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Prova IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa


ID
4867717
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

Para um adequado entendimento do texto, é importante que se observe o ponto de vista ou foco narrativo. Em relação ao texto “Está gripado”, quanto ao foco narrativo observa-se que:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    Foco narrativo designa aquele que narra em uma história, ou seja, o narrador ou eu-lírico.

    Quando o narrador é uma das personagens, dizemos que o foco narrativo é em primeira pessoa; quando não é uma das personagens, estando, portanto, fora da história, dizemos que o foco narrativo é em terceira pessoa.

    No texto em apreço, percebemos que realmente o narrador faz parte da narrativa, mas suas marcas na narrativa estão na 1ª pessoa do plural e na forma como se refere ao enunciatário, tratado por “você”.

  • 1ª pessoa do Plural????

    Fumou um baseado forte este elaborador da questão...

  • As ressalvas feitas pelo narrador, as informações trazidas por ele… não enxergo narrador personagem nunca…

ID
4867720
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

“Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar.” (1º §)
Analisando-se com atenção a estrutura sintática e semântica do período transcrito acima, podem-se depreender, na ordem em que ocorrem, os seguintes sentidos:

Alternativas
Comentários
  • diferença entre coordenativa explicativa e subordinada causal

    orações coord. explicativas carregam um sentido de consequência na linha do tempo

    "você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar"

    "não poder parar" é causa de "correr à farmácia".

    seria explicativa se fosse = "não podia parar, pois correu à farmácia para tomar injeção"

    diferença entre explicação x causa = orações coord. explicativas carregam um sentido de consequência na linha do tempo. ver Q1632123: “Provavelmente ela chorou, pois está com o rosto vermelho.” (explicativa)

    não consegui vislumbrar sentido explicativo na oração da questão, somente causal.

    sugiro pedir comentário do professor.

  • “Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar.”

    Por causa do primeiro suspiro, você corre à farmácia (causa x consequência).

    Você corre à farmácia, pois você não pode parar (da pra trocar por "por quê" ou "porquanto", logo é explicativo).

    Como São Paulo (igual a São Paulo).

    Gabarito A


ID
4867723
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

Na frase: “Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais” (1º §), o verbo “saltar” está empregado corretamente, no sentido de espirrar, irromper, jorrar. No entanto, é muito comum os falantes confundirem o emprego do verbo “saltar” com a do verbo “soltar”, vocábulos parônimos.
Considerando-se os significados de ambos os verbos, pode-se afirmar que houve emprego INADEQUADO do verbo “saltar”, em contexto em que se deve usar o verbo “soltar” na opção:

Alternativas
Comentários
  • GAB: C sabe-se lá Deus por que.

  • SOLTAR

    Desatar, desprender, desligar: soltar um cabo.

    Deixar escapar, deixar cair, largar de mão.

    Afrouxar: soltar as rédeas.

    SALTAR

    Elevar-se do chão com esforço, atirar-se de um lugar para outro.

    Brotar, surgir: lágrimas saltaram-lhe dos olhos.

    Apear, descer.

    Lançar-se, investir contra: saltou-lhe ao gasganete.

    https://www.dicio.com.br/

  • Gabarito letra C, pois o medico soltou-lhe as duvidas sobre a enfermidade. E não salto-lhe(pulou as duvidas)

  • Preocupações: Covid e IBADE


ID
4867726
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

O vocábulo “fantomático” (6º §) não é vernáculo. Trata-se de um espanholismo empregado pelo autor para exprimir o sentido de:

Alternativas

ID
4867729
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

Observando-se o vocábulo “onímodo” (5º §) e comparando-o com os vocábulos onipresente, onisciente, onívoro, onipotente, ônibus, etc., pode-se depreender que o elemento inicial “oni-“ significa:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

     O prefixo oni ,de origem latina, significa todo, tudo.

  • rapaz, se Deus é onipresente, ele é presente em todos os lugares e em tudo.

  • "Ônibus"

     ETIM lat. omnibus 'para todos', dat. pl. de omnis 'tudo, todo', através do fr. omnibus, orign . voiture omnibus.

    Fonte: Oxford Languages.


ID
4867732
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

Em linguagem simples, brincando com as palavras, explorando seus sentidos, ironizando, Drummond produziu um texto predominantemente em sentido conotativo, explorando a subjetividade do enunciador e os apelos ao destinatário. Das passagens abaixo transcritas, aquela em o sentido denotativo predomina sobre o conotativo é:

Alternativas
Comentários
  • **Gabarito letra B

  • Gabarito: Letra B.

    Denotação: sentido literal ou real, é o sentido dicionarizado das palavras, o seu real significado. Mais utilizada em textos com função referencial (artigos, resenhas, reportagens, editoriais...)

    Conotação: sentido figurado, ou seja, as palavras ganham um novo sentido de acordo com o contexto. Mais utilizada em textos literários.

    No texto acima, o trecho denotativo é o do § 4°:

    “(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade)”

  • Mas "assumir a doença de todos " não é conotativo?


ID
4867735
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

(...) “passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral” (6º §).

O verbo sublinhado acima pertence ao grupo dos verbos terminados em “- ear”, cuja flexão se faz com ditongação nas formas rizotônicas: passeio, passeias etc.
Paralelamente, há outro grupo de verbos terminados em “-iar”, entre os quais alguns não fazem ditongação nas formas rizotônicas e outros fazem a ditongação.

Considerando-se as características de flexão dos dois grupos, pode-se afirmar que está INCORRETA a flexão do verbo na frase:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito c

  • Anseiam

  • GABARITO: C

    1.Os verbos - MARIO - são conjugados do mesmo modo que o verbo odiar

    Mediar: medeio, medeias, medeia...

    Ansiar: anseio, anseias, anseia...

    Remediar: remedeio, remedeias, remedeia...

    Incendiar: incendeio, incendeias, incendeia...

    Odiar: odeio, odeias, odeia

    2.verbos terminados em -EAR (frear, passear, falsear, enfear):

    a) FORMAS NOMINAIS: não tem a letra I.

    infinitivo: frear, enfear

    gerúndio: freando, enfeando

    particípio: freado, enfeado

    b) PRESENTE DO INDICATIVO e do SUBJUNTIVO: na 1ª e 2ª pessoa do plural não tem o I.

    presente do indicativo: nós freamos, vós freais

    presente do subjuntivo: que nós freemos, que vós freeis

  • Lembrei pela música: "Assim como a corça, anseia por águaaa" Obrigado meu DEUS

  • Eu odeio o MARIO, Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar.

    Lembrem-se que a ditongação só há no presente do indicativo e subjuntivo e nos imperativos afirmativo e negativo.


ID
4867738
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

(...) “no coração da noite que não passa nunca” (6º §).

Das alterações feitas na redação do trecho acima transcrito, considerando-se o emprego do pronome relativo e a regência, está em DESACORDO com as normas da língua culta a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    Quem se refere, se refere A ALGUMA COISA. O verbo "referir" solicita a preposição "a".

  • Não entendi, alguém poderia explicar melhor?!

  • GABARITO E

    A) no coração da noite da qual nunca se esqueceu.

    Os verbos esquecer e lembrar podem ser usados como :

    I) VTD - Esqueci o seu nome.

    VTI - Nesse caso com preposição + Pronome

    Esqueci-me do seu nome ( correto )

    Esqueci-me seu nome ( errado )

    Esqueci do seu nome ( errado )

    Nunca ( se ) esqueceu ( de ) algo..

    no coração da noite da qual nunca se esqueceu.

    __________________________________________________________

    B) no coração da noite a cuja claridade a natureza se integrava.

    Diante do Verbo INTEGRAR é correta

    à preposição a para construir a regência do verbo integrar de modo a indicar

    uma ação ou um processo, significando «assimilar, incorporar, fazer entrar num

    conjunto enquanto parte integrante»

    ____________________________________________________________

    C) no coração da noite em cuja lua o poeta se inspirou.

    O Verbo inspirar no sentido de Influenciar ou ser influenciado por força de origem transcendente e sobrenatural: 

    pode ser vtd  e vpr

    Deus a inspirava. Inspirava-se na natureza.

    _______________________________________________________________

    D) no coração da noite pela qual os namorados estavam apaixonados.

    A regência de apaixonado é apaixonado de, por

    _____________________________________________________________

    E) no coração da noite sobre a qual o poeta se referia.

    O verbo referir-se solicita a preposição ( A ) a preposição sobre não é solicitada pelo verbo.

    OBS: O CUJO ADMITE PREPOSIÇÃO ANTES , CASO ALGUM VERBO SOLICITE , MAS

    NÃO ADMITE USO DE ARTIGO APÓS.

    ___________________________________

    Verifique todas as fontes desse comentário:

    ( https://www.tjsc.jus.br/web/servidor/dicas-de-portugues/-/asset_

    publisher/0rjJEBzj2Oes/content/prevencao-em-saude-bucal )

    ( https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-regencia-do-verbo-integrar/31445#:~:text=No%20portugu%C3%AAs%20do%20Brasil%20

    (PB,O%20decorador%20integrou%20uma%20cadeira )

    ( https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/inspirar )

    ( https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/regencia-nominal/7819 )

    F. Pestana

    Agnaldo Martino

  • refiro-me à dificuldade de persistir.

  • Assertiva E

    no coração da noite sobre a qual o poeta se referia.

  • No coração da noite sobre a qual o poeta se referia.

    No coração da noite à qual o poeta se referia. (Quem se refere, se refere A - preposição + A do A qual = À qual)


ID
4867741
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

(...) “que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século” (1º §).

Considere, quanto ao sentido e à sintaxe, o emprego do verbo “haver” na frase acima.

Das frases abaixo, aquela em que o verbo “haver” está em desacordo com o sentido e a sintaxe da frase acima e, por isso, está INCORRETA é:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D

    D- As pesquisas médicas estão há cerca de dois anos de uma descoberta que irá revolucionar o tratamento da gripe.

    Há cerca de- Se refere a tempo decorrido.

    (...) “que com paciência nos escuta, ausculta e perscrutabem um século” (1º §).

    Há - Se refere ao passado.

    Por esse motivo a alternativa D está em desacordo com a frase.

  • há cerca de = tempo passado

    Acerca de = a respeito de

    A cerca de = Distância ...

  • As pesquisas médicas estão há cerca de dois anos de uma descoberta que irá revolucionar o tratamento da gripe.

    "há cerca de", temos a referida expressão "cerca de" precedida do verbo haver, o que indica tempo transcorrido, passado, e equivale a "faz". Portanto, deve-se empregá-la quando o sentido for algo como "faz aproximadamente". Exemplos:

    Há cerca de um mês uma reunião decidiu a escolha do candidato.

    Definimos o cronograma de reuniões há cerca de um mês.

    https://novaescola.org.br/conteudo/214/qual-a-diferenca-entre-acerca-de-a-cerca-de-e-ha-cerca-de?gclid=CjwKCAiArIH_BRB2EiwALfbH1BuBZtBJWaIpVM-I_oopVjOLr0ccVyJ9xo02xDmJMrF42wYGS3ni-RoCjrYQAvD_BwE

  • A cerca de- perto de; próximo de; tempo futuro aproximado.

    as pesquisas médicas estão A CERCA DE dois anos...

    as pesquisas médicas estão A APROXIMADAMENTE dois anos...


ID
4867744
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.


ESTÁ GRIPADO

Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes; conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula, uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria, abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado, todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.) 

“E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa” (1º §).

Das afirmações feitas, abaixo sobre a análise das relações sintáticas e semânticas entre os constituintes do período acima, está INCORRETA a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Em síntese, a temática aqui presente é a função sintática, que nada mais é do que o papel desempenhado por termo ou segmentos maiores dentro da estrutura.

    O trecho a ser inspecionado, a despeito de ser recomendável o regresso ao texto:

    “E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa” (1º §).

    Inspecionemos os itens:

    a) “coitado”: predicativo do objeto direto - pronome “lo”.

    Incorreto. "Coitado" desempenha morfologicamente o papel, no contexto, de interjeição. Exprime-se, nesta palavra, uma lastimosa carga semântica por ter de mandar vir o médico; no entanto, sintaticamente "coitado" não exerce função alguma na estrutura. Já o elemento "o", é mesmo um pronome (sob a forma "lo") e exerce a função de objeto direto;

    b) “é realmente uma pena”: predicado nominal - predicativo do sujeito “uma pena”.

    Correto. O primeiro segmento "é realmente uma pena" classifica-se em predicado nominal (note o verbo de ligação "ser" sob a forma verbal "é") e "uma pena", o predicativo do sujeito. Abaixo, ver-se-á que existe uma oração reduzida de infinitivo e esta exerce a função de sujeito. Redigindo em outros termos a fim de ficar claro: "E o chamar é realmente uma pena". De modo menos complexo, confirma-se o que se afirma no enunciado;

    c) “chamá-lo”: oração reduzida de infinitivo, subordinada substantiva subjetiva – sujeito de “é realmente uma pena”.

    Correto. Em "E é realmente uma pena chamá-lo" não há conectivo introduzindo a oração, tal como atinente às orações desenvolvidas. Aclara-se de imediato a redução de infinitivo se antepusermos o pronome "o" ao verbo. Veja: "E é realmente uma pena o chamar". Além disso, desempenha mesmo a função de sujeito, tornando-se inegável a função se trocada a oração pelo pronome "isso". Observe: "Isso (o chamar) é realmente uma pena";

    d) “o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa”: orações subordinadas substantivas apositivas, coordenadas entre si – apostos de “E é realmente uma pena chamá-lo, coitado”.

    Correto. Reitera-se o oportuno comedimento: regresse sempre ao texto para ler fragmento maior. Perceba que ambas as orações são mesmo apositivas e isso se confirma também com os dois-pontos as introduzindo: "E é realmente uma pena chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de uma rebordosa";

    e) “caiu doente”: predicado nominal – verbo de ligação “caiu” + predicativo do sujeito “doente”.

    Correto. Por vezes, um verbo pode mudar sua transitividade ou até mesmo funcionar como copulativo (ou de ligação). Caso símile ocorre com "virar": pode pertencer a todas as transitividades e exercer o papel de verbo de ligação. De toda forma, note que "caiu" equivale a "ficou", verbo de ligação. Portanto, assim se classifica a forma verbal "caiu", e “doente” é predicativo do sujeito.

    Letra A

  • Que questão do capiroto é essa?! Santo Deus!!! Se não fosse o comentário do colega aí, eu não entenderia jamais

  • Isso que é para Professor de ed. Física, eu nem quero ver as de prof. de português!

  • Podem ignorar o BIZARRO comentário da Fluffy Concurseira.

    O comentário dela é de tal modo absurdo, sem fundamento e apenas demonstra a sua falta absoluta de conhecimento gramatical. Ela mesma diz que "caiu" é verbo intransitivo, o que é falso considerando o contexto, e afirma, na mesma frase, que o predicado é nominal. Essa é apenas uma das inconsistências. As outras eu nem vou citar.

  • Questão complicada.

    Na letra E "cair" não é verbo de ligação, mas sim verbo intransitivo.

    Subentende-se na frase que o verbo "estar", esse sim é de ligação

  • rapaz, 75 pessoas.............


ID
4867747
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Constituição de 1988, ao preconizar a ideia de ensino para todos, estimulou a adoção de políticas púbicas em nível nacional, como a elaboração do Plano Nacional de Educação. Entre essas políticas, a necessidade de orientar os currículos de todo o país, cumprindo-se uma das metas do PNE, foi a implantação do (da, das):

Alternativas
Comentários
  • A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.


ID
4867750
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O interesse no campo do desenvolvimento infantil começou a surgir no início do século XX.É fundamental perceber como as crianças aprendem. O crescimento saudável permite mudanças nos aspectos cognitivo, físico, social e emocional. Refletindo acerca das teorias de desenvolvimento infantil, percebe-se acerca da criança:

Alternativas
Comentários
  • A) aprendizagem é um processo de transformação por resolução ou dissolução de antigas formações em novas formações do inconsciente. Com a pulsão de saber (Die Wissentrieb), Freud (1905d) vinculou curiosidade, saber e conhecimento.

    B)Em resumo, segundo a teoria de aprendizagem de Vygotsky, a criança nasce inserida em um meio social (sua família) e nele estabelece suas primeiras relações com a linguagem a partir da interação com os outros. ... Afinal, segundo ele, o homem se produz na e pela linguagem. Essa relação é mediada por instrumentos e signos. GABARITO.

    C) de acordo com o behaviorismo proposto por Watson e Skinner, aprende por ensaio e erro, portanto, seus acertos devem ser recompensados e a reflexão sobre as falhas, estimulada. Se acerta você ganha se erra não ganha nada.

    D) O aprender não está na faze infantil, mas sim em varias fases, O desenvolvimento cognitivo, que é a base da aprendizagem, se dá por assimilação e acomodação. ... Quando na assimilação, a mente não se modifica. Quando a pessoa não consegue assimilar determinada situação, podem ocorrer dois processos: a mente desiste ou se modifica.

    E)  teoria do desenvolvimento cognitivo é de Jean Piaget, não começa aos 12 anos , Fase sensório-motora. Compreendendo o período que vai do nascimento até os 2 anos de idade, nesta etapa a criança começa a controlar seus reflexos. ...

    • Fase pré-operacional. ...
    • Fase operacional concreta. ...
    • Fase operacional formal.


ID
4867753
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Deixar de pensar no mundo digital ao atravessar os portões da escola não é mais possível na contemporaneidade. Assim, para estabelecer um diálogo produtivo e coerente com o as inovações tecnológicas e digitais, integrando-as ao cotidiano escolar, é necessário perceber que essas tecnologias:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA CORRETA C: devem ser introduzidas nos currículos e nas escolas, acompanhadas de mudanças nos modos de ensinar e na própria concepção e organização dos sistemas educativos, de forma crítica e responsiva.


ID
4867756
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O documento sobre a Política Municipal de Educação Especial foi elaborado numa perspectiva da Educação Inclusiva.

De acordo com esse documento, os estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação, deverão ser atendidos da seguinte forma:

Alternativas

ID
4867759
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei Federal nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 veio a ser a segunda LDBEN que o Brasil conheceu. Está abaixo da Constituição Federal que é a principal fonte de onde emanam normas gerais para a estruturação do sistema educacional, No âmbito das unidades federadas (Estados e Distrito Federal) encontram-se dispositivos educacionais que também precisam ser conhecidos pelos profissionais que atuam no campo educacional. Cabe assinalar que o Estatuto da Criança e do Adolescente, também, contém matéria de interesse educacional.

De acordo com a Lei nº 9394/96 que fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. Considerando o artigo 13 dessa lei, estão entre as incumbências dos docentes:

Alternativas
Comentários
  • Art. 13 da LDB

    Os docentes incubir-se-ão de:

    I - participar da elaboração da proposta pedagógica.

    II- Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabecimento de ensino.

    III- Zelar pela aprendizagem dos alunos.

    IV- Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menos rendimento .

    V - Ministrar os dias letivos e horas- aula estabelecidos, além de participar integralmente dos periódos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional.

    VI - Colaborar com as atividades de articução da escola com as familias e a comunidade.

  • A questão exige o conhecimento sobre a LEI Nº 9.349/96 - Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), em especial sobre o que incumbe aos docentes. Vejamos:

    Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

    I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

    II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

    III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

    IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

    V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

    VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

    a) INCORRETA. O docente não não baixa normas para o seu sistema de ensino e sim a União os Estados e os Municípios.

    b) INCORRETA. O docente não tem que assegurar o cumprimento dos dias letivos e das horas-aula estabelecidas e sim os estabelecimentos de ensino.

    c) INCORRETA. O docente não baixa normas para o seu sistema de ensino e sim a União os Estados e os Municípios.

    d) INCORRETA. O docente não tem que assegurar o cumprimento dos dias letivos e das horas-aula estabelecidas e sim os estabelecimentos de ensino.

    e) CORRETA. À luz do que dispõe o artigo 13, II e III, da referida lei essa alternativa encontra-se válida, pois incumbem aos docentes zelar pela aprendizagem dos alunos e elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta do estabelecimento de ensino.

    GABARITO: E


ID
4867762
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei Federal nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 veio a ser a segunda LDBEN que o Brasil conheceu. Está abaixo da Constituição Federal que é a principal fonte de onde emanam normas gerais para a estruturação do sistema educacional, No âmbito das unidades federadas (Estados e Distrito Federal) encontram-se dispositivos educacionais que também precisam ser conhecidos pelos profissionais que atuam no campo educacional. Cabe assinalar que o Estatuto da Criança e do Adolescente, também, contém matéria de interesse educacional.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, aborda o tratamento de casos como o que está relatado a seguir:


Um docente reconheceu sintomas de maus-tratos em uma criança e comunicou esse caso aos dirigentes do estabelecimento de ensino.


De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente e suas atualizações, a providência que deve ser tomada pela escola é a seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

  • comunicação do caso ao Conselho Tutelar.

    é o mais sábio a se fazer, e também o que a lei pede!

    Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

    d


ID
4867765
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Federal nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 veio a ser a segunda LDBEN que o Brasil conheceu. Está abaixo da Constituição Federal que é a principal fonte de onde emanam normas gerais para a estruturação do sistema educacional, No âmbito das unidades federadas (Estados e Distrito Federal) encontram-se dispositivos educacionais que também precisam ser conhecidos pelos profissionais que atuam no campo educacional. Cabe assinalar que o Estatuto da Criança e do Adolescente, também, contém matéria de interesse educacional.

A sustentabilidade é uma das grandes questões de interesse da atualidade. A Lei nº 8.695 de 29 de julho de 2014 instituiu a Política Municipal de Educação Ambiental do Município de Vitória.

Considere as afirmações sobre essa Política Municipal de Educação Ambiental.


I – A Educação Ambiental deve ser contemplada no Projeto Político Pedagógico das instituições de Educação Básica.

II – A Educação Ambiental deve ser implantada sempre como disciplina específica no currículo escolar.

III - A Política Municipal de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação somente as instituições educacionais públicas do sistema de ensino.

IV – Os educadores em atividade devem receber formação continuada com o propósito de atender aos princípios e objetivos da Política Municipal de Educação Ambiental.


Estão de acordo com a Lei nº 8.695, os seguintes itens:

Alternativas
Comentários
  • II- Educação ambiental não é tema transversal, já foi, e nem disciplina, disciplina é matemática, Educação Física ...

    III- o que deixou o item errado foi dizer: somente em escolas públicas.

  • II- Educação ambiental não é tema transversal, já foi, e nem disciplina, disciplina é matemática, Educação Física ...

    III- o que deixou o item errado foi dizer: somente em escolas públicas.


ID
4867768
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Lei Federal nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 veio a ser a segunda LDBEN que o Brasil conheceu. Está abaixo da Constituição Federal que é a principal fonte de onde emanam normas gerais para a estruturação do sistema educacional, No âmbito das unidades federadas (Estados e Distrito Federal) encontram-se dispositivos educacionais que também precisam ser conhecidos pelos profissionais que atuam no campo educacional. Cabe assinalar que o Estatuto da Criança e do Adolescente, também, contém matéria de interesse educacional.

A Resolução nº1, de 17 de junho de 2004, instituiu Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

De acordo com essas diretrizes, estão entre os objetivos do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana:

Alternativas

ID
4867771
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Consolida-se, atualmente, o entendimento de que a Educação Infantil deve associar o “educar” e o “cuidar”. Nessa perspectiva, no sentido de potencializar os aprendizados, as atividades “de rotina”, como lavar as mãos, devem ser realizadas pelos(as):

Alternativas

ID
4867774
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A organização didática da aula, nos anos iniciais, como ação colaborativa, pressupõe um processo de previsão e de organização de ações intencionais. Nessa perspectiva, o planejamento deve:

Alternativas
Comentários
  • prever alguma flexibilidade, já que as aprendizagens são um processo de construção coletiva.

  • O termo "alguma' achei estranho


ID
4867777
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A construção de uma proposta curricular baseada em princípios de uma educação emancipatória prevê que se estabeleça:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: B

    A construção de uma proposta curricular baseada em princípios de uma educação emancipatória prevê que se estabeleça:

    a) o desenvolvimento de atividades que privilegiem a fala e não a escuta, para que todos tenham a chance de se expressar.

    Se privilegiar somente a fala, sem valorizar a escuta a comunicação e expressão de ideias ficaria impossibilitada.

    b)uma relação dialética entre o currículo e o contexto social, histórico e cultural do qual a escola faz parte.

    Prática-teoria-prática, a experiência dos alunos diretamente relacionadas ao conhecimento científico, por meio do professor. Essa é uma característica da tendência histórico-crítica ou critica social dos conteúdos (CSC).

    c) a adaptação ao mundo contemporâneo e o ajuste de cada um à realidade, do modo como ela se apresenta.

    Essas são características da tendência liberal tradicional. O aludo deve se adaptar ao mundo, a escola deve servir à manutenção do status quo. O aluno deve se adequar a realidade e não contestá-la.

    d) um conjunto de conteúdos extenso e completo, para possibilitar que a escolaridade prepare os estudantes para todas as dificuldades.

    Foco no conteúdo, conhecimento descontextualizado, a condição e a realidade do estudante não entra em pauta. Características da tendência tradicional.

    e) uma hierarquia entre conteúdos fáceis e difíceis, para que os estudantes possam aprender o que os adultos julgam importante para eles.

    Foco no conteúdo a ser aprendido, o conteúdo que julgam importantes, ou seja, descontextualizado da realidade e das necessidades e interesses dos estudantes. Hierarquia de conteúdos também remete a ideia de que uma disciplina seria mais importante que outra.


ID
4867780
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Nos ambientes de convivência diária, como a sala de aula, ocorrem inúmeros conflitos que têm origem na diversidade de pontos de vista, na pluralidade de interesses, necessidades e expectativas, e na diferença entre formas de agir e de pensar das pessoas.
Marshall B. Rosemberg apresenta o processo de comunicação não violenta (CNV) que pode ser aplicado em diversas situações para estabelecer relacionamentos mais eficazes. O primeiro componente da comunicação não violenta é observar sem avaliar.

Considere as afirmativas.


I – João errou os três exercícios, é um péssimo aluno.

II – Na última aula, Lucas errou os três exercícios.

III – Ele errou todos os exercícios, vai ficar reprovado.


De acordo com o trabalho de Marshall B. Rosemberg sobre comunicação não violenta, em qual(is) afirmativa(s) são apresentadas observações sem nenhuma avaliação? 

Alternativas
Comentários
  • Questão SEM PÉ E SEM CABEÇA!

  • Questão SEM PÉ E SEM CABEÇA!

  • Questão SEM PÉ E SEM CABEÇA!

  • Questão que traz um exemplo simples e objetivo.

    I – João errou os três exercícios, é um péssimo aluno. (julgamento)

    II – Na última aula, Lucas errou os três exercícios.

    III – Ele errou todos os exercícios, vai ficar reprovado. (avaliação)

    Apenas a assertiva II exemplifica uma observação livre de julgamentos e avaliações.


ID
4867783
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Existe um tipo de memória que faz parte dos computadores que só pode ser gravada uma vez, e depois disso pode apenas ser lida , sem ser regravável. Também não perdem os dados quando há falta de energia. A essa memória chamamos:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Memória RAM = É volátil, pois os dados são apagados, temporários.

    Memória ROM = Somente leitura, não volátil, armazena dados do fabricante, é uma memória de inicialização.

    MEMÓRIA RAM – VOLÁTIL / TEMPORÁRIO = Esquece.

    MEMÓRIA ROM - NÃO VOLÁTIL – NÃO TEMPORÁRIO = NÃO esquece.

    FONTE: Estratégia Concursos e QC

  • GAB : D

    memória somente de leitura ou ROM (acrônimo em inglês de read-only memory) é um tipo de memória que permite apenas a leitura, ou seja, as suas informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e após isso não podem ser alteradas ou apagadas, somente acessadas.

  • Memória ROM

    Características

    -- Somente Leitura(gravada apenas uma vez)

    -- Não é regravável

    -- Não perde os dados quando há queda de energia.

    Gabarito: LETRA D ✔️

  • Resposta: D)

    Basta lembrar do CD-ROM (quem é dessa época).

    Depois de gravado não aceita nova gravação.

    Força.

  • CD - ROM... gravou, só lê.

  • Gabarito D.       

    Memória ROM:  não volátil | usada apenas p/ Leitura | é uma memória principal.

    -Tipos de memória ROM:

    PROM: gravada apenas uma vez;

    EPROM: pode ser regravada, c/ utilização da luz ultravioleta;

    EEPROM: pode ser regravada, c/ impulsos elétricos;

    FEPROM: evolução da EEPROM, consome menos energia; armazena algumas placas na BIOS.

    -bons estudos!!

  • rom = bios


ID
4867786
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Em uma célula de uma planilha do LibreOffice Calc, inserimos a seguinte fórmula:

=32/4+10/2+2

O valor retornado à célula será:

Alternativas
Comentários
  • -- Existe uma hierarquia dentro da matemática que precisa ser obedecida.

    Podemos chamar de Ordem das Operações matemáticas.

    Então aconselho a todos a reverem essa hierarquia.

    Começaremos pela divisão que possui precedência hierárquica.

    32/4=8

    10/2=5

    8+5+2

    Gabarito :LETRA A ✔️

  • Parênteses

    Exponenciação

    Multiplicação

    Divisão

    Adição

    Subtração

  • GABARITO A

    Ordem de prevalência =

    Parênteses

    Exponenciação

    Multiplicação ou Divisão quem vier primeiro

    Adição ou Subtração quem vier primeiro

    =32/4+10/2+2

    32/ 4 = 8

    10 / 2 = 5

    8+ 5 + 2 = 15.

    Bons estudos!

  • Questão que envolve muito mais conceitos de operação matemática do que de Planilha Eletrônica em si.

    Haveria necessidade do conhecimento que a divisão vem primeiro que a adição numa operação matemática. Sendo assim, vejamos a resolução da questão:

    =32/4+10/2+2

    Primeiro divide 32/4 achando o valor de 8.

    Segundo divide 10/2 achando o valor de 5.

    Agora faremos a operação de adição:

    = 8 + 5 + 2

    = 15

    Gabarito Letra A

  • =32/4+10/2+2

    =8+5+2

    =15

    Letra A

  • Ordem de prioridade: 

    1º De dentro para fora dos parênteses 

    2º Resolução da exponenciação, representada pelo sinal “^”. 

    3º Resolução da multiplicação “*” ou divisão “/” o que aparecer primeiro. 

    4º Resolução da adição “+” ou subtração “–” o que aparecer primeiro. 

  • 32/4=8

    10/2=5

    8+5= 13

    13+2 = 15

  • Pelo menos essa eu acertei.

    para

    bens

    para mim

  • A questão aborda conhecimentos acerca da ordem de execução dos operadores matemáticos no Calc.

     

    Antes de analisarmos a fórmula apresentada, vale destacar a ordem de execução dos operadores matemáticos:

    A ordem de execução dos operadores matemáticos é a seguinte:     

    1º - Calculam-se os termos em parênteses.     

    2º - Calculam-se os expoentes.      

    3º - Calculam-se as multiplicações e divisões.   

    4º - Calculam-se as somas e subtrações.     

        

    Agora basta analisar a fórmula trazida pelo enunciado, aplicar os valores às células e seguir a ordem de execução dos operadores matemáticos, começando, como não há termos em parênteses ou exponenciações, pela divisão (da esquerda para a direita):

    32/4+10/2+2 = 8+5+2.

     

    Para finalizar, basta calcular a soma dos valores (da esquerda para a direita):

    8+5+2 = 13+2 = 15.

     

    Gabarito – Alternativa A.


ID
4867789
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Um ambiente de rede, sem conexão com a internet, é chamado:

Alternativas
Comentários
  • Nâo tenho a mínima ideia do porquê mas é a letra C

  • Acredito que a questão deveria ser anulada, pois não especificou o ambiente de rede.

  • LAN-house!

    LAN-party!

    Não necessariamente precisa ter internet. Só tá ali, local.

  • A LAN se refere à configuração da rede local provida pelo roteador (apenas interna).

    A WAN se refere à configuração da rede externa, da internet, que não faz parte da rede interna.

  • LAN - Local Area Network

    Podem ser por exemplo computadores de uma casa ligados com cabos de rede.

    Fazia isso com dois computadores que tinha para jogar Age Of Empires II com um amigo, não necessitava de internet e conseguíamos jogar um contra o outro em computadores diferentes.

  • Para o perfeito funcionamento de uma rede LAN não é necessário o uso da internet, ainda que isso seja uma possibilidade. Quer dizer, mesmo sem internet, todos os computadores conectados nessa rede local podem se comunicar entre si.

  • Essa questão é ótima pra fazer um monte de candidatos caírem do cavalo....rsrs

  • Lan - Rede local

    As chamadas Local Area Networks, ou Redes Locais, interligam computadores presentes dentro de um mesmo espaço físico. Isso pode acontecer dentro de uma empresa, de uma escola ou dentro da sua própria casa, sendo possível a troca de informações e recursos entre os dispositivos participantes.

    https://canaltech.com.br/infra/lan-wlan-man-wan-pan-conheca-os-principais-tipos-de-rede s/

  • Óbvio que eu fui reto no SAN, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Esta questão deveria ser anulada.

  • Nem sabia do que se tratava o SAN, mesmo assim marquei ele!

  • Óbvio que eu fui reto no SAN, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk/2 pqp

  • eita lasquera!

  • Quem aqui foi direto no ''SAN'' sem saber o que era deixa LIKE.

  • O mais legal é o povo forçando a barra pra justificar o injustificável e errando mais que a banca kkkkkkkk. Quem acertou precisa estudar mais!!

  • Quem errou nunca fez uma rede de CS kkkkkkkkkkkkkk Lanzinha top;

  • Já usei várias vezes a LAN para jogar cs 1.6 com amigos sem o uso da internet... Deve ser isso né questão? kkkkkk

  • ESSA QUESTÃO SÓ TEM UMA FINALIDADE: DERRUBAR SEU SCORING

  • Ué, LAN não possui conexão com a internet?

  • cade o comentário do professor

  • SAN -> Servidores

  • SAN (Storage Area Network) é uma rede de armazenamento de dados que provê escalabilidade a fim de aumentar a capacidade de armazenamento.

  • SAN ( storage area network) destinado a armazenamento de dados em rede.

    Gabarito deveria ser ''ram'' que significa memória de escrita e leitura...

  • GAB.C)

    LAN.

  • Acredito que estavam se referindo na possibilidade de usar o BLUETOOTH
  • Estou tentando entender até agora esta questão. Pois, seguindo o material do estratégia, não vi nada referente a uma LAN ser usada sem conexão a internet. Mas li sobre PAN que como o colega destacou abaixo, poderia ser uma conexão via bluetooth, por exemplo. Ainda assim, essa alternativa não está entre as demais :'(

  • PF (2021): Em uma LAN (local area network) fornece conectividade em tempo integral para os serviços de conexão da internet.

    ERRADA

  • Pessoal, não é pq é uma LAN que necessariamente tem internet

    Eu posso ligar um computador no outro, por meio de cabo, fazendo uma rede, só para fazer transferências de arquivos(entre outros). E isso é uma LAN, e não tem internet envolvida

    Foco pessoal, gosto, acredito e confio muito em vocês

  • ESSSA É UMA TIPICA QUESTÃO QUE USA-SE PRIMEIRO INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E RACIOCINIO LOGICO PARA RESOLVE-LA.

    PRIMEIRO ELE NÃO DISSE QUE AS LAN'S NÃO PODEM TER INTERNET.

    DEPOIS SE FAZ O SEGUINTE RACIOCINIO: AS REDES PODEM TER DIVERSOS TAMANHOS E CLASSIFICAÇÕES, POREM SE UMA REDE NÃO TEM ACESSO A INTERNET ELA TERA (DE ACORDO COM A QUESTÃO) UMA DETERMINADA CLASSIFICAÇÃO.

    POR BOM SENSO, CHEGA-SE A RESPOSTA QUE A REDE É LAN. POREM NÃO É IMPOSSIVEL QUE UMA MAN TAMBEM SEJA SEM ACESSO A INERNET.

    TAMBEM CONSIDERO QUE A DEFINIÇÃO DO ENUNCIADO SE ENCAIXA MELHOR COM O TERMO VPN

  • CUIDADO!!! É possível ter uma LAN sem internet, já que a definição de LAN é rede local, a qual pode estar conectada a rede mundial de computadores (internet). Porém, a LAN não é parte da internet.

    GABARITO: ALTERNATIVA C


ID
4867792
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Dos sistemas operacionais abaixo, aquele que tem o código aberto, também chamado sistema livre, é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    O que é o Linux?

     

    Linux é um sistema operacional que utiliza o núcleo (kernel) criado por  Linus Torvalds. Portanto, o Linux é uma alternativa para outros sistemas operacionais (como o Windows). É preciso ter em mente que linux não é um programa como um editor de texto e não é um conjunto de programas. Linux é a interface entre o hardware e o software.

    Componentes Básicos:

     

    Kernel (parte mais importante de qualquer sistema operacional)

    Shell (interface entre o usuário e o sistema operacional. O mais comum no Linux é conhecido como bash – Bourne Again Shell )

    Aplicativos
     

     

    Características gerais:

     

    É livre

    Multitarefa

    Multiusuário

    Pouco vulnerável a vírus

     Consome poucos recursos da máquina

    FONTE: https://www.tecconcursos.com.br/blog/o-que-voce-precisa-saber-sobre-linux-parte-i/

  • Gab : D

    Programas de código aberto são softwares que qualquer programador pode fuçar, mexer, revirar. Quando são programas populares – o sistema operacional Linux é o exemplo mais evidente –, existem muitos programadores trabalhando e checando uns os trabalhos dos outros o tempo todo.

  • GABARITO D

    Software Livre refere-se a todo programa de computador que pode ser executado, copiado, modificado e redistribuído sem que haja a necessidade da autorização do seu proprietário para isso. Esse tipo de software disponibiliza para seus usuários e desenvolvedores o livre acesso ao código-fonte para que possam realizar alterações da maneira que desejarem.

    Bons estudos!

  • LINUX- derivado do UNIX. 

    • Software livre (código fonte aberto/ não significa que é grátis). 
    • Licença GNU-GPL: código fonte aberto para estudar, redistribuir cópias, melhorar e disponibilizar- copyleft: todos podem pegar. 
  • Um programa é software livre se os usuários possuem as quatro liberdades essenciais:

    • A liberdade de executar o programa como você desejar, para qualquer propósito (liberdade 0).
    • A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo às suas necessidades (liberdade 1). Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito.
    • A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar outros (liberdade 2).
    • A liberdade de distribuir cópias de suas versões modificadas a outros (liberdade 3). Desta forma, você pode dar a toda comunidade a chance de beneficiar de suas mudanças. Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito.

    https://www.gnu.org/philosophy/free-sw.pt-br.html


ID
4867795
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

A negação da proposição composta “Rita é médica e Ana não é enfermeira”, é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Rita é médica e Ana não é enfermeira

    NEGAÇÃO DA CONJUNÇÃO: nega a primeira (troca E por OU) nega a segunda

    Rita não é médica ou Ana é enfermeira.

    COMPLEMENTANDO:

    NEGAÇÃO  DE PROPOSIÇÕES:

    DISJUNÇÃO: nega a primeira (troca OU por E) nega a segunda

    DISJUNÇÃO EXCLUSIVA:  Transforma em Bicondicional    

    EX: Ou João é rico ou Pedro é Bonito.    

    NEGAÇÃO:   João é rico se e somente se Pedro é bonito

    CONDICIONAL:  repete-se a primeira parte (troca o conectivo por E) e nega-se a segunda parte

    BICONDICIONAL: Transforma em Disjunção exclusiva.

     

  • Assertiva B

    composta “Rita é médica e Ana não é enfermeira”, é: Rita não é médica ou Ana é enfermeira.

    A e B

    Nga ~A ou ~B

  • Não se troca ideia com a questão.

    Não existe negação do conectivo E com outro conectivo E. já tira da lista as alternativas A e C.

    Não se nega conectivo E com Se Então. Já risca as alternativas D e E.

    Gabarito por exclusão letra B.

  • GABARITO B

    Sem trocar ideia...

    A negação do ' E ' é feita com o " ou " e vice-versa.

    Trocam -se os conectivos e negam-se as duas.

     “Rita é médica e Ana não é enfermeira”

    Rita não é médica ou Ana é enfermeira.

    Bons estudos!

  • gaba B

    com isso tu responde 99% das questões de negação.

    RLM (NEGAÇÃO)

    A e B = ~A ou ~B

    A ou B = ~A e ~B

    A --> B = A e ~B

    TODO = PEA (Pelo menos Existe Algum) + Não

    ALGUM = NENHUM + repito o resto

    NENHUM = ALGUM + repito o resto

    pertencelemos!

  • GAB. B

    Rita não é médica ou Ana é enfermeira.

  • RESOLUÇÃO EM VÍDEO+200 QUESTÕES RESOLVIDAS

    https://youtu.be/B9d6UsapUh8

    CANAL PROFESSOR TIAGO GOMES


ID
4867798
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Dois conjuntos A e B estão contidos em um mesmo universo U, que contém 500 elementos. Sabemos que o conjunto A possui 160 elementos, que o conjunto B possui 200 elementos e que 40 elementos são comuns aos conjuntos A e B. Sorteando-se um dos elementos desse universo U, a probabilidade de que ele pertença à união dos conjuntos A e B é:

Alternativas
Comentários
  • SOLUÇÃO DA QUESTÃOhttp://sketchtoy.com/69386902

  • A União não seria apenas o valor encontrado nos dois? No caso deveria ser 40/ 500. Não???

  • Sabemos que o universo U possui 500 elementos no total.

    O conjunto A possui 160 elementos.

    O conjunto B possui 200 elementos.

    40 elementos são comuns aos conjuntos A e B.

    Então 160 (-) a intercessão que 40 elementos é 120 - Conjunto A

    E 200 (-) a intercessão que é 40 elementos que é 160 - Conjunto B

    120 + 160 + 40 = 320 / 500 = 0,64 ou 64%

    Sorteando-se um elemento do universo de 500 elementos,

    40 deles são comuns aos conjuntos A e B.

    Ou seja, a probabilidade pedida pelo exercício é:

    320/500 = 0,64 ou 64%

    Portanto, temos que sorteando-se um dos elementos no universo U,

    a probabilidade que ele pertença a união dos conjuntos A e B e 64%.

  • 160/500 + 200/500 - 40/500 =

    320/500 = 0,64

    0,64 . 100% = 64%

    ALTERNATIVA E

  • uma resolução simples : 1- pegue o q a de comum nos dois :40 2 - subtraia esse valor de cada conjunto conjunto A 160-40 = 120 conjunto b 200-40 =160 3 - agora some tudo : 120+160+40 = 320 4 - pronto , dívida pelo total 320/500:. 0.64
  • Parece fácil, mas demorei para resolve-la em pqp kkk

    Vamos usar a formula básica para essas questão cabeludas kkkk

    A U B = N°(A) + N°(B) - N° ( A Π B )

    A U B = 160 + 200 - 40

    AUB = 360 - 40

    AUB = 320

    P: 320/500 = 64%

  • Gabarito aos não assinantes: Letra E.

    Como ele quer a probabilidade da união, então, devemos tirar a interseção do "meio". Assim, temos:

    p(A) + p(B) - p(AB)

    160/500 + 200/500 - 40/500 = 320/500 => 64%


ID
4867801
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

METALICO está para COLITAEM, da mesma forma que COLAGENO está para:

Alternativas
Comentários
  • as palavras apenas estão invertidas ,uma está da forma correta outra de trás para frente

  • Assertiva a

    mesma forma que COLAGENO está para: NOGELAOC.

    Zabele

  • caí na pegadinha do malandro. as palavras estão invertidas e a última sílaba da palavra invertida também esta invertida.

  • GABARITO A

    AS DUAS ÚLTIMAS LETRAS "EM" FORAM INVERTIDAS.

    METÁLICO --------- COLITAEM

    ASSIM:

    COLÁGENO ------------ NOGELAOC

  • Gabarito: A

    Eu também caí na pegadinha, a última sílaba de "COLAGENO", foi invertida ao contrário. Mas o importante é não errar na hora da prova. Rs

  • Ao invés de você ficar quebrando a cabeça analisando a frase para saber qual letra esta invertida, etc. O jeito mais fácil e mais seguro de resolver este tipo de questão, é atribuir números a cada letra das duas palavras, por exemplo:

    Palavra METÁLICO:

    M - 1

    E - 2

    T - 3

    A - 4

    L - 5

    I - 6

    C - 7

    O - 8

    Se no enunciado ele diz que METALICO esta para COLITAEM, podemos concluir que a última palavra possui a sequencia de números: 78563421.

    Agora basta numerar a palavra COLAGENO e em seguida usar esta sequencia de números.

    GAB A

  • já resolvi duas questões nesse estilo e ainda hoje me pergunto onde entra análise combinatória nisso

ID
4867804
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Sejam dois conjuntos X e Y, cujos elementos serão representados, respectivamente, por x e y. Considere a afirmação “para todo x pertencente a X, existe y pertencente a Y, tal que x é menor que y”. Negar tal afirmação, corresponde a:

Alternativas
Comentários
  • Negação do todo P.E.A, pelo menos um, existe algum e algum. Assim já Eliminamos de cara as alternativas que contenham o todo A, B e E... a negação do P.E.A é Nenhum mais todo logo (gab D)

  • ótima questão, eu gosto de pensar em sentenças declarativas pra dar MAIS SEMÂNTICA/MAIS DISCURSO à frieza das expressões matemáticas.

    ___________________

    para todo x pertencente a X e para todo y pertencente a Y, temos que x < y

    considere x = elemento homem, X = conjunto dos homens

    considere y = elemento mulher, Y = conjunto das mulheres,

    __________

    Para todo homem pertencente ao conjunto dos homens , existe uma mulher pertencente ao conjunto das mulheres, tal que aquele o homem é maior que essa mulher

    __________

    Vamos negar:

    Existe um homem pertencente ao conjunto dos homens tal que, para toda mulher pertencente ao conjunto das mulheres, este homem é menor ou igual a elas .

  • GABARITO LETRA D. SUCESSO

  • Assertiva D

    Existe x pertencente a X, para todo y pertencente a Y, tal que x é maior ou igual a y.


ID
4951039
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De acordo com o texto, estudar a sintaxe consiste não só em analisar as relações entre os termos da oração ou do período, como também no ter um bom conhecimento das classes de palavras, e, ainda, em observar as implicações semânticas e estilísticas do texto. Nesse sentido, das afirmativas abaixo, aquela que NÃO se pode depreender das orientações e informações contidas no texto é:

Alternativas
Comentários
  • Que texto??????????


ID
4951042
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

Considerando-se a relação binária entre o sujeito e o verbo de uma oração e analisando-se essa relação na estrutura do período composto, é possível depreender que, entre os períodos abaixo, está mal estruturado porque só está expresso o sujeito sem o predicado correspondente o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Gab. E

    Sujeito e predicado: são os termos essenciais da oração. Enquanto o sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala, o predicado é a informação dada sobre o sujeito.

    Uma forma fácil de detectar esses termos nas orações é perguntando quem? e/ou o que?


ID
4951045
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

“A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. (4º §) As relações semânticas entre os constituintes da oração e as orações do período exprimem variados sentidos e se expressam por mecanismos que formam grande repertório na língua. Uma das relações mais comuns, principalmente em textos narrativos, é a relação entre causa e consequência. Outra relação importante, principalmente em textos argumentativos, é entre tese e argumento, ou ainda, entre a conclusão e a explicação. Essas duas relações se exprimem por mecanismos semelhantes, o que pode levar a certa dificuldade de interpretação. Dos períodos abaixo, aquele em que a 2ª oração tem valor semântico de explicação, e não de causa, é:

Alternativas
Comentários
  • gab. D

    Conjunções explicativas: apresentam um motivo, uma razão, ou seja, uma das frases justifica o conteúdo da outra.

    Sendo: Porque, que, porquanto, pois (antes do verbo).

  • GABARITO ERRADO

    Cargo: A11 - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa

    Prova: X (Data da Prova: 27/10/2019)

    QUESTÃO 33 - GABARITO CORRETO: B


ID
4951048
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

“Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor.” (2º §) Nesse sentido, é importante que as aulas de sintaxe abordem não só as relações sintáticas entre os constituintes da oração, bem como os mecanismos por meio dos quais o pensamento seja expresso com clareza e coerência.
Considerando-se nos períodos abaixo as relações de sentido empregadas para expressão do pensamento, aquele em que a estruturação sintática apresenta coesão, mas está mal construído por falta de coerência, é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA "B"

    "Caso houvesse necessidade de aulas de revisão, a fim de preparar os alunos para os exames, os professores estavam à disposição da escola"

    A falta de coerência nesse período fica evidenciada pois enquanto o verbo "haver" está conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo ("houvesse"), o verbo "estar" está conjugado no pretérito imperfeito do indicativo ("estavam"), sendo que esse deveria estar conjugado no futuro do pretérito do indicativo ("estariam").

    Assim, o enunciado estaria correto e com coerência se estivesse escrito da seguinte forma:

    "Caso houvesse necessidade de aulas de revisão, a fim de preparar os alunos para os exames, os professores estariam à disposição da escola".

    Ademais, existe um macete para saber se há coerência lógica e verbal numa frase, a saber:

    "Se eu pudesse, eu faria" // "Se eu puder, eu farei".

    (É só trocar os verbos em negrito pelo verbo que a questão pedir).

  • QUESTÃO COM GABARITO ERRADO

    Cargo: A11 - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa

    Prova: X (Data da Prova: 27/10/2019)

    QUESTÃO 34 - GABARITO: D

  • gab. d - a conjunção usada foi equivocada. deveria usar uma conjunção concessiva, que exprime oposição a ideia principal. como por ex. ainda que, apesar disso. troque por essas que verá a coerência novamente no texto.

ID
4951051
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

No mesmo sentido da questão anterior - a expressão do pensamento com os mecanismos adequados para que o período seja estruturado com coesão e coerência -, é preciso que seja observado o princípio do paralelismo gramatical, o qual, além de guardar a coesão e a coerência, atende à feição estilística do texto.
Entre os períodos abaixo, o único em que se guardou adequadamente o paralelismo gramatical é:

Alternativas
Comentários
  • A. O aluno ficou em casa não só porque estava chovendo, como também porque as aulas foram suspensas.

    São estruturas correlatas, pois uma depende da outra sintaticamente. Dessa forma vemos o paralelismo gramatical.

  • Gab. A

    Paralelismo é a correspondência de funções gramaticais e semânticas existentes nas orações. Além de melhorar a compreensão de texto, o fato de respeitar o paralelismo torna a sua leitura mais agradável.

    Exemplos:

    1. Não só canta, como bolos é sua especialidade.
    2. Não só canta, como faz bolos com especialidade.

    Apenas na segunda oração há a presença de paralelismo. Isso porque há uma relação de equivalência dos termos.

    (Prof:Márcia fernandes)

  • O paralelismo foi mantido em razão do uso do "porque":

    • (...) não só porque "isso", como também porque "aquilo"


ID
4951054
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

“Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados.” (5º §)
Considerando-se essa interligação, quanto à classe dos pronomes relativos – que funcionam como conectivos das orações subordinadas adjetivas, exercendo função sintática como núcleo e como adjunto -, pode-se afirmar que, entre os períodos abaixo, aquele em que o pronome relativo foi empregado de forma INCORRETA, quanto à forma e à função, é:

Alternativas
Comentários
  • que macumba é essa ?

  • Ou TODAS as respostas da prova estão com o gabarito errado, ou eu tenho que recomeçar do zero meus estudos de Português, não é possível...

  • marquei a D, esse gabarito só pode estar errado.

  • Quero ver um professor de português explicar essa ai, "onde" sendo usado na frase a qual não se refere à lugar, e qual o erro da E?

  • Pessoal, conferi no gabarito oficial desse concurso. A resposta correta é a letra D mesmo.
  • Pense numa prova "sem futuro".

  • Letra A: As escolas em cuja proposta pedagógica estão incluídas as crianças portadoras....

    colocando na ordem inversa: A proposta pedagógica nas escolas estão incluídas as crianças portadoras....

    Letra B: Os assuntos a respeito dos quais houve questionamentos no último exame....

    Houve questionamentos a respeito dos assuntos.

    Sobre a letra d: As promessas onde as pessoas mais confiam nem sempre ....

    Confia em algo?

    As promessas não dá ideia de lugar. onde não poderia ser utilizado, apenas em quais ou nas quais.

  • ONDE será pronome relativo quando puder substituir pelo (NO QUAL),porém não acontece na frase.

  • "Onde" deve ser utilizado apenas quando se refere à lugar.

  • gab. d - ONDE = LUGAR.

ID
4951057
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

Na mesma linha da questão anterior, mas considerando as formas e funções dos pronomes pessoais (caso reto e caso oblíquo), pode-se afirmar que está INCORRETO, quanto à forma e à função, o emprego do pronome pessoal na frase:

Alternativas
Comentários
  • Por que a alternativa C está errada? Alguém pra responder?

  • A resposta tem que ser letra A , já que o lhe não exerce função de objeto direto. o verbo abraçar é transitivo direto .

  • Tanto “para mim” quanto “para eu” são duas formas utilizadas na língua portuguesa, porém em situações diferentes.

    • Para mim: quando exerce a função de objeto indireto na oração, sendo sempre precedido de uma preposição que, nesse caso, é o “para”: comprou para mim; escreveu para mim; etc.
    • Para eu: exerce a função de sujeito da oração, sendo sempre acompanhado de um verbo no infinitivo: para eu comprar; para eu escrever; etc.

    Exemplos:

    • Nossa relação está muito pesada para mim.
    • Eles compraram um presente para mim.
    • Tudo no trabalho sobra para eu fazer.
    • Para eu realizar a prova devo estudar mais.

    FONTE: https://www.todamateria.com.br/eu-e-mim/

    "O que é competência do homem, papai do céu não move uma palha."

  • Não entendi esse gabarito

  • Não entendi o porquê da letra C está errada.

  • Só sendo a IBADE mesmo!

  • Preposição não liga ao pronome de caso reto.

    Frase correta:

    Propuseram-me um exercício para fazer antes das férias.

  • Pessoal, o enunciado pede a alternativa incorreta:  "pode-se afirmar que está INCORRETO"

    Geral perguntando e justificando a letra C como errada, mas ela está certa.

  • Gabarito letra A ( incorreta).

  • Porque mim e ti está certo? Pode dois pronomes oblíquos juntos?

  • Atenção: a banca pediu a assertiva INCORRETA!

    A) A professora, ao ver o aluno abatido, abraçou-lhe carinhosamente.

    Quem abraça, abraça alguém. VTD pede o Lo!

    B) Um belo filme, assisti a ele com muito gosto.

    Assistir no sentido de ver é VTI, pede preposição. Correta.

    C) Propuseram um exercício para eu fazer antes das férias.

    Perfeita. Raramente teríamos o mim antecedido de verbo. Não é regra absoluta, então cuidado.

    D) Ao recriminar o aluno, o professor procurou não o ofender.

    O "não" é advérbio. Palavras invariáveis atraem o pronome.

    E) Entre mim e ti há uma grande amizade, disse a professora ao aluno.

    Perfeita. Inclusive atentar para a construção, porque a primeira pessoa vem primeiro no caso de pronome obliquo.


ID
4951060
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

O emprego dos artigos definidos e indefinidos, que na frase só podem exercer a função de adjunto adnominal, também pode ter implicações semânticas, podendo ou não alterar o sentido da frase.
Das expressões abaixo, aquela em que por omissão ou repetição do artigo definido pode-se gerar ambiguidade:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

  • Penso que o gabarito seja mesmo o B. Alguém para explicar a resposta?

  • Eu fui de B também

  • NÃO ENTENDI FOI NADA


ID
4951063
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

Uma das classes de palavras de maior complexidade flexional e, consequentemente, semântica é a classe dos verbos. Do ponto de vista sintático, funciona como o núcleo do predicado verbal, subordinado ao sujeito da oração com o qual concorda em número e pessoa.
A complexidade flexional torna-se mais ampla se forem considerados os muitos padrões de flexão: verbos regulares, irregulares (em diversos padrões), defectivos, anômalos, com metafonia, com ditongação nas formas rizotônicas, etc.
Considerando-se a complexidade flexional dos verbos irregulares, pode-se afirmar que está INCORRETAMENTE flexionado o verbo, ou um dos verbos, da seguinte oração:

Alternativas
Comentários
  • Verbos que são conjugados como o verbo "vir"

    p rovir

    i ntervir

    c onvir

    a dvir

    s obrevir

  • Questão de 2019 e segue sem comentário do professor...

  • Para mim, letra E. Sofrimento essa vida de concurseiro.

  • Não tem como essa B estar errada, contravierem é o futuro do subjuntivo do verbo contravir

  • A assertiva B está errada porque a forma conjugada na questão pede o verbo contravir no presente do subjuntivo. Muito embora pareça ser o futuro do subjuntivo, não è. Explico: perceba que a estrutura está formada pela conjunção que, cuja partícula è própria do presente do subjuntivo. Se fosse no futuro do subjuntivo a frase deveria estar escrita do seguinte modo: QUANDO (eles) contravierem às normas da escola, os alunos serão punidos.

    Portanto, não pode ser contravierem, mas sim contravenham.

    força colega, cada degrau é um novo conhecimento. Não se abale, pense que tu sabes cade vez mais respondendo as questões e lendo os comentários.

  • Alguém sabe por que a B está correta?

  • O gabarito está errado.

    A prova é de "Cargo: A11 - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa

    Prova: X (Data da Prova: 27/10/2019)"

    GABARITO DA QUESTÃO 39: E

  • Peçam o comentário do professor

  • incorreto letra E

    Se/ quando: tu revires ( VER + terminação IR = Vires ) Futuro do Subjuntivo ( REVIRES)

  • Conjugação do verbo ver e vir no futuro do subjuntivo precedido por SE OU QUANDO

    Letra B está correta se eles contravierem (futuro do subjuntivo/) VIR ACRESCENTA O E (CONTRA/VIEREM) se eles contravierem

    B- Serão punidos os alunos que contravierem às normas da escola.

    Incorreta letra E

    Professor, se tu reveres a minha prova ficarei grato. (futuro do subjuntivo) VER TERMINAÇÃO IR

    Professor, se tu revires

  • gab. E o correto é: se tu revisses - pretérito imperfeito subjuntivo.

ID
4951066
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

forem consideradas as locuções verbais, seja a conjugação composta, seja a conjugação na voz passiva, além de outras locuções que exprimem modo, aspecto, etc.
Uma vez estudado o conceito de voz verbal e a correspondência semântica da voz ativa com a voz passiva, seja analítica ou pronominal, constitui um importante exercício trabalhar a transposição de frases da ativa para a passiva, ou vice-versa.
Considerando-se os detalhes flexionais da transposição da voz ativa para a voz passiva analítica, pode-se afirmar que a transposição foi feita INCORRETAMENTE na frase:

Alternativas
Comentários
  • Alguém ???

  • CUIDADO

    A questão pode ensejar duvidas. O comentário do colega Bruno, apesar de tentar esclarecer a dúvida e apontar corretamente o gabarito, está incorreto quanto à transposição de voz da respectiva oração.

    A) Esta manhã uma jovem deu à luz três gêmeos. / Esta manhã três gêmeos foram dados à luz por uma jovem.

    Correta. A transposição de voz ativa para voz passiva está corretamente representada.

    B) Comunicaram aos alunos que o professor chegaria tarde. / Foi comunicado aos alunos que o professor chegaria tarde.

    Correta. A transposição de voz ativa para voz passiva está corretamente representada.

    C) São ótimos os livros com que o professor te presenteou. / São ótimos os livros que te foram presenteados pelo professor.

    Incorreta. É mister termos em mente que, na transposição de uma oração em voz ativa para uma oração em voz passiva, o sujeito da voz ativa passará a ser agente da passiva, enquanto o objeto direto da voz ativa será o sujeito paciente da voz passiva.

    Tomemos como exemplo uma oração similar, mas ligeiramente mais simples:

    "O professor te presenteou com livros."

    Temos aqui:

    Um sujeito: "Professor"

    Um verbo com dupla transitividade: "Presentear"

    Um objeto direto: "Te"

    Um objeto indireto: (com) "Livros"

    Levando em conta a estrutura já mencionada da voz passiva, e a impossibilidade de utilizarmos o pronome obliquo "te" como sujeito, estruturamos nossa oração da seguinte forma:

    "Tu foste presenteado com livros pelo professor"

    A passagem da forma obliqua "te" para a forma reta "tu" se faz necessária no contexto sintático, visto esta adotar função de sujeito.

    Diante do exposto, a correta passagem da oração em questão para a voz passiva é:

    "São ótimos os livros com que tu foste presenteado pelo professor."

    D) Cientifiquei-o de que teria de fazer outra prova. / Ele foi cientificado por mim de que teria de fazer outra prova.

    Correta. A transposição de voz ativa para voz passiva está corretamente representada.

    E) Ninguém viu o homem que raptou o menino. / O homem por quem o menino foi raptado não foi visto por ninguém.

    Correta. A transposição de voz ativa para voz passiva está corretamente representada.

    Gabarito na alternativa C

  • Ivan, não seria na letra c - São ótimos os livros com que tu foste presenteado pelo professor. em vez de * foi* assim concordando com a segunda pessoa do singular!
  • mas nao tem nenhum comentario do colega bruno


ID
4951069
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

Ainda sobre os verbos, considerando-os agora na construção do discurso, é preciso levar em conta a correlação entre os tempos verbais para que na frase haja coerência.

Nesse sentido, pode-se afirmar que, dos períodos abaixo, o único com coerência, por ter sido observada a correlação entre os tempos verbais, é:

Alternativas
Comentários
  • por que nao seria a A se fut do subj + fut do presente é permitido?

  • GABARITO LETRA D, mas a Letra B não está errada:

    Futuro do subjuntivo + futuro do presente do modo indicativo

    puderem ..... deverão

    a) Se professores e alunos se dispusessem a encontrar uma solução para o problema, aumentará aumentaria o clima de confiança.

    b) Se os alunos puderem vir à escola, certamente deverão ser recebidos com toda a atenção.

    c) Caso haja aula na próxima semana, todos viriam vêm com prazer.

    d) O aluno refazia a tarefa sempre que o professor lhe pedira.

    e) O problema certamente levará a um enfrentamento perigoso, caso não fosse for solucionado.

  • Para mim, é a letra B. Dá até um desânimo...

  • Peçam comentário do professores. Gabarito desgraçado

  • O gabarito está errado. O gabarito certo é a letra B.

    Abram a prova e o gabarito, nos formatos pdf. Vocês verão.

  • GABARITO: B

    Dica:

    Se eu pudesse, faria → esse é muito importante!! Lembre-se: "Se essa rua fosse minha, eu mandaria ladrilhar..."

    Se eu puder, farei

    Caso eu possa, farei

    .........................................

    a) Se professores e alunos se dispusessem a encontrar uma solução para o problema, aumentará o clima de confiança.

    → Errado. É a história do SSE + RIA (a FCC ama essa correlação): Se eu pudesse, faria. O correto é:

    "Se professores e alunos se dispusessem a encontrar uma solução para o problema, aumentariam o clima de confiança."

    .........................................

    b) Se os alunos puderem vir à escola, certamente deverão ser recebidos com toda a atenção.

    → Correto. Temos a ideia de futuro provável. Se eles puderam, deverão... é a correlação Futuro do subjuntivo e futuro do presente do indicativo → Se eu puder, farei

    .........................................

    c) Caso haja aula na próxima semana, todos viriam com prazer.

    → Errado. Temos a ideia de possibilidade, é algo possível de acontecer futuramente, mas depende de uma condição. Devemos seguir com ela. Caso haja... todos virão

    .........................................

    d) O aluno refazia a tarefa sempre que o professor lhe pedira.

    → Errado. Temos a ideia de passado não terminado (o aluno refazia), chamado também de pretérito imperfeito. Vejam que se trata de ações habituais no passado. Quando o professor pedia, o aluno refazia a tarefa. 

    .........................................

    e) O problema certamente levará a um enfrentamento perigoso, caso não fosse solucionado.

    → Errado. Temos a ideia de futuro (levará a...), devemos mantê-la no verbo auxiliar da locução verbal. Correção: O problema certamente levará a um enfrentamento perigoso, caso não seja solucionado.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)


ID
4951072
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.

Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 

Nos textos narrativos em que há diálogos, portanto, discurso indireto e discurso direto, constitui uma atividade interessante de produção textual reescrever textos em discurso direto para o discurso indireto.
Observando-se as características de enunciação do discurso indireto e do discurso direto, pode-se afirmar que está INADEQUADA a enunciação do discurso indireto na opção:

Alternativas
Comentários
  • GAb. E

    Discurso direto: Este é o mais comum e natural entre os tipos de discurso. Consiste na transcrição exata da fala dos personagens, sem participação do narrador.

    Discurso indireto: É caracterizado pela intervenção do narrador no discurso, ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas dos personagens. Esse tipo de discurso sempre é feito na 3ª pessoa.

  • B também nao estaria errada????

    "Após o professor ter dito ao aluno que ele tinha (= esquivara) se esquivado de fazer o trabalho, aquele RETRUCARA que nada daquilo era verdade"

  • A questão está com o gabarito errado. O gabarito correto é a letra A.

  • gab. A - o correto é quando iremos, usando a 1a pessoa do plural, incluindo o aluno. na transcrição usou a 3a pessoa do plural: eles, assim fazendo a reescrita equivocada.

ID
4951075
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 2 para responder a questão.

Estrelas e quimeras 


    A imaginação é razão de viver. Aciona a voracidade e não tem fim. É um tapete que estendo ao longo da escalinata da Piazza di Spagna a pretexto de chegar às portas do Hades
    Espécie de caixa que enfeixa segredos, sacia a fome, cede pedaços da matéria capaz de me salvar. São côdeas de pão, pedaços de vidro, bilhete amarfanhado, tudo que não renega a origem humana.   
    Desde a infância exagero em prol de um mundo nítido, transparente. Apelo para certos exercícios a fim de que a voragem da invenção me dê alento. É um processo sem interrupções. Já ao primeiro gole de café intuo haver uma fórmula que, graças à sua combustão natural, aqueça a imaginação, pague o suor coletivo com as moedas ganhas no jogo de azar.    
    Atraio os tesouros para a casa sempre que refuto as versões oficiais. Pois que, quando me ajusto ao fracasso, corro o risco de atar-me ao penhasco à espera dos pássaros que biquem meu fígado.
    Sou quem depende das franquias alheias para viver, que são as crueldades e as maravilhas inerentes da loucura humana. Claro que tal condição afeta os efeitos da realidade no meu cotidiano. Acato, porém, esse transbordamento que me leva a atravessar a fronteira moral que Dante estabeleceu para punir adversários.
    A qualquer hora, em especial ao cair da noite, sou propensa a identificar a imaginação. Graças a tal exercício é fácil ver os Campos Elíseos, mais belos do que eu supunha, com a mirada emprestada por Virgílio, ou pelo próprio Eneias, em busca do pai, Anquises. Mas logo a própria imaginação desfaz a visão do Hades. Sofro tal golpe, mas consola-me perpetuar na minha memória os seres amados que já partiram. Sobra-me ainda a ilusão de esquivar-me do inferno, que o ilustre florentino concebeu. De olhar a salvo o firmamento povoado de estrelas e quimeras.


(PIÑON, Nélida. Uma furtiva lágrima. Rio de Janeiro: Record, 2019, p. 12-13.)

Nesse belíssimo texto, rico em imagens e com profundas reflexões sobre a arte da criação literária fundamentada no cotidiano da imaginação, Nélida Piñon ultrapassa os limites dos recursos próprios da linguagem em prosa para criar um texto profundamente poético, na linha da literatura pós-modernista. Dentre as características do Pós-modernismo abaixo, a que mais se aplica ao texto é:

Alternativas
Comentários
  • imprecisão, espontaneidade.

  • gab. c - As principais características do movimento pós-moderno são a ausência de valores e regras, imprecisão, individualismo, pluralidade, mistura do real e do imaginário (hiper-real), produção em série, espontaneidade e liberdade de expressão. fonte: https://www.todamateria.com.br/pos-modernismo/amp/

ID
4951078
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 2 para responder a questão.

Estrelas e quimeras 


    A imaginação é razão de viver. Aciona a voracidade e não tem fim. É um tapete que estendo ao longo da escalinata da Piazza di Spagna a pretexto de chegar às portas do Hades
    Espécie de caixa que enfeixa segredos, sacia a fome, cede pedaços da matéria capaz de me salvar. São côdeas de pão, pedaços de vidro, bilhete amarfanhado, tudo que não renega a origem humana.   
    Desde a infância exagero em prol de um mundo nítido, transparente. Apelo para certos exercícios a fim de que a voragem da invenção me dê alento. É um processo sem interrupções. Já ao primeiro gole de café intuo haver uma fórmula que, graças à sua combustão natural, aqueça a imaginação, pague o suor coletivo com as moedas ganhas no jogo de azar.    
    Atraio os tesouros para a casa sempre que refuto as versões oficiais. Pois que, quando me ajusto ao fracasso, corro o risco de atar-me ao penhasco à espera dos pássaros que biquem meu fígado.
    Sou quem depende das franquias alheias para viver, que são as crueldades e as maravilhas inerentes da loucura humana. Claro que tal condição afeta os efeitos da realidade no meu cotidiano. Acato, porém, esse transbordamento que me leva a atravessar a fronteira moral que Dante estabeleceu para punir adversários.
    A qualquer hora, em especial ao cair da noite, sou propensa a identificar a imaginação. Graças a tal exercício é fácil ver os Campos Elíseos, mais belos do que eu supunha, com a mirada emprestada por Virgílio, ou pelo próprio Eneias, em busca do pai, Anquises. Mas logo a própria imaginação desfaz a visão do Hades. Sofro tal golpe, mas consola-me perpetuar na minha memória os seres amados que já partiram. Sobra-me ainda a ilusão de esquivar-me do inferno, que o ilustre florentino concebeu. De olhar a salvo o firmamento povoado de estrelas e quimeras.


(PIÑON, Nélida. Uma furtiva lágrima. Rio de Janeiro: Record, 2019, p. 12-13.)

“É um tapete que estendo ao longo da escalinata da Piazza di Spagna a pretexto de chegar às portas do Hades.” (1º §) No processo de criação, a autora faz referência a espaços urbanos históricos, a autores representativos da antiguidade clássica e medieval, e ainda a seres mitológicos. Para uma compreensão integral do texto, tanto na perspectiva do entendimento objetivo, quanto na interpretação das imagens, das figurações e das conotações, é importante o conhecimento dessas referências.

Está INCORRETA, no sentido atribuído no texto, a informação a respeito da seguinte referência:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    Errei por não compreender o papel dos personagens citados, questão bem exigente.

  • To me sentindo um jumento, não é possivel

  • gab. b - no texto campos Elíseos (parágrafo 6) não faz referência ao local dito pela alternativa. ir sobretudo em frente

ID
4951081
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 2 para responder a questão.

Estrelas e quimeras 


    A imaginação é razão de viver. Aciona a voracidade e não tem fim. É um tapete que estendo ao longo da escalinata da Piazza di Spagna a pretexto de chegar às portas do Hades
    Espécie de caixa que enfeixa segredos, sacia a fome, cede pedaços da matéria capaz de me salvar. São côdeas de pão, pedaços de vidro, bilhete amarfanhado, tudo que não renega a origem humana.   
    Desde a infância exagero em prol de um mundo nítido, transparente. Apelo para certos exercícios a fim de que a voragem da invenção me dê alento. É um processo sem interrupções. Já ao primeiro gole de café intuo haver uma fórmula que, graças à sua combustão natural, aqueça a imaginação, pague o suor coletivo com as moedas ganhas no jogo de azar.    
    Atraio os tesouros para a casa sempre que refuto as versões oficiais. Pois que, quando me ajusto ao fracasso, corro o risco de atar-me ao penhasco à espera dos pássaros que biquem meu fígado.
    Sou quem depende das franquias alheias para viver, que são as crueldades e as maravilhas inerentes da loucura humana. Claro que tal condição afeta os efeitos da realidade no meu cotidiano. Acato, porém, esse transbordamento que me leva a atravessar a fronteira moral que Dante estabeleceu para punir adversários.
    A qualquer hora, em especial ao cair da noite, sou propensa a identificar a imaginação. Graças a tal exercício é fácil ver os Campos Elíseos, mais belos do que eu supunha, com a mirada emprestada por Virgílio, ou pelo próprio Eneias, em busca do pai, Anquises. Mas logo a própria imaginação desfaz a visão do Hades. Sofro tal golpe, mas consola-me perpetuar na minha memória os seres amados que já partiram. Sobra-me ainda a ilusão de esquivar-me do inferno, que o ilustre florentino concebeu. De olhar a salvo o firmamento povoado de estrelas e quimeras.


(PIÑON, Nélida. Uma furtiva lágrima. Rio de Janeiro: Record, 2019, p. 12-13.)

Para designar a imaginação, a autora vale-se de inúmeras alegorias responsáveis pela estética criativa e pela feição poética do texto.
Dos trechos extraídos abaixo, aquele em que NÃO há alegoria para designar a imaginação é:

Alternativas
Comentários
  • gab. d - ao ler o texto entende-se que a alternativa é o único momento em que não há a alegoria dita, ou seja momento que a autora deixa de viajar nas duas fantasias.

ID
4951084
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 3 para responder à questão.

Consoada

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
– Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

(BANDEIRA, Manuel. Opus 10. In Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977, p. 307.)

Das características abaixo da estética do Modernismo no Brasil, NÃO pode ser atribuída ao poema:

Alternativas

ID
4951087
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 3 para responder à questão.

Consoada

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
– Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

(BANDEIRA, Manuel. Opus 10. In Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977, p. 307.)

O poema “Consoada” tem seu lirismo construído com base nas seguintes figuras de linguagem:

Alternativas
Comentários
  • Metafora, metonimia e personificação. Temos as três

  • "pode a noite descer" não seria o caso de uma personificação?

  • Pensei que "Quando a Indesejada das gentes chegar" fosse um caso de eufemismo...

  • Qual o exemplo de metonímia no texto ??

  • que questão é essa???

  • Confusa.

  • Gabarito: D

  • IBADE, eu amo vc

  • Gab. D

    Lembrendo que..

    A metonímia é uma figura de linguagem em que se utiliza um termo no lugar de outro. Uma das metonímias mais comuns é quando usamos a parte de uma coisa para fazer referência a ela de forma completa.

    Por exemplo: Depois de me formar, quero ter meu próprio teto.

  • alguém para me explicar cadê a metáfora? manda no pv.

  • Mais uma vez, o autor do texto escrevendo na Jamaica.... e a Banca, qd elaborou a questão, estava lá tb...kkkk...misericórdia...

  • Alguém poderia esclarecer o gabarito, por favor? Solicitei comentário do professor, mas não foi resolvido ainda.

  • Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

    A mesa posta. METONÍMIA(SINÉDOQUE)


ID
4951090
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 3 para responder à questão.

Consoada

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
– Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

(BANDEIRA, Manuel. Opus 10. In Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977, p. 307.)

Das afirmações abaixo sobre o sistema fonológico do português com base nos textos do poema “Consoada”, aquela em que HOUVE EQUÍVOCO quanto ao critério de oposição é:

Alternativas
Comentários
  • Para que o candidato possa responder esta questão, é preciso ter conhecimento em classificação das vogais e consoantes. Assinalemos a alternativa INCORRETA. Vejamos:

    a) Correta.

    O substantivo "medo" que significa temer algo, é pronunciado com o Ê fechado, em contrapartida "medo" se referindo ao povo do Irã, a pronuncia se faz com É sendo o som mais aberto. Portanto, o que se afirma na questão está correto.

    b) Correta.

    Encontrará tem acento por ser uma oxítona ( tem a tonicidade na última palavra), já encontrara não tem acento, pois não se acentuam as paroxítonas (ter a tonicidade na antepenúltima palavra) terminadas em A.

    c) Correta.

    O ponto de articulação do J é palatal, isso significa que ao pronunciar o dente toca no céu da boca. O R tem o seu ponto de articulação alveolar, pois o dorso da língua toca nos dentes.

    Quanto ao modo de articulação o J é constritiva fricativa , porque ao pronunciar a passagem de ar sai de forma estreita. O R é constritiva vibrante, ao pronunciar sentimos vibrações.

    d) Correta.

    Segundo o dicionário Aulete Caldas, a elevação é um pouco maior da língua em direção ao palato, duro ou mole, produz as vogais chamadas semifechadas: /ê/, /ô/, /~e/, /õ/.

    A elevação máxima da língua, permitida para a realização de uma vogal, em direção ao palato, produz as vogais chamadas fechadas: /i/, /u/, /~u/, / ~i/.

    e) Incorreta.

    Tanto o D quanto T têm o ponto de articulação linguodental. Ao pronunciar, toca-se a ponta da língua no dente frontal. Portanto, o que se afirma nesta questão não tem validade.

    Referência Bibliográfica:

    AULETE, Caldas. Aulete Digital – Dicionário contemporâneo da língua portuguesa: Dicionário Caldas Aulete, vs online, acessado em 26 de janeiro de 2021.

    GABARITO: E

  • Nessa eu cai na "Pegadinha" HOUVE EQUÍVOCO, Eu achei que estava oculta no texto, onde na realidade era para achar a resposta errada (Equivocada), ao poucos vamos aprendendo esses macetes

  • Foi difícil ou estou com sono? hehe

  • essa questão confusa tá pior que melancia quente..caiu só para fazer mal.


ID
4951093
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 3 para responder à questão.

Consoada

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
– Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

(BANDEIRA, Manuel. Opus 10. In Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977, p. 307.)

Sobre os elementos mórficos e o processo de formação do vocábulo “iniludível”, pelo princípio dos constituintes imediatos, está correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • INILUDÍVEL - Derivação prefixal-sufixal? Existe a palavra INILUDÍ, caso seja retirado o sufixo -VEL? Isso é diferente da palavra INFELIZMENTE, onde se for retirado o prefixo IN- ainda continua existindo a palavra FELIZMENTE; e se retirar o sufixo -MENTE, ainda assim continuará a existir uma palavra sem perda de sentido, significado: INFELIZ. Como já mencionei, esse processo não parece claro na palavra INILUDÍVEL. Alguém pra nortear aí?
  • Alguém sabe explicar por que a A está errada?

  • Também fiquei com dúvida nesta questão, realmente se tirar o sufixo/prefixo a palavra não existe!

  • não gostei dessa questão, letra c? realmente não entendi.

  • Peçam comentários do professor.

  • Entendi foi nada, e já pedi o comentário do professor.

  • iniludível - vem das raizes da palavra ILUDIR, para ser derivaçã imprópria ´´não poderia formar outra palavra somente com o sufixo ou prefixo escritos`` - iludir = forma = iludivel portanto não pode ser derivação imprópria, sabendo que possui prefixo ( IN ) e sufixo ( VEL ) // INiludiVEL = derivação prefixal e sufixal

  • (In + ilud + i + vel)

    Prefixo + radical + vogal temática+ sufixo

    adicionou o prefixo "in" e o sufixo "vel" à palavra iludir, portanto, derivação prefixal e sufixal.

  • A opção D está errada pois o sufixo "vel" forma adjetivos a partir de verbos e não de substantivos.

    amar - amável

    compreender - compreensível

    mensurar - mensurável

  • de acordo com o VOLP não existem as palavras "iniludir" nem "iniludí", logo não há derivação prefixal e sim parassintética. esse gabarito tá estranho.

  • Gab. C.

    sobre a alternativa A.

    o prefixo "in" da palavra "iniludível" traz ideia de negação. Assim como o prefixo de "anormal" e "desleal", estes prefixos trazem ideia de negação também.

    No entanto, o prefixo da palavra "antítese", que é o prefixo "anti", traz ideia de ação contrária.

    Portanto, alternativa A não está correta!

  • Pelo que entendi, é derivação prefixal e sufixal. Não pode ser parassintética por que o prefixo "in" pode ser retirado, restando a palavra "iludível".

    Na derivação parassintética, não há como excluir nem o prefixo, nem sufixo.

  • Não há qualquer incorreção na presente questão

    A) o prefixo “in-“ é sinônimo dos prefixos das palavras anormal, antítese e desleal.

    Incorreto.

    Os prefixos "a-" e "des-" possuem de fato a mesma semântica do prefixo "in-", sendo ambos de negação. O prefixo "anti-", entretanto, possui valor de contrariedade.

    B) foi formado pelo processo de derivação prefixal da base “iludível”.

    Incorreto.

    Mesmo que tomemos o termo "base" em um sentido mais amplo, como "palavra, derivada ou não, que deu origem" e não como "palavra primitiva", "termo inicial", a afirmação da assertiva não encontra respaldo.

    C) foi formado pelo processo de derivação prefixal e sufixal da base “iludir”.

    Correta.

    O conceito de derivação prefixal ou sufixal abrange os termos que não necessariamente foram formados com o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, de sorte que, havendo um termo intermediário possível, seja sufixal ou prefixal, está a palavra abarcada na presente classificação.

    No caso em tela, sendo existente e correta a palavra "iludível", estamos diante de derivação prefixal e sufixal.

    D) o sufixo “-vel” é usado para formar adjetivos a partir de substantivos, com o sentido de ação, pertinência.

    Incorreta.

    O sufixo em comento é utilizado para formar adjetivos a partir de verbos, com semântica de "passível de".

    E) foi formado pelo processo da derivação parassintética da base “ilusão”.

    Incorreta.

    Vide explanação da assertiva C.

    Gabarito correto na alternativa C


ID
4951096
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Vitória - ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 3 para responder à questão.

Consoada

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
– Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

(BANDEIRA, Manuel. Opus 10. In Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977, p. 307.)

TEXTO 1
Estrutura da oração

O estudo da análise sintática é um dos pontos fundamentais na formação de quem se pretende um usuário competente de sua língua. Duas das habilidades principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas carreiras profissionais, mas também nossa vida como cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas compreender ou organizar palavras em frases e parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a partir do qual o pensamento e as pretensões comunicativas do autor se apresentam para reflexão e avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que mantêm entre si um relacionamento interno de concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da oração, estudamos as relações que as palavras mantêm entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito & verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A tradicional prática de exercícios voltados para o reconhecimento da função sintática de um termo nem sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não se pode afirmar que determinado termo é o agente da passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos os termos da oração, pois cada um deles só tem a classificação que tem porque possui uma relação com outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com o vocativo). 
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica, a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma frase depende da sua estrutura e das sutilezas que envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes de palavras é fundamental para entender a estrutura de uma oração e de um período. Lembremo-nos, por exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões, significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos o verbo como elemento central da oração; o substantivo como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um determinante sobretudo dos verbos. 
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para o que se coloca diante do estudante de sintaxe. Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência da linguagem padrão praticada por escrito pela comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.) 






TEXTO 2

Estrelas e quimeras 


    A imaginação é razão de viver. Aciona a voracidade e não tem fim. É um tapete que estendo ao longo da escalinata da Piazza di Spagna a pretexto de chegar às portas do Hades
    Espécie de caixa que enfeixa segredos, sacia a fome, cede pedaços da matéria capaz de me salvar. São côdeas de pão, pedaços de vidro, bilhete amarfanhado, tudo que não renega a origem humana.   
    Desde a infância exagero em prol de um mundo nítido, transparente. Apelo para certos exercícios a fim de que a voragem da invenção me dê alento. É um processo sem interrupções. Já ao primeiro gole de café intuo haver uma fórmula que, graças à sua combustão natural, aqueça a imaginação, pague o suor coletivo com as moedas ganhas no jogo de azar.    
    Atraio os tesouros para a casa sempre que refuto as versões oficiais. Pois que, quando me ajusto ao fracasso, corro o risco de atar-me ao penhasco à espera dos pássaros que biquem meu fígado.
    Sou quem depende das franquias alheias para viver, que são as crueldades e as maravilhas inerentes da loucura humana. Claro que tal condição afeta os efeitos da realidade no meu cotidiano. Acato, porém, esse transbordamento que me leva a atravessar a fronteira moral que Dante estabeleceu para punir adversários.
    A qualquer hora, em especial ao cair da noite, sou propensa a identificar a imaginação. Graças a tal exercício é fácil ver os Campos Elíseos, mais belos do que eu supunha, com a mirada emprestada por Virgílio, ou pelo próprio Eneias, em busca do pai, Anquises. Mas logo a própria imaginação desfaz a visão do Hades. Sofro tal golpe, mas consola-me perpetuar na minha memória os seres amados que já partiram. Sobra-me ainda a ilusão de esquivar-me do inferno, que o ilustre florentino concebeu. De olhar a salvo o firmamento povoado de estrelas e quimeras.


(PIÑON, Nélida. Uma furtiva lágrima. Rio de Janeiro: Record, 2019, p. 12-13.)


Considerando-se a classificação dos textos pela tipologia, em relação aos textos 1, 2 e 3, está correto afirmar que: 

Alternativas
Comentários
  • Galera, ao se depararem com uma questão com város textos não se assustem. Essa questão deu para acertar somente lendo o texto 3.

    GAB: D

  • Nao sei, tive q abrir os comentarios pra achar o texto 3 e vi o gabarito

  • Porque a letra A está incorreta?

  • sobre o texto 3: chamada narrativa profética, em que os acontecimentos narrados são vistos como posteriores à narração. É o que pode acontecer em horóscopos, previsões meteorológicas e profecias. Nesse caso, usa-se o subsistema do futuro (presente do futuro, futuro anterior e futuro do futuro). Cabe lembrar que, mesmo nesses textos chamados proféticos, muitas vezes usa-se o sistema do presente com valor de futuro ou, então, imagina-se o acontecimento futuro como algo já passado e faz-se uso do subsistema do passado. fonte: https://www.google.com/amp/s/fernandonogueiracosta.wordpress.com/2018/01/21/narracao/amp/ sobre a letra A: está incorreta porque trata-se de um texto EXPOSITIVO. O texto expositivo é aquele que tem o objetivo de apresentar um assunto ou acrescentar informações sobre determinado tema. Sua estrutura baseia-se na composição ou decomposição de um assunto, utilizando, para isso, explicações e dados de outras áreas, a fim de funcionar como um texto informativo. É importante, ainda, que o texto expositivo apresente dados verídicos e comprováveis. fonte: https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/redacao/texto-expositivo.htm