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Prova CEPERJ - 2014 - VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO - Assistente Social


ID
1423204
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

A crítica do autor ao “modo de ser homem ocidental" está melhor sintetizada em:

Alternativas
Comentários
  • A crítica se centraliza em não captar os sinais da natureza, como a cultura ocidental está centrada no ''ver''

    ao não ouvir os sinais da natureza não é captado as advertência daquilo que é visto.

    Gabarito E

  • Não entendi porque a alternativa A está incorreta


ID
1423207
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

A menção a culturas baseadas no “escutar” pretende sustentar a seguinte ideia:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma questão de inferência

    No trecho ''Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem.''

    As outras culturas escutam as vozes da natureza captando seus sinais ou seja estabelecem uma relação mais próxima com a natureza.

    Assim, as culturas ocidentais devem aprender a escutar as vozes e os sinais da natureza estabelecendo outra relação de mais proximidade.

    Gabarito C


ID
1423210
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

A partir de uma leitura global do texto, o último parágrafo cumpre o papel de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.


ID
1423213
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

Em “Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta" (4º parágrafo), o emprego da 1ª pessoa do plural produz o seguinte efeito de sentido:

Alternativas

ID
1423216
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

De acordo com a norma padrão, é correto introduzir o complemento por “à", com acento grave indicando a crase, caso na oração “ e se submeter aos soberanos espanhóis" (3º parágrafo) o termo em destaque seja substituído por:

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

     

    Diante do pronome crase passa fome.

  • a) ERRADA. Antes de artigo indefinido é proibido usar crase.

    b)CERTA. preposição "a" exigida + Artigo definido "a" (a+a)

    c) d) e) ERRADAS. Diante de pronome crase passa fome (não leva crase)

  • GABARITO: LETRA B

    COMPLEMENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     

  • Antes de pronomes, em regra, não há crase.

    Excepcionalmente, há casos em que a crase precede o pronome, como, p.e., diante do pronome relativo "qual", o pronome de tratamento "senhora", que contenham artigo definido, e o pronome demonstrativo aquela/e.

    Ex: A menina à qual me refiro é muito estudiosa; Ele explicou o caso à senhora?; Entreguei sua carta àquela mulher.


ID
1423219
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

“Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas" (4º parágrafo). O emprego da preposição “para", nesse contexto, expressa valor semântico de:

Alternativas
Comentários
  • Conformidade = exprime valor de se conformar, de se pôr de acordo, concordância, aceitar

    Conjunções conformativas: conforme, segundo, consoante, de acordo com, como, para

    Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas" --> Podemos trocar o "Para" por "Segundo" e o sentido permanecerá.

    "Segundo a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas"

    Gabarito: B

  • Conforme a cultura andina...


ID
1423222
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

Um fragmento em que o pronome destacado remete a elementos situados depois dele é:

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes:

    GABARITO: LETRA A


ID
1423225
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

Uma palavra que teve sua acentuação gráfica alterada pelo último Acordo Ortográfico é:

Alternativas
Comentários
  • A palavra IDEIA perdeu o acento agudo na acordo ortográfico, que só entra em vigor em 01 de janeiro de 2016.

  • Mudança: ditongos abertos nas paroxítonas não são mais acentuados. ex.: heroico, ideia, geleia, jiboia, etc. #Avante, guerreiros!

  • Uma dica para facilitar a vida: a regra de acentuação gráfica de palavras paroxítonas e oxítonas são INVERSAS, ou seja, se as oxítonas terminadas em A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS são acentuadas, as PAROXÍTONAS com essas mesmas terminações NÃO serão acentuadas. Reparem na palavra ideia ( I-DEI-A) é uma paroxítona terminada em A, seguindo o conceito que passei, ela não será acentuada.

  • Acentuam-se os ditongos abertos Éi, Éu, Ói, seguidos ou não de S.(Regra)

    Segundo a nova ortografia,já em vigor, nas palavras paroxítonas com ditongos abertos, não há acento gráfico.(exceção)

  • Éi, Éu e Ói!

  • pelo novo acordo ortográfico, não são acentuados os ditongos EI e OI de palavras paroxítonas terminadas em A ou O.

ID
1423228
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

“E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem (...) o que vai o correr na natureza" (2º parágrafo). A relação estabelecida pelos elementos destacados é de:

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes:

    GABARITO: LETRA E


ID
1423231
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

O emprego das aspas em “universalismo” sugere a seguinte ideia:

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes:

    GABARITO: LETRA C


ID
1423234
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A Constituição Brasileira de 1988 prevê que a saúde é direito de todos os brasileiros, garantido mediante :

Alternativas
Comentários
  • Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 


ID
1423237
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Conforme disposto na Lei 8.080/90, serão cofinanciadas pelo SUS, pelas universidades e pelo orçamento fiscal, entre outras, as :

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A ( pra quem tem direito somente a dez questões por dia)

  • Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:

    § 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições executoras.


  • GABARITO: LETRA A

    Art. 32. § 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições executoras.

    FONTE: LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.


ID
1423240
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

O conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde, caracteriza a:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.

     

    bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf

  • O Gabarito correto é Atenção Básica, todavia, esse Conceito da PNAB é um conceito antigo da Portaria 2.488/2011, cabe ainda salientar que, existe uma NOVA PNAB que é 2.436/2017 que traz no Art. 2º: A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.


ID
1423243
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

O profissional que desenvolve ações que buscam a integração entre a equipe de saúde e a população adstrita à Unidade Básica de Saúde é o:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

     

    De acordo com a PNAB – Política Nacional de Atenção Básica de 2012 são consideradas funções do Agente Comunitário de Saúde:

    – Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida,

    a microárea;

    – Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros
    atualizados;

    – Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;

    – Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;

    – Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos
    sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas
    em conjunto com a equipe, considerando os critérios de
    risco e vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade
    sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a
    média de uma visita/família/mês;

    – Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe
    de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características
    e as finalidades do trabalho de acompanhamento de
    indivíduos e grupos sociais ou coletividade;

    – Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção
    das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas
    domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos
    domicílios e na comunidade, por exemplo, combate à dengue,
    malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada,
    principalmente a respeito das situações de risco; 

    – Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo
    ações educativas, visando à promoção da saúde, à prevenção
    das doenças e ao acompanhamento das pessoas com problemas
    de saúde, bem como ao acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa-Família ou de qualquer outro programa similar de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo governo federal, estadual e municipal, de acordo com o planejamento da equipe.

    É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas Unidades
    Básicas de Saúde, desde que vinculadas às atribuições acima.

    http://redehumanizasus.net/93296-o-papel-dos-agentes-comunitarios-de-saude-na-esf/


ID
1423246
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Uma das competências da direção municipal do Sistema de Saúde, ditada pela Lei que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, é:

Alternativas
Comentários
  • Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

    I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;

    II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual;

    III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho;

    IV - executar serviços:

    a) de vigilância epidemiológica;

    b) vigilância sanitária;

    c) de alimentação e nutrição;

    d) de saneamento básico; e

    e) de saúde do trabalhador;

    V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde;

    VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;

    VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;

    VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;

    IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

    X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;

    XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;

    XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.


ID
1423249
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Segundo foi estabelecido na Lei nº. 8.142/90, a Conferência Estadual de Saúde terá como um dos seus objetivos:

Alternativas
Comentários
  • por óbvio, na esfera estadual o conselho estadual vai propor

  • § 1° para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes

  • § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.


ID
1423252
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Conforme tratado na Lei nº. 8.080/90, a execução dos serviços de Vigilância Epidemiológica é de competência:

Alternativas
Comentários
  • Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:
    IV - executar serviços: 

    a) de vigilância epidemiológica;

    b) vigilância sanitária;


    Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:

    IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:

    a) de vigilância epidemiológica;

    b) de vigilância sanitária;




ID
1423255
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Segundo a Lei 8.080/90, os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização:

Alternativas
Comentários
  • SERÃO FISCALIZADOS pelos RESPECTIVOS CONSELHOS DE SAÚDE DO SUS.

  • L8080

    Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.

    § 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde.

  • GABARITO: LETRA D

    CAPÍTULO II

    Da Gestão Financeira

    Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.

    FONTE: LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

    FELIZ NATAL


ID
1423258
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Preconiza a Lei Federal 8.142/90 que, para os municípios receberem repasses de recursos financeiros, deverão contar, entre outros, com:

Alternativas
Comentários
  • Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:


    I - Fundo de Saúde;

    II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;

    § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;

    V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;

    VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:

    I - Fundo de Saúde;

    II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;

    III - plano de saúde;

    IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;

    V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;

    VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.

    FONTE: LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.

    FELIZ NATAL

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:

    I - Fundo de Saúde;

    II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o ;

    III - plano de saúde;

    IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o ;

    V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;

    VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.

    Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.

    LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.

  • Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:

    I - Fundo de Saúde;

    II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o ;

    III - Plano de saúde;

    IV - Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o ;

    V - Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;

    VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.

    REFERÊNCIA: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm


ID
1423261
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Segundo a Lei que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, um dos critérios para o estabelecimento de valores a serem transferidos a estados, Distrito Federal e municípios é:

Alternativas
Comentários
  • gab: E

     

    Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:


    I - perfil demográfico da região;
    II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
    III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
    IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
    V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
    VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;
    VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.


ID
1423264
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sobre o debate da Questão Social, Netto (2001) nos oferece elementos essenciais para compreender a gênese de utilização desta expressão e sua relação com fenômenos objetivos presentes na realidade social. O autor informa que a expressão “Questão Social” começa a ser utilizada na terceira década do século XIX e surge para dar conta do fenômeno do pauperismo, evidente na Europa Ocidental nesse período. Sendo assim, pode-se compreender, a partir do autor citado, que as expressões da “Questão Social”, estão relacionadas aos aspectos mais imediatos da:

Alternativas
Comentários
  • JURAVA QUE FOSSE( É ) ?

  • A expressão surge para dar conta do fenômeno mais evidente da história de uma Europa Ocidental que experimentava os impactos da primeira onda industrializante, iniciada na Inglaterra no último quartel do século XVIII: trata-se do fenômeno do pauperismo. Com efeito, a pauperização massiva da população trabalhadora constituiu o aspecto mais imediato da instauração do capitalismo em seu estágio industrial-concorrencial. (NETTO, 2010)

  • AS QUESTÕES DESSA FORMA TEM QUE SER SEGUNDO O AUTOR. MEU DESEJO

  • Para quem tá na dúvida observar as diefernças entre o capitalismo concorrencial X monopolista. Prof Welber Gontran faz uma ótima análise.

  • O que é capitalismo concorrencial e capitalismo monopolista?

     

    A economia, no início do século XIX, é chamada de concorrencial. Tal termo designa um ambiente econômico em que haveria uma disputa por consumidores entre os empresários, concorrendo entre si. Nenhum chegaria a uma condição hegemônica que permitiria eliminar os demais, todos se equivalendo em termos de poderio financeiro.

     

    A perspectiva de que a disputa entre os empresários possa levar a um barateamento dos preços e a um aumento da qualidade dos produtos contribui para a valorização positiva da ideia de livre concorrência, que não interferiria no funcionamento da lei da oferta e da procura. Assim, o capitalismo concorrencial torna-se uma meta a ser atingida, um padrão a ser buscado.

     

    Todavia, desde o final do século XIX, pelo menos, o capitalismo torna-se monopolista. Alguns agentes econômicos, algumas empresas, crescem de tal forma que eliminam a possibilidade de competição, passando a controlar artificialmente a lei da oferta e da procura. Com isso, o preço é determinado pela empresa dominante, bem como a qualidade do produto, que tenderia a cair pela falta de competidores. Os consumidores, sem a opção da escolha, precisariam comprar o produto, qualquer que fosse o preço e a qualidade.

     

    Logo os abusos praticados contra trabalhadores e contra consumidores são associados a situações monopolistas, gerando um clima desfavorável a elas. A miséria de populações e de países seria causada pelo poderio quase ilimitado de empresas cada vez maiores, com ambições infinitas.

     

     

    Minhas considerações

     

    Também optei pela alternativa “E”. Entendo que, quando se tratar da origem do conceito de Questão Social, podemos relacioná-lo ao contexto Europeu (conforme explicito no enunciado), e, consecutivamente, ao capitalismo concorrencial. No Brasil, o aparecimento da Questão Social está ligada a fase Monopolista do capital. Acredito que este seja o entendimento.

     

    Contribuições do Blog Sociologia do Direito.

  • A expressão surge para dar 

    conta do fenômeno mais evidente da história de uma 

    Europa Ocidental que experimentava os impactos da 

    primeira onda industrializante, iniciada na Inglaterra no 

    último quartel do século XVIII: trata-se do fenômeno do 

    pauperismo. Com efeito, a pauperização massiva da 

    população trabalhadora constituiu o aspecto mais imediato

    da instauração do capitalismo em seu estágio industrial-concorrencial. 

    http://www.bjis.unesp.br/revistas/index.php/novosrumos/article/view/3436/2657

    (NETTO, 2010)

  • A expressão surge para dar 

    conta do fenômeno mais evidente da história de uma 

    Europa Ocidental que experimentava os impactos da 

    primeira onda industrializante, iniciada na Inglaterra no 

    último quartel do século XVIII: trata-se do fenômeno do 

    pauperismo. Com efeito, a pauperização massiva da 

    população trabalhadora constituiu o aspecto mais imediato

    da instauração do capitalismo em seu estágio industrial-concorrencial. 

    http://www.bjis.unesp.br/revistas/index.php/novosrumos/article/view/3436/2657

    (NETTO, 2010)

  • boa noite . fiz a atividade da unopar e a resposta correta foi a letra E(instauração do capitalismo monopolista, imperialista e industrial, que ocasionou uma onda de pobreza por sobre a classe trabalhadora). Agora estou confusa.

  • marquei a: EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

  • “ Sob o capitalismo concorrencial surgem as lutas de classes já sua modalidade moderna, ou seja, as lutas fundadas na contradição entre capital e trabalho”.

    - Economia Política (Netto e Braz)

  • GAB: D

    ARTIGO: UMA FACE CONTEMPORÂNEA DA BARBÁRIE - JOSÉ PAULO NETTO

    Todas as indicações disponíveis sugerem que a expressão “questão social” tem história recente: seu emprego data de menos de duzentos anos. Parece que começou a ser utilizada na terceira década do século XIX e foi divulgada até a metade daquela centúria por críticos da sociedade e filantropos situados nos mais variados espaços do espectro ídeo-político.

    A expressão surge para dar conta do fenômeno mais evidente da história de uma Europa Ocidental que experimentava os impactos da primeira onda industrializante, iniciada na Inglaterra no último quartel do século XVIII: trata-se do fenômeno do pauperismo. Com efeito, a pauperização massiva da população trabalhadora constituiu o aspecto mais imediato da instauração do capitalismo em seu estágio industrial-concorrencial e não por acaso engendrou uma copiosa documentação.


ID
1423267
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Behring e Santos (2009), em estudo que se propõe a analisar os vínculos históricos entre questão social e direitos, apontam a questão social como eixo central e polêmico no Serviço Social. As autoras ressaltam que, em geral, partindo de uma perspectiva reducionista e positivista que não considere a totalidade da realidade social, a questão social aparece como:

Alternativas
Comentários
  • Estaria ocorrendo um reducionismo nessa

    incorporação, a partir da negação da perspectiva de totalidade que supõe a leitura da

    questão social como resultante da contradição capital/trabalho?” Numa perspectiva

    reducionista e positivista, em geral, a questão social aparece como problema social, fato

    social, fenômeno social desvinculado da forma com que a sociedade produz e reproduz as

    relações sociais.

    BEHRING,Elaine Rossetti; SANTOS,Silvana Mara de Morais dos.Questão Social e Direitos. In Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais.

  • Alguém poderia me explicar o erro da alternativa 'A'   - forante o fato das autoras não terem dito isso?

  • Em uma perspectiva positivista a questão social é dissociada da base economica da sociedade, sendo vista como "fato social", como algo natural e a-histórico. Há uma fragmentação entre o economico e o social. 

  • Colega Mohamed creio que o erro da letra "A" seja a exclusão social, pois este é visto por meio do materialismo hisórico-dialético como forma da relação antagônica entre capitalXtrabalho e as políticas seletivas, etc., já o positivismo vê a miséria não como exlusão, mas como insucesso de muitos e desajustes ao MPC.

  • Gracias Madame!


ID
1423270
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Behring e Boschetti (2009), ao analisarem os fundamentos e história da política social, destacam que as primeiras iniciativas voltadas a sua construção estão imersas na relação de continuidade entre Estado Liberal e Estado Social. Para a mudança da natureza do Estado Liberal no século XIX e início do século XX, bem como a construção e generalização das políticas sociais, houve um elemento político determinante. Tal elemento relaciona-se:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B

      De acordo com Behring , esse processo, comumente denominado de “reforma” do Estado, configura-se como uma verdadeira contra-reforma, tendo em vista que possui um conteúdo conservador e regressivo em relação aos direitos conquistados na Constituição de 1988. 

  • Segundo Behring, a mobilização e a organização da classe trabalhadora foram determinantes para a mudança da natureza do Estado Liberal no final do século XIX e início do século XX. A classe trabalhadora conseguiu assegurar importantes conquistas na dimensão dos direitos políticos, como o direito a voto, de se organizarem em sindicatos e partidos...

    Política Social: fundamentos e história - Elaine Rosseti Behring e Ivanete Boschetti

  • "As primeiras iniciativas de políticas sociais podem ser entendidas na relação de continuidade entre Estado Liberal e Estado Social. Em outras palavras, não existe polarização irreconciliável entre Estado Liberal e Estado Social, ou, de outro modo, não houve ruptura radical entre o Estado Liberal predominante no século XIX e o Estado Social capitalista no século XX. Houve sim, uma mudança profunda na perspectiva do Estado, que abrandou seus princípios liberais e incorporou orientações social-democratas nun noco contexto socioenômico e da luta de classes, assumindo um caráter mais social, com investimento em políticas sociais".(...) 

     

    "A mobilização e organização da classe trabalhadora foram determinantes para a mudança da natureza do Estado liberal no final do século XIX e início do século XX".

    BEHRING e BOSCHETTI Política Social fundamentos e história 9ª edição pág 63


ID
1423273
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O processo de contrarreforma do Estado brasileiro estudado por Behring (2008) está relacionado:

Alternativas
Comentários
  • A uma nova ofensiva burguesa na qual o Brasil adentrou a partir dos anos de 1990, adequando-se às requisições do capitalismo mundial

  • Direito ao Ponto. A justificativa correta. Ridícula foi o comentário do professor sobre a questão. Copiou e colou a lei sem explicar nada

  • Direito ao Ponto. A justificativa correta. Ridículo foi o comentário do professor sobre a questão. Copiou e colou a lei sem explicar nada


ID
1423276
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em seu estudo sobre os fundamentos ontológicos da ética no Serviço Social, Barroco (2007) nos ensina que a dimensão ética que fundamentou a origem da profissão reproduz os princípios éticos presentes:

Alternativas
Comentários
  • Originada pelas ações da Igreja Católica baseada nos ensinamentos de São Tomás de Aquino.

  • Como se sabe, a gênese da profissão de Serviço Social é fundamentada no pensamento conservador. Conforme Maria Lúcia Silva Barroco (Fundamentos éticos do Serviço Social. In: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. CFESS/ABEPSS, Brasília, 2009), todos os Códigos de Ética do Serviço entre 1947 a 1975 estavam pautados no conservadorismo moral e político, fomentando a ideologia dominante. Assim, em sua gênese o Serviço Social orienta sua ação, intervenção e ética a partir da Doutrina Social da Igreja Católica, no pensamento de São Tomás de Aquino (tomismo e neotomismo) de caráter humanista conservador, e quando este pensamento passa a ser tecnificado a partir de mesclagem da profissão na Europa e nos Estados Unidos, surge também forte influência do positivismo. Portanto, em sua origem a profissão era conservadora e contrária à teoria marxista e crítica.


    RESPOSTA: A


  • o gabarito é a letra A 

  • Se refere a origem que fundamentou a profissão ...e não aos príncipios do C.E.

    gabarito "A"

  • Gabarito A!

    Década de 80 RUPTURA  COM AS CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS CONSERVADORAS (NEOTOMISMO) ORIENTOU CÓDIGOS DE  47 / 65 E  75


ID
1423279
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Analisando as transformações ocorridas em termos éticopolíticos no Serviço Social ao longo do desenvolvimento da profissão, verifica-se a partir da década de 1980, em especial no Código de Ética de 1986, a presença do que se entende por uma “nova ética”. De acordo com Barroco (2007), a nova ética presente no Serviço Social é resultado:

Alternativas
Comentários
  • O código de ética de 1986 é o primeiro a romper com a concepção tradicional. A gênese desse processo segundo Barroco (2007) vincula-se à renovação do Serviço Social no Brasil, à politização de profissionais e estudantes nas lutas políticas da sociedade brasileira, e ao movimento de reconceituação Latino-americano. Sendo assim, a mais correta é a letra B.

  • O Código de Ética de 1986 é o primeiro desde o período compreendido entre 1947-1975 a romper com o conservadorismo, a negar a neutralidade profissional indicando que a ação profissional é inerente a uma direção ético-política e a apresentar o compromisso da profissão com os interesses e lutas da classe trabalhadora. Segundo expressa Maria Lúcia Silva Barroco (Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2005), esse Código representou uma inovação ao trazer para o campo ético a negação ao conservadorismo que a profissão vivia naquele momento, o amadurecimento teórico e político do Serviço Social após a recusa a herança conservadora a partir de movimentos da categoria como o Movimento latino-americano de reconceituação, o Movimento de Renovação brasileiro, a aproximação da profissão com a teoria marxista que permite a análise da vida social, política, econômica em sua totalidade e de forma crítica, e o próprio III CBAS (Congresso Brasileiro de Assistentes Social - "Congresso da Virada") de 1979 que ratifica o posicionamento ético-político da categoria em prol das classes subalternas. Portanto, o Código de 1986 é expressão do período de amadurecimento da profissão, de negação da "antiga" ética de cunho conservador, do compromisso da categoria com os trabalhadores a partir da crítica a realidade social e ao sistema opressor e explorador capitalista.


    RESPOSTA: B


  • Para quem participou do MESS pode lembra que o 1° ENESS realiado em Londrina tinha como tema: O Serviço Social e a realidade Brasileira. o gabatiro da questão é B

  • a) do compromisso com a classe trabalhadora num viés liberal de pactuação com a classe burguesa

     b)da inserção da categoria nas lutas da classe trabalhadora e de uma nova visão da realidade brasileira (gabarito)

     c)da inserção da teoria marxista, a partir dos estudos de Marx, no texto do Código de Ética Profissional (ainda aqui o marxismo era sem Marx) 

     d)de uma análise fundamentada da realidade brasileira a partir de estudos estatísticos sobre as expressões da questão social

     e)da inserção da categoria nas lutas da classe trabalhadora e de uma nova visão da realidade brasileira que criticava a presença do neoliberalismo.  (cód. de etica de 1993) 

    O código de etica de 1986 tinha caracteristicas de ruptura com o conservadorismo e foi expressão de conquistas e ganhos atraves de dois procedimentos: a negação da base filosófica tradicional, conservadora, norteada pela neutralidade e a afirmação de um novo perfil profissional tecnico, não mais um agente subalterno e apenas executivo, mas um profissional competente, teórico, tecnico e politicamente .

    (Serviço Social para Concursos - Profª Conceição Costa.  

  • BARROCO, Maria Lucia; TERRA, Sylvia. Código de Ética do/a assistente social comentado. São Paulo: Cortez, 2012. 

    Pg, 9

    "Foi, portanto, na conjuntura sócio-histórica de luta pela conquista do Estado de direito e pela vigênia da democracia política que se efetivaram iniciativas coletivas de reflexão e de luta em busca de um projeto profissional direcionado aos interesses da classe trabalhadora e à crítica ao conservadorismo e suas implicações na vida social e profissional".


ID
1423282
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Refere-se corretamente ao princípio de “ampliação e consolidação da cidadania” disposto no Código de Ética do Assistente Social, a seguinte afirmativa:

Alternativas
Comentários
  • Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;

  • Conforme Código de Ética Princípios Fundamentais  

    III - Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras.

  • Excelente comentário

  • Homicídio simples

    Art. 121. Matar alguém:

    Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

    Caso de diminuição de pena

    § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

    Homicídio qualificado

    § 2° Se o homicídio é cometido:

    I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

    II - por motivo fútil;

    III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

    IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;

    V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

    Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

  • Homicídio simples

    Art. 121. Matar alguém:

    Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

    Caso de diminuição de pena

    § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

    Homicídio qualificado

    § 2° Se o homicídio é cometido:

    I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

    II - por motivo fútil;

    III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

    IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;

    V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

    Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

  • Gab: C

    Código de Ética

    Princípios Fundamentais

    I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;

    II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;

    III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;

    IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;

    V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;

    VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;

    VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;

    VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero;

    IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as trabalhadores/as;

    X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;

    XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física. 

  • Aceitei a questão justamente pela questão "das horas"


ID
1423285
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em uma instituição do sistema prisional de um determinado estado brasileiro, historicamente o atendimento às famílias dos presos só era realizado às segundas-feiras, dia útil da semana e quando a maioria dos familiares ficava impossibilitado de comparecer à instituição, devido a sua atividade de trabalho. Ao ser aprovada em concurso público, tomar posse e assumir as atividades na instituição, a assistente social Joana questionou o procedimento burocrático e levou a situação para discussão na reunião de equipe. A profissional buscou refletir junto a seus colegas por que o atendimento às famílias só poderia ocorrer às segundas-feiras, já que nos finais de semana também havia profissionais de Serviço Social na instituição. Um de seus colegas, o assistente social Daniel ressaltou que o atendimento nesse dia da semana teria sido determinação da direção da instituição e que, num determinado momento, a equipe decidiu acatá-la, para não se indispor com a referida direção. Após forte debate dos profissionais sobre a situação, decidiu-se que o posicionamento da equipe, a ser levado à direção, seria o de manter um profissional de plantão todos os dias da semana, inclusive em dias de visita, de maneira que todos os familiares que comparecessem ao setor e desejassem atendimento, pudessem ser ouvidos. Analisando a situação apresentada à luz dos deveres da Assistente Social nas suas relações com os usuários descritos no Código de Ética, é possível compreender que o posicionamento:

Alternativas
Comentários
  • Conforme o Código de Ética.

    Das Relações com os Usuários

    Art. 5º - São deveres do assistente social nas suas relações com os usuários:

    g) contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados.

  • kkkkkkkkkkkKKkk  Letra "E" é a realidade de muitas colegas, sim! 


ID
1423288
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Para efeitos do Art. 7º da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), são caracterizados como beneficiários preferenciais dessa política as pessoas:

Alternativas
Comentários
  • Os beneficiários da PNAISP,são:

    1- As pessoas  que se encontram sob custódia do Estado inseridas  no sistema prisional ;ou

    2 - Aquelas que estejam em cumprimento de medida de segurança.

    Alternativa B

  • Art. 7º § 1º As pessoas custodiadas nos regimes semiaberto e aberto serão preferencialmente assistida nos serviços da rede de atenção à saúde.

    Claramente diz que são PREFERENCIALMENTE assistidos os custodiados nos regimes semiaberto e aberto. Digamos que os que estão sujeitos à MS não são preferenciais e nem os custodiados nos demais regimes.

    O termo 'preferencialmente' foi incorretamente empregado no comando da questão.

  • A questão citou até o dispositivo utilizado na sua elaboração:

    Art. 7º Os beneficiários da PNAISP são as pessoas que se encontram sob custódia do Estado inseridas no sistema prisional ou em cumprimento de medida de segurança.

    Em relação a custodiadas nos regimes semiaberto e aberto (letras A e E):

    Art. 7º, § 1º As pessoas custodiadas nos regimes semiaberto e aberto serão preferencialmente assistidas nos serviços da rede de atenção à saúde.

    Os submetidos à medida de segurança, na modalidade tratamento ambulatorial (letra C), necessariamente são assistidos pela RAS.

    Art. 7º, § 2º As pessoas submetidas à medida de segurança, na modalidade tratamento ambulatorial, serão assistidas nos serviços da rede de atenção à saúde.

    Quanto a pessoas que se relacionam com as pessoas privadas de liberdade (letra D), a norma apenas menciona que eles serão envolvidos em ações de promoção da saúde e de prevenção de agravos no âmbito da PNAISP.

    Art. 8º Os trabalhadores em serviços penais, os familiares e demais pessoas que se relacionam com as pessoas privadas de liberdade serão envolvidos em ações de promoção da saúde e de prevenção de agravos no âmbito da PNAISP.

    Resposta: B.


ID
1423291
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Segundo Fávero (2006) o relatório, laudo ou parecer social transformam-se em:

Alternativas
Comentários
  • "O relatório social, o laudo social e o parecer social podem ser vistos como instrumentos de poder. Um poder‑saber que necessita ser viabilizado na direção da garantia de direitos, em estreita articulação com o atual projeto profissional do Serviço Social, e não como indicador de ações disciplinares, coercitivas e punitivas, desvirtuando a finalidade do trabalho que cabe ao profissional da área. Para isso, é essencial a investigação rigorosa da realidade social vivida pelos sujeitos e grupos sociais envolvidos nas ações judiciais, desvelando a dimensão histórico‑social que constrói as situações concretas atendidas no trabalho cotidiano."


    Fávero (in Revista Serviço Social e Sociedade Nº 115 - São paulo 2013)

  • A letra E, está correta e a letra B também, os dois estão em perfeita coerência. 

  • "O relatório social, o laudo social e o parecer social podem ser vistos como instrumentos de poder"- Fávero (2006)

  • Silvia, a letra B não está correta, a questão aborda "Segundo Fávero (2006) o relatório, laudo ou parecer social transformam-se..." o relatório, laudo e parecer sociais são instrumentos técnico-operativos do SeSo, mas não se "transformam" em instrumentos "segundo fávero". A pergunta vai além de saber quais são nossos instrumentos, mas ela quer saber o que a autora em sua base teórica afirma sobre tais instrumentos.

  • GABARITO: LETRA E

    → Por que é instrumento de poder?

    → Porque contribui para definir situações muito delicadas e singulares. Se pensarmos, por exemplo, em situações de conflitos familiares, a separação de um casal que disputa a guarda dos filhos; Adolescentes em conflito com a Lei, sendo um instrumento de DECISÃO/PODER.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • GABARITO: LETRA E

    → Por que é instrumento de poder?

    → Porque contribui para definir situações muito delicadas e singulares. Se pensarmos, por exemplo, em situações de conflitos familiares, a separação de um casal que disputa a guarda dos filhos; Adolescentes em conflito com a Lei, sendo um instrumento de DECISÃO/PODER.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • GABARITO: LETRA E

    → Por que é instrumento de poder?

    → Porque contribui para definir situações muito delicadas e singulares. Se pensarmos, por exemplo, em situações de conflitos familiares, a separação de um casal que disputa a guarda dos filhos; Adolescentes em conflito com a Lei, sendo um instrumento de DECISÃO/PODER.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
1423294
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Matos e Bravo (2008), ao realizarem uma análise sobre o projeto ético-político do Serviço Social e sua relação com a Reforma Sanitária, ensinam que, na década de 1990, havendo dois projetos em disputa na área da saúde – o projeto privatista e o projeto da reforma sanitária estes apresentaram diferentes requisições para o Serviço Social. A opção que referencia as características dos diferentes projetos e as requisições postas ao Serviço Social, segundo a análise dos autores, é:

Alternativas
Comentários
  • A partir do exposto, identificou-se, já nos anos 90, que os dois projetos políticos em disputa na área da saúde, o projeto privatista

    e o projeto da reforma sanitária apresentaram diferentes requisições para o Serviço Social 11 (Bravo, 1998).

    O projeto privatista requisitou, e vem requisitando, ao assistente social, entre outras demandas: seleção sócio-econômica dos usuários, atuação psico-social através de aconselhamento, ação fiscalizatória aos usuários dos planos de saúde, assistencialismo através da ideologia do favor e predomínio de práticas individuais.

    Entretanto, o projeto da reforma sanitária vem apresentando como demandas que o assistente social trabalhe as seguintes ques tões: busca de democratização do acesso as unidades e aos serviços de saúde, atendimento humanizado, estratégias de interação da instituição de saúde com a realidade, interdisciplinaridade, ênfase nas abordagens grupais, acesso democrático às informações e estímulo a participação cidadã.


    fonte:

    Projeto Ético-Político do Serviço Social e sua Relação com a Reforma Sanitária: elementos para o debate

    Por Maria Inês Souza Bravo∗ e  Maurílio Castro de Matos


    gente vale apena ler fé


  • ver Parâmetros de atuação do serviço social na saúde (CFESS, 2010)

  • GABARITO : LETRA A


ID
1423297
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Viana (2008), ao analisar o desmonte da seguridade social no Brasil, demonstra que “o mais sutil e profundo ataque à Seguridade Social se manifesta através de sua despolitização”. Nesse sentido, segundo a análise da autora, o processo de despolitização empregado na Seguridade Social brasileira, sobretudo a partir da década de 1990, foi:

Alternativas
Comentários
  • Em relação às saídas encontradas para a ausência de estudos teóricos ou empíricos, interessa observar que a apresentação da Seguridade Social como matéria de natureza técnica – por meio de uma abordagem que enfatiza relações numéricas, simulações, variáveis organizacionais, dentre outros elementos – terminam por levá-la à despolitização! “Termos como eficiência, custo, capitalização, substituem, no vocabulário dos especialistas, noções menos quantificáveis que antes se associavam estreitamente à proteção: integração social, solidariedade, bem-estar” (WERNECK VIANNA, 1999, p. 93). Tem-se o esvaziamento da Seguridade Social enquanto concepção de política social. A previdência, a saúde e a assistência social passaram a ser tratadas isoladamente em suas respectivas especificidades técnicas.

    Expressão utilizada por Werneck Vianna (2005 b, c), ao se referendar ao período pós 1994. Werneck Vianna (1999, p.94) expõe que o conceito de despolitização – que se refere “à tecnificação dos interesses públicos, ou seja, ao seu tratamento de forma essencialmente burocrática, afastando dos mecanismos democráticos que possibilitam a participação da sociedade” – tem sido estudado em diferentes contextos por diversos autores tais como: Chauí 1993; Habermas 1985; Portelli 1983, dentre outros. Ainda no que se refere a este tema, a pesquisadora, explana o emprego da categoria destematização em exames efetivados por Hirsch, em 1977, quanto aos processos decisórios no capitalismo contemporâneo, com o intento de “indicar o movimento pelo qual o Estado imprime caráter técnico a certas políticas que implementa – muito controversas e/ou com baixo grau de consenso entre os interesses envolvidos -, gerando decisões aparentemente neutras”.

  • Resposta B

    Expressão utilizada por Werneck Vianna 

    (2005 b, c), ao se referendar ao período pós 1994. Werneck Vianna (1999, p.94) expõe que o conceito de 

    despolitização – que se refere “à tecnificação dos interesses públicos, 

    ou seja, ao seu tratamento de forma essencialmente burocrática, afastando dos 

    mecanismos democráticos que possibilitam a participação da sociedade” 


ID
1423300
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Iamamoto (2009), ao analisar os espaços sócio-ocupacionais do assistente social, aborda a importância do estímulo a pesquisas e projetos que possibilitem o conhecimento do modo de vida e trabalho dos segmentos populacionais atendidos. Segundo a autora, o conhecimento criterioso dos processos sociais e sua vivência pelos indivíduos sociais pode possibilitar:

Alternativas
Comentários
  • Nos diferentes espaços ocupacionais do assistente social, é de suma importância impulsionar pesquisas e projetos que favoreçam o conhecimento do modo de vida e de trabalho – e correspondentes expressões culturais – dos segmentos populacionais atendidos, criando um acervo de dados sobre os sujeitos e as expressões da questão social que as vivenciam. O conhecimento criterioso dos processos sociais e de sua vivência pelos indivíduos sociais poderá alimentar ações inovadoras, capazes de propiciar o atendimento às efetivas necessidades sociais dos segmentos subalternizados, alvos das ações institucionais. (IAMAMOTO)

  • (Iamamoto) o conhecimento criterioso dos processos sociais e sua vivência pelos indivíduos sociais pode possibilitar:

    - a promoção de ações capazes de propiciar o atendimento às efetivas necessidades sociais dos segmentos subalternizados alvos das ações institucionais.


ID
1423303
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Atualmente, na leitura predominante no Serviço Social, pode-se compreender que a “prática profissional” não deve ser considerada isoladamente, ou seja, apenas naquilo que “ o assistente social faz”, mas para além disso, seus condicionantes internos e externos. Partindo de Iamamoto (2006), pode-se considerar a prática profissional como:

Alternativas
Comentários
  • Letra "d"

    Referência: livro O Serviço Social na contemporaneidade, de IAMAMOTO.

    "a prática profissional é vista como a atividade do assistente social na relação com o usuário, os empregadores e os demais profissionais." 

     

  • Por causa da ausência da vírgula após a palavra "usuários" errei a questão. Mais atenção ao reproduzirem a questão!

  • Também errei por causa da falta de vírgula!


ID
1423306
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Iamamoto (2008), ao analisar o Serviço Social em tempos de capital e fetiche, informa que a questão social passa a ser objeto de um “processo de criminalização”, atingindo as classes pobres. Em meio a esse contexto, pode-se verificar a retomada de uma noção que fundamentou o olhar sobre os pobres no Brasil. A noção que historicamente caracterizou as classes pobres na realidade brasileira é a noção de:

Alternativas
Comentários
  • Segundo Iamamoto (2008, p. 163):

     "Atualmente, a questão social passa a ser objeto de um violento 'processo de criminalização" que atinge as classes subalternas [...]. Recicla-se a noção de 'classes perigosas' - não mais laboriosas-, sujeitas à repressão e extinção"

  • Resposta correta C

    Conforme Iamamoto "Hoje a imagem de pobreza é radicalizada: é o perigoso, o transgressor, o que rouba e não trabalha, sujeito à repressão e à extinção. São as "classes perigosas", e não mais laboriosas, destinatárias de repressão. Reforça-se assim a violência institucionalizada, colocando-se em risco o direito à própria vida". 

  • classes perigosas


ID
1423309
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em sua análise sobre a orientação e acompanhamento a indivíduos, grupos e famílias Mioto (2009) ressalta que esta atuação interfere na formação de condutas e subjetividades dos usuários. Partindo da análise proposta pela autora, pode-se compreender que tal atuação caracteriza-se por:

Alternativas
Comentários
  • Pode-se dizer que discutir orientação e acompanhamento significa discutir o caráter educativo dessas ações, uma vez que interferem diretamente na formação de condutas e subjetividades de sujeitos que frequentam o cotidiano dos diferentes espaços sócio-ocupacionais do Serviço Social (VASCONCELOS, 2000). Nesse contexto, postula-se a orientação e o acompanhamento como ações de natureza socioeducativa que, como os próprios nomes indicam, interferem diretamente na vida dos indivíduos, dos grupos e das famílias. Movimentamse no terreno contraditório “tanto do processo de reprodução dos interesses de preservação do capital, quanto das respostas às necessidades de sobrevivência dos que vivem do trabalho” (YASBEK, 1999, p. 90). São determinadas pelo paradigma teóricometodológico e ético-político dos profissionais que as realizam de acordo com determinados projetos de profissão e de sociedade. 

    Regina Célia Tamaso Mioto - Professora do Departamento do Serviço Social da UFSC

  • Mioto (2009), ressalta que esta atuação interfere na formação de condutas e subjetividades dos usuários. São determinadas pelo paradigma teórico-metodológico e ético-político dos profissionais que as realizam de acordo com determinados projetos de profissão e de sociedade. 

  • Segundo Mioto, “[...] no momento em que a profissão se redefine a partir do paradigma crítico-dialético e constrói seu projeto ético-político, afirma-se um novo princípio educativo.” (2009, p. 2).

    Neste sentido, o trabalho socioeducativo: [...] possibilita aos usuários, a partir de suas individualidades, apreender a realidade de maneira crítica e consciente, construir caminhos para o acesso e usufruto de seus direitos (civis, políticos e sociais) e interferir no rumo da história da sociedade. (MIOTO, 2009, p. 4)


ID
1423312
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

De acordo com o Art 3º da Lei 8.080/1990 e suas recentes atualizações, pode-se considerar como determinantes e condicionantes da saúde, entre outros:

Alternativas
Comentários
  • LEI ORGÂNICA DA SAÚDE .Art. 3o  Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013)

  • Bom di@, coleguinha@s!

     

    Cabe salutar que o acréscimo da atividade física como um determinante de saúde foi condicionado pela Lei nº 12.864, de 24 de setembro de 2013.


ID
1423315
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Maria, 21 anos de idade, chega a uma unidade de saúde pública com 40 semanas de gestação sentindo fortes contrações. Ao ser examinada por um profissional médico na emergência da instituição, a situação indicava que Maria logo daria à luz a uma menina. Maria estava acompanhada de seu companheiro José Luiz que, apesar de apreensivo, estava muito feliz pela chegada da primeira filha do casal. A equipe médica, ao realizar os preparativos para o encaminhamento da paciente à sala de parto, informou ao seu companheiro que ele teria que aguardar a conclusão dos procedimentos destinados ao parto no corredor. José Luiz ficou atordoado, visto que, ao longo de todo acompanhamento que realizou a sua companheira, nas consultas de pré-natal, fora orientado que Maria teria direito a um acompanhante escolhido por ela, que poderia acompanhá-la no período do parto e do pós-parto. Analisando a situação, pode-se concluir, a partir do Art. 19-J incluído pela lei 11.108/2005 na Lei 8.080/1990, que:

Alternativas
Comentários
  •  LEI 8.080/1990. Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)

    $ 1 O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente. ( incluída pela lei n 11.108, de 2005).
  •  Resposta letra B A lei garante a toda gestante a presença de um acompanhante nos momentos de pré-parto, parto e pós-parto, sendo esse acompanhante de sua livre escolha e independente de qualquer pagamento adicional por isso, bem como que a União e a Agência Nacional de Saúde Suplementar fiscalizem e garantam a aplicação do referido dispositivo legal em todos os hospitais, maternidades e assemelhados, públicos, conveniados aos SUS, privados e prestadores de serviço de planos de saúde particulares.


ID
1423318
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

De acordo com o Art 26 da Lei 8.213/1991 acerca do auxílio reclusão, é correto afirmar que é uma prestação:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

     Lei 8.213/1991



    Seção II Dos Períodos de Carência


    Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:



    I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)


  • Questão desatualizada, uma vez que a partir da PEC 8.741/19 passa a existir carência de 24 contribuições para auxilio-reclusão.

  • Questão desatualizada

    IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais.                


ID
1423321
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Partindo das análises propostas por Dantas e Pereira (2011), no estudo que busca refletir sobre a relação de custódia e o exercício profissional do assistente social, pode-se compreender que o aprisionamento atualmente cumpre a grande função política de:

Alternativas

ID
1423324
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A seguinte afirmativa reflete a análise crítica realizada por Dantas e Pereira (2011) sobre o processo de revista a visitantes, presos e internados em instituições prisionais:

Alternativas

ID
1423327
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Analisando criticamente o conceito de custódia, Dantas e Pereira (2011) destacam que este se relaciona ao ato de coagir, regular e controlar, mas também a “manter sob proteção”, assistir e cuidar. Nesse sentido, referindo à atuação profissional do assistente social nos espaços sócio-ocupacionais dos hospitais de custódia, as autoras destacam certas contradições:

Alternativas
Comentários
  • Fiquei em dúvida entre a A e a C, marquei a C. O que diferencia as duas são as linhas finais, DESINSTITUCIONALIZAÇÃO (alternativa A) e RESSOCIALIZAÇÃO (alternativa C). Alguém pode esclarecer ou indicar um texto, grata que aborde esse assunto!
  • Vivencia-se, nesse espaço, o entrelaçamento entre duas políticas públicas: a política penitenciária e a política de saúde mental, e o embate entre uma práxis baseada na cultura prisional, e uma outra comprometida com um projeto societário mais amplo, voltada para o resgate da cidadania, a desinstitucionalização e a inclusão social do “louco”


ID
1423330
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A partir de Dantas e Pereira (2011), pode-se compreender como foco da atuação do Serviço Social em unidades de custódia e tratamento:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D


ID
1423333
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Forti (2011), ao analisar a relação entre Direitos Humanos e Serviço Social, afirma que a efetivação de direitos sociais e humanos é recorrentemente referenciada nessa profissão. No entanto, a autora argumenta que “debater é preciso”, pois:

Alternativas
Comentários
  • c

    no campo de atuação profissional do Serviço Social, a efetivação de direitos sociais e humanos são ressaltados com proeminência, no entanto, raras são as vezes em que se supera o discurso formal

     

     

  • Alguem para fundamentar a questão ?

  • Proeminência = Que se sobressai; protuberância; relevo; saliência ;
    que se destaca; que se sobressai; ressalto.


ID
1423336
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na análise sobre Direitos Humanos, pela perspectiva que confere direção ao Serviço Social na atualidade, é correto o entendimento de que estes direitos:

Alternativas
Comentários
  • b

    são produtos históricos movidos no solo da luta de classes, emergindo das lutas dos trabalhadores, na medida em que adquiriram consciência da importância do trabalho na sociedade capitalista


ID
1423339
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Art. 15º da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) define como competência da União nessa política, por intermédio do Ministério da Saúde:

Alternativas
Comentários
  • ''Quando se tratar de união, é também de se concluir que tais competências tem sentido mais amplo, estratégico,de planejamento, monitoramento e controle das ações dos demais órgãos.''

    Garantir a continuidade da PNAISP por meio da inclusão de seus componentes nos planos plurianuais e nos planos nacionais de saúde.

    alternativa D

  • A - compete a União no âmbito do MJ, compete aos Estados no âmbito da SS e da SJ e compete aos Municip. e DF.

    B - compete a União no âmbito do MJ

    C - compete a União no âmbito do MJ

    D - compete a União no âmbito do MS

    E - compete a União no âmbito do MJ

    ####

    GO DEPEN!!!!

  • Questão bem decoreba. Porém se lembrarmos que cabe ao Ministério da Saúde garantir os recursos para as ações da Política, chegaríamos à letra D.

    Art. 15. Compete à União:

    I - por intermédio do Ministério da Saúde:

    b) garantir a continuidade da PNAISP por meio da inclusão de seus componentes nos Planos Plurianuais e nos Planos Nacionais de Saúde;

    c) garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento de programas e ações na rede de atenção à saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, transferindo de forma regular e automática, os recursos do Fundo Nacional de Saúde;

    Todas as demais competências são do Ministério da Justiça:

    Art. 15. Compete à União:

    II - por intermédio do Ministério da Justiça:

    a) executar as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, no âmbito da atenção básica, em todas as unidades prisionais sob sua gestão; (letra A)

    b) elaborar o plano de acompanhamento em saúde dentro dos instrumentos de planejamento e gestão para garantir a continuidade da PNAISP, considerando as questões prioritárias e as especificidades regionais de forma contínua e articulada com o SUS; (letra B)

    e) apoiar a organização e a implantação dos sistemas de informação em saúde a serem utilizados pelas gestões federais, estaduais, distritais e municipais da área prisional e da saúde; (letra E)

    h) elaborar e divulgar normas técnicas sobre segurança para os profissionais de saúde dentro dos estabelecimentos penais; (letra C)

    Resposta: D.

  • SMTP pode receber tbm, caso esteja em uma INTRANET

  • VDD, ADRIANO.


ID
1423342
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A partir da análise crítica realizada por Sousa e Oliveira (2011) sobre a criminalização dos pobres no contexto de crise do capital relaciona-se ao modo de ser e estar da população pobre em meio ao atual contexto social, o fato de que se tem assistido:

Alternativas
Comentários
  • É tao complicado quando as perguntas são de determinados autores, pois sao tantos que nao tem como lembrar, ademais nem todos conhecemos com profundidade, porém os renomados do SS é uma obrigação compreender, a ex: Netto,  Iamamoto, Faleiros, dentre outros... 

  • Bo@ noite!

     

    A questão social é expressão de um conjunto multifacetado das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista em sua fase monopolista, impensáveis sem a intermediação do Estado. Objeto de um violento processo de criminalização, que atinge as classes subalternas (Ianni, 1992), acompanhado da tentativa de naturalização da questão social, suas manifestações são transformadas em objeto de programas assistenciais focalizados de combate a pobreza ou em expressões de violência dos pobres, cuja resposta é a repressão.

    Hoje, a criminalização da questão social se constitui como efetivo mecanismo de controle social dos amplos contingentes que não têm lugar na estrutura produtiva e daqueles que sofrem com as impossibilidades de todas as ordens na busca de sua sobrevivência cotidiana (ALVES e MOLJO, 2015, p.272).

    A punição hoje tem sido uma das soluções encontradas para os problemas sociais, ao invés do investimento em políticas de educação, alimentação, trabalho e outras. Atualmente, o sistema penal tem cumprido um papel de gestão da miséria, […] pois na medida em que mantém um significativo número populacional de encarcerados, o sistema penal comprime artificialmente uma multidão de “miseráveis”, ou melhor, esconde um potencial número de trabalhadores (desempregados), ao mesmo tempo em que gera secundariamente aumento no emprego no setor de bens e serviços carcerários, setor fortemente caracterizado por postos de trabalho precários (WACQUANT apud FORTI, 2010, p. 94).

    A população “disfuncional” ao capital, por sua vez, constrói formas de resistência individuais e coletivas para sobreviver ao ataque das forças instituídas. Neste cenário, o Estado lança mão do aparato policial e do Judiciário no sentido de conter as “classes perigosas”. Na lógica da criminalização, os jovens pobres e negros, a população de rua e os movimentos sociais são alvos preferenciais.

  • Eu não conheço o texto que a questão menciona, mas acho muito estranho a colocação " uma população sobrante,  que possui invariavelmente características étnico-raciais"... então quer dizer que não há exceção? Se colocasse que geralmente, ou em sua maioria com tais caracteristicas tudo bem, achei  discriminação por parte dos autores...

  • Seria interessante que os colegas que tão bem explanam e citam os trechos das obras dos autores colocassem ao final a indicação bibliográfica. Os principais autores tem inúmeras obras e fica dificil identificar de qual delas o conteúdo foi extraído.


ID
1423345
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sousa e Oliveira (2011) apontam uma forte tendência contemporânea na requisição da atuação do assistente social, que é demandado a atuar:

Alternativas
Comentários
  • gab..e

    no desenvolvimento de práticas profissionais que fortaleçam o disciplinamento, a fiscalização, a moralização e o controle social, como meios de consolidar a assistencialização das políticas sociais e a criminalização dos pobres

  • Existe uma forte tendência contemporânea de requisitar os assistentes sociais para o desenvolvimento de práticas profissionais que fortaleçam o disciplinamento, a fiscalização, a individualização, a psicologização, a moralização e o controle social como meios de consolidar a assistencialização das políticas sociais e a criminalização dos pobres. Práticas essas que não são alheias à trajetória histórica do Serviço Social, pois estão mergulhadas no caldo de herança histórica conservadora da profissão, e que colidem diretamente com os princípios e elementos que constituem o projeto ético-político profissional (SOUSA e OLIVEIRA, 2011, p. 125).

  • Essa questão me induziu ao erro, marquei letra D!
  • Existe uma forte tendência contemporânea de requisitar os assistentes sociais para o desenvolvimento de práticas profissionais que fortaleçam o disciplinamento, a fiscalização, a individualização, a psicologização, a moralização e o controle social como meios de consolidar a assistencialização das políticas sociais e a criminalização dos pobres. Práticas essas que não são alheias à trajetória histórica do Serviço Social, pois estão mergulhadas no caldo de herança histórica conservadora da profissão, e que colidem diretamente com os princípios e elementos que constituem o projeto ético-político profissional (SOUSA e OLIVEIRA, 2011, p. 125).

    Gabarito: E


ID
1423348
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Segundo a Lei 8.662/1993 e atualizações, assumir, no magistério de Serviço Social tanto em nível de graduação como de pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular constitui:

Alternativas
Comentários
  • Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

      I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social;

      II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;

      III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;

      IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social;

      V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular;

      VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;

      VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação;

      VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social;

      IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;

      X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de Serviço Social;

      XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;

      XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;

      XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades representativas da categoria profissional.


  • Atribuição Privativa 

  • A Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social (Lei n. 8.662/1993) trata em seus Arts. 4º e 5º das competências e atribuições privativas desse profissional, respectivamente. No que se refere às competências, estas não se constituem em atividades privativas do assistente social, ou seja, existe neste artigo um rol de atividades para quais o assistente social é preparado na sua formação e possui competência para desenvolvê-las, no entanto, outros profissionais também podem realizá-las. Com relação às atribuições privativas, constantes no Art. 5º da respectiva lei, estas são prerrogativas exclusivas daqueles detentores do diploma de graduação em Serviço Social, isto é, dos Assistentes Sociais legalmente reconhecidos e inscritos no conselho de classe. Por isto, as atividades lá descritas não podem, em hipótese nenhuma, serem realizadas por outros profissionais, devido ao fato de ser necessário para desenvolvê-las conhecimentos específicos, próprios e que são obtidos no curso de graduação de Serviço Social. Portanto, é uma atribuição privativa do assistente social, conforme descrito no Art. 5º, em seu inciso V, assumir, no magistério de Serviço Social tanto em nível de graduação como de pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular.


    RESPOSTA: D

ID
1423351
Banca
CEPERJ
Órgão
VIVA COMUNIDADE-VIVA RIO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No ano de 2010, muitas cidades do estado do Rio de Janeiro sofreram com as fortes chuvas que atingiram a região, ocasionando desabamentos e enchentes. Diante do grande número de famílias desabrigadas que necessitavam de auxílio, muitos profissionais, entre estes assistentes sociais, foram convocados a atuar. Considerando a situação à luz do Título II do Código de Ética do Assistente Social, pode-se compreender que a atuação demandada ao (a) assistente social constitui:

Alternativas
Comentários
  • Código de Ética 

    Art. 2º - Constituem direitos do assistente social:

    d) participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades.


  • Código de Ética do assistente Social/1993

    Art. 3º São deveres do/a assistente social:

    a- desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a legislação em vigor;

    b- utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da Profissão;

    c- abster-se, no exercício da Profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes;

    d- participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e

    necessidades.