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Prova Instituto Acesso - 2018 - SEDUC-AM - Bibliotecário


ID
2744620
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.

Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013.

De acordo com o texto lido, os dois grandes problemas que assolam a humanidade, a injustiça social e a injustiça ecológica, devem ser enfrentados conjuntamente para que a humanidade e o planeta sejam colocados em rota segura. Para que isso se dê, o autor apresenta como proposta:

Alternativas
Comentários
  • "A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças."


ID
2744797
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013.

"[...] há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são PERVERSAS[...]".


O vocábulo destacado pode ser substituído sem prejuízo do sentido por:

Alternativas
Comentários
  • perversas.f. Malvada; aquela que prejudica alguém; quem demonstra ruindade. adj. Que expressa maldade, perversidade. Devassa; diz-se...

     

     

     

    https://www.dicio.com.br/pesquisa.php?q=perversa


ID
2747593
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

A Educação é um direito social que a todos deve alcançar, sendo indispensável à formação do indivíduo.


Acerca do tema, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

    I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

    Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais

     

    Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

     

    aparentemente isso é a "necessidade pedagógica", certo?

  • Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: II - Direito de ser respeitado por seus educadores (LETRA A CORRETA) III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias siperiores (LETRA D CORRETA) IV - Direito de organização e participação em entidades estudantis ( LETRA C CORRETA) V - Acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência (LETRA B CORRETA) GABARITO: LETRA E
  • a E está errada.

    O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito publico subjetivo.

    Alternativa D.

  • Gabarito: D

    ECA, Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.


ID
2747596
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

O servidor público civil do Estado do Amazonas NÃO poderá permanecer licenciado por mais de 24 meses consecutivos, salvo:

Alternativas
Comentários
  • Resposta Letra "b" :

    Art. 75 - A critério da administração, ao servidor poderá ser concedida licença para tratar de interesses particulares, POR PERÍODO FIXADO NO ATO CONCESSIVO e sempre sem remuneração.


ID
2747599
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A respeito do Regime Disciplinar dos Servidores Públicos do Estado do Amazonas, analise as assertivas a seguir:


I - A pena de repreensão será aplicada de forma verbal, nos casos de indisciplina.

II - A pena de demissão será aplicada ao servidor que coagir ou aliciar subordinados a se filiarem a partido político.

III - Poderá o servidor promover listas de donativos na repartição, para fins de caridade;

IV - Não poderá o servidor participar do conselho técnico de empresa, ainda que a mesma não tenha vínculo com a Administração Pública ou tenha atividade diversa à natureza do cargo ocupado pelo servidor.

V - É dever do servidor representar contra ordens superiores ilegais.


Estão corretas as assertivas:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

     

    I - A pena de repreensão será aplicada de forma verbal, nos casos de indisciplina. (forma escrita - art.158)

    II - A pena de demissão será aplicada ao servidor que coagir ou aliciar subordinados a se filiarem a partido político. (art.150, VII)

    III - Poderá o servidor promover listas de donativos na repartição, para fins de caridade. (não poderá - art. 150, X)

    IV - Não poderá o servidor participar do conselho técnico de empresa, ainda que a mesma não tenha vínculo com a Administração Pública ou tenha atividade diversa à natureza do cargo ocupado pelo servidor. (nessas circunstâncias, ele poderá - art. 150, XII)

    V - É dever do servidor representar contra ordens superiores ilegais.(art. 149, III)

     

    Deus no Comando!


ID
2747602
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Considerando a Lei nº 1762/1986 e suas alterações, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LEI 1762/86

    ARTIGO 150 CAPÍTULO III DAS PROIBIÇÕES

    Ao funcionário e proibido

    XII- Entreter-se, nos locais e horas de trabalho, em Palestras, Leituras ou atividades estranhas ao serviço.

    PPP- Proposito,Prioridade e Produtividade são os pilares para se alcançar o sucesso na vida profissional.

    O PRIMEIRO PASSADO JÁ FOI DADO........ DESEJO SUCESSO A TODOS

    ABRAÇO


ID
2747605
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas, NÃO será considerado como efetivo exercício para fins de aposentadoria:

Alternativas
Comentários
  • é por isso que o QC tem um banco de mais de 700 mil questões... tudo repetida né.

    1 questão é repetida por umas 20 vezes, por um lado isso é bom pois fixa, mas por outro te bloqueia de avançar no assunto.

  • UM MONTE DE QUESTÃO REPETIDA! :(


ID
2747611
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A respeito da Administração Pública, analise as afirmativas abaixo, classificando-as em verdadeiras (V) ou falsas (F) . Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.


( ) O servidor público não estável que adere a movimento grevista poderá ser exonerado, mediante avaliação do estágio probatório, por considerar este ato um fato desabonador à conduta do avaliado.

( ) No caso de o servidor acumular um cargo científico com um cargo de professor, o teto remuneratório é considerado em relação ao somatório do que recebido.

( ) A Constituição Federal determina a obrigatoriedade de licitação aos entes federativos. A mesma regra não se aplica às entidades privadas que atuam em colaboração com a administração pública.

( ) Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória.

( ) O edital de concurso, devidamente legal, obriga candidatos e Administração Pública.

Alternativas
Comentários
  • 1 - (F) Servidor em estágio probatório tem direito a greve sim, desde que seja legal. 2 - (F) Para fins de teto remuneratório não se somam. Os outros itens estão corretos. Gabarito (E)
  • “A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período superior a trinta dias. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os dias de paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas.” (, Rel. P/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 11-11-2008, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009.) Vide, Rel. P/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 4-2-2010, Plenário, DJE de 12-3-2010.

  • Quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

    Aposentadoria compulsória não se aplica a cargos comissionados, decide Plenário

     

    Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que apenas servidor titular de cargo de provimento efetivo se submete à aposentadoria compulsória, não incidindo a regra sobre titulares de cargos comissionados. Na sessão desta quinta-feira (15), os ministros desproveram o Recurso Extraordinário (RE) 786540, com matéria constitucional que teve repercussão geral reconhecida.

     

     

    http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=332093

  • Analisemos cada assertiva:

    ( F ) O servidor público não estável que adere a movimento grevista poderá ser exonerado, mediante avaliação do estágio probatório, por considerar este ato um fato desabonador à conduta do avaliado.

    A presente proposição afronta a jurisprudência do STF acerca do tema, como se vê do julgado a seguir colacionado:

    "1. Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Parágrafo único do art. 1º do Decreto estadual n.° 1.807, publicado no Diário Oficial do Estado de Alagoas de 26 de março de 2004. 3. Determinação de imediata exoneração de servidor público em estágio probatório, caso seja confirmada sua participação em paralisação do serviço a título de greve. 4. Alegada ofensa do direito de greve dos servidores públicos (art. 37, VII) e das garantias do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV). 5. Inconstitucionalidade. 6. O Supremo Tribunal Federal, nos termos dos Mandados de Injunção n.ºs 670/ES, 708/DF e 712/PA, já manifestou o entendimento no sentido da eficácia imediata do direito constitucional de greve dos servidores públicos, a ser exercício por meio da aplicação da Lei n.º 7.783/89, até que sobrevenha lei específica para regulamentar a questão. 7. Decreto estadual que viola a Constituição Federal, por (a) considerar o exercício não abusivo do direito constitucional de greve como fato desabonador da conduta do servidor público e por (b) criar distinção de tratamento a servidores públicos estáveis e não estáveis em razão do exercício do direito de greve. 8. Ação julgada procedente.
    (ADI 3235, rel. Ministro CARLOS VELLOSO, Plenário, 04.02.2010)

    Logo, incorreto o teor da assertiva lançada pela Banca.

    ( F ) No caso de o servidor acumular um cargo científico com um cargo de professor, o teto remuneratório é considerado em relação ao somatório do que recebido.

    Na realidade, o teto é considerado tomando-se cada cargo de forma individualizada, e não por meio de somatório das duas remunerações. Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente do STF:

    "TETO CONSTITUCIONAL – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – ALCANCE. Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido.
    (RE 61295, rel. Minsitro MARCO AURÉLIO, Plenário, 27.4.2017)

    ( V ) A Constituição Federal determina a obrigatoriedade de licitação aos entes federativos. A mesma regra não se aplica às entidades privadas que atuam em colaboração com a administração pública.

    Desta vez, a afirmativa da Banca conta com amparo da jurisprudência firmada pelo STF, de que constitui exemplo o julgado a seguir, que versava acerca de suposta obrigatoriedade de uma organização social realizar licitações. É ler:

    "(...)9. O procedimento de qualificação de entidades, na sistemática da Lei, consiste em etapa inicial e embrionária, pelo deferimento do título jurídico de “organização social”, para que Poder Público e particular colaborem na realização de um interesse comum, não se fazendo presente a contraposição de interesses, com feição comutativa e com intuito lucrativo, que consiste no núcleo conceitual da figura do contrato administrativo, o que torna inaplicável o dever constitucional de licitar (CF, art. 37, XXI). 10. A atribuição de título jurídico de legitimação da entidade através da qualificação configura hipótese de credenciamento, no qual não incide a licitação pela própria natureza jurídica do ato, que não é contrato, e pela inexistência de qualquer competição, já que todos os interessados podem alcançar o mesmo objetivo, de modo includente, e não excludente."
    (ADI 1923, rel. Ministro AYRES BRITTO, Plenário, 16.04.2015)

    ( V ) Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória.

    De novo, o caso é de assertiva condizente com a compreensão jurisprudencial do STF, a teor do julgado a seguir:

    "Direito constitucional e previdenciário. Servidor público ocupante exclusivamente de cargo em comissão. Não submissão à aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal. Compulsoriedade que se impõe apenas aos servidores efetivos. Nomeação de servidor efetivo aposentado compulsoriamente para exercício de cargo em comissão. Possibilidade. Recurso extraordinário a que se nega provimento. 1. Sujeitam-se à aposentadoria compulsória apenas os servidores públicos efetivos. Inteligência do art. 40, caput e § 1º, inciso II, da Constituição Federal. 2. Os servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, em virtude do disposto no art. 40, § 13 da Lei Maior, não estão obrigados a passar à inatividade ao atingirem a idade limite, tampouco encontram-se proibidos de assumir cargo em comissão em razão de terem ultrapassado essa idade. 3. Reafirmada a jurisprudência da Corte e fixadas as seguintes teses jurídicas: 1) Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal, a qual atinge apenas os ocupantes de cargo de provimento efetivo, inexistindo, também, qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão. 2) Ressalvados impedimentos de ordem infraconstitucional, inexiste óbice constitucional a que o servidor efetivo aposentado compulsoriamente permaneça no cargo comissionado que já desempenhava ou a que seja nomeado para outro cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez que não se trata de continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração. 4. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
    (RE 786540, rel. Ministro DIAS TOFFOLI, Plenário, 15.12.2016)

    ( V ) O edital de concurso, devidamente legal, obriga candidatos e Administração Pública.

    Por fim, cuida-se, novamente, de proposição em sintonia com a jurisprudência do STF, como se extrai do julgado que ora colaciono:

    "Mandado de segurança. Ato do Conselho Nacional do Ministério Público. Concurso público. Edital. Lei Complementar nº 72/08 do Estado do Ceará. Conselho Superior do Ministério Público do Estado e Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Ceará. Controle de legalidade. Exercício de autotutela pela Administração Pública como meio de solução de conflitos. Legitimidade. Divulgação da condição sub judice. Princípios constitucionais da isonomia e da impessoalidade. Segurança concedida. 1. O edital é a lei do certame e vincula tanto a Administração Pública quanto os candidatos. 2. A interpretação de cláusula de edital não pode restringir direito previsto em lei. 3. A competência de órgãos internos do MPCE se restringe ao controle de legalidade de concurso público, ficando resguardada a competência da comissão do concurso, integrada por representante da OAB, para decidir quanto ao conteúdo da prova e ao mérito das questões. 4. A divulgação de resultado para fins de convocação para a fase subsequente do concurso deve diferenciar e classificar os candidatos apenas quanto ao desempenho no certame segundo os critérios de avaliação divulgados no edital, ressalvada a divulgação da condição sub judice no resultado final, quando encerrado o processo avaliativo. 5. Concessão da ordem.
    (MS 32.176, rel. Ministro DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, 18.3.2014)

    Do exposto, a sequência correta fica sendo: F-F-V-V-V.


    Gabarito do professor: E


ID
2747614
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Com base no Sistema Constitucional Brasileiro, analise as assertivas que se seguem e assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • CAPÍTULO VI
    DA INTERVENÇÃO

    Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

    I - manter a integridade nacional;

    II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;

    III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;

    IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;

    V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:

    a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;

    b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;

    VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;

    VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

    a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

    b) direitos da pessoa humana;

    c) autonomia municipal;

    d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

    e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

    bons estudos!

  • Sobre a alternativa B, é importante ressaltar que a lei federal posterior não revoga a lei estadual, apenas a suspende no que lhe for contrário.

  • GABARITO: "D"

     

  • GABARITO D

     

    a) FALSO. Embora seja competência do Chefe do Executivo, o aumento é devido mediante LEI, não por decreto.

    CF, art. 61. [...]

    § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

    I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

    II - disponham sobre:

    a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;

     

    b) FALSO. Não há revogação, apenas a eficácia será suspensa.

     

    CF, art. 24, §4 A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

     

    c) FALSO.  

     

    CF, art. 28, § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.

     

    d) FALSO.

     

    CF, art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

    VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

    b) direitos da pessoa humana;

     

    e) FALSO. 

     

    CF, art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

    IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

  • A) Art. 37, X, CF - SÓ por Lei Específica.

    B)  Art. 24, § 3º e 4º CF - Lei Federal SUSPENDE a Lei Estadual NÃO revoga.

    C) Art. 28 § 1º c/c Art. 38, I CF. - Ressalvada posse em virtude de concurso - NÃO perde o mandato.

    D) Art. 34, VII, b, CF.

    E) Art. 35, IV, CF. - Gov. pode intervir.

  • INTERVENÇÃO FEDERAL:

    A intervenção poderá ser decretada pela União nos estados e nos municípios localizados em Territórios Federais à INTERVENÇÃO FEDERAL; e os estado poderão intervir nos municípios localizados em seu território à INTERVENÇÃO ESTADUAL.

    COMPETÊNCIA PARA DECRETAR INTERVENÇÃO: Presidente da República e, por simetria, Governador de Estado.

    A intervenção poderá ser espontânea (decretada de ofício) ou provocada (depende de provocação). Por sua vez, a provocação poderá ser feita por meio de solicitação ou requisição. Nessa não há discricionariedade (é obrigado a decretar), naquela há discricionariedade (não obrigado a decretar).

     

    INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA:

    - manter a integridade nacional;

    - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;

    - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;

    - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: (i) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; ou (ii) deixar de entregar as municípios receitas tributárias fixadas na constituição.

     

    INTERVENÇÃO PROVOCADA:

    - para garantir o livre exercício de qualquer dos poderes (executivo, legislativo e judiciário) nas unidades da federação. Se a coação for ao EXECUTIVO ou LEGISLATIVO, cabe ao próprio poder coacto requerer a intervenção, mediante SOLICITAÇÃO ao Presidente da República. Por sua vez, se a coação for contra o JUDICIÁRIO, a provocação será do STF, mediante REQUISIÇÃO ao Presidente;

     

    - para prover a execução de ordem ou decisão judicial à a provocação será sempre mediante REQUISIÇÃO, a saber:

    (a) se a ordem ou decisão for da Justiça Eleitoral, mediante requisição do TSE; 

    (b) se do STJ, caberá a ele a requisição; 

    (c) se descumprimento de ordem ou decisão judicial do STF, Justiça do Trabalho ou Justiça Militar, a requisição caberá ao STF; 

    (d) se da Justiça Federal ou Justiça Estadual, a requisição caberá ao STJ para questões INFRACONSTITUCIONAIS e ao STF para matérias de índole CONSTITUCIONAIS;

     

    - para garantir a execução de lei federal e ofensas aos princípios sensíveis (forma republicana, sistema representativo e regime democrático; direitos da pessoa humana; autonomia municipal; prestação de contas da administração direta e indireta; aplicação do mínimo em saúde e educação), nesses casos, o Procurador-Geral da República deverá representar junto ao STF. Dado provimento, o Presidente terá até 15 dias para expedir o decreto interventivo.

     

    APRECIAÇÃO DO DECRETO INTERVENTIVO PELO CONGRESSO NACIONAL

    O decreto interventivo deverá ser submetido à apreciação do Congresso Nacional no prazo de 24 horas.

    Não há necessidade de submeter o decreto interventivo à apreciação do Congresso seguintes casos:

    - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;

    assegurar a observância dos princípios sensíveis.

     

    FONTE: Comentários do QC

  • GABARITO: LETRA D

    CAPÍTULO VI

    DA INTERVENÇÃO

    Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

    VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

    b) direitos da pessoa humana;

    FONTE: CF 1988

  • Quando vc estiver triste e desmotivado para estudar, lembre-se que muitas pessoas querem estudar e não pode, logo, dá teu sangue nos estudos, quem vai curtir a vida é vc, então cai para dentro.

    Por favor sai de rede social, professor só quer curtidas e likes. Estudar é vc, o youtube, google e DEUS.

    Deus vai ver tua luta.

  • A questão exige conhecimento acerca da organização político-administrativa do Estado, nos termos da Constituição Federal. Vejamos as alternativas comentadas a seguir, lembrando que a questão pede a alternativa Correta:

    a) Incorreta. A disposição sobre aumento salarial deverá ser feita por lei específica (e não por decreto) (art. 37, X, CF).

    “Art. 37. [...] X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;”

    b) Incorreta. A superveniência da lei federal suspende a eficácia (e não revoga) da lei estadual no que lhe for contrária. (art. 24, §4°, CF)

    “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

    [...] § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.”      

    c) Incorreta. O Governador não perderá o mandato (art. 28, §1°, CF).

    “Art. 28. [...] § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.”

    “Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:         

    I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;”

    d) Correta. Assegurar os direitos da pessoa humana é motivo legítimo para intervenção da União nos Estados (art. 34, VII, b, CF).

    “Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

    [...] VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

    [...] b) direitos da pessoa humana"

    e) Incorreta. Garantir a observância de princípios constitucionais é um dos motivos legítimos à intervenção do Estado no Município (art. 35, IV, CF).

    “Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

    [...] IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.”


ID
2747617
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Conforme Constituição Estadual do Amazonas, no que se refere à Educação, analise as afirmativas abaixo e assinale a opção INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • ART. 200. O Estado e os Municípios aplicarão, anualmente, vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.

    § 9ºNão serão consideradas aplicações para o desenvolvimento e manutenção do ensino aquelas relacionadas com obras de infraestrutura urbana ou rural, mesmo que beneficiem a rede escolar pública. 


ID
2747629
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas poder-se-ia contar com esta radical mudança".


Assinale a opção que apresenta a circunstância expressa pelo advérbio no período apresentado:

Alternativas
Comentários
  • Advérbios:

    Tempo;

    Lugar;

    Modo;

    Intensidade;

    Afirmação;

    Negação;

    Dúvida: provavelmente, porventura, talvez, acaso, possivelmente...

  • Pra fixar a matéria.


ID
2747632
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Diante desta IMINÊNCIA, todos se uniriam".


Assinale a opção em que todos os vocábulos são acentuados obedecendo à mesma regra de acentuação aplicada na palavra em destaque:

Alternativas
Comentários
  • Letra E: Paroxítonas em ditongo crescente ou proparoxítonas ocasionais/eventuais.

  • Fiquei com dúvida nessa questão, a medida que as palavras da alternativa B também são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

  • mas "fácil" não é terminado em ditongo crescente ;v

  • Regra: "Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes, seguidas ou não de s"

    I-MI-NÊN-CIA é uma paroxítona terminada em ditongo crescente; de-lí-rios, per-sis-tên-cia, mis-té-rio, também são.

    Gabarito: letra (E)

  • já vi umas 5 questões repetidas


  • GABARITO: LETRA E

    ACRESCENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

     

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

     

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...


    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.

  • Resumo Acentuação e Ortografia:

    Monossílabos:

    Terminados em A(s),E(s),O(s) : pá, três, pós;

    Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: céu, réis, dói;

    Oxítonas:

    Terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). sofá, café,

    Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: chapéu, anéis, herói;

    Paroxítonas:

    • Todas, exceto terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). Ex: fácil, hífen, álbum,

    cadáver, álbuns, tórax, júri, lápis, vírus, bíceps, órfão

    • Terminadas em ditongo (Regra cobradíssima) Ex: Indivíduos, precárias,

    série, história, imóveis, água, distância, primário, indústria, rádio

    • Se tiver Ditongo Aberto: não acentua mais!Ex: boia, jiboia, proteico, heroico

    Proparoxítonas:

    • Todas. Sempre. Ex: líquida, pública, episódica, anencéfalo, período.

    Regra do Hiato:

    Acentuam-se o “i” ou “u” tônico sozinho na sílaba (ou com s): baú,

    juízes, balaústre, país, reúnem, saúde, egoísmo. Caso contrário, não acentue: juiz,

    raiz, ruim, cair.

    Não se acentuam também hiatos com vogais repetidas: voo, enjoo, creem, leem, saara,

    xiita, semeemos.

    Exceção1: “i” seguido de NH: rainha, bainha, tainha,

    Exceção2: “i” ou “u” antecedido de ditongo, se a palavra não for oxítona: bocaiuva,

    feiura, sauipe, Piauí, tuiuiú. Decore: Guaíba e Guaíra são acentuados.

    FONTE: Professor Filipe Luccas - Estratégia concursos.


ID
2747635
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas".


A partir do trecho destacado, infere-se que:

Alternativas
Comentários
  • "[...]. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender."

     

    Gab. B


ID
2747638
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Essa ANTIREALIDADE foi por muito tempo mantida invisível".


O vocábulo em destaque está escrito de acordo com as novas regras do Acordo Ortográfico.


Assinale o item em que as palavras escritas seguem as novas regras do Acordo Ortográfico em vigor:

Alternativas
Comentários
  • A letra d também está certa, não?

  • Também não entendi qual o erro da D??
  • C & D ESTÃO CORRETAS!!

     

  • Algumas palavras que não tem  Hífen

     

    -Fim de semana

    -Mestre de Obra

    -Mão de Obra

    -Sala de Jantar

    -Dia a dia

    -Frente a Frente

    -Paraqueda

    -Cão de Guarda

    -Mula sem Cabeça

  • Porque a palavra  ANTIREALIDADE não é escrita ''ANTIRREALIDADE'' já que a primeira palavra acaba com vogal e a segunda inicia com R/S ??

  • Achei essa questão meio doida. Pra mim as letras C e D estão corretas. E a palavra do enunciado está escrita errada. O correto seria ANTIRREALIDADE com dois RRs. Se eu estiver errada, por favor, me corrijam. 

  • Concordo, a letra D está correta também e no enunciado deveria-se escrever: antirrealidade (prefixo terminado em vogal e 2° elemento começando com consoante "R" ou "S" dobra a consoante por conta da pronúncia. Ex.: minissérie.

  • CONCORDO CON ADRIANA CANGUSSU, O uso correto na norma indica que ao invés de  antiRealidade, é  antiRRealidade.  E seguindo o novo acordo ortográfico afirmo que a LETRA D) está também correta!!

    Micro-ondas: Usa-se hifen quando a letra do fim do prefixo coincide com a 1ra letra do 2do elemento.

    Micro-varizes: Não usa hifen porque o 2do elemento começa com letra diferente da última do prefixo.

    microssistema; Não usa hifen prefixo que termina em vogal quando o 2do elemento começa com consonante. Quando as consonantes "R" , e "S" são a primeira letra do 2do elemento, estas dobram-se. 

  • ANTIREALIDADE  (Palavra inexistente segundo o VOLP)

     

    a)

    Pré-vestibular, previsível, pré-ocupado (Todas as palavras estão corretas segundo o VOLP)

     b)

    Contrarregra, panamericano, circum-navegação

     c)

    Agroindustrial, antiaéreo, super-realista (Todas as palavras estão corretas segundo o VOLP)

     d)

    Micro-ondas, microvarizes, microssistema

     e)

    Hiper-mercado, inter-racial, autoestrada 

     

    _______________________

    ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

    http://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario

  • Questão ANULADA galera!!!


    Conferi no site do Instituto Acesso.

    Foram anuladas 3 questões de português na sequência nessa prova (16,17,18)!

    Banca Lixo.

  • https://youtu.be/9rIFTS9bi8Y


ID
2747641
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"É fundamental a consciência da INTERDEPENDÊNCIA entre todos. "


Assinale a opção em que há um vocábulo que tenha sido formado pelo mesmo processo que a palavra em destaque:

Alternativas
Comentários
  •  INTER---DEPENDÊNCIA (Derivação Prefixal)
     DES---CONFIANÇA (Derivação Prefixal)


ID
2747644
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança".


No período destacado, há um caso de mesóclise, colocação pronominal pouco comum na língua falada no Brasil.


Assinale a opção em que a mesóclise foi usada INCORRETAMENTE:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão têm duas alternativas incorretas a A e C, porque ambas tem palavras atrativas no começo das frases. teria que ser anulada.


    corrijam-me se estiver errado.

  • Hoje - advérbio ( no caso sem vírgula) - também não seria um atrativo de próclise?

     

    Alguém me explica o pq da C ser considerada correta, por favor?

  • pior que fui direto na C por esse motivo


  • Alternativas A e C. As palavras jamais e hoje são fatores de próclise tornando as duas alternativas citadas incorretas.


ID
2747647
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis".


De acordo com a norma culta, no período destacado, a forma verbal "vive":

Alternativas
Comentários
  • O verbo Vive (intransitivo)


ID
2747650
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Leia as seguintes frases:


I. "Os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais".

II. "Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas".

III. "Diante desta iminência, todos se uniriam".


Com relação ao uso da vírgula, ela é:

Alternativas
Comentários
  • I- É obrigatória, por ser uma Or. Adj. Explicativa.

     

    Gab. B


ID
2747656
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las."


Ao ligar as duas orações destacadas com um conectivo, a relação semântica original está mantida na seguinte opção:

Alternativas
Comentários
  • Or. Coordenada (ligam orações independentes entre si).


    Conclusivas (logo, portanto, senão, por isso, por conseguinte, pois (após o verbo).


    Gabarito: A

  • Conclusivas= pois (depois do verbo), portanto, assim, por isso, logo, em vista disso, então, por conseguinte, consequentemente, desta forma, destarte.


ID
2747659
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Pode-se afirmar que a argumentação no texto se apoia fundamentalmente:

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes, gabarito letra D.


ID
2747662
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
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Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe".


O trecho destacado tem como principal função:

Alternativas
Comentários
  • Apelar invocar auxílio, proteção de (alguém ou algo) a fim de resolver um problema; pedir, recorrer.




ID
2747665
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
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Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Os conectivos, além de ligar palavras ou partes da frase, podem apresentar sentido específico.


Assinale a opção cujo conectivo destacado contém traço de sentido conclusivo:

Alternativas
Comentários
  • Letra D. questão panck. 

    Cada dia é dia de aprender mais, e vê que quando achamos que sabemos de algo, vem a DESGRAÇA da banca e mostra que você não sabe!

     

    Foco na Missão, dê sempre seu melhor!

  • Só trocarmos a conjunção, pela conjunção PORTANTO.

  • Or. Coordenada (ligam orações independentes entre si).

    Conclusivas (logo, portanto, senão, por isso, por conseguinte, pois (após o verbo).

     

    a) Adversativas; (mas, porém, todavia,contudo, entretanto, no entanto, não obstante;..)

    b) Alternativas; (ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja;...)

    c), e) Adição; (e, nem, mas também, mas ainda, como também, bem como; ...)

    Gab. D

     


ID
2747668
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza".


Assinale a opção em que o segmento substitui, sem prejuízo de sentido, a segunda oração do período destacado:

Alternativas

ID
2747671
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Observando a concordância nominal, ela está correta em:

Alternativas
Comentários
  •  a) É necessário firmeza. correto, na ausência de determinantes permanece inváriavel (http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/minigramatica/mini/aconcordanciaeexpressoescomonecessario.htm) 

     b) Estavam desertOS o corredor e a sala de reuniões. Com o adjetivo Antes a concordância é Atrativa;

     c) É proibidA a entrada de pessoas não autorizadas. caso da alternativa A

     d) Os políticos, rápidoS, deixaram o recinto. adjetivo Que faz muito em pouco tempo; ligeiro, veloz, célere.

     e) Nunca houve diferença entre eu e você. De acordo com a norma culta da língua, a oração está equivocada! O correto é: "entre mim e você" ou "entre mim e ti"! Esse fato é justificado pelo emprego do pronome oblíquo após preposição

  • Gab A

    As expressões é bomé proibidoé necessário, formadas do verbo “ser” seguido de adjetivo, não variam se o sujeito não vier determinado;

    Sujeito determinado--> a concordância será obrigatória.

     


ID
2747674
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Há uma locução verbal em:

Alternativas
Comentários
  • Verbo de ligação = ser + particípio= ados !

  • Devem ser pode ser reescrito da forma: -deverão, sem perder a sua semântica, pois os indicam futuro do presente.

  • Gabarito Letra C

    Antes de escrever qualquer coisa coloquem o gabarito

  • alguém sabe explicar porque não é a letra E?


ID
2747677
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes".


No trecho destacado, a segunda oração tem valor:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito : Letra C

     

    "Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes".

     

    Na frase acima, a conjunção "porque" traz ideia de explicação, podendo ser substituída por "pois "que também tem valor explicativo.

     

     

  • porque os sinais estão em todas as partes".


    Essa oração tem valor de Explicação.

  • porque explicativo e equivalente a pois!!!

  • GABARITO: C

     

    "Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque|pois|porquanto*|que os sinais estão em todas as partes".

    Trata-se de uma conjunção coodernativa explicativa.

    * "Porquanto" tb pode ser casual.

     

    Acerca do uso do "pois":

    "Pois" antes do verbo é explicativa;

    "pois" depois do verbo é conclusiva;

    "pois" substituindo-se por "já que" é causal.

  • explicativas (justificativas)= pois (antes do verbo), porque, que, porquanto, por isso

  • explicativas

    que, pois, porque, porquanto, ademais, depois

  • GABARITO: LETRA C

    Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Por exemplo:

    Não demore, que o filme já vai começar.

    FONTE: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf85.php


ID
2747680
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a OUTRA, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles":


Assinale a opção em que a palavra destacada pertence à mesma classe gramatical do vocábulo destacado nos trechos abaixo:

Alternativas
Comentários
  • Ainda não consegui resolver esta questão.


  • Alguns pronomes indefinidos são variáveis, ou seja, sofrem flexão de gênero e número, como nenhum, outro, qualquer.

     

     

    Outros são invariáveis, como tudo, nada, cada, quem.... COMO NAS ASSERTIVAS B E D.

     

     

    SE ALGUÉM PUDER EXPLICAR MELHOR ESTA QUESTÃO.

    GABA  C

     

  • Eu não entendi completamente a questão, mas consegui acertar raciocinando da seguinte maneira:

    OUTRA é um pronome demonstrativo que aponta para o outro tipo de justiça, a social.

    Percebi que nas letras A, B e E as palavras destacadas são pronomes indefinidos.

    Fiquei em dúvida entre a C e a D, mas achei que a D TB fosse pronome indefinido e que a letra C retomava alguma pessoa no texto, fazendo papel de pronome demonstrativo.

    PECAM COMENTARIOS DO PROFESSOR. GOSTARIA MUITO DE ENTENDER MELHOR ESTA QUESTAO.

  • Pessoal entendi que é um pronome demonstrativo a letra C igual do enunciado. As demais são pronomes indefinidos.

    fonte de auxilio para explicação: aluno Eneas Carneiro

  • Outro é  pronome demonstrativo?

  • Gabarito C

     

     

    A questão se trata de pronome demonstrativo.

     

    "Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a OUTRA (aquela outra injustiça)...

     

    A única alternativa que é pronome demonstrativo é a B, pois as outras são pronomes indefinidos.

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • Respondi essa questão analisando a classe gramatical do vocábulo próximo de cada um dos termos. O único que se diferencia, como substantivo, é a palavra "pessoa". Por esta razão marquei a letra C.

  • Pronome demonstrativo. Logo, o gabarito é a letra C, pois os outros são pronomes indefinidos.
  • Não entendi essa questão. Procurei no Dicionário Aurélio Digital e MESMA está como elemento substantivo feminino. Pedi comentário do professor. A A,B e D estão como Pronomes simplesmente, como outras é pronome, marquei nela. Realmente...

  • Questão com Erro. O vocábulo "Outra" é sem dúvidas pronome indefinido . Dentre as alternativas , todas são pronomes indefinidos , exceto, "Mesma" que classifica-se como pronome demonstrativo. Logo , há um erro claro no comando da questão .

ID
2747683
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Considerando Almeida (2005), em relação à avaliação de serviços de informação, programas e projetos, julgue os itens a seguir:


I - A avaliação somativa é geralmente efetuada ao término do projeto, para determinar seus méritos e fracassos;

II - A avaliação denominada marco zero analisa o diagnóstico e a proposta, antes de sua implementação;

III - A avaliação ex-ante ocorre após o período de implementação das ações e tem por finalidade analisar o efeito do projeto no público-alvo.


É correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Conforme Almeida (2011, p. 31):

    I - " A avaliação de resultados ou somativa é geralmente efetuada ao término do projeto, para determinar seus méritos e fracassos, podendo, também ocorrer a implementação da ação ou do projeto, a fim de avaliar os resultados parciais obtidos".

     

    II - " A avaliação denominada marco zero se realiza antes do início da ação, ou seja, antes de se iniciar qualquer projeto."

     

    III - "A avaliação ex-ante analisa o diagnóstico e a proposta, antes de sua implementação".

    Essa resposta do III - é da Avaliação de impacto.

     

    Gab. B

  • I. CORRETA

    II. A avaliação marco zero é realizada antes do início da ação, denomina-se diagnóstico. A avaliação que analisa o diagnóstico e a proposta antes da implementação é denominada ex-ante.

    III. A avaliação de impacto é a que analisa o efeito no público alvo.

    Resposta: B


ID
2747686
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Amaral (1998), recomenda a adoção do marketing nas atividades desenvolvidas pelas bibliotecas. Para isso, os conceitos básicos para a aplicação desse tipo de processo gerencial são: a satisfação do cliente; o conceito de troca, no lugar de venda; o compromisso com o consumidor, julgando-o inteligente E:

Alternativas
Comentários
  • alguém sabe de qual texto da Amaral foi retirado essa questão?

  • Gwynn (1978 apud AMARAL 1998, p ) afirma que: [...] os conceitos básicos do marketing em bibliotecas são:

    a satisfação do cliente;

    o conceito de troca, em lugar de venda;

    a responsividade da organização;

    o compromisso com o consumidor, julgando-o inteligente.

    O autor ainda coloca que para a efetivação do Marketing são necessárias cinco etapas que estão resumidas abaixo:

    1-Definição dos objetos e metas da biblioteca, em função da satisfação do consumidor;

    2-Integração dos objetivos de marketing, atitudes e habilidades em todas as operações da biblioteca;

    3-Identificação dos usuários da biblioteca e seus públicos;

    4-Descoberta das necessidades, percepções e preferências do público;

    5-Ser responsiva aos interesses e desejos dos usuários.

    (GWYNN, 1978 apud AMARAL, 1998)

  • MARKETING abordagem em unidades de informação.

    PARTE 2 : Marketing

    ........

    3 Marketing em unidades de informação.................p. 68 - 79

    Ver pag. 69 a 70

  • MARKETING abordagem em unidades de informação.

    PARTE 2 : Marketing

    ........

    3 Marketing em unidades de informação.................p. 68 - 79

    Ver pag. 69 a 70

  • MARKETING abordagem em unidades de informação.

    PARTE 2 : Marketing

    ........

    3 Marketing em unidades de informação.................p. 68 - 79

    Ver pag. 69 a 70

  • RESOLUÇÃO: Para Gwynn (1978 apud Amaral 1998, p.69), os conceitos básicos da aplicação do marketing em bibliotecas são: a satisfação do cliente; o conceito de troca, em lugar de venda; a responsividade da organização; o compromisso com o consumidor.

    Resposta: E


ID
2747689
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Dentre os serviços oferecidos pelas bibliotecas, pode-se citar a disseminação seletiva da informação - DSI.


Com relação a esse serviço, marque a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • O planejamento de um serviço de DSI compreende cinco etapas segundo Souto (2010, p. 91): diagnóstico, definição da política, estruturação, implementação e acompanhamento.



  • a) na identificação implícita infere-se o perfil do usuário por meio do perfil demográfico, formação acadêmica ou área de atuação. INCORRETA.

    b) o perfil é dinâmico e é alterado conforme a área de interesse do usuário evolui ou suas necessidades mudam. INCORRETA.

    c) Relembrando as cinco etapas: diagnóstico, definição da política, estruturação, implementação e acompanhamento. CORRETA.

    d) Pelo contrário, o desenvolvimento de bibliotecas digitais traz a abertura para diferentes possibilidades de implementação de serviços de DSI. INCORRETA.

    e) Receberá apenas dos trabalhos novos. INCORRETA.

    Gabarito: C

  • Não serão todos os trabalhos inseridos na base de dados, mas os que estão de acordo com o perfil do usuário.


ID
2747692
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia

Diante do gigantesco volume de informações disponíveis atualmente, vários estudos estão sendo desenvolvidos a fim de discutir a questão e propor padrões de descrição de recursos de informação, como o caso do Dublin Core, que pode ser definido como um conjunto de elementos de metadados planejado para facilitar a descrição de recursos eletrônicos.


Dentre as principais características desse padrão está:

Alternativas

ID
2747695
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

De acordo com a Lei 10.753, de 30 de outubro de 2003, que institui a Política Nacional do Livro, na editoração do livro, é obrigatória a adoção do número internacional padronizado, bem como a ficha de catalogação para publicação. Desta forma, estão sujeitos a receber o ISBN os seguintes documentos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Lei 10.753:2003

     Art. 2o Considera-se livro, para efeitos desta Lei, a publicação de textos escritos em fichas ou folhas, não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato e acabamento.

           Parágrafo único. São equiparados a livro:

           I - fascículos, publicações de qualquer natureza que representem parte de livro;

           II - materiais avulsos relacionados com o livro, impressos em papel ou em material similar;

           III - roteiros de leitura para controle e estudo de literatura ou de obras didáticas;

           IV - álbuns para colorir, pintar, recortar ou armar;

           V - atlas geográficos, históricos, anatômicos, mapas e cartogramas;

           VI - textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante contrato de edição celebrado com o autor, com a utilização de qualquer suporte;

           VII - livros em meio digital, magnético e ótico, para uso exclusivo de pessoas com deficiência visual;

           VIII - livros impressos no Sistema Braille.

    Gab. B

  • a Lei 10.753:2003 não cita Software educacional...

  • RESOLUÇÃO: De acordo com o portal da Agência Brasileira do ISBN http://www.isbn.bn.br/website/publicacoes-que-recebem-isbn

    a) Guias recebem ISBN. CORRETA

    b) Anuários por serem considerados periódicos não recebem ISBN. INCORRETA

    c) Software, se for educacional ou instrutivo, recebe ISBN. CORRETA

    d) Livros impressos recebem ISBN. CORRETA

    e) Publicações em braile recebem ISBN também. CORRETA

    Resposta: B

  • João, essa questão exigia também o conhecimento do próprio ISBN, no site você pode encontrar que ele deve ser atribuído ao software educacional:

    Publicações que recebem o ISBN

    [...]

    - software educacional ou instrutivo

    https://www.cblservicos.org.br/isbn/manual/manual-do-ISBN.pdf


ID
2747698
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Com relação ao desenvolvimento de coleções, julgue os itens a seguir:


I - O documento de política de seleção é um instrumento primariamente destinado a dar suporte às decisões de aquisição.

II - O bibliotecário de aquisição deve considerar a rapidez na aquisição como fator preponderante para a satisfação das necessidades dos usuários.

III - A coleção de lastro é formada por obras recomendadas para leitura obrigatória pelas bibliografias elaboradas pelos professores para diferentes disciplinas.


É correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • coleção de referência: deve possuir enciclopédias, dicionários, bibliografias,serviços de resumos e de disseminação seletiva de informação, catálogos públicos,etc.;

    coleção de lastro ou básica: deve desenvolver e preservar uma coleção fundamental ou básica que propicie as atividades de pesquisa. Definir os títulos e autores definitivos e indispensáveis em determinadas áreas para que existam na coleção;

    coleção didática :deve possuir as obras recomendadas para leitura obrigatória pelas bibliografias elaboradas pelos professores para diferentes disciplinas;

    coleção de literatura corrente: incluir livros, periódicos e outros materiais bibliográficos ou documentários que atualizam a coleção básica;

  • "[...] a rapidez, a precisão e a economia nos gastos são as palavras-chave do processo de aquisição." (EVANS, 2000 apud WEITZEL, 2013, p.44)

    "o documento de política de seleção é um instrumento de trabalho primariamente destinado a dar suporte às decisões de seleção". (VERGUEIRO, 1995 apud WEITZEL, 2013, p. 28)

  • I - O documento de política de seleção é um instrumento primariamente destinado a dar suporte às decisões de aquisição.

    ERRADA. Todos os processos são interdependentes, no entanto a política de seleção dá suporte primariamente a seleção e não a aquisição

    II - O bibliotecário de aquisição deve considerar a rapidez na aquisição como fator preponderante para a satisfação das necessidades dos usuários.

    CORRETA: Rapidez, precisão e economia de gastos são fundamentais (nas nossas compras pessoais e também nas das bibliotecas)

    III - A coleção de lastro é formada por obras recomendadas para leitura obrigatória pelas bibliografias elaboradas pelos professores para diferentes disciplinas.

    ERRADA: Coleção didática que é elaborada pelos professores, só lembrar dos livros didáticos da escola.

    E


ID
2747701
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Na CDD - Classificação Decimal de Dewey, a classificação adequada de uma obra depende, em primeiro lugar, da determinação:

Alternativas
Comentários
  • Classificar uma obra com a CDD exige a determinação do assunto, do foco disciplina e, conforme o caso, da abordagem ou forma.

  • Classificar uma obra com a CDD exige três etapas: determinação do assunto, do foco disciplinar e, conforme o caso, da abordagem ou da forma.

    Resposta: E

  • classificação CDD

    -assunto

    -disciplina

    -forma ou abordagem


ID
2747704
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

É um grupo, sediado na Escola de Ciência da Informação da UFMG, que integra pesquisadores e estudantes em torno de atividades de ensino, pesquisa e extensão, relacionadas à temática de biblioteca escolar:

Alternativas
Comentários
  • O Grupo de Estudos em Biblioteca Escolar, sediado na Escola de Ciência da Informação da UFMG integra pesquisadores e estudantes em torno de atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas especialmente a questões sobre a função educativa da biblioteca, procurando uma melhor compreensão do potencial dessa instituição como espaço de ação pedagógica.

    Com a finalidade de divulgar o resultado de seu trabalho e, principalmente, de promover o diálogo com aqueles que, no exercício profissional, constroem as bases da prática biblioteconômica no ambiente escolar, o Grupo promove cursos, palestras e encontros, tendo produzido também várias publicações.

    Fonte: http://gebe.eci.ufmg.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2&Itemid=1


ID
2747707
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

A preservação digital é uma área que busca meios para assegurar a preservação e manutenção do documento digital. A respeito desse assunto, julgue os próximos itens:


I - O modelo OAIS - Open Archival Information System, foi criado no intuito de padronizar as atividades de preservação digital;

II- As quatro entidades no modelo OAIS são produtores, educadores, administradores e arquivos invertidos.

III - A Rede de Serviços de Preservação Digital Cariniana vem contribuindo para a disseminação da preservação digital no Brasil.


É correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • "As quatro entidades no esquema conceitual OAIS são produtores, consumidores, administração e o arquivo propriamente dito."

     

    http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/1352/1531

     

  • A Rede Cariniana surgiu da necessidade de se criar no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – Ibict uma rede de serviços de preservação digital de documentos eletrônicos brasileiros, com o objetivo de garantir seu acesso contínuo a longo prazo.

     

    Consultative Committee for Space Data Systems (CCSDS, 2012) criou um modelo de referência no intuito de padronizar atividades de preservação digital. Esse modelo, OAIS (Open Archival Information System), especifica os principais critérios nos quais iniciativas em preservação digital devem se amparar.

     

     

  • Segundo Márdero Arellano (2008, p. 20), [...] a preservação digital é uma preocupação dos profissionais da informação, devido principalmente ao uso extensivo que tem sido feito das tecnologias digitais e do registro de informações em soluções cada vez mais sofisticadas e complexas.


    No campo da preservação digital é fundamental pensar em opções de cooperação, tanto de instituições de arquivos nacionais, bibliotecas e produtores de informações em geral, quanto de criadores de software de preservação digital. Nesse sentido, a Consultative Committee for Space Data Systems (CCSDS, 2012) criou um modelo de referência no intuito de padronizar atividades de preservação digital. Esse modelo, OAIS (Open Archival Information System), especifica os principais critérios nos quais iniciativas em preservação digital devem se amparar. Em pouco tempo, o modelo de referência passou a ser uma norma internacional, regulada na ISO 14721:2003.


    As quatro entidades no esquema conceitual OAIS são produtores, consumidores, administração e o arquivo propriamente dito. No caso das entidades funcionais, seis são observadas: recepção, armazenamento, gerenciamento de dados, administração do sistema, planejamento de preservação e acesso (MÁRDERO ARELLANO, 2008).


    Várias iniciativas de âmbito nacional vêm contribuindo para a disseminação da preservação digital no Brasil. Um exemplo é a Rede de Serviços de Preservação Digital Cariniana, que possibilita a salvaguarda do conteúdo publicado na ferramenta SEER – Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas, projeto apoiado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).



  • Resposta:C


ID
2747710
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

No livro de Tammaro (2008), são listados alguns critérios para a avaliação de bibliotecas digitais. Dentre eles, o critério que busca avaliar como um serviço de biblioteca digital faz a diferença em alguma atividade ou situação do usuário é:

Alternativas
Comentários
  • Nos sistemas de mensuração e avaliação, a escolha de um objetivo está sempre ligada a uma hierarquia, em que, como num conglomerado, possamos identificar: um ou vários objetivos correlatos, a adoção de um determinado ponto de vista e de um nível de avaliação. Para fazer um julgamento definitivo o avaliador pode utilizar-se dos seguintes critérios:

    Extensão: número de serviços fornecidos


    Eficiência


    Eficácia: em que medida o serviço atende aos objetivos dos usuários.


    Qualidade do serviço: grau de satisfação.


    Impacto: como um serviço da biblioteca digital faz a diferença em alguma atividade relacionada aos usuários.


    Utilidade: em que grau os serviços são úteis.


    Adoção: Em que grau as instituições ou usuários integram os recursos e serviços em suas atividades.



ID
2747713
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Na construção de um Tesauro, recomenda-se que nomes geográficos e de autores sejam controlados em uma lista separada, evitando que sua estrutura hierárquica fique muito extensa. Os nomes que constam nessa lista são frequentemente chamados de:

Alternativas
Comentários
  • Nomes geográficos e de autores também devem ser controlados. Contudo, recomenda-se que seja feita uma lista separadamente do tesauro, para evitar que o mesmo fique muito extenso. Os nomes que constam nesta lista são frequentemente chamados de identificadores. “Não quer dizer que todos os nomes próprios devam ser tratados como identificadores. Sem dúvida alguma um tesauro sobre Ciência Política necessitará de nomes de países como elemento integrante da estrutura do tesauro” (LANCASTER, 1987, p. 36).



  • errei ok. identificadores, jamais esquecer

  • Acrescentando...

    Conforme Lancaster (1987, p. 36):

    [...]. Em vez de expandir enormemente a estrutura hierárquica do tesauro, esses nomes devem ser "controlados" (isto é, normalizados) em um vocabulário à parte. Os nomes tratados dessa forma são frequentemente denominados "identificadores", e a lista empregada para controlá-los será simplesmente isso - uma lista, talvez com algumas remissivas, mas não com uma verdadeira "estrutura".

    Gab. A

    LANCASTER, F. W. Construção e uso de tesauros: curso condensado. Tradução de César Almeida de Menezes Silva; Revisão de Odilon Pereira da Silva. Brasília: Ibict, 1987. 114 p. Disponível em: https://livroaberto.ibict.br/handle/1/781?mode=simple


ID
2747716
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Durante o processo de catalogação, um bibliotecário precisou elaborar alguns cabeçalhos para entidades coletivas, gerando o seguinte resultado:


I - Brasil. Biblioteca Nacional

II - Universidade de Campinas. Biblioteca Central

III - Amazonas. Secretaria de Educação e Cultura. Núcleo de Recursos Tecnológicos


É correto APENAS o que se apresenta em:

Alternativas
Comentários
  • Em se tratando de instituições (arquivos, bibliotecas, colégios, escolas, hospitais, institutos, laboratórios, manicômios, museus, observatórios, penitenciárias, etc.) com nomes característicos, entre sempre diretamente pelo nome da instituição, mesmo que este não seja único. Neste caso, acrescente um qualificativo geográfico.

    Ex.:

    Biblioteca Pública Municipal Machado de Assis (Pejuçara, RS)

    Biblioteca Pública Municipal Machado de Assis (Pérola, PR)

    Instituto Adolfo Lutz

    Museu Villa-Lobos

    Biblioteca Nacional (Brasil)

    Arquivo Nacional (Brasil)

    Observatório Nacional (Brasil)

    Museu Nacional de Belas Artes (Brasil)

    Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

    Escola Agrotécnica Federal do Rio Verde




ID
2747719
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Para o intercâmbio de dados de uma publicação seriada, a Rede ISSN utiliza o formato padrão internacional especificado na:

Alternativas
Comentários
  • a) Gestão de qualidade;

    b) Informação e documentação – Número Padrão Internacional para Publicação Seriada – ISSN;

    c) Informação e documentação - Formato para troca de informações;

    d) Uso do Protocolo Z39.50 para recuperação de informação em redes eletrônicas;

    e) Formato de Intercâmbio de informações;

    Gab. C

  • → Um formato padrão de comunicação para registros bibliográficos, utilizado para intercâmbio de registros em meio magnético de um sistema para outro. O formato MARC ISO-2709 torna possível a transferência de um ítem bibliográfico de um sistema ou banco de dados para outro, sem perda de informações, fazendo com que os dados sejam independentes de software e hardware, tornando os registros bibliográficos portáveis entre sistemas.


    Fonte: http://oraculo.inf.br/iso-2709/


  • Intercâmbio = ISO 2709

    Recuperação = Z 39.50

  • ISO 2709: a rede ISSN utiliza para o intercâmbio de dados de uma publicação seriada.  Formato para intercâmbio de informação bibliográfica em fita magnética) é utilizada como base para os Formatos MARC 21, ou seja, a estrutura dessa linha contínua (registro) é definida pela ISO 2709. Estrutura são partes do registro (líder, diretório, campos).

    NBR 10525: especifica as condições para o uso do Número Padrão Internacional para Publicação Seriada – ISSN – em publicações seriadas.

    ANSI Z39.50: protocolo entre computadores desenhado para permitir, em relação a documentos com textos completos, dados bibliográficos, imagens, multimeios, em redes de computadores distribuídos, persquisa e recuperação da informação.

    ANSI Z39.2: este padrão especifica os requisitos para um formato de intercâmbio generalizado que pode ser usado para a comunicação de registros em qualquer mídia.

    ISO 9000: engloba pontos referentes à garantia da qualidade em projeto, desenvolvimento, produção, instalação e serviços associados; objetivando a satisfação do cliente pela prevenção de não conformidades em todos os estágios envolvidos no ciclo da qualidade da empresa.

  • RESOLUÇÃO: Para o intercâmbio de dados de uma publicação seriada a Rede ISSN utiliza o formato padrão Internacional especificado na ISO 2709. Veremos mais sobre esse formato na aula de automação.

    Resposta: C


ID
2747722
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Considerando o uso dos auxiliares independentes da CDU, julgue os próximos itens:


I - 61(038) Dicionário de medicina

II - 159.9(=581) Psicologia do povo chinês

III - 913(044) Geografia da França


É correto apenas o que consta em:

Alternativas
Comentários
  • "Auxiliares independentes: são os auxiliares de língua, forma, lugar, raça e tempo. Eles podem ser utilizados em qualquer posição da notação: no começo, o meio ou no fim." (SOUZA, 2009, p.39)

    Gab. C

  • Não entendi o gabarito. As três afirmativas não são com auxiliares independentes?


    I - 61(038) Dicionário de medicina - FORMA

    II - 159.9(=581) Psicologia do povo chinês - RAÇA

    III - 913(044) Geografia da França - LUGAR


  • A alternativa III está errada, pois, o auxiliar independente forma não apresenta o zero antes do número. (1/9) o correto seria 913(44).

  • A alternativa III está errada. O auxiliar independente LUGAR (1/9) não apresenta o zero antes do número. O correto é 913(44).

    913 - Geografia

    (44) - França

  • Corrigindo o comentário do Samuel Monteiro

    A alternativa III está errada, pois, o auxiliar independente lugar não apresenta o zero antes do número. (1/9) o correto seria 913(44).

  • III. O símbolo (044) representa um número retirado da tabela de forma, no caso significa: Correspondência. Carta. Circulares.  

    O correto seria 913(44)

    Resposta: C


ID
2747725
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

O COMUT é um programa de comutação bibliográfica, disponível em diversas bibliotecas brasileiras. Com relação a esse serviço, julgue os itens a seguir:


I - Por meio do COMUT, o usuário poderá obter cópias de teses e/ou dissertações na íntegra;

II - O COMUT permite a obtenção de cópias de documentos técnico-científicos disponíveis apenas nos acervos de bibliotecas brasileiras;

III- A Lei de Direitos Autorais é prescindível ao COMUT;


É correto APENAS o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A


    O Comut permite a obtenção de cópias de documentos técnico-científicos disponíveis nos acervos das principais bibliotecas brasileiras e em serviços de informação internacionais. Podem-se solicitar os seguintes tipos de documentos:


    periódicos técnico-científicos (artigos) teses e dissertações (na íntegra ou parte) anais de congressos nacionais e internacionais partes de documentos (capítulos de livros), desde que sejam autorizados pela Lei de Direitos Autorais.


    Foco, força e fé

  • Gab. A


    O Comut permite a obtenção de cópias de documentos técnico-científicos disponíveis nos acervos das principais bibliotecas brasileiras e em serviços de informação internacionais. Podem-se solicitar os seguintes tipos de documentos:


    periódicos técnico-científicos (artigos) teses e dissertações (na íntegra ou parte) anais de congressos nacionais e internacionais partes de documentos (capítulos de livros), desde que sejam autorizados pela Lei de Direitos Autorais.


    Foco, força e fé

  • PRESCINDÍVEL = DISPENSÁVEL

  • é imprescindível - indispensável.

  • O comut permite a obtenção de cópias de documentos técnico-científicos diponíveis nos acervos das principais bibliotecas brasileiras e em serviços de informação internacionais. Podem-s solicitar osseguintes tipos de documentos:

    • periódicos técnico-científicos (artigos)
    • teses e dissertações (na íntegra ou parte)
    • anais de congressos nacionais e internacionais
    • parte de documentos (capítulos de livros), desde que sejam autorizados pela lei de direito autoral.

ID
2747728
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia

Considerando a NBR 6023, julgue os próximos itens:


I - GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998. 137 p., 21 cm. Bibliografia: p. 131-132. ISBN 85-228-0268-8. (Coleção Antropologia e Ciência Política, 15).

II- INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. 1 atlas. Escala 1:2.000.

III- DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo, Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000. 98 p.


É correto APENAS o que consta em:

Alternativas

ID
2747731
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Em relação ao formato MARC, considere os dois agrupamentos abaixo:


I - Título

II - Entrada principal - nome pessoal

III - Descrição física


a) Campo 100

b) Campo 245

c) Campo 300


A correlação correta entre os agrupamentos é:

Alternativas
Comentários
  • 100 Entrada principal - nome pessoal

    245 Título

    300 Descrição físisca

    Gab. E

    Fonte: puc rio Marc 21


  • CAMPO

    DESCRIÇÃO

    100

    ENTRADA PRINCIPAL - NOME PESSOAL

    245

    TÍTULO

    300

    DESCRIÇÃO FÍSICA

    Resposta: E


ID
2747734
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta o tipo de obra de referência, definida como uma obra compacta, que trata concisamente da essência de um assunto, tendo como finalidade principal servir como fonte de informações correntes e que é muito utilizada por cientistas e tecnólogos, no curso do desempenho profissional:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    O Glossary of Library terms, da ALA, define MANUAL como uma obra compacta, que trata concisamente da essência de um assunto, tendo como finalidade principal servir como fonte de informações correntes.

    ...

    Segundo GROGAN (1982), os manuais são os livros de referência mais usados por cientistas e tecnólogos, quando surge necessidade de informações objetivas no curso do desempenho profissional e, por isso mesmo, têm sido considerados instrumentos de trabalho.

    Fonte: Fontes de Informação para Pesquisadores Profissionais de Bernadete Santos Campello


ID
2747737
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

De acordo com Grogan (2001), um verdadeiro sistema especialista procura incorporar no computador o conhecimento e as aptidões decisórias de um especialista humano, num determinado domínio (campo específico), de modo que o sistema possa oferecer orientação inteligente ou tomar uma decisão inteligente acerca de um problema que lhe seja apresentado. Dentre os componentes que integram esse tipo de sistema, aquele que visa obter do usuário informações sobre o problema é:

Alternativas
Comentários
  • Segundo Grogan (2001, p. 141) )Um sistema especializado compreende 3 componentes:

    Módulo de interface - para obter do usuário informações sobre o problema.

    Base de conhecimentos: na forma de um conjunto heurístico ou regra que um especialista normalmente adotaria.

    Mecanismo de inferência - na forma de um software que especifica como aplicar essas regras aos dados obtidos do consulente, a fim de chegar a uma solução.


ID
2747740
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

De acordo com o AACR2, no primeiro nível de descrição, devem ser incluídos, no mínimo, os seguintes elementos citados abaixo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Primeiro nível de descrição

    Título principal / primeira indicação de responsabilidade, se diferir do cabeçalho da entrada principal em forma ou número, ou se não houver cabeçalho de entrada principal. Indicação de edição. Detalhes específicos do material (ou do tipo de publicação). Primeiro editor etc., data de publicação etc. Extensão do item. Nota(s). Número normalizado.
     

    A designação geral do material faz parte do segundo nível de descrição.

  • Obrigado ,Emanoela.

  • R 1.0D1 Primeiro nível de descrição. Para o primeiro nível de descrição inclua, no mínimo os elementos especificados neste esquema ilustrativo:

    Título principal/primeira indicação de responsabilidade, se diferir do cabeçalho da entrada principal em forma ou número, ou se não houver cabeçalho de entrada principal. --. Indicação de edição.—Detalhes específicos do material (ou do tipo de publicação). – Primeiro editor etc., data de publicação etc. – Extensão do item. – Nota(s). – Número normalizado

    Resposta: A


ID
2749717
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.

Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

"Pode-se pedir ÀS GERAÇÕES atuais que se rejam por tais valores".


Assinale a opção que apresenta a explicação correta para o uso do acento indicador de crase na expressão destacada:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

     

    Quem PEDE, PEDE alguma coisa A ALGUÉM

    Pode-se pedir ÀS GERAÇÕES. Logo, VTDI, mas a questão pergunta apenas dessa parte, então VTI.

  • Essa questão já apareceu 4 vezes para mim. Podiam retirar as repetidas, né? rs

  • QUESTÃO QUE DEVE SER ANULADA POIS NÃO É VTI E SIM VTDI

  • @Débora, a questão pede a respeito do termo regente. O termo regente é VB. A parte destacada, de fato, é objeto indireto, mas o termo regente não.

  • ALVO > A de "Aprovação no concurso público da sua vida"


    Atenção quanto ao enunciado, meu povo!


    "Pode-se pedir ÀS GERAÇÕES atuais que se rejam por tais valores".


    Assinale a opção que apresenta a explicação correta para o uso do acento indicador de crase na expressão destacada.


    Qual a expressão destacada?

    "ÀS GERAÇÕES"


    - O termo regente é transitivo indireto. (Caso não houvesse esse pedido da banca, deveria existir uma opção tratando de "bitransitividade".

  • ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoalmente

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita