na região do Baixo Amazonas. 
    RESPOSTA: B

ID
3021580
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Por mais dignas de atenção que tenham sido as rebeliões nordestinas, o fato é que os rumos do país foram traçados, com menores sobressaltos e mudanças, a partir da capital e das províncias à sua volta. Foi assim na independência e seria assim no episódio da queda do primeiro imperador. Em março de 1824, Dom Pedro I dominava a cena, tendo condições políticas para dissolver a Constituinte e baixar uma Constituição. Sete anos depois, foi obrigado a abandonar o trono.

(FAUSTO, B. História do Brasil. 2.ed. São Paulo: Edusp,1995. p. 154).

Dentre os episódios ocorridos nesse intervalo de tempo, podemos apontar:

Alternativas
Comentários
  • O Banco do Brasil foi fechado em 1829. Só não entendi o por que a letra a está errada

  • a)A independência do Uruguai se deu em 1828.

    b)O Tamoyo foi publicado no RJ em 1823. Surgiu para criticar o crescente autoritarismo de D.Pedro I.

    c)Não havia Banco Central. Ele foi criado por Castello Branco em 1964.

  • Resposta: D

  • A Revolta dos Mercenários é um episódio pouco conhecido na História do Brasil.

    constitui-se numa sublevação militar ocorrida no Brasil, sob o governo de D. Pedro I.

  • o motim de mercenários alemães e irlandeses no Rio de Janeiro em 1828, que forçou o governo a recorrer à humilhante proteção de navios ingleses e franceses.questão bem complicada

  • É bom anotar!!!!

    A Revolta dos Mercenários constitui-se numa sublevação militar ocorrida no Brasil, sob o governo de D. Pedro I, em 1828. Episódio pouco conhecido na História do Brasil, inscreve-se no contexto da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata, da qual resultou a independência da República Oriental do Uruguai.

    Fonte:Wikipedia

  • Pra quem viu a novela Novo Mundo, ela mostra um pouco o contexto desse embate entre Mercenários e Ingleses nesse período

  • A Revolta dos Mercenários ocorreu entre 9 e 11 de junho de 1828 na Corte, mas fez parte do contexto de disputas da Guerra da Cisplatina, quando os embates contra as províncias do Rio da Prata resultaram na emancipação do Uruguai. A origem da revolta foi um boato que dois alemães haviam sido mortos por soldados de um batalhão brasileiro. O oficial de dia do 3° Batalhão de Granadeiros, composto na sua maioria de estrangeiros, o tenente alemão Prahl, saiu bêbado do quartel, acompanhado de outros soldados e atacou a guarda do Largo da Carioca. Foi logo preso e enviado à , o batalhão foi reunido e Dom Pedro I lá ordenou que todos os envolvidos no incidente dessem um passo à frente. Os que se apresentaram foram logo sentenciados a 100 chibatadas. Isto detonou a revolta.

    Para reprimir a sedição foi necessário, além das tropas regulares e da , o auxílio da população, cerca de mil paisanos armados, entre os quais haviam estrangeiros que queriam o perdão da coroa, 50 frades e mais de 100 padres e estudantes. O governo solicitou ajuda às forças tarefas francesa e inglesa, aportadas na capital, que desembarcaram 400 marujos ingleses para guardar o , mais 600 franceses se concentraram perto do Arsenal de Guerra.

    Mas, naquele dia 9 de junho de 1828, no horário em que as chibatadas deveriam ser aplicadas, os soldados estrangeiros se organizaram e começaram a contestação. Não só alemães como também irlandeses fizeram parte do movimento. De nada adiantou: o soldado foi exposto ao castigo, e ainda aumentado em cinco vezes, para choque dos soldados estrangeiros. O batalhão de revoltosos foi enviado à Ilha das Cobras e os envolvidos foram condenados a cem chibatadas. Muitos foram mortos, muitos foram feridos e os batalhões de mercenários estrangeiros foram dissolvidos, tendo sido seus integrantes deportados para seu país de origem.

    Gabarito: d) o motim de mercenários alemães e irlandeses no Rio de Janeiro em 1828, que forçou o governo a recorrer à humilhante proteção de navios ingleses e franceses.

    Fontes: https://www.infoescola.com/historia/revolta-dos-mercenarios/ e https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_Mercen%C3%A1rios#:~:text=O%20motim%20iniciou%20em%209,desde%20a%20independ%C3%AAncia%20(1822).


ID
3021583
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Guerra do Paraguai (1864-1870) constitui um claro exemplo de como a História, sem ser arbitrária, é um trabalho de criação que pode servir a vários fins. Nos últimos anos, surgiu na historiografia uma nova explicação, que não se trata da última palavra, mas de uma versão menos ideológica, mais coerente e bem apoiada em documentos e que pode ser expressa na versão de que o conflito foi:

Alternativas
Comentários
  • Para quem puder e quiser assistam o episódio 3 da série de documentários Guerras do Brasil distribuído pelo Netflix.

  • As alternativas A e D são justamente as antigas explicações para o conflito, sendo a primeira veiculada pela história tradicional e militarista brasileira e a segunda pela historiografia marxista, principalmente.

  • https://g.co/kgs/qeHTr2


ID
3021586
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“É das tensões internas da economia cafeeira, em sua etapa de crise, que surgirão os elementos de um sistema econômico autônomo, capaz de gerar o seu próprio impulso de crescimento, concluindo-se então definitivamente a etapa colonial da economia brasileira”.

(FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 32. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2005. p. 48).

Segundo o autor, na história nacional, a transição da economia colonial para formas mais modernas de desenvolvimento foi concretizada durante

Alternativas
Comentários
  • o processo de industrialização e consolidação de um mercado interno ocorrido principalmente após a crise de 1929.

  • CRISE DE 29 MARCA A DECADÊNCIA DA ECONOMIA CAFEEIRA

  • “É das tensões internas da economia cafeeira, em sua etapa de crise, que surgirão os elementos de um sistema econômico autônomo, capaz de gerar o seu próprio impulso de crescimento, concluindo-se então definitivamente a etapa colonial da economia brasileira”.

    a) as mudanças estruturais propiciadas pela economia do trabalho assalariado em substituição à mão de obra escrava em meados do século XIX. -> Não. O texto faz referência à crise do café que fez com que o Brasil iniciasse o precesso de industrialização do Brasil.

    b) a expansão da capacidade produtiva com facilidades cambiais para importação de máquinas e equipamentos no início da década de 1920. -> Errado.

    c) O processo de industrialização e consolidação de um mercado interno ocorrido principalmente após a crise de 1929.-> Correto. O processo de industrialização consolidou-se após a crise na Bolsa de Valores de NY, pois os EUA entre outros países cortaram as compra do café do Brasil (que era o sustentáculo da economia brasileira), fazendo com que os cafeicultores (com o capital acumulado do café) investissem nas indústrias, substituindo a importação pela industrialização.

    d) a ascensão de forças nacionalistas e populistas na América Latina que favoreceram a ruptura de dependência internacional após a década de 1930.

  • Para completar:

    H) Seguro contra acidentes de trabalho.

  • Para completar:

    H) Seguro contra acidentes de trabalho.

  • Olá!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
3021589
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Ficava cada dia mais explícito entre intelectuais, industriais e defensores da racionalização do trabalho que a única maneira de aumentar o controle sobre o processo de trabalho era a simplificação das tarefas e a desqualificação da força de trabalho, o que iria permitir a rápida substituição dos trabalhadores não especializados e combativos, que recebiam altos salários, por trabalhadores não especializados”.

(WEINSTEIN, B. (Re)Formação da classe trabalhadora no Brasil (1920-1964). São Paulo: Cortez/CDAPH-IFAN/Universidade São Francisco, 2000. p. 36).

A década de 1930, no Brasil, testemunhou importantes mudanças nos setores econômico, político e, consequentemente, educacional, que se estenderam até 1945. Sobre a educação profissional do período, podemos afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

    O Instituto de Organização Racional do Trabalho, foi criado em 1931, centralizando as discussões do projeto industrial para o país, bem como as discussões sobre as proposta para a educação profissional, que deveria ser pensada na perspectiva da formação de novo trabalhador, para uma industria em processo de crescimento.

  • Educação é uma tema sensível no Brasil. Inicialmente foi vinculada à ação das ordens religiosas. As poucas escolas existentes eram particulares . Os filhos da aristocracia agrária iam complementar seus estudos na Europa. 
    No reinado de Pedro II vê-se um maior estímulo à educação, com a criação de cursos profissionalizantes noturnos e com a fundação do Colégio Pedro II como escola de referência para o ensino no país.
    A questão propõe assertivas acerca do ensino de formação profissional, principalmente após 1930 quando passa a haver um processo de industrialização e de urbanização demandando uma mão de obra minimamente qualificada. O período em pauta é de 1930 a 1945. Ou seja, momento do primeiro governo Vargas, incluindo a ditadura do Estado Novo de 1937 a 1945.
    A) INCORRETA- As notícias mais antigas de Ensino noturno organizado pelo poder público no Brasil datam do período monárquico. Nos registros de Primitivo Moacyr (1936,1939) encontram-se dados de que, entre 1869 e 1886, escolas noturnas para adultos funcionavam em diversas províncias do país. Esses cursos estavam relacionados, já naquela época, aos adultos analfabetos, que não tinham acesso à escola em idade própria e que não tinham tido possibilidade de frequentar aulas no período diurno, por estarem trabalhando. Estas escolas foram as primeiras formas de organização do ensino noturno no país assumidas pelo poder público 
    B) INCORRETA. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova previa um sistema completo de educação, destinado a atender às necessidades de uma sociedade que ingressava na era da técnica e da indústria. Esse sistema deveria atender a toda a população. Propunha assim o ensino obrigatório e gratuito até a idade de 18 anos, custeado pelos estados da Federação e coordenado pelo Ministério da Educação. O manifesto não trata apenas da Educação profissional. 
    C) INCORRETA – As Escolas de Aprendizes Artífices existiram no período de 1909 a 1942. Portanto, não foram criadas como resposta às necessidades específicas da década de 1930. Elas eram localizadas nas capitais dos estados brasileiros na época de sua criação (Governo de Nilo Peçanha – 19 estados) e o seu objetivo fundamental era a educação primária fundamental para operários que já tivessem emprego. 
    D) CORRETA – A afirmativa acerca do Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT), em 1931 está correta, pois a lógica do Estado Novo era de qualificar mas também controlar a mão de obra industrial, de forma a satisfazer as necessidades do empresariado que investia na industrialização nacional, com incentivos do Estado. 
    RESPOSTA: D
  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
3021592
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Sobre a organização dos trabalhadores e o movimento sindical, a Constituição de 1946:

Alternativas
Comentários
  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Os únicos limites da sua mente são aqueles que você acreditar ter!


ID
3021595
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Para controlar a situação político-financeira dos últimos meses do governo Goulart, o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG) foi instituído em novembro de 1964 com duração prevista até março de 1967. Sobre essa política de estabilização de curto prazo, podemos afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GAB. D

  • governo de castelo branco

  • As diretrizes estratégicas da política econômica, do primeiro governo do movimento político-militar de março de 1964 — do marechal Humberto Castelo Branco — foram fixadas no Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), cuja duração deveria ser de novembro de 1964 a março de 1967. 
    De acordo com o dito à época, o PAEG foi criado com o “propósito básico de estabilização, desenvolvimento e reforma democrática" para “ acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico do país interrompido no biênio 1962-1963; conter progressivamente o processo inflacionário durante 1964 e 1965 objetivando um razoável equilíbrio dos preços a partir de 1966; atenuar os desníveis econômicos setoriais e regionais e as tensões criadas pelos desequilíbrios sociais mediante a melhoria das condições de vida; assegurar, pela política de investimentos, oportunidades de emprego produtivo à mão-de-obra que continuamente aflui ao mercado de trabalho; e corrigir a tendência a déficits descontrolados do balanço de pagamentos", segundo publicação da Fundação Getúlio Vargas. A questão pede que seja indicada uma afirmativa correta acerca do PAEG 
    A) INCORRETA- A primeira parte da afirmativa “combinou o intervencionismo governamental aos interesses do empresariado nacional" está correta mas, o mecanismo não foi através do bloqueio da “remessa de lucros de empresas estrangeiras no exterior“. Foi através do estímulo dado à entrada de capital estrangeiro em forma financeira, tecnológica ou as próprias multinacionais, associadas ao capital nacional. 
    B) INCORRETA- Após o golpe de 1964, a ingerência deste organismo multilateral alastrou-se por quase todos os domínios da atividade pública. No entanto, não significou a resolução da questão da dívida externa. Ao contrário, ela aumentou durante o regime militar. 
    C) INCORRETA- O controle da inflação pode ter significado uma pequena melhora no padrão de vida de uma parcela da população mas, a criação do FGTS (Fundo de Garantia por tempo de serviço) não teve esse efeito pois ele chega às mãos do trabalhador ou por aposentadoria ou por perda de emprego. 
    D) CORRETA – Uma das propostas do PAEG, de reduzir o déficit público foi alcançada, o que não significou, entretanto, uma melhor distribuição de renda e em uma melhoria significativa na vida das populações mais necessitadas do país 
    RESPOSTA: D
  • PAEG: Plano de Ação econômica do Governo

    > Estabelecida no governo de Castelo Branco;

    > Diminuição de salários;

    > Aumento de impostos;

    > Restrição de créditos;

    > Extinção da Lei de Lucros Extraordinários, favorecendo empresas estrangeiras instaladas no Brasil.

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Estude como se a prova fosse amanhã.


ID
3021601
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome é democracia, pois a administração serve aos interesses da maioria e não de uma minoria.

(Trecho do discurso de Péricles, século V a. C. In: TUCÍDIDES. A guerra do Peloponeso. Adaptado).

Por esse discurso, é possível afirmar que o autor:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

  • Oi? Cadê a interpretação de texto?

  • Atenas , especificamente no seculo de ouro de Pericles, implantara a igualdade , onde a politica atingiria não só a minoria, mas também a maioria. Assim, distinguia-se de Esparta que continuaria com sua Oligarquia e Diarquia (2 reis)

  • Oi!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -É praticando que se aprende e a prática leva á aprovação.


ID
3021604
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Um inglês que não se sinta cheio de estima e admiração pela maneira sublime com que está agora se efetuando uma das mais importantes revoluções que o mundo jamais viu deve estar morto para todos os sentidos da virtude e da liberdade; nenhum de meus patrícios que tenham tido a sorte de presenciar as ocorrências dos últimos três dias nesta grande cidade fará mais que testemunhar que minha linguagem não é hiperbólica”.

(The Morning Post (21 de julho de 1789) sobre a queda da Bastilha. In: HOBSBAWM, E. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 71).

Sobre a tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789:

Alternativas
Comentários
  • Bastilha era uma antiga casa de detenção na França que servia também como símbolo da monarquia.

    Assim, os burgueses invadiram-lá para romper com a monarquia e mostrar a força revolucionária.

    Letra B

  • O marco inicial do que é entendido tradicionalmente por Idade Contemporânea é o ano de 1789. E, a grande revolução que explodiu nesse ano foi a Revolução Francesa. Ícone de liberdade. Exemplo clássico de movimento revolucionário que, incluso, é base para estudos de teoria política como “Da Revolução" da filósofa Hannah Arendt.
    A Revolução Francesa não foi um processo linear. As lideranças são socialmente variadas e os rumos da revolução nem sempre são claros. Na verdade são vários processos que se entrelaçam: a revolução liberal burguesa, a revolução popular urbana e a revolução camponesa. No entanto, o ponto de partida de todas é simbolizado pela queda da Bastilha, a 14 de julho de 1789. O lema de todos foi “Liberdade, Igualdade, Fraternidade", mesmo que com interpretações diferentes.
    A questão pede que seja assinalada uma afirmativa verdadeira acerca da queda da Bastilha.
    A) INCORRETA – A tomada da Bastilha não tem caráter nacionalista e sim anti-absolutista.
    B) CORRETA- A Bastilha era uma prisão e um arsenal que representava a autoridade do monarca francês. Embora não estivesse cheia de prisioneiros, a tomada da Bastilha foi mais do que o assalto a um arsenal. Simbolizou o assalto ao poder real ou seja, ao modelo político absolutista. 
    C) INCORRETA- A tomada da Bastilha foi uma ação popular 
    D) INCORRETA- A independência das colônias americanas, ao menos na América do Norte, já havia começado com a independência das Treze Colônias Inglesas em 1776. E não é a queda da Bastilha mas todo o processo revolucionário que inspira processos de libertação nas Américas Portuguesa e Espanhola.
    RESPOSTA: B
  • Eu entraria com recursos contra essa questão por ter, aparentemente, duas respostas:

    Sim, a queda da bastilha mostra como os Jacobinos e Girondinos estavam ganhando força e colocando para fora o absolutismo da França através de uma revolução. MAS..........

    A queda da bastilha refletiu sim os interesses dos burgueses, que logo após assumem o poder Francês. A afirmação não exclui a possibilidade de as classes que estão abaixo dos burgueses também estarem interessadas na queda da bastilha, ou seja, essa afirmação não tem sentenças ou conectores que falam que APENAS a burguesia tinha interesse na queda da Bastilha. Com certeza eu entraria com recurso.


ID
3021607
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na História do futuro, livro milenarista ex-cogitado nos matos do Maranhão, o Padre Antônio Vieira dá o seu palpite sobre o assunto. Sem se embaraçar no paradoxo – porquanto para ele e seu século nada havia de paradoxal na aliança entre negreiros e missionários – Vieira define os fundamentos da reconquista de Luanda. “O Brasil vive e se sustenta de Angola, podendo-se com muita razão dizer que o Brasil tem o corpo na América e a alma na África”.

(ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 232).

O paradoxo mencionado pelo autor está relacionado:

Alternativas
Comentários
  • A Igreja Católica era associada às monarquias ibéricas desde a formação de Portugal e Espanha como Estados unificados. O processo de centralização de poder nestes países esteve fundamentalmente ligado à luta de Reconquista, um movimento de caráter cruzadista para expulsão dos muçulmanos da península.
    O cruzadismo, criado, difundido e estimulado pela Igreja Católica foi o elemento de união entre os vários pequenos estados em prol da unificação liderada por Castela na Espanha e, pelo Condado Portucalense para a formação de Portugal.
    Assim, a Igreja tem papel fundamental na exploração e colonização ibérica na América. Muito do trabalho burocrático era feito por elementos do clero, que dominavam a leitura e a escrita. Coube à ordem jesuíta a catequização e controle dos nativos. Eram próximos às autoridades, tanto portuguesas quanto espanholas, nas áreas coloniais. 
    Por conseguinte, a preocupação do autor no que se refere a posições da Igreja Católica no período colonial procede. Ela foi um dos pilares da dominação. A questão propõe essencialmente uma interpretação de texto. Portanto, a leitura atenta é necessária!
    A) INCORRETA- Em primeiro lugar não se pode falar em algo como “território nacional" no século XVII. E, a preocupação do autor não se refere à origem da mão de obra mas à forma de trabalho.
    B) CORRETA – A Igreja Católica tinha posições opostas em relação à escravização de nativos e de africanos. Os nativos eram “almas puras “que poderiam “ser salvas" pela catequização. Acerca dos africanos negros inclusive havia a dúvida se eram “providos de alma". Salvo raras exceções, os membros do clero que vieram para a América do Sul, incluso Brasil, não contestavam a escravização dos africanos. 
    C) INCORRETA- Não há pressões internas para a mudança de forma de trabalho até o século XIX e, ao tratar do Padre Antônio Vieira, o autor não está se referindo ao século XIX e sim ao século XVII. 
    D) INCORRETA- O autor não está preocupado com a questão de colonização diversa em territórios africanos e Brasil. Aliás, coloca as duas regiões em uma relação de igualdade. 
    RESPOSTA: B
  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Se você não está disposto a arriscar, esteja disposto a uma vida comum. – Jim Rohn

  • A contradição citada é a respeito da defesa da "liberdade indígena" para catequização contra a preferencia da igreja da mão de obra escrava (pois também obtinham lucros desse trafico)


ID
3021610
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os movimentos sociais que ocorreram no campo, durante o período da Primeira República, podem ser divididos em três grupos distintos: 1. Os que combinaram conteúdo religioso com carência social; 2. Os que combinaram conteúdo religioso com reivindicações sociais; 3. Os que expressaram reivindicações sociais sem conteúdo religioso.

(FAUSTO, B. História do Brasil. 2.ed. São Paulo: Edusp,1995. p. 295-296. Adaptado).

O segundo grupo, citado no excerto, pode ser exemplificado em:

Alternativas
Comentários
  • Segundo Boris Fausto:

    a) Guerra de Canudos. Combina conteúdo religioso com carência social

    b) Guerra do Contestado. Combina conteúdo religioso com reivindicações sociais, visto que foi liderado por um monge, João Maria, e envolvendo disputa de terras ( SC e PR) com empresas estrangeiras.

    c) Movimento do cangaço. Combina conteúdo religioso com carência social

    d) Guerra dos Farrapos. INCORRETA, não faz parte do período abordado;

    GABARITO ALTERNATIVA B

    Adendo:

    Revolta da Vacina: Revoltas sociais sem cunho religioso.

  • carencia social nao deixa de ser uma reivindicação social, então a B também está correta.

  • KLOS CONCURSEIRO

    Guerra de canudos já é primeira república.

  • E as reinvindicações às terras, ao coronelismo, à pobreza? isso não é caráter social?

  • kLos Concurseiro, desde quando 1897 ainda é Segundo Reinado? Cuidado com os comentários.

  • O segundo grupo, citado no excerto, pode ser exemplificado em

    a questão é pontual

  • Canudos não tinha reinvindicação social e sim CARENCIA SOCIAL .

  • Canudos não tinha reinvindicação social e sim CARENCIA SOCIAL .

  • 1897 Segundo Reinado? tá viajando em....

  • 2 reinado não é cuidado amigo

  • Não gostei da questão , pois achei um pouco confusa.

    UMA LINHA DO TEMPO PRA NOS SITUARMOS

    1° Reinado (1822-1831) 

    Regencial (1831-1840)

    2º Reinado (1840-1889)

    República ( 1889 - 1930) - CANUDOS ( 1897 ) / CONTESTADO (1916)

    Era Vargas (1930-1945)

    --------

    ALÉM DISSO , SEGUNDO O HISTORIADOR BORIS FAUSTO :  

    Movimentos sociais RURAIS durante a 1ª República, podem ser divididos em 3 :

    1. Conteúdo religioso + carência social > Ex : Canudos e Revolta de Juazeiro.

    2. Conteúdo religioso + reivindicações sociais > Ex : Contestado

    3. Reivindicações sociais sem conteúdo religioso > Ex: greves de trabalhadores rurais organizadas na década de 1910. 

  • O pessial de canudo n queria reinvindicar.. eles so queria viver de boa a vida deles


ID
3021613
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“[Esta foi] de longe a maior de todas as revoluções da década de 1970, e que entrará para a história como uma das grandes revoluções sociais do século XX (...) a novidade dessa revolução era ideológica”.

(HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 440).

A revolução mencionada pelo autor é:

Alternativas
Comentários
  • Pq n A?

  • Eric Hosbawn, o maior historiador vivo no século XX, disse ser a revolução social em pauta uma das grandes revoluções do século XX . Ee destacou algo de diferente ou de especial na mesma. 
    A maioria das revoluções do século XX teve caráter socialista. Esta foi a ideologia que, na maioria das vezes, incendiou intelectuais, estudantes e grupos sociais populares em direção a movimentos armados. No entanto, raramente tais movimentos alcançaram  todos os grupos do tecido social, juntando os mais poderosos aos mais despossuídos da sociedade.
    Portanto, ao responder a questão é preciso ter em mente a questão da diferença de caráter ideológico que perpassou todo o tecido social e,  marcou a revolução que deve ser assinalada como uma das maiores revoluções sociais do século XX .
    A) INCORRETA- A Revolução dos Cravos em Portugal teve clara influência socialista, tendo militares na liderança .
    B) INCORRETA – A Revolução Cultural Chinesa, de 1966 a 76, aconteceu dentro do processo de estabelecimento do regime socialista na China, possibilitando o expurgo do Partido Comunista e o fortalecimento do poder de Mao Tsetung. Ela não difere grandemente das outras revoluções sociais do século XX .
    C) INCORRETA- Assim como a Revolução dos Cravos, a Revolução Sandinista teve uma orientação socialista, liderada por um setor específico da população nicaraguense .
    D) CORRETA- A revolução Iraniana, de 1979, foi original. Ela, além de perpassar quase todo o tecido social do Irã, teve motivação religiosa e não uma ideologia de caráter sociológico. A liderança foi igualmente religiosa e estabeleceu um regime teocrático no país, no qual o Conselho de aiatolás está acima, incluso, da constituição. 
    RESPOSTA: D
  • Oi!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Estude como se a prova fosse amanhã.


ID
3021616
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sobre a Greve Geral de 1917, em São Paulo, podemos afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gab B

  • "Em junho de 1917, décadas antes da consolidação das leis trabalhistas no Brasil, cerca de 400 operários - em sua maioria mulheres - da fábrica têxtil Cotonifício Crespi na Mooca, em São Paulo, paralisaram suas atividades." https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39740614

    Eles pediam, entre outras coisas, aumento de salários e redução das jornadas de trabalho, que até então não eram garantidos por lei. Em algumas semanas, a greve se espalharia por diversos setores da economia, por todo o Estado de São Paulo e, em seguida, para o Rio de Janeiro e Porto Alegre. Era a primeira "greve geral" no país.

    Gab: B

  • Partido comunista surgiu em 1922

  • Esta é uma questão simples e direta. No entanto, com alta possibilidade de erro pois não há um texto introdutório ao tema, que o ajude a localizar o processo histórico em pauta ou ainda orientar o raciocínio. Portanto, é preciso leitura atenta de cada alternativa. Muitas vezes a diferença entre o “certo" e o “errado" é bastante sutil. O tema é a Greve Geral de junho e julho de 1917 iniciada em São Paulo, onde se encontravam as indústrias brasileiras em sua maioria. Ela acontece por conta da crise econômica pela qual passava o país e, em certa medida, por influência do movimento popular russo que começou em fevereiro de 1917 e aprofundou-se em outubro do mesmo ano. 
    O operariado brasileiro, embora pequeno em comparação com outros grupos sociais, era bastante politizado. Normalmente os operários ou eram estrangeiros ou descendentes de estrangeiro, que traziam uma história de organização e luta operária em seus países de origem na Europa. Imigrantes italianos e espanhóis, começaram a divulgar os princípios anarquistas e socialistas através de jornais operários. Por isso é que eram combativos, apesar da industrialização no Brasil ser, à época, recente e concentrada na área de São Paulo. 
    Os trabalhadores pediam melhores condições de trabalho e aumento de salário. As condições de trabalho nas fábricas eram as piores possíveis. Não havia legislação trabalhista, as jornadas duravam até 16 horas por dia, mulheres e crianças realizavam trabalhos pesados e as questões laborais eram resolvidas com a polícia. Sobre a Greve de 1917 uma alternativa apresenta uma afirmativa correta.
    A) INCORRETA - A fundação do partido comunista foi em 1922 e não em 1918 , embora tenha sido resultante do fortalecimento do operariado. 
    B) CORRETA – Embora as mulheres não tivessem direitos políticos e limitados diretos civis, as mulheres operárias participaram ativamente do movimento, até mesmo porque faziam parte do grupo mais explorado, executando trabalhos além de sua capacidade física e recebendo salários mais baixos ainda.
    C) INCORRETA- O movimento não foi fracassado. Após 5 dias de greve os trabalhadores conseguiram a aceitação de suas reivindicações
     D) INCORRETA- Apesar do movimento de 17 ter obtido sucesso, não haverá a regulamentação do trabalho de menores e não são estabelecidas as férias anuais, o que é regulamentado pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, assim como a questão do trabalho de menores de idade 
    RESPOSTA : B

ID
3021619
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“No século XVIII, a exploração do ouro e diamantes determinou uma reorientação da política colonial. A Coroa portuguesa viu-se obrigada a ampliar o controle e a fiscalização para evitar os descaminhos do ouro, multiplicando os quadros burocrático e policial, limitando a autonomia dos poderes locais. De outro modo, embora a mão de obra utilizada fosse ainda essencialmente escrava, o trabalho livre encontrava melhores possibilidades nas zonas mineiras do que nas áreas onde prevalecia a economia agrária. A especialização das áreas de mineração que tendiam a se dedicar quase exclusivamente à indústria extrativa motivou o desenvolvimento das regiões periféricas, que passaram a cultivar gêneros de primeira necessidade e a criar gado com o objetivo de abastecer as minas. O mercado interno cresceu, estimulando o comércio e a urbanização”.

(COSTA, E. V. da. Da monarquia à república: momentos decisivos. 9. ed. São Paulo: Editora da Unesp, 2010. p. 239-240).

Sobre a mineração na América portuguesa do século XVIII e sua relação com a mão de obra escrava, é possível afirmar apenas que:

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

  • A descoberta e a exploração do ouro, embora tenham acarretado uma reorientação nos padrões tradicionais de povoamento, exerceram efeito limitado, não sendo capazes de alterar as estruturas de produção nos quadros mais gerais do país, onde continuou a prevalecer a estrutura agrária tradicional -> O país continuou agrário até a chegada de Getúlio Vargas, na revolução de 30, em que o incentivo à industrialização fez com que, em meados de 1950, o setor industrial ultrapassasse o setor rural.

  • Manteve os latifúndios .


ID
3021622
Banca
IF-SP
Órgão
IF-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

“Tive a sorte de lecionar em uma faculdade que proporcionava proteção interna e espontânea contra as pressões externas da Guerra Fria. No entanto, a situação acadêmica não era boa. Tanto quanto eu podia saber, todos os comunistas que haviam sido nomeados para cargos acadêmicos antes do verão de 1948 permaneceram em seus lugares e tampouco houve tentativas de demiti-los. Por outro lado, pelo que eu soube, nenhum comunista conhecido foi nomeado para cargos em universidades durante cerca de dez anos a partir de 1948, tampouco foram promovidos, se já estivessem em posição docente”.

(HOBSBAWM, E. Tempos interessantes: uma vida no século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 206).

No excerto, o autor, ao tratar do contexto da Guerra Fria, faz uma referência:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito d

  • Marchatismo foi a política interna dos EUA de combate ao comunismo;

    Enquanto o Plano Marshal foi o plano de reconstrução da Europa, parava evitar o avanço do Socialismo.

  • Também em 1950, o senador Joseph McCarthy iniciou uma campanha de caça aos comunistas que viviam nos Estados Unidos: o macarthismo.

    McCarthy afirmava que os comunistas estariam infiltrados na sociedade norte-americana e apelava, via patriotismo, para que os traidores fossem delatados. Os acusados, na maioria profissionais do entretenimento e do meio acadêmico, eram submetidos a inquéritos sobre sua ideologia e comportamento. Essas pessoas tinham suas vidas devassadas e eram levados ao exílio ou à miséria.

    Resposta: D