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Prova FCM - 2019 - Prefeitura de Guarani - MG - Técnico Administrativo


ID
3021775
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

Todas as interpretações a seguir têm sustentação com base no conto, EXCETO

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → queremos a alternativa incorreta:

    → Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

    → Ela ficou tremendamente chateada, tanto que até os dias atuais tem recordações acerca do seu marido, lembrando de quando alguém vem falar com ela através da tela.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Para mim o gabarito correto seria letra C ("as considerações da narradora demonstram sua visão negativa do mundo").

    O próprio narrador faz consideração sobre a indiferença da mulher:

    "Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles".

  • Pelo que entendi do texto, a mulher não teve reação alguma quando descobriu a traição, foi totalmente indiferente à situação.

    Para mim, o gabarito deveria ser a alternativa C

  • Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. 

    Na minha opinião letra C.

    O narrador comenta que ela não se abalou

  • Apenas uma alternativa NÃO tem sustentação no texto.

    Letra B) RESPOSTA

    Não há sustentação no texto dizendo que a mulher agiu com indiferença em relação ao seu marido.

    Na verdade, o texto dá a entender que ela ficou chateada.

    "Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem."

    "Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha."

    ----------

    Letra C)

    Há sustentação no texto dizendo que a narradora demonstra sua visão negativa do mundo.

    Percebe-se no último parágrafo que a narradora (que também faz parte da história) imaginava que a outra mulher era apática e com sinais de inconsciência.

    Na verdade, a outra mulher, era confiante, positiva, enérgica (...) que é o contrário da visão da negativa da narradora.

    A narradora diz que a outra mulher contava as "desgraças" sem a "menor revolta".

  • Pra mim também é letra C, não entendi

  • Acho que a grande confusão, é que na assertiva c)

    "as considerações da narradora demonstram sua visão negativa do mundo."

    A visão negativa a qual se refere é a da narradora, e não a da outra mulher (a mãe abandonada). No início eu achei que estivesse falando dessa segunda mulher, o que seria incoerente, visto que ela tem uma visão positiva explanada em sua confiança. Já a narradora demonstra sua visão negativa do mundo em diversos trechos, como:

    "Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão."

    "Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo."

    Atenção!!!


ID
3021778
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

A relação entre o que comumente se dissemina sobre o Natal e o que acontece na barca é de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → temos que fazer inferência nessa questão, o Natal é uma época que todos estão felizes, prontos para festejar com amigos e parentes, porém, na barca ocorre o contrário (CONTRADIÇÃO), é marcada por fatos tristes, a história de uma mãe que perdeu seu filho, seu marido e ainda luta para cuidar do único filho restante.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
3021781
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

“Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.”


Ao personificar as roupas da mulher nesse trecho, a narradora se vale de um recurso comum à função da linguagem denominada

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → “Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.”

    → A função poética é marcada pelo uso de linguagem metafóricas, no caso foi usado a prosopopeia/ personificação, atribuindo característica de seres vivos a objetos inanimados, trazendo um teor emotivo (pobres roupas, tinham caráter...).

    FORÇA, GUERREIROS (AS)!! ☻

  • Gabarito b

    pmgo

    Poética: poemas, provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas em 1º Pessoa...

  • FUNÇÕES LINGUAGEM

    TIPOS I- METALINGUAGEM: Refere diretamente a própria linguagem usana na comunicação Dicionário Centra-se no CÓDIGO

    II- EMOTIVA/EXPRESSIVA: Está na 1ª pessoa Ressaltando assim a SUBJETIVIDADE da linguagem Centra-se no REMETENTE

    III- POÉTICA: Centra-se na MENSAGEM

    IV- FÁTICA: Centra-se no CONTATO ou CANAL

    V- APELATIVA/CONOTATIVA: Destaque no RECEPTOR Marcada pela presença de Verbos no IMPERATIVO 2ª PESSOA + PROVOCAÇÃO

    VI- REFERENCIAL: Transmite uma informação objetiva a realidade Dá prioridade aos dados Concretos Fatos Circunstâncias É a linguagem características Notícias jornal Discurso cientítico Centra-se no CONTEXTO 3ª PESSOA + OBJETIVIDADE

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    Dou consultoria de estuda focada no concurso que estão estudando.


ID
3021784
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

Ali(1) estávamos os quatro, silenciosos como(2) mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo(3), estávamos vivos. E(4) era Natal.”


Todos os valores semânticos dos termos destacados e numerados estão corretos, EXCETO em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Ali(1) estávamos os quatro, silenciosos como(2) mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo(3), estávamos vivos. E(4) era Natal.” 

    → ali ↔ adjunto adverbial de lugar;

    → como ↔ conjunção subordinativa comparativa, comparando os passageiros com mortos;

    → contudo → nossa resposta: temos uma conjunção coordenativa adversativa e não explicativa;

    → e ↔ conjunção coordenativa aditiva.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Gab: C

    > Contudo tem valor adversativo.

  • contudo valor adversativo, vcs podem substituir por mas.

  • Letra C

  • Principais conjunções adversativas

    MAS, PORÉM,CONTUDO, TODAVIA, NO ENTANTO, ENTRETANTO, NÃO OBSTANTE (...)

    Bons Estudos.

  • EXCETO, EXCETO,EXCETO...

  • Ali(1) estávamos os quatro, silenciosos como(2) mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo(3), estávamos vivos. E(4) era Natal.”

    Nesta questão temos:

    Ali -> advérbio de lugar

    Como -> conjunção subordinativa comparativa.

    Contudo -> conjunção coordenativa adversativa

    E -> conjunção coordenativa aditiva

    A (1) lugar.

    De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de lugar. São eles: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde...

    B (2) comparação.

    Conjunções subordinativas comparativas: têm valor semântico de comparação, analogia, paralelo...

    São elas: como, assim como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... como (ou quanto), tanto... quanto..., qual ou como (precedidos de tal)... Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)

    C (3) explicação.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão ...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que... Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, contudo passou nas provas.

    D (4) adição.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo ...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, outrossim... Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

    Gabarito: Letra C

  • GABARITO: LETRA C

    Conjunções coordenativas adversativas:

    Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: masporémtodaviaentretantono entantosenãonão obstantecontudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.

    Ex: O carro bateu, mas ninguém se feriu.

    FONTE: https://www.infoescola.com/portugues/conjuncao-coordenativa/

  • CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS: TOME NO COPO

    1) TODAVIA

    2) MAS

    3) ENTRETANTO

    4) NÃO OBSTANTE

    5) CONTUDO

    6) PORÉM


ID
3021787
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

“A criança agitou-se(1), choramingando. A mulher apertou-a(2) mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se(3) a niná-la(4) com um brando movimento de cadeira de balanço.”


Com relação à colocação pronominal, apenas a ênclise é possível no pronome destacado de número

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    “A criança agitou-se(1), choramingando. A mulher apertou-a(2) mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se(3) a niná-la(4) com um brando movimento de cadeira de balanço.”

    → 1 e 2 → temos um sujeito explícito com núcleo substantivo, dessa forma a colocação é facultativa, próclise ou ênclise (se agitou ou agitou-se);

    → 3 → Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se → conjunção coordenativa aditiva, antes do verbo, sem palavra atrativa é caso de facultatividade; próclise (se pôs) ou ênclise (pôs-se);

    → 4 → nossa resposta → os pronomes oblíquos -lo(s), -la(s) virão sempre em posição enclítica aos infinitivos não flexionados da preposição "a" (em verde), dessa forma não poderia ocorrer a próclise, até mesmo por sinal de lógica, ficaria: e pôs-se a a ninar (sem sentido algum).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • A julgar pela percentagem de erro, acredito que muitos não entenderam plenamente o enunciado, que solicita qual pronome deve ser posto somente na posição enclítica, isto é, após o verbo. O pronome que atende ao pedido do enunciado é o sinalizado pelo número quatro. Em todos os demais, pode-se, indiferentemente, aplicar próclise ou ênclise.

    Letra D

  • Verbos no infinitivo impessoal regidos pela preposição "a" = uso obrigatório de ênclise.

  • CASOS FACULTATIVOS:

    1-Substantivos: O garoto se machucou ou O garoto machucou-se.

    2- Pronomes Pessoais e Demostrativos: Ele me agradou ou Eles agradou-me/ Isto agrada-me ou Isto me agrada.

    3- Conjunções Coordenativa: Falou pouco, mas se casou ou Falou pouco, mas casou-se.

  • vlw Arthur, pela contribuição.

  • Verbos no infinitivo impessoal regidos pela preposição "a" = uso obrigatório de ênclise.

    os pronomes oblíquos -lo(s), -la(s) virão sempre em posição enclítica aos infinitivos IMPESSOAIS(não flexionados) ANTECEDIDOS da preposição "A", dessa forma não poderia ocorrer a próclise, até mesmo por sinal de lógica, ficaria: e pôs-se a a ninar (sem sentido algum).

    Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço.”

  • Boa resposta, Alexandre.

  •  apenas a ênclise 

  • Os POAs ''-lo, -la, -los, -las'' virão sempre enclíticos aos infinitivos não flexionados antecedidos da preposição a.

  • "Pôs-se" é considerado início de uma nova oração, e portanto ênclise obrigatória?

  • Preposição “A” + verbo no infinitivo = uso obrigatório de ênclise.


ID
3021790
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

“Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.”


Esse fragmento é uma sequência textual predominantemente

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    “Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.”

    → observa-se que o narrador usa de uma imagem subjetiva, enxergada por ele, para DESCREVER os passageiros e a lanterna, a marca de uma descrição é, principalmente, os adjetivos.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • GABARITO: A

    TIPOLOGIA DESCRITIVA: Expõe os pormenores de um determinado objeto, pessoa ou situação - a depender do contexto pode-se confundir com a narração.

    TIPOLOGIA EXPOSITIVA: É comum aparecer em matérias jornalísticas, informações sobre um determinado acontecimento são narradas com imparcialidade.

    TIPOLOGIA INFORMATIVA: Atenta-se a somente informar, como no caso de boletim de ocorrência - proibido expor interpretações pessoais.

    TIPOLOGIA ARGUMENTATIVA: Típico debate. Argumentos são expostos visando convencer o leitor a se posicionar contra ou a favor de um determinado tema.

  • GABARITO: A

    “Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.”

    É importante observar que na citação há a presença de adjetivos descrevendo toda a história.

  • Trata-se de uma narração, mas como não temos esta opção no gabarito, obviamente vemos traços de descrição durante toda a narrativa.


ID
3021793
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

“[...] Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…”


Nesse trecho, as reticências indicam

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

    A criança agitou-se, choramingando.

    → a mulher ia continuar contando a história, porém ela foi INTERROMPIDA pela criança que se agitou e começou a chorar.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Essa é a típica questão que é necessário retornar ao texto para entender o contexto da frase. Nesse caso, a continuação do relato foi bem clara, assim como o comentário do Arthur R. Carvalho.

  • Quando a coisa é bem escrita, te prende, é impressionante! Mas na hora da prova não há tempo a perder

  • Que texto bom :D

  • Confundi...pensei que a questão se referia às reticências iniciais [...], e não às finais.

  • Ao menos deveriam indicar o número do parágrafo na alternativa.


ID
3021796
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

Há uma oração que expressa valor semântico de finalidade em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) “A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio.” → oração coordenada aditiva, marcada pela conjunção coordenativa aditiva "e".

    B) “Agachei-me para apanhá-la.” → nosso gabarito, temos uma conjunção subordinativa final "para" (marcando a finalidade que ele agachou) e uma oração subordinada adverbial final.

    C) “Sentei-me e tive vontade de rir.” → conjunção coordenativa aditiva "e", marcando uma oração coordenada aditiva.

    D) “Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio.” → temos uma oração subordinada adjetiva restritiva, restringe o substantivo "nuvens"; restritiva (sem pontuação), explicativa (com pontuação).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • GAB: B

    "Agachei-me para apanha-la"

    > Conjunção subordinativa final (de finalidade) > agachei-me com a finalidade de apanha-la.

  • finalidade: para que, a fim de que, porque, com fim que, por

  • para -> para qual finalidade..

    gab B

  • PARA+INFINITIVO = FINALIDADE

    GABARITO B

  • Oração subordinada adverbial de finalidade

    Para que .. a fim de que..porque.. com fim que.. por..

  • Arthur Carvalho resolva a Questão 1007070 por favor!

  • Achei-me com A FINALIDADE de apanhá-la.

  • Minha contribuição.

    Conjunções / Locuções conjuntivas adverbais finais (Finalidade) => a fim de que, para que, com o objetivo de, com o fito de...

    Ex.: Dedique-se mais para que você obtenha êxito.

    Dica:

    a fim de que (finalidade)

    afim de (afinidade)

    Abraço!!!

  • Gabarito: B

    Oração subordinada adverbial final: para que, a fim de que, porque(=para que).

  • Gab. B

    “Agachei-me para apanhá-la.” - Oração subordinada adverbial de finalidade

    Conjunções subordinativas finais: para que, a fim de que, porque, de modo, maneira, forma, sorte que

  • Para que

    Afim de que, expressa finalidade, substituiu o para pelo afim , deu certo, é essa.

    Agachei-me afim de apanhá-la

    A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou afim o rio


ID
3021799
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Natal na barca


      Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher com uma criança e eu.

      O velho, um bêbado esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.

      Pensei em falar-lhe assim que entrei na barca. Mas já devíamos estar quase no fim da viagem e até aquele instante não me ocorrera dizer-lhe qualquer palavra. Nem combinava mesmo com uma barca tão despojada, tão sem artifícios, a ociosidade de um diálogo. Estávamos sós. E o melhor ainda era não fazer nada, não dizer nada, apenas olhar o sulco negro que a embarcação ia fazendo no rio.

      Debrucei-me na grade de madeira carcomida. Acendi um cigarro. Ali estávamos os quatro, silenciosos como mortos num antigo barco de mortos deslizando na escuridão. Contudo, estávamos vivos. E era Natal.

      A caixa de fósforos escapou-me das mãos e quase resvalou para o rio. Agachei-me para apanhá-la. Sentindo então alguns respingos no rosto, inclinei-me mais até mergulhar as pontas dos dedos na água.

      — Tão gelada — estranhei, enxugando a mão.

      — Mas de manhã é quente.

      Voltei-me para a mulher que embalava a criança e me observava com um meio sorriso. Sentei-me no banco ao seu lado. Tinha belos olhos claros, extraordinariamente brilhantes. Reparei em que suas roupas (pobres roupas puídas) tinham muito caráter, revestidas de uma certa dignidade.

      — De manhã esse rio é quente — insistiu ela, me encarando.

      — Quente?

      — Quente e verde, tão verde que a primeira vez que lavei nele uma peça de roupa pensei que a roupa fosse sair esverdeada. É a primeira vez que vem por estas bandas?

      Desviei o olhar para o chão de largas tábuas gastas. E respondi com uma outra pergunta:

      — Mas a senhora mora aqui por perto?

      — Em Lucena. Já tomei esta barca não sei quantas vezes, mas não esperava que justamente hoje…

      A criança agitou-se, choramingando. A mulher apertou-a mais contra o peito. Cobriu-lhe a cabeça com o xale e pôs-se a niná-la com um brando movimento de cadeira de balanço. Suas mãos destacavam-se exaltadas sobre o xale preto, mas o rosto era tranquilo.

      — Seu filho?

      — É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que eu devia ver um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas piorou de repente. Uma febre, só febre…

      — Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. — Só sei que Deus não vai me abandonar.

      — É o caçula?

      — É o único. O meu primeiro morreu o ano passado. Subiu no muro, estava brincando de mágico quando de repente avisou, vou voar! E atirou-se. A queda não foi grande, o muro não era alto, mas caiu de tal jeito… Tinha pouco mais de quatro anos.

      Atirei o cigarro na direção do rio, mas o toco bateu na grade e voltou, rolando aceso pelo chão. Alcancei-o com a ponta do sapato e fiquei a esfregá-lo devagar. Era preciso desviar o assunto para aquele filho que estava ali, doente, embora. Mas vivo.

      — E esse? Que idade tem?

      — Vai completar um ano. — E, noutro tom, inclinando a cabeça para o ombro: — Era um menino tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado… Só a última mágica que fez foi perfeita, vou voar! disse abrindo os braços. E voou.

      Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços (os tais laços humanos) já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.

      — Seu marido está à sua espera?

      — Meu marido me abandonou.

      Sentei-me e tive vontade de rir. Era incrível. Fora uma loucura fazer a primeira pergunta, mas agora não podia mais parar.

      — Há muito tempo? Que seu marido…

      — Faz uns seis meses. Imagine que nós vivíamos tão bem, mas tão bem. Quando ele encontrou por acaso essa antiga namorada, falou comigo sobre ela, fez até uma brincadeira, a Ducha enfeiou, de nós dois fui eu que acabei ficando mais bonito... E não falou mais no assunto. Uma manhã ele se levantou como todas as manhãs, tomou café, leu o jornal, brincou com o menino e foi trabalhar. Antes de sair ainda me acenou, eu estava na cozinha lavando a louça e ele me acenou através da tela de arame da porta, me lembro até que eu quis abrir a porta, não gosto de ver ninguém falar comigo com aquela tela no meio… Mas eu estava com a mão molhada. Recebi a carta de tardinha, ele mandou uma carta. Fui morar com minha mãe numa casa que alugamos perto da minha escolinha. Sou professora.

      Fixei-me nas nuvens tumultuadas que corriam na mesma direção do rio. Incrível. Ia contando as sucessivas desgraças com tamanha calma, num tom de quem relata fatos sem ter realmente participado deles. Como se não bastasse a pobreza que espiava pelos remendos da sua roupa, perdera o filhinho, o marido e ainda via pairar uma sombra sobre o segundo filho que ninava nos braços. E ali estava sem a menor revolta, confiante. Intocável. Apatia? Não, não podiam ser de uma apática aqueles olhos vivíssimos, aquelas mãos enérgicas. Inconsciência? Uma obscura irritação me fez andar.

      [...]

TELLES, Lygia Fagundes. Antes do baile verde. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, p. 74-76. Fragmento. 

São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em ditongo.


As palavras que representam essa regra são

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) bêbado / pálida / diálogo. → todas são proparoxítonas;

    B) puídas / caráter / intocável. → temos, respectivamente: hiato (as vogais tônicas "i" e "u" que formam hiato com a vogal anterior serão acentuadas); paroxítona terminada em -r, paroxítona terminada em -l;

    C) silêncio / artifícios / tábuas. → todas são paroxítonas terminadas em ditongo, temos a nossa resposta.

    D) solidão / embarcação / café. → cuidado, o til "~" não é sinal de acentuação, é somente uma marca de nasalização, "café" é oxítona terminada em -e.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • É sério esta questão?

  • NÃO LEIA O TEXTO. COLOCADO PRA CANSAR.

  • A questão é sobre acentuação e pede para que encontremos a alternativa que todas as palavras são paroxítona terminada em ditongo.

    Essa é a primeira regra que o concurseiro deve aprender quando se diz respeito a matéria de acentuação.

    a) bêbado / pálida / diálogo.

    Incorreta. Todas são proparoxítonas, ou seja, antepenúltima sílaba tônica.

    b) puídas / caráter / intocável

    Incorreta. Temos respectivamente a regra do hiato, as vogais tônicas "i" e "u" que formam hiato com a vogal anterior serão acentuadas, paroxítona terminada em "r" e paroxítona terminada em "l".

    c) si-lên-cio / ar-ti-fí-cios / -buas.

    Correta. Todas são paroxítonas terminas em ditongo conforme pede o enunciado.

    d) solidão / embarcação / café

    Incorreta. As duas primeiras não são acentuadas, apenas levam o "til " que é uma marca de nasalidade e "café" é oxítona terminada em -e

    Gabarito C

  • É o tipo de questão que testa seu nível de experiência e não conhecimento, façam mais provas!

  • Dimas Pereira, seríssimo. Por mais questões assim.

  • única alternativa que tem ditongo!

  • Letra C

  • Diogo Cordeiro, não sei se é tão óbvia assim, visto que agora temos as proparoxítonas aparentes.

  • De cara já deu pra eliminar as letras a, b, d, por não terem ditongos.

    A questão pede "palavras paroxítonas terminadas em ditongo", e nenhuma dessas opções tem terminações em ditongo.

    A letra c tem palavra terminadas em ditongo.

  • Oremos pra uma questão dessa cair na minha prova, amém!

  • Longe de qualquer prepotência ou arrogância, o ruim de questão aparentemente fácil é que nivela os candidatos por baixo.

    Enfim, a queridinha das provas é a paroxítona terminada em ditongo crescente.

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

     

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

     

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...


    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.


ID
3021805
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Tendo em vista as disposições da Constituição Federal de 1988, indique se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma.


( ) A dignidade da pessoa humana e o pluripartidarismo são fundamentos básicos da Carta Constitucional Brasileira.

( ) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

( ) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

( ) A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina.


De acordo com as afirmações, a sequência correta é

Alternativas
Comentários
  • Mnemônicos pra decorar são ótimos, maaas vai que cai uma dessas do tipo certo e errado.... melhor mesmo é tatuar a norma no cérebro!

    Fundamentos : SOCI /FU/ DIVAPLU

    ART 1º CF

    Soberania

    Cidadania

    Dignidade da pessoa humana

    Valores Sociais do trabalho e da livre iniciativa

    PLURALISMO POLÍTICOS

  • SO-CI-DI-VA-PLU:

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;   

    V - o pluralismo político.

    Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

    CON-GA-ERR-PRO:

    Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

    I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

    II - garantir o desenvolvimento nacional;

    III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

    IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

    Mapas Mentais em Blocos --> lei seca 100% esquematizada por palavras-chave:

     

    IG: @serconcursospublicos

    SITE: www.serconcursospublicos.com

  • Gab B.

    Erros.

     A dignidade da pessoa humana e o pluripartidarismo são fundamentos básicos da Carta Constitucional Brasileira.

     A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

    Mnemônicos + leitura da lei seca ajuda muito.

  • Pluralismo politico não é o mesmo que pluripardidarismo?

  • Pluralismo político significa que, em nosso país, somos livres para expressarmos idéias políticas, a diversidade dessas idéias é aceita e petrificada pela Constituição. Em outras palavras, você tem o direito de defender a ideologia do socialismo, do comunismo, do capitalismo ou, até, tudo junto se quiser.  

    Pluripartidarismo é a possibilidade de termos vários partidos políticos, cada qual defendendo sua ideologia.

    Ressalta-se que o Pluralismo Político está carimbado em nossa constituição como FUNDAMENTO da Republica Federativa do Brasil.

    Leia mais em Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/18645577#readmore

  • Pluripartidarismo É um sistema político no qual três ou mais partidos políticos podem assumir o controle de um governo, de maneira independente, ou numa coalizão.

    Pluralismo político é a possível e garantida existência de várias opiniões e idéias com o respeito por cada uma delas. O pluralismo político é uma das mais importantes características da  moderna, na qual pequenos partidos políticos também são ouvidos e têm direito a voto.

  • "A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina"

    graças a Deus que não

  • Uma outra forma de lembrar é sabendo que os objetivos são compostos por verbos no infinitivo.

  • Que droga eu lì pluralismo!! Kkk

  • U.R.S.A.L

  • (F)A dignidade da pessoa humana e o pluripartidarismo são fundamentos básicos da Carta Constitucional Brasileira.

    (V) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

    (V) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

    (F) A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

  • BIZU: Cuidado ao decorar os objetivos, achando sempre que vai cair exatamente a letra da CF, pois a CESP já fez questão modificando o texto. EX.: garantir o desenvolvimento nacional por "A garantia do desenvolvimento nacional" , só para pegar aqueles que acham que os objetivos sempre vão começar com verbo.

  • kkk errei, pluripartidarismo.

  • Pessoal, não achem que o pluripartidarismo está desassociado do pluralismo político. Ele é uma espécie do gênero.

    Nas palavras de Min. do STF Alexandre de Moraes, "o pluralismo político: demonstra a preocupação do legislador constituinte em afirmar-se a ampla e livre participação popular nos destinos políticos do país, garantindo a liberdade de convicção filosófica e política e, TAMBÉM, A POSSIBILIDADE DE ORGANIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EM PARTIDOS POLÍTICOS." Direito Constitucional, pag. 48 (2001).

  • União das Repúblicas Socialistas da América Latina: URSAL kkkkk

  • GABARITO: B

    Fundamentos da República Federativa do Brasil – Art. 1º da CF/88

    Mnemônico: SoCiDiVaPlu

    So – soberania

    Ci – cidadania

    Di – dignidade da pessoa humana

    Va – valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

    Plu – pluralismo político

    Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil – Art. 3º da CF/88

    Mnemônico: Com Garra Erra Pouco

    Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

    I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; Com

    II – garantir o desenvolvimento nacional; Garra

    III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; Erra

    IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Pouco

  • A última lembrei do cabo Dáciolo.

  • Consta q Cabo Daciolo entrou com recurso para o gabarito desta questão;)

  • GLÓRIA A DEUX

  • "A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina" foi f%#a! hehehe!

  • "A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina" foi f%#a! hehehe!

  • (F) A dignidade da pessoa humana e o pluripartidarismo são fundamentos básicos da Carta Constitucional Brasileira.

    Falso. Pluralismo político.

    (V) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

    Verdadeiro.

    (V) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

    Verdadeiro. Art. 2º.

    (F) A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

    Falso. Até Cabo Daciolo caiu aqui kkkkkkk

  • Daciolo não curtiu isto.

  • GABARITO B

    (F ) A dignidade da pessoa humana e o pluripartidarismo são fundamentos básicos da Carta Constitucional Brasileira.

    ( V) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

    ( V) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

    (F ) A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

  • A famosa URSAL kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • A questão exige conhecimento sobre a República Federativa do Brasil e pede ao candidato que julgue os itens abaixo. 

    (F) A dignidade da pessoa humana e o pluripartidarismo são fundamentos básicos da Carta Constitucional Brasileira.

    Falso. O pluripartidarismo não é fundamento da República Federativa do Brasil, mas, sim, o pluralismo político, nos termos do art. 1º, III e V, CF:  Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana; V - o pluralismo político.

    (V) A construção de uma sociedade livre, justa e solidária constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

    Verdadeiro, nos termos do art. 3º, I, CF: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

    (V) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

    Verdadeiro, nos termos do art. 2º, CF: Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

    (F) A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

    Falso, A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, nos termos do art. 4º, parágrafo único, CF: Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

    Portanto, a sequência correta é: F, V, V, F.

    Gabarito: B

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre os princípios fundamentais.

    Análise das assertivas:

    (F) Os fundamentos da República, entre outros, são a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político, que representa a diversidade de pensamentos, não o pluripartidarismo político (a multiplicidade de partidos políticos).

    (V) É exatamente o que dispõe o art. 3º da CRFB/88: "Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; (...)".

    (V) É exatamente o que dispõe o art. 2º da CRFB/88: "São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário".

    (F) De acordo com o art. 4º, parágrafo único, da Constituição, a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

    Gabarito:

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa B (F-V-V-F).

  • Não confunda!

    PLURALISMO POLÍTICO X PLURALISMO PARTIDÁRIO

  • V/F) A República Federativa do Brasil integra a União das Repúblicas Socialistas da América Latina.

  • Comentário do Professor Cabo Daciolo:

    "Meus caros, conforme exposto no debate eleitoral de 2018. A URSAL é a união de todos os países da América Latina, tirando as fronteiras, fazendo uma única nação. Pátria grande! Poucos ouviram falar disso e será pouco divulgado isso!"

  • quando a teoria da conspiração chega nas questões de concurso...

  • Se ler rápido, perde a questão!

  • petista erra essa!


ID
3021808
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A vacância do cargo público NÃO decorrerá de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    HIPÓTESES DE VACÂNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO: ART. 33 LEI 8112/90

    MNEMÔNICO: PEDRA FDP

    P osse em outro cargo inacumulável

    E xoneração

    D emissão

    R eadaptação

    A posentadoria

    F alecimento

    D --

    P romoção

  • GABARITO: LETRA A

    Da Vacância

    Art. 33.  A vacância do cargo público decorrerá de:

    I - exoneração;

    II - demissão;

    III - promoção;

    VI - readaptação;

    VII - aposentadoria;

    VIII - posse em outro cargo inacumulável;

    IX - falecimento.

    FONTE:  LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.  

  • Gabarito: A

  • A Vacância do cargo público decorrerá de:

    I - exoneração

    II - demissão

    III - promoção

    IV - revogado

    V - revogado

    VI - readaptação

    VII - Aposentadoria

    VIII - posse em outro cargo inacumulável

    IX - Falecimento

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa que NÃO represente um caso de vacância de cargo público. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos agentes públicos, em especial acerca da Lei 8.112/1990. Vejamos:

    Art. 33, Lei 8.112/90. A vacância do cargo público decorrerá de:

    I - exoneração;

    II - demissão;

    III - promoção;

    VI - readaptação;

    VII - aposentadoria;

    VIII - posse em outro cargo inacumulável;

    IX - falecimento.

    Dito isso:

    A. CERTO. Férias.

    B. ERRADO. Falecimento.

    C. ERRADO. Exoneração.

    D. ERRADO. Aposentadoria.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.


ID
3021811
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Município de Guarani, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • O funcionário não pode mudar de uma carreira para outra dentro do quadro de servidores. Alguém pode comentar?

  • Oi!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Você nunca sai perdendo quando ganha CONHECIMENTO!


ID
3021814
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal

Sobre a Lei Orgânica do Município de Guarani, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Irmão, não é bem por aí...

    Art. 3º A consulta sobre a existência de conflito de interesses e o pedido de autorização para o exercício de atividade privada deverão ser formulados mediante petição eletrônica e conter no mínimo os seguintes elementos:

    (..)

    Parágrafo único. Não será apreciada a consulta ou o pedido

    de autorização formulado em tese ou com referência a fato genérico.


ID
3021817
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Sobre os direitos políticos previstos na Constituição Federal Brasileira de 1988, analise as afirmações abaixo.


I. Em caso de resultado final com mais de cinquenta por cento de votos nulos, anula-se a eleição e se impõe novo pleito com outros candidatos.

II. É vedada a reeleição para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República.

III. A idade mínima de dezoito anos é uma condição de elegibilidade para o cargo de Vereador.

IV. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. Errado. Não existe tal previsão na CF/88.

    II. Errado. A CF/88 foi alterada para permitir a reeleição dos titulares do Poder Executivo. Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. 

    III. Certo. CF/88. Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

     3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: (...) VI - a idade mínima de:

    a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

    b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

    c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

    d) dezoito anos para Vereador.

    IV. Certo. CF/88. Art. 14, § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

    Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm

  • GABARITO D

    ITENS III E IV CORRETOS

    AFIRMATIVAS

    I. Em caso de resultado final com mais de cinquenta por cento de votos nulos, anula-se a eleição e se impõe novo pleito com outros candidatos. NÃO HÁ ESSA PREVISÃO LEGAL.

    II. É vedada a reeleição para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República. É PERMITIDO UMA ÚNICA VEZ.

    III. A idade mínima de dezoito anos é uma condição de elegibilidade para o cargo de Vereador. CORRETA CONFORME ART. 14, §3º, VI, d - CF/88

    IV. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. CORRETA CONFORME ART. 14, §4º- CF/88

  • GAB: LETRA D

    Sobre a alternativa I:

    Segundo o TSE, a ideia de que, se mais de 50% dos votos forem nulos, a eleição é anulada, é falsa porque como apenas os votos válidos são considerados na contagem final, se a maioria dos eleitores votar nulo, todos esses votos serão descartados e ganhará o candidato com o maior número de votos válidos.

    Ou seja, mesmo se mais de 50% dos eleitores votarem nulo, a eleição não é anulada. A confusão ocorre devido a uma interpretação errada do artigo 224 do Código Eleitoral.

    A "nulidade" a que a legislação se refere diz respeito a votos tornados nulos por decisão judicial (devido à prática de abuso de poder político, por exemplo).

  • Letra D

    CF/88

    Art. 14º, 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

    VI–a idade mínima de:

    a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

    b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

    c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

    d) dezoito anos para Vereador

     4o São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos

  • GABA d)

    IV. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. Logo, o LULA não é analfabeto. rsrs

  • GAB [D].

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA !!

    #ESTABILIDADESIM !!!

    #FORATRAINEE !!!

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre direitos políticos.

    Análise das assertivas:

    Assertiva I - Incorreta. Não há tal previsão na CRFB/88. Art. 77, § 2º, CRFB/88: "Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos".

    Assertiva II - Incorreta. A reeleição é permitida para um período subsequente. Art. 14, § 5º, CRFB/88: "O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente". 

    Assertiva III - Correta! É o que dispõe o art. 14, § 3º, CRFB/88: "São condições de elegibilidade, na forma da lei: (...) VI - a idade mínima de: (...) d) dezoito anos para Vereador".

    Assertiva IV - Correta! É o que dispõe o art. 14, § 4º, CRFB/88: "São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos".

    Gabarito:

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa D (III e IV).

  • Olá, pessoal!

    Temos aqui uma questão de análise de assertivas a fim de encontrar as compatíveis com os direitos políticos previstos na Constituição de 88. 

    Vejamos:

    I - ERRADA, não há previsão constitucional para tal fato;

    II - ERRADA, conforme art. 14, § 5º, poderão ser reeleitos uma para um único período subsequente;

    III - CORRETA, art. 14, § 3º, inciso VI, alínea d), a idade mínima para vereador é de 18 anos;

    IV - CORRETA, art. 14, § 4º.

    Somente se encontram corretas as assertivas III e IV.

    GABARITO LETRA D.
  • Olá pessoal!

    Temos aqui uma questão de análise de assertivas a fim de encontrar as compatíveis com os direitos políticos previstos na Constituição de 88. 

    Vejamos:

    I - ERRADA, não há previsão constitucional para tal fato;

    II - ERRADA, conforme art. 14, § 5º, poderão ser reeleitos uma para um único período subsequente;

    III - CORRETA, art. 14, § 3º, inciso VI, alínea d), a idade mínima para vereador é de 18 anos;

    IV - CORRETA, art. 14, § 4º.

    Somente se encontram corretas as assertivas III e IV.

    GABARITO LETRA D.















  • Conforme o Código Eleitoral, em seu art. 224, “se a nulidade atingir mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias”. Em resumo, se ficar comprovado que determinado candidato eleito com mais de 50% dos votos nas eleições majoritárias cometeu uma das irregularidades citadas, a Justiça Eleitoral deverá anular o pleito e determinar um novo.

    “Quando isso ocorre, todos os votos que foram dados àqueles candidatos são anulados. Esses votos anulados não correspondem àqueles votos nulos, quando o eleitor erra a votação [na urna]. São votos válidos que posteriormente são anulados porque houve uma irregularidade na eleição, e aí quando a quantidade de votos anulados chega a mais de 50% é que se faz uma nova eleição”, esclarece o ministro Henrique Neves.

    Além disso, aquele candidato que deu causa à anulação do pleito e à consequente necessidade de realização de nova votação não pode participar dessa nova eleição. O ministro lembra que a Advocacia-Geral da União (AGU) vem cobrando desses candidatos o custo da realização de novos pleitos."

    Fonte: www.tse.jus.br

  • 35 - 30 - 21 - 18

  • Estou aqui em 2022 pra dizer que a alternativa I foi uma Fake News que se espalhou amplamente em formato de " hoax" (boatos) nas eleições de 2018 para Presidente. A Banca sabendo que poderia derrubar muitos meteu-lha aí !!!!!!

ID
3021820
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Complete corretamente as lacunas do texto.


No Windows 7, para desinstalar um programa, abra o __________, clique em __________ e depois em__________. Selecione o programa que será desinstalado e clique em Desinstalar/Alterar.


A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é

Alternativas
Comentários
  • DESINSTALAR PROGRAMA É NO PAINEL DE CONTROLE

    GAB B

  • GABARITO: LETRA B

    → Para acessar o Painel de Controle pelo Windows 7, basta acessar o Menu Iniciar, e clicar na opção Painel de Controle. → Após, na categoria Programas, clique na opção Desinstalar um programa. → Neste próximo passo, basta você selecionar o programa desejado, clicar na opção Desinstalar, e avançar nas janelas que irão aparecer.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Sem delongas, letra B.

    Toda pessoa que usa um computador sabe que a desinstalação é no PAINEL DE CONTROLE.

    Ex Nunc.

  • Essa eu fiquei na dúvida, pq não acreditei hehe

  • Letra B sem dúvidas.

  • Arthur Carvalho gratidão a Deus por sua existência. Obrigada por compartilhar conosco tanto conhecimento.


ID
3021823
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Uma pessoa, trabalhando em um documento texto do Microsoft Word 2013, selecionou a guia Revisão e clicou no botão Contar Palavras. A janela que será aberta, ao executar estas ações, exibe algumas informações sobre o documento texto.


Dentre estas informações está a quantidade de

Alternativas
Comentários
  • Guia: Revisão , botão : contar palavras

    As opções que aparecem são:

    Páginas

    Palavras

    Caracteres ( com espaço)

    Caracteres (sem espaço)

    Parágrafos

    Linhas

    Gab B)

  • GABARITO: LETRA B

    Guia Revisão – ao clicar na Guia Revisão, novos painéis são exibidos logo abaixo com inúmeros botões e opções com finalidades específicas, distribuídos em seus respectivos Grupos.

    A opção Contar Palavras permite saber o número de palavras, caracteres, parágrafos, páginas e linhas no documento. Você também encontra a contagem de palavras na barra de status, na parte inferior da janela.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Enunciado confuso...

  • Não tem necessidade uma Questão Dessa !

  • Leon D' Jackson, não há necessidade, mas quase a metade errou. =D

  • lembrando que no word/13 para se chegar a este comando, há possibilidade através das teclas de atalho: CTRL +SHIFT +G.

ID
3021826
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Os arquivos salvos pelo Microsoft Word 2013 e pelo Microsoft Excel 2013, em suas configurações-padrão, possuem, respectivamente, as extensões

Alternativas
Comentários
  • Microsoft Word 2013: extensão: .docx

    Microsoft Excel 2013: extensão .xlsx

    .txt --> bloco de notas

    .rtf --> wordpad

    .pdf --> arquivo em pdf

    .pptx --> Power point

  • GABARITO: LETRA D

    → Word ↔ Documento → .docx; Documento habilitado para macro → .docm; Modelo → .dotx; Modelo habilitado para macro → .dotm.

    → Excel ↔ Pasta de trabalho →.xlsx; Pasta de trabalho habilitada para macro → .xlsm; Modelo → .xltx; Modelo habilitado para macro →.xltm; Pasta de trabalho binária não XML → .xlsb; Complemento ativado para macros → .xlam.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Resposta alternativa: D

    Pois o Documento excel é salvo em xlsx., e no documento word é salvo em docx.

  • GABARITO: D

    Formatos suportados pelo Excel: .xlsx .xlsm .xlsb .xltx .xltm .xls .xlt .xml .xlam .xla .xlw .xlr .prn .txt .csv .dif .slk .dbf .ods .pdf .xps

    A maioria dos formatos possuem a letra X e L de Excel.

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou." - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • -----------------------Padrão------------------ MODELO

     

    WORD------------ .DOCX--------------------- .DOTX

     

    WRITER------------- .ODT -------------------- .OTT

     

    EXCEL------------------ .XLSX---------------- .XLTX

     

    CALC-----------------.ODS---------------- .OTS

     

    PPT-------------------- .PPTX -----------------------.POTX

     

    IMPRESS -------------.ODP-------------------- .OTP


ID
3021829
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Suponha que em uma planilha do Microsoft Excel 2013, as células A1, A2 e A3 contenham os números 1, 2 e 3, respectivamente.


Caso, na célula B1, seja digitada a função =SOMA(A1:A3) , o resultado exibido será

Alternativas
Comentários
  • A fórmula SOMA irá somar todas as células de um determinado intervalo, logo:

    =SOMA(A1:A3) irá somar as células de A1 até A3:

    1+ 2+ 3 = 6 , resultado da fórmula.

    obs: : --> quer dizer até

    ; ---> equivale a "e"

  • GABARITO: LETRA B

    → A1 (1); A2 (2); A3 (3).

    =SOMA(A1:A3) → soma do intervalo A1 (até) A3 = 1 + 2 + 3= 6.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Questão que chega a dar medo de marcar!

  • Pessoal acha fácil, mas é, pra quem estuda.

    : soma tudo.

  • Essas questões fáceis são um terror psicológico na hora da prova kkk

  • GABARITO: B

    Cuidado para não confundir dois pontos (:) com ponto e vírgula (;).

    Para não errar esse tipo de questão, eu associo o ponto e vírgula (;), como se fosse a letra 'e'.

    Exemplo: =SOMA(A1;A3) -----> "Soma A1 e A3".

    Por outro lado, os dois pontos eu associo como se fosse a palavra "tudo".

    Exemplo: =SOMA(A1:A3) -----> "Soma tudo de A1 até A3".

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou." - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • E o medo de errar de tão fácil? imagina isso na hora da prova kkkkk

  • Jura?????? :o

  • A questão aborda conhecimentos acerca da funcionalidade da função “SOMA”, bem como das formas de referenciação de um intervalo de células. 

     

     

    Antes de analisarmos a expressões apresentada, vale destacar as formas de referenciação de um intervalo de células, bem como a funcionalidade da função “SOMA” 

     

    A referenciação de um intervalo de células pode ser feita por dois pontos ou ponto e vírgula, sendo a diferença entre eles a seguinte:    

    Os dois pontos (:) são utilizados para fazer referência a um intervalo contínuo de células, ou seja, de uma célula a outra. Para exemplificar, caso um usuário faça a referência “A1:B2”, as células entre A1 a B2 estarão inclusas, logo as células A1, A2, B1 e B2 estão inclusas no intervalo.     

    O ponto e vírgula (;) é utilizado para fazer a referência entre células intercaladas, ou seja, uma célula e outra. Para exemplificar, caso um usuário faça a referência “A1;B2;C3”, apenas as células A1, B2 e C3 serão incluídas no intervalo.    

     

    Função “SOMA” – Realiza a soma dos valores contidos em um intervalo de células. Essa função possui a seguinte estrutura: “=SOMA(intervalo de células)”. Portanto, a função “=SOMA(A1:A3)”, apresentada no enunciado, somará os valores das células A1, A2 e A3, resultando no valor 6. 

     

    Gabarito – Alternativa B.


ID
3021832
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática

O sistema que permite gerenciar e armazenar arquivos em nuvem é o

Alternativas
Comentários
  • GABA D

    SPAN: é o termo usado para referir-se aos e-mails não solicitados, que geralmente são enviados para um grande número de pessoas

    FIREWALL (PAREDE DE FOGO) : é uma solução de segurança baseada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem ser executadas.

    ANTIVÍRUS: programa de proteção do computador que detecta e elimina os vírus (certos programas danosos) nele existentes, assim como impede sua instalação e propagação.

  • GABARITO: LETRA D

    → O Google Drive é um lugar seguro para você armazenar todos os seus arquivos e acessá-los em qualquer smartphone, tablet ou computador. Os arquivos do Drive, como seus vídeos, fotos e documentos, são armazenados em backup com segurança para você não perdê-los (NA NUVEM). É possível convidar outras pessoas facilmente para ver, editar ou comentar qualquer arquivo ou pasta.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Gabarito: D

    SPAM: Termo usado para se referir aos e-mails não solicitados geralmente enviados para um grande número de pessoas com finalidade comercial.

    FIREWALL: é uma solução de segurança baseada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem ser executadas. "Parede de fogo", a tradução literal do nome, já deixa claro que o firewall se enquadra em uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, por assim dizer, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados indesejado e liberar acessos bem-vindos.

    ANTIVÍRUS: É uma ferramenta para remoção de vírus existentes no computador e combater a infecção por novos vírus. A solução ideal é a prevenção, no entanto os antivírus também agem corretivamente. Algumas vezes o antivírus coloca o arquivo maligno em quarentena - uma área virtual onde o antivírus armazena arquivos identificados como possíveis vírus enquanto ele aguarda uma confirmação de identificação. Os principais do mercado são: Avast, McAfee, Bitdefender, Kaspersky, AVG, Norton, Avira e outros.

    GOOGLE DRIVE: Google Drive é um serviço de armazenamento e sincronização de arquivos que foi apresentado pela Google em 24 de abril de 2012. Google Drive abriga agora o Google Docs, um leque de aplicações de produtividade, que oferece a edição de documentos, folhas de cálculo, apresentações, e muito mais.

  • Gabarito''D''.

    Google Drive=> é um serviço de armazenamento e sincronização de arquivos e gerenciar e armazenar arquivos em nuvem .

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • LETRA D.

    GOOGLE DRIVE: Google Drive é um serviço de armazenamento e sincronização de arquivos que foi apresentado pela Google em 24 de abril de 2012. Google Drive abriga agora o Google Docs, um leque de aplicações de produtividade, que oferece a edição de documentos, folhas de cálculo, apresentações, e muito mais.


ID
3021835
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

O feedback é um processo necessário para o bom funcionamento de equipes de trabalho, seja ele positivo ou negativo.

Avalie o que se afirma serem ações que contribuem para a superação das dificuldades durante o feedback.


I. Estabelecer relação de confiança recíproca.

II. Reconhecer que o feedback é um processo de exame conjunto.

III. Escutar com atenção e anotar os pontos abordados no feedback.

IV. Argumentar e contestar os pontos enquanto recebe o feedback.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • IV - Se você não prestar atenção, poderá perder detalhes valiosos oferecidos por meio do feedback. É o famoso saber escutar.

  • Gabarito B - (PARA OS NÃO ASSINANTES)

  • Gabarito: B.

    Feedback é um mecanismo de resposta ou reação de um determinado procedimento, onde se recebe/ouve atentamente o retorno e busca maneiras de sempre melhorar tal procedimento em questão.

  • O item IV está querendo dizer que o receptor deve discutir com o emissor da mensagem durante o feedback. Prestar atenção e assimilar o que está sendo emitido é importante para o bom resultado do que foi planejado pela organização quando se trata, por exemplo, de um processo administrativo.


ID
3021838
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

O absenteísmo pode ser definido como a ausência do trabalhador quando se esperava que ele estivesse presente.

A respeito de suas divisões, informe se é verdadeira (V) ou falsa (F) a definição apresentada.


( ) Voluntário: por razões particulares.

( ) Compulsório: por sanções disciplinares ou por prisão.

( ) Doença: devido a doenças ou procedimentos médicos, incluindo acidentes de trabalho.

( ) Férias: período de descanso, concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano.


De acordo com as definições, a sequência correta é

Alternativas
Comentários
  • Absenteísmo voluntário: é a ausência do trabalhador por razões particulares, não justificadas por doença, em amparo legal.

    Absenteísmo por doença: inclui todas as ausências por doença ou procedimento médico e odontológico.

    Absenteísmo por patologia profissional: compreende as ausências por acidente de trabalho ou doença profissional.

    Absenteísmo legal: as faltas ao serviço são amparadas na lei.

    Absenteísmo compulsório: definido como impedimento ao trabalho, ainda que o trabalhador não o deseje, por suspensão imposta pelo patrão, por prisão ou outro impedimento que não lhe permita chegar ao local de trabalho.

    As férias não entram no cômputo do índice de absenteísmo.

  • Gab. D - (V); (V); (F); (F).

    ( V ) Voluntário: por razões particulares.

    ( V ) Compulsório: por sanções disciplinares ou por prisão.

    ( F ) Doença: devido a doenças ou procedimentos médicos, incluindo acidentes de trabalho.

    ( F ) Férias: período de descanso, concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano.

  • ( V ) Voluntário: por razões particulares.

    ( V ) Compulsório: por sanções disciplinares ou por prisão.

    ( F ) Doença: devido a doenças ou procedimentos médicos, incluindo acidentes de trabalho.

    ( F ) Férias: período de descanso, concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano.

  • Acertei, mas tem algo que achei estranho, Idalberto Chiavenato inclui as férias para o cálculo do índice de absenteísmo chamado de ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO COM AFASTADOS, o qual é relativo ao pessoal afastado por um período prolongado, como:

    Trata-se de um índice de absenteísmos com afastados.

    Idalberto Chiavenato- PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANO - Editora Manolé- Pág. 60

    Caminhando com fé!


ID
3021841
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Os grupos não funcionam no vácuo. Todo grupo humano possui componentes de um sistema maior do qual faz parte. Esse contexto varia em cada segmento da comunidade, da organização, da sociedade e do país.


Esse Sistema é chamado de

Alternativas
Comentários
  • Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro.

  • Cultura organizacional são fronteiras que delimitam e diferenciam uma organização das demais.

  • Cultura organizacional é o conjunto de normas informais que orientam os membros das organizações, formada por crenças, hábitos, normas, valores, atitudes e expectativas compartilhadas pelos membros da organização.

  • Gab. A

    Srour trata de cultura organizacional expressando que "a cultura é aprendida, transmitida e partilhada. Não decorre de uma herança biológica ou genética, porém resulta de uma aprendizagem socialmente condicionada. A cultura organizacional exprime então a identidade da organização. É construída ao longo do tempo e serve de chave para distinguir diferentes coletividades".

  • GABARITO: LETRA A Cultura organizacional é um sistema de valores compartilhados pelos seus membros, em todos os níveis, que diferencia uma organização das demais. Quanto mais você entender a cultura da sua empresa, maior a chance de sobrevivência no mercado.
  • A cultura organizacional é holística ( uma visão do todo) - o todo é mais do que a simples soma das partes, pois a cultura é um conjunto riquíssimo, fruto das relações, conhecimentos, experiências etc. das pessoas da organização.

    Letra A

  • Gabarito:A

    Cultura é a institucionalização do pensar e agir dentro de uma Organização. É holística e de difícil alteração.

  • Os grupos desenvolvem características que formam o que chamamos de Cultura Organizacional.

    Essa cultura representa as normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros de um grupo no dia a dia e que direcionam suas ações para a realização dos objetivos organizacionais.

    Em face do exposto, podemos afirmar que a alternativa correta é a letra A.


    Gabarito do Professor: Letra A.
  • GAB A

    CULTURA ORGANIZACIONAL: Trata-se de um conjunto de ideias, conhecimentos e sentimentos, visíveis ou não, mensuráveis ou não, que são partilhados pelo grupo ou pela organização. Caracteriza-se como um fenômeno organizacional profundo e, por esse motivo, apresenta maior estabilidade e dificuldade para ser mudada. A cultura organizacional é o conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos através de valores, atitudes, normas e expectativas compartilhadas por todos os membros da organização. A cultura espelha a mentalidade que predomina em uma organização.

    FONTE: MEUS RESUMOS

    OBS: VENDO MEUS RESUMOS


ID
3021844
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Avalie o que se afirma ser critério que as comunicações oficiais devem obedecer.


I. Impessoalidade.

II. Formalidade.

III. Redundância.

IV. Uso do padrão culto da linguagem.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Atributos da Redação Oficial

    ⇰ Clareza e precisão;

    ⇰ Objetividade;

    ⇰ Concisão;

    ⇰ Coesão e coerência;

    ⇰ Impessoalidade;

    ⇰ Formalidade e padronização; e

    ⇰ Uso da norma padrão da língua portuguesa.

    Fonte: p. 16, MRPR/2018

    GABARITO A

  • Marquei a letra A por eliminação. Mas "Uso do padrão culto da linguagem" está errado, o correto seria: Uso da norma padrão da língua portuguesa.

  • Redundância- insistência desnecessária nas mesmas ideias; excesso de palavras, de expressões; prolixidade, abundância.

    Gab. A

  • Concordo com o Max.

  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento a respeito dos atributos que orientam a elaboração dos atos e comunicações oficiais. 
    O Manual da Presidência da República determina as sete características que um texto oficial deve ter. São elas: 
    1. clareza e precisão; 
    2. objetividade; 
    3. concisão; 
    4. coesão e coerência; 
    5. impessoalidade; 
    6. formalidade e padronização; e 
    7. uso da norma culta padrão da língua portuguesa. 

    A partir do conhecimento sobre as características que devem ter todos os textos oficiais, é possível verificar que, dentre os que foram listados na questão, apenas 1 não é atributo da redação oficial, que é a "III. redundância". Sendo assim, o item correto é a letra A.
    Gabarito: Letra A.

  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento a respeito dos atributos que orientam a elaboração dos atos e comunicações oficiais. 
    O Manual da Presidência da República determina as sete características que um texto oficial deve ter. São elas: 
    1. clareza e precisão; 
    2. objetividade; 
    3. concisão; 
    4. coesão e coerência; 
    5. impessoalidade; 
    6. formalidade e padronização; e 
    7. uso da norma culta padrão da língua portuguesa. 

    A partir do conhecimento sobre as características que devem ter todos os textos oficiais, é possível verificar que, dentre os que foram listados na questão, apenas 1 não é atributo da redação oficial, que é a "III. redundância". Sendo assim, o item correto é a letra A.
    Gabarito: Letra A.


ID
3021847
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Cuidar da forma e do conteúdo dos textos oficiais é fundamental para que eles cumpram seus objetivos. Para isso, ao final da redação, é indispensável a releitura e a revisão do texto redigido.


São cuidados que devem ser observados no momento da revisão, EXCETO

Alternativas
Comentários
  • A revisão atenta exige tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. "Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados", diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no texto redigido.

    Fonte: p. 18, MRPR/2018

    GABARITO C

    Sobre a alternativa d)

    Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e das abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensados.

    Fonte: p. 17-18, MRPR/2018

  • Não esqueçam de colocar nos filtros questões de 2019 para não estudarem conteúdo desatualizado.

  • Rapidez? "Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados"

  • GABARITO: LETRA C. A revisão deve ser feita com cuidado e lentamente para que não deixe nenhum erro passar sem ser percebido e devediamente corrigido.
  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento a respeito dos atributos que orientam a elaboração dos atos e comunicações oficiais. 

    Vamos à análise:
    a) O Manual determina que "A digitação sem erros, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo, nas exceções em que se fizer necessária a impressão, e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização". Sendo assim, em um texto oficial é imprescindível corrigir erros gramaticais e, portanto, a afirmação está correta.
    b) O Manual de Redação estabelece que "A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros provém principalmente da falta da releitura, o que tornaria possível sua correção. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar se ele será de fácil compreensão por seu destinatário". A partir dessa afirmação, é possível afirmar que eliminar trechos obscuros é fundamental no momento da revisão do texto e, por isso, a afirmação está correta.
    c) O Manual de Redação esclarece que "A revisão atenta exige tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. 'Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados', diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no texto redigido." Dessa forma, a revisão não deve ser feita de forma rápida, mas atenta, de modo que o texto permita imediata compreensão pelo leitor. Assim, a afirmação deste item está incorreta.
    d) O Manual orienta que, para obtenção da clareza, é preciso "explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela". Assim, fica claro que também as abreviações precisam ser explicitadas para que o redator consiga atingir esse atributo. Sendo assim, a afirmação presente neste item está correta.

    Gabarito: Letra C
  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento a respeito dos atributos que orientam a elaboração dos atos e comunicações oficiais. 

    Vamos à análise:
    a) O Manual determina que "A digitação sem erros, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo, nas exceções em que se fizer necessária a impressão, e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização". Sendo assim, em um texto oficial é imprescindível corrigir erros gramaticais e, portanto, a afirmação está correta.
    b) O Manual de Redação estabelece que "A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros provém principalmente da falta da releitura, o que tornaria possível sua correção. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar se ele será de fácil compreensão por seu destinatário". A partir dessa afirmação, é possível afirmar que eliminar trechos obscuros é fundamental no momento da revisão do texto e, por isso, a afirmação está correta.
    c) O Manual de Redação esclarece que "A revisão atenta exige tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. 'Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados', diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no texto redigido." Dessa forma, a revisão não deve ser feita de forma rápida, mas atenta, de modo que o texto permita imediata compreensão pelo leitor. Assim, a afirmação deste item está incorreta.
    d) O Manual orienta que, para obtenção da clareza, é preciso "explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela". Assim, fica claro que também as abreviações precisar ser explicitadas para que o redator consiga atingir esse atributo. Sendo assim, a afirmação presente neste item está correta.

    Gabarito: Letra C
  • Porque não cai uma questão dessa na minha prova!


ID
3021850
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Associe corretamente o sistema ao seu respectivo componente.


Sistemas

1. Comunicação

2. Informática

3. Segurança


Componentes

( ) Alarme, monitoramento, portas automáticas, fechaduras automáticas.

( ) Centrais telefônicas, secretária eletrônica, identificador de chamadas.

( ) Micros, impressoras, scanners.


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • Letra B

  • Pela informatica vc mata a questão.


ID
3021853
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Administração de Recursos Materiais
Assuntos

A logística, de forma direta, atua em toda empresa ou órgão público que necessite de estocagem, suprimentos, almoxarifado, transporte, compras de quaisquer materiais ou recursos.

Associe corretamente o processo de logística à sua respectiva descrição.


Processos de logística

1. Estoque

2. Compras

3. Embalagem

4. Transporte


Descrições

( ) Recebimento e distribuição dos materiais e dos recursos.

( ) Departamento ou tarefa que compreende a reposição do estoque de materiais e de recursos.

( ) Local para armazenamento e para controle dos materiais e de recursos disponíveis.

( ) Manutenção dos materiais e recursos, desde seu recebimento até o seu uso.



A sequência correta dessa associação é a

Alternativas
Comentários
  • Gab - C

  • Gab C

    4. Transporte - Recebimento e distribuição dos materiais e dos recursos.

    2. Compras - Departamento ou tarefa que compreende a reposição do estoque de materiais e de recursos.

    1. Estoque - Local para armazenamento e para controle dos materiais e de recursos disponíveis.

    3. Embalagem - Manutenção dos materiais e recursos, desde seu recebimento até o seu uso.

  • Estoque não é local !!!


ID
3021856
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

É fundamental que o conhecimento tácito e o conhecimento explícito se relacionem em sinergia nas empresas e nos órgãos públicos.

Avalie as definições sobre a construção de conhecimento.


( ) Socialização: o conhecimento tácito é repassado por meio de experiências.

( ) Exteriorização: o conhecimento tácito é traduzido em conceitos explícitos, por meio da utilização de metáforas, analogias e símbolos.

( ) Combinação: o conhecimento explícito é construído reunindo conhecimentos explícitos provenientes de várias fontes.

( ) Internalização: é o final do ciclo, o conhecimento explícito, após ser internalizado, não passa novamente a ser um conhecimento tácito.


De acordo com as definições, a sequência correta é

Alternativas
Comentários
  • Os professores da Universidade de Hitotsubashi, Nonaka e Takeuchi, desenvolveram um modelo de gestão do conhecimento em 1995 que denominaram a espiral do conhecimento que mostra os quatro modos de conversão do conhecimento responsáveis pela aprendizagem e inovação individual, das equipes de trabalho e da organização.

    SOCIALIZAÇÃO

    Tácito-Tácito

    EXTERNALIZAÇÃO

    Tácito-Explícito

    COMBINAÇÃO

    Explícito-Explícito

    INTERNALIZAÇÃO

    Explícito-Tácito

    Gab A

  • Nonaka e Takeuchi (1997) têm sido os autores mais citados e referenciados quando se fala em Gestão do Conhecimento. Eles dividem o conhecimento em tácito (implícito) e formal (explícito). O tácito vem da experiência e, também, da experimentação. O formal é sistemático, e pode ser expresso por textos, apostilas, etc. Porém, eles não são excludentes e passa-se de um para outro em quatro quadrantes (socialização, externalização, combinação e internalização) de uma espécie de matriz, retornando sempre ao ponto de partida.(ESPIRAL DO CONHECIMENTO)

    RESPOSTA LETRA A.

    ( E) Internalização: ... DO EXPLÍCITO PARA o conhecimento IMPLÍCITO, ... retornando sempre ao ponto de partida.

    .


ID
3021859
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

Numere as ações abaixo de acordo com as etapas subsequentes da rotina de protocolo de correspondências oficiais via malote, correios ou outros tipos de entregas.


( ) Abrir e ler as correspondências que não forem sigilosas.

( ) Carimbar o protocolo e anotar o número e a data da distribuição.

( ) Receber e separar as correspondências entre sigilosas e não sigilosas.

( ) Lançar na ficha de protocolo e encaminhar ao setor responsável.


A sequência correta dessa numeração é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Lembrando que, protocolo tem as seguintes atividades: Recebimento; Registro, Autuação, Classificação, Expedição, Controle.

  • (2 ) Abrir e ler as correspondências que não forem sigilosas.

    (3 ) Carimbar o protocolo e anotar o número e a data da distribuição.

    (1 ) Receber e separar as correspondências entre sigilosas e não sigilosas.

    (4 ) Lançar na ficha de protocolo e encaminhar ao setor responsável.

    Gab. D

  • Para resolver a questão, basta lembrar da rotinas de protocolo:

    Recebimento > Registro e autuação > Classificação > Movimentação (expedição e distribuição) > Controle da tramitação.

    RECEBIMENTO - Receber e separar as correspondências entre sigilosas e não sigilosas.

    RECEBIMENTO - Abrir e ler as correspondências que não forem sigilosas.

    REGISTRO - Carimbar o protocolo e anotar o número e a data da distribuição.

    DISTRIBUIÇÃO - Lançar na ficha de protocolo e encaminhar ao setor responsável.

    Assim, a alternativa correta é a "D".

  • Gabarito: D

    Atividades do protocolo:

    Recebimento

    Registro e Autuação

    Classificação

    Expedição/Distribuição

    Controle da Tramitação / Movimentação

     

  • Lembrando que nós registramos os documentos ostensivos (não sigilosos).

    Não se fala em registro de documentos sigilosos e sim apenas o controle.

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

  • LETRA D


ID
3021862
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

Associe corretamente o processo do gerenciamento de projetos à sua respectiva descrição.


Processos

1. Inicialização

2. Planejamento

3. Execução

4. Controle

5. Encerramento


Descrições

( ) Definição dos caminhos para que os objetivos do projeto sejam alcançados.

( ) Realização e conclusão dos produtos ou serviços.

( ) Formalização, histórico e arquivamento dos documentos e avaliação dos envolvidos.

( ) Levantamento de todas as necessidades físicas, financeiras e de pessoal para concretização do projeto.

( ) Medições regulares para a avaliação de desempenho e a solução de problemas em tempo hábil.


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • a-

    os processos sao reunidos em grupos para abstracao das fases do prj.os processos de iniciacao iniciam o projeto e sao usados para cada fase do projeto. ja o encerramento ocorre com termino do contrato ou conclusao administrativa do projeto

  • 1. Inicialização: Levantamento de todas as necessidades físicas, financeiras e de pessoal para concretização do projeto.

    2. Planejamento: Definição dos caminhos para que os objetivos do projeto sejam alcançados.

    3. Execução: Realização e conclusão dos produtos ou serviços.

    4. Controle: Medições regulares para a avaliação de desempenho e a solução de problemas em tempo hábil.

    5. Encerramento: Formalização, histórico e arquivamento dos documentos e avaliação dos envolvidos.

  • Lembrando que são 5 os grupos de processos de gerenciamento de projetos:

    1) Processos de iniciação;

    2) Processos de planejamento

    3) Processos de execução

    4) Processos de encerramento e controle

    5) Processos de encerramento

    São 10 as áreas de conhecimento e são 49 processos.


ID
3021865
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

Avalie o que se afirma sobre gerenciamento de projeto.


I. Os seus prazos devem ser rigorosamente cumpridos ao longo das suas etapas e na totalidade.

II. Devido ao seu contexto, atrasos na entrega são aceitáveis.

III. Um bom planejamento minimiza os riscos de extrapolar o seu orçamento.

IV. Os seus participantes devem ter qualificação adequada à proposta.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • d-

    os prazos devem ser cumpridos consoante o Plano de Gerenciamento de Tempo: o qual descreve os procedimentos para gerenciar todos os prazos do projeto.

  • II - Pense no caminho crítico: as atividades não podem ser atrasadas sem comprometer a duração total do projeto.


ID
3021868
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Modelagem de Processos de Negócio (BPM)
Assuntos

Na perspectiva da gestão de projetos, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma ser um projeto.


( ) Temporário, tem pontos de início e fim definidos.

( ) Um produto, serviço ou resultado regular e contínuo.

( ) Formado por equipes dinâmicas e temporárias contituídas para atender às necessidades do projeto.

( ) Planejado, executado e controlado.


De acordo com as afirmações, a sequência correta é

Alternativas
Comentários
  • uma das características mais marcantes de um projeto é ter início meio e fim bem definidos, cujo fim irá gerar bens ou serviços, sendo que projetos sempre estão submetidos a processos de controle e gerenciamento.
  • Enquanto o projeto é temporário e é feito para criar um produto/serviço exclusivo, um processo é contínuo e não cria nada novo, apenas é feito para produção (recebe insumos e os transformam)

  • A questão em apreço exige que tenhamos conhecimento sobre algumas características da gestão de projetos. Julguemos os itens em V ou F e façamos as observações necessárias. Vamos lá.

    (V) Temporário, tem pontos de início e fim definidos.

    Uma das grandes marcas de um projeto é a sua definição em relação ao início e ao fim. Frisa-se isto: ele tem um fim bem definido.

    (F) Um produto, serviço ou resultado regular e contínuo.

    Diferentemente de um processo, um projeto não tem caráter regular e contínuo. Um projeto tem a função de gerar um produto ou serviço de caráter inédito, e assim que alcança tal objetivo deve ser encerrado.

    (V) Formado por equipes dinâmicas e temporárias constituídas para atender às necessidades do projeto.

    Dado o caráter temporário do projeto, as equipes, formada por especialistas de diversas áreas, são dissolvidas assim que o objetivo for cumprido, ou seja, o produto ou serviço ter sido gerado. Após a conclusão do projeto, os membros poderão voltar a dedicar-se integralmente aos seus respectivos departamentos.

    (V) Planejado, executado e controlado.

    Para que um projeto tenha maiores chances de ser bem-sucedido ele precisar ser bem planejado, um bom planejamento contribuirá para que a execução ocorra da melhor maneira possível, e claro, para que a organização tenha certeza que a execução está sendo realizada conforme o planejado, a atividade de controle é de suma importância, pois por meio dela há o acompanhamento das atividades realizadas e a promoção das correções necessárias.

    Após a análise dos itens apresentados, notamos que apenas o segundo pode ser julgado como F. Por isso, a alternativa correta é a letra "C", que apresenta a sequência V; F; V; V.

    GABARITO: C

  • Gestão de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades de um projeto para aumentar as chances de que ele atenda seus requerimentos e atinja seus objetivos.


ID
3021871
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Tendo em vista as atividades de auxílio aos administradores na execução do trabalho, avalie as seguintes afirmações sobre a atividade de administrar.


I. Ocorre dentro de organizações.

II. Demanda fazer as coisas por meio das pessoas.

III. Prioriza a arte em detrimento da ciência e da tecnologia.

IV. Requer lidar simultaneamente com situações múltiplas e complexas.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

  • A primeira frase está certa. A atividade de administrar ocorre dentro das organizações.

    A segunda afirmativa está também correta: a administração é um processo social, trabalhamos com pessoas para atingir os objetivos da instituição.

    Já a terceira frase está equivocada. A Administração é sim considerada uma ciência social. Não existe essa priorização da arte.

    Finalmente, a quarta frase está certa. A administração envolve lidar com atividades complexas e múltiplas.

    Fonte: Questões comentadas, Estratégia Concursos

    Gabarito: letra D 


ID
3021874
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando os princípios da administração pública e a rotina administrativa, o agente público, ao agir em conformidade com a lei, fazendo estritamente o que esta determina, seguirá o princípio da

Alternativas
Comentários
  • Princípios da Administração (LIMPE)

       LEGALIDADE – O cumprimento da lei

       IMPESSOALIDADE - o tratamento igualitário

       MORALIDADE - seguindo os princípios éticos estabelecidos por lei

       PUBLICIDADE - a prestação de contas à população

       EFICIÊNCIA - a boa gestão dos recursos e serviços públicos

  • GABARITO LETRA A

    LEGALIDADE= Tem duas dimensões no texto constitucional. A primeira é aquela externada no art. 5º, II, da Magna Carta, segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Trata-se de uma disposição aplicada ao particular, que, em suma, pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Já no seu art. 37, caput, a Constituição Federal trata o princípio da legalidade aplicado à Administração, sendo que, neste caso, o texto constitucional muda um pouco a lógica da legalidade, para estabelecer que a Administração Pública só pode fazer o que a lei determina ou permite. 

    IMPESSOALIDADE= A doutrina estabelece dois aspectos para o princípio da impessoalidade. O primeiro diz respeito à finalidade da atuação da Administração Pública, qual seja, a satisfação ou concretização do interesse público. Portanto, não é a vontade do agente público ou de terceiros que deve prevalecer, mas sim o interesse público é que deve conduzir a ação finalística deste agente. Assim, qualquer ato que seja praticado com objetivo diverso à satisfação do interesse público é um ato nulo, por desvio de finalidade.Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, este princípio decorre do princípio da isonomia, segundo o qual “a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações.O segundo aspecto é relativo à neutralidade do agente em sua atuação, ou seja, o administrador público não pode agir de forma a garantir promoção pessoal, não pode se promover às custas das realizações da Administração e do uso de suas ferramentas. 

    MORALIDADE= A Administração não deve atuar “apenas” de forma legal, mas também moral. Determina que a Administração deve pautar sua atuação segundo os ditames da honestidade, da ética, da lealdade e da boa-fé.

    PUBLICIDADE= A Administração deve cuidar para que seus atos tenham ampla divulgação, no sentido de serem absolutamente transparente(Há exceções).

    EFICIÊNCIA= A Administração Pública deve atuar da melhor forma possível, dentro dos limites dos recursos disponíveis, evitando-se morosidade, desperdícios, baixa produtividade e baixa qualidade.Portanto, não basta que a Administração atinja o resultado pretendido, deve atingi-lo da melhor forma possível, promovendo qualidade, economicidade e produtividade na gestão pública.

  • Gabarito: A

    Legalidade - em conformidade com a lei.

  • Legalidade

    É o princípio básico de todo o Direito Público. A doutrina costuma usar a seguinte expressão: na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido, na Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido. O administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei.

  • A questão exige conhecimento sobre princípios administrativos, pedindo ao candidato que assinale a alternativa correta de acordo com o texto abaixo:

    "Considerando os princípios da administração pública e a rotina administrativa, o agente público, ao agir em conformidade com a lei, fazendo estritamente o que esta determina, seguirá o princípio da"

    Vejamos as alternativas:

    a) legalidade.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. O princípio da legalidade dispõe que o administrador público só pode fazer o que a lei determina ou autoriza (legalidade estrita).

    b) moralidade.

    Errado. O princípio da moralidade exige a observância da boa-fé, da honestidade, lealdade, probidade e padrões éticos no trato da coisa pública e da Administração Pública.  

    c) publicidade.

    Errado. O princípio da publicidade objetiva a divulgação oficial dos atos administrativos. A função deste princípio é garantir a transparência no trato da coisa pública e de a sociedade ter acessos às informações de interesse público.

    d) impessoalidade.

    Errado. O princípio da impessoalidade preza pela imparcialidade na defesa do interesse público, com o objetivo de impedir privilégios e perseguições, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.  

    Gabarito: A


ID
3021877
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O formulário é um importante meio de comunicação, transmissão e registro de informações, principalmente as baseadas em dados quantitativos. Acerca do formulário, analise as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.


I. Assim como o agente desenvolvedor, o usuário deve saber que o formulário é um assunto a ser tratado com muita atenção,


PORQUE


II. os sistemas organizacionais são apoiados por documentos cuja clareza, formato e conteúdo tornam esses documentos eficientes e eficazes, contribuindo de forma fundamental para o bom funcionamento dos sistemas e dos métodos administrativos.


A respeito dessas asserções, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

    Ambas as afirmações expoente clara e objetivamente sobre a importância dos formulários.


ID
3021880
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Nas atividades de elaboração de formulários, as informações podem estar representadas de formas fixas e variáveis.

Associe corretamente o tipo de informação à sua característica.


Tipos de Informação

1. Fixa

2. Variável


Características

( ) Orienta algum tipo de preenchimento.

( ) Classificada como indicativa ou implícita.

( ) Prevê campos estimados de forma adequada e lógica.

( ) Dimensiona espaços em sequência horizontal (linhas) e vertical (colunas).


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • Prevê campos estimados de forma adequada e lógica - desde quando isso é variável ?

  • Gabarito Letra A

    Informação Fixa Orienta algum tipo de preenchimento.

    Informação Fixa Classificada como indicativa ou implícita.

    Informação Variável Prevê campos estimados de forma adequada e lógica.

    Informação Variável Dimensiona espaços em sequência horizontal (linhas) e vertical (colunas).

  • GABARITO: A

    Informação fixa:

    São aquelas informações que já vêm impressas, identificando os vários campos do formulário e orientando o seu preenchimento. São:

    a) Indicativas: servem para indicar qual é o tipo de informação variável que será armazenada em cada espaço.

    b) Implícitas: são aquelas que, por si só, fornecem informações ao usuário.

    Informações variáveis:

    São inseridas pelo usuário do formulário, respeitando as informações fixas. Para tanto, deve estar previsto um espaço ou campo cujo formato seja dimensionado de maneira adequada e lógica. Os espaços reservados para informações variáveis cuja frequência seja superior a um, são dispostos em sequência horizontal (linhas) ou verticais (colunas).

    http://www.portaldoservidor.sc.gov.br/ckfinder/userfiles/arquivos/Manual_de_redacao.pdf

    (p. 221 do arquivo)


ID
3021883
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

Nas rotinas de arquivamento, o técnico administrativo deve observar as regras de classificação, de acordo com o grupo de operações integrado por

Alternativas
Comentários
  • Gab.: B.

  • OPERAÇÕES DE ARQUIVAMENTO

    INSPEÇÃO

    ESTUDO

    CLASSIFICAÇÃO

    CODIFICAÇÃO

    ORDENAÇÃO

    GUARDA

  • GABARITO B

    CLASSIFICAÇÃO E ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS

    2.1.1 – CLASSIFICAÇÃO

    A classificação deve ser realizada por servidores treinados, de acordo com as seguintes operações.

    a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A referência cruzada é um mecanismo adotado quando o conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos.

    b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código correspondente ao assunto de que trata o documento.

  • GABARITO: B

    OPERAÇÕES DE ARQUIVAMENTO (IECCOG):

    1º - INSPEÇÃO: verificar se o documento deve ser arquivado;

    2º - ESTUDO: verificar a existência de outros documentos semelhantes;

    3º - CLASSIFICAÇÃO: é a escolha do método a ser adotado para classificar os documentos;

    4º - CODIFICAÇÃO: inserção de códigos de acordo com a classificação;

    5º - ORDENAÇÃO: consiste no agrupamento dos documentos de acordo com a classificação/codificação;

    6º - GUARDA: guarda dos documentos nas pastas/pastas/mobiliário.

  • Mnemônico que tô usando pra lembrar das operações de arquivamento: as iniciais ao contrário formam GOCCEI  ( ͡° ͜ʖ ͡°)

  • Tente simular que é você quem está fazendo as tarefas, portanto: Eu INSPECIONEI, ESTUDEI, CLASSIFIQUEI, CODIFIQUEI, ORGANIZEI E GUARDEI.


ID
3021886
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

Acerca das correspondências, associe as colunas, relacionando o tipo de classificação à respectiva descrição.


Tipos de classificação

1. Oficial

2. Interna

3. Externa

4. Recebida

5. Expedida

6. Particular


Descrições

( ) Correspondência mantida entre as unidades de determinada instituição pública.

( ) Aquela enviada pelas unidades de determinada instituição pública para destinatários internos ou externos.

( ) Comunicação informal mantida entre autoridades ou servidores e entre instituições ou pessoas estranhas à Administração Pública.

( ) Comunicação formal mantida entre os órgãos ou entidades da Administração Pública ou destes com outros órgãos públicos ou empresas privadas.

( ) Aquela de origem interna ou externa presente nos protocolos centrais e/ou unidades protocolizadoras de determinada instituição pública.

( ) Correspondência mantida entre as unidades de determinada instituição pública e outros órgãos da Administração Pública, entidades privadas, não governamentais ou pessoas físicas.


A sequência correta dessa associação é

Alternativas
Comentários
  • (2) INTERNA - Correspondência mantida entre as unidades de determinada instituição pública.

    (5) EXPEDIDA - Aquela enviada pelas unidades de determinada instituição pública para destinatários internos ou externos.

    (6) PARTICULAR - Comunicação informal mantida entre autoridades ou servidores e entre instituições ou pessoas estranhas à Administração Pública.

    (1) OFICIAL - Comunicação formal mantida entre os órgãos ou entidades da Administração Pública ou destes com outros órgãos públicos ou empresas privadas.

    (4) RECEBIDA - Aquela de origem interna ou externa presente nos protocolos centrais e/ou unidades protocolizadoras de determinada instituição pública.

    (3) EXTERNA - Correspondência mantida entre as unidades de determinada instituição pública e outros órgãos da Administração Pública, entidades privadas, não governamentais ou pessoas físicas.

    LETRA B

  • GABARITO: B)

  • Quando a banca quer dar um pontinho pra te deixar feliz...

  • GABARITO: B)

    (2) INTERNA - Correspondência mantida entre as unidades de determinada instituição pública.

    (5) EXPEDIDA - Aquela enviada pelas unidades de determinada instituição pública para destinatários internos ou externos.

    (6) PARTICULAR - Comunicação informal mantida entre autoridades ou servidores e entre instituições ou pessoas estranhas à Administração Pública.

    (1) OFICIAL - Comunicação formal mantida entre os órgãos ou entidades da Administração Pública ou destes com outros órgãos públicos ou empresas privadas.

    (4) RECEBIDA - Aquela de origem interna ou externa presente nos protocolos centrais e/ou unidades protocolizadoras de determinada instituição pública.

    (3) EXTERNA - Correspondência mantida entre as unidades de determinada instituição pública e outros órgãos da Administração Pública, entidades privadas, não governamentais ou pessoas físicas.

  • LETRA B


ID
3021889
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

Nas rotinas de protocolos, o técnico administrativo deve observar

Alternativas
Comentários
  • quero saber pq o B tá errado.

  • Ana Carolina, também marquei a B e resolvi procurar o erro. A única coisa que percebi foi que no final da frase tem:

     B) o recebimento, o registro, a autuação, a tramitação e a expedição de processos, bem como seu controle na instituição.

    Controle está como se o protocolo controlasse os PROCESSOS.

    PROTOCOLO:

    Recebimento

    Registro

    Autuação (criação do processo - enumerar)

    Classificação

    Distribuição

    Tramitação

    Expedição de documentos

  • Recebimento, classificação, registro, distribuição e movimentação são tarefas de protocolo no âmbito do arquivo corrente.

    Entende-se por protocolo o conjunto de operações visando o controle dos documentos que ainda tramitam no órgão, de modo a assegurar a imediata localização e recuperação dos mesmos, garantindo, assim, o acesso à informação.

    Protocolo controle da tramitação dos documentos, que permite acompanhar seus andamentos e prestar informações aos interessados em tempo real. 

     

    Atividades do Protocolo:

    1.   Recebimento: entrada do documento no protocolo

    2.   Registro: ver o assunto ligado ao documento. É realizado a leitura, identificação e cadastro dos dados de acesso do documento em sistema manual ou informatizado (origem, espécie, assunto, interessado).

    3.   Autuação: abertura e formação dos processos

    4.   Classificação: Uma triagem para saber qual área será encaminhado o documento.

    5.   Expedição/distribuição: Distribuição é sempre o primeiro destino do documento.

                                         Expedição é a saída do documento de um setor ou unidade para outro.

                           

    6.   Controle/ movimentação: É o controle do andamento ou da tramitação dos documentos. É realizado por meio de sistema manual ou informatizado. movimentação é o fluxo do documento.

  • Pessoal, vamos colaborar colocando o gabarito poxa.

    Gab: D

  • Na minha opinião a questão tem que ser anulada.

  •  O Protocolo é responsável pelo recebimento e distribuição de correspondências, documentos e processos, assim como pelo controle do seu fluxo na instituição. Fonte: Manual de Procedimentos de Protocolo, Expedição e Arquivo da AGU

  • GABARITO: D)

  • Entendi foi nada ....quer dizer que o protocolo não controla os documentos????? É isso?

  • Gab. D

    Também coloquei B, mas acredito que o erro dela é falar em "...expedição de processos, bem como seu controle na instituição", pois o certo seria falar em DISTRIBUIÇÃO (perspectiva interna), no lugar de expedição (para fora da instituição).

    Bons estudos!

  • Ainda bem que não fui o único a errar rsrs

  • Letra D - são as rotinas

    Letra B - são as atividades do Protocolo.

  • No meu entendimento, notei que a letra B só fala de processos, em nenhum momento menciona sobre documentos.

    O certo seria:

    O recebimento, o registro, a autuação, a tramitação de documentos e a expedição de processos, bem como seu controle na instituição.

  • Creio que o possível erro da B é afirmar que o protocolo é responsável pela tramitação dos documentos/processos.

    As atividades de protocolo correspondem apenas uma parte da tramitação. Após a expedição ou distribuição, a tramitação continua. Apesar do protocolo continuar acompanhando onde andam os processos, ele não interfere no mesmo.

    Tramitação - Curso do documento desde a sua produção ou recepção até o cumprimento de sua função administrativa. Também chamado movimentação ou trâmite. (Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística)

    Também errei -.-'

  • Não tem a parte da "classificação" na letra B... a alternativa está incompleta!

    Gabarito é a letra D.

    (Obs: também errei a questão kkk)

  • Não tem a parte da "classificação" na letra B... a alternativa está incompleta!

    Gabarito é a letra D.

    (Obs: também errei a questão kkk)

  • Eu acredito que o erro da Alternativa B seja pelo fato de ele citar apenas os processos, deixando as correspondências de fora!!

    FORÇA GUERREIROS!!!

  • Também marquei a B e nem me dei o trabalho de ler as outras, pura ilusão.

    GAB D

  • Também fiquei com dúvida na letra B. Mas não marquei porque ela inverteu a ordem das 2 últimas etapas : recebimento, registro E autuação , expedição e tramitação.

    Ps: a questão também não citou a atividade de classificação. Porém, já vi questões que omitiram algumas etapas e estavam certas. Tendo em vista, que em nenhum momento aparece a expressão "exclusivo", "somente" etc .

    A alternativa D está mais certa porque é generalista . E quando menciona "controle do seu fluxo na instituição" refere-se a atividade de controle da tramitação ou movimentação. Essa é a ultima etapa das atividades de protocolo, a qual trata do curso do documento desde a sua produção ou recebimento até o cumprimento da sua função administrativa.

    #função administrativa: Valoração dos Documentos - valor 1º , administrativo ou imediato = o motivo que o documento foi criado. É um valor temporário, pois em dado momento o doc. vai perder o seu valor administrativo quando atingir suas finalidades, ou seja, seu valor funcional. E encontra-se nos arquivos corrente e intermediário.

  • Essa matéria é tão relativa e infinita quanto a Informática kk

  • Li todos os comentários e mesmo assim, não vi justificativa para a questão, próxima.

  • A letra "b" está certa, mas a "d" está mais certa -> então a questão deveria ser anulada por ter 2 respostas certas!!!

  • Gabarito D

    Ana Carolina, o recebimento, o registro, a autuação, a tramitação (NÃO FAZ PARTE DAS ATIVIDADES DE PROTCOLO) e a expedição de processos, bem como seu controle na instituição.

    PROTOCOLO (corrente)

    •      Recebimento - Guarda temporária - tem valor administrativo / Guarda eventual - não tem valor administrativo;

    •      Registro - cadastro de dados como: origem, espécie, assunto, interessado etc. Esses dados são chamados de METADADOS (são dados sobre os documentos que ajudam na sua identificação e organização);

    •      Autuação - o documento se tornará um PROCESSO;

    •      Classificação - organizar os documentos de acordo com a sua ÁREA ou ASSUNTO, ou seja, agrupamento dos documentos em unidades de classificação relacionadas à mesma função, COM FINALIDADE de Agilizar na recuperação dos documentos e das informações;

    •      Expedição (externo) / distribuição (interno) - entrega do documento ao setor / órgão / instituição responsável;

    •      Controle / movimentação - forma de controlar e acompanhar a tramitação dos documentos (NÃO FAZ PARTE DAS ATIVIDADES DE PROTOCOLO);

  • A distribuição (entrega do documento no setor em que começará a tramitar) é realizada pelo setor de protocolo, ao passo que a tramitação, isto é, a passagem dos documentos de um setor para outro, é de responsabilidade dos setores de trabalho, embora nessa última etapa ainda haja controle por parte do setor de protocolo. 

    =-=-=-=

    A tramitação não é de responsabilidade do Protocolo.

    Etapas de controle realizadas pelo protocolo, que são:

    1) Recebimento;

    2) Registro;

    3) Autuação;

    4) Classificação;

    5) Expedição/Distribuição;

    6) Controle/Movimentação.

    =-=-=-=

    Fonte:

    1º parte -> meus resumos

    2º parte -> Profº Elvis Miranda - PDF Grancusos

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

  • O protocolo é a porta de entrada e saída dos documentos na instituição. As atividades de protocolo são: recebimento, registro/atuação, classificação distribuição, tramitação/controle da tramitação e expedição de documentos. Essas atividades variam de banca para banca. Algumas cobram todas as atividades, outras cobram uma parte e há ainda aquelas que trocam os termos.

    a)  Dentro dos setores, não. O protocolo distribui e o documento passa a ser de responsabilidade do setor. Errada.

    b) O protocolo não controla os processos na instituição, só tramita. Além disso, se o controle for interno, o correto seria distribuição e não expedição. Errada. 

    c) O protocolo é responsável por receber e distribuir ou expedir os documentos. Solicitações que requeiram outras ações que não são de responsabilidade do protocolo. Errada

    d) Aqui se fala do controle do fluxo dos processos, o que pode estar correto, e não dos processos em si, como foi dito pela alternativa b. Certa.


    Gabarito do Professor: D
  • protocolo nao faz tramitação

  • A) a atividade eletrônica de consulta e de localização de processos ou documentos dentro dos setores institucionais. O protocolo só distribui e o documento passa a ser de responsabilidade do setor. Não há rotina de localização.

    B) o recebimento, o registro, a autuação, a tramitação e a expedição de processos, bem como seu controle na instituição. A alternativa afirma que o protocolo controla os processos na instituição, mas ele só tramita. Controlar o fluxo do processo é diferente de controlar o processo. Além disso, se o controle for interno, é só distribuição, de modo que estaria certo assim: "..e a distribuição ou expedição de processos".

    C) o atendimento às solicitações de arquivo de documentos e de envio de correspondências dentro das unidades organizacionais. Não existe rotina de empréstimo no protocolo, pois ele é responsável por receber e distribuir ou expedir os documentos.

    D) o recebimento e a distribuição de correspondências, documentos e processos, assim como o controle do seu fluxo na instituição. Além de enunciar bem cada rotina, como pedido no enunciado, a alternativa falar em controle do fluxo dos processos, e não em processos, como foi dito pela b).


ID
3021892
Banca
FCM
Órgão
Prefeitura de Guarani - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

A atividade de quantificação de documentos para arquivamento pressupõe o comprimento de prateleiras de estantes ou a profundidade de gavetas dos arquivos. Para a medição completa, no caso de prateleiras, multiplica-se a medida encontrada pelo número de

Alternativas
Comentários
  • ALGUÉM SABE A REFERÊNCIA DESSA QUESTÃO?

  • Gabarito: C

    Fonte: Manual - Roteiro para mensuração de documentos textuais. Arquivo Nacional.

  • Roteiro para mensuração de documentos textuais

    Documentação em posição vertical e horizontal

    Considerando os documentos acondicionados na posição vertical (caixas de papelão ou de plástico, pastas "A" a "Z" ou suspensas etc), a metragem linear tem por base o comprimento das estantes e/ou a profundidade das gavetas dos arquivos de aço.

    Exemplo:

    Documentos acondicionados em caixas nas estantes:

    - medir a extensão de cada prateleira ocupada e multiplicar a medida pelo número das mesmas;

    - os espaços vazios devem ser desprezados.

    Fonte: Manual Roteiro para Mensuração de Documentos Textuais - Versão Ministério da Justiça

  • Gabarito: C

    Fonte: Raciocínio Lógico