SóProvas



Questões de Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)


ID
730
Banca
FCC
Órgão
TRT - 23ª REGIÃO (MT)
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Da ação dos justos

Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa
juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: “É preciso que
os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. Para a
juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente
omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações
de violência e de corrupção que se multiplicam em
nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento
público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe
uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação
efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie
moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não
tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de
dignidade.

Como não concordar com a oportunidade da frase?
Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a
comentários pessoais, não indo além de um mero discurso
ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é
impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em
gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância
acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e
gera conseqüências.

A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer
hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e
pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas
pela total ausência de compromisso com o interesse público.
Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não
confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam
coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva
a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e
não abram mão de reagir contra quem a ignore.

A inação dos justos é tudo o que os contraventores e
criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que
se propagam frases como “Os políticos são todos iguais”,
“Brasileiro é assim mesmo” ou “Este país não tem jeito”,
promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a
barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira,
seu cúmplice silencioso.


* Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX.
(Aristides Villamar)

Quanto à forma dos verbos e à correlação entre os tempos e os modos empregados, está inteiramente correta a frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Se não transpor o limite da queixa, a indignação será impotente e se reduziria a conversas privadas.--> Se não transpuser/transpusesse o limite da queixa, a indignação será/seria impotente e se reduzirá/reduziria a conversas privadas.

    b) A inação dos justos será tudo o que os contraventores e criminosos sempre requiseram para ter seu caminho bem aplainado --> A inação dos justos é tudo o que os contraventores e criminosos sempre requereram para ter seu caminho bem aplainado. * Atenção a conjugação do verbo requerer é diversa do verbo querer.
    http://www.conjuga-me.net/verbo-requerer x http://www.conjuga-me.net/verbo-querer

    c) CORRETA

    d) Quem doravante ver a barbárie como uma fatalidade, saiba que, ainda que não o quisesse, estaria sendo seu cúmplice silencioso. --> Quem doravante vê a barbárie como uma fatalidade, saiba que, ainda que não o queira, estará sendo seu cúmplice silencioso.

    e) Caso seja visto como uma fatalidade, a barbárie teria como cúmplices silenciosos os que assim a considerariam. --> Caso seja/fosse visto como uma fatalidade, a barbárie terá/teria como cúmplices silenciosos os que assim a consideram/considerariam.
  • Só complementando....

    A letra correta (C) obedece as regras de correlação verbal:

    Caso não transpusesse (Pretérito Imperfeito do subjuntivo) o limite da queixa, a indignação seria ( Futuro do pretérito) impotente, reduzindo-se a conversas privadas. 
  • (A) Se não transpusermos o limite da queixa, a indignação será impotente e se reduzirá a conversas privadas.
    (B) A inação dos justos será tudo o que os contraventores e criminosos sempre requereram para ter seu caminho bem aplainado.
    (C) Correta, “transpusesse” é derivado de “pôr”:
    (D) Quem doravante vir a barbárie como uma fatalidade, saiba que, ainda que não o queira, estará sendo seu cúmplice silencioso. 
    (E) Caso seja vista como uma fatalidade, a barbárie terá como cúmplices silenciosos os que assim a considerarão.
    Bons estudos

  • Resposta c.

    Conjugação de transpor no presente subjuntivo:

    se eu transpusesse

    se tu transpusesses

    se ele/ela transpusesse

    se nós transpuséssemos

    se vós transpusésseis

    se eles/elas transpusessem

     Conjugação de requerer no futuro subjuntivo

    quando tu requereres

    quando ele/ela requerer

    quando nós requerermos

    quando vós requererdes

    quando eles/elas requererem

  • GABARITO LETRA C 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 


ID
2437
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Alcatrazes
Expedição ao Arquipélago Proibido
Johnny Mazzilli

O balanço do barco, o mar instável e a chuva
puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por
completo e olhávamos impressionados as falésias
rochosas com 200, 300 metros verticais assomando
diretamente das águas e entremeadas por mantos de
vegetação tropical - muito, muito maiores do que
imaginávamos.
Ao contornar a ilha principal em busca do Ninhal das
Fragatas, nosso ponto de ancoragem, demos de cara com
a exuberância da fauna, uma espécie de "Galápagos" do
litoral paulista. Milhares de aves se empoleiravam nos
arbustos costeiros e centenas voavam gritando acima de
nós, num cenário que parecia nos remeter ao passado.
O desembarque é moroso - tudo tem que ser
transferido para um bote de borracha com motor de popa
que conduz as tralhas ao costão em sucessivas e lentas
baldeações. Não há praia ou cais e são necessárias
seguidas aproximações, recuos e reaproximações com o
bote, apenas para descer a carga de uma viagem.
A tralha era extensa - pilhas de mochilas,
equipamentos de mergulho e fotográfico, cordas, bolsas
impermeáveis e caixas, muitas caixas com itens para
pesquisa e coleta de animais. Chovia sem parar enquanto
subíamos carregados pela encosta rochosa escorregadia
em direção ao local do acampamento, a 50 metros dali.
Parou de chover quando montamos o acampamento.
Precisávamos de tempo para as pesquisas e
principalmente para a investida na parede rochosa -
trabalho inédito nas ilhas e que gerou grande expectativa
entre as equipes. Cada time composto por membros do
Projeto Tamar, Instituto Butantã, Fundação Florestal,
Biociências da USP e Projeto Alcatrazes faria, no curto
prazo de dois dias, suas próprias pesquisas com aves,
serpentes, répteis e batráquios.

Revista Planeta, out. 2006, p. 37 (fragmento).

No trecho "a paisagem mudara por completo" (l. 6), observa-se a utilização do pretérito mais-que-perfeito com o intuito de descrever uma ação:

Alternativas
Comentários
  •  O pretérito mais que perfeito, semânticamente, indica uma ação que aconteceu antes de outra também no passado...

    Gabarito:B

  • As alternativas "A", "C" e "E" nem estão no pretérito.

    E por que, mesmo estando no pretérito, a alternativa "D" está incorreta.


    O pretérito IMPERFEITO é também chamado de passado IMPONTUAL, e é o único dentre os pretéritos que tem essa característica.

    Logo o  "+ que perfeito" refere-se a um fato pontual realizado no passado. Se é Pontual, não pode ser VAGAMENTE. 

ID
2629
Banca
FCC
Órgão
TRT - 24ª REGIÃO (MS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 apóiam-se no texto
apresentado abaixo.

Rios caudalosos e lagos deslumbrantes, cachoeiras e
corredeiras, cavernas, grutas e paredões. Onças, jacarés, tamanduás,
capivaras, cervos, pintados e tucunarés, emas e
tuiuiús. As maravilhas da geologia, fauna e flora do Brasil Central
reunidas em três ecossistemas únicos no mundo - Pantanal,
Cerrado e Floresta Amazônica
?, poderiam ser uma abundante
fonte de receitas turísticas. Mas não são, e os Estados da
região agradecem.
Para preservar seus delicados santuários ecológicos, o
Centro-Oeste mantém rigorosas políticas de controle do turismo,
com roteiros demarcados e visitação limitada. Assim é feito
em Bonito, município situado na Serra da Bodoquena, cujas
belezas naturais despertaram os fazendeiros para as oportunidades
do turismo.

(Adaptado de O Estado de S. Paulo, Novo mapa do Brasil,
H16, 20 de novembro de 2005)

O verbo flexionado corretamente está grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) requereramb) vieramc) dispuseram-sed) sobrevierame) obtiveram
  • (A), o verbo “requerer” corretamente flexionado no pretérito perfeito do indicativo é “requereram”.
    (B), o verbo “vir” corretamente flexionado no futuro do presente do indicativo é “virão”.
    (C), o verbo “dispor” (derivado de “pôr”) corretamente flexionado no pretérito perfeito do indicativo é “dispuseram”.
    (D) é a correta, pois “sobrevieram” é derivado do verbo “vir” (vieram).
    (E), o verbo “obter” (derivado do verbo “ter”) corretamente flexionado no pretérito perfeito do indicativo é “obtiveram”
    Bons estudos

  • Como a FCC gosta da conjugação do verbo VIR, PÔR, TER E VER  e seus derivados! Não podemos ir para a prova sem saber isso =)

  • A) Requereram, pretérito perfeito do indicativo.

    B) Virão, do futuro do presente do indicativo.

    C) Dispuseram, pretérito perfeito do indicativo. "Dispor" deriva de "pôr". Assim, lembre de "puseram"

    D) Sobrevieram, pretérito perfeito do indicativo. "Sobrevir" deriva de "vir". Assim, lembre de "vieram"

    E) Obtiveram, pretérito perfeito do indicativo. "Obter" deriva de "ter". Assim, lembre de "tiveram"

  • Em 2006 eu teria passado em um concurso rs


ID
2818
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

"A batalha para alimentar a humanidade acabou.
Centenas de milhões vão morrer nas próximas décadas, apesar
de todos os programas contra a fome", escreveu o biólogo
americano Paul Ehrlich em seu livro A bomba populacional, de
1968. Não era à toa. O número de pessoas no mundo chegava
a assustadores 3,5 bilhões e, de fato, não existia terra suficiente
para alimentar todas elas.


Mas Ehrlich errou. Ele não acreditava que um daqueles
programas contra a fome daria certo. Era a Revolução Verde,
um movimento que começou nos anos 40. O revolucionário ali
foi dotar a agricultura de duas novidades. A primeira foram os
fertilizantes de laboratório. Criados no começo do século XX,
esses compostos químicos permitiam maior crescimento das
plantas, com três nutrientes fundamentais: nitrogênio, potássio e
fósforo. A segunda novidade eram os pesticidas e herbicidas
químicos, capazes de destruir insetos, fungos e outros inimigos
das lavouras com uma eficiência inédita.

E o resultado não poderia ter sido melhor: com essa dupla,
a produtividade das lavouras cresceu exponencialmente.
Tanto que, hoje, dá para alimentar uma pessoa com o que cresce
em 2 mil metros quadrados; antes, eram necessários 20 mil.


A química salvou a humanidade da fome. Mas cobrou
seu preço. Os restos de fertilizantes, por exemplo, tendem a
escapar para rios e lagos próximos às plantações e chegar à
vegetação aquática. As algas se multiplicam a rodo e, quando
finalmente morrem, sua decomposição consome o oxigênio da
água, sufocando os peixes. Com os pesticidas é pior ainda. Eles
não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras,
mas também contra borboletas, pássaros e outras formas de
vida. A biodiversidade ao redor das fazendas fica minguada e,
quando os agricultores exageram na dose, sobram resíduos nos
alimentos, toxinas que causam danos à saúde das pessoas.
Diante disso, muitos consumidores partiram para uma alternativa:
os alimentos orgânicos, que ignoram os pesticidas e
fertilizantes químicos em nome de integrar a lavoura à natureza.

(Adaptado de Ana Gonzaga. Superinteressante, novembro
2006, p.90-92)

A segunda novidade eram os pesticidas e herbicidas químicos... (2º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o verbo grifado acima está na frase:

Alternativas
Comentários
  • ERAM: Pretérito Imperfeito do Indicativo.

    a) - ERROU: Pretérito Perfeito do Indicativo;
    b) - EXISTIA: Pretérito Imperfeito do Indicativo;
    c) - CRESCE: Presente do Indicativo;
    d) - MULTIPLICAM-SE: Presente do Indicativo;
    e) - PARTIRAM: Pretérito Perfeito do Indicativo.

    RESPOSTA: "B".

ID
2941
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As crônicas de Rubem Braga



Décadas atrás, afortunados leitores de jornal podiam
contar com uma coluna em que sobravam talento, reflexão,
observação atenta das cenas da vida, tudo numa linguagem
límpida, impecável, densamente poética e reflexiva. Era uma
crônica de Rubem Braga. Os chamados "assuntos menores",
que nem notícia costumam ser, ganhavam na pena do cronista
uma grandeza insuspeitada. Falasse ele de um leiteiro, de um
passarinho, de um pé de milho, de um casal na praia, de uma
empregada doméstica esperando alguém num portão de
subúrbio
? tudo de repente se tornava essencial e vivo, mais
importante que a escandalosa manchete do dia. É o que
costumam fazer os grandes artistas: revelam toda a carga de
humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual
costumamos passar desatentos.
Rubem Braga praticamente só escreveu crônicas, como
profissional. À primeira vista, espanta que seja considerado um
dos grandes escritores brasileiros dedicando-se tão-somente a
um gênero considerado "menor": a crônica sempre esteve longe
de ter o prestígio dos romances ou dos contos, da poesia ou do
teatro. Mas o nosso cronista acabou por elevá-la a um posto de
dignidade tal que ninguém se atreverá de chamar seus textos
de "páginas circunstanciais". Tanto não o foram que estão todas
recolhidas em livros, driblando o destino comum do papel de
jornal. Recusaram-se a ser um entretenimento passageiro:
resistem a tantas leituras quantas se façam delas, reeditam-se,
são lidas, comentadas, não importando o dia em que foram
escritas ou publicadas.
Conheci Rubem Braga já velho, cansado, algo
impaciente e melancólico, falando laconicamente a estudantes
de faculdade. Parecia desinteressado da opinião alheia,
naquele evento organizado por uma grande empresa, a que
comparecera apenas por força de contrato profissional.
Respondia monossilabicamente às perguntas, com um olhar
distante, às vezes consultando o relógio. Não sabíamos, mas já
estava gravemente doente. Fosse como fosse, a admiração que
os jovens mostravam pelo velho urso pouco lhe dizia, era
evidente que preferiria estar em outro lugar, talvez sozinho,
talvez numa janela, ou na rede do quintal de seu apartamento
(sim, seu apartamento de cobertura tinha um quintal aéreo,
povoado de pássaros e plantas), recolhendo suas últimas
observações, remoendo seus antigos segredos. Era como se
nos dissesse: "Não me perguntem mais nada, estou cansado,
tudo o que me importou na vida já escrevi, me deixem em paz,
meninos."
E teria razão. O leitor que percorrer crônicas do velho
Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do
que já disse e continua dizendo em suas páginas mágicas,
meditadas, incapazes de passar por cima da poesia da vida.



(Manuel Régio Assunção)

O leitor que percorrer crônicas do velho Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do que já disse.

Na frase acima, está correta a articulação entre os tempos verbais sublinhados, assim como também estaria no caso da seguinte seqüência:

Alternativas
Comentários
  • O leitor que percorrer crônicas do velho Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do que já disse. Na frase acima, está correta a articulação entre os tempos verbais sublinhados, assim como também estaria no caso da seguinte seqüência:percorresse - saberia - precisava - dissera Alternativa correta letra "C".
  • Para resolver esta questão é importante ter conhecimento dos tempos verbais e substitui-los para que se mantenha a coerência na frase. 

    Percorresse--> Pret. Imperfeito do Subjuntivo

    Saberia --> Futuro do Pretérito do Indicativo

    Precisava--> Pretérito Imperfeito do Indicativo

    Dissera --> Pretérito Mais que Perfeito

  • É uma questão onde se busca identificar as correlações verbais:

    O leitor que percorrer crônicas do velho Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do que já disse.

                                               Fut. Subj x Fut Pres. INd.                              -                    Fut. Pret. Ind x Pret. Imperf. Subj.

    Letra c está correta pois há a relação:

    c) percorresse ? saberia (Fut. Pret. Ind x Pret. Imperf. Subj.) - precisava ? dissera (Pret. IMperf. Ind. x Pret. + Q Perf.)

     

  • A) Não há combinação entre “percorrerá” e “terá sabido”.
    B) O tempo pretérito imperfeito do subjuntivo (“percorresse”) não combina com o futuro do presente do indicativo (“saberá”).
    C) Veja a combinação (futuro do subjuntivo: percorrer / futuro do presente do indicativo: saberá). Isso já leva você a combinar o pretérito imperfeito do subjuntivo (percorresse) com o futuro do pretérito do indicativo (saberia). Note que a ação de “dizer” ocorre antes de “ele não precisar”. Se este verbo já está no passado, cabe ao verbo “dizer” o tempo pretérito mais-que-perfeito: dissera.
    D) Note que “saber” ocorre depois de o leitor “percorrer”, por isso “soubera”
    (pretérito mais-que-perfeito do indicativo) não cabe neste contexto. 
    E)
    Sabendo-se que o ato de “percorrer” ocorre antes de o leitor “saber”, cabe o tempo pretérito-mais-que-perfeito do indicativo e naturalmente o verbo “sabia” fica no pretérito imperfeito do indicativo. Porém essas ações no passado não admitem o verbo “precise” no presente do subjuntivo.
    Letra C

    Fonte: Prof. Décio Terror
    Bons estudos

  • Percorresse - pretérito imperfeito do modo Subjuntivo ( ação hipotética).

    Saberia - futuro do pretérito no modo Indicativo ( ação concreta).

    Precisava - pretérito imperfeito do modo Indicativo ( ação concreta, não concluída )

    Dissera - pretérito mais que perfeito do modo Indicativo ( ação concreta, realizada a algum tempo - antiga )

    Alternativa correta: C

    Bons estudos!


ID
3595
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 31 a 41 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

O governo inglês divulgou recentemente o que é até
agora o mais detalhado estudo sobre custos e riscos econômicos
do aquecimento global e sobre medidas que poderiam reduzir
as emissões de gases do efeito estufa, na esperança de
evitar algumas de suas piores conseqüências. Ele deixa claro
que o problema não é mais se podemos nos dar ao luxo de
fazer algo sobre o aquecimento global, mas sim se podemos
nos dar ao luxo de não fazer nada.

Esse relatório propõe uma agenda que custaria apenas o
equivalente a 1% do consumo mundial, mas evitaria riscos que
custariam cinco vezes mais. Os custos são mais altos do que
em estudos anteriores porque levam em conta que o processo
de aquecimento é bastante complexo e não-linear, com a possibilidade
de que possa ganhar ritmo muito mais alto do que se
imaginava, além de ser muito maior do que o previsto anteriormente.
O estudo talvez esteja subestimando significativamente
os custos: por exemplo, a mudança do clima pode fazer desaparecer
a Corrente do Golfo - de particular interesse para a
Europa - e provocar doenças.

Já em 1995 havia sinais evidentes de que a concentração
de gases do efeito estufa na atmosfera tinha aumentado
acentuadamente desde o início da era industrial, de que a
atividade humana contribuíra significativamente para esse
aumento e de que ele teria efeitos profundos sobre o clima e o
nível dos mares. Mas poucos previram a rapidez com que a calota
de gelo do Ártico parece derreter. Mesmo assim, alguns
sugerem que, já que não estamos seguros da extensão do problema,
pouco ou nada devemos fazer. A incerteza deve, porém,
levar-nos a agir hoje mais resolutamente, e não menos.

Um efeito global pode ser enfrentado com uma mudança
tributária globalmente consensual. Isso não quer dizer aumento
geral de tributação, mas simplesmente a substituição em cada
país de algum imposto comum por outro, específico, sobre
atividades poluidoras. Faz mais sentido tributar coisas más do
que coisas boas, como a poupança e o trabalho. A boa notícia é
que há muitas formas pelas quais melhores incentivos poderiam
reduzir as emissões. Mudanças de preços que mostrem os
verdadeiros custos sociais da energia extraída de combustíveis
fósseis devem estimular inovação e conservação. Pequenas
alterações práticas, multiplicadas por centenas de milhares de
pessoas podem fazer uma enorme diferença. Por exemplo,
plantar árvores em volta das casas ou mudar a cor de telhados
em clima quente, para que reflitam a luz do sol, podem produzir
uma grande economia na energia consumida pelo ar
condicionado.

Só temos um planeta e devemos cuidar dele. O aquecimento
global é um risco que simplesmente não podemos mais
ignorar.

(Adaptado de Joseph E. Stiglitz. O Globo, Opinião, 19 de novembro de
2006)

... de que a atividade humana contribuíra significativamente para esse aumento ... (3o parágrafo)

O emprego da forma verbal grifada acima denota, considerando- se o contexto,

Alternativas
Comentários
  • PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO.
  • Contribuíra é pretérito mais-que-perfeito; passado. A única alternativa que remete ao passado é a E. O pretérito mais-que-perfeito é exatamente isso: "fato passado em relação a outro, também passado."
  • Já em 1995 havia sinais evidentes de que a concentração
    de gases do efeito estufa na atmosfera tinha aumentado

    acentuadamente desde o início da era industrial, de que a
    atividade humana contribuíra
    significativamente para esse
    aumento e de que ele teria efeitos profundos sobre o clima e o
    nível dos mares.


    e) fato passado em relação a outro, também passado.
  • LETRA - E

    Pretérito  Mais-Que-Perfeito: Indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação JÁ passada

    ... a concentração de gases...tinha aumentado...desde o início da era industrial ( FATO NO PASSADO )
    ...a atividade humana contribuíra...para esse aumento...( o homem já contribuia naquela época - FATO NO PASSADO )

  • Resuminho dos Pretéritos:

     

    PERFEITO - Ação PONTUAL / ACABADA no Passado
    IMPERFEITO - Ação CONTÍNUA / REPETIDA
    + QUE PERFEITO - Ação ANTERIOR / Ação PASSADA em relação a outra PASSADA

     

    Excecões:
     

    Tempos Compostos = TER/HAVER + PARTICÍPIO
    (
    Sempre olhe o Tempo Composto do Auxiliar  = Terei chegado cedo (O "terei" verbo auxiliar está no Futuro do Presente Composto)

     

    1 - Pretérito Perfeito COMPOSTO (Verbo Auxiliar no Presente + Particípio)
    Ex: Ele tem(Presente) lido(Particípio) o artigo (Ação que começou no passado e vai até o presente = contínuidade)

    2 - Pretérito + que Perfeito COMPOSTO (Verbo Auxiliar no Pretérito Imperfeito + Particípio)
    Ex: Ele tinha(Pret.Imperfeito) estudado(Particípio) o assunto (Ação anterior a outra)
    (Pode ser trocado pelo Pretérito + que Perfeito Simples) =
    Ele estudara(Pret + Q Perf) o assunto.


     

    Bons Estudos!Fui!

  • LETRA E.

    e) Certo. CONTRIBUÍRA (pretérito mais-que-perfeito do indicativo).

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana


ID
3598
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 31 a 41 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

O governo inglês divulgou recentemente o que é até
agora o mais detalhado estudo sobre custos e riscos econômicos
do aquecimento global e sobre medidas que poderiam reduzir
as emissões de gases do efeito estufa, na esperança de
evitar algumas de suas piores conseqüências. Ele deixa claro
que o problema não é mais se podemos nos dar ao luxo de
fazer algo sobre o aquecimento global, mas sim se podemos
nos dar ao luxo de não fazer nada.

Esse relatório propõe uma agenda que custaria apenas o
equivalente a 1% do consumo mundial, mas evitaria riscos que
custariam cinco vezes mais. Os custos são mais altos do que
em estudos anteriores porque levam em conta que o processo
de aquecimento é bastante complexo e não-linear, com a possibilidade
de que possa ganhar ritmo muito mais alto do que se
imaginava, além de ser muito maior do que o previsto anteriormente.
O estudo talvez esteja subestimando significativamente
os custos: por exemplo, a mudança do clima pode fazer desaparecer
a Corrente do Golfo - de particular interesse para a
Europa - e provocar doenças.

Já em 1995 havia sinais evidentes de que a concentração
de gases do efeito estufa na atmosfera tinha aumentado
acentuadamente desde o início da era industrial, de que a
atividade humana contribuíra significativamente para esse
aumento e de que ele teria efeitos profundos sobre o clima e o
nível dos mares. Mas poucos previram a rapidez com que a calota
de gelo do Ártico parece derreter. Mesmo assim, alguns
sugerem que, já que não estamos seguros da extensão do problema,
pouco ou nada devemos fazer. A incerteza deve, porém,
levar-nos a agir hoje mais resolutamente, e não menos.

Um efeito global pode ser enfrentado com uma mudança
tributária globalmente consensual. Isso não quer dizer aumento
geral de tributação, mas simplesmente a substituição em cada
país de algum imposto comum por outro, específico, sobre
atividades poluidoras. Faz mais sentido tributar coisas más do
que coisas boas, como a poupança e o trabalho. A boa notícia é
que há muitas formas pelas quais melhores incentivos poderiam
reduzir as emissões. Mudanças de preços que mostrem os
verdadeiros custos sociais da energia extraída de combustíveis
fósseis devem estimular inovação e conservação. Pequenas
alterações práticas, multiplicadas por centenas de milhares de
pessoas podem fazer uma enorme diferença. Por exemplo,
plantar árvores em volta das casas ou mudar a cor de telhados
em clima quente, para que reflitam a luz do sol, podem produzir
uma grande economia na energia consumida pelo ar
condicionado.

Só temos um planeta e devemos cuidar dele. O aquecimento
global é um risco que simplesmente não podemos mais
ignorar.

(Adaptado de Joseph E. Stiglitz. O Globo, Opinião, 19 de novembro de
2006)

... para que reflitam a luz do sol ... (4o parágrafo)

O verbo que se encontra flexionado nos mesmos tempo e modo em que está o grifado acima é:

Alternativas
Comentários
  • Reflitam: tempo presente; modo subjuntivo.a) Levam: presente do indicativo.b) Sugerem: presente do indicativo.c) Poderia: futuro do indicativo.d) Mostrem: presente do subjuntivo.e) Podem: presente do indicativo.
  • O modo Subjuntivo exprime um fato incerto, duvidoso, em contraste ao Indicativo, fato preciso, seja no passado, presente ou futuro.Na questão, é como se existisse uma condição X "PARA QUE reflitam a luz do sol...". Pode-se pegar o "para que" e verificar se as frases se encaixam: a)seria: "para que levEM em conta; b)para que sugIRAM...; c)para que pUDESSEM...; d)para que MOSTREM; e)para que produZAM.
  • ... para que reflitam a luz do sol ... (4o parágrafo) 

    que eles reflitam

     ... que mostrem os verdadeiros custos sociais da energia ...

    que eles mostrem


    Letra D
  • Subjuntivo:

     

    PRESENTE - QUE eu fale (No caso da questão =  QUE eles Mostrem)
    PRETÉRITO IMPERFEITO - SE eu falasse
    FUTURO - QUANDO eu falar

     

    Dessa forma eu consigo achar o tempo do subjuntivo com mais facilidade.

     

    Bons Estudos!Fui!


ID
3697
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Para que servem as ficções?

Cresci numa família em que ler romances e assistir a
filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma
perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono
para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no
banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente,
pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam
claro que meu interesse pelas ficções era uma parte
crucial (e aprovada) da minha "formação". Eles sequer exigiam
que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor
cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados
com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser
pai, agi da mesma forma. Por quê?

Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma
"escola de vida": ela nos apresenta a diversidade do mundo e
constitui um repertório do possível. Alguém dirá: o mesmo não
aconteceria com uma série de bons documentários ou ensaios
etnográficos? Certo, documentários e ensaios ampliam nossos
horizontes. Mas a ficção opera uma mágica suplementar.

Tome, por exemplo, "O Caçador de Pipas", de Khaled
Hosseini. A leitura nos faz conhecer a particularidade do Afeganistão,
mas o que torna o romance irresistível é a história singular
de Amir, o protagonista. Amir, afastado de nós pela particularidade
de seu grupo, revela-se igual a nós pela singularidade
de sua experiência. A vida dos afegãos pode ser objeto
de um documentário, que, sem dúvida, será instrutivo. Mas a
história fictícia "daquele" afegão o torna meu semelhante e meu
irmão.

Esta é a mágica da ficção: no meio das diferenças
particulares entre grupos, ela inventa experiências singulares
que revelam a humanidade que é comum a todos, protagonistas
e leitores. A ficção de uma vida diferente da minha me ajuda a
descobrir o que há de humano em mim.

Enfim, se perpetuei e transmiti o respeito de meus pais
pelas ficções é porque elas me parecem ser a maior e melhor
fonte não de nossas normas morais, mas de nosso pensamento
moral.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 18/01/2007)

Está correta a articulação entre os tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • * a) Embora a leitura nos faça conhecer a particularidade do Afeganistão, o que tornaria o romance irresistível SERIA a história singular de Amir, o protagonista.

    * b) Mesmo que a leitura nos FAÇA conhecer a particularidade do Afeganistão, o que torna o romance irresistível teria sido a história singular de Amir, o protagonista.

    * c) Tanto QUANTO a leitura nos fazia conhecer a particularidade do Afeganistão, tanto mais a história singular de Amir, o protagonista, tornou o romance irresistível.

    * d) Se a leitura nos fazia conhecer a particularidade do Afeganistão, o que tornava o romance irresistível era a história singular de Amir, o protagonista.

    * e) A leitura nos FAZIA conhecer a particularidade do Afeganistão, mas fora a história singular de Amir, o protagonista, que tornasse o romance irresistível.

  • "Se a leitura nos fazia conhecer a particularidade do Afeganistão, o que tornava o romance irresistível era a história singular de Amir, o protagonista."

    O que faz a "D" ser a certa? Frase muito estranha.

  • Olá Isa,

    Foque o que a banca está cobrando: Está correta a articulação entre os tempos e modos verbais na frase.

    Os 3 verbos estão no pretérito imperfeito do indicativo ( fazia, tornava e era)

  • questão dificil...é se matar de tanto estudar e sem surtar! rsrsr


ID
3700
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Para que servem as ficções?

Cresci numa família em que ler romances e assistir a
filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma
perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono
para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no
banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente,
pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam
claro que meu interesse pelas ficções era uma parte
crucial (e aprovada) da minha "formação". Eles sequer exigiam
que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor
cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados
com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser
pai, agi da mesma forma. Por quê?

Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma
"escola de vida": ela nos apresenta a diversidade do mundo e
constitui um repertório do possível. Alguém dirá: o mesmo não
aconteceria com uma série de bons documentários ou ensaios
etnográficos? Certo, documentários e ensaios ampliam nossos
horizontes. Mas a ficção opera uma mágica suplementar.

Tome, por exemplo, "O Caçador de Pipas", de Khaled
Hosseini. A leitura nos faz conhecer a particularidade do Afeganistão,
mas o que torna o romance irresistível é a história singular
de Amir, o protagonista. Amir, afastado de nós pela particularidade
de seu grupo, revela-se igual a nós pela singularidade
de sua experiência. A vida dos afegãos pode ser objeto
de um documentário, que, sem dúvida, será instrutivo. Mas a
história fictícia "daquele" afegão o torna meu semelhante e meu
irmão.

Esta é a mágica da ficção: no meio das diferenças
particulares entre grupos, ela inventa experiências singulares
que revelam a humanidade que é comum a todos, protagonistas
e leitores. A ficção de uma vida diferente da minha me ajuda a
descobrir o que há de humano em mim.

Enfim, se perpetuei e transmiti o respeito de meus pais
pelas ficções é porque elas me parecem ser a maior e melhor
fonte não de nossas normas morais, mas de nosso pensamento
moral.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 18/01/2007)

Estão inteiramente corretas a forma e a flexão dos verbos na frase:

Alternativas
Comentários
  • * A boa ficção não INSTITUI fantasias gratuitas; ela aprende o real por meio da mais fecunda imaginação.

    * b) Embora muitos DIVIRJAM, não há por que não admitir que um romance policial reuna vários atributos estéticos.

    * c) Embora não sejam propriamente ficções, os bons documentários PROPICIAM a abertura de novos horizontes do real.

    * d) Se achamos que a vida dos afegãos não tem nada A VER com a nossa, o autor lembra que a história de Amir conflue para a de muita gente.

    * e) Muitos autores entremeiam realidade e imaginação em suas narrativas para proverem a ficção dos mais estimulantes atrativos.
  • Alternativa D - No verbo CONFLUIR não existe a conjugação CONFLUE. O correto é conflui.

ID
4003
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 9 a 14 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

Permitir às empresas que utilizem, em projetos artísticos,
parte do dinheiro que gastariam com tributos. É esse o espírito
das leis de incentivo, sejam elas municipais, estaduais ou
federais. A proposta é simples: como no orçamento da maioria
dos governos os recursos destinados à cultura são geralmente
escassos, os artistas e produtores, em vez de recorrer ao
Estado, procuram patrocínio da iniciativa privada, com o
atraente argumento de que, sem desembolsar nenhum centavo,
além do que gastaria em impostos, o empresário poderá
vincular sua marca àquele livro, show, produção de artesanato
ou outra ação desse tipo.
A Lei Rouanet é o principal instrumento de captação de
recursos para iniciativas culturais no Brasil. Por meio dela, as
empresas podem investir em produções até 4% do imposto de
renda devido e deduzir o valor na hora de pagar ao Fisco. A
verba investida só não é abatida integralmente em investimentos
em filmes de ficção
? que já têm uma lei específica ? e
em projetos de música popular, cuja dedução é de 30% do valor
aplicado. Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas
culturais, com um desconto de, no máximo, 6% do imposto de
renda.
Há, ainda, as leis de incentivo à cultura estaduais, que
oferecem geralmente abatimentos no Imposto sobre Comércio
de Mercadorias e Serviços (ICMS), e municipais, que isentam
os investimentos do pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS)
ou do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
(IPTU).

(Adaptado de Alan Infante, Vida Bosch, out/nov/dez 2005, p. 43)

... além do que gastaria em impostos, o empresário poderá vincular sua marca... (1o parágrafo)

O emprego das formas verbais grifadas acima indica, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • hipótese futura e um fato real. DESDE QUANDO "PODERÁ" indica um fato real? Que eu saiba é uma possibilidade...
  • Esse tipo de questão é f%@#$...de praxe da fcc!
  • É um fato real: ele pode com certeza. Se vai fazer ou não, não interessa à questão. Diferente seria se "talvez pudesse".
  • gastaria = futuro do pretérito do indicativo

    poderá = futuro do presente do indicativo
  • Para mim, a resposta seria a letra "e". "Gastaria" indica a finalidade que com certeza o dinheiro teria na empresa (o pagamento de impostos), e "poderá" indica que apenas se o dinheiro for destinado ao investimento a marca será vinculada, ou seja, é uma condição que pode ser satisfeita ou não, não trazendo qualquer certeza.
  • 90% (ou mais) das questões desse tipo da FCC, e que possue uma opção com a palavra "HIPÓTESE", é correta (eles adoram o modo subjuntivo). Notem isso. Na hora de chutar, já sabem, né?
  • sempre erro essa questão kkkk

    para mim esse gabarito não é corereto.

  • Gastaria = Fut. do pretérito (hipótese)

    Poderá = Fut. do presente (certeza)

    O emprego das formas verbais grifadas acima indica, respectivamente,

    A hipótese futura e um fato real.

    B condição incerta e ação habitual (pres. do ind).

    C fato dado como certo (fut do pret, é possibilidade) e repetição de ação futura.

    D ação repetida no presente (não, é possibilidade) e desejo a ser concretizado.

    E certeza (gastaria = possibilidade) na concretização de um fato e possibilidade futura.


ID
4021
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 16 a 20 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

Em todo o mundo, há 175 milhões de pessoas vivendo e
trabalhando fora do país em que nasceram. A maior parte desse
contingente é de imigrantes de países pobres em busca de
melhores empregos no Primeiro Mundo. Outro êxodo, mais
discreto mas igualmente intenso, percorre um caminho diferente.
É formado por cidadãos do mundo próspero que vão viver
em outros países. Emprego e qualidade de vida estão no topo
dessa migração.
Uma semelhança entre os dois fluxos é a de que ambos
se dirigem sobretudo aos países ricos. O número de americanos
que vivem fora dos Estados Unidos cresceu; a cada ano
aumenta o número de franceses que moram no exterior; Inglaterra
e Alemanha, que nas últimas décadas foram inundadas
por levas de imigrantes, bateram recentemente o recorde histórico
em emigração. Desde a II Guerra não se viam tantos
alemães de mudança para o exterior. No ano passado, a
quantidade foi equivalente à que saía do país no fim do século
XIX
? época das grandes migrações, quando 44 milhões de
pessoas fugiram da pobreza na Europa, em busca de oportunidades
no Novo Mundo.
Um dos tipos que caracteriza os novos migrantes, que
saem de países ricos, é o de profissionais que encontram no
exterior oportunidade de investir na carreira, se possível
conciliando trabalho com qualidade de vida. A globalização da
economia é o principal catalisador dessa tendência.

(Adaptado de José Eduardo Barella, Veja, 14 de setembro de
2005, p. 100)

Considere as formas verbais que aparecem no texto saem e saía. A mesma relação existente entre ambas, quanto à flexão, está no par

Alternativas
Comentários
  • Gabarito  letra B.

    saem = presente do indicativo

    saía = pretérito imperfeito indicativo

    Logo, a mesma relação existente entre ambas, quanto à flexão, está no par estão e estava.

  •  Um exemplo:  Eles saem -Presente do Indicativo (ação que ocorre no presente ,agora)                                                                          
     
    Ele saía -Pretérito Imperfeito do Indicativo (ação interrompida ele saía no passado e nao sai mais )

    Eles estão aqui -Presente do Indicativo

    Ele estava aqui -Pretérito Imperfeito do Indicativo (ação interrompida ele estava e não está mais)
  • Alguém pode me dizer o tempo e o modo das formas verbais fogem e fugiu da letra "C"?
  • Fogem - 3a pessoa do plural do presente do indicativo
    Fugiu - 3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo
  • A)“vão” (presente do indicativo) e “foi” (pretérito perfeito do indicativo). 
    B) “estão” e “estava” encontram-se respectivamente nos tempos presente do indicativo e pretérito imperfeito do indicativo, respectivamente. 
    C) “fogem” (presente do indicativo) e “fugiu” (pretérito perfeito do indicativo).  
    D) “dirigem” (presente do indicativo) e “dirigira” (pretérito mais-que-perfeito do indicativo).  
    E) “trabalham” (presente do indicativo) e “trabalharia” (futuro do pretérito do indicativo.
    Letra B
    Bons estudos
     

ID
4201
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto
seguinte.

Falamos o idioma de Cabral?

Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o
monte Pascoal, certamente não foi "terra ã vishta", assim, com
o "a" abafado e o "s" chiado que associamos ao sotaque
português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam
vogais nem chiavam nas consoantes - essas modas surgiram
no século XVII. Cabral teria berrado um "a" bem aberto e dito
"vista" com o "s" sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na
verdade, nós, brasileiros, mantivemos sons que viraram arcaísmos
empoeirados para os portugueses.
Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje
e o português antigo, há ainda mais diferenças. Boa parte delas
é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número
imenso de negros que não falavam português. "Já no século
XVI, a maioria da população da Bahia era africana", diz Rosa
Virgínia Matos, lingüista da Universidade Federal da Bahia.
"Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola",
afirma. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas
torna-se comum e traços de um impregnam o outro. "Assim os
negros deixaram marcas definitivas", diz Rosa.
Também no século XVI, começaram a surgir diferenças
regionais no português do Brasil. Num pólo estavam as áreas
costeiras, onde os índios foram dizimados e se multiplicaram os
escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes
indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as
imigrações, que geraram diferentes sotaques.
Mas o grande momento de constituição de uma língua
"brasileira" foi o século XVIII, quando se explorou ouro em
Minas Gerais. "Lá surgiu a primeira célula do português brasileiro",
diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.
A riqueza atraiu gente de toda parte - portugueses,
bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos de
cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar-se e a
exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas
comerciais que a exploração do ouro criou.

(Super Interessante. Almanaque de férias 2003. São
Paulo, Abril, 2003, pp. 50-51)

Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) quando AVISTOU
    c)que GERAVAM
    itens D e E estão errados por conta do gerúndio.

ID
4204
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto
seguinte.

Falamos o idioma de Cabral?

Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o
monte Pascoal, certamente não foi "terra ã vishta", assim, com
o "a" abafado e o "s" chiado que associamos ao sotaque
português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam
vogais nem chiavam nas consoantes - essas modas surgiram
no século XVII. Cabral teria berrado um "a" bem aberto e dito
"vista" com o "s" sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na
verdade, nós, brasileiros, mantivemos sons que viraram arcaísmos
empoeirados para os portugueses.
Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje
e o português antigo, há ainda mais diferenças. Boa parte delas
é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número
imenso de negros que não falavam português. "Já no século
XVI, a maioria da população da Bahia era africana", diz Rosa
Virgínia Matos, lingüista da Universidade Federal da Bahia.
"Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola",
afirma. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas
torna-se comum e traços de um impregnam o outro. "Assim os
negros deixaram marcas definitivas", diz Rosa.
Também no século XVI, começaram a surgir diferenças
regionais no português do Brasil. Num pólo estavam as áreas
costeiras, onde os índios foram dizimados e se multiplicaram os
escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes
indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as
imigrações, que geraram diferentes sotaques.
Mas o grande momento de constituição de uma língua
"brasileira" foi o século XVIII, quando se explorou ouro em
Minas Gerais. "Lá surgiu a primeira célula do português brasileiro",
diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.
A riqueza atraiu gente de toda parte - portugueses,
bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos de
cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar-se e a
exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas
comerciais que a exploração do ouro criou.

(Super Interessante. Almanaque de férias 2003. São
Paulo, Abril, 2003, pp. 50-51)

Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • VERBO CONVIR
    se eu conviesse
    se tu conviesses
    se ele conviesse
    se nós conviéssemos
    se vós conviésseis
    se eles conviessem

  • Não é verdade que os portugueses do século XV engulissem as vogais ou chiassem nas consoantes - ENGULISSEM? NÃO SERIA ENGOLISSEM?
    Imperfeito do Subjuntivo
    se eu engolisse
    se tu engolisses
    se ele engolisse
    se nós engolíssemos
    se vós engolísseis
    se eles engolissem
  • Alguém pode explicar por que a alternativa D está errada?
  • Vinícius, 

    o erro da questão está na forma verbal REVER, quando o correto é REVIR ( Futuro do subjuntivo).
    • a) engulissem --> correto:  engolissem (verbo engolir)
    • b)  trazerem --> correto:  trouxerem (erro crasso)
    • c) convisse --> correto:  conviesse (verbo convir conjuga de acordo com o "vir". Ex: "se ele viesse para o Brasil, iriámos ao aeroporto", e não "se ele visse..."
    • d) rever --> correto:  revir (verbo rever conjuga de acordo com o "ver". Ex: "se ele vir o sinal de trânsito, parará", e não "se ele ver o sinal de trânsito..."
    • e) correto: Foram-se somando ao português do Brasil, ao longo dos séculos, os traços que advieram das línguas dos que para cá emigraram. O verbo advir conjuga conforme o "vir", então o (ad)vieram está perfeito.
  • Uma pequena observação: Quantas vezes perdemos tempo lendo um texto de prova quando as perguntas nem dependem dele? Minutos preciosos que poderiam ser dedicados a uma questão mais difícil. Um professor já me recomendou tentar fazer as questões antes de ler. Boa sorte a todos!

ID
4489
Banca
FCC
Órgão
TRE-MS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 10 a 15 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

Um fator até pouco tempo negligenciado deve entrar na
conta do desmatamento da Amazônia dentro de alguns anos.
As chamadas florestas secundárias, produto da regeneração da
mata após a derrubada, devem começar a ser contabilizadas
pelo Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia
(Prodes).

O rebrotamento de florestas não reconstitui toda a
biodiversidade, mas pode ser relevante no longo prazo. Sabese,
por exemplo, que florestas secundárias podem reabsorver
até 15% do carbono emitido pela perda da mata primária - o
que ajuda a reduzir o efeito estufa. Só que esse dado não entra
na conta dos milhões de toneladas de carbono que a destruição
da Amazônia lança no ar por ano, porque ainda não se mediu a
capacidade de "ressurreição" da floresta.

Estudos mostram que alguns proprietários de terras
abandonam certas áreas ao longo do tempo e nelas a vegetação
pode começar a regenerar-se. Não se sabe ainda com
que intensidade esse fenômeno acontece na Amazônia.
Entender o que ocorre nas florestas secundárias também é
importante, porque elas podem ser cortadas novamente para
suprir parte da demanda por madeira e voltar a receber pasto.

Os fatores que influenciam o grau de regeneração das
matas, porém, são inúmeros, e não é tão simples prever como
uma área desmatada e depois abandonada se comportará.
Tudo isso depende, por exemplo, do tipo de uso que a terra
teve antes. Um terreno desgastado por pastagens durante muito
tempo pode se recuperar mais lentamente do que outro,
submetido à agricultura com rotação de culturas. A proximidade
do trecho desmatado com áreas de floresta primária também
conta. Terras muito isoladas não estão sujeitas a processos de
polinização e semeadura naturais. "Se houver um banco de
sementes próximo, em uma área florestal ainda grande, com
pássaros, ou algum vetor que possa trazer sementes, ela pode
recuperar parte da biodiversidade", explica um pesquisador do
Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

(Adaptado de Rafael Garcia. Folha de S. Paulo, Mais!, 11 de junho de
2006, p. 10)

A forma verbal que, além de corretamente flexionada, indica fato passado anterior a outro, também passado, está grifada na frase:

Alternativas
Comentários
  • Me expliquem: Fato passado anterior a outro, também passado:

    O especialista ativera-se à análise dos dados obtidos, para defender o programa de responsabilidade ambiental.

    Então ao meu ver o especialista analisou primeiro e só depois obteve os dados!?
    O forma verbal grifada refere-se á análise, posterior a outro fato, a obtenção dos dados!
  • O que está grifado na questão é simplesmente a definição do PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO.
  • Gabarito letra C.

    fato passado anterior a outro, também passado = PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO.

    http://www.conjuga-me.net/verbo-ater

  • Vamos ao tempo verbal de cada letra:

    Procuramos o pretérito mais-que-perfeito do indicativo

    a) precavissem = precavir = imperfeito do subjuntivo;

    b) sobreviram = sobrever = pode ser o pretérito perfeito ou é o mais-que-perfeito do indicativo;
    CUIDADO:
    Sobreviram pode ser tanto pretérito perfeito quanto mais-que-perfeito, faz-se necessário analisar a frase:
    Após a derrubada da mata, sobreviram alterações ...
    Vejamos que o termo "Após" já demonstra que não se trata de mais-que-perfeito, pois não é um fato passado anterir a outro, também no passado; mas sim um fato que aconteceu após outro: 1º derrubaram, depois (após) 2º é que sobreviram, logo é um pretérito perfeito.

    c) ativera-se = ater = pretérito mais-que-perfeito do indicativo;

    d) proporam-se = NÃO EXISTE ESTA FORMA E SIM PROPUSERAM, QUE É O PERFEITO DO INDICATIVO;

    e) transformar-se-ia = transformar = futuro do pretérito
  • a) Precavessem 
    b) Sobrevieram
    c) Ok
    d) Propuseram-se
    e) ... a região se transformaria (é isso?)
  • a) precaver - não deriva do verbo ver , sua base é PRECAVE, dessa forma será: precaveu, PRECAVESSEM, precaver...ERRADO

    b) sobrevir - deriva do verbo vir - SOBREVIERAM - ERRADO 

    c) ater- deriva do verbo ter - TIVERA- ATIVERA - CORRETO (PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO = fato passado anterior a outra também passado)

    d) propor - deriva de por- puseram - PROPUSERAM  -ERRADO

    e) transformar-se-ia futuro do pretérito não é a resposta 




  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    pretérito mais-que-perfeito do indicativo é usado para indicar uma ação que ocorreu antes de outra ação passada. Pode indicar também um acontecimento situado de forma incerta no passado. 

    Este tempo verbal tem uma utilização muito limitada, sendo maioritariamente utilizado em exclamações, em linguagem poética ou na sua forma composta.

    Frases com verbos no pretérito mais-que-perfeito do indicativo:

    -Quando notei, a água já transbordara da banheira.

    -Com o olhar triste, explicou a todos por que regressara a casa.

    -Apenas de noite admitiu que esperara por ele ansiosamente durante todo o dia.

    -Quem me dera que isso acontecesse!

    -Tomara que eu seja o escolhido!

    FONTE: https://www.conjugacao.com.br/preterito-mais-que-perfeito-do-indicativo/


ID
4657
Banca
FCC
Órgão
TRE-MS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

Ensino que ensine

Jogar com as ambigüidades, cultivar o improviso, juntar
o que se pretende irreconciliável e dividir o que se supõe
unitário, usar falta de método como método, tratar enigmas
como soluções e o inesperado como caminho
? são traços da
cultura do povo brasileiro. Estratégias de sobrevivência? Por
que não também manancial de grandes feitos, tanto na prática
como no pensamento? A orientação de nosso ensino costuma
ser o oposto dessa fecundidade indisciplinada: dogmas
confundidos com idéias, informações sobrepostas a
capacitações, insistência em métodos "corretos" e em respostas
"certas", ditadura da falta de imaginação. Nega-se voz aos
talentos, difusos e frustrados, da nação. Essa contradição
nunca foi tema do nosso debate nacional.

Entre nós, educação é assunto para economistas e
engenheiros, não para educadores, como se o alvo fosse
construir escolas, não construir pessoas. Preconizo revolução
na orientação do ensino brasileiro. Nada tem a ver com falta de
rigor ou com modismo pedagógico. E exige professorado
formado, equipado e remunerado para cumprir essa tarefa
libertadora.

Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas
soluções únicas, atenção para as formulações alternativas, as
soluções múltiplas ou inexistentes e a descoberta de problemas,
tão importante quanto o encontro de soluções. Em leitura e
escrita, análise de textos com a preocupação de aprofundar,
não de suprimir possibilidades de interpretação; defesa, crítica e
revisão de idéias; obrigação de escrever todos os dias,
formulando e reformulando sem fim. Em ciência, o despertar
para a dialética entre explicações e experimentos e para os
mistérios da relação entre os nexos de causa e efeito e sua
representação matemática. Em história, e em todas as
disciplinas, as transformações analisadas de pontos de vista
contrastantes.

Isso é educação. O resto é perda de tempo. (...) Quem
lutará para que a educação no Brasil se eduque?

(Roberto Mangabeira Unger, Folha de S. Paulo, 09/01/2007)

Está inteiramente adequada a correlação entre os tempos e os modos verbais na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • A questão apresenta um dos casos de correção entre tempos verbais mais cobrados em concurso!
    Futuro do pretérito + Pretérito imperfeito do subjuntivo. EX: Eu iria se você fosse

    Outros casos muito cobrados: Dica: memorize apenas os exemplos
    Futuro do presente + Futuro do subjuntivo. EX: Eu irei se você for

    Presente do indicativo + Presente do subjuntivo. EX: Eu espero que você faça

    Pret imp. indicativo + Pret. imp. do Subjuntivo. EX: Eu esperava que você fizesse

    Fut. do subjuntivo + Fut. presente. EX: se você fizer isso ficarei feliz.

    Pres. ind + Fut do Pres. EX: Será bom que levem você daqui.
                     

ID
4840
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do verbo haver em "Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse." (l. 20-21). Indique-a.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta - CEmprega-se o verbo HAVER como impessoal – isto é, sempre na 3ª pessoa do singular – quando tem o sentido de existir. Este é um dos casos de "oração sem sujeito". Exatamente por isso o verbo haver fica neutro, impessoal, pois ele não tem um sujeito com quem concordar. Os substantivos que complementam o verbo haver são considerados seu objeto direto. Assim, para atender aos preceitos da língua culta, é preciso observar a forma no singular quando o verbo haver está conjugado nos tempos pretéritos ou futuros (no presente dificilmente se cometeria um engano: ninguém diria * hão outros casos). Da mesma forma que ‘haver’, o verbo FAZER conserva-se na 3ª pessoa de singular quando indica TEMPO TRANSCORRIDO ou FENÔMENO METEOROLÓGICO. Estando o verbo fazer na função de verbo impessoal (sem sujeito), deve também assumir a forma impessoal o verbo auxiliar que porventura o acompanhar: * Faz dois dias que não chove. [Não caia no erro comum de dizer *Fazem dois dias] * Quando saí da cidade, fazia 40 graus à sombra. * Vai fazer cinco anos que eles estão noivos. * Poderá fazer três anos sem que ele saia do sanatório. * Dizem que faz 10 meses estão se preparando para o concurso. * Em julho fez uns dias de verão.
  • Alguém pode explicar por que a letra B não é impessoal também?
  • Brasileiro cocurseiro. V erbos que indicam fenomenos  da natureza  geralmente são impessoais, mas na letra B o choveram não indica  fenomeno da naureza. Tanto que se vc colocar o sujeito no singular o  verbo também ficara no singular, "choveu elogio ao chefe"

  • Neste caso a letra B seria correta pois o verbo não esta indicando fenômeno da natureza.

  • A. O antropólogo já havia observado a atitude dos grupos sociais. (já tinha observado- verbo pessoal)

    há uma locução verbal, mas o verbo principal é "observar" que é pessoal, assim o verbo auxiliar (haver) ira se flexionar de acordo com o verbo principal se tornando pessoal.

    DIFERE

    HAVER NAS LOCUÇÕES VERBAIS COMO VERBO PRINCIPAL

    Quando o verbo haver no sentido de existir faz parte de uma locução verbal, ele transfere sua impessoalidade ao verbo auxiliar dessa locução, que permanece, por isso, no singular:

    Deve haver outras técnicas para melhorar o cultivo.

    Pelas informações recebidas, está novamente havendo discussões clandestinas

    . Está havendo coisas de arrepiar os cabelos. Não sei se chegou a haver sessões no Senado naquele período. 

    B. Na época da publicação choveram elogios aos livros. (o verbo se flexiona ao sujeito)

    ORDEM DIRETA: Elogios aos livros choveram na época da publicação.

    c. VERBO FAZER IMPESSOAL- Da mesma forma que haver, fazer conserva-se na 3ª pessoa do singular quando indica tempo transcorrido ou fenômeno meteorológico.

    Estando o verbo fazer na função de verbo impessoal (sem sujeito), deve também assumir a forma impessoal o verbo auxiliar que porventura o acompanhar:

    Faz dois dias que não chove.

    Dizem que faz 10 meses estão se preparando para o concurso.

    Quando saí da cidade, fazia 40 graus à sombra.

    Em julho fez uns dias de verão.

    Vai fazer cinco anos que eles estão noivos.

    Poderá fazer três anos sem que ele saia do sanatório.  

    FONTE:NÃO TROPECE NA LÍNGUA nº 046 3ª Edição por Maria Tereza de Queiroz Piacentini *  * * Diretora do Instituto Euclides da Cunha e autora dos livros “Só Vírgula”, “Só Palavras Compostas” e “Língua Brasil – Crase, Pronomes & Curiosidades” www.linguabrasil.com.br-

    resposta: LETRA C.


ID
6169
Banca
CESGRANRIO
Órgão
AL-TO
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Conta-se que, certa vez, ligaram para Brasília
uns cientistas americanos intrigados com o que viram
em algumas fotos de satélite. Eles queriam saber o
que havia na região ao norte do Distrito Federal, porque
as imagens mostravam um brilho intenso naquelas
coordenadas, algo muito incomum. Bem, esse
telefonema pode nem ter ocorrido, mas o certo é que a
Chapada dos Veadeiros, a 230 quilômetros de Brasília,
está sobre uma das mais generosas jazidas de cristal
de que se tem notícia.
Os tais cientistas americanos, caso tenham
ligado mesmo, não estavam descobrindo nenhuma
América, pois durante longo tempo a garimpagem do
cristal movimentou a Chapada e seus arredores. Esse
minério translúcido servia como matéria-prima para
fabricação de componentes eletrônicos e de
computador, em vista de sua altíssima condutividade.
Com o tempo, os pesquisadores desenvolveram outros
materiais em laboratório e o cava-cava acabou.
Os místicos falam que há uma gigantesca placa
de cristal sob toda a região. E sobre ela, como você
pode imaginar, uma gigantesca massa de místicos.
Atraídos pela inegável atmosfera divinal da Chapada,
que é um manancial de água e luz (a solar, ok?) e com
visuais que chamam à contemplação, milhares de
terapeutas, psicólogos, massagistas e líderes
espirituais se mudaram para lá, o que faz de Alto
Paraíso e da vizinha vila de São Jorge um "território
alto-astral" de fama internacional.

RODRIGUES, Otávio. Viagem, Edição Especial (Ecoturismo)
Ed. Abril - Edição 108-A.

Se ______ informações sobre a localização das minas, seriam atendidos e _______ sua curiosidade. As formas verbais que completam corretamente a frase acima são:

Alternativas
Comentários
  • O verbo satisfazer conjuga igual ao verbo fazer.

  • O primeiro é= quisessem
    Se eles quisessem.Com S porque o verbo querer é grafado com S
    O segundo é= satisfariam
    Porque eles seriam atendidos e satisfariam sua curiosidade
    Letra A
  • Correlações verbais exigidas pela gramática normativa e pela lógica modo-temporal: Futuro do pretérito do indicativo (SATISFARIAM) à Pretérito imperfeito do subjuntivo (QUISESSEM)
  • Dica: Pôr e Querer sempre S nunca Z!
  • GABARITO LETRA A 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 


ID
9442
Banca
ESAF
Órgão
MRE
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Indique a frase em que o verbo sublinhado está flexionado incorretamente.

Alternativas
Comentários
  • o correto da letra "a" seria intreviram ?
  • O certo na letra "a" seria INTERVIERAM
  • O verbo INTERVIR é derivado do verbo VIR e deve ser conjugado como tal.
    Basta fazer a substituição na frase.
    Vc falaria "As tropas viram" ou "As tropas vieram" ?
    O correto seria vieram (pq nesse caso, apesar de ter coerência, o "viram" muda o sentido da frase pq aí seria do verbo ver)
    Então será INTERVIERAM.

    Esta é a técnica do verbo paradigma e dá pra fazer isso com vários outros verbos: por/interpor - calar/intercalar - fazer/refazer etc...
  • Dicas de Português:

    SACIP - todos os verbos que formam o SACIP se conjugam como o verbo VIR

    Sobrevir

    Advir

    Convir

    Intervir

    Provir

    Conjugação do verbo VIR no pretérito perfeito do indicativo: eu vim, tu vieste, ele veio, nós viemos, vós viestes, eles vieram

    Portanto, eu intervim, tu intervieste, ele interveio, nós interviemos, vós interviestes, eles intervieram.

    a) As tropas aliadas intervieram com violência para deter o conflito.

     

  • Comentário válido sobre a alternativa E, fiquei um pouco com o pé atrás em relação a esse "provejo":

    Provejo é a conjugação do verbo PROVER, na primeira pessoa do presente do indicativo.

    Vale destacar a diferença entre PROVER e PROVIR.

    PROVER = providenciar

    PROVIR = ser proveniente, consequência ou descendente de

    Logo o sentido usado na alternativa E é o de prover, " EU sempre provejo (providencio) .. "


ID
11260
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto
apresentado abaixo.

1. Coerente com a noção de que o pecado marca
fundamentalmente a condição humana, como estigma
degradante, e que este mundo material é apenas lugar de
perdição ou, na melhor das hipóteses, lugar de penas re-
5. generadoras, o pensamento católico medieval insistiu no
tema da miséria e da indignidade do homem. Indignidade
resultante da Queda, indignidade tornada visceral e que,
sozinho, apenas por si mesmo, apenas com suas parcas
forças o homem não conseguiria superar, necessitando da
10. ação mediadora da Igreja, de seus clérigos, seus sacramentos.
É bem verdade que essa visão pessimista em
relação ao homem e à natureza, que lhe propicia ocasiões
de pecado ou de esquecimento da necessidade de
salvação, encontra seu reverso, na própria Idade Média,
15. no cristianismo de São Francisco de Assis, baseado em
pobreza, alegria e amor à natureza enquanto obra
belíssima de Deus. Essa é justamente uma das
contradições mais fecundas apresentadas pelo universo
religioso medieval (contradição muito bem exposta, em for-
20 ma romanceada, por Umberto Eco, em O nome da rosa).
(...) Mas, franciscanismo à parte, a tese que prevalece na
Idade Média como concepção "oficial" da Igreja é aquela
da degradação do homem em decorrência do pecado
original e da natureza como reino da perigosa e tentadora
25. materialidade.

(PESSANHA, José Américo Motta. Humanismo e pintura.
Artepensamento. Org. Adauto Novaes. São Paulo:
Companhia das Letras, 1994, p. 30-31)

É bem verdade que essa visão pessimista em relação ao homem e à natureza, que lhe propicia ocasiões de pecado ou de esquecimento da necessidade de salvação, encontra seu reverso, na própria Idade Média... Considerado o contexto, o uso da forma destacada no período acima exemplifica o emprego desse tempo e modo verbais para

Alternativas
Comentários
  • gabarito D
  • É bem verdade que essa visão pessimista em relação ao homem e à natureza, que lhe propicia ocasiões de pecado ou de esquecimento da necessidade de salvação, encontra seu reverso, na própria Idade Média...


    Apesar de te-la errado, o interessante eh a gnt ler muito bem o enunciado!


    bons estudoss

  • TEMPOS VERBAIS

    Presente - Ação que ocorre no momento em que se fala,pode ser usado:

    Passado - Colombo Descobre a América
    Futuro - Vou amanhã ao Guarujá

     

    No caso da questão o verbo "Encontrar" está no Presente para dar vivacidade aos fatos ocorridos no Passado como a Banca mesmo explica.


ID
11398
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

Os sonhos dos adolescentes

Se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de
dez ou vinte anos atrás, resumiria assim: eles sonham pequeno.
É curioso, pois, pelo exemplo de pais, parentes e vizinhos,
nossos jovens sabem que sua origem não fecha seu destino:
sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar onde
nasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da de
seus pais. Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de
ficções e informações, eles conhecem uma pluralidade inédita
de vidas possíveis.
Apesar disso, em regra, os adolescentes e os préadolescentes
de hoje têm devaneios sobre seu futuro muito
parecidos com a vida da gente: eles sonham com um dia-a-dia
que, para nós, adultos, não é sonho algum, mas o resultado
(mais ou menos resignado) de compromissos e frustrações.
Eles são "razoáveis": seu sonho é um ajuste entre suas
aspirações heróico-ecológicas e as "necessidades" concretas
(segurança do emprego, plano de saúde e aposentadoria).
Alguém dirá: melhor lidar com adolescentes tranqüilos do
que com rebeldes sem causa, não é? Pode ser, mas, seja qual
for a qualidade dos professores, a escola desperta interesse
quando carrega consigo uma promessa de futuro: estudem para
ter uma vida mais próxima de seus sonhos. É bom que a escola
não responda apenas à "dura realidade" do mercado de
trabalho, mas também (talvez, sobretudo) aos devaneios de
seus estudantes; sem isso, qual seria sua promessa? "Estude
para se conformar"? Conseqüência: a escola é sempre
desinteressante para quem pára de sonhar.
É possível que, por sua própria presença maciça em
nossas telas, as ficções tenham perdido sua função essencial e
sejam contempladas não como um repertório arrebatador de
vidas possíveis, mas como um caleidoscópio para alegrar os
olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem o
mundo matando dragões, defendendo causas e encontrando
amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem,
enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no
domingo e a uma cerveja com os amigos.
É também possível (sem contradizer a hipótese anterior)
que os adultos não saibam mais sonhar muito além de seu
nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu
futuro depende dos sonhos aos quais nós renunciamos. Pode
ser que, quando eles procuram, nas entrelinhas de nossas
falas, as aspirações das quais desistimos, eles se deparem
apenas com versões melhoradas da mesma vida acomodada
que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem os
adolescentes que merece.

(Adaptado de Contardo Calligaris. Folha de S. Paulo, 11/01/07)

Está adequada a correlação entre os tempos e os modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • A expressão "fosse qual fosse" exprime "qual fosse, de qualquer forma, de qualquer modo, de qualquer maneira".

    [Fosse qual fosse a qualidade dos professores],    [ a escola despertaria interesse]      [quando carregasse consigo uma promessa de futuro].

    "A escola despertaria interesse, qual fosse a qualidade dos professores".
  • GABARITO LETRA A 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 

  • Combinação frequente:

    Ex


    Faria - Fizesse

    Fizesse - Faria


ID
11413
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

Os sonhos dos adolescentes

Se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de
dez ou vinte anos atrás, resumiria assim: eles sonham pequeno.
É curioso, pois, pelo exemplo de pais, parentes e vizinhos,
nossos jovens sabem que sua origem não fecha seu destino:
sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar onde
nasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da de
seus pais. Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de
ficções e informações, eles conhecem uma pluralidade inédita
de vidas possíveis.
Apesar disso, em regra, os adolescentes e os préadolescentes
de hoje têm devaneios sobre seu futuro muito
parecidos com a vida da gente: eles sonham com um dia-a-dia
que, para nós, adultos, não é sonho algum, mas o resultado
(mais ou menos resignado) de compromissos e frustrações.
Eles são "razoáveis": seu sonho é um ajuste entre suas
aspirações heróico-ecológicas e as "necessidades" concretas
(segurança do emprego, plano de saúde e aposentadoria).
Alguém dirá: melhor lidar com adolescentes tranqüilos do
que com rebeldes sem causa, não é? Pode ser, mas, seja qual
for a qualidade dos professores, a escola desperta interesse
quando carrega consigo uma promessa de futuro: estudem para
ter uma vida mais próxima de seus sonhos. É bom que a escola
não responda apenas à "dura realidade" do mercado de
trabalho, mas também (talvez, sobretudo) aos devaneios de
seus estudantes; sem isso, qual seria sua promessa? "Estude
para se conformar"? Conseqüência: a escola é sempre
desinteressante para quem pára de sonhar.
É possível que, por sua própria presença maciça em
nossas telas, as ficções tenham perdido sua função essencial e
sejam contempladas não como um repertório arrebatador de
vidas possíveis, mas como um caleidoscópio para alegrar os
olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem o
mundo matando dragões, defendendo causas e encontrando
amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem,
enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no
domingo e a uma cerveja com os amigos.
É também possível (sem contradizer a hipótese anterior)
que os adultos não saibam mais sonhar muito além de seu
nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu
futuro depende dos sonhos aos quais nós renunciamos. Pode
ser que, quando eles procuram, nas entrelinhas de nossas
falas, as aspirações das quais desistimos, eles se deparem
apenas com versões melhoradas da mesma vida acomodada
que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem os
adolescentes que merece.

(Adaptado de Contardo Calligaris. Folha de S. Paulo, 11/01/07)

Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas no contexto da seguinte frase:

Alternativas
Comentários

  • Não é pedido no enunciado a alternativa que apresenta TODAS as formas verbais corretamente flexionadas?

    Não me parece que os verbos da letra C estão todos corretos?

    Concordam?
  • O sujeito é oracional (cultivar tantos sonhos), portanto, cabe verbo no singular:
    cultivar tantos sonhos aprouve aos adolescentes.
    letra c) correta
  • Letra b- Quando nós conviermos.
  • A) Entretivermos
    B) Conviermos
    C) Certo
    D) Proviessem
    E) Contradisseram
  • Em: "Se as ficções não nos provissem de tantas imagens e informações..."

    O correto é provessem, de prover.
    Nâo confundir o verbo prover com provir (que seria proviessem).

    Provir = ser proveniente de, proceder, originar-se

    Prover = abastecer(-se) do que for necessário, providenciar, dispor

    O que as ficções fazem é nos abastecer (prover) de imagens e informações.
    Imagens e informações originam-se ou provêm (de provir) das ficções.

    É preciso tomar cuidado porque o verbo "prover" foge da regra de seguir "ver".

    O pretérito perf. do subjuntivo é: provesse, provesses...
    Não segue a regra do ver: visse, visses...

    A mesma coisa acontece no fut. do subj: Prover, proveres, prover...
    Não segue a regra do ver: vir, vires...


    Fonte: Dic. Houaiss
  • letra a) Se não nos entretermos.  O "nos" é pronome que indica a conjugação "nós", e olhando a conjugação do verbo, o verbo "entretermos", está no Infinitivo Pessoal. OK!

    Já o verbo "dizem", está na conjugação "eles dizem", no Presente. Algumas pessoas dizem, eles dizem. OK, certo!

    E o verbo "preencherá", está conjugado "ele preencherá". Contudo, o restante da frase diz: "nosso tempo ocioso". Então, aqui a frase deveria ser: "com que preenchermos nosso tempo ocioso" (voltando para o infinito pessoal).

    letra b) Quando finalmente convirmos em que os sonhos são estimulantes ... (Está na conjugação nós do Infinitivo Pessoal: "por convirmos nós").

    a eles (aos sonhos) recorreremos para combater nosso ... (Está no Futuro do Presente).

    Porém, no Infinitivo Pessoal: a eles (aos sonhos) recorrermos para combater nosso ...

    O mais razoável, seria que as duas frases estivessem no Futuro do Presente e, desse modo, estaria certa a alternativa:

    Quando finalmente conviremos em que os sonhos são estimulantes ..., a eles recorreremos para combater nosso ... pragmatismo.

    Letra C) Já que aos adolescentes de ontem aprouve cultivar tantos sonhos, (Está na conjugação "ele aprouve", no Pretérito Perfeito)

    --> os adolescentes de ontem (eles): a conjugação é "eles aprouveram". (Pretérito Perfeito)

    por que os (adolescentes) de hoje terão abdicado do direito ...? (eles terão - Futuro do Presente)

    Deveria ser tempo presente: "por que os de hoje...". 

    Portanto, a frase correta seria: "por que os de HOJE TÊM abdicado do direito ... (tempo Presente).

     

     

     

     

     

  • Letra D: Se as ficções não nos provissem de tantas imagens e informações, ("provissem" não existe!).

    No Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: se as ficções não nos fornecessem   --> conjugação: se eles fornecessem ---> se elas (ficções) fornecessem

    No Pret. Imperf. do Subjuntivo: se as ficções não nos  PROVIESSEM  ----> Conjugação: se eles proviessem.

     

    Segunda Frase: ..., teríamos mais tempo para criar nossas próprias fantasias. (nós teríamos - é Futuro do Pretérito).

    No Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: (se nós tivéssemos).

    Vamos conferir: "se as ficções não nos proviessem (fornecessem) tantas imagens e informações, tivéssemos (ou, teríamos) mais tempo para criar nossas próprias fantasias."

    Ficou esquisito o "tivéssemos", portanto, só o "provissem" (que não existe! Está errado), o verbo "teríamos" está correto no tempo e modo de conjugação.

     

    Letra E: As sucessivas gerações já muito se contradizeram ... (os termos sucessivas gerações querem indicar passado, e um passado que aconteceu, então, é Pretérito Perfeito).

    O termo "contradizeram" não existe na conjugação do verbo contradizer!

    O Pretérito Perfeito de Contradizer: (as gerações ---> elescontradisseram).

    Então, o CORRETO seria: As sucessivas gerações já muito se contradisseram ...

    Agora, vamos para a segunda frase:

    "ao passo que a DE HOJE parece ter renunciado a todos eles. (está correto, está no tempo Presente).

    Enfim, para esta alternativa estar correta, as frases deveriam estar assim:

    As sucessivas gerações já muito se contradisseram, por força da diversidade de seus sonhos, ao passo que a de hoje parece ter renunciado a todos eles.

     

  • Na minha opniao o correto é:

    a- entretivéssemos

    b- conviermos

    d-provêssemos

    e- contradisseram

  • gAB c

    Sempre q vc se deparar com problemas deste tipo, transforma a frase. Use verbos q vc domina.


ID
12484
Banca
FCC
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.

A eterna juventude

Conforme a lenda, haveria em algum lugar a Fonte da
Juventude, cujas águas garantiriam pleno rejuvenescimento a
quem delas bebesse. A tal fonte nunca foi encontrada, mas os
homens estão dando um jeito de promover a expansão dos
anos de "juventude" para limites jamais vistos. A adolescência
começa mais cedo - veja-se o comportamento de "mocinhos" e
"mocinhas" de dez ou onze anos - e promete não terminar
nunca. Num comercial de TV, uma vovó fala com desenvoltura
a gíria de um surfista. As academias e as clínicas de cirurgia
plástica nunca fizeram tanto sucesso. Muitos velhos fazem
questão de se proclamar jovens, e uma tintura de cabelo é
indicada aos homens encanecidos como um meio de fazer
voltar a "cor natural".
Esse obsessivo culto da juventude não se explica por
uma razão única, mas tem nas leis do mercado um sólido
esteio. Tornou-se um produto rentável, que se multiplica
incalculavelmente e vai da moda à indústria química, dos
hábitos de consumo à cultura de entretenimento, dos salões de
beleza à lipoaspiração, das editoras às farmácias. Resulta daí
uma espécie de código comportamental, uma ética subliminar,
um jeito novo de viver. O mercado, sempre oportunista, torna-se
extraordinariamente amplo, quando os consumidores das mais
diferentes idades são abrangidos pelo denominador comum do
"ser jovem". A juventude não é mais uma fase da vida: é um
tempo que se imagina poder prolongar indefinidamente.
São várias as conseqüências dessa idolatria: a
decantada "experiência dos mais velhos" vai para o baú de
inutilidades, os que se recusam a aderir ao padrão triunfante da
mocidade são estigmatizados e excluídos, a velhice se torna
sinônimo de improdutividade e objeto de caricatura. Prefere-se
a máscara grotesca do botox às rugas que os anos trouxeram, o
motociclista sessentão se faz passar por jovem, metido no
capacete espetacular e na roupa de couro com tachas de metal.
É natural que se tenha medo de envelhecer, de adoecer,
de definhar, de morrer. Mas não é natural que reajamos à lei da
natureza com tamanha carga de artifícios. Diziam os antigos
gregos que uma forma sábia de vida está na permanente preparação
para a morte, pois só assim se valoriza de fato o presente
que se vive. Pode-se perguntar se, vivendo nesta ilusão da
eterna juventude, os homens não estão se esquecendo de
experimentar a plenitude própria de cada momento de sua
existência, a dinâmica natural de sua vida interior.

(Bráulio Canuto)

Está adequada a correlação entre tempos e os modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Há em algum lugar a Fonte da Juventude, cujas águas garantirão pleno rejuvenescimento a quem delas VIER a beber. b) Seria natural que tivéssemos medo de envelhecer, mas não que reagíssemos à lei da natureza com tantos artifícios. (CERTA) c) Caso se quisesse valorizar o presente que se vive, uma forma sábia de vida PODERIA SER a permanente preparação para a morte. d) Terão sido várias as conseqüências dessa idolatria, entre elas a de que a "experiência dos mais velhos" TERÁ IDO para o baú de inutilidades. e) Tornara-se um produto rentável, que se MULTIPLICAVA incalculavelmente e IA da moda à indústria química.
  • Correlação Verbal entre Pret. Imperf. Subj x Fut. Pret Ind.

    Seria natural que tivéssemos medo de envelhecer, mas não que reagíssemos à lei da natureza com tantos artifícios.

  • Correlações verbais

    a) em algum lugar a Fonte da Juventude, cujas águas garantirão pleno rejuvenescimento a quem delas (viria) venha a beber.

      Presente do indicativo () à Presente do subjuntivo (venha). (e vice-versa)

    b) Seria natural que tivéssemos medo de envelhecer, mas não que reagíssemos à lei da natureza com tantos artifícios. (CORRETA).

        Futuro do pretérito do indicativo(seria) à Pretérito imperfeito do subjuntivo(reagíssemos)

    c) Caso se quisesse valorizar o presente que se vive, uma forma sábia de vida (poderá) poderia ser a permanente preparação para a morte.

        Pretérito imperfeito do subjuntivo(quisesse) a futuro do pretérito do indicativo(poderia)

    d) Terão sido várias as conseqüências dessa idolatria, entre elas a de que a "experiência dos mais velhos" (iria) TERÁ IDO para o baú de inutilidades.

        
    Futuro do presente do indicativo (terão) futuro do presente do indicativo(terá)

    e) Tornara-se um produto rentável, que se multiplicava incalculavelmente e ia da moda à indústria química.

         Pretérito perfeito do indicativo à Pretérito imperfeito do indicativo (multiplicava/ia)

         TORNARA (pret. mais-que-perfeito). Do pretérito perfeito derivam-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo,o futuro do subjuntivo e o pretérito     imperfeito do subjuntivo. Formam-se pelo tema do pretérito perfeito que é obtido conjugando esse tempo na 2ª pessoa singular, eliminando a desinência ste . Ex.: Tu tornaste ste - torna
                   Tu colheste ste - colhe
                   Tu feriste ste - fere
    Acrescenta-se ao verbo as desinências referentes a cada um dos três tempos derivados:

    Pretérito mais-que-perfeito do indicativo  ra, ras, ramos, reis, ram
    Futuro do subjuntivo  r, res, r, rmos, rdes, rem
    Pretérito imperfeito do subjuntivo  sse, sses, sse, ssemos, sseis, ssem

     

  • GABARITO LETRA B 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 

  • Lembra de regra Hipótese + certeza = errada


ID
13498
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao
texto seguinte.

A família na Copa do Mundo

A rotina de uma família costuma ser duramente atingida
numa Copa do Mundo de futebol. O homem da casa passa a ter
novos hábitos, prolonga seu tempo diante da televisão, disputaa
com as crianças; a mulher passa a olhar melancolicamente
para o vazio de uma janela ou de um espelho. E se, coisa rara,
nem o homem nem a mulher se deixam tocar pela sucessão
interminável de jogos, as bandeiras, os rojões e os alaridos da
vizinhança não os deixarão esquecer de que a honra da pátria
está em jogo nos gramados estrangeiros.
É preciso também reconhecer que são muito distintas as
atuações dos membros da família, nessa época de gols. Cabe
aos homens personificar em grau máximo as paixões
envolvidas: comemorar o alto prazer de uma vitória, recolher o
drama de uma derrota, exaltar a glória máxima da conquista da
Copa, amargar em luto a tragédia de perdê-la. Quando
solidárias, as mulheres resignam-se a espelhar, com
intensidade muito menor, essas alegrias ou dores dos homens.
Entre as crianças menores, a modificação de comportamento é
mínima, ou nenhuma: continuam a se interessar por seus
próprios jogos e brinquedos. Já os meninos e as meninas
maiores tendem a reproduzir, respectivamente, algo da atuação
do pai ou da mãe.
Claro, está-se falando aqui de uma "família brasileira
padrão", seja lá o que isso signifique. O que indiscutivelmente
ocorre é que, sobretudo nos centros urbanos, uma Copa do
Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares. Algumas
pessoas não resistem à alteração dos horários de refeição, à
alternância entre ruas congestionadas e ruas desertas, às
tensas expectativas, às súbitas mudanças de humor coletivo
? e
disseminam pela casa uma insatisfação, um rancor, uma
vingança que afetam o companheiro, a companheira ou os
filhos. Como toda exaltação de paixões, uma Copa do Mundo
pode abrir feridas que demoram a fechar. Sim, costumam
cicatrizar esses ressentimentos que por vezes se abrem, por
força dos diferentes papéis que os familiares desempenham
durante os jogos. Cicatrizam, volta a rotina, retornam os papéis
tradicionais
? até que chegue uma outra Copa.
(Itamar Rodrigo de Valença)

Estão corretamente flexionadas as formas verbais da frase:

Alternativas
Comentários
  • b)não é dispor e sim "quem não se dispuser".
    c)não é detessem e sim detivessem, pois o verbo deter deriva-se do verbo ter.
    d)não é retêem e sim retêm, pois devariva-se do verbo ter.
    e)não é detenhem e sim detenham
  • "Querido ou podido"  nunca usaria essa expressao pensado que estaria errada...preciso estudar mais...

  • As outras são de boa... mas essa letra A ..QUERIDO OU PODIDO....kkkkkkk querendo ou não FCC, você me deixou FODIDO...:( : ( 


ID
14263
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1 Na cidade de Atenas, considerava-se cidadão
(thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse
prestado serviço militar e que fosse homem livre. Da reforma
4 de Clistenes em diante, os homens da cidade não usariam
mais o nome da família, mas, sim, o do demos a que
pertenciam. Manifestariam sua fidelidade não mais à família
7 (gens) em que haviam nascido, mas à comunidade (demói)
em que viviam, transferindo sua afeição de uma instância
menor para uma maior. O objetivo do sistema era a
10 participação de todos nos assuntos públicos, determinando
que a representação popular se fizesse não por eleição, mas
por sorteio.

Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir.

O emprego de futuro do pretérito em "usariam" (l.4) e
"Manifestariam" (l.6) indica que as ações expressas por
essas formas verbais devem ser consideradas a partir da
"reforma de Clistenes" (l.3-4).

Alternativas
Comentários
  • " O tempo futuro do pretérito indica uma consequência futura de um fato passado. Fica claro que o fato passado é a reforma de Clístenes, que gera dois efeitos:1. os homens da cidade não usariam mais o nome da família, mas, sim, o do demos a que pertenciam, e...2. manifestariam sua fidelidade não mais à família em que haviam nascido... ":)
  • resposta certo.

    Neste contexto o futuro do pretérito está relacinado com um acontecimento anterior no caso a reforma Clistenes.

ID
17278
Banca
FCC
Órgão
TRE-PB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.
Nem o cientista mais ortodoxo pode negar que mexer
com equações é difícil e cansativo. Mas a ciência não deixa de
ser bonita ou agradável apenas por causa disso. A arte, apesar
de bela, também não é fácil: todo profissional sabe a dor e a
delícia de aprender bem um instrumento ou de dominar o pincel
com graça e precisão. É verdade que dificilmente alguém
espera encontrar numa equação ou num axioma as qualidades
próprias da arte, como a harmonia, a sensibilidade e a elegância.
A graça e a beleza das teorias, no entanto, sempre
tiveram admiradores - e hoje mais do que nunca, a julgar pela
quantidade de livros recentes cujo tema central é a sedução e o
encanto dos conceitos científicos. Exagero?
"As leis da física são em grande parte determinadas por
princípios estéticos", afirma o astrônomo americano Mario Livio,
do Telescópio Espacial Hubble, também autor de um livro em
que analisa a noção de beleza dentro da ciência. Ele afirma
que, quando a estética surgiu na Antigüidade, os conceitos de
beleza e de verdade eram sinônimos. Para ele, o traço de união
entre arte e ciência reside exatamente nesse ponto. "As duas
representam tentativas de compreender o mundo e de organizar
fatos de acordo com uma certa ordem. Em última instância,
buscam uma idéia fundamental que possa servir de base para
sua explicação da realidade."
Mas, se o critério estético é tão importante para o pensamento
científico, como ele se manifesta no dia-a-dia dos
pesquisadores? O diretor do Instituto de Arte de Chicago acha
que sabe a resposta. "Ciência e arte se sobrepõem naturalmente.
Ambas são meios de investigação, envolvem idéias,
teorias e hipóteses que são testadas em locais onde a mente e
a mão andam juntas: o laboratório e o estúdio", afirma.
Acredita-se que as descobertas científicas sirvam de
inspiração para os artistas, e as obras de arte ajudem a alargar
o horizonte cultural dos cientistas. Na prática, essa mistura gera
infinitas possibilidades. A celebração que artistas buscam hoje
já ocorreu diversas vezes no passado, de maneira mais ou
menos espetacular. Na Renascença, a descoberta da
perspectiva pelos geômetras encantou os pintores, que logo
abandonaram as cenas sem profundidade do período clássico e
passaram a explorar sensações tridimensionais em seus
quadros. Os arquitetos também procuravam dar às igrejas um
desenho geometricamente perfeito; acreditavam, com isso, que
criavam um portal para o mundo metafísico das idéias
religiosas.
No século XX, essa tendência voltou a crescer. A grande
preocupação dos pintores impressionistas com a luz, por
exemplo, tem muito a ver com as conquistas da ótica. A
matemática também teria influenciado a pintura do russo
Wassily Kandinsky, segundo o qual "tudo pode ser retratado por
uma fórmula matemática". Seu colega Paul Klee achou um jeito
de colocar em vários quadros alguma referência às progressões
geométricas. Bem-humorado, brincava com as idéias da matemática
dizendo que "uma linha é um ponto que saiu para
passear".
(Adaptado de Flávio Dieguez. Superinteressante, junho de
2003, p. 50 a 54)

... acreditavam, com isso, que criavam um portal para o mundo metafísico das idéias religiosas. (5o parágrafo) Os verbos grifados acima, considerando-se o tempo e o modo em que se encontram, indicam, no contexto,

Alternativas
Comentários

  • a) processo em decurso permanente no passado = Pretérito Imperfeito do Indicativo = Ação Inacabada.
  • A opção A descreve o Pretérito Imperfeito. Ele apresenta uma idéia de continuidade, de duração do processo verbal mais acentuada que os outros tempos pretéritos.
    " O imperfeito faz ver sucessivamente os diversos momentos da ação, que , à semelhança de um panorama em movimento, se desenrola diante de nossos olhos: é o presente no passado" ( C.M Robert)
  • Ambas estão no Pretérito Imperfeito.
    Logo, dão idéia de processo em decurso permanente no passado.
  • "acreditavam" e "criavam":Os verbos estão conjugados no pretérito imperfeito do indicativo.
    a) processo em decurso permanente no passado. (Correta)
    Refere-se ao pretérito imperfeito do indicativo. Uma ação inacabada no passado. Ex: acreditava, criava.
    b) ação realizada em um tempo determinado, no passado. (Errada)
    Refere-se ao pretérito perfeito do indicativo. Uma ação iniciada e acabada no passado. Ex: acreditou, criou.

    c) probabilidade de realização de um fato qualquer. (Errada)
    Refere-se aqui apenas ao modo subjuntivo. Não menciona o tempo. Expressa a ideia de uma hipótese. Ex: talvez acredite, talvez crie.

    d) situação transcorrida no passado, anterior a outra, também passada. (Errada)
    Refere-se ao pretérito-mais-que-perfeito do indicativo. Ex: acreditara, criara.

    e) condição essencial para a realização de um fato. (Errada)
    "Salvo engano, acredito que" refere-se aqui ao futuro do presente (composto). (Corrijam-me se eu estiver enganado).

    Sugestões:
    Para o estudo das conjugações verbais: www.conjugacao.com.br
    Para o estudo do conceito dos tempos verbais: www.soportugues.com.br

ID
17281
Banca
FCC
Órgão
TRE-PB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.
Nem o cientista mais ortodoxo pode negar que mexer
com equações é difícil e cansativo. Mas a ciência não deixa de
ser bonita ou agradável apenas por causa disso. A arte, apesar
de bela, também não é fácil: todo profissional sabe a dor e a
delícia de aprender bem um instrumento ou de dominar o pincel
com graça e precisão. É verdade que dificilmente alguém
espera encontrar numa equação ou num axioma as qualidades
próprias da arte, como a harmonia, a sensibilidade e a elegância.
A graça e a beleza das teorias, no entanto, sempre
tiveram admiradores - e hoje mais do que nunca, a julgar pela
quantidade de livros recentes cujo tema central é a sedução e o
encanto dos conceitos científicos. Exagero?
"As leis da física são em grande parte determinadas por
princípios estéticos", afirma o astrônomo americano Mario Livio,
do Telescópio Espacial Hubble, também autor de um livro em
que analisa a noção de beleza dentro da ciência. Ele afirma
que, quando a estética surgiu na Antigüidade, os conceitos de
beleza e de verdade eram sinônimos. Para ele, o traço de união
entre arte e ciência reside exatamente nesse ponto. "As duas
representam tentativas de compreender o mundo e de organizar
fatos de acordo com uma certa ordem. Em última instância,
buscam uma idéia fundamental que possa servir de base para
sua explicação da realidade."
Mas, se o critério estético é tão importante para o pensamento
científico, como ele se manifesta no dia-a-dia dos
pesquisadores? O diretor do Instituto de Arte de Chicago acha
que sabe a resposta. "Ciência e arte se sobrepõem naturalmente.
Ambas são meios de investigação, envolvem idéias,
teorias e hipóteses que são testadas em locais onde a mente e
a mão andam juntas: o laboratório e o estúdio", afirma.
Acredita-se que as descobertas científicas sirvam de
inspiração para os artistas, e as obras de arte ajudem a alargar
o horizonte cultural dos cientistas. Na prática, essa mistura gera
infinitas possibilidades. A celebração que artistas buscam hoje
já ocorreu diversas vezes no passado, de maneira mais ou
menos espetacular. Na Renascença, a descoberta da
perspectiva pelos geômetras encantou os pintores, que logo
abandonaram as cenas sem profundidade do período clássico e
passaram a explorar sensações tridimensionais em seus
quadros. Os arquitetos também procuravam dar às igrejas um
desenho geometricamente perfeito; acreditavam, com isso, que
criavam um portal para o mundo metafísico das idéias
religiosas.
No século XX, essa tendência voltou a crescer. A grande
preocupação dos pintores impressionistas com a luz, por
exemplo, tem muito a ver com as conquistas da ótica. A
matemática também teria influenciado a pintura do russo
Wassily Kandinsky, segundo o qual "tudo pode ser retratado por
uma fórmula matemática". Seu colega Paul Klee achou um jeito
de colocar em vários quadros alguma referência às progressões
geométricas. Bem-humorado, brincava com as idéias da matemática
dizendo que "uma linha é um ponto que saiu para
passear".
(Adaptado de Flávio Dieguez. Superinteressante, junho de
2003, p. 50 a 54)

... que as descobertas científicas sirvam de inspiração para os artistas ... (5o parágrafo) O verbo que se encontra nos mesmos tempo e modo do grifado acima está na frase:

Alternativas
Comentários
  • que as descobertas científicas sirvam de inspiração .. VTD

    que possa servir de base para sua explicação da realidade VTD
  • Sirvam -> Verbo: Servir -> Presente (Tempo) do subjuntivo (modo);
    Possa -> Verbo: Poder -> Presente (Tempo) do subjuntivo (modo);
    Logo, a correta é: C.
  • ... que as descobertas científicas sirvam de inspiração para os artistas ... (5o parágrafo)PRESENTE DO SUBJUNTIVO
    A questão quer saber qual alternativa encontra-se no Presente do SUb

    a)presente do indicativo
    b)presente do indicativo
    c)correto. Trata-se de uma locução verbal que encontra-se no presente do subjuntivo
    d)presente do indicativo
    e)pretérito perfeito do indicativo

ID
17692
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I
MANDE SEU FUNCIONÁRIO PARA O MAR
     Tudo que o aventureiro americano Yvon Chouinard
     faz contraria dez entre dez livros de negócios. Dono de
     fábrica de roupas e artigos esportivos, ele pergunta a
     seus clientes, numa etiqueta estampada em cada roupa:
5   você realmente precisa disto? Alpinista de renome,
     surfista e ativista ecológico, ele se levanta de sua mesa
     e incita os 350 funcionários da sede da empresa, na
     cidade de Ventura, na Califórnia, a deixar seus postos
     e pegar suas pranchas de surfe tão logo as ondas
10 sobem. Aos 67 anos de idade, ele vai junto. Resultado:
     a empresa, que faturou US$ 270 milhões em 2006, foi
     considerada pela revista Fortune a mais cool do mundo,
     em uma reportagem de capa.
     Isso não quer dizer que seus funcionários sejam
15  preguiçosos, apesar do ambiente maneiro. A equipe é
     motivada e gabaritada, como o perfeccionismo do dono
     exige. Para cada vaga que abre, a companhia recebe
     cerca de 900 currículos - como o do jovem Scott
     Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs no bolso e
20  passagens por outras empresas, implorou para ser
     aceito como estoquista de uma das lojas (ganhou o
     posto). Robinson justificou: "Queria trabalhar numa
     companhia conduzida por valores". Que valores são
     esses? "Negócios podem ser lucrativos sem perder a
25  alma", diz Chouinard.
     Essa alma está no parque de Yosemite, onde, nos
     anos 60, Chouinard se reunia com a elite do alpinismo
     para escalar paredões de granito. Foi quando começou
     a fabricar pinos de escalada de alumínio, reutilizáveis,
30 uma novidade. Vendia-os a US$ 1,50. Em 1972, nascia
     a empresa, com o objetivo de criar roupas para esportes
     mais duráveis e de pouco impacto ao meio ambiente.
     A filosofia do alpinismo - não importa só aonde você
     chega, mas como você chega - foi adotada nos
35  negócios. O lucro não seria uma meta, mas a
     conseqüência do trabalho bem-feito. A empresa foi
     pioneira no uso de algodão orgânico (depois adotado
     por outras marcas), fabricou jaquetas com garrafas
     plásticas usadas e passou a utilizar poliéster reciclado.
40  Hoje, o filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos,
     desenvolve pranchas de surfe sem materiais tóxicos
     que diz serem mais leves e resistentes que as atuais.
     Chouinard, que se define como um antiempresário, virou
     tema de estudo em escolas de negócios. Quando dá
45  palestras em Stanford ou Harvard, não sobra lugar.
     Nem de pé.

Revista Época Negócios. jun. 2007. (Adaptado)

"Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos," (l. 14-15) Assinale a opção em que o verbo está flexionado no mesmo tempo e modo que o destacado na passagem acima.

Alternativas
Comentários
  • Tempo presente do modo subjuntivo. Letra E
  • a) Estejam atentos na hora da reunião.Imperativo afirmativo, que pegadinha...
  • A questão A tbem esta no Presente do Subjuntivo e no Imperativo Afirmativo>Não entendi???
  • o verbo "sejam" está no presente do subjuntivoa)estejam - imperativo afirmativob)sopram - presente do indicativoc)fosse - pretérito imperfeito do subjuntivod)reouver - futuro simples do subjuntivoe)CUMPRA - PRESENTE DO SUBJUNTIVO
  • Que seus funcionários SEJAM - PRESENTE DO SUBJUNTIVOe) Que você CUMPRA - PRESENTE DO SUBJUNTIVO
  • A alternativa A está errada, pois o verbo está no IMPERATIVO AFIRMATIVO, que é usado para manifestar ordem, apelo pela concretização da ação.
  • Uma outra dica na questão é que a única opção que possui conjunção, característica do modo subjuntivo, encontra-se na letra E.
  • Caro Fabiano Marranghello, perceba que a letra "c" - "Gostaria de que ele fosse mais educado" - também está no subjuntivo, só que conjugado no pretérito imperfeito...Abraço.
  • A alternativa correta é a letra E, uma vez que o verbo encontra-se no Presente do Subjuntivo  da mesma forma que o verbo da oração pedida na questão. A alternativa A está incorreta posto que o verbo encontra-se no Imperativo Afirmativo, terceira pessoa do plural que é formada do Presente do Subjuntivo. É fácil confundir quando se trata do impertativo afirmativo com o presente do subjuntivo.

  • a) Imperativo

    b) Presente do Indicativo

    c) Pretérito Imperfeito

    d) Futuro do Subjuntivo

    e) Presente do Subjuntivo

  • Há um macete para descobrir o presente do subjuntivo de verbos regulares

    pegue a desinência do verbo no infinitivo, no caso de cumprir é ''-ir'' e troque por ''a''

    mas se fosse ''-ar'', troque por ''e''

    e se fosse ''-er'' troque por ''a''

    No exemplo fica mais pratico

    Falar (infinitivo)---- Fal-ar--- que eu Fal-e(presente do subjuntivo)

    Mentir(infinitivo)---Ment-ir---que eu Mint-a(presente do subjuntivo)

    Lamber(infinitivo)--Lamb-er--que eu Lamb-a (presente do subjuntivo)


ID
19042
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 9 a 15 baseiam-se no texto
apresentado abaixo.

Metade da população do globo mora e trabalha em
regiões costeiras
? estima-se que duas mil famílias se instalem
diariamente em áreas próximas aos litorais. A ocupação dessas
áreas provoca um fluxo crescente de água doce contaminada
por resíduos de insumos agrícolas, dejetos e esgotos doméstico
e industrial, que é despejado nos oceanos. Todos esses
materiais descartados são ricos em nutrientes, que favorecem a
proliferação de algas de vários tipos.
As algas são parte da vida marinha mas, em excesso,
transformam-se numa ameaça para todas as outras espécies
vegetais e animais. Ao morrerem, elas se depositam no fundo
do mar, onde são degradadas por bactérias. Quando há algas
demais, a ação desses microorganismos consome a maior parte
do oxigênio da água, fazendo que todas as formas de vida
entrem em colapso. O resultado são as zonas mortas,
inabitáveis para a maioria das espécies, salvo organismos que
vivem com pouco oxigênio, como algumas bactérias. Nos anos
50, havia no mundo três zonas mortas reconhecidas pelas
entidades que estudam os oceanos. Hoje, existem 150
? uma
delas no entorno da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro.
O excesso de algas decorrente dos resíduos da ação
humana também é mortal para os corais. Mesmo antes de se
decomporem, as algas formam um escudo que bloqueia a luz
do sol, fundamental para a sobrevivência deles. Embora os
recifes de coral cubram menos de 1% do solo dos oceanos, eles
servem de abrigo para 2 milhões de espécies, ou 25% da vida
marinha. A maioria já não abriga mais uma quantidade de
peixes suficientemente variada e numerosa para manter saudáveis
esses corais.

(Adaptado de Leoleli Camargo, Veja, 27 de setembro de 2006,
p.101-102)

Embora os recifes de coral cubram menos de 1% do solo dos oceanos... (3o parágrafo) O verbo que se encontra flexionado nos mesmos tempo e modo em que está o grifado acima é:

Alternativas
Comentários
  • é só observar a conjugação do verbo cobrir (presente do subjuntivo) e transferi-la para os outros verbos:

    "Que eu cubra
    Que tu cubras
    Que ele cubra..."

    Faça isso com os outros verbos ;)
  • Pelo que eu entendi seria o seguinte:

    Embora os recifes de coral cubram menos de 1% do solo dos oceanos - VTI

    Então o correto seria: as algas formam um escudo... VTI , NÃO é?
  • Não está sendo pedido o complemento do verbo, mas sim um outro verbo que esteja em situação igual, ou seja, mesmo tempo verbal. Nesse caso a resposta está correta, pois os dois verbos estão no presente do subjuntivo.
    • O enunciado aponta o verbo o termo " cubram" que se encontra na 3º pessoa do plural do presente do modo subjuntivo.
    • A - ... que favorecem a proliferação de algas de vários tipos. ( Terceira pessoa do plural do presente do modo indicativo).
    • B - ... elas se depositam no fundo do mar...  ( Terceira pessoa do plural do presente do modo indicativo).
    • C - ... que todas as formas de vida entrem em colapso. (Terceira pessoa do plural do presente do modo subjuntivo).
    • D - ... as algas formam um escudo...( Terceira pessoa do plural do presente do modo indicativo).
    • E - ... que estudam os oceanos.( Terceira pessoa do plural do presente do modo indicativo).
  • Que eles cubram         

    Que eles entrem

    Presente do subjuntivo
    tempo             modo

ID
26743
Banca
FCC
Órgão
TRE-SE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

O futuro da humanidade

          Tudo indica que há um aquecimento progressivo do planeta
e que esse fenômeno é causado pelo homem. Nossos
filhos e netos já conhecerão seus efeitos devastadores: a
subida do nível do mar ameaçará nossas costas, e o desequilíbrio
climático comprometerá os recursos básicos - em
muitos lugares, faltará água e faltará comida.
          Os humanos (sobretudo na modernidade) prosperaram
num projeto de exploração e domínio da natureza cujo custo é
hoje cobrado. Para corrigir esse projeto, atenuar suas conseqüências
e sobreviver, deveríamos agir coletivamente. Ora,
acontece que nossa espécie parece incapaz de ações coletivas.
À primeira vista, isso é paradoxal.
          Progressivamente, ao longo dos séculos, chegamos a
perceber qualquer homem como semelhante, por diferente de
nós que ele seja. Infelizmente, reconhecer a espécie como
grupo ao qual pertencemos (sentir solidariedade com todos os
humanos) não implica que sejamos capazes de uma ação
coletiva. Na base de nossa cultura está a idéia de que nosso
destino individual é mais importante do que o destino dos
grupos dos quais fazemos parte. Nosso individualismo, aliás, é
a condição de nossa solidariedade: os outros são nossos
semelhantes porque conseguimos enxergá-los como indivíduos,
deixando de lado as diferenças entre os grupos aos quais cada
um pertence. Provavelmente, trata-se de uma conseqüência do
fundo cristão da cultura ocidental moderna: somos todos
irmãos, mas a salvação (que é o que importa) decide-se um por
um. Em suma: agir contra o interesse do indivíduo, mesmo que
para o interesse do grupo, não é do nosso feitio.
          Resumo: hoje, nossa espécie precisa agir coletivamente,
mas a própria cultura que, até agora, sustentou seu caminho
torna esse tipo de ação difícil ou impossível.
          Mas não sou totalmente pessimista. Talvez nosso
impasse atual seja a ocasião de uma renovação. Talvez
saibamos inventar uma cultura que permita a ação coletiva da
comunidade dos humanos que habitam o planeta Terra.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 8/02/07)

Mas não sou totalmente pessimista. Talvez nosso impasse atual seja a ocasião de uma renovação. Talvez saibamos inventar uma cultura que permita a ação coletiva da comunidade dos humanos que habitam o planeta Terra.

Permanecerá adequada a correlação entre os tempos e os modos verbais caso as formas verbais sublinhadas na frase acima sejam substituídas, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Mas não sou totalmente pessimista. Talvez nosso impasse atual seja a ocasião de uma renovação. Talvez saibamos inventar uma cultura que permita a ação coletiva da comunidade dos humanos que habitam o planeta Terra.

    Vejam: Todos verbos no presente.

    a) era - fosse - soubéssemos - permitisse (todos os verbos foram para o passado)

  • Não marquei a letra "a" porque achei estranho a construção: "Talvez nosso impasse atual fosse ..."

    Como asim atual combina com fosse no passado?


    Mas depois li direito o enunciado e vi que a questão não se interessa por sentido e sim correlação dos tempos e modos, apenas.

    é isso mesmo?
  • Fiquei em dúvida quanto a letra (a), por achar que fosse era futuro, mas na verdade é pretérito imperfeito!

  • Na verdade, você pode matar a questão por conta dos dois últimos verbos. Saibamos estava no presente do subjuntivo, logo só poderíamos conjugá-lo para o futuro - soubéramos ou pretérito do subjuntivo - soubéssemos, nos deixando as letras A e D. Por tabela, o verbo permitir também deve estar no subjuntivo, eliminando assim a letra D, pois o verbo está conjugado no pretérito imperfeito do indicativo.

    Gabarito letra A. 
  • a) PRET - PRET - PRET - PRET

    b) PRET - FUT - FUT - PRET

    c) FUT - PRET - FUT - FUT

    d) FUT - PRESENTE - PRET - PRET

    e) PRET - PRET - FUT - PRET


ID
27043
Banca
FCC
Órgão
TRE-SE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

O debate sobre a preservação do planeta e sua exploração
tem se tornado cada vez mais acirrado e confuso. Cientistas
que pregam a seriedade do aquecimento global são acusados
de alarmismo. Por outro lado, os que afirmam que não há
provas conclusivas para de fato defender a tese de que a Terra
está aquecendo devido à emissão de gases poluentes são
acusados de serem vendidos às indústrias ou ao menos
tendenciosos em suas conclusões.
Manchetes dizem que a década de 1990 foi a mais quente
do século (foi), que o ciclo do El Niño, que marca o aquecimento
das águas do Pacífico perto do Peru, está desregulado
(está), que as calotas polares estão descongelando a taxas
muito altas (estão), que os níveis de poluição em países de rápida
industrialização, como a China e a Índia, estão se tornando
intoleráveis (estão), que o desmatamento acelerado das grandes
florestas, incluindo as nossas, provocará instabilidades climáticas
por todo o planeta (provocará), enfim, notícias que causam
medo, talvez até pânico. Fica difícil saber em que acreditar,
especialmente porque construir uma nova conscientização global
de preservação do planeta pode exigir mudanças custosas
em informar e educar a população, em monitorar indústrias e
plantações, em controlar os esgotos, o lixo, as emissões dos
carros, caminhões, navios, aviões.
O que fazer? Existem três possibilidades. Uma é deixar
para lá essa história de tomar conta do planeta e nos
preocuparmos só quando o problema for realmente óbvio e
irremediável. Péssima escolha. Outra é tentar filtrar do mundo
de informações que recebemos as que de fato são confiáveis e
não tendenciosas. Essa possibilidade é meio difícil pois, a
menos que sejamos especialistas no assunto, não saberemos,
de início, em quem acreditar. A terceira, que me parece a mais
sábia, é usar o bom senso.
Talvez uma analogia entre a Terra e a nossa casa seja
útil. Começamos com a casa limpa, abastecida, e com o
número ideal de pessoas para que todos possam viver com
conforto. O número de pessoas cresce, o espaço aperta, a
demanda por água e alimentos aumenta. Um número maior de
pessoas implica aumento de consumo de energia e maior
produção de lixo. A solução é impor algumas regras, reduzir o
lixo e o consumo de energia. Caso contrário, a casa original
rapidamente não daria conta da demanda crescente dos seus
habitantes.
A Terra é bem maior do que uma casa, mas também é
finita. A atmosfera, os oceanos e o solo reciclam eficientemente
a poluição e o lixo que criamos. Mas todo sistema finito tem um
limite. Não há dúvida de que, se não mudarmos o modo como
usamos e abusamos do planeta, chegaremos a esse limite.
Infelizmente, a ciência ainda não pode prever exatamente
quando isso vai ocorrer. Mas ela, juntamente com o bom senso,
afirma que é mera questão de tempo.

(Adaptado de Marcelo Gleiser. Folha de S. Paulo, Mais!, 30 de
abril de 2006, p. 9)

O verbo corretamente flexionado está grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Propuseram-se;
    b) correto
    c) Previram;
    d) Advieram;
    e) Ativeram-se.
  • Questão muito parecida caiu na prova FCC/TRE-CE 2002 Técnico Judiciário (Área Administrativa, de Transportes, etc). Questão 13. Formas verbais: “proporam-se”, “advieram”, “ateram-se”.
    Questão muito parecida caiu na prova FCC/TRT 15ª Região 2005 Técnico de Transportes. Questão 19. Formas verbais: “propuserem”, “advieram”, “ateu-se”, “satisfazeram”.

  • (A) Propuseram (derivado do verbo “pôr”)
    (B) correta.
    (C) Previram (derivado do verbo “ver”)
    (D) Advieram (derivado do verbo“vir”)
    (E) Ativeram (derivado do verbo “ter”)
    Bons estudos


ID
27718
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Transpetro
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A INTERNET NÃO É RINGUE

          Você já discutiu relação por e-mail? Não discuta.
     O correio eletrônico é uma arma de destruição de massa
     (cerebral) em caso de conflito. Quer discutir? Quer
     quebrar o pau, dizer tudo o que sente, mandar ver, detonar a
 5  outra parte? Faça isso a sós, em ambiente fechado. [...]
          Brigar por e-mail é muito perigoso. Existe pelo
     menos um par de boas razões para isso. A primeira é que
     você não está na frente da pessoa. Ela não é "humana" a
     distância, ela é a soma de todos os defeitos. A segunda
 10 razão é que você mesmo também perde a dimensão de
     sua própria humanidade. Pelo e-mail as emoções ficam
     no freezer e a cabeça, no microondas. Ao vivo, um olhar
     ou um sorriso fazem toda a diferença. No e-mail todo
     mundo localiza "risos", mas ninguém descreve "choro".
15        Eu sei disso, porque cometi esse erro. Várias
     vezes. Nunca mais cometerei, espero. [...] Um tiroteio
     de mensagens escritas tende à catástrofe. Quando você
     fala na cara, as palavras ficam no ar e na memória e uma
     hora acabam sumindo de ambos. "Eu não me lembro de ter
20  dito isso" é um bom argumento para esfriar as tensões.
     Palavras escritas ficam. Podem ser relidas muitas vezes.
          Ao vivo, você agüenta berros [...]. Responde no
     mesmo tom rasteiro. E segue em frente. Por e-mail, cada
     frase ofensiva tende a ser encarada como um desafio para
25 que a outra parte escolha a arma mais poderosa destinada
     ao ponto mais fraco do "adversário". Essa resposta letal
     gera uma contra-resposta capaz de abalar os alicerces
     do edifício, o que exigirá uma contra-contra-resposta
     surpreendente e devastadora. Assim funciona o ser
30  humano, seja com mensagens, seja com bombas nucleares.
          Ao vivo, um pode sentir a fraqueza do outro e eventualmente
     ter o nobre gesto de poupar aquelas trilhas
     de sofrimento e rancor. Ao vivo, o coração comanda. Por
     e-mail é o cérebro que dá as cartas. [...]
35       E tem o fator fermentação. Você recebe um e-mail
     hostil. Passa horas intermináveis imaginando qual será a
     terrível, destrutiva resposta que vai dar. Seu cérebro ferve
     com os verbos contundentes e adjetivos cruéis que serão
     usados no reply. Aí você escreve, e reescreve, e reescreve
40 de novo, e a cada nova versão seu texto está mais
     colérico, e horas se passam de refinamento bélico do
     texto até que você decida apertar o botão do Juízo Final,
     no caso o Enviar. Começam então as dolorosas horas de
     espera pela resposta à sua artilharia pesada. É uma
45 angústia saber que você agora é o alvo, imaginar que
     armas serão usadas. E dependendo do estado de deterioração
     das relações, você poderá enlouquecer a ponto
     de imaginar a resposta que vai dar à mensagem que
     ainda nem chegou.
50      É por isso que eu aconselho, especialmente aos
     mais jovens: se for para mandar mensagens de amizade,
     se é para elogiar, se é para declarar amor, use e abuse
     dos meios digitais. E-mail, messenger, chat, scraps, o
     que aparecer. Mas se for para brigar, brigue pessoalmente.
55  A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja
     definitivo. Aí é só abrir uma nova mensagem e deixar o
     veneno seguir o cursor.

     MARQUEZI, Dagomir, Revista Info Exame, jan. 2006. (adaptado)

Complete o período com a oração que apresenta o verbo conjugado de acordo com a norma culta.

Fica mais difícil brigar, se você...

Alternativas
Comentários
  • a) vir - terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo.

    b) compuser - terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo.

    c) der - terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo.

    d) dispuser - terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo.

    e) crer - terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo.


ID
27955
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Prefeitura de Manaus - AM
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

SABIÁ GANHA STATUS DE AVE NACIONAL

          O sabiá sempre foi o pássaro escolhido por poetas
     e compositores brasileiros para representar o país.
     Já ganhou versos de alguns dos maiores artistas nacionais:
     de Gonçalves Dias, em sua "Canção do exílio", a
5   Tom Jobim e Chico Buarque, em "Sabiá", passando por
     Luiz Gonzaga, na canção também chamada "Sabiá".
     Tamanho currículo capacitou o passarinho de peito
     alaranjado a ser considerado a ave nacional do Brasil,
     desbancando uma concorrente de peso: a ararajuba,
10 com suas vistosas penas verdes e amarelas.
          Um decreto assinado pelo Presidente da República
     confirmou que o Dia da Ave é 5 de outubro e informou que
     "o centro de interesse para as festividades desse dia será
     o sabiá, como símbolo representativo da fauna ornitológica
15  brasileira e considerado popularmente Ave Nacional do
     Brasil."
          - A ave nacional de um país não pode ser escolhida
     em razão da cor da bandeira - afirma o ornitólogo
     Johan Dalgas Frisch, presidente da ONG Associação de
20  Preservação da Vida Selvagem e um dos maiores cabos
     eleitorais do passarinho. - Ela representa o folclore, a
     música, a poesia, a alma do povo. E não existe qualquer
     música com ararajuba, poesia alguma.
     Dalgas Frisch lembra ainda que, se a ararajuba
25  fosse indicada ave nacional, correria o risco de ser
     extinta:
          - Uma ararajuba vale hoje cerca de US$ 5 mil
     entre os traficantes de animais. Se fosse ave nacional,
     passaria a valer uns US$ 50 mil. Acabaria sendo extinta
30  e não representaria o espírito poético e folclórico da
     nação.
          O Brasil, com 1.667 espécies de aves, era um dos
     poucos países a não ter ave nacional. A águia de cabeça
     branca, nos Estados Unidos, simboliza a união de todos
35  os estados. Já o robim, na Grã-Bretanha, foi escolhido
     por ter inspirado William Shakespeare. Na Argentina, a
     ave nacional é o hornero (joão-de-barro), que representa
     o gaúcho dos pampas.
          A campanha de Frisch para que o sabiá se tornasse
40  ave nacional tem mais de 35 anos. Remonta ao tempo
     em que o então presidente Costa e Silva assinou um
     decreto criando o Dia da Ave.
          - Foram anos de luta, mas ganhamos a batalha e
     ainda salvamos a ararajuba - comemora.

          O Globo, 23 nov. 2002 (com adaptações)

Como estava fazendo muito calor, Pedro ___________ comprar um ventilador. Ele ___________ para comprá-lo logo que o seu chefe _____________ . As formas verbais que completam adequada e respectivamente o trecho acima são:

Alternativas
Comentários
  • Os três primeiros no pretérito imperfeito do indicativo: "Eu estava", "Eu pretendia", "Eu sairia". E o último no pretérito imperfeito do subjuntivo: "Se ele permitisse".
  • Gab. E) pretendia - sairia - permitisse.


ID
28096
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Senhor Computador

          Acabo de perder a crônica que havia escrito.
     Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
     onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
     desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5    hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
     E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
     pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
     de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
     que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10  cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
     antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
     beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
     com ele.
          Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15  de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
     indolentes virou um clichê, um subgênero batido
     como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
     opção que não seja registrar meu desalento com as
     máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20  redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
     esse texto.
          E registrar a decepção comigo mesmo - com a
     minha dependência estúpida do computador. Não somente
     deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
     computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
     compras no computador, amigos no computador. Música
     no computador. Trabalho no computador.
     Escritores mais graduados me confessam escrever
30  somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
     texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
     parte de uma geração que não apenas cria direto no
     computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
     com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
     esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
     "o mundo ao toque de um clique".
          Nada mais ilusório.
          O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40  de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
     casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
     seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
     músicas em cada um dos computadores - a cópia de
     segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
     mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
     dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
          Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
     infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

Não ____________ o que iria acontecer, mas era necessário que ____________ a calma. As formas verbais que preenchem, nesta ordem, as lacunas, são:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: D

    O verbo PREVER segue a conjugação do verbo VER, do qual PREVER deriva.
    Ele/Ela viu/previu - Pretérito Perfeito


    O verbo MANTER segue a conjugação do verbo TER.
    Ele/Ela mantivesse - Imperfeito do Subjuntivo
  • Prezada Silvia,suas explicações estão corretas, mas se enganou ao indicar a letra certa: EAbraços.
  • Verbo Prever
    INDICATIVO:

    Pretérito Perfeito

    eu previ
    tu previste
    ele previu
    nós previmos
    vós previstes
    eles previram

    Verbo Manter
    SUBJUNTIVO:

    Pretérito Imperfeito

    se eu mantivesse
    se tu mantivesse
    se ele mantivesse
    se nós mantivéssemos
    se vós mantivésseis
    se eles mantivessem


ID
28348
Banca
CESGRANRIO
Órgão
DNPM
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO NAVEGAR EM ALTO MAR

A família Schürmann ficou conhecida no Brasil pelas
viagens que fez pelo mundo a bordo de seu veleiro. Como
um de seus membros, posso dizer que vivemos
incontáveis aventuras, mas descobrimos que o nosso
projeto ia além da busca por novas culturas e desafios.
Percebemos que diariamente vivíamos a realidade – e
até mesmo o sonho – de muitos empresários. Aprendemos
na prática o que empresas e executivos procuram
aprimorar no seu dia-a-dia, como, por exemplo, reagir em
situações adversas, enfrentar desafios e transformá-los
em oportunidades, tomar decisões para administrar um
empreendimento com sucesso e conviver em equipe.
Em nossas palestras, procuramos destacar que o
barco a vela é uma excelente ferramenta para fazer uma
analogia com as empresas. Nós vivemos durante 20 anos
dentro de um veleiro de 44 metros quadrados. Para que
tudo desse certo nessas condições, foi preciso um bom
planejamento, uma tripulação unida e perseverança para
enfrentar as mais inesperadas situações. As empresas
passam por problemas similares. Veja alguns deles:
• Quando nos deparávamos com um mar tempestuoso,
procurávamos enfrentá-lo com firmeza. A
análise das condições meteorológicas através de
mecanismos de informações, como satélite, barômetro
e formações de nuvens nos ajudava a prever
a dimensão da situação. Com esses dados em
mãos, tudo ficava mais fácil e previsível. Tínhamos
também uma tripulação bem treinada. Numa empresa
é a mesma coisa. Você precisa utilizar os
recursos tecnológicos e intelectuais disponíveis para
cada uma das situações. E, para se sentir seguro,
não há nada melhor do que promover treinamentos
periódicos e sistemáticos.
• Sempre que estamos no mar, temos de ajustar
constantemente a embarcação, regular as velas,
revisar os materiais e preparar a tripulação. É importante
administrar riscos em situações de pressão
e tomar decisões rápidas nos momentos difíceis.
[...]
• Os ventos fortes sempre forçam o velejador a fazer
mudanças de rumo, mas ele nunca esquece que o
objetivo precisa ser alcançado. Tem de encontrar
soluções e fazer o barco se mover com rapidez e
segurança na tempestade. Para isso, deve contar
com uma tripulação unida, em que cada um cumpre
bem o seu papel.
Para que tudo siga o planejado, é preciso investir em
comunicação. Em um veleiro oceânico, assim como nas
empresas, a comunicação é fator crítico para o sucesso.
Essas são algumas das lições preciosas que aprendemos
em alto-mar. Acredite sempre em dias melhores.
Nem mesmo quando perdemos os nossos mastros em
meio a uma tempestade na Nova Zelândia e ficamos dias
à deriva deixamos de acreditar. O segredo foi estarmos
preparados para superar momentos difíceis e tensos como
aquele.
SCHÜRMANN, Heloisa, Revista Você S/A, Ago. 2004.

Dos verbos apresentados a seguir, o que pode ser conjugado em todas as pessoas do presente do indicativo é:

Alternativas
Comentários
  • Abolir, explodir, falir e reaver: São verbos defectivos, pois apresentam ausência de alguma forma verbal.

    Presente do Indicativo

    eu magôo
    tu magoas
    ele/ela magoa
    nós magoamos
    vós magoais
    eles/elas magoam

  • Verbos Defectivos muito cobrados:

    Adequar
    Precaver
    Reaver
    Falir

    No Presente do Indicativo só são conjugáveis na primeira e segunda pessoa do plural.
  • Segundo a conjugação do Aurelio: Presente do Indicativo eu explodotu explodesele explodenós explodimosvós explodiseles explodem
  • Por incrível que pareça, explodir é defectivo.
  • Quero mais que essa questão se EXPLODA!
  • c-

    verbos defectivos (alguns): adequar, falir, doer, reaver, abolir, colorir, explodir, ruir, exaurir, demolir, esculpir, extorquir.

  • eu magoo tu magoas ele magoa nós magoamos vós magoais eles magoam

    tu aboles ele abole nós abolimos vós abolis eles abolem

    nós falimos vós falis

    nós reavemos vós reaveis

    eu explodo tu explodes ele explode nós explodimos vós explodis eles explodem

    Existe uma grande polêmica em torno do verbo explodir. Alguns gramáticos consideram explodir um verbo defectivo, não sendo conjugado em todas as pessoas ou tempos verbais. Assim, consideram que as palavras exploda e expluda não existem. Por outro lado, alguns dicionários conjugam explodir como um verbo regular, aceitando essas duas opções como formas conjugadas no presente do subjuntivo, salientando que exploda é a forma mais utilizada no português falado no Brasil e expluda é a forma mais utilizada no português falado em Portugal.

    Exemplos:

    Sendo encarado como um verbo defectivo, o verbo explodir não apresenta conjugações completas, sendo conjugado apenas nas formas em que a seguir ao radical vêm terminações iniciadas por i ou e. 


ID
28672
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          José de Arimatéia subiu a escada de pedra do
     alpendrão, e deu com Seu Tonho Inácio na cadeira de
     balanço, distraído em trançar o lacinho de seis pernas
     com palha de milho desfiada. A gente encontrava aquelas
5   trançazinhas por toda parte (...) - naqueles lugares onde
     o velho gostava de ficar, horas e horas, namorando a
     criação e fiscalizando a camaradagem no serviço. Com a
     chegada do dentista, Tonho Inácio voltou a si da avoação
     em que andava:
10        - Hã, é o senhor? Pois se assente ... Hum ... espera
     que a Dosolina quer lhe falar também. Vamos até lá
     dentro...
           E entrou pelo corredor do sobrado, acompanhado do
     rapaz.
15       Na sala - quase que sempre fechada, naturalmente
     por causa disso aquele sossego e o cheiro murcho de
     coisa velha - a mobília de palhinha, o sofá muito grande,
     a cadeirona de balanço igual à outra do alpendre. Retratos
     nas paredes: os homens, de testa curta e barbados, as
20  mulheres de coque enrolado e alto (...), a gola do vestido
     justa e abotoada no pescoço à feição de colarinho. Povo
     dos Inácios, dos Gusmões: famílias de Seu Tonho e Dona
     Dosolina. Morriam, mas os retratos ficavam para os filhos
     os mostrarem às visitas - contar como aqueles antigos
25  eram, as manias que cada qual devia ter, as proezas
     deles nos tempos das primeiras derrubadas no sertão da
     Mata dos Mineiros.
          De seus pais, José de Arimatéia nem saber o nome
     sabia.
30       Lembrava-se mas era só do Seu Joaquinzão Carapina,
     comprido e muito magro, sempre de ferramenta na mão
     - derrubando árvore, lavrando e serrando, aparelhando
     madeira. (...) E ele, José de Arimatéia, menininho de
     tudo ainda, mas já agarrado no serviço, a catar lascas e
35 serragem para cozinhar a panela de feijão e coar a água
     rala do café de rapadura, adjutorando no que podia.
     
    PALMÉRIO, Mário. Chapadão do Bugre. Rio de Janeiro: Editora Livraria
José Olímpio, 1966. (Adaptado)

Em qual das seguintes frases a correspondência entre os tempos verbais está INCORRETA?

Alternativas
Comentários
  • O MENINO AJUDARIA NO QUE PUDESSE.
  • Alternativa E.Ajudaria: futuro do pretérito do indicativoPossa: presente do subjuntivoNão há correspondência, pois a franse fica incoerente.
  • GABARITO LETRA E 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 


ID
29827
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções para as questões de números 1 a 11.

Assinale, na folha de respostas, a alternativa que
preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

Se você ...... de voltar, mas não ......, com segurança, ...... a hora, telefone-me.

Alternativas
Comentários
  • Reposta Letra "B"Se você TIVER de voltar, mas não PUDER, com segurança, PREVER a hora, telefone-me.
  • Confesso que se tivesse a opção 'tiver - puder - previr', eu ia balançar.

    Vamos na fé.

  • Uma questão dessas em prova do TRE!!! Que vontade de ter sido concurseiro nessa época.

  • Para quem ..como eu ..rsrs...ficou em dúvida se seria prever ou previr:

    • Prever é a forma de infinitivo do verbo prever: Há que prever as consequências. 

    • Previr é o futuro do subjuntivo do mesmo verbo: Quando ele previr a quantidade, eu faço a compra.

ID
29830
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instruções para as questões de números 1 a 11.

Assinale, na folha de respostas, a alternativa que
preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

Informaram-nos de que talvez ...... a licença se a ...... a tempo.

Alternativas
Comentários
  • Quem irá requerer e obter algo?
    Nós...
  • Alguém poderia explicar o erro da alternativa D?

  • Letra D) Para combinar com "requiséssemos" deveria ser "obtivéssemos".

  • Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Assim, em que tempo devem estar os verbos, de maneira a garantir que o período tenha lógica? Resposta: Presente do subjuntivo + Futuro do subjuntivo 

    >> Informaram-nos de que talvez ...... a licença // se a ...... a tempo (condicional). >> obtenhamos - requerermos

    Presente do Subjuntivo

    que nós obtenhamos

    que nós requeiramos

    Futuro do Subjuntivo

    quando nós obtivermos

    quando nós requerermos

  • Em relação a alternativa A: Obtêssemos não existe, somente Obtivéssemos.
  • se ainda vai acontecer.... letra A.


ID
68752
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre uma prosa e outra, "seo" Samuca, morador das
cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte
de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria
cabocla: "Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas
certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e
não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar." Samuel
dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre
cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou
sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a
magnífica savana brasileira. "Ainda bem que existe o Parque",
exclama o vaqueiro, "porque hoje tudo em volta de mim é
plantação de soja e pastagem pra gado."

Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa
permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas,
nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduásbandeira,
lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado
de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D'Anta,
primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros
de queda livre.

No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece
um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao
contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão,
nascentes, cachoeiras, lagoas, serras e chapadões. E uma fauna
exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas,
os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca
descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local
transformou em artigo de exportação.

Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,
o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das
matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas,
dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do
município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o
Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente
espetáculo da bioluminescência, uma irradiação de luz azul
esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos
cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado
para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por
avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios
que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza
provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes
do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão
e dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões
de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade.

Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies
de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o
Cerrado do "seo" Samuca está minguando e tende a desaparecer.
O que percebo, como testemunha ocular, é que entra
governo e sai governo e o processo de desertificação do país
continua em crescimento assombroso.

Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em
fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços
das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela
genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso
conformismo e nossa proverbial omissão.

(Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial
H 4-5, 27 de setembro de 2009, com adaptações)

Pena que todo o entorno do parque foi drenado para permitir a plantação de soja. (4º parágrafo)

Para ser respeitado o padrão culto da Língua, o emprego da forma verbal grifada acima passaria a

Alternativas
Comentários
  • por que nao eh fora drenado?
  • Caro amigo,

    “Foi drenado” é uma locução verbal onde o verbo auxiliar “Foi” leva as flexões do verbo. Foi está no pretérito perfeito simples do indicativo. Para ser respeito o padrão culto, você teria que achar entre as opções qual locução verbal estaria no pretérito perfeito composto. No caso o pretérito perfeito composto de “foi” é “tenha sido”. Por isso a questão certa é letra D.
     

  • Por que não poder ser Fora Drenado? É por que o verbo tem que está no modo subjuntivo; as próprias alternativas nos impõem isso. Vejamos:

    Duas alternativas (a e b) são logo eliminadas, pois não apresentam qualquer lógica.

    Analisando as que restaram, as alternativas (c e e) dizem a mesma coisa; apenas uma está no tempo simples e a outra no composto, respectivamente. Pois, no modo indicativo, o pretérito mais-que-perfeito do tempo simples é equivalente ao do composto, vamos exemplificar.

    - Como na questão a voz é passiva, vamos reescrevê-la na voz ativa: - para o tempo simples (Alguém drenara o entorno e...) / para o tempo composto: ( Alguém havia drenado o entorno e...), a voz passiva respectiva é: (o entorno fora drenado por...) / (o entorno havia sido drenado por...).

    - Querem ou não dizer a mesma coisa???!!!!  Logo, não podemos ter duas alternativas corretas, restando a letra (d) como solução, descartando assim o modo indicativo.

    Se soubéssemos, de imediato, que a expressão "Pena que" faz uma consideração sobre um fato, caracterizando assim o modo subjuntivo, mataríamos a questão em 10 segundos, pois a única opção que apresenta verbo nesse modo é a alternativa (d).

     

    Até.

  • LETRA D

    Ref a 1ª, eu penso que "foi drenado" pode ser substituído por "tenha sido
    drenado", pois o "fora drenado" (PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO) refere-se a um passado anterior ao foi (PRETÉRITO PERFEITO)

    Por ex.:
    À tarde, visitou José, de manhã visitara Maria.
    À tarde, foi à casa de José, de manhã fora à de Maria.
    Embora tenha ido, à tarde, a casa de José, de manhã fora à de Maria.

    Fiz-me entender?
  • Não entendi! O enunciado pra mim dá a entender que a locução empregada em seu exemplo está errada em relação ao padrão culto da língua, enquanto que na alternativa "d" está certa. Ora, na locução do enunciado há verbo auxiliar (foi) e verbo no particípio (drenado), o que é suficiente para satisfazer a voz passiva. Então, no que estaria errado nesse quesito? Não encontrei erro na voz passiva, por isso "pulei" pra um outro sentido na questão e acabei colocando a "c" também.
  • Pena que todo o entorno do parque tenha sido drenado para permitir a plantação de soja.

    A expressão "pena que" exige verbo conjugado no modo subjuntivo (usado para exprimir dúvida, sentimento, desejo ou vontade). A única alternativa que apresenta verbo no subjuntivo é a letra D.


  • Impressionante como a FCC gosta de tempos compostos....


ID
70861
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O sucesso da democracia nas sociedades industriais
trouxe inegáveis benefícios a amplos setores antes excluídos da
tomada de decisões; contudo, provocou também a perda de
identidades grupais que tinham sido essenciais nos séculos
anteriores. A consciência de pertencer a determinada comunidade
camponesa, ou família tradicional e poderosa, ou confraria,
ou cidade, ficou esmagada pelo conceito de cidadania que
homogeneíza todos os indivíduos. Novos recortes surgiram -
partido político, condição econômica, seita religiosa etc. - mas
tão maleáveis e mutáveis que não substituíram todas as funções
sociais e psicológicas do velho sentimento grupal. O futebol
inseriu-se exatamente nessa brecha aberta pela industrialização
ao destruir os paradigmas anteriores.

O antropólogo inglês Desmond Morris vai mais adiante e
propõe que se veja no mundo do futebol um mundo de tribos.
Sem dúvida o sentimento tribal é muito forte, acompanha o
indivíduo por toda vida e mesmo além dela. É o que mostra no
Brasil a prática de alguns serem sepultados em caixão com o
símbolo do clube na tampa. [...] A atuação do torcedor no rito do
futebol não é em essência muito diferente da atitude das populações
tribais que, por meio de pinturas corporais, cantos e
gritos, participam no rito das danças guerreiras.

Não é descabido, portanto, falar em tribo no futebol,
porém não parece a melhor opção. Tribo é grupo étnico com
certo caráter territorial, o que não se aplica ao futebol, cujos
torcedores são de diferentes origens e estão espalhados por
vários locais. Tribo é sociedade sem Estado, e o futebol moderno
desenvolve-se obviamente nos quadros de Estados nacionais.
Talvez seja preferível falar em clã. Deixando de lado o debate
técnico sobre tal conceito, tomemos uma definição mínima:
clã é um grupo que acredita descender de um ancestral comum,
mais mítico que histórico, contudo vivo na memória coletiva.
Ainda que todo clube de futebol tenha origem concreta e mais
ou menos bem documentada, com o tempo ela tende a ganhar
ares de lenda, que prevalece no conhecimento do torcedor
comum sobre os dados históricos. É nessa lenda, enriquecida
por feitos esportivos igualmente transformados em lenda, que
todos os membros do clã orgulhosamente se reconhecem. [...]
O clã tem base territorial, mas quando precisa mudar de espaço
(jogar em outro estádio) não se descaracteriza. Em qualquer
lugar, os membros do clã se reconhecem, dizia o grande sociólogo
e antropólogo Marcel Mauss, pelo nome, brasão e totem.

(Hilário Franco Júnior. A dança dos deuses. São Paulo:
Companhia das Letras, 2007, p. 213-215)

Deixando de lado o debate técnico sobre tal conceito, tomemos uma definição mínima ... (3º parágrafo) O verbo cuja flexão é idêntica à do grifado acima está também grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Verbos Tomar / esperar - desinência de primeira conjugação "AR"Imperativo-o-espera Túespere vocêesperemos nósesperai vósesperem vocês
  • Verbos terminados em er e ir quando vão para o subjuntivo mudam para a, por exemplo saber : que eu saiba, portanto os verbos saber, pretender, querer e reconhecer estão todos conjugados no presente do indicativo. os verbos tomar e esperar quando vão para o subjentivo mudam para e. que nos esperemos e que nós tomemos. Como o nós no imperativo é retirado do presente do subjuntivo, a opção a está no mesmo modo do enunciado da questão.
  • Tomar e Esperar: verbos da primeira conjugação, primeira pessoa do plural. Que nós tomemos; que nós esperemos.Saber, pretender, querer e reconhecer: verbos da segunda conjugação, primeira pessoa do plural. Que nós saibamos; que nós pretendamos; que nós queiramos; que nós reconheçamos.
  • a) Esperemos, todos, que nossos valorosos jogadores se consagrem campeões nesta temporada. b) SAIBAMOS agora que a decisão final do campeonato se transformará em uma grande festa. c) PRETENDAMOS, nós, torcedores, visitar as dependências do clube ainda antes das reformas. d) QUEIRAMOS que alguns dos troféus conquistados pelo clube fiquem expostos ao público. e) RECONHEÇAMOS, embora constrangidos, que os
  • A questão pede um verbo que esteja no imperativo afirmativo.
  • Como a maioria das pessoas do imperativo afirmativo , tirando TU E VOS,  é formada pelo presente do subjuntivo vale lembrar uma regrinha :

    Verbos da primeira conjugacao ex: AMAR conjuga da 1 pessoa do singular do indicativo AMO tira o O e coloca E AME :
    Que eu ame
    Que tu ames
    Que ele ame
    Que nos amemos
    Que vos ameis
    Que eles amem

    Verbos da segunda e terceira conjugacao  tira o O e coloca A BATO E PARTO  passa ser que BATA E PARTA:

    QUE EU BATA E PARTA
    QUE TU BATAS E PARTAS
    QUE ELE BATA E PARTAS
    QUE NOS BATAMOS E PARTAMOS
    QUE VOS BATAIS E PARTAIS
    QUE ELES BATAM E PARTAM

    Espero que tenha ajudado nesta questao pois confunde sempre a 1 pessoa do plural
    :
  • Gabarito letra a).

     

    Dica para o Subjuntivo: (MAIORIA DOS VERBOS)

     

     

    Verbos terminados em "ar" = terminação passa a ser "e". Ex: colocar -> coloque (Subjuntivo).

     

    Verbos terminados em "ir" e "er" = terminação passa ser "a" = Ex: usufruir -> usufrua (Subjuntivo). fazer -> faça (Subjuntivo).

     

    Tomar -> Tome (Link: http://www.conjuga-me.net/verbo-tomar)

     

    Portanto, o verbo "tomar" está no presente do subjuntivo e deve-se procurar nas alternativas qual verbo está nesse mesmo tempo e modo.

     

     

    ANALISANDO AS ALTERNATIVAS

     

     

    a) Esperar -> SUBJUNTIVO = Espere (GABARITO) {Link: http://www.conjuga-me.net/verbo-esperar}

     

    b) Saber -> SUBJUNTIVO = Saiba

     

    c) Pretender -> SUBJUNTIVO = Pretenda

     

    d) Querer -> SUBJUNTIVO = Queira

     

    e) Reconhecer -> SUBJUNTIVO = Reconheça

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/


ID
71728
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Responsabilidade fiscal

Para disciplinar a aplicação do dinheiro público e regulamentar
os limites de endividamento, foi promulgada em 2000 a
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A aprovação da LRF é,
nos últimos anos, a maior modificação na gestão das finanças
públicas no Brasil. Ela é um manual de regras sobre como
administrar as contas públicas, inspirado no Código de Boas
Práticas para a Transparência Fiscal, do Fundo Monetário
Internacional (FMI). Suas principais inovações são: fixar limites
para as despesas com pessoal; estabelecer regras que obrigam
os poderes a indicar de onde virão as receitas para fazer frente
às despesas que suas iniciativas implicam; definir regras para a
criação e a administração de dívidas públicas. Além disso,
estabelece normas e prazos para a divulgação das contas
públicas aos cidadãos, facilitando, assim, a fiscalização dos
poderes pelo povo.

Quem desobedecer à LRF se arrisca a perder o mandato,
os direitos políticos, a pagar pesadas multas e até a ser
preso. Ela viabiliza a fiscalização pela oposição e pela sociedade,
que passaram a ter acesso aos números e às contas públicas.
A lei autoriza, ainda, qualquer cidadão a entrar com uma
ação judicial pedindo seu cumprimento. Outro objetivo da lei é
que ela se torne um obstáculo à corrupção, por meio do controle
público do orçamento.

Mas muitos municípios alegam dificuldade para se adaptar
à legislação, em especial por causa da alta soma que tem de
ser comprometida com o pagamento de dívidas passadas. Os
prefeitos queixam-se de que suas despesas aumentaram muito
desde que assumiram os gastos com o ensino fundamental e o
atendimento básico de saúde, como determina a Constituição
de 1988.

(Almanaque Abril 2009, p. 60)

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • Neste tipo de questão se aparecer a desinencia modo temporal "SSE" deve-se procurar outro SSE e ver se está no mesmo modo ( futuro do subjuntivo)Se aparecer a DMT( desinência modo temporal ) "IA" ( pret imperf do indicativo) deve-se procurar "IA ou VA"(também pret imp do indic).Se aparecer a DMT "RA" (pret mais que perf do Ind) deve-se procurar "RA ou RE". com esse macete as chances de acertar a questão aumentam bastante.
  • a) Se alguém vier a desobedecer a LRF arriscar-se-ia a perder o mandato, a ter os direitos políticos cassados ou mesmo a ser preso. Se alguém vir a desobedecer a LRF arriscar-se-á a perder o madato, a ter os direitos....correta b) Pretende-se que a lei represente um sério obstáculo para quem se propuser a fazer despesas sem qualquer critério. c) Deve-se entender que a LRF tivesse (tenha) representado sérios entraves a quem desejar (desje) envolver-se com a corrupção. d) Muitos prefeitos teriam alegado que as verbas de que dispusessem (dispunham).estão sendo utilizadas para cobrir dívidas passadas. e) A partir de sua promulgação, a LRF tem permitido que os membros da oposição passariam(passem) a ter acesso à fiscalização das contas públicas.
  • Discordo do Rabonfim na resolução da questão A. O verbo "vier" está no Futuro do Subjuntivo (Se ELE VIER), e não no impessoal (para vir eu). Ali está certo. O problema vem depois. Vamos lá: Se ALGUEM vier a desobedecer a LRF (condição), algo CONCRETO (indicativo) tem que acontecer. "Arriscar-se-ia" (ou "arriscaria") está no futuro do pretérito, e o futuro do pretérito indica condição (não por acaso, o futuro do pretérito é conhecido como CONDICIONAL). Portanto, impossível darmos como resposta a uma condição, outra condição. "Se ele jogar bola, seria um ótimo jogador" não faz lá muito sentido, faz? Então, por isso está errada :)

ID
72178
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duas linguagens

Na minha juventude, tive um grande amigo que era estudante
de Direito. Ele questionava muito sua vocação para os
estudos jurídicos, pois também alimentava enorme interesse
por literatura, sobretudo pela poesia, e não achava compatíveis
a linguagem de um código penal e a freqüentada pelos poetas.
Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava, sem muita
convicção, lembrando-lhe que grandes escritores tinham formação
jurídica, e esta não lhes travava o talento literário.

Outro dia reencontrei-o, depois de muitos anos. É juiz de
direito numa grande comarca, e parece satisfeito com a profissão.
Hesitei em lhe perguntar sobre o gosto pela poesia, e ele,
parecendo adivinhar, confessou que havia publicado alguns livros
de poemas - "inteiramente despretensiosos", frisou. Ficou de
me mandar um exemplar do último, que havia lançado
recentemente.

Hoje mesmo recebi o livro, trazido em casa por um amigo
comum. Os poemas são muito bons; têm uma secura de estilo
que favorece a expressão depurada de finos sentimentos.
Busquei entrever naqueles versos algum traço bacharelesco,
alguma coisa que lembrasse a linguagem processual. Nada.
Não resisti e telefonei ao meu amigo, perguntando-lhe como
conseguiu elidir tão completamente sua formação e sua vida
profissional, freqüentando um gênero literário que costuma
impelir ao registro confessional. Sua resposta:

? Meu caro, a objetividade que tenho de ter para julgar
os outros comunica-se com a objetividade com que busco tratar
minhas paixões. Ser poeta é afinar palavra justas e precisos
sentimentos. Justeza e justiça podem ser irmãs.

E eu que nunca tinha pensado nisso...

(Ariovaldo Cerqueira, inédito)

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • não entendi essa questão. alguém poderia explicar?
  • a) O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta extremamente expressivo. (CORRETO)b) Embora animasse [PRET IMP SUB em vez de PRES. SUB] seu amigo, o autor não revelou [PRET PERF IND. em vez de PRET M-Q-PERF IND] plena convicção de que um juiz pudesse [PRET IMP SUB em vez de PRET IMP IND] ser um grande poeta. c) O autor logo recebeu [PRET. PERF. em vez de PRET M-Q-PERF IND] em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometera [PRET M-Q-PERF IND em vez de PRET PERF IND] enviar. d) Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viesse [PRET IMP SUB em vez de FUT PRET IND] a toldar o estilo preciso e depurado dos versos. e) Ainda que buscasse [PRET IMP SUB em vez de PRES. SUB] entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor não os tinha encontrado.
  • a) O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta extremamente expressivo.
    TERIA - futuro do pretérito
    VIESSE - pretérito imperfeito do subjuntivo

    b) Embora anime seu amigo, o autor não revelara plena convicção de que um juiz podia ser um grande poeta.
    ANIME - presente do subjuntivo
    REVELARA - pretérito-mais-que-perfeito

    c) O autor logo recebera em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometeu enviar.
    RECEBERA - pretérito-mais-que-perfeito
    PROMETEU-pretérito perfeito
    (Obs.: na teoria, a correlação dessa alternativa esta correta, no entanto, o 'pretérito-mais- que-perfeito é uma ação que ocorreu antes de outra passada. Então deveria ser : recebeu e prometera) 

    d) Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viria a toldar o estilo preciso e depurado dos versos.
    NOTAVA - pretérito imperfeito do indicativo
    VIRIA A TOLDAR - locução verbal - verbo auxiliar(viria)+preposição(a)+infinitivo(toldar)

    e) Ainda que busque entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor não os tinha encontrado.
     BUSQUE - presente do subjuntivo
    TINHA ENCONTRADO - pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo

    Segue resumo de correlação para nunca mais errar...
    PARA OS MAIS PROLIXOS...

    1.       Presente do indicativo com presente do subjuntivo
    2.       Presente do indicativo com o pretérito perfeito composto
    3.       Presente do indicativo com o futuro do presente
    4.       Pretérito perfeito com pretérito imperfeito
    5.       Pretérito perfeito com mais-que-perfeito composto do subjuntivo
    6.       Pretérito imperfeito com pretérito-mais-que-perfeito
    7.       Pretérito imperfeito com futuro do pretérito
    8.       Pretérito-mais-que-perfeito com pretérito perfeito
    9.       Imperfeito do subjuntivo com futuro do pretérito
    10.     Futuro do subjuntivo com futuro do presente

    PARA OS MAIS SINTÉTICOS...
    1.       PRESENTE COM PRESENTE
    2.       PASSADO COM PASSADO
    3.       PRESENTE COM FUTURO DO PRESENTE
    4.       PASSADO COM FUTURO DO PRETÉRITO
  • Comentário Perfeito!! Parabens CriS2...


ID
72181
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duas linguagens

Na minha juventude, tive um grande amigo que era estudante
de Direito. Ele questionava muito sua vocação para os
estudos jurídicos, pois também alimentava enorme interesse
por literatura, sobretudo pela poesia, e não achava compatíveis
a linguagem de um código penal e a freqüentada pelos poetas.
Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava, sem muita
convicção, lembrando-lhe que grandes escritores tinham formação
jurídica, e esta não lhes travava o talento literário.

Outro dia reencontrei-o, depois de muitos anos. É juiz de
direito numa grande comarca, e parece satisfeito com a profissão.
Hesitei em lhe perguntar sobre o gosto pela poesia, e ele,
parecendo adivinhar, confessou que havia publicado alguns livros
de poemas - "inteiramente despretensiosos", frisou. Ficou de
me mandar um exemplar do último, que havia lançado
recentemente.

Hoje mesmo recebi o livro, trazido em casa por um amigo
comum. Os poemas são muito bons; têm uma secura de estilo
que favorece a expressão depurada de finos sentimentos.
Busquei entrever naqueles versos algum traço bacharelesco,
alguma coisa que lembrasse a linguagem processual. Nada.
Não resisti e telefonei ao meu amigo, perguntando-lhe como
conseguiu elidir tão completamente sua formação e sua vida
profissional, freqüentando um gênero literário que costuma
impelir ao registro confessional. Sua resposta:

? Meu caro, a objetividade que tenho de ter para julgar
os outros comunica-se com a objetividade com que busco tratar
minhas paixões. Ser poeta é afinar palavra justas e precisos
sentimentos. Justeza e justiça podem ser irmãs.

E eu que nunca tinha pensado nisso...

(Ariovaldo Cerqueira, inédito)

Todas as formas verbais estão corretamente empregadas e flexionadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Não há nada que IMPILA mais ao registro confessional da linguagem do que uma vocação poética essencialmente lírica. b) O juiz disse ao amigo que lhe conviEra freqüentar as duas linguagens, a poética e a jurídica. c) Constatou que nos poemas não se vislumbrava qualquer marca que adviesse da formação profissional do amigo. PERFEITA d) O juiz lembrou ao amigo que o ofício de poeta não destituI de objetividade o ofício de julgar. e) Nem bem se detIVera na leitura dos poemas do amigo e já percebera que se tratava de uma linguagem muito depurada.
  • Comentários (fonte: Henrique Nuco, Português FCC, editora Ferreira)

    a) Não há nada que impela mais ao registro confessional da linguagem do que uma vocação poética essencialmente lírica. ERRADO. O presente do subjuntivo do verbo "impelir" é: que eu impila, tu impilas, ele impila, nós impilamos, vós impilais, eles impilam. CORREÇÃO: não há nada que IMPILA mais ao registro confessional da linguagem que uma vocação poética essecialmente lírica. 

    b) O juiz disse ao amigo que lhe convira freqüentar as duas linguagens, a poética e a jurídica. ERRADO. O verbo "convir" conjuga-se como "vir". Assim: viera>conviera. CORREÇÃO:  O juiz disse ao amigo que lhe CONVIERA...

    c) Constatou que nos poemas não se vislumbrava qualquer marca que adviesse da formação profissional do amigo. CERTO. Todas as formas verbais estão corretas: constatou (pretérito perfeito do indicativo do verbo "constatar"), vislumbrava (pretérito imperfeito do indicativo de "vislumbrar"), adviesse (pretérito imperfeito do subjuntivo de "advir", que se conjuga como "vir" > VIESSE = ADVIESSE. 



  • (A)  Impila
    (B)  Conviera
    (C) Correta.
    (D)  Destitui
    (E)  Detivera
    Bons estudos


ID
72343
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CNBB fecha questão contra a redução
da maioridade penal


A cúpula da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos
do Brasil) divulgou a posição da entidade, que é totalmente
contrária às propostas de redução da maioridade penal de 18
para 16 anos, que tramitam no Congresso Nacional.
O presidente da entidade, dom Geraldo Majella, disse
que os congressistas deveriam se esforçar em combater as
causas da violência e melhorar a educação para evitar que mais
jovens entrem para a criminalidade. "Não basta baixar a idade
penal para resolver o problema. A questão do adolescente
infrator deve ser resolvida não só com a polícia, mas com
políticas públicas que ajudem a dar educação", afirmou dom
Geraldo.

Os bispos também se manifestaram contra a intenção de
se fazer um plebiscito nacional sobre a redução da maioridade.
Para dom Geraldo, a força da mídia e a violência dos crimes
recentes podem influenciar as pessoas. Segundo ele, "o
plebiscito vai refletir toda a paixão que a sociedade expõe
quando ocorre algum crime de grande repercussão."
Os bispos também afirmaram que vão conversar com
deputados e senadores para tentar convencê-los a não votarem
as matérias que tratem do assunto. Só na Câmara, há 177
matérias que tratam de crimes praticados por adolescentes, 58
das quais abordam a redução da maioridade. No Congresso, o
projeto mais recente apresentado pelo líder do PL, é bastante
rigoroso: propõe a redução da maioridade para 13 anos.

(Folha on line, "Cotidiano", 26/11/2003)

Os tempos verbais estão adequadamente articulados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Questãozinha desgraçada, mas vamo lá:a) Deverão - Futuro do indicativo indica certeza. Melhorasse - está no pretérito do subjuntivo. Subjuntivo não indica certeza de nada. B) Tá certa, pois coloca uma condição "caso os bispos", seguida de "passaria", que indica que esta condição seria implementada. Os verbos estão todos no sbjuntivo.c) Condição "se a força nao afetasse" deveria ser seguida pela consequencia desta implementação. Então, o certo seria "seria possível que esta acabasse".d) "seja" está no subjuntivo. "haveriam", no indicativo.e) "haverá" indicativo. "deseje", subjuntivo. "resolve", indicativo.
  • b) Caso os bispos convencessem os deputados, não passaria nenhum projeto que viesse a prejudicar os menores de 18 anos .

    Correlação verbal entre Pret. Imperf. Subj e Fut. Pret. Ind.

  • Caso os bispos convencessem os deputados, não passaria nenhum projeto que viesse a prejudicar os menores de 18 anos

    Convencessem = Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

    Passaria = Pretérito Imperfeito do indicativo

    Viesse = Pretérito Imperfeito do Subjuntivo


ID
72553
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Velocidade das imagens

Quem folheia um daqueles velhos álbuns de fotografias
logo nota que as pessoas fotografadas prepararam-se longamente
para o registro solene. As roupas são formais, os corpos
alinham-se em simetria, os rostos adotam uma expressão sisuda.
Cada foto corporifica um evento especial, grava um momento
que aspira à eternidade. Parece querer garantir a imortalidade
dos fotografados. Dificilmente alguém ri nessas fotos:
sobra gravidade, cerimônia, ou mesmo uma vaga melancolia.
Nada mais opostos a esse pretendido congelamento do
tempo do que a velocidade, o improviso e a multiplicação das
fotos de hoje, tiradas por meio de celulares. Todo mundo fotografa
tudo, vê o resultado, apaga fotos, tira outras, apaga, torna
a tirar. Intermináveis álbuns virtuais desaparecem a um toque
de dedo, e as pouquíssimas fotografias eventualmente salvas
testemunham não a severa imortalidade dos antigos, mas a
brincadeira instantânea dos modernos. As imagens não são feitas
para durar, mas para brilhar por segundos na minúscula tela
e desaparecer para sempre.

Cada época tem sua própria concepção de tempo e sua
própria forma de interpretá-lo em imagens. É curioso como em
nossa época, caracterizada pela profusão e velocidade das
imagens, estas se apresentem num torvelinho temporal que as
trata sem qualquer respeito. É como se a facilidade contemporânea
de produção e difusão de imagens também levasse a
crer que nenhuma delas merece durar mais que uma rápida
aparição.

(Bernardo Coutinho, inédito)

Está adequada a correlação entre os tempos e os modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • Sabe qual o grande segredo para acertar questões desse tipo? Não se preocupar com o verbo, mas sim ler toda a frase como se estivesse lendo uma frase qualquer, sem realmente procurar um erro. Quando lida a frase toda, ela fica sem sentido, e quase pula aos olhos a resposta correta!
  • Letra b - São correspondentes o Pretérito imperfeito do subjuntivo e o Futuro do pretérito


ID
72694
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As crônicas de Rubem Braga



Décadas atrás, afortunados leitores de jornal podiam
contar com uma coluna em que sobravam talento, reflexão,
observação atenta das cenas da vida, tudo numa linguagem
límpida, impecável, densamente poética e reflexiva. Era uma
crônica de Rubem Braga. Os chamados "assuntos menores",
que nem notícia costumam ser, ganhavam na pena do cronista
uma grandeza insuspeitada. Falasse ele de um leiteiro, de um
passarinho, de um pé de milho, de um casal na praia, de uma
empregada doméstica esperando alguém num portão de
subúrbio ? tudo de repente se tornava essencial e vivo, mais
importante que a escandalosa manchete do dia. É o que
costumam fazer os grandes artistas: revelam toda a carga de
humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual
costumamos passar desatentos.



Rubem Braga praticamente só escreveu crônicas, como
profissional. À primeira vista, espanta que seja considerado um
dos grandes escritores brasileiros dedicando-se tão-somente a
um gênero considerado "menor": a crônica sempre esteve longe
de ter o prestígio dos romances ou dos contos, da poesia ou do
teatro. Mas o nosso cronista acabou por elevá-la a um posto de
dignidade tal que ninguém se atreverá de chamar seus textos
de "páginas circunstanciais". Tanto não o foram que estão todas
recolhidas em livros, driblando o destino comum do papel de
jornal. Recusaram-se a ser um entretenimento passageiro:
resistem a tantas leituras quantas se façam delas, reeditam-se,
são lidas, comentadas, não importando o dia em que foram
escritas ou publicadas.



Conheci Rubem Braga já velho, cansado, algo
impaciente e melancólico, falando laconicamente a estudantes
de faculdade. Parecia desinteressado da opinião alheia,
naquele evento organizado por uma grande empresa, a que
comparecera apenas por força de contrato profissional.
Respondia monossilabicamente às perguntas, com um olhar
distante, às vezes consultando o relógio. Não sabíamos, mas já
estava gravemente doente. Fosse como fosse, a admiração que
os jovens mostravam pelo velho urso pouco lhe dizia, era



evidente que preferiria estar em outro lugar, talvez sozinho,
talvez numa janela, ou na rede do quintal de seu apartamento
(sim, seu apartamento de cobertura tinha um quintal aéreo,
povoado de pássaros e plantas), recolhendo suas últimas
observações, remoendo seus antigos segredos. Era como se
nos dissesse: "Não me perguntem mais nada, estou cansado,
tudo o que me importou na vida já escrevi, me deixem em paz,
meninos."



E teria razão. O leitor que percorrer crônicas do velho
Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do
que já disse e continua dizendo em suas páginas mágicas,
meditadas, incapazes de passar por cima da poesia da vida.



(Manuel Régio Assunção)

Estão corretos o emprego e a forma dos tempos verbais na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • VERBO CONVIR:

    eu convim
    tu convieste
    ele conveio
    nós conviemos
    vós conviestes
    eles convieram
  • Devem ter digitado errado "valer-se" na hora de passar a prova, só pode ser!
  • Estão corretos o emprego e a forma dos tempos verbais na seguinte frase: Não conveio a Rubem Braga aceitar a suposta fatalidade de ser um gênero "menor", pois decidiu valerse da crônica como veículo de alta expressão literária. Alternativa correta letra "C".
  • a) O leitor que vir... Que vier! Verbo no futuro do subjuntivo.

    b) O grande cronista falava do que lhe prouver... Lhe provera! Verbo no pretérito mais que perfeito do Indicativo.

    c) Verbo convir, já foi conjugado pelo colega acima.

    d) Desafortunado o leitor que não reter... Retem. Verbo no presente do Indicativo.

    e) eu tenho dúvida nessa letra... O verbo advir, poderia ser empregado no futuro do pretérito do indicativo? Adviria...

    Quem puder ajudar?

    Força gente, chegaremos lá!

    Todos temos adversidades, por isso mesmo não podemos desistir!

  • A. O leitor que vir vier a percorrer crônicas do velho Braga estará sabendo atestar o valor de permanência dessas páginas.

    VIR

    Futuro do Subjuntivo

    B. O grande cronista falava do que lhe aprouver aprouvia, confiante na riqueza da matéria oculta de cada cena, de cada fragmento da vida cotidiana com que se depare.

    APROUVER (Aprazer) - VER

    Pretérito Imperfeito do Indicativo

    C. Não conveio a Rubem Braga aceitar a suposta fatalidade de ser um gênero "menor", pois decidiu valer-se da crônica como veículo de alta expressão literária.

    CONVIR - VIR

    Pretérito Perfeito do Indicativo

    D. Desafortunado o leitor que não reter retiver das crônicas de Rubem Braga as lições de poesia e de estilo, que o escritor soubesse ministrar a cada texto.

    RETER - TER

    Futuro do Subjuntivo

    E. Da obra de Rubem Braga advira adviera um prestígio que o gênero da crônica jamais gozara anteriormente, considerada que fosse como simples leitura de entretenimento.

    ADVIR - VIR

    Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo


ID
72889
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A tribo que mais cresce entre nós

A nova tribo dos micreiros* cresceu tanto que talvez já não
seja apenas mais uma tribo, mas uma nação, embora a
linguagem fechada e o fanatismo com que se dedicam ao seu
objeto de culto sejam quase de uma seita. São adoradores que
têm com o computador uma relação semelhante à do homem
primitivo com o totem e o fogo. Passam horas sentados, com o
olhar fixo num espaço luminoso de algumas polegadas,
trocando não só o dia pela noite, como o mundo pela realidade
virtual.

Sua linguagem lembra a dos funkeiros** em quantidade de
importações vocabulares adulteradas, porém é mais ágil e rica,
talvez a mais rápida das tribos urbanas modernas. Dança quem
não souber o que é BBS, modem, interface, configuração,
acessar e assim por diante. Alguns termos são neologismos e,
outros, recriações semânticas de velhos significados, como
janela, sistema, ícone, maximizar.
No começo da informatização das redações de jornal,
houve um divertido mal-entendido quando uma jovem repórter
disse pela primeira vez: "Eu abortei!". Ela acabava de rejeitar
não um filho, mas uma matéria. Hoje, ninguém mais associa
essa palavra ao ato pecaminoso. Aborta-se tão impune e
freqüentemente quanto se acessa.
Nada mais tem forma e sim "formatação". Foi-se o tempo
em que "fazer um programa" era uma aventura amorosa. O
"vírus" que apavora os micreiros não é o HIV, mas uma
intromissão indevida no "sistema", outra palavra cujo sentido
atual nada tem a ver com os significados anteriores. A geração
de 68 lutou para derrubar o sistema; hoje o sistema cai a toda
hora.

Alguns velhos homens de letras olham com preconceito
essa tribo, como se ela fosse composta apenas de jovens, e
ainda por cima iletrados. É um engano, porque há entre os
micreiros respeitáveis senhoras e brilhantes intelectuais. Falar
mal do computador é tão inútil e reacionário quanto foi quebrar
máquinas no começo da primeira Revolução Industrial. Ele veio
para ficar, como se diz, e seu sucesso é avassalador. Basta ver
o entusiasmo das adesões.

(Zuenir Ventura, Crônicas de um fim de século)

* micreiros = usuários de microcomputador.
** funkeiros = criadores ou entusiastas da música funk.

Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:

Alternativas
Comentários
  • ERRADA a) Quem se deter por muito tempo diante de um monitor, envolver-se-á de tal modo com o mundo virtual que o sobreporá ao mundo real. Quem se detiver ..Futuro do Conjuntivo .ERRADA b) Os jovens se entreteram tanto com o computador que nem se deram conta das horas que já haviam transcorrido. Os jovens se entretiveram - Pret. Perfeito ERRADA c) Dizendo que não quer que ninguém se imisque em sua vida, o jovem tranca-se no quarto, para acessar a Internet e se pôr a navegar. Verbo pronominal = imiscuir-se (misturar, intrometer-se)CORRETA d) Sobreveio-lhe uma forte irritação, mas conteve-se e abriu a porta com calma, pedindo ao jovem que cessasse a navegação. e) Os prejuízos que advirem do uso abusivo do computador não serão compensados pelas eventuais vantagens de que o usuário se beneficiou. Futuro do Conjuntivo - advierem
  • a) Quem se detIVEer por muito tempo diante de um monitor, envolver-se-á de tal modo com o mundo virtual que o sobreporá ao mundo real. b) Os jovens se entretIVeram tanto com o computador que nem se deram conta das horas que já haviam transcorrido. c) Dizendo que não quer que ninguém se imisque em sua vida, o jovem tranca-se no quarto, para acessar À Internet e se pôr a navegar. d) Sobreveio-lhe uma forte irritação, mas conteve-se e abriu a porta com calma, pedindo ao jovem que cessasse a navegação. CORRETA e) Os prejuízos que adviErem do uso abusivo do computador não serão compensados pelas eventuais vantagens de que o usuário se beneficiou.
  • COMENTANDO OS ERROS LETRA POR LETRA.

    A)   Quem se deter por muito tempo diante de um monitor, envolver-se-á de tal modo com o mundo virtual que o sobreporá ao mundo real.
     O verbo deter é derivado do verbo ter, por isso se conjuga da mesma forma.
     tiver – detiver
     
    B)   Os jovens se entreteram tanto com o computador que nem se deram conta das horas que já haviam transcorrido.
     O verbo entreter é derivado do ter e se conjuga do mesmo modo.
    Tiveram - entretiveram
    O verbo haver está corretamente conjugado, pois não é impessoal e, por isso, pode ser conjugado no plural.
     
    C)  Dizendo que não quer que ninguém se imisque em sua vida, o jovem tranca-se no quarto, para acessar a Internet e se pôr a navegar.
     Verbo imiscuir, cujo significado é intrometer (muito pouco usado) - que ninguém se imiscua (sempre com c, nunca com q no final)
     
    D)   Sobreveio-lhe uma forte irritação, mas conteve-se e abriu a porta com calma, pedindo ao jovem que cessasse a navegação.
     Alternativa correta. O verbo sobrevir conjuga-se como o verbo vir e o verbo conter conjuga-se como o verbo ter.
     
    E)   Os prejuízos que advirem do uso abusivo do computador não serão compensados pelas eventuais vantagens de que o usuário se beneficiou.
     Verbo advir conjuga-se como o verbo vir. Vierem - advierem
  • GABARITO: D

    A) detiver

    B) entretiveram

    C) imiscua

    D) CORRETA

    E) advierem


ID
72901
Banca
FCC
Órgão
TRT - 3ª Região (MG)
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Carta aberta à assembléia geral das Nações Unidas*

Os representantes de 55 governos, reunidos na segunda
Assembléia Geral das Nações Unidas, terão sem dúvida
consciência do fato de que, durante os dois últimos anos -
desde a vitória sobre as potências do Eixo - não se fez nenhum
progresso sensível rumo à prevenção da guerra, nem rumo ao
entendimento em campos específicos, como o controle da
energia atômica e a cooperação econômica na reconstrução de
áreas devastadas pela guerra.

A ONU não pode ser responsabilizada por esses
malogros. Nenhuma organização internacional pode ser mais
forte do que os poderes constitucionais que lhe são conferidos,
ou do que os membros que a compõem desejam que seja. Na
verdade, as Nações Unidas são uma instituição extremamente
importante e útil, contanto que os povos e governos do mundo
se dêem conta de que a ONU nada mais é que um sistema de
transição para a meta final, que é o estabelecimento de um
poder supranacional, investido de poderes legislativos e
executivos suficientes para manter a paz. O impasse atual
reside na inexistência de uma autoridade supranacional
suficiente e confiável. Assim, os líderes responsáveis de todos
os governos são obrigados a agir na presunção de uma guerra
eventual. Cada passo motivado por essa presunção contribui
para aumentar o medo e a desconfiança gerais, apressando a
catástrofe final. Por maiores que sejam os armamentos
nacionais, eles não geram a segurança militar para nenhum
país, nem garantem a manutenção da paz.

* Trecho de carta escrita em 1947

(Albert Einstein, Escritos da maturidade.)

Por maiores que sejam os armamentos nacionais, eles não geram a segurança militar para nenhum país, nem garantem a manutenção da paz.

Alterando-se os tempos das formas verbais sublinhadas, mantém-se uma adequada articulação temporal na seguinte seqüência:

Alternativas
Comentários
  • pretérito imperfeito do subjuntivo se combina com futuro do pretérito
  • Comentário objetivo:

    a) fossem - gerariam - garantiriam

    b) venham a ser - gerarão - garantirão

    c) tenham sido - geraram - garantiram

    d) fossem - gerariam - garantiriam

    e) venham a ser -
    gerarão - garantirão
  • A - Pretérito Imperfeito do Subjuntivo- Futuro do Pretérito- Futuro do Pretérito

  • DICA: Toda vez que uma oração possuir conjugação -RIA a outra, obrigatoriamente, deverá conter -SSE e vice-versa.


ID
74284
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos próximos dias estaremos enviando-lhe nosso catálogo e o senhor estará tomando conhecimento das nossas novas ofertas.

A frase acima apresenta um vício muito presente no discurso oral em nossos dias, representado

Alternativas
Comentários
  • A regra de utilização do gerúndio é uma regra que é baseada nas regras da gramática inglesa e não portuguesa, portanto, o seu uso no Brasil vem sendo condenado pelos gramaticistas. Tais gramáticos indicam que o gerúndio deve ser usado para frases no presente e não para frases no futuro (conforme as regras do ingles)
  • Item certo: D. Trata-se do vício do "gerundismo":

    Estaremos enviando...

    Estará tomando...

    Quando bastaria dizer:

     

    Enviaremos...

    Tomará...


ID
74434
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crimes hediondos

É correta a disposição do Ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, de aperfeiçoar a Lei de Crimes Hediondos, de
modo a permitir que condenados com base nesse diploma
tenham direito à progressão da pena, isto é, ao abrandamento
das condições de encarceramento.

Mais do que um instrumento efetivo para combater a
criminalidade, a referida Lei, de 1990, foi uma tentativa até certo
ponto açodada do Legislativo de dar uma resposta aos justos
anseios da população por mais segurança. O problema é que
essa legislação, que pode ser resumida como o endurecimento
das penas e do regime de prisão para certos crimes, não
apenas é pouco eficaz para conter a violência criminosa como
ainda gera uma série de efeitos colaterais contraproducentes.
Para começar, ela cria distorções na proporcionalidade entre
delitos e penas. (...)

No mais, a Lei, ao manter por mais tempo o condenado
nos presídios, contribui para a superpopulação das cadeias. Ela
também tira das autoridades carcerárias um instrumento de
controle do detento, que é a possibilidade de recompensá-lo
com a redução da pena por bom comportamento.
Defender uma revisão na Lei de Crimes Hediondos não
significa de modo algum ser leniente com a criminalidade, que
precisa ser combatida com energia pelo poder público. O
melhor remédio contra a violência é justamente a virtual certeza
de que todos os que cometerem crimes serão punidos. E isso,
infelizmente, não existe no Brasil, onde ainda se faz necessário
avançar na formação de uma polícia moderna e eficaz, que
elucide delitos e capture seus perpetradores. É esse o caminho
a seguir, ao lado de medidas de prevenção.

(Adaptado de Folha de S. Paulo, 12 de agosto de 2004, A2)

O verbo flexionado de forma INCORRETA está grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Atenção ao verbo REQUERER, ele não se conjuga da mesma forma que o verbo QUERER.Verbo Querer / Pret Perf Indicativoeu quistu quisesteele quisnós quisemosvós quisestesELES QUISERAMVerbo Requerer / Pret Perf Indicativoeu requeiritu requeresteele requereunós requeremosvós requerestesELES REQUERERAM
  • requerereu requeri (digitei errado, acrescentei um i)
  • O Verbo REQUERER não é conjugado da mesma maneira que o verbo QUERER, ou seja:Eles quiseramEles requereram
  • Para não mais errarmos...

    A forma REQUISERAM  NÃO EXISTE!!!
  • UMA DAS ACERTIVAS ESTÁ DESATUALIZADA SEGUNDO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO (C)
    DEEM NÃO DEVE MAIS SER ACENTUADA.

ID
74455
Banca
FCC
Órgão
TRT - 22ª Região (PI)
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A economia vai devorar o planeta?

Para a maioria dos ecologistas, o impacto das atividades
humanas sobre a natureza é real. A salvação do planeta
passaria necessariamente pelo fim do crescimento de
economias e populações, além da adoção de uma economia
ecológica ? com a reforma dos sistemas de produção de
alimentos, materiais e energia. Uma economia ambientalmente
sustentável seria movida por fontes renováveis de energia:
eólica, solar e geotérmica. A eletricidade eólica seria usada para
produzir hidrogênio. As estruturas atuais de gasodutos fariam o
transporte do gás que moveria a frota de automóveis. Nesse
sistema, a indústria da reciclagem e reutilização substituiria em
grande parte as atividades extrativistas.

Para se alcançar esse estágio, os sistemas tributários
mundiais precisariam ser reformulados, de modo a oferecer
subsídios à reciclagem e à geração de energia limpa e
renovável e taxar atividades insustentáveis, como o uso de
combustível fóssil.

No entanto, sem estacionar a população mundial,
nenhuma mudança terá realmente efeito. Mais pessoas
requerem mais comida, mais água, mais espaço, bens, serviços
e energia. Ocorre que deter ou até mesmo reduzir o
crescimento da população mundial não é tão simples. O
tamanho das famílias, em muitos países, está ligado à maneira
como os casais encaram o sexo e a virilidade.
O tamanho e a complexidade dos sistemas mundiais
tornam a adoção da ecoeconomia uma tarefa gigantesca e
muito distante de ser realizada. O aumento da temperatura
global, a superpopulação e a contaminação dos ecossistemas
mundiais estão por toda parte: somente podem-se corrigir os
efeitos que eles criam, com medidas de alcance global.
Pequenas substituições e correções de rumo em alguns setores
não constituem uma solução. Com 6 bilhões de pessoas no
mundo, até metas mais óbvias, como deter o nível de
desflorestamento, parecem distantes.


(Adaptado de Bruno Versolato, Superinteressante, maio de
2004, p. 69)

As estruturas atuais de gasodutos fariam o transporte do gás que moveria a frota de automóveis. (1º parágrafo)

O emprego das formas verbais grifadas acima indica, no contexto,

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta altenativa e) hipótese que depende de certa condição anterior.
    Característica do tempo Futuro do Pretérito.


ID
74818
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Urbanização abala a saúde de moradores do interior da
Amazônia

Mesmo que aumente o conforto, as conseqüências
do ingresso na vida moderna - com alimentos prontos,
televisão, telefone e máquina de lavar roupa - não são nada
boas para a saúde. Hilton Pereira da Silva, médico e
antropólogo do Museu Nacional, encontrou uma taxa elevada
de hipertensão arterial na população de três comunidades rurais
do Pará que gradativamente deixaram o extrativismo (*) e
começaram a usar bens de consumo tipicamente urbanos.
Aracampina, a maior comunidade estudada,

localizada na ilha de Ituqui, às margens do rio Amazonas, tem
cerca de 600 habitantes. Eram 460 há sete anos, quando Hilton
Silva chegou lá pela primeira vez e notou que a vida mudava
rapidamente - conseqüência da proximidade com Santarém, a
quatro horas de barco. "Quando ocorre a transição para o estilo
de vida moderno e urbano, a primeira mudança é a dieta", diz
ele. "Aumenta o consumo de sal, de enlatados e de comida
industrializada, cheia de aditivos químicos."

Nas primeiras vezes em que esteve lá, o
pesquisador notou que os caboclos pescavam intensamente.
Completavam a alimentação com farinha de mandioca, frutas,
feijão e milho. "Hoje, os caboclos deixaram o extrativismo,
trabalham na pesca industrial, para as madeireiras ou em
fazendas e compram carne em conserva, açúcar, café e
biscoitos", relata. "As mudanças na dieta estão causando uma
mudança gradual na fisiologia do organismo, que leva à
hipertensão."

Ainda não há água encanada em Aracampina, mas
os caboclos agora têm luz elétrica, graças ao gerador a diesel,
fogão a gás, televisão ligada a bateria de carro e telefone que
funciona por meio de rádio. Em conseqüência, houve uma
redução da atividade física que ajuda a equilibrar a pressão
arterial. "Por terem acesso a fogão a gás, não buscam mais
lenha na mata", exemplifica Hilton Silva. "E já usam fralda
descartável, que também reduz o trabalho das mulheres". Mas
surgem outras fontes de estresse, como a necessidade de
ganhar mais dinheiro para comprar comida, relógios, bicicletas e
aparelhos de som.

(Pesquisa. São Paulo: Fapesp, abril 2003.)

(*) extrativismo = atividade que consiste em extrair da natureza
quaisquer produtos que possam ser cultivados para fins
comerciais ou industriais.

Estão corretamente flexionadas as formas verbais da frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Os caboclos de fato obtiveram algumas melhorias, mas nem todas as novidades lhes convieram. ok; correta b) O pesquisador deteve-se em alguns dados e percebeu que do progresso advieram, também, alguns prejuízos. c) Conclui-se, da leitura do texto, que a alimentação mais natural constitui um fator de saúde. d) Se o progresso não interviesse na vida de Aracampina, os moradores não fariam novos projetos de vida. e) Quando os habitantes de Aracampina se propuseram a aceitar as novidades, ninguém conteve seu ingênuo entusiasmo.
  • a) OK
    b) O pesquisador deteve em alguns dados e percebeu que do progresso advieram, também, alguns prejuízos.
    c) Conclui-se, da leitura do texto, que a alimentação mais natural constitui um fator de saúde.
    d) Se o progresso não interviesse na vida de Aracampina, os moradores não fariam novos projetos de vida.
    e) Quando os habitantes de Aracampina se propuseram a aceitar as novidades, ninguém conteve seu ingênuo entusiasmo.
  • OBTIVERAM = PRETÉRITO PERFEITO 

    CONVIERAM = PRETÉRITO PERFEITO 

     

    * O pretérito perfeito consiste num processo verbal que exprime um fato passado não habitual; ao passo que o imperfeito exprime um fato habitual, rotineiro. A título de ilustração, analisemos:

    Sempre que a encontrava revivia os bons tempos. (pretérito imperfeito)
    Sempre que a encontrei revivi os bons tempos. (pretérito perfeito)

     

    LOGO, ALTERNATIVA CORRETA 

    LETRA A

     

    BONS ESTUDOS 

  • GABARITO: A

     

     

    INDICATIVO:

    Presente: eu amo, eu vejo, eu sinto.

     

    Pretérito Perfeito: eu amei, eu vi, eu senti.

    Pretérito Imperfeito: eu amava.

    Mais-que-perfeito: eu amara.

    Futuro do Presente: eu amarei.

    Futuro do Pretérito: eu amaria.

    Pretérito Perfeito e Mais-que-perfeito: Se é composto é Tenho e Tinha.

     

    Já no futuro do Presente e Pretérito: é Terei e Teria.

     

     

     

    SUBJUNTIVO:

    Presente do Subjuntivo Conjugue com a conjunção "que" : Que eu ame, que eu veja, que eu sinta E,

    com a conjunção "se": é Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Se eu amasse, se eu visse, se eu sentisse.

    Futuro do Subjuntivo Conjugue com a conjunção "quando" Quando eu amar, quando eu vir, quando eu sentir.

     

    Pretérito Perfeito: Tenha amado

    Mais que perfeito: Tivesse amado

    Futuro Composto: Tiver amado.

    ____________________________

    https://www.youtube.com/watch?v=5B_sF53zJ0w


ID
74830
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Urbanização abala a saúde de moradores do interior da
Amazônia

Mesmo que aumente o conforto, as conseqüências
do ingresso na vida moderna - com alimentos prontos,
televisão, telefone e máquina de lavar roupa - não são nada
boas para a saúde. Hilton Pereira da Silva, médico e
antropólogo do Museu Nacional, encontrou uma taxa elevada
de hipertensão arterial na população de três comunidades rurais
do Pará que gradativamente deixaram o extrativismo (*) e
começaram a usar bens de consumo tipicamente urbanos.
Aracampina, a maior comunidade estudada,

localizada na ilha de Ituqui, às margens do rio Amazonas, tem
cerca de 600 habitantes. Eram 460 há sete anos, quando Hilton
Silva chegou lá pela primeira vez e notou que a vida mudava
rapidamente - conseqüência da proximidade com Santarém, a
quatro horas de barco. "Quando ocorre a transição para o estilo
de vida moderno e urbano, a primeira mudança é a dieta", diz
ele. "Aumenta o consumo de sal, de enlatados e de comida
industrializada, cheia de aditivos químicos."

Nas primeiras vezes em que esteve lá, o
pesquisador notou que os caboclos pescavam intensamente.
Completavam a alimentação com farinha de mandioca, frutas,
feijão e milho. "Hoje, os caboclos deixaram o extrativismo,
trabalham na pesca industrial, para as madeireiras ou em
fazendas e compram carne em conserva, açúcar, café e
biscoitos", relata. "As mudanças na dieta estão causando uma
mudança gradual na fisiologia do organismo, que leva à
hipertensão."

Ainda não há água encanada em Aracampina, mas
os caboclos agora têm luz elétrica, graças ao gerador a diesel,
fogão a gás, televisão ligada a bateria de carro e telefone que
funciona por meio de rádio. Em conseqüência, houve uma
redução da atividade física que ajuda a equilibrar a pressão
arterial. "Por terem acesso a fogão a gás, não buscam mais
lenha na mata", exemplifica Hilton Silva. "E já usam fralda
descartável, que também reduz o trabalho das mulheres". Mas
surgem outras fontes de estresse, como a necessidade de
ganhar mais dinheiro para comprar comida, relógios, bicicletas e
aparelhos de som.

(Pesquisa. São Paulo: Fapesp, abril 2003.)

(*) extrativismo = atividade que consiste em extrair da natureza
quaisquer produtos que possam ser cultivados para fins
comerciais ou industriais.

Está adequada a articulação entre os tempos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • Os Verbos passaram e viram estam na 3ª pessoa do plural do indicativo concordando com os tempos verbais. Logo, a alternativa correta:  E
  • A) Tempos e conceitos

    Esteve        = Pretérito perfeito do indicativo , determinando algo que aconteceu no passado.

    Notara         = Pretérito mais que perfeito do indicativo , determinando algo que aconteceu antes do passado enunciado.

    Pescassem = Pretérito imperfeito do subjuntivo ,determinando  expressão de desejos, probabilidades e acontecimentos que estão condicionados por outros.  [Eis aí o erro da questão, se tornando ilógico no contexto]

     

    B) Tempos e conceitos

    Se alterasse       = Pretérito imperfeito do subjuntivo , determinando uma probabilidade futura.

    Tinham passado = Locução verbal de verbo no pretérito perf. do indicativo + gerúndio, determinando algo acontecido no passado.  [Eis aí o ilógico do contexto]

     

    C) Tempos e conceitos

    Ingeriam = Pretérito perf. do predicativo no plural , Determinando algo acontecido no passado.

    Fossem   = Pretérito imperfeito do subjuntivo , determinando uma probabilidade.

    Tende      = Presente do predicativo, Determinando algo que acontece agora. [Eis aí a parte ilógica desse contexto]

     

    D) Tempos e conceitos

    Se surgisse = Pretérito imperf. Do subjuntivo , indicando probabilidade para o futuro.

    Elevava       = Pretérito impf. Do indicativo, indicando algo que acontecia no passado. [Eis aí a parte ilógica desse contexto.]

     

    E) GABARITO!


ID
75004
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) atingiu sua
maioridade plena em março de 2009, já que sua vigência se
iniciou 180 dias após sua promulgação, em 11 de setembro de
1990. Primeiro regulamento específico do mercado de consumo
no Direito brasileiro, o CDC é um documento normativo
inovador pois, além de patrocinar uma mudança de paradigma
nas relações de consumo, cujo campo de atuação é bastante
amplo, serviu de inspiração para muitos países na construção
de suas leis.

A cada ano, diferentemente do que se imaginava no
início, vê-se que tanto os consumidores quanto as empresas
estão mais conscientes e seletivos em relação aos seus direitos
e deveres. Isso se deve ao crescimento e ao fortalecimento dos
órgãos públicos de defesa do consumidor, das entidades civis
de defesa, além da adoção de estratégias das empresas para
aprimorar seu canal de comunicação com a clientela.

Devemos comemorar a maioridade do Código ao
constatar que a sociedade brasileira conta com mecanismos
jurídicos adequados para a defesa de seus direitos. No entanto,
ainda há muito o que fazer para que se tenha um mercado de
consumo de qualidade, justo e equilibrado.

No século XXI é prioritária a necessidade de manter o
diálogo aberto entre todos os atores desse mercado, como a
principal ferramenta para a construção de práticas jurídicas
sociais e responsáveis, levando-se em conta a transparência e
os princípios éticos. As empresas devem ver no consumidor um
parceiro e aliado, e jamais tratá-lo como adversário, pois ele é
fonte de sustentabilidade para a sobrevivência de qualquer
fornecedor. É importante também que o consumidor desenvolva
a consciência de seu papel e de sua importância para a
economia nacional. Para tanto, deve valorizar empresas
preocupadas com questões relativas à responsabilidade social e
ao desenvolvimento sustentável.


Mas só isso não basta, ele deve estar atento para suas
reais demandas e possibilidades, para o desperdício e o
desequilíbrio de seu orçamento doméstico. Ou seja, precisa
mudar seus hábitos de consumo, como, por exemplo,
economizar água e energia elétrica, separar o lixo para
reciclagem e também evitar compromissos com que não
consiga, posteriormente, arcar. Em outras palavras, o
consumidor consciente é aquele que leva em conta não só suas
necessidades pessoais ao consumir, mas o impacto que essa
ação possa trazer ao meio ambiente e ao bem-estar social.

(Maria Stella Gregori. O Estado de S. Paulo, B2 Economia, 6
de junho de 2009, com adaptações)

... que o consumidor desenvolva a consciência de seu papel e de sua importância para a economia nacional. (4º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o do grifado acima encontra-se na frase:

Alternativas
Comentários
  • O verbo está conjugado na terceira pessoa do singular do Presente do Subjuntivo.

  • Que ele Tenha -> presente do subjuntivo 

    Que ele Desenvolva -> presente do subjuntivo 

ID
75181
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Viagem para fora

Há não tanto tempo assim, uma viagem de ônibus,
sobretudo quando noturna, era a oportunidade para um passageiro
ficar com o nariz na janela e, mesmo vendo pouco, ou
nada, entreter-se com algumas luzes, talvez a lua, e certamente
com os próprios pensamentos. A escuridão e o silêncio no
interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio, a memória
de alguma cena longínqua, uma reflexão qualquer.

Nos dias de hoje as pessoas não parecem dispostas a
esse exercício mínimo de solidão. Não sei se a temem: sei que
há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro
entregar-se ao curso das idéias e da imaginação pessoal. Há
sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV,
estrategicamente dispostos no corredor. Em geral, é um filme
ritmado pelo som de tiros, gritos, explosões. É também bastante
possível que seu vizinho de poltrona prefira não assistir ao filme
e deixar-se embalar pela música altíssima de seu fone de
ouvido, que você também ouvirá, traduzida num chiado
interminável, com direito a batidas mecânicas de algum sucesso
pop. Inevitável, também, acompanhar a variedade dos toques
personalizados dos celulares, que vão do latido de um cachorro
à versão eletrônica de uma abertura sinfônica de Mozart. Claro
que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica
de muita gente: a senhora da frente pergunta pelo cardápio do
jantar que a espera, enquanto o senhor logo atrás de você
lamenta não ter incluído certos dados em seu último relatório.
Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado
por um inexplicável cansaço.

Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da
mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em
momentos que eu escolho. Mas parece que a maioria das pessoas
entrega-se gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga
de estímulos áudio-visuais, evitando o rumo dos mudos pensamentos
e das imagens internas, sem luz. Ninguém mais gosta
de ficar, por um tempo mínimo que seja, metido no seu canto,
entretido consigo mesmo? Por que se deleitam todos com tantas
engenhocas eletrônicas, numa viagem que poderia propiciar
o prazer de uma pequena incursão íntima? Fica a impressão de
que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma
proporção em que se expandem os recursos eletrônicos.

(Thiago Solito da Cruz, inédito)

Está adequada a correlação entre os tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • • a) Ainda recentemente, não se PODERIA imaginar que uma viagem de ônibus VENHA a ser tão atribulada. (ERRADA) - FUTURO DO PRÉTERITO DO INDICATIVO E PRESENTE DO SUBJUNTIVO, respectivamente.• b) A cada vez que se colocar um filme no ônibus, a expectativa SERIA a de que todos PASSAM a ouvir tiros e gritos. (ERRADA) –FUTURO DO PRÉTERITO DO INDICATIVO E PRESENTE DO INDICATIVO, respectivamente.• c) Os que usam fone de ouvido talvez não IMAGINEM que uma chiadeira irritante FIQUE a atormentar os ouvidos do vizinho. (CERTA) –PRESENTE DO SUBJUNTIVO E PRESENTE DO SUBJUNTIVO, respectivamente.• d) Quem não QUISER conhecer os detalhes da vida doméstica de alguém, há de tapar os ouvidos quando TOCAVA o celular. (ERRADA) – FUTURO DO SUBJUNTIVO E IMPERFEITO DO INDICATIVO, respectivamente. • e) Muita gente não DISTINGUE a versão eletrônica de uma sinfonia que TOCASSE no celular da versão original que um Mozart tem criado. (ERRADA) – PRESENTE DO INDICATIVO E IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO, respectivamente.
  • Está adequada a correlação entre os tempos e modos verbais na frase:c) Os que usam fone de ouvido talvez não imaginem que uma chiadeira irritante fique a atormentar os ouvidos do vizinho.
  • GABARITO LETRA C 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO 


ID
75502
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O homem moral e o moralizador

Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria
dinâmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral
são figuras diferentes, se não opostas. O homem moral se
impõe padrões de conduta e tenta respeitá-los; o moralizador
quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue
respeitar.
A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se
soubesse respeitar o padrão moral que ele impõe, ele não
precisaria punir suas imperfeições nos outros. Segundo, é
possível e compreensível que um homem moral tenha um
espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a adotar
um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um
padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre
o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as
normas morais ganham força de lei (os Estados confessionais,
por exemplo) não são regradas por uma moral comum, nem
pelas aspirações de poucos e escolhidos homens exemplares,
mas por moralizadores que tentam remir suas próprias falhas
morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os
outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que
todos pagam pelos pecados de hipócritas que não se agüentam.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008)

Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a)Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já não podia ser considerado um hipócrita.
    R= Se o moralizador vier a respeitar - impõe uma condição, um fato hipotético do presente; então a resposta dessa condição terá que vir no futuro (pois a condição ainda não foi aceita) e não no passado (podia ser considerado).
    correta: Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, (então) já não poderá ser considerado um hipócrita.

     b)
    Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores morais que eles imporão aos outros.
    a ação de desrespeitar é uma ação habitual, constante... eles desrespeitam sempre, cotidianamente.(presente habitual) a ação de impor é uma ação anterior a ação de desrespeitar.(pretérito mais que perfeito). 
    correta: Os moralizadores sempre hão de desrespeitar os valores morais que eles impuseram aos outros.

    c)A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servisse de controle dos demais cidadãos.
    dentre várias hipóteses  de barbárie que aconteceu no passado, a pior delas terá sido "o rigor dos hipócritas". Então a hipótese é fato totalmente realizado. E não um fato hipotético como a conjugação "servisse" exprime.
    correta:A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas serviu de controle dos demais cidadãos.

    d)
     Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracterizava-se um ato típico do moralizador.
    Novamente a hipótese de algo que acontecerá no futuro. Haverá caracterizado um ato típico do moralizador quando houver a imposição forçada de um padrão moral.

    correta: Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral caracterizar-se-á um ato típico do moralizador.

    e) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões morais que eles próprios não respeitam. (correta)
    venham impor- pretérito perfeito composto do subjuntivo=exprime fato passado.
    respeitam-presente
    primeiro eles impõem (fato passado) depois não respeitam (fato presente).


    DICA DE CORRELAÇÃO VERBAL:  http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=258833
    as ações devem acontecer no mesmo momento ou em uma ordem lógica.

    Não dá para fritar o peixe antes de pescar. 
    Se você comeu o peixe, certamente, você fritou antes de comer. 
    Então segura mais uma dica:
    Primeiro pesca, depois frita e depois come!
    Assim:
    Estou comendo o peixe que minha mulher fritou, o mesmo que eu pescara pela manhã
  • venham impor é preterito perfeito composto?.. eu sei que tempo composto é  ter/haver + participio..Tatiana explique melhor essa sua colocação !
  • Na verdade, "venham impor" é uma locução verbal no presente do subjuntivo, que concorda perfeitamente com "respeitam", que está no presente do indicativo.

    Embora haja esse pequeno erro, a explicação da nossa colega foi excelente.
  •  A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impôs/impõe, já não poderá ser considerado um hipócrita.
     B)
    Os moralizadores sempre haverão (haveriam) de desrespeitar os valores morais que eles imporão (imporiam) aos outros.
    C)
    A pior barbárie teria sido aquela em que o rigor dos hipócritas servisse de controle dos demais cidadãos.
    D)
    Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracterizarse-á (caracteriza-se) um ato típico do moralizador.
    E)
    Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões morais
    que eles próprios não respeitam.
    Letra E

    Bons estudos
     


        

       
  • GABARITO LETRA E

    Segue um resumo sobre correlação verbal:
    presente do indicativo + presente do subjuntivo: Exijo que você faça o dever.
    pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Exigi que ele fizesse o dever. Ele pediu que você voltasse para casa
    presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo: Espero que ele tenha feito o dever. Esperamos que ele tenha conseguido boas notas! pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Queria que ele tivesse feito o dever. Gostaria que você estivesse aqui.
    futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.
    pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.
    pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo: Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas
    futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Quando você fizer o dever, dormirei.
    futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo: Quando você fizer o dever, já terei dormido.

  • CORRELAÇÃO VERBAL
    Damos o nome de correlação verbal à coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto, combinar entre si. 
    Vejamos este exemplo: 
    Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.

    No caso, o verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de maneira a garantir que o período tenha lógica? 

    Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito(aprenderia), um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está correto, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá. 

    Para tornar mais clara a questão, vejamos o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal: 
     
    Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição.
    Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras ideias, fatos certos ou prováveis. 
    Ora, nesse caso não podemos dizer que jamais aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a uma certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de dormir. 
  • É bom ter em mente o sentido de cada modo e tempo verbal: por exemplo, o subjuntivo expressa dúvida, não certeza, possibilidade. Já o presente do indicativo expressa algo certo, possível. O pretérito perfeito do indicativo expressa algo concluído e acabado no passado. O pretérito imperfeito do indicativo impõe algo inacabado. O futuro do presente tem sentido de algo certo e que será concluído no futuro (Eu terminarei). O futuro do pretérito expressa ideia de condição. Ou seja, “eu faria, se ele tivesse ......”.
    Visto isso, já temos algumas conclusões, são elas:
    Presente requer presente.              
    Pretérito solicita pretérito.
    Futuro se encaixa com futuro.
    A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes: 
    Presente:
    Presente do indicativo + presente do subjuntivo (e vice-versa): Exijoque você faça o dever. É fundamental que ele venha amanhã.
    Portanto, presente com presente.
    Presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo: Espero que ele tenha feito o dever. (feito – particípio / tenha – presente do subjuntivo)
    Obs: Os termos compostos são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver seguidos de um particípio – chamado de verbo principal. No caso acima, o pretérito perfeito composto do subjuntivo é formado pelo verbo (não nominal) do presente do subjuntivo.
    Presente com presente.
  • Pretérito:

    retérito perfeito do indicativo + Pretérito imperfeito do indicativo
    Quando passei no concurso, eu estudava demais.
     
    Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Exigique ele fizesse o dever. Ex.: Falei alto para que se evitasse o pior.
    Pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Queriaque ele tivesse feito o dever. 
    Obs: Os termos compostos são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver seguidos de um particípio – chamado de verbo principal. No caso acima, o mais-que-perfeito composto do subjuntivo é formado pelo verbo (não nominal) do pretérito imperfeito do subjuntivo.
     
    Futuro (com pretérito):

    Futuro do pretérito do indicativo + Pretérito imperfeito do subjuntivo
    Seriamais amiga dele se ele falasse menos
    Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas. 

    Futuro:

    uturo do presente do indicativo + Futuro do subjuntivo:
    Comerei(REI) quando você fizer (Quando.......... *Indica Fut.Subj.) o bolo.
    Se você fizer o dever, eu ficarei feliz. 
    Levarei o remédio para ele quando meu marido chegar.

     
  • Tempos compostos:

    Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo (pretérito imper. do subj.) + futuro do pretérito composto do indicativo (fut. Pretér.): Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas. 

    Futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo: Quando você fizer o dever, já terei dormido. 
     
    Forma de memorização do tempo composto:
    3-pretérito mais-que-perfeito
    2-pretérito imperfeito
    1-pretérito perfeito
    0-presente
    *Obs: Quando for presente e futuro, não alteramos nada. Todavia, se for em outro tempo, abaixamos uma casa. Veja: Qual é o tempo verbal do tempo composto do Pretérito mais-que-perfeito do indicativo?
    R: Veja a tabela acima. Mais-que-perfeito - abaixo um. Portanto, será pretérito imperfeito do indicativo + particípio.

    Tempo composto:

    INDICATIVO:
    -Pretérito perfeito composto (presente do indicativo + particípio)
    -Pretérito mais-que-perfeito composto (pretérito imperfeito do indicativo + particípio)
    -Futuro do presente composto (futuro do presente + particípio)
    -Futuro do pretérito (futuro do pretérito + particípio)
     
    SUBJUNTIVO
    -Pretérito perfeito composto (presente do subjuntivo + particípio)
    -Pretérito mais-que-perfeito composto (pretérito imperfeito do subjuntivo + particípio)
    -Futuro composto (futuro do subjuntivo + particípio)
  • Com certeza, damos mais valor as coisas dificeiis!

ID
78376
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O acordo ortográfico que visa a unificar a escrita do
português nos países que o adotam como língua oficial tem
implicações profundas de ordem técnica e comercial, além de
provocar ansiedade em brasileiros mergulhados em dúvidas no
seu empenho diário para falar e escrever bem. Dominar a
norma culta de um idioma é plataforma mínima de sucesso para
profissionais de todas as áreas. Engenheiros, médicos, economistas,
contabilistas e administradores que falam e escrevem
certo, com lógica e riqueza vocabular, têm maior possibilidade
de chegar ao topo do que profissionais tão qualificados quanto
eles, mas sem o mesmo domínio da palavra. Por essa razão, as
mudanças ortográficas interessam e trazem dúvidas a todos.

As mudanças previstas podem ganhar contornos mais
amplos em um momento em que os idiomas nacionais sofrem
todo tipo de pressão desestabilizadora. Segundo o lingüista
David Crystal, a globalização e a revolução tecnológica da
internet estão dando origem a um novo mundo lingüístico. Entre
os fenômenos desse novo mundo estão as subversões da
ortografia presentes nos blogs e nas trocas de e-mails. David
Crystal cunhou o termo netspeak para designar as formas
inéditas de expressão escrita que a internet gerou. A inclusão
de símbolos audiovisuais, os links que permitem saltos de um
texto para outro - nada disso existia nas formas anteriores de
comunicação, que se tornou mais ágil e veloz, aproximando-se,
nesse sentido, da fala.

Até no âmbito profissional a objetividade eletrônica está
imperando. A carta comercial que iniciava com a fórmula "Vimos
por meio desta" é peça em desuso. Gêneros como a carta
circular e o requerimento caminham para a extinção; o e-mail
tem absorvido essas funções. Embora a língua sofra ataques
deformadores diários nos blogs e chats, a palavra escrita nunca
foi usada tão intensamente antes. Os mais otimistas apostam
que os bate-papos da garotada, travados com símbolos e
interjeições, podem ser a semente de uma comunicação escrita
mais complexa. Pode ser assim e seria ótimo. Por enquanto,
uma maneira de se destacar na carreira e na vida é mostrar nas
comunicações formais perfeito domínio da norma culta do
português. Vários estudos demonstram a correlação positiva
entre um bom domínio do vocabulário e o nível de renda,
mesmo que não se possa traçar uma correlação direta e linear
entre uma coisa e outra. Além de conhecer as palavras, é
preciso que se tenha alguma coisa a dizer, de forma clara e
racional.

(Jerônimo Teixeira. Veja. 12 de setembro de 2007, p. 88-91,
com adaptações)

Pode ser assim e seria ótimo

..... mesmo que não se possa traçar uma correlação direta e linear entre uma coisa e outra. Considere as formas verbais grifadas acima.

A correlação existente entre elas está corretamente reproduzida no par:

Alternativas
Comentários
  • * PODE ser assim e seria ótimo => Presente do Indicativo (3ª pessoa do singular)* que não se POSSA traçar => Presente do Subjuntivo (3ª pessoa do singular)A alternativa que reproduz a correlação existente é a "E"Traz => Presente do Indicativo (3ª pessoa do singular)Traga => (3ª pessoa do singular ou 1ª do singular)
  • Por eliminação fica fácil, mas, se for pensar bem, caberia um recurso nessa questão.
    .
    Poderia ser, também, o verbo tragar:

    Presente do Indicativo
       eu trago
       tu tragas
       ele traga
       nós tragamos
       vós tragais
       eles tragam
  • Os verbos “Pode” e “possa” estão respectivamente nos tempos presente do indicativo e presente do subjuntivo. Note que os verbos “possa” e “traga” admitem o advérbio “talvez”. Isso marca a identificação do presente do subjuntivo. Como os verbos “pode” e “traz” estão no presente do indicativo, a alternativa correta é a (E).
    Veja os outros: “fala” (presente do indicativo), “falava” (pretérito imperfeito do indicativo); “escrevia” (pretérito imperfeito do indicativo), “escreveria” (futuro do pretérito do indicativo); “está” (presente do indicativo), esteve (pretérito perfeito do indicativo); denota (presente do
    indicativo), “denotaria” (futuro do pretérito do indicativo).
    Fonte: Prof. Décio Terror
    Bons estudos

     

  • GABARITO LETRA E 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO 


ID
80740
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre a cruz e a caldeirinha

"Quantas divisões tem o Papa?", teria dito Stalin quando
alguém lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante
com os católicos soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio
XI. Efetivamente, além de um punhado de multicoloridos
guardas suíços, o poder papal não é palpável. Ainda assim, como
bem observa o escritor Elias Canetti, "perto da Igreja, todos
os poderosos do mundo parecem diletantes".

Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.
Ao mesmo tempo que uma pesquisa da Fundação Getúlio
Vargas indica que, a cada geração, cai o número de católicos
no Brasil, outra, da mesma instituição, revela que, para os
brasileiros, a única instituição democrática que funciona é a
Igreja Católica, com créditos muito superiores aos dados à
classe política. Daí os sentimentos mistos que acompanharam a
visita do papa Bento XVI ao Brasil.

"O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo
preparada uma Concordata entre o Vaticano e o nosso país.
Nela, todo o relacionamento entre as duas formas de poder
(religioso e civil) será revisado. Tudo o que depender da Igreja
será feito no sentido de conseguir concessões vantajosas para
o seu pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum
interno ao Brasil (pesquisas com células-tronco, por exemplo,
aborto, e outras questões árduas)", avalia o filósofo Roberto
Romano. E prossegue: "Não são incomuns atos religiosos que
são usados para fins políticos ou diplomáticos da Igreja. Quem
olha o Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a
estátua significa a consagração do Brasil à soberania espiritual
da Igreja, algo que corresponde à política eclesiástica de
denúncia do laicismo, do modernismo e da democracia liberal.

A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo "Ameaça
ao Estado laico", avisa que a Concordata poderá incluir o retorno
do ensino religioso às escolas públicas. "O súbito chamamento
do MEC para tratar do ensino religioso tem repercussão
quanto à violação de direitos, em particular de minorias religiosas
e dos que têm praticado todas as formas de consciência e
crença neste país, desde a República", acredita a pesquisadora.
Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe
Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin:
"Quem precisa de divisões tendo como exército a eternidade?"
(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP n. 134, 2007)

Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano simbólico e espiritual. (ADVIER)b) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de um sereno estabelecimento de acordos. (CONVIERAM)c) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar a convergência de seus interesses.(ABSTIVERAM)d) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato competitivo um país beligerante. (PROVEIO)e) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio na História com a famosa frase. (ALTERNATIVA CORRETA)
  • Na alternativa (A), deve ser “advier”, pois o verbo é derivado de vier. Portanto tudo que VIER, tudo que ADVIER... Errada a alternativa.

    Na letra (B), deve ser “convieram”, pois é derivado de VIR. Errada.

    Na letra (C) deve ser “abstiveram”, porque é derivado de TER. Eles TIVERAM, eles ABSTIVERAM... Errada.

    Na letra (D), deve ser “proveio”, pois é derivada de “vir”. Ele VEIO, ELE PROVEIO. Errada.

  • GABARITO: E

    Olá pessoal,

    A): “Tudo o que advém...” (presente do indicativo do verbo advir, derivado do verbo vir).

    B): “...nem sempre convieram...” (pretérito perfeito do indicativo do verbo convir, derivado do verbo vir).

    C): “...muitas vezes se abstiveram...” (pretérito perfeito do indicativo do verbo abster, derivado do verbo ter).

    D): “...proveio de sua convicção...” (pretérito perfeito do indicativo do verbo provir, derivado do verbo vir).

    E): as formas “conteve” e “interveio”, ambas conjugadas no pretérito perfeito do indicativo, estão corretamente flexionadas, pois derivam, respectivamente, dos verbos ter e vir.

    Espero ter ajudado. Bons estudos!!!!
  • A letra D está errada não é porque conjuga-se "proveio", visto que a forma verbal "proveu", que se encontra no pretérito perfeito do indicativo está completamente correta, basta consultar "www.conjuga-me.net", sendo que o erro da assertiva D não reside no fato de que a conjugação está errada, já que proveu é correto, mas sim, no fato de que o verbo aí utilizado não poderia ser "prover", que tem o significado de abastecer, e a oração em questão pede um outro verbo com outro significado, como por exemplo, "advir", que completando a oração seria "adveio", que significa sobrevir, suceder. O erro da questão, então, não está na conjugação de prover, que está correta, mas na errônea utilização desse verbo nessa oração.

    Bons estudos!!

    Deus nos abençõe!!
  • Cometi um equívoco na questão e vou corrigi-lo. A assertiva D pede o verbo "provir" e não o verbo "prover". Logo, estaria correto o verbo provir (sentido de advir) na 3.ª pessoa do singular que ficaria "proveio". Confundi os verbos prover e provir que são distintos.

    Bons estudos!!

    Que Deus nos instrua e nos ensine!!


ID
80749
Banca
FCC
Órgão
TRE-AM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entre a cruz e a caldeirinha

"Quantas divisões tem o Papa?", teria dito Stalin quando
alguém lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante
com os católicos soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio
XI. Efetivamente, além de um punhado de multicoloridos
guardas suíços, o poder papal não é palpável. Ainda assim, como
bem observa o escritor Elias Canetti, "perto da Igreja, todos
os poderosos do mundo parecem diletantes".

Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.
Ao mesmo tempo que uma pesquisa da Fundação Getúlio
Vargas indica que, a cada geração, cai o número de católicos
no Brasil, outra, da mesma instituição, revela que, para os
brasileiros, a única instituição democrática que funciona é a
Igreja Católica, com créditos muito superiores aos dados à
classe política. Daí os sentimentos mistos que acompanharam a
visita do papa Bento XVI ao Brasil.

"O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo
preparada uma Concordata entre o Vaticano e o nosso país.
Nela, todo o relacionamento entre as duas formas de poder
(religioso e civil) será revisado. Tudo o que depender da Igreja
será feito no sentido de conseguir concessões vantajosas para
o seu pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum
interno ao Brasil (pesquisas com células-tronco, por exemplo,
aborto, e outras questões árduas)", avalia o filósofo Roberto
Romano. E prossegue: "Não são incomuns atos religiosos que
são usados para fins políticos ou diplomáticos da Igreja. Quem
olha o Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a
estátua significa a consagração do Brasil à soberania espiritual
da Igreja, algo que corresponde à política eclesiástica de
denúncia do laicismo, do modernismo e da democracia liberal.

A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo "Ameaça
ao Estado laico", avisa que a Concordata poderá incluir o retorno
do ensino religioso às escolas públicas. "O súbito chamamento
do MEC para tratar do ensino religioso tem repercussão
quanto à violação de direitos, em particular de minorias religiosas
e dos que têm praticado todas as formas de consciência e
crença neste país, desde a República", acredita a pesquisadora.
Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe
Pondé responde assim àquela famosa pergunta de Stalin:
"Quem precisa de divisões tendo como exército a eternidade?"
(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP n. 134, 2007)

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Se o Papa DISPUSESSE de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin RECONSIDERASSE sua decisão e buscasse angariar a simpatia de Pio XI. (CORRETA) – ambos os verbos estão no PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO.b) Como alguém lhe PERGUNTOU se não é o caso de ganhar a simpatia de Pio XI, Stalin lhe RESPONDERA que ignorava com quantas divisões conta o Papa. (ERRADA) – PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO E PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO, respectivamente.c) Caso o Brasil não FOSSE um país estratégico para a Igreja, a Concordata não se REVESTIRÁ da importância que lhe atribuíram os eclesiásticos. (ERRADA) – PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO E FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO, respectivamente.d) São tão delicadas as questões a SEREM discutidas na Concordata que será bem possível que LEVASSEM muito tempo para desdobrar todos os aspectos. (ERRADA) – INFINITIVO PESSOAL E IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO, respectivamente.e) Roberto Romano LEMBRA-NOS de que já houve, na História, atos religiosos que ACABASSEM por ATENDER a uma finalidade política que é prevista. (ERRADA) – PRESENTE DO INDICATIVO, IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO E INFINITIVO, respectivamente.
  • a) Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin reconsiderasse sua decisão e buscasse angariar a simpatia de Pio XI. (CORRETA) b) Como alguém lhe perguntou se não ERA o caso de ganhar a simpatia de Pio XI, Stalin lhe respondera que ignorava com quantas divisões conta o Papa. c) Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a Igreja, a Concordata não se REVESTIRIA da importância que lhe atribuíram os eclesiásticos. d) São tão delicadas as questões a serem discutidas na Concordata que SERIA bem possível que levassem muito tempo para desdobrar todos os aspectos. e) Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos religiosos que ACABARAM por atender a uma finalidade política que ERA prevista.
  • O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo casa com o Futuro do Pretérito do Indicativo.  sse/ria.

     OBS.:  Se houver um tempo verbal no subjuntivo seguido da forma que gere dúvida: talvez, oxalá; o verbo  manterá o mesmo tempo verbal da oração anterior. Por isso a letra (a) está correta. Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin reconsiderasse sua decisão e buscasse angariar a simpatia de Pio XI. 

  • a) Se o Papa DISPUSESSE de inúmeras e bem armadas divisões, talvez Stalin RECONSIDERASSE sua decisão e BUSCASSE angariar a simpatia de Pio XI. (CORRETA) – Os verbos estão no PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO.


    b) Como alguém lhe PERGUNTOU se não é o caso de ganhar a simpatia de Pio XI, Stalin lhe RESPONDERA que IGNORAVA com quantas divisões conta o Papa. (ERRADA) – PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO, PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO E PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO.


    c) Caso o Brasil não FOSSE um país estratégico para a Igreja, a Concordata não se REVESTIRÁ da importância que lhe ATRIBUÍRAM os eclesiásticos. (ERRADA) – PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO, FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO E PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO.


    d) São tão delicadas as questões a SEREM discutidas na Concordata que SERÁ bem possível que LEVASSEM muito tempo para desdobrar todos os aspectos. (ERRADA) – INFINITIVO PESSOAL, FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO E IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO.


    e) Roberto Romano LEMBRA-NOS de que já HOUVE , na História, atos religiosos que ACABASSEM por ATENDER a uma finalidade política que é prevista. (ERRADA) – PRESENTE DO INDICATIVO (2x), IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO E INFINITIVO.


ID
82261
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duas linguagens

Na minha juventude, tive um grande amigo que era estudante
de Direito. Ele questionava muito sua vocação para os
estudos jurídicos, pois também alimentava enorme interesse
por literatura, sobretudo pela poesia, e não achava compatíveis
a linguagem de um código penal e a freqüentada pelos poetas.
Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava, sem muita
convicção, lembrando-lhe que grandes escritores tinham formação
jurídica, e esta não lhes travava o talento literário.

Outro dia reencontrei-o, depois de muitos anos. É juiz de
direito numa grande comarca, e parece satisfeito com a profissão.
Hesitei em lhe perguntar sobre o gosto pela poesia, e ele,
parecendo adivinhar, confessou que havia publicado alguns livros
de poemas - "inteiramente despretensiosos", frisou. Ficou de
me mandar um exemplar do último, que havia lançado
recentemente.

Hoje mesmo recebi o livro, trazido em casa por um amigo
comum. Os poemas são muito bons; têm uma secura de estilo
que favorece a expressão depurada de finos sentimentos.
Busquei entrever naqueles versos algum traço bacharelesco,
alguma coisa que lembrasse a linguagem processual. Nada.
Não resisti e telefonei ao meu amigo, perguntando-lhe como
conseguiu elidir tão completamente sua formação e sua vida
profissional, freqüentando um gênero literário que costuma
impelir ao registro confessional. Sua resposta:

? Meu caro, a objetividade que tenho de ter para julgar
os outros comunica-se com a objetividade com que busco tratar
minhas paixões. Ser poeta é afinar palavra justas e precisos
sentimentos. Justeza e justiça podem ser irmãs.
E eu que nunca tinha pensado nisso...

(Ariovaldo Cerqueira, inédito)

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • teria esta no futuro do pretérito, e o preterito per. do sub. de vir é viesse, não confundir com com o verbo ver
  • Apenas para colaborar, Viesse está no Pretérito IMPERFEITO do Subjuntivo.
  • a) O autor nunca teria [fut pretérito ind] suspeitado que seu amigo viesse [pret imp subj] a se revelar um poeta extremamente expressivo.b) Embora anime [pres subj] seu amigo, o autor não revelara [pret m-q-perf ind]plena convicção de que um juiz podia [pret imp ind] ser [inf pessoal] um grande poeta. c) O autor logo recebera [pret m-q-perf ind] em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometeu [pret perf ind] enviar [inf pessoal]. d) Naqueles poemas não se notava [pret imp ind] qualquer traço bacharelesco que viria [fut pret ind] a toldar o estilo preciso e depurado dos versos.e) Ainda que busque [pres subj] entrever [inf pessoal] algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor não os tinha [pret imperf ind] encontrado.
  • a) O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta extremamente expressivo. (CORRETO)b) Embora animasse [PRET IMP SUB em vez de PRES. SUB] seu amigo, o autor não revelou [PRET PERF IND. em vez de PRET M-Q-PERF IND] plena convicção de que um juiz pudesse [PRET IMP SUB em vez de PRET IMP IND] ser um grande poeta.c) O autor logo recebeu [PRET. PERF. IND. em vez de PRET M-Q-PERF IND] em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometera [PRET M-Q-PERF IND em vez de PRET PERF IND] enviar.d) Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viesse [PRET IMP SUB em vez de FUT PRET IND] a toldar o estilo preciso e depurado dos versos.e) Ainda que buscasse [PRET IMP SUB em vez de PRES. SUB] entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor não os tinha encontrado.
  • Caso de correlação verbal entre [fut pretérito ind] e [pret imp subj]

    O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta extremamente express

  • Comentários (fonte: Henrique Nuco, Português FCC, editora Ferreira)

    a) O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta extremamente expressivo. CERTO. O futuro do pretérito composto (= futuro do pretério do indicativo do verbo auxiliar - ter, haver - mais o particípio do verbo principal: teria suspeitado) relaciona-se acertadamente com o imperfeito do subjuntivo (=viesse) para indicarem um processo hipotético passado, mas já impossível de realizar-se. 

    b) Embora anime seu amigo, o autor não revelara plena convicção de que um juiz podia ser um grande poeta. ERRADO. A forma verbal "anime", presente do subjuntivo, exige que o verbo da oração principal fique no presente do indicativo (=revela ou no futuro do presente do indicativo (=revelará); o erbo "poder" deve ficar no presente (=pode) ou no futuro (=poderá). CORREÇÃO: Embora anime seu amigo, o autor não revela (ou revelará) plena convicção de que um juiz pode (poderá) ser um grande poeta. OU Embora animasse (imperfeito do subjuntivo > o subjuntivo é exigido pela conjunção concessiva "embora") seu amigo, o autor não revelou plena convicção de que um juiz poderia ser um grande poeta.   

    c) O autor logo recebera em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometeu enviar. ERRADO. Com duas ações passadas, usa-se o pretérito perfeito para indicar uma ação posterior a outra já passada, e o pretérito mais-que-perfeito para exprimir uma ação anterior a outra já passada: O primeiro fato foi a promessa do livro (=prometera); o segundo, o recebimento: recebeu. CORREÇÃO: O autor logo recebeu em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometera enviar.

    d) Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viria a toldar o estilo preciso e depurado dos versos. ERRADO. CORREÇÃO: Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viesse a toldar (ou vinha toldando ou toldasse) o estilo preciso e depurado dos versos. 

    e) Ainda que busque entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor não os tinha encontrado. CORREÇÃO: Ainda que busque entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor não os encontrará. OU ainda que buscasse entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor não os encontrava. 



  • A) O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta extremamente expressivo.
    B) Embora anime seu amigo, o autor não revelou plena convicção de que um juiz podia ser um grande poeta.
    C) O autor logo recebeu em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometera enviar.
    D) Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viesse a toldar o estilo preciso e depurado dos versos.
    E) Ainda que buscasse entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor não os tinha encontrado.

    Letra A
    Bons estudos


ID
93073
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Chapada do Araripe, no Ceará, abriga tesouros que
conjugam importância e poesia. Maior sítio arqueológico em
registro de peixes fósseis do mundo, suas rochas de cerca de
110 milhões de anos conservam animais nos quais é possível
pesquisar células musculares e aparelhos digestivos com as
últimas refeições. Foi também o primeiro lugar do mundo onde
surgiram flores, datadas do período Cretáceo, quando as placas
continentais do Brasil e da África ainda se separavam.
Incrustadas em rochas, as plantas fósseis são exemplares que
deram origem aos vegetais com flores atuais.

A região, que serviu de campo de estudos para a
concepção de alguns dos animais mostrados no filme Jurassic
Park, de Steven Spielberg, abriga o Parque dos Pterossauros, a
quatro quilômetros de Santana do Cariri. Ali são expostas
réplicas artísticas desses animais voadores que possuíam até
cinco metros de envergadura. Ao lado de dinossauros de cerca
de três metros de altura e oito de comprimento, disputaram
espaço na região que corresponde aos Estados do Ceará, de
Pernambuco e do Piauí há cerca de 100 milhões de anos. De
todos os exemplares fósseis dessa ave já achados no mundo,
um terço está na Chapada do Araripe.

Em 2006, foi aprovado pela Unesco um projeto para
transformar a área de pesquisas arqueológicas da Chapada no
primeiro geopark da América - uma região de turismo científico
e ecológico que propicia o autocrescimento sustentado da
população. O parque abrange 5 mil quilômetros, oito municípios
e nove sítios de observação.

(Adaptado do texto de Juliana Winkel. Brasil. Almanaque de
cultura popular
. São Paulo: Andreatto, ano 8, n. 95, março de
2007, p. 20).

... quando as placas continentais do Brasil e da África ainda se separavam. (1°parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que está o grifado acima encontra-se na frase:

Alternativas
Comentários
  • Complementando o comentário da colega: os verbos "separavam" e "possuíam" estão no PRETÉRITO IMPERFEITO (Indica um acontecimento que se prolongou ao longo no tempo com inicio e fim no passado).
  • LETRA D

    O verbo “separar”, em “... quando as placas continentais do Brasil e da África ainda se separavam”, está conjugado no pretérito imperfeito do indicativo (eu separava, tu separavas, ele(a) separava, nós separávamos, vós separáveis, eles(as) separavam).

    Os verbos “conservar”, no trecho da alternativa (A) (“... suas rochas de cerca de 110 milhões de anos conservam animais ...”), “abrigar”, no trecho da alternativa (C) (“... abriga o Parque dos Pterossauros ...”) e “abranger”, no trecho da alternativa (E) (“O parque abrange 5 mil quilômetros ...”), estão todos no presente do indicativo (eu conservo, tu conservas, ele(a) conserva, nós conservamos, vós conservais, eles(as) conservam; eu abrigo, tu abrigas, ele(a) abriga, nós abrigamos, vós abrigais, eles(as) abrigam; eu abranjo, tu abranges, ele(a) abrange, nós abrangemos, vós abrangeis, eles(as) abrangem).
    O verbo “”surgir”, no trecho da alternativa (B) (“... onde surgiram flores ...”), está no pretérito perfeito do indicativo (eu surgi, tu surgiste, ele(a) surgiu, nós surgimos, vós surgistes, eles(as) surgiram).

    O verbo “possuir”, no trecho da alternativa (D) (“... que possuíam até cinco metros de envergadura”), está no pretérito imperfeito do indicativo (eu possuía, tu possuías, ele(a) possuía, nós possuíamos, vós possuíeis, eles(as) possuíam).

    FONTE: Professor Menegotto
  • A) Presente do indicativo

    B) Pretérito perfeito do indicativo

    C) Presente do indicativo

    D) Pretérito imperfeito do indicativo(RESPOSTA CORRETA MESMO TEMPO E MODO VERBAL DO EXEMPLO DADO)

    E) Presente do indicativo
  • a) conservar 

    b) Pret. Perf. do Ind.

    C) Presente do Indicativo

    d) Preterito Imperfeito do Indicativo

    e) Presente do Indicativo

  •  Pretérito perfeito: uma vez. É algo que começou e terminou

    Ex: eu joguei bola ontem (ele jogou bola uma única vez)

     

    Pretérito imperfeito: um habito ou acontece mais de uma vez. É algo que continuo no passado

    Ex: eu jogava bola (ele jogou bola mais de uma vez)


ID
93349
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um sonho de simplicidade

Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz
da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um
sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a
tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos
cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem
falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque,
por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no
bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?

Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata,
tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim,
a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço.

Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria
preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio
de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de
dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido e
de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de
útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma
sossegada e limpa.

Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho
assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento!
Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, de um
número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de
nada, precisamos apenas viver - sem nome, nem número,
fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o
ribeirão.

(Rubem Braga, 200 crônicas escolhidas

Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • O comentário da Luciana está correto, mas com umaressalva: na alternativa E o verbo fica RETIVÉSSEMOS, com acento agudo.
  • A forma mais fácil de resolver este tipo de questão é trocar as formas derivadas dos verbos Ter, Vir e Pôr, pela própria conjugação desses verbos.Veja como facilita na resolução:a) Se todos se detessem mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho.deter deriva do verbo ter, então quando retiramos o "de" obtemos a forma: tessem, claramente errada, o correto seria tivessemb) Como nunca te conviu sonhar, deduzo que sejas feliz.convir deriva do verbo vir, então quando retiramos o "con" obtemos a forma:viu, e o correto seria veio (preste atenção que o verbo é vir e não ver)c) O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.prover (abastecer, suprir) deriva de ver, entao quando retiramos o "pro" obtemos a forma vê, que está correta!d) De onde proviram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?Provir (ter procedência) deriva de vir, então quando retiramos o "pro" obtemos a forma viram, e o correto seria vieram.e) Ah, se retêssemos por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar...reter deriva de ter, então quando retiramos o "re" obtemos a forma têssemos, claramente errada, o correto seria tivéssemos.A FCC cobra muito sobre os derivados dos verbos ter, vir e pôr, mas utilizando esta regrinha você gabarita qualquer uma.
  • ótimo comentário do amigo ...com certeza ajudará muita gente.. como me ajudou...valeu amigo....

    Comentado por Carlos Eduardo Predebon há aproximadamente 1 ano.
  • a) F - Se todos se detivessem mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho.
    b) F - Como nunca te conveio sonhar, deduzo que sejas feliz.
    c) Correto
    d)F - De onde proveram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?
    e)F - Ah, se retivessemos por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar...

  • Eu corrigi da seguinte forma:

     De onde 
    provêm as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?
  • c) O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.

  • a) ERRADO. Se todos se detessem (detivessem) mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho.

    Deter é conjugado igual ao ver ter.

    b) ERRADO. Como nunca te conviu (conveio) sonhar, deduzo que sejas feliz.

    Convir é conjugado igual ao verbo vir.
     

    c) GABARITO. O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.

    – O verbo prover é frequentemente confundido com o verbo provir. Prover indica, principalmente, o ato de providenciar ou fornecer o que é necessário; Já provir indica, principalmente, o ato de ser proveniente de, consequência de ou descendente de.

    – Tome cuidado, pois o verbo prover tem conjugação toda regular (tipo o verbo comer). Entretanto, Ele só é conjugado irregularmente igual ao verbo ver, apenas, no tempo presente do indicativo e o tempo presente do subjuntivo (e claro o modo imperativo). 
     

    d) ERRADO. De onde proviram (provieram) as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?

    Provir é conjugado igualmente ao verbo vir. E significa ter origem de.
    – Não confunda com prover que significa fornecer o que é necessário.
     

    e) ERRADO. Ah, se retêssemos (retivéssemos) por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar...

    Reter é conjugado igualmente ao verbo ter.

  • A. Se todos se detessem detivessem mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho.

    Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

    B. Como nunca te conviu conveio sonhar, deduzo que sejas feliz.

    CONVIR - VIR

    Pretérito Perfeito do Indicativo

    C. O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes.

    PROVER (Abastecer) - VER

    Presente do Indicativo

    D. De onde proviram provieram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente?

    PROVIR (Proceceder) - VIR

    Pretérito Perfeito do Indicativo

    E. Ah, se retêssemos retivéssemos por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar...

    RETER - TER

    Pretérito Imperfeito do Subjuntivo


ID
93370
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Práticas e convenções

Os direitos e deveres estabelecem-se primeiro na
prática, depois por convenção. O senso do que é justo, do que é
socialmente desejável, mesmo do que é moral, firma-se em
valores culturais, cujo acatamento coletivo muitas vezes
demanda as prescrições de um código. Ocorre que a
legitimidade desse código pode vir a se tornar mera e vazia
convenção, quando seus postulados já não refletem a evolução
dos fatos da cultura. As revisões dos dispositivos da lei fazemse,
por vezes, com tal atraso, que apenas retiram de um texto
caduco aquilo que as pessoas há muito removeram de suas
práticas sociais.

As recentes alterações no Código Civil brasileiro,
elogiáveis em tantos aspectos, estão longe de representar
algum avanço mais profundo, refletindo, apenas hoje, valores
que, na prática social, firmaram-se há décadas. No que diz
respeito ao papel da mulher na modernidade, essas alterações
não fazem mais que formalizar (quase diria: envergonhadamente)
direitos conquistados ao longo das lutas feministas,
desde que a mulher tomou para si a tarefa que lhe cabia:
demarcar com clareza e soberania o território de sua atuação,
território que há muito é seu, não por convenção, mas pela ação
cotidiana que se fez histórica.
(Diógenes Torquato, inédito)

Os tempos verbais estão adequadamente articulados na frase:

Alternativas
Comentários
  • A) PUDESSEM TER.B) HAVERIAM SIDO.C) PASSAM.D) CORRETA.e) FOSSEM RECONHECIDOS.
  • GABARITO d) São (PRESENTE DO INDICATIVO) de se elogiar as alterações apresentadas pelo Código que recentemente se lançou (PRETÉRITO PERFEITO).
  • como o presente do indicativo pode articular com preterito perfeito? se alguém puder ajudar e esclarecer, agradeço!
    abs e bons estudos
  • Rafael Santos, dê uma olhada em correlações verbais.

    Mas de qualquer forma, um exemplo:

    Iniciando com o tempo Presente

    ·      Presente do indicativo + Pretérito Perfeito do Indicativo

    Ex.: Hoje eu sei que tive chances com aquela mulher.

  • A meu ver, a reformulação da letra E seria

    Couberam às mulheres lutar para que fossem reconhecidos os....

    Força , foco e fé em Deus que dá certo! 

  • Esta locução não existe: houveram sido formalizados.


ID
93568
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assédio eletrônico

Quem já se habituou ao desgosto de receber textos não
solicitados de cem páginas aguardando sua leitura? Ou quem
não se irrita por ser destinatário de mensagens automáticas que
nem lhe dizem respeito? E, mesmo sem aludir a entes mais
sinistros como os hackers e os vírus, como aturar os abusos da
propaganda que vem pelo computador, sob pretexto da
liberdade de acesso à informação?

Entre as vantagens do correio eletrônico - indiscutíveis,
a pergunta que anda percorrendo todas as bocas visa a
apurar se a propagação do e-mail veio ressuscitar a carta. A
esta altura, o e-mail lembra mais o deus dos começos, Janus
Bifronte, a quem era consagrado o mês de janeiro. No templo
de Roma ostentava duas faces, uma voltada para a frente e
outra para trás. A divindade presidia simultaneamente à morte e
ao ressurgimento do ciclo anual, postada na posição
privilegiada de olhar nas duas direções, para o passado e para
o futuro. Analogamente, o e-mail tanto pode estar completando
a obsolescência da carta como pode dar-lhe alento novo.

Sem dúvida, o golpe certeiro na velha prática da
correspondência, de quem algumas pessoas, como eu, andam
com saudades, não foi desferido pelo e-mail nem pelo fax. O
assassino foi o telefone, cuja difusão, no começo do século XX,
quase exterminou a carta, provocando imediatamente enorme
diminuição em sua frequência. A falta foi percebida e muita
gente, à época, lamentou o fato e o registrou por escrito.

Seria conveniente pensar qual é a lacuna que se
interpõe entre a carta e o e-mail. Podem-se relevar três pontos
em que a diferença é mais patente. O primeiro é o suporte, que
passou do papel para o impulso eletrônico. O segundo é a
temporalidade: nada poderia estar mais distante do e-mail do
que a concepção de tempo implicada na escritura e envio de
uma carta. Costumava-se começar por um rascunho; passavase
a limpo, em letra caprichada, e escolhia-se o envelope
elegante - tudo para enfrentar dias, às vezes semanas, de
correio. O terceiro aspecto a ponderar é a tremenda invasão da
privacidade que a Internet propicia. Na pretensa cumplicidade
trazida pelo correio eletrônico, as pessoas dirigem-se a quem
não conhecem a propósito de assuntos sem interesse do infeliz
destinatário.

(Walnice Nogueira Galvão, O tapete afegão)

É preciso corrigir uma forma verbal flexionada na frase:

Alternativas
Comentários
  • A forma mais fácil de resolver este tipo de questão é trocar as formas derivadas dos verbos Ter, Vir e Pôr, pela própria conjugação desses verbos.a) interveio Intervir deriva do verbo vir = ele veio, forma corretab) contiver conter deriva do verbo ter = que ele tiver, forma correta c) disponhamos dispor deriva do verbo pôr = que nós ponhamosd) provierAtenção para as formas provir e prover!prover (abastecer, suprir) deriva de ver, entao quando retiramos o "pro" obtemos as formas do verbo ver!Provir (ter procedência) deriva de vir, então quando retiramos o "pro" obtemos as formas do verbo vir! Na alternativa o uso foi no sentido de ter procedência e seu uso foi correto:vir = se ela viere) precaveio precaver deriva do verbo ver = ele viu, portanto alternativa incorreta!!A FCC cobra muito sobre os derivados dos verbos ter, vir e pôr, mas utilizando esta regrinha você gabarita qualquer uma.
  • O colega Carlos Eduardo comentou muito bem sobre os verbos da questão, mas em relação ao verbo "precaver", o correto na alternativa E não é "precaviu" como foi explicado pelo colega.O correto é: Ele se precaveu e instalou em seu computador um poderoso antivírus, para evitar que algum e-mail o contaminasse.
  • A alternativa (E) apresenta a forma verbal “precaveio”, que não existe. A forma correta é “precaveu”. Observe-se a conjugação: eu me precavi, tu te precaveste, ele se PRECAVEU, nós nos precavemos, vós vos precavestes e eles se precaveram. O verbo PRECAVER, no caso da alternativa (E), é pronominal, isto é, deve ser conjugado com pronome oblíquo átono.Fonte: Professor Menegotto
  • questão interessante,comentário do camarada lá embaixo,perfeito...quem não prestar atenção nisso,dança.
  • (A)“interveio”
    (B)“contiver”
    (C)“disponhamos” e “munamos”

    (D)“provier”
    (E)"precaveu"
    . Por ser um dos verbos defectivo, não existe a forma "precaveio".
    Bons estudos

  • Precaveio, NÃO é derivado de Ver e nem de Vir

    precaveu

  • Alguém poderia me explica a letra C, não encontrei o Presente do Subjuntivo desse verbo(munir), pelo que pesquisei não existe.

  • PROVIU=ORIGINAR -SE DE ALGUM LUCAR.

    PROVER= ABASTICER .

  • LETRA E

     A), o verbo "interveio" é derivado de "vir", cuja conjugação no pretérito perfeito é "veio".

     

    (B), o verbo "contiver" é derivado de "ter", cuja conjugação no futuro do subjuntivo é "tiver".


    (C), os verbos "disponhamos" e "munamos" estão corretamente flexionados, pois são o presente do subjuntivo dos verbos "dispor" e "munir", respectivamente.


    (D), o verbo "provier" é derivado de "vir", cuja conjugação no futuro do subjuntivo é "vier". Assim, também está correta a flexão.


    (E) está errada, pois não existe a forma "precaveio". O verbo "precaver" é defectivo e não é conjugado nas três primeiras pessoas do singular e na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, mas no pretérito perfeito do indicativo passa a ter conjugação regular. 
    Assim, a conjugação ideal seria: precaveu.

  • fiquei com dúvida na letra C. Dispor segue a conjugação de por. no subjuntivo fica "caso nós pusermos" ou seja, deveria ficar na letra C "caso nós dispusermos"
  • O verbo precaver é um verbo defectivo, não apresentando conjugações em todos os tempos e pessoas. Não é conjugado nem no presente do subjuntivo nem no imperativo negativo. No presente do indicativo é conjugado apenas no nós e no vós. No imperativo afirmativo é conjugado apenas no vós.

  • O verbo precaver não é derivado de ver e é um verbo defectivo tendo apenas no presente do indicativo a primeira pessoa do plural e a segunda do plural, não tem presente do subj, assim como não há imperativo negativo, já no imp. afirmativo só há a segunda pessoa do plural. Ademais, nos demais tempos, precaver segue o modelo do verbo vender para a conjugação.


ID
95092
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Limites das cotas

As regras anunciadas pela UnB (Universidade de
Brasília) para seu programa de cotas raciais para negros e
pardos dão bem a medida da inconsistência desse sistema. Os
candidatos que pretendem beneficiar-se das cotas serão
fotografados "para evitar fraudes".

Uma comissão formada por membros de movimentos
ligados à questão da igualdade racial e por "especialistas no
tema" decidirá se o candidato possui a cor adequada para
usufruir da prerrogativa.

Para além do fato de que soa algo sinistra a criação de
comissões encarregadas de avaliar a "pureza racial" de alguém,
faz-se oportuno lembrar que, pelo menos para a ciência, o
conceito de raça não é aplicável a seres humanos. Os recentes
avanços no campo da genômica, por exemplo, já bastaram para
mostrar que pode haver mais diferenças genéticas entre dois
indivíduos brancos do que entre um branco e um negro. (...)

Esta Folha se opõe à política de cotas por entender que
nenhuma forma de discriminação, nem mesmo a chamada
discriminação positiva, pode ser a melhor resposta para o grave
problema do racismo. A filosofia por trás das cotas é a de que
se pode reparar uma injustiça através de outra, manobra que
raramente dá certo. (...)

(Folha de S. Paulo. 22/03/2004, p. A-2)

Os candidatos que pretendem beneficiar-se das cotas serão fotografados.

Na frase acima, há uma correta articulação entre os tempos verbais de pretendem e serão. Alterando-se esses tempos, uma correta articulação ocorreria entre as formas

Alternativas
Comentários
  • Correlação entre Pret. IMperf. Subj e Fut. Pret. Ind.


ID
95107
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Limites das cotas

As regras anunciadas pela UnB (Universidade de
Brasília) para seu programa de cotas raciais para negros e
pardos dão bem a medida da inconsistência desse sistema. Os
candidatos que pretendem beneficiar-se das cotas serão
fotografados "para evitar fraudes".

Uma comissão formada por membros de movimentos
ligados à questão da igualdade racial e por "especialistas no
tema" decidirá se o candidato possui a cor adequada para
usufruir da prerrogativa.

Para além do fato de que soa algo sinistra a criação de
comissões encarregadas de avaliar a "pureza racial" de alguém,
faz-se oportuno lembrar que, pelo menos para a ciência, o
conceito de raça não é aplicável a seres humanos. Os recentes
avanços no campo da genômica, por exemplo, já bastaram para
mostrar que pode haver mais diferenças genéticas entre dois
indivíduos brancos do que entre um branco e um negro. (...)

Esta Folha se opõe à política de cotas por entender que
nenhuma forma de discriminação, nem mesmo a chamada
discriminação positiva, pode ser a melhor resposta para o grave
problema do racismo. A filosofia por trás das cotas é a de que
se pode reparar uma injustiça através de outra, manobra que
raramente dá certo. (...)

(Folha de S. Paulo. 22/03/2004, p. A-2)

Estão corretos o emprego e a flexão de todos os verbos na frase:

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo:a) O conselho houve por bem estribar-se no critério racial para prencher as vagas na sua universidade.b) Não se sabe se diminui ou não, drasticamente, o número de negros e pardos que permanecerão alijados do sistema universitário.Alijado: lançado fora; retirado, afastado.c) Quem se opuser à política de cotas haverá de imaginar alguma outra saída, que tanto favoreça os negros e os pardos como também os brancos pobres.d) Aqueles que sempre retiveram as vagas não haverão de concordar com o novo sistema, pelo qual o critério racial se sobrepõe ao do mérito.;)
  • complementando a brilhante explicaçao do colega embaixo

     

    o certo é PREENCHER,e nao PRENCHER como está na letra A.


ID
97648
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assédio eletrônico

Quem já se habituou ao desgosto de receber textos não
solicitados de cem páginas aguardando sua leitura? Ou quem
não se irrita por ser destinatário de mensagens automáticas que
nem lhe dizem respeito? E, mesmo sem aludir a entes mais
sinistros como os hackers e os vírus, como aturar os abusos da
propaganda que vem pelo computador, sob pretexto da
liberdade de acesso à informação?

Entre as vantagens do correio eletrônico - indiscutíveis
-, a pergunta que anda percorrendo todas as bocas visa a
apurar se a propagação do e-mail veio ressuscitar a carta. A
esta altura, o e-mail lembra mais o deus dos começos, Janus
Bifronte, a quem era consagrado o mês de janeiro. No templo
de Roma ostentava duas faces, uma voltada para a frente e
outra para trás. A divindade presidia simultaneamente à morte e
ao ressurgimento do ciclo anual, postada na posição
privilegiada de olhar nas duas direções, para o passado e para
o futuro. Analogamente, o e-mail tanto pode estar completando
a obsolescência da carta como pode dar-lhe alento novo.

Sem dúvida, o golpe certeiro na velha prática da
correspondência, de quem algumas pessoas, como eu, andam
com saudades, não foi desferido pelo e-mail nem pelo fax. O
assassino foi o telefone, cuja difusão, no começo do século XX,
quase exterminou a carta, provocando imediatamente enorme
diminuição em sua frequência. A falta foi percebida e muita
gente, à época, lamentou o fato e o registrou por escrito.

Seria conveniente pensar qual é a lacuna que se
interpõe entre a carta e o e-mail. Podem-se relevar três pontos
em que a diferença é mais patente. O primeiro é o suporte, que
passou do papel para o impulso eletrônico. O segundo é a
temporalidade: nada poderia estar mais distante do e-mail do
que a concepção de tempo implicada na escritura e envio de
uma carta. Costumava-se começar por um rascunho; passavase
a limpo, em letra caprichada, e escolhia-se o envelope
elegante - tudo para enfrentar dias, às vezes semanas, de
correio. O terceiro aspecto a ponderar é a tremenda invasão da
privacidade que a Internet propicia. Na pretensa cumplicidade
trazida pelo correio eletrônico, as pessoas dirigem-se a quem
não conhecem a propósito de assuntos sem interesse do infeliz
destinatário.
(Walnice Nogueira Galvão, O tapete afegão)

Está adequada a correlação entre os tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • Nada pode estar mais distante do e-mail do que o tempo que se costuma levar para que uma carta seja escrita e postada.

    Correlação verbal entre pode (Pres. INd.) e Seja (Pres. Subj)

  • Se vc errou, força. É difícil mesmo no começo, mas dps fica de boa. Olha a correção aí:

     

    a) A pergunta que percorresse todas as bocas VISARIA a apurar se a propagação do e-mail VIESSE a ressuscitar a carta.

     

    b) Quem não se irritava por ter sido destinatário de mensagens automáticas que não lhe DIRIAM respeito?

     

    c) O e-mail tanto poderia estar completando a obsolescência da carta como PODERIA estar representando um novo alento para ela.

     

    d) Teria sido conveniente pensar qual fosse a lacuna que se INTERPUSESSE entre a carta e o e-mail.

     

    e) Nada pode estar mais distante do e-mail do que o tempo que se costuma levar para que uma carta seja escrita e postada. (Certa)

     

    Vlw, pessoal. Erros? Avise-me pfv


ID
103126
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que os verbos estão flexionados corretamente, de acordo com a norma culta da língua.

Alternativas
Comentários
  • a) Quando eu vir o carteiro, pedirei a ele para entrar em contato. (CORRETA) b) Quando ele COMPUSER uma canção, certamente será uma surpresa. c) Irei à cerimônia de casamento somente quando ele VIER comigo. d) Quando ele se DISPUSER a aceitar o convite, ficarei eternamente grato. e) Vou completar a remessa quando ele INTERVIER na arrumação.
  • Dica!Toda prova da FCC cobra verbos irregulares! TODA MESMO!Vamos estudá-los!
  • Paulo, essa questão é da Cesgranrio e não FCC.
  • A) Quando eu VIR o carteiro, pedirei a ele para entrar em contato. (verbo VER flexionado no no futuro do subjuntivo)

    B) Quando ele COMPOR uma canção, certamente será uma surpresa. (verbo COMPOR no infinitivo)

    C) Irei à cerimônia de casamento somente se ele VIR comigo. (verbo VIR no infinitivo)

    D) Se ele se DISPOR a aceitar o convite, ficarei eternamente grato. (verbo DISPOR no infinitivo)

    E) Vou completar a remessa se ele INTERVIR na arrumação. (verbo INTERVIR no infinitivo)

    Obs.: Quando o verbo estiver no infinitivo, quer dizer que ele estará em sua forma original, ou seja, sem conjugação, não flexionado, NEUTRO.

    Entendendo esse macete, conseguimos resolver várias questões com verbos.

    Bons estudos!


ID
104419
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A memória ajuda a definir quem somos. Na verdade, nada
é mais essencial para a identidade de uma pessoa do que o
conjunto de experiências armazenadas em sua mente. E a
facilidade com que ela acessa esse arquivo é vital para que
possa interpretar o que está à sua volta e tomar decisões. Cada
vez que a memória decai, e conforme a idade isso ocorre em
maior ou menor grau, perde-se um pouco da interação com o
mundo. Mas a ciência vem avançando no conhecimento dos
mecanismos da memória e de como fazer para preservá-la.
Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que
será uma realidade a manipulação da mente humana. Isso já
está sendo feito em animais. Cientistas brasileiros e americanos
demonstraram ser possível apagar, em laboratório, certas
lembranças adquiridas por cobaias. Tudo indica que as mesmas
técnicas podem ser usadas também para conseguir o efeito
inverso: ampliar a capacidade de reter fatos e experiências na
mente. Há pouco tempo pesquisadores da Universidade da
Califórnia detalharam como as proteínas estão relacionadas ao
surgimento de novas lembranças nos neurônios e à modificação
das já existentes.
Como ocorreu com o DNA no século passado, os códigos
fisiológicos que regulam a memória estão sendo decifrados.
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados
Unidos, nada menos que um quinto do financiamento em pesquisas
médicas do governo federal vai para as tentativas de
compreender os mecanismos do cérebro. Os estudos sobre a
memória têm um lugar destacado nesse esforço científico.
Afinal de contas, mantê-la em perfeito funcionamento tornou-se
uma preocupação central nas sociedades modernas, em que
dois fenômenos a desafiam: o primeiro é a exposição a uma
carga excessiva de informações, que o cérebro precisa processar,
selecionar e, se relevantes, reter para uso futuro; o segundo
é o aumento da expectativa de vida, que se traduz numa
população mais vulnerável a distúrbios associados à perda de
memória.
Um dos caminhos investigados pelos cientistas para
deter as degenerações que resultam em perda mnemônica é
induzir a produção de novos neurônios - a neurogênese. Até
pouco tempo atrás, acreditava-se que as células do cérebro não
se regeneravam. Esse mito foi derrubado e hoje se sabe que
em algumas estruturas cerebrais o nascimento de células
nervosas é um fenômeno comum. O experimento indica que,
se os cientistas conseguirem estimular de maneira controlada a
neurogênese, poderão aplicar essa técnica tanto para
compensar a morte de células causada por uma doença
degenerativa como, em tese, para melhorar a capacidade de
memorização de uma pessoa saudável. Esse será, certamente,
um dia inesquecível.
(Diogo Schelp. Veja. 13 de janeiro de 2010, pp. 79-87, com
adaptações)


A memória ajuda a definir quem somos.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está também grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    O verbo destacado (somos) está no Presente do Indicativo (eu sou, tu és, ele é, nós somos, ...)

    O mesmo ocorre na alternativa E, com o verbo indica (eu indico, tu indicas, ele indica, ...)

  • A) Presente do Subjuntivo

    B) Pretérito perfeito do indicativo

    C) Pretérito perfeito do indicativo

    D) Pretérito imperfeito do indicativo

    E) Presente do indicativo (RESPOSTA CORRETA, MESMO TEMPO E MODO VERBAL DO EXEMPLO)
  • Somos = Presente do Indicativo

    hoje eu sou, tu és, ele é, NÓS SOMOS, ....


ID
105502
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Contribuição de um antropólogo

A maior contribuição do antropólogo Claude Lévi-Strauss
(que, ainda jovem, trabalhou no Brasil, e morreu, centenário, em
2009) é de uma simplicidade fundamental, e se expressa na
convicção de que não pode existir uma civilização absoluta
mundial, porque a própria ideia de civilização implica a coexistência
de culturas marcadas pela diversidade. O melhor da
civilização é, justamente, essa "coalizão" de culturas, cada uma
delas preservando a sua originalidade. Ninguém deu um golpe
mais contundente no racismo do que Lévi-Strauss e poucos
pensadores nos ensinaram, como ele, a ser mais humildes.

Lévi-Strauss, em suas andanças pelo mundo, foi um
pensador aberto para influências de outras disciplinas, como a
linguística. Foi ele também quem abriu as portas da antropologia
para as ciências de ponta, como a cibernética, que era
então como se chamava a informática, conectando-a com novas
disciplinas como a teoria dos sistemas e a teoria da informação.
Isso deu um novo perfil à antropologia, que propiciou uma nova
abertura para as ciências exatas, e reuniu-a com as ciências
humanas.

Em 1952, escreveu o livro Raça e história, a pedido da
Unesco, para combater o racismo. De fato, foi um ataque feroz
ao etnocentrismo, materializado num texto onde se formulavam
de modo claro e inteligível teses que excediam a mera
discussão acadêmica e se apoiavam em fatos. Comenta o
antropólogo brasileiro Viveiros de Castro, do Museu Nacional:
"Ele traz para diante dos olhos ocidentais a questão dos índios
americanos, algo que nunca antes havia sido feito. O
colonialismo não mais podia sair nas ruas como costumava
fazer. Foi um crítico demolidor da arrogância ocidental: os
índios deixaram de ser relíquias do passado, deixaram de ser
alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. Isso vale mais
do que qualquer análise."

Reconhecer a existência do outro, a identidade do outro,
a cultura do outro - eis a perspectiva generosa que Lévi-Strauss
abriu e consolidou, para que nos víssemos a todos como
variações de uma mesma humanidade essencial.

(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa Fapesp, dezembro 2009)

Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) .....o antropólogo havia trabalhado....

    b) .....que propiciaria uma nova....

    c) Correta.

    d) .......muitos sofrimentos haveriam de ser evitados.

    e) .....Levi-Stratuss tinha contribuído........quando publicara clássicos....


ID
107635
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Duzentos anos atrás, apenas 3% da população mundial viviam em cidades. Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a porcentagem tinha subido para 13% ? ainda uma minoria em um planeta essencialmente rural. Em algum momento deste ano, de acordo com estimativas das Nações Unidas, pela primeira vez na história o número de pessoas que vivem em áreas urbanas ultrapassará o de moradores do campo. Segundo o mesmo estudo, nas próximas décadas, praticamente todo o crescimento populacional do planeta ocorrerá nas cidades, nas quais viverão sete em cada dez pessoas em 2050. A população rural ainda deve aumentar nos próximos dez anos, antes de entrar em declínio gradativo.

O que move a humanidade em direção à vida de colméia? Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a possibilidade de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples. Sua primeira função foi de local de proteção, de armazenagem de alimentos e de entreposto de trocas. A segurança urbana permitiu o desenvolvimento do trabalho especializado, que liberou as pessoas para se engajarem em atividades como as artes, a ciência, a religião e a inovação tecnológica. A lei é a essência da vida urbana desde os tempos babilônicos. Primeiro, porque as cidades são centros de comércio e essa atividade exige regulamentos. Segundo, porque elas atraem diferentes tipos de moradores, que precisam viver juntos e dependem de normas comuns de comportamento.

O lugar que melhor sintetiza a urbanização em escala global é a megalópole. Esse é o nome que se dá aos aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de habitantes. Um em cada 25 habitantes do planeta vive em uma das dezenove megalópoles existentes. Seus moradores desfrutam uma vasta gama de serviços especializados, comércio disponível noite e dia,
programas culturais para todos os gostos, infinitas alternativas de lazer - mas o trânsito pode ser tão congestionado que se torna difícil usufruir as ofertas, ou a preocupação com a segurança é tal que obriga os pais a criar os filhos sob um controle extenuante. Essa situação é agravada pelo fato de quinze desses gigantes estarem localizados em países pobres ou emergentes.

(Adaptado de Thomaz Favero. Veja. 16 de abril de 2008, p.111)

Considere a flexão verbal em viviam - vivem - viverão.

A mesma seqüência está corretamente reproduzida nas formas:

Alternativas
Comentários
  • Flexão verbal:viviam - pretérito imperfeito do Indicativo;vivem - presente do Indicativo;viverão - futuro do presente do Indicativo.A mesma sequência se verifica em:punham - põem - porão.
  • Sabendo que:viviam - pretérito imperfeito do Indicativo; vivem - presente do Indicativo; viverão - futuro do presente do Indicativo. Assim:* a) queriam - querem – quiserão quererão ERRADO * b) davam - dão – dariam. darão ERRADO * c) exigiram exigiam - exigem – exigerão exigirão ERRADO * d) punham - põem - porão. CORRETO * e) criam criavam – criavam criam - criarão. ERRADO Alternativa: D
  • A), “queriam” (pretérito imperfeito do indicativo), “querem” (presente do indicativo) e “quererão” (futuro do presente do indicativo). A forma “quiserão” não existe. 
    B), “davam” (pretérito imperfeito do indicativo), “dão” (presente do indicativo) e “dariam” (futuro do pretérito do indicativo). 
    C), “exigiram” (pretérito perfeito do indicativo), “exigem” (presente do indicativo) e “exigirão” (futuro do presente do indicativo). A forma “exigerão” não existe. 
    D) é a correta, pois os verbos “punham”, “põem” e “porão” mantêm, respectivamente, os mesmos tempos verbais que os mencionados no pedido da questão. 
    E), “criam” (presente do indicativo), “criavam” (pretérito imperfeito do indicativo) e “criarão” (futuro do presente do indicativo). 
    Bons estudos

ID
108592
Banca
FCC
Órgão
SEAD-AP
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Entraram na crônica policial do Estado de São Paulo siglas como PCC. Ela significa Primeiro Comando da Capital. Trata-se de uma facção de criminosos, ao que consta nascida em Taubaté, que atua nos presídios paulistas. O PCC protagonizou a inédita megarrebelião que, num mesmo dia, amotinou presos na capital e em diversas cidades do interior paulista.
Esse tipo de organização era mais conhecido na trajetória dos presídios do Rio de Janeiro. Parece que agora age com mais desenvoltura em São Paulo. Para o Secretário Estadual da Segurança Pública, Marco Vinício Petreluzzi, esse fenômeno não causa surpresa. "Não me espanta que em qualquer cadeia haja tentativa de organização por parte dos presos, porque, afinal, estamos tratando com criminosos", disse o Secretário.
Pode causar espécie o ceticismo de Petreluzzi, até mesmo pela responsabilidade do cargo que ocupa, mas ele contém um ponto que merece reflexão. De fato, a concentração de criminosos facilita a formação dessas organizações que passam a fazer dos presídios uma espécie de quartel-general do crime, de onde se comandam "operações" internas e externas.
Mas características específicas do sistema prisional brasileiro também contribuem para formar o caldo de cultura propício às organizações criminosas. Podem ser citados, nesse sentido, fatores como superlotação, baixa inteligência na administração de presídios, corrupção e reunião de presos que não poderiam conviver no mesmo recinto.
O Governo do Estado toma algumas providências para combater esse tipo de organização. Mas é preciso mais para que as assombrosas siglas dessas gangues de presídios não venham a fazer parte de uma triste rotina contra a qual nada se pode fazer. Que não se propague o temível exemplo de motim rganizado, apresentado por esse tal PCC.


Folha de S. Paulo, 19 fevereiro 2001

Que não se propague o temível exemplo de motim organizado ...

O emprego da forma verbal grifada confere à frase a idéia de

Alternativas
Comentários
  • O verbo está empregado o presente do subjuntivo, que pode denotar:1 - Uma ação duvidosa, incerta, que poderá ser realizada ou não.Ex.: Quem sabe ela passe no concurso...2 - Um desejo, uma vontade.Ex.: Que você se realize no seu novo cargo.;)
  • NOSSA !!!

    Letra A ou Letra B????

  • o verbo pode ser flexionado tanto no subjuntivo quanto no imperativo.
    neste caso vejo que está no imperativo, em sua 3a pessoa. 
    portanto, vejo que ele tem o desejo de que a ação que ele está expressando se realize.
  • Esta questão ficou confusa
    A alternativa B, está mais coerente.
    O Presente do subjuntivo
     – indica uma possibilidade, um fato incerto no presente (dúvida se um fato vai ocorrer ou não).
    A expressão "Que não se propague o temível exemplo de motim organizado ..." demonstra, na verdade, que o autor tem dúvida se esse tipo de rebelião vai se propagar ou não, e, implicitamente, demonstra o seu desejo de que isso NÃO ocorra.

    O desejo  do autor é que o Estado tome providências para combater esse tipo de organização criminosa PARA QUE NÃO SE PROPAGUE ESSE TIPO DE REBELIÃO. (A alternativa A dá a entender que o autor deseja que a  rebelião se propague, e isso não é correto)

    E, para confirmar que meu entendimento confere com a maioria dos que responderam essa questão, vejam as estatísticas. Das 482 pessoas que responderam a questão, apenas 5 marcaram a alternativa A como gabarito. 
    E por falar em estatística, o site se confundiu, pois aqui está apresentando a alternativa A como gabarito e lá está apresentando a B.
    Se foi de próposito, eu corroboro a informação.


  • GABARITO LETRA A

    A questão busca saber sobre o significado no contexto da palavra em destaque de forma isolada.

  • Questão muito confusa!


ID
108709
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre os perigos da leitura

Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra.
Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: "Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!". [...]
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos - ah, isso não lhes tinha sido ensinado!
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.

(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)

Indique a frase em que o verbo haver está empregado da mesma maneira que em - Para isso eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar.

Alternativas
Comentários
  • — Para isso eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar. O verbo HAVER na frase está empregado como verbo PESSOAL. Nesse caso, como auxiliar de outro verbo, o qual vai dar o sentido à frase, sendo por isso chamado de ‘principal'.Exemplos: Vamos nos mudar deste bairro caso ele HAJA encontrado casa em outro. O convite HAVIA sido feito para que se discutisse a ética nas relações profissionais. Falou como se eu não HOUVESSE admitido que não conseguimos deixar de ser seres morais! O verbo haver neste caso comuta com o auxiliar ‘ter', que é mais popular: Vamos nos mudar caso ele TENHA encontrado casa em outro bairro. O convite TINHA sido feito ... Falou como se eu não TIVESSE admitido ...— Para isso eles TINHAM sido treinados durante toda a sua carreira escolar. Nas outras alternativas o verbo HAVER está empregado como IMPESSOAL.
  • O verbo haver quando impessoal é sinônimo do verbo existir.

    Já o verbo haver quando impessoal é sinônimo dos verbos ter, obter, considerar e comportar-se.
    Obs: O verbo ter nunca pode ser usado como sinônimo de existir.

    Feito as considerações acima, vamos para a questão: Para isso eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar. ( sinônimo de ter)

    a) Há um contentamento de Dunga com os novos técnicos.( sinônimo de existir);

    b) Pode haver muita chuva no Grande Prêmio da França.( sinônimo de existir);

    c) O Instituto havia dito que os casos de câncer vão aumentar ( sinônimo de ter);

    d) Durante meses, houve dúvidas sobre o candidato indicado( sinônimo de existir);

    e) Havia duas horas que os aeroportos estavam fechados.( sinônimo de existir).

    Gabarito: Letra C
  • O verbo TER pode ou não ser usado como sinônimo de EXISTIR?
  • Haver + Particípio (regular ou irregular)

  • Eu não consegui entender as explicações aqui, e pesquisando no YouTube, o que pude entender foi que a letra C é a única alternativa com o verbo Pessoal haver, logo o único que aceita sujeito.


ID
116731
Banca
FCC
Órgão
TRE-AC
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O caso Amina Lawal

A absolvição da nigeriana Amina Lawal, que havia sido condenada à morte por apedrejamento pela acusação de adultério, representa uma vitória dos direitos humanos e da comunidade internacional. Ela está longe, entretanto, de significar
uma melhora da situação das mulheres no país. Na verdade, a "solução" encontrada pelos juízes da corte islâmica de apelações que reviu o caso manteve as aparências. Lawal foi absolvida devido a "erros de procedimento" nos dois julgamentos anteriores. Em nenhum momento o "crime" (sexo fora do casamento, ou "zina", na lei islâmica) ou a crueldade da pena foram postos em questão. A sentença, porém, aliviou a pressão internacional sobre o governo nigeriano.
O caso Lawal é, para os padrões democráticos ocidentais, um verdadeiro escândalo. Amina Lawal, 31, foi sentenciada em primeira instância, em março de 2002, no Estado de Katsina, no norte da Nigéria. Segundo a Anistia Internacional, a prova usada contra ela foi o fato de ter engravidado sem ser casada. Curiosamente, o homem que ela afirmava ser o pai da criança apenas negou que tivesse mantido relações sexuais com Amina e nem foi a juízo. Pelos cânones da escola Maliki de interpretação da "sharia", a lei muçulmana, que é a corrente dominante no norte da Nigéria, a gravidez é prova bastante da culpabilidade da ré. A condenação de Amina fora confirmada em segunda instância em agosto de 2002.
A absolvição representa um alívio para o governo do presidente Olusegun Obasanjo (cristão). Se o apedrejamento fosse confirmado pela corte islâmica e ascendesse a um tribunal laico, uma eventual liberação de Lawal - vista por observadores como certa - poderia desencadear uma guerra civil entre os muçulmanos do norte do país e os cristãos do sul. Se o pior desfecho foi evitado com a absolvição, a questão dos direitos humanos está longe de equacionada. No
mesmo dia em que Lawal era libertada, a imprensa nigeriana noticiava a condenação ao apedrejamento de um acusado de sodomia.

(Folha de S.Paulo. Editorial. 27/09/2003)

Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase:

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo:a) Caso não se detivessem nas questões formais, os responsáveis pelo julgamento de Amina não teriam satisfeito as expectativas internacionais.b) Toda mulher que mantiver uma relação amorosa fora do casamento será submetida ao rigor da lei islâmica.c) As leis nigeriana provêem da tradição islâmica, e jamais se abstiveram de observar os rígidos postulados desta.d) Se a Anistia e outros órgãos internacionais não interviessem no caso de Amina, não haveria o que contivesse o ânimo punitivo do tribunal nigeriano.:)
  • Acrescento ainda o erro da letra "C". O correto é "PROVÊM", pois o verbo que está sendo usado é o verbo PROVIR (e não o verbo prover), o qual acompanha a conjugação do verbo "VIR".

    PROVÉM = 3ª p. singular do verbo PROVIR: “O produto provém da Argentina.”
    PROVÊM = 3ª p. plural do verbo PROVIR: “Os produtos provêm da Argentina.”
    PROVÊEM = 3ª p. plural do verbo PROVER ( = abastecer): “Os armazéns se provêem do necessário” (Segundo o novo acordo, será proveem).
  • (A) Caso não se detivessem nas questões formais, os responsáveis pelo julgamento de Amina não teriam satisfeito as expectativas internacionais.
    (B) Toda mulher que mantiver uma relação amorosa fora do casamento será submissa ao rigor da lei islâmica.
    (C) As leis nigerianas provêm da tradição islâmica, e jamais se abstiveram de observar os rígidos postulados desta.
    (D) Se a Anistia e outros órgãos internacionais não interviessem no caso de Amina, não havia o que contivesse o ânimo punitivo do tribunal nigeriano.
    (E) Não se propusessem os formadores de opinião pública a intervir no caso de Amina, é quase certo que a ela se imporia a pena de morte por apedrejamento
    .
    Gabarito: E
    Bons estudos

  • A) Errado. Detessem , derivado do verbo ''ter '' , então a conjunção correta é detivessem ; Particípio do verbo ''satisfazer '' não é ''Satisfazido'' , mas sim ''Satisfeito' '

    B) Errado. Manter , derivado do verbo ''ter'' no Futuro do Subjuntivo será '' TIVER'' , ou seja , '' Mantiver''

    C) Errado . Não se acentuam palavras com entonação de duas letras . Absteram , derivado do verbo ''ter'' então será '' Abstiveram''

    D) Errado . Intervissem é derivado do verbo ''ter'' , então a conjugação correta é ''interviessem''

    E) Correto


ID
116746
Banca
FCC
Órgão
TRE-AC
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O caso Amina Lawal

A absolvição da nigeriana Amina Lawal, que havia sido condenada à morte por apedrejamento pela acusação de adultério, representa uma vitória dos direitos humanos e da comunidade internacional. Ela está longe, entretanto, de significar
uma melhora da situação das mulheres no país. Na verdade, a "solução" encontrada pelos juízes da corte islâmica de apelações que reviu o caso manteve as aparências. Lawal foi absolvida devido a "erros de procedimento" nos dois julgamentos anteriores. Em nenhum momento o "crime" (sexo fora do casamento, ou "zina", na lei islâmica) ou a crueldade da pena foram postos em questão. A sentença, porém, aliviou a pressão internacional sobre o governo nigeriano.
O caso Lawal é, para os padrões democráticos ocidentais, um verdadeiro escândalo. Amina Lawal, 31, foi sentenciada em primeira instância, em março de 2002, no Estado de Katsina, no norte da Nigéria. Segundo a Anistia Internacional, a prova usada contra ela foi o fato de ter engravidado sem ser casada. Curiosamente, o homem que ela afirmava ser o pai da criança apenas negou que tivesse mantido relações sexuais com Amina e nem foi a juízo. Pelos cânones da escola Maliki de interpretação da "sharia", a lei muçulmana, que é a corrente dominante no norte da Nigéria, a gravidez é prova bastante da culpabilidade da ré. A condenação de Amina fora confirmada em segunda instância em agosto de 2002.
A absolvição representa um alívio para o governo do presidente Olusegun Obasanjo (cristão). Se o apedrejamento fosse confirmado pela corte islâmica e ascendesse a um tribunal laico, uma eventual liberação de Lawal - vista por observadores como certa - poderia desencadear uma guerra civil entre os muçulmanos do norte do país e os cristãos do sul. Se o pior desfecho foi evitado com a absolvição, a questão dos direitos humanos está longe de equacionada. No
mesmo dia em que Lawal era libertada, a imprensa nigeriana noticiava a condenação ao apedrejamento de um acusado de sodomia.

(Folha de S.Paulo. Editorial. 27/09/2003)

Considere as seguintes frases:

I. Amina já foi condenada em duas instâncias quando, finalmente, obtivera a absolvição na corte islâmica de apelações, que reviu seu caso.
II. À medida que a Anistia Internacional e outros órgãos iam exercendo cada vez mais pressão sobre o caso, a corte islâmica sentira-se pressionada.
III. Nem bem foi anunciada a absolvição de Amina e a opinião pública internacional expressou seu regozijo, conforme se pôde observar pelos noticiários da Internet.

A relação entre os tempos verbais mostra-se adequada APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo as frases:I. Amina já FORA condenada em duas instâncias quando, finalmente, OBTEVE a absolvição na corte islâmica de apelações, que reviu seu caso.II. À medida que a Anistia Internacional e outros órgãos iam exercendo cada vez mais pressão sobre o caso, a corte islâmica SENTIA-SE pressionada.III. Nem bem foi anunciada a absolvição de Amina e a opinião pública internacional expressou seu regozijo, conforme se pôde observar pelos noticiários da Internet.Alternativa Correta - e
  • Caríssimo Gilvandro, o correto não seria assim:"Amina já FORA condenada em duas instâncias quando, finalmente, OBTIVERA a absolvição na corte islâmica de apelações, que REVIRA seu caso." Com todos os verbos no Pretérito-mais-que-perfeito?Ou assim:"Amina já FOI condenada em duas instâncias quando, finalmente, OBTEVE a absolvição na corte islâmica de apelações, que REVIU seu caso." Com todos os verbos no Pretérito perfeito?:|
  • Paulo Roberto,O Mais-que-Perfeito Simples exprime, da mesma forma que o Mais-Que-Perfeito Composto, UM FATO PASSADO, ANTERIOR A OUTRO igualmente passado, então:Não pode ser REVIRA, porque não se refere a um fato anterior a outro, mas sim a um fato terminado no passado. A corte reviu a condenação dela.As formas - Amina já FORA condenada em duas instâncias quando, finalmente, OBTIVERA a absolvição na corte islâmica de apelações, que REVIRA seu caso e Amina já FOI condenada em duas instâncias quando, finalmente, OBTEVE absolvição na corte islâmica de apelações, que REVIU seu caso, ESTÃO INCORRETAS.Portanto, a frase corrigida é:I. Amina já FORA condenada em duas instâncias quando, finalmente, OBTEVE a absolvição na corte islâmica de apelações, que REVIU seu caso.FORA - condenada antes de ser absolvida no passado;OBTEVE - foi absolvida no passado depois que a corte reviu o caso dela;REVIU - a corte reviu no passado o caso dela e depois a absolveu.
  • Comentário objetivo:

    I. Amina já foi FORA condenada em duas instâncias quando, finalmente, obtivera OBTEVE a absolvição na corte islâmica de apelações, que reviu seu caso.

    II. À medida que a Anistia Internacional e outros órgãos iam exercendo cada vez mais pressão sobre o caso, a corte islâmica sentira-se SENTIA-SE pressionada.

    III. Nem bem foi anunciada a absolvição de Amina e a opinião pública internacional expressou seu regozijo, conforme se pôde observar pelos noticiários da Internet. PERFEITO! 


ID
116899
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente
experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do
próprio organismo.
Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais
intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.


(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

Estão corretas as duas formas verbais sublinhadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Se não nos convierem os exercícios intensos, abdiquemos deles.

    b) Quando uma experiência conter CONTIVER um risco, é preciso que a evitemos.

    c) Há pessoas que não se detém DETÊM nem mesmo diante do que fatalmente lhes trará malefícios.

    d) Para que não soframos com o excesso de ginástica, é preciso que nos instruemos INSTRUAMOS acerca dos riscos que representam.

    e) Quando havermos HOUVERMOS de colher os frutos da nossa imprudência, arrepender-nos-emos.
     

  • Se não nos convierem os exercícios intensos, abdiquemos deles. Correta

    Quando uma experiência conter (CONTIVER) um risco, é preciso que a evitemos.

    Há pessoas que não se detém (DETÊM) nem mesmo diante do que fatalmente lhes trará malefícios.

    Para que não soframos com o excesso de ginástica, é preciso que nos instruemos (INSTRUAMOS) acerca dos riscos que representam.

    Quando havermos (HOUVERMOS) de colher os frutos da nossa imprudência, arrepender-nos-emos.

     


ID
116905
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente
experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do
próprio organismo.
Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais
intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.


(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

Estão corretos o emprego e a articulação dos tempos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • Corrigindo as frases: a) Seria preciso que EVITÁSSEMOS os excessos da ginástica. b) Melhor teria sido se TIVÉSSEMOS EVITADO os exercícios mais intensos. c) O ideal seria que os evitássemos, para que nada viéssemos a sofrer. d) A menos que os EVITEMOS, haveremos de sofrer. e) Mesmo sabendo que sofrerão com eles, há sempre os que não os EVITAM.Alternativa Correta - c
  • Caso classico de correlação verbal. Pret. IMperf Subj com Fut do Pret. INd

  • Correlações verbais corretas presente do indicativo + presente do subjuntivo: 
    Exijo que você faça o dever. 

      pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:
    Exigi que ele fizesse o dever. 

      presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:
    Espero que ele tenha feito o dever. 

      pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo:
    Queria que ele tivesse feito o dever. 

      futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:
    Se você fizer o dever, eu ficarei feliz. 

      pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:
    Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas. 

      pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo:
    Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas. 

      futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:
    Quando você fizer o dever, dormirei. 

      futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:
    Quando você fizer o dever, já terei dormido.
  • GABARITO LETRA C 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 


ID
117847
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A idéia de que o povo é bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania política, provém, sem dúvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filósofo sobre esse ponto era muito mais complexo e profundo do que podem supor alguns de seus ingênuos seguidores.
Do fato de que o homem é sempre bom, e que a sociedade o corrompe, não se seguia logicamente, no pensamento de Rousseau, a conclusão de que as deliberações do povo fossem sempre boas. "Cada um procura o seu bem, mas nem sempre o enxerga. O povo nunca é corrompido, mas é freqüentemente enganado, e é então que ele parece querer o mal" - advertia o filósofo.
É aí que se insere a sua famosa distinção entre vontade geral e vontade de todos. Aquela "só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a soma de vontades particulares". Para Rousseau, nada garantiria que a vontade geral predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrário, ele tinha mesmo da vida em sociedade uma visão essencialmente pessimista. Sustentava que os povos são virtuosos apenas na sua infância e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente.
Não há, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princípio da soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi um moralista, preocupado antes de tudo com a reforma dos costumes, descria completamente de qualquer remédio jurídico para os males da humanidade.



(Fábio Konder Comparato)

Os tempos e modos verbais estão corretamente articulados na frase:

Alternativas
Comentários
  • Seria um contra-senso interpretativo se afirmássemos ...

    Fut Pret INd.                                                  Pret. Imperf. Subj.        

    Correlacionam-se corretamente.      

  • GABARITO LETRA B 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 

  • contrassenso


ID
117853
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A idéia de que o povo é bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania política, provém, sem dúvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filósofo sobre esse ponto era muito mais complexo e profundo do que podem supor alguns de seus ingênuos seguidores.
Do fato de que o homem é sempre bom, e que a sociedade o corrompe, não se seguia logicamente, no pensamento de Rousseau, a conclusão de que as deliberações do povo fossem sempre boas. "Cada um procura o seu bem, mas nem sempre o enxerga. O povo nunca é corrompido, mas é freqüentemente enganado, e é então que ele parece querer o mal" - advertia o filósofo.
É aí que se insere a sua famosa distinção entre vontade geral e vontade de todos. Aquela "só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a soma de vontades particulares". Para Rousseau, nada garantiria que a vontade geral predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrário, ele tinha mesmo da vida em sociedade uma visão essencialmente pessimista. Sustentava que os povos são virtuosos apenas na sua infância e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente.
Não há, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princípio da soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi um moralista, preocupado antes de tudo com a reforma dos costumes, descria completamente de qualquer remédio jurídico para os males da humanidade.



(Fábio Konder Comparato)

Estão corretos o emprego e a forma do verbo sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) São grandes os esforços que o complexo pensamento de Rousseau sempre requereu de seus intérpretes.
    CORRETO. O verbo se encontra no pretérito perfeito do indicativo:

    eu requeri
    tu requereste
    ele requereu
    nós requeremos
    vós requerestes
    eles requereram

    b) Advêm de Rousseau as principais formulações sobre a soberania política do povo.

    Presente do Indicativo
    eu advenho
    tu advéns
    ele advém
    nós advimos
    vós advindes
    eles advêm

    c) A teoria de Rousseau ainda hoje contribui para a análise das relações entre o homem e a natureza. Presente do Indicativo
    eu contribuo
    tu contribuis
    ele contribui
    nós contribuímos
    vós contribuís  
  • d) Os ingênuos seguidores de Rousseau não se detiveram na complexidade de seu pensamento. Pretérito Perfeito do Indicativo
    eu detive
    tu detiveste
    ele deteve
    nós detivemos
    vós detivestes
    eles detiveram
              e) Em seu tempo, Rousseau interveio radicalmente na formação do pensamento democrático.

     

    Pretérito Perfeito do Indicativo
    eu intervim
    tu intervieste
    ele interveio
    nós interviemos
    vós interviestes
    eles intervieram
  • DICA:

    INTERVIR NÃO É DERIVADO DO VERBO VIR: Logo: ele viu, mas não interveio.


ID
118039
Banca
FCC
Órgão
TRE-PI
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

...... que isso ...... falta, ...... grande estoque de material.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO LETRA A

    É só você colocar as palavras nos espaços e verá que o que se concorda mais é a letra a

    Bons Estudos
    Pedro.

ID
118606
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma tese corrente entre os antropólogos sustenta que
um dos marcos da separação entre o homem e os demais
primatas foi o advento da família nuclear. Formada por pai, mãe
e filhos que vivem juntos, ela se opõe à chamada família
estendida, em que os animais andam em bandos e as relações
entre membros consanguíneos se dão de outras formas. Entre
os chimpanzés e os bonobos, nossos parentes mais próximos
na árvore da evolução, como entre muitos outros mamíferos
sociais, a guarda da prole fica exclusivamente a cargo da
fêmea.
Uma pesquisa recente de um grupo de arqueólogos
alemães confirma a antiguidade da família nuclear entre humanos.
O estudo foi feito com base num conjunto de quatro
túmulos coletivos, que datam de 4.600 anos atrás, encontrados
próximos ao rio Saale, no interior da Alemanha. Os túmulos
abrigavam treze ossadas, cujas fraturas sugeriam que os
indivíduos haviam sido vítimas de um massacre. Por análises
de DNA, provou-se que num dos túmulos pai, mãe e filhos -
dois meninos com cerca de 5 e 9 anos - haviam sido enterrados
juntos. Como mostra uma reconstituição artística feita a partir
das ossadas, cada uma das crianças foi sepultada, respectivamente,
junto aos braços do pai e da mãe. O achado constitui
a mais antiga evidência arqueológica de família nuclear já encontrada
e identificada por meio da genética.
Até meados do século XX, prevalecia entre os antropólogos
a ideia de que a família nuclear era uma instituição
apenas cultural. Ela está presente em mitos consagrados como
Adão e Eva, a primeira das famílias, segundo a Bíblia. Hoje se
acredita que a família nuclear tenha se estabelecido por trazer
vantagens evolutivas. Segundo o biólogo holandês Frans de
Waal, um dos maiores primatologistas da atualidade, "É provável
que a família nuclear tenha sido essencial para diferenciar a
espécie humana, garantir sua sobrevivência e sua disseminação
pelo planeta".
Várias hipóteses apontam nesse sentido. Nas gerações
imemoriais, os machos que ficavam mais perto das fêmeas
geravam mais descendentes que os aventureiros, que só
apareciam de vez em quando. A relação estável também
ganhou espaço porque, entre humanos, criar um filho não é
fácil. O bebê exige cuidados especiais por mais tempo que
outros primatas. Em ambientes hostis, como a selva ou a
savana, proteger a criança era difícil. Sob a ótica do pai, estar
por perto para arranjar comida, manter as feras afastadas e
garantir a sobrevivência da prole representava uma vantagem
evolutiva.
Como mostra a imagem da família abraçada no túmulo
encontrado na Alemanha, o instinto familiar é ancestral no
Homo sapiens.

(Leandro Nardoch. Veja, 10 de dezembro de 2008, pp. 114-115,
com adaptações)

Os túmulos abrigavam treze ossadas... (2º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está na frase:

Alternativas
Comentários
  • ABRIGAVAM - PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO.a) ... que só APARECIAM de vez em quando. (CERTA)b) A relação estável também GANHOU espaço ... (errada) - PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVOc) ... e as relações entre membros consanguíneos se DÃO de outras formas. (errada) - PRESENTE DO INDICATIVOd) O achado CONSTITUI a mais antiga evidência arqueológica de família nuclear...(errada) - PRESENTE DO INDICATIVOe) Várias hipóteses APONTAM nesse sentido. (errada) - PRESENTE DO INDICATIVO
  • Comentário objetivo:

    O verbo em destaque está na 3a pessoa do plural do Pretérito Imperfeito do Indicativo. O mesmo ocorre na alternativa A. As demais alternativas estão muito bem explicadas pelo colega abaixo.


ID
118621
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma tese corrente entre os antropólogos sustenta que
um dos marcos da separação entre o homem e os demais
primatas foi o advento da família nuclear. Formada por pai, mãe
e filhos que vivem juntos, ela se opõe à chamada família
estendida, em que os animais andam em bandos e as relações
entre membros consanguíneos se dão de outras formas. Entre
os chimpanzés e os bonobos, nossos parentes mais próximos
na árvore da evolução, como entre muitos outros mamíferos
sociais, a guarda da prole fica exclusivamente a cargo da
fêmea.
Uma pesquisa recente de um grupo de arqueólogos
alemães confirma a antiguidade da família nuclear entre humanos.
O estudo foi feito com base num conjunto de quatro
túmulos coletivos, que datam de 4.600 anos atrás, encontrados
próximos ao rio Saale, no interior da Alemanha. Os túmulos
abrigavam treze ossadas, cujas fraturas sugeriam que os
indivíduos haviam sido vítimas de um massacre. Por análises
de DNA, provou-se que num dos túmulos pai, mãe e filhos -
dois meninos com cerca de 5 e 9 anos - haviam sido enterrados
juntos. Como mostra uma reconstituição artística feita a partir
das ossadas, cada uma das crianças foi sepultada, respectivamente,
junto aos braços do pai e da mãe. O achado constitui
a mais antiga evidência arqueológica de família nuclear já encontrada
e identificada por meio da genética.
Até meados do século XX, prevalecia entre os antropólogos
a ideia de que a família nuclear era uma instituição
apenas cultural. Ela está presente em mitos consagrados como
Adão e Eva, a primeira das famílias, segundo a Bíblia. Hoje se
acredita que a família nuclear tenha se estabelecido por trazer
vantagens evolutivas. Segundo o biólogo holandês Frans de
Waal, um dos maiores primatologistas da atualidade, "É provável
que a família nuclear tenha sido essencial para diferenciar a
espécie humana, garantir sua sobrevivência e sua disseminação
pelo planeta".
Várias hipóteses apontam nesse sentido. Nas gerações
imemoriais, os machos que ficavam mais perto das fêmeas
geravam mais descendentes que os aventureiros, que só
apareciam de vez em quando. A relação estável também
ganhou espaço porque, entre humanos, criar um filho não é
fácil. O bebê exige cuidados especiais por mais tempo que
outros primatas. Em ambientes hostis, como a selva ou a
savana, proteger a criança era difícil. Sob a ótica do pai, estar
por perto para arranjar comida, manter as feras afastadas e
garantir a sobrevivência da prole representava uma vantagem
evolutiva.
Como mostra a imagem da família abraçada no túmulo
encontrado na Alemanha, o instinto familiar é ancestral no
Homo sapiens.

(Leandro Nardoch. Veja, 10 de dezembro de 2008, pp. 114-115,
com adaptações)

Hoje se acredita que a família nuclear tenha se estabelecido por trazer vantagens evolutivas. (3º parágrafo)

O emprego da forma verbal grifada acima denota, considerando- se o contexto,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C.

    "Tenha se estabelecido" está conjugado no subjuntivo de pretérito perfeito composto.  Tempos verbais do subjuntivo:Presente (indica dúvida),Pretérito ( hipótese) e Futuro (hipótese futura).

  •  

     c)hipótese plausível.

  • Mas o "tenha" msm sendo no modo subjuntivo está relacionado ao fato concreto " se estabelecido" ele n tem nada a ver dúvidas. Discordo da resposta da questão. Pra mim a resposta é a alternativa B.


ID
118792
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O andar do bêbado

Nadar contra a corrente da intuição é uma tarefa difícil.
Como se sabe, a mente humana foi construída para identificar
uma causa definida para cada acontecimento, podendo por isso
ter bastante dificuldade em aceitar a influência de fatores
aleatórios (*) ou não diretamente relacionáveis a um fenômeno.
Portanto, o primeiro passo em nossa investigação sobre o papel
do acaso em nossas vida é percebermos que o êxito ou o
fracasso podem não surgir de uma grande habilidade ou grande
incompetência, e sim, como escreveu o economista Armen
Alchian, de "circunstâncias fortuitas". Os processos aleatórios
são fundamentais na natureza, e onipresentes em nossa vida
cotidiana; ainda assim, a maioria das pessoas não os
compreende nem pensa muito a seu respeito.
O título deste livro - O andar do bêbado - vem de uma
analogia que descreve o movimento aleatório, como os trajetos
seguidos por moléculas ao flutuarem no espaço, chocando-se
incessantemente com suas moléculas irmãs. Isso pode servir
como uma metáfora para a nossa vida, nosso caminho da
faculdade para a carreira profissional, da vida de solteiro para a
familiar, do primeiro ao último buraco de um campo de golfe. A
surpresa é que também podemos empregar as ferramentas
usadas na compreensão do andar do bêbado para entendermos
os acontecimentos da nossa vida diária.
O objetivo deste livro é ilustrar o papel do acaso no
mundo que nos cerca e mostrar de que modo podemos
reconhecer sua atuação nas questões humanas. Espero que
depois desta viagem pelo mundo da aleatoriedade, você, leitor,
comece a ver a vida por um ângulo diferente, menos
determinista, com uma compreensão mais profunda dos
fenômenos cotidianos.

(*) aleatório: que depende das circunstâncias, do acaso;
fortuito, contingente. (Houaiss)

(Do prólogo de Leonar Mlodinow para seu livro O andar do
bêbado)

Estão corretamente flexionadas as formas verbais da frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Temos a impressão de que um bêbado, andando na rua, somente executará os movimentos que lhe APROUVER. b) As teorias do acaso não GRANJEIAM muitos adeptos numa época em que imperam os determinismos de todo tipo.c) Pode-se considerar aleatório todo fenômeno ou comportamento que não PROVIER, aparentemente, de um padrão já definido.d) Os exemplos que o leitor se PROPUSER a acompanhar no livro convencê-lo-ão do importante papel do acaso em nossa vida.e) Se não conviesse aos físicos estudar a aleatoriedade, esta ficaria adstrita ao campo das crendices e superstições.Alternativa - e
  • Questão clássica de correlação verbal.

    Se não conviesse aos físicos estudar a aleatoriedade, esta ficaria adstrita ao campo das crendices e superstições.

          (Pret. Imperf. Subj)                                                                  (Fut. Pret. Ind)

     

  • Errei a questão, por que, achei que não seria possível conjugar os físicos com estudar, achei que seria aos físicos estudarem...

ID
118795
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O andar do bêbado

Nadar contra a corrente da intuição é uma tarefa difícil.
Como se sabe, a mente humana foi construída para identificar
uma causa definida para cada acontecimento, podendo por isso
ter bastante dificuldade em aceitar a influência de fatores
aleatórios (*) ou não diretamente relacionáveis a um fenômeno.
Portanto, o primeiro passo em nossa investigação sobre o papel
do acaso em nossas vida é percebermos que o êxito ou o
fracasso podem não surgir de uma grande habilidade ou grande
incompetência, e sim, como escreveu o economista Armen
Alchian, de "circunstâncias fortuitas". Os processos aleatórios
são fundamentais na natureza, e onipresentes em nossa vida
cotidiana; ainda assim, a maioria das pessoas não os
compreende nem pensa muito a seu respeito.
O título deste livro - O andar do bêbado - vem de uma
analogia que descreve o movimento aleatório, como os trajetos
seguidos por moléculas ao flutuarem no espaço, chocando-se
incessantemente com suas moléculas irmãs. Isso pode servir
como uma metáfora para a nossa vida, nosso caminho da
faculdade para a carreira profissional, da vida de solteiro para a
familiar, do primeiro ao último buraco de um campo de golfe. A
surpresa é que também podemos empregar as ferramentas
usadas na compreensão do andar do bêbado para entendermos
os acontecimentos da nossa vida diária.
O objetivo deste livro é ilustrar o papel do acaso no
mundo que nos cerca e mostrar de que modo podemos
reconhecer sua atuação nas questões humanas. Espero que
depois desta viagem pelo mundo da aleatoriedade, você, leitor,
comece a ver a vida por um ângulo diferente, menos
determinista, com uma compreensão mais profunda dos
fenômenos cotidianos.

(*) aleatório: que depende das circunstâncias, do acaso;
fortuito, contingente. (Houaiss)

(Do prólogo de Leonar Mlodinow para seu livro O andar do
bêbado)

Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • Correta a letra "A". Respeita asregras de correlação verbal.

    Um primeiro passo científico será observar bem os fenômenos da aleatoriedade com os quais venhamos a nos deparar.

                                                  Fut. Pres. Ind.                                                                                                   Fut. Subj.

  • b)pode

    c)fosse justificado

    d)vier

    e)é (no lugar de seria)

  • Venhamos está no presente do subjuntivo e não no futuro do subjuntivo conforme informado pelo colega.
  • Alguém poderia explicar a alternativa C? 

  • GABARITO LETRA A 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO 


ID
119095
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não é preciso uma viagem muito longa no tempo. O leitor
com 50 anos talvez resgate na memória uma época em que
o aparelho de tevê era um móvel exclusivo da sala de estar, as
horas de transmissão eram reduzidas e a programação, escassa.
Aos mais jovens eram reservados horários e conteúdos
específicos, que não roubavam muito tempo dos estudos e das
brincadeiras com amigos. Em pouco mais de quatro décadas,
no entanto, a tevê ganhou tempo de programação, variedade de
canais e cores, muitas cores. Vieram o videocassete, o DVD e
os canais a cabo. Depois chegaram os videogames e a internet,
abrindo um novo mundo de possibilidades.
A Kaiser Family Foundation, uma organização sem fins
lucrativos com sede na Califórnia, divulgou recentemente um
estudo sobre o tempo que crianças e adolescentes passam
diante de meios eletrônicos nos Estados Unidos. O estudo,
realizado em parceria com pesquisadores da Universidade de
Stanford, analisou mais de 3 mil estudantes com idade entre 8 e
18 anos, e concluiu que a oferta de entretenimento 24 horas por
dia, sete dias por semana, fez com que aumentasse a exposição
aos meios eletrônicos. Crianças e adolescentes norte-americanos
passam hoje nada menos que 7 horas e 38 minutos
diárias, em média, diante de meios eletrônicos. Os resultados
representam um sensível aumento em relação à pesquisa de
2004, quando foi registrada a média de 6 horas e 21 minutos.
O estudo detectou outras tendências importantes. Primeiro,
o aumento do tempo diante dos meios eletrônicos de
2004 para 2009 foi causado em grande parte pelo crescente
acesso a mídias móveis, tais como telefones celulares, iPods e
aparelhos de MP3. Segundo, apenas três de cada dez crianças
e adolescentes mencionaram regras relacionadas ao tempo
diante da tevê, dos videogames e dos computadores.
Se a tendência se mantiver, teremos cada vez mais adultos
que passaram a maior parte de sua infância e adolescência
diante de meios eletrônicos. Como serão esses adultos? Um
exército de gênios criativos ou uma horda de zumbis? Uma
legião de desinibidos manipuladores dos mais complexos meios
eletrônicos ou um bando de escravos iletrados desses mesmos
meios? Uma geração de espírito aberto e crítico ou um punhado
de conformistas, a consumir estilos de vida e grifes de
identidade?

(Adaptado de Thomaz Wood Jr. "Juventude Virtual". Carta Capital,
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6131)

... o aparelho de tevê era um móvel exclusivo da sala de estar ...

A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima é:

Alternativas
Comentários
  • ERA-pretérito imperfeito do indicativo

    A)PASSARAM=pretérito perfeito do indicativo 

    B)AUMENTASSE=pretérito imperfeito do subjuntivo

    C)ROUBAVAM=pretérito imperfeito do indicativo

    d)GANHOU=pretérito perfeito do indicativo

    e)RESGATE=presente do subjuntivo

     

    RESPOSTA LETRA C


ID
119098
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não é preciso uma viagem muito longa no tempo. O leitor
com 50 anos talvez resgate na memória uma época em que
o aparelho de tevê era um móvel exclusivo da sala de estar, as
horas de transmissão eram reduzidas e a programação, escassa.
Aos mais jovens eram reservados horários e conteúdos
específicos, que não roubavam muito tempo dos estudos e das
brincadeiras com amigos. Em pouco mais de quatro décadas,
no entanto, a tevê ganhou tempo de programação, variedade de
canais e cores, muitas cores. Vieram o videocassete, o DVD e
os canais a cabo. Depois chegaram os videogames e a internet,
abrindo um novo mundo de possibilidades.
A Kaiser Family Foundation, uma organização sem fins
lucrativos com sede na Califórnia, divulgou recentemente um
estudo sobre o tempo que crianças e adolescentes passam
diante de meios eletrônicos nos Estados Unidos. O estudo,
realizado em parceria com pesquisadores da Universidade de
Stanford, analisou mais de 3 mil estudantes com idade entre 8 e
18 anos, e concluiu que a oferta de entretenimento 24 horas por
dia, sete dias por semana, fez com que aumentasse a exposição
aos meios eletrônicos. Crianças e adolescentes norte-americanos
passam hoje nada menos que 7 horas e 38 minutos
diárias, em média, diante de meios eletrônicos. Os resultados
representam um sensível aumento em relação à pesquisa de
2004, quando foi registrada a média de 6 horas e 21 minutos.
O estudo detectou outras tendências importantes. Primeiro,
o aumento do tempo diante dos meios eletrônicos de
2004 para 2009 foi causado em grande parte pelo crescente
acesso a mídias móveis, tais como telefones celulares, iPods e
aparelhos de MP3. Segundo, apenas três de cada dez crianças
e adolescentes mencionaram regras relacionadas ao tempo
diante da tevê, dos videogames e dos computadores.
Se a tendência se mantiver, teremos cada vez mais adultos
que passaram a maior parte de sua infância e adolescência
diante de meios eletrônicos. Como serão esses adultos? Um
exército de gênios criativos ou uma horda de zumbis? Uma
legião de desinibidos manipuladores dos mais complexos meios
eletrônicos ou um bando de escravos iletrados desses mesmos
meios? Uma geração de espírito aberto e crítico ou um punhado
de conformistas, a consumir estilos de vida e grifes de
identidade?

(Adaptado de Thomaz Wood Jr. "Juventude Virtual". Carta Capital,
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6131)

Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Muitos dos jogos eletrônicos mais recentes parecem uma resposta àqueles cujas críticas SÃO dirigidas ao sedentarismo e à falta de atividade a que esses equipamentos costumam levar os usuários.b) A análise do papel dos meios eletrônicos não poderá ser feita sem que se LEVEM em conta outros aspectos fundamentais da vida contemporânea, que a eles sempre ESTÃO ligados.c) Muitos já terão se indagado sobre que proporção do tempo de exposição infantil aos meios eletrônicos ENVOLVE diferentes formas de estímulo ao consumo, especialmente aquelas que SÃO as mais sutis.d) Ainda que o mundo pareça muito mudado, quando o comparamos com aquele de 50 anos atrás, um olhar mais atento revelará que a maior parte das mudanças deu-se apenas na superfície das coisas. (CORRETA)e) Um dos efeitos colaterais, se é que assim PODEMOS classificá-los, da expansão dos meios eletrônicos foi o aumento do abismo que SEPARA aqueles que muito tinham dos que nada têm.
  • d) Ainda que o mundo pareça muito mudado, quando o comparamos com aquele de 50 anos atrás, um olhar mais atento revelará que a maior parte das mudanças deu-se apenas na superfície das coisas.


    Importante observar que o futuro do subjuntivo se relaciona com o futuro do presente.

ID
120040
Banca
FCC
Órgão
SERGAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A cor do invisível

Certo autor famoso dividiu um livro seu em duas partes: na primeira, contos realistas, na segunda, contos fantásticos. Resultado: tem-se a frustrada impressão de que ficou cada uma das partes amputada da outra, quando na realidade os dois mundos convivem. Por que chamar de invisível ou fantástico a esse mundo de que faz parte a caneta esferográfica com que vou abrindo caminho pelo papel como um esquiador sobre o gelo? Este é o mundo que se vê... e no entanto pertence ao mesmo mundo espiritual que está movendo a minha mão.
Um dia, num poema, ante esse frêmito que às vezes agita quase imperceptivelmente a relva do chão, eu anotei: são os cavalos do vento que estão pastando.
Invisíveis? Disse Ambrosio Bierce que, da mesma forma que há infrassons e ultrassons inaudíveis ao ouvido humano, existem cores no espectro solar que a nossa vista é incapaz de distinguir. Ele disse isso num conto seu, para explicar os estragos e as estrepolias de um monstro que "ninguém não viu".
Mas deixemos de horrores e de monstros - coisas de velhas e crianças - e acreditemos na cor dos seres por enquanto invisíveis para nós, como é chamado invisível este oceano de ar dentro do qual vivemos. Há muitas cores que não vêm nos dicionários. Há, por exemplo, a indefinível cor que têm todos os retratos, os figurinos da última estação, a voz das velhas damas, os primeiros sapatos, certas tabuletas, certas ruazinhas laterais: ? a cor do tempo...


(Adaptado de Mário Quintana, Na volta da esquina)

Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • Parece que a resposta certa é mesmo a letra E.

    A caneta esferográfica, de onde saírem as mágicas imagens de um escritor, é a mesma que repousará sobre a cômoda, depois de o haver servido.

    Saírem está no Futuro do Subjuntivo, enquanto repousará está no Futuro do Presente Indicativo. Portanto, eles estão de acordo com as regras de correlação verbal.
     

  • não entendi o erro da alternativa B, quem puder me ajudar, manda um recado pessoal. Valeu :)
    bons estudos!
  • Na letra B compusera é pretérito mais-que-perfeito, ação ocorrida antes de outra ação no passado. No caso em questão, a sequência de ações está invertida!
  • GABARITO LETRA E 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO + FUTURO DO SUBJUNTIVO 


ID
121054
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Representatividade ética

Costuma-se repetir à exaustão, e com as consequências
características do abuso de frases feitas e lugares-comuns, que
as esferas do poder público são o reflexo direto das melhores
qualidades e dos piores defeitos do povo do país. Na esteira
dessa convicção geral, afirma-se que as casas legislativas brasileiras
espelham fielmente os temperamentos e os interesses
dos eleitores brasileiros. É o caso de se perguntar: mesmo que
seja assim, deve ser assim? Pois uma vez aceita essa correspondência
mecânica, ela acaba se tornando um oportuno álibi
para quem deseja inocentar de plano a classe política, atribuindo
seus deslizes a vocações disseminadas pela nação inteira...
Perguntariam os cínicos se não seria o caso, então, de não
mais delegar o poder apenas a uns poucos, mas buscar repartilo
entre todos, numa grande e festiva anarquia, eliminando-se
os intermediários. O velho e divertido Barão de Itararé já reivindicava,
com a acidez típica de seu humor: "Restaure-se a
moralidade, ou então nos locupletemos todos!".
As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos
pelo voto direto, não podem ser vistas como uma síntese
cristalizada da índole de toda uma sociedade, incluindo-se aí as
perversões, os interesses escusos, as distorções de valor. A
chancela da representatividade, que legitima os legisladores,
não os autoriza em hipótese alguma a duplicar os vícios sociais;
de fato, tal representação deve ser considerada, entre outras
coisas, como um compromisso firmado para a eliminação
dessas mazelas. O poder conferido aos legisladores deriva,
obviamente, das postulações positivas e construtivas de uma
determinada ordem social, que se pretende cada vez mais justa
e equilibrada.
Combater a circulação dessas frases feitas e lugarescomuns
que pretendem abonar situações injuriosas é uma
forma de combater a estagnação crítica ? essa oportunista aliada
dos que maliciosamente se agarram ao fatalismo das "fraquezas
humanas" para tentar justificar os desvios de conduta do
homem público. Entre as tarefas do legislador, está a de fazer
acreditar que nenhuma sociedade está condenada a ser uma
comprovação de teses derrotistas.

(Demétrio Saraiva, inédito)

Quanto à flexão e à correlação de tempos e modos, estão corretas as formas verbais da frase:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa 'E' está correta.

    houvesse = Pret. Imperf. Subj. correlaciona-se com conviria = Fut. Pret. Ind.

  • GABARITO LETRA E 

     

    CORRELAÇÃO VERBAL 

     

    FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 

  • Rapaziada, corrijam-me se eu estiver errado, mas realmente, na E a correlação verbal está CORRETA sem dúvida alguma, entretanto quanto à colocação pronominal o certo seria "ninguém se vale de um cargo[...]", pois "ninguém " é pronome indefinido e atrai o pronome "se".


ID
121759
Banca
FCC
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São, no máximo, 140 caracteres para passar o recado. Com essa ideia simples, o Twiter cresceu 1.382% em apenas um ano, chamando a atenção de agentes importantes para o desenvolvimento sustentável. Órgãos públicos, entidades não-governamentais e até mesmo internautas engajados aderiram à novidade e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais.

Mas de que maneira essas redes podem estimular iniciativas de sustentabilidade? "Só existe rede quando o grupo se mantém por um tempo, gerando confiança e identidade entre as pessoas", diz o espanhol David Ugarte, autor de livro sobre o assunto e membro do conselho de um jornal on-line, colaborativo e global para questões ambientais. "Como toda forma não hierárquica da sociedade, as redes sociais são, antes de tudo, coesivas. É natural que apontem para a sustentabilidade social e ambiental."
Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes. Um deles foi a Hora do Planeta, surgido na Austrália, mobilização em torno de se apagarem as luzes no mundo todo, no dia escolhido. No Brasil, universitários se organizaram em redes na internet e foram para Santa Catarina ajudar na reconstrução de locais atingidos pela enchente de novembro passado.

Criado em 2006, o Twiter se transformou em fenômeno de comunicação global. Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na internet, cada vez mais comum em diversos setores. Com as redes sociais, políticos brasileiros e órgãos estão tentando se aproximar mais dos cidadãos, intensificando contato direto com eles. Usam as redes para divulgar políticas públicas e tratar de temas atuais.

O Twiter tem se mostrado uma poderosa arma de mobilização política - a ponto de ter protagonizado papel fundamental durante as últimas eleições presidenciais no Irã. Partidários da oposição encontraram no site a maneira mais eficaz de dizer ao mundo que o governo havia fraudado as votações. Para driblar a censura, convocaram internautas do mundo inteiro a retransmitirem suas mensagens.

(Adaptado de Lucas Frasão. O Estado de S.Paulo, Vida & Sustentabilidade, Especial H6 e H7, 31 de julho de 2009)

... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais. (1º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está na frase:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    O verbo sublinhado (interagem) está conjugado na 3a pessoa do plural do Presente do Indicativo. O mesmo ocorre na alternativa B (eles se matém).

  • |Verbo INteragir no Presente do Indicativo|

    eu interajo
    tu interages
    ele/ela interage
    nós interagimos
    vós interagis
    eles/elas interagem

  • O verbo solicitado na questão (INTERAGEM) encontra-se no presente do indicativo.

    A- O termo " APONTEM" está no presente do subjuntivo.
    B- Correta
    C- O termo " SE ORGANIZARAM" (Verbo pronominal) está no pretérito perfeito do indicativo.
    D- O termo " HAVIA FRAUDADO" apresenta um tempo composto. Os tempos compostos são formados pelos auxiliares TER e HAVER seguidos de um verbo principal na sua forma nominal - GERÚNDIO, PARTICÍPIO e INFINITIVO.

    Neste caso o HAVIA + FRAUDADO equivale a um verbo no pretérito imperfeito mais um verbo no particípio, sendo que esta junção resulta no TEMPO COMPOSTO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO = FRAUDARA.

    Uma observação!!!!. O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo é  habitualmente usado no português escrito e falado no Brasil.

    Ex: Tinha falado = falara / Tinha comido = Comera / Tinha partido = partira

    E - O termo " TRASMITIREM" está no futuro do subjuntivo.
  • Mas o verbo "manter" na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo não se conjuga "mantêm" (acento diferencial)?

    Corrijam-me se eu estiver errado.
  • A forma verbal mantém  tem como plural mantêm, porém na alternativa B se encontra no singular (o grupo  ). Correta B.

    b) ... quando o grupo se mantém por um tempo ...  

ID
127015
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Representatividade ética

Costuma-se repetir à exaustão, e com as consequências características do abuso de frases feitas e lugares-comuns, que as esferas do poder público são o reflexo direto das melhores qualidades e dos piores defeitos do povo do país. Na esteira dessa convicção geral, afirma-se que as casas legislativas brasileiras espelham fielmente os temperamentos e os interesses dos eleitores brasileiros. É o caso de se perguntar: mesmo que seja assim, deve ser assim? Pois uma vez aceita essa correspondência mecânica, ela acaba se tornando um oportuno álibi para quem deseja inocentar de plano a classe política, atribuindo seus deslizes a vocações disseminadas pela nação inteira... Perguntariam os cínicos se não seria o caso, então, de não mais delegar o poder apenas a uns poucos, mas buscar reparti-lo entre todos, numa grande e festiva anarquia, eliminando-se os intermediários. O velho e divertido Barão de Itararé já reivindicava, com a acidez típica de seu humor: "Restaure-se a moralidade, ou então nos locupletemos todos!".
As casas legislativas, cujos membros são todos eleitos pelo voto direto, não podem ser vistas como uma síntese cristalizada da índole de toda uma sociedade, incluindo-se aí as perversões, os interesses escusos, as distorções de valor. A chancela da representatividade, que legitima os legisladores, não os autoriza em hipótese alguma a duplicar os vícios sociais; de fato, tal representação deve ser considerada, entre outras coisas, como um compromisso firmado para a eliminação dessas mazelas. O poder conferido aos legisladores deriva, obviamente, das postulações positivas e construtivas de uma determinada ordem social, que se pretende cada vez mais justa e equilibrada.
Combater a circulação dessas frases feitas e lugares-comuns que pretendem abonar situações injuriosas é uma forma de combater a estagnação crítica ? essa oportunista aliada dos que maliciosamente se agarram ao fatalismo das "fraquezas humanas" para tentar justificar os desvios de conduta do homem público. Entre as tarefas do legislador, está a de fazer acreditar que nenhuma sociedade está condenada a ser uma comprovação de teses derrotistas.

(Demétrio Saraiva, inédito)

Quanto à flexão e à correlação de tempos e modos, estão corretas as formas verbais da frase:

Alternativas
Comentários
  • Erradas:

    a) Não constitui desdouro valer-se de uma frase feita, a menos que se pretendesse que ela venha a expressar um pensamento original.
    b) Se os valores antigos viessem(Pretérito Imperfeito) a se sobrepor aos novos, a sociedade passaria a apoiar-se em juízos anacrônicos e hábitos desfibrados.
    c) Dizia o Barão de Itararé que, se ninguém cuidar da moralidade, não haverá razão para que todos não obtenham amplas vantagens.
    d) Para que uma sociedade se cristalize e se estaguine, basta que seus valores tenha chegado(termo composto o particípio é invariável) à triste consolidação dos lugares-comuns.

    Grande abraço e bons estudos.
  • Complementando o comentário do colega:
    D) Para que uma sociedade se cristalize e se estagne, basta que seus valores tenham chegado à triste consolidação dos lugares-comuns.
    • a) Não constitue desdouro valer-se de uma frase feita, a menos que se pretendesse que ela venha a expressar um pensamento original.

    ERRADA.
    O correto seria: Não constitui desdouro valer-se de uma frase feita, a menos que se pretenda que ela venha a expressar um pensamento original.
    Ou admite-se também a forma: Não constituiria desdouro valer-se de uma frase feita, a menos que se pretendesse que ela viesse a expressar um pensamento original.

    • b) Se os valores antigos virem a se sobrepor aos novos, a sociedade passaria a apoiar-se em juízos anacrônicos e hábitos desfibrados.

    ERRADA.
    O correto seria: Se os valores antigos viessem a se sobrepor aos novos, a sociedade passaria a apoiar-se em juízos anacrônicos e hábitos desfibrados.
    Ou admite-se também: Se os valores antigos vierem a se sobrepor aos novos, a sociedade passará a apoiar-se em juízos anacrônicos e hábitos desfibrados.

    c) Dizia o Barão de Itararé que, se ninguém cuidar da moralidade, não haveria razão para que todos não obtessem amplas vantagens.
    ERRADO.
    O correto seria:  Dizia o Barão de Itararé que, se ninguém cuidar da moralidade, não haverá razão para que todos não obtenham amplas vantagens.
    Ou admite-se também: Dizia o Barão de Itararé que, se ninguém cuidar da moralidade, não haveria razão para que todos não obtivessem amplas vantagens.

    d) Para que uma sociedade se cristalize e se estaguine, basta que seus valores tivessem chegado à triste consolidação dos lugares-comuns.
    ERRADO

    Ou admite-se: Para que uma sociedade se cristalize e se estaguine, basta que seus valores tenham chegado à triste consolidação dos lugares-comuns.

    e) Não conviria a ninguém valer-se de um cargo público para auferir vantagens pessoais, houvesse no horizonte a certeza de uma sanção.
    CERTO

  • "Não conviria a ninguém valer-se de um cargo público para auferir vantagens pessoais, houvesse no horizonte a certeza de uma sanção."

    O certo não seria "se valer de um cargo público", já que é próclise?


ID
127699
Banca
FCC
Órgão
TCM-CE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A rotina e a quimera (excerto)

Sempre se falou mal de funcionários, inclusive dos que
passam a hora do expediente escrevinhando literatura. Não sei
se esse tipo de burocrata-escritor ainda existe. A racionalização
do serviço público, ou o esforço para essa racionalização, trouxe
modificações sensíveis ao ambiente de nossas repartições, e
é de crer que as vocações literárias manifestadas à sombra de
processos se hajam ressentido desses novos métodos de
trabalho.

E por que se maldizia tanto o literato-funcionário? Porque
desperdiçava os minutos de seu dia, reservados aos interesses
da Nação, no trato de quimeras pessoais. A Nação pagava-
lhe para estudar papéis obscuros e emaranhados, ordenar
casos difíceis, promover medidas úteis, ouvir com benignidade
as "partes". Em vez disso, nosso poeta afinava a lira, nosso
romancista convocava suas personagens, e toca a povoar o
papel da repartição com palavras. Figuras e abstrações que em
nada adiantam à sorte do público. É bem verdade que esse
público, logo em seguida, ia consolar-se de suas penas na trova
do poeta ou no mundo imaginado pelo ficcionista.

O certo é que um e outro são inseparáveis, ou antes, o
funcionário determina o escritor. O emprego do Estado concede
com que viver, de ordinário sem folga, e essa é condição ideal
para bom número de espíritos: certa mediania que elimina os
cuidados imediatos, porém não abre perspectiva de ócio absoluto.
O indivíduo tem apenas a calma necessária para refletir na
mediocridade de uma vida que não conhece a fome nem o
fausto; sente o peso dos regulamentos, que lhe compete observar
ou fazer observar; o papel barra-lhe a vista dos objetos
naturais, como uma cortina parda. É então que intervém a
imaginação criadora, para fazer desse papel precisamente o
veículo de fuga, sorte de tapete mágico, em que o funcionário
embarca, arrebatando consigo a doce ou amarga invenção, que
irá maravilhar outros indivíduos, igualmente prisioneiros de
outras rotinas, por este vasto mundo de obrigações não escolhidas.

(Carlos Drummond de Andrade, Passeios na ilha)

Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a)estaria-acaba

    c)debilitaria-se

    e)vinham

     

  • a) Fossem todos os funcionários públicos grandes escritores, estará (ESTARIA) comprovada a tese de que a rotina acabe (ACABA) por levar ao ato criativo.

    b) Sugere-se no texto que, mesmo quando um funcionário não é exemplar em sua função, pode ainda assim ser um grande ficcionista ou poeta. CORRETA

    c) Se Machado de Assis e outros não tivessem sido bons funcionários e geniais escritores, debilita-se  (DEBILITAR-SE-IA) a tese defendida nessa crônica.

    d) Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas repartições, haviam-se disposto  (FORMA VERBAL QUE NÃO INDICA UMA AÇÃO FREQUENTE NO PASSADO, COMO OCORRE COM A PRIMEIRA SENTENÇA) a cultivar seus respectivos gêneros.

    e) Ao escreverem boas páginas de literatura, os funcionários criavam laços de cumplicidade com os leitores que venham (VIRIAM) a cativar.

  • A alternativa (B) é a correta, pois se  mantêm os verbos no presente do indicativo, marcando atualidade. 
  • A) Fossem todos os funcionários públicos grandes escritores, estaria comprovada a tese de que a rotina acaba por levar ao ato criativo.
    B) Se Machado de Assis e outros não tivessem sido bons funcionários e geniais escritores, debilitar-se-ia a tese defendida nessa crônica.
    D) Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas repartições, dispunham-se a cultivar seus respectivos gêneros.
    E)
    Ao escreverem boas páginas de literatura, os funcionários criarão laços de cumplicidade com os leitores que venham a cativar.
    Letra B
    Bons estudos

  • Para mim, o erro da alternativa D ainda não ficou claro. "haviam-se  disposto" é a forma composta de "dispunham-se". Alguém poderia comentar ? 

  • Também não entendi a letra D, se alguém puder ajudar será de grande ajuda!

  • d) Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas repartições, houveram-se disposto a cultivar seus respectivos gêneros.

    pret. imp + pret. + que perf.

    e) Ao escreverem boas páginas de literatura, os funcionários criavam laços de cumplicidade com os leitores que vinham a cativar.

    pres. ind. + pret. perf. + pret. perf.

  • Fábio, não vejo problema no fato de o pretérito imperfeito do indicativo (SER - ERA) correlacionar-se com o pretérito imperfeito do indicativo (HAVER - HAVIAM). Sinceramente, não entendi ainda. 


ID
128326
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Biblioteca e universidade

Nas universidades brasileiras, mesmo de bom nível, as
bibliotecas ainda não receberam a atenção devida. A biblioteca
deveria ser equivalente ao laboratório como centro da universidade,
formando ambos sua dupla fonte de energia. De fato,
preferimos muitas vezes gastar mais com os prédios do que
com os livros. E preferimos também fazer uma política de
pessoal sem cuidar de uma política paralela de equipamento.

Não podemos, é claro, seguir o exemplo de certos países
do primeiro mundo, nos quais geralmente uma instituição de
ensino superior só começa a funcionar depois de plenamente
equipada. O nosso ritmo é diverso, as nossas possibilidades
são outras, e há que deixar margem à capacidade brasileira de
improvisar, que tem os seus lados positivos. Mas podemos e
devemos estabelecer na estratégia universitária uma proporção
mais justa entre a política de instalação, a política de pessoal e
a política de equipamento.

Quanto à biblioteca, os dois aspectos básicos são a
constituição de acervo adequado e a presença de pessoal
competente. É constrangedor ver as nossas instituições de
ensino superior começarem o trabalho sem os livros necessários;
e, quando estes são conseguidos, vê-las sem meios de
aproveitá-los corretamente, ampliar o acervo e manter um ritmo
normal de atualização. Igualmente penoso é ver a desqualificação
relativa da função de bibliotecário, que apesar das melhorias
ainda não teve o reconhecimento, a formação e a remuneração
que merece. Nas nossas bibliotecas não é frequente a
figura do bibliotecário-bibliógrafo, isto é, aquele capaz de dominar
textualmente a bibliografia de um dado setor e trabalhar
sobre ele com um tipo de competência equivalente à dos
professores, podendo inclusive publicar a respeito trabalhos de
especialista. Neste sentido, é preciso repensar a relação entre
docentes e bibliotecários, dando a estes um relevo que poucas
vezes lhes é atribuído.

(Antonio Candido, Recortes)

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • b) Espera-se que uma biblioteca universitária conte sempre com aquele profissional especializado que saiba otimizar o serviço a ser prestado.

    Correlação verbal entre Pres. Indicativo e Pres. Subj.

  • b) Espera-se que uma biblioteca universitária conte sempre com aquele profissional especializado que saiba otimizar o serviço a ser prestado.

    Correlação verbal entre Presente Indicativo e Presente do Subjuntivo.


  •  

    •  a) Fosse (Pretérito imperfeito) possível rever a estratégia de implantação das universidades brasileiras, medidas muito diversas podem (poderiam - Futuro do pretérito)e devem ser tomadas.
    •  b) Espera-se (Presente do Indicativo) que uma biblioteca universitária conte (Presente do Subjuntivo) sempre com aquele profissional especializado que saiba (Presente do Subjuntivo) otimizar o serviço a ser prestado.
    •  c) Seria (Futuro do Pretérito) constrangedor se um docente não vier ( Viesse, no Pretérito Imperfeito) a contar com os subsídios que lhe cabe oferecer uma boa biblioteca universitária.
    •  d) Uma vez que continuem (Presente do subjuntivo) a nos faltar meios e recursos, persistiríamos (persistiremos, no Presente do Indicativo) em improvisar soluções para nossas deficientes bibliotecas universitárias.
    •  e) Não adiantaria (Futuro do Pretérito) contarmos, em nossas bibliotecas, com um bom acervo, uma vez que não possamos (Poderiamos, no Futuro do Pretérito) dispor de funcionários altamente capacitados
    • ALTERNATIVAS CORRIGIDAS
    •  
    • a) Fosse possível rever a estratégia de implantação das universidades brasileiras, medidas muito diversas PODERIAM e DEVERIAM ser tomadas.
    •  b) Espera-se que uma biblioteca universitária conte sempre com aquele profissional especializado que saiba otimizar o serviço a ser prestado. CORRETA
    •  c) Seria constrangedor se um docente não VIESSE a contar com os subsídios que lhe cabe oferecer uma boa biblioteca universitária.
    •  d) Uma vez que continuem a nos faltar meios e recursos, PERSISTIREMOS em improvisar soluções para nossas deficientes bibliotecas universitárias. (Caberia mesoclise em persistiremos)
    •  e) Não adiantaria contarmos, em nossas bibliotecas, com um bom acervo, uma vez que não PODERÍAMOS dispor de funcionários altamente capacitados.
    • Por favor, caso haja erros favor me corrijam.
    Bons estudos.
  •  b)Espera-se que uma biblioteca universitária conte sempre com aquele profissional especializado que saiba otimizar o serviço a ser prestado.

    Com oração subordinada substantiva o verbo estara no modo subjuntivo. Isso acontece com outras orações subordinadas à oração principal tambem, com é o caso de "...que saiba otimizar...". o qual é oração subordinada adjetiva restritiva. O tempo verbal é sempre consoante o da oração principal

  •  e)Não adiantaria contarmos, em nossas bibliotecas, com um bom acervo, uma vez que não possamos dispor de funcionários altamente capacitados.

    Vi que o pessoal usou fut.pret.ind poderíamos para correlacionar com adiantaria que também está no mesmo tempo e modo.

    Se por acaso eu usasse pudessemos estaria errado?


ID
128569
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jornalismo e universo jurídico

É frequente, na grande mídia, a divulgação de informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos. Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar informações originadas de meios especializados em notícia assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicação informações sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas. O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informática ou a medicina, campos que também possuem linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é lembrada por Leão Serva:


Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são alheios, mas que permitem um certo nível imediato de compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários confusos aparecerão simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreensão da totalidade do significado da notícia.

(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de
Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)


A flexão dos verbos e a correlação entre seus tempos e modos estão plenamente adequadas em:

Alternativas
Comentários
  • a)vieramb)certo. seria( futuro do preterito)....conviessem, seguissem(imperfeito do subj).c)dispuserd)sobreviere)detiveram
  • Uma dica que peguei de outra pessoa e replico:
    b) Convir (no pretérito imperfeito do Subjuntivo) - Que Eles Conviessem
        Fica mais fácil conjugar o verbo VIR.
    Outra dica válida é o site conjuga-me.net 

ID
130174
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jornalismo e universo jurídico

É frequente, na grande mídia, a divulgação de
informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais
para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos.
Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o
público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do
jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar
informações originadas de meios especializados em notícia
assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar
uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista
precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de
uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico
exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos
meios de comunicação informações sobre fatos complexos
relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle
externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade
administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande
número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas
na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o
desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas.
O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos
enfocados em segmentos especializados, como a economia, a
informática ou a medicina, campos que também possuem
linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo
jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de
incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como
as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é
lembrada por Leão Serva:

Um procedimento essencial ao jornalismo, que
necessariamente induz à incompreensão dos fatos que
narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são
alheios, mas que permitem um certo nível imediato de
compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser
o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários
confusos aparecerão simplificados para o leitor,
reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de
compreensão da totalidade do significado da notícia.

(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de
Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)

A flexão dos verbos e a correlação entre seus tempos e modos estão plenamente adequadas em:

Alternativas
Comentários
  • B - dispuser
    .
    C - sobrevier
    .
    D - detiveram
    .
    E - vieram - é necessário haver correlação entre tempos e modos verbais.

ID
130456
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos acaba de
completar 60 anos. Ela representa a eterna aspiração da
humanidade para uma vida com liberdade e dignidade para
todos.

Se, por um lado, progressos consideráveis foram obtidos
em campos como combate ao racismo, condenação dos
regimes ditatoriais e promoção da igualdade de gênero, por
outro lado, desafios surgiram com novos atos de violação dos
direitos humanos e, consequentemente, passíveis de condenação
no âmbito da Declaração Universal. São os casos da
violência e da discriminação a qualquer título e das novas
formas de terrorismo. Isso sem falar em questões antigas, ainda
longe de serem resolvidas, como a luta contra o tráfico de
pessoas e a tortura.

Nesse contexto, o acesso à informação é de importância
capital e um direito que também precisa ser efetivado. O mais
amplo acesso às avançadas tecnologias de informação e
comunicação é fundamental para que todos tenham
conhecimento de seus direitos e das violações cometidas,
independentemente de onde ocorram e contra quem.
Por mais paradoxal que pareça, a Declaração Universal
dos Direitos Humanos é o instrumento internacional mais citado
no mundo, mas está disponível em apenas 350 das cerca de
7.000 línguas faladas e catalogadas no planeta. Ou seja, nem
todos têm acesso ao conteúdo da declaração que assegura
seus direitos. E tais direitos só serão efetivamente reivindicados,
garantidos e exercidos quando forem devidamente
conhecidos.

Portanto, ampliar a disseminação dessa declaração é
tarefa que precisa ser abraçada como prioridade, especialmente
em benefício dos grupos minoritários, os mais vulneráveis e
marginalizados.

Aqui a mídia tem um papel decisivo, atuando inclusive
como mobilizadora da sociedade contra as violações cometidas
globalmente. Assegurar o direito a uma mídia livre e pluralista,
em que todas as vozes sejam ouvidas é, pois, garantia da
promoção dos direitos humanos e do monitoramento contra
suas violações.

(Trecho do artigo de Marcio Barbosa, Diretor-geral-adjunto da
UNESCO. Folha de S. Paulo, 10 de dezembro de 2008, A3,
com adaptações)

... para que todos tenham conhecimento de seus direitos e das violações cometidas ... (3º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que aparece o grifado acima está também grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • para que todos TENHAM conhecimento de seus direitos e das violações cometidas ... (3º parágrafo) - (verbo TER no PRESENTE DO SUBJUNTIVO).independentemente de onde OCORRAM e contra quem. - (verbo OCORRER no PRESENTE DO SUBJUNTIVO).
  • ... para que todos tenham conhecimento de seus direitos e das violações cometidas ...  - PRESENTE DO SUBJUNTIVO

    Vejamos as assertivas:

    a) ... tais direitos só serão efetivamente reivindicados, garantidos e exercidos ... - FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO
    b) ... desafios surgiram com novos atos de violação dos direitos humanos ... - PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO
    c) ... ainda longe de serem  resolvidas, como a luta contra o tráfico de pessoas e a tortura. - INFINITIVO PESSOAL
    d) ... independentemente de onde ocorram e contra quem. - PRESENTE DO SUBJUNTIVO
    e) ... nem todos têm acesso ao conteúdo da declaração ... PRESENTE DO INDICATIVO


ID
130483
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O sociólogo belgo-canadense Derrick de Kerckhove
define de maneira singular o atual momento em que se dá a
evolução da tecnologia. "Vivemos em estado permanente de
inovação, e não é possível detê-la."

Discípulo do filósofo Marshall McLuhan, famoso por ter
lançado o conceito de aldeia global, Kerckhove explica seu raciocínio
mostrando que, entre a aquisição da linguagem humana
e o surgimento da escrita, houve um intervalo de 1.400 gerações.
Da escrita ao desenvolvimento da imprensa, esse prazo
sofreu uma brutal redução: passaram-se 265 gerações. Já
revoluções recentes, que disseminaram a televisão, o computador
e a internet, ocorrem em intervalos de poucos anos. E
todas têm sido vivenciadas por uma ou duas gerações. É um
ritmo estonteante de novidades.

Kerckhove define que o meio é a base para esse salto
da inovação. As sociedades orais eram mais conservadoras,
porque tinham no corpo seu limite para a difusão da linguagem.
Guardavam na memória tudo o que fosse necessário para o
bom funcionamento do grupo. Com a escrita, o aprendizado
tornou-se mais fácil. O homem pôde inovar, usando os registros
históricos. O surgimento da impressão trouxe um novo
paradigma. Outra importante etapa na escalada da evolução
tecnológica deu-se com a eletricidade. Como meio, ela passou
a transportar a linguagem - pelo telégrafo, pelo rádio e pela
televisão - e ajudou a vencer qualquer distância. Depois,
associou-se à digitalização. "Assim nasceram as condições para
o atual estado de inovação permanente", diz ele.

(Adaptado de Ana Paula Baltazar. Veja Especial Tecnologia.
setembro de 2008, p. 52)

As sociedades orais eram mais conservadoras, porque tinham no corpo seu limite para a difusão da linguagem. Guardavam na memória tudo o que fosse necessário para o bom funcionamento do grupo. (3º parágrafo)

O emprego das formas verbais grifadas acima indica

Alternativas
Comentários
  •  Pretérito imperfeito - Indica um acontecimento que se prolongou ao longo no tempo com inicio e fim no passado (eu estudava);' 'Uma ação incompleta realizada no passado.

  • e) situação presente numa época referida no passado.  
  • a) repetição habitual de fatos que se estendem até o presente. > os verbos estão no p. imperfeito, portanto não há em que se falar em presente
    • b) expressão de uma dúvida quanto aos fatos mencionados.  >  Os verbos estão no modo indicativo, que expressam certeza, portanto não há dúvidas
    • c) propósito exposto com certa hesitação. > Os verbos estão no modo indicativo, que expressam certeza, portanto não há hesitação
    d) enquadramento de ações em um tempo determinado.

    Alternativa "E"  = CORRETA

     E) situação presente numa época referida no passado.

    O vocábulo "presente" da alternativa supra-citada tem o sentido de contida, pertencente etc. Quem ler de forma rápida pode pensar que o "presente" se refere À forma verbal

ID
131650
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A pós-modernidade é uma era de multiplicação das
formas de analfabetismo. As estatísticas referem-se aos
estritamente alfabetizados, aos que aprenderam a ler e
escrever. Mas raramente há referência ao analfabetismo
funcional daquela larga parcela da população que, ainda que
saiba ler e escrever, de fato não está alfabetizada porque está
aquém do manejo minimamente competente da informação
cultural, como a interpretação daquilo que lê. A alfabetização
constitui apenas um dado formal. Ela só tem sentido num
quadro de solicitações culturais em que saber ler e escrever é
mais do que o ato em si. Não é raro que a escola esteja
completamente desvinculada das atividades culturais que lhe
dão sentido, como a leitura, a frequência a bibliotecas, museus
e teatros. Hoje vivemos num cenário em que não é incomum a
combinação de alfabetização e ignorância, com a capacidade
de ler e escrever reduzida ao uso elementar dos simplismos do
cotidiano.
O universo cultural do analfabetismo tem sido ampliado
no último meio século, anulando com facilidade os ganhos da
alfabetização tradicional da escrita manual e da leitura do texto
impresso. O advento do microcomputador pessoal criou, em
curto tempo, uma massa de analfabetos até mesmo entre
pessoas com nível superior. A linguagem computacional invadiu
nossa vida como indecifrável língua estrangeira e nos colocou
da noite para o dia à mercê de técnicos que se esmeram em
falar o "computacionês" incompreensível. A máquina de calcular
livrou-nos dos sofrimentos da tabuada, mas criou uma geração
de ignorantes que faz cálculos sofisticados sem saber como são
feitos. Saber escrever corretamente a língua portuguesa já não
é necessário, pois programas instalados no computador
corrigem automaticamente a maioria dos erros e permitem a
qualquer semi-alfabetizado escrever quase com o rigor de
Machado de Assis.
Estamos muito longe do ensino necessário para cobrir a
extensa área de cultura que deve ser assimilada antes da idade
adulta para que a pessoa se mova num patamar próprio das
demandas culturais crescentes do mundo moderno. Nesse
sentido, a insuficiência da nossa escolarização é um
instrumento de alargamento do número dos que podem ser
classificados na moderna e ampla concepção de analfabetismo,
não limitada estritamente ao saber ler e escrever.

(José de Souza Martins. O Estado de S. Paulo, Aliás, J7, 1 de
março de 2009, com adaptações)

Não é raro que a escola esteja completamente desvinculada das atividades culturais .... (1ª parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está na frase:

Alternativas
Comentários
  • Presente do Subjuntivo que EU ESTEJA que tu estejas que ele esteja que nós estejamos que vós estejaisPresente do Subjuntivo que EU SAIBA que tu saibas que ele saiba que nós saibamos que vós saibais que eles saibam que eles estejam
  • PRESENTE DO SUBJUNTIVO

    A - há ( Presente do Indicativo)

    B - está ( Presente do indicativo)

    C - saiba (Presente do Subjuntivo)

    D não sei, sinceramente

    E - permite (presente indicativo)

  • que eles esmerem - Presente do Subjuntivo

    eles esmeram - Presente do indicativo

  • Esmeram( sign. aperfeiçoar,correção) está no presente do subjuntivo e não do indicativo. Na terceira pessoa do plural( pessoa e número).

    Já o verbo estar em seu modo do subjuntivo e tempo presente ( esteja) encontra-se na terceira pessoa do singular ( pessoa e número), como a alternativa C , o verbo saber encontra-se na terceira pessoa do singular ( pessoa e número).

    Por isso a letra C, pois a alternativa está no mesmo modo,tempo, pessoa e número da frase da questão.

  • DICA:

    Verbo no PRESENTE DO SUBJUNTIVO, use o termo antes do verbo; MARIA QUER QUE EU...

    - MARIA QUER QUE EU... esteja completamente desvinculada das atividades culturais...

    - MARIA QUER QUE EU... saiba ler e escrever ...

  • GABARITO LETRA C 

     

    Presente do Subjuntivo

    que EU ESTEJA

    que tu estejas

    que ele esteja

    que nós estejamos

    que vós estejais

    que eles estejam

     

    Presente do Subjuntivo

    que EU SAIBA

    que tu saibas

    que ele saiba

    que nós saibamos

    que vós saibais

    que eles saibam


ID
134185
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Interesse público e direitos individuais

Hoje em dia, as relações humanas são fugazes, surgem
e desaparecem sem deixar vestígios. O Direito não pode ignorar
essa realidade, sob pena de não cumprir sua função: manter a
ordem jurídica. O grande desafio é compatibilizar a realização
do interesse público com as garantias e os direitos individuais,
que têm o fundamental papel de defender o cidadão contra o
Estado.
Nesse quadro, os avanços tecnológicos acabam representando
uma dificuldade especial. De um lado, as tecnologias
à disposição dos particulares muitas vezes são instrumentos
para desvios de conduta. De outro lado, para coibir ou punir tais
comportamentos, o Estado tem que recorrer a similares tecnologias
que invadem a privacidade dos cidadãos.
A questão é como conciliar as imprescindíveis ferramentas
de investigação à disposição do Estado com o direito à
defesa e ao contraditório, garantias constitucionais. A regra geral
é que o direito à defesa e ao contraditório devem ser
garantidos aos particulares antes que eles sejam afetados por
atos estatais.
Em alguns casos, porém, o oferecimento de oportunidade
de defesa antes da atuação estatal é incompatível com o
interesse público que ela visa tutelar. É o caso, por exemplo, da
apreensão de alimentos contaminados para impedir sua
comercialização. Não teria sentido permitir que o comerciante
continuasse vendendo alimentos contaminados ao público
apenas para que ele pudesse exercer previamente o direito de
defesa; a oportunidade de manifestação prévia representaria
definitivo prejuízo para o interesse público. Daí porque, em
hipóteses excepcionalíssimas, o direito de defesa pode ser
flexibilizado, mas apenas no limite indispensável à preservação
do interesse público e de forma a representar o menor ônus ao
particular.
No caso de escutas telefônicas autorizadas por ordem
judicial para fins investigatórios, é possível afirmar com segurança
que sua realização não é compatível com o exercício
prévio do direito de defesa, pois, do contrário, elas seriam
destituídas de qualquer sentido útil ou prático. Em razão da
natureza específica dessa operação, o direito de defesa deve
ser garantido após o término do período da quebra de sigilo
telefônico.
(Adaptado de Pedro Paulo de Rezende Porto Filho. 10/01/2009.
www.conjur.com.br )

Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) RETIVER no lugar de reter (deriva do verbo ter - logo, se ele TIVER)b) APREENDIDAS no lugar de aprendidas (do verbo aprender)c) CORRETAd) ADVIEREM no lugar de advirem (deriva do verbo vir - logo, VIER)e) SOBREPOR no lugar de sobrepuser

ID
134206
Banca
FCC
Órgão
PGE-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cronistas

Profissão das mais invejáveis, a de cronista. Regularmente,
deve escrever e enviar um pequeno texto para um jornal,
tratando de qualquer coisa com alguma graça, ou com
melancolia, ou com desbragado humor, ou mesmo com solene
poesia. Se não lhe ocorre qualquer assunto, sempre pode discorrer
sobre a falta de assunto. E se uma grande ideia de repente
o assalta, ótimo, ela bem poderá render uma sequência
de três ou quatro crônicas. A imaginação entra em greve? Puxa
uma revista ou jornal e faz uma disfarçada paráfrase da matéria
que um repórter levou tempo para apurar. Ou que tal vingar-se
da amada que o abandonou, colocando-a como protagonista de
uma cena tão imaginária como ridícula?
Não se ganha muito dinheiro, em geral, mas sempre dá
para pagar as pequenas dignidades. E há também quem alimente
a esperança de que o exercício da crônica leve ao do conto,
e este ao romance, de tal forma que, de repente, passe a ser reconhecido
como um escritor de verdade. Esta é a ambição de
um cronista não-convicto: começar a ser considerado um
Escritor.
Mas essa condição de Escritor, vista sob outra
perspectiva, pode não ser tão invejável como a de um cronista:
aquele tem que tratar, em centenas de páginas, dos grandes
dramas humanos, das aflições intensas de um ou mais indivíduos,
das paixões profundas, dos amplos painéis sociais etc.
E aí ele não consegue mais ver sentido em escrever trinta
linhas sobre, por exemplo, o prazer que é abrir numa manhã a
janela e ver passar na calçada a beleza distraída de uma moça
apressada, que vira a esquina e desaparece para sempre.
Talvez para não perder a oportunidade de registrar o encanto
do efêmero, talvez por preguiça, há cronistas, como Rubem
Braga, que jamais deixam de ser tão-somente cronistas. "Tãosomente",
aliás, não se aplica, em absoluto, a esse admirável
Escritor de crônicas. Quem as conhece não recusará ao velho
Braga esse E maiúsculo, que o identifica como um dos maiores
autores da nossa literatura.

(Eleutério Damásio, cronista inédito)

Está INADEQUADA a correlação entre os tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Se não viesse a ocorrer-lhe qualquer assunto, sempre poderia ter discorrido sobre a falta deste.  
  • Alguém poderia explicar esta questão por gentileza?

  • O correto seria (..) sempre poderia discorrer sobre a falta deste.


ID
136498
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jornalismo e universo jurídico

É frequente, na grande mídia, a divulgação de informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos. Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar informações originadas de meios especializados em notícia assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicação informações sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas. O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informática ou a medicina, campos que também possuem linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é lembrada por Leão Serva:


Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são alheios, mas que permitem um certo nível imediato de compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários confusos aparecerão simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreensão da totalidade do significado da notícia.

(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)


A flexão dos verbos e a correlação entre seus tempos e modos estão plenamente adequadas em:

Alternativas
Comentários
  • Correlação entre Pret. Imperf Subj com Fut. Pret Ind.


    e) Seria preciso que certos jornalistas conviessem em aprofundar seus conhecimentos na área jurídica, para que não seguissem incorrendo em equívocos de informação.

  • a) Se um jornalista decidir pautar-se pela correção das informações e se dispor dispuser a buscar conhecimento complementar, terá prestado inestimável serviço ao público leitor.

    b) Todo equívoco que sobrevir sobrevier à precária informação sobre um assunto jurídico constituiria um desserviço aos que desejarem esclarecer-se pelo noticiário da imprensa.

    c) As imprecisões técnicas que costumam marcar notícias sobre o mundo jurídico deveriam-se ao fato de que muitos jornalistas não se deteram  detiveram suficientemente na especificidade da matéria.

    d) Leão Serva não hesitou exitou em identificar um procedimento habitual do jornalismo, a "redução das notícias", como tendo sido o responsável por equívocos que vierem a tolher a compreensão da matéria.
    Significado de êxito
    s.m. Conseqüência, efeito. Resultado próspero; solução favorável; vitória, sucesso: obter êxito em sua carreira. Bom êxito, mau êxito.

    Significado de Hesitar
    v.i. Estar incerto quanto ao partido que se deve tomar: o homem hesitava em partir. Duvidar: ele não hesitou em acreditar. Titubear, gaguejar: lia, hesitando.

     

    e) Seria preciso que certos jornalistas conviessem em aprofundar seus conhecimentos na área jurídica, para que não seguissem incorrendo em equívocos de informação.
    convir conjugação como verbo VIR logo que vissem = convissem

  • Com a devida vênia ouso discordar do nosso colega, pois, imagino, o erro da alternativa 'd' não está no verbo "hesitar", mas sim no verbo "vir".

    Leão Serva não hesitou em identificar um procedimento habitual do jornalismo, a "redução das notícias", como tendo sido o responsável por equívocos que vierem  VIERAM a tolher a compreensão da matéria.

    Alguém discorda?

ID
137587
Banca
FCC
Órgão
MPE-AP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Velhos e modernos

Pode-se assistir a mais de um comercial na TV em que
se explora a imagem de "velhinhas modernas", ou seja, senhoras
idosas que falam gíria de surfista, dominam a linguagem dos
computadores ou denunciam com malícia juvenil a atitude
conservadora de algum jovem. Tais velhinhas em geral surgem
vestidas à antiga - o que ressalta ainda mais a inesperada
demonstração de "modernidade" de que são capazes.
Certo, não há mesmo por que identificar a velhice com
estagnação da vida, asilo e melancolia. Mas por que identificála
com o seu contrário? Isso equivale a sair de um estereótipo
para cair em outro: em vez de se passar a imagem de uma
pessoa acomodada e incapaz, resignada numa cadeira de
balanço ou num sofá, busca-se a imagem padrão do adolescente
para "salvar" a velhice de seus limites naturais. Parece
que a dificuldade está em aceitar as qualidades que são
efetivamente próprias de uma pessoa já bastante vivida: experiência,
sabedoria, maturação, generosidade, capacidade de
compreensão. Tais atributos parecem estar em baixa na
cotação do mercado publicitário: jovens vendem, e velhos
podem vender se forem tão ou mais "modernos" do que os
jovens. O resultado, como não poderia deixar de ser, é uma
caricatura: a vovó fala palavrões que escandalizam a adolescente,
a vovó é mais maliciosa que a neta. Em suma: o melhor
de viver bastante é poder chegar à velhice exatamente como
aquele que está começando a viver...

Antes de se classificar tais comerciais como tolos,
melhor será pensar na razão mesma de existirem. Não foram
criados a partir do nada: correspondem a uma supervalorização
da juventude, que é um fenômeno do nosso tempo. Desde que
se descobriu que as crianças e os adolescentes constituem uma
fatia considerável do consumo, investe-se muito na conquista
desse público - o que significa potenciar os valores que nele se
representam. Já os aposentados não terão tão grande atrativo.
Como se vê, a cultura moderna incorpora cada vez mais
drasticamente as qualidades que ao mercado interessa ressaltar.
A velhice passa a não ter rosto: colocaram-lhe a máscara
risonha de um jovem deslumbrado.

(Horácio Valongo dos Reis, inédito)

Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

Alternativas
Comentários
  • Dica!

    Uma correlação verbal que aparece MUITO em prova é: Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (explorasse) x Futuro do Pretérito do Indicativo (poder-se-ia).

  • a)

    Caso não se explorasse tanto a imagem das "velhinhas modernas", poder-se-ia ressaltar o peso específico da experiência dos mais velhos.

  • Pessoal, parece difícil (e é kkkkk), mas dps de um tempo e com muito treino tudo isso deixa de ser "impossível" e fica bem automático de se identificar, uma hora tudo isso entra na sua cabeça. Agora vamos à resolução:

     

    a) Caso não se explorasse tanto a imagem das "velhinhas modernas", poder-se-ia ressaltar o peso específico da experiência dos mais velhos. (Correta)

     

    b) Quem quisesse classificar tais comercias como tolos, DEVERIA antes entender o que os tinha motivado.

     

    c) Uma vez descoberta a importância dos jovens como consumidores, PASSOU a ser imprescindível cultivar seus valores.

     

    d) Ao contrário do que vem ocorrendo com os jovens, os aposentados nunca TÊM chegado a estimular a atenção dos publicitários.

     

    e) Se as vovós da TV não se assemelhassem tanto a caricaturas de jovens, TERIA sido evitada sua exposição ao ridículo.