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Prova UNIRIO - 2008 - UNIRIO - Psicólogo


ID
293722
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

A assertiva que indica a idéia central de “A Fábula da Cidade” é a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Não achei que a ideia central do texto fosse a questão do Rio de Janeiro, e sim das grandes cidades como um todo.


ID
293725
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Em “A Fábula da Cidade”, há predominância da linguagem conotativa. Considerando esta característica, pode-se afirmar que o tema é apresentado de forma

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    "Metáfora é a atribuição a uma pessoa ou coisa de uma qualidade que não lhe cabe logicamente.  Essa transferência de significado de um termo para outro baseia-se na semelhança de características que o emissor da mensagem encontra ente os dois termos comparados.  É uma comparação de ordem subjetiva, sem o conectivo que indica esta comparação.

    Ex. Maria é uma flor.
    Vê-se que Carlos é uma fera enjaulada."

    Fonte:  Gramática para Concursos  Marcelo Rosenthal

ID
293728
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Afirma-se que no fluxo das informações textuais ocorrem duas rupturas, a fim de ressaltar características do tópico de que se constitui o texto. Estas rupturas, estão, indicadas, respectivamente, nos

Alternativas

ID
293731
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Em relação à estrutura morfossintática do texto, pode-se afirmar que há

Alternativas

ID
293734
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Em relação ao homem e à cidade, o uso dos adjetivos, no 7° parágrafo, semanticamente, acentua

Alternativas

ID
293737
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Nos fragmentos destacados, há ironia em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    “... quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, ...”

    Não tem como alguém MORRER e TRIUNFAR ao mesmo tempo.

    triunfar

    1.obter triunfo, vitória.

    "sofreram muito, mas triunfaram"

    2.levar vantagem; preponderar, prevalecer.

    ----------------------------------------------------------------

     

    morrer

    1.perder a vida; finar-se, falecer, expirar.☞ ver uso a seguir.

    "o poeta morreu depauperado"

    2.perder gradualmente a força, a intensidade; desaparecer, sumir.

    "o fogo/o sol morria lentamente"


ID
293740
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Analisando-se a estrutura textual, a identificação incoerente ocorre em

Alternativas
Comentários
    • a) Correta “... o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, ...” (§ 4º.) = hipótese   
    • Hipótese 
    • É suposição que se faz acerca de uma coisa possível ou não e de que se tira uma consequência: emitir uma hipótese arriscada.
    • Teoria provável, se bem que não demonstrada ainda.
    •  

    • b) Correta “Uma casa é muito pouco para um homem, sua verdadeira casa é a cidade.” (§ 1º.) = tópico frasal
    • Tópico frasal é a oração que introduz a idéia central a ser desenvolvida em um parágrafo.
    • c)Correta  “ uma cidade deve ter a medida do homem.” (§ 1º.) = tese
    • Uma tese  é  um texto que se caracteriza pela defesa de uma idéia, de um ponto de vista. Ou então pelo questionamento acerca de um determinado assunto. O autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com fatos, com dados, que utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas idéias
    • d) "O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?” (§ 10º.) = conclusão
    •  e)Correta  “ Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, ...” (§ 7º.) = argumento
    • Significado de Argumento
    • Prova que serve para afirmar ou negar um fato: argumento válido.
    • Sumário de um livro, de uma peça de teatro etc.
    • Lógica Raciocínio pelo qual se tira uma consequência de uma ou várias proposições.
    • Lógica Argumento de uma função, elemento cujo valor é bastante para determinar o valor da função dada.

ID
293743
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Para o enunciador, uma conseqüência cruel da desumanização das cidades é

Alternativas

ID
293746
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


O texto “Tristeza de cronista” apresenta reiterado uso dos parênteses. Sua função discursiva é

Alternativas

ID
293749
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


O tema da crônica se refere à

Alternativas

ID
293755
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


Analise o uso do sinal de pontuação dois-pontos nos fragmentos abaixo:

I) “O outro interessava-se logo pelas minúcias: ...” (§ 2º.)

II) “... o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões postais; ...” (§ 3º.)

III) “... e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” (§ 6º.)

Os dois-pontos registram, respectivamente, ocorrência das seguintes estruturas lingüísticas:

Alternativas
Comentários
  • Letra "c" a acertativa correta. Vejamos o porquê:

    I) “O outro interessava-se logo pelas minúcias: ...” (§ 2º.) 


    Trata-se de emprego de dois-pontos para iniciar uma explicação. Notem que o referido sinal de pontuação poderia ser substituido por uma conjunção cooerdenada explicativa: “O outro interessava-se logo pelas minúcias, pois..."

    II) “... o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões postais; ...” (§ 3º.) 

    São orações que explimem relaçoes de causa e consequência. O fato de já o conhecer de cartões postais (causa) traz, como consequência a não manifestação de grande surpressa (consequência)

    III) “... e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” (§ 6º.)

    Discurso direto por se tratar fala de locutor num discurso. Representa a fala direta do personagem na narrativa.

    Espero ter contribuído. Bons estudos a todos!

ID
293758
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


O emprego da palavra sublinhada em “... principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça ...” (§ 6º.) tem como objetivo indicar o sentido de

Alternativas

ID
293761
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

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Das estruturas destacadas, a que apresenta ambigüidade é

Alternativas
Comentários
  • Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase. A ambiguidade é um caso especial de polissemia, a possibilidade de uma palavra apresentar vários sentidos em um contexto.

    Ex:

    "Onde está a vaca da sua avó?" (Que vaca? A avó ou a vaca criada pela avó?)
    "Onde está a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? A mãe ou a cadela criada pela mãe?)
    "Este líder dirigiu bem sua nação"("Sua"? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o líder)?).
    Obs 1: O pronome possessivo "seu(ua)(s)" gera muita confusão por ser geralmente associado ao receptor da mensagem.

    Obs 2: A preposição "como" também gera confusão com o verbo "comer" na 1ª pessoa do singular.

    A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecional, em particular na escrita, pois nem sempre é possível contactar o emissor da mensagem para questioná-lo sobre sua intenção comunicativa original e assim obter a interpretação correta da mensagem
    fonte: wikipedia

  • Ótimo comentário do amigo acima. No entanto, errei a questão por marcar a letra c).


    “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, ...” (§ 4º.)     


    Pensei da seguinte forma: Quem ficar de lado e não de frente? Você ou o Cristo? 


    Não entendi muito do porquê da letra e) ser a correta. Se alguém tiver noção, seria ótimo postar aqui.






  • O termo:... muito falada... possui dois sentidos.
    Um sentido positivo: No qual Rui Barbosa seria uma pessoa muito conhecida e falada por muitas pessoas.
    Um sentido negativo: No qual Rui Barbosa seria uma pessoa negativamente falada... ou seja, mal falada.

    Foi o que entendi!
  • Ambiguidade é com relação a duplicidade no sentido da frase e não com relação ao sentido da palavra.

    Concordo que a palavra "falada" tem mais de um sentido, porem não é o que a questão quer. (Por sinal acabei de cometer uma COLISÃO).

    Marcaria a "c" sem medo de ser feliz na mesma linha de raciocínio do José Silva.


  • Impressionante como as bancas de concurso conseguem pegar um assunto importante dos estudos da linguagem e transformá-lo em um saco de gatos. Tudo por conta da preguiça. Você passa anos estudando Bakhtin, Peirce, etc...

    E os caras reduzem a isso. Não estou pedindo uma análise de poema ou de uma passagem importante de um romance, porque aí seria demais, mas, pelo amor de DEUUUSSSS, trabalhem com um texto completo, que de fato explore o fenômeno da ambiguidade. Isso não é ambiguidade, é pegadinha, e vc não mede nada com isso, nenhum tipo de capacidade. Se eu colocar meus alunos do 6 ano para formarem questões de concursos, eles fazem umas trinta dessas em uma tarde, talvez mais, e os caras são pagos para isso. Vão tomar vergonha. Se for para fazer pegadinha, pelo menos tome o cuidado de não jogar para frente uma questão com duas respostas certas, pelo amor de Deus... Precisamos de uma lei urgentemente para regular as provas de concurso... Assim não dá mais... Políticos incompetentes, bancas gananciosas... Temos de mudar isso.

  • QUESTÃO SEM GABARITO

    A ambiguidade a que o gab (E) supostamente se refere é a ambiguidade entre falada como particípio presente e como particípio depoente. No primeiro sentido, falam muito sobre a pessoa; no segundo, a pessoa é que fala muito (pesquise sobre particípio depoente). No entanto, o texto em análise impossibilita a segunda interpretação; logo não há gabarito.


ID
293764
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos, bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
      O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
     Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
     Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
     Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante. É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
     Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não respondeu.
     E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
     Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados. Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
      A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.


Ao proceder-se a reescritura do fragmento “... sua conversa era ouvida por todos os passageiros.” (§ 1º.), só ocorre inadequação em

Alternativas
Comentários
  • Caso alguem possa ajudar ... Não entendi porque a "e" é a correta?

    Seria pelo tempo e modo do verbo ir???

    Mesmo que seja, porque está errada? Se fosse pelo tempo passado, a "D" também estaria errada ;

    Agradeço desde já a ajuda.

    grsonia@ig.com.br



  • Em primeiro lugar, preciso comentar que as questões de reescritura são verdadeiras pedras no meu caminho! rsrsrs e tenho a impressão de que não sou o único a tropeçar nestas questões, mas o fato é que existem mais de 20 maneiras de se parafrasear textos, o que dificulta bastante a análise das frases reescritas. Além disso, o tempo para a realização das provas nunca parece ser o suficiente.

    Enfim, também errei esta questão, por achar que o erro também poderia estar na letra "D". Entendi que a frase seria mais adequadamente reescrita da seguinte forma:

        d) ... sua conversa, por todos os passageiros, era ouvida.  

    Sinceramente, achei a falta de vírgulas muito mais inadequado do que acontece na letra "E", mas, vai se entender o que a banca organizadora quis dizer com a palavra "inadequação". Termo bastante subjetivo, no meu ponto de vista!

    Mas fazendo uma análise da alternativa "e", lembrei-me que há casos em que a reescritura pode alterar o sentido da frase, caso se altere o tempo verbal!

    Perceba!

    O verbo ser na frase original está conjugado no Pretérito imperfeito do indicativo, indicando, por isso, uma ação que ainda não foi concluida.
    Dizer que "uma conversa era ouvida" pode significar que ela, a conversa, continua a ser ouvida. Esta é uma característica importante deste tempo verbal.

     “... sua conversa era ouvida por todos os passageiros.”

    Já na frase reescrita, o verbo "ser" está conjugado no pretérito mais-que-perfeito, indicando uma ação concluída, ou seja, iniciada e finalizada no passado. Portanto, a mudança de tempo verbal causa uma mudança no sentido da frase.

      e) ... sua conversa fora ouvida por todos os passageiros.

    Creio que a mudança do tempo verbal deve ser entendida como uma inadequação, já que altera o sentido da frase.

    Espero ter ajudado!

ID
293782
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei não podendo ser inferior, segundo a lei 8.112/90,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta "a" .Artigo 40 caput e artigo 41§ 5º da lei 8.112 de 1990.

    Artigo 40 . Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

    Artigo 41 - Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.§ 5º. Nenhum servidor receberá remuneração
    inferior ao salário mínimo.

     
  • Para mim essa questão cabe recurso, visto que vencimento não é sinônimo de remuneração, conforme define a Lei 8112 - Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

  • Caros colegas,

    A questão deveria ser anulada tendo em vista que Vencimento e remuneração não são considerados sinônimos. O que não pode ser inferior ao salário mínino é a remuneração = Vencimento acrescido das vantagens + adicionais + gratificações...

    Abraços e Bons Estudos
  • Caros colegas VPNI e Rafael, o entendimento de vocês é pertinente, uma vez que remuneração e vencimento são institutos distintos. No caso apontei o artigo 40/ 41 § 5º, pois estes são os  artigos atuais da lei que fazem referência à resposta.

    Analisando a situação sobre a anulação da questão

    A questão supra foi aplicada no dia 1º de junho de 2008, época em que vigorava o parágrafo único do artigo 40 da lei 8112/90 = Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário-mínimo., Ocorre que este dispositivo foi revogado pela lei 11.784 de 22 de setembro de 2008 que acrescentou ainda o § 5º, que apontou a remuneração com não podendo ser inferior ao mínimo, seguindo a tendência das jurisprudências do STF. Corrobora isso os julgados; 

    * RE-AgR 369.010/SP, relator Ministro Joaquim Barbosa, P. D.J 16/06/06 "... O plenário desta corte... firmou o entendimento de que o artigo 7º, IV, combinado com o artigo 39§2º, ambos da Constituição, refere-se à remuneração total recebida pelo servidor em atividade e não apenas ao vencimento base...".

    * "... É da jurisprudência do STF que a remuneração total do servidor é que não pode ser inferior ao salário mínimo (CF, art. 7º, IV). Ainda que os vencimentos sejam inferiores ao mínimo, se tal montante é acrescido de abono para atingir tal limite, não há falar em violação dos arts. 7º, IV, e 39, § 3º, da Constituição...." (RE 439.360-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 9-8-2005, Primeira Turma, DJ de 2-9-2005.

    Assim, apesar da banca apontar a justificativa da assertiva "a" no parágrafo único do artigo 40, TAMBÉM ENTENDO QUE MESMO ANTES DA ALTERAÇÃO FORMAL , ESTE ARTIGO NÃO DEVERIA SER APLICADO, levando-se em conta jurisprudência do STF, anterior a lei revogadora 11.784, no sentido do mínimo ser referente a remuneração.
  • A questão não tem resposta. Deverá ser anulada.

ID
293785
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a lei 8.112/90, o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes, denomina-se

Alternativas
Comentários
  •  Questão correta " e". Artigo 41 da lei 8112/ 90.

     Art. 41 .Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    •  a) salário --> seria a contraprestação pecuniária recebida pelo trabalhador em decorrência de sua atividade laboral (prestação laborativa).
    •  b) subsídio --> Recebido por membros de poder (Deputados, Ministros..), pago em parcela única, sem nenhum tipo de gratificação e vantagem pecuniária, salvo indenizações.
    •  c) proventos --> designação técnica dos valores pecuniários devidos aos inativos
    •  d) ajuda de custo --> visa compensar despesas do servidor com a mudança de domicílio em caráter permanente (caso de remoção obrigatória).
    •  e) remuneração --> vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
  •  

    REMUNERAÇÃO:   CARGO EFETIVO

     Art. 41 Lei 8.112 .Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    SUBSÍDIO:       AGENTE POLÍTICO – Art. 39   CRFB

    § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

  • Remuneração = Vencimentos + Vantagens

  • GABARITO: LETRA E

    Do Vencimento e da Remuneração

    Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8112/90.

    A solução objetiva desta questão encontra-se no art. 41º da Lei nº 8.112/90, a seguir reproduzido, verbis:

    Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

    >>> Nos termos do art. 41 da Lei 8.112/1990, remuneração é o “vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei”. O vencimento, por seu turno, é definido pelo art. 40 da lei como a “retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei”.

    GABARITO DA QUESTÃO: E.

    Fonte: Lei 8.112/1990.

    Não esqueça:

    >> Remoção >>>>> deslocamento do servidor (art. 36).

    >> Redistribuição >>> deslocamento de cargo (art. 37). 

    >> Recondução >>>>retorno ao cargo anteriormente ocupado (art. 29).

    >> Servidor efetivo escolhido para exercer função de confiança não é “nomeado” e sim “designado”.

    >> Ascensão, acesso e a transferência: formas de provimento declaradas inconstitucionais pelo STF (SV 43) e revogadas pela Lei nº 9.527/97.

  • r = v + v

    remuneração = vencimento + vantagens


ID
293788
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O servidor público estável, segundo a Lei 8.112/90, poderá

Alternativas
Comentários
  • Questão correta " b". Artigo 22 da lei 8.112/90


    Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegura ampla defesa.

    Lembrando que a lei 8.112 aponta duas possibilidades : sentença judicial transitada em julgado / processo administrativo disciplinar . No entanto, não se pode esquecer do que prescreve a constituição federal no artigo 41,§1º, III  que aponta a possibilidade de perda mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.


    Art. 41 da Constituição federal. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 

     

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo

     

    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

  • Alternativa correta (C)

    Vou apenas fazer um comentário em observância da abrangência do termo Processo administrativo. Para uma melhor formulação da alternativa (C) teria que especificar como "Processo Administrativo Disciplinar". Óbvio que pelo contexto dá para saber que é um P.A.D., até mesmo porque o enunciado diz para ter como base a lei 8.112... Só que as bancas são sacanas, e já errei questões por omissões de alguns termos - não o caso desta - não sei se vocês ficam com o pé atrás para marcar certas questões quando pensamos na banca que está realizando o certame.

    (...)

    UNIRIO

    (...)

    Bons estudos! Deus abençoe a todos! 
  • GABARITO: LETRA C

    Art. 22.  O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • A) ERRADA.. Não é "SOMENTE", existem outras possibilidades (Art. 132 lei 8.112/90)

    B) CORRETA.. CF/88, Art. 41parágrafo 1°, inciso II.

    C) ERRADA... ver o rol do Art.132 lei 8.112/90

    D) ERRADA....(Art.147 lei 8.112/90) afastamento preventivo não é por decisão judicial.


ID
293791
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a lei 8112/90, a Administração apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos através do poder

Alternativas
Comentários
  • Maria Sylvia Zanella Di Pietro aponta que o PODER DISCIPLINAR " é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa... Não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração, porque, nesse caso, as medidas punitivas encontram seu fundamento no poder de polícia do Estado. " 

    Neste poder administrativo a Administração Pública não tem liberdade de escolha de punir ou não o servidor, devendo obrigatoriamente ao ter conhecimento da prática de falta do servidor instaurar o procedimento disciplinar adequado.
  • Gabarito C

    Poder Disciplinar - é aquele pelo qual a Administração Pública pode, ou melhor, DEVE apurar as infrações e, conforme o caso, aplicar devidas punições a seus servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina interna da Administração.


    O poder de punir, para a Administração, é um poder-dever, o que significa dizer que a abertura de processo disciplinar, quando da ciência de alguma irregularidade praticada por agente público, é obrigatória, sob pena de crime de condescendência criminosa daquele que se OMITIU, conforme dispõe o Art. 143 da lei nº 8.112/90.

    "Art. 143.  A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa."


    X

    Poder Hierárquico - serve como fundamento para que os órgãos e agentes atuem em relação a seus subordinados, conforme a escala hierárquica. É necessário ressaltar que a hierarquia não é atributo exclusivo do Poder Executivo , mas sim da Administração Pública.

    O poder de avocar competência, que significa trazer para si atribuição de órgão hierarquicamente inferior, desde que, da mesma forma, não seja competência exclusiva deste. A avocação, ao contrário  da delegação , deve ser encarada como exceção, por desprestigiar o agente subordinado.
  • Apenas para complementar, com noções gerais de direito administrativo, é importante saber que o poder disciplinar só é exercido em face de quem tenha vínculo jurídico especial com a administração, como os seus servidores, ou particulares que contratem com a administração pública.

    A FCC já entendeu (em 2012) que o poder disciplinar é exercido pela administração pública, em punições a alunos de escolas públicas (cf. Questão Q21303).


     


  • PODER HIERÁRQUICO


        É aquele pelo qual a Administração distribui e escalona as funções de seus órgãos, ordena e rever a atuação de seus agentes, estabelece a relação de subordinação entre os servidores públicos de seu quadro de pessoal. No seu exercício dão-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-se.   


    PODER DE POLÍCIA


        “Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando o disciplinando direito, interesse  ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público...” (Código Tributário Nacional, art. 78, primeira parte)”

       

        Em resumo : através do qual a Administração Pública tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. 


    Extensão  do Poder de Polícia - A extensão é bastante ampla, porque o interesse público é amplo. Segundo o CTN “Interesse público é aquele concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, `a tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais” (Código Tributário Nacional, art. 78 segunda parte). 


    LIMITES  DO PODER DE POLÍCIA


    Necessidade – a medida de polícia só deve ser adotada para evitar ameaças reais   ou prováveis de perturbações ao interesse público;


    Proporcionalidade/razoabilidade  – é a relação entre a limitação ao direito individual e o prejuízo a  ser evitado;


    Eficácia – a medida deve ser adequada para impedir o dano a interesse público. Para ser eficaz a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para executar as sua decisões, é o que se  chama de auto-executoriedade.


    PODER DISCIPLINAR


        Ë aquele através do qual a lei permite a Administração Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas  ligadas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A aplicação da punição por parte do superior hierárquico é um poder-dever, se não o fizer incorrerá em crime contra Administração Pública (Código Penal, art. 320). 


    Ex : Aplicação de pena de suspensão ao  servidor público.


        Poder disciplinar não se confunde com Poder Hierárquico. No Poder hierárquico a administração pública distribui e escalona as funções de seus órgãos e de seus servidores. No Poder disciplinar ela responsabiliza os seus servidores pelas faltas cometidas.

    Tutela pode ser definida como um encargo ou autoridade que se confere a alguém, por lei ou por testamento, para administrar os bens e dirigir e proteger a pessoa de um menor que se acha fora do poder familiar, bem como para representá-lo ou assistir-lhe nos atos da vida civil; defesa, amparo, proteção; tutoria; dependência ou sujeição vexatória.

  • art. 127, l.8112/90: são penalidades disciplinares...

  • GABARITO: LETRA C

    O poder disciplinar consiste na possibilidade de a Administração aplicar punições aos agentes públicos que cometam infrações funcionais.

    Assim, trata-se de poder interno, não permanente e discricionário. Interno porque somente pode ser exercido sobre agentes públicos, nunca em relação a particulares, exceto quando estes forem contratados da Administração. É não permanente na medida em que é aplicável apenas se e quando o servidor cometer falta funcional. É discricionário porque a Administração pode escolher, com alguma margem de liberdade, qual a punição mais apropriada a ser aplicada ao agente público.

    FONTE:  Manual de Direito Administrativo (2019) - Alexandre Mazza.  

  • Questão versa sobre os poderes da Administração.

    Alternativa A incorreta, tendo em vista que o Poder Hierárquico é o poder de que dispõe a Administração Pública para distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação dos seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.

    Alternativa B incorreta, tendo em vista que o Poder de Polícia, em conformidade com José Cretella Jr., é “o conjunto de poderes coercitivos exercidos in concreto pelo Estado sobre as atividades dos administrados, através de medidas impostas a essas atividades”.

    Alternativa C correta, tendo em vista que o Poder Disciplinar é "a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração" (Hely Lopes Meirelles, in Direito Administrativo Brasileiro. 25a edição. Malheiros, 2000, p. 115). Exemplo: a suspensão de servidor público como punição pela prática de falta funcional.

    Alternativa D incorreta, não guarda relação com o enunciado.

    Alternativa E: errada, não se amolda ao enunciado. O poder de autotutela subjaz na Súmula STF 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

    GABARITO DA QUESTÃO: C.


ID
293794
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto à abrangência da Lei 8112, de 11 de dezembro de 1990, é correto afirmar que estatui o Regime Jurídico dos servidores públicos

Alternativas
Comentários
  • L8112 - art. 1 - questão cópia da lei.
  • Colegas, como faço para encontrar neste site questões sobre a lei 8112? Por exemplo: se quero responder a questões de Português, digito português, deixo selecionado questões e mando pesquisar. Mas com essa lei já tentei Estatudo do Servidor, Lei 8112 e etc e nada de encontrar as questões separadamente. Se alguém souber como faço, por favor me dê uma luz. Grato.
  • Título I. Capítulo Único. Das Disposições Preliminares.
    Art. 1o  Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

  • Art. 1o  Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. 
    Letra "E"
  • Malcoln, basta digitar 8.112 (com ponto) na busca. Espero ter ajudado!
  • Lei 8112/90, Art. 1º: "Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais".

    Assim sendo, a resposta correta para a questão será a letra E.

  • Letra E. É o artigo 1 da Lei 8.112/1990.

  • Artigo 1° da Lei 8.112/90 - Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, INCLUSIVE as em regime especial, e das fundações públicas federais.

  • institui****

  • Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.


ID
293800
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Na forma do Art. 5º da lei 8112/90, são requisitos básicos para investidura em cargo público

I – o gozo de direitos políticos.

II- a quitação com as obrigações militares e eleitorais.

III – aptidão física e mental.

Está(ão) correta(s):

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta "b" 

    Art. 5o  São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.
  • Só para complementar: estes são requisitos básicos, outros podem ser instituídos.

    Outra observação importante é que tais requisitos serão cobrados no ato da posse ( investidura em cargo público), Portanto, um menor de 18 anos pode prestar concurso público e ser nomeado, desde que no ato da posse tenha 18 anos completos.

    Abraço!
  • Art. 5o  São requisitos básicos para investidura em cargo público:

            I - a nacionalidade brasileira;

            II - o gozo dos direitos políticos;

            III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

            IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

            V - a idade mínima de dezoito anos;

            VI - aptidão física e mental.

  • Pergunto por que repetir exatamente o que outro colega já respondeu?
  • Ao ser eleito confundiu muito a questão.
  • NACI com NíVEL e APTIDÂO, aos 18 GOZEI e QUITEI.

     

    NACIonalidade Brasileira

    NíVEL de escolaridade

    APTIDÃO física e mental

    18 anos

    GOZo dos direitos políticos

    QUITação com as obrigações civis e militares

  • Tiago, acho que quis dizer: quitação com as obrigações militares e eleitorais;

  • Art. 5  São requisitos básicos para investidura em cargo público:

           I - a nacionalidade brasileira;

           II - o gozo dos direitos políticos;

           III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

           IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

           V - a idade mínima de dezoito anos;

           VI - aptidão física e mental.

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 5o  São requisitos básicos para investidura em cargo público:

           I - a nacionalidade brasileira;

           II - o gozo dos direitos políticos;

           III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

           IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

           V - a idade mínima de dezoito anos;

           VI - aptidão física e mental.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8112/90.

    A solução objetiva desta questão encontra-se no art. 5º da Lei nº 8112/90, a seguir reproduzido, verbis:

    Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

     IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

    Diante do exposto, nos moldes do diploma legal sobredito, todos os itens se amoldam como requisitos básicos para investidura em cargo público.

    GABARITO DA QUESTÃO: B.

    Fonte: Lei 8.112/1990.

    Não esqueça:

    >> Remoção >>>>> deslocamento do servidor (art. 36).

    >> Redistribuição >>> deslocamento de cargo (art. 37). 

    >> Recondução >>>>retorno ao cargo anteriormente ocupado (art. 29).

    >> Servidor efetivo escolhido para exercer função de confiança não é “nomeado” e sim “designado”.

    >> Ascensão, acesso e a transferência: formas de provimento declaradas inconstitucionais pelo STF (SV 43) e revogadas pela Lei nº 9.527/97.


ID
293809
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sem qualquer prejuízo, o servidor poderá ausentar-se do serviço por

Alternativas
Comentários
  • a) CERTA - O servidor pode se ausentar do serviço por 8 dias consecutivos em razão do falecimento do conjugê, companheiro,  madrastra ou padrastro, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos;
    b) ERRADA - 1 dia para doação de sangue;
    c) ERRADA - 2 dias para se alistar como eleitor;
    d) ERRADA - 8 dias consecutivos em razão de casamento;
    e) ERRADA
  • Art. 97.  Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

            I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;

            II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;

            III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :

            a) casamento;

            b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

  • GABARITO A.
    a) 8(oito) dias consecutivos em razão de falecimento da madastra ou padastro.  Art. 97 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
    b) 2(dois) dias para doação de sangue. ERRADO. Art. 97 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
    c) 3(três) dias para se alistar como eleitor. ERRADO. Art. 97 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;
    d) 5(cinco) dias consecutivos em razão de casamento. ERRADO. Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : a) casamento;
    e) 1(um) dia para se alistar nas forças armadas. ERRADO. Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
  • 8112 - 8 DIAS

     

    CLT -2 DIAS

     

  • Doar sangue ---> 1 dia

    Alistamento ou recadastramento eleitoral ---> até 2 dias

    Casamento ---> 8 dias

    Falecimento ( cônguge, companheiro, pais, madrasta, padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos ---> 8 dias

     

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8112/90.

    A solução objetiva desta questão encontra-se no art. 97 da Lei nº 8112/90, a seguir reproduzido, verbis:

    Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

    I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;

    II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; 

    III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :

    a) casamento;

    b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

    Alternativa A: CORRETA.

    Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço por 8 (oito) dias consecutivos em razão de falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos (art. 97, III, “b”).

    Alternativa B: INCORRETA.

    Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço por 1 (um) dia, para doação de sangue (art. 97, I).

    Alternativa C: INCORRETA.

    Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias (art. 97, II).

    Alternativa D: INCORRETA.

    Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço por 8 (oito) dias consecutivos em razão de casamento (art. 97, III, “a”).

    Alternativa E: INCORRETA.

    Duplamente errada:

    A uma: o alistamento mencionado no inciso II do art. 97 é de caráter eleitoral; e

    A duas: o prazo é limitado, qualquer caso, a dois dias.

    GABARITO DA QUESTÃO: A.


ID
294760
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

Tristeza de Cronista

A moça viera da cidade para os lados de Botafogo. No ônibus repleto, dois rapazes de pé conversavam, e
sua conversa era ouvida por todos os passageiros. (Inconveniente dos hábitos atuais). Eram dois rapazes modernos,
bem vestidos, bem nutridos. (Ah! Este excesso de vitaminas e de esportes!). Um não conhecia quase nada da
cidade e outro servia-lhe de cicerone. Mostrava-lhe, pois, a avenida e os seus principais edifícios, a Cinelândia, o
Obelisco, o Monumento dos Pracinhas, o Museu de Arte Moderna, o Aterro, o mar...
O outro interessava-se logo pelas minúcias: qual o melhor cinema? Quantos pracinhas estão ali? que se
pode ver no museu? Mas os ônibus andam tão depressa e caprichosamente que as perguntas e respostas se
desencontravam. (Que fôlego humano pode competir com o de um ônibus?).
Quanto ao Pão de Açúcar, o moço não manifestou grande surpresa: já o conhecia de cartões-postais;
apenas exprimiu o seu receio de vir o carrinho a enguiçar. Mas o outro combateu com energia tal receio, como se
ele mesmo fosse o engenheiro da empresa ou, pelo menos, agente turístico.
Assim chegaram a Botafogo, e a atenção de ambos voltou-se para o Corcovado, porque um dizia: “Quando
você vir o Cristo mudar de posição, e ficar de lado e não de frente, como agora, deve tocar a campainha, porque é
o lugar de saltar”. O companheiro prestou atenção.
Mas, enquanto não saltava, o cicerone explicou ao companheiro: “Nesta rua há uma casa muito importante.
É a casa de Rui Barbosa. Você já ouviu falar nele?” O outro respondeu que sim, porém sem grande convicção.
Mais adiante, o outro insistiu: “É uma casa formidável. Imagine que tudo lá dentro está conforme ele
deixou!” O segundo aprovou, balançando a cabeça com muita seriedade e respeito. Mas o primeiro estava
empolgado pelo assunto e tornou a perguntar: “Você sabe quem foi Rui Barbosa, não sabe?” O segundo atendeu
ao interesse do amigo: “Foi um sambista, não foi?” O primeiro ficou um pouco sem jeito, principalmente porque uns
dois passageiros levantaram a cabeça para aquela conversa. Diminuiu um pouco a voz: ”Sambista, não”. E tentou
explicar. Mas as palavras não lhe ocorriam e ficou por aqui: “Foi... foi uma pessoa muito falada”. O outro não
respondeu.
E foi assim que o Cristo do Corcovado mudou de posição sem eles perceberem, e saltaram fora do ponto.
Ora, a moça disse-me; “Você com isso pode fazer uma crônica”. Respondi-lhe: “A crônica já está feita por
si mesma. É o retrato deste mundo confuso, destas cabeças desajustadas. Poderão elas ser consertadas? Haverá
maneira de se pôr ordem nessa confusão? Há crônicas e crônicas mostrando o caos a que fomos lançados.
Adianta alguma coisa escrever para os que não querem resolver?”
A moça ficou triste e suspirou. (Ai, nós todos andamos tristes e suspirando!).

Meireles, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Círculo do livro, s/d.

Ocorre a relação lógica de conseqüência na palavra sublinhada em

Alternativas
Comentários
  • Podemos responder essa questão observando a conjunção subordinada consecutiva (grifada na frase) ou analisando o sentido da frase.


    os ônibus andam tão depressa e caprichosamente - Fato motivador (causa)

    que as perguntas e respostas se desencontravam. - Fato motivado (consequência)
  • "Mas os ônibus andam TÃO depressa e caprichosamente QUE as perguntas e respostas se desencontravam.” 

    = Tal... que, Tanto... que, Tamanho... que

  • gab=E

    para os não assinantes:

    causa=andar depressa

    consequência= que as perguntas e respostas se desencontravam


ID
294991
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo Mary Jane Spink, para que a Psicologia da Saúde possa alcançar a sua maturidade como campo de conhecimento e prática, os psicólogos atuantes na área, tanto em nível terciário, quanto em nível primário, devem buscar contextualizar sócio-historicamente as questões de saúde, procurando favorecer ações integradas, em nível intra e interdisciplinar. Tal pensamento enfatiza

Alternativas
Comentários
  • Alguém entendeu qual é o problema da letra "e"?

  • Marina, acho que o erro da letra "e" está no fato de que a questão abrange " tanto em nível terciário, quanto em nível primário".

  • Maria, acredito que não exista nível de prevenção secundário. A prevenção se encontra, sobretudo, no nível de atenção primário. Lembrando que a Spinky teoriza muito sobre a promoção de saúde e menos sobre a questão da prevenção.


ID
294994
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O psicólogo, em sua prática em unidade de atenção primária ou em hospital, ao procurar entender as representações que os pacientes constroem a respeito do processo saúde-doença, objetiva ter uma melhor compreensão de seus comportamentos ante o processo de adoecimento e cura. Quando o psicólogo assim age, ele está buscando

Alternativas
Comentários
  • Achei que fosse a letra A me fez mais sentido, mas como não li o artigo a que se refere não posso afirmar com certeza.
  • Pois é, eu também fiquei entre a letra A  e a letra C, e a letra D nem me passou pela cabeça.
    Alguém possui este material que fala sobre esta prática com este objetivo de "explorar e aprofundar a interface entre o saber popular e o saber oficial?
  • A questão acima pode gerar dúvidas com relação à letra A, mas lembro que de acordo com Camon (e o psicólogo entrou no hospital) há a reflexão acerca das representações do paciente sobre a doença e é a partir da relação entre as representações da doença pro paciente e o saber oficial dado pelos médicos que serão investigadas as influências psis no processo de adoecimento. Nesse sentido, como a questão já fala do objetivo de uma compreensão dos comportamentos frente o processo saúde-doença, falta falar dessa relação que deve ser entendida juntamente com o paciente.
  • Pessoal, eu também errei essa questão. =/
    Porém, ao lê-la melhor, pude inferir que a banca abordou a teoria das representações sociais ao discutir a questão da dualidade entre doença e cura, um dos focos do estudo das representaçõe sociais é justamente compreender o saber popular relacionado a determinado conceito. Levando isso em consideração, acho que a resposta dada como correta, está coerente. 
  • Além desse conceito cabe lembrar que a educação em saúde busca a valorização da heterogeneidade dos grupos sociais, procurando a dialogicidade entre o saber popular e o saber científico.21
    http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/article/viewFile/97/110
  • Qual é a fundamentação dessa questão, em que livro ou teoria se fundamenta.


ID
294997
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

No Brasil, a partir de 24 de maio de 2000, foi lançado o PROGRAMA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE, tendo como proposta reduzir as dificuldades encontradas durante o tratamento, recuperar a comunicação entre as equipes de saúde e o usuário, incluindo a família, diante do momento de fragilidade emocional do paciente. Face à necessidade e à importância de implantação desse programa, sugere-se que o profissional de saúde reflita sobre

Alternativas
Comentários
    • a) as implicações da diminuição do seu compromisso profissional com o doente. errada
    • b) a relevância de estabelecer com o paciente relações de maior simetria e respeito. correta
    • c) a responsabilidade ante o processo de decisão sobre as questões de saúde. errada
    • d) a desvalorização do saber científico-tecnológico implícito nesse programa. errada
    • e) o aspecto imprescindível à sobrevivência do paciente do uso da tecnologia. errada
    • Na minha opinião, os grifos mostram o que há de errado nas questões


ID
295000
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

No cotidiano hospitalar, constata-se que diversas famílias de pacientes internados apresentam dificuldades em lidar com as rotinas e procedimentos hospitalares, ocasionando inúmeros conflitos com as equipes de saúde. Assim, a interação com a família é vista por ambos os lados como estressante, insatisfatória e limitada. Segundo os estudos vigentes, o psicólogo face a esse quadro, poderá contribuir para a minimização dessas dificuldades, buscando

Alternativas
Comentários
    • organizar grupos de apoio aos familiares e sugerir à equipe a implantação de um horário mais flexível para as visitas.
  • Por que a letra d está errada? Alguém sabe?
  • Puts....minha resposta foi a D.... também gostaria que apontassem o erro.

  • Confesso que a parte onde o psicólogo sugere implantação de horários flexíveis para visitas ficou bem "estranho" no meu ponto de vista.... :/

  • O erro na letra D está no final da afirmativa quando diz que é necessário conscientizar a equipe de saúde em relação ao cumprimento das rotinas hospitalares. Acredito que correto seria sensibilizar a equipe quanto algumas particularidades que certas famílias de pacientes têm e que necessitam de horários mais flexíveis. 

  • Acredito que a letra D esteja errada pois não é necessário conscientizar a equipe do hospital quanto às rotinas hospitalares. Isso pode ser desejável, mas necessário...

    d) orientar a família quanto à necessidade de respeitar as rotinas hospitalares e conscientizar a equipe quanto à importância de segui-las.

  • Para quem tem limite de questões. Resposta correta, letra A.

  • A letra A remete a interpretação de que os conflitos relacionados a rotina e procedimentos hospitalares estão relacionados apenas a organização das visitas.

    Se a equipe não segue a rotina estabelecida, irá gerar conflitos com as famílias.

    Também marquei a letra D.  

  • Para quem já trabalhou o efetivou algum tipo de trabalho em hospitais, principalmente em áreas pré-cirúrgicas, marcaria a letra A como certa e a D como errada. A letra D estaria errada por colocar como um tipo de "função" do psicólogo o "auxiliar no processo de implantação das alterações sugeridas ", entretanto, essa é uma função da gestão hospitalar. Quanto à letra A... Estaria correto porque já foi cenário, inúmeras vezes, a sugestão para a equipe de trabalho a " implantação de um horário mais flexível para as visitas ", de acordo com a necessidade do paciente e da rotina da família.

  • Questão um pouco esquisita! Para quem está com limite de questões: gabarito A

  • pq a letra e está errada?

     

  • Até parece ... Facilitar o dialogo e a comunicação entre as equipes e os familiares não quer dizer ter atribuição de tentar moldar a rotina hospitalar'que envolve inúmeros pontos' à reivindicação de meia dúzia de famílias pontuais. Essa alternativa é absolutamente destoante da realidade.
  • A letra B e a mais coerente do meu ponto de vista.

  • Analisando a questão de forma crua, nada impede que o psicólogo sugira algo a partir da sua percepção. Isto não quer dizer que a sugestão seja acatada, mas ele não está impedido. E, no mais, a criação de grupos de apoio é super viável.

    Porque o gabarito parece tão absurdo?


ID
295003
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A doença, ao contribuir para a destruição da integridade corporal, assim como a dor e o sofrimento, podem se constituir em fatores de desagregação afetivo-emocional da pessoa. Portanto, cabe ao psicólogo, ante essa realidade,

Alternativas
Comentários
  • trabalhar com o paciente questões de atribuição de sentido à sua condição atual, a fim de contribuir para a diminuição ou mesmo eliminação do sofrimento
  • Eliminação de sofrimento??? bizarro...

  • ELIMINAÇÃO do sofrimento é algo muito pretensioso né... acho que caberia recurso nessa questão.

  • Também cair na eliminação do sofrimento.

    Pensando bem a questão não coloca que irá gerar a eliminação, mas abre a possibilidade. Na minha opinião isso é sim possível.

    Marquei a B. Penso que o erro está em: ajudar o doente a aceitar o sofrimento em sua vida. Isso cabe apenas se o paciente assim desejar, não deve ser objeto fim de uma intervenção psicológica. 

  • Questão C "(...) para a diminuição OU mesmo eliminação do sofrimento"

    Interpretação pessoal, quando tem o "ou" não significa que a eliminação do sofrimento seja certa, e sim que há a POSSIBILIDADE entre eliminiar ou diminuir. Super adequado! 


ID
295006
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Uma das situações-problema na área de saúde hospitalar constitui-se na despersonalização crescente dos cuidados de saúde. O paciente é visto como mais um prontuário, um caso clínico referente ao leito x, interno na enfermaria y, e, sendo que, inúmeras vezes, não é informado e esclarecido quanto aos diagnósticos, às rotinas e às mudanças dos procedimentos médicos e hospitalares. Esses fatos geram grande ansiedade e tensão para o paciente, agravando, por vezes, o seu estado clínico. Os estudos e pesquisas feitos sobre as origens de tal situação- problema indicam a influência

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe me dizer qual o erro da letra e?
  • A saúde passa a ser moeda de venda bem parecido com o modelo biomédico como foco apenas na doença, esquecendo da principal vertente que é o modelo biopsicossocial.
  • Acredito que o erro da letra E seja mencionar o psicólogo como pessoa desvalorizada na equipe, pois o enunciado da questão não trata do papel do psicólogo no ambiente hospitalar e muitas vezes ele nem faz parte da equipe de cuidados.

    e) dos protocolos universais que unificam padrões e formas de conduta; da ênfase na perspectiva biomédica característica da formação dos profissionais de saúde; da desvalorização do psicólogo como elemento da equipe.

  • Letra A


    Não entendi, alguém pode explicar?

  • Resposta: letra A

    Oito situações problemas na área de psicologia hospitalar:

    1) Despersonalização crescente nos cuidados da saúde

    Três fatores responsáveis por isso:

    a) tecnologização do cuidado

    b) preocupação econômica de contenção de custos

    c) presença permanente de outras entidades permeando os cuidados com a saúde, principalmente aspectos legais

    2) Secularização da profissão médica

    3) Emergência de uma moralidade pública

    4) Surgimento de uma mentalidade eugênica na sociedade

    5) Problemas eclesiológicos, religiosos

    6) Crise em recursos humanos

    7) Mercado determinando o sistema de saúde

    8) Movimento em direção ao morrer administrativo

    Fonte: Belkiss Romano. "Princípios para a prática clínica em hospitais gerais". 

    https://books.google.com.br/books?id=bg6YmNBCwXEC&lpg=PP1&dq=princ%C3%ADpios%20para%20a%20pr%C3%A1tica%20cl%C3%ADnica%20em%20hospitais%20gerais&hl=pt-BR&pg=PP1#v=onepage&q&f=false

  • Por que não é a letra B? :s


ID
295009
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Constata-se na clínica ambulatorial, que pacientes tidos como somaticamente “sãos” ou “normais” podem ser vistos como doentes crônicos graves, enquanto que outros pacientes que apresentam alterações funcionais e lesionais importantes não o são. Segundo Coelho, essas pessoas demonstram que não entrar na cronicidade depende

Alternativas
Comentários
  • Não entedi a questão? alguém poderia esclarecer?

  • Estas questões da UNIRIO estão péssimas!!!

  • Resposta correta: alternativa B (para quem tem limite de questão).

  • Como é que a pessoa se adapta satisfatoriamente? Sem sentido total!


ID
295012
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“Assim a dor emerge como uma experiência única para cada sujeito, sendo este portador de uma história, de crenças e motivações anteriores, associadas ao estado físico e mental do momento. E não existe paralelismo anátomo-clínico estrito entre a importância da lesão e a intensidade da dor sentida. Há lesões graves sem dor e outras benignas com dores extremas. E em alguns casos, a dor pode persistir mesmo após a cura da patologia que a causava”

ARAÚJO, José e col. L.E.R: dimensões ergonômicas, psicológicas e sociais. Belo Horizonte: Health, 1998.

Segundo esse pensamento, o psicólogo em sua prática deve

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D


    Traz a subjetividade típica da dor emocional sentida. 


ID
295015
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O psicólogo, em sua prática no contexto de saúde, não pode esquecer de fazer a distinção entre dor e sofrimento, pois pode existir dor sem sofrimento e sofrimento sem dor. Em ambas situações, o psicólogo pode intervir no sentido de aliviá-los. Essa distinção tem marcante significado no cuidado com pacientes terminais ou fora de possibilidades terapêuticas, pois

Alternativas
Comentários
  • Não concordo com essa resposta. Creio que caberia recurso.

  • Eu concordo com a resposta. Não vejo a necessidade de recurso.

    •  a) a dor vincula-se aos valores e a crenças da pessoa, o que aumenta o sofrimento em situações socialmente temidas. errada
    • b) a dor expressa a impotência do doente diante do sofrimento permanente e não aliviado. errada
    •  c) os profissionais de saúde compreendem os mecanismos fisiológicos subjacentes ao sofrimento e o significado que a dor tem para os doentes. completamente errada
    • d) os tratamentos tendem a se concentrar nos sintomas físicos, considerados como única fonte de angústias do paciente. CORRETA é onde o psicólogo entra propondo um trabalho diferenciado.
    • e) a dor e o sofrimento são manifestações de fenômenos neurofisiológicos distintos, mas que requerem o emprego de sedativos absurdamente errada



  • Por que não poderia ser a letra A? não vejo erro nenhum nessa alternativa.

  • Também concordo que não há erro na letra "A". A letra "D" pode ser considerada como a mais correta:

    "Um dos principais perigos em negligenciar a distinção entre dor e sofrimento no contexto clínico é a tendência dos tratamentos somente se concentrarem nos sintomas físicos, como se apenas fossem  a única fonte de angústia para o paciente... A distinção entre dor e sofrimento tem um significado todo particular quando se trata de cuidar da dor de pacientes terminais. Diante da impotência que define o sofrimento, Callahan define que 'a medicina que somente procura prolongar a vida, estendendo, mas não aliviando o sofrimento, chegou no fim de seus recursos e objetivos'. Não fazer distinção entre dor e sofrimento nos permite continuar agressivamente a prescrever tratamentos médicos fúteis, na crença de que enquanto protegem os pacientes da dor física também os protegem de todos os outros aspectos..."

    Artigo: Humanização da dor e sofrimento humanos no contexto hospitalar. Disponível em: 

    bvsms.saude.gov.br/bvs/is_digital/is_0203/pdfs/IS23(2)037.pdf

  • Também concordo que a A é a alternativa correta

    Observem que as questões da UNIRIO da área da saúde são muito mal elaboradas e sempre deixam dúvida

    a dor vincula-se aos valores e a crenças da pessoa, (CORRETO)

    o que aumenta o sofrimento em situações socialmente temidas. (é lógico que em situações temidas há algum tipo de sofrimento, medo, stress, dor)

  • Gente... CUIDADO! a alternativa A está vinculando dor a sofrimento, e no enunciado da questão já temos a informaçao de que dor e sofrimento não estão vinculados.

  • Tbm não concordo com o gabarito, mas a letra A tbm não concordo que esteja totalmente correta.

    Na letra A, a primeira parte acredito que esteja correta: "a dor vincula-se aos valores e a crenças da pessoa" . Mas a segunda parte depois da virgula não tem como ser  conclusão da primeira, ou seja, "o que (por isso) aumenta o sofrimento em situações socialmente temidas".


ID
295018
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Através de estudos e pesquisas, realizadas em hospitais, pode-se constatar o temor de muitos profissionais em acompanhar pacientes que estão morrendo ou que estão fora de possibilidades terapêuticas, sendo que essa reação, freqüentemente, acha-se associada à fantasia de “ter que fazer alguma coisa” em relação à dor do outro.

Nesse contexto, cabe ao psicólogo se dispor a

Alternativas
Comentários
  • Aff...Essa banca UNIRIO Deus me livre....
    : /
  • Compartilhar sentimentos de derrota???
  • Não entendi essa questão... alguem poderia explicar?

  • Pra mim a letra E é a mais certa.
  • Letra A? Como assim compartilhar sentimentos de solidão e derrota?
    O psicólogo só serve para o paciente, ele não tem função para a equipe?!

    Na minha visão, a resposta mais coerente é a E.
  • Vish.. Eu marquei letra C, entendo pelo texto que se trata do temor dos profissionais, da fantasia de ter que fazer algo pelo paciente por parte dos profissionais e o envolvimento emocional pode atrapalhar mais do que ajudar. Também pensei que o Psicólogo num hospital está lá para as questões dos pacientes e não para "tratar" também os colegas!
  • LETRA E com certeza... fala sério..
  • Segundo Maria Júlia Kovacs, a morte diante do fato da impossibilidade do tratamento, deve ser visto pelo profissional de saúde como um processo institucional e cabe portanto ao Psicólogo apenas o esclarecimento e informe para o auxilio da equipe multiprofissional, o acolhimento do sofrimento e da dor deve ser voltado exclusivamente ao paciente e a família e não à equipe dentro deste contexto. Portanto considero a resposta E a correta.

  • Não é possível ser a letra A. Compartilhar sentimentos de derrota?? A letra E é a mais adequada!


  • O gabarito dado como correto para a questão é letra A, mas creio que essa questão está errada.

  • Acredito que o gabarito letra A esteja sim correto, pois a questão se refere aos profissionais da área de saúde envolvidos diretamente com a iminente morte de pacientes. Em nenhum momento a questão solicita postura do psicólogo para com os familiares, o contexto da questão implica na dor do profissional.

  • Não concordo com a resposta sendo a A

  • Também achei muito errada, alguém sabe dessa prova? Se essa questão foi questionada?

    Tinha marcado a E também....

  • Marquei a Alternativa A, mas acredito que todas estão erradas, neste caso o Psicólogo não deve compartilhar sentimentos de solidão, mas sim acolher a equipe e expor as dificuldades que é estar neste lugar enquanto profissional de saúde, apoiando, ofertando escuta..

  • gente, ri alto agora. 

  • Qual erro da letra B? Não seria papel do psicólogo a equipe e familiares a perceber os conteúdos dos desejos e conceitos do sujeito relativos a qualidade de vida? 

  • Fiquei entre A e E só que, melhor prepará-lo para a morte, ficou muito pesado! Alternativas mal elaboradas.

  • A resposta correta é a Alternativa A- o psicologo hospitalar trabalhara com 1- paciente e suas demandas 2- equipe de saúde 3- familiares 

    o trabalho com a equipe de saúde consiste em manejar da melhor forma as ações em relação ao paciente para a promoção da saúde e bem-estar, assim como, o psicólogo trabalhará com as dificuldades operacionais e subjetivas  da equipe de saúde  de correntes da relação com o trabalho. portanto, alternativa A está correta, pois o enunciado pede o foco na relação com a equipe e não com o paciente. 

     

     

  • Fácil e cômodo falar mal da banca, quando o problema está na nossa falta de conhecimento...eu errei, mas reconheço que a letra A faz mais sentido pelo foco da questão ser a equipe de saúde e eu aprendi que nesses casos, o psicólogo deve abrir um espaço de escuta aberto para se falar da dor e do sofrimento tanto dele frente a questão da morte, quanto da equipe.

  • Também achei que fosse a letra E, mas depois achei fundamentação teórica que justifica ser a letra A, tanto no livro do simonetti, quanto no livro do camon.

    A atuação do psicologo junto a equipe:

  • O tipo da questão que só acerta quem erra.


ID
295021
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo a teoria do vínculo, o processo de luto é uma forma de ansiedade de separação, que pode se expressar como luto normal ou como luto patológico. O luto patológico se caracteriza

Alternativas
Comentários
  • Luto Normal vs Luto Patológico
     

    Um luto é considerado normal, quando a pessoa experiência sentimentos de tristeza, enfado, culpa, ansiedade, solidão, fadiga, impotência, choque, emancipação, alivio entre outras, durante um tempo suficiente para si, que lhe permite (r)elaborar a perda, e nesse sentido percorrer as diferentes fases do luto até conseguir finalmente atribuir um sentido à perda e assimilar as memórias sem dor nem sofrimento.
     

    O Luto é considerado patológico ou complicado, quando existe uma relação contínua entre as reacções normais e anormais, isto é, não existe uma diferenciação e para além disso, o luto patológico varia em intensidade e duração face ao luto normal, assim como na presença ou ausência de uma conduta específica
  • Luto saudável- Há a ocorrência de recriminações furiosas e de raiva, o que faz parte de um processo de reação ao pesar.
    Luto patológico-Incapacidade para expressar abertamente esses impulsos para reaver e recriminar a pessoa perdida. Impulsos de ambivalência cindem-se.

    IN: formação e rompimento dos laços afetivos. John Bowlby


ID
295024
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O psicólogo, ao analisar, para fins de prognóstico e intervenção, as condições de luto em uma família, deve

Alternativas
Comentários
  • As fases de luto

    As cinco fases do luto são o mesmo que os cinco estágios da morte: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Um ponto-chave feito pelo Dr. Kubler-Ross, na dor e afligindo, é que o modelo de cinco estágios destina-se a ser usado como uma ferramenta para ajudar a “frame e identificar o que pode estar sentindo”.

    É importante que as pessoas percebam que estes modelos não são destinados a ser absolutos fases que todo mundo que experimenta uma perda de mudança de vida progride através de uma forma gradual. Os estágios não são projetados para ser respostas cronológicos ou completas. Eles são uma maneira de colocar categorias e palavras de emoções que podem ser difíceis de expressar.

    Também é importante perceber que nem todo mundo passa por todas as etapas ou atravessa-los de forma linear. Algumas etapas podem ser perdidas totalmente, outros podem ser experimentados em uma ordem diferente, alguns podem ser re-experimentado novamente.

  • Alternativa C


    AS famosas fases sobre a morte e morrer, negação --> raiva-->  barganha ( espécie de negociação) --> depressão --> aceitação 


ID
295027
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Estudos e pesquisas sistemáticos desenvolvidos por Parkes e Weiss identificaram três padrões de reação a situações relacionadas ao luto patológico. Essas situações são pertinentes, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • LUTO PATOLÓGICO

    Classificação de Parkes & Weiss (1993)

    1)Síndrome da perda inesperada:

    Morte repentina ou prematura

    Provoca choque e descrença no enlutado

    Aumenta a ansiedade do enlutado

    A presença do morto se faz constante, devido a dificuldade do desapego

    O enlutado tem tendências a auto-recriminações

    O enlutado sente-se com obrigações para com o morto

    2)Síndrome do luto ambivalente:

    No início o enlutado sente um alívio imediato

    Com o passar do tempo o enlutado vai entrando em uma progressão de desespero

    O enlutado fica impermeável a novos vínculos

    Finalmente o enlutado evolui para auto-punição, querendo corrigir erros do passado

     

    3)Síndrome do luto crônico:

    Quando o enlutado mantinha uma relação de alta dependência com o morto

    A perda causa profunda desesperança 

  • Alternativa A.


    Gente alguém pode explicar um pouco mais sobre esses padrões de reações. Alguma recomendação sobre leituras esclarecedoras.


ID
295030
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

No hospital, o psicólogo ao trabalhar em nível psicopedagógico, deve procurar desenvolver estratégias de grupo voltadas para

Alternativas
Comentários
  • Questão estranha, não encontrei nada na literatura sobre o psicólogo trabalhar em nível psicopedagógico direcionado a toda instituição e a comunidade. 

    O atendimento psicopedagogico que encontrei foi com os pacientes internados. 

    http://umapsicologa.wordpress.com/2013/11/04/o-atendimento-psicopedagogico-no-ambiente-hospitalar-e-os-doutores-da-alegria/

  • Alternativa C.


    De fato essa questão fata algo, não entendi muito bem 


  • De fato, a letra C está correta e pertinente ao apoio Psicopedagógico na Instituição. Sou Psicóloga e Psicopedagoga e a função do Psicopedagogo no Hospital é trabalhar nos aspectos de ensino-aprendizagem. Por exemplo: crianças internadas por longos períodos e que estão "afastadas da escola". Dessa maneira o Psicólogo voltado para essa área precisa atuar criando estratégias de ensino- aprendizagem que sejam efetivas dentro deste contexto. Esse trabalho é feito em diálogo com a comunidade (pais) e com a própria instituição que as vezes necessita de algumas "modificações" para melhor atender esses tipos de pacientes. É muito comum essas intervenções em hospitais que atendem crianças, adolescentes e jovens no setor de oncologia.

  • não achei pertinente, esta cabia recurso. A credito que não se limita a isso.. quem tem que trabalhar a nível psicopedagógico tem que ser os pedagogos.. As questões que envolvem o trabalho do psicólogo no hospital são muito mais amplas..    Na minha visão caberia muito mais a letra E (a remoção de sintomas, alívio de angústias ou resolução de crises, proporcionados pela aplicação da técnica psicanalítica).

  • só eu que acho as questões da UNIRIO muito ambíguas e mal elaboradas? 

  • A psicologia não se resume ao efeito terapêutico da área clínica, no momento em que o psicólogo em sua atuação presta orientações ao paciente e seus familiares sobre o tratamento, os procedimentos médicos invasivos, faz preparação para a cirurgia e esclarece sobre o paciente sobre esse procedimento e, atua juntamente a equipe prestando orientações e informações sobre as questões emocionais que envolvem o processo de adoecimento e hospitalização ele está atuando no nível pedagógico sim, pois implica na aquisição desses pacientes familiares de novos conhecimento, etc. Esta ação do psicologo é psicopedagógica, psicoterápica e psicoprofilática. Esses são os três níveis propostos por Romano acerca do trabalho do psicólogo no hospital, ela é referencia no Brasil no desenvolvimento da psicologia hospitalar. Os processos educativos e sociais também são inerentes a prática da psicologia. Quando o psicólogo faz promoção de saúde, prevenção a nivel grupal ou individual, falando sobre os aspectos de determinada doença, informando, orientando, discutindo com os pacientes, a intervenção dele também é pedagógica. Outro ponto,jamais poderia ser a letra E, pois está dizendo que a psicanalise é a técnica apropriada para o psicólogo hospitalar aplicar para tratar dos sintomas, ou pior remover o sintoma. Primeiro, em psicologia hospitalar não existe uma prática clínica única para empregar em psicologia hospitalar, pode-se utilizar Gestalt-terapia, cognitiva comportamental, analise do comportamento, psicodrama, etc. Vai depender da abordagem adotada pelo psicologo. Segundo: é uma heresia dizer que o objetivo da psicologia hospitalar é remover os sintomas do paciente, o objetivo da psicologia hospitalar não e a cura, quem cura é medicina. O objetivo da psicologia hospitalar são os aspectos psicológicos que surgem devido a situação de hospitalização, Pior é dizer que psicanalise se propõe a remover sintomas, nunca Freud propôs isso, pois a subjetividade não se cura, a castração é estrutural e da ordem do incurável, a angustia é estrutural. O que propõe a psicanalise é uma retificação subjetiva, uma mudança de posição do sujeito diante daquilo que lhe faz sofre. E ainda: em psicologia hospitalar o que se pode fazer é minimizar o sofrimento causado pela hospitalização. É acompanhar o paciente nessa travessia que é o processo de hospitalização e o adoecimento, nesse processo o psicologo não estará lá como um guia, mas como ouvinte (Simonetti). É cada comentário absurdo que a gente vê aqui que realmente podemos observar que o ensino da psicologia no Brasil ainda precisa melhorar, como analisam muitos docentes e pesquisadores da área.


ID
295033
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O profissional que trabalha na área de Saúde Coletiva deve se disponibilizar a trabalhar em equipe. Nesse sentido, deve tanto reconhecer a relevância dessa prática, quanto refletir sobre os obstáculos encontrados para materializá-la. Um deles decorre do desconhecimento das funções e papéis do outro provocado

Alternativas

ID
295036
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Segundo diversos estudos sobre a relação do estresse e o processo saúde-doença, constata-se que o estresse pode ser sadio ou nocivo. Ele se torna nocivo à saúde, quando o indivíduo

Alternativas
Comentários
  • O  estresse se torna nocivo quando você não consegue adotar comportamentos, de fato, eficazes e consequentemente você passa por um longo período de enfretamento até que você chega na exaustão. 

ID
295039
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O psicólogo, ao atuar na enfermaria de um hospital, deve procurar se integrar à rotina da enfermaria, com o objetivo de

Alternativas
Comentários
  • O psicólogo, ao atuar na enfermaria de um hospital, deve procurar se integrar à rotina da enfermaria, com o objetivo de

    • a) promover intervenção psicológica que não influencie no prognóstico da hospitalização - não influencie - errado
    • b) prestar suporte psicológico ao paciente e seus familiares, quando se fizer necessário, durante a internação -  correto
    •  c) diminuir o nível de ansiedade do doente ante a internação, a fim de facilitar o processo de despersonalização - errado
    • d) esclarecer ao doente que as alterações de humor e os momentos de agitação e fadiga fazem parte do cotidiano da enfermaria - errado
    • e) persuadir o paciente a aceitar o diagnóstico e o tratamento durante a internação como necessários à cura da doença - errado



ID
295042
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Inúmeros psicólogos clínicos, ao iniciarem as suas práticas em hospitais, tendem a lançar mão das suas experiências de consultório, procurando adotar os mesmos procedimentos utilizados com êxito em suas clínicas particulares. De acordo com as pesquisas feitas, constatou-se que

Alternativas
Comentários
  • Também fui de letra D...
  • O ambiente do hospital é diferente do consutório clínico e demanda outros comportamentos por parte de nós profissionais de psicologia, portanto, deve ser flexível;
  • O erro da alternativa D, é que Psicologia Clínica não diz respeito a local de  trabalho, e sim à prática. Portanto, clínica se faz em todo lugar, por um psicólogo clínico. Beijos!
    • a) o setting hospitalar demanda do profissional maior flexibilidade, levando-o a buscar trabalhar em cima do real, do possível e do necessário - correta o setting hostalar demanda do profissional flexibilidade e habilidade. exemplo: atender no leito  
    • b) as diferenças existentes entre os dois tipos de atendimento são circunstanciais, portanto, superficiais = errado
    • c) a demanda por atendimento pode parecer diferente, entretanto a prática profissional necessária é a mesma = errado
    • d) o consultório é, por definição, o espaço privilegiado para o psicólogo exercer a psicologia clínica = errado
    • e) a extrema fragilidade da pessoa hospitalizada remete o profissional à sua própria fragilidade, o que não acontece no consultório - errado

  • Concordo com quase tudo da letra A, mas tem um porém.

    Simonetti afirma que o lugar de atuação do psicólogo não parte da lógica do real, mas sim do simbólico. Quem atua frente ao contexto "real" do adoecimento é o médico, o psicólogo deve se direcionar para a ordem daquilo que não é visto, muitas vezes até do que não é dito.

    Usar esta terminologia foi incoerente.


ID
295045
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A manchete estampada no Jornal O Dia, de 25 de abril de 2008, “Pai de garoto de 6 anos morto por dengue vai se dedicar a fazer palestras sobre prevenção” é um exemplo do movimento de uma pessoa para

Alternativas
Comentários
  • Isso se chama por exemplo grupo de apoio multuo e informação(grupo de luto, grupo de gestantes): atinge a coletividade no sentido da universalidade de possibilidades de atendimento , atinge o sofrimento coletivo,  principalmente com o grupo já iniciado surge o apoio e compartilhamento e escuta de dores semelhantes porém, diferentes. Acho que a banca escolheu a B pensando assim.

  • acho que A está certa também, mas talvez pra banca psicanalítica com certeza, a palavra dar sentido e mais coerente com a abordagem psicana, no entanto se fosse um gestalterapeuta a príncipio poderia-se pensar em uma mobilização voltada para o aqui agora abrindo trabalhando para uma outra movimentação de significação.



ID
295048
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete os significados dos valores morais.” CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 3. ed. São Paulo: Ática, 1995, p. 339.

“Esta idolatria da vida ganha forma na convicção de que a inabilidade para curar ou evitar a morte é uma falha da medicina moderna. A falácia desta lógica é que a responsabilidade de curar termina quando os tratamentos são esgotados:” PESSINI, Léo. Distanásia. Até quando investir sem agredir? In: ANGERAMI-CAMOM, Valdemar Augusto (org.). A ética na saúde. São Paulo: Pioneira, 1997, p.80.

Os profissionais que atuam em Unidades de Tratamento Intensivo freqüentemente estão se deparando com questões a respeito da manutenção de esforços para prolongar a vida. Tomando como parâmetro o fragmento de Marilena Chauí apresentado acima, diante dessas situações, no sentido ético, é

Alternativas
Comentários
  • Para tomar uma decisão é "essencial problematizar a situação, considerando a moral e as normas jurídicas vigentes, assim como os princípios da bioética e os valores e princípios das pessoas envolvidas".

  • Gabarito D.

    Nesse contexto não se cabe valores morais e individuais da equipe e nem a consulta exclusiva de Cód. de Ética de quaisquer profissão, uma vez que não há garantia de atuação correspondente aos princípios bioéticos por seguir, exclusivamente, o Código de Ética profissional, assim só ficaríamos com a letra D, que traz uma postura coerente na atuação com base na problematização e práticas bioéticas.


ID
295051
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“Desde a criação do hospital moderno (Foucault, 1977*) instalou-se a hegemonia médica e movimentos de resistência a esta hegemonia com a instalação de corporativismos vários. O hospital se organiza em serviços ou departamentos que preservam as identidades, aprisionam os profissionais em modelos e salas que acabam por serem verdadeiros mausoléus.”

SILVA, Claudia Osório da. Trabalho e subjetividade no hospital geral. Psicologia Ciência e Profissão, n. 18, v. 2, 1998, p. 29

*FOUCAULT, M. O nascimento da clínica Rio de Janeiro: Forense/Universitária.

De acordo com a perspectiva de Foucault, tal forma de organização

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B é a correta. Acertei por chupe, por lembrar que Foucault faz relações dos "espaços ( arquitetura) "

  • Foucault foi um grande crítico das instituições e do poder que ela exerce sobre os corpos, num modelo mecanicista e extremamente "rígido". Vale a leitura de "A Verdade e as Formas Jurídicas", "História da Loucura" e o clássico "Vigiar e Punir"


ID
295054
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

humanização tem sido entendida como uma das principais dimensões para a construção de uma Política de Qualificação do SUS – Sistema Único de Saúde. Do conjunto de reformulações propostas nesse sentido, aquela que tem relação direta com o fator indicado em diferentes pesquisas como o principal responsável pelo desgaste da saúde dos profissionais que atuam nos hospitais e como principal obstáculo para a implantação de uma gestão humana é

Alternativas
Comentários
  • Os inúmeros avanços no campo da saúde pública brasileira – operados especialmente ao longo das últimas duas décadas – convivem, de modo contraditório, com problemas de diversas ordens.

    Se podemos, por um lado, apontar avanços na descentralização e na regionalização da atenção e da gestão da saúde, com ampliação dos níveis de universalidade, equidade, integralidade e controle social, por outro, a fragmentação e a verticalização dos processos de trabalho esgarçam as relações entre os diferentes profissionais da saúde e entre estes e os usuários o trabalho em equipe, assim como o preparo para lidar com as dimensões sociais e subjetivas presentes nas práticas de atenção, fica fragilizado.


    Fonte: HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização como eixo norteador das praticas de atenção e gestção em todas as instâncias do SUS-Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Núcleo técnico da Política Nacional de Humanização.  Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

  • Pra quem não tem acesso as respostas, o gabarito é letra: C

  • Se podemos, por um lado, apontar avanços na descentralização e na regionalização da atenção e da gestão da saúde, com ampliação dos níveis de universalidade, eqüidade, integralidade e controle social, por outro, a fragmentação e a verticalização dos processos de trabalho esgarçam as relações entre os diferentes profissionais da saúde e entre estes e os usuários; o trabalho em equipe, assim como o preparo para lidar com as dimensões sociais e subjetivas presentes nas práticas de atenção, fica fragilizado

  • É só lembrar que a busca da melhoria na situação da saúde do país, assim como de melhores condições de trabalho para os profissionais diz respeito ao processo de HORIZONTALIZAÇÃO (um olhar que vai além do que está expresso/esposto em relação à saúde) e não de verticalização (olhar limitado em relação à saude como um todo).


ID
295057
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O psicólogo de um hospital é convocado pela direção para intervir na equipe de profissionais de saúde com o intuito de torná-la mais integrada. Considerando que o psicólogo orienta-se, entre outros, pelo conceito de implicação proposto pelos institucionalistas franceses, espera-se que ele

Alternativas
Comentários
  • "A noção de implicação, que definimos segundo a ótica do institucionalismo francês, remete à impossibilidade de objetividade, de neutralidade na
    pesquisa, ou seja, impossibilidade de apagamento das instituições de diferentes ordens que atravessam o pesquisador e que são constitutivas de seu fazer: implicações afetivas, profissionais, institucionais, etc."

    Fonte: Contribuições da Análise Institucional para uma abordagem das práticas linguageiras: a noção de implicação na pesquisa de campo. http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/40/artigo2.pdf

    Com base nessa definição, tanto a B, a D e a E estão adequados. O autor dessa questão não soube avaliar nem conhecimento, nem a prática mais eficiente. Essa questão devia ser anulada.

ID
295060
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Ao definir saúde como um “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade”, a Organização Mundial de Saúde propiciou o surgimento do chamado Modelo Biopsicossocial de atenção que requer a atuação de equipes multiprofissionais. A equipe multiprofissional com atuação multidisciplinar caracteriza-se pela busca da

Alternativas
Comentários
  • Não entendi! A cooperação entre os profissionais e manutenção de seus objetivos específicos não seria Equipe Interdisciplinar??? Para mim a correta seria a letra B já que na equipe multidisciplinar ocorre interdependência dos distintos campos de saber.
  • Serio, essa banca é HORRIVEL!!!

  • não está muito bem elaborada, mas é possível resolvê-la:  Alternativa D.

    atuação multidisciplinar - cooperação de profissionais e manutenção de seus objetivos específicos. 

    atuação interdisciplinar - práticas de interação participativa que inclui a construção e a pactuarão de uma axiomática comum a grupos de campos de saberes conexos. 

    atuação transdisciplinar - campos de interação sobre a base de uma axiomática geral compartilhada.


  • Com certeza seria multi...

  • Na equipe multidisciplinar não ocorre interdependência, o que ocorre é a cooperação entre as diferentes áreas do saber, que irão atuar no caso a partir das particularidades do caso. Por isso fala em objetivos específicos. 

    Interdependência ocorre em equipes interdisciplinares.

  • Não me parece sensata a letra d ser a resposta correta


ID
295063
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Nos casos de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva e em estado de coma, cabe ao psicólogo

Alternativas
Comentários
  • Essa questão deve estar errada, não é possível. Como o psicólogo vai atuar normalmente se o paciente está em coma?

    Acho que B está mais correta apesar do "permanente".
  • Eu acho que a letra b está errada pelo fato de colocar: "quando necessário". O trabalho do psicólogo é constante e obedece a tríade: paciente, equipe de saúde e familiares. O fato do paciente estar em coma não quer dizer que ele está impossibilitado de ser atendido. No livro Psicologia Hospitalar: teorias e práticas, está claro que o psicólogo também atende pacientes em coma, visto a ínumeros estudos relatando que existem vários tipos de coma...e que há atividade cerebral de pacientes neste período como casos de pessoas que se lembram de conversas de visitas de parentes mesmo estando nesse estado.
  • Também não entendi! Se o pacinte está em Coma ele não pode ser alvo do atendimento, além do mais o psicólogo hospitalar não atendo a equipe. Sendo assim,  não tem como manter a ação habitual voltada para a tríade: paciente, equipe de saúde e familiares do paciente. Neste caso, já que o pacinte está em coma, o mais correto seria a letra C, "definir como alvo do atendimento os familiares do paciente, tranqüilizando-os quando estiverem muito tensos."
  • Para muitas pessoas a UTI é sinônimo de morte iminente. Esses aspectos são vividos o tempo todo na rotina diária da unidade, exigindo das pessoas que nela trabalham e que nela lutam pela vida, um posicionamento muito duro frente à morte. Muitas vezes essas pessoas se veem obrigadas a refugiar-se no racional para aguentar a pressão emocional que tudo isso causa. Tem-se, portanto, como objetos da atenção do psicólogo na UTI uma tríade constituída de paciente, sua família e a própria equipe de saúde. O sofrimento físico e psíquico do paciente precisa ser entendido como uma coisa única, pois os dois aspectos interferem um no outro, visando um caminho de enfrentamento da dor, do sofrimento e eventualmente da própria morte mais digna e menos sofrida (Angerami-Camon, Trucharte, Knijnik & Sebastiani, 2006). É importante criar as condições de comunicação nesse momento: o psicólogo deve buscar o "falar" do paciente, seja através de gestos, olhares ou gemidos, e ser o porta-voz do doente (Romano, 1999).

    A família, igualmente angustiada e sofrida, que se sente impotente para ajudar seu familiar e que também se assusta com o espectro da morte, também precisa da atenção do psicólogo e deve ser envolvida no trabalho com o paciente por ser uma das raras motivações que este tem para enfrentar o sofrimento. O psicólogo deve facilitar, criar e garantir a comunicação efetiva e afetiva entre paciente/família e equipe, identificando qual membro da família tem mais condições intelectuais e emotivas para estar recebendo as informações da equipe (Romano, 1999; Angerami-Camon, Trucharte, Knijnik & Sebastiani, 2006).

    A equipe de saúde também vivencia no seu cotidiano esse significado de viver e morrer, vivendo sentimentos ambivalentes de onipotência e impotência, a cobrança da expectativa de todos os envolvidos e a percepção da própria finitude. O psicólogo deve atuar como facilitador do fluxo dessas emoções e reflexões, detectar os focos de stress e sinalizar as defesas exacerbadas (Angerami-Camon, 2002).


    http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-08582011000200012&script=sci_arttext
  • O atendimento psicológico ao pacientes em coma na U.T.I. deve considerar as possibilidades de um acompanhamento humanizado ao paciente em um momento difícil e que o preparo deste profissional pode trazer alento e esperança beneficiando positivamente no acolhimento, na confiança e no respeito

    Vivências e memórias indicam a presença de atividade mental do paciente durante o processo de coma

    Frequentemente pacientes que saíram do coma revelam conteúdos de conversas tidas entre a equipe, visitantes e outras pessoas

    O respeito, o afeto, a possibilidade de estímulos, e principalmente o acolhimento neste momento ao paciente é fundamental para propiciar o calor humano que pode trazer conseqüencias positivas aumentando muitas vezes as chances de reversão de quadros antes inimagináveis.

    De outra forma, pode ainda representar um morrer de forma acolhida, respeitando sua dignidade como pessoa e facilitando esse processo que é a última etapa da vida e que é inevitável

    http://www.psicologiananet.com.br/atendimento-psicologico-ao-paciente-em-coma-na-uti/394/

  • Cuidado com comentários caros colegas, o psicólogo hospitalar atende a tríade: paciente, família e equipe. Sim, A EQUIPE... 

    Quanto ao atendimento do paciente em coma, o foco deve ser a família e equipe, mas não desconsiderando o encamado, pois através dos cuidados paliativos, também, se pode beneficiar o moribundo. 


ID
295066
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Na apresentação do marco político do HumanizaSUS, é destacada a importância da realização de um debate sobre pontos críticos, o qual é “necessário para que possamos garantir o direito constitucional à saúde para todos, e urgente porque tal debate é uma condição para viabilizar uma saúde digna para todos, com profissionais comprometidos com a ética da saúde e com a defesa da vida” BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA-EXECUTIVA. NÚCLEO TÉCNICO DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO.
HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. p.5

Tais pontos críticos são

I – os modelos de gestão e de atenção à saúde.

II – a incorporação de novas tecnologias de exame e de tratamentos.

III – a formação dos profissionais de saúde.

IV – as formas como o controle social vem sendo exercido.

V – a conscientização dos usuários quanto às limitações do sistema.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Avanços e desafios do SUS

    O SUS institui uma política pública de saúde que visa à integralidade, à universalidade, ao aumento da eqüidade e à incorporação de novas  tecnologias e especialização dos saberes. Apesar dos avanços acumulados no que se refere aos seus princípios norteadores e à descentralização da  atenção e da gestão, o SUS hoje ainda enfrenta:   - Fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes profissionais; - Fragmentação da rede assistencial dificultando a complementaridade entre a rede básica e o sistema de referência; - Precária interação nas equipes e despreparo para lidar com a dimensão  subjetiva nas práticas de atenção -  Sistema público de saúde burocratizado e verticalizado - Baixo investimento na qualificação dos trabalhadores, especialmente no que se refere à gestão participativa e ao  trabalho em equipe; Poucos dispositivos de fomento à co-gestão e à valorização e inclusão dos gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de  saúde;

    A Humanização vista não como programa, mas como política que atravessa as diferentes ações e instâncias gestoras do SUS, implica: - Desrespeito aos direitos dos usuários; - Formação dos profissionais de saúde distante do debate e da formulação da política pública de saúde; - Controle social frágil dos processos de atenção e gestão do SUS; - Modelo de atenção centrado na relação queixa-conduta.


    http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/doc_base.pdf
  • I – os modelos de gestão e de atenção à saúde.

    III – a formação dos profissionais de saúde. 

    IV – as formas como o controle social vem sendo exercido. 
     


ID
295069
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“Assim, tomamos a Humanização como estratégia de interferência no processo de produção de saúde, levando-se em conta que sujeitos sociais, quando mobilizados, são capazes de transformar realidades transformando-se a si próprios nesse mesmo processo.” BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA-EXECUTIVA. NÚCLEO TÉCNICO DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO.
HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. p.5

O mesmo intuito de valorizar os usuários como protagonistas observa-se na decisão da Organização Mundial de Saúde – OMS que, a partir de 2000, começou a empregar o conceito de responsividade, exigindo que as avaliações a respeito de atividades relacionadas à saúde

Alternativas
Comentários
  • No ano 2000, a Organização Mundial de Saúde – OMS introduziu nas pesquisas de avaliação em saúde o conceito de "responsividade" dos sistemas de saúde substituindo satisfação com a intenção de analisar também se o consumidor de serviços de saúde está sendo atendido com respeito a sua autonomia, dignidade, confidencialidade e apoio social. [3] Assim, para a OMS responsividade envolve respeitar as necessidades do consumidor e orientar o serviço para melhor atendê-lo. [4]

    (fonte: Wikipedia)
  • Complementando o primeiro comentário, a resposta certa é a alternativa: E)


ID
295072
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Em novembro de 2001, o Conselho Federal de Psicologia-CFP editou a resolução nº 25/2001 que regulamentou a elaboração, a comercialização e o uso de testes psicológicos, pormenorizada, em 2003, por intermédio da resolução nº 2/2003. Em decorrência desses documentos legais,

Alternativas
Comentários
  • Art. 16 - Será considerada falta ética, conforme disposto na alínea c do Art. 1º e na
    alínea m do Art. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo, a utilização de testes
    psicológicos que não constam na relação de testes aprovados pelo CFP, salvo os casos de
    pesquisa.
  • As resoluções a que se refere a questão foram alteradas pela Resolução CFP n° 005/2012 (Altera a Resolução CFP n° 002/2003, que define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos).

    Desta forma, a questão está atualmente desatualizada.

  • A questão não está desatualizada, visto que a referida resolução de 2012 apenas alterou (não revogou) a 2003, não mudando em nada os critérios avaliadores da presente questão.

    No entanto, existe um erro grotesco no enunciado da questão:
    A 02/2003 não veio para "pormenorizar" a 23/2001 como afirma a questão.
    A 02/2003 veio para revogar a 23/2001.

    http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/03/resolucao2003_02_Anexo.pdf


ID
295075
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“O trabalho em equipe multiprofissional, dentro do Modelo Biopsicossocial, é outro aspecto que exige amadurecimento profissional por parte do psicólogo que precisa ajustar-se a uma abordagem de trabalho em grupo, de colaboração complementar para que não haja uma cisão no olhar sobre o paciente.” BRUSCATO, Wilze Laura; BENEDETTI, Carmen Alves, LOPES, Sandra Ribeiro de Almeida. Considerações finais. In: _____ (orgs.) A prática da psicologia hospitalar na Santa Casa de São Paulo: novas páginas de uma antiga história. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004, p.241

Para tanto, o psicólogo hospitalar que atua em equipe multiprofissional (independente de sua atuação ser multidisciplinar ou interdisciplinar) deverá

I – flexibilizar as fronteiras de sua ação sem, contudo, perder a sua identidade profissional.

II – ampliar suas atribuições, rompendo os limites característicos da profissão.

III – estabelecer diálogo com os demais profissionais, mantendo a especificidade de seu saber.

IV – empregar o vocabulário próprio da Psicologia, a fim de assegurar o espaço do psicólogo.

V – interagir com os demais integrantes, a fim de potencializar a realização das tarefas.

Estão corretas as afirmaticas

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A) I, III e V

  • Erradas

    II – ampliar suas atribuições, rompendo os limites característicos da profissão.

    O Psicólogo deve atuar naquilo que lhe cabe e é capacitado para tal, sem extrapolar sua função.

    IV – empregar o vocabulário próprio da Psicologia, a fim de assegurar o espaço do psicólogo.

    O Psicólogo deve aprender alguns termos de outras áreas e também deve se preocupar em usar linguagem acessível quando estiver lidando com leigos, tanto profissionais quanto usuários do serviço.


ID
295078
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Durante um período de seis meses, um adolescente de 14 anos, com suspeita de fraturas nos braços e nas pernas, foi atendido três vezes pelo setor de ortopedia do hospital. Como o adolescente também apresentava manchas roxas no corpo, o ortopedista, que o atende pela última vez, considera prudente encaminhá-lo para o setor de psicologia do hospital. Em conversa com o psicólogo, o adolescente afirma que seu pai, constantemente, o submete a maus-tratos.

Em casos como esse, o psicólogo deve adotar o seguinte procedimento:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente:
    Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
    Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

ID
295081
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A direção de um hospital solicitou a um psicólogo que desenvolva um programa de treinamento sobre o HumanizaSUS, para todos os funcionários que têm contato com o público atendido. A primeira etapa de seu trabalho corresponde a

Alternativas
Comentários
  • As etapas de um treinamento são:

    1- Diagnóstico
    2- Desenho
    3- Implementação
    4- Avaliação
  • identificar as necessidades de treinamento que deverão ser atendidas pelo programa.

  • Esta questão esta errada, a primeira Etapa de um treinamento é o Diagnóstico, concordo plenamente com isso, contudo o Diagnóstico não faz parte do papel de um profissional Staff, mas sim responsabilidade de linha, ou seja, "cabe ao administrador de linha a responsabilidade pela percepção dos problemas provocados pela carência de treinamento." (Chiavenato) 

  • Roney Leite, identificar as necessidades e demandas que deverão ser atendidas no programa de treinamento já é o próprio diagnóstico.


ID
295084
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O psicólogo de um hospital geral foi convidado pelo ambulatório de cardiologia a desenvolver um trabalho que favorecesse a adesão dos pacientes ao tratamento. Em reuniões com os médicos e enfermeiros, nas quais foram comentadas várias compreensões equivocadas dos pacientes a respeito do tratamento, ficou estabelecido que o trabalho terá como pressuposto o caráter social da produção de conhecimentos e que serão promovidas oficinas de saúde, facilitadas por um psicólogo e um enfermeiro, com o propósito de ajudar os participantes a construírem e a apropriarem-se de conhecimentos que lhes sejam úteis para assegurar qualidade de vida. O psicólogo e o enfermeiro responsáveis pelas oficinas, então, decidiram: a) orientar-se pelo conceito de saúde formulado pela OMS; b) adotar abordagem teórico-metodológica, segundo a qual é fundamental que os responsáveis pelo projeto admitam como legítimas todas as demandas dos participantes da oficina e favoreçam a reflexão das experiências dos participantes em relação ao tema abordado na oficina.

Tendo em vista a fundamentação escolhida e os objetivos da proposta, durante as atividades de grupo, o psicólogo deverá

Alternativas

ID
295087
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O Código de Ética Profissional do Psicólogo é relevante porque

Alternativas
Comentários
  • RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05
    Código de Ética Profissional do Psicólogo.

    Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.
  • Resposta Correta Letra E, conforme contextualizado pela colega acima

  • RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05

     

    " ... A missão primordial de um código de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria ... "

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: E


ID
295090
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“É imprescindível que as equipes de saúde, na prática profissional, promovam reflexão crítica dos conteúdos e vivências desenvolvidos no cotidiano dos serviços com responsabilidade de aperfeiçoamento, utilizando instrumentos e estratégias na promoção da saúde.”

OLIVEIRA, Heloísa Maria Fonseca de. A proposta com grupos do IPSEMG-Família e as Oficinas em dinâmica de grupo. In: AFONSO, Maria Lúcia M. (org.) Oficinas em dinâmica de grupo na área da sáude Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, p. 23

O psicólogo que atua na área da saúde tem importantes contribuições a oferecer para que esse propósito seja concretizado. Para isso, este profissional

Alternativas
Comentários
  • Como assim letra E?? Ah nem gente, que banca ruim.. Serio!

  • A questão dá letra E como crreta, mas creio que seja um equívoco. O que mais se fala no trabalh do psicólogo hospitalar é na tríade: paciente, família e equipe, logo credito que a alternativa correta seria letra C 

  • De acordo com a resposta, o Psicólogo é o Todo Poderoso!!!

  • "criará condições para que a equipe analise a dinâmica de trabalho e suas repercussões." Se observarmos o enunciado da questão trata da equipe profissional, portanto, é cabível ao psicólogo criar espaços para que os profissionais refletiam sobre suas praticas, por exemplo, utlizando, o planejamento participarivo.

  • Essa resposta só faz sentido se o artigo for lido, então tem certa coerência. Caso fosse uma questão geral de Psicologia Hospitalar, a resposta C seria a mais adequada (o psicólogo estar atento à tríade paciente - família - equipe). Todavia, como há referência bibliográfica específica, a resposta faz sentido, pois a questão da reflexão sobre a dinâmica do trabalho é um ponto chave do texto. 

  • É muito complicado pedir uma visão cristalizada de um estudo/artigo sobre um conceito amplo como a Psicologia Hospitalar ou qualquer outra área. É como se, para conseguir acertar uma questão, fosse necessário ler todos os materiais que existissem no mundo acerca da temática. Acho absurdo.


ID
295093
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“A história da psicologia no Brasil tem seguido caminhos que perpassam a saúde desde seus primórdios. Entretanto, o encontro destas duas áreas do conhecimento humano era restrito ao campo das atuações psicoterapêuticas e da saúde mental. Nos últimos anos, esta relação tem se intensificado e diversificado, principalmente depois da reforma sanitária, da ampliação do conceito de saúde e do desenvolvimento, no ambiente da classe de psicólogos, do compromisso social.” EDITORIAL. Ciência e Profissão: Diálogos, Brasília: Conselho Federal de Psicologia, n. 4, 2006, p. 5.

Um dos temas atuais da relação Psicologia Saúde diz respeito à inserção do psicólogo nas práticas de Saúde Coletiva, como pode ser constatado pelo fato de os Conselhos de Psicologia escolherem o ano de 2006 como o “Ano da Saúde”.

Para que essa inserção atinja sua plenitude, tem se mostrado imprescindível

Alternativas
Comentários
  • Conceituando políticas públicas “como ações, programas, projetos, regulamentações, leis e normas que o Estado desenvolve para administrar de maneira mais equitativa os diferentes interesses sociais” (Almeida, 2001), abrangendo e organizando a dimensão coletiva de uma determinada sociedade, situamos o Sistema Único de Saúde (SUS) como uma das políticas públicas mais férteis para a superação de iniquidades de nosso país. 


  • A respeito desta inserção do psicólogo nas práticas de Saúde  Coletiva e que para essa inserção atinja sua plenitude:

    "Nós, psicólogos, somos protagonistas na construção de políticas públicas no Brasil, enquanto 

    formuladores de propostas, na gestão de sistemas e serviços, na formação de profissionais vinculada a 

    práticas públicas e sociais, na produção de conhecimentos, na invenção da atenção, criando dispositivos 

    clínicos e de cuidados, na participação nos conselhos de saúde, bem como na condição das entidades da 

    categoria profissional." (Célia A. Trevisi do Nascimento, 

    Psicóloga, especialista em saúde comunitária, mestranda em Educação e Saúde na UFRGS, secretária municipal de Saúde 

    de Viamão-RS de 1998 a 2002 e de Porto Alegre nos anos de 2003 e 2004).


    Desta forma, letra D é a opção correta.



ID
295096
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“Entretanto, é importante observar que na comparação entre os dois levantamentos mais recentes (1997 e 2004, o atual) os resultados do uso freqüente de drogas já não são tão alentadores, pois o uso freqüente de drogas aumentou para o sexo masculino no Rio de Janeiro e em São Paulo, da mesma forma para o feminino em Belo Horizonte, Brasília, Recife e São Paulo. A definição de uso freqüente é o uso de drogas seis vezes ou mais no mês que precedeu à entrevista.”

GALDURÓZ, José Carlos F. V Levantamento Nacional sobre o consumo de drogas psicotrópicas entre estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino nas 27 capitais brasileiras. São Paulo: CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas / UNIFESP, 2004, p. 364.

O texto acima, retirado da discussão de resultados do estudo, confirma a experiência de quem exerce atividades na área de uso e abuso de drogas. No que se refere, especificamente, ao tratamento de adolescentes que consomem drogas, a convergência dos resultados dos estudos desenvolvidos permite afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Explicando a letra B:

    O primeiro ponto a esclarecer é referente ao entendimento da abordagem de redução de danos como prevenção primária. Sabe-se que a prevenção pode ser dividida em três modos de intervenção:

    . A prevenção primária refere-se ao trabalho que é feito com pessoas (alunos) que ainda não experimentaram, ou que estão na idade em que possivelmente pode se iniciar o uso de uma droga lícita ou ilícita;

    . A prevenção secundária tem como objetivo atingir as pessoas que já experimentaram ou que fazem um uso ocasional de drogas, com intuito de evitar que este padrão de uso se torne problemático ou abusivo (uso habitual);

    . A prevenção terciária corresponde aos usuários que já apresentam problemas (uso problemático, uso habitual) e a intervenção preventiva é feita para que eles não cheguem à dependência.

    Ao descrever estes três modos de prevenção, poderíamos refletir que os pressupostos da abordagem de redução de danos não teriam sentido na prevenção primária, já que esta intervenção é indicada para os indivíduos que ainda não tiveram nenhuma experiência com o uso de drogas. Fonte: Scielo


ID
295099
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A mãe de um menino que está recebendo atendimento psicológico solicita um documento que justifique, para a empresa em que trabalha, suas ausências motivadas pelo acompanhamento ao filho. De acordo com a Resolução CFP nº 007/2003, o psicólogo deverá emitir

Alternativas
Comentários
  • 1 – DECLARAÇÃO
    1.1. Conceito e finalidade da declaração
    É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionados ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar:
    a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando necessário;
    b) Acompanhamento psicológico do atendido;
    c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou horários).

    Fonte: Resolução 7/2003, CFP.
  • Não seria atestado a resposta correta? Declaração apenas declara, não justifica falta.

    "2.1. Conceito e finalidade do atestado

    É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins de:

    a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;"


    Fonte: Resolução nº007/2003 CFP.

  • Jamile, no atestado, o psicólogo certifica uma determinada situação ou estado psicológico; enquanto que, a declaração visa apenas a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas ao atendimento psicológico.

    No caso apresentado, o psicólogo deveria emitir um documento que apenas declarasse a presença da mãe no acompanhamento do filho, e não algo que atestasse sobre seu estado psicólogo. Por isso, neste caso, a declaração é a correta.

ID
295102
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“A missa de Isabella Oliveira Nardoni reuniu mais de mil pessoas - entre familiares, amigos, coleguinhas de escola, curiosos e jornalistas. Eu passei a maior parte do tempo ao lado do altar, de onde avistava praticamente a igreja toda. E não vi lágrimas ou percebi qualquer revolta nas pessoas que me rodeavam. Crianças corriam e brincavam sob o nariz do padre, fiéis sorriam, cantavam e batiam palmas como se não houvesse amanhã e o pessoal do grupo de oração recebia os repórteres das várias emissoras de TV presentes como se estivéssemos todos em um certo clima festivo. Resolvi fitar Ana Carolina, 24, mãe da criança morta, como se uma observação mais atenta pudesse me ajudar a entender o que estava acontecendo. Se alguém não tivesse me dito quem ela era, eu nunca teria adivinhado. Ao longo de toda a cerimônia, Ana Carolina manteve aquele tipo de serenidade que só pessoas profundamente espiritualizadas conseguem demonstrar. Sem precisar do ombro de ninguém, ela rezou, cantou e sorriu para as amiguinhas da filha que a cercavam, como se dali a pouco Isabella fosse entrar pela porta e correr para abraçá-la.”

GANCIA, Bárbara. Duas missas, duas impressões. Folha de São Paulo, 05 de abril de 2008. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0504200805.htm “

Era importante que os parentes, amigos e vizinhos estivessem presentes. Levavam-se as crianças – não há representação de um quarto de moribundo até o século XVIII sem algumas crianças. E quando se pensa nos cuidados tomados hoje em dia para afastar as crianças das coisas da morte! Enfim, a última conclusão, e a mais importante: a simplicidade com que os ritos da morte eram aceitos e cumpridos, de modo cerimonial, evidentemente, mas sem caráter dramático ou gestos de emoção excessivos”. ÁRIES, Philippe. História da morte no Ocidente. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003, p. 35

A atitude dos fiéis e da mãe da menina, por não expressar o caráter dramático ou vir acompanhada de gestos de emoção excessivos, causou estranheza à jornalista da Folha de São Paulo. Todavia, segundo Áries, esta atitude era habitual até o século XVIII e corresponde àquela associada à morte que o autor denomina

Alternativas
Comentários
  • A História da Morte no Ocidente - Mirna Galesco

    "I - A morte domada

    Na Idade Média, século XII, a relação com a morte se dava de maneira natural, familiar e sem questionamentos. As pessoas estavam em tal sincronia com os ciclos naturais da vida que, pressentiam e sentiam o momento derradeiro que se aproximava, através de sinais físicos específicos, e se preparavam para ele conforme os orientavam as liturgias. Havia toda uma formalidade ritualística para tal momento. Durante muitos séculos, essa percepção da morte perdurou entre as civilizações cristãs do Ocidente.

    O ritual consistia em gestos herdados dos costumes ancestrais, o que dava àquele tempo uma maior consistência e uma percepção quase estática da realidade. O moribundo no leito, rodeado por seus parentes e amigos, cumpria assim as formalidades: o lamento da vida, o pedido de perdão aos companheiros, a prece declarando a própria culpa a Deus e recomendando sua alma aos céus, recebia a absolvição ministrada pelos sacerdotes, rezava a última prece e a aguardava pela morte em silêncio. E assim, numa cerimônia pública com todos os presentes, inclusive as crianças, aguardava-se a morte, de forma simples e sem caráter dramático.

    Os enterros se davam fora das cidades, e a crença geral era de que os mortos dormiam aguardando o Juízo Final, porém separados em outro espaço. Não havia uma preocupação com o corpo, pagãos e cristãos eram enterrados juntos. O culto aos mártires de origem africana inspirou o culto aos santos e suas igrejas. Cemitério e templo passam então a significar a mesma coisa, mas isto não se restringia só à construção e sim a todo espaço em volta, atenuando assim as repulsas, pois o túmulo do santo seria o centro de um templo."

ID
295105
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Os dados estatísticos a respeito de atendimentos realizados no ambulatório de um hospital considerado referência no tratamento de doenças sexualmente transmissíveis (DST) revelam o aumento significativo de jovens na faixa de 13 a 16 anos, moradores de uma comunidade de baixa renda localizada nas proximidades. Uma análise mais cuidadosa dos prontuários indicou que, dos jovens atendidos, cerca de 97% são estudantes. Das alternativas de estratégias para prevenção abaixo descritas, qual apresenta maiores probabilidades de atingir as dimensões afetiva e cognitiva dos jovens?

Alternativas
Comentários
  • Questão sem nexo. Todas as alternativas dão resultado. E a que dá mais resultado vai depender do meio em que vocês esta inserido. 
  • Falou em UNIRIO, falou em questão ruim que você só vai perder seu tempo.


ID
295108
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

“Para a sorte dos brasileiros, muitos profissionais de saúde, entre eles os psicólogos, estão direcionando as suas carreiras e se especializando no cuidado em assistir o doente nesses momentos finais para que o sofrimento seja atenuado. São os especialistas no setor de cuidados paliativos, preocupados com o bem-estar do paciente diante de uma situação irreversível.”

BRASIL, CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Editorial. Ciência e Profissão: Diálogos, n. 4, 2006, p. 18.

De acordo com a literatura científica sobre o tema, a atuação dos psicólogos em programas ou setores de cuidados paliativos inclui

Alternativas
Comentários
  • Gabarito tido como correto é letra E. Não entendi muito bem essa questões,...alguém pode comentar. Marquei D 
  • Xilica, "a doença, ao contribuir para a destruição da integridade corporal, assim como a dor e o sofrimento, podem se constituir em fatores de desagregação afetivo-emocional da pessoa. Portanto, cabe ao psicólogo, ante essa realidade, trabalhar com o paciente questões de atribuição de sentido à sua condição atual, a fim de contribuir para a diminuição ou mesmo eliminação do sofrimento." Se a condição atual do paciente é a morte, "orientar os familiares para que não dêem continuidade a conversas do paciente cujos temas sejam a morte ou a angústia" não está correto, pois evitar o assunto não irá contribuir para a diminuição do sofrimento. Quando o paciente não pode falar de sua angústia frente a uma situação, muitas vezes, ela acaba por se agravar porque ele não encontra acolhimento. 


    Recomendo que você e todos os que lerem este comentário vejam o vídeo "A morte é um dia que vale a pena viver: Ana Claudia Quintana" no youtube https://www.youtube.com/watch?v=ep354ZXKBEs&feature=youtu.be. A médica que dá a palestra no TED é uma geriatra que cuida de muitas pessoas em situação de cuidados paliativos. Esse vídeo me esclareceu muito acerca do trabalho com este tipo de paciente, além de ser uma belíssima lição de humanização da saúde e - por que não dizer - de vida.


    Boa sorte nos estudos!

  • Direito de recusar tratamento? oO

  • c) direito à autonomia e à autodeterminação

    Lembre-se, ainda, de que o paciente tem direito à autonomia, como afirmam a Declaração

    da Associação Médica Mundial sobre os Direitos do Paciente e a Lei Orgânica

    da Saúde, o que implica reconhecer, também, como corolário do princípio da

    autonomia, o direito de aceitar ou recusar tratamentos, como, aliás, está expressamente

    garantido no artigo 4º, inciso V da Carta dos Direitos dos Usuários Saúde,

    no artigo 17 do Estatuto do Idoso e até mesmo na Lei Estadual/ SP nº 10.241/9930.