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Prova FCC - 2010 - TJ-PI - Analista Judiciário - Assistência Social


ID
167335
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

A afirmativa correta, de acordo com o texto, é:

Alternativas
Comentários
  •  a) A efetivação da mobilidade social no Brasil sofreu recuos em função da inadimplência de boa parcela da população, que não consegue sustentar, com empregos fixos, o nível de consumo a que chegou. Existe apenas a possibilidade

     

     b) Apesar da estabilização da economia brasileira, surgiram disparidades sociais em consequência da globalização, que aumentou as desigualdades de renda entre as classes média e baixa. O texto informa que houve redução da desigualdade

     

     c) Desde a década de 90 vem sendo possível constatar acentuada mobilidade social no Brasil, com expressivo número de brasileiros que atingiram um patamar superior na classificação social. Correta.

     

     d) A estabilidade da classe média brasileira está garantida, como se pode verificar pela notável mobilidade social, ainda que permaneça a desigualdade de renda da população. Existe o risco de fracasso

     

     e) Com a redução das desigualdades de renda, houve efetiva elevação dos padrões de consumo no Brasil, já que mesmo a população mais pobre passou a ser incluída nas classes mais altas.  O texto informa que a classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média". Não há nada sobre mais pobre e mais baixa.


ID
167338
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

Infere-se corretamente do texto que

Alternativas
Comentários
  • Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos


    pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades


    para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de


    consumo ambicionado. ( ÚLTIMO PARÁGRAFO)

     

    GABARITO B

    BONS ESTUDOS


ID
167341
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

O assunto do texto está corretamente sintetizado em:

Alternativas

ID
167344
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

Os autores do texto

Alternativas
Comentários
  • "De fato, o crescimento econômico dos últimos anos
    traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços".


    Imagino que a letra D), que é a resposta, se baseia em parte do texto acima transcrita,porém discordo do gabarito,pois, não há defesa e sim concordância, por parte dos autores, com o crescimento econômico devido a expansão de bens e serviços.
  • Questão complicada. De fato, o autor enaltece o crescimento do capital movimentado pelo setor de bens e serviços, mas faz uma ressalva logo em seguida, de modo que ele não apenas diz que essa seja a mola, mas também chama a atenção para o risco de estagnação que a instabilidade do trabalhador no seu emprego pode causar. Observe:
    "De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Maaaaaaassssssssssss as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado."
    Marquei a alternativa A. Apesar de o gabarito discordar de mim, eu entraria com recurso, e provavelmente ganharia.

  • As letras C, D e E estão corretas, ficando a cargo do candidato avaliar a opinião do avaliador, não do escritor do texto.

    A -> não apontam ganhos efetivos da classe média como um todo, apenas de uma parcela que passou a ser classe média, a classe C

    B -> não faz o menor sentido.

    C -> Sim: o texto fala em valores sociais "concentramos nossa atenção ... na formação de novos valores sociopolíticos" e há uma crítica ao consumo desenfreado "consumo ambicionado", apesar de não ser uma crítica ao consumo em si, por isto é dúbia.

    D -> Sim: é bem clara a opinião do autor. No entanto, a opção é dúbia pois a defesa de tal opinião não é a tese sendo defendida no texto; não é o ponto principal do texto;  é um mero pressuposto, dentre tantos outros, sobre o qual o autor constrói sua argumentação

    E -> Sim; é bem claro, há vários argumentos que corroboram para tal afirmação:  "... dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado" "Endividando-se além do que lhes permitem .... ". 


    Não é verdade que provas discursivas de interpretação são bem menos polêmicas do que as objetiva?  O fato de errar questões objetivas de interpretação não significa ser mal leitor, o avaliador não é dono da verdade e você tem direito a ter sua opinião divergente. O grande ponto deste tipo de questão não é chegar na melhor resposta, mas sim focar na estratégia leve ao resultado: eliminar aquelas que certamente estão erradas e chutar rápido dentre aquelas que podem estar corretas. Não adianta perder tempo esmiuçando os enunciados rebuscados, que de tão confusos confundem aos próprios avaliadores, que também são seres humanos com suas limitações na sua

    capacidade de se expressar. Eu sou da opinião que interpretação de texto (entenda-se: a taxa de acerto de suas questões objetivas) é uma das poucas coisas que não melhora com o exercitamento.



  • "censuram a expansão sem controle do consumo, por ser fator de inadimplência de expressivo contingente da população."

     

    Meus pares, os elaboradores utilizaram a técnica da inferência empática com vcs, ou seja, hora nenhuma o texto falou da "expansão sem controle" do consumo.

    Essa hipérbole não está em lugar nenhum do texto, que fala sim em oscilação da renda familiar gerada por empregos pouco estáveis ou atividades por conta propria.

    E dívida além do que lhes permitem os recursos de que dispõem.

    Cuidado ao analisar o texto.

     


ID
167347
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

As questões colocadas no 2º parágrafo

Alternativas

ID
167350
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

Considerando-se o 3º parágrafo do texto, está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E

    Este é um caso típico de Complemento Nominal - 1) É ligado pela preposição ''de''  2) complementa o substantivo abstrato TENDÊNCIA ( os complementos nominais se referem a adjetivo, advérbio e substantivo ''abstrato'' ) 3) Caso fosse retirado do período este perderia o sentido.

    ''até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.''  Observe que o termo grifado complementa o substativo abstrato TENDÊNCIA. 
     

  • Fiquei entre a "c" e a "e" e acabei marcando a primeira. Logo, gostaria que alguém pudesse me esclarecer o porquê de não a letra c, pois, o "só" não seria advérbio, logo não poderia ser flexionado, pergunto
  • Correto E

    Aproveitando a questao, segue a diferença entre:
    Só / sós / a sós

    A palavra só, quando equivale a somente, não varia.

    Quando equivale a sozinho(s), sozinha(s), varia.

    A expressão a sós (sem mais ninguém) é invariável.

    Exemplos:

    Só (somente) esse rapaz não trabalhou / Só (somente) esses rapazes não trabalharam.

    Ele ficou só (sozinho) naquela casa imensa / Elas ficaram sós (sozinhas) naquela casa imensa.

    Ela queria ficar a sós / Eles queriam ficar a sós.

    Assim, a alternativa C está correta e não é alternativa pedida porque a palavra só tem sentido de sozinha, ou seja, varia para o plural.

    "Por um lado, por si só (sozinha) a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda".

    "Por um lado, por si sós (sozinhos) os resultados da megamobilidade social a que fizemos referência implicam redução das desigualdades de renda"

    Bom estudo :)
  • GABARITO: LETRA E

    Sobre a letra D, veja o contexto: “Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.”.

    O verbo “significa” é VTD, logo exige complemento não preposicionado, ou seja, objeto direto (estagnação e regressão).

    Sobre a letra E, o substantivo ‘tendência’ é que exige um complemento nominal, portanto ‘de melhora na distribuição de renda’ é seu complemento nominal.
  • Texto grande e sem marcação fica cansativo ....

  • O substantivo tendência, como todo e qualquer substantivo, é um nome; logo, exige complemento nominal. 



  • André Almeida, na dúvida marque a que mais certa ou mais errada nesse caso. 

  • affff

  • c) "só" é adjetivo nesse contexto, portanto varia, 

  • E

     

  • Questão trabalhosa, e a digitação do QConcursos só dificulta.

    É pedir muito que destaquem nas alternativas o que é parte do texto e o que é parte da alternativa???!!!!!

  • Essa C, sinceramente, não deu pra entender poha nenhuma!

  • Os investidores têm o direito de serem informados sobre a composição...

    O uso do têm com acento circunflexo indicaria plural quanto ao núcleo do sujeito (Investidores). Concordância verbal == verbo concorda com o núcleo do sujeito.

  • Fundação cansa concurseiro.


ID
167353
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

No contexto do 2º parágrafo, a presença das aspas na expressão "nova classe média"

Alternativas

ID
167356
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

... as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida. (final do texto)

A afirmativa grifada acima significa, considerando-se o contexto, que

Alternativas

ID
167359
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

- ou seja, as classes médias tradicionais. (1º parágrafo) (denominados fatores weberianos) (4º parágrafo)

Os sinais de pontuação que aparecem nos segmentos transcritos acima atribuem-lhes, respectivamente, noção de

Alternativas
Comentários
  • Parte 1: A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais. O trecho destacado retifica o que foi dito anteriormente. Lembrando que retificar é tornar uma coisa mais exata; corrigir, emendar.

    Parte 2: Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos. O trecho destacado explica que os fatores ligados à motivação e à autocapacitação são denominados weberianos.

    Letra D.

  • Retificar é deixar uma coisa mais exata??? Sempre soube que retificar é corrigir um dado incorreto. Achei muito confusa essa resposta. Parece que a FCC quer que a gente erre, e não testar o nosso conhecimento. Difícil saber qual resposta eles querem!
  • Se fosse "ratificar", teria marcado a D... Mas retificar?!

  • Letra D.

    Retificação e explicação.


ID
167362
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

... além do que lhes permitem os recursos de que dispõem ... (último parágrafo)

A expressão pronominal grifada acima deverá preencher corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    DISPÕEM...DE ALGUMA COISA (VTI)

    A)INCORRETA = QUE SÓ SERÃO SUSTENTÁVEIS

    B)INCORRETA = EM QUE SE DEPARAM

    C)INCORRETA = ÀS  QUAIS O ESTUDO SE REFERE

    D)INCORRETA = NO QUAL SE ENCONTRAM

    E)CORRETA  = DE QUE SE FALA


ID
167365
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

Todos os verbos estão corretamente flexionados na frase:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    A)PREVERAM = PREVIRAM

    B)CRÊM = CRÊEM (OU NA NOVA REGRA = CREEM) / OBTEU = OBTEVE

    C)CORRETA

    D)INTERVIU = INTERVEIO

    E)MANTESSEM = MANTIVESSEM

  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    Abaixo, as frases já estão corrigidas e os verbos alterados estão sublinhados e em negrito.

     

    (A) Aqueles que previram dificuldades trazidas pela globalização devem reconhecer que ela trouxe também alguns benefícios.

     

    (B) Alguns especialistas creem na redução dos bolsões de pobreza no país, pois boa parte da população brasileira obteve

    mais renda.

     

    A alternativa (C) é a correta. Note que “constitui” deve terminar em “i”. Pesquisas feitas sobre a distribuição de renda indicam

    ter havido redução das desigualdades, fato que constitui motivo de comemoração.

     

    (D) O governo de muitos países interveio  na economia para controlar os maus resultados trazidos ao comércio pela crise

    mundial.

     

    (E) Para que se mantivessem os níveis sustentáveis de consumo, seria preciso garantir renda suficiente às famílias de

    classe média.

     

     

    Gabarito: C

     

     

    Prof. Décio Terror


ID
167368
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

        Nos anos 90, o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social. Tais mudanças, não é preciso repetir, deram-se como resposta ao precedente modelo de crescimento via substituição de importações, por um lado, e à aceleração da globalização, por outro. Esse conjunto de transformações alterou profundamente as percepções e estratégias "normais" de ascensão social, cujo horizonte deixa de ser apenas individual para tornar-se coletivo. De fato, milhões de brasileiros passam a experimentar a mobilidade social em um contexto de mudança no plano das identidades coletivas; de mudanças que dizem respeito não apenas a taxas ou a padrões individuais de mobilidade, mas ao próprio sistema de estratificação social. A classe C deixa de ser "baixa" e começa a ser "média", disputando espaço com os estratos situados imediatamente acima dela - ou seja, as classes médias tradicionais.
         Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentabilidade. Se a nova classe média resulta, em grande parte, do encurtamento de distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Serão sustentáveis ? ou antes, sob que condições serão sustentáveis - os índices de expansão do que se tem denominado a "nova classe média"?
        Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.
      Deixando de lado a dinâmica macroeconômica, concentramos nossa atenção em fatores ligados à motivação e à autocapacitação (denominados fatores weberianos) na formação de novos valores sociopolíticos.
        De fato, o crescimento econômico dos últimos anos traduziu-se em forte expansão da demanda por bens e serviços. Mas as oscilações da renda familiar geradas por empregos pouco estáveis ou atividades por conta própria sinalizam dificuldades para as faixas de renda mais baixa manterem o perfil de consumo ambicionado. Endividando-se além do que lhes permitem os recursos de que dispõem, as famílias situadas nesse patamar defrontam-se com um risco de inadimplência que passa ao largo das famílias da classe média estabelecida.

(Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações)

A análise tem como ponto-chave a questão do empreendedorismo.
O empreendedorismo esbarra em obstáculos reais.
A disposição a empreender está disseminada na sociedade.

As frases acima articulam-se em um único período com lógica, clareza e correção, em:

Alternativas
Comentários
  • Conquanto é CONJUNÇÃO CONCESSIVA. Equivale a "embora, apesar de que, ainda que". São conjunções que subordinam ideias que se exprime uma ação contrária, oposta à ideia principal.
  • Não entendo como a assertiva "A" pode estar certa:

    A) Um ponto-chave na análise é a questão do empreendedorismo, pois, embora esteja disseminada na sociedade, a disposição a empreender esbarra em obstáculos reais.

    Há uma troca de sentido, uma vez que, nas proposições da questão, é o empreendedorismo que esbarra em obstáculos reais, e não a disposição de empreender que neles esbarra.

    A análise tem como ponto-chave a questão do empreendedorismo. 
    O empreendedorismo esbarra em obstáculos reais. 
    A disposição a empreender está disseminada na sociedade. 

    Alguém saberia explicar?


ID
167371
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

É correto afirmar que, no texto, o autor

Alternativas

ID
167374
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

É correto afirmar que o autor do texto

Alternativas

ID
167377
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

"É revoltante", escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma vez mais, afastados do hábito do assassinato!" (último parágrafo)

É correto afirmar que a frase de Richard Strauss, citada no texto e transcrita acima, opõe

Alternativas

ID
167380
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

O segmento cujo sentido está corretamente expresso em outras palavras é:

Alternativas
Comentários
  • Quimera. s.f. 1. Mit. Monstro fabuloso. Monstro mitológico com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente. 2. Fig. Fantasia; produto da imaginação3. Zool. Peixe da ordem dos holocéfalos, que vive em águas profundas em todos os mares; pouco comum (compr.: 1 m).

    Perfectível: Que pode ser melhorado ou aperfeiçoado.

    Extravagante: adj. Fora do comum, singular; estranho.






ID
167383
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

Atente para as seguintes observações sobre a pontuação utilizada no texto.

I. Em Muitos artistas exultaram com o início da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes fantasias... (1º parágrafo), o ponto e vírgula poderia ser substituído por dois-pontos, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase.

II. Em Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações entre os ataques... (2º parágrafo), a vírgula não poderia ser retirada sob pena de comprometimento do sentido e da coesão da frase.

III. Em Strauss seria a figura de proa, Mann, o dissidente (último parágrafo), a segunda vírgula indica a elipse do verbo seria da primeira das orações.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Cadê os gramáticos aqui pra ajudar...... hahahahahahahaha
  • LETRA D
    I. Em Muitos artistas exultaram com o início da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes fantasias... (1º parágrafo), o ponto e vírgula poderia ser substituído por dois-pontos, sem prejuízo para o sentido e a coesão da frase. CORRETA
    O ponto-e-vírgula e os dois pontos têm uma finalidade em comum: a separação de orações coordenadas explicativas/conclusivas. Volta-e-meia a FCC cobra isso. Detalhe: se houvesse uma conjunção entre as orações, essa substituição não seria possível.
    II. Em Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações entre os ataques... (2º parágrafo), a vírgula não poderia ser retirada sob pena de comprometimento do sentido e da coesão da frase. ERRADA
    Existem casos em que a vírgula antes da conjunção aditiva "e" é obrigatória (leia mais). Contudo, deve-se notar que aqui o "e" não é uma conjunção aditiva, como é mais comum de encontrá-lo. Há um encadeamento lógico entre essas orações e, nesse caso, a vírgula é obrigatória. (leia mais).
    III. Em Strauss seria a figura de proa, Mann, o dissidente (último parágrafo), a segunda vírgula indica a elipse do verbo seria da primeira das orações. CORRETA
    A elipse é uma figura de estilo que "consiste da omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase com a intenção de tornar o texto mais conciso e elegante" (Wikipédia). Sem elipse, o trecho fica: "Strauss seria a figura de proa, Mann seria o dissidente".
  • Ainda não entendi o item "I", alguem poderia explicar?
  • Átila, desculpe-me, mas como o item II é errado não poderíamos concluir portanto que a vírgula é não obrigatória?

  • Eu acredito que o item II trata de uma CAUSA/CONSEQUÊNCIA(O. Sub. Adverbial Consecutiva) introduzida pelo conectivo "e".

    Logo, estando a oração na ordem direta, permitiria sua faculdade.

    Não consigo enxergar outra possibilidade! Alguem se habilita??



  • Atenção p/ o inciso II:


    a vírgula neste caso é facultativa, pois se trata de um mesmo sujeito:  


    "Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
    entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias investidas contra os valores da burguesia decadente."

    Neste caso Schoenberg foi acometido e traçou comparações entre os ataques; ou seja ele pratica as duas ações da frase, e neste caso a virgula é usada somente para dar ênfase!!!


    Segue regrinha da aula da Prof. Flávia Rita:

    - mesmo sujeito: virgula facultativa (só para dar enfase). ex: o governo investe em educação e espera resultados; ou: o governo investe em educação, e espera resultados. (virgula facultativa)

    - sujeitos distintos: deve-se usar a virgula! ex: o governo investe em educação, e a população espera resultados

    - polissindoto: obrigatória! ex: ele chorava, e gritava, e pedia



    Fé em Jesus!

  • Na II dá a entender que esse ''e'' poderia ser substituído por ''mas'', por isso errei.


ID
167386
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

Em público, declarava que, como artista, não queria se envolver em confusões políticas, mas em particular sua posição parecia claramente isenta de patriotismo. (último parágrafo)

Ao se reescrever a frase acima, mantêm-se a correção, a clareza e o sentido originais em:

Alternativas

ID
167389
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada de modo INCORRETO em:

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    ATACAR É UM VERBO TRANSITIVO DIRETO, ASSIM "LHE" NÃO CABE A ESSA  ALTERNATIVA.(OBJETO INDIRETO)

    O CORRETO SERIA: atacando-a de um só golpe.

  • ...e também esta incorreta por iniciar uma oração.Não se inicia frase com pronome oblíquo átono.

  • 1-NÃO SE INICIA IDÉIA MEDIANTE COLOCAÇÃO PRONOMINAL.

    2-"LHE" TEM FUNÇÃO DE OBJETO INDIRETO (A ELE;A ELA)

    3- O VERBO EM QUESTÃO É TRANSITIVO DIRETO

     

  • Observação...

    Pessoal apesar de estar corretíssimos os comentários acerca da impossibilidade de se iniciar períodos com pronomes, ressalto que na alternativa E isso NÃO poderia ser usado como agumento de incorreção, visto que o segmento foi retirado do texto e não deve ser analisado isoladamente.

    Na alternativa em questão temos:

    "Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914, demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã, atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski e Ravel."

    Note que o segmento NÃO inicia o período, OK!?

  • Tem que observar o verbo.

    Quem ataca, ataca alguém ou ataca alguma coisa.

    Não é ataca de alguém (ex: precisamos de você)

    Então o verbo é transitivo direto.

    O verbo transitivo direto aceita os pronomes: o, a, os, as, lo e la.

    Já verbos transitivos indiretos aceitam o pronome lhe.

    Respondeu ao chefe corretamente.  => Respondeu-lhe.

    Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/o-uso-lhe.htm

ID
167392
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

A noção de guerra total exibia um desagradável grau de semelhança... (4º parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    EXIBIR = VTD um desagradável grau de semelhança

    NEGAR = VTD qualquer ato ilícito do exército em Louvain

    A)ENQUADRAR= VTI

    C)EXULTAR= VI

    D)EMERGIR= VI

    E) PARECER = VERBO DE LIGAÇÃO

  • verbo transitivo nao pode ter como complemento adjetivo e adverbio

     

    o verbo intransitivo rejeita objeto e aceita adjunto adverbial.

     

    portanto como na letra d ,limpa e purificada sao adjetivos e estao qualificando juventude da  alemnha 

    emergirá nao será VERBO INTRANSITIVO,SERÁ VERBO DE LIGAÇAO.

     

    FONTE:AULA DE PORTUGUÊS DO PROFESSOR SANDRO,ACADEMIA DO CONCURSO PÚBLICO.

     

     

  • Só pra constar:
    .
    Emergir exige a preposição "de"

    Imergir exige a preposição "em"

ID
167395
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Guerra!", escreveu Thomas Mann em novembro de
1914. "Sentimo-nos purificados, libertos, sentimos uma
enorme esperança." Muitos artistas exultaram com o início
da Grande Guerra; era como se suas mais extravagantes
fantasias de violência e destruição houvessem se tornado
realidade.
Schoenberg foi acometido por aquilo que mais tarde
chamou de "psicose de guerra", e traçou comparações
entre os ataques do exército alemão à França e suas próprias
investidas contra os valores da burguesia decadente.
Em carta a Alma Mahler, datada de agosto de 1914,
demonstrou um entusiasmo extremado pela causa alemã,
atacando de um só golpe a música de Bizet, Stravinski
e Ravel. "É hora de acertar as contas!", disparou
Schoenberg. "Reduziremos, agora, esses defensores do
kitsch à escravidão e lhes ensinaremos a venerar o espírito
germânico e a adorar o Deus alemão." Durante parte
da guerra, manteve um diário meteorológico, acreditando
que determinadas formações de nuvens pressagiavam a
vitória ou a derrota alemã.
Berg também sucumbiu à histeria, pelo menos no
início. Ao terminar a marcha das Três Peças, escreveu ao
professor dizendo ser "muito vergonhoso acompanhar
esses importantes eventos como mero espectador".
O massacre de Dinant, o incêndio de Louvain e
outras atrocidades de agosto e setembro de 1914 não
foram apenas acidentes de guerra. Tais ações se
enquadravam no programa do estado-maior alemão,
visando à destruição "total dos recursos materiais e
intelectuais do inimigo". A noção de guerra total exibia um
desagradável grau de semelhança com a mentalidade
apocalíptica da arte austrogermânica recente.
Nem todos foram vítimas da "psicose de guerra".
Richard Strauss, por exemplo, se recusou a assinar um
manifesto no qual 93 intelectuais alemães negavam
qualquer ato ilícito do exército em Louvain. Em público,
declarava que, como artista, não queria se envolver em
confusões políticas, mas em particular sua posição
parecia claramente isenta de patriotismo. "É revoltante",
escreveu alguns meses depois a Hofmannsthal, "ler nos
jornais sobre a regeneração da arte alemã [...] sobre como
a juventude da Alemanha emergirá limpa e purificada
dessa guerra 'gloriosa', quando, na verdade, devemos
agradecer se pudermos ver esses infelizes livres de
piolhos e percevejos, curados de suas infecções e, uma
vez mais, afastados do hábito do assassinato!" A declaração
parece uma resposta à apologia da violência de
Mann. Da próxima vez que a Alemanha entrasse em
guerra, os dois trocariam de lugar; Strauss seria a figura
de proa, Mann, o dissidente.

(Alex Ross. O resto é ruído. Trad. de Claudio Carina e Ivan
Weisz Kuck. São Paulo: Cia. das Letras, 2009, p. 81-2)

Está correta, clara e coerente a redação da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar o erro da alternativa E?

    Grato desde já!

    Abraços
  • resposta correta LETRA A!


    respondendo ao colega....


    E) Thomas Mann é considerado por muitos como um dos maiores romancistas do século XX, cujo Prêmio Nobel recebido fez inteira justiça a ele. correto seria:  cujo Prêmio Nobel recebido, fez inteira justiça a ele. Neste caso a vírgula é obrigatória, tanto para evitar a ambiguidade, como para marcar a pausa.





ID
167398
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


I. Não sou terrorista.

II. ... trabalha nos cenários de guerra e de insurgências...

III. ... declaram-se neutros.

IV. ... sem indagar sobre ideologias e partidarismos...

Dos segmentos acima, constantes do primeiro parágrafo, aqueles que enfatizam a indistinção com que são tratadas todas as vítimas de conflitos e guerras por Gino Stada ou por sua organização são:

Alternativas

ID
167401
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


A palavra "arapuca", utilizada pelo autor no segundo parágrafo, tem seu sentido retomado por meio da seguinte expressão, também presente no texto:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    ARAPUCA NO SENTIDO DE EMPREGO DE ESPETERZA COM A FINALIDADE DE ENGANAR; ENGODO. EMBUSTE, CONTO-DO-VIGÁRIO.
    ARMAÇÃO, CILADA, EMBOSCADA, ARMADILHA


ID
167404
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


Por meio das expressões Os 007 de Karzai e pelos 007 da rainha da Inglaterra, o autor

Alternativas

ID
167407
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


É correto afirmar que, no último parágrafo do texto, o autor

Alternativas

ID
167410
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


Com efeito, agentes do serviço de inteligência do Afeganistão [...] prenderam nove funcionários da Emergency. (2º parágrafo)

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    TRANSFORMAÇÕES

    Para ser passado para a voz passiva, o verbo deve ter objeto direto e fazer as seguintes transformações:

    1) O objeto direto da voz ativa passa a sujeito da voz passiva analítica.

    2) O tempo do verbo principal é transferido para o verbo auxiliar"ser", ao passo que o principal vai para o particípio.

    3) O verbo, na voz passiva, concorda com o sujeito paciente.

    PRENDERAM nove funcionários = Nove funcionários foram presos

  • NOVE FUNCIONÁRIOS DA EMERGENCY FORAM PRESOS...

                                                                 1º VERBO NO PRET.PERF.IND. + 2º VERBO FORMA NOMINAL.
     

ID
167413
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


Enquanto isso, Karzai falava que os serviços de inteligência... (3º parágrafo)

A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

    FALAVA/ SABIA = PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO (TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR)

    PODE EXPRESSAR UM FATO NO PASSADO, MAS NÃO CONCLUÍDO OU UMA AÇÃO QUE ERA HABITUAL, QUE SE REPETIA NO PASSADO.

    B)FICARAM = PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO (TERCEIRA PESSOA DO PLURAL)

    C)CONSISTIU= PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO (TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR)

    D)REMONTA= PRESENTE DO SUBJUNTIVO (TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR)

    E)COMPLETOU-SE= PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO (TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR)

  • d) O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007... ==> Presente do indicativo.
    .
    Presente do Indicativo
       eu remonto
       tu remontas
       ele remonta
       nós remontamos
       vós remontais
       eles remontam
  • Pretérito imperfeito
    eu sabia
    tu sabias
    ele/ela sabia
    nós sabíamos
    vós sabíeis
    eles/elas sabiam
  • Gabarito: A 
    Comentário: O verbo “falava” possui a desinência modo-temporal de primeira conjugação “-va” e isso nos mostra o tempo pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “sabia” encontra-se com a desinência modo-temporal de segunda conjugação “-ia”, por isso também está no pretérito imperfeito do indicativo. Veja os outros verbos: “ficaram”, “consistiu” e “completou” (pretérito perfeito do indicativo) e “remonta” (presente do indicativo). 
    Fonte: Décio Terror - Ponto dos Concursos

ID
167416
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


Se há uma diferença entre o terrorismo de Estado e outros tipos de terrorismo, é que estes atuam ...... margem da lei, e desse modo ...... suas vítimas é dado recorrer ao Estado em busca de proteção ou reparação; contra ...... elas quase nada podem fazer.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    Atuam À margem da lei (ao cais do porto) ATUAR= VTI

    A suas vítimas ou ÀS  suas vítimas = leva crase diante de pronomes possessivos femininos que estiverem no plural

    Contra AQUELE =  leva a letra A nos demonstrativos apenas quando o verbo exige a preposição A, que não é este o caso. EX: ASSISTI ÀQUELA CENA/ VI AQUELA CENA.

     

  • Complementando a resposta do colega.

    1) Troque a palavra feminina ''margem'' por uma masculina, logo você vai perceber que a preposição ficará evidente. Ex: atuam ao lado da lei. Isso acontece devido a regência do verbo atuar.

    2) A palavra SUAS esta no plural e o ''a'' esta no singular, logo nao ocorre crase, alem de ''suas'' ser um pronome possessivo adjetivo.

    3) Dica: Sempre troque ''aquele'' por ''este'', se na troca você viu que apareceu ''a este'' é sinal que há preposicao e assim "aquele'' será crasiado. Faça isso na questão acima e observe. 

    Espero ter ajudado!  

  • Apenas complementando os ótimos comentários abaixo...

    Acentua-se o "a" em locuções femininas adverbiais, prepositivas, conjuncionais: à margem de, à maneira de; à margem; à matroca (sem rumo); à medida que, etc.

    Atuar é verbo intransitivo, e na frase acima não exige preposição. A locução "à margem de" é um Adj. Adverbial de modo.

  • "contra ...... elas quase nada podem fazer"

    Contra é preposição, pessoal!! Não cabem duas preposições juntas: contra (prep) + a (prep) + a (art)

    Certo?? Caso eu esteja errada, alguém me corrija!! =)
  • Contra aquele elas quase nada podem fazer.
       
        o pronome aquele esta retomando o substantivo terroristo, que é uma palavra masculina e, antes delas, não ocorre crase.
  • PARA
    COM
    SOBRE
    SEM
    PERANTE 
    MEDIANTE
    ANTE
    CONTRA

    São preposições e não aceitam outra preposição (no caso a preposição A) posposta.
    Mediante à / Contra à - Erradíssimo.
  • Já que o assunto preposição foi tocado, só lembrando que a exceção, ou seja, a única preposição em que permite acento grave e de forma facultativa, é a preposição "ATÉ".



    Ex:

    "Esperarei até às/as duas horas". Crase facultativa.

    "Estou esperando desde as duas horas". Demais preposições não aceitam crase.



    Obs: A respeito do comentário da colega Alessandra Campos. A palavra "mediante" não é preposição essencial.



    As preposições essenciais são:a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, per, sem, sob, sobre, trás.



    Boa batalha, guerreiros!
  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
167419
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


Sequestrados em 10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de forte mobilização de organizações humanitárias internacionais e do Estado italiano. (4º parágrafo)

Além da noção temporal que se pode constatar no segmento grifado na frase acima, é correto nele reconhecer igualmente a noção de

Alternativas
Comentários
  • CORRETA:

    e) causa

     

     

  • Letra E

    forte mobilização de organizações humanitárias internacionais e do Estado italiano ocorreu antes e foi a causa da liberdade dos  integrantes da Emergency

  • O FATO DE QUE (CAUSA)

    FEZ COM QUE (CONSEQUECIA)

    O FATO DE QUE depois de forte mobilização de organizações humanitárias internacionais e do Estado italiano FEZ COM QUE os integrantes da Emergency fossem colocados em liberdade às 18 horas do domingo


ID
167422
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Tratamos de Obama a Osama nos hospitais e
postos de saúde da organização não governamental
Emergency. Não sou terrorista." O desabafo acaba de ser
pronunciado por um médico especializado em cirurgias
traumáticas emergenciais. Gino Stada trabalha nos cenários
de guerra e de insurgências em nome da Emergency,
que fundou com a esposa, Teresa Sarti, em 1994. Nas
zonas de conflito, Stada e sua organização declaram-se
neutros. A preocupação centra-se nas vítimas das violências
bélicas. Em outras palavras, a Emergency, com um
corpo composto de mais de mil profissionais, faz, sem
indagar sobre ideologias e partidarismos, cirurgias de
urgência e reabilita lesionados com próteses e terapias.
Humanista de 61 anos nascido em Milão, Stada
instalou e administra postos de saúde e hospitais no
Afeganistão, Serra Leoa, Camboja, Sri Lanka, República
Centro-Africana e Iraque. No mês de abril, uma "arapuca",
a caracterizar terrorismo de Estado, foi montada a fim de
desmoralizar o médico, que estava em Veneza. A meta
era provocar um escândalo internacional, de modo a levar
o governo afegão a cassar as licenças para funcionamento
da Emergency. Com efeito, agentes do serviço de
inteligência do Afeganistão prepararam uma falsa situação
de flagrante e prenderam nove funcionários da
Emergency. Dentre eles, o cirurgião Marco Garatti e os
paramédicos Matteo Pagani e Matteo Dell'Aira.
O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala
da administração do hospital de Lashkar Gah. Os 007
de Karzai fingiram-se surpresos com o encontro de
duas pistolas, nove granadas e dois cinturões costurados
com explosivos. Durante oito dias, os funcionários da
Emergency ficaram incomunicáveis. Enquanto isso, Karzai
falava que os serviços de inteligência tinham abortado um
plano dos terroristas talebans para matar o governador da
província de Helmand. Nesse plano figuravam como suspeitos
o cirurgião Marco Garatti e os demais presos.
Após as prisões, o coronel Tood Vician, porta-voz da
Otan, informou que soldados da força internacional não tinham
participado das prisões. Não sabia o coronel Vician
que, imediatamente, Stada, ladeado de jornalistas, acionou
o celular do cirurgião Marco Garatti. A ligação completou-
se com um soldado britânico a responder que não podia
informar nada sem autorização dos seus superiores
hierárquicos. Numa segunda chamada, limitou-se a dizer
que todos os nove presos estavam bem. Sequestrados em
10 de abril, os integrantes da Emergency foram colocados
em liberdade às 18 horas do domingo, dia 18, depois de
forte mobilização de organizações humanitárias internacionais
e do Estado italiano. Para Karzai, ficou provada a
inocência deles.
O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007,
quando da libertação do correspondente de guerra do jornal
italiano La Repubblica, Daniele Mastrogiacomo, sequestrado
pelos talebans. Stada aceitou procurar os
talebans com a condição de o governo afegão e as forças
de ocupação se afastarem das tratativas. Teve sucesso
pela sua força moral e isso ainda não foi digerido por
Karzai, pela Otan, pela CIA ou pelos 007 da rainha da
Inglaterra.

(Adaptado de Wálter Maierovitch. "Um humanista e o terror de
Estado", CartaCapital, 30/04/2010.
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=6585)


I. Às vezes, um estratagema bem simples, como o utilizado por Gino Stada, ao ligar para o celular de Marco Garatti diante dos jornalistas, é capaz de revelar a mentira das declarações oficiais, por mais enfáticas que pareçam.

II. Nos conflitos internacionais, quase sempre se releva os fins em detrimento dos meios, chegando-se mesmo a desconsiderar direito e garantias individuais, constante dos próprios acordos de que é signatário a maioria dos países do globo.

III. Organizações como a Emergency têm de enfrentar não apenas os enormes desafios da ajuda humanitária a que se propõem, como também a desconfiança e mesmo a perseguição por parte dos que as veem como aliadas de seus inimigos.

As regras de concordância verbal e nominal estão corretamente observadas em

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

    II- INCORRETA = Nos conflitos internacionais, quase sempre se releva(RELEVAM) os fins em detrimento dos meios, chegando-se mesmo a desconsiderar  direito e garantias individuais, constante dos próprios acordos de que é signatário a maioria dos países do globo.

  • A alternativa II esta incorreta.

    os fins em detrimento dos meios se RELEVAM nos conflitos internacionais, ...

     

  • Comentário objetivo:

    I. Às vezes, um estratagema bem simples, como o utilizado por Gino Stada, ao ligar para o celular de Marco Garatti diante dos jornalistas, é capaz de revelar a mentira das declarações oficiais, por mais enfáticas que pareçam. PERFEITO!!!

    II. Nos conflitos internacionais, quase sempre se releva REVELAM os fins em detrimento dos meios, chegando-se mesmo a desconsiderar direito e garantias individuais, constante dos próprios acordos de que é signatário a maioria dos países do globo.

    III. Organizações como a Emergency têm de enfrentar não apenas os enormes desafios da ajuda humanitária a que se propõem, como também a desconfiança e mesmo a perseguição por parte dos que as veem como aliadas de seus inimigos. PERFEITO!!!

    OBS: Ao colega Atreyu abaixo, não há erro nenhum com a forma verbal "veem". De acordo com o novo acordo ortográfico, não se acentuam mais as formas verbais derivadas do famoso CRE-DE-LE-VE, de forma que atualmente o correto é:
    Eles creem (sem acento)
    Eles deem (sem acento)
    Eles leem (sem acento)
    Eles veem (sem acento

  • Daniel, muito obrigado. Tava nem lembrando disso.
  • I)  um estratagema bem simples é capaz de revelar

    II) os fins se revelam

     

     


ID
167425
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A questão social é entendida como

Alternativas
Comentários
  • A expressão das relações sociais e circunscreve-se no campo das disputas, pois diz respeito à desigualdade econômica, política e social entre as classes sociais na sociedade capitalista.


ID
167428
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A política social, segundo José Paulo Netto, tem sua funcionalidade no âmbito do capitalismo monopolista. Nesta linha, pode ser considerada como

Alternativas
Comentários
  • Segundo Netto (in Lombardi 2010), deve-se levar em conta que a estrutura econômica insere-se em uma totalidade contraditória onde as mediações
    se dão de forma concreta. E assim, “se creditam concretamente às relações de forças políticas e aos projetos específicos das classes e franjas de classes em presença”  (PAULO NETTO, 1992, p. 49). Com isso, o autor quer enfatizar que na sociedade capitalista os protagonistas histórico-sociais são as classes, e neste sentido, a história as tem como sujeitos sociais que se confrontam na defesa de seus interesses antagônicos.

    e-revista.unioeste.br/index.php/educereeteducare
  • "Não há dúvidas de que as políticas sociais decorrem fundamentalmente da capacidade de mobilização e organização da classe operária e do conjunto dos trabalhadores, a que o Estado, por vezes, responde com antecipações estratégicas. Entretanto, a dinâmica das políticas sociais está longe de esgotar-se numa tensão bipolar - segmentos da sociedade demandantes/Estado burguês no capitalismo monopolista. De fato, elas são resultantes extremamente complexas de um complicado jogo quem que protagonistas e demandas estão atravessados por contradições, confrontos e conflitos". (Livro Capitalismo Monopolista e Serviço Social, pág. 33).

  • Segundo José Paulo Netto (Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 5ª edição - São Paulo: Cortez, 2006), no capitalismo dos monopólios a esfera estatal e a burguesia passam a responder as sequelas da questão social devido a efervescência das lutas e movimento operário e emergência dos partidos operários de massas. Assim, aquele contexto indicava a necessidade de absorção das demandas imediatas postas por esse processo reivindicativo e organizativos dos trabalhadores, que de certa forma não vulnerabilizou a ordem que iria se constitui (o capitalismo monopolista) mas a modificou em alguns aspectos consideravelmente. Por isso, a função de assegurar consenso, que no capitalismo monopolista se torna indispensável, e a ampliação de direitos e garantias de participação política não foi casual ou coincidente, sendo inclusive suportável pelo Estado burguês no capitalismo monopolista. Além de ser uma necessidade para continuar desempenhando sua funcionalidade econômica devido as circunstâncias históricas da emergência das lutas dos trabalhadores. Contudo, vale indicar que contemplar as demandas e reivindicações da classe trabalhadora pelo Estado burguês não corresponde a sua aptidão natural e normal. Todavia, o ingresso no cenário político dos trabalhadores, sua organização e a publicização das expressões da questão social, tornava essencial que o Estado burguês considerasse suas demandas para não colocar em xeque a ordem capitalista. Assim, as políticas sociais no capitalismo monopolista podem ser caracterizadas como conquistas dos trabalhadores e de sua organização política e sindical e também concessão do Estado para evitar maiores conflitos. Ressalta-se, ainda, que se não houvesse o ingresso no cenário político dos trabalhadores e suas lutas, o Estado não iria "naturalmente" oferecer a resposta as sequelas da questão social via políticas sociais. Sendo assim, as políticas sociais são resultantes de um processo complexo e intenso de lutas e contradições, sendo expressões também oriundas da capacidade das classes subalternas se organizarem e reivindicarem.


    RESPOSTA: C
  • resultante complexa de um complicado jogo em que protagonistas e demandas estão atravessados por contradições, confrontos e conflitos, portanto decorrem fundamentalmente da capacidade de mobilização da classe operária e do conjunto dos trabalhadores.


ID
167431
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A concretização dos direitos sociais depende da

.

Alternativas
Comentários
  • Alguns erros das questões - que facilitam a eliminação:

    a) serviços não governamentais para garantir alguma coisa (é dever do Estado)

    b) independentemente das políticas sociais

    c) proteção social contributiva (estava quase certa... se não fosse essa palavrinha!!)

    d) mesclar economia capitalista e um Estado de cunho socialista (onde isso poderia ocorrer?? as desigualdades são inerentes ao modo de produção capitalista)

    e) resposta certa!

  • Sobre a alternativa C o erro está em  "contributiva"

     

    Os direitos sociais possuem caráter redistributivo, buscam promover a igualdade de acesso aos bens socialmente produzidos.

  • Gab: E

     

    Direitos de primeira geração: relacionam-se com a liberdade, visando à proteção dos indivíduos perante o Estado. São as chamadas liberdades negativas, por limitarem o poder estatal.

    Fazem parte desses direitos a liberdade de expressão, a liberdade de consciência e o direito à propriedade privada, dentre outros.

    Também incluem os direitos políticos, que permitem ao indivíduo participar da vontade do Estado.

     

     Direitos de segunda geração: relacionam-se com o ideal de igualdade. São os direitos sociais, culturais e econômicos bem como os direitos coletivos ou de coletividade. Em regra, exigem do Estado prestações sociais, como saúde, educação, trabalho, previdência social, entre outras.

    A liberdade, aqui, aparece de forma positiva, em que se exige do Estado uma ação perante os indivíduos.

     

     Direitos de terceira geração: estão associados ao princípio da fraternidade.

    Incluem o direito ao desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, à propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e à comunicação.


ID
167434
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A realidade social brasileira não pode ser analisada sem contemplar a responsabilidade do Estado, que ao longo da história do país teve diferentes configurações. Segundo Lúcia Cortes Costa, pensar um pacto social capaz de gerar estabilidade para a sociedade exige que:

I. se estabeleça um pacto social considerando a relação entre democracia e igualdade social.

II. o Estado seja capaz de servir aos interesses coletivos, sob pena de perder sua legitimidade.

III. a democracia não seja reduzida a regras formais para alternância de grupos no poder ou como método para a tomada de decisões.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I. se estabeleça um pacto social considerando a relação entre democracia e igualdade social. 

    II. o Estado seja capaz de servir aos interesses coletivos, sob pena de perder sua legitimidade. 

    III. a democracia não seja reduzida a regras formais para alternância de grupos no poder ou como método para a tomada de decisões. 

    TODAS ESTÃO CORRETAS


ID
167437
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Atualmente o tema da proteção social tem sido colocado como central para balizar a garantia dos direitos sociais afiançados pela Constituição Federal de 1988 e suas leis complementares. Pode-se afirmar quanto aos sistemas de proteção social:

I. são modernos e não são apenas respostas automáticas e mecânicas às necessidades e carências apresentadas e vivenciadas pelas diferentes sociedades.

II. representam formas históricas de consenso político, de sucessivas e intermináveis pactuações, considerando as diferenças existentes no interior das socie dades.

III. são constituídos pelos poderes judiciários e legislativos.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Bom di@!

     

    Resposta letra “B”.

    Silva, Yasbek e Giovani (2004) chamam a atenção para o caráter histórico e político dos sistemas de proteção social, conforme observamos a seguir: [...] os modernos sistemas de proteção social não são apenas respostas automáticas e mecânicas às necessidades e carências apresentadas e vivenciadas pelas diferentes sociedades. Muito mais do que isso, eles representam formas históricas de consenso político, de sucessivas e intermináveis pactuações [...] (SILVA, YASBEK E GIOVANI, 2004, p.16).

    * Os sistemas de proteção social são constituídos pelos poderes legislativos e executivos. O judiciário é acionado na ocorrência de restrição ou violação de direitos. Portanto sua atuação é intermitente.

     

     

    Fonte:  A Política Social Brasileira no Século XXI: A prevalência dos programas de transferência de renda.


ID
167440
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social

A melhoria da qualidade de atendimento das políticas públicas, nos dias atuais, depende, em parte, do desempenho dos seus conselhos gestores. O papel destes conselhos consiste em

Alternativas

ID
167443
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O processo constituinte e a promulgação da Constituição Federal de 1988, introduziram importantes avanços capazes de fortalecer o controle social que pode ser compreendido como

Alternativas
Comentários
  •  

    CONTROLE SOCIAL: é a participação efetiva da sociedade organizada (Conferências de

    Assistência Social, Conselhos de Assistência Social e Fóruns) na definição, planejamento,

    implementação e avaliação da Política Pública. No âmbito do SUAS, o controle social é

    fundamental para a sua implementação, devendo ser extensivo à gestão do trabalho.

    (Resolução CNAS num. 269 / NOB-RH SUAS)

     


ID
167446
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Para responder aos novos ditames de democratização no âmbito das políticas sociais espera-se que haja a adoção de medidas que modernizem a gestão, tanto no campo governamental como não governamental no sentido de ampliar a participação social. Nesta linha, uma organização democrática qualifica-se pela:

I. capacidade de compreender os processos sociais de modo crítico e abrangente, operando além do burocrático comprometendo-se com o aprofundamento da participação e da composição dialógica.

II. instituição do chamado gerencialismo que permite a ampliação da criatividade e supera a burocratização.

III. direção e coordenação que impulsiona a formação ampliada de decisão alimentando a existência de espaços para a expressão e reconstrução de interesses e desejos de seus membros.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Para entender o erro da assertiva II, recomendo a leitura na íntegra do artigo:

    Administração pública brasileira entreo gerencialismo e a gestão social (Ana Paula Paes de Paula)

    http://www.fgv.br/rae/artigos/revista-rae-vol-45-num-1-ano-2005-nid-45058/

     

    Mas, segue um trecho p/ os preguiçosos como eu:

     

    Nas últimas décadas, os brasileiros estiveram engajados no processo de redemocratização do país, buscando reformar o Estado e construir um modelo de gestão pública capaz de torná-lo mais aberto às necessidades dos cidadãos brasileiros, mais voltado para o interesse público e mais eficiente na coordenação da economia e dos serviços públicos. Ao analisar esse contexto histórico, identificamos dois projetos políticos em desenvolvimento e disputa.

    O primeiro se inspira na vertente gerencial, que se constituiu no Brasil durante os anos 1990, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O segundo se encontra em desenvolvimento e tem como principal referencial a vertente societal. Manifesta-se nas experiências alternativas de gestão pública, como os Conselhos Gestores e o Orçamento Participativo, e possui suas raízes no ideário dos herdeiros políticos das mobilizações populares contra a ditadura e pela redemocratização do país, com destaque para os movimentos sociais, os partidos políticos de esquerda e centro-esquerda, e as organizações não-governamentais.

    Ambas as vertentes se dizem portadoras de um novo modelo de gestão pública e afirmam estar buscando a ampliação da democracia no país. No que se refere à abordagem gerencial, ocorreu um desapontamento em relação aos indicadores de crescimento econômico e progresso social obtidos. Quanto à abordagem societal, a vitória de Luís Inácio Lula da Silva gerou uma expectativa de que ela se tornasse a marca do governo federal. No entanto, o que se observa é uma continuidade das práticas gerencialistas em todos os campos, inclusive no que se refere às políticas sociais.

  • Uma organização democrática pressupõe a capacidade de criação de espaços de discussão e diálogo, onde seja possível todos participarem de forma a expressar suas opiniões, desejos e necessidades. Portanto, para efetivar a participação social é necessário que exista espaços e mecanismos democráticos de deliberação, participação e controle para a sociedade. É necessário tornar tais espaços mais acessíveis, divulgados, possibilitando maior participação da sociedade e a existência de ideias plurais. Nessa perspectiva, somente as assertivas I e III estão corretas. A assertiva II está incorreta pois o gerencialismo remete a utilização de preceitos empresariais e, por isso, capitalistas na administração pública. E, como bem se sabe, tais preceitos são contrários as possibilidades efetivas de participação social, orientando-se para a busca de resultados, lucros e competição interna na disputa por recursos públicos.


    RESPOSTA: C

ID
167449
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Numa visão crítica pode-se dizer que as instituições sociais são:

Alternativas
Comentários
  •  Conforme Faleiros (2011, p. 31), as instituições são:

     [...] organizações específicas de política social, embora se apresentem como organismos autônomos e estruturados em torno de normas e objetivos manifestos. Elas ocupam um espaço político nos meandros das relações entre o Estado e a sociedade civil. Elas fazem parte da rede, do tecido social lançado pelas classes dominantes para amealhar o conjunto da sociedade. 


  • Conforme Vicente de Paula Faleiros (Saber profissional e poder institucional. 10ª edição. Cortez, 2011) as instituições sociais são introduzidas na sociedade pelas classes dominantes para cumprirem a função de disseminar a ideologia dominante, o que significa manter o consenso sobre as classes dominadas e a hegemonia das classes dominantes. Elas são caracterizadas pelo autor como organizações específicas de política social, que possuem um espaço importante na mediação entre Estado e sociedade civil, haja vista são introduzidas na sociedade afim de manterem a ordem vigente e o consenso entre as classes sociais. Para o autor, estas instituições são transversais a toda a sociedade e fazem parte do tecido social, além de serem incumbidas de amenizarem as desigualdades e desequilíbrios advindos do processo produtivo. Fato é que essas instituições são favoráveis à manutenção do modo de produção capitalista, contudo o seu cariz humanitário favorece à sua atuação perante as classes dominadas, as quais acabam por serem enquadradas e moldadas, já que o objetivo de tais instituições é assegurar consentimento e aceitação por parte de dominados.


    RESPOSTA: A



ID
167452
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As políticas sociais, na contemporaneidade, atuam com o conceito de territorialização. Para o caso de organização dessas políticas seria mais adequado a adoção de definição que contemple

Alternativas
Comentários
  • De acordo com Sposati

      “Território é dinâmica, pois para além da topografia natural, constitui uma “topografia social” decorrente das relações entre os que nele vivem e suas relações com os que vivem em outros territórios. Território não é gueto, apartação, ele é mobilidade. Por isso, discutir medidas de um território é assunto bem mais complexo do que definir sua área com densidade. Implica considerar o conjunto de forças e dinâmicas que nele operam”.

  • D

    Quando se fala em territorialização, além da geográfica, também há a social, que delimita características históricas e relações homogêneas no local.

  • As políticas sociais, na contemporaneidade, atuam com o conceito de territorialização. Para o caso de organização dessas políticas seria mais adequado a adoção de definição que contemple:

    - uma 'topografia social' decorrente das relações entre os que nele vivem e suas relações com os que vivem em outros territórios, além da topografia natural.

  • Para Sposati (2008), o território é dinâmico, pois, para além da topografia natural,
    constitui uma “topografia social”, decorrente das relações entre os que nele vivem e das
    relações destes com os que vivem em outros territórios.
    Território não é gueto, apartação,
    mas mobilidade. Por  isso, discutir medidas de um território é assunto bem mais complexo
    do que definir sua área, pois implica em considerar o conjunto de forças e dinâmicas que
    nele operam (SPOSATI, 2008, p. 9).

     

     

    http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/viewFile/16148/14624

     

     


ID
167455
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O sistema de garantias de direitos e de proteção social, na atualidade, privilegia o trabalho em rede. No campo das políticas sociais as redes podem ser concebidas como

Alternativas
Comentários
  • Migueletto (1998) propõe que a rede é um arranjo organizacional formado por atores que unem-se em grupo com a finalidade de atingir objetivos que de forma isolada não teriam condições de alcançar. Sendo que trata-se de formar uma visão compartilhada da realidade e utilizar diversos recursos para empreender ações de forma cooperada.

    Migueletto, D. C. R.

    Organizações em rede.


ID
167458
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Sistema Único de Assistência Social - SUAS é um sistema público não-contributivo, que tem por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira. É princípio organizativo do SUAS

Alternativas
Comentários
  •  São princípios organizativos do SUAS

    Direção da universalidade do sistema através de: fixação de níveis básicos de cobertura de benefícios, serviços, programas, projetos e ações de assistência social de provisão partilhada entre os entes federativos; garantia de acesso aos direitos socioassistenciais a todos os que deles necessitarem; articulação de cobertura com as demais políticas sociais e econômicas, em especial as de Seguridade Social. Descentralização político-administrativa com competências específicas e comando único em cada esfera de governo; Integração de objetivos, ações, serviços, benefícios, programas e projetos em redes hierarquizada e territorializada, pela complexidade dos serviços e em parceria com organizações e entidades de assistência social; Comando único por esfera da gestão, orientado pela PNAS/2004, devidamente aprovada pelo CNAS; Referenciado por normas operacionais básicas que estabeleçam padrões de desempenho, padrões de qualidade e referencial técnico-operativo; Sistema ascendente de planejamento através de planos municipais, estaduais e federal de assistência social que detalhem a aplicação da PNAS/2004 no âmbito do município, do Distrito Federal, do estado e da União, devidamente aprovados pelos respectivos Conselhos de Assistência Social; Presença de espaços institucionais de defesa para a acolhida de manifestação de interesses dos usuários, ações de preservação de seus direitos e adoção de medidas e procedimentos nos casos de violação aos direitos socioassistenciais pela rede de serviços e atenções;  Presença de sistema de regulação social das atividades públicas e privadas de assistência social, exercendo fiscalização e controle da adequação e qualidade das ações e das autorizações de funcionamento de organizações e de serviços socioassistencias;  
  • Questão desatualizada (aplicada em 2010), pois a NOBSUAS atual é de 2012

  • Direção da universalidade do sistema através de:

    fixação de níveis básicos de cobertura de benefícios, serviços, programas, projetos e ações de assistência social de provisão partilhada entre os entes federativos;

    Garantia de acesso aos direitos socioassistenciais a todos os que deles necessitarem;

    articulação de cobertura com as demais políticas sociais e econômicas, em especial as de Seguridade Social.

    Descentralização político-administrativa com competências específicas e comando único em cada esfera de governo;

    Integração de objetivos, ações, serviços, benefícios, programas e projetos em redes hierarquizada e territorializada, pela complexidade dos serviços e em parceria com organizações e entidades de assistência social;

    Comando único por esfera da gestão, orientado pela PNAS/2004, devidamente aprovada pelo CNAS;

    Referenciado por normas operacionais básicas que estabeleçam padrões de desempenho, padrões de qualidade e referencial técnico-operativo;

    Sistema ascendente de planejamento através de planos municipais, estaduais e federal de assistência social que detalhem a aplicação da PNAS/2004 no âmbito do município, do Distrito Federal, do estado e da União, devidamente aprovados pelos respectivos Conselhos de Assistência Social;

    Presença de espaços institucionais de defesa para a acolhida de manifestação de interesses dos usuários, ações de preservação de seus direitos e adoção de medidas e procedimentos nos casos de violação aos direitos socioassistenciais pela rede de serviços e atenções;  

    Presença de sistema de regulação social das atividades públicas e privadas de assistência social, exercendo fiscalização e controle da adequação e qualidade das ações e das autorizações de funcionamento de organizações e de serviços socioassistencias;  

    a presença de sistema de regulação social das atividades públicas e privadas de Assistência Social, exercendo fiscalização e controle da adequação e qualidade das ações e das autorizações de funcionamento de organizações e de serviços socioassistenciais.

    43

    )


ID
167461
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em relação ao Benefício de Prestação Continuada, previsto no artigo 20 da Lei Orgânica da Assistência Social e regulações posteriores, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Vide Decreto n° 6214/2007 e Decreto 3048/1999:

    a) CERTA Art. 19.  O Benefício de Prestação Continuada será devido a mais de um membro da mesma família enquanto atendidos os requisitos exigidos neste Regulamento.
    b) ERRADA Art. 24.  O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, dentre outras, não constituem motivo de  suspensão ou cessação do benefício da pessoa com deficiência.
    c) ERRADA Art. 25.  A cessação do Benefício de Prestação Continuada concedido à pessoa com deficiência, inclusive em razão do seu ingresso no mercado de trabalho, não impede nova concessão do benefício desde que atendidos os requisitos exigidos neste Decreto.
    d) ERRADA
    DECRETO Nº 6.214, DE 26 DE SETEMBRO DE 2007:

    Art. 27.  O pagamento do Benefício de Prestação Continuada poderá ser antecipado excepcionalmente, na hipótese prevista no § 1o do art. 169 do Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999. 
    DECRETO No 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999:
    Art. 169. Os pagamentos dos benefícios de prestação continuada não poderão ser antecipados.
    § 1o  Excepcionalmente, nos casos de estado de calamidade pública decorrente de desastres naturais, reconhecidos por ato do Governo Federal

    e) ERRADA Art. 22.  O Benefício de Prestação Continuada não está sujeito a desconto de qualquer contribuição e não gera direito ao pagamento de abono anual. 

    Bons estudos e auau!
  • Um exemplo passível de ocorrer concretamente:
    LOAS idoso NÃO conta, segundo o Estatuto do Idoso, no cálculo da renda mensal per capita.
    LOGO, um casal de idosos que vivam sob o mesmo teto junto ao filho solteiro desempregado, é possível que AMBOS os idosos recebam LOAS, pq se o marido já recebe, continua 'ZERO' a renda per capita qdo da verificação dos requisitos para a concessão do LOAS idoso à esposa.
  • Os rendimentos que entram no cálculo da renda bruta mensal são aqueles provenientes de:
    salários; proventos; pensões; pensões alimentícias; benefícios de previdência pública ou privada; seguro desemprego; comissões; pró-labore; outros rendimentos do trabalho não assalariado; rendimentos do mercado informal ou autônomo; rendimentos auferidos do patrimônio; Renda Mensal Vitalícia – RMV, e o  próprio Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC.

    Contudo, o BPC de uma pessoa idosa não entra no cálculo da renda mensal familiar para concessão do benefício a outro idoso da mesma família, de acordo com o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003.

    Bons estudos :)

  • Decretp 169. Art. 169. Os pagamentos dos beneficios de prestação continuada não poderão ser antecipados

    - Excepcionalmente, nos casos de estado de calamidade pública decorrente de desastres naturais, reconhecidos por ato do governo federal


ID
167464
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O assistente social ao analisar o direito do usuário no campo da Saúde Pública deve considerar que

Alternativas
Comentários
  • IV. O direito ao acompanhamento por pessoa de sua livre escolha nas consultas, exames e internações, no momento do pré-parto, parto e pós-parto e em todas as situações previstas em lei (criança, adolescente, pessoas vivendo com deficiências ou idoso). Nas demais situações, ter direito a acompanhante e/ou visita diária, não inferior a duas horas durante as internações, ressalvadas as situações técnicas não indicadas.

  • Conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990), em seu Art. 8º, § 6º, é assegurado à gestante e à parturiente o direito a um (1) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. É fato que em muitas instituições de saúde esse direito, que é tanto da mãe quanto da criança, vem sendo negado. Por isso, é importante o profissional que atua nesses estabelecimentos orientar seus usuários quanto aos seus direitos e também buscar assegurá-los. Desse modo, a democratização das informações, as orientações sociais e as atividades socioeducativas se fazem necessárias e fundamentais na garantia dos direitos da população. Portanto, a única alternativa correta é a letra "D".


    RESPOSTA: D

ID
167467
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres e dispõe de medida protetiva de urgência que estabelece

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA - a ofendida NÃO poderá entregar intimação ou notificação ao agressor - art. 21, parágrafo único da lei.

    b) ERRADA - as medidas protetivas de urgência serão concedidas de imediato, INDEPENDENTEMENTE de audiência das partes e de manifestação do MP - art. 19, §1º.

    c)CORRETA - art. 18

    d) ERRADA - as medidas podem ser concedidas pelo juiz, a requerimento do MP ou a pedida da ofendida - art. 19, caput.

    e) ERRADA - Pode ser REVOGADA a prisão preventiva em face da falta de motivo e  novamente decretada quando sobrevierem novas razões que as justifiquem - art. 20

  • LEI Nº 11.340/2006

     

    Art. 18 – Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 horas:

     

    I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;

     

    a) a ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor (Art. 21, § único);

    b) poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do MP (Art. 19, § único);

    d) sua concessão é dada pelo juíz, a requerimento do MP ou a pedido da ofendida (Art. 19, §3º);

    e) poderá ser revogada quando da falta de motivo para que subsista (Art. 20, § único);

     

    Cuidado! As MPU não serão concedidas de imediato, mas poderão ser concedidas de imediato. São coisas semanticamente distintas.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: C

  • CAPÍTULO II

    DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

     Seção I

    Disposições Gerais

    Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao JUIZ, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:

    I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;

    II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;

    III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.


ID
167470
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A Lei nº 11.340/2006 recebeu o nome Maria da Penha, mulher que se tornou um importante símbolo da luta contra a violência doméstica no Brasil. Ela sofreu duas tentativas de homicídio de seu companheiro. Não morreu, mas sofreu graves sequelas. A aplicação da Lei é uma importante conquista para o direito das mulheres porque

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO 'B" ESTÁ CORRETA:

     Art. 5o  Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

    Parágrafo único.  As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.

  • a) Art. 16.  Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

    c) Art. 11.  No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências:
    I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;

    d) Art. 14.  Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.
    Parágrafo único.  Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.

    e)Art. 17.  É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.

  • Por que mesmo a letra D está errada?
  • Brisa Vasconcelos!

    Na verdade, a Lei Maria da Penha (nº 11.340/06), conforme texto, não cria os juizados especiais, mas apenas cita que estes poderão ser criados. Senão, vejamos:

    "Art. 14.  Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher."
  • Além do que a LMP não cria Juizados Especiais Criminais (isto foi feito, sim, pela Lei nº 9.099/95). O que a LMP autoriza é a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher!
  • a competência é civel e criminal!
  • Letra B:

    STJ: Aplica-se a LMP aos Transsexuais, independente de registro civil.


ID
167473
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No acesso gratuito da pessoa idosa ao sistema de transporte coletivo interestadual, nos modos rodoviário, ferroviário e aquaviário é assegurada

Alternativas
Comentários
  • O acesso de idosos à gratuidade ou ao desconto de, no mínimo, 50% no valor das passagens interestaduais – ônibus, trens ou barcos – é um direito garantido pelo Estatuto do Idoso. Pela legislação, no sistema de transporte coletivo interestadual, as empresas reservarão duas vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos.

    O idoso deve requerer a Carteira do Idoso que deve ser gerada pelas secretarias municipais apenas para pessoas com 60 anos de idade ou mais e que não tenham como comprovar renda individual igual ou inferior a dois salários mínimos. A carteirinha tem validade de dois anos, contados a partir da data de expedição, em todo território nacional. Quando não há mais vagas gratuitas, o beneficiário pode ter desconto de, no mínimo, 50% sobre o preço das passagens.

  • essa questão é passível de anulação pois a resposta que está dando como certa diz "à pessoa idosa com renda igual ou inferior a dois salários mínimos."   Sendo que pessoa idosa é a partir de 60 anos , logo está errada pois é necessário ter 65 anos. E outra que não é a todos que comprovem renda igual ou inferior a 2 salários mínimos, são apenas 2 lugares ... os demais recebem "pelo menos" 50 % de desconto 

  • Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. § 1o Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade. § 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos. § 3o No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre as condições para exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos no caput deste artigo. Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação específica: (Regulamento) (Vide Decreto nº 5.934, de 2006) I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos; II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos.
  • à pessoa idosa com renda igual ou inferior a dois salários mínimos.


ID
167476
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A política de emprego para inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho ou sua incorporação ao sistema produtivo ocorre mediante regime especial de trabalho protegido. As entidades beneficentes de assistência social, podem intermediar a inserção laboral em alguns casos na(s) seguinte(s) modalidade(s):

I. colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais.

II. colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que depende de adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização.

III. promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:

            I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;

            II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e

            III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal.

            § 1o  As entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão intermediar a modalidade de inserção laboral de que tratam os incisos II e III, nos seguintes casos:

            I -  na contratação para prestação de serviços, por entidade pública ou privada, da pessoa portadora de deficiência física, mental ou sensorial: e

            II - na comercialização de bens e serviços decorrentes de programas de habilitação profissional de adolescente e adulto portador de deficiência em oficina protegida de produção ou terapêutica.

  • Então, qual o erro da assertiva I?

  • Gabarito Letra D!!!

     

    Art. 35.  São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:

    I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;

    II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e

    III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal.

    § 1o  As entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão intermediar a modalidade de inserção laboral de que tratam os incisos II e III, nos seguintes casos:

    I -  na contratação para prestação de serviços, por entidade pública ou privada, da pessoa portadora de deficiência física, mental ou sensorial: e

    II - na comercialização de bens e serviços decorrentes de programas de habilitação profissional de adolescente e adulto portador de deficiência em oficina protegida de produção ou terapêutica.

  • A questão afirma o gabarito "D". Provavelmente gabarito não oficial. Todas as opções são corretas.

    DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999.

    Art. 35.  São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:

    I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;

    II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e

    III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal.

  • Todas estão corretas, provavelmente esse é o gabarito preliminar.


ID
167479
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A reabilitação profissional prevista na legislação da Previdência Social compreende

Alternativas
Comentários
  • Erro da alternativa E:" [...] excetuando-se os aposentados e seus dependentes.(sem contar que não é "ASSEGURADOS e sim "SEGURADOS")." Segunda a Lei 8213/91, em seu art. 90, dispõe o seguinte: " A prestação de que trata o artigo anterior é devida em caráter obrigatório aos segurados, inclusive aposentados e, na medida das possibilidades do órgão da Previdência Social, aos seus dependentes." Logo, os aposentados tem  direito (obrigatório ) à reabilitação; já o dependentes, SOMENTE SE EXISTIR A POSSIBILIDADE, ou seja, não é obrigatório a prestação do serviços de reabilitação aos dependentes

  • A questão deve ser julgada com base na Lei 8.213/91, art. 89, parágrafo único,in verbis:

    Art. 89 ...Parágrafo único. A reabilitação profissional compreende:

    a) o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada por seu uso e dos equipamentos necessários à habilitação e reabilitação social e profissional;

    b) a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionados no inciso anterior, desgastados pelo uso normal ou por ocorrência estranha à vontade do beneficiário;

    c) o transporte do acidentado do trabalho, quando necessário.



ID
167482
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A legislação que dispõe sobre o aperfeiçoamento da sistemática prevista para a garantia do direito à convivência familiar a todas as crianças e adolescentes, prevê a possibilidade de adoção, na impossibilidade de permanência na família natural. Para o caso de adoção, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

    Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

     

    Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso.

            § 1o  O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo. 

            § 2o  A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.       

            § 3o  Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias.         

            § 4o  O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência do deferimento da medida.    

  • E

    Tratando-se de menor de doze anos de idade não é necessário ouvir sua opinião por se tratar de criança.

    não estou compreendendo, pois ao meu ver a letra E também está correta.

    § 2 o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

  • Art. 28. 

    § 2 Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência. 

    Art. 45

    § 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário o seu consentimento.

    Entendo que o menor de doze anos de idade não é necessário ouvir sua opinião por se tratar de criança.

    ????


ID
167485
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Para o caso de ato infracional praticado por criança, a medida que pode ser aplicada é a

Alternativas
Comentários
  • As letras a,c,d e e são aplicadas apenas a adolescentes.43


  • No caso de criança, as medidas estão previstas no art.101:

    Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101.
    Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
    (..)      
     VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
     (..)       

    Já para adolescentes é o art.112:

     Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
            I - advertência;
            II - obrigação de reparar o dano;
            III - prestação de serviços à comunidade;
            IV - liberdade assistida;
            V - inserção em regime de semi-liberdade;
            VI - internação em estabelecimento educacional;
            VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
  • Art. 101, IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente. 
  • para crianças apenas medidas protetivas! para adolescentes medidas socioeducativas!

ID
167488
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Para a contratação de aprendiz deve ser considerado que

Alternativas
Comentários
  •  Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

    I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;

    II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

    III - horário especial para o exercício das atividades.

    (Estatuto da Criança e do Adolescente)

  • a) aprendiz é o maior de doze anos QUARTOZE e menor de dezesseis anos VINTE E QUATRO ANOS que celebra contrato de aprendizagem nos termos do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho.
     
    b) a idade máxima para o aprendiz portador de deficiência é de dezoito anos.  A IDADE MÁXIMA NÃO SE APLICA AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA


    c) o contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado não superior a doze meses A DOIS ANOS

    d) a duração do trabalho do aprendiz não poderá ultrapassar em hipótese alguma quatro horas diárias. SEIS HORAS DIÁRIAS

    e) a formação técnico-profissional obedecerá horário especial para o exercício das atividades. QUESTÃO CERTA

    FONTE: 
    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5598.htm

ID
167491
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O auxílio reabilitação psicossocial é destinado a paciente acometido de transtornos mentais que cumpra cumulativamente vários requisitos, entre eles

Alternativas
Comentários
  • Requisitos necessários para  a obtenção do auxílio reabilitação-psicossocial instituidos pelo artigo 3º da lei 10.708/2003

    I - o paciente seja egresso de internação psiquiátrica cuja duração tenha sido, comprovadamente, por um período igual ou superior a dois anos;

    II - a situação clínica e social do paciente não justifique a permanência em ambiente hospitalar, indique tecnicamente a possibilidade de inclusão em programa de reintegração social e a necessidade de auxílio financeiro;

    III - haja expresso consentimento do paciente, ou de seu representante legal, em se submeter às regras do programa;

    IV - seja garantida ao beneficiado a atenção continuada em saúde mental, na rede de saúde local ou regional.

    § 1o O tempo de permanência em Serviços Residenciais Terapêuticos será considerado para a exigência temporal do inciso I deste artigo.

    § 2o Para fins do inciso I, não poderão ser considerados períodos de internação os de permanência em orfanatos ou outras instituições para menores, asilos, albergues ou outras instituições de amparo social, ou internações em hospitais psiquiátricos que não tenham sido custeados pelo Sistema Único de Saúde - SUS ou órgãos que o antecederam e que hoje o compõem.

    § 3o Egressos de Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico poderão ser igualmente beneficiados, procedendo-se, nesses casos, em conformidade com a decisão judicial.

  • Lei nº 10.708, de 31 de Julho de  2003 - De Volta pra Casa.

    Art. 3º São requisitos cumulativos para a obtenção do benefício, dentre outros, o paciente seja egresso de internação psiquiátrica cuja duração tenha sido, comprovadamente, por um período igual ou superior a dois anos;

  • SALVO PARA COMPROVAÇÃO DE ENDEREÇO... MESMO ASSIM NÃO TORNA A ALTERNATIVA (E) ERRADA.

    QUANDO CONSTITUI DIVERSAS EMPRESAS DO ME/EPP ERA SOLICITADO PELA JUNTA COMERCIAL TODOS OS COMPROVANTES POSSÍVEIS E INIMÁGINÁVEIS DO ESTABELECIMENTO.

    O documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro estabelecimento da microempresa e empresa de pequeno porte pode ser exigido (sim, pode) pelos órgãos e entidades envolvidos.

  • SALVO PARA COMPROVAÇÃO DE ENDEREÇO... MESMO ASSIM NÃO TORNA A ALTERNATIVA (E) ERRADA.

    QUANDO CONSTITUI DIVERSAS EMPRESAS DO ME/EPP ERA SOLICITADO PELA JUNTA COMERCIAL TODOS OS COMPROVANTES POSSÍVEIS E INIMÁGINÁVEIS DO ESTABELECIMENTO.

    O documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro estabelecimento da microempresa e empresa de pequeno porte pode ser exigido (sim, pode) pelos órgãos e entidades envolvidos.


ID
167494
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Segundo Miriam Veras Baptista são elementos básicos de um programa:

I. síntese das informações sobre a situação a ser modificada; formulação explícita das funções consignadas aos Órgãos e/ou serviços ligados ao programa com responsabilidades em sua execução.

II. formulação de objetivos gerais e específicos; estratégia e dinâmica do trabalho a serem adotadas para a realização do programa.

III. atividades e projetos que comporão o programa; recursos humanos, físicos e materiais e explicitação de medidas administrativas necessárias para a manutenção.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Segundo Baptista (2000), são elementos básicos do programa: síntese de informações sobre a situação a ser modificada com a programação; a formulação explícita das funções efetivamente consignadas aos órgãos e/ou serviços ligados ao programa, com responsablilidades em sua execução; a formulação de objetivos gerais e específicos em seu nível e a explicitação de sua coerência com as políticas, diretrizes e objetivos da organização e de sua relação com os demais programas de mesmo nível; a estratégia e a dinâmica de trabalho a serem adotadas para a realização do programa; as atividades e os projetos que comporão o programa, suas interligações, incluindo a apresentação sumária de sues objetivos e de suas ações; os reuursos humanos, fiísicos e materiais a serem mobilizados para sua realização; a explicitação das medidas administrativas necessárias para sua implantação.
    Fonte: BAPTISTA, V.B. Planejamento social: intecionalidade e intrumentação. São Paulo: Veras Editora, 2º ed; Lisboa: CPIHTS, 2000, p. 100-101.
  • Segundo Baptista (2000), são elementos básicos do programa:

    Síntese de informações sobre a situação a ser modificada com a programação;

    A formulação explícita das funções efetivamente consignadas aos órgãos e/ou serviços ligados ao programa, com responsabilidades em sua execução;

    A formulação de objetivos gerais e específicos em seu nível e a explicitação de sua coerência com as políticas, diretrizes e objetivos da organização e de sua relação com os demais programas de mesmo nível;

    A estratégia e a dinâmica de trabalho a serem adotadas para a realização do programa;

    As atividades e os projetos que comporão o programa, suas interligações, incluindo a apresentação sumária de sues objetivos e de suas ações;

    os recursos humanos, físicos e materiais a serem mobilizados para sua realização; 

    a explicitação das medidas administrativas necessárias para sua implantação.

    Fonte: BAPTISTA, V.B. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. São Paulo: Veras Editora, 2º ed; Lisboa: CPIHTS, 2000, p. 100-101.


ID
167497
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Segundo Marilda Iamamoto o espaço profissional do assistente social não pode ser reduzido àquilo que normalmente faz o trabalhador social no mercado de trabalho. Nesta linha, o profissional deve

Alternativas
Comentários
  • Como nos traz Iamamoto (1991, p. 104),

    "O espaço profissional não pode ser visto apenas da ótica da demanda profissional já consolidada socialmente: trata-se de, tendo por base um distanciamento critico do panorama ocupacional, apropriar-se das possibilidades teórico-praticas abertas pela própria dinâmica da realidade. Em outros termos: é preciso apreender as demandas potenciais gestadas historicamente, contribuindo„ assim, para recriar o perfil profissional do Assistente Social, indicando e antecipando perspectivas capazes de responder as exigências de um projeto profissional, coletivamente construido e historicamente situado".


ID
167500
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O trabalho profissional do assistente social, considerando o pensamento crítico dialético, está condicionado

Alternativas
Comentários
  • Pelas relações entre as classes na sociedade capitalista que interfere na reprodução material e social da força de trabalho, implicando na adoção de práticas de caráter educativo que se desenvolvem mediatizadas pelas políticas socais.


ID
167503
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No projeto ético-político atual do Serviço Social brasileiro explicita-se:

Alternativas

ID
167506
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na regulamentação da profissão, constituem como competências do assistente social:

I. encaminhar providências e prestar orientações psicoterapêuticas a indivíduos, grupos e à população.

II. orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos.

III. realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  •         Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

            I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;

            II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;

            III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;

            IV - (Vetado);

            V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;

            VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;

            VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;

            VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo;

            IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;

            X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social;

            XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.

  • ESSA QUESTÃO FOI DADA... POR ELIMINAÇÃO RESPONDERIA FÁCIL... NEM PARECE A FCC...


ID
167509
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Ao ser chamado para compor a equipe técnica, junto ao Tribunal de Justiça, o analista judiciário/assistente social deve orientar-se pelo projeto ético-político que define para a profissão:

I. contribuir para o fortalecimento de processos emancipatórios, nos quais há a formação de uma consciência crítica dos sujeitos frente à apreensão da realidade.

II. facilitar os processos democráticos garantidores de direitos e de relações horizontais entre profissionais e usuários.

III. projetar a emancipação e a transformação social.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas

ID
167512
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A legitimidade, resolutividade e a qualidade do trabalho do analista judiciário/assistente social, junto ao Tribunal de Justiça, deve lograr algumas características. São elas:

Alternativas
Comentários
  • erros em negrito:

    a) articulador do pensamento crítico com o pensamento estratégico e propositivo mediador e negociador defensor dos direitos sociais. (gab.)

     

     b) defensor dos direitos sociais estruturado no modelo funcionalista que facilita respostas mais elucidativas às demandas advindas da questão social.

     

     c) elaborador de planos, programas e projetos que criem e recriem serviços no âmbito do judiciário para dar respostas às pessoas que estão em situação disfuncional na sociedade.

     

     d) articulador da rede de serviços, prioritariamente aqueles que estão circunscritos no campo não governamental, pois estes guardam em suas atribuições, funções concernentes aos direitos sociais.

     

     e) organizador do pensamento conservador, pois este responde mais eficazmente aos ditames das diretrizes atuais de centralidade no trabalho sociofamiliar.

     

     

    "Bendizei ao Senhor todas as suas obras..."


ID
167515
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O assistente social necessita planejar o seu trabalho e estar preparado para as inúmeras demandas que surgem no cotidiano, tanto em quantidade como em qualidade e forma. Para tanto, a partir dos pressupostos básicos do projeto ético-político, cabe a ele elaborar um projeto de trabalho que

Alternativas
Comentários
  • Um projeto de trabalho, para além da formulação técnica e precisa – que é essencial –, deve constituir instrumento potente de impacto sobre a realidade, e seu produto deve apontar a transformação dessa realidade. Necessita ser um elemento fundamental de reafirmação do projeto ético-político profissional e, portanto, construído para ser um elemento que indique, tanto para a instituição como para a população usuária, os compromissos assumidos pela profissão. Ele deve ser o reflexo do compromisso com a emancipação dessa população e da negação do papel de controle e tutela das classes subalternas.

    Formulação de projeto de trabalho profissional

    Berenice Rojas Couto

    http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/429f4p9h466ylSR97U4f.pd


ID
167518
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O assistente social junto ao Tribunal de Justiça foi convidado a participar de um grupo que tem como missão propor um plano de ação de combate à violência doméstica. A proposição deste plano deve contemplar a elaboração de objetivos claros, que considere

Alternativas
Comentários
  • Os propósitos de forma clara, os questionamentos que permitem identificar a intencionalidade da ação e a análise da probabilidade de êxito em relação aos fatores sociais do espaço em que opera


ID
167521
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Dentre as atribuições propostas para o assistente social no campo sociojurídico inclui-se a elaboração de relatório social, cujo processo deve considerar que

Alternativas
Comentários
  • sua função principal é desvelar a verdade dos acontecimentos ou situações e, neste caso, a participação do assistente social deve ser no sentido de elucidar que a construção desta verdade é histórica e construída socialmente.


ID
167524
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O laudo social é utilizado no meio judiciário com a finalidade de dar suporte à decisão judicial. Deve compor sua estrutura:

Alternativas
Comentários
  • "Ele possui uma estrutura que geralmente se constitui por uma introdução que indica a demanda judicial e objetivos, uma identificação breve dos sujeitos envolvidos, a metodologia para construí-lo (deixando claro a especificidade da profissão e os objetivos do estudo), um relato analítico da construção histórica da questão estudada e do estado social atual da mesma, e uma conlcusão ou parecer social, que deve sintetizar a situação, conter uma breve análise crítica e apontar conclusões e indicativos de aternativas, do ponto de vista do Serviço Social, isto é, que expresee o posicionamento profissional frente à questão em um estudo". (p.46)

    Fonte: FÁVERO, E.T. O estudo social: fundamentos e particularidades de sua construção na área judiciária. In: CFESS (org). O Estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos: contribuição ao debate no judiciário, no penitenciário e na previdência social. São Paulo: Cortez, 2003.

ID
167527
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O assistente social ao atuar na equipe interdisciplinar deve pautar sua prática pelo pressuposto de que:

Alternativas
Comentários
  • A interdisciplinaridade é uma tarefa inacabada porque não se consegue definir o que vem a ser vinculação, reciprocidade, interação, comunidade de sentido ou de complementaridade entre as várias disciplinas. Essa incompreensão vem da falta de experiência vivida, explicitada e sua prática concreta é ainda um processo incipiente na elaboração do saber, na atividade de ensino e de pesquisa e na ação social. A interdisciplinaridade é algo pressentido, desejado e buscado, mas ainda não atingido.

    Uma visão interdisciplinar unificada e convergente implica estar presente tanto no campo da teoria como da prática (de intervenção social, pedagógica ou de pesquisa). O homem é uma unidade que só pode ser apreendida numa abordagem sintetizadora e nunca pela acumulação de visões parcelares. Pelo processo de decomposição, análise e recomposição das partes essa soma nunca chegará à totalidade.

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002006000300011

  •  

    GABARITO A

    a realidade social só pode ser entendida numa abordagem sintetizadora que permita uma visão dialética entre as partes fornecendo elementos para a construção de um sentido total.


ID
167530
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

"A miséria não gera consciência e solidariedade, mas gera mais miséria e irracionalismo, violência e individualismo exacerbado. Ela não cria consciência da miséria, e sim miséria da consciência". (VIEIRA,1998: 19)

Atuando como assistente social no Poder Judiciário você deverá realizar avaliações quanto à condição de pobreza e vulnerabilidade dos sujeitos usuários dos serviços. A pobreza pode ser consequência

Alternativas
Comentários
  • Da exclusão do mercado de trabalho, da ausência de acesso aos serviços públicos ao processo de reprodução social e ausência de participação nos espaços públicos.


ID
167533
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Poder Judiciário ? um poder do Estado ? responsável pela aplicação das leis e distribuição da justiça deve considerar em suas ações todas as dimensões da vida humana e social. Nesta linha, o assistente social que atua neste campo, deve imbuir-se da capacidade de:

Alternativas

ID
167536
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As instruções sociais de processos, sentenças e decisões enquanto instruções da área de Serviço Social em processos judiciais, faz com que o assistente social se depare com inúmeras situações que envolvem uma família e requerem deste profissional a capacidade de

Alternativas
Comentários
  • Quando se fala em aspectos sociais de uma instrução processual, fala-se do conhecimento relacionado à área de Serviço Social acerca de uma situação concreta, envolvendo um indivíduo social, uma família, um grupo, uma organização. Os fundamentos da área de Serviço Social que podem dar suporte à decisão judicial estão postos na realidade social. Estão nos acontecimentos e nas relações sociais, econômicas, políticas, familiares, culturais, construídas historicamente pelo movimento das forças sociais que provocam avanços ou recuos no caminho emancipatório da humanidade. Assim, ao acolher um indivíduo ou uma família para uma entrevista – que compõe os procedimentos técnicos para a construção do estudo social –, o assistente social se depara com uma situação que lhe é revelada, no primeiro momento, em sua expressão imediata.

    [...]

    Enfim, essas e tantas outras situações expressas em um primeiro momento, em sua imediaticidade, requerem do assistente social a capacidade de conhecê-las com profundidade, ou seja, a capacidade de recuperação de sua construção histórica em uma perspectiva crítica, a capacidade de identificação da complexidade da realidade socioeconômica-cultural na qual se inserem no presente, a fim de analisá-las e interpretá-las. Quando o Judiciário solicita ao assistente social um estudo a respeito de sujeitos envolvidos em situações dessa natureza, está implícito o objetivo institucional de recolher elementos que possam contribuir para que o magistrado forme um juízo sobre o caso e tome uma decisão justa a respeito. Esses elementos esperados da área de Serviço Social se relacionam, portanto, a um saber acumulado pela ciência e que deve ser de domínio do assistente social. Um saber que remonta ao referencial teórico que ilumina a ação, ao saber acumulado pela experiência em articulação com esse referencial, ao domínio do conhecimento legal e das particularidades institucionais necessárias ao encaminhamento da ação.

     

    Instruções sociais de processos, sentenças e decisões

    Eunice Teresinha Fávero

    http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/8W95x91Vh0eXhsCK46ge.pdf

  • O Assistente Social em qualquer que seja o campo em que esteja inserido não se pautará na imediaticidade !

    Com essa informação você acerta a questão acima por eliminação.


ID
167539
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Caracteriza-se como atividade do assistente social no âmbito Judiciário

Alternativas

ID
167542
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2010
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em sua atuação profissional, o assistente social recebe a atribuição da inquirição das vítimas crianças e adolescentes no processo judicial, sob a metodologia do Depoimento Sem Dano/DSD. Nesse caso, o profissional deve

Alternativas
Comentários
  • A RESOLUÇÃO CFESS Nº 554/2009 de 15 de setembro de 2009,  Dispõe sobre o não reconhecimento da inquirição das vítimas crianças e adolescentes no processo judicial, sob a Metodologia do Depoimento Sem Dano/DSD, como sendo atribuição ou competência do profissional assistente social.
    "Art. 1º. A atuação de assistentes sociais em metodologia de inquirição especial de crianças e adolescentes como vítimas e/ou testemunhas em processo judicial sob a procedimentalidade do “Projeto Depoimento Sem Dano” não é reconhecida como atribuição e nem competência de assistentes sociais".
  • Entendo que não é função dos assistente sociais, mas onde diz que é função da magistratura?

    Não seria dos psicologos parte da equipe técnica do Judiciario?

  • Resolução CFESS nº 554/2009 :

    A metodologia de DSD ( Depoimento sem dano) não é reconhecida nem como atribuição privativa e nem como competência profissional . 

  • Ufcg 2019

    No âmbito da Lei nº. 8.662/1993, não há definição de competência ou atribuição profissional que habilite assistentes sociais a realizar a tomada de depoimentos junto a crianças e adolescentes pela metodologia de inquirição ou oitiva.

    A dimensão privativa do trabalho profissional, orientado pela defesa e materialização da lógica da proteção integral de crianças e adolescentes, é incompatível com a busca da verdade material, coleta de provas ou de busca de punição do/a infrator/a.