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Prova CESGRANRIO - 2007 - TCE-RO - Analista de Sistemas


ID
4810
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Segundo o texto, o "...tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira." (l. 29-30) refere-se:

Alternativas
Comentários
  • letra B à influência destas etnias na constituição da cultura brasileira.


ID
4813
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

O autor enaltece as teorias de Freyre e Buarque "mesmo que tenham descrito um país que, em parte, deixou de existir." (l. 69-70). Segundo o texto, o país, em parte, deixou de existir em virtude de:

Alternativas

ID
4816
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Para Sérgio Buarque, "as massas urbanas" (l. 61) representam o(a):

Alternativas

ID
4819
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

O termo destacado em "...um espaço integrador dentro da monumental desigualdade;" (l. 71-72) faz contraponto com o(a):

Alternativas
Comentários
  • Contraponto, figurativamente, é algo que contrasta.

    Sabendo disso, já dá para excluir logo de cara a alternativa "B" : as palavras "contraponto'"e "contraste", por terem significados parecidos,não atendem ao comando da questão; o que queremos é algo contrário.

    Voltando às linhas 70, 71 e 72, você consegue perceber que comunidade doméstica patriarcal e estratificação social da casa-grande estão antes inseridas na - e não se contrapõe à - desigualdade na colonização do Brasil ( O Brasil de Gilberto Freyre girava em torno da família extensa da casa-grande, um espaço integrador dentro da monumental desigualdade ) . Aqui "C" e "D" ficam de fora.

    Sobram "A" e "E". Ao recorrer ao texto, na parte em que é citado Sérgio Buarque ( linhas 52 e 53), você elimina mais uma: [...] tampouco acreditava na eficácia das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que prometiam acelerar a modernização pelo alto. O trecho não menciona um processo autoritário de modernização, mas uma promessa de modernização pelas vias autoritárias da época ( Era Vargas). Aqui eliminamos a "A".

    Por fim, resta a "E". Os trechos que embasa a alternativas estão nas linhas 62, 63 e 64: Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores locais, elas ( as massas urbanas ) não mais seriam demandantes de favores, mas de direitos. Cidadania é contraponto à desigualdade.

    Questão trabalhosa; obriga o candidato a ficar contando as linhas e ler e reler o texto.

    Gabarito, letra E.

  • Famosa pegadinha de marca a correta quando é a errada


ID
4822
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

O fragmento "somos uma sociedade transplantada, mas nacional, com características próprias." (l. 56-58) sinaliza uma oposição. Assinale a opção em que os termos demonstram, respectivamente, esta oposição.

Alternativas
Comentários
  • Singular: Individual; único; isolado.Colonial: Traduz a idéia de reunião de pessoas,por exemplo.
  • " Somos uma sociedade TRANSPLANTADA " , ao meu ver condiz com a ideia de Colonização ... Continuando : " Mas nacional, com características próprias " que alega a sua Singularidade !

    Alternativa B


ID
4825
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

A compreensão do Brasil foi retardada pela existência de:

Alternativas
Comentários
  • "Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
    para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
    o enigma brasileiro.[...]"

    - Resposta certa: letra "d"

  • A resposta está justamente dada no primeiro período, como colocou a Monique.  


ID
4828
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

É CONTRÁRIA ao texto a seguinte afirmação:

Alternativas
Comentários
  • "Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois, com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - 'clássico de
    nascença', nas palavras de Antônio Cândido - que tentava compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
    experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana e 'americana' do século 20. Ao contrário do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava se desfazendo (...)"

    Por isso, a letra "b" é nossa resposta: 
    Gilberto Freyre e Sérgio Buarque compartilham o sentimento pelo ocaso da sociedade agrária. 

    Na verdade, durante a leitura do texto percebemos que:

    Gilberto Freyre e Sérgio Buarque NÃO compartilham o sentimento pelo ocaso da sociedade agrária.

    Bons estudos! 


ID
4831
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

O aspecto enigmático da sociedade brasileira consiste:

Alternativas

ID
4834
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Em "seríamos enfim levados a fundar a comunidade política, de modo a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em cidadão." (l. 65-67), as partes destacadas podem ser substituídas, sem alteração de sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • Questão tranqüila. Item “A”.Obs: A modo de também pode ser substituído também por: à maneira de ; à moda de; ao jeito de.

ID
4837
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Assinale a opção em que o conjunto destacado NÃO atribui ao texto a idéia de FINALIDADE.

Alternativas
Comentários
  • A preposição PARA pode representar a ideia de finalidade,

     

    para ter certeza que realmente tem sentido de finalidade, basta trocar o 'para' pelo 'afim de' e então mantendo o sentido, conseguimos identificar que é finalidade.

     

    Na letra E não é possível fazer a troca, perdendo o sentido, logo não é finalidade.

     


ID
4840
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do verbo haver em "Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse." (l. 20-21). Indique-a.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta - CEmprega-se o verbo HAVER como impessoal – isto é, sempre na 3ª pessoa do singular – quando tem o sentido de existir. Este é um dos casos de "oração sem sujeito". Exatamente por isso o verbo haver fica neutro, impessoal, pois ele não tem um sujeito com quem concordar. Os substantivos que complementam o verbo haver são considerados seu objeto direto. Assim, para atender aos preceitos da língua culta, é preciso observar a forma no singular quando o verbo haver está conjugado nos tempos pretéritos ou futuros (no presente dificilmente se cometeria um engano: ninguém diria * hão outros casos). Da mesma forma que ‘haver’, o verbo FAZER conserva-se na 3ª pessoa de singular quando indica TEMPO TRANSCORRIDO ou FENÔMENO METEOROLÓGICO. Estando o verbo fazer na função de verbo impessoal (sem sujeito), deve também assumir a forma impessoal o verbo auxiliar que porventura o acompanhar: * Faz dois dias que não chove. [Não caia no erro comum de dizer *Fazem dois dias] * Quando saí da cidade, fazia 40 graus à sombra. * Vai fazer cinco anos que eles estão noivos. * Poderá fazer três anos sem que ele saia do sanatório. * Dizem que faz 10 meses estão se preparando para o concurso. * Em julho fez uns dias de verão.
  • Alguém pode explicar por que a letra B não é impessoal também?
  • Brasileiro cocurseiro. V erbos que indicam fenomenos  da natureza  geralmente são impessoais, mas na letra B o choveram não indica  fenomeno da naureza. Tanto que se vc colocar o sujeito no singular o  verbo também ficara no singular, "choveu elogio ao chefe"

  • Neste caso a letra B seria correta pois o verbo não esta indicando fenômeno da natureza.

  • A. O antropólogo já havia observado a atitude dos grupos sociais. (já tinha observado- verbo pessoal)

    há uma locução verbal, mas o verbo principal é "observar" que é pessoal, assim o verbo auxiliar (haver) ira se flexionar de acordo com o verbo principal se tornando pessoal.

    DIFERE

    HAVER NAS LOCUÇÕES VERBAIS COMO VERBO PRINCIPAL

    Quando o verbo haver no sentido de existir faz parte de uma locução verbal, ele transfere sua impessoalidade ao verbo auxiliar dessa locução, que permanece, por isso, no singular:

    Deve haver outras técnicas para melhorar o cultivo.

    Pelas informações recebidas, está novamente havendo discussões clandestinas

    . Está havendo coisas de arrepiar os cabelos. Não sei se chegou a haver sessões no Senado naquele período. 

    B. Na época da publicação choveram elogios aos livros. (o verbo se flexiona ao sujeito)

    ORDEM DIRETA: Elogios aos livros choveram na época da publicação.

    c. VERBO FAZER IMPESSOAL- Da mesma forma que haver, fazer conserva-se na 3ª pessoa do singular quando indica tempo transcorrido ou fenômeno meteorológico.

    Estando o verbo fazer na função de verbo impessoal (sem sujeito), deve também assumir a forma impessoal o verbo auxiliar que porventura o acompanhar:

    Faz dois dias que não chove.

    Dizem que faz 10 meses estão se preparando para o concurso.

    Quando saí da cidade, fazia 40 graus à sombra.

    Em julho fez uns dias de verão.

    Vai fazer cinco anos que eles estão noivos.

    Poderá fazer três anos sem que ele saia do sanatório.  

    FONTE:NÃO TROPECE NA LÍNGUA nº 046 3ª Edição por Maria Tereza de Queiroz Piacentini *  * * Diretora do Instituto Euclides da Cunha e autora dos livros “Só Vírgula”, “Só Palavras Compostas” e “Língua Brasil – Crase, Pronomes & Curiosidades” www.linguabrasil.com.br-

    resposta: LETRA C.


ID
4843
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Assinale a opção em que há uso INADEQUADO da regência verbal, segundo a norma culta da língua.

Alternativas
Comentários
  • comparar é vti e pede preposiçao a

     

    logo o correto seria:...nao vejo alguem a quem ele possa se comparar.

  • Comentário objetivo:

    a) É interessante a obra de Freyre com a qual a de Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral.   CORRETO: A obra de Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral COM a obra de Freyre.  

    b) É necessário ler estes livros nos quais nos vemos caracterizados.
    CORRETO: Nós nos vemos caracerizados NOS livros.

    c) Chico Buarque, por quem os brasileiros têm grande admiração, é filho de Sérgio Buarque.   CORRETO: os brasileiros têm grande admiração POR Chico Buarque.  

    d) É tão bom escritor que não vejo alguém de quem ele possa se comparar. ERRADO: não vejo alguém COM (ou A) que o escritor possa se comparar.

    e) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas leis as pessoas traçam suas vidas.   CORRETO: As pessoas traçam suas vidas SOB aquele livro.  
  • Quem se compara, se compara a alguém, e não de alguém. Compara-se uma pessoa a outra, e não de outra. O correto seria "É tão bom escritor que não vejo alguém a quem ele possa se comparar". 
  • a preposição a
    correta é letra D.
  • Gabarito, D

    É tão bom escritor que não vejo alguém de quem ele possa se comparar.

    É tão bom escritor que não vejo alguém A quem ele possa se comparar.

    Regência:

    Quem se compara, se compara A alguém.


ID
4846
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Em qual das palavras apresentadas a seguir as lacunas NÃO podem ser preenchidas com os mesmos sinais gráficos destacados no vocábulo expansão?

Alternativas
Comentários
  • EX; PREFIXO GREGO( SIG; PARA FORA).
  • EXCLUSÃO
    EXPOSIÇÃO
    EXTERILIZAÇÃO
    EXPANSIVO
    EXCURSÃO
  • O correto na letra C seria Esterilização, com S e com Z.
  • EXTERILIZAÇÃO

  • O correto é a letra C > ESTERELIZAÇÃO

    Esterilização = Ação de esterilizar, de exterminar germes ou microorganismos presentes em quaisquer objetos, alimentos, ambientes.

  • GABARITO LETRA C.

    Em qual das palavras apresentadas a seguir as lacunas NÃO podem ser preenchidas com os mesmos sinais gráficos destacados no vocábulo expansão?

    A) EXCLUSÃO

    B) EXPOSIÇÃO

    GABARITO / C) ESTERILIZAÇÃO

    D) EXPANSIVO

    E) EXCURSSÃO

  • Gabarito: letra C.

    Expansão, Exclusão, Exposição, Expansivo e Excursão são grafados com X e depois S.

    Porém, "Esterilização" é grafado com S, depois Z.

    Portanto, "Esterilização" é a resposta, pois é diferente das demais alternativas.


ID
4849
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

A ausência do sinal gráfico de acentuação cria outro sentido para a palavra:

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal,

    A palavra que ao ser escrita sem acento sofre mudança de sentido é a palavra "trânsito", pois acentuada é um substantivo, já sem o acento passa a ser um verbo (eu transito, do verbo transitar), ou seja, passa a ter um sentido de locomoção.

  • TRÂNSITO - Substantivo.Transito - Presente do verbo TRANSITAR.
  • Embora seja classificada como fácil, essa questão serve para "pegar uma dica":

    Quando a questão cobra uma palavra cujo sentido muda sem o acento, esta (a palavra) tem grande chance de ser um verbo.

    Como acontece nesta questão:


    A retirada do acento traz uma palavra de sentido diferente em

     

    •  a) árido
    •  b) reúne
    •  c) árvore
    •  d) técnico
    •  e) pássaro
    • A resposta correta é letra C, pois, ao retirar o acento, passamos a ter a palavra  arvore do verbo arvorar, que quer significa plantar, içar, desfraldar, hastear.
  • TRÂNSITO... A regra de acentuação explica que TODA PROPAROXÍTONA DEVE SER ACENTUADA... Agora se você estiver transitando pela rua, não tem acento como explica a frase abaixo:

    Eu transito pela rua da cidade.

    Neste caso o verbo é TRANSITAR.

  • No trânsito

    Eu transito por aquela rua

  • A alternativa correta é a letra a).

    - trânsito - SUBSTANTIVO;

    - transito - VERBO.

  • Nesse tipo de questão, basta procurar o verbo, visto que, foi apresentado substantivo em todas às alternativas

  • GABARITO: LETRA A

    ACRESCENTANDO:

    As duas formas – transito e trânsito – existem na Língua Portuguesa.

    Ou seja, ambas as expressões estão corretas, devendo, no entanto, serem usadas em diferentes situações.

    Transito é uma forma verbal do verbo transitar; nomeadamente a primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo. Obs: transitar significa fazer caminho, passar, mudar de lugar ou de estado.

    eu [ transito ]

    Como eu transito todos os dias por aqui não me perco.

    Estás a perguntar quais os lugares por onde eu mais transito?

    Trânsito, com acento circunflexo na vogal “a”, significa tráfego; movimento de veículos motorizados ou não e pedestres numa via; mudança de um local para outro.

    Hoje, o trânsito está impossível!

    Madrid vai revolucionar o trânsito no centro da cidade com a proibição de circulação de veículos poluentes.

    FONTE: https://portuguesaletra.com/duvidas/transito-ou-transito/

  • SIMPLES E COMPLICADA, OBRIGADA ANDRESA PELA DICA

  • Resumo Acentuação e Ortografia:

    Monossílabos:

    Terminados em A(s),E(s),O(s) : pá, três, pós;

    Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: céu, réis, dói;

    Oxítonas:

    Terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). sofá, café,

    Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: chapéu, anéis, herói;

    Paroxítonas:

    • Todas, exceto terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). Ex: fácil, hífen, álbum,

    cadáver, álbuns, tórax, júri, lápis, vírus, bíceps, órfão

    • Terminadas em ditongo (Regra cobradíssima) Ex: Indivíduos, precárias,

    série, história, imóveis, água, distância, primário, indústria, rádio

    • Se tiver Ditongo Aberto: não acentua mais!Ex: boia, jiboia, proteico, heroico

    Proparoxítonas:

    • Todas. Sempre. Ex: líquida, pública, episódica, anencéfalo, período.

    Regra do Hiato:

    Acentuam-se o “i” ou “u” tônico sozinho na sílaba (ou com s): baú,

    juízes, balaústre, país, reúnem, saúde, egoísmo. Caso contrário, não acentue: juiz,

    raiz, ruim, cair.

    Não se acentuam também hiatos com vogais repetidas: voo, enjoo, creem, leem, saara,

    xiita, semeemos.

    Exceção1: “i” seguido de NH: rainha, bainha, tainha,

    Exceção2: “i” ou “u” antecedido de ditongo, se a palavra não for oxítona: bocaiuva,

    feiura, sauipe, Piauí, tuiuiú. Decore: Guaíba e Guaíra são acentuados.

    FONTE: Professor Filipe Luccas - Estratégia concursos.


ID
4852
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É preciso voltar a gostar do Brasil


Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.


BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)

Assinale a opção em que está correto o uso do acento indicativo da crase.

Alternativas
Comentários
  • a) Sergio Buarque - Palavra masculina
    B) uma - pronome indefinido
    c)partir- verbo
    d) O povo brasileiro é! é alguma coisa! dado!
    e)quem recorre, recorre a... as pesquisas.
  • a) Atribui-se à Sérgio Buarque uma visão otimista do Brasil.
    Crase é facultativa em nomes próprios. Como Sergio é masculino admiti-se "a Sergio" ou "ao Sergio". Se fosse Mariana poderia ser "a Mariana" ou "à Mariana".
     
    b) O autor refere-se, no texto, à uma monumental desigualdade.
    Proibida antes de numerais ou artigos (nesse caso uma é artigo indefinido).
     
    c) O Brasil passou a ser entendido à partir desses estudos.
    Não pode ser usada antes de verbos.
     
    d) O povo brasileiro é dado à festas folclóricas.
    à não pode ser usado antes de palavras no plural. O correto seria "a festas" ou "às festas".
     
    e) Muitos universitários recorrem às pesquisas destes dois autores.
    Recorrer a alguém. Juntando com palavra feminina forma a crase. Pode-se aqui usar o truque de substituir pesquisas por trabalhos por exemplo.
    ...recorrem aos trabalhos...
  • Cuidado colega Arthurbeltrão!!! A crase é facultativa em nomes própios FEMININOS, apenas
    • a) Atribui-se à Sérgio Buarque uma visão otimista do Brasil. Errado (crase só diante de substantivos femininos)
    • b) O autor refere-se, no texto, à uma monumental desigualdade. Errado (proibido crase diante de artigos indefindos)
    • c) O Brasil passou a ser entendido à partir desses estudos. Errado (proibido crase diante de verbos)
    • d) O povo brasileiro é dado à festas folclóricas. Errado ("a" no singular, palavra no plural: crase nem a pau!)
    • e) Muitos universitários recorrem às pesquisas destes dois autores. CERTA (recorrem (VTI) a que? as pesquisas)
  • mas existe crase em palavras no plural?

    às pesquisas???

  • GABARITO: LETRA E

    ACRESCENTANDO:

    Os casos proibidos, obrigatórios e facultativos de crase:

    Casos proibidos:

    • Palavras masculinas (ele fazia menção a dissídio trabalhista)

    • Palavras com sentido indefinido (o homem não assistia a filmes medíocres)

    • Verbos (os meninos estavam dispostos a estudar)

    • Pronomes pessoais, de tratamento e interrogativos (a Sua Excelência, dirigimos um comunicado)

    • Em expressões com palavras repetidas (cara a cara, dia a dia)

    • Topônimos (nomes de lugares) que não admitem artigo (João viajará a São Paulo). Cuidado: se for um lugar específico, haverá crase (João viajará à São Paulo de sua infância - "de sua infância" está especificando)

    • Palavra "casa" no sentido de própria residência (o menino voltou a casa para buscar sua carteira). Cuidado: se for casa de outra pessoa, haverá crase (o menino foi à casa de Mariana)

    • Palavra "terra" no sentido de solo (muitos virão a terra após navegar)

    Casos obrigatórios:

    • Locução adverbial feminina (à vista, à noite, à esquerda)

    • Expressão masculina ou feminina com o sentido de "à moda de" (gol à Pelé, cabelos à Sanção)

    • Locução prepositiva (à vista de, à beira de, à mercê de)

    • Locução conjuntiva proporcional (à medida que e à proporção que)

    • Para evitar ambiguidade (ama à mãe a filha e ama a mãe à filha - a crase indica quem é a pessoa amada)

    • Palavras "madame", "senhora" e "senhorita" (enviaremos uma carta à senhorita)

    • Palavra "distância", quando ela estiver determinada (o acidente se deu à distância de 100 metros)

    Casos facultativos:

    • Após a preposição "até" (caminharemos até a/à sala do diretor)

    • Pronome possessivo feminino (ninguém fara menção a/à sua citação)

    • Substantivo feminino próprio (houve uma homenagem a/à Cecília)

    • Palavra "dona" (enviamos a correspondência a/à dona Nádia)

    FONTE: QC


ID
4858
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder às questões de os 17 e 18.

Durante o período colonial, a região do Vale do          
Guaporé foi foco de atenção do governo português,    
por sua situação limítrofe e pela atividade comercial   
que a caracterizava. Em conseqüência, nela se           
delineou uma estrutura social típica da colônia           
portuguesa.                                                           

Sobre a estrutura social dos Vales do Guaporé e do Madeira nesta época, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • "No Vale do Guaporé, durante a segunda metade do século XVIII, foram comuns as fugas de escravos e o seu ajuntamento em quilombos, alguns dos quais resistiam, por longos períodos, como é o caso do Quariterê (ou Piolho), que se manteve ativo por quase meio século, desde sua fundação em 1752, até seu total extermínio em 1795. [...] os escravos do Guaporé buscaram nas fugas a maneira mais imediata e eficaz de se libertarem do domínio do cativeiro. No Vale do Guaporé, as fugas eram multiplicadas pela atração exercida pelas fronteiras. Aproveitando-se das constantes divergências entre as coroas de Portugal e Espanha e da inevitável tensão fronteiriça reinante na região, muitos escravos buscavam a liberdade, fugindo para a vizinha colônia castelhana, muitas vezes contando com a colaboração clandestina dos próprios castelhanos, que lhes ofereciam couto e proteção e deles obtinham informações quanto ao sistema de defesa e guarda das fronteiras e mesmo os utilizavam para o desenvolvimento de técnicas para o cultivo da cana-de-açúcar e o algodão" (História Regional (Rondônia) de Marco Antônio Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca, 4ª ed., Rondoniana, pp. 81-82).

ID
4861
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder às questões de os 17 e 18.

Durante o período colonial, a região do Vale do          
Guaporé foi foco de atenção do governo português,    
por sua situação limítrofe e pela atividade comercial   
que a caracterizava. Em conseqüência, nela se           
delineou uma estrutura social típica da colônia           
portuguesa.                                                           

A crise que atingiu a região do Vale do Guaporé, a partir do início do século XIX, pode ser explicada pela:

Alternativas
Comentários
  • "O deslocamento das tensões fronteiriças para o Vale do Paraguai e a quebra da atividade mineradora definiram o quadro de desinteresse pelas regiões do Guaporé e do Madeira, estabelecendo uma contínua retirada de efetivos e recursos" (História Regional (Rondônia) de Marco Antônio Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca, 4ª ed., Rondoniana, pp. 81-82) (História Regional (Rondônia) de Marco Antônio Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca, 4ª ed., Rondoniana, pp. 84).
  • Analisando à questão, podemos observar que pede-se para explicar os motivos da crise na região do vale do Guaporé, assim podemos identificar dois fatores que reforçaram à crise:

    a) "O declínio da mineração"

    b) "O deslocamento das tensões fronteiriças para o Vale do Paraguai, por causa da importância militar do Vale"

    Esses fatores causaram uma contínua retirada de efetivos e de recursos do vale do Guaporé.

     (História Regional (Rondônia) de Marco Antônio Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca, 4ª ed., Rondoniana, pp. 81-82) (História Regional (Rondônia) de Marco Antônio Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca, 4ª ed., Rondoniana, pp. 84).

    Portanto, a resposta correta é a letra  D.
    e Por 

  • LETRA D

    A crise(decadência) do ouro começa no final do Séc. XVIII, essa crise se dá:

    -  decadência da mineração aliada à importância militar da região do Vale do Paraguai.

    Além disso nas primeiras décadas do século XIX a capital foi transferida para Cuiabá, onde os capitães generais já passavam a maior parte do tempo, permanecendo Vila Bela abandonada, como herança aos negros que ali ficaram abandonados. 

    http://falaescrita.blogspot.com/
    http://ideiasefatos.spaces.live.com

  • Em finais do século XVIII, já se tornava notória a crise pela qual passavam os vales do Guaporé e Madeira. A decadência se instalava tanto na mineração quanto nas Guarnições Militares e mesmo na manutenção das rotas fluviais de comércio, que ligavam Vila Bela a Belém do Pará.


ID
4864
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Durante o desenrolar da chamada "questão acreana", alguns líderes defenderam a emancipação do Acre, tanto no que se refere à Bolívia, como em relação ao Brasil. Contudo, essa proposta não se concretizou, entre outros motivos, porque:

Alternativas
Comentários
  • "Alguns dirigentes revolucionários, dentre eles Galvez, o líder dos rebeldes, julgavam que o Acre poderia ser um Estado independente, dada a distância em que se encontrava dos poderes centrais, tanto do Brasil como da Bolívia. Essa pretensão contava com a oposição do comércio de Belém e Manaus, que naquele momento temiam que o movimento separatista viesse a prejudicar seus interesses na região [...]" (História Regional (Rondônia) de Marco Antônio Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca, 4ª ed., Rondoniana, pp. 130).
  • Convencionou-se chamar de Revolução Acreana a revolta dos seringueiros que, no início do século XX, ocupavam o atual Estado do Acre, àquela época pertencente à Bolívia. Insurgindo-se contra o governo boliviano, que cedera todo aquele território ao truste anglo-americano Bolivian Syndicate, os seringueiros proclamaram a independência da região, dando início à disputa diplomática que passou à história com o nome de Questão do Acre.

    Questão Muito bem elaborada, pois o questionamento mesmo é o motivo da não emancipação do Acre, que ficou evidenciada pela ameaça aos interesses dos seringueiros e comerciante brasileiros, especialmente depois do arrendamento ao Bolivian Syndicate.

    Portanto a letra A está correta.

ID
4867
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

"O que quer que façam ou não, os norte-americanos devem agora começar a olhar para longe."

MAHAN, Alfred T., in MORISON, S.E. e COMMAGER, H.S.,História dos Estados Unidos da América.
SP: Melhoramentos, Tomo II, p. 447.

A afirmativa acima tentava justificar o expansionismo norteamericano que, com base na Doutrina Monroe e no chamado Destino Manifesto, atuava sobre o continente americano. Na tentativa de se proteger dessas investidas e preservar a soberania territorial brasileira no século XIX, o governo imperial:

Alternativas
Comentários
  • Alguns trechos do livro História Regional (Rondônia), de Marco Antônio Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca (4ª ed., Rondoniana, pp. 89 e 91), tornam a alternativa C correta:

    "A partir do início da segunda metade do século XIX, o governo norte-americano manifestou interesse em abrir a Amazônia aos capitais daquele país, particularmente no setor da navegação fluvial, cuja exploração por navios de bandeira estrangeira era proibida pelo governo imperial. [...] A resposta do governo brasileiro foi clara: não permitiria a livra navegação no Vale do Amazonas, porque temia o expansionismo norte-americano. [...] Como medida preventiva, e firmando uma posição sobre o assunto, o governo brasileiro decretou o monopólio da navegação no Amazonas. Em 1852, tendo aceitado uma oferta do governo brasileiro de subsídio financeiro de 160 contos de réis e o monopólio, com duração de 30 anos, da exploração da navegação no rio Amazonas, Mauá (Irineu Evangelista de Souza - 1813 -1889) fundou a Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas. Essa empresa constituiu-se com parte do capital investido pelo próprio Barão e o restante através da compra da ações pelos comerciantes de Belém e Manaus".

ID
4870
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder às questões de nos 21 e 22.


A Região Norte do Brasil sempre teve sua economia
marcada pelo extrativismo vegetal e, pelas próprias
condições socioespaciais, pela utilização da mãode-
obra indígena. Contudo, no início do século XX,
duas mudanças são sentidas: o aparecimento de uma
mão-de-obra não indígena e a queda da borracha no
mercado internacional.

O fator que justificou o surgimento da mão-de-obra não indígena na região foi a:

Alternativas
Comentários
  • A população do Estado de Rondônia foi composta por uma miscigenação de povos vindos em sua maioria dos Estados do Nordeste, e foram denominados "Soldados da Borracha". Atualmente não existe uma predominância, pois existem pessoas vindas de todas as regiões do país.
  • "O movimento de nordestinos em direção à Amazônia, para trabalharem nos seringais, data das primeiras décadas do século XIX. Contudo, se intensificou o aumento da demanda da matéria-prima e com a pior seca do século (1879/80). Enquanto os cafezais do Sudeste foram abastecidos com trabalhadores europeus, os seringais da Amazônia receberam trabalhadores nordestinos, que para lá migraram de forma espontânea ou induzida, com a ajuda de deslocamento fornecida pelo Governo brasileiro, principalmente em função de fortes secas que assolaram o nordeste no final do século passado" (História Regional (Rondônia) de Marco Antônio Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca, 4ª ed., Rondoniana, pp. 119 e 120).

ID
4873
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder às questões de nos 21 e 22.


A Região Norte do Brasil sempre teve sua economia
marcada pelo extrativismo vegetal e, pelas próprias
condições socioespaciais, pela utilização da mãode-
obra indígena. Contudo, no início do século XX,
duas mudanças são sentidas: o aparecimento de uma
mão-de-obra não indígena e a queda da borracha no
mercado internacional.

Apesar da queda sofrida pela produção amazônica da borracha, um novo surto de exportação acontece em terras amazônicas nos anos 40 do século XX. Assinale a opção que explica corretamente o fato citado.

Alternativas
Comentários
  • Quando a extensão da guerra ao Pacífico e ao Índico interrompeu o fornecimento da borracha asiática, as autoridades americanas entraram em pânico. O presidente Roosevelt nomeou uma comissão para estudar a situação dos estoques de matérias-primas essenciais para a guerra. E os resultados obtidos por essa comissão foram assustadores:

    "De todos os materiais críticos e estratégicos, a borracha é aquele cuja falta representa a maior ameaça à segurança de nossa nação e ao êxito da causa aliada (...) Consideramos a situação presente tão perigosa que, se não se tomarem medidas corretivas imediatas, este país entrará em colapso civil e militar. A crueza dos fatos é advertência que não pode ser ignorada." (Comissão Baruch)

    As atenções do governo americano se voltaram então para a Amazônia, grande reservatório natural de borracha, com cerca de 300 milhões de seringueiras prontas para a produção de 800 mil toneladas de borracha anuais, mais que o dobro das necessidades americanas. Entretanto, naquela época, só havia na região cerca de 35 mil seringueiros em atividade com uma produção de 16 mil a 17 mil toneladas na safra de 1940-1941. Seriam necessários, pelo menos, mais 100 mil trabalhadores para reativar a produção amazônica e elevá-la ao nível de 70 mil toneladas anuais no menor espaço de tempo possível.

    Para alcançar esse objetivo, iniciaram-se intensas negociações entre as autoridades brasileiras e americanas, que culminaram com a assinatura dos Acordos de Washington. Como resultado, ficou estabelecido que o governo americano passaria a investir maciçamente no financiamento da produção de borracha amazônica. Em contrapartida, caberia ao governo brasileiro o encaminhamento de grandes contingentes de trabalhadores para os seringais - decisão que passou a ser tratada como um heróico esforço de guerra. No papel, o esquema parece simples, mas a realidade mostrou-se muito mais complicada quando chegou o momento de colocá-lo em prática.

  • DURANTE A 2º GUERRA MUNDIAL (1939-1945) OS JAPONESES INVADIRAM A MALASIA QUE NA ÉPOCA ERA A GRANDE PRODUTORA DE BORRACHA .

    ASSIM OS EUA FICARAM DESABASTECIDOS DESTA MATÉRIA PRIMA DE SUMA IMPORTÂNCIA (O LATÉX). PARA SANAR ESSE PROBLEMA O EUA 


    SABENDO QUE A AMAZÔNIA BRASILEIRA É UMA GRANDE RESERVA NATURAL DE BORRACHA, PROCUROU O GOVERNO BRASILEIRO PARA 


    ASSINAR O TRATADO DE WASHINTON NO QUAL, O EUA INVESTIU FINANCEIRAMENTE NA EXTRAÇÃO DA BORRACHA E O BRASIL SE 


    RESPONSABILIZOU POR ENVIAR TRABALHADORES PARA A REGIÃO.
  • A letra E é a resposta correta. 
  • e)

    Com os seringais da Malásia nas mãos dos japoneses, os norte-americanos passaram, por determinação dos Acordos de Washington, a reativar a exploração e o fornecimento da borracha para as suas indústrias.

  • Nesse período também houve campanhas do governo de Getúlio Vargas para incentivar a migração de brasileiros para a Amazônia. As campanhas “Marcha para o Oeste” e “Novo Eldorado” atraíram pessoas, principalmente do Nordeste, para trabalhar nos seringais da região. Esses migrantes ficaram conhecidos na história como “Soldados da Borracha”. Isso porque a migração ocorreu durante o esforço de guerra dos Estados Unidos pela borracha brasileira na Segunda Guerra Mundial, uma vez que as plantações no Sudeste Asiático haviam sido ocupadas pelos japoneses. Como a borracha era um produto estratégico para os aliados, a seringueira da Amazônia voltou a ser extraída em larga escala. Com os seringais da Malásia nas mãos dos japoneses, portanto, os norte-americanos passaram, por determinação dos Acordos de Washington, a reativar a exploração e o fornecimento da borracha para as suas indústrias.

    Esse novo ciclo, porém, durou pouco. Assim que a guerra acabou, os Estados Unidos voltaram a importar a borracha asiática e suspenderam os investimentos que estavam fazendo no Brasil.

    Resposta: E


ID
4876
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Considera-se como um dos fatores determinantes da criação do Estado de Rondônia o(a):

Alternativas
Comentários
  • O processo de povoamento do espaço físico que constitui o estado de Rondônia começa no século XVIII, durante o ciclo do Ouro, quando mineradores, comercializadores, militares e padres jesuítas fundam os primeiros arraiais e vilas nos vales Guaporé-Madeira.

    O ciclo do Diamante promoveu mudanças substanciais na ocupação humana e desenvolvimento dos povoados de Rondônia (hoje Ji-Paraná) e Pimenta Bueno, enquanto o ciclo da Cassiterita expandiu a ocupação humana no espaço físico que compreende as microrregiões de Porto Velho e Ariquemes.

    O ciclo da Agricultura, cuja atração migratória começou desordenadamente em 1964, fixou em Rondônia contingentes migratórios procedentes do Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Amazonas, Pará, Acre e do Nordeste, destacando-se os estados do Ceará, Bahia, Piauí, Paraíba e Sergipe.

    As regiões de Porto Velho e Guajará-Mirim receberam povoadores, mas em menor escala e de categorias diferentes, considerando-se que o ciclo da Agricultura atraiu, em princípio, uma migração rural-rural, para, em seguida, fixarem-se migrantes de características rural-urbana.





  • De acordo com afirmação de Teixeira e Fonseca (2003,p. 177)
     Os fatores que possibilitaram a criaçao do Estado de Rondônia foram: O aumento  demográfico, ocasionado pela migração em função da agropecuária ao longo da BR 364 e dos garimpos no Vale do Madeira. Esse aumento populacional levou o governo territorial à criação de diversos municípios e implantaçao de condiçoes mínimas de infraestrutura administrativa. Durante o governo do Coronel Jorge Teixeira.


    Deste modo a alternativa correta é a B.

ID
4879
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

"Para reajustar o organismo político às necessidades econômicas de o país garantir as medidas apontadas, não se oferecia outra alternativa além da que foi tomada, instaurando- se um regime forte, de paz, de justiça e de trabalho."

FENELON, Dea. Proclamação de Getúlio Vargas in 50 Textos da História do Brasil.
SP: Hucitec, 1974, p. 159.

Com esta proclamação, irradiada por todo o país, Getúlio Vargas anunciava o Estado Novo. Assinale, dentre as opções abaixo, a que caracteriza a repercussão dessa ditadura implantada na região amazônica, em especial, no Território Federal do Guaporé.

Alternativas
Comentários
  • A instauração do Estado Novo no governo Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937 inaugurou um dos períodos mais autoritários da história do Brasil.
    Inspirado no fascismo italiano e no salazarismo português, o novo regime foi marcado pelo autoritarismo, pela supressão das liberdades individuais e pela forte intervenção estatal.

    A justificativa dada por Vargas para a instituição do regime foi a necessidade de impedir um "complô comunista", que ameaçava tomar conta do país, o chamado Plano Cohen, que foi depois desmascarado como uma fraude. O presidente também queria aplacar os interesses partidários que dominavam a disputa eleitoral.

    Nessa ocasião, Vargas anunciou a nova Constituição de 1937, que suspendia todos os direitos políticos, abolia os partidos e as organizações civis. O Congresso Nacional foi fechado, assim como as Assembléias Legislativas e as Câmaras Municipais. Para divulgar as ações do governo e censurar os meios de comunicação, Getúio criou o Departamente de Imprensa e Propaganda (DIP).

  • e)

    O governador era nomeado pelo Presidente da República, não existindo Poder Legislativo em âmbito estadual ou municipal.


ID
4882
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Sobre o crescimento populacional de Rondônia, pode-se afirmar que:

I - nas décadas de 70 e 80 do século XX, o aumento da população coincidiu com o programa de colonização implantado pelo INCRA;

II - as políticas agrícolas implementadas no final do século XX aceleraram a urbanização no Estado de Rondônia;

III - logo após as duas guerras mundiais, muitos europeus decidiram deixar o continente arrasado e iniciar uma nova vida na América, especificamente no Estado de Rondônia;

IV - a presença de um sistema integrado de transporte, criado a partir da construção da BR-364, integrando a Amazônia ao Centro-Sul, facilitou a mobilidade espacial da população em direção a Rondônia.

Estão corretas, apenas, as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • A resposta certa é a letra E.
  • ava que é a letra  E, voce ta brincando...
     se não sabe comenta nao comenta , 
    a respóta certa é a letra E
  • Concordo com você. O antigo é infinitamente melhor, mais prático, mais leve e menos "poluído" visualmente. Mas pelo que entendi, as duas versões irão coexistir, de forma que o usuário decide qual das duas utilizar. Tomara que assim seja. :)
  • Isso mesmo, não assino o QC para simplesmente ter uma rede social, se fosse assim teria facebook! Tomara que continuem com o velho. Bj Saulo.
  • Também, mas por incrível que pareça têm gente que usa isso aqui como rede social.
  • Acredito Edluise, mas reparei que o nome deste site é qconcursos, portanto, diferente do nosso queridinho questoesdeconcurso. Acredito que a migração ocorreu automaticamente, e vida longa ao questoesdeconcurso!

ID
4885
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

No exercício de sua função consultiva, os Tribunais de Contas propiciam o esclarecimento dos administradores públicos sobre as normas e procedimentos relativos à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial. Nessa atuação, a resposta à consulta:

I - tem caráter normativo;

II - constitui prejulgamento da tese ventilada;

III - constitui prejulgamento dos fatos concretos consultados.

Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):

Alternativas
Comentários
  • A Lei nº 8.443/92 (Lei Orgânica do TCU), em seu art. 1º, § 2°, dispõe o seguinte:

    "§ 2° A resposta à consulta a que se refere o inciso XVII deste artigo tem caráter normativo e constitui prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto."

    [ ]s,
  • Nos termos do §2o do art. 1o da LOTCU, a resposta à consulta tem caráter normativo e constitui prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto.
     

    A jurisprudência do STF tem confirmado essa condição:

    As decisões do Tribunal de Contas da União proferidas em consultas têm caráter normativo e constituem prejulgamento da tese, nos termos do §2o do art. 1o da Lei no 8.443/1992. São, portanto, atos normativos. Relevância da arguição de inconstitucionalidade da acumulação de proventos e vencimentos, quando a acumulação de vencimentos não é permitida na atividade. Precedentes do Plenário do STF. (ADIn 1.691-MC , Rel. Min. Moreira Alves, DJ 12/12/1997).
     

    O caráter normativo da resposta à consulta significa que, no caso concreto, o gestor não poderá dar interpretação diversa ao que foi estabelecido. Nesse sentido, a resposta é vinculante


ID
4888
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto ao momento em que é exercido, o controle da Administração Pública pode ser classificado como prévio, concomitante ou a posteriori. Assim, tem-se como exemplo típico de controle concomitante exercido pelo Tribunal de Contas o(a):

Alternativas
Comentários
  • Comentando os itens:

    a) exame da legalidade dos atos de admissão de pessoal e de aposentadorias. --> controle a posteriori, pois os atos de admissão de pessoal e de concessão aposentadoria já produziram efeitos.

    b) julgamento das contas dos responsáveis por bens e valores públicos. --> controle a posteriori, pois se refere ao exercício anterior.

    c) apreciação das contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, mediante parecer elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento. --> controle a posterior, pois se refere ao exercício anterior.

    d) realização de auditorias e inspeções de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial. --> controle concomitante, pois diz respeito às atividades que estão sendo desenvolvidas na Unidade Jurisdicionada.

    e) exigência de autorização para os Estados realizarem operação de crédito no exterior. --> controle prévio, pois ocorre antes da contratação da operação de crédito. Não é exercido pelo TCU, e sim pelo Senado Federal (com auxílio da a COFIEX e do Ministério da Fazenda).

    [ ]s,
  • discordo que a 'a' seja posterior. A apreciação dos atos de concessão de aposentadoria e de admissão de pessoal são considerados atos complexos. Como tal, se o TCU entender que a concessão ou admissão está eivada de ilegalidade, os efeitos do ato imperfeito (que aguardava a anuência do TCU) são desfeitos. Isso acontece mesmo nos casos de passados + de 5 anos, já que o prazo decadencial para anulação de atos só passa a contar depois da execução do mesmo, e como se trata de ato complexo, este só é considerado completo quando da concordância do último órgão a se manifestar.

    Dessa forma, pode-se considerar esses exames para fins de registros como controle concomitante e não a posteriori, embora os atos, mesmo imperfeitos, já comecem a surtir efeitos, mesmo antes da verificação dos mesmos pelo TCU.
  • O controle concomitante, como o nome indica, é exercido durante a realização do ato e permite a verificação da regularidade de sua formação.Exemplos: A fiscalização da execução de um contrato administrativo, a realização de uma auditoria durante a execução do orçamento, o acompanhamento de um concurso pela corregedoria competente, etc.FONTE: DIR. ADM DESCOMPLICADO - MARCELO ALEXANDRINO E VICENTE PAULO
  • João, neste caso TCU apenas aprecia para fins de registro e não para a perfeição e eficácia do ato. VIDE Art. 71, III - Competência do TCU:apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo poder público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório
  • GABARITO CORRETO LETRA "D"

    D) realização de auditorias e inspeções de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.

    Tem que ir por eliminação, porque esse controle pode ser tanto concomitante quanto posterior (o que é mais comum).


ID
4891
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Reconheça as afirmativas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F).

( )O sistema de fiscalização adotado pelos Estados para seus Tribunais de Contas é desvinculado do modelo federal.

( ) Aplica-se o princípio da simetria constitucional, ou simetria concêntrica, na definição do modelo de fiscalização adotado pelos Tribunais de Contas dos Estados.

( ) Os Tribunais de Contas dos Estados são integrados por 9 (nove) Conselheiros.

A seqüência que preenche as lacunas acima na ordem correta é:

Alternativas
Comentários
  • O art. 75 da Constituição Federal registra que:

    "Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

    Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros."

    [ ]s,

  • CF, art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove MINISTROS, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
  • Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. e;Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.
  • O sistema de fiscalização adotado pelos Estados para seus Tribunais de Contas é vinculado ao modelo federal. Por isso temos Tribunal de Contas da União e dos Estados.

    Aplica-se o princípio da simetria constitucional, ou simetria concêntrica, na definição do modelo de fiscalização adotado pelos Tribunais de Contas dos Estados. Ou seja, os estados têm que seguir o que a União adota para o TCU.

    O TCU tem 9 ministros (Mnemônico: Três Cinco Um). Os TCE têm 7 (Mnemônico: CET = Sete) ministros.

  • Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. e;Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.


ID
4894
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Verificada ilegalidade em determinado contrato firmado pela Administração Pública estadual, o Tribunal de Contas assinou prazo para que o órgão contratante adotasse as providências necessárias ao exato cumprimento da lei. Transcorrido o prazo assinado sem que tenha sido saneada a contratação, ao Tribunal incumbirá:

Alternativas
Comentários
  • A atuação dos Tribunais de Contas estaduais e do Distrito Federal segue o modelo federal por força do art. 75 da Constituição Federal, a qual, em seu art. 71, § 1º, disciplina que:

    "§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis."

    Registre-se que, no caso de ATO administrativo, poderá o próprio Tribunal promover sua sustação, de acordo com o inciso X do art. 71 da CF/88:

    "X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;"

    [ ]s,

  • 1) Verificada ilegalidade, TC ASSINA PRAZO (providências)_CF, art. 7, IX.

    2) ATO DE SUSTAÇÃO (providências não cumpridas):

    - Ato impugnado: próprio TC.

    - Contrato: Poder Legislativo (ex.: Cong Nacional - União) + solicita ao Executivo. (Nada após 90d - TC decide a respeito).

  • Resumindo:

    T. Contas = susta ato  e o C.Nacional = Susta contrato.

ID
4897
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

NÃO se inclui na competência dos Tribunais de Contas dos Estados:

Alternativas
Comentários
  • A atuação dos Tribunais de Contas estaduais e do Distrito Federal segue o modelo federal por força do art. 75 da Constituição Federal. Dessa forma, o correto a se afirmar é que as contas prestadas anualmente pelo Governador de Estado recebem parecer prévio do respectivo Tribunal de Contas e são julgadas pela Assembléia Legislativa correspondente.

    Atente-se para a qualificação do quórum para rejeição do parecer prévio, contida no § 2º do art. 31 da Constituição Federal:

    "§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal."

    [ ]s,
  • Temos o paralelo... O TCU não julga as contas do presidente, agindo apenas como orgão consultivo e técnico. Quem as julga é o Congresso Nacional. Então os TCEs não julgam as contas dos governadores, mas avaliam e repassam a Assembléia Legislativa. Neste caso, ambos são julgamentos políticos. Já nas prefeituras, os Tribunais de Conta têm mais poder, sendo que seu parecer prévio só pode ser derrubado pela Câmara de Vereadores com 2/3 dos votos.
  • Contas de governo (Análise, entre outros, DCs, limites LRF etc) --> TCs apreciam/parecer + P.Legislativo=JULGA

    Contas de gestão ($$$ recursos públicos) - administradores e responsáveis em geral --> TCs apreciam/parecer +JULGAM

    Bons estudos.


ID
4900
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

No curso de apuração realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, constataram-se indícios suficientes de que, prosseguindo no exercício de suas funções, um funcionário público estadual possa retardar ou dificultar a realização da auditoria e causar novos danos ao Erário. Neste caso, em cumprimento às disposições contidas em sua Lei Orgânica, o Tribunal deverá, cautelarmente:

Alternativas
Comentários
  • RITCU, Art. 273. No início ou no curso de qualquer apuração, o Plenário, de ofício, por sugestão de unidade técnica ou de equipe de fiscalização ou a requerimento do Ministério Público, determinará, cautelarmente, nos termos do art. 44 da Lei nº 8.443, de 1992, o afastamento temporário do responsável, se existirem indícios suficientes de que, prosseguindo no exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a realização de auditoria ou inspeção, causar novos danos ao erário ou inviabilizar o seu ressarcimento.
  • A princípio, e sob o ponto de vista constitucional, a determinação de afastamento (ato comissivo do TCE) do funcionário, aparentemente, constitui ofensa ao princípio da separação dos poderes, à consideração de que o TCU é órgão do Poder Legislativo e subsiste o princípio administrativo da hierarquia e disciplinar que vincula o funcionário ao Executivo. Quem compartilha dessa opinião?
  • NÃO CONCORDO COM A OPINIÃO DE QUE O TCU É ÓRGÃO DO LEGISLATIVO. ISSO, INCLUSIVE ESTÁ MUITO LONGE DE SER CONSIDERADO PACÍFICO. MUITO PELO CONTRÁRIO, TEMOS GRANDES DOUTRINADORES QUE DEFENDEM QUE OS TRIBUNAIS DE CONTAS, EMBORA DETENHAM PRERROGATIVAS DE AUXILIAR DO LEGISLATIVO, NÃO PERTENCEM AO MESMO, CONSTITUINDO ASSIM, UM ÓRGÃO INDEPENDENTE.
  • Art. 107. No início ou no curso de qualquer apuração, o Tribunal, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, determinará, cautelarmente, o afastamento temporário do responsável, se existirem indícios suficientes de que, prosseguindo no exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a realização de auditoria ou inspeção, causar novos danos ao Erário ou inviabilizar o seu ressarcimento.

    § 1º. Será solidariamente responsável a autoridade superior competente que, no prazo fixado pelo Tribunal, deixar de atender à determinação prevista no caput deste artigo.

    § 2º. Nas mesmas circunstâncias do caput deste artigo e do parágrafo anterior, poderá o Tribunal, sem prejuízo das medidas previstas nos arts. 105 e 108 deste Regimento, decretar, por prazo não superior a um ano, a indisponibilidade de bens do responsável, tantos quantos considerados bastantes para garantir o ressarcimento dos danos em apuração


ID
4903
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, verificada a ocorrência de fraude comprovada em uma licitação, o Tribunal declarará a inidoneidade do licitante fraudador para participar de licitação na Administração Estadual ou Municipal por até, no máximo:

Alternativas
Comentários
  • LEI COMPLEMENTAR Nº 154, DE 26 DE JULHO DE 1996.
    Art. 43 - Verificada a ocorrência de fraude comprovada à licitação, o Tribunal declarará a inidoneidade do licitante fraudador para participar, por até cinco anos, de licitação na Administração Estadual ou Municipal.
    Alternativa correta letra "A"
  • Art. 43. Verificada a ocorrência de fraude comprovada à licitação, o Tribunal declarará a inidoneidade do licitante fraudador para participar, por até cinco anos, de licitação na Administração Estadual ou Municipal.

    Disponível em: <>


ID
4906
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

O procedimento de fiscalização a ser utilizado pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, para obter dados de natureza contábil, financeira, orçamentária e patrimonial, com a finalidade de subsidiar a instrução e o julgamento de processos de tomadas e prestações de contas, é a:

Alternativas
Comentários
  • Resposta certa tb pode ser 'a' por força do seguinte artigo do RITCU do TCU:

    art. 201...
    § 1º Preliminar é a decisão pela qual o relator ou o Tribunal, antes de pronunciar se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a audiência dos responsáveis, rejeitar as alegações de defesa e fixar novo e improrrogável prazo para recolhimento do débito ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao saneamento do processo.


    Portanto a diligência tb pode ser considerada útil para sanear e subsidiar o julgamento de processos de tomadas e prestações de contas.
  • Art. 239 do RI do TCU:

    "Art. 239. Auditoria é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para:

    I – examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua
    jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial;

    II – avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicionados, assim como dos sistemas,
    programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e
    eficácia dos atos praticados;

    III – subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro."

    Espero ter contribuído!!!

ID
4909
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

De acordo como o Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, para a posse de Auditor do Tribunal será convocada Sessão do Plenário:

Alternativas
Comentários
  • Mais uma vez, segue-se a mesma norma do regimento interno do TCU: as posses dos auditores e ministros são sempre realizadas em sessões especiais.
  • Não sei quanto ao RI do TC de Rondônia, mas quanto ao TCU:

    "Art. 96. As sessões extraordinárias serão convocadas para os seguintes fins:

    I – posse do Presidente e do Vice-Presidente;

    II – apreciação das Contas do Governo da República;

    III – posse de ministro, de auditor e do Procurador-Geral;

    IV – eleição do Presidente ou do Vice-Presidente, na hipótese prevista no §
    4º do art. 24;

    V – deliberação acerca da lista tríplice dos auditores e dos membros do Ministério Público junto ao Tribunal, para preenchimento de cargo de ministro, na
    forma prevista no art. 36;

    VI – julgamento e apreciação dos processos restantes da pauta de sessão ordinária ou extraordinária, ou que, pela sua urgência, sejam incluídos em pauta extraordinária, observado o disposto no art. 141;

    VII – outros eventos, a critério do Plenário."

    Boletim do TCU, 15 de março de 2005.
  • Martius no RI TCU a referência do art 96 inciso III, não fala do auditor não.
    Art. 96. As sessões extraordinárias serão convocadas para os seguintes fins: I – posse do Presidente e do Vice-Presidente; II – apreciação das Contas do Presidente da República; III – posse de ministro, de ministro-substituto e do Procurador-Geral; IV – eleição do Presidente ou do Vice-Presidente, na hipótese prevista 

  • Art. 127 - As Sessões Especiais serão convocadas para os seguintes fins:

    I - posse do Presidente e do Vice-Presidente e do Corregedor;

    II - apreciação das contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado;

    III - posse de Conselheiro, de Auditor e do Procurador-Geral;

    IV - eleição do Presidente, do Vice-Presidente ou do Corregedor, na hipótese prevista no art. 183 deste Regimento; V - elaboração da lista tríplice dos Auditores e dos membros do Ministério Público junto ao Tribunal, para preenchimento de cargo de Conselheiro, na forma prevista no § 4º do art. 285 deste Regimento;

    VI - outros eventos, a critério do Plenário. 

    Parágrafo Único. Nas Sessões com a finalidade a que se referem os itens I, II, III e IV, será obrigatório o uso de vestes talares pelos membros do Plenário e Procuradores. 


ID
4912
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Legislação dos Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas
Assuntos

Nas votações das Câmaras do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, no caso de empate:

Alternativas
Comentários
  • utilizando como paralelo o regimento interno do TCU:
    temos no parág.único do artigo 75 que: "havendo empate nas votações das câmaras, o processo será submetido à deliberação do Plenário".
    logo, alternativa c.
  • Não conheço o RI do TC de Rondônia, mas quanto ao RI do TCU:

    "Art. 139. Caso ocorra empate nas votações das câmaras, deverá o ministro ou auditor convocado que tenha proferido em primeiro lugar o voto divergente ao do relator formalizar sua declaração de voto.

    Parágrafo único. Na hipótese do caput, o processo será submetido à deliberação do Plenário, salvo se tratar de matéria relacionada no inciso VII do art. 17, caso em que se observará a mesma solução dada nos §§ 2º e 3º do art. 124."

    Espero ter contribuído!

ID
4915
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

"A libra esterlina é a moeda oficial do Reino Unido. Desde 15 de fevereiro de 1971, quando foi adotado o sistema decimal, ela é dividida em 100 pence. Antes dessa data, uma libra esterlina valia 20 shillings (que valia por sua vez 12 pence cada um)."

De acordo com o antigo sistema monetário do Reino Unido, 3 libras + 9 shillings + 27 pence só NÃO correspondem a:

Alternativas
Comentários
  • Questão cabulosa...mas a letra "e" está errada pois:Diminuindo 2 libras e repassando os valores para as outras unidades, teríamos:1 libra e então os novos 20 shillings + os 9 anteriores = 49 shillingsTirando 2 shillings e repassando, teríamos:1 libra, 47 shillings e 51 pences!!!A alternativa diz 59 pences!!!
  • Deve ter algum jeito mais facil, mas eu fiz assim:1 - Transformei tudo em pence!3 libras + 9 shillings + 27 pence1 Libra = 20 shillings1 shillings = 12 pence3 libras = 3x20x12 = 720 pence20 shillings = 20x12 = 240Total: 720 + 240 + 59 = 855 penceDe posse desse valor fiz a mesma coisa para as opcoes. Como e uma questao puramente de conta, imaginei que a banca ia querer que trabalhassemos bastante e entao comecei pela ultima. Nao deu outra, letra e.
  • De acordo com o antigo sistema monetário do Reino Unido, 3 libras.20=(60) + 9 shillings.12=(108) + (27) pence

    60+108+27 = 195 (resultado dos dados dado pelo examinador)

    a) 3libras= (60)+11 shillings.12= (132) + (3) pence = 195

    b)2libras= (40)+31 shillings.12= (372) + (3) pence = 415

    c)2libras= (40)+30 shillings.12= (360) + (15) pence = 415

    d)1libra= (20)+ 48 shillings.12= (576) + (39) pence = 635

    e)1libra= (20)+ 47shillings.12= (564) + (59) pence = 643

    Marquei a alternativa (e) por ser a unica que termina com o número diferente de todas as outras que terminaram todas com o 5.

    Não sei se realmente está correto, mas espero poder ajudar! Foi assim que cheguei ao resultado, passei! 



  • O enunciado nos traz a informação de que a libra antes de 15/02/1971 é contabilizada diferentemente do que no período posterior, e nos dá uma dica (pegadinha) de como ela vem sendo contada a partir daquela data. Ocorre que o exercício nos pede “de acordo com o sistema antigo”, ou seja, vamos descartar TODAS as informações do sistema após 15/02/1971, que estão ali apenas para nos confundir.

     

    Então extraímos do enunciado:

    1 libra = 20 shillings

    1 shilling = 12 pence

     

    Como o pence é a menor fração da moeda, vamos modificar todas os valores para pence, para podermos comparar e ver qual das alternativas apresenta valor diferente.

     

    QUESTÃO: 3 libras + 9 shillings + 27 pence

    3 libras = 60 shillings (3 x 20) pois cada libra equivale a 20 shillings

    Então temos 69 (60 + 9) shillings + 27 pence

    69 shillings = 828 pence (69 x 12) pois cada shilling equivale a 12 pence

    828 + 27 = 855 pence

    3 libras + 9 shillings + 27 pence = 855 pence

     

    A ideia agora é fazer a mesma coisa com cada alternativa da questão, e aquela que não corresponder aos 855 pence será o nosso gabarito.

     

    a)      3 libras + 11 shillings + 3 pence

    3 libras = 60 shillings

    60 + 11 = 71 shilings

    71 shilings = 852 pence

    852 + 3 = 855 pence

    Chegamos no mesmo valor da questão, logo este não é nosso gabarito, pois queremos o valor que não corresponda;

     

    b)      2 libras + 31 shillings + 3 pence.

    2 libras = 40 shillings

    40 + 31 = 71 shillings

    71 shilings = 852 pence

    852 + 3 = 855 pence

     

    c)       2 libras + 30 shillings + 15 pence

    2libras = 40 shillings

    40 + 30 = 70 shilings

    70 shillings = 840 pence

    840 + 15 = 855 pence

     

    d)      1 libra + 48 shillings + 39 pence

    1 libra = 20 shillings

    20 + 48 = 68 shillings

    68 shillings = 816 pence

    816 + 39 = 855 pence

     

    e)      1 libra + 47 shillings + 59 pence

    1 libra = 20 shillings

    20 + 47 = 67 shillings

    67 shillings = 804 pence

    804 + 59 = 863 pence

     

    Gabarito: Letra E, pois é a única alternativa que não corresponde ao mesmo valor monetário do enunciado.

  • Dica para questões como essa: Faça a 1º e última alternativas, economiza tempo.


ID
4918
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

André, Bernardo e Carlos moram nas casas amarela, branca e cinza, cada um em uma casa diferente, não necessariamente na ordem dada. Três afirmativas são feitas abaixo, mas somente uma é verdadeira.

I - André mora na casa cinza.

II - Carlos não mora na casa cinza.

III - Bernardo não mora na casa amarela.

É correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • ANDRE MORA NA AMARELA
    CARLOS CINZA
    BERNARDO BRANCA

    A afirmativa q estava correta era a de Bernardo, pois ele não mora na casa amarela.
  • Primeira hipótese: I (V), II (F) e III (F)Contradição: André e Carlos moram na casa cinza e niguém na branca._____________________________________________________________________Segunda hipótese: I (F), II (V) e III (F)Contradição: André e Carlos moram na casa branca e ninguém na cinza.________________________________________________________________Terceira hipótese: I (F), II (F) e III (V)Não há contradição. Ou seja:André mora na casa amarela (alternativa "a" é a correta);Bernardo mora na casa branca;Carlos mora na casa cinza.
  • Olá, pressoal!

    A banca manteve a resposta como "A", mesmo após a divulgação do edital de Alteração de Gabaritos, postado no site.

    Bons estudos!

  • Alguém poderia explicar detalhadamente como faz esta questão, por favor?
  • Eu respondo estas quetões assim:
    Onde tu botar um SIM completa a linha e coluna com NÃO
    Se andré tiver falando a verdade não dá certo o preenchimento, pq se ele mora na casa cinza e Carlos tá mentindo então Carlos mora na casa cinza.
    Se carlos tiver falando a verdade també não dá certo.
    Porém, se Bernardo tiver falando a verdade, os outros tão mentindo e a tabela fica assim:

      André Bernardo Carlos
    Amarela        N        S        N
    Branca        N        N        S
    Cinza        S        N        N

    Não sei se eu me fiz entender.
  • Aprendi da seguinte forma:

     

    1º identificar a premissa diferente (aquela que o item não se repete)

    2º negar as outras.

     

    vamos lá!

     

    1º Identificar

    I - André mora na casa cinza. (repete)

    II - Carlos não mora na casa cinza. (repete)

    III - Bernardo não mora na casa amarela. (unica diferente)

     

    2º negar

    I - André não mora na casa cinza. (negado)

    II - Carlos mora na casa cinza. (negado)

    III - Bernardo não mora na casa amarela. (unica diferente não altera)

     

    agora é so fazer a tabela usando os dados da negação.

     

                    andré  bernado  carlos

    amarela       S         N           N                 obs.: se Carlos mora na casa cinza e Bernado não mora na casa amarela e a

    branca         N                  N                   cinza já está ocupada, então ele só pode morar na casa branca, sobrando a

    cinza           N         N            S                   amarela para o André

     

    seguindo a tabela então fica asim:

     

    andré - amarela

    bernado - branca

    carlos - cinza

     

    GABARITO: A

     

    Espero ter ajudado.


ID
4921
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

A negação de "Se A é par e B é ímpar, então A + B é ímpar" é:

Alternativas
Comentários
  • Solução:

    p = par
    i = ímpar

    A = p
    B = i
    C = A+B = i

    (1) A expressão: (A . B) -> C

    (2) É idêntica a: ~(A . B) + C

    (3) Sua negação é:

    ~(~(A . B) + C)
    ~(~A + ~B + C)
    A + B . ~C

    (4) Ou seja:

    (A . B) -> C
    (p . i) -> i (Se A é par e B é ímpar, então A + B é ímpar)

    Negando:

    A + B . ~C
    p + i . p (A é par, B é ímpar e A + B é par)
  • Negação do conectivo SE,Entao (->)
    p->q sendo p - "SE A é par e B é ímpar"

    sendo q - "então A+B é ímpar"

    Negação de P->Q é P ^ ~Q

    Primeiro: mantém P
    Segundo: Troca o sinal de -> para ^
    Terceiro:Nega o Q
    Obs:isso é regra, tem que guardar!!!!!!!!

    Substituindo com a regra:

    "A é par,B é impar e A+B é par.

    OBS:Em "A+B é par quer dizer que é a negação de Q. ( ~Q )
  • Notação:
    Ap = A é par
    Bi = B é impar
    ABi = A + B é impar

    Então a questáo quer uma negação para a sentença:

    (Ap ^ Bi) --> ABi   ou seja ~[(Ap ^ Bi) --> ABi] que desenvolvendo teremos:

    ~[(Ap ^ Bi) --> ABi] (apenas repetindo o que a questão esta pedindo)
    ~[~(Ap ^Bi) v ABi]  (como fiz isso? lembrar que P -> Q é equivalente a ~P v Q)
    (Ap ^Bi) ^ ~A
    Bi (e isso? aplicando Morgan que diz que ~P v Q é equivalente a ~P ^ ~Q)

    Agora vou transcrever a expressão 
    (Ap ^ Bi) ^ ~ABi para portugues Ok!

    A é par e B é impar e A + B nao é impar. que em outras palavras quer dizer
    A é par e B é impar e A + B é par (resolvemos a questão)

    qualquer duvida posta ae, bons estudos!!!

  • Questão Maldita!

    Negação de condicional:  Conserva a primeira frase sem o SE, troca o então pelo E. Nega a segunda frase.


    pegadinha da questão:  Essa infeliz da vírgual depois do A é par.



    Cuidado
  • gabarito:e

    gente vamos ser simples para negação de proposições do tipo se então vale a regra do mané mantem a primeira e nega segunda.kbo

  • Temos  que ter cuidado em fazer a negação dos quantificadores contidos na proposição, assim, primeiramente a negação de uma condicional é a Proposição Condicional (regra do MANE), ou seja, mantemos a 1° parcela E negamos a 2°, ou seja:

    Negando "Se A é par e B é ímpar, então A + B é ímpar" temos,

    "A é par e B é ímpar e A + B é par"

    Letra E.


  • Resolução: http://www.youtube.com/watch?v=WgfZyAr5fJQ

  • BIZU para a Negação da condicional:

     

    MA NÉ = Mantém a primeira E nega a segunda

  • Regra do MANÉ

     

    MAntém a primeira e NEga a segunda

  • Muito bom o vídeo do comentário do Rodrigo Cavalcanti

  • Negação de P->Q = P ^ ~Q

  • RESOLUÇÃO: 

    A negação de (p e q) -> r é dada por (p e q) e ~r. Ou seja:

    “A é par e B é ímpar, e A + B não é ímpar”

    Isto é,

    “A é par e B é ímpar, e A + B é par”

    Resposta: E

  • No meu ponto de vista ficaria assim!

    A é par, B é ímpar e A - B é par.

  • Quem nega se… então é um MA NÉ
  • PPMG/2022. A vitória está chegando!!


ID
4924
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Sejam p e q proposições. Das alternativas abaixo, apenas uma é tautologia. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • TAUTOLOGIA É QUANDO TODAS AS VOLORAÇÕES SÃO VERDADEIRAS, NESTE CASO É A LETRA C.
    PRIMEIRO SE FAZ A TABELA VERDADE:
    DENTRE AS OPCÕES A UNICA EM QUE TODOS SÃO VERDADEIRAS E A C.
    (P^Q)->Q
    V
    V
    V
    V
  • Construindo a tabela verdade, verfica-se que a expressão resulta em V sempre.P Q P^Q (P^Q)->QV V V VV F F VF V F VF F F V
  • Na tautologia a última coluna da tabela verdade é toda verdadeira.Tabela Verdadep____q____(p^q)____(p v q)____(p->q)____(p<->q)V____V______V________V________V_______VV____F______F________V________F________FF____V______F________V________V________FF____F______F________F________V________Va) Observe na tabela quando p=F e q=F (p v q)=Fb) Observe que (p^q) só são verdadeiros quando os dois são verdadeirosc) p=V e q=V(V^V)->VV->VVp=V e q=F (V^F)->FF->FVp=F e q=V(F^V)->VV->VVp=F e q=F(F ^ F)->FF->FV (PORTANTO TODOS OS VALORES DESTA PROPOSIÇÃO SÃO VERDADEIROS)d) p=V e q=F(V v F)->FV->FFe) p=V e q=F~V ^ ~FF ^ VFGabarito (c)A Tabela Verdade ficaria assimp____q____(p^q)____(p v q)____(p->q)____(p<->q)____(p ^ q)->qV____V______V________V________V________V__________VV____F______F________V________F________F__________VF____V______F________V________V________F__________VF____F______F________F________V________V__________V
  • P Q P ∧ Q (P Q) --> Q
    V V V V
    V F F V
    F V F V
    F F F V
  • nao consegui enchergar essa coluna toda verdadeira. Por quê: V -> F = V ?


  • P=VVFF

    Q=VFVF
    P ^ Q= VFFF
    (P^Q) --> Q= VVVV

    nenhuma linha contém V-->F
  • As letras a e b são Contingência e a letra c é tautologia.

     

    RESPOSTA LETRA C

  • c-

    Tautologia é quando todos valores sao V. Contradição é quando sao todos F. Contingencia é misturado. em

    (p^q)->q, a 1° parte é V F F F. Ao comparar com condicional ->, observa-se que fica tudo V porque seria necessario combinação VF para argumento ser invalido, o que nao acontece por em (p^q) somente o último valor é F, o qual associado com F em F->F é igual V

  • P  Q     P^ Q   P condicional Q

    V V        V             V

    V F       F              V

    F V      F               V

    F F       F              V

     

     

     

  • P Q      :    (P ^ Q) →Q   :    (P ^ Q) →Q

    V V           V ^ V   V          V V : V

    V F            V ^ F   F          F F : V

    F V            F ^ V   V          F V : V

    F F            F ^ F    F         F F :  V

  • Para ocorrer uma tautologia, todas as possibilidades devem ser verdadeira. Indico vocês a fazer a tabela e resolver parte por parte, até ver qual a parte que vai apresentar todas as respostas como V. Portanto:

    PS: A parte "P" e a parte "Q", são resolvidas automaticamente. Como? Coloque todas as expressões possíveis, só assim vc dará inicio a tabela.

    P  Q   P ^ Q  (P ^ Q) ->Q

    V V     V        V

    V F     F        V

    F V   F         V

    F F     F       V

    Vejam que conforme vai resolvendo, você descobre que a expressão "(P ^ Q) ->Q" resultou com todas as respostas "V", portanto ela é uma Tautologia.

    Deus abençoe nossos objetivos!


ID
4927
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere verdadeira a declaração: "Toda criança gosta de brincar".

Com relação a essa declaração, assinale a opção que corresponde a uma argumentação correta.

Alternativas
Comentários
  • Se criança então gosta de brincar =se p então q =p -> q =~q -> ~p =Se não gosta de brincar então não é criança =João não gosta de brincar então não é criança.resposta letra c
  • Com a declaração: Toda criança gosta de brinca, podemos concluir que: Nem todos os que gostam de brincar são crianças, mas se é criança gosta de brincar.
  • Questão de Argumentação lógica

              A                              B

    Toda criança gosta de brincar

    posso utilizar a regra da afirmação do antecedente e a negação do consequente para encontrar o argumento válido

    logo, eu vou procurar uma alternativa que afirme o A ou negue o B

    a) marcelo não é A e não é B (negação do atencedente) argumento inválido

    b) marcelo não é A e é B (negação do atencedente) argumento inválido

    c) João não é B e não é A (negação do consequente) argumento válido, modus Tollens

    d) João é B e é A (afirmação do consequente) argumento inválido

    e) João é B e não é A (afirmação do consequente) argumento inválido

  • Resolvo essa e outras questões similares aqui nesse vídeo

    https://youtu.be/yyuo20aPJ_U

    Ou procure por "Professor em Casa - Felipe Cardoso" no YouTube =D

  • https://www.youtube.com/watch?v=yyuo20aPJ_U&feature=youtu.be

    3 minutos e 13 segundos

  • Resposta letra "C"

    Como João não gosta de brincar, então não é criança.

  • Como sabemos que todas as crianças fazem parte do grupo das pessoas que gostam de brincar, fica fácil afirmar que:

    - se uma pessoa é criança, temos certeza que ela gosta de brincar;

    - se uma pessoa NÃO gosta de brincar, ela não pode ser uma criança.

    A alternativa C reproduz essa última afirmativa.

    Resposta: C


ID
4933
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Os amigos André, Carlos e Sérgio contavam histórias acerca de suas incursões futebolísticas. André e Sérgio mentiram, mas Carlos falou a verdade. Então, dentre as opções seguintes, aquela que contém uma proposição verdadeira é:

Alternativas
Comentários
  • ANDRE = a
    SERGIO = s
    CARLOS = c

    MENTIRA = F
    VERDADE = V

    a = F
    s = F
    c = V

    opções:

    (a) ~c -> a
    F -> F [sentença verdadeira]

    (b) ~s -> a
    V -> F [sentença falsa]

    (c) s . ~c
    F . F [sentença falsa]

    (d) ~s . a
    V . F [sentença falsa]

    (e) a + ~c
    F + F [sentença falsa]

    resposta: letra (a)
  • Tentando melhorar a explicação:Quanto ao conectivo condicional, mais conhecido como "se, então" basta você lembrar que ele SÓ SERÁ FALSO QUANDO PARTIR DE UMA VERDADE E CHEGAR EM UMA MENTIRA. Em todas as outras hipóteses será verdadeiroA | B | A -> BV | V | VV | F | FF | V | VF | F | FA alternativa "a" parte de uma mentira e chega a uma mentira. Que para esse conectivo é um argumento válido.Procurem essas tabelinhas dos outros conectivos, ajudam bastante! Espero ter ajudado..
  • "b" e "d" não podem ser de forma alguma pois envolvem dois mentirosos. Essa percepção já aumenta sensivelmente a chance de acerto! Isso que devemos ter no sangue por sermos concurseiros. Para analisar "a", "c" e "e", devemos contruir a tabela lógica.
  • Primeiro vamos destacar as proposições de: 'André e Sérgio mentiram, mas Carlos falou a verdade'
    p: André mentiu.
    q: Sergiu mentiu.
    r:  Carlos falou a verdade.

    Podemos representar por:  p ^ q ^ r   (Lembrar que p ^ q pode ser escrito de outras formas como: p, mas q )

    Então, para a proposição principal ser verdadeira, na disjunção basta 1F=F. Concluimos que p, q e r tem valoração V. Do contrario, uma delas sendo falsa a proposição principal será falsa.

    a - condicional : F F = V
    b - condicional: V F = F
    C - disjunção: F F = F
    d - disjunção: V F = F
    e - conjunção: F F = F

  • Questão simples, mas faremos passo a passo para sanar possiveis duvidas...

    Notação que irei usar:

    Am = Andre mentiu, Sm = Sergio mentiu e Cm = Carlos mentiu
    Av = Andre falou a verdade, Sv = sergio falou a verdade e Cv = Carlos falou a verdae

    Pela definição do problema temos que:

    Am = Verdade, Av = Falso
    Sm = Verdade, Sv = Falso
    Cm = Falso, Cv = Verdade

    precisamos agora avaliar as opções e identificar uma preposicao verdaderia ok!

    a) Cm --> Av
        (F   -->  V) resulta em Verdade, logo, proposição verdadeira

    b) Sm --> Av
        (V --> F) resulta em Falso

    c) Sv ^ Cm
        (F ^ F) resulta em Falso

    d) Sm ^ Av
        (V ^ F) resulta em Falso

    e) Av v Cm
        (F v F) resulta em Falso


    bons estudos!
  • Quem acha que raciocínio lógico é fácil ta enganado tem que estudar muito,eu tinha essa visão precisei começar a me dedicar de verdade pra mudar essa visão.


  • Não é fácil mesmo! Depois do gabarito muitas teorias aparecem.

  • GABARITO A

    Se vc errou é pq não pegou a base de rl


ID
4942
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Considere uma pergunta e duas informações, as quais assumiremos como verdadeiras.

Pergunta: João é mais alto do que Nuno?
Informação 1: João é mais alto do que Luís.
Informação 2: Nuno é mais alto do que Luís.

A partir desses dados, conclui-se que:

Alternativas
Comentários
  • 1: João é mais alto do que Luís.
    2: Nuno é mais alto do que Luís, porém pode ser mais alto ou mais baixo que João.
    .: assim, é insuficiente para responder a pergunta. letra D)

  • João é mais alto do que Nuno?
    Informação 1: L < J
    Informação 2: L< N

    Conclui-se com a 1ª e 2ª informação que Luís é menor que João e Nuno, porém não é suficiente(insuficiente) para concluir que João é mais alto do que Nuno. Nuno pode ser mais alto ou não.

    Abraços e bons estudos.
  • CESGRANRIO entregando a paçoca. Já ví esse modelo de questão umas 5 vezes. Só mudaram os nomes, até o gabarito é o mesmo, letra D.

  • Silogismo Hipotético


ID
4945
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Nas redes ATM, qual protocolo da camada de adaptação é destinado a tráfego com taxa de transferência constante (CBR - Constant Bit Rate) e orientado à conexão?

Alternativas
Comentários
  • AAL1 -> Constant bit rate
    AAL2 -> Variable bit rate
    AAL3/4 -> A mixture of AAL1 and AAL2, implements the Available bit rate
    AAL5 -> An improvement over AAL3/4, it's the most used AAL nowadays.
  • AAL1 -> Constant bit rate

    tranquilo, tranquilo, tranquilo
  • b-

    ATM supports different types of services via AALs. Standardized AALs include AAL1, AAL2, and AAL5, and the rarely used AAL3 and AAL4. AAL1 is used for constant bit rate (CBR) services and circuit emulation. Synchronization is also maintained at AAL1. AAL2 through AAL4 are used for variable bitrate (VBR) services, and AAL5 for data.

    https://en.wikipedia.org/wiki/Asynchronous_transfer_mode


ID
4948
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

No TCP, a flag SYN indica um(a):

Alternativas
Comentários
  • * URG – urgência * ACK – número ack válido * PSH – push (envio imediato de dados) * RST – reset (reinício da conexão) * SYN – sync (estabelecimento de conexão) * FIN – finalizar conexão
  • numa ligação TCP existe aquele designado de servidor (que abre um socket e espera passivamente por ligações) num extremo, e o cliente no outro. O cliente inicia a ligação enviando um pacote TCP com a flag SYN activa e espera-se que o servidor aceite a ligação enviando um pacote SYN+ACK. Se, durante um determinado espaço de tempo, esse pacote não for recebido ocorre um timeout e o pacote SYN é reenviado. O estabelecimento da ligação é concluído por parte do cliente, confirmando a aceitação do servidor respondendo-lhe com um pacote ACK.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Transmission_Control_Protocol
  •  a) encerramento de conexão. Incorreta, flag FIN

     b) confirmação de recebimento de dados. Incorreta, flag ACK

     c) situação de congestionamento no destino. Não aplicavel

     d) situação de congestionamento na origem. Não aplicavel

     e) solicitação de conexão. Correta, gabarito da questão

  • URG - urgência
    ACK - número ack válido
    PSH - push (envio imediato de dados)
    RST - reset (reinício da conexão)
    SYN - sync (estabeleciomento de conexão)
    FIN - finalizar conexão

  • e-

    indicadores (flags) TCP

    ECN/NS : congestionamento ou Nonce Signaling

    CWR : Congestion Window Reduced

    ECE : ECN-Echo : SYN=1 indica capacidade de gestao ECN; SYN=0 indica congestao sinalizada por IP

    URG : urgent

    ACK : acusamento de recepcao (acknowledgement)

    PSH : dados a enviar imediatamente (push)

    RST : ruptura de conexao (reset)

    SYN : demanda de sincronia ou conexao

    FIN : demanda de fim de conexao


ID
4951
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

Segundo o PMBOK, o desenvolvimento do plano de projeto é responsabilidade da gerência de:

Alternativas
Comentários
  • a) Errado. Iniciação não é Gerência, mas um dos Grupos de Processo de Gerenciamento
    b) Errado. Gerência de tempo se preocupa com terminar o projeto no tempo certo.
    c) Errado. Gerência de qualidade se preocupa em garantir que o projeto atenda as necessidade para as quais foi criado
    d) Certo. É a Gerência de Integração que coordena o projeto como um todo e desenvolve o plano de projeto, que define as atividades necessárias para integrar todos os planos e atividades auxiliares
    e) Errado. Gerência de Escopo se preocupa em garantir que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e somente ele, para que os objetivos sejam alcançados
  • Gerenciamento de Integração do Projeto

    Desenvolver o termo de abertura do projeto;
    Desenvolver a declaração do escopo preliminar do projeto;
    Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto;
    Orientar e gerenciar a execução do projeto;
    Monitorar e controlar o trabalho do projeto;
    Controle integrado de mudanças;
    Encerrar o projeto.

    Aguinaldo, 2ed, pg 221
  • Complementando a resposta acima -> Gerência de integração

    1) Desenvolver o termo de abertura do projeto; -> fase de iniciação ou concepção (I)

    2) Desenvolver a declaração do escopo preliminar do projeto; -> fase de planejamento (P)

    3) Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto; -> fase de planejamento (P)

    4) Orientar e gerenciar a execução do projeto; -> fase de execução ou implementação (EX)

    5) Monitorar e controlar o trabalho do projeto; -> fase de avalição e monitoramento ou controle (AC)

    6) Controle integrado de mudanças; -> fase de avaliação e monitoramento ou controle (AC)

    7) Encerrar o projeto. -> fase de encerramento (EN)

ID
4954
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Analise as informações abaixo relativas ao Linux.

I - O comando chmod pode alterar o bit de execução de arquivos.

II - A configuração do cliente DNS é realizada no /etc/hosts.

III - O comando ipconfig atribui endereços IP a uma placa de rede.

IV - ps e kill são comandos relacionados a processos.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):

Alternativas
Comentários
  • I - CHMOD permite modificar permissões de escrita, leitura e execução, ou combinações destas.

    II - Tal arquivo contém alguns mapeamentos de hosts e IPs, é consultado ANTES de consultar o DNS.

    III - o comando IPCONFIG só é válido em ambiente Windows. No linux o seria IFCONFIG.

    IV - O comando ps mostra os processos que estão executando no momento. O comando kill serve para terminar a execução de um processo, para matar tal processo.
  • b-

    A configuração do cliente DNS é realizada no /etc/resolv.conf, o que pode ser alterado com comando vi


ID
4957
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Uma determinada estação Linux possui endereço IP 192.168.1.110 e máscara 255.255.255.192 (/26). O endereço de broadcast dessa rede é:

Alternativas
Comentários
  • Broadcast = (Endereço IP) OR (!(mascara))

    Endereço IP: 1100 0000 . 1010 1000 . 0000 0001 . 0110 1110
    Máscara inv: 0000 0000 . 0000 0000 . 0000 0000 . 0011 1111

    Broadcast: 1100 0000 . 1010 1000 . 0000 0001 . 0111 1111
    Broadcast: 192 . 168 . 1 . 127
  • End. de braoadcast? 192.168.1.110/26 255.255.255.192 IIIIIIII.IIIIIIII.IIIIIIII.IIOOOOOO 6 zeros, então 2^6=64 (dois elevado a seis) 64 Hosts(ou intervalo em cada rede) fica assim: 0 ------- 63 64 ------- 127 (O Ip 192.168.1.110 está nessa subrede então é 192.168.1.127, letra A) 128 ------- 191 192 ------- 255
  • a) 192.168.1.127 - Broadcast é o último IP Adrs da rede.

    http://www.wikihow.com/Calculate-Network-and-Broadcast-Address

    255.255.255.192 (/26) == 11111111.11111111.11111111.11000000 <-> 6 bits hosts

    (2^6)-2==62 End IP. O range é de 192.168.1.64 a 192.168.1.126



    IP 192.168.1.110


ID
4960
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

O recurso do Windows Server 2003 que permite conexões remotas de usuários e utiliza o protocolo RDP é:

Alternativas
Comentários
  •  Terminal Services (ou Remote Desktop Services) é um componente do Windows que permite que um usuário acesse dados e aplicativos em um computador remoto ligado por uma rede de computadores. Ele utiliza do protocolo Remote Desktop Protocol (RDP).

  • Gabarito D

    Remote Desktop Services, anteriormente designado por Terminal Services, é um dos componentes do Microsoft Windows que permite a um utilizador o acesso a informação e programas em um computador remoto através de uma ligação de rede. Para isso ele utiliza o protocolo Remote Desktop Protocol (RDP).

    Terminal Services é uma implementação da Microsoft de computação de Thin client, onde aplicações do Microsoft Windows, ou mesmo o Ambiente de Trabalho inteiro de um computador ficam acessíveis a um cliente remoto. O cliente pode ser qualquer computador, utilizando qualquer Sistema desde que o protocolo do Terminal Services seja suportado, tanto um barebone como uma máquina mais robusta são suficientes para suportar o protocolo (como por exemplo Windows Fundamentals for Legacy PCs). Com os Terminal Services, apenas a interface de uma aplicação é apresentada ao cliente. Qualquer instrução é redirecionada através de rede para o servidor, onde a execução de todas as aplicações tomam lugar.Com o uso do Terminal Service, pode-se usar periféricos locais em uma maquina remota, como se estivessem acoplados ao mesmo dispositivo, como mouses, teclados, impressoras, etc.

     

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ID
4963
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

O utilitário que converte um Servidor Windows 2003 em um controlador de domínio (DC - Domain Controller) é o:

Alternativas
Comentários
  • dcpromo serve para promover o windows a DC. Instalando o AD.


ID
4966
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Na instalação padrão do Windows XP, os três tipos de logs do recurso "Visualizar Eventos" (Event Viewer) são:

Alternativas
Comentários
  • As categorias de logs do Windows são estas, Aplicativo, de Segurança e de Sistema.

    Adicionalmente, há duas categorias nos Windows mais recentes:

    -Setup

    -Forwarded Events.

  • Gabarito A

    Logs do Windows

    A categoria Logs do Windows inclui os logs disponíveis em versões anteriores do Windows: Aplicativo, Segurança e Sistema. Ela também inclui dois novos logs: de Instalação e ForwardedEvents. Os logs do Windows têm como finalidade armazenar eventos de aplicativos herdados e eventos que se aplicam ao sistema inteiro. O Event Viewer é a ferramenta oficial.

     

    Log Aplicativo

    O log Aplicativo contém eventos registrados por aplicativos ou programas. Por exemplo, um programa de banco de dados pode registrar um erro de arquivo no log do aplicativo. Os desenvolvedores de programa decidem quais eventos registrar em log.
    Os eventos são classificados comoerro, aviso ou informações, dependendo da gravidade. Um erro é um problema importante, como a perda de dados. Um aviso é um evento que não é necessariamente importante, mas que pode indicar um possível problema no futuro. Um evento de informação descreve a operação com êxito de um programa, driver ou serviço.
     

    Log Segurança

    O log Segurança contém eventos como tentativas de logon válidas e inválidas, assim como eventos relacionados ao uso de recursos, como criar, abrir ou excluir arquivos ou outros objetos. O administrador pode especificar os eventos que serão registrados no log de segurança. Por exemplo, se você tiver habilitado a auditoria de logon, as tentativas de logon no sistema serão registradas no log de segurança.
    Esses eventos são chamados deauditorias e são classificados como bem-sucedido ou com falha, dependendo do evento (por exemplo, se um usuário tentando fazer logon noWindows obteve êxito).

     

    Log Instalação

    O log Instalação contém eventos relacionados à instalação do aplicativo. Os computadores que são configurados como controladores de domínio terão logs adicionais exibidos aqui.

     

    Log Sistema

    O log Sistema contém eventos registrados pelos componentes de sistema do Windows e pelos serviços de sistema do Windows e são classificados como erro, aviso ou informações.. Por exemplo, se um driver ou outro componente do sistema não for carregado durante a inicialização, essa falha será registrada no log do sistema. Os tipos de eventos registrados pelos componentes do sistema são determinados previamente pelo Windows.

     

    Log ForwardedEvents (Encaminhamento)

    O log ForwardedEvents é usado para armazenar eventos coletados de computadores remotos. Para coletar eventos de computadores remotos, é preciso criar uma inscrição de evento. Para saber mais sobre inscrições de evento, consulte Assinaturas em eventos.

     

     

     

     

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ID
4969
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

No Linux, o que faz o comando "netstat -r"?

Alternativas
Comentários
  • Netstat (Network statistic) é uma ferramenta, comum ao Windowsunix e Linux, utilizada para se obter informações sobre as conexões de rede (de saída e de entrada), tabelas de roteamento, e uma gama de informações sobre as estatisticas da utilização da interface na rede. Netstat.exe linha de comando que mostra todas as portas abertas para:TCP e UDP.
    • -a Mostra todas as conexões e portas abertas (listening ports)
    • -e Mostra as estatísticas da Ethernet. Este comando pode ser combinado com a opção -s.
    • -n Mostra o endereço e o número de portas na forma numérica.
    • -p proto. Mostra as conexões para o protocolo especificado pelo proto; proto pode ser TCP ou UDP. Se usado com a opção -s para mostrar por estatística do protocolo, proto pode ser TCP, UDP ou Internet Protocol (IP)
    • -r Mostra a tabela de rotas (routing table)
    • -s Mostra por estatística de protocolo . Por padrão, as estatísticas são mostradas por TCP, UDP e IP; A opção -p pode ser usada para especificar um subconjunto padrão
    • interval Mostra novamente as estatísticas selecionadas, pausando interval segundos entre cada display.

ID
4972
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Sistemas Operacionais
Assuntos

Que comando é utilizado no Linux para criação de links simbólicos?

Alternativas
Comentários
  • O comando ln permite criar links. Existem dois tipos de links suportados pelo Linux, os hard links e os links simbólicos. Os links simbólicos têm uma função parecida com os atalhos do Windows, eles apontam para um arquivo, mas se o arquivo é movido para outro diretório o link fica quebrado. Os hard links são semelhantes aos atalhos do OS/2 da IBM, eles são mais intimamente ligados ao arquivo e são alterados junto com ele. Se o arquivo muda de lugar, o link é automaticamente atualizado.O comando ln dado sem argumentos cria um hard link, como em:$ ln /home/morimoto/arquivo.txt arquivoOnde será criado um link chamado "arquivo" no diretório corrente, que apontará para o arquivo.txt dentro do diretório /home/morimotoPara criar um link simbólico, basta acrescentar o argumento "-s", como em:$ ln -s /home/morimoto/arquivo.txt arquivo

ID
4975
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

Qual a linguagem de programação disponível no Microsoft Access 2003?

Alternativas
Comentários
  • VBA, que é a linguagem VB (Visual Basic) para aplicativos, como o próprio nome já diz (Visual Basic for Applications), utilizada no Access.

ID
4978
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Segurança da Informação
Assuntos

Que algoritmo de criptografia simétrica foi escolhido como padrão AES (Advanced Encryption Standard)?

Alternativas
Comentários
  • * O AES, também conhecido por Rijndael, é uma cifra de bloco adotada como padrão de criptografia pelo governo dos Estados Unidos. Em 2006, o AES já é um dos algoritmos mais populares usados para criptografia de chave simétrica.
  • LETRA C

    Segundo Tanenbaum(2011,p.492),"Em novembro de 2001, o Rijndael se tornou o padrão AES do governo dos Estados Unidos, publicado como FIPS (Federal Information Processing Standard)."

    Bibliografia:

    TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.


ID
4981
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Sobre Tecnologias Internet, é INCORRETO afirmar que o:

Alternativas
Comentários
  • O SMTP utiliza o TCP como protocolo de transporte de mensagens de correio eletrônico.
  • A) Como se sabe, o SMTP eh um servidor usado para encaminhar emails aos destiantarios. Se usasse UDP, ele apenas repassaria o email q recebesse do usuario e, se nesse intervalo, os pacotes de emails nao encontrassem o destino, simplesmente o email nao seria enviado ao cliente.
    Assim, eh mais indicado o uso do TCP, em q o recurso de conexao, em ordem, controle de erro etc, garante q o destino receba a mensagem pela confirmação q ele envia à origem.
    B) No HTTP 1.0, cada objeto q a pagina acessava necessitava uma nova conexao ao servidor para puxa-las(se vc tivesse uma página com 100 objetos - raro praquela epoca), vc necessitava realizar 100 conexoes. A versao 1.1 introduziu a conexao persistente, em q isso fica transparente ao usuario.
    C) IMAP, emails sao transferidos ao computador local, com uma copia no servidor, na porta 143; POP, os email sao baixados do servidor pela porta 110, sem deixar copias.
    D) correto.
    E) Correto.

  • O Servidor IMAP escuta na porta 143. p_q

  • A) Incorreto. Como se sabe, o SMTP é um servidor usado para encaminhar emails aos destinatários. Se usasse UDP, ele apenas repassaria o e-mail que recebesse do usuário e, se nesse intervalo, os pacotes de emails não encontrassem o destino, simplesmente o e-mail não seria enviado ao cliente. Assim, o SMTP utiliza o TCP como protocolo de transporte de mensagens de correio eletrônico.

    B) Correto. No HTTP 1.0, cada objeto que a pagina acessava necessitava de uma nova conexão ao servidor para puxa-las, ou seja, se tivesse uma página com 100 objetos, necessitaria realizar 100 conexões. A versão 1.1 introduziu a conexão persistente, a fim de solucionar esse problema.

    C) Correto. no IMAP, emails são transferidos ao computador local com uma copia no servidor na porta 143; no POP, todos os e-mail são baixados do servidor sem deixar copias pela porta 110.

    D) Correto.

    E) Correto.

  • a-

    registro MX em sistema DNS serve para encontrar qual email server aceita os emails destinados a certo dominio

  • SMTP (cliente de email) utiliza TCP para envio de correio eletrônico, e não mensagens de voz.

    Protocolo de mensagens de voz é o RTP (Realtime Transport Protocol), utilizado em Voip.


ID
4984
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Observe as seguintes afirmativas sobre tags no HTML 4:

I - OL - cria listas ordenadas;
II - BR - cria uma quebra de linha;
III - P - cria novos parágrafos;
IV - UL - cria listas não ordenadas.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • Questão simples:

    E) TODAS CORRETAS !

ID
4987
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Observe o fragmento de código JAVA a seguir.

public class prova {

    public prova() { }

    public static int d(int x) {

        return x*2;

    }

    public static int e(int x) {

        return x*5;

    }

    public static int fn(int x) {

        if (x<1)
            return 0;
        else
           return 4+fn(x-1);

    }

    public static int g(int y) {

        return 10+fn(y)+e(y)+d(y);

    }

    public static void main(String[] args) {

        System.out.println(g(5));

    }

}

 

A execução do método main apresentará a saída:

Alternativas
Comentários
  • Correta é a letra A.

    10 + (4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 0) + 25 + 10 = 35 + 20 = 65

  •  

    Resposta A = 65; fn(0) = 0 fn(1) = 4 + fn(0) = 4 fn(2) = 4 + fn(1) = 4 + 4 = 8 fn(3) = 4 + fn(2) = 4 + 8 = 12 fn(4) = 4 + fn(3) = 4 + 12 = 16 fn(5) = 4 + fn(4) = 4 + 16 = 20 10 + 20 + 25 + 10 = 65


ID
4990
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Redes de Computadores
Assuntos

Quatro discos rígidos, cada um com 100 GB de capacidade, formam um arranjo RAID 0 em um computador. A quantidade de espaço em disco disponível, em GB, para o sistema operacional é de:

Alternativas
Comentários
  • Bom , como o enunciado diz que é RAID 0, ou seja, não há redundância

    RAID 0 - utiliza-se o espaço total do disco, como são 4 discos rígidos, cada um com 100 GB de capacidade, logo, sua capacidade será de 400MB

    RAID 1 - utiliza-se metade do espaço, nesse caso seria 200MB
  • Só corrigindo o Gilberto Ferraz, o certo é GB no lugar de MB mas a resposta está certa.

  • e-

     Raid 0 - Tem como objetivo único melhorar o desempenho. Como o colega disse, nao ha redundancia, logo a capacidade é a soma dos hds

     Raid 1 - Trabalha com pares de HDs em que um disco do par guarda a cópia do outro.

     Raid 5 - Utiliza o sistema de paridade para manter a integridade dos dados.

     Raid 10 - Metade dos HDs é utilizada em modo striping, enquanto a segunda metade armazena uma cópia dos dados dos primeiros.

  • RAID0 é o arranjo que SOMA OS DISCOS.

    Nesse arranjo, não há redundância e a falta dele causa insegurança dos dados. (Mínimo para esse arranjo é de dois discos).

    abs do Vila


ID
4996
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

Em Engenharia de Software, determinado conceito permite que, entre dois elementos de software A e B, seja possível postular alguma mudança de A, que pediria que B fosse mudado (ou, no mínimo, cuidadosamente verificado) a fim de preservar a exatidão global, e também postular alguma mudança, que pediria que tanto A como B mudassem juntos para preservar a exatidão global. Trata-se do conceito de:

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Comentários
  • De onde raios veio esse conceito ? Tanenbaum ?
  • Texto copiado exatamente de um PowerPoint de um professor da UFRJ.........

    A congeneridade entre elementos A e B significa:
    1.Que uma mudança em A implica em mudança em B, ou pelo menos verificação cuidadosa, para preservar a exatidão global
    2.Que existem mudanças que exigiriam que, tanto A quanto B, fossem mudados juntos para preservar a exatidão geral
     
    Fonte: http://www.dcc.ufrj.br/~schneide/psi/cap8Encapsulamento.pps

ID
4999
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

Que quantidade de memória RAM o Microsoft SQL Server 2005, na versão Express Edition, está limitado a utilizar?

Alternativas
Comentários
  • CARACTERÍSTICA DB2 Express-C ---> RAM 2GBSQL Server 2005 Express ---> RAM 1GBOracle 10g Express Edition ---> RAM 1GB

ID
5002
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

No Microsoft SQL Server 2005, que tipo de restrição (constraint) pode ser utilizado para limitar valores aceitos em uma coluna como, por exemplo, uma nota de 0 a 10?

Alternativas
Comentários
  • Essa letra E tá estranha... mas é Check mesmo.
  • Na prova original só consta "Unique" na letra E; o restante do texto não existe.
  • ALTER TABLE NomeTabela ADD CONSTRAINT check_nometablela CHECK (colunatabela BETWEEN 0 AND 10);

  • A restrição UNIQUE garante que o conteúdo da coluna (ou combinação de colunas) assume um valor diferente para cada linha da tabela. Neste caso a coluna ou combinação de colunas constituem uma UNIQUE KEY ou ALTERNATE KEY (identificador alternativo)

    Chave estrangeira (foreign key) é o campo que estabelece o relacionamento entre duas tabelas. Assim, uma coluna corresponde à mesma coluna que é a chave primária de outra tabela. Dessa forma, deve-se especificar na tabela que contém a chave estrangeira quais são essas colunas e à qual tabela está relacionada.

    A restrição NOT NULL garante que uma coluna não admite valores NULL. Isto significa que será abortada uma operação de INSERT ou UPDATE que coloque um valor NULL nessa coluna. A sua utilização é útil sempre que as regras de negócio obriguem ao preenchimento de um campo.

    VERIFICAÇÃO restrição é usada para limitar a gama de valores na coluna. Se você definir uma restrição CHECK em uma única coluna, em seguida, o valor específico da coluna permite apenas.

    Os tipos smallint, integer e bigint armazenam números inteiros, ou seja, números sem a parte fracionária, com faixas diferentes. ... O padrão SQL somente especifica os tipos inteiros integer (ou int) e smallint.


ID
5005
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

No âmbito de bancos de dados distribuídos, o protocolo de efetivação 3PC (three-phase commit) exige que:

I - não ocorra nenhum particionamento da rede;

II - no máximo K participantes falhem enquanto o protocolo 3PC estiver sendo executado por transação;

III - em um momento qualquer, pelo menos K+1 sites estejam ativos.

Considerando K um parâmetro indicativo da tolerância a falhas do protocolo nos sites, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários

ID
5008
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

Em SQL, a(s) palavra(s)-chave utilizada(s) para assegurar a eliminação de duplicidades em resultados de consultas é(são):

Alternativas
Comentários
  • c-

    The SELECT DISTINCT statement is used to return only distinct (different) values.

    https://www.w3schools.com/sql/sql_distinct.asp


ID
5011
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Engenharia de Software
Assuntos

O teste alfa (alpha test) é conduzido pelo:

Alternativas
Comentários
  • Testes Alpha, Beta e Gama.
    http://imasters.uol.com.br/artigo/9572/des_de_software/teste_de_software/

    Em casos especiais de processos de desenvolvimento de software - Sistemas Operacionais, Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD), e outros softwares comerciais disponibilizados no mercado nacional e internacional - os testes requerem fases também especiais antes do produto ser disponibilizado a todos os usuários.

    O período entre o término do desenvolvimento e a entrega é conhecido como fase alpha e os testes executados nesse período, como testes alpha. PRESSMAN afirma que o teste alpha é conduzido pelo cliente no ambiente do desenvolvedor, com este "olhando sobre o ombro" do usuário e registrando erros e problemas de uso.
    Completada a fase alpha de testes, são lançadas a grupos restritos de usuários, versões de teste do sistema denominadas versões beta. O Teste Beta também é um teste de aceitação voltado para softwares cuja distribuição atingirá grande número de usuários de uma ou várias empresas compradoras. PRESSMAN afirma que o teste beta é conduzido em uma ou mais instalações do cliente, pelo usuário final do software. Diferente do teste alpha, o desenvolvedor geralmente não está presente. Conseqüentemente, o teste beta é uma aplicação "ao vivo" do software num ambiente que não pode ser controlado pelo desenvolvedor. O cliente registra todos os problemas (reais ou imaginários) que são encontrados durante o teste beta e os relata ao desenvolvedor em intervalos regulares. Com o resultado dos problemas relatados durante os testes beta, os engenheiros de software fazem modificações e depois se preparam para liberar o produto de software para toda a base de clientes.

    Os testes Gama não são propriamente testes de software. A comunidade do teste de software usa este termo de forma sarcástica referindo-se aos produtos que são mal testados e são entregues aos usuários ("end-users") para que estes encontrem os defeitos já em fase de produção.
  • PRESSMAN afirma que o teste alfa é conduzido pelo cliente no ambiente do desenvolvedor, com este "olhando sobre o ombro" do usuário e registrando erros e problemas de uso.
  • Na Wikipedia, 

    versão alpha (ou alfa) de um produto (geralmente uma aplicação da área de informática) é normalmente definida quando este produto ainda está em fase de construção e testes. Mas só os programadores envolvidos têm acesso, e não ao publico em geral. Porém, os usuários que serão beneficiados com o software poderão testar o sistema em um ambiente controlado nas instalações do desenvolvedor, caracterizando o processo denominado teste alpha.

  • Letra B


ID
5014
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Para ler o conteúdo de arquivos XML em ASP.NET, pode-se utilizar a classe:

Alternativas
Comentários
  • XmlTextReader e XmlTextWiter

ID
5017
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

Segundo o PMBOK, a Gerência do Tempo contempla a(o):

Alternativas
Comentários
  • a) Verificação de escopo - é feita pela Gerencia de Escopo;
    b) Análise Quantitativa dos riscos - feita pela Gerencia de Riscos
    c) execução do plano de projeto - Gerência de Integração
    d) desenvolvimento da equipe - Gerência de RH
    e) controle do cronograma - Gereência de Tempo [alternativa correta]
  • Gerenciamento do Tempo do Projeto

    - Definição de atividades;
    - Sequenciamento de atividades;
    - Estimativa de recursos de atividade;
    - Estimativa de duração de atividade;
    - Desenvolvimento do cronograma;
    - Controle do cronograma.

    Aguinaldo, 2ed, pg 221
  • Questão very easy.

  • Falou em atividade ou cronograma >>> Tempo.