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Prova FGV - 2014 - SUSAM - Economista


ID
1282324
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





O texto começa pela recordação do comício do ex-presidente João Goulart.

Essa recordação tem a finalidade de

Alternativas
Comentários
  • ''É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos.''

  • Discordo do gabarito da Banca, pois como o trecho a seguir mostra: " É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos."

    O que serve como ponto de referência para avaliação do avanço institucional do Brasil é o fim do ciclo militar, há 29 anos e não o comício do Jango a 50 anos.

    Sei que não devemos ficar questionando a banca, e sim tentar entende-la, mas no meu ver o gabarito seria a letra C.

    O que acham?

  • Não concordo com o gabarito, pois o Comício funcionou como um acelerador para a conspiração. Por isso marquei a alternativa "c". Concordo também com o ponto de vista do Jonas Junior!

  • Li uma vez o primeiro e o segundo parágrafo do texto e fui direto na letra c. Discordo desse gabarito visto que, o texto deixou bem claro isso quando diz: " É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo". Chateado com essa questão. :(

  • "Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil"

    "Espero que esse novo passo não leve 50 anos. "
    Gabarito A
  • Não sei se estou certo, mas se analisarmos a regra de redação devemos verificar o ultimo paragrafo, ou seja a conclusão do autor. "pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. espero que esse novo passo não leve 50 anos".

  • Gosto das explicações do Prof. Arenildo, mas desta vez ele se esquivou de comentar o porquê da letra E estar errada. Alguém se arrisca?

  • gab. A


    a seguinte frase indica avanço: É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante...

  • Muita gente ficou em duvida mas eu acertei essa questão levando em consideração que ela me diz:

    O texto começa (Ou seja, preste atenção no primeiro paragrafo do texto) pela recordação do comício do ex-presidente João Goulart.

    Essa recordação tem a finalidade de? ele se refiriu ao começo do texto...

    Eu pensei assim, me corrijam se eu estiver errado.

  • "Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil"

    A questão pergunta a finalidade dessa recordação.

    Ela foi importante, conforme dito na letra C ? Sim, foi. Porém com esse trecho podemos inferir isso? Não, só com a leitura do texto todo.

    O texto serve para mostrar a progressão institucional, e esse trecho destacado serve apenas como um ponto de partida. Essa é a finalidade, servir como ponto de partida, pensa na finalidade como sendo a função, qual a função desse trecho?

    Para compararmos o avanço precisamos ter no mínimo dois dados para ser comparados, e a finalidade da recordação é justamente ser 1 desse dado a ser comparado.


ID
1282327
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois”.

Pelas informações contidas nesse parágrafo do texto, podemos inferir que

Alternativas
Comentários
  • Sou péssimo em interpretação, sempre acho que existem mais de uma alternativa correta:


    Poderia ser a b) a  realização  do  Comício  deu  início  a  uma  conspiração  subversiva (destruir conceitos);

    Poderia ser a e) o  Comício  foi  organizado  com  a  finalidade  de  acelerar  a  deposição do presidente.

    Mas não, o gabarito é a c) a deposição do presidente João Goulart foi um ato contra as  instituições. 


    Ora, o enunciado diz: Comício  da  Central  do  Brasil, que  funcionou como acelerador para a conspiração  já em  andamento  que  acabaria  por  depor  o  presidente.


    Comentários solicitados.

  • Rodolfo, eu tinha marcado letra B, mas depois fui dar um lida e pensei assim:

    - O texto fala "...Comício  da  Central  do  Brasil, que  funcionou como acelerador para a conspiração  já em  andamento" -> A conspiração já estava em andamento, então a "B" não poderia mesmo estar certa, não foi o Comício que deu início. Pensei nisso depois que errei hihihi

    - Também lá no texto fala que "o comício foi organizado pelo governo Goulart" -> Presumi que se foi organizado pelo próprio governo de Goulart não teria sido com a finalidade de acelerar sua deposição, por isso descartei a letra "E".

    Bom, pensei assim depois de ler melhor a questão, não sei se está certo. Confesso que às vezes acho loucura essas questões de interpretação da FGV!

  • Discordo da b como alternativa correta: a deposição do Presidente João Goulart não foi um ato contra as instituições, e sim por causa de atos dele considerados contra as instituições, como diz o texto:  Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes” pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas. 

    Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país. 

    Na minha opinião a alternativa a é a mais correta, pois foi no comício que ele assinou os decretos que motivaram sua deposição

    Não poderia ser??



  • Também fui na C.Onde fala em instituições nesse parágrafo?Não entendo.

  • Luciana, eu também errei essa questão, mas a meu ver não seria a A, pois o comício não foi o causador direto da deposição, mas sim o acelerador para tal. Talvez a fundamentação do gabarito dar a C seria o fato da deposição de um presidente CONSTITUCIONAL, ou seja, infringiria assim a Constituição e, consequentemente, as instituições. Espero ter colaborado.

  • Consideração inicial: Não podemos fazer deduções a partir de todo texto, mas apenas do recorte.

    a) Erro: Não foi o causador direto, mas sim indireto, devido a palavra "acelerador" e que já existia uma conspiração;

    b) Erro: Não deu início, pois já estava em andamento;

    c) Certo: "...o presidente constitucional..." eleito de forma correta pelas instituições, enquanto a "conspiração" era um ato ilegal;

    d) Erro: Longo é o tempo entre o "hoje" e a época do fato "50 anos";

    e) Erro:  "...que funcionou como acelerador..." Funcionalidade e não Finalidade.


    Espero ter contribuído.

  • Galera, essa banca é imprevisível!

    Essa questão fica menos difícil para quem tem um conhecimento da história. Mas dá para matar a questão por eliminação, uma vez que as outras respostas a gente consegue identificar claramente no texto:

    Letra A: Fala que o Comicio foi o causador direto. ERRADO, pois ele funcionou como acelerador.

    Letra B: Fala que a realização do comicio deu inicio. ERADO, pois funcionou como acelerador para a conspiração ja em andamento.

    Letra D: Fala que o tempo é visto como longo. ERRADO. pois está escrito apenas 18 dias depois.

    Letra E: Fala que o comicio foi organizado com a finalidade de acelerar a deposição do presidente. ERRADO, essa exige um pouco de raciocinio. O comicio foi organizado por quem? Pelo governo Goulart. Logicamente o governo não organizou um comicio para acelerar a sua propria deposição.

    Espero ter ajudado.

  • Realmente como o colega Clébio nascimento observou, não podemos considerar o texto todo, e sim, apenas, o trecho citado na questão. Errei essa miséria, mais por desatenção, pois de fato depor um presidente constitucional é uma ato contra as instituições. As outras alternativas por exclusão dá para eliminar.

    Se forem valorar meu comentário prefiram o do colega que primeiro observou o detalhe.

  • Tem que conhecer a história do Brasil pra acertar essa questão.

  • a) o  Comício  da  Central  do  Brasil  foi  o  causador  direto  da  deposição do presidente. => ERRADA, o texto fala que o comício funcionou como um acelerador, e não como causador direto.


    b) a  realização  do  Comício  deu  início  a  uma  conspiração  subversiva.  => ERRADA, já existia antes do comício, sendo, apenas, acelerada por ele.


    c) a deposição do presidente João Goulart foi um ato contra as  instituições. => CERTA. Se ele era o presidente constitucional, sua deposição por golpe militar foi um ato contra as instituições democráticas.


    d) o  tempo  entre  o  Comício  e  a  deposição  é  visto  hoje  como  bastante longo. => ERRADA, faz 50 anos que o comício aconteceu, não 50 anos entre o comício e a deposição.


  • Eu sei que não vale a pena discordar da banca, mas nesse caso a resposta vai contra a própria lógica interna da FGV, que, quando limita ao trecho a interpretação, faz você errar ao pensar no texto todo. Se pegarmos o trecho ISOLADAMENTE, a E deveria ser a certa, pois não faz menção ao Jango ter organizado o comício ou ser para ele. Aliás, da forma que esse trecho foi construído, dá a entender que o Comício foi realizado para acelarar o processo.

  • Achei a FGV coerente, sim, nessa questão. Não é necessário ler o texto por completo parar concluir que o comício pode não ter sido organizado por pessoas contrárias ao governo Jango. Na realidade, lendo somente o trecho, não se pode afirmar quem o organizou.

    Já sobre a alternativa correta, basta saber que um golpe a governo constitucionalmente eleito configura ato contra as instituições democráticas.

  • O comício acelerou o processo, mas não foi criado para isso.

  • A resposta está na parte do texto que diz: ''... o  presidente  constitucional''... isso quer dizer que: a deposição do presidente João Goulart foi um ato contra as  instituições.  

  • Acho que o melhor jeito de fazer essa questao e saber o que foi o comicio da central do brasil. porem o adjetivo ao presidente tb ajuda.


ID
1282330
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil”.

Nesse parágrafo do texto, o autor emite uma série de opiniões pessoais. Entre essas opiniões, aquela que se refere à própria estratégia do texto é

Alternativas
Comentários
  • Estratégia do texto??

  • Esses enunciados da FGV são de matar. Não consigo entender exatamente o que a pergunta quer.


    Para os que só tem direito a 10 questões por dia: o gabarito é A.

  • Eu tentei fazer uma correlação com o título do texto e errei, pois marquei letra "B"..... Achava que era a mais coerente... :/

    que saco essas questões da FGV.....

  • É basicamente  uma questão sem muita lógica. Em provas de concursos não deveria existir questões assim, pois uma pessoa pode perfeitamente ter certeza e convencer de que a letra "c" por exemplo está correta, "é bom olhar para trás" pode ser interpretada como pessoal, é só retirar essa parte do texto para conseguir enxergar que o continuaria a mesma coisa, todos conseguiriam entender. Muitas pessoas entrariam com recurso numa questão dessas! 


    Bom, essa é uma opinião! ;)

    Bons estudos galera!!



  • Será que alguem consegui explicar como a banca pensou esta questão?

  • Essa banca é muito complicada com as questões de interpretação de texto. É necessário realizar muitos exercícios para começar a entender o que ela quer.

    Nessa questão ela tentou confundir o candidato com objetivo do texto e estratégia para se atingir o objetivo. O primeiro passo é identificar qual o objetivo do texto, que está no título: " Acredite, progredimos sim ". Depois temos que identificar qual a estratégia que o autor utilizou para convencer o leitor: que foi remeter ao passado, em vários fatos importantes e comparar com a atualidade.

    Analisando as respostas:

    Letra A: É exatamente a estratégia utilizada. Remeter a fatos passados para comprovar o que está sendo dito.

    Letra B: ERRADO, pois trata-se do objetivo do texto ( e não da estratégia ), mostrar que o país progrediu.

    Letra C; ERRADO, o texto não se baseia em um dado positivo, mas em dados positivos e negativos.

    Letra D e E; ERRADOS: Estão totalmente fora do contexto de o país progrediu sim.

  • A pergunta é: "Entre  essas  opiniões,  aquela  que  se  refere  à  própria  estratégia do texto é  ". A estratégia do texto é comparar o progresso atual com base no passado. Logo, a resposta correta é a letra a) É bom olhar para trás.

    Segundo o autor, analisando o passado iremos entender que houve progresso.

  • Keep, fiz da mesma forma 

  • Ótimo comentário Jonas. A questão pediu a ESTRATÉGIA, e não o objetivo do texto em si.

    FGV não dá moleza....

  • Questão de Raciocínio Lógico...

  • acertei, mas considerei a questao difícil

  • gabarito A

    “É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil”.

    acho que é alusão histórica

    A) “É bom olhar para trás”.

  • A estratégia de argumentação do autor é sempre comparar os fatos passados, históricos com o momento atual.

    Por isso, considerando a estratégia dele, a mais correta seria a letra A) "é bom olhar para trás"


ID
1282339
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena”.

Sobre as formas verbais desse segmento do texto, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito pra quem só tem direito a 10 questões por dia: Vide "Estatísticas" ou pesquise no google.


    Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)

    (Gutenberg = Sujeito da Ativa) - (a imprensa = Objeto Direto).


    A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)

    (Sujeito da Passiva = A imprensa) - (Agente da Passiva = por Gutenberg)



    *Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. (Ativa)

    *Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. (Passiva)


    *Eu o acompanharei. (Ativa)

    *Ele será acompanhado por mim. (Passiva)


    Obs.: Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na passiva.

    Em suma, a voz passiva é "mais enrolada", enquanto que a voz ativa é "curta e grossa", é objetiva!

  • Qual seria o erro da letra B?

  • VTD e VTDI -> aceitam passiva

  • Mirela, havia não tem sujeito expresso mesmo e equivale a existia, não a existiam.



  • Olá, Mirella Chagas

    acredito que o erro da letra B está em dizer "existiam" no plural. Embora o verbo "haver" seja impessoal, o verbo "existir" não é; portanto, deve ocorrer a concordância.

     

    Abraço!

  • qual o erro da "c" e da "d"?

  • O erro da B está na concordância do verbo "existiam", pois neste caso, o que existe é um profusão de bandeiras, logo, não deveria estar do plural.

    O erro da C está errado porque acenar é verbo no infinitivo e estar acenando é a ação deste verbo, o que significa que possuem sentidos diferentes.

  • O erro da "E" é que possui sujeito paciente? O touro?



  • Erro da letra b: permutação da forma verbal no singular para o plural. 

    Pegadinha da FGV! kkkkkkkk

    A banca permutou a forma verbal que estava no singular (Havia) por uma no plural (Existiam). 

    > Sujeito inexistente ou oração sem sujeito: 

    - Verbo haver, desde que empregado nos sentidos de existir, acontecer ou ocorrer.

    Pergunta: B) A forma verbal "havia" não tem sujeito expresso e equivale a "existiam".

    R: ERRADO.

    Na troca dos verbos haveria erro, caso fosse inserido de acordo com a sentença.

    Como estava na sentença: Havia uma  profusão  de  bandeiras  vermelhas. 

    Como ficaria: Existiam uma  profusão  de  bandeiras  vermelhas. 

    Logo, estaria errado, porque o verbo concorda com o sujeito uma profusão, que está no singular.

    Forma correta: Existia uma profusão de bandeiras.


    Espero ter ajudado!

  • Item correto letra A.

    a) CORRETA:  “o comício foi organizado pelo governo Goulart” (voz passiva analítica)

    Como identificar voz passiva:

    A frase deve conter o verbo SER/ESTAR + PARTICÍPIO: " foi organizado"

    Além disso, existe na frase o agente da passiva iniciado por: PELO ou POR: "pelo governo Goulart

    A voz passiva é formada somente por verbos VTD E VTDI. (verificar sempre a transitividade dos verbos)

    Na voz passiva NÃO EXISTE OBJETO DIRETO. Este será sempre o SUJEITO PACIENTE:  quem organiza, organiza alguma coisa: "O comício" (mas como se trata de voz passiva, este não será OD e sim sujeito paciente: sofre a ação verbal, ou seja, não pratica a ação)

    É importante classificar os termos da oração corretamente para poder fazer a transposição de voz.

    Para fazer a transposição de voz passiva para ativa:

    o governo  Goulart organizou o comício”.

    Na voz ativa, o SUJEITO PACIENTE  vira o OBJETO DIRETO. "organizou o comício"

    O AGENTE DA PASSIVA vira SUJEITO. "o governo  Goulart "


  • Qual seria o sujeito da forma verbal "se atiça"? Alguém poderia me mandar uma msg? Obg!

  • Tamily Macêdo, o sujeito de "se atiça" é o touro da arena.

  • Erro da B:

    Existia uma profusão...

  • "se atiça"

    A voz passiva difere da reflexiva de sentido passivo em dois aspectos, um dos quais se aplica ao presente caso:

    Pode seguir-se de uma expressão que denota o agente da passiva, enquanto a reflexiva, no português contemporâneo, dispensa:

    Exemplos: Eu fui visitado pelos parentes.

                      Aluga-se a casa (não se diz: aluga-se a casa pelo proprietário)

    Todavia há casos em que se explicita o agente, como no seguinte exemplo de Drummond:

    Não sei se devemos exaltar Pelé por haver conseguido tanto, ou se nosso louvor deve antes ser dirigido ao gol em si, que se deixou fazer por Pelé, recusando-se a tantos outros.

    fonte: Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo Bechara. (37ª edição, página 222 e 223)

  • Alguém sabe me explicar o erro da letra D?

  • Laura M, estar acenando não é forma desenvolvida de acenar, acenar não está na forma reduzida, a equivalência de acenar seria somente acenando, pois o gerúndio expressa ideia de algo acontecendo no presente

  • Vamos lá tentar explicar essa bagaça....



    A resposta correta é a letra A, A frase “o comício foi organizado pelo governo Goulart” está  na voz passiva e sua forma ativa correspondente é “o governo  Goulart organizou o comício”.  


    Voz ativa.: O sujeito pratica a ação "o comício foi organizado pelo governo Goular". " Governo Goular - Sujeito

    Voz Passiva.: O sujeito sofre a ação." o governo  Goulart organizou o comício". "Governo Goular - Sujeito"


    O

  • Letra E eu entendi assim: "Se atiça o touro" ... que é o mesmo que... "Atiça-se o touro."... que é o mesmo que "O touro é atiçado." Quem é atiçado? O touro. (sujeito da oração). Portanto não se trata de sujeito indeterminado.  

  • CORRIGINDO A LETRA D

    A forma verbal “acenar” equivale à forma desenvolvida “estar  acenando”.  ( ERRADO)

    A forma verbal “acenar” equivale à locução verbalestar  acenando”.  (CERTO)

  • Letra A) correta

    "o comício foi organizado pelo governo Goulart" 

    Voz passiva representada pelo verbo ser + Particípio. 

    Na voz ativa o agente da passiva (governo Goulart) vira sujeito, logo O governo Goulart organizou o comício",

    note que o verbo continua no mesmo tempo verbal.

    Letra B) errada 

    verbo haver = existir é impessoal, portanto não irá para o plural. 

    O correto seria "Existia uma profusão..."

    Letra C) errada

    A forma verbal pedindo está no gerúndio. 

    Um bizu que utilizo é o seguinte: gerúndio pede relação semântica com Advérbio, logo na questão não 

    temos essa relação.

    Letra D) errada 

    acenar: infinitivo com valor atemporal

    acenando: contextualiza no tempo

    Letra E) errada 

    verbo atiça é VTD, portanto trata-se de voz passiva sintética com PIS - particular de indeterminação do sujeito



  • Sierra Tando,

    Realmente na alternativa E, trata-se de VTD, por isso o Sujeito NÃO é Indeterminado. Tendo em vista, que a partícula "SE" utilizada como PIS (Partícula de Indeterminação do sujeito) somente se liga a VTI, VI, VL. 

     

    Bons estudos... Avante!!!

  • D) Para a oração ficar desenvolvida deve entrar a conjunção integrante, "estar acenando" continua reduzida de gerúndio.


ID
1282342
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“...o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena”.

A comparação feita nesse segmento do texto equivale a dizer que o ato referido funcionaria como

Alternativas
Comentários
  • ...acenar para ... o ato referido funcionaria como: b) incentivo à ação militar.  As bandeiras não ajudaram, e os pedidos certamente não seriam acatados pela classe dos donos de terras, abastados e ligados à política, não desejam perder seus domínios, por isso, ao contrário, ocorreu um incentivo à ação militar - Poderíamos tb pensar assim "cutucaram (o comício cutucou!) a onça (os militares) com vara curta".


  • Não entendi! Se alguém souber a explicação, por favor avise no meu mural. 

  • simples: se eu cuspo na sua cara, estou incentivando você a dar um murro na minha. se eu balanço bandeira vermelha para militar, estou incentivando intervenção deles. Estaria fazendo algo que eles considerariam estremamente provocativo e, assim sendo, reagiriam. 

  • na frase esta escrito: conservadorismo civil e  militar; entao, a resposta da letra b esta incompleta... e o conservadorismo civil?

  • pra mim não faz nenhum sentido kkk

  • Marquei e

    Meu raciocínio foi  que o conservadorismo civil e  militar seria o touro violento

  •  "com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena”. Querendo buscar a "democracia vermelha" mas ao mesmo tempo fazendo de uma forma que teria efeito contrário, qual seja, atiçando uma contra reação de sustentação do regime militar.

  • Uma pergunta interessante: É para levar em consideração o contexto do texto pai (todo o texto) ou apenas o do segmento? Na minha opinião há uma resposta para cada uma das duas situações. Não cheguei a um consenso de quando a FGV quer uma coisa ou outra... 

    Se levarmos em consideração o texto na íntegra sem dúvida é B.

  • cadê o texto?

  • Atiçar----- incentivar

  • Essa eu não consigo concordar. Incentivo a ação militar parece que a reação militar é legítima.

    Veja, perturbar o boi é algo imoral, não deveria ser feito isso com o animal.

    Agora balançar bandeira é liberdade de expressão, quem faz isso não quer cutucar onça com vara curta e sim expor sua ideia legítima.


ID
1282345
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





Faz hoje exatos 50 anos”; “há 29 anos”. Sobre as estruturas gramaticais dessas duas frases do texto, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Verbo Fazer no sentido de tempo passado é impessoal.

    b) O verbo Haver transmitiria a impessoalidade para o seu verbo auxiliar (Ex: Deve Haver )

    c) Resposta correta.

    d) Essa eu fiquei em duvida. Eu entendo que ambas se referem sim a tempo passado. Talvez o "Hoje" da oração "Faz  hoje  exatos  50  anos” descaracterize de algum modo. Não sei mesmo. Alguem poderia explicar?

    e) Ambas estão escritas gramaticalmente corretas.


    Se eu errei em alguma coisa, me avisem.  Que eu apago o comentario!!

  • Quanto a letra "d": As orações estão no presente, pois exprimem um fato no momento em que se fala.

  • Sobre a alternativa D: “Faz  hoje  exatos  50  anos” pode estar se referindo a uma pessoa que hoje está completando 50 anos. Assim, não necessariamente está se referindo a um fato passado!


    Espero ter ajudado!

  • sobre a letra d:

    "Faz hoje (...)" : hoje é presente e não passado."há 29 anos" : passado.Mas, como ele fala queambas se referem ao passado e, a primeira não se refere, a  alternativa está errada. 
  • Gabarito letra C;

    Verbo" Fazer" indicando tempo não tem sujeito, portanto não pode ser flexionado em numero;

    Verbo " Haver " no sentido de exisitr não pode ser flexionado em numero também; espero ter ajudado, abraços. 

  • Para complementar:

     o verbo " HAVER" com sentido de: ocorrer,fazer,existir,realizar-se, acontecer. Será sempre impessoal, invariável e com sujeito indeterminado.

  • Na primeira frase o verbo fazer é pessoal no sentido de "completar": Faz (completa) hoje (sujeito) exatos 50 anos. Portanto, não se refere a tempo passado e, por consequência, não é impessoal.

  • Marquei A, uma vez que o verbo fazer está no sentindo de completar..Alguém me explica?

  • O verbo fazer, quando indica tempo decorrido é considerado verbo impessoal, ou seja, não apresenta sujeito, devendo ser conjugado SEMPRE na 3ª pessoa do singular.

  • tempo passado, nao eh o mesmo que tempo decorrido?? meio idiota essa alternativa...

  • Verbo Fazer indica tempo passado, mas o verbo Haver indica tempo decorrido, com sentido de existir. Esses dois casos são invariáveis pois são verbos impessoais.

    Da mesma forma ocorre com o verbo Ser (tempo em geral) e Bastar (indicando suficiência).

    Todos são impessoais nessas situações e ficam sempre no singular, assim como seu verbo auxiliar numa locução verbal.

  •  c) As  duas  formas  verbais  não  podem  ser  flexionadas  em  número.

    Faz  hoje  exatos  50  anos” e “há  29  anos

    Acertei essa questão mas fiquei em dúvida entre as alternativas c) e d), então deduzi que mesmo dando a ideia de passado na frase “Faz  hoje  exatos  50  anos” acaba de alguma forma se referindo ao presente de acordo com o contexto pois Faz HOJE exatos 50 anos. Acho que é isso, bons estudos! 

  • Gabarito C


    Quanto à alternativa D, "faz" e "há" estão no presente do indicativo, embora tenha a semântica de tempo decorrido do passado até hoje.

  • Para quem tem dificuldade em conjugar verbo indico o site.

    http://www.conjuga-me.net

    A prática leva à perfeição!

  • Ambos verbos são impessoais indicando tempo, portando ficam no SINGULAR.O mesmo acontece com Haver no sentido de existir, ocorrer ( Havia piranhas naquele rio). 

    A mesma regra para os verbos impeessoais : BASTA DE,  CHEGA DE.   (Basta de lágimas/ Chega de lágrimas ).

     

  • Sobre  as  estruturas  gramaticais  dessas  duas  frases  do  texto ... As  duas  formas  verbais  não  podem  ser  flexionadas  em  número.

    Só ficarem ligados no enunciado da questão.
  • Fazer e Haver são impessoais. Não se flexionam em número. Gabarito letra C .
    Quando compostos, o verbo auxiliar deve acompanhar o segundo verbo:

    deve haver milhoes;
    hão de existir milhões;
    há de haver milhões;
    devem existir milhões.

  • Diego Galvão, não poderia ser "fulano faz hoje exatamente 50 anos", porque neste caso a oração teria sujeito, e na situação da questão, o  verbo fazer é impessoal.

  • FÁCIL.

  • Segundo o comentário do professor, tanto "faz", quanto "há", estão na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.

  • C

    As duas formas verbais não podem ser flexionadas em número.

  • Dica: Retornem ao texto quando a questão solicitar flexibilização de verbos.

    O verbo FAZ, estar se referindo ao sujeito "O chamado comício...". Com isso, já resolvia a questão!

  • A questão está errada, com toda certeza. Se as formas verbais não podem se flexionarem em número, quer dizer que: Tanto o Faz e tanto o HAVER são impessoais. Alguém tem algum outro caso em que eles não variam?

ID
1282348
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“Se fosse pouco...”

Esse segmento inicial do quarto parágrafo poderia ser reescrito, mantendo-se o seu sentido original, da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • ..., o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

    Se fosse pouco, = d) “Como se ainda fosse pouco...”  - além de terem "acendo" para o conservadorismo... 

    havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

  • Acredito que o motivo pelo qual a maioria marcou letra "d", assim como eu, foi porque essa é realmente a letra correta. Alguém aí saberia me dizer se o erro no gabarito é da banca ou do site?

  • Não entendi porque o gabarito foi D... pois "caso" é uma conjunção condicional e não caberia usá-la? Se alguém puder explicar, ficarei grata. =)

  • Também não concordo com o gabarito D, onde estaria o erro da letra E? Qual a explicação para a D estar correta?

  • alguém poderia explicar melhor?

  • Entendi o "Se fosse pouco" no sentido de que "se não o bastante", "se não fosse o suficiente" ou ainda "como se não bastasse", por isso marquei a letra d.

    Exemplo: Jogo entre Corinthians e São Paulo, o Corinthians fez 3 e o São Paulo 0. 
    "Como se ainda fosse pouco" o Rogério Ceni fez mais um gol contra. 
    "Se fosse pouco" o Rogério Ceni fez mais um gol contra.
    "Como se não bastasse" o Rogério Ceni fez mais um gol contra.

    Bom, essa foi a metodologia que utilizei, talvez sirva pra alguém.
  • O comando da questão nos faz pensar que era uma Conjunção Condicional. Mas se analisarmos a frase completa, a resposta D tem sentido de Comparação.

  • acho que se uma conjunção tem um sentido X isso é por algum motivo... e se o escritor não a usa é pq fez errado! 

    se fosse conosco (simples alunos/estudantes) erraríamos!

  • Realmente pelo contexto o SE não se trata de condição mais dá uma idéia de inclusão ou adição...

     "Se fosse poucohavia também faixas cobrando a reforma agrária"

     É só substituir a letra D na frase e percebe-se que faz sentido:

    "Como se ainda fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária"

  • essa matou o decoreba..

  • O fato já existe, quando expressa" havia também".. e na condição há exatamente a ideia de realização de um fato. Portanto, não é condição.

  • FGV diferenciada, quem vai com no mundinho fechado da decoreba pra prova dela às vezes se rala.

  • Dica que tenho levado pra vida: questões da FGV envolvendo substituição de conjunções, leia o texto!

  • Todo mundo na base do "achismo". O gabarito é a letra "d", mas daí a ficar no "acho", "a meu ver", "eu entendo que" e ninguém ter capacidade técnica de explicar, vai ficar difícil estudar por aqui...

    Um professor pra nos auxiliar, por favor...

  • Perfeito o comentário do Prof. Arenildo.

  • Acertei, porém foi muito subjetiva e sinceramente a banca deixou a gente na mão dela.

    Pela inferência dava para chegar na letra D, mas vai saber se realmente foi a intenção de quem escreveu.


ID
1282351
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país”.

Em relação à forma ou ao conteúdo do segmento destacado, assinale a opção cujo comentário é inadequado.

Alternativas
Comentários
  • Os atentados é que representam a causa e não a comunização.

  • Gabarito E. Para quem tem limite diário.

  • não entendi. e, falando nisso, perceberam que quase todas as questões dessa prova de português têm cinquenta ou próximo disso de pessoas que marcaram a letra errada. Prova estranha. 

  • "e. A  comunização do país  representaria (...)  a  consequência  do movimento  revolucionário  ocorrido a seguir. "

    Acho que a possível comunização do país, que era visto como um risco, foi o que causou o movimento revolucionário (golpe militar), sendo causa e não sua consequência.

  • a)Correta "Na visão dos conspiradores", ou seja o autor pode não ser um conspirador.

    b)Correta "Atentados à propriedade privada", característica comunista.

    c)Correta - Anafórico aponta pra trás, catafórico aponta para frente, e o "tais" referencia "atentados à propriedade privada".

    d)Correta - Já havia mencionado "Atentados à propriedade privada", um sinal de aludida comunização. 

    e)Errada

  • A  comunização do país  representaria  a  causa dos  atentados  do  governo  e  a  consequência  do movimento  revolucionário  ocorrido a seguir.


    Os atentados não foram "do governo", mas sim "no (contra o) governo".

  • EXTRAPOLAÇÃO

  • Eu interpreto como sendo a letra E porque a explicacão desse quesito não se refere diretamente ao trecho em destaque, ao contrário das outras assertivas.

  • LETRA E está incorreta.

    "A  comunização do país  representaria a causa dos  atentados  do  governo e  a  consequência  do movimento  revolucionário  ocorrido a seguir"

    Vou separá-la nas duas relações que ela coloca

    1) Comunização do país -->  causa dos  atentados  do  governo - CORRETA. De acordo com os golpistas o governo Goular estava "comunizando" o Brasil e essa "comunização" seria a razão de se decretar a desapropriação de terras subutilizadas e de se legalizar o PCB.

     

    2) Comunização do país -->  consequência  do movimento  revolucionário  ocorrido a seguir - ERRADA. Os conspiradores, que se diziam revolucionários, realizaram o movimento justamente para impedir a suposta comunização do país. Ou seja, a consequência do "movimento revolucionário" foi o contrário da comunização do país.


ID
1282354
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez  nem  nos  damos  conta,  o  fato  de  que  bandeiras  vermelhas  – ou  azuis ou amarelas ou  verdes ou brancas ou pretas  – podem  ser  tranquilamente exibidas em atos públicos...”. 

O  fato  citado  pelo  autor  do  texto  de  que  bandeiras  de  várias  cores podem ser exibidas em atos públicos mostra

Alternativas
Comentários
  • = democracia
    liberdade de escolher 

  • Na CF isso é chamado de pluralismo político + liberdade de expressão e de reunião.

    Gabarito C


ID
1282357
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





Assinale a opção que indica a frase do texto em que a forma verbal sublinhada está incorreta.

Alternativas
Comentários
  • “Cinquenta  anos  depois,  é  um  tremendo  progresso,  do  qual  talvez nem nos damos conta...”

    o correto a meu ver seria "nem nos demos conta"

  • Mudando a pessoa na frase, fica fácil descobrir que se trata de subjuntivo.

    Vejamos com a terceira pessoa do plural. Imagine a frase "talvez eles se deem conta..."

    Viu como o presente do indicativo não "combina" com o "talvez"?

  • Caros colegas,


    acredito que o certo, na letra "b", seja: demos (2ª pessoa do plural do presente do subjuntivo).


    Bons estudos.

  • A alternativa C também não estaria errada?

     Presente do Subjuntivo:
     eu  possa
     tu  possas
     ele  possa
     nós  possamos
     vós  possais
    Eles  possam

  • Não concordo com o gabarito. Cinquenta  anos  depois,  é  um  tremendo  progresso,  do  qual  talvez nem nos damos conta...”

    Como o verbo ser está no presente - "é" - o verbo "dar" também no presente mostra que não damos conta de perceber ainda hoje o tremendo progresso.

    Poderíamos reescrever assim: "Cinquenta  anos  depois, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta. 

    Não vejo erro nisso!

  • Marlon, na verdade, o subjuntivo também vai representar o presente. Mas uma incerteza ainda no presente. O autor não tem certeza se nos damos conta ou não do fato. Veja: "O Modo Subjuntivo, assim como o indicativo, se caracteriza por um conceito semântico, é considerado o modo verbal que ao invés de expressar uma certeza expressará uma ideia de dúvida, exprime uma ação irreal, hipotética"

  • Prazer, Elaine!! Ótimo comentário. No caso do verbo no presente do indicativo como na opção "b", o verbo está correto. Não consigo perceber o erro. No caso do verbo no presente do subjuntivo, concordo contigo. Acho que esses comentários são excelentes e são muito construtivos. Grato!

  • Deveria ser não nos demos (pretérito perfeito - que indica uma ação acabada conta) e não no indicativo, damos!

  • Márlon,

    Como Elaine já comentou, na letra "b" o verbo "dar" deveria estar no presente do subjuntivo, pois a expressão revela dúvida, incerteza.  Da forma usada na alternativa, no presente do indicativo, "damos" traz a ideia de certeza, o que não coaduna com a palavra "talvez" trazida antes do verbo na expressão!

  • Não entendi pq a letra C está errada. Alguém pode me ajudar?

  • Daniella vc esta equivocada.. DEmos esta no presente do Subjuntivo e DAmos esta no presente do Indicativo.

  • Laura M, a letra C não está errada, a única incorreta é a B, portanto, o gabarito.


    Na letra C: “... o fato de que bandeiras vermelhas – ou azuis ou amarelas  ou verdes ou brancas ou pretas – podem ser  tranquilamente  exibidas em atos públicos...” 

    O verbo "podem" está concordando com o núcleo do sujeito "bandeiras", e está correto!  ;)

  • b)“Cinquenta  anos  depois,  é  um  tremendo  progresso,  do  qual  talvez nem nos damos conta...”

    Modo subjuntivo  - fatos incertos; futuro  --> talvez  -  CORRETO: nos demos

  • talvez exige o modo subjuntivo

  • seria "o" e não "nos". "o damos"

    Presente:
    - pode ocorrer com valor de perfeito, indicando um processo já ocorrido no passado (presente histórico).

  • Letra B.

     

    Comentário:

     

    A questão pede o emprego incorreto do verbo.

     

    A alternativa (A) está correta, pois o pretérito imperfeito do indicativo transmite um hábito, uma rotina no passado. Além

    disso, “eram” e “preparava” são dois verbos que combinam o emprego  e ambos estão no mesmo tempo verbal.

     

    A alternativa (B) é a errada, pois o advérbio de dúvida “talvez” força o emprego do tempo verbal presente do subjuntivo. Veja:
    “... é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos demos conta...”

     

    A alternativa (C) está correta, pois o contexto admite o emprego do presente do indicativo.

     

    A alternativa (D) está correta, pois a locução conjuntiva concessiva “sem que” força o emprego do verbo no modo subjuntivo.

    Veja que “considere” encontra-se no presente do subjuntivo.

     

    A alternativa (E) está correta, pois o contexto exige um verbo que transmita uma ação perfeitamente acabada, como ocorre

    com o pretérito perfeito do indicativo “deixou”.

     

     

     

    Gabarito: B

     

     

    Prof. Décio Terror

  • É ''demos'' no lugar de ''damos''

    O advérbio de dúvida “talvez” força o emprego do tempo verbal presente do subjuntivo. Veja:
    “... é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos demos conta...”

    O advérbio ''talvez'' (dubitativo) pede verbo no modo subjuntivo.

     

     

  • gabarito B

    Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos (demos) conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

    presente do subjuntivo

    que nós demos


ID
1282363
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





Não deve  ser  considerado  como  avanço  institucional  inegável o  seguinte ponto:

Alternativas
Comentários
  • "Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência. " Acho que essa parte do texto justifica a letra B. Apesar de eu ter errado, olhando de novo,acho que é isso. Me corrijam se estiver errada.

  • Viajei nessa questão!


  • "Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência." 

    Nesse trecho do texto o autor mostra que não houve evolução. 


ID
1282366
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





Todas as frases a seguir mostram uma forma verbal de infinitivo sublinhada. A forma de sua nominalização só não está adequada em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: LETRA A.


    Depor, no sentido da letra "a" significa tirar do poder por meio da força, contra a vontade do presidente, e não depoimento.

  • que acabaria na deposição do presidente, seria o correto

  • Acabaria por depor, é o mesmo que, iniciaria o depoimento,  e não ao contrário como diz Letra A .

  • o certo seria "acabaria na deposição do presidente"

  • Gabarito: letra "a". 

    Abaixo um link com vários significados da palavra depor:

    http://www.michaelis.com.br/busca?palavra=depor

    de·por

    vtd e vtdi

    1 Tirar alguém de seu posto ou cargo; exonerar. 

    (...)

    vtd e vint

    8 Prestar depoimento em juízo. 


    --- 

    Na frase da letra "a" o sentido de depor é exonerar, tirar do cargo e não o sentido de prestar depoimento. 




  • Creio que "por depor" tem valor de gerúndio.

    por  depor  = depondo

  • a) A nominalização de ''depor'' é ''deposição''

    c)  ''    ''      ''     ''acenar'' é ''aceno''

  • O erro está na letra “a”, pois o verbo “depor” pode trazer dois sentidos:

    Destituir de cargo, função, posto>>>deposição de um presidente

    Prestar declarações em investigação oficial>>>depoimento da testemunha.

    O sentido da assertiva é o primeiro, não o segundo.

    Os verbos “verificar”, “assinar” e “resolver” receberam sufixos substantivadores. Já a palavra “aceno” foi formada por regressão do verbo “acenar”.

    Gabarito letra A.

    Fonte: Prof. Felipe Luccas

  • Alternativa A

    DEPOR refere-se à SER DEPOSTO, e não DEPOIMENTO.


ID
1282372
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil”.

Todos os termos sublinhados mostram apreciações de valor.

Assinale a opção em que a estratégia de valorização está identificada corretamente.

Alternativas
Comentários
  • b) bastante: indica a grande dimensão de uma ação, a ação de progredir

    c:) positivo: mostra apenas uma qualidade, não significa que seja surpreendente

    d) formidável : essa sim é uma qualidade surpreendente, pois enseja algo extraordinário, excelente

    e) atraso: alude a qualidades negativas em quantidade, em tantas áreas como do Brasil


    Caos tenha algo errado, corrijam por favor!

  • Jesus ! Como lidar com essas questões de interpretações absurdas?

  • Complementando:

    a) Bom = matiza ( gradua)  positivamente uma ação. Ação de olhar pra trás.
  • Com relação à letra a), gostaria de fornecer mais uma interpretação para a valorização da palavra "bom". Nesse caso poderíamos entender que o "bom" está sendo usado no sentido de "ser necessário, conveniente, oportuno". Vejamos uma reescrita da frase:"É necessário (conveniente, oportuno, aconselhável, bom) olhar para trás para verificar que, pelo menos...". Neste caso então haveria um sentido de "conveniência, aconselhamento ou até mesmo indicação" para que a ação fosse feita, o que, a meu ver, não é necessariamente a mesma coisa que "matizar positivamente a ação" como sugere a questão. Alguém concorda com essa ideia ? Abraços e bons estudos p/ todos.

     

  • Discordo totalmente desse gabarito, o termo "bom" não pode ser entendido como uma ação positiva, pois está claro que está dando uma ideia de necessidade, oportunidade. Veja que poderíamos reescrever a frase dessa forma sem perder a ideia da oração: "É preciso olhar para trás..."

     

    Alguém discorda?

  •  a) Bom / matiza positivamente uma ação.

    CERTO: MATIZA A AÇÃO DO VERBO OLHAR.

     

     b) Bastante / indica a grande dimensão de uma qualidade. 

    ERRADO: INDICA DIMENSÃO DA AÇÃO PROGREDIR.

     

     c) Positivo / mostra qualidade surpreendente. 

    ERRADO: MOSTRA O QUANTITATAIVO DE DADO.

     

     d) Formidável  /  refere-se  a  quantidades  pequenas,  mas  significativas. 

    ERRADO: REFERE-SE À QUNTIDADES DE COLEÇÃO DE PROPRLEMAS.

     

     e) Atraso / alude a quantidades e qualidades negativas. 

    ERRADO: ALUDE A QUANTIDADES APENAS.

  • Essa é absurda FGV...........como pode?

  • Sinceramente não consegui visualizar a resolução dessa questão. Indiquei para comentários do professor.... 

  • b) Bastante / indica a grande dimensão de uma qualidade. 

    ERRADO: INDICA DIMENSÃO DA AÇÃO PROGREDIR.

    Quem indica qualidade é adjetivo e na questão bastante está se referindo ao verbo, que por sua vez expressa ação.


ID
1282375
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“Espero que esse novo passo não leve 50 anos”.

A forma verbal sublinhada pertence ao presente do subjuntivo do verbo “levar”. Assinale a opção que indica a forma verbal que está incorretamente conjugada nesse mesmo tempo e pessoa.

Alternativas
Comentários
  • Verbo ANTEPOR. Presente do subjuntivo. 
    Que eu ANTEPONHA. 

  • O verbo antepor é derivado da palavra pôr. Logo sua conjugação no presente do subjuntivo fica assim:


    Eu anteponha

    Tu anteponhas

    Ele anteponha

    Nós anteponhamos

    Vós  anteponhais

    Eles anteponham

  • Coloca o verbo irregular PÔR  e depois coloca o radical das suas derivações. Dica aprenda a conjugar o verbo irregular no infinitivo e depois é so colocar os radicais dos seus derivados.

  • Para o presente do subjuntivo, sempre use "Maria quer que (eu, tu, ele...) + verbo. EX: Maria quer que eu anteponha.

    Gabarito E

  • Verbos terminados em AR no indicativo passa para o subjuntivo com E

    Verbos terminados em ER, OR e IR no indicativo passa para o subjuntivo com A

    O verbo é antepor, logo deverá no subjuntivo terminar com a vogal A, e no caso estava antepõe (Incorreto)

    O correto seria ANTEPONHAS.


  • A forma destacada na questão está na primeira pessoa do presente do subjuntivo : Que eu leve...

    Seguindo o mesmo padrão para as demais formas verbais: 

    Que eu requeira

    Que eu intervenha

    Que eu entretenha

    Que eu frequente

    Que eu antepõe?? <<< Ops, errado! Que eu anteponha. 

  • LEIA AS ALTERNATIVAS ASSIM:

    Caso eu requeira

    Caso eu intervenha

    Caso eu entretenha

    Caso eu frequente

    Caso eu ANTEPONHA

    LETRA E


ID
1282384
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A Constituição Federal de 1988 foi um marco na redefinição das  prioridades da política do Estado na área da Saúde Pública com a  criação do SUS

A esse respeito assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a  falsa. 

(   ) O  texto  constitucional  demonstra  claramente  que  a  concepção  do  SUS  estava  baseada  num  modelo  de  saúde  voltado  para  as  necessidades  da  população,  procurando  resgatar  o  compromisso  do  Estado  para  com  o  bem-estar  social. 

(   ) O  texto  constitucional  permite  que  as  instituições  privadas  participem  de  forma  complementar  do  Sistema  Único  de  Saúde, tendo preferência absoluta as entidades filantrópicas. 

(   ) O texto constitucional estabelece que a saúde é um direito de  todos  os  cidadãos,  sendo  dever  do  Estado  garantir  sua  promoção, proteção e recuperação. 

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Resposta C


    Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º.As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos

  • rt. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

    Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

    Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

    II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

    III - participação da comunidade.

    Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

    § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

  • Na verdade, haveria duas afirmações equivocadas. A saúde não é direito de todos os cidadãos. É direito de TODOS (sem qualificação de beneficiário). Cidadão, do ponto de vista constitucional, é o sujeito que se encontra em pleno gozo de direitos políticos. Ou seja: crianças, por exemplo, nesse sentido estrito de cidadania, não seriam cidadãs. O erro estaria em uma palavra, assim como está em uma palavra na assertiva dada como errada pela banca. É evidente que existe também um sentido mais abrangente de cidadania, maaaaaaaaaaaaaas...seguindo a lógica geral da questão...

  • ( V  ) O texto constitucional demonstra claramente que a concepção do SUS estava baseada num modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando resgatar o compromisso do Estado para com o bem-estar social. 

    ( F  ) O texto constitucional permite que as instituições privadas participem de forma complementar do Sistema Único de Saúde, tendo preferência ABSOLUTA as entidades filantrópicas. 

    O erro está na palavra absoluta.

    Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º.As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos

    ( V  ) O texto constitucional estabelece que a saúde é um direito de todos os cidadãos, sendo dever do Estado garantir sua promoção, proteção e recuperação. 


ID
1282393
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Segundo os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 141/2012, não é considerada uma despesa com ações e serviços públicos de saúde aquela referente

Alternativas
Comentários
  • Art. 4o  Não constituirão despesas com ações e serviços públicos de saúde, para fins de apuração dos percentuais mínimos de que trata esta Lei Complementar, aquelas decorrentes de: 

    I - pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive dos servidores da saúde; 

    II - pessoal ativo da área de saúde quando em atividade alheia à referida área; 

    III - assistência à saúde que não atenda ao princípio de acesso universal; 

    IV - merenda escolar e outros programas de alimentação, ainda que executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto no inciso II do art. 3o

    V - saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa finalidade;

    VI - limpeza urbana e remoção de resíduos; 

    VII - preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelos órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por entidades não governamentais; 

    VIII - ações de assistência social; 

    IX - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de saúde; e 

    X - ações e serviços públicos de saúde custeados com recursos distintos dos especificados na base de cálculo definida nesta Lei Complementar ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da saúde. 

  • Não entendi o que tem de errado na letra E.


ID
1282396
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Considerando o disposto na Lei nº 8.142/90 a respeito dos Conselhos e Conferências de Saúde, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) O Conselho de Saúde se reúne a cada 4 anos para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.

( ) A representação dos usuários nos Conselhos e Conferências de Saúde deve ser paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.

( ) A Conferência de Saúde atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • O Conselho de Saúde reúne a cada quatro anos? Qual documento fala isso?

    LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.
    Art. 1°

     § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.

     § 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

  • LETRA C, TROCARAM O TERMO DA LEI 8.142, NA I  e III

  • ( ) O Conselho de Saúde se reúne a cada 4 anos para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes. Conferência de Saúde, os conselhos são permanentes e deliberativos.

    ( ) A representação dos usuários nos Conselhos e Conferências de Saúde deve ser paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.

    ( ) A Conferência de Saúde atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. Conselhos de saúde que atuam no controle da execução, até porque ele tem que ser feito de forma continua, então lembrem, que deverá ser feito por um órgão permanente, que neste caso não seria a conferência, já que, ela acontece de 4 em 4 anos.

    Gab.: c

  • Conselho de Saúde se reúne a cada 4 anos para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes. Conferência de Saúde, os conselhos são permanentes e deliberativos.

    ( ) A representação dos usuários nos Conselhos e Conferências de Saúde deve ser paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.

    ( ) A Conferência de Saúde atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. Conselhos de saúde que atuam no controle da execução, até porque ele tem que ser feito de forma continua, então lembrem, que deverá ser feito por um órgão permanente, que neste caso não seria a conferência, já que, ela acontece de 4 em 4 anos.


ID
1282399
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde – COAP deve conter as disposições essenciais relacionadas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Decreto 7508/11- Art. 33-41

  • Art. 36.  O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde conterá as seguintes disposições essenciais:

    I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais;

    II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito regional e inter-regional;

    III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos perante a população no processo de regionalização, as quais serão estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o perfil, a organização e a capacidade de prestação das ações e dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde;

    IV - indicadores e metas de saúde;

    V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde;

    VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente;

    VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em relação às atualizações realizadas na RENASES;

    VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas responsabilidades; e

    IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes para sua execução. 

    Parágrafo único.  O Ministério da Saúde poderá instituir formas de incentivo ao cumprimento das metas de saúde e à melhoria das ações e serviços de saúde. 

    Art. 37.  O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde observará as seguintes diretrizes básicas para fins de garantia da gestão participativa:

    I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta de sua melhoria;

    II - apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e

    III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar. 

    Art. 38.  A humanização do atendimento do usuário será fator determinante para o estabelecimento das metas de saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde. 

    Art. 39.  As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde serão pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua implementação. 


ID
1282402
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

O Conselho Nacional de Saúde é responsável por estabelecer

Alternativas
Comentários
  • DECRETO Nº 5.839 DE 11 DE JULHO DE 2006

    ARTIGO 2º - AO CNS COMPETE:

    I - ATUAR NA FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E NO CONTROLE DA EXECUÇÃO  DA POLITICA NACIONAL DE SAÚDE, NA ESFERA DO GOVERNO FEDERAL, INCLUSIVE NOS ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS

    II - ESTABELECER DIRETRIZES A SEREM OBSERVADAS NA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE SAÚDE, EM FUNÇÃO DAS CARACTERISTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E DA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

    III - ELABORAR CRONOGRAMA DE TRANSFERENCIA DE RECURSOS FINANCEIROS AOS ESTADOS, AO DISTRITO FEDERAL E AOS MUNICIPIOS, CONSIGNADOS AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

    IV - APROVAR OS CRITÉRIOS E VALORES PARA REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS E OS PARÂMETROS DE COBERTURA ASSISTENCIAL

    V - PROPOR CRITÉRIOS PARA A DEFINIÇÃO DE PADRÕES E PARÂMETROS ASSISTENCIAIS

    VI - ACOMPANHAR E CONTROLAR A ATUAÇÃO DO SETOR PRIVADO DA ÁREA DA SÁUDE, CREDENCIADO MEDIANTE CONTRATO OU CONVÊNIO

    VII - ACOMPANHAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E INCORPORAÇÃO CIENTIFICA E TECNOLOGICA NA AREA DE SAÚDE, VISANDO A OBSERVAÇÃO DE PADRÕES ÉTICOS COMPATIVEIS COM  O DESENVOLVIMENTO SÓCIO CULTURAL DO PAIS

    VIII - ARTICULAR-SE COM O MINISTERIO DA EDUCAÇÃO QUANTO A CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS DE ENSINO SUPERIOR NA AREA DA SAUDE, NO QUE CONCERNE A CARACTERIZAÇÃO DAS NECESSIDADE SOCIAIS

  • Decreto 7.508/2011

    Art.15 § 3o O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com as características epidemiológicas e da organização de serviços nos entes federativos e nas Regiões de Saúde.

  • Gente, eu me confundia bastante com CNS, CIT, comissões intergestoras no geral e etc... Pela lei 8080 eu sei que o CNS esta relacionado ao plano de saúde, comissões intersetoriais e  CONITEC, valores remuneração serviços complementar... Enfim,,, vi que essas eles misturam bastante nas questões. Então, gravem esses  itens atrelados ao CNS e desejo que façam boas questões!


ID
1282405
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A respeito da atuação das Comissões Intergestores, analise as afirmativas a seguir.

I. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre gestores quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

II. As Comissões Intergestores Tripartite devem pactuar as diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, a integração de limites geográficos e suas referências e contrarreferências.

III. A Comissão Intergestores Regional – CIR é vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • As afirmativas I e III estão corretas.

  • LEI Nº 12.466, DE 24 DE AGOSTO DE 2011

    Acrescenta arts. 14-A e 14-B à Lei nº 8.080

     

    Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo:

    I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde;

    II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes federados;

    III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados.”


ID
1282408
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com o Decreto nº 7.508/11, o “espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde” corresponde à definição de

Alternativas
Comentários
  • Art. 2o  Para efeito deste Decreto, considera-se:

    I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;

  • Art. 2o  Para efeito deste Decreto, considera-se:

    I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;

  • GABARITO: LETRA E

    Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:

    I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;  

    DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.

  • GABARITO: LETRA E

    Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:

    I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;

    FONTE: DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.

  • BIZU

    Região de Saúde envolve -espaço geográfico.

    Mapa de Saúde envolve -descrição geográfica.

  • A

    Rede de Atenção à Saúde (As redes ou sistemas de atenção à saúde (RAS) constituem “arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado”.

    B

    Distrito Sanitário (Distrito sanitário compreende uma área geográfica que comporta uma população com características epidemiológicas e sociais e suas necessidades, e os recursos de saúde para atendê-la.

    C

    Região Adstrita (adjetivo Ligado; que permanece unido ou ligado a: posto de saúde adstrito ao hospital central. Que está submisso ou sujeito a: o réu ficará adstrito à sentença.)

    D

    Mapa da Saúde. (Trata-se de uma ferramenta preliminar para a análise em saúde , subsidiando o planejamento integrado dos entes federativos e o estabelecimento de metas , a serem monitoradas pelos gestores e acompanhadas pelos Conselhos de Saúde.- panorama da real situação)

    E

    Região de Saúde (Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;

    DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011


ID
1282411
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Considerando as normas para a aplicação e repasse de recursos destinados às ações e aos serviços de saúde pelos entes públicos, analise as afirmativas a seguir.

I. Os recursos da União serão repassados ao Fundo Nacional de Saúde e às demais unidades orçamentárias que compõem o órgão Ministério da Saúde, para aplicação em ações e serviços públicos de saúde.

II. Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos sobre propriedade predial e territorial urbana.

III. O Distrito Federal aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% (quinze por cento) do produto da arrecadação direta dos impostos que não possam ser segregados em base estadual e em base municipal.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  •  I.  CORRETA

    LC 141/2012 - Art. 12. Os recursos da União serão repassados ao Fundo Nacional de Saúde e às demais unidades orçamentárias que compõem o órgão Ministério da Saúde, para ser aplicados em ações e serviços públicos de saúde

     

     

     

     II.  Os  Estados  e  o  Distrito  Federal  aplicarão,  anualmente,  em  ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por  cento)  da  arrecadação  dos  impostos  sobre  propriedade  predial e territorial urbana. INCORRETA

     

    LC 141/2012 - Art. 6o. Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam o art. 157, a alínea "a" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios.

     

    CF. - Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

    I - propriedade predial e territorial urbana; (IPTU)

     

     

     

    III.  O Distrito Federal aplicará, anualmente, em ações e serviços  públicos  de  saúde,  no  mínimo,  15%  (quinze  por  cento)  do  produto da arrecadação direta dos impostos que não possam  ser segregados em base estadual e em base municipal.  INCORRETA

     

    LC 141/2012 - Art. 8o  O Distrito Federal aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) do produto da arrecadação direta dos impostos que não possam ser segregados em base estadual e em base municipal. 

     

     


ID
1282414
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Preferências monotônicas e preferências convexas apresentam como característica, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • (a) VERDADEIRO + VERDADEIRO = [VERDADEIRO]

    consumir mais dos bens é melhor: PREFERENCIAS MONOTONICAS: realmente, nas preferências monotônicas, mais de ambos os bens é melhor para o consumidor; menos de ambos os bens representa uma cesta pior. 

    // uma  combinação entre  os bens é preferível a consumir tudo de um e nada do outro: PREFERENCIAS CONVEXAS: realmente, é preferivel combinar os bens do que especializar-se apenas no consumo de um único bem!

    (b) FALSO + FALSO = [FALSO]

    consumir  mais  de  alguns  bens  é  melhor: PREFERENCIAS MONOTÔNICAS: falso, pois nas preferências monotônicas, o ideal é consumir os bens em conjuntos (melhor do que consumir de forma especializada, de um a um);

    //  especializar  o  consumo é preferível a diversificar: PREFERÊNCIAS CONVEXAS: falso, pois esse "especializar o consumo é preferível a diversificar" está mais ligado às preferências côncavas. Como exemplo, tem-se o consumo de sorvete e azeitonas - não é legal consumir os dois em conjunto, mas sim um num momento e outro em outro momento; nas preferências convexas, os bens são consumidor em conjunto.

    (c) FALSO + VERDADEIRO = [FALSO]

    gastar  todo o  rendimento no consumo de um cesta de bens: PREFERENCIAS MONOTÔNICAS: falso, pois nas preferências monotônicas não há que se falar em especialização; especialização está mais ligado às preferencias côncavas (e não convexas, que são as monotônicas);   

    //  a  quantidade  média  dos  bens  é  preferível  a  quantidade  mediana: verdade, pois essas são as características das preferências monotônicas; "a cesta média será pelo menos tão boa quanto ou estritamente preferida a cada uma das duas cestas extremas;

    (d) FALSO + VERDADEIRO = [FALSO]

    substituir um bem pelo outro a medida que a renda se eleva:  Falso, pois essa substituição está mais ligado às preferências côncavas,e não convexas (que é característica das preferências monotônicas)

    // diversificar o consumo pode ser preferível. Realmente a diversificação é uma característica das preferências convexas pois sabemos que mais é melhor (em caso de bens e não males) - ou seja , monotonicidade de preferências (que são convexas).

    (e) VERDADEIRO + FALSO = [FALSO]

    consumir  mais  é  melhor  do  que  menos: realmente, essa é uma característica das preferências monotônicas (mais de ambos os bens são preferíveis a menos de ambos os bens);  

    //  a  utilidade  é  crescente  quando  o  máximo  das  quantidades  dos  bens  é  considerado: falso, pois nas preferências convexas, as médias são preferidas aos extremos.  

  • Questão simples, sabendo o conceito de convexidade já dá pra matar a charada.

     

    As preferências convexas tornam a curva de Utilidade convexa (óbvio), no estilo Cobb-Douglas, com assintose a ambos os eixos (a curva nunca toca os eixos).

     

    Ou seja, ao longo da curva de Utilidade há infinitos pontos de combinação entre os bens que geram a mesma utilidade ao consumidor.

     

    A sacada é a seguinte: se traçarmos uma reta secante pelo meio da curva U, termos 2 pontos secantes à ela com cestas de mesma utilidade, ok, mas os demais pontos da reta secante estarão ACIMA da curva U no espaço consumo: isso significa que em tais pontos há maior utilidade. Ou seja, em pontos MÉDIOS (reta secante), as cestas resultam em MAIOR utilidade, pois a diversificação é SECANTE em relação à convexidade.

     

    Ou seja, a convexidade resulta na possibilidade de uma secante de cestas diversificadas ser superior à própria curva U.

     

    Olhando para as alternativas a única que descreve isso é a A (uma combinação entre os bens é preferível a consumir tudo de um e nada do outro).

     

    GABARITO: A

     

    Bons estudos!


ID
1282417
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Um exemplo de um bem de Giffen é o da batata, que ocorreu na Irlanda, no século XIX, durante uma época que houve crise de alimentos.

Nesse sentido, um aumento do preço da batata levou

Alternativas
Comentários
  • Bens de Giffen: (ou Paradoxo de Giffen) trata-se de uma exceção à Lei da Demanda, ou seja, são casos em que os aumentos de preço geram aumentos na quantidade demandada e reduções de preços geram reduções nas quantidades demandadas; Por exemplo: pão para famílias pobres;

    A curva dos Bens de Giffen terão inclinação positiva, direta, ascendente ou crescente;

    Esse tipo de Bens possuem elevada importância no consumo do indivíduo, como, por exemplo as batatas citadas na questão, na Irlanda daquela época, pois por serem bens importantes naquele periodo, mesmo se aumentasse o preço, aumentaria-se as quantidades demandadas;

  • o Bem de Giffen é um tipo de bem inferior em que o efeito renda suplanta o efeito substituição!


ID
1282420
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação às tecnologias de produção e suas propriedades, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) Se uma função de produção apresenta retornos crescentes de escala, logo, ela deve apresentar produto marginal crescente em cada um dos insumos utilizados no processo produtivo.

( ) Se o produto marginal dos alimentos for crescente, a produção mundial de alimentos poderia ser feita em um pequeno jardim de uma casa.

( ) A função de produção Cobb-Douglas pode apresentar retornos constantes, crescentes e decrescentes de escala, dependendo do valor de seus parâmetros.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • (F) Se uma função de produção apresenta retornos crescentes de  escala,  logo, ela deve apresentar produto marginal crescente  em cada um dos insumos utilizados no processo produtivo
    Quando a função de produção apresenta retornos crescentes de escala, se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção maior. Exemplo: supondo um aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra e de capital, a produção aumenta em mais de 10%. Significa que as produtividades médias dos fatores de produção aumentaram.
    (V ) Se  o  produto  marginal  dos  alimentos  for  crescente,  a  produção  mundial  de  alimentos  poderia  ser  feita  em  um  pequeno jardim de uma casa
    É verdadeira mas não sei explicar =/
    (V) A  função  de  produção  Cobb-Douglas  pode  apresentar  retornos  constantes,  crescentes  e  decrescentes  de  escala,  dependendo do valor de seus parâmetros


ID
1282426
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma empresa atua em um mercado competitivo no qual deve decidir se encerra as suas atividades no curto prazo ou não.

O encerramento de suas atividades ocorre quando

Alternativas
Comentários

  • letra b)

    A empresa opta por encerrar quando CMg < CVMe. Veja o gráfico que fiz (não consegui colar a figura aqui):


    https://lh4.googleusercontent.com/-H9kFiaeW87k/VFDEEp4bqZI/AAAAAAAACa0/_OeeqxKPOLg/w670-h747-no/CAM00433.jpg
  • Em concorrência perfeita P= CMg

    Condição para encerrar atividade no curto-prazo: P < Cvme

    Logo,  P= Cmg < CVME/Gab. B

  • Se no Lucro Máximo (Cmg = P), ela ainda não consegue cobrir o Custo Variável Médio, então deve encerrar.

    Encerra quando

    Curto Prazo : P < CVme 

    Longo Prazo: Se P < Cme (Nenhum custo é fixo no longo prazo)

    Se a Receita Total não cobre nem os Custos Variáveis, ela deve encerrar, pois é mais vantajoso arcar somente com os custos Fixos.

    Se a Receita Cobre os Custos Variáveis, é vantajoso continuar, pois a Receita cobre uma parte do Custo Fixo. Se ela encerrar, terá o Custo Fixo Total como prejuízo.


ID
1282429
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação às curvas de custo, analise as afirmativas a seguir.

I. A curva de custo marginal intercepta a curva de custo médio no ponto de mínimo.

II. O custo variável é igual à área abaixo da curva de custo marginal.

III. A curva de custo médio de curto prazo é a envoltória inferior das curvas de custo médio de longo prazo.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • A assertiva III está INCORRETA. 

    É exatamentao ao contrário, a curva de custo médio de LONGO PRAZO é que é a "curva envoltória" das curvas de custo médio de curto prazo, e mostra o menor custo unitário (CMe) para produzir, a cada tamanho da planta.
    Link para ver o gráfico que fiz: 
  • GAB: LETRA C

    Complementando!

    Fonte: Celso Natale - Estratégia

    Item I - Q893283 -> A curva de custo médio é interceptada pela curva de custo marginal em seu ponto de máximo; isso ocorre porque a curva de custo marginal está em sua parte ascendente. (ERRADO)

    Item III - Até  ficaria  certo  reescrevendo  assim:  

    “A  curva  de  custo  médio  de  longo  prazo  é  a envoltória inferior das curvas de custo médio de curto prazo.” 


ID
1282432
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Suponha o caso clássico do modelo IS-LM. Assinale a alternativa que indica a descrição correta de uma estática comparativa para esse caso.

Alternativas
Comentários
  • No caso clássico do modelo IS-LM = curva LM é VERTICAL

    bons estudos!

  • A) É exatamente o contrário. No Caso Clássico, a demanda por moeda se dá apenas para transacionar. Zero retenção! Assim, a política monetária é eficaz.

    b) Errado. Como vimos, a política monetária é eficaz. A fiscal que não é.

    c) É exatamente o contrário. No Caso Clássico, como a demanda por moeda é totalmente destinada para transação, a expansão fiscal causa uma alta tão grande da taxa de juros que o aumento na renda que seria gerado por ela é totalmente compensado pela queda do investimento.

    d) Errado. Uma política monetária contracionista ELEVA os juros e não o contrário.

    e) É isso! Essa é a situação em que o efeito crowdint-out é total, ou seja, a expansão fiscal expulsa o investimento no mesmo montante, de maneira que a política fiscal é nula sobre a renda.

    Resposta: E


ID
1282435
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação à estrutura de balanço de pagamentos, analise as afirmativas a seguir.

I. A balança de transações correntes é composta pelas balanças comercial, de serviços e de rendas e pelas transferências unilaterais correntes.

II. A transferência líquida de recursos ao exterior é, por definição, igual ao hiato de recursos.

III. A remessa de juros ao exterior afeta positivamente o saldo dos capitais compensatórios.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Item I - CORRETO. A balança de transações correntes é composta pelas balanças  comercial,  de  serviços  e  de  rendas  e  pelas  transferências  unilaterais correntes. A balança de transações correntes pela metodologia velha é composta por: A) Balança Comercial, B), Balança de Serviços e C) Transferências Unilaterais; já a Balança de Transações Correntes pela Metodologia Nova é composta por: A) Balança Comercial, B) Serviços, C) Rendas e D) Transferências Unilaterais Correntes.

    A questão usou composição da Metodologia Nova.

    Item II - FALSO. A  transferência  líquida  de  recursos  ao  exterior  é,  por  definição, igual ao hiato de recursos. O conceito de Transferência Líquida de Recursos ao Exterior é o oposto do conceito de Hiato de Recursos. Naquele, a TLR, representam o excesso de exportações (X) sobre as Importações (M) de bens e serviços. Ou seja, TLR = X - MJá o conceito de Hiato de REcursos é a situação em que a TLR é negativa. Por exemplo, se um país importar 100 e exportar 80, significa que a produção interna foi insuficiente. ou seja, houve hiato de recursos no valor de 20 (100 - 80).

    Item III - CORRETO. Não sei justificar!
  • A alternativa III refere-se à antiga estrutura do BP, em q havia a conta Capitais Compensatórios, não mais vigente.

  • Sobre a alternativa III: No antigo modelo do BP, os capitais compensatórios existiam para "zerar" a conta final.

    A remessa de lucros ao exterior é um fato que é registrado como "negativo" no cálculo do BP. Logo, para zerar o saldo final, deverá ser feito um lançamento "positivo" equivalente nos capitais compensatórios.


ID
1282438
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Economistas e analistas discutem atualmente a possibilidade de a economia brasileira estar no nível de pleno emprego.

Nesse sentido, o modelo clássico mostra que

Alternativas
Comentários
  • Uma dúvida na letra a): fique com dúvida nessa letra a) na parte "elevação da produtividade marginal do trabalho"...por ser a oferta verticalizada, achei que só os salários reais variassem. Alguém explica? o.O

  • No modelo clássico o produto marginal do trabalho é igual ao salário real.

  • Eu entendo que a oferta é vertical,  pois a economia opera em pleno emprego

  • Melkzedec, no LP a curva de OA é vertical, significando que ela só pode ser alterada caso a disponibilidade dos fatores de produção sejam alterados ou a própria função de produção. A economia já opera em pleno emprego. Um aumento da produtividade marginal do trabalho seria capaz de aumentar a produção sem alteração dos fatores de produção já existentes, compreende?


ID
1282441
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No caso do modelo Mundell-Fleming, a política fiscal expansionista tende a

Alternativas
Comentários
  • No  caso  do  modelo  Mundell-Fleming, a  política  fiscal  expansionista tende a

  • a) elevar o nível de renda da economia, mas com a taxa de juros  permanecendo constante.

    FALSO. Realmente, a política fiscal expansionista no Modelo Mundell-Fleming eleva o nível de renda na economia...fato! Agora, quanto à taxa de juros, ela não permanece constante. Ora, a política fiscal expansionista expande a produção e, portanto, a renda, o que eleva a taxa de juros doméstica. Com perfeita mobilidade de capitais, o aumento da taxa de juros doméstica provoca uma entrada importante de capitais financeiros, pressionando a taxa de câmbio para baixo.


    b) ter efeito nulo tanto no nível de renda da economia como na  taxa de juros, mas com o câmbio mais valorizado. 

    FALSO. Na política fiscal expansionista, no caso do modelo Mundell-Fleming, o efeito sobre o nível de renda, bem como da taxa de juros não é nulo, muito pelo contrário, ocorre a expansão da produção e, portanto, da renda, o que eleva a taxa de juros doméstica. Com perfeita mobilidade de capitais, o aumento da taxa de juros doméstica provoca uma entrada importante de capitais financeiros, o que acaba por pressionar a taxa de Câmbio para baixo (ou seja, câmbio desvalorizado).

  • Neste caso, onde a questão não menciona o regime de câmbio, devemos considerar a tx de câmbio como FLUTUANTE.

    Sendo assim, a expansão da política fiscal fará com q a curva IS se desloque para a direita, valorizando a moeda nacional. 

    Ao valorizar a moeda nacional, os produtos importados tornam-se mais baratos, forçando a IS a se deslocar de volta.

    Logo, gab letra B.

     


ID
1282447
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação ao Plano de Metas, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A racionalidade do Plano de Metas era buscar um processo de desenvolvimento calcado em uma indústria integrada, que fosse também uma resposta ao estrangulamento externo gerado pelo processo de substituição de importações.

( ) O governo usou o investimento por parte das empresas estatais, como uma das fontes de financiamento do plano.

( ) Uma das consequências do plano foi a aceleração inflacionária, devido a ausência de um reforma fiscal que fosse coerente com as metas e gastos do plano.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • ( ) A racionalidade do Plano de Metas era buscar um processo de desenvolvimento calcado em uma indústria integrada, que fosse também uma resposta ao estrangulamento externo gerado pelo processo de substituição de importações. 
    VERDADEIRO. 

    SEGUNDO GREMAUD: 
    >>O PLANO DE METAS FOI ADOTADO NO GOVERNO DE JUSCELINO KUBITSHCHEK. 
    >>A LÓGICA DO PLANO DE METAS NÃO É APENAS RESPONDER MERAMENTE A UM ESTRANGULAMENTO EXTERNO, MAS SIM BUSCAR PROMOVER A MONTAGEM DE UMA ESTRUTURA INDUSTRIAL INTEGRADA. 
    >> OU SEJA, O PRINCIPAL OBJETIVO DO PLANO ERA ESTABELECER AS BASES DE UMA ECONOMIA INDUSTRIAL MADURA NO PAÍS, ESPECIALMENTE APROFUNDANDO O SETOR PRODUTOR DE BENS DE CONSUMO DURÁVEIS (COMO, POR EXEMPLO, A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA). 
    ======================== 
    ( ) O governo usou o investimento por parte das empresas estatais, como uma das fontes de financiamento do plano. 
    VERDADEIRO.
    ======================== 
    ( ) Uma das consequências do plano foi a aceleração inflacionária, devido a ausência de um reforma fiscal que fosse coerente com as metas e gastos do plano. 
    VERDADEIRO. 
    SEGUNDO GREMAUD, OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO PLANO ESTAVA NA QUESTÃO DO FINANCIAMENTO. OS INVESTIMENTOS PÚBLICOS, NA AUSÊNCIA DE UMA REFORMA FISCAL CONDIZENTE COM AS METAS E OS GASTOS ESTIPULADOS, PRECISARAM SER FINANCIADOS PRINCIPALMENTE POR MEIO DE EMISSÃO MONETÁRIA (O QUE SE OBSERVOU NO PERÍODO, COM ISSO, FOI UMA ACELERAÇÃO INFLACIONÁRIA).

  • FGV dora o termo "indústria integrada" para o período do Plano de Metas... #ficaadica


ID
1282450
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O período conhecido como Milagre Econômico (1968-1973) apresentou taxas de crescimento econômico muito altas, com valores acima de 10% ao ano.

As principais fontes de crescimento estão listadas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • O MILAGRE ECONÔMICO (1968-1973) ocorreu nos governos de Costa e Silva e Médici, e com Ministro da Fazenda Delfim Neto, e caracterizou-se pelas maiores taxas de crescimento do produto brasileiro na história recente, com relativa estabilidade de preços. [Gremaud, 2009]

  • a) A  maior  liberdade  de  atuação  das  empresas  estatais,  com  elevação do seu investimento

    VERDADEIRO. Segundo Gremaud (2009), o aumento de investimento das empresas estatais foram uma as principais fontes de crescimento - com a política da "verdade tarifária" associada à maior liberdade de atuação dessas empresas, observou-se, no período, um aumento nos investimentos e o processo de conglomeração dessas empresas; a Petrobrás e a Vale do Rio Doce são exemplos típicos desse processo. Nesse período, surgiram 231 novas empresas estatais; [Gremaud, 2009]

  • c) A  expansão  das  exportações,  devido  ao  financiamento  externo destinado à indústria de consumo

    FALSO. Realmente, a expansão das exportações foi uma das principais fontes de crescimento no período denominado como "Milagre Econômico" (1968-1973); porém, o crescimento das exportações foi graças ao crescimento no comércio mundial e à melhora nos termos de troca, bem como às alterações promovidas na política externa do país e aos incentivos fiscais. Ou seja, a causa da expansão das exportações não foi o citado pela assertiva, qual seja, "devido ao financiamento destinado à indústria de consumo". [Gremaud, 2009]


ID
1282453
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação ao II PND, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) O plano seguiu a lógica do ajustamento, pois acreditava-se, na época, que a contenção da demanda interna evitaria que o choque externo se transformasse em inflação permanente.

( ) O foco do plano foi o crescimento da indústria de bens duráveis, o que agravou a desigualdade de renda no país, por ser um setor com alta concentração de renda.

( ) O setor público focou no investimento do setor de insumos básicos o que geraria demanda e acabaria estimulando o setor privado a investir em bens de capital.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • ( ) O  plano  seguiu  a  lógica  do  ajustamento,  pois  acreditava-se,  na época, que a contenção da demanda interna evitaria que o  choque externo se transformasse em inflação permanente.
    FALSO, ora pois, o plano até que seguiu, num primeiro momento, na opção pelo AJUSTAMENTO, buscando o controle da demanda pelo controle da liquidez. Porém essa política não pode ser levada adiante devido, entre outras pressões, à crise financeira detonada pela quebra do Banco Halles, levando a uma grande procura pela assistência à liquidez.

    =================================================================================================

    ( ) O  foco  do  plano  foi  o  crescimento  da  indústria  de  bens  duráveis, o que agravou a desigualdade de renda no país, por  ser um setor com alta concentração de renda.  

    FALSO, pois, em verdade, temos que saber que o plano significou  uma alteração completa nas prioridades da industrialização brasileira do período anterior (Milagre): de um padrão baseado no crescimento do setor de BENS DE CONSUMO DURÁVEIS com alta concentração de renda, a economia deveria passar a crescer com base no setor produtor de meios de produção - BENS DE CAPITAL e INSUMOS BÁSICOS.
    ================================================================================================
    ( ) O  setor público  focou no  investimento do  setor de  insumos  básicos  o  que  geraria  demanda  e  acabaria  estimulando  o  setor privado a investir em bens de capital. 
    VERDADEIRO
  • O que é a LÓGICA DO AJUSTAMENTO? O que significa? 
    Segundo Gremaud (2009) trata-se da "Dicotomia de ajustamento ou financiamento". O contexto dessa dicotomia é o II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), que vai de 1974-1979. 
    i. AJUSTAMENTO - que continha a demanda interna e evitava que o choque externo se transformasse em inflação permanente e correção do desequilíbrio externo; 
    ii. FINANCIAMENTO - ...do crescimento, mantendo o crescimento elevando e fazendo um ajuste gradual dos preços relativos (alterados pela crise do petróleo), enquanto houvesse financiamento externo abundante. Supunha-se, nesse momento, que a crise era passageira e de pequenas dimensões.


ID
1282456
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A crise da dívida externa, na década de 1980, levou o país a um processo de ajustamento externo.

Para isso, esse processo se baseou, dentre outros pontos,

Alternativas
Comentários
  • O PROCESSO DE AJUSTAMENTO EXTERNO, no Brasil, que buscava superávits, iniciou-se em 1980, de forma voluntária, e aprofundou-se a partir de fins de 1982, sob a tutela do FMI, órgão que visava fundamentalmente garantir o pagamento da dívida externa. Essa política de ajustamento baseava-se: 
    a) na contenção da demanda agregada; 
    b) em tornar a estrutura de preços relativos favorável ao setor externo;

    (Gremaud, 2009)

ID
1282459
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação ao Plano Cruzado, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A estratégia do gatilho salarial acabou ampliando a indexação da economia.

( ) O plano visava manter o mesmo padrão de distribuição de renda, via, por exemplo, definição de regras na conversão de preços na época da substituição do cruzeiro pelo cruzado.

( ) As medidas adotadas, como a criação da Secretaria do Tesouro Nacional, permitiram maior controle das contas públicas.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • O PLANO CRUZADO foi lançado em 28-2-1986 e surgiu num contexto de aceleração inflacionária no final do ano anterior e início de 1986.
    O Plano Cruzado introduziu uma nova moeda, substituindo o cruzeiro pelo Cruzado, e definiu regras de conversão de preços e salários de modo que se evitasse efeitos redistributivos (ou seja, buscou a promoção de um "choque neutro" que mantivesse sob o Cruzado o mesmo padrão de distribuição de renda do cruzeiro).

    (Gremaud, 2009)

ID
1282462
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O Plano Real foi implementado em três etapas: ajuste fiscal, indexação completa da economia via URV e reforma monetária via conversão da URV em R$.

A primeira etapa se caracterizou

Alternativas
Comentários
  • b) pelo  aumento  dos  impostos,  o  que  possibilitou  elevar  as transferências do governo federal  para estados e  municípios, melhorando a saúde financeira destes. FALSO.

    Realmente, o Plano Real dividiu o ataque ao processo inflacionário em três fases: (i) ajuste fiscal; (ii) indexação completa da economia - Unidade Real de Valor (URV); (iii) reforma monetária - transformação da URV em reais (R$).
    A criação do Plano de Ação Imediada (PAI), dentro da fase (i) ajuste fiscal, foi lançado em meados de 1993, que determinava um corte de gastos da ordem de US 7 bilhões concentrado nas despesas de investimento e pessoal.
    Ou seja, a questão b) está incorreta pois o PAI  não concentrou esforços na privatização de rodovias!

  • c) pela  criação  do  Imposto  Provisório  sobre  Movimentação  Financeira,  cujo  recolhimento  seria  fácil,  com  uma  base  tributária  ampla  além  de  não  ser  repartido  com  as  demais  esferas. (VERDADEIRO)

    Dentro do contexto de ajuste fiscal, que seria a primeira fase do Plano Real, o aumento da arrecadação se daria pela IPMF, que era um imposto novo, de caráter temporário, sobre movimentações financeiras ("imposto do cheque") com alíquota de 25% sobre o valor de toda a operação. Realmente, esse tipo de imposto apresentou uma série de vantagens para a União: a facilidade de recolhimento, a ampla base tributária (inclusive as atividades informais), e o fato de não ser compartilhado com as outras esferas de governo.
    (Gremaud, 2009)
  • d) pela  criação  do  Fundo  Social  de  Emergência,  que  seria  abastecido  com  1%  da  arrecadação  tributária,  mas  com  a  necessidade  ainda  da  União  cumprir  com  as  vinculações  constitucionais. FALSO.

    Pra começar, o FSE seria abastecido com 15% da arrecadação tributária (e não 1%). Esse fundo, que seria o terceiro elemento da fase de ajuste fiscal do Plano Real seria alimentado pela arrecadação de todos os impostos, sendo que, sob esses recursos, a União não teria que cumprir as vinculações de despesas determinadas na Constituição de 1988 (assim, o FSE ampliava os recursos livres à disposição do Governo Federal).


  • e) pela  implementação  de  um  controle  de  demanda  e  monetário, limitando a capacidade das empresas de repassar  custos aos preços. FALSO.

    Essa implementação de controles (âncoras cambiais e monetárias) está relacionada à terceira fase do Plano Real e não à primeira fase.


  • a) pelo  aumento  dos  impostos,  o  que  possibilitou  elevar  as  transferências do governo federal para estados e municípios,  melhorando a saúde financeira destes. FALSO.

    Realmente, na questão do aumento dos impostos, destaca-se o IPMF (IPMF), porém, não há que se falar em melhora da saúde financeira dos estados e municípios. Esse imposto melhorou a saúde da União, isso sim!

  • a) durante o Plano Real não houve a intenção de melhorar a saude fiscal de Estados e municípios. A idéia era fortalecer a UNIÃO, e não o contrário.

    b) o PAI foi um plano de ajuste fiscal, com políticas monetárias e fiscais restritivas. Embora as privatizações tenham ocorrido na primeira fase do Plano Real, elas não fizeram parte do escopo do PAI.

    c) gabarito

    d) o FSE foi justamente o contrário, AMPLIOU os recursos livres à disposição do gov federal.

    e) trata-se de medidas aplicadas na terceira fase.


ID
1282465
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Se A e B são dois eventos quaisquer e A c e B c são, respectivamente, seus eventos complementares.

O termo ∪ indica “união” e ∩ indica “interseção”. Logo, a probabilidade P ( Ac ∪ B c ) é igual a:

Alternativas
Comentários
  • Probabilidade do complementar de um evento: 1-P(E) ou seja se quer a uniao exclui a interseção.


ID
1282471
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Estatística
Assuntos

Suponha que um suspeito esteja sendo julgado por um crime. O julgamento é feito sempre partindo da hipótese que o suspeito é inocente.

Um erro do tipo I ocorrerá quando

Alternativas
Comentários
  • a

    erro tipo 1: rejeita h0 dado que h0 é verdadeira

  • h0: não é culpado (é inocente),

    h1: é culpado,

  • h0: não é culpado, logo, é inocente.
    h1: é culpado,

    Erro tipo I: rejeita h0 dado que h0 é verdadeira

     

    Então, o suspeito for condenado pelo crime, apesar de ser inocente.

    GABARITO: A 

     


ID
1282474
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um cliente vai até o banco e solicita um empréstimo de R$ 10.000,00. Esse empréstimo é concedido a uma taxa de 2% ao mês e o mesmo será pago integralmente após 2 anos.

Considerando o regime de juros simples, assinale a opção que indica o valor a ser pago para quitar o empréstimo após 2 anos.

Alternativas
Comentários
  • C= 10.000,00

    i = 2% ao mes

    n = 2 anos ( 24 meses)


    J=C.i.n

    J=10000.0,02.24

    J=4800,00


    M = C + J

    M = 10.000,00 + 4.800,00

    M= 14.800,00

  • FV=PV(1+IN)

    FV=10.000(1+0.02*24)

    FV=14.800,00

  • CUIDADO COM A PEGADNHA, QUESTÃO FÁCIL, MAS POR DESATENÇÃO VC PODE ERRAR.


ID
1282477
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Suponha que um investidor aplique seu capital por 2 anos em um fundo que renda um valor total de juros de 20% do capital aplicado sob o regime de juros compostos.

Assinale a opção que indica a taxa de juros nominal ao ano com capitalização semestral.

(Se necessário utilize a aproximação (1,2)¼ = 1,046).

Alternativas
Comentários
  • Vejamos,

    primeiro considero um valor qualquer para aplicar os juros.

    No caso usarei 100.

    20% do capital, no caso 100 = 120.

    Então, 100(1+i)^4 = 120 (vou considerar 4, pq 120 e o valor após 2 anos, ou esja, seis meses. Como a questão dá o valor (1,2)^1/4 = raiz de 1,2 = 1,046.

    i=1-1,046 --> i=0,046 a.s.

    Então 0,046 *2 = 0,092 = 9,2%

    9,2% é o juros nominal ao ano capitalizado semestralmente.

  • Achei a redação dessa questão chatinha.


    Tipo os dados da questão são esses:

    C=x

    M=1,2x

    n= 2 anos ou então n = 24 meses ou então n = 4 semestres ( Aqui é o segredo da questão)

    I= ? ( E o que ele deseja saber )

    M=c(1+I)^4

    1,2x=x(1+I)^4

    1,2=(1+I)^4

    I=4,6% ao semestre


    Agora transformando essa taxa para Juros nominal ao ano com capitalização mensal:


    Taxa efetiva =  Taxa nominal / periodo de tempo da capitalização

    4,2=Taxa nominal/2 ( São 2 semestres que cabem em um ano)

    Taxa Nominal = 9,2% ao ano com capitalização semestral. ( Juros nominais nada mais é do que uma forma do mercado enganar o clientes mostrando taxas de juros ficticias mais baixas do que as efetivamente praticadas nas transações comerciais)

  • 1+ I = (1+i)^n ... 

  • FV=PV(1+I)^4

    1,2PV=PV(1+I)^4

    1,2=(1+I)^4

    1,2^1/4=1+I

    IS=1,046-1

    IS=0,046

    IA=0,092=9,2%AA

  • ( 1 + i)4 = (1+0,2) 1
    1+i=(1,2)1/4
    i=0,046 (taxa efetiva com cap semestral)
    taxa nominal anual = 0,046x2 = 0,092
     

     


ID
1282480
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Seja uma nota promissória com valor de face de R$ 500,00, cujo vencimento é de 20 meses a juros simples de 2% a.m.

Assinale a opção que indica o desconto comercial simples se essa nota for descontada 5 meses antes de seu vencimento, supondo uma taxa de desconto de 4%.

Alternativas
Comentários
  • Calcula-se o valor futuro = 500(1+20*0,02)= 700

    Calculei então o valor descontado usando a formula do desconto comercial = 700(1-0,04*5)= 560

    O desconto comercial então = 700 - 560 = 140


  • PRIMEIRO SE CALCULA O VALOR FUTURO

    M=C.(1+I.N)                                      DC=VF.I.N
    M=500.(1+0,02*20)                            DC=700*0,04*5
    M=500.(1+0,4)                                    DC=700*0,2
    M=500*1,4   M=700                             DC=140
  • Não entendi porque o valor de face foi considerado como valor Atual. Ele não é nominal?


  • Olá, pessoal!

    Essa questão não foi alterada pela Banca. O Enunciado está correto, como descrito na prova publicada no site!

    Bons estudos!
    Equipe Qconcursos.com

  • Essa questão deveria ter sido anulada ou ter seu gabarito alterado. Valor de face, ou seja, do título, é o valor nominal que são os 500,00.

  • Em todos os livros que conheço o Valor de Face é o mesmo que Valor Nominal. 
     

  • Essa questão deveria ter sido anulada! Valor de face é valor nominal, valor de resgate!!!! Assim fica difícil!

  • Definição do BACEN: "Valor de uma obrigação, nota ou outro título como expresso no certificado ou instrumento. Apesar de o preço das obrigações flutuar a partir do momento de emissão até o resgate, eles são resgatados no prazo de vencimento pelo seu valor de face, a menos que tenha ocorrido default"

    Não entendi de onde a FGV tirou que valor de face é o valor presente.....

     

  • Essa questão é sinistra , você tem que achar o juros futuro , e calcular um desconto futuro dos juros futuro.Depois de achar quanto daria de juros daqui a 20 meses, a fórmula do j-cit. Vc tem que imaginar não sendo o futuro, o resultado é 700. Pega esse 700 e imagina descontar ele a uma taxa de 4% am em 5 meses.

  • questao dificil :-(

     

  • Fui fazer pela resolução do Étudiant Celli, não entendi a formula que ele usou para o desconto comercial, alguem poderia me passar por favor? 

    obrigada!

  • Questao errada, valor de face de um titulo é o seu valor com juros. mesmo que valor nominal ou valor futuro.

     

     

     

ID
1282483
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Assinale a opção que indica o montante de uma renda anual constituída por 2 termos iguais a R$ 10,00 e cujos pagamentos são postecipados.

Considere uma taxa de juros compostos de 50% ao ano.

Alternativas
Comentários
  • Fórmula para cálculos postecipados: S = R [(1+i)^n -1 / i ]

    A questão nos forneceu:

    os pagamentos = R; i = 50% aa; n=2.

    S= 10 [ (1,5)^2 -1 / 0,5] = 25


  • De outra maneira...

    Data Focal 1 = 10,00

    Data Focal 2 = 10,00

    Montante na Data Focal 2 = 10 (1+0,5) + 10 = 25,00


    Espero ter ajudado. Bons estudos!!!

  • a dica da questão está em: "pagamentos  são postecipados".

    o 1º pagto é APÓS 1º ano e o 2º APÓS o 2º ano, logo, apenas o 1º pagto é que deve ser "levado" para o futuro, pois o 2º pagto já está no futuro.

  • Dados da questão:

    i=50%a.a

    n = 2 anos

    Renda anual = R$10,00

    A expressão de cálculo do valor futuro (montante) de um fluxo de caixa uniforme, renda anual de 10 reais por ano, é:

    M= R {[(1+i)^n] -1 / i }

    M= 10 {[(1+0,5)^2] -1 / 0,5 }

    M=25

    Gabarito: Letra “D”


ID
1282486
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Sejam os seguintes projetos de investimento, mutuamente exclusivos e com a mesma vida econômica de dois períodos, caracterizados pelos seguintes fluxos de caixa:

A: {100; 100; 100}
B: {0; 0; 340}
C: {0; 300; 0}
D: {0; 300; 0}

Considere as seguintes aproximações:

1 ≈ 0,9
( 1,1)

1 ≈ 0,8
(1,1)2

Pelo critério do valor atual, um investidor que tenha um custo de oportunidade medido por uma taxa de juros de 10% por período, deve escolher

Alternativas
Comentários
  • A) 100 x 0,9 + 100 x 0,8 + 100 x 0,9 x 0,8 =  242

    B) 340 * 0,9 * 0,8 = 244,8

    C) 240

    D) 240


    O que tem maior valor presente é o Projeto B.


    Fé em DEUS! Vamos chegar lá!

  • Eu vi essa questão dessa forma:

    "vida  econômica  de  dois  períodos" = Datas focais 0, 1 e 2.

    Valor Atual A = 100 + (100 x 0,9) + (100 x 0,8) = 270

    Valor Atual B = 340 x 0,8 = 272 (Maior Valor Atual)

    Valor Atual C = 300 x 0,9 = 270

    Valor Atual D = 300 x 0,9 = 270


    Espero ter ajudado. Bons estudos!!!

  • Raio Dantas, vc se equivocou ao multiplicar duas vezes o 340.

    O valor de 0,8 ja e 1,1 elevado ao quadrado. O q vc fez foi elevar ao cubo!
  • o critério do valor atual  mede o valor presente dos fluxos de caixa GERADOS pelo projeto ao longo de sua vida útil, logo o maior fluxo de caixa gerado foi o projeto B.

    Copiando do colega Flávio Lima:
     

    Valor Atual A = 100 + (100 x 0,9) + (100 x 0,8) = 270


    Valor Atual B = 340 x 0,8 = 272 (Maior Valor Atual)


    Valor Atual C = 300 x 0,9 = 270


    Valor Atual D = 300 x 0,9 = 270

  • Caso seja a dúvida de alguém:

    100/1,1² é mesma coisa que 100/1 X 1/1,1²...

  • A questão poderia ter esclarecido se as parcelas são antecipadas ou postecipadas, assim ficaria mais claro. Fiquei com dúvida se o lançamento inicial era no ato da efetivação do compromisso ou após 1 mês.

    Bons estudos!!!


ID
1282489
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação aos objetivos da Administração Financeira, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) Em uma sociedade por ações, maximizar o preço de mercado da ação é equivalente à maximização do valor atual da ação.

( ) O problema de agency surge de interesses desalinhados entre os proprietários (principal) e os administradores (agente).

( ) Os administradores, caso não sejam monitorados, tendem a maximizar a sobrevivência da empresa para preservar seus empregos. As afirmativas são, respectivamente,

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • todos os poderes não, o LEGISLATIVO não fica subordinado a súmulas vinculantes. Nesse caso ele pode criar uma lei que vai de encontro a uma súmula vinculante.

  • As Súmulas Vinculantes NÃO OBRIGAM TODOS OS PODERES. Se não sabe é melhor vc nada escrever. Está prejudicando os colegas.


ID
1282492
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação à teoria da demanda, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) Se a função utilidade de um consumidor for do tipo Cobb- Douglas, logo, sua curva de demanda terá elasticidade preço igual a -1.

( ) No caso de um bem de Giffen, a curva de Engel é sempre negativamente inclinada.

( ) Se o preço de um bem aumentar e o consumidor não alterar sua demanda, esse bem é inferior.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

     

    (V)

     

    (V) A curva de Engel é negativamente inclinada para or bens inferiores e todo bem de Giffen é também um bem inferior.

     

    (F) Bem inferior é o bem que apresenta redução de demanda após o aumento de renda do consumidor.

    Acredito que a alternativa trata de bens muito essenciais (exemplo: remédios).

  • Questões cabulosas da FGV.

  • Em relação à teoria da demanda, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

    (V) Se a função utilidade de um consumidor for do tipo Cobb- Douglas, logo, sua curva de demanda terá elasticidade preço igual a -1.

    Um dos pressupostos das funções Cobb-Douglas é que os bens que ela representa possuem elasticidade-preço da demanda e elasticidade renda da demanda unitárias. Com EPD e ERD = 1, a função Cobb-Douglas só trata de bens normais (não trata de bens inferiores, por exemplo).

    (V) No caso de um bem de Giffen, a curva de Engel é sempre negativamente inclinada.

    Todo bem de Giffen é um bem inferior, mas nem todo bem inferior é, necessariamente, um bem de Giffen.

    (F) Se o preço de um bem aumentar e o consumidor não alterar sua demanda, esse bem é inferior.

    Se o preço do bem aumenta, e o consumidor não altera sua demanda, trata-se de bem inelástico.

    Letra B.


ID
1282495
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O caso da armadilha da liquidez no modelo IS-LM apresenta como característica

Alternativas
Comentários
  •  ilustração gráfica da situação de Armadilha de Liquidez

    http://3.bp.blogspot.com/-PFdAUfLxJW4/UfPWyUMtJWI/AAAAAAAAAi8/tmU8o5GBmt0/s1600/ArmadilhadeLiquidez.png

    a curva LM é HORIZONTAL e a política fiscal será eficaz.

    bons estudos!

  • d) uma política monetária expansionista totalmente eficaz, com  elevação da renda e manutenção da taxa de juros. FALSO;

    No caso de armadilha da liquidez no modelo IS-LM, uma política monetária expansionista É INEFICAZ! Na situação de armadilha da liquidez, somente a política fiscal será capaz de aumentar a renda da economia; se houver política monetária expansiva, a curva LM não será alterada no trecho keynesiano (apenas em seu restante).


  • e) uma  política  fiscal  expansionista  totalmente  ineficaz,  com  a  curva  IS  vertical  e  fixa,  com  ampliação  apenas  da  taxa  de  juros. FALSO.


    Tags: Armadilha da Liquidez; IS-LM; IS-LM na economia fechada; Casos especiais;


    Muito pelo contrário, somente a POLÍTICA FISCAL será capaz de aumentar a renda da economia; se houver política monetária expansiva, a cuva LM não será alterada no trecho keynesiano (apenas seu restante).

  • c) uma política cambial  totalmente  ineficaz, sem efeito sobre a  renda e a taxa de juros. FALSO;

    Não há que se falar em política cambial, vista que essa armadilha da liquidez (trecho keynesiano) está relacionado no modelo IS-LM na economia fechada; fala-se, nesse caso, apenas em política fiscal ou monetária.


  • b) uma política monetária expansionista totalmente inócua, com  a curva LM vertical e fixa, com ampliação apenas do nível de  renda. FALSO;

    Realmente, a política monetária expansionista, no caso de armadilha da liquidez, é inócua. E a curva LM, no caso, é (quase) plenamente horizontal.
  • a) uma política  fiscal expansionista no máximo de  sua eficácia,  com elevação da renda e taxa de juros constante. VERDADEIRO;

    Na situação de armadilha da liquidez (trecho keynesiano), a política fiscal será capaz de aumentar a renda da economia; se houver política monetária expansiva, a curva LM não será alterada no trecho keynesiano (apenas em seu restante);

  • a) Perfeito. O ruim de uma expansão fiscal é que ela acaba elevando os juros, assim prejudicando o investimento. Por isso, embora ela eleve a renda, poderia elevar ainda mais se não fosse essa alta que gera nos juros. Mas no caso da armadilha da liquidez, temos exatamente o que a política fiscal adora. Ela NÃO eleva os juros. E por isso ela tem máxima eficácia.

    b) Nada a ver aqui. Como que uma política inócua “amplia apenas a renda”? Ser inócua significa exatamente não impactar a renda. E isso ocorre porque a LM é horizontal e não vertical.

    c) Não estamos tratando de economia aberta aqui. Mas, caso estivéssemos, não seria inócua a política cambial uma vez que ela age com efeito sobre exportações líquidas, assim como o gasto autônomo.

    d) Errado! A política monetária expansionista age exatamente sobre os juros, estimulando o investimento através da queda dos juros. Como nessa situação os juros já não caem mais, então a política é ineficaz.

    e) Tudo errado também. Vimos que em armadilha da liquidez a política fiscal tem máxima eficácia.

    Resposta: A


ID
1282498
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O desvio-médio pode ser definido como

Alternativas

ID
1282501
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

Um investidor aplica R$ 100,00 em fundo pré-fixado à taxa de juros de 20% ao ano, com capitalização anual.

Após 12 meses, o valor do montante resgatado é de

Alternativas
Comentários
  • C= 100,00

    i = 20 % ao ano ( no caso 12 meses)

    n = 12 meses ( No caso 1 ano )


    M=C(1+ i)¹

    M=100(1+0,2)¹

    M=120,00


    Questão Facil e rapida. Bem diferente das outras questões de financeira dessa prova.

  • Essa aqui foi só pro candidato não zerar.

  • São tantas as pegadinhas que quando pego uma questão dessa fico até com receio...


ID
1301956
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





As opções a seguir mostram algumas funções do título do texto – Acredite, progredimos sim –, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Para o pessoal que só tem direito a 10 questões: o gabarito é letra C.


    O texto todo trata sobre o progresso do Brasil, então não pode ser ironia do autor, visto que o seu objetivo é, sim, mostrar uma visão positiva sobre o progresso desde o fim da ditadura militar.

  • Mediante a outras questões da FGV de interpretação, essa foi uma questão fácil de se fazer e boa de se entender.

  • Valeu, Diego! :)


  • Pessoal, minha dica para fazer questão de interpretação é a seguinte: Verifica uma questão, e pense se poderia utilizar ela para recursos.

  • Sem o texto complica. hehehe!


ID
1301959
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“É bom olhar para trás para verificar...”.

Sobre as ocorrências do vocábulo sublinhado, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • 1º preposição

    2º conjunção (ao fazer a substituição dos termos não há perda do sentido)

  • Gabarito: LETRA E


    O primeiro "para" tem um sentido de direção. Significa o sentido no qual se está olhando que, no caso, é para trás.

    O segundo "para" tem um sentido de finalidade. Significa o propósito de se olhar para trás que, no caso, é para verificar algo.

  • a) as duas ocorrências mostram o mesmo valor semântico (errado). 1ª ocorrência tem sentido de direção e a 2ª tem sentido de finalidade.

    b) a primeira ocorrência tem valor de finalidade. (errada) tem sentido de direção
    c) a segunda ocorrência tem sentido de direção. (errada) tem sentido de finalidade
    d) a primeira ocorrência equivale a sobre. (errado) 
    e) gabarito
  • Acertei a questão olhando para o segundo 'para' e substituindo por 'a fim de', vendo que o sentido da frase foi mantido.

    Gabarito: E.

  • Meu Deus, uma questão fácil da FGV! |8 -)

  • Lara Neiva, as duas SÃO classificadas morfologicamente como PREPOSIÇÃO. 
    Saiba diferenciar isto: 
                                         "para" e "a fim de" são preposições.

                                          "para que" e "a fim de que" são conjunções. 

     

     

  • Para + verbo no infinitivo é sempre finalidade. :)


ID
1301977
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores”.

A melhor definição para o vocábulo “anátema”, no contexto em que se insere, é

Alternativas
Comentários
  • No contexto, anátema significa uma maldição ou algo abominável de se falar.

    Gabarito: LETRA B


  • Significado de Anátema: 

    s.m. Pena ou tipo de maldição que se efetiva com a expulsão de uma pessoa do convívio religioso ou da própria igreja; excomunhão.
    Que foi alvo de excomunhão; que foi excomungado.
    P.ext. Repreensão feita de maneira enérgica e severa; condenação.
    P.ext. Que foi expulso do convívio em sociedade; execrado.
    s.m. e s.f. Pessoa que foi excomungada; quem foi expulso do convívio religioso ou da própria igreja.
    P.ext. Pessoa que foi privada do convívio em sociedade; maldito.
    (Etm. do latim: anathema.atis). (http://www.dicio.com.br/anatema/).

  • Complicada essa questão FGV!! A letra A também está correta, pois anátema significa pena ou tipo de maldição que se efetiva com a expulsão de uma pessoa do convívio religioso ou da própria igreja; excomunhão.

    Essa questão deveria ter sido anulada!

  • A questão pede "no contexto" !!

  • opróbrio

    substantivo masculino

    1.

    grande desonra pública; degradação social; ignomínia, vergonha, vexame.

  • gabarito B

    estranho pois a grafia da palavra opróbio como está é considerada incorreta, sendo oprobrio


ID
1301983
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos



Acredite, progredimos sim




Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício da Central do Brasil, que funcionou como acelerador para a conspiração já em andamento que acabaria por depor o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias depois.

É bom olhar para trás para verificar que, pelo menos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil.

Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena.

Se fosse pouco, havia também faixas cobrando a reforma agrária, anátema para os poderosos latifundiários e seus representantes no mundo político.

Para completar, Jango aproveitou o comício para assinar dois decretos, ambos tomados como “comunizantes" pelos seus adversários: o que desapropriava refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.

Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.

Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas - ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas - podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.

Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores.

Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.

Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à força de exercer o poder.

Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.

Hoje, votar para residente é tão rotineiro que ficou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.

Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.

(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)





“Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais”.

Infere-se desse segmento do texto que

Alternativas
Comentários
  • Opa,to pegando o jeito!!!

  • Poxa, fiquei na dúvida entre a letra D e C, mas acabei marcando a opção C. Alguém pode explicar pq a letra C está errada? (gabarito D)

  • A geração capada foi a do autor, com 46 anos de idade, e não a dos filhos dele.

  • Gabarito D. Fiquei parecendo "pinto no lixo" porque acertei a questão.kkk Sem dúvidas a FGV é a banca mais complicada para se fazer prova de português, conseguindo "barrar" até a maldita da FCC. Bom, quanto à questão, o vocábulo "já" dá essa ideia de atraso mesmo. Um exemplo pra corroborar isso, do cotidiano, seria: "Paula já veio chegar depois que eu não precisava mais dela". Viram? esse "já" dá a ideia de que Paula chegou atrasada. A batalha é  difícil, mas a vitória é recompensadora. Bons estudos gente.

  • Sinto que estou pegando o jeito também colegas... rsrsr Ultimamente fico entre duas, e na dúvida acabo escolhendo a correta. Essa eu errei, mas foi por bem pouco. Foco! Ri muito com o "pinto no lixo", tratando-se da FGV é bem assim mesmo. 

  • já indica atraso?

  • A geração capada é a dele. Veja que ele só votou com 46 anos, os filhos deles já estavam votando nesta ocasião.

  • Não entendi.A resposta correta é a?

  • gabarito D

    como é caso de inferência o "já' tem a ver com o contexto"

    ex: eu com 16 anos já votava (comecei cedo).

    votei pela primeira vez quando já tinha 46 (atraso)

    A e B se anulam

    C a geração é a do autor

    E é a capacidade de votar


ID
1301995
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A transferência de recursos pelo Fundo Nacional de Saúde para os Municípios, os Estados e o Distrito Federal, de forma regular e  automática, corresponde à execução do princípio da

Alternativas
Comentários
  • Estabelecida a partir da Constituição Federal de 1988 e regulamentada pelas Leis 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e 8.142/90, a descentralização da gestão e das políticas da saúde no país – feita de forma integrada entre a União, estados e municípios – é um dos princípios organizativos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com este princípio, o poder e a responsabilidade sobre o setor são distribuídos entre os três níveis de governo, objetivando uma prestação de serviços com mais eficiência e qualidade e também a fiscalização e o controle por parte da sociedade.

     

    http://pensesus.fiocruz.br/descentralizacao

  • Gab B

    Descentralização


ID
1314178
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A respeito das competências e atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dispostas na Lei nº 8.080/90, analise as afirmativas a seguir.
I. São atribuições especificas da União e dos Estados definir as instâncias e os mecanismos de controle, de avaliação e de fiscalização das ações e dos serviços de saúde.
II. Os Municípios são responsáveis por celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução.
III. Compete à direção estadual do SUS acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde.
Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E 


    A  respeito  das  competências  e  atribuições  da  União,  dos  Estados,  do  Distrito  Federal  e  dos  Municípios,  dispostas  na  Lei nº 8.080/90, analise as afirmativas a seguir. 
    I.  São atribuições especificas da União e dos Estados (DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS) definir as  instâncias  e  os mecanismos  de  controle,  de  avaliação  e  de  fiscalização das ações e dos serviços de saúde. ERRADO
    II.  Os  Municípios  são  responsáveis  por  celebrar  contratos  e  convênios com entidades prestadoras de serviços privados de  saúde, bem como controlar e avaliar sua execução.  CORRETO 
    III.  Compete à direção estadual do SUS acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde.   CORRETO 



    Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:

    I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde;





  • a seu comentário...

  • Afirmativa I - Errada, pois diz equivocadamente que são atribuições específicas dos entes União e Estados. Faltaram o Distrito Federal e os Municípios, de acordo com o art. 15, I da Lei 8.080/90.

    "Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:

    I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde;"


    Afirmativa II - Correta, conforme o art. 18, X da Lei 8.080/90.

    "Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

    X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;"


    Afirmativa III - Correta, conforme o art. 17, II da Lei 8.080/90.

    "Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:

    II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);"


    Gabarito: Letra E (II e III estão corretas).

  • Afirmativa I - Errada, pois diz equivocadamente que são atribuições específicas dos entes União e Estados. Faltaram o Distrito Federal e os Municípios, de acordo com o art. 15, I da Lei 8.080/90.


    "Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:

    I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde;"


    Afirmativa II - Correta, conforme o art. 18, X da Lei 8.080/90.


    "Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

    X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;"


    Afirmativa III - Correta, conforme o art. 17, II da Lei 8.080/90.


    "Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:

    II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);"


    Gabarito: Letra E (II e III estão corretas).

  •      

    Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

    I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;

    II - participar do planejamento, programação e organização da rede Regionalizada e Hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual;

    III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho;

    IV - executar serviços:

    a) de vigilância epidemiológica;

    b) vigilância sanitária;

    c) de alimentação e nutrição;

    d) de saneamento básico; e

    e) de saúde do trabalhador;

    V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde;

    VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;

    VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;

    VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;

    IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

    X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;

    XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;

    XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.

    Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios.

  • Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:

    I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde;.

    II - Acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);

    III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde;

    IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:

    a) de vigilância epidemiológica;

    b) de vigilância sanitária;

    c) de alimentação e nutrição; e

    d) de saúde do trabalhador;

    V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana;

    VI - participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico;

    VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho;

    VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde;

    IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional;

    X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização administrativa;

    XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de saúde;

    XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano;

    XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

    XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.

     


ID
1458898
Banca
FGV
Órgão
SUSAM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma firma que seja monopolista em um determinado mercado, maximiza lucros quando

Alternativas
Comentários
  • Em qualquer mercado, a maximização de lucro ocorre quando RMg = CMg.

    Letra D.

  • MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO

    Teorema dos limites: f’(x) = lim (h→ 0) ∂y / ∂x = ∆y / ∆x = { y(x+h) – y(x) } / (x + h – x)

    Ponto extremo da curva: f’(x) = 0

     

    Lucro = Rt – Ct

    Lucro’(q) = Rt’(q) – Ct’(q)

    Lucro máximo: Lucro’(q) = 0

    0 = Rt’(q) – Ct’(q)

    Rt’(q) = Ct’(q)

    Rmg = Cmg (regra da maximização em qualquer caso)

     

    Sendo que:

    Rmg = ∂Rt / ∂q = ∆Rt / ∆q (e Cmg = ∂Ct / ∂q = ∆Ct / ∆q)

     

    NA CONCORRÊNCIA PERFEITA

    Como na concorrência perfeita a demanda inversa (p) é constante (infinitamente elástica) (firma price taker), temos que a otimização se dá com Cmg = Rmg = p. Vejamos:

    p = k

    Rt = p . q

    Rt = k . q

    Rmg = k

    Rmg = p

     

    NO MONOPÓLIO

    A demanda inversa (p) no monopólio assume uma menor elasticidade, de forma que:

    p = a – bq

    Rt = aq – bq^2

    Rmg = a – 2bq

     

    Ou seja, (p) é diferente de (Rmg). Assim, a quantidade ótima advinda da igualdade geral Cmg = Rmg deverá ser plotada na função de demanda p = a – bq, o que resulta num preço MAIOR e uma quantidade MENOR do que os da concorrência. A isso se denomina MARKUP (poder de fixar preço acima do Cmg, típico de monopólios).

     

    ------------------------------------------------------------------

    GABARITO: D

    Bons estudos!