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Prova CONSULPAM - 2018 - Câmara de Juiz de Fora - MG - Assistente Técnico Legislativo – Psicólogo


ID
2840791
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

Conforme as ideias apresentadas no texto, é correto afirmar que as sociedades:

Alternativas
Comentários
  • "Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo." (1º parágrafo)


    GAB. C

  • Texto extraído do final do 1º paragrafo.

    A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Gabarito C.

  • Palavras-chave e passagens para chegar ao gabarito:

    Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Gabarito letra C!

  • texto ruim do ca==*-*==lho


ID
2840809
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

A conjunção presente na frase “A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade” estabelece entre as orações que liga uma relação semântica de:

Alternativas
Comentários
  • A CAUSA da sociedade ser desigual é "a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade”, e a conjunção PORQUE (pois) deixa isso explícito.

  • Porque é conjunção explicativa ou causal.

    Como não temos a alternativa "explicação", então vamos de causa.


    Ganha-se tempo para responder a outras questões.


    Gab.: B

  • A partilha do poder econômico gerar diferenças [...], é a CAUSA de a sociedade ser desigual.

  • O fato de a partilha do poder econômico gerar diferenças, faz com que a sociedade seja desigual

  • Eu acertei, mas tem duas conjunções ali na frase não?


    A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade.


    A questão não especificou qual...

  • Toda causa existe um porquê.( ......porque a partilha......)

  • Conjunções subordinativas:

    Causal - já que, como, porque, uma vez que, visto que.

  • A questão quer saber o valor semântico da conjunção "porque" na frase destacada: “A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico..."

    A Finalidade.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

    B Causalidade.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que...

    Ex.: Porque você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

    C Condicionalidade.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

    D Proporcionalidade.

    Conjunções subordinativas proporcionais: têm valor semântico de proporcionalidade, simultaneidade, concomitância...

    São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos...

    Ex.: À medida que resolvia questões, aprendia o assunto das provas.

    Gabarito: Letra B

  • Troca por: POR CAUSA, se der certo, já era.

  • GABARITO: LETRA B

    Causaisintroduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo:

    Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.

    Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

    FONTE: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf86.php

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  • Cascavel que fala pae!!!!

  • Cascavel-CE ...Estou chegando..


ID
2840812
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado em todas as suas ocorrências somente no item:

Alternativas
Comentários
  • Quem ilude não ilude algo ou alguém? A transitividade do verbo iludir não seira VTD ?

    Acredito que a questão esteja equivocada, ao invés de "iludir" deveria ser "aludir", aí sim, seria VTI.

  • Gabarito Letra C.


    O termo "Frente à" é uma forma alterada da locução "em frente a". Tais locuções prepositivas de núcleo substantivo, em geral, possuem uma preposição obrigatória antes e uma depois desse substantivo.


    Pra quem ficou em dúvida na letra B, o verbo iludir é transitivo direto, intransitivo e pronominal. Ele significa alimentar a esperança de alguém ou ser iludido por meio de promessas falsas: iludir os amigos; vida que ilude; iludiu-se comigo.


    FOCO GUERREIROS!



  • B) O controle das forças de transformação social ilude àqueles que se aventuram à tarefa vã de manter os valores e costumes imutáveis.


    Só trocar: áqueles por estes...


    Surgindo: a estes, haverá acento grave.


    O controle das forças de transformação social ilude estes que se aventuram à tarefa vã de manter os valores e costumes imutáveis.


    Por isso a letra B está incorreta!





  • Bizu: Usa-se crase com os pronomes À QUAL, ÀS QUAIS.

  • ITEM D

    BIZU: NÃO HÁ CRASE:

    A SINGULAR + PLURAL

    EX: ASSISTO A NOVELAS


  • Tento sempre ao fazer questoes de crase, buscar o sujeito nas frases e reescrevê-la, de modo a nao ficar "decorando" sempre rsrs e vendo onde admite-se e nao a crase.

    ex.

    Frente à grande batalha pela igualdade social, o indivíduo se vê subjugado pelas forças históricas que o levam à falta de esperança.

    Sabendo que quem faz frente, faz frente A algo

    reescrevo


    A /Grande batalha de Jericó foi sangrenta.


    logo,

    Frente (a+a) à grande batalha....



  • Crase diante do aquele / aquela / aquilo

    = troca por " a este" , a esta, a isto .

    O controle das forças de transformação social ilude estes que se aventuram.

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  • LETRA C

  • A) À organização social, decorrente dos arranjos econômicos e ético-políticos, tem se mostrado perversa à países do ocidente pobre.

    B) O controle das forças de transformação social ilude àqueles que se aventuram à tarefa vã de manter os valores e costumes imutáveis. O verbo iludir é transitivo direto, intransitivo e pronominal.

    C) Frente à grande batalha pela igualdade social, o indivíduo se vê subjugado pelas forças históricas que o levam à falta de esperança. "Frente à" é uma forma alterada da locução "em frente a". Locução prepositiva de núcleo substantivo possui uma preposição obrigatória antes e uma depois desse substantivo.

    D) A mudança social está inevitavelmente condicionada à relações de poder que dificilmente se prestam à análises historicamente neutras. Não há crase com "a" no singular + plural, como em: Assisto a corridas.


ID
2840815
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados. 


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações). 

A propósito do emprego das vírgulas no trecho “Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.” do texto, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B)


    A) e D) : ERRADAS - Ambas alternativas tratam da exclusão de uma das vírgulas que servem para isolar o aposto que trata sobre a "Empreita". Como isso alteraria o sentido da frase, erradas ambas.


    C) : ERRADA - O ponto e vírgula, neste caso, poderia ser usado caso se tivesse uma conjunção conclusiva deslocada. Ora, temos o "pois" como conjunção conclusiva, mas ela não está deslocada de forma conclusiva (isolada por vírgulas e situada após o verbo "está").

  • LETRA B

    (...) pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.” 

    Uma expressão apositiva é aquela que aparece em uma oração se referindo a uma oração anterior e explicando-na. A amiga deu-me um conselho: que desistisse da ex namorada.

  • A propósito do emprego das vírgulas no trecho “Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.” do texto, é CORRETO afirmar que:



    RESPOSTA CORRETA LETRA "B) A última vírgula separa uma expressão apositiva, portanto está adequadamente empregada.".


    As expressões apositivas sempre vêm destacadas por vírgulas.


    E o que é uma expressão apositiva? Uma expressão apositiva é uma expressão que explica um termo ou uma oração anterior.



    @juniortelesoficial

  • (B)

    expressão apositiva: Uma expressão apositiva é uma expressão que explica um termo ou uma oração anterior.

  • LETRA B


ID
2840821
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção CORRETA em relação ao texto.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D



    Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…)






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  • Questão ridícula. Em momento nenhum foi dito que Aldrovando era o rapaz do cartório. Eu acreditava que este era seu pai, já que ele disse que Aldrovando nasceu de um erro de gramática. Lamentável!

  • Não entendi..... Aldrovando não era o rapaz do cartório...no início, afirma-se "sessenta anos de vida terrena".. e logo em seguida, fala-se que o rapaz do cartório tinha 23 anos...

  • não faz sentido o gabarito, o coronel sabia que a carta era para Laurinha, porém usou como pretexto o erro gramatical de Aldrovando para casar a filha encalhada... Entendi assim e por isso marquei letra A

  • Concordo com a Hellen.

    "Anjo adorado!

    Amo-lhe! "

    Entendo que aqui ele tentou utilizar uma linguagem culta, porém, errou na regência, já que o verbo é transitivo direto. Se fosse coloquial, ele teria dito "amo você", "te amo"...

       "Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou."

    O pai passou 3 dias pensando no que fazer até que teve a ideia de pegar  Aldrovando pelo seu deslize gramatical. Usou isso como justificativa, não pelo fato de julgar obrigatória a correção gramatical.

  • Amar é VTD. Se ele diz "amo-lhe", está se referindo a uma terceira pessoa. Apesar da intenção de "falar bonito",usar a norma culta...

  • Segue o fluxo...


ID
2840824
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção que corresponde à descrição temporal do verbo sublinhado em “Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara...”.

Alternativas
Comentários
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo é um tempo verbal empregado para indicar uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado.

    Além disso, ele é usado para falar de uma ação incerta do passado. Geralmente utiliza a desinência –ra


    Exemplos:

    Marcos falara de seus pais.

    Cidinha bebera uma bebida muito forte.




  • Quando encontrar questões que envolvam pretérito mais-que-perfeito e tiver "comprara, vendera..."

    FAÇA A SEGUINTE TROCA:


    COMPRARA-----------> TINHA COMPRADO

    VENDERA--------------> TINHA VENDIDO


    BONS ESTUDOS!!!

    É NA SUBIDA QUE A CANELA ENGROSSA.

  • Sei que a alternativa B está certa, mas alguém sabe o erro da D?

  • Paulo junio martins machado


    O erro da alternativa D é que ela não descreve o pretérito mais que perfeito simples. Apenas mostra como é feito o mesmo tempo na forma composta.

  • passado do passado: indica um fato anterior a outro fato também passado.

  • LETRA C

    Pretérito mais que perfeito:

    1. (estudara) -> havia estudado;

    2.(pensara) -> havia pensado;

  • Gabarito B

    É um desserviço dar o gabarito errado - prestem atenção, por favor.

  • Pretérito mais-que-perfeito: é o pretérito do pretério, o passado do passado.

  • Terminação " ra" pretérito mais-que-perfeito = Passado anterior a outro passado.

    OU " passado do passado".

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  •  A alternativa (A) está errada, pois, o verbo “Esguelara” está flexionado no pretérito mais-queperfeito simples do indicativo e expressa uma ação concluída. 

    A alternativa (B) é a correta, pois, de fato, o tempo verbal manifesta ação pretérita concluída antes de outra ação do passado ter se iniciado.

    A alternativa (C) está errada, pois, “Esguelara” não é uma locução verbal. 

    A alternativa (D) está errada, pois, não há distinção, quanto ao uso na linguagem formal ou culta, entre os verbos ter e haver. 

    Gabarito: B

  • Gabarito B) pretérito mais-que-perfeito.

    #vousernomeado

  • Tanto ter como haver como auxiliar no tempo composto são formais.


ID
2840827
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

No enunciado “Ousou o escrevente namorar-lhe a filha...”, identifique a que se refere o termo sublinhado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C.


    "Ousou o escrevente namorar-lhe a filha..." - Analisando a frase: Ousou o escrevente namorar a filha DELE.(adjunto adnominal com ideia de posse, referindo-se à filha do Coronel Triburtino.)


    Força guerreiros(as)!!

  • jurei que isso ali era uma objeto indireto porque esta no verbo

  • Questão linda! Contribui muito com o aprendizado.

  • Funções sintáticas do pronome lhe.

    O lhe pode exercer outras funções,ou seja, sintáticas dentro da frase.

    a) Objeto indireto= a ele, ligado a um verbo.

    b) Complemento nominal= a ele, ligado a um nome.

    c) Adjunto adnominal= dele/ dela, ideia de posse.

    Exemplos:

    a) Diga-lhe tudo sobre nós.

    b)Fiz-lhe referência.

    c) Tocou-lhe o peito ontem.

    Fonte:https://linguaportuguesadojulionet.wordpress.com/2016/04/29/funcoes-sintatica-do-pronome-lhe/

  • Qual o erro da B?

  • Namorar é VTD. No caso em questão,o lhe é referente ao pai da menina. Podemos transcrever a frase sem perda de sentido para "namorar a filha dele".

  • Não se está fazendo referência à filha dele, mas sim ao próprio Coronel Triburtino. Quanto a essa função do "lhe" como adjunto adnominal de posse, eu realmente não sabia. Mas agora sei! Adiante, Guerreiros!

  • O "lhe " sendo substituível por um pronome possessivo ( Dele (a) , sua ) = Adjunto adnominal .

    Toquei-lhe os cabelos

    Toquei os seus cabelos


ID
2840830
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção que reescreve o enunciado “Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo.”, atualizando-o para um uso contemporâneo e informal da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • violão emprestado ????

  • Sim Ana Paula, ele era pobre...

  • Significado de pinho = violão

  • Da onde essa banca tirou a ideia de violão? "à essa altura do campeonato, o sr. está sem bandoleira, seu 02?"

  • Não sabia o significado de "pinho", então liguei serenata a violão.

  • Não sabia que pinho era sinônimo de violão.

    Consegui identificar lendo o seguinte trecho do texto:

    "Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    (...)

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo"

    Sapecado de medo = morrendo de medo

    pinho (considerando que ele estava fazendo uma serenata) = violão.

  • O PINHO ERA EMPRESTADO LOGO SE SUBSTITUIU POR VIOLÃO TBM EMPRESTADO

  • Assinale a opção que reescreve o enunciado “Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo.”, atualizando-o para um uso contemporâneo e informal da língua portuguesa.

    C) Morrendo de medo, com um violão emprestado.

    ------------------------------------------------------------------------------------

    pinho

    pi·nho

    sm

    1 Madeira do pinheiro.

    2 Mús V violão.

    3 Bot V guapuruvu.

    http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/pinho/

    significado de sapecado

    adjetivo

    Que se sapecou; queimado, chamuscado ou seco.

    Diz-se do cavalo cujo pêlo é de tom vermelho-tostado.

    Embriagado, chumbado.

    https://www.dicio.com.br/sapecado/

    GAB. LETRA "C"

  • Tem que retornar ao texto para entender o sentido do emprego dos termos.

  • É mais provável se fazer uma serenata com um violão do que com um caixão, não é mesmo? Rs


ID
2840833
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Marque a alternativa que descreve o emprego do termo destacado em “Aqui se estrepou.”

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    Questões mal feitas

    Banca de quinta

  • Questões mal elaboradas.


    A banca é muito fraca.

  • Banca sem noção, o sentido é de lugar e não de tempo!


  • Não entendi a indignação dos colegas. Questão simples. Quem compreende o sentido do texto compreende que o "Aqui" tem o sentido de "Nessa hora", dentro da contação da história.

  • Que questão magna para uma banqueta dessas! Alto nível!

  • Quem tá falando que o advérbio é de lugar está falando besteira. Originalmente, claro, é um advébio de lugar, porém na semântica que foi colocado, aparece como advérbio de tempo.

  • Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...(Pronto! Foi nessa hora/momento em que o bilhete foi feito que sua vida teve outro rumo)

    A frase mostra o MOMENTO em que a vida do personagem vai mudar, ou seja, produção do motivo de seu futuro casamento.

  • A pegadinha está justamente no fato de que,à primeira vista,e sem observar o contexto , associamos imediatamente o advérbio à ideia de lugar. (O que não cabe na questão, pois o termo denota a ideia de momento )

  • Parem de questionar o nível de dificuldade que os colegas tem para resolver as questões!

    Se nós achamos fácil, é pq tivemos um preparo melhor, entendimento , conhecimento da matéria, ou um chute certeiro. Então em vez de criticar, deixa o seu entendimento sobre a questão ;)

    Você é mais corajoso do que acredita, mais forte do que parece e mais inteligente do que pensa.

    FOCO, PACIÊNCIA, FÉ E BONS ESTUDOS!

  • O comentário da Viviane Ferreira é esclarecedor. Ajudou muito!


ID
2840836
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Marque a alternativa que identifica a negociação de sentidos engatilhada pelo termo destacado no excerto, ao exprimir oposição, contraste, ressalva, compensação: “Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha.”

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar essa questão?? Obrigada.

  • não entendi essa questão socorro

  • SOCORRO MESMO......

  • Não entendi nada.

  • Acredito que o "apesar disso", se refere no texto, ao motivo da conversa (dito pelo pai :"umas certidõesinhas") promovida.

    Apesar de o pai ter falado que queria tratar de "umas certidoesinhas", o moço se encontrava com uma "pulga atrás da orelha" ao ir de encontro ao futuro sogro.

  • Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha.”



    Contraposto ao fato de o rapaz estar ressabiado, está o fato de o pai justificar o chamado por causa de “umas certidõesinhas


    Reposta: A



  • a) Certo pois mesmo que o pai dissesse que eram só umas certidõezinhas ele estava com medo.

    b) Ele veio ressabiado mesmo que fosse só pra certidõezinhas e não para abrir o jogo

    c) Contrapondo não, este é o motivo dele estar com medo

    d) Contrapondo não, até porque ele não sabia que o pai estava com o bilhete

    https://engenhariaatodaprova.wordpress.com/

  • Para resolver a questão precisa voltar ao texto.

    "Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou. Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos."

    A questão pede o item que exprimi oposição, contraste, ressalva, compensação do termo apesar disso: Contraposto ao fato de o rapaz estar ressabiado, está o fato de o pai justificar o chamado por causa de “umas certidõesinhas”.

    ou seja, o que contrapõe ao fato de o rapaz estar ressabiado é ele pressentir que o sogro utilizou de um disfarce de pretexto(certidõesinhas) para chamá-lo, apesar disso, ele atendeu ao pedido com a pulga atrás da orelha.

    Gabarito: A

  • Enunciado muito mal elaborado.

    Depois de umas três leituras... entendi que: a questão simplesmente quer saber a desculpa dada pelo pai para que o rapaz fosse até sua casa, "Apesar disso..." disso o quê? "do pai justificar o chamado por causa de “umas certidõesinhas”.

    LETRA: A

  • Eu perdi um tempão tentando entender oq o examinador queria com essa questão...Típico da consulpam!

  • Marquei C com tanto gosto... Questão maluca!

  • Ele não veio desconfiado por causa do chamado, mas sim por causa de uma espécie de conversa "certidõesinhas". Marquei C, errei, mas sou um ser humano. Bola pra frente.

  • Que diabos de texto é esse?

  • Banca com questões de LIXO.


ID
2840839
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale o emprego INADEQUADO da expressão “aquém”.

Alternativas
Comentários
  • A) Ultrapassar os limites não é um erro menor do que ficar aquém deles. (sentido de comparação)


    B) O que junta as pessoas é o que não se consegue ser: o que ficamos sempre aquém de ser. (abaixo de)


    C) A vida continua além do horizonte. A vida morre aquém do horizonte. (do lado de)

  • aquém

    advérbio

    na parte de cá; neste lado, deste lado.


  • Alternativa D

    Aquém = Advérbio

    Na parte de cá; neste lado, deste lado.

  • Fui por eliminação. Não sabia que a palavra "aquém" tinha outros significados além de ser o oposto de "além". Vivendo e aprendendo! Rs

  • gab: B

    Aquém = Advérbio

    Na parte de cá;

    neste lado,

    deste lado.

    " QUANDO PENSAR EM DESISTIR , LEMBRE-SE PORQUÊ COMEÇOU. "

    FOCO , PACIÊNCIA E FÉ!

    Bons Estudos!


ID
2840842
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção que corretamente identifica o fenômeno de linguagem expresso na expressão destacada em: “Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante...”.

Alternativas
Comentários
  • pleonasmo

  • Só temos lágrimas nos olhos, logo, pleonasmo.

  • a) Solecismo é caracterizado por ser um desvio gramatical que ocorre no nível sintático da língua.

    Exemplo: Vou no banheiro. (o correto seria: Vou ao banheiro.)


    b) Pleonasmo é usado para intensificar o significado de um termo através da repetição da própria palavra ou da ideia contida nela.

    Exemplo: com lagrimas nos olhos.


    c) Ambiguidade aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado.

    Exemplo: Pedro disse ao amigo que havia chegado. (Quem chegou? Pedro ou o amigo)


    d) Contradição lógica - existe esse vício de linguagem? rs. Creio que seja uma contradição ao que tenha dito na frase (pelo nome) rs.



  • Pleonasmo


    Trata da repetição de significação de vocábulo ou de termos oracionais.


    – “Iam vinte anos desde aquele dia / Quando com os olhos eu quis ver de perto / Quanto

    em visão com os da saudade via.” (Alberto de Oliveira)

    – Ao pobre nada lhe peço, ao rico nada lhe devo.

    – Médica, ela nunca o será.

    – Chorou um choro de profundo lamento.


    Obs.: O pleonasmo vicioso diz respeito à repetição inútil e desnecessária de algum termo ou

    ideia na frase. Nesse caso não é uma figura de linguagem, e sim um vício de linguagem.


    Fonte: A gramática para concursos públicos (Fernando Pestana)

  • Solecismo


    É o desvio sintático relativo à colocação ou emprego dos pronomes, à regência e à concordância. Vejamos, respectivamente, três exemplos:


    Forma inculta: Nunca chamar-te-ia de meu irmão, porque você ama ele mais do que a mim, por isso, para mim achar que você é merecedor de meu amor, precisará provar.

    Forma culta: Nunca te chamaria de meu irmão, porque você o ama mais do que a mim, por isso, para eu achar que você é merecedor de meu amor, precisará provar.


    Forma inculta: Não lhe conheceram, pois eram muito novos.

    Forma culta: Não o conheceram, pois eram muito novos.


    Forma inculta: Precisariam haver mais pessoas no mundo que se dispusessem a ajudar

    outras.

    Forma culta: Precisaria haver mais pessoas no mundo que se dispusessem a ajudar

    outras.


    Fonte: A gramática para concursos públicos (Fernando Pestana)

  • “Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante...”.

    Pleonasmo: repetição desnecessária.


ID
2840845
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

A respeito do emprego da expressão destacada em “a qual não pode ser senão a Maria do Carmo.”, assinale a(s) opção(ões) verdadeira(s) (V) ou falsa(s) (F).

I. A expressão “senão” equivale, no enunciado, a “a não ser”.
II. A expressão “senão” equivale, no enunciado, a “do contrário”.
III. A expressão “senão” equivale, no enunciado, a “apenas”.

Alternativas
Comentários
  • Não concordei com a resposta. Para que fosse V a primeira a frase deveria ser toda modificada "a não ser que fosse a Maria do Carmo". Da mesma forma, alterando a colocação da frase a opção III também daria certo: "a qual pode ser apenas a Maria do CArmo". Eu escolhi a opção C onde todas eram falsas, mas a opção do gabarito é letra D.

  • SENÃO - significado de " a não ser..." , "exceto"

    SE NÃO - carrega a conjunção SE uma condição, " caso não..."

  • exatamente, questão mal feita. A frase não concorda com essa colocação sem modificações.

  • A questão versa sobre os significados de SENÃO e SE NÃO

    SENÃO=exceto, a não ser

    SE NÃO=caso não, tem valor condicional, deve dar pra tirar o NÃO

    I. certo

    II. esta é a definição de SE NÃO, equivalente a "caso nao"

    III. ele está dizendo que não pode ser, apenas não se encaixa neste contexto

  • SENÃO = do contrario; caso contrario; mas sim; mas; a não ser; exceto; mas do que; mas também;

    SE NÃO = caso não; quando não.

  • Que questão mais sem nexo, meu povo! Vou fazer prova dessa banca domingo próximo e já prevejo dor de cabeça. Já até enviei e-mail para a banca com imagens de questões iguais com gabaritos diferentes em provas distintas de psicologia. Trash, viu.


ID
2840848
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

O texto apenas lido critica o emprego não normativo da língua portuguesa, no entanto, é flagrante o enunciado “Venha abraçar o teu noivo!”, cuja concordância:

Alternativas
Comentários
  • GAB: D - Está incorreta do ponto de vista da norma gramatical, pois falta paralelismo sintático entre o verbo no imperativo “venha”, que se refere à terceira pessoa do singular, e o pronome possessivo “teu”, que se refere à segunda. 



  • Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.


    Por exemplo: Vossa Excelência trouxe sua mensagem?


  • Imperativo

    vem tu

    venha você


    https://www.conjugacao.com.br/verbo-vir/

  • Caraca... Não sabia que seria "Vem Tu".

    Achei que fosse "Venha Tu".

    Mais conhecimento! Obrigado amigos do QC!

  • Pra não esquecer: O lema da Caixa está errado!

    "Vem pra Caixa você também"


    O correto seria:

    "Venha pra Caixa você também" ou "Vem pra Caixa tu também"

    Nunca esqueci graças a isso hahaha

  • Como seria a frase correta ??

  • O correto seria: "venhaS abraçar teu noivo" ?

  • Errado Carlos, a conjugação se faz com o verbo na forma "vem".

    Formas corretas: "Vem abraçar teu noivo." ou "Venha abraçar seu noivo."

  • Venhas abraçar o teu noivo, ou Venha abraçar o seu noivo.

  • GABARITO: LETRA D

    Vem = Tu

    Venha = você

    Vem abraçar teu noivo.

    Venha abraçar seu noivo.

  • Imperativo afirmativo: As 2º pessoa do singular e plural advêm do presente do indicativo.

    Logo o correto para a 2º pessoa do singular (tu) seria - "Vem" e não "venha", em que, este último está na 3º pessoa do singular, constatando-se assim ausência do paralelismo.

    Gabarito letra D!


ID
2840851
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Segundo o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta do Município de Juiz de Fora, de suas Autarquias e Fundações Públicas, o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria, é chamado de:

Alternativas
Comentários
  • letra b

     Art. 25.  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado



    Preclusão: É a perda do direito de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de praticar os atos processuais por não tê-los feito na oportunidade devida ou na forma prevista. É a perda de uma faculdade processual, isto é, no tocante à prática de determinado ato processual.

  • Reversão, Lembrar de V de velho. Aposentado.


ID
2840854
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Ainda de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta do Município de Juiz de Fora a recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

Alternativas
Comentários
  • letra d

     Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:     

       I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

           II - reintegração do anterior ocupante.

           Parágrafo único.  Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.


ID
2840857
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Em relação aos direitos e vantagens concernentes aos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora, de acordo com o previsto em seu Estatuto, analise os itens abaixo:

I. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

II. A remuneração do servidor investido em função de direção, chefia, assessoramento ou cargo em comissão será paga na forma prevista na lei de diretrizes dos planos de carreira.

III. O vencimento do cargo efetivo, sem acréscimo das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

IV. Nenhum servidor público municipal, ativo ou inativo, poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito.

Analisados os itens é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
2840860
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Complete as lacunas do enunciado sobre o artigo 9º da Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora:

Artigo 9º: A alienação dos bens públicos municipais, subordinada a existência de ______________________ devidamente justificada, será precedida de prévia avaliação feita por ___________ habilitado de órgão competente do Município e obedecerá as normas gerais de licitações e contratos da Administração Pública.

§ 1º A alienação de bens imóveis de que trata o caput deste artigo, submeter-se-á a justificativa, avaliação e autorização legislativa prévia, mediante aprovação de _________________ dos membros da Câmara Municipal.

§ 2º O Município, preferencialmente à venda ou doação de bens imóveis, outorgará concessão de ______________ de uso mediante prévia autorização legislativa e concorrência, dispensada esta nas hipóteses previstas nas normas gerais de licitações e contratos da Administração Pública e nos casos de destinação a entidades assistenciais ou de relevante interesse público, devidamente justificado.

A sequência CORRETA está em:

Alternativas
Comentários
  • A alienação dos bens públicos municipais, subordinada a existência de ______________________  INTERESSSE PUBLICO, fui direto pra letra C


ID
2840863
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

São órgãos de participação direta dos diversos segmentos da sociedade nos assuntos públicos e, a eles compete propor, fiscalizar e deliberar matérias referentes a cada setor da Administração Pública Municipal, conforme lei. Falamos aqui de:

Alternativas
Comentários
  • letra d

    Conselho de Curadores é o órgão deliberativo e consultivo em matéria de fiscalização econômica e financeira

     

    Entende-se por entidade de classe, uma sociedade de empresas ou pessoas com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, sem fins lucrativos e não sujeita a falência, constituída para prestar serviços aos seus associados. Toda entidade de classe tem em comum a gratuidade do exercício de cargos eletivos. São alguns exemplos de entidades de classe, as confederações, as federações, as associações, os sindicatos, as cooperativas e as entidades profissionais entre outros.

     

    As associações comunitárias ou de bairro são aquelas que têm como objetivo organizar e centralizar forças de moradores de uma determinada comunidade para representar, de maneira mais eficaz, interesses comuns. Pode-se definir uma associação comunitária como pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, criada a partir da união de ideias e esforços em torno de um propósito lícito e comum

  • ''Os conselhos são espaços públicos de composição plural e paritária entre Estado e sociedade civil, de natureza deliberativa e consultiva, cuja função é formular e controlar a execução das políticas públicas setoriais.

    O objetivo dos Conselhos Municipais é a participação popular na gestão pública para que haja um melhor tendimento à população. A proliferação destes Conselhos representa um aspecto positivo ao criar oportunidades para a participação da sociedade na gestão das Políticas Públicas''.

  • Associações comunitárias, ta de sacanagem... huehueuhehuhuehue

  • conselhos municipais.
  • acabei de conferir, conselhos municipais.
  • Gabarito D - Conselhos Municipais

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  • LETRA D

  • Cascavel CE. Cuida!

  • De acordo com o enunciado, o candidato deve demonstrar conhecimento acerca das funções dos principais órgãos municipais.

    Vejamos as alternativas:

    A) Associações Comunitárias.

    Errada. As associações comunitárias ou de bairro são aquelas que têm como objetivo organizar e centralizar forças de moradores de uma determinada comunidade para representar, de maneira mais eficaz, interesses comuns.

    B) Entidades de Classe.

    Errada. As entidades de classe têm como papel fundamental representar os profissionais, auxiliar na busca do crescimento profissional e defender seus direitos. Dentre outras funções está a promoção da valorização profissional, e defesa dos princípios éticos.

    C) Conselhos Curadores.

    Errada. Os Conselhos de Curadores são órgãos deliberativos centrais da administração municipal e tem por finalidade o exercício de atribuições deliberativas e consultivas em matéria de fiscalização econômica e financeira do município.

    D) Conselhos Municipais.

    Certa. Os Conselhos Municipais são mecanismos de interlocução permanente entre Governo e Sociedade Civil, que vêm ampliando e aperfeiçoando sua atuação, auxiliando a administração no planejamento, orientação, fiscalização e julgamento nas questões relativas a cada área temática.


    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Conselhos Municipais, como os conselhos municipais de saúde, geralmente, são órgãos consultivos e não deliberativos.


ID
2840866
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

O artigo 57 da Lei Orgânica Municipal versa sobre competência tributária e em seu inciso III, fala especificamente de imposto sobre transmissão de bens inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso.

Essa transmissão engloba, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

  • Letra A tem um erro, não é Cessão, é Acessão. Acho que digitaram errado.

ID
2840869
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Regimento Interno
Assuntos

Além das atribuições consignadas no Regimento Interno ou dele implicitamente resultantes, compete à Mesa Diretora a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

De forma especial, também é uma das competências da Mesa Diretora:

Alternativas
Comentários
  • A) nem todos os municípios têm tribunais de contas, sendo exceção o tribunal de São Paulo e do Rio de janeiro.(O Supremo Tribunal Federal – STF já decidiu, por meio da Ação direta de inconstitucionalidade – ADI nº 687, que a Constituição impede que os municípios criem os seus próprios tribunais, conselhos ou órgãos de contas. É permitido, contudo, que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado conselho ou tribunal de contas dos municípios, incumbido de auxiliar as Câmaras Municipais no exercício de seu poder de controle externo.) ERRADO


  • Algumas considerações sobre O Município.


    Municípios O município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.


    Fundamento: Artigo 31 da CF. 


    Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.


    § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.


    § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.


    § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.


    § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.


    Elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 15 de setembro, a proposta orçamentária da Câmara Municipal, a ser incluída na proposta do Município.


  • Alternativa C.

    Respondendo com base no conhecimento geral adquirido pelo que já estudei em regimentos internos e leis orgânicas.

    A) Enviar ao Tribunal de Contas do Município a prestação de contas anual, até o dia 31 de dezembro do ano corrente.

    Quem envia a prestação de contas ao TCE é o prefeito - as dele e a da Câmara - para isso, a Câmara deve enviar a sua prestação de contas até o dia 1º de março ao prefeito para que o mesmo consiga enviá-las ao TCE até do dia 31 do mesmo mês.

    B) Declarar de ofício ou por provocação de qualquer dos membros da Câmara Municipal, nos casos previstos na Lei Orgânica do Município, a perda de mandato de prefeito e vice-prefeito.

    Há situações específicas em que ocorrerá a extinção de mandato de vereador e nesse caso compete ao presidente da câmara apenas declarar o fato. O prefeito e o vice podem perder seus mandatos no âmbito de uma processo de cassação, nesse caso há julgamento e não declaração.

    C) Elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 15 de setembro, a proposta orçamentária da Câmara Municipal, a ser incluída na proposta do Município.

    D) Declarar de oficio a inelegibilidade de vereadores, prefeito e vice-prefeitos que forem cassados em seus mandatos. Nunca vi isso em RI ou LO como atribuição de Câmara.

    "Um passo de cada vez e uma conquista a cada passo."

  • Mangaratiba

    Seção II - Da competência da Mesa

    Art. 32 - A Mesa é o Órgão diretor de todos os trabalhos Legislativos e administrativos da Câmara.

    Art. 33 - Compete à Mesa da Câmara privativamente, em colegiado:

    I - propor ao Plenário, Projetos de Resoluções que criem, transformem e extingam cargos, empregos

    ou funções da Câmara Municipal, bem como fixem as correspondentes remunerações mensais;

    II - propor as Resoluções e os Decretos Legislativos que fixem ou atualizem a remuneração do

    Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, na forma estabelecida na Lei Orgânica Municipal;

    III - propor as Resoluções e os Decretos Legislativos concessivos de licenças e afastamentos ao

    Prefeito e aos Vereadores;

    IV - elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 31 de agosto, após a aprovação pelo Plenário, a

    proposta parcial do orçamento da Câmara, para ser incluída na proposta geral do Município,

    prevalecendo, na hipótese da não aprovação pelo Plenário, a proposta elaborada pela Mesa;


ID
2840872
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com o artigo 67 da Lei Orgânica Municipal de Juiz de Fora, NÃO é um princípio norteador da política de Mobilidade Urbana:

Alternativas
Comentários
  • Art. 67. A política de mobilidade urbana deverá estar fundamentada nos seguintes princípios: I - acessibilidade universal; II - desenvolvimento sustentável do Município nas dimensões socioeconômicas e ambientais; III - equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; IV - eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; V - transparência e participação social no planejamento, controle e avaliação da política de mobilidade urbana; VI - segurança nos deslocamentos das pessoas; VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes meios e serviços; VIII - equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; IX - compatibilização entre transportes urbanos e uso e ocupação do solo.


ID
2840878
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

É um dos objetivos da política de segurança alimentar e nutricional sustentável, segundo a Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora:

Alternativas
Comentários
  • letra D ??? A promoção da geração de trabalho e renda. o que isso tem a ver com a política de segurança alimentar e nutricional sustentável ?? penso que a correta seria letra B


ID
2840944
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

Acerca dos propósitos, gerais ou específicos, é CORRETO afirmar que o texto:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B


    A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve.

  • É um texto dicertativo argumentativo só por isso já dá para matar a questão. (alternativa B)

ID
2840947
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

Conforme o texto, uma das propriedades que define o poder público é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA: D) O estabelecimento daquilo que é prioritário para o conjunto da sociedade.


    TRECHO DA RESPOSTAS NO TERCEIRO PARÁGRAFO:


     O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão.

  • gab: D

    TERCEIRO PARÁGRAFO: O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade.

    " QUANDO PENSAR EM DESISTIR , LEMBRE-SE PORQUÊ COMEÇOU. "

    FOCO , PACIÊNCIA E FÉ!

    Bons Estudos!


ID
2840950
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

Ainda segundo o texto, desigualdade social resulta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA: D) Das assimetrias históricas oriundas da divisão social do trabalho e da propriedade, ou seja, da partilha do poder econômico.


    Terceiro parágrafo...

    (...)A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade.(...)

  • Adorei o texto!

    Letra D

  • gab: D

    P03L02

    " A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo... "

    " QUANDO PENSAR EM DESISTIR , LEMBRE-SE PORQUÊ COMEÇOU. "

    FOCO , PACIÊNCIA E FÉ!

    Bons Estudos!

  • Gab: D

    Das assimetrias históricas oriundas da divisão social do trabalho e da propriedade, ou seja, da partilha do poder econômico.


ID
2840953
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

Acerca da organização linguística do texto, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários


  • Texto argumentativo é aquele que tem como principais características defender uma ideia, hipótese, teoria ou opinião e o objetivo de convencer o leitor para que acredite nela. Tem uma estrutura bem definida: apresenta sua tese e depois a defende.


    Fonte: https://comunidade.rockcontent.com/textos-argumentativos/

  • GABARITO LETRA D.

    Textos dissertativos ARGUMENTATIVOS e textos dissertativos EXPOSITIVOS:

    texto dissertativo-expositivo tem como objetivo informar e esclarecer o leitor através da exposição de um determinado assunto ou tema. Não há a necessidade de convencer o leitor, apenas de expor conhecimentos, ideias e pontos de vista.

    Já o texto disserativo-argumentativo quando fala sobre um tema, mostra seu ponto de vista sobre o assunto e colocando argumentos com o objetivo de convencer o leitor.

    O texto da questão, o autor informa e o próprio autor expõe suas ideias, portanto, é um texto argumentativo.

    FONTE: www.normaculta.com.br

  • "A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui".

    Um exemplo de marca do texto ser argumentativo, o autor expressa seu ponto de vista a fim de justificar, origens da desigualdade social.

    Gabarito letra D!


ID
2840956
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

No trecho “[...]a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais [...]” há uma figura de linguagem conhecida como metáfora. O sentido dessa expressão metafórica assemelha-se ao do provérbio presente no item:

Alternativas
Comentários
  •  “[...]a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais [...]”


    Pegamos o termo ICEBERG e trocamos pelas palavras correta, "o início de um grande conjunto de diferenças ", ou seja, não só isso de problema (a ponta do iceberg), mas tem vários outros problemas que não se fala e não se mostra. Como se diz "não é só isso aí que fulano está falando não. Tem caroço nesse angu (tem mais coisas) e ele não quer falar"

  • Letra A.


  • A frase "tem caroço nesse angu" está sendo utilizada no sentido figurado, e pode ter o mesmo significado de "tem algo de errado nessa situação".


    GAB: A


  • A meu ver comentar apenas o gabarito tbm é válido, pois é útil para quem não é assinante.

  • A metáfora é a figura de linguagem que transporta o significado de uma palavra para outra devido à relação de semelhança entre os significados.

  • A expressao "ponta do iceberg" significa que algo é a menor parte ou o começo de X.


    O sentido assemelha-se ao de "tem caroço nese angu" onde ambas demonstram que há algo a mais em um determinado fato além daquilo que é diretamente observável.

  • WHALISON BEZERRA, se você não fosse premium saberia a utilidade que tem "só" comentar o gabarito.

  • Quem nao é assinante pode muito bem ver as respostas pelas estatisticas, mas voces teimam com essas noias de escrever o gabarito

  • isso que me quebra no Portugues, não consigo ver diferença entre as alternativas.todas são figuradas, e se empregadas num texto não sei a diferença por ser uma metáfora.

  • Matheus Moreira, tem questão com alto índice de erro. A mais marcada é a errada. E aí? Qual incrível solução você dá?

  • Eu acho importante que o pessoal comente e explique as erradas também e não somente o gabarito, pois muitas vezes é preciso saber qual o erro nas outras alternativas ou qual a pegadinha do examinador, isto porque há questões que têm mais de uma correta, mas não é aquilo que o examinador pediu.

    Que me corrijam, mas acho que esta questão é uma dessas que várias estão certas, mas não é isso que o examinador pede e sim qual tem o sentido semelhante, ou seja, "a ponta do iceberg" quer dizer que há mais coisas escondidas, assim como em "Tem caroço nesse angu"

  • Eu espero não ser ignorante ao achar isso, mas essa questão me deixou chateada mais que todas. Todas são figurativas, apesar do colega acima ter dito que é a alternativa A, eu ainda não entendi a lógica rsrsrs

  • Eu espero não ser ignorante ao achar isso, mas essa questão me deixou chateada mais que todas. Todas são figurativas, apesar do colega acima ter dito que é a alternativa A, eu ainda não entendi a lógica rsrsrs

  • eu entendo que a ponta do iceberg mostra apenas uma parte de um todo, assim entendo que o caroço no angu tbm está escondido. Fui por essa lógica boba, mas acertei.

  • Essa frase: Tem caroço nesse angu. É uma explicação, assim como a frase: ...É apenas a ponta do Iceberg da configuração...
  • Gabarito''A''.

    A desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais=> provérbio presente no item: Tem caroço nesse angu.

    Não desista em dias ruins. Lute pelo seus sonhos!

  • O QC deveria cobrar mais caros de usuários que AMAM os não assinantes e a diferença DOAR para os mais pobri. Acho justo! hastagMelancianoPescoço


ID
2840968
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


    As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.

    Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.

    O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.


SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).

As regras de concordância estão corretamente observadas somente no item:

Alternativas

ID
2841025
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre Educação na Lei Orgânica Municipal de Juiz de Fora, é INCORRETO dizer que:

Alternativas

ID
2841031
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O sofrimento no trabalho é um tema recorrente nos estudos da área da Psicologia do Trabalho. Referente ao sofrimento no trabalho AFIRMA-SE:

I. A vivência depressiva em relação ao trabalho e a si mesmo alimenta-se da sensação de adormecimento intelectual, de esclerose mental, de paralisia da fantasia e da imaginação.
II. O trabalho, não só como uma condição externa, pode propiciar sofrimento insuperável para o ego, empobrecendo-o e restringindo sua ação a mecanismos defensivos repetitivos e ineficazes.
III. Dejours distingue dois tipos de sofrimento: o sofrimento mobilizador e o sofrimento patogênico.

Assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D (segundo a banca)

  • Os sofrimentos são três: ético, Patogênico e Criativo

  • "Esses desdobramentos na evitação do sofrimento por parte do ego podem também ocorrer em relação ao trabalho, tanto do ponto de vista físico quanto mental. O trabalho, não só como uma condição externa, pode propiciar sofrimento insuperável para o ego, empobrecendo-o e restringindo sua ação a mecanismos defensivos repetitivos e ineficazes, (afirmativa II) não lhe possibilitando aferir, de acordo com suas atividades, a satisfação de determinadas pulsões, que, não satisfeitas, tensionariam o aparelho psíquico, gerando angústia, estados depressivos, ansiedade, medos inespecíficos, sintomas somáticos, como sinais marcantes de sofrimento mental, com o agravante de que um ego debilitado e frágil não consegue diferenciar, pela sua condição, a origem de seu sofrimento."


    A vivência depressiva em relação ao trabalho e a si mesmo alimenta-se da sensação de adormecimento intelectual, de esclerose mental, de paralisia da fantasia e da imaginação (afirmativa I); na verdade, marca de alguma forma o triunfo do condicionamento em relação ao comportamento produtivo e criativo. Para esse pensador, no que diz respeito à relação do homem com o conteúdo significativo do trabalho, é possível considerar, esquematicamente, dois componentes: o conteúdo significativo em relação ao sujeito e o conteúdo significativo, pode-se assim dizer, em relação ao objeto."


    "Dejours (1994) distingue dois tipos de sofrimento: o sofrimento criador e o sofrimento patogênico. (afirmativa III) Este último surge quando todas as possibilidades de transformação, aperfeiçoamento e gestão da forma de organizar o trabalho já foram tentadas, ou melhor, quando somente pressões fixas, rígidas, repetitivas e frustrantes, configuram uma sensação generalizada de incapacidade."


    Foi tudo tirado do artigo "Saúde Mental e Psicologia do Trabalho"

    Link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392003000200011

  • O sofrimento patogênico ocorre pela impossibilidade do indivíduo estabelecer no seu trabalho a ressonância simbólica, não encontrando um espaço de palavra (espaço público) para expressar suas questões internas.

    O sofrimento criativo origina-se do fato de o indivíduo elaborar soluções originais que favorecem ou restituem sua saúde. O sofrimento criativo chega a adquirir um sentido, pois favorece ao indivíduo um reconhecimento de uma identidade.

    O sofrimento ético surge quando o sujeito chega ao ponto de executar ordens com as quais não concorda.

    Alguém poderia explicar o do porque sofrimento mobilizador ?

  •  O sofrimento, portanto, pode tanto assumir um papel de mobilizador da saúde do sujeito, uma vez que o auxilia a pensar de forma crítica o seu trabalho, quanto pode ser um instrumento que é utilizado para o aumento da produtividade e aliena o sujeito (Mendes, 2007).

  • Gabarito questionável, pois os termos corretos são sofrimento criativo e patogênico.

  • Custava colocar criativo? rsrs


ID
2841034
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A família pode ser constituída dinamicamente de forma consciente e inconsciente. Assinale a opção CORRETA que indica quais funções uma mãe suficientemente boa, através de suas aptidões físicas e mentais.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: C

  • Uma adequada maternagem – que Winnicott denomina como sendo aquela provinda de uma mãe suficientemente boa – alude ao fato de que essa mãe não frustra, nem gratifica, de forma excessiva, e que possibilita um sadio crescimento do self do seu filho. Essa condição de maternagem requer uma série de atributos e funções da mãe, que tanto podem pautar por uma normalidade, como também podem adquirir caraterísticas patogênicas. Pela extrema importância que esses múltiplos aspectos da relação mãe-filho exercem no desenvolvimento do ser humano, cabe descrevê-los separadamente.

     

    A mãe deve emprestar as suas “funções do ego”, como as capacidades de perceber, pensar, juízo crítico, etc., de modo a organizar
    e processar essas funções do ego de seu filho, enquanto ele ainda não as tem desenvolvidas.

  • Saber emprestar as suas funções de ego, ou seja, a capacidade de perceber e de pensar enquanto as do filho ainda não estão desenvolvidas. Correto

  • Saber emprestar as suas funções de ego, ou seja, a capacidade de perceber e de pensar enquanto as do filho ainda não estão desenvolvidas. Correto

  • Winnicott chama de “mãe suficientemente boa” a mulher “comum” que, naturalmente, adapta-se sensivelmente às necessidades de seu bebê. Inicialmente, a “mãe suficientemente boa” encontra-se num estado especial de “sensibilidade exacerbada, quase uma doença” (Winnicott, 1956), que começa a se desenvolver na gestação e se intensifica nas últimas semanas de gravidez se prolongando às primeiras semanas após o nascimento do bebê, atenuando-se após este período e tendendo ao desaparecimento. Nesta fase, a mãe atinge o mais alto grau da capacidade de identificação com o seu bebê e para isso usa suas próprias experiências como bebê, voltando-se totalmente aos cuidados de seu filho. “Ela passa a ser ele. É um estado de verdadeira fusão emocional” (Coutinho, 1997, p. 98). Winnicott deu um nome especial a esse estado psicológico especial da mãe - “preocupação materna primária” (Winnicott, 1956). Para entrar nesse estado delicado, a mulher precisa se sentir protegida, necessita de um ambiente facilitador para ela mesma, representado pelo pai do bebê e pela família. 

    Saber emprestar as suas funções de ego, ou seja, a capacidade de perceber e de pensar enquanto as do filho ainda não estão desenvolvidas, compreender as necessidades e desejos do bebê.

    COUTINHO, F. (1997). O ambiente facilitador: a mãe suficientemente boa. In PODKAMENI, A. B. & GUIMARÃES, M.A.C. Winnicott: 100 anos de um analista criativo. Rio de Janeiro: NAU, 1997.

    WINNICOTT, D. W. (1956). A preocupação materna primária. In Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2000. 

    Gabarito: Letra C

  •  A- ser continente (...) - conceito de Bion

    B - Uma adequada maternagem deve facilitar uma lenta e gradual dessimbiotização e, assim, abrir um caminho para a entrada em cena de um pai, respeitado e valorizado. A partir daí, a mãe estará promovendo a seu filho a passagem de uma díade exclusiva com ela para um triângulo edípico. Assim, a criancinha adquire a capacidade de reconhecimento da existência de terceiros, o que propicia a importante transição de um estado de narcisismo para o de um socialismo. 

    D - A capacidade de a mãe sobreviver aos ataques destrutivos e às demandas vorazes do filho sem um revide retaliador e, muito menos, sem sucumbir a um estado de depressão (que exacerba as fantasias da criança a respeito de sua maldade e destrutividade).  ( isso não é Para-excitação como a questão diz)

    Exercer a função de para-excitação dos estímulos que o ego incipiente da criança não consegue processar pela sua natural imaturidade neurofisiológica. Esses estímulos tanto procedem das tensões e traumatismos derivados das primeiras experiências sen-soriais e emocionais da infância, como também se originam nas desprazerosas sensa- ções emanadas do próprio corpo. Neste último caso, elas podem ser exteroceptivas (parte externa do corpo), proprioceptivas (camadas profundas da pele), enteroceptivas (órgãos internos, como pode ser, por exemplo, uma cólica intestinal do bebê), cinestésicas (sensação de equilíbrio). A mãe compreendendo e, na medida do possível, atendendo aos apelos do bebê, alivia-o das tensões insuportáveis que se expressam por um estado de excitação - Winnicott

    fonte> Zimmerman - fundamento psicanalise


ID
2841037
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Referente a história da área de RH assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Uma das primeiras terminologias utilizadas para Recursos Humanos foi Relações Industriais, este conceito mudou na década de 1960 por perceber que não se trava apenas de intermediar as desavenças e os conflitos que ocorriam nas organizações. Correto


ID
2841040
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Um grupo terapêutico assim como um sistema familiar, organizacional ou social comporta-se como uma estrutura na qual existem papeis e posições dos membros que deles participam. Assinale a opção CORRETA sobre os papeis e posições referentes a membros de grupos.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: A

  • O Vestal tem o papel de zelar pela manutenção da moral e dos bons costumes, podendo obstruir a criatividade inovadora do grupo

  • Bode expiatório: torna-se depositário das coisas negativas do grupo

    Porta-voz: manifesta o que o restante do grupo estar sentindo ou pensando

    Radar: o mais regressivo do grupo, capta as ansiedades grupais

    Vestal: zela pela manutenção da moral e dos bons costumes, podendo obstruir a criatividade grupal.

  • A

    Ser “Bode-expiatório” representa que toda “maldade” do grupo fica depositada em um indivíduo que, se tiver uma tendência prévia, poderá até ser expulso do grupo ou excluído dele. Correto


ID
2841043
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos. Assinale a opção CORRETA que identifica alguns dos objetivos da avaliação psicológica clínica.

Alternativas
Comentários
  • Classificação simples: O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual.

    Descrição: Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.

    Classificação nosológica: Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos.

    Diagnóstico diferencial: São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia.

    Avaliação compreensiva: É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos.

    Entendimento dinâmico: Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc.

    Prevenção: Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes.

    Prognóstico: Determina o curso provável do caso.

    Perícia forense: Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.


    Psicodiagnóstico V - Jurema Alcides Cunha

  • Segundo Cunha (2007), 

     

    "O objetivo de entendimento dinâmico, em sentido lato, pode ser considerado como uma forma de avaliação compreensiva, já que enfoca a personalidade de maneira global, mas pressupõe um nível mais elevado de inferência clínica. Através do exame, procura-se entender a problemática de um sujeito, com uma dimensão mais profunda, na perspectiva histórica do desenvolvimento, investigando fatores psicodinâmicos, identificando conflitos e chegando a uma compreensão do caso com base num referencial teórico" (p. 28) 

     

    Ainda segundo a mesma autora, "permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc" (p. 27)

     

    a) trata-se da descrição;

    c) trata-se da prevenção;

    d) trata-se do diagnóstico diferencial;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    -------------------

    Gabarito: B


ID
2841046
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Sigmund Freud é um dos primeiros a asseverar a dissociação entre grupo e as individualidades presente em um jogo dialético entre indivíduo e grupo. Para a Psicanálise as primeiras etapas de estruturação do ego estão alicerçadas nos Princípios do Prazer e da Realidade. Referente aos conjuntos de funções que o ego pode ser definido assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A

    Processa a formação das identidades e do sentimento de identidade.

  • O Ego é regido pelo princípio da Realidade - busca equilibrar as pulsões do Id e o Super Ego. Não está diretamente relacionado a primeira tópica (Consciente, Inconsciente e Pré-Consciente). O Ego surge em detrimento da necessidade do sujeito se adaptar a realidade do mundo - fora do útero da mãe, há inúmeros fatores repressores e agressores da realidade - o que causa a necessidade da estruturação do Ego (René Spitz, em seu livro "O Primeiro Ano de Vida" formula que o ego é, basicamente, construído na relação com a mãe através das relações objetais (a mãe fornece ao filho condições para a completa estruturação do ego). Logo, seria impossível que as opções B, C e D, respectivamente, sequer fosse possível, pois o ego não surge independente, É parelho ao Id e Superego e coordena os mecanismos de defesa para lidar com a realidade e, sim, depende da maturação fisiológica (de um bebê para uma criança, por exemplo, há a estruturação do Ego).


ID
2841049
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Três aspectos se constituem como a coluna vertebral na formação dos processos inconscientes que gravitam no campo grupal: ansiedade, defesa e identificações. Referente a estes três aspetos assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • a) Habitualmente, os termos ansiedade e angústia são tomados como sinônimos. Creio ser útil estabelecer uma distinção. A Angústia (vem do latim angor, que significa “estreitamento”) se manifesta por uma sintomatologia somatiforme, do tipo de sensações de estreitamento, como é o caso da dispnéia suspirosa, opressão pré-cordial, etc. Ansiedade expressa uma "ânsia", ou seja, um desejo impossível e, por isso, ela se forma no ego com a finalidade de sinalizar que algum perigo ameaça o equilíbrio interno. No entanto, nem sempre o sinal de alarme da ansiedade se traduz por sintomas de angústia livre.


    c)As identificações propriamente ditas resultam de um processo de introjeção de figuras parentais dentro do ego e do superego, o que pode ocorrer através de uma das seguintes formas:

    1) Com a figura amada e admirada (é a que constitui as identificações mais sadias e harmônicas).

    2) Com a figura idealizada (costuma ser frágil e não suporta as frustrações).

    3) Com a figura odiada (configura o que se conhece como "identificação com o agressor”).

    4) Com a figura perdida (é a base dos processos depressivos).

    5) Com a figura atacada (creio que poderia ser denominada como "identificação com a vitima").

    6) Com alguns aspectos parciais dessas figuras acima (por exemplo, a presença de um mesmo sintoma, ou um mesmo maneirismo, etc.)

    7) Com os valores que lhe foram impostos (na base do ‘Tu vais ser igual à louca da tia Maria", etc.).



    d) Ansiedade de castração. Surge como decorrência dos conflitos edípicos.


    Fundamentos Básicos das Grupoterapias David E. Zimerman

  • A identificação projetiva é um mecanismo de defesa presente no campo grupal que pode causar distorção de percepção. Correto


ID
2841052
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A área de Recursos Humanos é também nomeada como Gestão de Pessoas por compreender esta área de forma mais ampliada no que se refere a importância de administrar pessoas enquanto parceiros e colaboradores em oposição de os perceber apenas como recursos humanos passivos e obedientes. Neste conceito de Gestão de Pessoas alguns dos seus aspectos fundamentais são:

I. As pessoas são diferentes entre si, elas são impulsionadores da organização e, enquanto pessoas dentro de suas singularidades, possuem um incrível dom de crescimento e desenvolvimento pessoal.
II. As pessoas são parceiras da organização que com fonte de impulso próprio e não como agentes inertes ou estáticos, com seus talentos impulsiona as organizações.
III. As pessoas são diferentes entre si possuindo salários, incentivos, crescimento profissional e carreira diferenciados, são os únicos capazes de conduzir a organização à excelência a ao sucesso.

Assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode me explicar pq a primeira está incorreta?
  • Penso que o erro da primeira é porque se refere que as pessoas possui um incrível dom.

  • (https://gennegociosegestao.com.br/moderna-gestao-do-talento-humano/)

    esse não é um site cientifico mas tem uma descriçãozinha melhor dos aspectos citados na questão


ID
2841055
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O processo da formação do sentimento de identidade ocorre envolvendo os planos, por exemplo, sexual, profissional, social, dentre outros. Em relação à estruturação das identificações e da formação das diversas formas de identidade, assinale a opção CORRETA que apresenta os fatores que são considerados para esta formação e estruturação.

Alternativas
Comentários
  • Letra c. podem? nao seriam devem?

  • A - A influência dos amigos não necessariamente é maior do que a dos pais, na verdade, considerando que os pais (geralmente) passam mais tempo nas fases primárias do desenvolvimento do filho, a influência destes na criança serão significativos e estas serão carregadas em sua personalidade ao longo de seu desenvolvimento. Portanto, alternativa ERRADA.

    B - A influência dos pais, como dito anteriormente, é nítida e significante no sujeito em construção e resultará em alguns traços de personalidade em sua estrutura madura (adulto). Portanto, a questão está ERRADA.

    C - Única alternativa coerente. CERTA

    D - Essa resposta sequer faz sentido. No máximo seria um paralelo com o processo de castração na fase de Complexo de Édipo, entretanto, mesmo com tal ressalva ainda assim esta resposta não está devidamente desenvolvida nem engloba a complexidade da relação paternal no desenvolvimento da personalidade. Obviamente ERRADA.


ID
2841058
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A atuação da Psicologia na área de Recursos Humanos é diversa, uma destas perspectivas de abordagem é o enfoque sistêmico. Referente aos níveis de análise com enfoque sistêmico assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • qual o erro da C?

  • A

    O nível do comportamento organizacional compreende a organização como totalidade. correto


ID
2841061
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A ansiedade é objeto de estudos de diversas ciências e disciplinas da Psicologia e Psicanálise. Freud, por exemplo, desenvolveu dois tipos de ansiedade: a angustia automática e a angústia-sinal. Segundo a perspectiva genético-evolutivo que assevera que cada etapa da vida do indivíduo determina especificidade na configuração das ansiedades. Referente as configurações da ansiedade na perspectiva genético-evolutivo, AFIRMA-SE:

I. A Ansiedade de Aniquilamento é também conhecida como desintegração, desmantelamento, despedaçamento, catastrófica.
II. Ansiedade de Separação forma-se durante a primeira infância, pode ser o medo da perda do objeto necessitado e a da perda do amor deste objeto.
III. Ansiedade de Engolfamento corresponde a uma fixação na etapa evolutiva em que há uma indiferenciação entre o eu e o outro, tal como ocorre na díade fusionai mãe-filho, de natureza simbiótica-narcisistica.

Assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Do ponto de vista genético-evolutivo, a partir do fato de que cada etapa da vida do indivíduo determina uma certa especificidade na configuração das ansiedades, pode-se traçar o seguinte esquema conceituai:

    1) Ansiedade de Aniquilamento (também conhecida como desintegração, desmantelamento, despedaçamento, catastrófica, etc.) — Está presente desde o nascimento e corresponde à intensa presença no interior do bebê das pulsões agressivas (Instinto de morte, na teoria kleiniana) e dos estímulos desprazerosos. Assim, as primeiras frustrações são se- mantizadas como uma ameaça de morte, como um aniquilamento da vida.

    2) Ansiedade de Engolfamento — Corresponde a uma fixação na etapa evolutiva em que há uma indiferenciação entre o eu e o outro, tal como ocorre na diade fusional mãe-filho, de natureza simbiótica-narcisística

    3)Ansiedade de Separação — Forma-se durante a primeira infância e é devido a duas condições básicas: uma é o medo da perda do objeto necessitado e a outra, a da perda do amor deste objeto. E claro que estes medos tanto podem estar justificados por uma realidade exterior desfavorável como ela pode ser conseqüente de fantasias inconscientes, sendo o mais comum uma combinação de ambas.

    4) Ansiedade de Castração — Está intrinsecamente ligada às conhecidas vicissitudes que cercam o conflito edípico. Não é demais ressaltar que, em grau moderado, esse tipo de ansiedade é muito importante para a estruturação psíquica, porquanto é ela que introduz a presença e a “lei” do pai para desfazer a díade simbiótica com a màe, assim permitindo a transição do plano imaginário narcísico para o simbiótico e o real edípicos.

    5) Ansiedade decorrente do Superego — Esta forma de ansiedade forma-se a partir dos mandamentos, proibições, valores e expectativas dos pais, bem como dos paradigmas socioculturais de uma determinada geografia e época, estendendo-se até o período de latência.

    É útil enfatizar os três aspectos seguintes relativos ao fenômeno da ansiedade: a) comumente, os diversos tipos de angústias, acima descritas, não são estanques entre si; antes, elas se tangenciam e interpenetram, b) os derivados clínicos da ansiedade costumam manifestar-se por somatizações, por actings, ou por sentimentos de culpa, vergonha, medo e humilhação, c) podem manifestar-se por um estado de angústia livre, traduzida por concomitantes equivalentes fisiológicos, tais como uma opressão pré-cordial, dispnéia suspirosa, sudorese e sensação de cabeça inchando, entre outros.


    referências: Fundamentos Básicos das Grupoterapias David E. Zimerman

  • Id -> insatisfação sexual, castração-> angustia

    ego -> medo da morte ( aniquilamento, engolfamento, risco real de morte-> medo

    Supergo -> medo de perda do amor, separação -> culpa

  • O conceito de angústia automática: entendida como uma reação do sujeito frente a um afluxo de excitações, as quais não consegue dominar. A angústia automática tem como paradigma o trauma do nascimento. Os conteúdos dessa angústia são da ordem das pulsões de auto-conservação, onde “a realidade está em seu ponto máximo e o perigo é hiper-real. Na verdade, se trata de sobreviver ou não”.(Jean Laplanche). Para Freud, o nascimento seria o protótipo de todas as posteriores situações de perigo.

    Sinal de Angústia ou Angústia-sinal:

    O afeto angústia é uma reação geral frente a um perigo e encontra-se localizada no EGO, uma vez que só ele pode experienciar esse afeto desagradável.

    Nesse momento teórico, a angústia já não é provocada pelo acúmulo de energia pulsional(Primeira Teoria). Ao contrário, são as séries de significações desencadeadoras da angústia(angústia de castação), que provocam o recalque.

    http://www.redepsi.com.br/2008/10/12/a-ang-stia-em-freud/

  • LETRA D - Os itens I, II e III são verdadeiros.

  • ô bixin complicado esse Freud heim


ID
2841064
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Diversas empresas têm implementado suas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA). As CIPAS são uma imposição legal da Consolidação das Leis Trabalhistas. Um dos seus objetivos é a melhora na qualidade de vida do trabalhador. Referente a qualidade de vida do trabalhador, assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Questões confusas da consulpam

  • prova horrível essa da banca.

  • Tirando o físico e psicológico da letra D sobra o que para uma pessoa se sentir insegura? o molecular da Química. Isso... são as moléculas que podem nos tornar corpos inseguros no espaço.

    #PsicologiaQuimica

    Dizer que o "estreitamente" restringe um conceito é forçar a barra de quem tenta racionalizar um chute. Conceito restrito é dizer "apenas", "somente", "é", "restrito". Estreito é quem tem relação mais próxima.

  • Nao vejo erro na alternativa c. Acredito que entraram com recurso

  • Também não vejo erro na C, questão mal elaborada.

  • questão mal elaborada

  • A questão pede qual a alternativa se refere a a qualidade de vida do trabalhador e não apenas sobre condições de segurança (que tambem afetam a qualidade de vida) como alternativa D apresenta. A insegurança sim esta estreitamento (o termo não é no sentido único da coisa, esta mais pra enfático) a lesões e problemas psicológicos. Questãozinha meio problemática e preguiçosa da banca


ID
2841067
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A Psicologia Grupal é resultante de contribuições advindas da Psicanálise, Psicologia, Ciências Sociais, dentre outras áreas. Referente a história-evolutiva das grupoterapias assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Resumo:


    uma série de estudiosos vem construindo formulações e práticas que amparam muitos trabalhos atualmente desenvolvidos com grupos, que se baseiam em várias vertentes. Dentre elas, pode-se destacar: a psicodramática (Jacob Moreno), a gestáltica (Kurt Lewin), a filosófica (J. P. Satre), a operativa (Pichón-Riviére), a institucional (Elliot Jacques), a comunitária (Maxwell Jones), a comunicacional (D. Liberman), a sistêmica (Ludwig Bertalanffi), a cognitivo-comportamentalista (Aaron T. Beck), a psicanalítica (Freud, Foulkes, Bion, Anzier, Kaes), entre muitas outras.


    Fonte: https://books.google.com.br/books?id=rzJJgxzNdtwC&pg=PA71&lpg=PA71&dq=D.+Lieberman+grupo+comunicacional&source=bl&ots=3CJwsr7FAi&sig=EtQqA2gcpftQDMMS2OsFlYQjd3Q&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwj-87uI-_TeAhXFjZAKHR-9BWAQ6AEwAHoECAgQAQ#v=onepage&q=D.%20Lieberman%20grupo%20comunicacional&f=false 

  • Elliot Jacques, psicanalista, estudou as organizações institucionais, enfatizou em seus estudos subjacentes fantasias inconscientes e jogos de identificações projetivas e introjetivas entre os membros das instituições. (GABARITO)


    Maxwell Jones (Comunitária)

    É creditado a Maxwell Jones o desenvolvimento do modelo inovador de tratamento psiquiátrico que substituiu o antigo conjunto de normas rígidas e eletrochoques por psicodramas, discussões sociais, filmes educacionais e opiniões sobre a vida em comunidade. Jones acreditava que assim criava o ambiente terapêutico ideal para beneficiar a recuperação do indivíduo, despertando um processo contínuo de reinserção e reeducação sociais.


    Pratt

    A literatura proveniente dos Estados Unidos da América do Norte (EUA) atribui a Joseph H. Pratt a criação da psicoterapia de grupo. Pratt trabalhava como clínico geral, no Ambulatório do Massachussetts General Hospital (Boston). Em julho de 1905 iniciou programa de assistência a doentes de tuberculose, incapazes de arcar com os custos de internação. Reunia-os uma vez por semana, em grupos de 15 a 20 membros, no máximo 25, para que fosse possível estabelecer maior contato com os pacientes. Além dos cuidados clínicos, orientava-os a adotar atitudes positivas em relação às suas condições, enfatizando a necessidade de manter a confiança e a esperança. O reconhecimento de que não eram os únicos a sofrer, aparentemente, contribuía para certa sensação de melhora.

    Pratt começou seus grupos com o propósito educacional de ensinar aos pacientes a melhor maneira de cuidar de si próprios e da doença. Descrevia sua abordagem como um método baseado em estratégia de persuasão e reeducação emocional. Adotava técnicas denominadas, posteriormente, comportamentais, como o emprego de diário para anotação de detalhes do dia-a-dia e tarefas a serem realizadas em casa.


    D. Liberman (Comunicacional-interacioal)

    Deve-se a D. Liberman a criação da Comunicação-interacional direcionada a patologia da comunicação verbal e não verbal.

  • esta é uma questão que não exige o conhecimento que nela está descrito, mas o conhecimento de grupos e o raciocínio lógico para perceber que as alternativas b, c, d e e são erradas.

  • Zimerman (1993) listou 12 vertentes históricas das Grupoterapias. Aquelas citadas na questão:

    Vertente Empirista (fruto da intuição e experimentação) - J. Pratt foi um médico tisiologista (trabalhou com pacientes tuberculosos, doença de alta incidência e mortalidade na época).

    Vertente Institucional - Elliot Jacques foi um psicanalista inglês de formação kleiniana. Ele concebe as instituições da mesma forma que os sistemas sociais, se estruturam como defesas contra ansiedades persecutórias e depressivas. Jacques enfatiza as subjacentes fantasias inconsciente, bem como o jogo das identificações projetivas e introjetivas entre os membros das instituições e que são responsáveis pela distribuição de papeis e posições. Partindo desse enfoque, e de novos referenciais teóricos de outros autores, a moderna psicologia organizacional vem adquirindo uma sólida ideologia específica e uma crescente aceitação. RESPOSTA - ITEM A

    Vertente dos Grupos Comunitários - criada por Maxwell Jones, acreditava que o aproveitamento de todo o potencial terapêutico (ambientoterapia) que emana dos diferentes grupos que estão presentes no ambiente de uma instituição assistencial — um hospital psiquiátrico, por exemplo — e que totalizam o que ele denominou de "comunidade terapêutica”.

    Vertente Comunicacional-interacional - Esta vertente tem se tornado cada vez mais popular entre todos os interessados em grupos. Muitos são estudiosos que tem esclarecido a semiótica, a sintaxe e a semântica da normalidade e da patologia na comunicação, tanto verbal quanto não-verbal. É justo destacar os trabalhos de D. Liberman, psicanalista argentino, nos quais eles estudos os diferentes tipos linguísticos presentes nas inter-relações humana.

  • Admito ter acertado na "lógica" ou muitos vão dizer "chute bem dado" referente ao termo psicanálise no enunciado e psicanalista na resposta correta!


ID
2841070
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A validade de um teste psicológico é um aspecto fundamental para sua aplicação. Referente a validade de testes psicológicos assinale a opção CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • 1) Validade de construto (construct validity): o teste mede um atributo ou qualidade que não é “operacionalmente defi nido”; (Cronbach & Meehl, 1955).

    2) Validade de conteúdo (content validity): o teste constitui uma amostra representativa de um universo de conteúdo (Cronbach & Meehl, 1955; Haynes, Richard, & Kubany, 1995), além de ser relevante (Messick, 1989). (LETRA A)

    3) Validade de critério (criterion-oriented validity): o teste prediz um critério externo (Cronbach & Meehl, 1955).

    4) Validade preditiva (predictive validity): variedade da validade de critério, em que este é medido temporariamente depois de obtidos os dados do teste (Cronbach & Meehl, 1955).

    5) Validade concorrente (concorrent validity): variedade da validade de critério, em que este é medido simultaneamente à coleta dos dados do teste (Cronbach & Meehl, 1955).

    6) Validade aparente (face validity): consiste em se ter “peritos” revendo os conteúdos de um teste para ver se eles são apropriados “em sua cara” (Mosier, 1947, 1951). (LETRA B)

    8) Validade discriminante (discriminant validity): um teste tem validade discriminante se mostrar correlação nula com um teste que mede um traço independente de personalidade (Campbell & Fiske, 1959). (LETRA C)

    9) Validade convergente (convergent validity): um teste tem validade convergente se mostrar correlação alta com um teste que mede um traço de personalidade teoricamente relacionado ao que o teste mede (Campbell & Fiske, 1959);

    11) Validade fatorial (factorial validity): um tipo de validade de construto em que testes são submetidos à análise fatorial para verifi car se possuem variância comum (caso em que se diz que estão cobrindo o mesmo construto) (Guilford, 1946). (LETRA D, GABARITO)


    Fonte: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v23nspe/18


ID
2841073
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A palavra educação profissional possui diversos significados e sentidos. Alguns teóricos consideram a educação profissional como um preparo para vida e pela vida direcionada ao contexto organizacional. Referente a educação profissional AFIRMA-SE:

I. Educação profissional é uma forma de educação profissional institucionalizada ou não que prepara o homem para uma profissão em um determinado mercado de trabalho.
II. Desenvolvimento profissional é a educação profissional que aperfeiçoa a pessoa para uma carreira dentro de uma profissão.
III. Formação profissional é a educação institucional ou não, que objetiva o preparo do homem para a vida profissional.
IV. Treinamento é a educação profissional que adapta a pessoa para um cargo ou função.

Assinale a opção CORRETA:


Alternativas
Comentários
  • qual o erro da 2?

  • Desenvolvimento das pessoas focaliza os cargos a serem ocupados futuramente na organização.

  • A II está correta. A Consulpam é uma banca péssima. 

    Educação profissional: é a educação institucionalizada ou não, que visa ao preparo do homem para a vida profissional. Compreende três etapas interdependentes, mas perfeitamente distintas.

    Formação profissional: é a educação profissional institucionalizada ou não que prepara a pessoa para uma profissão em um determinado mercado de trabalho.

    Desenvolvimento profissional: é a educação profissional que aperfeiçoa a pessoa para uma carreira dentro de uma profissão. E a educação profissional que visa ampliar, desenvolver e aperfeiçoar a pessoa para seu crescimento profissional em determinada carreira na organização ou para que se torne mais eficiente e produtiva no seu cargo. (CHIAVENATO)

    II. Desenvolvimento profissional é a educação profissional que aperfeiçoa a pessoa para uma carreira dentro de uma profissão. (CONSULPAM)

    Treinamento: é a educação profissional que adapta a pessoa para um cargo ou função Seus objetivos situados no curto prazo são restritos e imediatos, visando dar ao homem os elementos essenciais para o exercício de um cargo, preparando-o adequadamente para ele.


ID
2841076
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A Psicologia tem uma história muito estreita com o uso de testes psicológicos. Referente a alguns conceitos de fidedignidade dos testes psicológicos assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • a) Uma escala ou teste é fidedigno se repetidas mensurações são obtidas em condições constantes e dão o mesmo resultado, supondo nenhuma mudança nas características básicas.

    Gabarito


    b) O método das formas paralelas consiste na aplicação do instrumento uma única vez e com apenas uma forma.

    O mesmo indivíduo pode ser avaliado com duas ou mais formas do teste no mesmo dia ou em dias diferentes.


    c) A consistência interna do instrumento é utilizada quando uma única forma do teste ou escala foi aplicada numa única sessão.

    A consistência interna – ou homogeneidade – indica se todas as subpartes de um instrumento medem a mesma característica. Por exemplo, se um instrumento que avalia a satisfação do indivíduo com seu trabalho possui nove domínios, todos os itens do domínio ‘remuneração’ devem realmente medir tal construto e não um construto diferente, como ‘benefícios’, para que o instrumento apresente consistência interna.


    d) No método das metades (split-half) versões supostamente equivalentes da escala são dadas aos mesmos indivíduos e os resultados correlacionados.

    Consiste na divisão do teste em duas partes homogêneas ou equivalentes, porém ele é aplicado uma única vez ao testando



ID
2841079
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Pichon Riviere foi o criador do conceito de Grupos Operativos, tendo desenvolvido quadros de liderança grupal. Referente a estes quadros de liderança assinale a opção CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • a) A liderança autocrática habitualmente é exercida por pessoas de características obsessivo-narcisísticas, onde este centraliza as decisões, e impõem o seu ponto de vista, sendo própria de grupos compostos por pessoas inseguras e que não sabem fazer um pleno uso de sua liberdade.


    b) certa


    c) demagogo

  • Liderança liberal (laissez-faire) dá grande liberdade ao grupo – apresenta as alternativas para o grupo, mas cabe a eles tomar decisões. O líder só participa quando solicitado pelo grupo. Trata-se de uma liderança voltada para os liderados.

    Apostila de Administração – Prof. Heron Lemos – Tiradentes Online

    LIBERAL

    ▪ Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder;

    ▪ A participação do líder no debate apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem;

    ▪ Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros, fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder;

    ▪ O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos;

    ▪ O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado.

  • Natureza maligna?? Achei q por isso tava errada.

  • Onde tem referências e textos sobre isso?

  • a questão colocou exatamente o que está escrito no livro Fundamentos Básicos das Grupoterapias, de David Zimmerman

  • Pichon Riviere foi o criador do conceito de Grupos Operativos, tendo desenvolvido quadros de liderança grupal. 

    --> A liderança autocrática habitualmente é exercida por pessoas de características obsessivo-narcisísticas, onde este centraliza as decisões, e impõem o seu ponto de vista, sendo própria de grupos compostos por pessoas inseguras e que não sabem fazer um pleno uso de sua liberdade.

    --> A liderança do tipo laissez-faire alude a um estado de negligência e, por isso, o seu maior risco consiste numa “falta” que pode gerar angustias, dúvidas e limites, podendo ocorrer a práticas de actings de natureza maligna.


ID
2841082
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A falta de Qualidade de vida no contexto do trabalho pode ocasionar o adoecimento tanto físico quanto mental. Assinale a opção CORRETA que identifica algumas doenças físicas resultantes da falta de qualidade de vida no trabalho.

Alternativas
Comentários
  • Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) dizem respeito a uma gama de condições decorrentes da inflamação ou degeneração de tendões, nervos, ligamentos, músculos e estruturas periarticulares em diferentes sítios (dedos, punhos, antebraços e braços, ombros e região cervical) dos membros superiores e pescoço.

     

    http://www.scielo.br/pdf/rsp/v51s1/pt_0034-8910-rsp-S1518-87872017051000282.pdf

  • Essa é uma questão mais de interpretação. doenças FISICAS, resposta A


ID
2841085
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O Genograma tem sido um instrumento de avaliação do sistema familiar usado por diversos profissionais, psicólogos ou não. Referente aos símbolos usados no Genograma assine a opção CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Comentários sobre essa questão?


  • a) O círculo com a idade e nome da pessoa são usados para se referir ao sexo masculino.

    Círculo representa pessoas do sexo feminino. Quadrado representa pessoas do sexo masculino.


    b) Duas linhas em paralelo que ligam duas pessoas são usadas para se referir a relacionamento muito próximo ou fundido.

    Três linhas paralelas representam uma relação muito próxima ou fundida. Duas linhas representam uma relação mais íntima.


    c) Apenas uma linha ligando duas pessoas é usada para se referir a um relacionamento distante.

    GABARITO (Porém contestável, pois deveria ser uma linha tracejada, uma linha apenas significa uma relação harmoniosa e uma linha pontilhada uma relação apática)


    d) Uma seta que liga uma pessoa até outra indica aspectos de hostilidade entre uma pessoa contra outra.

    Uma seta ligando uma pessoa a outra, representa uma relação dominante ou focada em uma pessoa.

  • Acredito que o gabarito esteja errado, e na vdd seja letra B


ID
2841088
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Os chineses começam a usar testes/exames no serviço público civil no ano 2200 a.C., sendo eles os primeiros a pensar em um sistema de teste para avaliação. Contudo, deve-se a Binet e Simon o primeiro teste moderno de inteligência. Referente aos testes específicos de memória AFIRMA-SE:

I. Teste de Evocação de Buschke avalia a memória operativa, imediata e tardia, verbal e não-verbal, visual, espacial e de eventos.
II. Fuld Object Memory Evaluation – FOME investiga registro e evocação de material verbal e visual, memória espacial, orientação temporal.
III. Teste Comportamental de Memória de Rivermead avalia a nomeação tátil e nomeação visual de objetos (fluência verbal, evocação, rememoração dos objetos).
IV. Escala Wechsler de Memória III – WMS-III avalia a memória com análise simultânea de armazenamento, retenção e recuperação de memória remota.

Assinale a opção CORRETA:

Alternativas