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Prova FUNCAB - 2016 - EMSERH - Assistente Social


ID
1884244
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder a questão.

O embondeiro que sonhava pássaros

     Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

   Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

  – Mãe, olha o homem dos passarinheiros! E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

    Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito. 

   Mas aquele ordem pouco seria  desempenhada.

   [...]

   O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. O remédio, enfim, se haveria de pensar. 

   No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si: 

  – Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora. 

   Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

    O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

     Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...] 

     As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...] 

    Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. / Cada Homem é uma raça:contos/Mia Couto – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 – 71. (Fragmento). 

A conjunção destacada em “À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos QUE faziam mexer as janelas.” inicia uma oração e, contextualmente, atribui-lhe valor:

Alternativas
Comentários
  • Conjunção subordinativa adverbial consecutiva, pois tem o adverbio 'tantos' na primeira oração antecedendo o 'que'

  • Era uma nuvem de pios à volta do vendedeiro tantos QUE (por consequencia) faziam mexer as janelas.

  • Tão.. que, tamanho... que, tanto... que - via de regra essas estruturas formam orações consecutivas.

  • i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.

     

     

  • GABARITO: D

     

    "À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos QUE faziam mexer as janelas". Valor consecutivo.

     

     

    Conjunções Subordinativas Adverbiais Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal.

    São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal: tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.

     

    Por exemplo:

    Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.
    A gente é tão cúmplice um do outro que nem precisa se olhar.

     

     

     

    Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu; 

  • Aqui temos a clássica correlação consecutiva “Tão X que Y”. Eram tantos pios (espécie de mosquito) que faziam a janela mexer.

    Gabarito letra D

    Fonte: Prof. Felipe Luccas


ID
1890301
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. Mia Couto apresenta uma crítica ao estereótipo do negro, segregado pelos valores culturais que valorizam a cultura do colonizador.

II. O passarinheiro não é bem-vindo no espaço porque explora os pássaros, vendendo-os às crianças que se enganam com sua bondade.

III. A primeira vista, tem-se um passarinheiro, um homem que vende pássaros, um exilado no próprio território.

IV. O primeiro drama exposto no conto é o paradoxo da falta de identidade do vendedor de pássaros.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • II. O passarinheiro não é bem-vindo no espaço porque explora os pássaros, vendendo-os às crianças que se enganam com sua bondade. 

    Achei que esse item estivesse errado, pq entendi que a autora não se agradava das "jaulas", ou seja, ela fez uma crítica às gaiolas: "Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão."

     Mas na rua que ele vendia os pássaros o que não agradava os moradores era o fato de o vendedor ser negro, e não o "passarinheiro" explorar as aves; acho que esse trecho demonstra o que quero dizer:

     "Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos". - pode-se pensar que se trata do abuso aos passaros, mas na verdade é referente ao abuso do negro aos colonos por "invadir" a rua - "Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito."    

    Enfim, marquei item D e errei..
    Em frente!

  • Já vi que essa banca é complicadíssima!

     

  • Sério?! Pelo amor de Deus! Para mim, os itens corretos seriam I e III. Não há paradoxo na falta de identidade dele! Isso é consequencia do preconceito sofrido pelo negro no período colonial, não era gente, não tinha identidade, era bicho. É explícito que o motivo do desagrado é ele ser um negro pobre num bairro de brancos, ricos e preconceituosos. Oo Sasporra desses colonizadores vieram explorar, desmatar e escravizar e, de acordo com o texto, não gostavam dele pq vendia passarinho?

  • Sei lá em, Douglas Freire muito doido esse seu raciocínio, mesmo assim, não há informações suficientes para inferir o ítem II.

  • Discordo desse item II. As crianças são atraídas pelos pássaros, por suas cores e " seus pios", não pela bondade do vendedor que até então é um desconhecido, um anônimo que figura apenas como "o passarinheiro" assim como referencia o item IV.

  • So queria que a banca colcasse na passagem do texto alguma coisa falando sobre o ítem II, isso é mais que uma "extrapolação" de interpretação. Inacreditável.

     

  • Em nenhum momento da leitura do texto supra consegui interpretar que o "O passarinheiro não é bem-vindo no espaço porque explora os pássaros, vendendo-os às crianças que se enganam com sua bondade.".

    No primeiro parágrafo, fica claro que falaremos de um desconhecido, alguém que vive a margem das relações sociais da época, alguém que "não tinha sequer o abrigo de um nome".

    O preconceito dos moradores daquela região, ao encontro do que já foi dito, é explicito na passagem "Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar". Os abusos mencionados nesta passagem podem ser facilmente ligados à "invasão" do negro aquele lugar e sua ousadia de ali pisar, não que ele, o próprio protagonista, abusava, de fato, de alguém ou de alguma coisa.

    De outra forma, em contraste com o que foi afirmado pela banca, o que encantava os meninos eram os pássaros, havendo resistência das crianças ao próprio preconceito dos pais, passagem explicita no trecho "Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito". Ou seja, os meninos queriam continuar vendo os pássaros, mas os pais negavam.

    Novamente, no excerto trazido nos últimos parágrafos dos texto diz que "fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento'. Prova-se, mais uma vez, que havia um encanto dos meninos pelo passarinheiro".

    Em suma, uma interpretação feita muito além do exposto e, para mim, um passível de alteração de gabarito. Chega a ser um absurdo o que se traz na assertiva "II".

  • Depois de ver um enunciado da mesma banca, passo a afirmar que a questão foi mal feita, porquanto fica claro um sentido diverso da interpretação do texto na própria banca quando ela anuncia que "Ao mesmo tempo em que o narrador apresenta, através do discurso indireto livre, a reprovação dos moradores acerca da liberdade de o passarinheiro circular pelas ruas do bairro, também mostra o encantamento causado pela presença do passarinheiro e seus pássaros na vida das crianças da comunidade. Nessa perspectiva, esse contraste de opiniões, reprovação e encantamento, está marcado, no texto, pela palavra/expressão".

  • Depois de ver um enunciado da mesma banca, passo a afirmar que a questão foi mal feita, porquanto fica claro um sentido diverso da interpretação do texto na própria banca quando ela anuncia que "Ao mesmo tempo em que o narrador apresenta, através do discurso indireto livre, a reprovação dos moradores acerca da liberdade de o passarinheiro circular pelas ruas do bairro, também mostra o encantamento causado pela presença do passarinheiro e seus pássaros na vida das crianças da comunidade. Nessa perspectiva, esse contraste de opiniões, reprovação e encantamento, está marcado, no texto, pela palavra/expressão".

  • Banca desonesta.

  • concordo com a galera super extrapolado o item 2, porquanto, segundo a interpretação certa ao meu ver seria que rejeitavam o passarinheiro pela razão de ser negro nao por simplesmente vender passaros .... pf nee banquinha

  • Esse item II não tem base.


ID
1890304
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

Ao mesmo tempo em que o narrador apresenta, através do discurso indireto livre, a reprovação dos moradores acerca da liberdade de o passarinheiro circular pelas ruas do bairro, também mostra o encantamento causado pela presença do passarinheiro e seus pássaros na vida das crianças da comunidade. Nessa perspectiva, esse contraste de opiniões, reprovação e encantamento, está marcado, no texto, pela palavra/expressão:

Alternativas
Comentários
  • nao entendi tem como alguem tirar essa duvida p mim

  • Não entendi também, a palavra contudo não aparece no trecho do texto.

     

  • (...) O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito. 

  •  "Nessa perspectiva, esse contraste de opiniões" Qual é a conjunção que indica contraste de ideias? Mas, porém , contudo, todavia, entretanto, no entanto. Gabarito A

  •  "Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito."

    Esse trecho do texto nos dá a resposta.. Alternativa A

  • GABARITO = A

    PM/SC

    DEUS


ID
1890307
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

Na frase “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam”, ao comparar os seres humanos com bichos silvestres, o autor estabelece uma crítica.

No contexto, essa crítica pode ser sintetizada pelo seguinte:

Alternativas
Comentários
  • Zoomorfização (ou Animalização) é uma figura de linguagem que aproxima e descreve o comportamento humano como de um animal, o homem é tratado como um animal.  Isso é referenciado nessa passagem do texto: "Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam."


ID
1890310
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

Sobre os elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas.

I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem alteração de sentido por COM EFEITO.

II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração.

III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I - EM VERDADE pode ser substituído por COM EFEITO. (V)

    II - ERA é verbo de ligação, logo não pode ser Predicado verbal. (F)

    III - NEM é conjunção coordenativa aditiva. (V)

    Alternativa

     

  • Resposta B:

    I - EM VERDADE pode ser substituído por COM EFEITO 
     sinônimos de COM EFEITO: deveras, praticamente, a valer, a sério, de verdade, de fato, na verdade, por certo, com certeza, verdadeiramente, realmente, pois, mesmo, efetivamente, na prática

    II- "ERA" é verbo de ligação e "O SOL" seria o predicativo do sujeito (astro)

    III- NEM é conjunção aditiva (= e não)

     

  • ordem direta:  o sol não era seu astro

    era( verbo de ligação)

    seu astro (predicativo do sujeito )

    sol( sujeito)

  • Pessoal, Fernando Pestana bate na tecla em relação às CONJUNÇÕES.

    SEMPRE CAI!

     

    ____________________________________________________________________________________

     

    Conjunções Coordenativas: são aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

     

    1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.

    Por exemplo:

    A sua pesquisa é clara e objetiva.

    Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

     

    2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

    Por exemplo:

    Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

     

    3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.

    Por exemplo:

    Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

     

    4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

    Por exemplo:

    Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

     

    5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

    Por exemplo:

    Não demore, que o filme já vai começar.

     

    ____________________________________________________________________________________

     

    FONTE: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf85.php

     

    ____________________________________________________________________________________

     

    Obs.: coloquei aqui somente as conjunções coordenativas, pois foi a pedida na questão. Porém, há ainda as conjunções subordinativas, mas não cabe tudo em um comentário. Sendo assim, pesquisem na internet ou em um bom livro de português e NÃO DEIXEM DE ESTUDAR CONJUNÇÕES.

  • II- Predicado verbo-nominal

  • II ---> PREDICADO NOMINAL

     

    Predicado Nominal

    Apresenta as seguintes características:

    a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;

    b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito;

    c) Indica estado ou qualidade.

     

    GABA   B

  • Sinônimos de "com efeito":
    deveras, efetivamente, mesmo, pois, realmente, verdadeiramente, com certeza, por certo, na verdade, de fato, de verdade, a sério, a valer, praticamente, na prática.

  • Oh crazy man.

    Predicado verbal - Não possui predicativo - Não se fala em V.L

    Predicado Verbo Nominal - possui predicativo Não se fala em V.L

    Predicado Nominal - possui pred. do sujeito. VL é pred. nominal

    seu astro é qualidade do sujeito ou não é?

    Nem seu país não era a vida - não possui relação de subordinação


ID
1890316
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

Do ponto de vista da norma culta, a única substituição pronominal realizada que feriu a regra de colocação foi:

Alternativas
Comentários
  • Não se inicia frase com pronomes pessoais oblíquos.

  • Há muitas frases como a apresentada no dia a dia: "te telefono", "te amo", "te pego mais tarde", etc, etc, etc. O problema de todas elas é a colocação pronominal, pois não se pode começar frase com pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes). Devem-se colocar esses pronomes antes do verbo, quando houver uma palavra atrativa; são elas:

    advérbio: "Amanhã lhe telefonarei.";

    pronomes indefinidos: "Alguém lhe telefonou.";

    pronomes relativos: "A garota que me telefonou é prima de Alderberto.";

    pronomes interrogativos: "Quem me telefonou?";

    pronomes demonstrativos neutros: "Isso me convém.";

    conjunções subordinativas: "Embora me tenha telefonado, não a procurarei

     

    BONS ESTUDOS

     

    ALTERNATIVA "C"

     

    " E SE QUISER SABER PRA ONDE EU VOU, PRA ONDE TENHA SOL, É PRA LÁ QUE EU VOU"

  • Mas também não acontece eclíse depois de verbo no "partícipio" sendo assim na alternativa (A) 

    " O mundo inteiro se fabulava." = O mundo inteiro fabulava-se.

    Aparentemente tem duas alternativas que ferem a norma culta.

  • FÁCIL.

  • É a quinta vez que respondo essa questão. hahaha

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Próclise (antes do verbo): A pessoa não se feriu.

    Ênclise (depois do verbo): A pessoa feriu-se.

    Mesóclise (no meio do verbo): A pessoa ferir-se-á.


     

    Próclise é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo (PRO = antes)

    Palavras que atraem o pronome (obrigam próclise):

    -Palavras de sentido negativo: Você NEM se preocupou.

    -Advérbios: AQUI se lava roupa.

    -Pronomes indefinidos: ALGUÉM me telefonou.

    -Pronomes interrogativos: QUE me falta acontecer?

    -Pronomes relativos: A pessoa QUE te falou isso.

    -Pronomes demonstrativos neutros: ISSO o comoveu demais.

    -Conjunções subordinativas: Chamava pelos nomes, CONFORME se lembrava.

     

    **NÃO SE INICIA FRASE COM PRÓCLISE!!!  “Me dê uma carona” = tá errado!!!

     

    Mesóclise, embora não seja muito usual, somente ocorre com os verbos conjugados no futuro do presente e do pretérito. É a colocação do pronome oblíquo átono no "meio" da palavra. (MESO = meio)

     Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.

    Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este ano. 


    Ênclise tem incidência nos seguintes casos: 

    - Em frase iniciada por verbo, desde que não esteja no futuro:

    Vou dizer-lhe que estou muito feliz.

    Pretendeu-se desvendar todo aquele mistério. 

    - Nas orações reduzidas de infinitivo:

    Convém contar-lhe tudo sobre o acontecido. 

    - Nas orações reduzidas de gerúndio:

    O diretor apareceu avisando-lhe sobre o início das avaliações. 

    - Nas frases imperativas afirmativas:

    Senhor, atenda-me, por favor!

    FONTE: QC


ID
1890319
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

Observe as palavras destacadas nos fragmentos.

1. “Os pais LHES queriam fechar o sonho”.

2. “Mas logo se aprontavam a diminuir-LHE os méritos”.

3. “nenhuma memória será bastante para LHE salvar do escuro”.

Sobre elas é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • 1. “Os pais LHES queriam fechar o sonho”.

    Os pais queriam fechar o sonho deles.

    2. “Mas logo se aprontavam a diminuir-LHE os méritos”.

    Mas logo se aprontavam a diminuir os méritos dele.

  • e a 3.?  

    o lhe poderia ser substituido por "o" ?

     

     

     

  • Atenção! Dele, de acordo com o prescrito na gramática do prof. Fernando Pestana, não é um pronome possessivo.

  • qual o erro da letra A?

  • Pronomes Possessivos: são palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
    Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

     

    Observe o quadro:

     

    NÚMERO                                   PESSOA                                            PRONOME

    singular                                      primeira                                             meu(s), minha(s)

    singular                                      segunda                                            teu(s), tua(s)

    singular                                      terceira                                             seu(s), sua(s)

    plural                                         primeira                                             nosso(s), nossa(s)

    plural                                         segunda                                            vosso(s), vossa(s)

    plural                                         terceira                                             seu(s), sua(s)

     

    Note que:

    A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído.

    Por exemplo:

    Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

     

    Observações:

    1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor.

    Por exemplo:

    - Muito obrigado, seu José.

     

    2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:

    a) indicar afetividade.

    Por exemplo:

    - Não faça isso, minha filha.

     

    b) indicar cálculo aproximado.

    Por exemplo:

    Ele já deve ter seus 40 anos.

     

    c) atribuir valor indefinido ao substantivo.

    Por exemplo:

    Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

     

    3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.

    Por exemplo:

    Vossa Excelência trouxe sua mensagem?

     

    4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo.

    Por exemplo:

    Trouxe-me seus livros e anotações.

     

    5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo.

    Por exemplo:

    Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)

     

    ____________________________________________________________________________________________

     

    FONTE: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf47.php

     

    ____________________________________________________________________________________________

  • alexandro santos, acredito que possa substituir por LO -  ELE.

    "salvar ELE" - salvá-LO.

  • GABARITO LETRA B.

  • MACETE: Troca o LHE > Dele > ADjunto aDnominal > Posse .

    Os pais queriam fechar os olhos DELE.


ID
1890322
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

As figuras de estilo podem atuar na área da semântica lexical, da construção gramatical, da associação cognitiva do pensamento ou da camada fônica da língua.

Nessa perspectiva, pode-se afirmar corretamente que a frase “Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos.”, como efeito expressivo:

Alternativas
Comentários
  • Olá, colegas. Alguém saberia dizer porque a alternativa E está incorreta (gabarito: B)? Ao se falar de "doces cantos", não se refere a sinestasia?

  • Raissa Pelt, A sinestesia é uma figura de pensamento que consiste em agrupar e reunir sensações diferentes, referentes aos sentidos.

    e o item comenta a expressao conteúdos opostos. É O MEU ENTENDER

    ESPERO TER AJUDADO!

     

     

     

  • Acredito que a alternativa E está incorreta devido a ideia de oposição - cantar e ser doce são coisas diferentes mas não são opostos. Creio que seja por isso.

  • Tem que fumar uma maconha para resolver questões da funcab

  • Qual o ser que não pode participar e foi transportado, pelo amorr de Deus!?!

     

  • Gabarito letra B

     

    Acertei a questão, vi que a % de acertos foi de 40% somente. Confesso que a quand li a primeira vez a frase :"transporta para a cena enunciativa ser que logicamente não pode participar, tornando-o instância interlocutiva." pensei ahm????? o que?????

     

    O segredo nessa hora é você não se desesperar, mantenha a calma respire fundo e releia cada alternativa calmamente eliminando as outras opções foi assim que acertei, eliminando uma a uma até chegar na correta. Abaixo vou escrever o que pensei para chegar até a resposta B, não sei se está certo, mas espero que ajude.

     

     a) supre a falta de um termo expressivo no vocabulário corrente.(escrevi a frase em uma folha à parte e não vi nenhum termo faltando);

     

     b) transporta para a cena enunciativa ser que logicamente não pode participar, tornando-o instância interlocutiva. (li essa frase umas 5 vezes, o que entendi dela foi o seguinte: a cena mostra que aqueles adultos que não compravam os pássaros - não podiam participar dos doces cantos- ficavam "reclamando")

     

     c)consiste na quebra da estrutura lógicogramatical, isentando de função os componentes oracionais. (não há quebra, pois é uma estrutura proporcional à medida que compravam os pássaros ouviam doces cantos)

     

     d) relaciona duas unidades de significados que expressam conteúdos opostos (Não são conteúdos opostos e sim complementares, como dito na afirmativa acima)

     

    e) atribui exagero – quase sempre inverossímil – do sentido para conferir especial relevo à informação. (Não há exagero, há uma relação de proporcionalidade, também não é falso (inverossímil), mas verdadeiro, comprar pássaros trazia alegria-> doces cantos)

     

    "Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito."  Aristóteles.

  • Acertei por eliminação, apesar que achar que ele se refere a presença do vendendor de passarinhos, ele não se faz presente, mas o canto dos pássaros o substitui.

  • Pessoal, acertei essa questão e vou compartilhar a lógica interpretativa que usei para escolher a assertiva "B". Li todo o texto com calma e na parte que emanava a frase “Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos.”, por algum momento, fui ao cenário da própria história e imaginei as casas se enchendo de pássaros. Ou seja, essa técnica "transporta para a cena enunciativa ser que logicamente não pode participar, tornando-o instância interlocutiva". Ser que logicamente não pode participar, é o próprio leitor da obra, "tornando-o" parte da própria narrativa.

    Desta forma, escolhi a alternativa "B". Se alguém conseguiu pegar essa lógica também, comente.

  • Fui na B por achar que o tal ser que é transportado para a cena - e que não se pode transportar - são os doces cantos, que repletam a casa. Evidentemente, canto é algo abstrato, imaterial, que não se pode transportar e encher algo dele.


ID
1890325
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, leia as afirmações sobre os verbos destacados em “Os senhores RECEAVAM as suas próprias suspeições - TERIA aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles CARECIAM de acesso?”

I. Como o verbo é transitivo indireto, é obrigatório o uso do acento indicativo da crase em AS, que compõe o complemento da primeira oração.

II. Na segunda oração, o verbo TERIA constitui por si só o predicado de uma oração.

III. O verbo CARECIAM, como é transitivo indireto, está ligado a seu complemento por meio de uma preposição.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia, por gentileza, fundamentar essa questão ?

  • Questão mal formulada

  • I. Como o verbo é transitivo indireto, é obrigatório o uso do acento indicativo da crase em AS, que compõe o complemento da primeira oração. CORRETA
    Sabemos que antes de pronome possessivo feminino o ARTIGO é facultativo, não a PREPOSIÇÃO. Se eu escrevo "Os senhores receavam AS suas próprias suspeições", eu empreguei o artigo, devendo OBRIGATORIAMENTE crasear, pois sempre vai haver preposição, o que se faculta é o uso do artigo. (A + AS = ÀS) (PREPOSIÇÃO + ARTIGO = ÀS). Assim, as duas formas possíveis para a redação do período são: a) Os senhores receavam ÀS suas próprias suspeições (artigo AS mais preposição A); ou b) Os senhores receavam A suas próprias suspeições (só com "a" preposição, sem o artigo cujo uso é facultativo).

    II. Na segunda oração, o verbo TERIA constitui por si só o predicado de uma oração. ERRADA
    " TERIA aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles CARECIAM de acesso?". Colocando na ordem direta: "Aquele negro teria  direito a ingressar num mundo onde eles CARECIAM de acesso?" Toda a parte sublinhada é o predicado, não só o verbo.

    III. O verbo CARECIAM, como é transitivo indireto, está ligado a seu complemento por meio de uma preposição. CORRETA
    Quem carece, carede DE algo, assim é obrigatório o uso da preposição.

    GABARITO: ALTERNATIVA D


    Espero ter ajudado, bons estudos!

  • A crase seria facultativa diante do pronome possesivo

  • Não, Lucelio. Quando se tratar de plural, na questão o "as" já está no plural concordando com o termo seguinte, necessita de crase

  • b) "Os senhores receavam A suas próprias suspeições (só coma  preposição, sem o artigo cujo uso é facultativo)" Nesse caso a crase seria proibida pela concordância de número, a questão deveria ser anulada.

  • Questão deveria ser anulada, Pois SUAS é pronome possessivo feminino , tornando assim a crase facultativa.

     

  • Wey Olivers,
    Não há qualquer erro de concordância, muito menos proibição de uso da crase em razão disso.
    A questão não deve ser anulada. A assertiva "I" é clara ao afirmar que "é obrigatório o uso do acento indicativo da crase em AS". Tal afirmativa não contraria a regra do uso facultativo da crase antes de pronome possessivo. Lembrem-se de que a crase é a junção da PREPOSIÇÃO com o ARTIGO. Além disso, o que se faculta é o uso do ARTIGO antes de pronome possessivo, não o uso da PROPOSIÇÃO, sempre obrigatória quando a regência pedir. No caso em tela, a questão fala que é obrigatório o uso no "AS", o que é verdade, pois quando eu uso o artigo minha faculdade em relação à crase acaba e OBRIGATORIAMENTE eu devo empregar o acento grave.

    À disposição para debates, rs.

    Vamos galera, fds é melhor momento pra estudar!!! 

  • GABARITO D
    Com relação ao Item I
    -Realmente esta certo, :/

    Receavam, vem do verbo RECEAR,sigfinica Demonstrar muito medo em relação A. E tem como 
     sinônimo de: temer, assustar.
    Sendo Assim VDI e exigindo Preposição (A)+ (AS) pronome adjetivo possessivo feminino (as suas próprias suspeições).

    Sabemos que diante de ACENTO GRAVE ANTES DE PRONOMES POSSESSIVOS FEMININOS é CRASE FACULTATIVA.
    Ex: O cônsul enviou várias cartas a /à sua filha.

    Ai é que vem a pegadinha da questão:
    Se o pronome adjetivo possessivo feminino aparecer no PLURAL, o emprego do acento grave será, em regra, OBRIGATORIO.
    Exemplo: O cônsul enviou várias cartas às suas filhas.

    Por isso a alternativa I esta correta : se o pronome possessivo vim no singular:é facultativo; porém se vinher no plural:é obrigatorio.

    Fiz anotação dessa Regra que vi na aula do prof:Fabiano sales do Estrategia concursos. Espero ter ajudado! 






     

     

     

  • Lucas Aquino, explicou muito bem!

    Ocorre que o "a" da primeira proposição está acompanhado de "s", e como todos nós sabemos a preposição é invariável, ou seja, se ele usou a expressão: AS suas, eu posso afirmar que se trata de um artigo, pois o S só pode acompanhar ele, com isso, o sinal indicativo passa a ser obrigatório. Já que de fato o verbo em questão exige a preposição "A" e essa deve ser contraída pelo AS.

    Ficaria errada se ele trouxesse a expressão "A suas", e dissesse que o uso da crase é obrigatório. O que seria errado pelo fato de só existir nesse caso a preposição.

    Ex: RECEAVAM A AS SUAS... preposição + artigo. RECEAVAM A SUAS... eu não tenho um artigo, ou seja, o que FACULTATIVO é uso do artigo e não da preposição.

    PEÇO DESCULPA PELA REDUNDÂNCIA. RS

     

     

     

  • Perfeita a explica do Lucas! Sanou todas as minhas dúvidas quanto à questão. 

  • A "I" ESTÁ CORRETA!

    Só seria facultiva, caso o pronome possessivo feminino estivesse no singular!

  • lucas fundamentou acima.

  • Gabarito letra D

     

    I. Como o verbo é transitivo indireto, é obrigatório o uso do acento indicativo da crase em AS, que compõe o complemento da primeira oração. (certinho - a crase só é facultativa se o pronome possessivo feminino estiver no SINGULAR, caso esteja no plural e o verbo ou nome  solicitar a preposição, crase obrigatória)

     

    II. Na segunda oração, o verbo TERIA constitui por si só o predicado de uma oração. (errado - predicado é o que se afirma ou se nega a respeito do sujeito da oração).

     

    III. O verbo CARECIAM, como é transitivo indireto, está ligado a seu complemento por meio de uma preposição. (certinho careciam DE)

     

  • Colegas, por favor, retirem-me uma dúvida. Quanto à obrigatoriedade do uso da crase quando o pronome possessivo adjetivo estiver no plural, qual o embasamento de vocês? Qual o gramático que diz isso?

  • GALERA VEJAM O COMENTÁRIO DO PROFESSOR. 

    QUESTÃO ERRADA.

    NÃO INDUZAM SEUS COLEGAS CONCURSEIROS AO ERRO.

    FORÇA FÉ E FOCO!!!

  • O verbo recear, além de não exigir a preposição a. tem outro erro. mesmo que existisse a preposição a crase seria facultativa. 

     

  • O ACENTO DIACRÍTICO SÓ SERIA FACULTATIVO SE O PRONO POSSESSIVO FEMININO FOSSE SINGULAR

  • Galera, cuidado com os comentários!

    ----------------------------------------

    O sinal de crase só será obrigatório no caso de pronome possessivo "sua" sendo PRONOME SUBSTANTIVO. Nesse caso ele é pronome adjetivo do substantivo "filhas", então continua sendo facultativo.

    Fonte: A Gramática p/ Concursos, Prof. Fernando Pestana (3a ed., p. 873).

    ----------------------------------------

    No mais, o verbo RECEAR NÃO EXIGE PREPOSIÇÃO "A". O verbo é VTD no caso da questão e mesmo que fosse VTI (ocasionalmente pode ser VTI) exigiria a preposição "POR".

    Fonte: comentários do professor na questão.

    ----------------------------------------

    Questão mal formulada e o item I é FALSO.

  • Vejo o pessoal moldando a resposta com o gabarito de maneira incorreta, isso só prejudica que está estudando


ID
1890328
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O embondeiro que sonhava pássaros

      Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro.

      Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas:

      - Mãe, olha o homem dos passarinheiros!

      E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambiavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo inteiro se fabulava.

      Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito.

      Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.

      [...]

      O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. 6 remédio, enfim, se haveria de pensar.

      No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si:

      - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.

      Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos?

      O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam.

      Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...]

      As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparentes. [...]

      Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.

COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contosl Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmento). 

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção linguísticas:

I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado.

II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar."/ "desdobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destacadas são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.

III. Na frase " - ESSES são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafórica, exprimindo relação coesiva referencial.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gab: D - estão corretas II e III

    II - paroxítonas terminadas em ditongo

    III - termo anafórico é aquele que se refere a um termo já dito ("aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas.")

  • Essa eu já sabia a resposta porque fiz uma questão igual da banca FCC. Eu hein!...

  • Correta a resposta do Rodrigo Cruz. Ademais, poderia até chutar verificando as opções mais sobressalentes.
    Mas é bom ter cuidado com esses tipos de chute.

  • REMÉDIO E EXISTÊNCIAS = PROPAROXÍTONAS

    ESSES = REFERE-SE A PÁSSAROS 

    FUNÇÃO ANAFÓRICA A reativação do referente em um texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando­se cadeias coesivas mais ou menos longas. A remissão anafórica (para trás) realiza­se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes e também por numerais, advérbios e artigos. Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz. Explicação: O termo isso retoma o predicado são fanáticos torcedores de futebol; este recupera o termo Pedro; aquele, o termo André; o faz, o predicado briga com quem torce para o outro time ­ são anafóricos. Dêixis Anafórica: Um pronome com dêixis anafórica (função anafórica) aponta para um elemento que foi dito ao longo da frase, e que pode ser encontrado através de coesão textual.

     

    GABARITO "D"

    BONS ESTUDOS

  • São chamados de pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência dependente com um termo antecedente, é uma palavra herdada do grego “anaphorá” e do latim “anaphora”.

     

    Designa-se ANÁFORA (não confundir com a figura de linguagem de mesmo nome) o termo ou expressão que, em um texto ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.

     

    Vejamos alguns exemplos de ANÁFORA:

     

    João está doente. Vi-o na semana passada.

    (pronome “o” retoma o termo “João”.)

     

    Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa.

    (o termo “o animal” faz referência ao termo antecedente “o cão”)

     

    A sala de aula está degradada. As carteiras estão todas riscadas.

    (O termo “as carteiras” é compreendido mediante a compreensão do termo anterior “sala de aula”)

     

    Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério.

    (o pronome “essa” faz referência à beleza de Maria, ideia que se encontra implícita no enunciado anterior.)

     

    Por sua vez, os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz referência.

    Vejamos alguns exemplos de CATÁFORA:

     

    A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado.

    (O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode compreender a quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.)

     

    Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José.

    (Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente seguintes “João, Maria e José”.)

    Podemos dizer que a catáfora é um tipo de anáfora, pois estabelece os mesmos tipos de relação coesiva entres os termos, porém o termo anafórico se encontra antes do termo referente, acontecendo exatamente o contrário nas demais tipos de anáforas.

     

    QUESTÃO: Na questão o termo esses, apesar de explicitado por um termo posterior, pássaros, remete a uma ideia já constante do texto: "aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas".

     

    FONTE: http://www.infoescola.com/portugues/anafora-e-catafora/

  • Anafórico – (ESSE, AQUELE, QUE) faz referência a um termo anterior.

     

  • I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado.

     

         ~> Somente o ultimo deve ficar craseado.

     

    II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar."/ "desdobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destacadas são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.

     

         ~> Ambas são paroxítonas terminadas em ditongo.

     

    III. Na frase " - ESSES são pássaros muito excelentes, desses com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafórica, exprimindo relação coesiva referencial.

     

          ~> ESSES é um pronome demonstrativo que, dentro do texto, refere-se a um termo já mencionado, portanto, exerce função anáforica.

  • MOLEZA!

  • GABARITO D

     

    Referênca ANAFÓRICA (antes): retoma por meio de referência um termo  ANTERIOR.

     

    ex.  João está doente. Vi-o na semana passada. (pronome “o” retoma o termo “João”.)

       Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa. (o termo “o animal” faz referência ao termo antecedente “o cão”)

     

    Referência CATAFÓRICA (consecutivo): termo usado para fazer referência a um outro termo POSTERIOR.

     

    ex.: A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado. (O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode compreender a quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.)

  • ATENÇÃO

    Posso estar enganado, mas verifiquei comentários informando que a palavra REMÉDIO (RE-MÉ-DI-O) e EXISTÊNCIAS (E-XIS-TÊN-CI-AS) levam acentuação por serem paroxítonas terminadas em ditongo, porém ao meu ver levam acentuação OBRIGATORIAMENTE por serem PROPAROXÍTONAS. Me corrijam se estiver errado.

  • I. O que se estranhava? Aquela música. Logo, AQUELA é sujeito e não admite preposição, por não admitir preposição não vai CRASE.
    II. CERTO. Ambas são proparoxítonas terminadas em dítongo.
    III. CERTO. ESSES retomam termo anterior

    ALTERNATIVA D

  • Questão bem trabalhada


ID
1890331
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Partindo das premissas:

I. Todo médico é formado em medicina.

II. Todo médico é atencioso.

III. Ribamar é atencioso.

IV. Francisca é funcionária do hospital.

Pode-se concluir que:

Alternativas
Comentários
  • Na humildade, mas ri quando li a última alternativa hahah.

    Vamos na fé.

  • Vamos lá. Sabemos que todo médico é formado em medicina,mais nem todo médico é atencioso, portanto á resposta é a Letra D .

  • III. Ribamar é atencioso;

    ,mas não necessariamente quer dizer que este seja médico, portanto, há pessoas atenciosas que são formadas em medicina.

  • kkkkkkkkk, "são casados" foi pra sacanear a galera e tirar a concentração na hora da prova. Só pode!

  • Gabarito letra D.

     

    Faça os conjuntos e ficará mais fácil.

     

     

     

     

     

     

     

  • Sacanagem esse casados kkkk

  • de onde saiu essa alternativa "E" kkkk

  • Fofoca do examinador: Francisca e Ribamar são casados. kkkkk


ID
1890337
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Ana, Maria e Severina são amigas e trabalham no mesmo hospital. Uma delas é médica, outra enfermeira e a outra psicóloga. Cada uma delas viajou para uma cidade diferente no Carnaval de 2016: uma delas foi para o Rio de Janeiro, outra foi para Salvador e a outra foi para São Luís. Considere as afirmações a seguir:

A médica: não viajei pra Salvador nem para São Luís.

A enfermeira: meu nome não é Maria e nem Severina.

A psicóloga: nem eu nem Maria viajamos para Salvador.

De acordo com as afirmações anteriores pode-se concluir que: 

Alternativas
Comentários
  •                              Ana          Maria          Severina

    Médica                  n                x                   n

    Enfermeira             x                n                   n

    Psicóloga              n                n                   x

    RJ                        n                x                   n

    Salvador               x                n                   n

    SL                        n                n                   x

    A médica é Maria e viajou para o Rio de Janeiro.

    Vamos na fé.

  • SEMPRE QUE RESOLVER ESSAS QUESTOES COLOQUE COM CALMA OS DADOS UM AO LADO DO OUTRO  POR LINHA E COLUNA PARA QUE NAO SEJA INDUZIDO AO ERRO FACILMENTE!

     

    PEGA BIZU !!!

     

  • Basta assistir a esta aula do professor Renato aqui do Qconcursos (https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/materiais-de-apoio/problemas-logicos-parte-1-1770) que esse tipo de questão fica moleza!

  • ALTERNATIVA: A

     

    1° QUADRO (MONTANDO O PROBLEMA)

    PROFISSÃO   NOME                                   CIDADE

    médica             ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    enfermeira       ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    psicóloga         ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

     

    2° QUADRO ,  AFIRMAÇÃO1 A médica: não viajei pra Salvador nem para São Luís. SUBLINHADO É EXCLUÍDO, NEGRITO É VALIDO

    PROFISSÃO   NOME                                   CIDADE

    médica             ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    enfermeira       ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    psicóloga         ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

     

    3° QUADRO , AFIRMAÇÃO2 A enfermeira: meu nome não é Maria e nem Severina. SUBLINHADO É EXCLUÍDO, NEGRITO É VALIDO

    PROFISSÃO   NOME                                   CIDADE

    médica             ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    enfermeira       ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    psicóloga         ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

     

    4° QUADRO , AFIRMAÇÃO3 A psicóloga: nem eu nem Maria viajamos para Salvador. SUBLINHADO É EXCLUÍDO, NEGRITO É VALIDO

    PROFISSÃO   NOME                                   CIDADE

    médica             ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    enfermeira       ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    psicóloga         ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

     

    DAQUI JÁ PODEMOS CONCLUIR QUE:

    A PSICÓLOGA VIAJOU PARA SÃO LUÍZ (SL) TENDO EM VISTA QUE PARA O RJ QUEM FOI FOI A MÉDICA, AFIRMAÇÃO 1,  E ELA, A PSICÓLOGA NÃO FOI PARA SALVADOR (SSA), AFIRMAÇÃO 3. SABEMOS TAMBÉM QUE ELA, A PSICÓLOGA SE CHAMA SEVERINA VISTO QUE ANA É A ENFERMEIRA, AFIRMAÇÃO 2.

     

    PARA NÃO FICAR MUITO GRANDE O RESUMO DO QUADRO ESTÁ ABAIXO COM AS AFIRMAÇÕES EM NEGRITO:

    PROFISSÃO   NOME                                   CIDADE

    médica             ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    enfermeira       ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

    psicóloga         ana, maria, severina         RJ, SSA, SL

  • A médica: não viajei pra Salvador nem para São Luís. Logo a médica viajou para o Rio de Janeiro, letra A.

  • Ana é enfermeira e viajou para Salvador;

    Maria é médica e viajou para o Rio de Janeiro;

    Severina é psicóloga e viajou para São Luís.

  • GABARITO: LETRA A

    ANA = ENFERMEIRA E SALVADOR

    MARIA = MÉDICA E RIO DE JANEIRO

    SEVERINA = PSICÓLOGA E SÃO LUÍS


ID
1890340
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Uma escola de dança oferece aulas de zumba, samba, sapateado, forró e frevo. Todas as professoras de zumba são, também, professoras de samba, mas nenhuma professora de samba é professora de sapateado. Todas as professoras de forró são, também, professoras de frevo, e algumas professoras de frevo são, também, professoras de sapateado. Sabe-se que nenhuma professora de frevo é professora de samba, e como as aulas de samba, forró e sapateado não têm nenhuma professora em comum, então:

Alternativas
Comentários
  •  d) nenhuma professora de forró é professora de zumba. 

  • Os conjuntos 1 e 2 ficam separados um do outro, conforme os dados do enunciado.

     

    * Conjunto 1                                                                                                 * Conjunto 2

     

    Profª. de Zumba dentro do conjunto Profª. Samba                                      Profª. de Forró dentro do conjunto Profª. de Frevo e estas de                                                                                                                             Frevo fazendo uma intersecção com as de Sapateado.

  • Se desenhar os conjuntos fica bem fácil identificar. O que diferencia as questões de nível superior para as de nível médio são apenas os enunciados, que ora são enormes!!!!! :( 

  • conjunto mais bagunçdo que já fiz.

    final de semana, acho que já na 50ª questão.

    vamos com fé.


ID
1890343
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Entre Leonardo, Otávio e Rodrigo, um é maranhense, um mineiro e o outro, carioca. Um deles tem 30 anos, um tem 35 anos, e o terceiro, 40 anos. Sabe-se que:

I. O carioca não tem 35 anos.

II. Otávio não é maranhense.

III. O mineiro tem 30 anos.

IV. Rodrigo não tem 30 anos.

De acordo com essas informações pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  •              Leonardo      Otávio     Rodrigo           30     35    40
    MA                                N                                  N      S      N
    MG                                                 N                 S       N     N
    RJ                                                                      N      N     S

    I. O carioca não tem 35 anos.
    II. Otávio não é maranhense.
    III. O mineiro tem 30 anos.
    IV. Rodrigo não tem 30 anos.

    Após montar as tabelas acima, concluímos que:

     a) o maranhense não tem 35 anos.     ERRADA: o maranhense tem sim 35 anos.

     b) Rodrigo é maranhense e tem 40 anos. ERRADA: quem tem 40 anos é o carioca.

     c) Rodrigo é carioca e tem 40 anos.  CERTA: a única alternativa possível independente de qual seja o rapaz, pois já sabemos que o carioca quem tem 40 anos.

     d) Leonardo é maranhense e tem 40 anos.    ERRADA: o maranhense tem sim 35 anos

     e) Otávio é carioca e tem 30 anos.     ERRADA: o carioca tem 40 anos.

  • Otavio 30 anos e Mineiro

     Rodrigo 40 anos e Carioca

    Leo 35 anos e Maranhense

  • Se o carioca não tem 35 anos, e o mineiro tem 30. Só resta que o carioca tem 40 anos, e a única alternativa que diz isso é a letra C. Nem precisa perder tempo montando tabelas.

  • Essa questão não é equivalência lógica e sim ASSOCIAÇÃO lógica .

     

    É tanta lógica , que a lógica acaba perdendo a lógica.   :P   

  • Pra quem tem dificuldades esse vídeo pode ajudar.

    https://www.youtube.com/watch?v=DRmNkcJqf6o

  • Podemos deduzir, segundo o enunciado:

     

    Mineiro = 30 anos

    Carioca não tem 35, e o mineiro já tem 30, logo:

    Carioca = 40 anos

    Sobrou o Maranhense = 35 anos

     

    Sabemos também que Otávio não é maranhense, logo não tem 35 anos.

    Rodrigo não tem 30 anos, logo não é mineiro.

    Só para quantificar:

     

    carioca = 40 anos
    mineiro = 30 anos
    maranhense = 35 anos

     

    a) o maranhense não tem 35 anos. ERRADA, O maranhense tem 35 anos.

    b) Rodrigo é maranhense e tem 40 anos. ERRADA. O maranhense tem 35 anos.

    d) Leonardo é maranhense e tem 40 anos. ERRADA. O Maranhense tem 35 anos.

    e) Otávio é carioca e tem 30 anos. ERRADA. O Carioca tem 40 anos.

     

    Só sobrou o gabarito, letra B.

    Rodrigo é carioca e tem 40 anos.

     

  • Já solicitei ao pessoal do QC para corrigir a classificação desta questão de Equivalência Lógica para ASSOCIAÇÃO LÓGICA. 

    Bons estudos!

  • Fácil fácil . rs


ID
1890346
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Observe as sequências a seguir:

A= (1,1 ,2 ,3 ,5 ,8.... an)

B = (1,4,9,16,25.... bn)

C = (1,3, 6,10,15.... cn)

De acordo com as sequêcias anteriores, o valor da expressão E = 2.(a9 + a10) + 3.(b9 + b10) + 5.(c9 + c10), é:

Alternativas
Comentários
  • Questão própria pra recurso !!!
  • A= (1,1,2,3,5,8,13,21,4,55,89....an)  A soma de um pelo outro, Ex:  1+1=2 ; 1+2=3 ; 2+3=5 e por ai vai 

    B=(1,4,9,16,25,6,49,64,81,100....an)   Quadrados perfeitos

    C=(1,3,6,10,15,21,28,36,45,55....an)   A diferença ''em modulo'' de um pelo outro somado ao número antes, Ex:  

  • A= (1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89....an)  A soma dois anteriores. Ex: 1+1=2 ou 8+13=21

     

    B=(1,4,9,16,25,6,49,64,81,100....an)   Quadrados perfeitos ou a diferença entre os números vai aumentando de 2 em 2. Ex: 4-1=3, 9-4=5, 16-9=7

     

    C=(1,3,6,10,15,21,28,36,45,55....an)   A diferença vai aumentando de 1 em 1. Ex: 3-1=2, 6-3=3,10-6=4

     

    Só não vale acertar as sequencias e errar a equação igual a mim. ;D 

  • A= (1,1 ,2 ,3 ,5 ,8.... an)  =>13,21,34,55  , termo 9=34 e 10=55

    B=(1,4,9,16,25.... bn) =>36,49,64,81,100 , termo 9=81 e 10=100

    C=(1,3, 6,10,15.... cn) =>21,28,36,45,55 , termo 9=45 e 10=55

    E = 2.(a9 + a10) + 3.(b9 + b10) + 5.(c9 + c10)

    E=2(34+55)+3(81+100)+5(45+55)

    E=2x89+3x181+5x100

    E=178+543+500

    E=1221 

    gab C

     

  • QUESTÃO CHATA! PARECE QUE A PESSOA TEM DEZ HORAS DE PROVA


ID
1890349
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Quando não canto reggae, não danço samba de crioula ou danço frevo. Quando vou à praia, não danço samba de crioula e danço frevo. Quando não como uma galinhada e danço samba de crioula, não canto reggae. Quando não vou à praia e danço frevo, não danço samba de crioula. Hoje, danço samba de crioula. Portanto, hoje

Alternativas
Comentários
  • Questão muito boa, sendo necessário os conceitos de condicional, conjunção e disjunção, e quando cada sentença é V ou F.

    Complicado colocar a resolução aqui, a estrutura dos comentários é muito rígida, mas para o pontapé inicial:

    ~CR --> ~DSC ou DF

    VP --> ~DSC e DF

    ~CG e DSC --> ~CR

    ~VP e DF --> ~DSC

    DSC

    A partir daí, o esquema é ir jogando os valores de V e F até qualificar todos os termos.

    No final, é possível encontrar:

    CR, ~DF, ~VP, CG

    Vamos na fé.

  • Excelente questão!

    Pena ser difícil explicar aqui nos comentários. Porém nosso amigo Sávio Luiz já deu as coordenadas.

     

     

  • Letra D

    Fazendo pelo método da conclusão verdadeira consegue chegar ao resultado...

  • Não entendi!! Somente  consegui fazer essa questão pela conclusão, considerando todos os itens verdadeiros.

    Substituindo considerando D) a resposta e todas as proposições simples verdadeiras:

    Em I)-não canto reggae(F) --> não danço samba ou danço frevo--Já de cara sabemos que será Verdade, pois a única forma de ser falso é V-->F

    Em II)vou à praia(F) --> não danço samba e danço prevo-- Já de cara sabemos que será verdade

    Em III) não como galihada9F) e danço samba--> não canto reggae-já de cara sabemos que será verdadeira

    Em IV)não vou à praia(v) e danço frevo(F)--> não danço samba-já de cara sabemos que será verdadeira


ID
1890352
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Dizer que não é verdade que Francisco é dentista e Tânia é enfermeira, é logicamente equivalente a dizer que é verdade que:

Alternativas
Comentários
  • não é verdade que Francisco é dentista e Tânia é enfermeira. [ negação da conjunção(/\)  é disjunção(\/) ]

    ~F ^ ~T  =>  ~F v ~T 

    Francisco não é dentista ou Tânia não é enfermeira.

    [Gab. D]

    bons estudos!

  • ~( P ^ Q) = ~P v ~Q.

  • Tem que usar as LEIS DE MORGAN, ou seja, TROCA TUDO.

    EX: ~(P ^ Q) <->  (é equivalente a) ~P v ~Q

           ~(P v Q) <-> ~P ^ ~Q 

    Então na questão: ~(F ^ T) (se não é verdade que Francisco é dentista e Tânia é enfermeira) <-> (equivale dizer que) ~F v ~T  (Francisco não é dentista ou Tânia não é enfermeira). 

  • Letra D

    A expressão "não é verdade que" equivale a pedir a negação da proposição.

    Por exemplo:

    "Dizer que não é verdade que Francisco é dentista e Tânia é enfermeira, é logicamente equivalente a dizer que é verdade que: "

    "A negação de que Francisco é dentista e Tânia é enfermeira, é:"

  • Entendi que a questão pede a equivalência da negação ou seja a própria negação da frase.

    qq erro me avisem.


ID
1890355
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Dona Josefina montou uma barraca e investiu R$ 1.080,00 para produzir e vender bolos. Cada bolo é vendido por R$ 15,00, já com um lucro de 25%. A venda diária é de 30 bolos. O número mínimo de dias, que ela deve trabalhar para recuperar o valor investido, é:

Alternativas
Comentários
  • Calcular o lucro por bolo:

    x + x/4 = 15

    x=12. Lucro por bolo = 3

    Por dia: 30 * 3 = 90

    1080/90 = 12 dias

    Vamos na fé.

  • o lucro por bolo né 3,75 nãão???????

  • essa questão ai e muito mal elaborada

  • Não entendi o sentido dessa questão.

    25% de R$ 15,00 não seria R$ 3,75?

    Em sendo dessa forma, o lucro diário com as vendas (30 bolos/dia) seria de R$ 112,50.

    Dez dias de trabalho seriam suficientes para recuperar o dinheiro investido. O problema questiona-nos o tempo mínimo de dias q devem ser trabalhados. Não entendo o porquê de ser 12 dias.

    Vi a explicação do colega Sávio, mas não compreendi.

  • Não entendi? Vem com calma INCAB/FUNCAB na PM-SC 2019.

  • MAS O QUE É ISSO

  • A questão pergunta o NÚMERO MÍNIMO  de dias NÃO  A QUANTIDADE DE DIAS EXATO.  Interpretação + rlm ! Sacanagem.     #PMSC

  • A questão informa que o valor de R$15,00 já está incluso os 25%. Logo, devemos calcular da seguinte maneira:

    15,00 ----> 125%

    x ----> 25%

    regra de três para descobrir o valor dos 25% que ela ganhou em cada bolo.

    x.125 = 15*25

    x = 375/125

    x = R$3,00 por bolo

    Se no dia ela vende 30 bolos. Logo faremos

    30.R$3,00 = R$90,00 por dia

    R$1.080,00 (valor a ser recuperado)

    __________________________

    R$90,00 (valor que ganha por dia)

    1.080/90 = 12 dias de trabalho


ID
1890361
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

As Normas Operacionais do SUS foram instrumentos utilizados para a definição de estratégias e movimentos tático-operacionais que reorientavam a operacionalidade do Sistema Único de Saúde. Sobre essas normas analise as afirmativas a seguir.

I. A Norma Operacional Básica do SUS 01/91 estabeleceu o instrumento convenial como a forma de transferência de recursos do INAMPS para os estados, Distrito Federal e municípios.

II. Uma das principais contribuições da Norma Operacional de Assistência à Saúde de 2001 foi a criação da transferência regular e automática - fundo a fundo - do teto global da assistência para municípios em gestão semiplena.

III. A Norma Operacional Básica do SUS de 1996 estabeleceu o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    PARA NÍVEL DE CONHECIMENTO:

    A Norma Operacional Básica do SUS 01/91 (NOB/SUS 01/91) foi editada pela Resolução do INAMPS nº 258, de 7 de janeiro de 1991, e reeditada com alterações pela Resolução do INAMPS nº 273, de 17 de julho de 1991, publicadas no Boletim de Serviço daquele Instituto.

    Os principais pontos da NOB/SUS 01/91 são:

    • Equipara prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de financiamento que passa a ser, em ambos os casos, por pagamento pela produção de serviços;

    • Centraliza a gestão do SUS no nível federal (INAMPS);

    Estabelece o instrumento convenial como forma de transferência de recursos do INAMPS para os Estados, Distrito Federal e Municípios.

    • Considera como “municipalizados” dentro do SUS, os municípios que atendam os requisitos básicos da Lei 8.142 (fundos, conselhos, etc.)

    • Muda o sistema de pagamento dos prestadores de serviços com a implantação do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS).

     

    FONTE: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/a-norma-operacional-basica-01-91/38534

    GRUPO DE ESTUDOS PARA CONCURSOS-ASSISTENTE SOCIAL- https://web.facebook.com/groups/227265684423923/

  • A NOB/SUS 01/96 promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os Municípios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios. Os objetivos gerais da Norma Operacional Básica 01/96 foram:

    • Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor, diretamente ou garantindo a referência, explicitando um novo pacto federativo para a saúde;

    • Reorganizar o modelo assistencial, descentralizando aos municípios a responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde;

    Aumentar a participação percentual da transferência regular e automática (fundo a fundo) dos recursos federais a Estados e Municípios, reduzindo a transferência por remuneração de serviços produzidos.

    Portaria GM/MS nº 95, de 26 de janeiro de 2001 - Aprova a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2001 que amplia as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica; define o processo de regionalização da assistência; cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do Sistema Único de Saúde e procede à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios.


ID
1890364
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com as disposições legais acerca das distribuições das vagas nos Conselhos de Saúde, as entidades dos trabalhadores da área da saúde devem ter representatividade de:

Alternativas
Comentários
  • Representaividade dos Conselhos de Saúde:

    50% usuários

    25% Trabalhadores

    25% Prestadores de serviço e gestores

  • [Terceira Diretriz, Resolução nº 453-2012 do Conselho Nacional da Saúde]

    II Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03 do CNS e consoante com as Recomendações da 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser distribuídas da seguinte forma
    a)50% de entidades e movimentos representativos de usuários;
    b)25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde;
    c)25% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.


ID
1890370
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

As instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS são denominadas:

Alternativas
Comentários
  • Art. 14-A.  As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).         (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).

     

    Parágrafo único.  A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo:         (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).

     

    I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; 

     

    Letra A

  • As comissões intersetoriais foram criadas na lei 8080/90 com s finalidade de articular politicas e programas de interesse para a saude, cuja execução envolva areas não compreendidas no ânbito do SUS.

     

    As comissões intergestores foram criadas na NOB 93 e decreto 7508/11. As comissões intergestores se dividem em tripartite, bipartite e regional. E são as instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS.

     

    Conselhos e conferencia de saude foram criadas na lei 8142/90. O primeiro tem carater permanente e deliberativo e o segundo apenas consultivo

  • GABARITO A

     

    As comissões intersetoriais .

    Finalidade: articular politicas e programas de interesse para a saude, cuja execução envolva areas não compreendidas no âmbito do SUS.

     

    As comissões intergestores

    São instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS.


ID
1890373
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Sobre as regiões de saúde, analise as afirmativas.

I. São espaços geográficos contínuos constituídos por agrupamentos de Municípios limítrofes.

II. Uma das características das Regiões de Saúde é que elas devem ser compostas estritamente por municípios do mesmo estado.

III. Os entes federativos devem definir, entre outras coisas, o rol de ações e serviços que serão ofertados nas Regiões de Saúde.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Art. 4o  As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em articulação com os Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do art. 30. 

     

    § 1o  Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais, compostas por Municípios limítrofes, por ato conjunto dos respectivos Estados em articulação com os Municípios. (Por isso que a II da questão tá errada).

     

     

    Art. 7o  As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões Intergestores. 

     

    Parágrafo único.  Os entes federativos definirão os seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde:

     

    I - seus limites geográficos;

     

    II - população usuária das ações e serviços;

     

    III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e

     

    IV - respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e escala para conformação dos serviços. 

     

    Fonte

     

  • d)

    I e III. 


ID
1890376
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com o Decreto n° 7.508, de junho de 2011, é correto afirmar que o Contrato Organizativo da ação Pública da Saúde tem como objeto a:

Alternativas
Comentários
  • A) Função das comissões intergestoras

    B) Competência exclusiva da CIT (Comissão intergestora tripartite)

    C) CONTRATO ORGANIZATIVO DAS AÇÕES PUBLICAS DE SAUDE

    D) Função das comissões intergestoras

    E) Função das comissões intergestoras

     

    Ainda reforçando:

    Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde;

     

    Competências exclusivas da CIT:

    - Diretrizes gerais da RENASES

    - Planejamento das aões e serviços das regiões de saúde

    - Diretrizes nacionais do financiamento e questões operacinais das regiões de saúde em fronteiras

  • Art. 34.  O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde é a organização e a integração das ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência aos usuários.

  • Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde = organização e a integração das ações

  • GABARITO: LETRA C

    DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES  

    Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:  

    II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde; 

    DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.


ID
1890379
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

São considerados Determinantes Sociais da Saúde-DSS, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Determinantes de saúde: Alimentação, Moradia, Saneamento básico, Meio ambiente, Acesso aos bens de serviçoes essenciais, Trabalho, Renda, Educação, Transporte, Condições de bem estar físico e mental.

  • art 3 da lei 8.080

  • Art. 3o  Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.   

  • Acredito que idade seja um determinante individual.


ID
1890382
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Marque a alternativa que corresponde a uma competência da direção municipal do Sistema Único de Saúde.

Alternativas
Comentários
  • O Municipio tem por obrigatoriedade:

    EXECUTAR os serviços de: 

    1. Vigilância epidemiologica

    2. Vigilância Sanitária

    3. Saneamento básico

    4. Saúde do trabalhador

    5. Alimentação e nutrição 

     

    Ainda deve atuar:

    - na politica de insumos e equipamentos para saúde

    - FORMAR CONSOSRCIOS ADMINISTRATIVOS INTERMUNICIPAIS

    - Colaborar com a vigilancia sanitaria do portos....

  • LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

     

    Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

     

    VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;

     

    GAB: LETRA E

  • GABARITO: LETRA E

    Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

    VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;

    FONTE: LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.


ID
1890385
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Acerca do disposto na Lei n° 8.142/1990, analise as afirmativas a seguir.

I. A Conferencia de Saúde atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.

II. A elaboração do Plano de Saúde é um dos critérios estabelecidos para que os Municípios, os Estados e o Distrito Federal recebam os recursos relacionados à cobertura das ações e serviços de saúde.

III. O Conselho Nacional de Saúde deve se reunir a cada quatro anos para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.

    § 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.

    Lei 8.142 de 28/12/1990

  • o ITEM 1 tá errado. o correto seria :"o CONSELHO DE SAÚDE atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros."

     

    item 2 correto.(Para receber investimentos ,Devem contar com: Fundo de saúde , Conselho de Saúde, plano de saúde,Relatórios de Gestão, contrapartida de recursos, Comissão de elaboração PCCS) 

     

    item 3 errado- conferência de saúde se reune a cada 4 anos.

     

    Gabarito: D

  •  

    Vamos observar! Essa é um tipo de questões que por eliminação, já se responde. 

    ITEM:

    I- (Falso)- O correto seria o Conselho de Saúde é  que atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde. 

    III - (Falso) -  Porque é  a Conferência de Saúde  que ocorre  a cada 4 anos

    Portanto,  bastaria só saber essas duas alternativas para responder a questão.

    ALTERNATIVA CORRETA: D

     

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  • DIFERENÇAS

     

    CONSELHO DE SAÚDE

    -> Permanente e deliberativo

    -> Atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros

    -> Colegiado 

    * representantes do governo

    * prestadores de serviços de saúde

    * profissionais da saúde

    *usuários

     

    CONFERÊNCIA DE SAÚDE

    -> Se reúne a cada 4 anos

    -> representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes

    -> convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.

     

  • Para receber os recursos para cobertura das ações e serviços de saúde, os Múnicipios, Estados e DF deverão contar com:
    - Fundo de Saúde
    - Conselho de Saúde
    - Plano de Saúde
    - Relatórios de Gestão
    - Contrapartida de recursos
    - Comissão de elaboração de Plano Carreira, Cargos e salários

    O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União


ID
1890391
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Nas últimas décadas, o serviço social brasileiro, em um embate ao tradicionalismo profissional e ao seu lastro conservador, redimensionou-se renovando-se no âmbito da interpretação teórico-metodológica e política. Nesta perspectiva, o Projeto Ético Político Profissional é:

Alternativas
Comentários
  • Sobre o Projeto Ético Político do Serviço social é importante ler o artigo A Construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social Por José Paulo Netto. Pode ser acessado em http://welbergontran.com.br/cliente/uploads/4c5aafa072bcd8f7ef14160d299f3dde29a66d6e.pdf


ID
1890394
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As estratégias para enfrentamento da questão social têm sido tensionadas por projetos sociais distintos. O projeto de defesa dos direitos sociais, das políticas públicas de caráter universalista e democrático pressupõe:

Alternativas

ID
1890397
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

É no trânsito da década de 1990 para os anos 2000 que ocorrem profundas mudanças que reorganizam o processo de produção, a denominada acumulação flexível. Sendo a saúde do trabalhador uma manifestação concreta das relações sociais, o recrudescimento das condições de trabalho:

Alternativas
Comentários
  • ????

  • O que esse quadro desvela é o recrudescimento da "questão social", decorrência do crescente antagonismo, inerente à ordem burguesa, entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho. Recrudescimento que corresponde à raiz de "uma nova pobreza de amplos segmentos da população" (IAMAMOTO, 1998) e que se expressa no agravamento da miséria, no crescimento do desemprego, na deterioração da qualidade de vida das "classes que vivem do trabalho" (ANTUNES, 1998).

     

    http://www.ubiobio.cl/cps/ponencia/doc/p16.2.htm


ID
1890400
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na história da política social, a política keynesiana tem por perspectiva um programa fundado em dois pilares, são eles a(o):

Alternativas
Comentários
  • Teoria Keynesiana

    Conjunto de idéias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado.

    O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerarados de forma alarmante.

    A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.

    http://www.economiabr.net/teoria_escolas/teoria_keynesiana.html

  • Muito bom!


ID
1890403
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As políticas sociais emergem na confluência dos movimentos de ascensão do capitalismo com a Revolução Industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal. Contudo, sua generalização situa-se na passagem do capitalismo:

Alternativas
Comentários
  • ´Não se pode indicar com precisão um período especifico de surgimento das primeiras iniciativas reconhecíveis de políticas sociais, pois como processo social, elas se gestaram na confluência dos movimentos de ascensão do capitalismo com a Revolução Industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal.Sua origem é comumente relacionada aos movimentos de massa social-democratas e ao estabelecimento dos Estados-nação na Europa ocidental do final do século XIX, mas sua generalização situa-se na passagem do capitalismo concorrencial para o monopolista, em especial na sua fase tardia, após a Segunda Guerra Mundial.´

     

    Referência:  Política Social: Fundamentos e História de Elaine Rossetti Behring e Ivanete Boschetti.


ID
1890406
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Nos tempos contemporâneos há um profundo desmonte das conquistas civilizatórias dos trabalhadores. A fetichização das relações sociais alcança seu ápice sob a hegemonia do(a):

Alternativas
Comentários
  • Nesses tempos orquestrados pelo grande capital financeiro, a generalização de seus fetichismos alastra-se em todos os poros da vida social: impregna a sociabilidade e impulsiona um profundo desmonte das conquistas civilizatórias dos trabalhadores. A fetichização das relações sociais alcança o seu ápice sob a hegemonia do capital que rende juros – denominado por Marx de capital fetiche – e obscurece o universo dos trabalhadores que produzem a riqueza e vivenciam a alienação como destituição, sofrimento e rebeldia (IAMAMOTO, 2007).

     

    Referência: Mundialização do capital, “questão social” e Serviço Social no Brasil, pode ser acessado em Em_Pauta_21_8_Mundialização do capital, ´questão social´ e Serviço Social no Brasil.pmd

  • Gabarito A.

    Conforme Iamamoto em Serviço Social em Tempo de Capital Fetiche:

    “O caráter alienado da relação do capital, sua fetichização, alcança seu ápice no capital que rende juros. […] O capital-dinheiro aparece […] como fonte independente de criação de valor […] apagando o seu caráter antagônico frente ao trabalho. ‘O capital agora é coisa, mas não coisa capital’” p.93


ID
1890409
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O tema família tem sido, ao longo da história do serviço social, foco tanto de estudos quanto de intervenção dos assistentes sociais. Na atualidade, ao trabalhar com o tema, o assistente social leva em consideração a família como:

Alternativas
Comentários
  •  

    A família é um fato cultural, historicamente condicionado, que não se constitui, a priori, como lugar de felicidade, uma vez que a dinâmica de relações entre seus membros não é dada, mas construída a partir de sua história e de suas negociações cotidianas internas e externas. Como é um processo de construção, a família pode se constituir num lugar de felicidade ou não (MIOTO, 1997).

  • Bom dia, pessoal!

     

    Revendo a questão,dava pra fazer por eliminação.

     

    a) uma instituição natural da sociedade. 

     b) lócus, a priori, de felicidade

     c )uma estrutura estritamente legal. 

     d) um fato cultural historicamente condicionado. 

     e) a conformação filial circunscrita à consanguinidade.


ID
1890412
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na atuação do assistente social em equipes interprofissionais, o incentivo - sempre que possível - a prática profissional interdisciplinar se constitui em um(a):

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Código de Ética do/a Assistente Social - Capítulo III - Das relações com assistentes sociais e outros/as profissionais

    Art. 10: São deveres do/a assistente social:

    d- incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar


ID
1890415
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A assessoria/consultoria em serviço social é um serviço que vem sendo cada vez mais solicitado. Neste, a ação realizada pelo assistente social direciona-se a:

Alternativas
Comentários
  • Percebemos em geral, uma nebulosa compreensão de assessoria, ora entendida como supervisão profissional, ora como trabalho interventivo junto a comunidades ou movimentos sociais, ora como militância política. Longe de isso ser uma mera questão epistemológica, entendemos como importante a desvelação do que estamos, na categoria profissional, chamando de assessoria/consultoria.
    Se observarmos a origem da palavra, podemos entender que assessoria é aquela ação que visa auxiliar, ajudar, apontar caminhos [...]

    Assim definimos assessoria/consultoria: aquela ação que é desenvolvida por um profissional com conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto de estudo e detém uma intenção de alteração da realidade. O assessor não é aquele que intervém, deve, sim, propor caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe que assessora e estes têm autonomia em acatar ou não as suas proposições. (FERREIRA, 1999)

    GABARITO: LETRA E


ID
1890418
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Uma das tendências, quando há uma pessoa portadora de transtorno mental grave em uma família, é o isolamento desse grupo familiar (Vasconcelos, 2002). Um dos principais equipamentos públicos na atualidade, em que o assistente social compõe a equipe, direcionado ao atendimento à saúde mental (tanto de pacientes quanto familiares) é a(o):

Alternativas

ID
1890421
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O processo de reestruturação produtiva do capital inflexionou as políticas de recursos humanos. Destarte, as empresas passaram a cobrar dos assistentes sociais uma maior organicidade em relação a seus objetivos. Nesse contexto, o exercício profissional do assistente social em consonância com o Projeto Ético Político em vigor:

Alternativas
Comentários
  • Sem dúvidas, gabarito B - pode ser direcionado aos interesses fundamentais dos trabalhadores.

    Visto que,

    "Desde os anos 1970, mais precisamente no final daquela década, o Serviço Social brasileiro vem construindo um projeto profissional comprometido com os interesses das classes trabalhadoras."

    Referência:

    http://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/teixeira-joaquina-barata_-braz-marcelo-201608060407431902860.pdf


ID
1890424
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No decorrer dos anos de 1990, o conjunto de ações que a empresa desenvolve para atender, internamente, às necessidades de seus empregados passou a comporá ideia de:

Alternativas
Comentários
  • Responsabilidade Social Corporativa (RSC) é, na maioria dos casos, conceito usado na literatura especializada sobretudo para empresas, principalmente de grande porte, com preocupações sociais voltadas ao seu ambiente de negócios ou ao seu quadro de funcionários.

     


ID
1890427
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na dédada de 1930, período de emergência do serviço social brasileiro, a primeira escola de serviço social é fundada e mantida pelo(a):

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    Os primeiros movimentos organizados no Brasil, no sentido da criação do Serviço Social, ocorreram na década de 1930. Em 1932, foi formada uma associação com a finalidade de contribuir para a divulgação dos princípios da ordem social cristã, com a preocupação de preparar "trabalhadores sociais". Essa associação, o Centro de Estudos e Ação Social (Ceas) fundado em setembro de 1932, dedicou-se à difusão da doutrina social da Igreja e à formação social católica, criando a Escola de Serviço Social (ESS), em 1º de fevereiro de 1936. O interesse dessa criação se fundamentava nos resultados obtidos pelos métodos do Serviço Social em outros países que já o adotavam. Houve, nesse momento, o apoio das autoridades eclesiáticas, com a ministração do curso para mulheres. Logo nos primeiros anos de funcionamento da Escola de Serviço Social, sentiu-se a necessidade de angariar e formar elementos masculinos na profissão. Em 1938, o dr. Carlos Magalhães Lebéis, então diretor do Departamento de Serviço Social do estado, alertou a diretoria do Centro de Estudos e Ação Social para esse fato, sendo que esses profissionais devessem atuar "na solução dos mais graves problemas sociais de São Paulo". A Juventude Universitária Católica (JUC) deu inteira colaboração a essa posição.

    Serviço Social & sociedade in: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282010000300010


ID
1890430
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Com o movimento de reconceituação do serviço social, várias vertentes de análise emergiram. No contexto da modernização conservadora, implantada no Brasil nos anos 1960/1970, a intervenção da questão social é tratada por meio do(a):

Alternativas
Comentários
  • A vertente Modernizadora emprega teorias e técnicas para responder demadas do desenvolvimento capitalista, ou seja, foi o esforço de conceber o serviço social como suporte e instrumento atraves de tendencias socio-políticas para as políticas de desenvolvimento, atuando no contraponto: assistencia e repressão. Gab. a

     

     

     

    "Bendizei ao Senhor, todas as suas obras..."

  • Acertei esta questão, meu pensamento foi assim;


    Ditadura 1964 á 1985 - neste tempo os desempregados/pobres eram visto como desajustado, ou seja "caso de policia". tomado no Neotomismo.

  • Tem-se a instauração de um Estado “antinacional e antidemocrático”, que passa a enfrentar a “questão social” não apenas com repressão, mas também com políticas sociais compensatórias. 

    https://cress-mg.org.br/hotsites/Upload/Pics/ec/ecd5a070-a4a6-4ba1-8e4a-81b016479890.pdf


ID
1890433
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de programas sociais, constitui para o assistente social, de acordo com a legislação em vigor, em um(a):

Alternativas
Comentários
  • Art. 2º Constituem direitos do/a Assistente Social:

    (...)

    c- participação na elaboração e gerenciamento das politicas sociais, e na formulação e implementação de programas sociais;

     

  • Excelente bizu !


ID
1890436
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

“O reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ele inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais” está contido no Código de Ética Profissional do Assistente Social como um(a):

Alternativas
Comentários
  • Código de Ética Princípios Fundamentais


    I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; 

  • Gabarito B - Princípio fundamental.

    Lembrando que são princípios fundamentais do Código de Ética do Serviço Social (de forma resumida):

    1 Liberdade;

    2 Direitos Humanos - recusa ao arbítrio e autoritarismo;

    3 Cidadania;

    4 Democracia;

    5 Equidade e justiça social;

    6 Eliminação de preconceitos;

    7 Pluralismo;

    8 Nova ordem societária;

    9 Articulação com outras categorias;

    10 Qualidade dos serviços prestados;

    11 Não discriminação.

  • Cespe 2011

    Um dos princípios éticos fundamentais da categoria profissional consiste no reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes — autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais. correto


ID
1890439
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

“Toda construção teórica é um sistema cujas vigas mestras estão representadas pelos conceitos” (Minayo, 1996). Os conceitos mais importantes dentro de uma teoria são denominados:

Alternativas
Comentários
  • FONTE: O desafio do conhecimentoPesquisa qualitativa em saúde. 9ª edição revista e aprimorada. São Paulo: Hucitec; 2006


ID
1890442
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na elaboração de um projeto por um assistente social, vários elementos precisam ser considerados como a base teórica, justificativa, objetivos, metodologia e cronograma. Nesse processo, o objeto é:

Alternativas
Comentários
  • construído.

  • Gabarito A. O objeto de pesquisa ou problema de pesquisa deve ser descoberto.

    Conforme Rocha:

    "Este problema de pesquisa não é “descoberto”, mas “construído”, resulta do trabalho intelectual, da reflexão do pesquisador acerca dos fatos, das pesquisas e conhecimentos já produzidos sobre o tema, e do conjunto de pressupostos e postulados que assume.

    Na construção do problema-objeto de investigação, a teoria tem papel fundamental, pois nos permite construir um esquema interpretativo para compreendemos a realidade, no interior do qual, determinadas perguntas são pertinentes e adquirem sentido" (p. 7-8)

    Referência:

    http://www.poteresocial.com.br/wp-content/uploads/2017/08/6.3-Elabora%C3%A7%C3%A3o-de-projetos-de-pesquisa-%E2%80%93-Mirtes-Guedes-Alcoforado.pdf


ID
1890445
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O documento que indica um conjunto de projetos cujos resultados permitem alcançar o objetivo maior de uma política pública é denominado:

Alternativas
Comentários
  • Letra "d" ;)

    PLANO
    – É  o  documento  mais  abrangente  e  geral,  que  contém  estudos,  análises situacionais ou diagnósticos necessários à identificação dos pontos a serem atacados, dos programas  e  projetos  necessários, dos objetivos,  estratégias  e  metas  de  um  governo,  de um Ministério, de uma Secretaria ou de uma Unidade.


    PROGRAMA
    – É o  documento que indica um conjunto de projetos cujos resultados permitem alcançar o objetivo maior de uma política pública.

    PROJETO
    - É  a  menor  unidade  do  processo  de  planejamento.  Trata-se  de  um instrumento   técnico-administrativo   de   execução   de   empreendimentos   específicos,direcionados  para  as  mais  variadas  atividades  interventivas  e  de  pesquisa  no  espaço público e no espaço privado.

    Fonte: http://cressrn.org.br/files/arquivos/5x595ziU0wuEf5yA63Zw.pdf

     


ID
1890448
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Considerando a avaliação de projetos e programas em função do momento em que se realiza e os objetivos que persegue, é possível distinguir dois tipos de avaliação:

Alternativas
Comentários
  • AVALIAÇÃO EX-ANTE OU AVALIAÇÃO DE DIAGNÓSTICO= ocorre no início do programa para dar suporte a deceisão de implementar ou não o programa.

    AVALIAÇAO EX-POST OU SOMATIVA= realizada após a execução do projeto. Avalia a efetividade (imapactos).

     

    Fonte: Planejamento Social de Vera Baptista


ID
1910296
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Se todos os maranhenses são nordestinos e todos os nordestinos são brasileiros, então pode-se concluir que:

Alternativas
Comentários
  • A Banca quer saber se o candidato conhece de NEGAÇÃO DE QUANTIFICADORES LÓGICOS, para tanto:

    A expressão: "existe... que é..." é equivalente (igual a) "todo... NÃO é..." ou a expressão: "nenhum... é..."

    A expressão: "todo... é..." é  equivalente (igual a) "existe... que NÃO é..."

     

    Espero ter ajudado! 

  • fiz a questão utilizando conjunto, deu certo.

  • Resposta: Letra A

     

    maranhenses = M

    nordestinos = N

    brasileiros = B

     

    TODO M é N

    TODO N é B

    Logo, existe N que não é M

  • Fiz pelo diagrama de venn!

  • Não precisa nem saber de RL pra acertar essa questão...

  • Fui pela geografia mesmo kkkk

  • Questão mamão com mel :)

  • Dica de RLM sobre NEGAÇÕES DAS PROPOSIÇÕES

    https://www.youtube.com/watch?v=rVHVX8VfIHQ

     

  • Sempre é bom fazer essas questões por diagrama de VENN


ID
1915000
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES é um dos sistemas de informação do SUS que possibilita acessar dados acerca da(o):

Alternativas

ID
1931620
Banca
FUNCAB
Órgão
EMSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Situações que condicionavam o acesso do usuário aos serviços públicos de saúde, como a necessidade de estarem formalmente inseridos no mercado de trabalho, foram legalmente excluídas com as disposições constitucionais acerca do SUS e com a Lei n° 8.080/1990 por meio do seguinte princípio:

Alternativas
Comentários
  •  Lei n° 8.080/1990

    Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

    I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

  • Situações que condicionavam o acesso do usuário aos serviços públicos de saúde, como a necessidade de estarem formalmente inseridos no mercado de trabalho, foram legalmente excluídas com as disposições constitucionais acerca do SUS e com a Lei n° 8.080/1990 por meio do seguinte princípio: I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

  • A medida trazida pela questão limitava o acesso ao SUS. Este se direcionava a quem estava inserido no mercado de trabalho.

    Então, objetivando tornar o acesso factível a todos, surgiu o princípio da UNIVERSALIDADE.

     

    Gab: Letra B

  • GABARITO: LETRA B

    Dos Princípios e Diretrizes

    Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

    I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

    FONTE: LEI ORGÂNICA DA SAÚDE - LEI N º 8.080/1990