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Prova FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - História


ID
1907803
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                           Medo da eternidade

        Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

      Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

      Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

      − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

      − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

      − Não acaba nunca, e pronto.

      Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 

      Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

      − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

      − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

      Perder a eternidade? Nunca.

      O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

      − Acabou-se o docinho. E agora?

      − Agora mastigue para sempre.

      Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

      Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

      Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

      − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

      − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

      Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

      Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

                                           06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

As expressões reino de histórias de príncipes e fadas, elixir do longo prazer e milagre (7°parágrafo) são mobilizadas pela autora para

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A

    A resposta pode ser encontrada no seguinte trecho: "Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre".

    Bons estudos!

  • A irmã tinha dito a ela:  "− Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira."

    Assim... ela imaginou a situação como um mundo maravilhoso e de fantasias.

     

    a) deixar entrever como a criança, a partir da descrição do chiclete pela irmã com palavras que sugerem a sua imperecibilidade (nunca acaba / dura a vida inteira), acabou por associá-lo ao mundo do maravilhoso e da fantasia. 


ID
1907809
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                           Medo da eternidade

        Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

      Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

      Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

      − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

      − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

      − Não acaba nunca, e pronto.

      Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 

      Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

      − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

      − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

      Perder a eternidade? Nunca.

      O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

      − Acabou-se o docinho. E agora?

      − Agora mastigue para sempre.

      Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

      Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

      Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

      − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

      − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

      Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

      Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

                                           06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

Parei um instante na rua, perplexa. (5° parágrafo)

Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. (7°parágrafo)

E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9° parágrafo)

As palavras grifadas nessas frases assumem no texto, respectivamente, o sentido de:

Alternativas
Comentários
  • Ritual - é uma cerimônia.

    Já vi questões de outras bancas desse tipo e ainda com as mesmas palavras.

  • Perplexa - Indeciso, hesitante; espantado, atônito.

    Representar - Retratar, significar, patentear, ser o procurador, figurar.

    Ritual - Pertencente ou relativo aos ritos. Que contém os ritos. Livro que contém os ritos, ou a forma das cerimônias de uma religião. Cerimonial. Conjunto das regras a observar; etiqueta, praxe, protocolo.

    (Dicionário Online e Michaelis)

     

    Alternativa A

  • Périplo:

    1. Viagem de .circum-navegação; viagem à volta de um continente, de uma região, de um país.

    2. Relação ou relato dessa viagem.


    "périplo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/p%C3%A9riplo [consultado em 31-05-2016].

  • Quem lá vai saber o que é périplo? É uma palavra inespressada.

  • nem precisava saber o que 'périplo' significa pra acertar a questão. A palavra 'cerimônia' já deu a resposta de cara.

  • Complementando...

     

    inerme = indefesa.

     

    périplo = trajeto, viagem.

     

    imolação = sacrifício.

     

    liturgia = rito do culto religioso.

     

    GAB: A

  • Letra A.

    Para resolver essa questão, procure substituir cada uma das palavras apresentadas pelas alternativas. Você perceberá que ao menos uma das palavras apresentadas nas opções “b”, “c”, “d” e “e” não é sinônimo de perplexa, representar e ritual.

    Para ajudar, vou indicar o significado de palavras menos comuns:

    • inerme = carente de energia física ou moral; abatido, apático, prostrado;

    • périplo = viagem de circum-navegação em torno de um país, de um continente;

    • imolação = morte em sacrifício a uma divindade.

    Questão comentada pelo Prof. Bruno Pilastre


ID
1907812
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                           Medo da eternidade

        Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

      Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

      Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

      − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

      − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

      − Não acaba nunca, e pronto.

      Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 

      Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

      − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

      − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

      Perder a eternidade? Nunca.

      O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

      − Acabou-se o docinho. E agora?

      − Agora mastigue para sempre.

      Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

      Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

      Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

      − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

      − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

      Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

      Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

                                           06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. (10° parágrafo)

No trecho acima, retirado de uma das falas da irmã da autora, o segmento grifado poderia ser substituído corretamente por:

Alternativas
Comentários
  • Conjunções subordinativas concessivas - embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, a não ser que.

     

    Alternativa C

  • A menos que é uma conjunção subordinada condicional. Portanto, a única alternativa que introduz uma substituição é a letra C, que também é conjunção subordinada condicional. 

    Conjunções subordinadas condicionais - se, caso, a não ser que, exceto se, a menos que, contanto que. 

  • CUIDADO: ESTÁ ERRADO O COMENTÁRIO MAIS CURTIDO....O CERTO É DO NOSLEAN !!!

  •  Estar errado mesmo o Comentário mais curtido.

     

    E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.   OBS. Traz uma ideia de interromper o sentido da primeira, caso aconteça a segunda, ou seja, Condicional.

    E aí mastiga a vida inteira. Salvo se você perder, eu já perdi vários.    É uma Conjução subordinada Condicional.

     

    Gabarito: C

     

  • Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal.

     

    São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.

  • A MENOS QUE  = CONDICIONAL

    MESMO QUE  = CONCESSIVA

     

  • Condicionais:introduzem uma oração que indica hipótese ou a condição para a ocorrência da principal.São elas:se,caso,contanto que,salvo se,a não ser que,desde que,a menos que,sem que.

  • GABARITO C

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

     

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.

     


ID
1907818
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                           Medo da eternidade

        Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

      Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

      Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

      − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

      − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

      − Não acaba nunca, e pronto.

      Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 

      Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

      − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

      − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

      Perder a eternidade? Nunca.

      O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

      − Acabou-se o docinho. E agora?

      − Agora mastigue para sempre.

      Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

      Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

      Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

      − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

      − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

      Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

      Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

                                           06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

Identifica-se relação de causa e consequência entre estes dois segmentos do texto:

Alternativas
Comentários
  • Qual o sentido da letra "A"?

  • o fato do adocicado chiclete ser bonzinho fez com que eu não pudesse dizer que ele era ótimo.

    pra mim isso faz muito mais sentido de causa e consequência....

     

  • "Nunca tinha comprado chiclete porque nunca tinha dinheiro".  Essa é a ideia.O fato de nunca ter dinheiro para comprar , consequentimente nunca tinha provado o chiclete.

  •  

    "Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles / Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar (2° parágrafo)"

    Nessa alternativa não obedece a sequência primeiro a CAUSA e segundo CONSEQUENCIA, está em ordem invertida, por isso a questão tornou -se confusa.

  • Questão estranha. Pra mim não é causa/consequência, é mera EXPLICAÇÃO!

  • Questão bem estranha mesmo!

    Percebi Consequência e Causa na letra B, não Causa e Consequência como pede a questão, daí não marquei!

    Fui, por eliminação bem complicada, pegando a menos confusa, de D.

    :(

  • Gabarito: B

     

    a questão não pede respectivamente 

    tem que dançar a música da banca

  • A) Ainda não havia experimentado chiclete porque não tinha dinheiro para comprar. A causa de não ter dinheiro causou a consequência de nunca tê-lo experimentado.

  • Fiquei com dúvida, achei que fosse a letra d.

  • A) enumeração do que envergonhara a autora. 

    B) consequência/causa - ex: "não havia provado, pois em Recife se falava pouco deles e não tinha dinheiro." Gabarito

    C) instrução da irmã de como mascar o chicle. 

    D) enumeração de ações e estados do eu-lírico em sequência cronológica.

    E)contrariedade/oposição leve - ex: "o adocicado era bonzinho, embora não fosse ótimo."   

     

  • CAUSA--> CONSEQUÊNCIA

    O FATO DE--> FEZ COM QUE

     

    DICA DE UM COLEGA DO QC

  • a) Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã  / envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso (20° parágrafo)  Ela compara a maldade de mentir com a bondade da verdade. Comparativa.

    b) Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles / Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar (2° parágrafo) Sem dinheiro, sem chicle. Com dinheiro com chicle. Causa necéssária para se ter chicle é ter dinheiro, então ter chicle é consequência.

    c) Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele / E aí mastiga a vida inteira (10°  parágrafo)  (Veja que as duas acções podem ocorrer ao mesmo tempo, cocomitantes)

    d) Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer / quase não podia acreditar no milagre (7° parágrafo)  (idem o anterior + frase passa a ideia superlativa do chicle com supervalorização do chicle)

    e) O adocicado do chicle era bonzinho / não podia dizer que era ótimo (12° parágrafo) (maneira de falar modesta, portanto, comparação superlativa, há valorização do chicle)

  • Usando o mesmo raciocinio para a letra "A" eu cai na armadilha. Pensei: sem mentira, sem vergonha.

  • Eu bem achei que a mentira que causou a vergonha (consequência) ... Masssss 

  • GABARITO ERRADO, letra A é a resposta. Estar envergonhada diante da bondade da irmã é a CONSEQUÊNCIA de lhe ter pregado uma mentira dizendo que o chicle caíra da boca por acaso (causa).

  • Pra mim era a E kkkkkkkkkkkkk... não me admira ser surpreendido nesse tipo de questão kkk

    O FATO DE+ FAZ COM QUE mostra perfeitamente que essa B não tem nada a ver!


ID
1907821
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                           Medo da eternidade

        Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

      Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

      Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

      − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

      − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

      − Não acaba nunca, e pronto.

      Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 

      Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

      − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

      − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

      Perder a eternidade? Nunca.

      O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

      − Acabou-se o docinho. E agora?

      − Agora mastigue para sempre.

      Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

      Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

      Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

      − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

      − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

      Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

      Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

                                           06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

Um dos elementos mais importantes na organização do texto de Clarice Lispector é o advérbio de tempo, como o que se encontra grifado em:

I. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. (1°parágrafo)

II. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. (7° parágrafo)

III. – E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9° parágrafo)

IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. (16° parágrafo)

Atende ao enunciado APENAS o que consta de

Alternativas
Comentários
  • I Jamais

    III - agora

     

    Alternativa D

  • Em relação ao sentido entendido, qual a diferença entre os advérbios das alternativas: I).  e  IV).

  • São advérbios de tempo as palavras:

    hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, antes, depois, ainda, antigamente, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, afinal, amiúde, breve, constantemente, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, primeiramente, tarde, provisoriamente, sucessivamente, 

    Locuções Adverbiais de Tempo

    às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. 

    Gabarito: ( D )

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

  • Mario, na alternativa IV, trata-se de uma preposição antecedendo um verbo no infinitivo.

  • Colegas, advérbio não teria que estar colado num verbo, num advérbio ou num adjetivo?

    então a frase III " E agora que é....",

    como se explica? alguem poderia me dizer, ou ele mesmo solto seria um advérbio? não importando em que lugar da frase estivesse.

  • O adverbio nao é um termo principal em uma oracao e indica circunstancia, logo voce pode retira-lo.. essa dica ajuda a resolver a questao.

  • IV - "sem parar" é adjunto adverbial de modo.

    IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

    É o modo como ele mastigava

  • J CARVALHO, o termo "agora" está modificando o verbo "fazer"

    III. – E agora que é que eu faço? 

    O que ele faz agora?

  • consegui fazer o item sabendo com certeza os itens II e III.

  • I. Jamais( indica tempo)esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. (1°parágrafo)

    II. E eis-me(indica designação )com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. (7° parágrafo)

    III. – E agora (indica tempo)que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9° parágrafo)

    IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem (não é adverbio é preposição)parar. (16° parágrafo)

  • PALAVRA DENOTATIVA =    EIS  QUE  = AQUI ESTÁ

     

    Ex. Eis o verdadeiro culpado de tudo.

     

     

    De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de:

     

    Q820259 Q535418

    LUGAR: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, , abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

     

     

    TEMPO: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, NUNCA, então, ora, JAMAIS, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

     

    ***         Jamais -   NUNCA = EM TEMPO ALGUM

     

     

    MODO: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente.

     

     

     

     

     

    AFIRMAÇÃO: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente.

     

    NEGAÇÃO: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.

    Q822878 CUDIADO PARA NÃO CONFUNDIR COM PRONOME INDEFINIDO:  NENHUM

     

     

     

    DÚVIDA: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.

     

     

    Q803300

    INTENSIDADE: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, BEM rápido (quando aplicado a propriedades graduáveis).

     

     

    EXCLUSÃO: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.
    Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.

     

    Q596878

    INCLUSÃO: ainda, ATÉ =  INCLUSIVE, mesmo, inclusivamente, também.
     

    Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência.

     

     

     

     

    ORDEM: depois, primeiramente, ultimamente.
    Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa.

     

    Q643168

     

    No contexto da FRASE:   "Jamais" não é considerado um advérbio de negação e sim advérbio de TEMPO, pode ser substituído por "Em tempo algum".

     

    MUITO = UM POUCO/BASTANTE/MEIO  : ADVÉRBIO (INVARIÁVEL)

     

     

    MUITOS, MUITAS  = BASTANTES:  ADJETIVO (VARIÁVEL)

     

    ..........

     

    - aí: advérbio de lugar;


    - ai: interjeição de dor. 

     

    SÓ =  SOMENTE (ADVÉRBIO)

     

    SÓ  =  SOZINHO (ADJETIVO)

     

  • Alternativa D

    sem não é advérbio é preposição.

  • Advérbios de afirmação: sim, perfeitamente, pois sim, positivamente, efetivamente, certamente.

     

    Advérbios de negação: não, nunca, nada, jamais.

     

    Advérbios de modo: bem, mal, melhor, pior, certo, também, depressa, devagar e, em geral, os adjetivos femininos acrescidos do sufixo -mente.

     

    Advérbios de lugar: aqui, ali, lá, além, perto, longe, fora, dentro, onde, acima, adiante.

     

    Advérbios de dúvida: talvez, porventura, provavelmente.

     

    Advérbios de intensidade: muito, pouco, bastante, menos, mais, tão, tanto, todo, completamente, excessivamente.

     

    Advérbios de tempo: agora, já, logo, cedo, tarde, antes, depois, sempre, nunca, jamais, hoje, ontem, amanhã.

     

    Advérbios interrogativos: onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa)

     

    Advérbios de inclusão: até, também.

     

    Advérbios de exclusão: exclusivamente, somente.

     

  • Gabarito letra D.

    No contexto, são advérbios de tempo apenas “jamais” e “agora”.

    A palavra “eis” é denotativa de designação. A palavra “sem” é preposição.

  • Nunca e Jamais são advérbios de tempo.


ID
1907824
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                             Medo da eternidade

     Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

    Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

   − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

   − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

   − Não acaba nunca, e pronto.

   Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.

   Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

   − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

   − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

   Perder a eternidade? Nunca.

  O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

  − Acabou-se o docinho. E agora?

  − Agora mastigue para sempre.

  Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

  Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

  Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

 − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

 − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

 Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

 Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

06 de junho de 1970 (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

     

   Platão argumenta que o tempo (chrónos) “é a imagem móvel da eternidade (aión) movida segundo o número” (Timeu, 37d). Partindo do dualismo entre mundo inteligível e mundo sensível, Platão concebe o tempo como uma aparência mutável e perecível de uma essência imutável e imperecível – eternidade. Enquanto que o tempo (chrónos) é a esfera tangível móbil, a eternidade (aión) é a esfera intangível imóbil. Sendo uma ordem mensurável em movimento, o tempo está em permanente alteridade. O seu domínio é caracterizado pelo devir contínuo dos fenômenos em ininterrupta mudança.

      Posto que o tempo (chrónos) é uma imagem, ele não passa de uma imitação (mímesis) da eternidade (aión). Ou seja, o tempo é uma cópia imperfeita de um modelo perfeito – eternidade. Isso significa que o tempo é uma mera sombra da eternidade. Considerando que somente a região imaterial das formas puras existe em si e por si, podemos dizer que o tempo platônico é uma ilusãoEle é real apenas na medida em que participa do ser da eternidade.


(DIVINO, Rafael. Sobre O tempo em Platão e Aristóteles, de R. Brague. Disponível em: https://serurbano.wordpress.com/ 2010/02/26/ tempo-em-platao/. Acessado em: 28.12.2015)

Para responder a esta questão, considere também o texto anterior, Medo da eternidade.

O confronto entre os dois textos permite concluir corretamente:

Alternativas
Comentários
  • Se o tema da eternidade é tratado no primeiro texto a partir da rememoração de um episódio da infância, em que se pôde experimentar o medo da ideia de eternidade, esse mesmo tema é abordado no segundo texto do ponto de vista do pensamento de um filósofo antigo, para quem o tempo é apenas uma imagem imperfeita da eternidade

     

    Alternativa E

  • Show de questão, acertei.

    GAB E


ID
1907827
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                             Medo da eternidade

     Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

    Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

   − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

   − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

   − Não acaba nunca, e pronto.

   Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.

   Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

   − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

   − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

   Perder a eternidade? Nunca.

  O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

  − Acabou-se o docinho. E agora?

  − Agora mastigue para sempre.

  Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

  Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

  Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

 − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

 − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

 Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

 Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

06 de junho de 1970 (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

     

   Platão argumenta que o tempo (chrónos) “é a imagem móvel da eternidade (aión) movida segundo o número” (Timeu, 37d). Partindo do dualismo entre mundo inteligível e mundo sensível, Platão concebe o tempo como uma aparência mutável e perecível de uma essência imutável e imperecível – eternidade. Enquanto que o tempo (chrónos) é a esfera tangível móbil, a eternidade (aión) é a esfera intangível imóbil. Sendo uma ordem mensurável em movimento, o tempo está em permanente alteridade. O seu domínio é caracterizado pelo devir contínuo dos fenômenos em ininterrupta mudança.

      Posto que o tempo (chrónos) é uma imagem, ele não passa de uma imitação (mímesis) da eternidade (aión). Ou seja, o tempo é uma cópia imperfeita de um modelo perfeito – eternidade. Isso significa que o tempo é uma mera sombra da eternidade. Considerando que somente a região imaterial das formas puras existe em si e por si, podemos dizer que o tempo platônico é uma ilusãoEle é real apenas na medida em que participa do ser da eternidade.


(DIVINO, Rafael. Sobre O tempo em Platão e Aristóteles, de R. Brague. Disponível em: https://serurbano.wordpress.com/ 2010/02/26/ tempo-em-platao/. Acessado em: 28.12.2015)

De acordo com o texto,

Alternativas
Comentários
  • "Partindo do dualismo entre mundo inteligível (1) e mundo sensível (2), Platão concebe o tempo (2) como uma aparência mutável e perecível (2) de uma essência imutável e imperecível (1) – eternidade. (1)"

    Mundo sensível: mundo dos sentidos humanos; mutável, perecível

    Mundo inteligível: mundo das ideias; imutável, imperecível.

     

    c) as transformações vistas por nós ao longo do tempo, de acordo com Platão, participam do mundo sensível e, desse modo, são apenas reflexo da eternidade que caracteriza o mundo inteligível

  • É o item menos errado, já que o tempo não é o reflexo da eternidade, mas uma cópia imperfeita dele.

    Os erros seguem assim:

    a. "... realidade é na verdade marcada pela ausência de mudanças..."; não há nada disso no texto.

    b. "...tempo e eternidade, segundo Platão, são ambos ilusórios..."; só o tempo é ilusório.

    d. "...e o devir, que só é alcançado pelas ideias."; o devir (processo de mudança) é alcançado com o passar do tempo, que pertence ao mundo tangível.

    e. "...os fenômenos do mundo sensível e os modelos do mundo inteligível, segundo Platão, sofrem a ação do tempo..."; somente os fenômenos do mundo sensível, já que o mundo inteligível é imutável.

  • Tem que ser ninja pra responder essa questão.
  • A questão é: "De acordo com o texto". Isso significa que a resposta está no texto e por isso não precisamos tentar interpretar

    O que o texto diz (palavras-chave em B e U):

    Tempo pertence ao mundo sensível.

    Eternidade pertence ao mundo inteligível.

  • Para acertar esta questão você tem que estar em conexão com Deus!!!

  • Uma bosta essa questão!

     

     

     

  • C

    as transformações vistas por nós ao longo do tempo, de acordo com Platão, participam do mundo sensível e, desse modo, são apenas reflexo da eternidade que caracteriza o mundo inteligível.


ID
1907830
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                             Medo da eternidade

     Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

    Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

   − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.

   − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.

   − Não acaba nunca, e pronto.

   Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.

   Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

   − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.

   − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

   Perder a eternidade? Nunca.

  O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

  − Acabou-se o docinho. E agora?

  − Agora mastigue para sempre.

  Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.

  Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

  Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

 − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

 − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

 Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.

 Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

06 de junho de 1970 (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

     

   Platão argumenta que o tempo (chrónos) “é a imagem móvel da eternidade (aión) movida segundo o número” (Timeu, 37d). Partindo do dualismo entre mundo inteligível e mundo sensível, Platão concebe o tempo como uma aparência mutável e perecível de uma essência imutável e imperecível – eternidade. Enquanto que o tempo (chrónos) é a esfera tangível móbil, a eternidade (aión) é a esfera intangível imóbil. Sendo uma ordem mensurável em movimento, o tempo está em permanente alteridade. O seu domínio é caracterizado pelo devir contínuo dos fenômenos em ininterrupta mudança.

      Posto que o tempo (chrónos) é uma imagem, ele não passa de uma imitação (mímesis) da eternidade (aión). Ou seja, o tempo é uma cópia imperfeita de um modelo perfeito – eternidade. Isso significa que o tempo é uma mera sombra da eternidade. Considerando que somente a região imaterial das formas puras existe em si e por si, podemos dizer que o tempo platônico é uma ilusãoEle é real apenas na medida em que participa do ser da eternidade.


(DIVINO, Rafael. Sobre O tempo em Platão e Aristóteles, de R. Brague. Disponível em: https://serurbano.wordpress.com/ 2010/02/26/ tempo-em-platao/. Acessado em: 28.12.2015)

Considerado o contexto, o segmento adequadamente expresso em outras palavras está em:

Alternativas
Comentários
  • - uma ordem mensurável (1° parágrafo) = uma estrutura passível de ser medida 

    Mensurar - Determinar a medida de; medir: (Michaelis).

     

    Alternativa D

  • ALTERIDADE: do que é diferente; distinto

    EFÊMERO: passageiro; temporário

    ETÉREAS: elevadas, delicadas

    TANGÍVEL: consegue tocar

    MÓBIL: móvel; movente

     

    (a fcc gosta demais desse tipo de questão; para responder deve verificar palavra por palavra; se tiver dúvida,entre uma e outra, vai pro contexto)

  • Eu pediria recurso, o tempo é listado como ordem, justamente por ser imaterial, coloca-lo como "sinônimo" de estrutura é um erro.


ID
1907833
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Todos têm o direito de aprender. Por isso, sua proposta consiste fundamentalmente no planejamento racional da atividade pedagógica, com operacionalização dos objetivos, privilegiando as funções de planejar, organizar, dirigir e controlar. O plano pedagógico deve se submeter ao administrativo.

As características apresentadas estão relacionadas à tendência da educação

Alternativas
Comentários
  • Letra A- Educação Tecnicista.

  • TENDÊNCIAS DA EDUCAÇÃO:

    LIBERAIS: TRADICIONAL, RENOVADA, RENOVADA NÃO DIRETIVA E TECNICISTA.

    PROGRESSISTAS: LIBERTADORA, LIBERTARIA E CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS.

    RESPOSTA: LETRA A.

  • GABARITO: A

  • produtividade/eficiência/operacionalização=tecnicismo

    #Partiuposse!

  • palavra-chave: operacionalização = Tecnicista


ID
1907836
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para os liberais, a função social da escola é prover o ensino de qualidade para todos os estudantes independentemente do nível socioeconômico.

Para os socialistas, a escola também deve ensinar com qualidade todos os alunos, no entanto para se atingir este objetivo

Alternativas
Comentários
  • Nõe entendir a resposta dessa questão.

    Liberais: "ensino de qualidade para todos os estudantes independentemente do nível socioeconômico".

    Socialista: "ensinar com qualidade todos os alunos"

    para se atingir este objetivo

    é necessária a eliminação dos desníveis socioeconômicos e a distribuição do capital cultural e social. 

    QUAL É A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA MESMO, SE ELA SÓ É EFETIVADA QUANDO TODOS FORMOS  RICOS, DOUTORES, EDUCADOS.

  • Para FCC o socialismo é utópico.  

  • Questão  confusa!

  • Na verade o que banca quis falar nesta questão sobre o ponto de vista socialista sobre a educação.

  • Acho que o gabarito tá errado, não tem como ser a letra E.

  • Fcc, sendo Fcc..

    É só resolver questões dessa banca que meu raciocínio dá um nó.

  • É necessária a eliminação dos desníveis socioeconômico e a distribuição do capital cultural e social.

  • E

    é necessária a eliminação dos desníveis socioeconômicos e a distribuição do capital cultural e social.

    Para os socialistas, para que a educação se efetive de maneira integral, é necessário RECONHECER as lacunas entre as classes sociais e agir de modo a ELIMINAR os desníveis socioeconomicos (através de políticas públicas de afirmação) e distribuir o capital cultural (democratizando o acesso a cultura, por isso é importante ocupar espaços como teatros, cinemas e etc)

  • Se o socialismo se contrapõe ao socialismo,logo,o capitalismo será comabatido.Resposta letra E.


ID
1907839
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado (...) Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados e depósitos, que os educandos recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção “bancária” de educação...

Para Paulo Freire, a concepção problematizadora da educação, ao contrário desta visão, considera que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

  • GABARITO:D

    d) ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo. 


ID
1907842
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

É frequente ouvirmos depoimentos de professoras ou membros da equipe escolar acerca de que as famílias são "desestruturadas", desinteressadas, carentes e, muitas vezes, de comunidades de baixa renda, violentas (...)

Segundo teorias críticas da educação, este raciocínio

I. constitui, na maioria das vezes, uma "explicação" fácil para o insucesso escolar de algumas crianças.

II. serve para atribuição de culpa a uma situação externa à escola e para um consequente afastamento do problema.

III. confirma a incapacidade intelectual de algumas famílias no acompanhamento de seus filhos nas tarefas escolares.

IV. utiliza a denominação "família desestruturada" para se referir a uma estrutura diferente do modelo de família nuclear tradicional.

V. justifica o simples fato de a família se organizar como responsável pelo comportamento acadêmico de suas crianças.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • é a letra B?

     

  • GABARITO: LETRA C

  • Comportamento acadêmico da criança.....


  • " famílias são "desestruturadas", desinteressadas, carentes e, muitas vezes, de comunidades de baixa renda, violentas (...) "

    Segundo teorias críticas da educação, este raciocínio

    I. constitui, na maioria das vezes, uma "explicação" fácil para o insucesso escolar de algumas crianças.

    II. serve para atribuição de culpa a uma situação externa à escola e para um consequente afastamento do problema.

    III. confirma a incapacidade intelectual de algumas famílias no acompanhamento de seus filhos nas tarefas escolares.

    → "desinteressadas e carentes"

    IV. utiliza a denominação "família desestruturada" para se referir a uma estrutura diferente do modelo de família nuclear tradicional.

    V. justifica o simples fato de a família se organizar como responsável pelo comportamento acadêmico de suas crianças.


ID
1907845
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

No muro de uma escola que dava para a rua, havia um pedaço que estava com marcas de terra. Ao indagarmos sobre o porquê daquilo, os alunos informaram de que aquele era o lugar por onde eles pulavam, nos finais de semana, para jogar futebol na quadra. Este era um fato conhecido por todos, mas a proibição de entrar na escola era mantida e sistematicamente transgredida (...) era proibido, mas nada acontecia se houvesse transgressão. Isso significava que os alunos, ao pularem o muro, poderiam correr um remoto risco de punição, caso se fizesse valer a proibição, ou nada aconteceria pela vigência da política de fechar os olhos.

Diante disso, é correto afirmar que o que se aprende na escola

Alternativas
Comentários
  • A letra b e a letra e estão certas. Mas a letra e está mais completa que a b. 

     

  • Gabarito: B

     

    A diferença entre a alternativa B e a E é que a primeira reflete uma informação do próprio texto, segundo o seu contexto - um fato. A ultima é apenas uma conclusão, uma informação abstrata - uma opnião - segundo o contexto.

  • Então deveria caber recurso. Só acho.

  • O ensino não se resume a regras/disciplina... logo a letra  E está completa tanto em sentido amplo, quanto em relação ao contexto da questão...

  • Concordo com Silvana Puridade. Apesar da E está correta ela não se relaciona com o contexto da questão. A resposta mais aproximada seria a B.

  • GABARITO: LETRA E

  • Diante disso, é correto afirmar que o que se aprende na escola B) não foram suficientes para corrigir as práticas indisciplinares dos alunos transgressores.

    É sério mesmo????

    Apesar de ter a ver com a "historinha", NÃO tem NADA a ver com o comando da questão. Eu fiquei mesmo entre D e E; mas achei D muito genérica.

    Gabarito E)


ID
1907854
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para os teóricos sociointeracionistas, a interação social fornece a matéria-prima para o desenvolvimento psicológico do indivíduo.

Dessa maneira,

Alternativas
Comentários
  • b)

    é através da relação interpessoal concreta com os outros homens que o indivíduo vai chegar a interiorizar as formas culturalmente estabelecidas de funcionamento psicológico. 

  • O QUE TEM DE ERRADO NA LETRA E?

  • Acredito que o erro da letra E =  Não ocorre aprendizado na adapção 

  • A letra e) está errada, pois os conceitos nela apresentados são ligados à teoria Piagetiana, não ao sociointeracionismo (Vigotsky)

  • Já estou concordando com o "Michael" pois depois de duas graduações, errei esta questão por falta de atenção.

  • GABARITO: LETRA B

  • A LETRA E FALA DA TEORIA DE PIAGET.

  • Letra E se refere ao ponto de vista piagetiano: o processo de reconhecimento se dá na forma de ADAPTAÇÃO, que se dá por meio de dois processos complementares: assimilação (tomada de sentido) e acomodação (transformação do organismo). Fonte:Apostila GranCursos.


ID
1907857
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Muitos educadores, reconhecendo que a velocidade de aprendizado pode variar de criança para criança, isolam os “aprendizes lentos” de seus professores e companheiros através do uso de instrução programada e muitas vezes mecanizadas.

Vygotsky, valendo-se do conceito da zona de desenvolvimento proximal, vê o aprendizado como

Alternativas
Comentários
  • B- Vygstsky é humanista e comportamentalista e a aprendizagem se dá através do empirismo, ou seja, dá experiência interacionista com o meio social

  • najla carneiro, Vygotsky é construtivista. 

    interacionista a forma dele pensar sobre educação.

    o empirismo só considera o fator exogeno, para Vygotsky tanto o fator endogeno quanto exogeno trabalha juntos.

     

  • Um processo profundamente social, enfatizando o diálogo e as diversas funções da linguagem na instrução e no desenvolvimento cognitivo mediado. 

    Zona  de desenvolvimento próximal no a qual a criança recebe  mediação   de um adulto, do professor ou de outras crianças mais experientes.

     

     

  • GABARITO: B

  • Vygotsky vê o aprendizado como um processo profundamente social, enfatizando o diálogo e as diversas funções da linguagem na instrução e no desenvolvimento cognitivo mediado.


ID
1907860
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando: − Não é ninguém, é o padeiro! Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? "Então você não é ninguém?" Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: "não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém...

As ideias contidas no conto de Rubem Braga nos alerta, numa concepção crítica de educação, que

Alternativas
Comentários
  • A--a discriminação social muitas vezes atinge a identidade do ser humano a ponto deste sentir que não é alguém capaz de ter direitos e objetivos

  • Gabarito: A

  • A FCC faz umas questões muito inteligentes.

  • No fragmento "não é ninguém, não senhora, é o padeiro" fica evidente a problemática da Identidade e Diferença. O padeiro é tratado como uma pessoa sem importância, alguém de fora do convívio daquela residência; enquanto a possível dona desta é chamada pelo pronome de tratamento senhora, demarcando a distinção social entre os dois. Assim, também a escola pode acabar discriminando os indivíduos e impedindo aos menos favorecidos, os ninguéns, o acesso à educação.


ID
1907863
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Quem não se lembra dos “questionários”, muitos usados no ensino de história e geografia, enfatizando a memorização repetitiva e automática? Professores conclamavam os alunos: “Não deixem de estudar o questionário que passei”. E quando o professor não se adiantava em passar o questionário, os alunos o solicitavam, pois consideravam como uma espécie de garantia de sucesso.

Este processo de memorização

Alternativas
Comentários
  • D-esse processo de memorização é típico da escola bancária, na qual o aluno apenas decora o conhecimento pronto sem questioná-lo ou acrescentá-lo

  • Ou seja, desconsidera que o espaço escolar é um espaço de construção, e não apenas de mera repetição ou reprodução.

  • Gabarito D

    O processo de memorização repetitiva e automática não incentiva o discente a produzir conhecimento crítico. O docente estimula o aluno, através da memorização repetitiva, a somente reter conteúdo recebido de forma passiva. Decorar é uma capacidade inata até à espécies de animais irracionais. O Homem deve ir além e incentivar o outro ao mesmo.


ID
1907866
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo o documento Currículo Básico da Rede Estadual do Espírito Santo, colocar em prática o currículo na escola significa

Alternativas
Comentários
  • Capítulo 2 do CURRÍCULO BÁSICO DAS ESCOLAS ESTADUAIS do Espírito Santo.

    Conceitundo Currículo "Colocar em prática o currículo na escola significa discutir a formação humana por meio do trabalho pedagógico; e, sobretudo, evidenciar a qualidade dessa ação"

  • GABARITO: LETRA A

  • Em geral, teoria de currículo vai entrar em termos gerais como por exemplo "formação humana".

    Nota que de B)-D) está falando de "grade curricular, conteúdo e metodologia" (termos mais ligado à PPP)


ID
1907869
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Numa visão linear do processo pedagógico, o planejamento didático é uma sucessão de etapas que começa com a definição dos objetivos do ensino, passa pela definição dos conteúdos e dos métodos, pela execução do planejado e finalmente pela avaliação do estudante.

Em forma alternativa de ver o processo pedagógico em sala de aula,

I. a avaliação não figura ao final, mas está justaposta aos próprios objetivos.

II. é preciso que a avaliação classifique os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.

III. são os objetivos que dão base para a construção da avaliação.

IV. os conteúdos e o nível de domínio destes, projetados pelos objetivos, permitem extrair as situações que possibilitarão ao aluno demonstrar seu desenvolvimento em uma situação de avaliação.

V. os objetivos e a avaliação orientam todo o processo de aprendizagem.

Está correto o que se afirma APENAS em 

Alternativas
Comentários
  • E- a avaliação está atrelada aos objetivos, não para classificar o aluno de forma quantitativa, mas como norte para chegar ao proposto

  • GABARITO: LETRA E

  • visão linear do processo pedagógico:

    1º- definição dos objetivos do ensino

    2- definição dos conteúdos e dos métodos

    3- execução do planejado

    4- finalmente a avaliação do estudante [só no fim]

    _________forma alternativa_________________

    I. a avaliação não figura ao final, mas está justaposta aos próprios objetivos.

    II. é preciso que a avaliação classifique os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.

    → Isso evoca que a forma de avaliação foi previamente estabelecida para assim, no fim, classificar os estudantes.

    III. são os objetivos que dão base para a construção da avaliação. [não ficou claro pra mim o momento da avaliação — caberia a gente inferir que é uma forma alternativa]

    IV. os conteúdos e o nível de domínio destes, projetados pelos objetivos, permitem extrair as situações que possibilitarão ao aluno demonstrar seu desenvolvimento em uma situação de avaliação. [avaliação no meio do processo]

    V. os objetivos e a avaliação orientam todo o processo de aprendizagem. [avaliação durante o processo]


ID
1907872
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A ampliação dos níveis de avaliação para além da sala de aula e da aprendizagem dos estudantes, em especial a avaliação institucional, trouxe novas possibilidades ao desenvolvimento de escolas reflexivas.

Estas ideias apontam para a avaliação institucional da escola como um processo que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

  • Acho que a questão dá margem para outras interpretaões, vejo incluseve a alternativa C como uma possível resposta. A ampliação dos níveis de avaliação para além da sala de aula pode sim resultar em um melhor desempenho do educando tendo em vista que o conhecimento cientifico está relacionado a sua realidade. 

  • Não entendi por q a letra C  esta errada .....pois fala de autonomia.... E é justamente isso q a escola busca.... 

  • Precisamos nos atentar ao enunciado das questões:

    A ampliação dos níveis de avaliação para além da sala de aula e da aprendizagem dos estudantes, em especial a avaliação institucional, trouxe novas possibilidades ao desenvolvimento de escolas reflexivas. Estas ideias apontam para a avaliação institucional da escola como um processo que: 

      b) envolve todos os sujeitos, com vistas a negociar patamares adequados de aprimoramento a partir dos problemas concretos da escola

  • GABARITO: B

  • Vejo que o erro da C está no final: "Conduz o ensino para uma aprendizagem voltada à autonomia intelectual dos educandos com melhor desempenho escolar." A escola não pode estar compromissada com a autonomia intelectual apenas dos educandos com maior desempenho. A alternativa B inclui, enquanto a C é excludente.

  • Gabarito B O enunciado faz referência à avaliação institucional.

    Avaliação: também amplia o seu nível de abrangência para além daquilo que acontece no âmbito da aprendizagem. Existem níveis, dimensões da avaliação. Três deles:

    1. Avaliação da aprendizagem: relação professor/aluno, universo da sala de aula.
    2. Avaliação institucional: avalia a instituição de ensino, em especial os seus sujeitos da comunidade escolar e o projeto político pedagógico. Onde todos os sujeitos daquela comunidade avaliam e são avaliados.
    3. Avaliação de larga escala: avaliação externa, de grande abrangência, avalia a eficácia, eficiência das políticas públicas, para verificar a qualidade da educação que está sendo ofertada.

    Analisando as alternativas:

    A

    resgata o papel central das provas nacionais no desenvolvimento de uma educação crítica e de qualidade. – provas de caráter nacional: larga escala, avaliações externas

    B

    envolve todos os sujeitos, com vistas a negociar patamares adequados de aprimoramento a partir dos problemas concretos da escola. – Bingo! Todos os sujeitos, melhorar patamares para aprimorar a instituição a partir da realidade concreta, realizada pelos sujeitos envolvidos no processo.

    C

    conduz o ensino para uma aprendizagem voltada à autonomia intelectual dos educandos com melhor desempenho escolar. - a alternativa é excludente e devemos buscar a inclusão de todos, não apenas dos melhores.

    D

    impulsiona os pais a serem comprometidos com a aprendizagem de seus filhos, na medida em que a avaliação fornece dados de seu ensino. – de aprendizagem, abrangentes: avaliação de larga escala, relação dados de seu ensino: avaliação da aprendizagem

    E

    propicia a mudança da cultura de um ensino mecânico e transmissor de conhecimento para uma prática educativa construtivista. – avaliação de aprendizagem

            Estude com dedicação e nada no mundo poderá afastar você dos seus sonhos! ♥☺☻

  • C-errada

    Apesar da Avaliação Institucional impulsionar uma educação progressista, ocasionando em uma autonomia do aluno, ESSE NÃO É O SEU FOCO, e sim realizar mudanças a nível macro, na instituição de ensino, e a partir dessa mudança poderá ocorrer uma modificação dentro da sala de aula e na maneira dos alunos serem avaliados. Objetivo da Avaliação Institucional é avaliar a INSTITUIÇÃO.


ID
1907878
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Educação Especial, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n°9.394/1996),

Alternativas
Comentários
  • Art. 58.  Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

  • Letra D

    Complementando:

    Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    III- atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;

  • Correta

     

    Letra C

  • Complementando...

    A letra A está errada porque não tem limite mínimo de idade para atender os educandos com deficiência.

  • Art. 58.  Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

  • Gab: C

    De nada!

  • GABARITO: LETRA C

     

    Art. 58.  Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

  •  

    Art. 58.  Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

     

    Complementando:

    Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

    III- atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;

  • C

    é definida como modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

  • C

    é definida como modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.


ID
1907881
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Ainda hoje podemos constatar a existência da ideia de que o trabalho precoce é a melhor, e talvez a única alternativa à marginalidade, para as crianças pobres. A ideia do trabalho como um instrumento disciplinador da criança pobre defende a tese de que o trabalho é a forma capaz de afastar a criança e o adolescente do caminho do crime.

Tais ideias contrariam o Estatuto da Criança de do Adolescente (Lei n°8.069/1990) que

I. estabelece aos menores de dezoito anos formação profissional voltada ao mercado de trabalho.

II. garante à criança e ao adolescente a oportunidade de trabalho como forma preventiva a atos infracionais.

III. determina a proibição de qualquer trabalho a todas as crianças e aos adolescentes menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos de idade.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO APRESENTADO – LETRA E

     

    A QUESTÃO PEDE AS IDEIAS QUE CONTRARIAM O ECA: “Tais ideias contrariam o Estatuto da Criança de do Adolescente (Lei n°8.069/1990) que”:

    III. determina a proibição de qualquer trabalho a todas as crianças e aos adolescentes MENORES DE DEZESSEIS ANOS, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos de idade.

    Ocorre, porém, que o ITEM (III) apresentado está em conformidade com a CF/88, porém, o texto do ECA (literal) não está atualizado, pois ainda consta a idade de 14 ANOS:

    Art. 60. É proibido qualquer trabalho a MENORES DE QUATORZE anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

    QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO.

    JUSTIFICATIVA:

    Capítulo V - ECA

    Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho

            Art. 60. É proibido qualquer trabalho a MENORES DE QUATORZE anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

    Este dispositivo contraria a CF/88, pois aí está: Que é proibido qualquer trabalho a MENORES DE 14 ANOS, enquanto que na CF/88 diz:

    ART. 7º - CF/88

    XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a MENORES DE DEZESSEIS ANOS, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

    O ECA data de: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

    Porém, tal dispositivo foi alterado em data posterior, conforme consta abaixo:

    “Conforme Emenda Constitucional nº 20/1998 (publ. DOU de 16/12/1998), que alterou art. 7º, inciso XXXIII, da CF, é proibido qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos.”

    “Assim sendo, a idade mínima para o trabalho regular, constante do presente dispositivo, foi alterada de 14 (quatorze) para 16 (dezesseis) anos.”

    Fonte: Estatuto da Criança e do Adolescente Anotado e Interpretado - Murillo José Digiácomo e Ildeara de Amorim Digiácomo.

     

     

  • QUESTÃO DESATUALIZADA, ALTERAÇÃO NA LEI...

    Capítulo V

    Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho

    Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos (14) de idade, salvo na condição de aprendiz.          (Vide Constituição Federal)


ID
1907884
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em relação ao Ensino Médio, a LDB (Lei n° 9.394/1996) determina que

Alternativas
Comentários
  • LDB. Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes:
    I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
    II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes;
    III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
    IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.           (Incluído pela Lei nº 11.684, de 2008)
     

  • Questão desatualizada!! 

  • Questão desatualizada diante das mudanças  feitas na LDB no que se refere ao ensino médio.

  • Questao desatualizada

  • Considerações para auxiliar os estudos (questão desatualizada)

     

    A alternativa D foi considerada correta à epoca porém o texto foi substituído por:

     

    Art. 36, inc. IV - ciências humanas e sociais aplicadas; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)

     

    Há outro trecho da LDB que também auxilia a compreensão do tema:

     

    Art. 35-A, § 2º A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

  • Questão desatualizada

    Na LDB atualizada 2017 apresenta no artigo 35 A 

    § 2o A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia. 

  • Entendo que, embora não seja o exato (fiel) trecho atual da LDB (Art. 35-A, §2°), a letra D permanece correta, tendo em vista de que está contida no citado dispositivo normativo, mesmo que ela não cite as demais disciplinas. O Art. 35-A, §2º, está mais completo, mas não há contradição com a alternativa D.

  • Já era isso aí. Falar em estudos e práticas é inclusive admitir que tais disciplinas podem ser tratadas como temas transversais e não como "disciplinas obrigatórias".

  • https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/reforma-do-ensino-medio-sociologia-e-filosofia-voltam-ao-curriculo-dmwhg8p526tgygwk683h0dk9z/

    estar certa leiam esse trecho do jornal.

  • Art. 35-A [...]

    § 2º A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia.     \\ ok, mas não fala "em todos os anos".

    § 3º O ensino da língua portuguesa e da matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio, assegurada às comunidades indígenas, também, a utilização das respectivas línguas maternas.

    § 4º Os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino.  


ID
1907887
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O aluno do ensino noturno, por estar de alguma forma inserido no mundo do trabalho, ter seu tempo quase todo dedicado à luta pela sobrevivência, por ser responsável por si e, muitas vezes, por uma família, traz para a sala de aula uma concepção de vida, valores incorporados e necessidades concretas ligadas ao seu cotidiano e às suas expectativas de vida (...). Ao chegar, à noite, à escola se defronta, muitas vezes, com uma rotina que não valoriza, e, portanto, não aproveita os elementos que aprendem no decorrer do seu cotidiano de trabalho.

Considerando este contexto, constata-se a

Alternativas
Comentários
  • B--o EJA tem um público diferenciado por isso, deveria ter metas e objetivos igualmente diferenciados

  • GABARITO: B

  • B

    distância entre a perspectiva e a necessidade de estudo para o aluno do ensino noturno e o ensino que a escola proporciona.

    É necessário que o ensino noturno adapte o processo de ensino e aprendizagem levando em consideração o aluno trabalhador, importante que esse processo seja significativo, ou seja, conecte-se com o mundo do trabalho. A Constituição garante a oferta do ensino noturno regular adequada às condições do educando.


ID
2161147
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Na escola, o ensino de história coloca os estudantes diante das representações que as gerações passadas produziram sobre si mesmas (nossas fontes) e, ao mesmo tempo, estimula-os a elaborar a crítica das representações que hoje produzimos sobre nosso próprio passado.

(PEREIRA, Nilton Mullet; SEFFNER, Fernando. “O que pode o ensino de história? O uso de fontes na sala de aula”. Revista Anos 90, Porto Alegre, v. 15, n. 28, p. 119, dez. 2008) 

No que diz respeito aos tratamentos das fontes, os autores consideram importante no ensino da história e no ofício do historiador, 

Alternativas
Comentários
  • D

    o exercício da crítica às representações, do passado e do presente.


ID
2161150
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Memória, como construção social, é a formação de imagem necessária para os processos de constituição e reforço da identidade individual, coletiva e nacional. Não se confunde com a história, que é operação intelectual de conhecimento, operação cognitiva.(...) A história não deve ser tratada como o duplo científico da memória, o historiador não pode abandonar sua função crítica, a memória precisa ser objeto da história.

(MENESES, Ulpiano Bezerra de. “História, cativa da memória?” Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 34, São Paulo, 1992, p. 22)


Segundo o autor, o historiador deve considerar a memória com 

Alternativas
Comentários
  • criticidade, pois deve ser estudada e avaliada em termos dos papéis que desempenha na constituição de identidades.

  • Memória, como construção social, é a formação de imagem necessária para os processos de constituição e reforço da identidade individual, coletiva e nacional. Não se confunde com a história, que é operação intelectual de conhecimento, operação cognitiva.(...) A história não deve ser tratada como o duplo científico da memória, o historiador não pode abandonar sua função crítica, a memória precisa ser objeto da história.

  • E

    criticidade, pois deve ser estudada e avaliada em termos dos papéis que desempenha na constituição de identidades.


ID
2161153
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Nova História problematizou a concepção de documento histórico endossada pelos historiadores positivistas pois estes

Alternativas
Comentários
  • D

    acreditavam que os documentos eram fontes neutras e que permitiam conhecer a verdade incontestável sobre o passado.


ID
2161156
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A História Geral, nos livros didáticos, ainda costuma ser apresentada segundo uma organização que supõe cinco grandes períodos: Pré-História, História Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Alguns historiadores problematizam essa divisão, apresentando, entre outros argumentos, que tal divisão

Alternativas
Comentários
  • o advento da escrita ocorreu em diferentes períodos em diferentes culturas, tornando imprecisa uma comparação puramente cronológica, por exemplo, entre as culturas do Crescente Fértil com as diferentes culturas pré-colombianas.

  • B

    se estrutura em marcos divisórios da civilização ocidental e critérios questionáveis, como a invenção da escrita separando “pré-história” e “história”.


ID
2161159
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Para o historiador que trabalha com a noção de identidade cultural, é fundamental considerar, como princípio metodológico, que esta

Alternativas
Comentários
  • letra b

    A identidade cultural é um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente compartilhados que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma sociedade.

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/identidade-cultural.htm


ID
2161162
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A abordagem histórica da antiguidade grega e romana possibilita a discussão, em sala de aula, de temas pertinentes à compreensão de alguns traços culturais marcantes do mundo ocidental. Entre esses temas vinculados a Grécia e Roma, respectivamente, pode-se destacar

Alternativas
Comentários
  • A

    a origem da democracia e a elaboração das bases do Direito.


ID
2161165
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A sociedade feudal, durante a Idade Média foi marcada por relações internas explicadas por meio de conceitos historiográficos, tais como o de

Alternativas
Comentários
  • a) Servilismo X - O pacto não era realizado en tre servos e camponeses

    b) Ruralização que "Assolou" durante a Peste? Foi "Amenizado"?

    c) Vassalagem (sim) - fidelidade entre nobres - Senhor feudal e pequenos nobres proprietários de terra - compremetiam-se com serviços economicos e politicos (sim)

    d) Inquisição - fora mais utilizada para os movimentos denominados "Reforma Religiosa" onde surgiu o Luterismo e o Calvinismo

    e)Clientelismo  -  "¬¬

  • Vassalagem, no entedimento geral, não seria entre o suserano  eo vassalo, aonde, esse, um nobre, concede terra à esse (campônes) ?

  • vassalagem eram pactos firmados entre nobres consolidado através de um juramento

  • A vassalagem ocorria entre nobres. A relação de um senhor feudal e um servo, eram relações servis.

  • GABARITO LETRA C

    c) Vassalagem, sistema pelo qual um nobre jurava fidelidade a outro,comprometendo-se a defendê-lo e apoiá-lo em troca de benefícios econômicos e vínculo de poder político.

    Estejam SEMPRE alegres. --- 1 Tessalonicenses 5:16

  • a) servilismo, pacto informal estabelecido entre os servos camponeses e o senhor feudal. ITEM INCORRETO.

    b) ruralização, processo que se desenvolveu após a queda do Império Romano e as invasões germânicas. ITEM INCORRETO.

    c) ITEM CORRETO.

    d) A inquisição não vai ser uma marca do período feudal. ITEM INCORRETO.

    e) A relação mais característica do período feudal era o da vassalagem. ITEM INCORRETO.

    Gabarito: C


ID
2161168
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A centralização do poder pelos reis, uma das características do Antigo Regime na Europa, deve ser compreendida levando-se em conta alguns fatores históricos importantes, entre os quais,

Alternativas
Comentários
  • Buscava-se naquela época uma proteção das frequentes guerras além de uma centralização de poder onde estariam em um regime mais organizado em meio ao caos 

  • Três elementos foram determinantes para a centralização Monárquica: supressão do poder clerical, superação das relações de vassalagem e acordos com a burguesia por meio das chamadas cartas de franquia.

     

  • ideia do designação divina, fortaleciemnto do exercito, superação das relações feudais que cuminou na transição para uma economia mais fortalecida.

  • Qual é o erro da letra B?


ID
2161171
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Tanto na América espanhola como na portuguesa, a pregação da fé cristã aos nativos contribuiu para a dominação das populações indígenas por parte das metrópoles, uma vez que

Alternativas

ID
2161174
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A fundação da Vila do Espírito Santo foi permeada por conflitos envolvendo

Alternativas
Comentários
  • E

  • Vila do Espírito Santo - 1535 por Vasco Fernandes Coutinho. Atualmente Vila Velha. Lembrar que: foi litorânea sem importância até a expansão do café. Os índios eram Aimorés, catequizados por Anchieta.


ID
2161177
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os principais fortes existentes no litoral do Espírito Santo, erguidos durante o período colonial, testemunham

Alternativas
Comentários
  • as constantes ameaças de invasão desse território e de outras extensões litorâneas por exploradores e corsários estrangeiros, exemplificadas pelas investidas de ingleses, como Thomas Cavendish, e holandeses, como Koin Handerson. GABARITO D

  • "SETE VEZES SEIS" KKKKKKKKKK


ID
2161180
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Um dos principais momentos da 7ª Cúpula das Américas, realizada em abril de 2015 no Panamá, foram os discursos dos presidentes dos Estados Unidos e de Cuba que sinalizaram a intenção de retomada das relações entre esses países, após décadas marcadas 

Alternativas
Comentários
  • pela política norte-americana de embargo econômico a Cuba, vigente desde os anos 1960, com o objetivo de retaliar política e economicamente esse país convertido ao socialismo, restringindo as trocas comerciais entre este e empresas norte-americanas, bem como o trânsito de cidadãos.


ID
2161183
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Entre as propostas de integração econômica de países do continente americano que foram apresentadas desde as últimas décadas, encontram-se

Alternativas
Comentários
  • Justificativa erro do Item A

    A proposta foi bastante criticada por políticos latino-americanos como Luís Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Hugo Chávez, da Venezuela, pois se efetivada a proposta da Alca, a indústria norte-americana ofereceria produtos a preços mais baixos no continente latino-americano, levando, supostamente, ao fechamento de indústrias e ao aumento do desemprego.

    O projeto da ALCA foi recusado pela maioria dos governos latino-americanos desde novembro de 2005 quando foi realizada a 4º Cúpula das Américas, sendo praticamente "engavetada" na Quarta Reunião, realizada em novembro de 2005, em Mar del Plata. Em lugar da ALCA, foram criados outros organismos de cooperação regional, sem a participação norte-americana, como a ALBA - Aliança Bolivariana para as Americas.

  • A questão proposta demanda algum conhecimento acerca de organizações internacionais, principalmente aquelas que unem Estados do continente americano.
    Há uma bibliografia específica de Relações Internacionais a respeito do tema. Vale consulta à publicações do IRI- PUC - Instituto de Relações Internacionais da PUC do Rio de Janeiro - em particular as da Revista Contexto. É a obra de Monica Herz e Andrea Hoffman Organizações Internacionais História e Práticas 

    Uma das alternativas apresenta corretamente um bloco de Estados da América. 
    A) INCORRETA- A ALCA não foi implementada. A proposta era de união de todos os Estados da América com exceção de Cuba. Sua criação foi idealizada na Cúpula das Américas de 1994 e, naquela época, as relações entre Cuba e vários estados americanos era comprometida. As disparidades regionais e entre os Estados do continente foram obstáculos à implantação da ALCA. 

    B) INCORRETA- O Mercosul foi implementado entre Estados da América do Sul, com liderança do Brasil e da Argentina. Há uma série de acordos bilaterais no âmbito do Mercosul. 

    C) INCORRETA- O NAFTA - Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ou Nafta, ( North American Free Trade Agreement) é um tratado de livre comércio estabelecido entre Estados Unidos, México e Canadá. ... O Nafta tinha como objetivo promover o comércio entre seus membros, eliminando os possíveis obstáculos e restrições. Até o presente momento não está em pauta a questão de passe livre para os cidadãos dos 3 Estados. 

    D) CORRETA – De fato , a UNASUL é um bloco integrado doze nações sul-americanas. A criação formal desse bloco ocorreu em 2008, no Brasil. 

    E) INCORRETA - A Comunidade Andina é um bloco econômico que foi criado em 1969 pelo Acordo de Cartagena, com o nome de Pacto Andino. Em 1996, os países membros definiram reformas na organização do bloco, e, no ano seguinte, passou a atuar com a nomenclatura de Comunidade Andina. Ela é formada atualmente por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. 

    Gabarito do Professor:  Letra D.

ID
2161186
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A pluralidade de calendários existente ao compararmos as mais diversas culturas, passadas e presentes, demonstram que

Alternativas
Comentários
  • A presença de calendário é antiga em diversos povos. Isto podemos notar nos egípcios, hebreus, povos que faziam medições de seus tempos.

    Privilegiar aspectos racionais, antireligiosos, "evolução cutural", em detrimento de aspectos contrário a estes, incluindo celebrativo diversos, é um passo para o erro ao responder questões tais como esta. Vale lembrar que o calendário faz parte da cultura de um povo, e que muitos aspectos envolvem o saber de uma população: racionais, emocionais, celebrativo ... 

  • "É em um tempo do calendário (independente do adotado) que os homens agem,configurando suas formas de existência no mundo"

    (Diálogos e Perspectivas na Formação do Profissional de História. org.Andréa Rocha Rodrigues e Elvis Pereira)

  • Acertei a questão, no entanto, fiquei com dúvida na alternativa "d", por qual razão ela também não se encaixa?


ID
2161189
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Considere o texto: 
Para Jörn Rüsen a consciência histórica pode ser definida como uma categoria que se relaciona a toda forma de pensamento histórico, através do qual os sujeitos possuem a experiência do passado e o interpretam como história. Em outras palavras ela é ‘(...) a suma das operações mentais com as quais os homens interpretam sua experiência da evolução temporal de seu mundo e de si mesmos, de forma tal que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo’.

(MARRERA, Fernando Milani & SOUZA, Uirys Alves de. “A tipologia da consciência histórica em Rüsen”. Revista Latino-Americana de História. v. 2, n. 6. Ago. 2013 – Edição Especial, p. 1070. Disponível em: http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/ 256/209. Acesso em: 07 de dezembro de 2015) 

Segundo o texto acima, a importância da consciência histórica reside 

Alternativas
Comentários
  • B

    na possibilidade do homem interpretar-se a si mesmo e a seu mundo historicamente, compreendendo-os em termos de experiência e evolução temporal.


ID
2161192
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em sala de aula, o professor de História pode explorar com os alunos a análise de documentos

Alternativas
Comentários
  • Letra E. A fonte documental oral é essencial quando utilizada com suas devidas técnicas. 


ID
2161195
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na década de 1970, pesquisas arqueológicas destinadas a mapear os primeiros habitantes do Brasil e da América encontraram na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, um crânio feminino batizado de Luzia. A constatação da presença de traços negroides desse crânio, contribuiu para

Alternativas
Comentários
  • Letra C) Depois que encontraram Luzia, e após exames, constataram que o perfil de luzia era muito similar ao perfil dos atuais aborígenes Australianos e aos povos Africanos. Diferente do perfil dos povos asiáticos, que supostamente teriam dado origem aos nativos americanos, na passagem do estreito de bhering. E com o perfil de Luzia, há teorias de que numa época glacial, houve atravessia diretamente da África para a América do sul, através de ilhas e possivelmente, pela Antártica!
  • #RIP Museu Nacional

  • Gabarito: C

    "Para o antropólogo Walter Neves, da USP, e seu colega Héctor Pucciarelli, da Universidade de La Plata, Argentina, a povoação do continente americano teve dois componentes biológicos: os primeiros povoadores das Américas vieram da Ásia, mas não eram mongoloides (asiáticos típicos), e sim 'australo-melanésios' de características negroides. Essa população teria cruzado o estreito de Bering, entre Sibéria e Alasca, há cerca de 15 mil anos, tendo sido extinta devido a algum tipo de competição com os mongoloides, avós dos índios atuais (o segundo componente biológico), que imigraram depois."

    Fonte: Toda a História: história geral e do Brasil (2009. p.16)

    "Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez." (Thomas Edison) 

  • ao meu ver é a letra E, pois foi pelo o estreito de Bering que os primeiros habitantes do continente africano americano chegaram ao Brasil, isso aconteceu porque as águas estavam congeladas, estou com dúvida, gostaria muito que a professora fizesse um comentário.
  • Ainda marquei a letra E. Porém só agora percebi o erro. Quando se fala em Luzia, já temos em mente que ela possui traços negroides. Os negroides, por sua vez, são relacionados aos povos aborígenes australianos e até africanos, devido a sua semelhança. A teoria do Estreito de Bering ou Teoria de Clovis, dá base aos negroides que foram os humanos que atravessaram a tal ponte de gelo formada entre a antiga Sibéria e a América do Norte devido justamente à localização. O erro da letra E está justamente em afirmar que ambos grupos vieram "simultaneamente". Além disso, os mongoloides vieram principalmente pelo mar, e não pelo Estreito de Bering.


ID
2161198
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Revolução Francesa colocou em cheque os alicerces políticos do Antigo Regime, e sua repercussão além das fronteiras nacionais pode ser percebida

Alternativas
Comentários
  • Como que a Revolução Francêsa influenciou a Inconfidência Mineira se quando a Bastilha caiu, 14 de Julho 1789, os Mineiros já estavam presos, Junho de 1789!?

  • Essa da Revolução Francesa influenciar a Inconfidência Mineira é recorrente em questões de história. Gabarito está errado, acedito que seja a E. 

  • Pessoal,  o fator temporal nao é significativo  observem os contextos ideologico....: http://www.sohistoria.com.br/ef2/inconfidencia/  ".....estas atitudes (Quinto) foram provocando uma insatisfação muito grande no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas), influenciados pela idéias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva para o problema: a conquista da independência do Brasil.

    http://www.sohistoria.com.br/ef2/conjuracao/...."A população pobre sofria com o aumento do custo de vida, com a escassez de alimentos e com o preconceito racial. As agitações eram constantes. Entre 1797 e 1798 ocorreram vários saques aos armazéns do comércio de Salvador, e até os escravos que levavam a carne para o general-comandante foram assaltados. A população faminta roubava carne e farinha. Em inícios de 1798, a forca, símbolo do poder colonial, foi incendiada. O descontentamento crescia também nos quartéis, onde incidentes envolvendo soldados e oficiais tornavam-se freqüentes. Havia, portanto, nesse clima tenso, condições favoráveis para a circulação das idéias de Igualdade, Liberdade e Fraternidade.

     

  • A Revolução Francesa e a Inconfidência Mineira ocorreram no mesmo ano, seria um exageiro afirmar que uma influenciou a outra, muito embora ambas são filhas do iluminismo.

  • Salvo engano, a Inconfidência Mineira teve inspiração nos fatos que levaram à independência nos EUA e a Conjunração Baiana, esta sim na Revolução Francesa.

  • Pois é! Também penso que o gabarito ta érrado a Incofidencia Mineira acontecera em 1785, ou seja, 4 anos antes da Revolução Francesa. Como esta pode ter exercido influencia sobre aquela? se a questão mencionasse os ideais iluministas, aí sim estaria correta.

  • Essa questão devia ter sido anulada pois está totalmente errada.

  • A INCONFIDÊNCIA MINEIRA NÃO FOI INFLUENCIADA PELA REVOLUÇÃO FRANCESA, E SIM PELAS IDEIAS ILUMINISTAS QUE GERARAM A REVOLUÇÃO FRANCESA...GABARITO ERRADO!!!!!

  • questão nula..... 

  • Questão infeliz, pois A e E estão certas, porém a A se adqua melhor... O comando da questão pede: o "além das fronteiras nacionais...", e não o que ocorreu posteriormente.

  • Na verdade, tanto a Inconfidência Mineira quanto a Revolução Francesa aconteceram no mesmo ano. 1789

  • Pelas respostas de outras questões feitas por mim quem influenciou a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. foi a Independência das Treze Colônias e as ideias Iluministas

  • Gente, socorro, como que essa questão não foi anulada ?

  • FCC tem se demonstrado uma banca incoerente, observem a prova para professor de História em 2018. a Resposta se contradiz ao colocado nesta questão de 2016, haja vista que a resposta considerada correta foi a letra E.

    Entre as influências e motivações da chamada Inconfidência Mineira, estavam a:

    (A) Revolução Francesa, as ideias nacionalistas e a insatisfação com a política pombalina para o Brasil.

    (B) Revolução Francesa, as ideias iluministas e a insatisfação com o autoritarismo exercido pelo Vice-Rei.

    (C) Revolução Inglesa, as ideias liberais e a insatisfação com a repressão empreendida pelo Santo Ofício em Minas Gerais.

    (D) Revolução Haitiana, as ideias abolicionistas e a insatisfação com a escravidão.

    (E) Independência das 13 Colônias inglesas, as ideias iluministas e a insatisfação com a política fiscal da Metrópole.

  • A Inconfidência não recebeu influência da Revolução Francesa. Ambas aconteceram no mesmo ano. Questão passível de anulação.


ID
2161201
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As reformas pombalinas, no período colonial, foram um conjunto de medidas decretadas pelo governo português, que, entre outras mudanças, acarretaram a

Alternativas
Comentários
  • Um pouco da Historia sobre o marques de Pombal:

     Visando controlar de perto as questões jurídicas da colônia brasileira, criou, em 1751, o Tribunal da Relação. Uma das mais polêmicas medidas impostas por esse novo tribunal foi a de impor a expulsão dos jesuítas do Brasil. A decisão de caráter anticlerical visava dar fim aos conflitos envolvendo os colonos e os padres jesuítas. Enquanto os primeiros defendiam a utilização da mão-de-obra escrava dos indígenas, os religiosos se negavam a ceder seus catequizados para o empreendimento colonial.

  • Principais Medidas Durante a Adm do M. de Pombal:

    >Incentivos para a instalação de manufaturas

    >Tranferência da capital da colônia de Salvador para o R. de Janeiro (1763)

    >Criação da derrama com a finalidade de obrigar os mineradores a pagar os impostos atrasados.

    >Criação da companhia do comercio em PE E PB

    >Proibição de línguas gerais

    >Criação da companhia de comércio do estado do grão-pará e Maranhão

  • Letra a (ERRADA)

    Pombal criou em 1755 e 1759,  a Compainha Geral de Comércio do Grão Pará e Maranhão e a Compainha Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, empresas monopolistas destinadas a dinamizar as atividades econômicas no Norte e Nordeste da Colônia.

    A Compainha das índias Ocidentais mencionadas na alternativa A, foi fundada em 1621 e era uma empresa de comércio Holandês que tinha como objetivo promover uma guerra econômica contra Espanha e Portugal.

    Letra b (ERRADA)

    Pombal criou estímulos fiscais para a instalação de pequenas manufaturas voltadas ao mercado interno português, do qual faziam parte também as colônias.

    Letra c (CORRETA)

    Em 1759, Pombal expulsou os jesuitas da metrópole e da colônia, confiscando seus bens, sob a alegação de que a Compainha de Jesus agia como um poder autônomo dentro do Estado português. 

    Letra d (ERRADA)

    Não encontrei justificativa. Acredito que o erro esteja na extinção do cargo de vice-rei. 

    Letra e (ERRADA)

    Pombal intensificou a fiscalização sobre a exploração do ouro em Minas Gerais, numa conjuntura de crise no setor aurífero. Desde o século 17, os produtores eram obrigados a destinar uma parte do ouro à Coroa portuguesa. Em sua administração, Pombal reestruturou a cobrança de impostos sobre a produção aurífera, especialmente o "quinto" e a "derrama"


ID
2161204
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre as atividades exercidas por jesuítas e franciscanos no Espírito Santo, durante o período colonial, destaca-se

Alternativas
Comentários
  • Os jesuítas utilizavam a mão-de-obra indígena no desenvolvimento de atividades agrícolas(milho, feijão,algodão, mandioca) e na criação de gado dentro dos aldeamentos.


ID
2161207
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

       Não é possível explorar a colônia sem desenvolvê-la; isto significa ampliar a área ocupada, aumentar o povoamento, fazer crescer a produção. É certo que a produção se organiza de forma específica, dando lugar a uma economia tipicamente dependente, o que repercute também na formação social da colônia. Mas, de qualquer modo, o simples crescimento extensivo já complica o esquema; a ampliação das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas camadas sociais, dando lugar aos núcleos urbanos etc. assim, pouco a pouco se vão revelando oposições de interesse entre colônia e metrópole, e quanto mais o sistema funciona, mais o fosso se aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, quanto mais opera, mais estimula a economia central, que é o seu centro dinâmico. A industrialização é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e quando atinge o nível de uma mecanização da indústria (Revolução Industrial), todo o conjunto começa a se comprometer porque o capitalismo industrial não se acomoda nem com as barreiras do regime de exclusivo colonial nem com o regime escravista de trabalho.
(NOVAIS, Fernando Antônio. As dimensões da independência. In: MOTA, Carlos G. 1822 – Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972, p. 23) 

Um professor ao propor o estudo do texto do historiador Fernando Novais, sobre a crise do sistema colonial, em sala de aula, tem como objetivo que os alunos compreendam que

Alternativas
Comentários
  • E

    a crise está diretamente relacionada com o modo de produção capitalista, cujas exigências não poderiam ser atendidas pelos mecanismos básicos do Antigo Sistema Colonial, já que este fora o instrumento do capital comercial.

  • a crise está diretamente relacionada com o modo de produção capitalista, cujas exigências não poderiam ser atendidas pelos mecanismos básicos do Antigo Sistema Colonial, já que este fora o instrumento do capital comercial.

    LETRA E

    CONTINUE ESTUDANDO... DEUS É CONTIGO.


ID
2161210
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

       Não é possível explorar a colônia sem desenvolvê-la; isto significa ampliar a área ocupada, aumentar o povoamento, fazer crescer a produção. É certo que a produção se organiza de forma específica, dando lugar a uma economia tipicamente dependente, o que repercute também na formação social da colônia. Mas, de qualquer modo, o simples crescimento extensivo já complica o esquema; a ampliação das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas camadas sociais, dando lugar aos núcleos urbanos etc. assim, pouco a pouco se vão revelando oposições de interesse entre colônia e metrópole, e quanto mais o sistema funciona, mais o fosso se aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, quanto mais opera, mais estimula a economia central, que é o seu centro dinâmico. A industrialização é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e quando atinge o nível de uma mecanização da indústria (Revolução Industrial), todo o conjunto começa a se comprometer porque o capitalismo industrial não se acomoda nem com as barreiras do regime de exclusivo colonial nem com o regime escravista de trabalho.
(NOVAIS, Fernando Antônio. As dimensões da independência. In: MOTA, Carlos G. 1822 – Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972, p. 23) 

Com base no conhecimento histórico e no texto é correto afirmar que a Revolução Industrial

Alternativas
Comentários
  • Exploração do trabalho

    No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado.

  • Gabarito b

  • representou ao mesmo tempo, revolução técnica ou tecnológica das formas de produção e revolução das condições de trabalho e retorno de capital, com a exploração desumana da mão de obra.

  • a) A Revolução Industrial alterou inicialmente o processo de trabalho na Inglaterra e em outros países ricos. ITEM INCORRETO.

    b) ITEM CORRETO.

    c) favoreceu a ascensão política dos países que primeiro se industrializaram, como a Inglaterra e outros países europeus. ITEM INCORRETO.

    d) O principal problema desse item é sobre o controle das máquinas, tendo em vista que a sociedade moderna é altamente dependente delas. ITEM INCORRETO.

    e) Os territórios coloniais apenas muito tempo depois começaram a se beneficiar dos processos de industrialização. ITEM INCORRETO.

    Resposta: B


ID
2161213
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   O Marechal Junot, da infantaria francesa, entrou em Lisboa junto com a chuva. Uma chuva fina, matinal, que agulhava os ossos. A corte tinha de fugir, conforme o combinado com a Inglaterra.

   Os fujões quiseram raspar até a prata dos altares. Em suas arcas, atacharam pra mais de 80 milhões de cruzados, em ouro e diamantes. (Curiosa ironia: migalhas da riqueza iam de volta, agora, para o Brasil.)

   O cais de Belém lembrava uma feira, mas feira do inferno. Lacaios se entrechocavam e mordiam. Marujos ingleses berravam palavrões cabeludos por sobre as cabeças das senhoras. A um simples estouro de cavalos, centenas de peralvilhas jogavam-se ao mar. A quem assistisse – 15 mil nobres embarcando em 36 navios – o espetáculo podia ser divertido, jamais bonito.

   E D. João? Corria que já embarcara. Mas quando? Perguntava a turba com raiva, contida pela fileira de soldados. ‘Foi aquela criada grandona, andar de pata choca, não vira?’ O covarde disfarçara-se. Agora é a vez da rainha-mãe. Arrancada aos murros, a demente sorve aflitivamente o ar das ruas: há 16 anos não a tiram da cela. (...)

   Achavam que a coitada não percebia nada. A chuva, contudo, acordou-lhe a razão. Começou a berrar.

   – Não corram tanto! Acreditaram que estamos fugindo. Por que fugir sem ter combatido?


(In: SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasil. São Paulo: Marco editorial, 1979, p. 77) 

O episódio narrado pelo texto, está diretamente associado

Alternativas
Comentários
  • LETRA D. A questão faz referencia ao bloqueio continental;

    O Bloqueio Continental foi um decreto datado de 21 de novembro de 1806, que consistia em impedir o acesso a portos dos países dominados pelo Império Francês a navios do Reino Unido da Grã Bretanha (Inglaterra) e Irlanda. Com isso, o principal objetivo era isolar economicamente as Ilhas Britânicas, sufocando suas relações comerciais.

    Bloqueio Continental (1)

    Napoleão justificou tal violação do direito internacional como uma represália á ação de bloqueio dos portos franceses por navios da Marinha do Reino Unido.

    O Governo de Portugal se recusava á aderir ao bloqueio devido á sua aliança com a Inglaterra, da qual era extremamente dependente. Suas riquezas vinham de suas colônias, principalmente do Brasil. Com um reino decadente, Portugal não tinha como enfrentar Napoleão.

    http://www.infoescola.com/historia/bloqueio-continental/

  • Letra d

    Napoleão decretou o bloqueio continental que consistia no fechamento dos portos de todos os paises europeus ao comércio inglês. Com isso pretendia enfraquecer a economia inglesa, que monopolizava  o mercado consumidor europeu com seus produtos manufaturados. O problema é que Portugal que possuia aliança com a Ingalerra, da qual era dependente relutava em aderir ao bloqueio. 

    Por conta dessa resistência portuguesa, Napoleão manda suas tropas invadirem Portugal,o que vai resultar na fuga/vinda da corte portuguesa para o Brasil.

  • A questão trata sobre a fuga da Família Real portuguesa para o Brasil. A saída da Família Real de Portugal aconteceu em 1807 e a chegada em terras brasileiras aconteceu em 1808.

    A transferência se deu por causa da invasão napoleônica ao território português, em 1807, devido ao Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte, em 1806, e que não foi obedecido por Portugal.

    Pelo Bloqueio Continental, os países europeus não deveriam ter atividades comerciais com a Inglaterra, país com quem Portugal mantinha estreitas relações.

    Resposta: D

  • A questão trata sobre a fuga da Família Real portuguesa para o Brasil. A saída da Família Real de Portugal aconteceu em 1807 e a chegada em terras brasileiras aconteceu em 1808.

    A transferência se deu por causa da invasão napoleônica ao território português, em 1807, devido ao Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte, em 1806, e que não foi obedecido por Portugal.

    Pelo Bloqueio Continental, os países europeus não deveriam ter atividades comerciais com a Inglaterra, país com quem Portugal mantinha estreitas relações.

    Resposta: D

    Danuzio Neto | Direção Concursos


ID
2161216
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   O Marechal Junot, da infantaria francesa, entrou em Lisboa junto com a chuva. Uma chuva fina, matinal, que agulhava os ossos. A corte tinha de fugir, conforme o combinado com a Inglaterra.

   Os fujões quiseram raspar até a prata dos altares. Em suas arcas, atacharam pra mais de 80 milhões de cruzados, em ouro e diamantes. (Curiosa ironia: migalhas da riqueza iam de volta, agora, para o Brasil.)

   O cais de Belém lembrava uma feira, mas feira do inferno. Lacaios se entrechocavam e mordiam. Marujos ingleses berravam palavrões cabeludos por sobre as cabeças das senhoras. A um simples estouro de cavalos, centenas de peralvilhas jogavam-se ao mar. A quem assistisse – 15 mil nobres embarcando em 36 navios – o espetáculo podia ser divertido, jamais bonito.

   E D. João? Corria que já embarcara. Mas quando? Perguntava a turba com raiva, contida pela fileira de soldados. ‘Foi aquela criada grandona, andar de pata choca, não vira?’ O covarde disfarçara-se. Agora é a vez da rainha-mãe. Arrancada aos murros, a demente sorve aflitivamente o ar das ruas: há 16 anos não a tiram da cela. (...)

   Achavam que a coitada não percebia nada. A chuva, contudo, acordou-lhe a razão. Começou a berrar.

   – Não corram tanto! Acreditaram que estamos fugindo. Por que fugir sem ter combatido?


(In: SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasil. São Paulo: Marco editorial, 1979, p. 77) 

No plano internacional, o episódio narrado trouxe, como uma de suas consequências, o que está afirmado em:

Alternativas

ID
2161219
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

   O Marechal Junot, da infantaria francesa, entrou em Lisboa junto com a chuva. Uma chuva fina, matinal, que agulhava os ossos. A corte tinha de fugir, conforme o combinado com a Inglaterra.

   Os fujões quiseram raspar até a prata dos altares. Em suas arcas, atacharam pra mais de 80 milhões de cruzados, em ouro e diamantes. (Curiosa ironia: migalhas da riqueza iam de volta, agora, para o Brasil.)

   O cais de Belém lembrava uma feira, mas feira do inferno. Lacaios se entrechocavam e mordiam. Marujos ingleses berravam palavrões cabeludos por sobre as cabeças das senhoras. A um simples estouro de cavalos, centenas de peralvilhas jogavam-se ao mar. A quem assistisse – 15 mil nobres embarcando em 36 navios – o espetáculo podia ser divertido, jamais bonito.

   E D. João? Corria que já embarcara. Mas quando? Perguntava a turba com raiva, contida pela fileira de soldados. ‘Foi aquela criada grandona, andar de pata choca, não vira?’ O covarde disfarçara-se. Agora é a vez da rainha-mãe. Arrancada aos murros, a demente sorve aflitivamente o ar das ruas: há 16 anos não a tiram da cela. (...)

   Achavam que a coitada não percebia nada. A chuva, contudo, acordou-lhe a razão. Começou a berrar.

   – Não corram tanto! Acreditaram que estamos fugindo. Por que fugir sem ter combatido?


(In: SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasil. São Paulo: Marco editorial, 1979, p. 77) 

A estratégia utilizada pelo professor de História de solicitar a exploração de todas as informações contidas num documento, como o de Joel Rufino dos Santos, além de reforçar o conhecimento já aprendido,

Alternativas
Comentários
  • A

    possibilita o desenvolvimento da capacidade de explicação, caracterização, conceituação e síntese histórica do aluno.


ID
2161222
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   (...) Mas, foi após a Revolução do Porto, com a criação do Grande Oriente do Brasil, órgão que reunia as principais lojas brasileiras, que a maçonaria se destacou no movimento de independência.

   Em torno do Grande Oriente aglutinou-se o grupo dos ativistas liberais de Gonçalves Ledo e Cunha Barbosa, cujas posições, entretanto, eram consideradas “radicais” pelos liberais conservadores. Para distinguir-se deles, e também para pôr em prática seu próprio programa político; os conservadores romperam com o Grande Oriente e organizaram outra sociedade secreta, o Apostolado, liderada por José Bonifácio.

   Tanto Ledo como Bonifácio procuraram atrair dom Pedro para as fileiras de suas organizações. O príncipe aceitou participar das duas, filiando-se ao Apostolado e também ao Grande Oriente. Mais tarde, já imperador, cedendo à insistência de José Bonifácio, reprimiu duramente os liberais de Gonçalves Ledo. O Grande Oriente foi fechado e Ledo teve de se refugiar em Buenos Aires.

(TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil, História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2001, p. 160)

Para o autor do texto, nas condições em que se deu a independência, a maçonaria

Alternativas
Comentários
  • De fato a maçonaria teve grande participação na política brasileira no período imperial e ainda tem até nos dias atuais.

     

    Obs: Lembrando que o papel desempenhado foi de partido político, mas não era um partido em si.

  • A maçonaria 

    b)

    desempenhou o papel de verdadeiro partido político, aglutinando em seu interior as correntes de pensamento e ação que podiam, de fato, colocar o país nos rumos da emancipação política.

  • José Bonifácio era Maçon


ID
2161225
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   (...) Mas, foi após a Revolução do Porto, com a criação do Grande Oriente do Brasil, órgão que reunia as principais lojas brasileiras, que a maçonaria se destacou no movimento de independência.

   Em torno do Grande Oriente aglutinou-se o grupo dos ativistas liberais de Gonçalves Ledo e Cunha Barbosa, cujas posições, entretanto, eram consideradas “radicais” pelos liberais conservadores. Para distinguir-se deles, e também para pôr em prática seu próprio programa político; os conservadores romperam com o Grande Oriente e organizaram outra sociedade secreta, o Apostolado, liderada por José Bonifácio.

   Tanto Ledo como Bonifácio procuraram atrair dom Pedro para as fileiras de suas organizações. O príncipe aceitou participar das duas, filiando-se ao Apostolado e também ao Grande Oriente. Mais tarde, já imperador, cedendo à insistência de José Bonifácio, reprimiu duramente os liberais de Gonçalves Ledo. O Grande Oriente foi fechado e Ledo teve de se refugiar em Buenos Aires.

(TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil, História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2001, p. 160)

Um dos desdobramentos do processo de Independência política brasileira, no Espírito Santo, pode ser associado

Alternativas

ID
2161228
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A proclamação da independência garantiu, de um lado, a autonomia brasileira em relação a Portugal, inviabilizando a recolonização que ameaçava os interesses das elites nacionais; de outro, transformou D. Pedro I, no eixo da ordem política que nascia sem as amarras do dirigismo das cortes portuguesas. Neste período (Primeiro Reinado) da história brasileira,

Alternativas
Comentários
  • A Família Real Portuguesa chegou ao Brasil em 1808. Ela trouxe transformações para o território desde instituições como Banco, Bibliotecas e Colégios a um aparelhamento burocrático e administrativo para operar estes espaços. O Brasil foi elevado ao status de Reino Unido de Portugal e Algarves, deixando de ser um território ultramarino. Juridicamente, ganhou mais autonomia. Um exemplo disso foi o fim do exclusivo colonial que conferiu autonomia comercial as elites proprietarias locais. 

    As modificações iam acontecendo a passos largos até a Revolução Liberal do Porto. As Cortes Portuguesas exigiram o retorno de D. João VI a Portugal. Este deixou a responsabilidade de gerir o Brasil com seu filho D. Pedro I. Entretanto, a Revolução do Porto desejava não só o retorno de D. Pedro como também a recolonização do território brasileiro. As medidas que conferiam autonomia comercial deveriam ser revogadas, o que por sua vez desagradou às elites econômicas locais. D. Pedro I se recusou a voltar e também a impor sanções à elite comercial.

    Paulatinamente, a situação de d. Pedro I com as Cortes Portuguesas se tornou insustentável e, culminou com a proclamação da independência do Brasil. D. Pedro I foi coroado imperador dando início ao Primeiro Reinado que acabou em 1831, quando abdicou o trono em favor do seu filho, que governou como D. Pedro II, pondo fim a este período. 

    A) CORRETA – Esta afirmativa está correta, pois no Primeiro Reinado o Brasil foi reconhecido por outras nações como uma nação independente. Este reconhecimento fez o país fazer parte do sistema internacional. Este sistema estava abalado se reestruturando em virtude da série de independências que estavam ocorrendo na América Latina na primeira metade do século XIX. 

    B) INCORRETA - Esta afirmativa está incorreta pois não houve luta política e social efetiva para a disputa de poder no cenário nacional. A estrutura de poder se manteve com a Monarquia e as suas forças oligárquicas. 

    C) INCORRETA- Esta afirmativa está incorreta pois não houve conciliação entre os dois partidos. O partido brasileiro fazia oposição ao Imperador e o partido português oferecia apoio. A Monarquia manteve as forças e os domínios oligárquicos. 

    D) INCORRETA- Esta afirmativa está incorreta pois as relações de dependência econômica com a Inglaterra se mantiveram. A lavoura açucareira se manteve tal como antes da Independência do país. 

    E) INCORRETA – Esta afirmativa está incorreta pois os setores populares não eram impedidos diretamente de participar da vida política do país. Estes mesmos setores não se adequavam 'a legislações que conferiam o acesso de forma ativa a esta mesma vida política. Sendo exemplo disso a Constituição da Mandioca que instituia o voto censitário. Ou seja, era liberal mas não democrática. 

    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
2161231
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    É em meio e ligado ao processo de crise da escravidão, efetivamente sacramentado pela extinção do tráfico negreiro, que temos o surgimento de uma questão também atinente à reprodução das estruturas econômicas do Império: a da terra. A Lei 601 de 18 de setembro de 1850 obrigava ao registro de todas as terras efetivamente ocupadas e impedia a aquisição das terras devolutas (baldios) a não ser por compra. Com tal legislação pretendia-se garantir a subordinação do trabalhador livre (imigrante ou ex-escravo) enquanto produtor de sobretrabalho para outro. Dificulta-se, assim, o acesso do trabalhador livre à terra, garantindo-se a sobrevivência da grande lavoura e de seu grupo social frente ao definhamento da escravidão: o grupo social dominante do Império escravista, grosso modo, poderia manter esta posição mesmo após o fim da escravidão.
(FRAGOSO, João Luís e SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. A política no Império e no início da República Velha, dos barões aos coronéis. In: LINHARES, Maria Yedda (org.) História do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p. 184)

O texto permite afirmar que, os vínculos dominantes e íntimos das elites econômicas com o Estado deram conteúdo à forma imperial do Brasil independente a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Oligarquia nos remete a um poder exercido por um pequeno grupo de pessoas. A expressão política da época era de domínio das elites, principalmente a cafeeira. Grandes fazendeiros e políticos latifundiários se anteciparam a fim de impedir que negros e estrangeiros pudessem também se tornar donos de terras. A Lei de Terras foi aprovada no mesmo ano da lei Eusébio de Queirós, que previa o fim do tráfico negreiro e sinalizava a abolição da escravatura no Brasil.

    Desta forma, foi preservada a péssima estrutura fundiária do país, privilegiando os latifundiários. As maiores e melhores terras ficaram concentradas nas mãos dos antigos proprietários e passaram às outras gerações como herança de família.


ID
2161234
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

    É em meio e ligado ao processo de crise da escravidão, efetivamente sacramentado pela extinção do tráfico negreiro, que temos o surgimento de uma questão também atinente à reprodução das estruturas econômicas do Império: a da terra. A Lei 601 de 18 de setembro de 1850 obrigava ao registro de todas as terras efetivamente ocupadas e impedia a aquisição das terras devolutas (baldios) a não ser por compra. Com tal legislação pretendia-se garantir a subordinação do trabalhador livre (imigrante ou ex-escravo) enquanto produtor de sobretrabalho para outro. Dificulta-se, assim, o acesso do trabalhador livre à terra, garantindo-se a sobrevivência da grande lavoura e de seu grupo social frente ao definhamento da escravidão: o grupo social dominante do Império escravista, grosso modo, poderia manter esta posição mesmo após o fim da escravidão.
(FRAGOSO, João Luís e SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. A política no Império e no início da República Velha, dos barões aos coronéis. In: LINHARES, Maria Yedda (org.) História do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p. 184)

A utilização de documentos escritos com os alunos, em sala de aula, como o texto de João Luís Fragoso e Francisco Carlos Teixeira da Silva, é indispensável como fundamento do método de ensino, principalmente porque

Alternativas
Comentários
  • D

    permite o diálogo do aluno com realidades passadas e desenvolve nele o sentido da análise histórica.


ID
2161237
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considere a frase abaixo.

Muito teremos feito em breve tempo se conseguirmos libertar-nos da importação de artefatos de ferro, nacionalizando a indústria siderúrgica. (Getúlio Vargas, em 1931)

concretização das pretensões do autor da frase ocorreu, durante a Segunda Guerra Mundial, quando usou a importância do

Brasil no contexto geopolítico da América do Sul e

Alternativas
Comentários
  • Vargas extremamente nacionalista deixou seu lado fascista para se aliar aos Estados Unidos, isso "meio" que em troca da usina em volta redondaRJ

  • Devemos lembrar também do bombardeio da Alemanha nazista aos navios brasileiros em nossa costa, levando a população a se manifestar contra os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e pender para o lado dos Aliados (Inglaterra, França, URSS e EUA).

  • A alcunha de fascista dada a Vargas é feita somento por leigos e "achistas", segundo Castro Gomes. 

    A aproximação do Brasil com EUA foi uma sucessão de acordos, a fim de reequipar econômico e militarmente a nação brasileiro, lavando Vargas colaborar com os planos de defesa continental traçados por Washington.

    A construção da usina siderúrgica de Volta Redonda teve seu desfeixe final com o discurso proferido por Getúlio a bordo do encouraçado Minas Gerais em 1940, pressionando a retomada do acordo firmado com os Estados Unidos da América, que haviam abandonado o projeto de contrução da usina.

    Gab. a

     


ID
2161243
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considere os itens abaixo.

I. Plano Nacional de Desenvolvimento I – PND, que visava, entre outras coisas, tirar proveito econômico do espaço brasileiro, associado à disponibilidade de recursos humanos.

II. Plano de Integração Nacional, com implicações demográficas e com projetos estratégicos que priorizavam regiões menos desenvolvidas e periféricas.

Relaciona corretamente a alguns efeitos dos Planos descritos nos itens I e II, no Espírito Santo, a partir da década de 1960:

Alternativas

ID
2161246
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período entre 1870 e 1914 ficou conhecido na História Contemporânea como o do imperialismo. Esse período

Alternativas
Comentários
  • Realmente  o imperialismo se dá com a junção  entre capital insdustrial  e bancário mais a união do estado! O Capitalismo deixa sua fase de concorrência e assume um vies monopolista.

  • Talvez a questão mais difícil sobre este assunto que vi ate então. Não sei se bem elaborada ou o contrário.

  • Decore que na década de 1870 o capitalismo concorrencial estava acabando

  • Questão muito mal formulada. O que gerou a Conferência de Berlim se não a concorrência, apesar, é claro, de se firmarem os monopólios coloniais. 

    Questão no mínimo discutível.

  • "LIMITADO AOS MERCADOS EUROPEUS??" POR FAVOR...

  • Não entendi essa questão

  • Ué?? limitados ao mercado Europeu??

    Alguém me ajude aqui, pleas.

  • Para desenvolver essa questão é necessário ter uma noção da discussão marxista sobre a categoria do Imperialismo, sobretudo em Lenin.


ID
2161249
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Já o período neoliberal criou uma estrutura de dependência do país ao capital externo, porém, foi neste mesmo período que o Mercosul foi instituído sendo um instrumento de consolidação do Brasil como nação hegemônica no continente sul-americano, porém, na impossibilidade de bancar sozinho esta hegemonia, ela é compartilhada com a Argentina. Fora da América, o Brasil também tem buscado parceiros que lhe garantam uma hegemonia compartilhada dos novos mercados emergentes, daí a participação brasileira no G-20, G-3 (Brasil, Índia e África do Sul), acordos diplomáticos com a França, a China e o Irã e a busca por uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU.


(Disponível em:http://www.historialivre.com/brasil/relainter1.htm)

Os acordos a que o texto se refere, realizados pelo governo brasileiro na primeira década do século XXI,

Alternativas

ID
2161252
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considere os itens abaixo.

I. Consistia na abolição dos salários, na estatização das fábricas que empregassem mais de cinco pessoas e na entrega obrigatória das colheitas ao governo.

II. Promovia um retorno parcial ao capitalismo com o objetivo de aumentar a produção e superar a crise econômica. Por essa política, as colheitas passaram a ser vendidas no mercado pelos camponeses; as indústrias que empregavam menos de vinte pessoas foram privatizadas e o governo procurou atrair investimentos estrangeiros.

III. Criados para vigorar por cinco anos, definiam objetivos econômicos e mobilizavam os recursos materiais e humanos russos para alcançá-los. Assim o Estado assumia a função de centralizar e planificar rigidamente a economia.

Considerando as fases da Revolução Comunista na Rússia, os itens referem-se, respectivamente

Alternativas

ID
2161255
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ao declarar guerra às potências centrais da Europa, Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos, falou:

Esperamos que nosso esforço ajude a pôr fim à agressão alemã e abrevie o conflito na Europa.

A relação correta entre a intenção do presidente, identificada na frase, e a Primeira Guerra Mundial, é: 

Alternativas
Comentários
  • Para os não assinantes,

     

    Gabarito: D

  • [...] "dois anos depois do envio de tropas norte-americanas à Europa".

    EUA não entrou na guerra em 1917 com a saída da Rússia?

    A guerra não acabou em 1918?

  • em 1918 foi um armistício ele veio ao fim em 1919 com o tratado de Versalhes


ID
2161258
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considere o texto e os itens abaixo. 
O fato básico e crucial, que nunca é demais repetir, é que o sistema da Guerra Fria é altamente funcional para as superpotências, e é por isso que ele persiste, apesar da probabilidade de mútua aniquilação no caso de falha acidental, que ocorrerá mais cedo ou mais tarde. A Guerra Fria fornece um arcabouço onde cada uma das superpotências pode usar a força e a violência para controlar seus próprios domínios contra os que buscavam um grau de independência no interior dos blocos – apelando à ameaça da superpotência inimiga, para mobilizar sua própria população e a de seus aliados.

(CHOMSKY, Noan. Armas estratégicas, Guerra Fria e Terceiro Mundo. In: THOMPSON, Edward (org.). Exterminismo e Guerra fria. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 190)


I. Apregoando que, por trás dos sandinistas estavam os soviéticos, os EUA garantiam moralmente perante a humanidade o seu direito de agredir a Nicarágua.

II. A URSS invadiu o Afeganistão alegando que a suposta presença norte-americana naquele país representava uma ameaça para os soviéticos.

O texto e os itens permitem afirmar que Chomsky defende a ideia de que, para os norte-americanos e os soviéticos, a 






Alternativas
Comentários
  • Nessa época, denominada de guerra fria, não houve o confronto aberto e direto entre as duas superpotências, que envolveria  um temido confronto nuclear. Então, as duas superpotências passaram a disputar poder de influência em todo o mundo.Houve envolvimento dos Estados Unidos e da União Soviética em diversas guerras regionais, onde cada potência apoiava um dos lados em guerra. Neste contexto, os chamados países não alinhados mantiveram-se fora do conflito, não se alinhando aos blocos pró-URSS ou pró-Estados Unidos, formando um "terceiro bloco" de países neutros: o Movimento Não Alinhado.

     

  • Eu marquei a letra A, mas fiquei em dúvida, daí mudei para a letra D.

  • Pra mim as letras A, D e E falam a mesma coisa com palavras diferentes.

  • Assertivas com redação confusa


ID
2161261
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os anos 1960 e 1970 ficaram marcado por ditaduras militares apoiadas pelos EUA, que se instalaram por todo continente latino-americano. Em reação a esses regimes, eclodiram movimentos guerrilheiros inspirados no modelo cubano e/ou maoísta. Mesmo com a derrota e o massacre da maioria das guerrilhas, essas lutas

Alternativas

ID
2161264
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O islamismo é a religião que mais cresce no mundo. A maioria dos muçulmanos encontra-se em países pobres, como Bangladesh, Egito, Índia, Iraque, Nigéria, Paquistão e Sudão, ou em desenvolvimento, como a Indonésia. Ao mesmo tempo que cresce o islamismo, crescem também os grupos fundamentalistas em seu interior.

Sobre esses grupos, é correto afirmar:

Alternativas

ID
2243473
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo da eternidade

    Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
    Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
    Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 
    − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
    − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
    − Não acaba nunca, e pronto. 
    Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 
    Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
    − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. 
    − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. 
    Perder a eternidade? Nunca. 
    O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
    − Acabou-se o docinho. E agora? 
    − Agora mastigue para sempre. 
    Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. 
    Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. 
    Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. 
    − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! 
    − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. 
    Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

Ainda que se saiba da liberdade com que Clarice Lispector lidava com esse gênero, pode-se assegurar que Medo da eternidade é uma crônica na medida em que se trata

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B

     

    ...de uma visão subjetiva, pessoal, de um acontecimento do cotidiano imediato, muito embora vivenciado na infância, que acaba dando margem à reflexão sobre uma questão capaz de interessar a todos. 

  • A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. 

     Principais características da crônica:

    • Narração curta;
    • Descreve fatos da vida cotidiana;
    • Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
    • Possui personagens comuns;
    • Segue um tempo cronológico determinado;
    • Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
    • Linguagem simples.

     

    Fonte http://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm

  • Clarice eterna ,um prazer questão como essa.

  • LÍNGUA PORTUGUESA

    Tipos de Gêneros Textuais

    Gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos:

    narrativo,

    descritivo,

    dissertativo-argumentativo,

    expositivo

    e injuntivo.

     

    Texto Narrativo

    Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.

     

    Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:

     

    - Romance

     

    - Novela

     

    - Crônica

     

    Principais Caraterísticas:

    Narrativa curta

    Linguagem simples e coloquial

    Poucos personagens, se houver

    Espaço reduzido

    Acontecimentos cotidianos

     

    - Contos de Fada

     

    - Fábula

     

    - Lendas

  • Letra B.

    b) Correto. Acerta em cheio a definição de crônica, detalhando o texto específico (que versa sobre uma memória).

    Vamos aos erros das demais alternativas:

    a) Errado. A crônica não se assemelha a uma dissertação filosófica.

    c) Errado. Há, sim, traços de lirismo, mas não chega a ser uma propriedade predominante no texto.

    d) Errado. Deixa-se, sim, transparecer as crenças e convicções do narrador (o adulto).

    e) Errado. As características apresentadas não se assemelham às características da crônica.

    Questão comentada pelo Prof. Bruno Pilastre

  • "Cotidiano" é a palavra chave para identificar uma crônica.

    O texto é maravilhoso.


ID
2243482
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo da eternidade

    Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
    Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
    Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 
    − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
    − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
    − Não acaba nunca, e pronto. 
    Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 
    Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
    − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. 
    − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. 
    Perder a eternidade? Nunca. 
    O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
    − Acabou-se o docinho. E agora? 
    − Agora mastigue para sempre. 
    Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. 
    Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. 
    Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. 
    − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! 
    − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. 
    Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

Atente para as afirmações abaixo.

I. Em Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade (1º parágrafo), os adjetivos empregados para qualificar esse contato visam estabelecer um contraste com os acontecimentos que serão efetivamente narrados, deixando entrever a sugestão da autora de que esses fatos, aparentemente importantes, seriam na verdade banais e corriqueiros.
II. Em Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita (15º parágrafo), a repetição do verbo “mastigar”, cujo início ecoa ainda na conjunção Mas que inicia a frase seguinte, busca sugerir no campo da própria expressão o que havia de repetitivo nessa atividade e o aborrecimento que já advinha do mascar da goma insossa.
III. Em – Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! (18º parágrafo), o reiterado emprego do sinal de exclamação sugere o exagero próprio do fingimento.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • I. Em Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade (1°parágrafo), os adjetivos empregados para qualificar esse contatovisam estabelecer um contraste com os acontecimentos que serão efetivamente narrados, deixando entrever a sugestão da autora de que esses fatos, aparentemente importantes, seriam na verdade banais e corriqueiros. Errado

    II. Em Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita (15° parágrafo), a repetição do verbo “mastigar”, cujo início ecoa ainda na conjunção Masque inicia a frase seguinte, busca sugerir no campo da própria expressão o que havia de repetitivo nessa atividade e o aborrecimento que já advinha do mascar da goma insossa. Correto

    III. Em – Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! (18° parágrafo), o reiterado emprego do sinal de exclamação sugere o exagero próprio do fingimento. Correto

     

    Alternativa E

  • Alguém poderia explicar por quê a assertiva I está errada ?

  • Katia,

    A assertiva I diz que os adjetivos "aflitivo e dramático" representam contraste com o que será narrado. Na verdade não representam contraste, mas sim, exatamente o ocorrido. Isso você nota no seguinte trecho:

    Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

    Os trechos que destaquei comprovam que realmente o que está sendo narrado é a aflição e dramaticidade do contato da garota com a "eternidade".

  •  A assertiva I está errada porque diz que os adjeitvos da frase ( aflitivo e dramático) estabelecem um CONTRASTE com o que será a seguir narrado. Tal afirmativa está errada, pois ela (a personagem) narra exatamente o que viveu a seguir. 

     

    gab. E

  • Os textos da Clarice são tão bons. Parece mágica. Uma coisa sutil, ela compara aos grandes mistérios da humanidade.

  • O texto é muito bom :D

  • GABARITO.E.

  • Texto legal!! ia ler só o 1o paragrafo e não consegui parar :)

    Curiosamente o a história me remeteu a casamento, o chiclete...é tipo o casamento rss

  • Que texto maravilhoso!!! Amoooooo Lispector!


ID
2243515
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A democratização, no âmbito da escola, não será alcançada sem que cada escola organize o seu próprio projeto educativo (...) nada impede que cada escola se organize em termos do modo como compreende a tarefa educativa em face das dificuldades específicas que enfrenta...

Nessa compreensão,

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

     

  • o acesso e a qualidade da educação resultam da participação e da possibilidade de democracia nos mecanismos de gestão educacional.

  • todos devem participar da elaboração do PPP

    #PartiuPosse!

  • Não necessariamente, a letra B restringe a PRÁTICA SOCIAL de modo que foca apenas (no enunciado) no aspecto produtivo (MUNDO DO TRABALHO) Ver. Art.1º , Paragrafo 2º da LDB.


ID
2243518
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Frequentemente, as discussões sobre o fracasso escolar referem-se ao erro do aprendiz, às suas causas e à sua natureza. Inverter a perspectiva, e pensar no erro como sinônimo de inadequação da instituição escolar é também uma necessidade, é talvez a questão crucial.

Diante disso, é possível supor que a escola erre de três maneiras diferentes por:

I. desconhecimento das características as várias fases do desenvolvimento humano.
II. adotar as diretrizes curriculares que constam do projeto pedagógico da escola.
III. considerar ideias do segmento cultural que contextua os aprendizes concretos.
IV. levar em conta as histórias de vida próprias de cada um.
V. exigências de conteúdo das provas nacionais aplicadas em larga escala.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Esta questão nao foi anulada!!!!!SERA QUE ESTÁ CORRETA...POIS ACHEI O TRECHO NA INTERNET E NAO EH O QUE ESTA NA QUESTAO.

  • È...estranho a opção que a definiram como correta. 

  • QUESTAO ANULADA PELA BANCA. AS OPÇÕES CERTAS SERIAM A I E A V. DE AOCRDO COM O COMANDO DA QUESTÃO.

    https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/360635

     

  • obrigada

  • Nesse formato que está aí, não tem sentido. Realmente tinha que ser anulada! Talvez a da internet já esteja atualizada, pra uma outra prova...

  • Questão sem resposta possível.

    As únicas corretas, a meu ver, seriam I e V.


ID
2243542
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Um plano de aula deve prever necessariamente

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

  • Continuidade das experiências de aprendizagem 

  • D

    continuidade das experiências de aprendizagem.


ID
2243557
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O currículo do Ensino Médio deve, dentre outros aspectos, organizar os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação de tal forma que ao final do Ensino Médio o estudante demonstre:

I. domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna.
II. conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.
III. apreço pela atividades integradoras artístico-culturais, vinculadas ao meio ambiente e à prática social.
IV. valorização da leitura e da produção escrita em todos os campos do saber.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Art. 36, § 1º. “Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: 18 I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem; III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania.”

  • Atuazizado LDB, 2017. Apenas I e II

    Art. 35-A, 

    § 8o Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação processual e formativa serão organizados nas redes de ensino por meio de atividades teóricas e práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos e atividades on-line, de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:

    I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;

    II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem