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Prova FUMARC - 2018 - CEMIG - MG - Assistente Social JR


ID
2661859
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Do moderno ao pós-moderno

                                                               Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


      A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.

      Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.

      Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.

      O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

      Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.

      A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

      Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.

      Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

      A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

São vários os interdiscursos que “dialogam” no artigo de opinião de Frei Betto, como fonte de evidências para sua argumentação. Abaixo se apontaram alguns deles, com uma exemplificação. Assinale a opção em que NÃO haja correspondência entre a nomeação e a exemplificação:

Alternativas
Comentários
  • Gab. Letra C. 

  • "Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo."

    O trecho não se refere a religiosidade e sim ao processo de conheceimento.

  • LETRA C

    Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.”

    Nesse fragmento não fala nada de religião. Está falando de como se dá o processo do conhecimento e ainda cita exemplos, portanto é a resposta errada.

  • A letra C remete mais a uma questão filosófica em referências ao saber, autoconhecimento e realidade.


ID
2661862
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Do moderno ao pós-moderno

                                                               Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


      A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.

      Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.

      Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.

      O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

      Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.

      A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

      Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.

      Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

      A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

Anteponha V (verdadeiro) ou F (falso) às asserções, levando em consideração a argumentação do articulista:


( ) Para o autor, a crença no racionalismo, base da reflexão que sustentava a contraposição a dogmas e possibilitava a liberdade, hoje foi suplantada pela incerteza de uns, e pela alienação de outros.

( ) Segundo o autor, na contemporaneidade, o caráter de imediatismo e individualismo da nossa sociedade é fruto do sincretismo religioso do povo brasileiro e da falta de conhecimento da história do Brasil.

( ) A globalização, que se constitui como fenômeno inescapável, apresenta tanto aspectos positivos quanto negativos: no âmbito dos avanços tecnológicos, ao mesmo tempo aproxima e isola pessoas; no econômico, promove grande circulação monetária para uns e desigualdades gritantes, para outros povos.

( ) Em decorrência do apagamento de fronteiras culturais e econômicas, notam-se interferências nos preceitos morais dos diversos grupos sociais, sobretudo dos países “colonizados”.

( ) Para Frei Betto, o ceticismo e o hedonismo consumista, marcantes no mundo pós-moderno, construíram uma nova postura ética, uma nova utopia que rejeita o “politicamente incorreto”.


A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta: Letra D

  • Gostaria de uma explicação para essa questão, tentei responder de acordo com a interpretação do texto e não tive sucesso. 

  • No dia da prova eu errei essa questão e ainda hoje tive dificuldade para acertar. Acredito que as duas últimas alternativas estão corretas.

  • A letra D esta errada por causa  da expressao: “que rejeita o "politicamente incorreto” o certo seria que aceita o politicamente incorreto.

    TRECHO: Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.”

  • Frei Betto já é aquele cara que fala, fala, fala e acaba não dizendo muita coisa, e a FUMARC ainda vem inventar moda nas questões. pqp.

  • ( F )Para Frei Betto, o ceticismo e o hedonismo consumista, marcantes no mundo pós-moderno, construíram uma nova postura ética, uma nova utopia que rejeita o “politicamente incorreto”.


    O texto fala sobre ética aqui:

     "Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos."


    Logo... o hedonismo , ceticismo e consumismo eh abordado em outro parágrafo que ele fala de costumes... e também em momento nenhum o texto cita comportamento politicamente correto.

  • Pra responder essa questão eu me recusei ficar voltando no texto muitas vezes. Fui "o que eu considero que é certeza?" Analisei que a primeira seria V(eu tive certeza) e analisei que a última deveria ser F( eu tbm tive certeza).Com isso eliminei as outras....

    Obs: Eu não sou nerd, guardo inúmeras reprovações...

  • Meu entendimento da questão:

    ( V) Para o autor, a crença no racionalismo, base da reflexão que sustentava a contraposição a dogmas e possibilitava a liberdade, hoje foi suplantada pela incerteza de uns, e pela alienação de outros. R: Isso resume o texto (a ideia central) no trecho "morte da modernidade merece missa de sétimo dia? " (...) Somos invadidos pela incerteza,"

    (F) Segundo o autor, na contemporaneidade, o caráter de imediatismo e individualismo da nossa sociedade é fruto do sincretismo religioso do povo brasileiro e da falta de conhecimento da história do Brasil. R:(totalmente sem sentido)

    (V ) A globalização, que se constitui como fenômeno inescapável, apresenta tanto aspectos positivos quanto negativos: no âmbito dos avanços tecnológicos, ao mesmo tempo aproxima e isola pessoas; no econômico, promove grande circulação monetária para uns e desigualdades gritantes, para outros povos. R: Verdadeiro possível verificar no trecho "A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização."

    ( V) Em decorrência do apagamento de fronteiras culturais e econômicas, notam-se interferências nos preceitos morais dos diversos grupos sociais, sobretudo dos países “colonizados”. R: Possível encontrar no trecho: "Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte."

    ( F ) Para Frei Betto, o ceticismo e o hedonismo consumista, marcantes no mundo pós-moderno, construíram uma nova postura ética, uma nova utopia que rejeita o “politicamente incorreto”. R: trecho "(...) Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais"


ID
2661874
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Do moderno ao pós-moderno

                                                               Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


      A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.

      Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.

      Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.

      O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

      Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.

      A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

      Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.

      Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

      A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

“A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.”


São figuras de linguagem identificáveis no fragmento acima, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • São exemplos de Antítese:

    A sina dos médicos é conviver com a doença e a saúde.

    Ele estava entre a vida e a morte.

    A vida é mesmo assim, um dia a gente ri e no outro a gente chora.

    Alegrias e tristezas são constantes da vida.

    A educação é luz sobre trevas.

    O soldado contava suas derrotas e vitórias.

    O amor e o ódio são sentimentos bem próximos.

    Uma linha tênue separava a verdade da mentira.

  • Ironia é a figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente do habitual e produza um humor sutil. Frequentemente, esse jogo é feito utilizando-se uma palavra quando na verdade se quer dizer o oposto dela, mas vale lembrar que nem só de oposições se constroem as ironias. Às vezes, o sentido real do que se diz não é exatamente o oposto, mas é diferente, e isso basta para tornar a sentença irônica.

    Fale mais alto, lá da esquina ainda não dá para ouvir.

     

    Metáfora é uma figura de linguagem. É um recurso semântico, Quer dizer que é um meio utilizado por quem escreve, ou por quem fala, para melhorar a expressividade de um texto literário. Quando é empregada em uma frase, faz com que esta se torne mais eloquente para os que a leem e a ouvem. Pode ser entendida como um artifício linguístico capaz de promover uma transferência de significado de um vocábulo para outro, através de comparação não claramente explícita.

    Esse problema é só a ponta do iceberg.

     

    Perífrase é uma figura de linguagem que também é chamada de antonomásia e circunlóquio. Consiste na substituição de um termo ou expressão curta por uma expressão mais longa que serve para transmitir a mesma ideia. Siginifica "falar em círculo". 

    Que bela imagem aérea do Velho Chico. (Rio São Francisco)

     

    Antítese é a figura de estilo que usa palavras ou expressões com sentidos opostos, que contrastam entre si. Ocorre quando há a aproximação destes termos contrários. Esta aproximação dá ênfase à frase e assegura maior expressividade à mensagem a ser transmitida.

    O mundo inteiro acordar e a gente dormir, dormir…

    OBS.: A Antítese utiliza palavras que são opostas quanto ao sentido, mas que apesar de serem contrárias, reforçam a mensagem que se deseja passar.

    O Paradoxo também utiliza a oposição entre dois termos contraditórios, mas estes referem-se a uma mesma ideia ou pensamento.

    “Estou cego e vejo./Arranco os olhos e vejo.” (Carlos Drummond de Andrade) 

     

    Hipérbato ou Inversão é uma figura de construção ou sintaxe caracterizada pela troca na sequência normal dos termos da oração. Neste caso, ocorre uma inversão ocasionando uma mudança, onde a ordem direta destes termos é alterada.

    HipérbatoSão como cristais suas lágrimas. Batia acelerado meu coração.

    Ordem direta: Suas lágrimas são como cristais. Meu coração batia acelerado.

     

    Hipérbole é a expressão do exagero. É figura de linguagem classificada como figura de pensamento. E por isto mesmo, constitui recurso estilístico capaz de aumentar a expressividade do texto. "... emergência funesta no pós-guerra.”

     

    Fonte: https://www.figurasdelinguagem.com

  • METÁFORA - "A morte da modernidade" (a palavra "morte" foi usada subentendendo a palavra "fim")

     

    IRONIA - "merece missa de sétimo dia?" (o tom jocoso deixa claro o sentido de ironia)

     

    PERÍFRASE - "Os pais da Modernidade" (utilizando uma expressão que celebrizou o grupo de quem se fala)

     

                                 gabarito: A

  • É importante enfatizar a diferença entre a Antonomásia e a Perífrase.

     

    ANTONOMÁSIA: É a substituição de um nome próprio por uma qualidade ou característica que o distinga. É o mesmo que apelido, alcunha, congnome.

    Ex: Beigo do Gordo - Gordo = Jô Soares.

     

    PERÍFRASE: Se refere a outros seres que não são pessoas.

    Ex: A cidade luz é linda. - Cidade luz = Paris.

     

    Fonte: Português Esquematizado - Agnaldo Martinho.

     

    "...do Senhor vem a vitória..."

  • Antítese é usada em situações onde há conflito de ideias ou opiniões.Logo, não foram evidenciadas no trecho em questão tal situação, portanto alternativa correta é a A.

  • Antítese > consiste na aproximação de palavras com sentidos contrários.

    Ironia> consiste em falar o contrário do que está escrito. 

    Metáfora> comparação implícita, geralmente sem conector. Associação por semelhança.

    Perífrase> Substituição de um termo por outro equivalente. 

  • Figuras de pensamento (antítese, paradoxo, eufemismo, ironia, hipérbole, personificação, apóstrofe, gradação). 

     

    Antítese: Emprego de palavras ou expressões de sentido oposto. Ex.:  Era cedo para alguns e tarde para outros. Não és bom, nem és mau: és triste e humano (Olavo Bilac).

     

    Observação: a antítese tem um aprofundamento chamado de paradoxo ou oxímoro. Enquanto a antítese ocorre por haver a aproximação de opostos, como nos dois exemplos anteriores, o paradoxo é um mesmo elemento com características opostas, contraditórias. Um exemplo emblemático é o seguinte poema de Luiz Vaz de Camões, 

     

    Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente;

    é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. 
     

  • O PESSOAL poderia colocar a explicação da questão e não a matéria toda.

    Estamos com dúvidas em determinado ponto, mas isto não significa que não conhecemos a matéria!

  • Perífrase é tipo um apelido

    Cidade Maravilhosa - RJ

    Rei do Reggae - Bob M.

    Terra da Garoa - SP

    Rei do Pop ...

  • PERÍFRASE: os pais da modernidade

    Metáfora:  A morte da modernidade

    Ironia: Missa de sétimo dia?

  • Figuras de linguagem 

      

    METÁFORA: Comparação implícita 

    SÍMILE: Comparação explícita 

    ANTÍTESE: oposição lógica 

    PARADOXO: oposição não lógica 

    HIPÉRBOLE: exagero 

    EUFEMISMO: suavização 

    ELIPSE: Omissão de um termo subentendido 

    ZEUGMA: omissão de um termo já dito. 

    POLISSÍNDETO: Vários conectivos 

    ASSÍNDETO: Nenhum conectivo 

    ALITERAÇÃO: Repetição de consoantes 

    ASSONÂNCIA: Repetição de vogais 

    PLEONASMO: reforçar uma ideia, repetição 

    IRONIA: sarcasmo, consiste em dizer-se o contrário do que se quer 

    GRADAÇÃO: ascensão 

    ONOMATOPEIA: é uma figura de linguagem que significa o emprego de uma palavra ou conjunto de palavras que sugerem algum ruido 

    METONÍMIA: substituição do autor pela obra 

    CATACRESE: ausência de termos especifica, pé da mesa 

    SINESTESIA: mistura de sentidos 

    PROSOPOPEIA: personificação de coisas 

    PARONOMÉSIA: trocadilho 

    APÓSTROFE: vocativo 

    SILEPSE: concordância com a ideia 

    PERÍFRASE: caracterizar por fatos 

    ANÁFORA: repetição 

    ANACOLUTO: interrupção  

    HIPÉRBATO: inversão, ordem indireta da frase 


ID
2661877
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Do moderno ao pós-moderno

                                                               Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


      A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.

      Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.

      Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.

      O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

      Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.

      A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

      Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.

      Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

      A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

Destacaram-se alguns itens lexicais e lhes foram indicados sinônimos apropriados ao valor que assumem no contexto em que se inserem. A correspondência encontra-se INCORRETA na opção:

Alternativas
Comentários
  • D) Incorreta, pois divergência e disjunção é justamente o antônimo de sincretismo, veja:

    Sincretismo - substantivo masculino

    1. rel fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretação de seus elementos.

    2. fil síntese, razoavelmente equilibrada, de elementos díspares, originários de diferentes visões do mundo ou de doutrinas filosóficas distintas.

     

  • Bizu: Sinônimos e Antônimos: Vai pela concordância;  (Somente quando não souber o significado)

  • GABARITO  D

     

     

    a) Efêmero = que dura um dia, que é passageiro, temporário, transitório, momentâneo


    b) Dogmas = axioma, mandamento, doutrina, máxima, mistério, norma, preceito, prescrição, princípio, regra.


    c) Utopia = Ideia irrealizável: fantasia, ficção, sonho, quimera, ilusão, invenção, mito.


    d) Sincretismo = Junção de teorias filosóficas distintas: ecletismo


    Junção: associação, combinação, fusão, junção, mistura.


     


ID
2661880
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Do moderno ao pós-moderno

                                                               Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


      A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.

      Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.

      Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.

      O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

      Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.

      A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

      Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.

      Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

      A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

Foram indicadas corretamente as ideias representadas pelos conectivos destacados, EXCETO em:

Alternativas
Comentários
  • Sobre a letra a)

    As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa

    Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA. Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que.

     

    Sobre a letra B (Gabarito)

    Orações Subordinadas Adverbiais Condicionais: exprimem condição, hipótese:

    Principais conjunções: se, caso, contanto que…

    Se fizesse ginástica, emagreceria. Você será aprovado, desde que estude.

  • sem que : locução conjuntiva concessiva.

  • Banca chata dos inf*

  • a) ainda assim ( concessiva)

    b) concessiva

    c) como ( conformidade)

    d) mais que (comparação)

  • Cuidado!!!
    1) Não confunda como conformativo com comparativo. Na comparação é preciso haver
    pelo menos dois seres sendo comparados, o que já não ocorre na conformidade. É por
    isso que, em “O lutador luta como o mestre.”, o como é necessariamente comparativo.

    PESTANA

  • Conjunções

    1) CAUSAIS > na medida que, já que, visto que, PORQUANTO..

    2) CONSECUTIVAS> tão, tal, tanto, tamanho..que, de modo que..

    3) CONDICIONAIS> Se, caso, desde que, a menos que..

    4) CONCESSIVAS> Conquanto, malgrado, posto que..

    5) COMPARATIVOS> igual a, tal qual, tanto quanto..

    6) CONFORMATIVOS> como, conforme, segundo, de acordo, com consoante.

    7) TEMPORAIS> Enquanto, ao mesmo tempo em que, logo que, assim que, desde que, quando, mal..

    8) PROPORCIONAIS> À medida que, à proporção que, quanto mais..mais, quanto mais..menos, quanto menos..mais..

    9) MODAIS (DEPENDE DO SENTIDO)

    10) FINAIS> A fim de, para que....

  • GAB: B

    Diferenças CUIDADO!!
    Condicionais: sem que ( = se não)
    Concessivas: sem que ( = embora não)
    Consecutivas: Sem que 

     

    PESTANA, Fernando. A Gramática para Concursos Públicos.


ID
2661883
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Do moderno ao pós-moderno

                                                               Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


      A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.

      Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.

      Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.

      O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

      Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.

      A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

      Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.

      Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

      A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.


I. Os termos destacados – “um rapaz de São Paulo”, “Bilhões de dólares” e “o padrão do mais forte” – desempenham mesma função sintática nas orações em que se encontram.

II. O sujeito da 1ª oração do excerto, cujo elemento predicador é o verbo “ingressar”, é indeterminado.

III. O termo “às redes de computadores”, preposicionado, completa verbo, portanto é objeto indireto deste.

IV. “As políticas e morais são afrouxadas” seria a voz ativa correspondente à oração sublinhada.


Estão CORRETAS as afirmações contidas apenas em:

Alternativas
Comentários
  • CORRETO! I. Os termos destacados – “um rapaz de São Paulo”, “Bilhões de dólares” e “o padrão do mais forte” – desempenham mesma função sintática nas orações em que se encontram.

    COMENTÁRIO:  

    1ª) SÃO SUJEITOS SIMPLES (SINTAGMA NOMINAL).
     

    ERRADO! II. O sujeito da 1ª oração do excerto, cujo elemento predicador é o verbo “ingressar”, é indeterminado.

    COMENTÁRIO:  

    1ª) PRESTE ATENÇÃO! AQUI O EXAMINADOR FEZ UMA PEGADINHA BEM MASSA. ELE DISTANCIO O COMPLEMENTO PARA DIFICULTAR A RESPOSTA. BLZ, TUDO BEM ATE AQUI.
    2ª) LOGO, O ERRO SERIA DIZER QUE O SUJEITO É INDETERMINADO, MAS NA VERDADE ELE É SUJEITO OCULTO

    [...] (Nós) Ingressamos na era da globalização. [...]

     

    ERRADO! III. O termo “às redes de computadores”, preposicionado, completa verbo, portanto é objeto indireto deste.
    COMENTÁRIO:  
    1ª) VTDI

     

    CORRETO! IV. “As políticas e morais são afrouxadas” seria a voz ativa correspondente à oração sublinhada.
    COMENTÁRIO:  
    1ª) BONITO!

  • Não consigo entender como a IV está correta...
  • Espero novo comentário esclarecendo o Item IV.

     

    Parece-me, à primeira vista, que o examinador simplesmente transformou uma oração voz passiva sintética em uma oração voz passiva analítica.

  • Eu achei que fosse “As políticas e morais foram afrouxadas”   :/

  • A alternativa IV é uma voz passiva. Podemos observar a presença do verbo Ser + particípio.

  • Para quem não entendeu o porquê da alternativa IV estar errada e a questão ter sido anulada pela banca:

    Em primeiro lugar, para poder ser passado da voz passiva para a voz ativa, o verbo precisa ser transitivo e o verbo da frase é de ligação: As políticas e morais são afrouxadas;

    Em segundo lugar, para ser possível transformarmos uma frase da voz passiva analítica para a voz ativa é preciso que o verbo tenha objeto direto (VTD ou VTDI), pois o sujeito da voz passiva é o objeto direto da voz ativa e o agente da passiva é o sujeito na voz ativa.

    As políticas e morais são afrouxadas.

    (sujeito) (VL) (predicativo do sujeito)

    Assim, a alternativa IV está errada porque a frase não possui voz ativa.

    Mais exemplos em https://www.migalhas.com.br/coluna/gramatigalhas/80436/voz-passiva-quando-e-possivel

  • Pessoal, a IV está errada, pois se trata de uma VOZ PASSIVA ANALÍTICA! e não voz ativa

    Sujeito paciente + va + vp + agente da passiva (omitido)

    As políticas e morais são afrouxadas por alguém (agente da passiva omitido)


ID
2661886
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Do moderno ao pós-moderno

                                                               Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00


      A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.

      Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.

      Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.

      O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

      Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.

      A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.

      Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.

      Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.

      A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/do-moderno-ao-p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)

“A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.”


O item lexical destacado:

Alternativas
Comentários
  • No português, os principais processos para formar palavras novas são dois: derivaçãocomposição.

    DERIVAÇÃO: é a formação de palavras a partir da anexação de afixos à palavra primitiva. O processo de derivação pode ser prefixal, sufixal, parassintético, regressivo e impróprio.

    Derivação Prefixal: faz-se pela anexação de prefixo à palavra primitiva. Exemplos: desfazer, refazer.
    Derivação Sufixal: faz-se pela anexação de sufixo à palavra primitiva. Exemplos: alegremente, carinhoso.
    Derivação Parassintética: faz-se pela anexação simultânea de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Atenção: só acontece quando os dois morfemas (prefixo e sufixo) se unem ao radical simultaneamente. Exemplos: desalmado, entristecer.
    Derivação Regressiva: faz-se pela redução da palavra primitiva, produz os substantivos deverbais, esses são substantivos derivados a partir de verbos. Exemplos: trabalho (trabalhar), choro (chorar).
    Derivação Imprópria: forma-se quando uma palavra muda de classe gramatical sem que a forma da primitiva seja alterada.
    Exemplos: O infeliz faltou ao serviço hoje. (adjetivo torna-se substantivo). Não aceito um não como resposta. (advérbio torna-se substantivo, o artigo um substantiva o advérbio).
     

    COMPOSIÇÃO: forma palavras através da junção de dois ou mais radicais (bases). Exemplos: guarda-roupa, pombo-correio.
    Há dois tipos de composição: aglutinação e justaposição.

    Composição por Aglutinação: ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre alterações. Exemplos: planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora).
    Composição por Justaposição: ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem alterações. Exemplos: pé-de-galinha, passatempo, cachorro-quente, girassol.

    Outros processos 
    Hibridismo: ocorre quando os elementos que formam a palavra são de idiomas diferentes. Exemplos: automóvel (auto= grego, móvel= latim), televisão (tele= grego, visão=latim).
    Onomatopeia: acontece nas palavras que simbolizam a reprodução de determinados sons. Exemplos: tique-taque, zunzum. 
    Redução ou Abreviação: esse processo se manifesta quando uma palavra é muito longa, pois forma novas palavras a partir da redução ou abreviação de palavras já existentes. Exemplos: pornô (pornográfico), moto (motocicleta), pneu (pneumático).
    Neologismo: É a criação de novas palavras para atender às necessidades dos falantes em contextos específicos.                                                    Exemplo: Beltrano, não vai dar, deu zebra. (algo não deu certo). (Neologismo semântico - palavra já existe, mas ganha novo significado). Deletar (eliminar) (Neologismo Lexical - cria nova palavra, com novo conceito). A operação-desmonte é uma invenção política mentirosa (Neologismo sintático: resultados da organização de um novo vocábulo. Supõem a combinatória de elementos já existentes na língua como a derivação ou a composição.). 

     

    Fonte: https://www.infoescola.com/linguistica/neologismo/

  • Composição: união de duas ou mais palavras.

    Girassol, Passatempo.

     

    Derivação: palavra primitiva + palavra derivada

    Prefixo/Sufixo.

    Incolor, Lealdade

  • GABARITO: B

  • Letra ~> B

    Dentre os tipos de FORMAÇÃO DE PALAVRAS, temos:

    1 - DERIVAÇÃO(gênero):
    Formação de uma nova palavra Mediante o acréscimo de termos  à palavra já existente;      ~>   1      RADICAL;

    Prefixação(espécie): É adicionado um prefixo ao radical; INfeliz;
    Sufixação(espécie): É adicionado um sufixo ao radical;   felizMENTE​
    Prefix. e Sufixação(espécie): É colocado sufixo e prefixo, concomitantemente; Tirando um deles a palavra continua fazendo sentido; INfelizMENTE
    Parassintética(espécie): É colocado sufixo e prefixo, concomitantemente; Tirando um deles a palavra não faz sentido; ENtardeCER​
    Regressiva(espécie): Ao mudar uma letra da palavra a classe também é modificada; Criticar(verbo);  Crítico(subs.)
    Imprópria(espécie): Quando a modificação da classe esta na semântica;  Pesquei uma piranha(subs.);   Muleque piranha(adj.);

     

    2 -  COMPOSIÇÃO(gênero):
    Formação de uma nova palavra, unindo palavras que já existem;                        ~>   2      RADICAIS;

    Justaposição(espécie): As duas palavras unidas não perdem letras nem fonemas, exemplos: guarda-chuva; girassol; globocolonização.
    Aglutinação(espécie): Das palavras unidas são suprimido(s) letra(s) ou fonema(s), exemplos:   planalto: plano+alto;
    planície: plano+superfície; 

  • ALTERNATIVA B)

     

    A) A alternativa não diz qual é o tipo de derivação, e a palavra "globocolonização" é uma composição por justaposição

    C) A derivação regressiva ocorre quando há uma redução da palavra derivante. Ex: abalar (palavra derivante) - abalo (palavra derivada)

    D) A derivação imprópria, também chamada de conversão, acontece pela mudança de classe gramatical da palavra. Ou seja, a formação de uma nova palavra é obtida pela mudança da função gramatical (substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, etc.) na frase. Ex: Joana tem um andar muito determinado. (substantivo) / Essa tarde podemos andar no parque. (verbo)

     

    Fonte:

    https://portugues.uol.com.br/gramatica/derivacao.html

    https://www.todamateria.com.br/derivacao-impropria/

    https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf6.php

  • Gabarito B

    globocolonização= globo + colonização, ou seja  uma composição por justaposição , pois não perderam fonemas.

    bons estudos.

  • b) é formado por composição, pois contém duas bases.

     

    GLOBO + COLONIZAÇÃO = GLOBOCOLONIZAÇÃO = COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO

  • É formado por composição, pois contém duas bases.

     globo-coloniza-ção= composição sempre tem mais de um radical e nesse caso mostra 2 radicais.

  • COMPOSIÇÃO> PALAVRA FORMADA A PARTIR DA ASSOCIAÇÃO DE DOIS OU MAIS RADICAIS. (EM+BOA+HORA> EMBORA. )

    - POR JUSTAPOSIÇÃO: NÃO HÁ PERDA DE FONEMAS.

    - POR AGLUTINAÇÃO: HÁ PERDA DE FONEMAS.

     

    DERIVAÇÃO> PALAVRA FORMADA A PARTIR DO ACRÉSCIMO DE AFIXOS : SUFIXOS E PREFIXOS. (desonesto)

    - PREFIXAL> ACRESCÍMO PREFIXO. - SUFIXAL> ACRESCÍMO DE SUFIXO. - PARASSINTÉTICA: ACRESCÍMO SIMULTÂNEO DE SUFIXOS E PREFIXOS. - REGRESSIVA: FORMA SUBSTANTIVOS ABSTRATOS A APRTIR DA REDUÇÃO DE UM VERBO. - IMPRÓPRIA: A PALAVRA NÃO SOFRE ALTERAÇÃO APENAS A SUA CLASSE MUDA.

  • b) é formado por composição, pois contém duas bases.

  • Note que há duas raízes presentes na palavra "globocolonização". Temos a soma de "globo" e "colonização", o que configura o processo de composição por justaposição.

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento em formação de palavras. O candidato deve assinalar a assertiva que indica o processo de formação da palavra "globocolonização" Vejamos:

    a) Incorreta.

    Não há derivação na união de duas palavras, mas sim de afixo mais outra palavra.

    b) Correta.

    Quando duas palavras se unem para formação de outra, é o que se chama de processo de composição.

    Globo + colonização= globocolonização.

    c) Incorreta.

    Não há derivação na união de duas palavras, mas sim de afixo mais outra palavra. A derivação regressiva não há nem a união de afixos, mas a perda de elementos.

    Ex: beijar⇢ beijo (perda do R)

    d) Incorreta.

    Não há derivação na união de duas palavras, mas sim de afixo mais outra palavra. A derivação imprópria nem há o acréscimo de afixo, mas sim de uma mudança de classe de uma palavra para outra classe.

    Ex: O saber é de grande importância (substantivo)

    O verbo "saber" está com valor substantivo, pois está antecedido pelo artigo "o".

    Gabarito do monitor: B


ID
2661889
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com relação à acentuação gráfica dos itens destacados, avalie as afirmações e assinale a opção que traz uma asserção INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • a) Correto: palavras proparoxítonas são palavras que têm a antepenúltima sílaba da palavra como sílaba tônica. Segundo as regras de acentuação do português, todas as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente. Crí-ti-ca e Sé-ti-mo.

     

    b) Correto: hiato é um encontro vocálico que ocorre quando há o encontro de duas vogais numa palavra, sem que estejam na mesma sílaba, mas sim em sílabas diferentes.Regra: acentuam-se o I e o U quando forem tônicos, estiverem formando hiato com a última vogal da sílaba anterior e estiverem sozinhos ou seguidos de s na sua própria sílaba. Exemplo: Ru-í-nas; Sa-í-a; Pa-ís; Ca-fe-í-na; Ba-la-ús-tre

    Exceções à regra:
    1) não se acentuam i e u se depois vier 'nh'rainha, tainha, moinho.
    2) após o acordo deixaram de ser acentuados o i e o u tônicos dos hiatos quando, em palavras paroxítonas, forem precedidos de ditongo. Exemplos: bai-u-ca, fei-u-me, sau-i-pe, bo-cai-u-va.

     

    c) Incorreto: “não”, “são” e “evasão" são casos de ditongos nasal decrescente, o que não acontece em cristã. Ademais, e-va-são é um caso de paroxítona, as demais sim são oxítonas. 

     

    d) Correto: vocábulos terminados em encontros vocálicos que podem ser pronunciados como ditongos crescentes: á-rea, es-pon-tâ-neo, ig-no-rân-cia, i-mun-dí-cie, lí-rio, má-goa, ré-gua, tê-nue, vá-cuo, etc.

  • C) está incorreta, pois o "til" não é acento gráfico, mas é apenas um indicativo de nasalização. 

    Pamela, eu acho que você se equivocou no comentário da assertiva "c", pois a palavra "evasão" = e. va. são = não é uma paraxítona, caso contrário, receberia o acento gráfico em "va", por terminar em ditongo; por exemplo, órfão. 

     

  • -passível de anulação-

     

    Já existem palavras PROPAROXITONAS que não são acentuadas

    Pode procurar no Google

  • ~ não é acento!

  • Rener Arrow,

     

    É o caso das proparoxítonas " aparentes ou eventuais.

     

    Avante sempre!

  • Mas saía não é tritongo?

  • Os vocábulos “cristã”, “não”, “são” e “evasão” recebem acento gráfico pela mesma razão: trata-se de oxítonas com vogal nasal no segmento final. 

    Obs. Primeiro que o til (~) nem acento gráfico é...

  • Rener Arrow,

     

    Uma palavra diz-se proparoxítona (português brasileiro) ou esdrúxula (português europeu) quando tem o acento predominante, a sílaba tônica, na antepenúltima sílaba.

    Toda palavra portuguesa proparoxítona é acentuada, cumpre ressaltar, todavia, que algumas palavras de origem estrangeira foram incorporadas ao idioma pátrio e, portanto, escapam à regra, como é o caso de habitat ou performance.

    Todas as palavras proparoxítonas não pronominalizadas levam acento.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Proparox%C3%ADtona

  • Bruna Hernandes, só ocorre tritongo quando há o encontro de SV+V+SV. Exemplo: Uruguai. Então, no caso de saía ocorre hiato, e a separação silábica fica: sa-í-a.

  • EU ACERTEI !!!! MAS A QUESTÃO TENTA FAZER SACANAGEM NA   OPÇÃO  LETRA  D   , POIS TRAS  UM CONCEITO IMCOMPLETO , NAO É ACENTUADA POR TERMINAR EM DITONGO , MAS POR SER PAROXÍTONA TERMINADA EM DITONGO  CRESCENTE!!!!! BANCA SAFADA!!!!!!!!!!!!!!!!

  • NÃO e SÃO são monossílabos / CRISTÃO e EVASÃO são oxítonas.

  • Desde já fique sabendo que os acentos só podem recair na sílaba tônica da palavra. Não é o caso do til, que é considerado apenas como “indicativo de nasalização” da palavra.

    Sílaba tônica é a famosa sílaba “mais forte” da palavra, aquela que tem um som mais marcante. Existem palavras com sílabas onde o til está presente e ela não é a tônica, como nas palavras “órgão” e “sótão”.

    Sendo assim, embora modifique foneticamente a palavra, a presença do til não indica, necessariamente, sílaba tônica.

    Ou seja: o til não é um acento!

    Fonte: segredo de concurso

  • LETRA C

    TIL (~) NÃO É ACENTO GRÁFICO. É UMA MARCA DE NASALIZAÇÃO.

    Bons estudos!

     

     

  • A velha pegadinha do til.

  • Alguém sabe por que o gabarito no Qconcursos é a alternativa D e não a C?

     

    "Você errou! Resposta: d"

  • Em 25/05/2018, às 11:58:07, você respondeu a opção C.Certa!

    Em 24/05/2018, às 17:29:32, você respondeu a opção D.Certa!

    Em 24/05/2018, às 17:29:18, você respondeu a opção C.Errada!

    Em 18/05/2018, às 14:57:15, você respondeu a opção C.Certa!

    Em 18/05/2018, às 14:30:54, você respondeu a opção C.Certa!

     

    AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH QC seu danadoooo...

  • QUESTÃO  ANULADAAA!

     

  • NÃO e SÃO são monossílabos / CRISTÃO e EVASÃO são oxítonas.

  • Gente, nessa questão tem duas que estão erradas ao meu ver, A LETRA C e a D. Devia ser cancelada essa questão. 

  • MAIS ERRADA: " C " - O til não é um acento, é um sinal gráfico de nasalação; mas vale como acento quando recai sobre a sílaba tónica. Assim, escrevemos irmão, sabão, sacristão – palavras cuja sílaba tónica é ão. ... É o caso de órfão, órgão, pedrógão, onde a sílaba tónica é or- e -dro- e a sílaba nasal é átona.

    MENOS ERRADA " D " - Os vocábulos “Rússia” e “delírio” recebem acento gráfico devido ao encontro vocálico presente em sua última sílaba, ou seja ditongo crescente, mas não só por isso, pois a sílaba tônica está na antepenúltima sílaba (paroxítona). Incompleta.

     

  • O til não é acento,  é um sinal gráfico de nasalação; mas vale como acento quando recai sobre a sílaba tónica.

  • Sinais Diacríticos


    Os sinais diacríticos, também chamados de notações léxicas, servem para indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras.

    Vejamos um por um:
    Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre aberto.
    Ex.: Já cursei a Faculdade de História.


    Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre fechado.
    Ex.: Meu avô e meus três tios ainda são vivos.


    Acento grave: marca o fenômeno da crase.
    Ex.: Sou leal à mulher da minha vida.


    Obs.: Esses três primeiros são acentos gráficos. Os demais são sinais.

     


    Til: marca a nasalização das vogais a e o.
    Ex.: Amanhã convidarei muitos anciões para a reunião.


    Cedilha: indica que o C tem som de SS.
    Ex.: Toda ação implica uma reação.


    Apóstrofo: indica a supressão de uma vogal.
    Ex.: Devem-se limpar caixas dágua a cada 6 meses.


    Trema: marcava a semivocalização do u nos grupos gue, gui, que, qui; na nova
    ortografia, só é usado em palavras estrangeiras.

    Ex.: Linguiça, aguenta e quinquênio; Müller, mülleriano, Bündchen, Hübner, hübneriano,
    Schönberg...


    Hífen: marca a união de vocábulos, a ênclise, a mesóclise e a separação das sílabas.
    Ex.: Água-de-colônia, hiper-realista, vê-lo, dar-te-ei, vai-da-de...
     

  • as palavras NÃO e SÃO, são monossílabas e não oxítonas.

    o sinal do ''til'' (~) não é ACENTO GRÁFICO! O til é somente um índice de nasalização. São acentos gráficos: o agudo, circunflexo e o grave, este útimo forma a crase.

    Bons estudos!

  • Afinal esse gab tá certo ou errado pois coloquei a alternativa B.

  • Gabarito C

    letra b está correta.

  •  c)Os vocábulos “cristã”, “não”, “são” e “evasão” recebem acento gráfico pela mesma razão: trata-se de oxítonas com vogal nasal no segmento final. 

  • NÃO e SÃO são monossílabas= possuem apenas uma sílaba

  • o til n é um acento grafico. Ele é uma marca de nasalizaçao. Os acentos graficos sao: grave , agudo e circunflexo

     

  • Comentário Décio Terror:

    A alternativa (A) está correta, pois as palavras “crí-ti-ca” e “sé-ti-mo” são proparoxítonas e

    todas as palavras que apresentarem tal tonicidade deverão receber acento gráfico.

    A alternativa (B) está correta, pois as palavras “ru-í-nas”, “sa-í-a” e “pa-ís” são acentuadas de acordo

    com a regra do hiato, uma vez que apresentam a vogal "i" tônica num hiato, seguida ou não de -S. O mesmo

    ocorre com a vogal "u".

    A alternativa (C) é a errada, pois "cristã" e "evasão" são oxítonas e "não" e "são" são monossílabos

    tônicos. Note que til é apenas um sinal de nasalização.

    A alternativa (D) está correta, pois as palavras “Rús-sia” e “de-lí-rio” são acentuadas por serem

    paroxítonas terminadas em ditongo oral, "ia" e "io", respectivamente.


ID
2661898
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                                  Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


      Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.

      Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

      Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

      Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

      A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

      O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

      A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

      Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

      Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.

      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

      A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18

Atente para a indicação de recursos estilísticos utilizados pelo autor do texto II:


I – “A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões...”. → Metonímia

II – “Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.” → Comparação

III – “A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo.” → Metáfora

IV – “O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra.” → Hipérbato


Verifica-se que foram corretamente indicadas as figuras de linguagem presentes em:

Alternativas
Comentários
  • Hipérbato ou Inversão é uma figura de construção ou sintaxe caracterizada pela troca na sequência normal dos termos da oração. Neste caso, ocorre uma inversão ocasionando uma mudança, onde a ordem direta destes termos é alterada.

    HipérbatoSão como cristais suas lágrimas. Batia acelerado meu coração.

    Ordem direta: Suas lágrimas são como cristais. Meu coração batia acelerado.

     

    E Hipérbole (outra figura de linguagem), o que é?

    Hipérbole é a expressão do exagero. É figura de linguagem classificada como figura de pensamento. E por isto mesmo, constitui recurso estilístico capaz de aumentar a expressividade do texto. "... emergência funesta no pós-guerra.”

     

     

     

     

  • Metonímia?

  • Comparação? Quem puder indicar para comentário, agradeço.

  • Camila Menezes, o termo destacado é o que torna a indicação da figura de linguagem Comparação.

    II – “Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.” → Comparação

  • Não consegui enxergar metonímia na letra a.

  • Metonímia

    substantivo feminino

    ESTL LING RET

    figura de retórica que consiste no uso de uma palavra fora do seu contexto semântico normal, por ter uma significação que tenha relação objetiva, de contiguidade, material ou conceitual, com o conteúdo ou o referente ocasionalmente pensado.

    relação metonímica de tipo qualitativo (causa, efeito, esfera etc.): matéria por objeto: ouro por 'dinheiro'; pessoa por coisa; autor por obra: adora Portinari por 'a obra de Portinari'; divindade: esfera de suas funções; proprietário por propriedade: vamos hoje ao Venâncio por 'ao restaurante do Venâncio'; morador por morada; continente pelo conteúdo: bebeu uma garrafa de aguardentepor 'a aguardente de uma garrafa'; consequência pela causa: respeite os meus cabelos brancospor 'a minha velhice'; a qualidade pelo qualificado: praticar a caridade por 'atos de caridade' etc.

     

    https://www.google.com.br/search?q=significado+de+meton%C3%ADmia&oq=significado+de+meto&aqs=chrome.2.69i57j0l5.7694j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

  • Um exemplo bem fácil para o HIPÉRBATO (inversão sintática dos termos da oração)

    Ex: De barata, Maria tem medo.

     

     

    "... do Senhor vem a vitória..."

  • A única coisa que vi na letra A foi um jogo humorístico de palavras, possivelmente entendido como "ironia" ou "metalinguagem", mas jamais "metonímia".

  • A metonímia consiste, basicamente, em uma substituição. Desta forma, é preciso identificar qual termo faz o papel de substituto.

    Não vi metonímia explicita na letra "a", por isso posso errar feio, mas essa foi minha análise (forçada):

    Lendo a frase: A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões... É possível verificar que  a cultura tem muitas razões para produzir sua autocrítica, mas a cultura não pode se autocriticar. Penso eu que, no caso, o termo cultura foi utilizado no lugar de estudiosos, historiadores, cientistas ou termo correlato, assim, utilizando-se a matéria para referir ao pesquisador.

    Aos colegas mais graduados, por favor, nos esclareça.

  • Diego, a metonímia está em: "A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões...”. 

    Pensa assim: cultura pode ter razão de alguma coisa? Não, é um substantivo abstrato. Quem pode ter razão? Apenas pessoas, seres humanos. Nesse caso, a "cultura moderna" está substituindo as pessoas que atualmente fazem parte dessa cultura, saca?

     

  • HIPÉRBATO = MESTRE YODA

  • Vamos por eliminação. O item IV não apresenta expressões de hiperbato. Pronto, matamos a questão!

  • Só acertei por causa do híberbato, mas pensem comigo:

    “A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo.”

    Não está mais para Sinestesia do que para metafóra?

  • METÁFORA : Comparação implíca, geralmente sem conector. Associação por semelhança. Ex: Ela é uma porta. Ela tem língua afiada.

    COMPARAÇÃO: Feita por meio de conector. Pode ou não ser metáfora. Nem sempre é de igualdade. 

    METONÍMIA : Substituição de um termo por outro relacionado. 

    HIPERBATO : INVERSÃOD A ORDEM SINTÁTICA DA FRASE.

    HIPÉRBOLE: EXAGERO. Ex: Falar mil vezes a mesma coisa.

  • Concurseiro2 2, sinestesia esta mais voltada pra cheiro ou olfato 

  • Comparação? Quem puder indicar para comentário, agradeço.

     

    COMO

  • 1) Símile ou comparação- Consiste numa comparação explícita, com a presença do elemento comparativo: como, tal qual, igual a, feito, que nem (coloquial), etc., entre duas palavras ou expressões.

    Ela é bela como uma flor.

    Você é forte como um touro. 

    2) Metáfora- Consiste numa comparação implícita, numa relação de similaridade, entre duas palavras ou expressões. Ela é uma flor.  Você é um touro.

    3) Antítese- Quando uma ideia se opõe a outra, sem impedi-la nem torná-la absurda. As ideias em si podem ser diametralmente opostas e até excludentes.

    Você me foi infiel; mas eu não, fui sempre fiel.

    4) Paradoxo- É a antítese extremada, em que duas ideias que se excluem são apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma contradição (não  necessariamente real).

    Amor é ferida que dói e não se sente. 

    5) Eufemismo- Volteio semântico que visa a suavizar uma expressão indelicada, forte ou inadequada em determinada situação. 

    Ele não está mais entre nós. (= morreu)

    Obs.: Não confunda o eufemismo com o disfemismo, expressão grosseira ou desagradavelmente direta, em vez de outra, indireta ou neutra.

    Ele bateu as botas. (= morreu)

    6) Hipérbole-  Consiste no exagero ao se afirmar alguma coisa, com intuito emocional(ou mera ênfase).

    Subi mais de mil e oitocentas colinas.

    7) Ironia- Figura de linguagem na qual aquilo que se diz não corresponde exatamente ao que se quer dizer, com intuito jocoso, cômico ou crítico.

    Chegou cedo, hem! (para alguém atrasado)

    8) Gradação- As ideias se apresentam segundo uma ordem crescente ou decrescente.

    Estava pobre, quebrado, miserável.

    9) Prosopopeia- Quando um ser inanimado é representado como um animal ou quando um ser inanimado ou um animal é representado como um ser humano (prosopopeia). Também pode ser chamada de animismo ou antropomorfização.

    O vento rugia.

    10) Sinestesia- Consiste na associação de palavras referentes a dois sentidos distintos: audição e visão, visão e tato, tato e paladar, paladar e olfato, etc. 

    Sentiu um toque doce.

    11) Metonímia- Consiste no emprego de uma palavra no lugar de outra, havendo entre ambas uma relação de contiguidade.  Há vários tipos de metonímia; eis os principais:

    . parte no lugar do todo (Ele tem duzentas cabeças de gado na fazenda.);

    . o conteúdo no lugar do continente e vice-versa (Passe-me a farofa. Aceito um copo.);

    . o autor no lugar da obra (Devolva o Neruda que você me tomou.);

    . causa no lugar do efeito e vice-versa (O Sol faz mal.);

    . o sinal no lugar da coisa significada (balança no lugar de Justiça);

    . o concreto no lugar do abstrato (Jorge é um bom garfo.); etc.

    . o lugar de origem no lugar do produto (Quero degustar um porto.); etc.

    12) Catacrese - Metáfora desgastada pelo uso frequente. 

    O céu da boca.

  • PQP. Metonímia aonde ???? Esse aí fumou uma pedra pesadíssima!!!!!!!!!!!

  • GAB: A

  • 1) Símile ou comparação- Consiste numa comparação explícita, com a presença do elemento comparativo: como, tal qual, igual a, feito, que nem (coloquial), etc., entre duas palavras ou expressões.

    Ela é bela como uma flor.

    Você é forte como um touro. 

    2) Metáfora- Consiste numa comparação implícita, numa relação de similaridade, entre duas palavras ou expressões. Ela é uma flor. Você é um touro.

    3) Antítese- Quando uma ideia se opõe a outra, sem impedi-la nem torná-la absurda. As ideias em si podem ser diametralmente opostas e até excludentes.

    Você me foi infiel; mas eu não, fui sempre fiel.

    4) Paradoxo- É a antítese extremada, em que duas ideias que se excluem são apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma contradição (não necessariamente real).

    Amor é ferida que dói e não se sente. 

    5) Eufemismo- Volteio semântico que visa a suavizar uma expressão indelicada, forte ou inadequada em determinada situação. 

    Ele não está mais entre nós. (= morreu)

    Obs.: Não confunda o eufemismo com o disfemismo, expressão grosseira ou desagradavelmente direta, em vez de outra, indireta ou neutra.

    Ele bateu as botas. (= morreu)

    6) Hipérbole-  Consiste no exagero ao se afirmar alguma coisa, com intuito emocional(ou mera ênfase).

    Subi mais de mil e oitocentas colinas.

    7) Ironia- Figura de linguagem na qual aquilo que se diz não corresponde exatamente ao que se quer dizer, com intuito jocoso, cômico ou crítico.

    Chegou cedo, hem! (para alguém atrasado)

    8) Gradação- As ideias se apresentam segundo uma ordem crescente ou decrescente.

    Estava pobre, quebrado, miserável.

    9) Prosopopeia- Quando um ser inanimado é representado como um animal ou quando um ser inanimado ou um animal é representado como um ser humano (prosopopeia). Também pode ser chamada de animismo ou antropomorfização.

    O vento rugia.

    10) Sinestesia- Consiste na associação de palavras referentes a dois sentidos distintos: audição e visão, visão e tato, tato e paladar, paladar e olfato, etc. 

    Sentiu um toque doce.

    11) Metonímia- Consiste no emprego de uma palavra no lugar de outra, havendo entre ambas uma relação de contiguidade. Há vários tipos de metonímia; eis os principais:

    . parte no lugar do todo (Ele tem duzentas cabeças de gado na fazenda.);

    . o conteúdo no lugar do continente e vice-versa (Passe-me a farofa. Aceito um copo.);

    . o autor no lugar da obra (Devolva o Neruda que você me tomou.);

    . causa no lugar do efeito e vice-versa (O Sol faz mal.);

    . o sinal no lugar da coisa significada (balança no lugar de Justiça);

    . o concreto no lugar do abstrato (Jorge é um bom garfo.); etc.

    . o lugar de origem no lugar do produto (Quero degustar um porto.); etc.

    12) Catacrese - Metáfora desgastada pelo uso frequente. 

    O céu da boca.

  • HIPERBALO > EXAGERO 

    HIPERBATO > INVERSÃO DA ORDEM SINTÁTICA. 

    METÁFORA> COMPARAÇÃO IMPLÍCITA. Usar palavra ou expressão na frase que não tem sentido literal 

    COMPARAÇÃO> FEITA POR MEIO DE CONECTOR.  

    METONÍMIA> SUBSTITUIÇÃO DE UM TERMO POR OUTRO RELACIONADO. 

    Antítese: é colocar dois termos opostos em uma frase mas que no final tem um sentido (quando não tem é paradoxo). 

    Ironia: Dizer o oposto da realidade com o intuito de zombar. 

    Perífrase: substituir ser por suas caracteristicas. 


ID
2661901
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                                  Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


      Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.

      Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

      Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

      Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

      A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

      O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

      A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

      Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

      Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.

      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

      A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18

Com relação ao emprego dos pronomes destacados, nos contextos em que se encontram, assinale a afirmativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • O pronome possessivo suas tem como referente  o homem moderno acorrentado (o Prometeu)

     

  •  

     gabarito ?

  • Gabarito: B

    ...suas frustrações e angústias referem-se ao homem moderno acorrentado, e não a coisas.

  • Gabarito Letra B para os não assinantes;

     

    a) correta, o pronome relativo onde retoma lugar, nesse caso templo das compras. Lembrando que quando quisermos substituir o onde pelo "que" será preciso colocar a preposição em (em que, na qual, no qual).

     

    b) Errada - (Gabarito). O pronome possessivo retoma homem e não coisas. É só fazer a pergunta: Compensar frustrações e angustias de quem? Resposta das coisas? Não, pois coisas não têm frustrações. 

     

    c) Certo, o pronome relativo que retoma o pronome demonstrativo o, é facilmente identificado quando trocamos por aquilo. 

     

    d) Certa, quando o autor escreve restou-nos ele se inclui. 

  • O pronome relativo "onde" aparece apenas no período composto, para substituir um termo da oração principal numa oração subordinada.

    Por essa razão, em um período como "Onde você nasceu?", por exemplo, não é possível pensar em pronome relativo: o período é simples, e nesse caso, "onde" é advérbio interrogativo.

    Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em queno qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão.

    Por Exemplo:

    Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.
    Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.

     

    https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint39.php

  • "Tão quanto" é consecutiva, e não comparativa como tu disse. Cuidado!


ID
2661904
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                                  Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


      Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.

      Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

      Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

      Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

      A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

      O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

      A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

      Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

      Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.

      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

      A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18

Sobre o emprego de aspas, atente para a informação a seguir:


Empregam-se as aspas no início e no final de uma citação textual. Ex.: Disse, em frase lapidar o grande Rui: “A Pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.”

Colocamos, também, entre aspas palavras ou expressões que desejamos destacar. Ex.: Sim, ele foi o cantor da raça, o patriota, o humanista... Mas não esqueçamos de considerá-lo pela face mais verdadeira, o ‘homem’ sofredor, amante, revoltado...” (Fábio de Melo)

Entre aspas ficam os títulos de obras artísticas ou científicas. Ex.: “Os Lusíadas” cantam as glórias de Portugal. (...)

Finalmente, entre aspas colocamos as palavras ou expressões estrangeiras, arcaicas, de gíria, etc. Ex.: Os animais tinham indiscutível “pedigree”. (...)

ANDRÉ, Hildebrando A. Gramática Ilustrada. 4. ed. São Paulo: Moderna, 1990. p. 34-35.


Analise as seguintes afirmativas, identificando-as com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas:


( ) Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc. → Aspas destacando itens de forma irônica.

( ) O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. → Aspas indicando citação textual.

( ) É o que Campbell chama do sonho que gera o “signo-mercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais. → Aspas destacando uso de estrangeirismo.

( ) Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras... → Aspas deixam entrever ênfase ou menção irônica ao termo destacado.

( ) A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. → Aspas indicando expressão citada de outra fonte.


A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • No segundo item nota-se claramente que as aspas indicam citação. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Isso já elimina duas alternativas.

    Como não encontrei ironia no primeiro item a sequência começaria com: F (primeiro item) V (do segundo item), ou seja, letra C gabarito.

     

  • Aspas: isolar qualquer parte do texto que não pertença ao autor que o escreve. ÊNFASE - IRÔNIA

    As aspas isolam expressões linguísticas diferentes do padrão do texto,

    Principais usos: irônia, ênfase, gíria, citação, fala de personagem, arcaísmo, neologismo, estrangeirismo, linguagem figurada, coloquialismo, ditado popular.

    fonte: Aulas Flávia Rita.

  • Gabarito Letra C para os não assinantes.

     

    A) ERRADO-  não tem ironia nenhuma (identificando isso, você já eliminava duas alternativas: A/B)

     

    B) CERTO - como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. → Aspas indicando citação textual. Nem precisa de comentários. Já matava a questão aqui, pois a letra A/B já estavam eliminadas, e a única opção que tinha como alternativa F V era a letra "C". 

     

    c) ERRADO - signo-mercadoria” → Aspas destacando uso de estrangeirismo. Nem precisa de comentários, a banca foi boazinha aqui.

     

    d) certa, sem comentários

     

    Na sequência ficaria F - V - F- V- V


ID
2661907
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                                  Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


      Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.

      Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

      Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

      Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

      A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

      O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

      A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

      Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

      Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.

      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

      A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18

Observe atentamente cada par de frases correlacionadas. A segunda apresenta uma alteração / transformação da primeira num aspecto indicado entre colchetes.


Assinale a opção em que a transformação gerou uma construção incorreta do ponto de vista da norma padrão:

Alternativas
Comentários
  • Um erro muito comum, observado principalmente na comunicação oral, é a flexão do verbo “haver”. Esse verbo, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso significa que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Portanto, é errônea a flexão do verbo no plural.

  • construção incorreta

    construção incorreta

    construção incorreta

    construção incorreta

    construção incorreta

    construção incorreta

    construção incorreta

    ATENÇÃO GABRIEL SEU ANIMAL !

  • O verbo HAVER no sentido de EOA (existir, ocorrer, acontecer) será impessoal e não se flexionará. É interessante também ressaltar que se o verbo haver estiver em uma construção de locução verbal, e ele for o verbo principal, transmitirá sua impessoalidade para o verbo auxiliar.

     

    Exemplo:  Poderia haver muitas situações conflitantes;

     

    Bons estudos

  • Verbo haver no sentido de EXISTIR IMPESSOAL. 

  • Verbo haver no sentido de EXISTIR IMPESSOAL. 

  • ESTOU NA MESMA SITUAÇÃO QUE VC GABRIEL KKKKK

  • Existem = Há

  • Claro que a letra D é a incorreta. Mas na A não seria "Acendam-se" ?

  • Na letra D, temos o verbo HAVER empregado no sentido de EXISTIR, OCORRER, ACONTECER.

    Nessa situação, o verbo HAVER é impessoal, não possui sujeito e não pode ser empregado no plural.

    O correto, portanto, seria: Havia, sem dúvidas, graves crises culturais que desembocavam em crises de modernidade.

    Resposta: D


ID
2661910
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                                  Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


      Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.

      Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

      Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

      Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

      A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

      O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

      A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

      Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

      Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.

      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

      A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18

Atente para a semântica introduzida pelos conectivos (palavras ou locuções) destacados e assinale a afirmação INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • ERRADO. a) Está com valor conformativo "O mundo está sem ordem e valores, conforme disse Dostoievski..."

     

    Como com valor comparativo equivale a "quanto"

    - Ninguém o conheçe tão bem como eu.

     

    (Fonte: A gramática para concursos públicos 3ª Ed. Pg. 902)

  • Tanto a “A” quanto a “D” estão erradas.

     

    a) “O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: ‘Se Deus não existe, tudo é permitido’”. → Ideia de comparação.

    Oração principal: “O mundo está sem ordem e valores”;

    Oração subordinada: “como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido””

     

    Conjunção como:

    Causal------------------- = --------------Já que*

    Comparativa------------ = --------------igual a

    Consecutiva------------- = --------------Conforme

    * quando a oração adverbial estiver antecipada

    Na alternativa a conjunção “comoestá no sentido de conforme, não de igualdade.

    Alternativa errada.

     

    d) “Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.” → Ideia de proporcionalidade.

     

    Na medida em que ------------- => -------------- Causal

    À medida que ------------------- => -------------- Proporcional

    Essa alternativa está ERRADA, pois a conjunção é causal.

  •  

    O que mais me surpreendeu nem foi a banca ter errado, foi a maioria ter marcado a alternativa "A".

    Ps.: sei que tá errada tb.

    Algo de errado não está certo...

     

    Que questão fumada do careleo. Tinha que ser da FUMARC. 

    Deveria ser anulada, já que "na medida em que" é casual.

    E "à médida que" é proporcional.

     

     

    "Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma "patranha", VISTO QUE/ PORQUE/ UMA VEZ QUE/ HAJA VISTA QUE/ JÁ QUE disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade."

     

    Segue o baile ~

  • A) como disse Dostoievski, conforme disse... ( ideia de conformidade), não há comparação.

    o examinador queria que marcasse a mais errada

  • Gostaria que as pessoas que estão comentando que a alternativa D está errada apresentassem uma referência confiável que corrobore a alegação. A alternativa me parece certinha e na gramática do professor Pasquale não existe base pra dizer o contrário.

    Vamos lembrar que esse tipo de posição juntamente com este tipo de comentário NÃO PODE SE BASEAR EM ACHISMO SOMENTE. A fim de contribuir realmente citem as fontas pra que possamos consultar ou desenvolvam uma argumentação consistente.

     

     

  • Oi, querido Emerson R.

    Eu fui uma dessas pessoas que você citou aí. E, olha, meu comentário não é baseado em achismo.

    Não citei fontes pq né, é um conhecimento que tenho e carrego comigo.

    Porém, é fonte confiável que você quer? Tome uma!

     

     

    À medida que / Na medida em que


    A locução conjuntiva à medida que indica proporção e equivale a "à proporção que, ao passo que".

    Por outro lado, na medida em que indica causa e equivale a "visto que, já que, tendo em vista que".


    – À medida que o líder russo crescia no palco político, o mundo ia se habituando à sua
    personalidade descomunal.
    – Do ponto de vista político, este ato é desastrado, na medida em que exprime um conflito
    entre o Estado e a Igreja.
     

    A gramática para concursos públicos - Fernando Pestana, p. 175.

     

    Continuo afirmando, AGORA COM FONTE, que a questão deveria ser anulada (já que a "D" está errada)!

    Satisfeito? :D

    Bons estudos.

  • "NA MEDIDA EM QUE:

    Segundo o Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, essa é uma “adulteração moderna” da locução anterior, à medida que (com o sentido de “à proporção que”). Ela vem sendo usadas pelos principais meios de comunicação, mas nem sempre tem o seu significado claro. Muitas vezes exprime:

    – proporcionalidade (pode ser substituída por “à medida que” ou “à proporção que”)

    Ex: O ministro afirmou que as taxas de juros irão baixar na medida em que os preços também caírem. (A dica é preferir a forma “à medida que”, mais consolidada na língua portuguesa).

    – causalidade (pode ser substituída por “porque” ou “porquanto”)

    Ex: Do ponto de vista político, o ato é desastrado, na medida em que exprime um conflito entre Estado e Igreja. (Se você pode usar a palavra “porque”, para que complicar?)

    – condição ou hipótese (pode ser substituída por “se”)

    Ex: A convivência entre os grupos étnicos rivais só será possível, na medida em que todos eles se respeitarem. (Nesse caso, prefira colocar apenas “se”. É mais simples e mais direto e, o melhor, mais correto, segundo a norma culta).

    Atenção: Outros estudiosos aceitam o uso dessa locução conjuntiva apenas quando ela tem sentido causal e significa “uma vez que”.

    Ex: Na medida em que não chegou a um acordo, foi despedido.

    Lembre-se:

    – À medida que significa “à proporção que”, “conforme”.

    – À medida em que NÃO EXISTE!

    – Na medida em que corresponde a “tendo em vista que”, “já que”, “uma vez que”."

     

    https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/duvidas-portugues/8220-a-medida-que-8221-ou-8220-na-medida-em-que-8221/

     

    A questão é controversa, mas não é anulável.  O valor semântico contextual é de proporcionalidade. Na gramática do Celso Cunha também não diz nada sobre isso.

  • "A questão é controversa, mas não é anulável."

    Hm, é controversa, porém não anulável... hmmm...

    Aham, Cláudia, senta lá KKK

     

     

  • "Examinador desgraçado", você está de parabéns pela maneira madura de absorver críticas aos seus comentários. 

  • NA MEDIDA EM QUE - CAUSAL

    À MEDIDA QUE - PROPORCIONAL

    NA MEDIDA QUE - NÃO EXISTE

    À MEDIDA QUE - NÃO EXISTE

    TRECHO RETIRADO DO LIVRO DO PESTANA:

    "...Preciso dizer pela milésima vez que na medida que e à medida em que não existem na
    língua culta? Cuidado! Só existe à medida que (proporcional) e na medida em que
    (causal)! Não erre na prova!"

  • Essa questão está errada, "na medida em que" é ideia de causa, a expressão que denota proporcionalidade é "`à medida que". A letra "a" também está errada porque o sentido de "como" na expressão é de conformidade. Logo, a questão deveria ser anulada.

  •  conforme disse.ideia de conformidade, não há comparação!

  • Como disse Dostoievski: ideia de Conformidade.

  • Gabarito da Banca letra A

     

    Mas entendo que a a questão deveria ser anulada, pois, há duas alternativas erradas (A/D).Fui ao site da Fumarc ver se o gabarito tinha sido anulado e para minha surpresa não foi. A banca manteve no gabarito oficial a alternativa A como certa. Não é a primeira vez que vejo erros nas questões da Fumarc. Chato isso, porque prejudica o concurseiro que estuda e privilegia o aventureiro. A banca erra e não admite... Mas em fim, bola para frente.  

     

      À medida que   ≠     na medida em que.      As duas expressões são corretas, mas têm significados diferentes.

     

    À medida que tem o sentido de à proporção que.

    ex: À medida que a renda diminui, o brasileiro reduz gastos em lazer e cultura.

     

    Na medida em que indica ideia de causa, significa uma vez quevisto quetendo em vista.

    ex: Para ele, preservar essas áreas, além de aumentar a qualidade de vida, traz mais renda para a população, na medida em que melhora a qualidade dos empregos e das moradias.

     

    Aos amigos que estão dizendo que não estão vendo erro na alternativa D e concordam com a banca, vai um conselho: estude um pouco mais e para aqueles que pediram vão algumas referências confiáveis (nada mais nada menos que o MANUAL DE COMUNICAÇÃO DO SENADO FEDERAL, dentre outros)

     

    FONTES: https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/redacao-e-estilo/estilo/a-medida-na-medida-em-que

     

    https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/a-medida-que-ou-na-medida-que.htm

     

     

  • Não sei se não estou errada mas..

    na medida em que é CAUSA = na medida em que estudou foi aprovada.

    à medida que é PROPORÇÃO = à medida que você estuda mais você aprende.

    Logo a assertiva D também estaria errada. Não?

    Alguém saberia explicar?

  • Mari, neste caso, "na medida em que" indica ação simultânea (acontece ao mesmo tempo). Logo, a assertiva está correta (é uma proporção).

  • Essas bancas que fazem isso, erros grosseiros e feios, mereciam que nenhum concurseiro se candidatasse em seus concursos como forma de combate ao desrespeito às regras gramaticais.

  • Tradicionalmente, em provas de concursos públicos, a locução conjuntiva "na medida em que" é cobrada como causal. 

    Existem itens do CESPE, FCC, FGV.

    Como eu disse no início, em provas, só vi os examinadores considerarem o "na medida em que" com valor causal. 

    No trecho desta prova, vejo o valor proporcional, ou seja, o conectivo na medida em que corresponde à locução conjuntiva  "a medida que"

    Agora, você me pergunta: o que a gramática diz sobre "na medida em que"?

    Resposta: é uma locução conjuntiva desprezada pelos gramáticos tradicionais. Contudo, ela é utilizada no português moderno. 

    À medida que: locução conjuntiva proporcional.

    Exemplo:

    Os brasileiros perdem o medo da gripe suína à medida que o inverno termina.

     

    Na medida em que: locução conjuntiva rejeitada por alguns gramáticos; todavia cobrada em provas de concursos públicos como uma locução com o valor semântico causal. 

    Domingos Paschoal Cegalla, em Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa, assinala: “A locução conjuntiva ‘na medida em que’ é uma adulteração moderna da locução vernácula ‘à medida que’ (= à proporção que)”.

    Prof. Claiton Natal.


ID
2661913
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                                  Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


      Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.

      Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

      Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

      Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

      A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

      O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

      A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

      Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

      Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.

      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

      A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18

Atente para o emprego dos pronomes pessoais oblíquos e a análise apresentada, na sequência. Assinale a opção que traz afirmação INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A assertiva A) é facilmente identificada como errada, pois utiliza pronome pessoal reto como complemento de verbo (proibido na norma culta), e a assertiva B) também é fácil. Já a C) e D) são mais complexas.

     

     

    C) (CORRETA) A ciência prometia dar segurança ao homem, mas lhe deu mais desgraças e não lhe tranquilizou a existência.

     

    1)     dar (VTDI)            mais desgraças (OD)            lhe (OI)

     

    2)    O segundo "lhe" complementa o substantivo abstrato "existência" e possui preposição implícita (...existência dele). Como o substantivo "existência" nesse caso tem natureza passiva, o pronome é um Adjunto Adnominal. Se tivesse natureza ativa, nesse caso, seria um Complemento Nominal.

     

     

    D) (CORRETA) A argumentação do professor Sanches nos faz sair da zona de conforto do individualismo e nos deixa refletir sobre a existência.

     

    Os pronomes destacados, de fato, possuem função sintática de sujeito do infinivo dos verbos "sair" e "refletir", pois estão ligados aos verbos causativos "fazer" e "deixar". Outro exemplo de verbo causativo seria "mandar".

  • Pronome reto está na linha de sucessão do sujeito; e não como resposta verbal.

  • Ué? Achei que pronome obliquo nunca poderia ter função de sujeito

  • Como regra geral, os pronomes retos são sujeitos e os oblíquos, complementos. 

     

    Como exceção temos os verbos causativos (mandar, fazer, deixar) e os sensitivos (ver, ouvir, sentir). 

     

    Quando o pronome oblíquo estiver se referindo a um desses verbos, esse terá papel de sujeito.

     

    Ex: Eu mandei o menino sair da sala. > Eu o mandei sair da sala. 

     

    Quem "mandei"? Eu. Sujeito do verbo mandar.

    Quem "saiu"? O menino = "o". Sujeito do verbo sair.

     

    Então, nesse caso, o pronome oblíquo "o" é sujeito. 

  • Parabéns pra essa questão difícil que eu errei. A que eu tinha mais certeza que estava certa era a que estava errada. GABARITO - LETRA A

  • Pessoal, depois de analisar uma por uma , e ficar indo e voltando na análise (quase 15 min rsrs), essa questão foi muito fácil , atentem pela letra A.
     

     Enquanto nos deleitamos com essa esquizofrenia consumista, nós não enxergaremos ela e não a combateremos. → Emprego correto: ambos os pronomes pessoais complementam verbos transitivos – “enxergar” e “combater”, respectivamente.

     

     

    Desde quando o "a" é  pronome pessoal?? -> Já mata a questão em 5 segundos!!

     

     

     

  • Os pronomes pessoais do caso reto são aqueles que têm a função de sujeito ou de predicativo do sujeito: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas.

    No cotidiano, os pronomes pessoais do caso reto costumam ser usados como complemento verbal (Penteei ela hoje). Mas a língua culta não aceita essa forma, afinal essa é a função dos pronomes pessoais do caso oblíquo (Penteei-a hoje).

     

    "Enquanto nos deleitamos com essa esquizofrenia consumista, nós não a enxergaremos e não a combateremos."

  • Pronomes do caso reto substituem sujeito enquanto os oblíquos substituem complementos.

  • Erik Silva, salvo engano o "a" é sim pronome pessoal. Pessoal oblíquo: "me, te, se, lhe, o, a, nos, vos".

  • A) Errada ...nós não enxergaremos ela e não a combateremos Correta: ..nós não a enxergaremos e não a combateremos

    Advérbio de negação é atrativo de próclise.

  • Para responder esta questão, exige conhecimento sobre emprego dos pronomes oblíquos. O candidato deve indicar a resposta incorreta. Vejamos:

    Os pronomes oblíquos que assumem papel de complemento: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Nas terminações de verbos que apresentarem as terminações -r, -s ou -z, os pronomes o, os, a, as assumirão as formas -lo, -la, -los, -las: ex: Vê-la para mim é bom.

    O pronome "lhe" aparece para substituir pronome preposicionado (adjunto adnominal, complemento verbal indireto e complemento nominal). Ex: Deu-lhe bolo (deu bolo a ele)

    Após breve explicação, iremos analisar cada assertiva. Analisemos:

    a) Incorreta.

    "Enquanto nos deleitamos com essa esquizofrenia consumista, nós não enxergaremos ela e não a combateremos.

    O pronome "ela" não deve ser usado como complemento, mas como sujeito. No caso em tela, o correto seria usar "a" antes do verbo, pois a palavra negativa "não" atrai o pronome para trás do verbo (não a enxergaremos...).

    b) Correta.

    Para mim, falar sobre pós-modernidade é difícil. Para eu discutir esse tema, terei de ler muito sobre ele.

    Não se usa o "mim" entre a preposição "para" e o verbo no infinitivo. As suas colocações estão corretas, porque o primeiro

    é complemento nominal do adjetivo "difícil" ( falar sobre pós-modernidade é difícil para mim.). O segundo pronome destacado funciona como sujeito do verbo "discutir".

    c) Correta.

    A ciência prometia dar segurança ao homem, mas lhe deu mais desgraças e não lhe tranquilizou a existência. 

    Na primeira ocorrência, o pronome "lhe" complementa o verbo "deu", pois quem dá, dá algo a alguém (deu a ele mais desgraças). O pronome lhe "sempre substitui um termo preposicionado. No segundo caso, o pronome "lhe" funciona como adjunto adnominal, pois foi posto para representar um termo possessivo igualmente o que faz o adjunto adnominal (tranquilizou a existência dele)

    d) Correta.

    A argumentação do professor Sanches nos faz sair da zona de conforto do individualismo e nos deixa refletir sobre a existência. 

    Ambos os pronomes são sujeitos dos verbos "faz" e "deixa". Faz quem sair da zona...? Nos. Deixa quem refletir sobre...? Nos.

    Gabarito do monitor: D


ID
2661916
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto II

                                  Razões da pós-modernidade

Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


      Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso, pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pós-guerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.

      Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

      Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

      Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pós-moderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

      A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

      O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

      A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

      A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

      Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

      Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.

      Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

      A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

      A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade-8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18

Crase significa fusão de dois fonemas “a”, em circunstância marcada por uma exigência verbal ou nominal; é, portanto, fenômeno tanto fonológico quanto morfossintático. Sabe-se que há situações de crase obrigatória, outras em que o acento grave é considerado facultativo e, finalmente, casos em que sua presença é proibida.


Atente para as asserções sobre excertos do texto. A seguir, assinale a opção que traz a afirmativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Por que a letra "c" esta errada? Sobre nao seria preposica , entao nao tem crase !!!

    Com excecao da preposicao até que vem seguida de crase... nao entendi ... alguém pode tirar minha dúvida?? 

  • Caroline, respondendo à sua pergunta. O uso da preposição até é facultativo, sendo que a alternativa em questão (acertiva C) traz como uso obrigatório. Por este motivo a alternativa encontra-se errada. 

    Maiores detalhes em: https://www.recantodasletras.com.br/gramatica/2590670

  • OS 10 MANDAMENTOS DA CRASE    

     

    01) Diante de pronome -> crase passa fome;

    02) Diante de masculino -> crase é pepino;

    03) Diante de ação -> crase é marcação;

    04) Palavras repetidas -> crases proibidas;

    05) Diante de numeral -> crase faz mal;

    06) Quando houver hora -> crase sem demora;

    07) Palavra determinada -> crase liberada;

    08) Vou a, volto da -> crase há; vou a volto de -> crase para quê?

    09) "A" no singular, palavra no plural -> crase nem a pau;

    10) Palavra indefinida -> crase tá perdida

     

     

    "...do Senhor vem a vitória..."

  • Resposta letra D

  • A alternativa "C" está errada porque a crase depois de "até" é facultativa e não obrigatória.

  • Na letra B, a crase seria facultativa, então o erro está em dizer que deveria.

  • Letra A

    Crase Proibida (ESSE - Pronome Masculino) - Crase Proibida (FACE a FACE - Palavras repetidas não leva crase) ERRADA

    Letra B

    Crase Proibida (ESSE - Pronome Masculino) - Crase Facultativa (ESSA - Pronome demonstrativo feminino) ERRADA

    Letra C

    Crase Proibida (Sobre a incerteza) Ex: Sobre alguma coisa / sobre algo. Troca-se incerteza por uma palavra feminina: Sobre o amor e não sobre ao amor. - Crase Facultativa (Até à) ERRADA

    Letra D

    Crase Facultativa (à sua) Pronome feminino CORRETO

     

  • Crase

    CASOS PROIBIDOS:

    Antes de palavras masculinas em geral.

    Depois de preposição (exceto até).

    Antes de numeral (exceto horas).

    Entre palavras repetidas.

    Antess de nome próprio completo.

    Antes de palavra plural quando o "a" está no singular.

    Antes de um argio indefinido (um, uns, uma, umas)

    Em sujeito

    Em objeto direto.

    Antes de pronome pessoal (eu, tu, ele, ela, mim, ti, si)

    Antes de pronomes de tratamento

    Antes de dona + nome próprio

    Antes de Pronomes INDEFINIDOS 

    Antes de pronomes demonstrativos NÃO iniciados por "a"

    Antes de VERBO. 

    CASOS ESPECIAIS:

    Os pronomes SNEHORA, SENHORITA, MESMA, OUTRA, E PRÓPRIA ADMITEM CRASE.

    Antes de CASA, TERRA E DISTÂNCIA : Admitem crase apenas se houver determinante especificador. 

    Antes de topônimos = nome de lugar > FEMININOS (DA) ADMITEM CRASE

    MASCULINOS (DO) NÃO ADMITEM CRASE

    NEUTROS (DE) SÓ ADMITEM CRASE SE HOUVER ESPECIFICADOR 

    Nas expressões A QUAL/AS QUAIS

    Antes de "que/de"

    CASOS FACULTATIVOS

    1) Antes de pronomes possessivos femininos no singular, que não subentendam palavras.

    2) Depois da preposição até

    3) Antes de nome próprio sem sobrenome e sem especificador, 

  • Gabarito letra D

     

     a) A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face à face com esse “mal-estar” do homem ocidental. ERRADO

    não se usa crase diante de palavras repetidas

     

    b)“ A pós-modernidade talvez seja uma reação à essa grave situação.ERRADO

    não se usa crase diante de pronomes demonstrativos.

     

    c)  que chegam até hoje, vagando até à incerteza”. ERRADO

    Aqui a crase é facultativa e não obrigatória. 

     

     d)" A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global” segundo Jameson”. → Crase facultativa. O autor poderia ter optado por não colocar crase antes do pronome possessivo: “... muitas razões, devido a suaprolongada irracionalidade”. 

    Certo - Diante de palavra possessiva FEMININA no SINGULAR a crase é facultativa. Atenção no SINGULAR. Se houver a preposição a diante de um pronome possessivo plural, o uso do acento indicador de crase só ocorrerá se houver as; caso o a aparecerá no singular, haverá somente a preposição: a ou às.

  • Gab: D

     

    Dica que peguei aqui no QC mesmo(esqueci a autoria): 

     

    Crase facultativa:

    ATÉ SUA MARIA sabe.

     

    Até

    Sua - pronome possessivo feminino;

    Maria - nomes próprios femininos.

  • Crase diante de pronome possessivo se liga! Pois será facultativo !

  • Gab D

    Casos Proibidos de Crase:

    --> Antes de verbo

    --> Antes de Palavras no Plural

    --> Antes de palavras masculinas

    --> Antes de Pronomes

    --> Antes de objeto direto ( Não pede preposição)

    --> Entre palavras repetidas

    Casos Facultativos:

    --> Antes de nomes próprios femininos.

    --> Antes de pronome possessivo feminino

    --> Após preposição até


ID
2661922
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Se os termos da Progressão Geométrica (a, b, c) são lados de um triângulo retângulo, então é CORRETO afirmar que a razão dessa Progressão Geométrica é um número

Alternativas
Comentários
  • GAB A

  • Porque é irracional? Como demonstra ?

  • ex: catetos: 3 e 4 tal que a e b e hipotenusa 5 tal que c, a razão entre esses números só pode ser um número irracional. mas acredito que seja lá qual valor dos catetos e da hipotenusa for, a razão muda entre os números então essa questão deveria ser anulada.

  • Em uma progressão geometrica temos que

    q = razão

    a = b/q

    b =b

    c = b*q

    Em pitagoras tempos

    c² = a² + b²

    (bq)² = (b/q)² + b²

    b²q² = b²/q² + b² (divide todos por b²)

    q² = 1/q² + 1 (tira o mmc e faz os devidos calculos chegando a)

    q^4 = 1 + q² (q² = y ---> equação biquadrada)

    y² = 1 + y

    y²-y-1=0

    delta = 5

    raiz(delta) = raiz(5)

    y' = (1+raiz(5))/2

    y'' = (1-raiz(5))/2 (descarta vai dar negativo!!!)

    como temos q² = y

    q = +/- RAIZ ((1+raiz(5))/2) (Descarta a parcela negativa.

    sobra q = Raiz ((1+raiz(5))/2) isso ai é um número irracional!


ID
2661925
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A sequência numérica representada por (x+1, 2x, x2 -5) é uma Progressão Aritmética e seus termos expressam as medidas dos lados de um triângulo. Nessas condições, é CORRETO afirmar que o perímetro desse triângulo, em unidades de comprimento, é igual a

Alternativas
Comentários
  • Letra D

     

    (x+1, 2x, x² -5) é uma P.A.

     

    Logo a diferença entre os termos consecutivos é constante (razão da P.A.).

     

    2x - (x+1) = (x² - 5) - 2x

    -x²+3x+4=0

     

    a=-1, b=3, c=4

    Delta = b²-4.a.c = 3²-4.(-1).4 = 25

    sqrt(Delta) = 5

    x' = (-3+5)/-2 = -1 (não convém, se não teríamos lado do triângulo com medida negativa)

    x'' = (-3-5)/-2 = 4

     

    Logo, as medidas do triângulo são:

    x+1 = 5

    2x = 8

    x²-5 = 11

     

    Portanto, o perímetro é 5+8+11 = 24 u.c.

  • Muito bom, Felipe A !!!

  • Soma o 1 termo com o 3 termo e subtraido por 2 e é igual a o 2termo , faz rrgra de 3 e acha o X aí acha os lados do triângulo soma e acha a resposta 

  • em uma PA sabemos que a soma do a1(primeiro numero) com o ultimo (neste caso a3) dividido por 2 e igual ao numero do meio (neste caso a2)  

    ((a1+a3)/2)=a2

    substituindo pelos algarismos fornecidos 

    a1=x+1

    a2=2x

    a3=x^2-5

    (x+1+x^2-5)/2=2x

    x^2+x-4=4x

    x^2-3x-4=0

    através de baskara x=4

    aonde nossa PA, seria 5,8 e11 aonde a soma é 24 letra D

     

     


ID
2661931
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Os números inteiros x, y e z são tais que


x – 2y = 2z – 1; z + x = y - 2 e 2x + y + 3z = 1.


Nessas condições. é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • GAB C

     

    x - 2y - 2z = -1 ; x - y + z = -2 ; 2x + y + 3z = 1

    a primeira equação menos a segunda equação é = -y -3z = 1 então  y = -1 -3z

    pega a segunda equação: x - ( -1 -3z) +z = -2 então x + 1 + 3z + z = -2 então x = -4z -3

    pega a terceira equação: 2 ( -4z -3 ) + ( -1 -3z) + 3z = 1 então z = -1

    x = -4 (-1) -3 = 1

    y = -1 -3 (-1) = 2

  • número 1positivo (+1). O oposto ou simétrico desse número é o um negativo (-1).


ID
2661934
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Os sucessivos termos da sequência: (47, 42, 37, 33, 29, 26, x, y, z, w) são obtidos através de uma lei de formação. Obedecendo a essa lei, é CORRETO afirmar que o valor de (x + y +z + w) é igual a:

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    Nota-se que de dois em dois números a diferença vai sendo reduzida. 

    47-42 = 42-37 = 5

     

    37-33 = 33-29 = 4

     

    29-26 = 26 - x = 3, logo, x = 23

     

    y-z = x-y = 2, logo, 23-y=2, temos y = 21. Como y-z = 2, então, z = 19.

     

    z-w = z-y = 1, logo, w = 18

     

    Portanto, x+y+z+w = 81.

     

     

     

  • Questão que pode ser mal interpretada, muito cuidado ao resolver questões desse modelo!

    Nota se que de: 47-42=5     42-37=5

                            37-33=4    33-29=4

                              29-26=3    Seguindo à lógica 26-3= 23

                               23-2=21        21-2=19

                                 19-1=18

    Logo teremos o valor de: x, y, z, w  

    Respectivamente são 23, 21, 19, 18

    SOMANDO ESSES VALORES OBTIDOS

    23+21+19+18= 81

    Logo teremos o gabarito a alternativa A

                              

  • Questão interessante e simples ótima para desenvolver o raciocinio lógico

    (47, 42, 37, 33, 29, 26, x, y, z, w) 

          -5,  -5, -4, -4, -3, -3, -2, -2, -1

                                   23 +21 +19 +18 =81

  • 23+21+19+18 =81

    A razão muda a cada dois termos, ou seja, começa com -5 passa para -4 depois -3 e depois -2 logo em seguida -1.


ID
2661940
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Analise os seguintes argumentos:


I. Se estudasse todo o conteúdo, então seria aprovado em Estatística.

Fui reprovado em Estatística. Concluímos que não estudei todo o conteúdo.

II. Todo estudante gosta de Geometria. Nenhum atleta é estudante. Concluímos que ninguém que goste de Geometria é atleta.

III.Toda estrela possui luz própria. Nenhum planeta do sistema solar possui luz própria. Concluímos que nenhuma estrela é um planeta.


Considerando os argumentos I, II e III, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • gabarito B

     

  • LETRA B

     

    I)  VÁLIDO

    P= Se estudasse todo o conteúdo

    Q= aprovado em Estatística.

    Se estudasse todo o conteúdo, então seria aprovado em Estatística. 

     P-> Q     V -> V  (V)

    Fui reprovado em Estatística. Concluímos que não estudei todo o conteúdo. 

    ~Q -> P   F -> F (V)

     

    *Esquema com diagrama para os argumentos II e III: https://imgur.com/WgVApaY

    II) INVÁLIDO 

    III) VÁLIDO

  • Gente nessas horas temos que ver pelo tempo, prestando a atenção nas opções vi a II que se repetia então fiz logo a II eliminado logo ela cheguei na resposta, ganha bastante tempo, respondi 

  • Gabarito Letra B

    I. Se estudasse todo o conteúdo, então seria aprovado em Estatística. Fui reprovado em Estatística. Concluímos que não estudei todo o conteúdo. CERTO

     

    P é condição suficiente para Q. 

    Q é condição necessária para P.

     

    Logo se conclui que  se consigo o P que é estudar todo o conteúdo consequentemente conseguirei o Q,  Para mim conseguir o P preciso primeiro atingir a meta em Q. mas como eu não consegui ser aprovado em todas as matérias, conclui que não estudei todo o conteúdo.

     

    II. Todo estudante gosta de Geometria. Nenhum atleta é estudante. Concluímos que ninguém que goste de Geometria é atleta.ERRADA.

     

    Todo estudante está dentro da matéria geometria.

    Nenhum atleta é estudante

     mas como todo estudante está contigo em geometria isso não me garante que o atleta que não é estudante está em geometria, pois pode haver atletas que está contigo em geometria que não é estudante.

     

    III.Toda estrela possui luz própria. Nenhum planeta do sistema solar possui luz própria. Concluímos que nenhuma estrela é um planeta.CERTO

     

    Todas as estrelas estão contidas  no conjunto maior que é luz própria.

    nenhum planeta possui luz propria, 

    Observe que está correto, pois nenhuma estrela pode ser um planeta, já que ela está contigo no grupo de luz própria e nenhum planeta possui luz.

                        

  • Questão deveria ser anulada por falta de opção correta. A III também está incorreta. Veja bem:

    É enunciado que nenhum planeta do SISTEMA SOLAR possui luz própria, mas não é dito que apenas existem planetas do sistema solar. Logo não é necessariamente correto afirmar que nenhuma estrela é um planeta. Mas seria correto que nenhuma estrela é um planeta do sistema solar.

  • Acertei por falta de opção melhor, mas a III está incorreta!

  • é uma casquinha com VÁLIDO vs VERDADEIRA?

    Alguém ajuda. 

    Parece que a II E III estão FALSAS no entanto são VÁLIDAS ainda assim?

  • Usem a técnica da CONLUSÃO FALSA. 

    1 : Consegui fechar o argumento sem contradição ? ARGUMENTO SERÁ INVALIDO. 

    2 : Não conseguiu fechar o argumento, por alguma contradição ou duviosidade ? ARGUMENTO SERÁ VALIDO.

     

    Obs : Nas premissas você sempre vai buscar a forma VERDADEIRA DELAS. Caso tenha alguma incorreção, avisem-me. 

  • Eu fui pelo seguinte raciocinio 

    Para verificarmos se uma conclusão (de uma questão) é uma conclusão válida para o argumento, isto é, é uma conclusão que torna o argumento válido.

    Fazer-se os seguintes passo:

    1. Assumimos que a conclusão é falsa

    2. Tentamos deixar todas as premissas verdadeiras

    3. Se conseguirmos deixar todas as premissas verdadeiras quando a conclusão é falsa, o argumento é invalido, ou seja, a conclusão dada no item NÃO pode ser obtida a partir das premissas.

    4. Se não conseguirmos deixar todas as premissas verdadeiras quando a conclusão era falsa, isto nos indica que sempre que as premissas forem verdadeiras a conclusão também será verdade, ou seja, a conclusão decorre automaticamente das premissas. O argumento é válido, ou melhor, a conclusão pode mesmo ser obtida daquelas premissas.

     

    Tentem fazer seguindo esses passos, não tem erro !

  • A primeira você utiliza a questão de assumir a conclusão falsa.

    As duas ultimas é muito mais fácil usar diagramas lógicos para concluir a questão.

  • Sobre a I:

    Se estudasse todo o conteúdo, então seria aprovado em Estatística.

    Assumindo P → Q:

    P: Estudou todo conteúdo

    Q: Foi aprovado em Estatística

    Temos como equivalentes:

    ~P v Q (NE Y MA)

    ou

    ~Q → ~P (VOLTA NEGANDO)

    Concluímos que não estudei todo o conteúdo


ID
2661946
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um terreno com uma área total equivalente a 1.296 m2 foi dividido em três lotes. Se a área do primeiro lote corresponde a 4/5 da área do segundo lote e a área do terceiro lote é igual à soma das outras áreas, então é CORRETO afirmar que a área do maior dos três lotes, em metros quadrados, corresponde a:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

     

    Área total = 1296 m²

    chame de x a área do segundo lote, já que a do primeiro lote está sendo "trabalhada" em cima daquele.

     

    primeiro lote = (4/5)x

    segundo lote = x

    terceiro lote= 1º lote + 2º lote = (4/5)x + x

     

    logo, 

    (4/5)x + x + (4/5)x + x = 1296

    4x +5x+ 4x+ 5x = 6480

    18x = 6480

    x = 360

     

    sendo assim, 

    primeiro lote = (4/5). 360 = 288 m²

    segundo lote = x = 360 m²

    terceiro lote= 1º lote + 2º lote = (4/5)x + x = 648 m², que é o maior dos lotes.

  • A + b + c = 1296

    a = 4/5 b

    mas c = a + b,

    entao a + b + c é o mesmo que c (que é a+b) + c, ou seja: c + c = 1296

    logo: 2c = 1296

    c = 648!

    nao precisa de mais calculo, pois nenhum lote sera maior q c!

  • Resolvi de um jeito mais simples:

    Primeiro lote → 4/5

    Segundo lote → 5/5

    Terceiro → 9/5 (soma dos dois anteriores)

    Somando todos = 18/5. Ou seja, temos 18 partes no total. Sabemos que a área é 1.296m². Divida a área pelo número de partes pra ver quanto vale cada uma.

    1.296 / 18 = 72.

     

    Agora, basta multiplicar esse valor pelo número de partes que cada lote contém.

    Primeiro lote → 4/5 (4 x 72 = 288m²)

    Segundo lote → 5/5 (5 x 72 = 360m²)

    Terceiro → 9/5 (9 x 72 = 648m²)

     

    O maior lote é o terceiro, então letra c) 648.

     


ID
2661949
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO IT:


                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

What does the word they in “Or are they easing our workload? “(paragraph 1) refer to?

Alternativas
Comentários
  • C) The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs?

    A batalha entre homens e máquinas vem de séculos. Elas irão tomar nossos empregos? 

     


ID
2661952
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO IT:


                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

The word therefore in “therefore creating new demand and new jobs” (paragraph 2) conveys an idea of

Alternativas
Comentários
  • Therefore (adverb):  for that reason; consequently.

  • (A)

    Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs.

    Tradução-->A conclusão deles é que, em vez de destruir empregos, a tecnologia tem sido uma “grande máquina de criação de empregos”. Descobertas de Deloitte, como aumento do quadro de funcionários dos bares desde a década de 1950 ou aumento do número de cabeleireiros neste século, sugerem aos autores que a tecnologia aumentou o poder de compra, criando, portanto, nova demanda e novos empregos.

    Therefore--> so, thus, accordingly, between this and that.


ID
2661955
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

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                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

What has the study pointed out in relation to technological change?

Alternativas
Comentários
  • Gab C

     

    O estudo apontou que o debate geralmente enfatiza os aspectos da destruição de empregos da mudança tecnológica em vez de seus aspectos criativos.

     

    Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.


ID
2661958
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

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                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

What is the relation between machines and human labor, according to the authors of the study?

Alternativas
Comentários
  • Gab D

     

     

    As máquinas tendem a assumir tarefas mais monótonas e árduas.

     

    “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 


ID
2661961
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

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                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

When it comes to job losses, what is the authors’ conclusion?

Alternativas
Comentários
  • Gab D

     

    Quando se trata de perdas de emprego, a conclusão dos autores é que a tecnologia é responsável pela perda de empregos em algumas áreas.

     

     According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to.


ID
2661964
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

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                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

What has been changing in the role of labor because of technological progress?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

     

    A dúvida aqui fica entre as alternativas C e D.

     

    A alternativa C afirma que deu mais ênfase em prover serviços às pessoas, o que está correto, uma vez que as máquinas estão fazendo mais trabalho "braçal" e liberando as pessoas para a área de serviços.

     

    A alternativa D afirma que se tornou uma fonte de força bruta. De fato as máquinas começaram a fazer a "força bruta", porém a questão pergunta de trabalho usando a palavra "Labor" que se refere ao trabalho humano tornando a alternativa incorreta.

  • (C)

    Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. 

    Tradução-->A conclusão é que, em vez de destruir empregos, a tecnologia tem sido uma “grande máquina de criação de empregos”. Descobertas como aumento do quadro de funcionários dos bares desde a década de 1950 ou aumento do número de cabeleireiros neste século, sugerem aos autores que a tecnologia aumentou o poder de compra, criando, portanto, nova demanda e novos empregos.


ID
2661967
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
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Disciplina
Inglês
Assuntos

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                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

What is one of the consequences of technological progress pointed by the study?

Alternativas
Comentários
  • Gab A

     

     Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs.

     

     

    As descobertas da Deloitte, como a ascensão do pessoal do bar desde a década de 1950, ou o aumento do número de cabeleireiros neste século sugerem aos autores que a tecnologia aumentou o poder de compra, criando novas demandas e novos empregos.

  • Qual é uma das consequências do progresso tecnológico apontada pelo estudo?

    A) Correta - Isso cria uma nova demanda e novos empregos.

    De acordo com o trecho: Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs.

    As descobertas da Deloitte, como a ascensão do pessoal do bar desde a década de 1950, ou o aumento do número de cabeleireiros neste século sugerem aos autores que a tecnologia aumentou o poder de compra, criando novas demandas e novos empregos.

    B) Incorreta - Isso tornou a comida mais cara.

    Não, O progresso tecnológico reduziu os preços de bens essenciais, como alimentos.

    C) Incorreta - Há menos empregos e carreiras.

    Em contradição com a letra A

    D) Incorreta - Não há dinheiro para gastar em lazer.

    Não, pois Os economistas da Deloitte acreditam que o aumento da renda permitiu que os consumidores gastassem mais em serviços pessoais, como cuidados pessoais.

    Gabarito: A


ID
2661970
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO IT:


                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

The use of the modal verb may in “which may explain the big rise in bar staff” (paragraph 6) indicates that

Alternativas
Comentários
  • Gab D

     

    "May" é utilizado para fazer um pedido ou para indicar a probabilidade de algo acontecer ou não (presente e futuro), sendo que é utilizado de maneira formal.

     

    Exemplos:

    May you help me with my homework tomorrow? (Você pode me ajudar com minha lição de casa amanhã?).

    It may rain in the afternoon. (Pode chover à tarde).

     

    Fonte: https://www.infoescola.com/ingles/verbo-modal-may/


ID
2661973
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO IT:


                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

The best word to complete this sentence “_______ the decline in the traditional pub…” (paragraph 6) is

Alternativas
Comentários
  • Gab B

     

    "Despite the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

     

     

    Apesar do declínio no pub tradicional, os dados do censo mostram que o número de pessoas empregadas em bares quadruplicou entre 1951 e 2011 ”, diz o relatório.


ID
2661976
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH QUESTION ACCORDING TO IT:


                 Technology has created more jobs than it has destroyed


      The battle between men and machines goes back centuries. Are they taking our jobs? Or are they easing our workload? A study by economists at the consultancy Deloitte seeks to shed new light on the relationship between jobs and the rise of technology by searching through census data for England and Wales going back to 1871.

      Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. Findings by Deloitte such as rise in bar staff since the 1950s or a surge in the number of hairdressers this century suggest to the authors that technology has increased spending power, therefore creating new demand and new jobs. Their study argues that the debate has been twisted towards the job-destroying effects of technological change, which are more easily observed than its creative aspects.

      Going back over past figures paints a more balanced picture, say authors Ian Stewart and Alex Cole. “The dominant trend is of contracting employment in agriculture and manufacturing being more than balanced by rapid growth in the caring, creative, technology and business services sectors,” they write. “Machines will take on more repetitive and laborious tasks, but they seem no closer to eliminating the need for human labor than at any time in the last 150 years.” 

      According to the study, hard, dangerous and dull jobs have declined. In some sectors, technology has quite clearly cost jobs, but they question whether they are really jobs we would want to hold on to. Technology directly substitutes human muscle power and, in so doing, raises productivity and shrinks employment. “In the UK the first sector to feel this effect on any scale was agriculture,” says the study. 

      The study also found out that ‘caring’ jobs have increased. The report cites a “profound shift”, with labor switching from its historic role, as a source of raw power, to the care, education and provision of services to others.

Technological progress has cut the prices of essentials, such as food, and the price of bigger household items such as TVs and kitchen appliances, notes Stewart. That leaves more money to spend on leisure, and creates new demand and new jobs, which may explain the big rise in bar staff, he adds. “_______ the decline in the traditional pub, census data shows that the number of people employed in bars rose fourfold between 1951 and 2011,” the report says.

      The Deloitte economists believe that rising incomes have allowed consumers to spend more on personal services, such as grooming. That in turn has driven employment of hairdressers. So, while in 1871 there was one hairdresser or barber for every 1,793 citizens of England and Wales; today there is one for every 287 people.

                                  (Adapted from: https://goo.gl/7V5vuw. Access: 02/02/2018.)

By reading this text we can conclude that

Alternativas
Comentários
  • (B)

    in the title we can deduce and in the second paragraph there is this conclusion.

    Título-> Technology has created more jobs than it has destroyed

    Tradução-> A tecnologia criou mais empregos do que destruiu

    "Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”.

    Tradução-->"A conclusão deles é que, em vez de destruir empregos, a tecnologia tem sido uma" grande máquina de criação de empregos ".

  • Lendo este texto podemos concluir que:

    A) Incorreta - Os serviços pessoais não são significativos para os estudos econômicos.

    Não, O relatório cita uma “mudança profunda”, com o trabalho mudando de seu papel histórico, como fonte de energia bruta, para o cuidado, educação e prestação de serviços a terceiros.

    B) Correta - A tecnologia vem mudando a forma como o ser humano se relaciona com o trabalho.

    De acordo com a primeira frase do segundo parágrafo:

    Their conclusion is that, rather than destroying jobs, technology has been a “great job-creating machine”. 

    A conclusão deles é que, em vez de destruir empregos, a tecnologia tem sido uma “grande máquina de criação de empregos”.

    C) Incorreta - A batalha entre homens e máquinas não tem sentido.

    Pelo contrário, o texto diz: A batalha entre homens e máquinas remonta a séculos.

    D) Incorreta - Os chamados “trabalhos de cuidado” tendem a desaparecer no futuro.

    Não, O estudo também descobriu que os empregos de “cuidado” aumentaram.

    Gabarito: B


ID
2690077
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Duas proposições compostas são equivalentes se seus valores lógicos são iguais. Considerando que p e q são proposições lógicas, então é CORRETO afirmar que a proposição (p Ʌ ~ q) é equivalente a:

Alternativas
Comentários
  • (p Ʌ ~ q) => é a negação de (p→ q). Então (p Ʌ ~ q)  é igual a  ~(p → q)​

     

     

  • p → q é equivalente a  ~p V q

    ~(~p V q) é igual a p Ʌ ~q

  • GABARITO: B

    A questão está pedindo a negação de (p Ʌ ~ q). Percebe-se que está pedindo a negação devido ao símbolo ( ~ ) em todas as alternativas!

     

     

    Negação de (p Ʌ ~ q)  poderia ser: ~( ~p V q ). Mas NÃO tem essa alternativa!

    Portanto, a resposta só pode ser o Se...então: ~( p --> q )

     

     

    Exemplo em frase:

    Estudo e não passo

    Se estudo então passo

  • A questão pede: proposição (p Ʌ ~ q) é equivalente a:

    desta forma precisamos resolver as alternativas para solucionar o problema.

    B) ~(p → q) (nesta alternativa temos a negação do condicional) (macete: Copia a 1ª E nega a 2ª)

    resposta: Aplicando o macete temos: (p Ʌ ~ q) CORRETA

  • Por tabela vedade:

    p     q    ~q     p∧~q     p → q     ~(p → q)

    V     V      F                   V                F

    V     F      V                   F                V

    F     V       F         F            V                F

    F     F       V                    V                F

    Resposta: p∧~q é equivalente à ~(p → q). Gabarito: B.

  • ~(P → Q) = P ^ ~Q Copia a 1ª e nega a 2ª.

  • Gab. B

     

     

    REPETE A PRIMEIRA, NEGA A SEGUNDA

               (P Ʌ ~ Q)  ==== ~(P-----> Q)

  • Lei de Demorgan - EQUIVALANTES 

    ~(A--->B) = A ^ ~B

  • Negação do se, então, afirma a primeira e nega a segunda. 

     

    Alternativa B


ID
2690113
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No que se refere ao Serviço Social, a década de 1980 se caracteriza pela negação do conservadorismo profissional e por um movimento de explicitação da dimensão política da profissão. No âmbito profissional, a perspectiva que marca esse período denomina-se como:

Alternativas
Comentários
  • A terceira perspectiva é a intenção de ruptura, esta almejava romper totalmente com o Serviço Social tradicional, propunha uma quebra quer com seus procedimentos metodológicos, ideológicos e teóricos, com o seu conservadorismo, a tradição positivista. Esta perspectiva recorre principalmente ao pensamento marxista, que era tida de forma progressiva na sociedade.

     

    Fonte:http://seminarioservicosocial2017.ufsc.br/files/2017/05/Eixo_2_139.pdf

     

    Gab. B


ID
2690116
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Analise as afirmativas que seguem, relativas ao processo de reestruturação produtiva do capital.


I. As mudanças nas empresas capitalistas, que vêm sendo observadas no Brasil desde os anos de 1980, são determinadas pela nova dinâmica de acumulação do capital e respondem à necessidade de integração a um mercado cada vez mais competitivo e globalizado.

II. As profundas mudanças que ocorreram ao longo do processo de reestruturação do capital afetaram diversas áreas das empresas capitalistas, exceto aquelas relativas à organização da produção e aos processos de trabalho.

III. O processo de reestruturação produtiva, observado no país desde os anos de 1980, imprime novos requisitos aos trabalhadores, modificam as condições de inserção no mercado de trabalho e rebatem nos mecanismos de proteção social.

IV. As profundas alterações que marcaram as empresas capitalistas brasileiras restringem as frentes de trabalho para o/a Assistente Social, cujo exercício profissional se limita à gestão de Recursos Humanos.


Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • I. As mudanças nas empresas capitalistas, que vêm sendo observadas no Brasil desde os anos de 1980, são determinadas pela nova dinâmica de acumulação do capital e respondem à necessidade de integração a um mercado cada vez mais competitivo e globalizado.

    II. As profundas mudanças que ocorreram ao longo do processo de reestruturação do capital afetaram diversas áreas das empresas capitalistas, exceto aquelas relativas à organização da produção e aos processos de trabalho.

    III. O processo de reestruturação produtiva, observado no país desde os anos de 1980, imprime novos requisitos aos trabalhadores, modificam as condições de inserção no mercado de trabalho e rebatem nos mecanismos de proteção social.

    IV. As profundas alterações que marcaram as empresas capitalistas brasileiras restringem as frentes de trabalho para o/a Assistente Social, cujo exercício profissional se limita à gestão de Recursos Humanos.



ID
2690119
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Considerando o processo de reestruturação produtiva do capital e o trabalho do Serviço Social, analise as afirmativas a seguir e identificando com V as verdadeiras e F as falsas.


( ) O exercício profissional do Assistente Social nas empresas capitalistas mantém o seu caráter educativo (característica das velhas demandas feitas à profissão), voltado para as mudanças de hábitos, atitudes e comportamentos do trabalhador, objetivando sua adequação ao processo de produção.

( ) O profissional do Serviço Social, no âmbito da empresa capitalista, se caracteriza como um dos profissionais que possui atributos para intervir na vida cotidiana dos trabalhadores, tanto no âmbito fabril quanto na esfera do seu ambiente doméstico ou da sua vida particular.

( ) A intervenção do Assistente Social em empresas, no contexto da reestruturação produtiva do capital, não possibilita nem a propagação da mútua colaboração entre empregados e empregadores nem a neutralização das tensões inerentes às relações entre capital e trabalho, pois o espaço sócio-ocupacional é caracterizado por conflitos.


A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • ( ) O exercício profissional do Assistente Social nas empresas capitalistas mantém o seu caráter educativo (característica das velhas demandas feitas à profissão), voltado para as mudanças de hábitos, atitudes e comportamentos do trabalhador, objetivando sua adequação ao processo de produção.

    ( ) O profissional do Serviço Social, no âmbito da empresa capitalista, se caracteriza como um dos profissionais que possui atributos para intervir na vida cotidiana dos trabalhadores, tanto no âmbito fabril quanto na esfera do seu ambiente doméstico ou da sua vida particular.

    ( ) A intervenção do Assistente Social em empresas, no contexto da reestruturação produtiva do capital, não possibilita nem a propagação da mútua colaboração entre empregados e empregadores nem a neutralização das tensões inerentes às relações entre capital e trabalho, pois o espaço sócio-ocupacional é caracterizado por conflitos.



ID
2690122
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

De acordo com Antunes (2003), qual das alternativas, apresentadas a seguir, se refere ao processo que articula, de um lado, um significativo desenvolvimento tecnológico e, de outro, uma desconcentração produtiva baseada em empresas médias e pequenas, “artesanais”?

Alternativas
Comentários
  • "Atribui-se a Sabel e Piore um pioneirismo na apresentação da tese da “especialização flexível”, esta seria a expressão de uma processualidade que, tendo especialmente a “Terceira Itália” como experiência concreta, teria possibilitado o advento de uma nova forma produtiva que articula, de um lado, um significativo desenvolvimento tecnológico e, de outro, uma desconcentração produtiva baseada em empresas médias e pequenas, “artesanais”.

    ADEUS AO TRABALHO: ENSAIO SOBRE AS METAMORFOSES E A CENTRALIDADE DO MUNDO DO TRABALHO

    RICARDO ANTUNES


    http://www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-019-222.pdf



ID
2690125
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Bernardo (2016) alega que as empresas estão cada vez mais apreensivas com a amplitude dos problemas relacionados à dependência de álcool e outras drogas entre seus empregados. Considere as afirmativas relativas aos motivos que, segundo a autora, levam as empresas brasileiras a implantarem programas de prevenção de dependência química:


I. As empresas concluíram que é mais vantajoso recuperar empregados com problemas relacionados a abuso e dependência de substâncias psicoativas (SPA) do que simplesmente demiti-los.

II. Devido à natureza da síndrome, torna-se difícil detectar a vítima na fase de admissão, por mais criterioso que seja o processo.

III. Pesquisas demonstram que investir em programas de prevenção ao abuso e dependência de álcool e outras drogas reduz gastos e amplia a rotatividade de pessoal, fazendo com que os trabalhadores que utilizam SPA solicitem demissão e não gerem mais transtornos para a organização.


Estão CORRETOS os motivos expressos em:

Alternativas
Comentários
  • I. As empresas concluíram que é mais vantajoso recuperar empregados com problemas relacionados a abuso e dependência de substâncias psicoativas (SPA) do que simplesmente demiti-los.

    II. Devido à natureza da síndrome, torna-se difícil detectar a vítima na fase de admissão, por mais criterioso que seja o processo.

    III. Pesquisas demonstram que investir em programas de prevenção ao abuso e dependência de álcool e outras drogas reduz gastos e amplia a rotatividade de pessoal, fazendo com que os trabalhadores que utilizam SPA solicitem demissão e não gerem mais transtornos para a organização.



ID
2690128
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

De acordo com o estabelecido na Lei n° 8.662/93, compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CEFESS), na qualidade de órgão normativo de grau superior:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    a,b,c sao competencias do CRESS e nao do CEFESS.

  • Conforme o “Art. 8º”, da Lei nº 8.662/1993, compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:

    I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente Social, em conjunto com o CRESS;

    II - assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário;

    III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS;

    IV - aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais juntamente com os CRESS, no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS;

    V - funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional;

    VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelos CRESS;

    VII - estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados;

    VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou privados, em matéria de Serviço Social;

    IX - (Vetado).

    Analisando as alternativas, temos:

    A, B e C – Incorretas. De acordo com o “Art. 10º”, da Lei nº 8.662/1993, as alternativas constituem, competências do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), em suas respectivas áreas de jurisdição, na qualidade de órgão executivo e de primeira instância.

    D – Correta. Orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente Social, em conjunto com o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS). A alternativa está de acordo com o “Art. 8º”, inciso I, da Lei nº 8.662/1993, compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de grau superior, o exercício da atribuição de: I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente Social, em conjunto com o CRESS.

    Gabarito: D


ID
2690131
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Conforme o que estabelece a Lei n° 8.662/93, que regulamenta a profissão de Assistente Social, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B!

     

    letra A)

    Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

    III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;

     

    letra B) 

    Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

    I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social;

     

    letra C)

    Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

    II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;

     

    letra D)

    Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

    IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social;

     

    Fonte : Lei de regulamentação da profissão (8662 de 7 de Junho de 1993)

     

  • Quando tiver as palavras "matéria", "unidade", "área", geralmente será atribuição privativa.

    A) Competência

    B) Atribuição privativa - Gabarito

    C) Atribuição privativa

    D) Atribuição privativa


ID
2690134
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Título III do Código de Ética Profissional dos/das Assistentes Sociais trata “Das Relações Profissionais”. O Capítulo I desse título denomina-se “Das Relações com os/as Usuários/as” e o Art. 5º, desse capítulo, lista os deveres do/da assistente social nas suas relações com os/as usuários/as.


É dever do/da assistente social nas suas relações com os/as usuários/as:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B. As outras alternativas dizem respeito a Direitos

  • Art. 5º  São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as usuários/as:
    a- contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais;

    b- garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste Código

     

     

    http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf

  • A questão requer conhecimento do Código de Ética do/a assistente social, que foi instituído pela Resolução CFESS nº 273 de 13 março 1993.

    Analisando as alternativas, temos:

    A – Incorreta. Dispor de condições de trabalho condignas, seja em entidade pública ou privada, de forma a garantir a qualidade do exercício profissional. De acordo com o “Art. 7º”, inciso a, do Código de Ética profissional de 1993, a alternativa constitui um direito do/a assistente social nas relações com as instituições empregadoras e outras.

    B – Correta. Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios do Código de Ética Profissional. De acordo com o “Art. 5º”, inciso b, do Código de Ética profissional de 1993, a alternativa constitui um dever do/a assistente social nas relações com os/as usuários/as.

    C – Incorreta. Ter acesso a informações institucionais que se relacionem aos programas e políticas sociais e sejam necessárias ao pleno exercício das atribuições profissionais. De acordo com o “Art. 7º”, inciso c, do Código de Ética profissional de 1993, a alternativa constitui um direito do/a assistente social nas relações com as instituições empregadoras e outras.

    D – Incorreta. Ter livre acesso à população usuária. De acordo com o “Art. 7º”, inciso b, do Código de Ética profissional de 1993, a alternativa constitui um direito do/a assistente social nas relações com as instituições empregadoras e outras.

    Gabarito: B


ID
2690137
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente é a finalidade da Lei nº

Alternativas
Comentários
  • Lei 8069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente

    Lei 8080 de 19 de setembro de 1990 -Lei Orgânica da Saúde

    Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde. 

    LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.

    Alternativa correta Letra D


ID
2690140
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Um dos princípios que rege a Lei Orgânica da Assistência Social é a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D! Princípios é SURID

     

    Dos Princípios

            Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:

            I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;

            II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;

            III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;

            IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;

            V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

    Fonte: Lei 8742 de 7 de Dezembro de 1993 ( Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências)

  • A) Diretrizes da Loas

    B) Diretrizes da Loas

    C) Diretrizes da Loas

    D) Correta!

  • É preciso muito cuidado com a resolução de questões sobre o SUAS, pois há várias coisas que podem nos confundir. Em outra questão, por exemplo, já foram cobrados os princípios da Proteção social da assistência social, que são:

    A proteção social de Assistência Social, ao ter por direção o desenvolvimento

    humano e social e os direitos de cidadania, tem por princípios:

     a matricialidade sociofamiliar;

     territorialização;

     a proteção pró-ativa;

     integração à seguridade social;

     integração às políticas sociais e econômicas.

    (NOB/SUAS, 2012).


ID
2690143
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As ações na área de assistência social estão organizadas em um sistema denominado como Sistema Único de Assistência Social (SUAS).


O SUAS é organizado sob a forma de um sistema

Alternativas
Comentários
  • "A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado: Sistema Único de Assistência Social (Suas) Sistema público não-contributivo, descentralizado e participativo, destinado à gestão da AS, através da integração das ações dos entes públicos (União, Estados, Municípios e DF) e das entidades privadas de assistência social."

    http://www.desenvolvimentosocial.pr.gov.br/arquivos/File/Capacitacao/material_apoio/JulianaFernandesPereira.pdf

  • LOAS

    CAPÍTULO III - Da Organização e da Gestão

    Art. 6  A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas) (...)


ID
2690146
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Cohen e Franco (2004) argumentam que a crise econômica sofrida pela América Latina no princípio dos anos de 1980 afetou as condições de vida de importantes segmentos da população. Os autores também defendem que, em situações de escassez de recursos e necessidades incrementadas, é imprescindível elevar o grau de racionalidade das políticas.


De acordo com o exposto pelos autores, a ação que tem um papel central nesse processo de racionalização e é um elemento básico do planejamento é a

Alternativas
Comentários
  •  "Cohen e Franco (1993, p.16) determinam, de forma precisa, a importância da avaliação em programas governamentais: “A avaliação de projetos sociais tem um papel central neste processo de racionalização e é um elemento básico de planejamento. Não é possível que estes sejam eficazes se não forem avaliados os resultados de sua aplicação".

    https://www.efdeportes.com/efd178/politicas-publicas-de-esporte-e-lazer-do-ceara.htm

    http://conic-semesp.org.br/anais/files/2016/trabalho-1000022710.pdf


ID
2690149
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A definição “... é o grau em que se alcançam os objetivos e metas do projeto na população beneficiária, em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados” (COHEN; FRANCO, 2004, p. 102), refere-se ao conceito de:

Alternativas
Comentários
  • Achei que esse conceito se enquandra mais em efetividade do que em eficácia.

  • "Nessa discussão, a elucidação de três conceitos chave torna-se fundamental. O primeiro deles, a eficácia, relaciona-se com o “grau em que se alcançam os objetivos e metas de um programa ou projeto na população beneficiária, em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados” (COHEN e FRANCO, 2008:102). Segundo estes mesmos autores, o conceito de eficiência pode ser considerado a partir de duas dimensões complementares: de um lado a quantidade de produto está predeterminada, logo, procura-se minimizar o custo total; de outro, o gasto total está previamente fixado, procura-se, então, otimizar a combinação de insumos para maximizar o produto. Por fim, o conceito de efetividade refere-se à razão matemática entre os resultados e os objetivos (COHEN e FRANCO, 2008:107)."

     http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enapg459.pdf

  • GAB: LETRA B

    Complementando!

    Fonte: COHEN; FRANCO, 1993

    Eficiência

    5 A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se ao esforço do processo de transformação de insumos em produtos. Pode ser examinada sob duas perspectivas: minimização do custo total ou dos meios necessários para obter a mesma quantidade e qualidade de produto; ou otimização da combinação de insumos para maximizar o produto quando o gasto total está previamente fixado (COHEN; FRANCO, 1993).

    [...]Nesse caso, a análise do tempo necessário para execução das tarefas é uma variável a ser considerada. A eficiência pode ser medida calculando-se e comparando-se o custo unitário da produção de um bem ou serviço. Portanto, podemos considerar que o conceito de eficiência está relacionado ao de economicidade.

    Eficácia

    6 A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados (COHEN; FRANCO, 1993). O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos imediatos, traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover bens ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.

    Efetividade

    8 A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo. Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Trata-se de verificar a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia razoavelmente atribuir às ações do programa avaliado (COHEN; FRANCO, 1993). 


ID
2690152
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

De acordo com Costa (2006), a atividade profissional do/da Assistente Social, como a de tantos outros profissionais, está submetida a um conjunto de determinações sociais inerentes ao trabalho na sociedade capitalista.


São características do trabalho realizado em uma sociedade capitalista:


I. Trabalho assalariado

II. Controle da força de trabalho

III. Subordinação do conteúdo do trabalho aos objetivos e necessidades das entidades empregadoras.


Estão CORRETAS as características indicadas em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

     

  • I. Trabalho assalariado

    II. Controle da força de trabalho

    III. Subordinação do conteúdo do trabalho aos objetivos e necessidades das entidades empregadoras.

    TODAS AS ALTERNATIVAS ESTÃO CORRETAS


ID
2690155
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Ao tratar das particularidades do trabalho do/da Assistente Social no Sistema Único de Saúde (SUS), Costa (2006) recorre às ideias de Nogueira (1991, p. 12) para discutir questões relacionadas a processos de cooperação que acontecem na esfera dos serviços.


Os processos de cooperação a que se refere a questão são:

Alternativas
Comentários
  •  c)

    Cooperação vertical e Cooperação horizontal.

  • tá mais o que podemos, para melhorar esta definição 

  • Gabarito C !

     

    Nogueira (1991:2) afirma que na esfera dos serviços o trabalho tem uma singularidade, marcada pela natureza e modalidade dos
    processos de cooperação, quais sejam: a cooperação vertical — diversas ocupações ou tipos de trabalhadores que participam de uma determinada hierarquia — e a cooperação horizontal — diversas subunidades que participam do cuidado em saúde. Ambos os níveis de cooperação envolvem uma complexidade de relações com a organização da política administrativa dos serviços de saúde, com as demandas dos usuários, com o Estado, com a indústria farmacêutica e de equipamentos biomédicos.

     

    Fonte:http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto2-7.pdf


ID
2690158
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As atividades do Serviço Social no âmbito da saúde são operacionalizadas por meio de diferentes núcleos de objetivação, dentre os quais está o de interpretação de normas e rotinas. Sobre esse núcleo, é CORRETO afirmar que se refere

Alternativas
Comentários
  • "O conjunto dessas atividades, por sua vez, é operacionalizado por meio dos seguintes núcleos de objetivação do trabalho do assistente social, quais sejam:

    Interpretação de normas e rotinas - procedimentos de natureza educativa, como

    orientações, aconselhamentos e encaminhamentos individuais e coletivos."

    http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto2-7.pdf

  • Gab C

    Fonte:

    O Trabalho nos Serviços de Saúde e a Inserção dos(as) Assistentes Sociais - Maria Dalva Horácio da Costa

    .

    Aconselhamento soa tão caso, grupo e comunidade, né?

    Né, pois deixe disso que está no texto!

    .

    O cavalo prepara-se para o dia da batalha, porém do SENHOR vem a vitória. (Pv 21:31)


ID
2690161
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sobre os pressupostos para a análise do Serviço Social na atualidade, tal como defende Iamamoto (2005), é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários

  • Letra B: Para garantir uma sintonia do Serviço Social com os tempos atuais, é necessário romper com uma visão endógena, focalista, uma visão “de dentro” do Serviço Social, prisioneira em seus muros internos. 



ID
2690164
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia de Produção
Assuntos

Considerando aspectos relativos à organização da produção, discutidos por Iamamoto (2005), é a explicação adequada sobre Toyotismo:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A. Eu só tiraria essa parte da terceirização, o resto está tudo correto. Bem, a banca pode ter se blindado num autor empoeirado de biblioteca.

     

    https://www.stoodi.com.br/blog/2018/02/14/toyotismo-o-que-e-origem-como-funciona/

  • 1. O que é o Toyotismo?
    O Toyotismo é um sistema de produção baseado na fabricação sob demanda. Ele foi criado no Japão por Taiichi Ohno, um funcionário da Toyota, com o objetivo de eliminar o desperdício durante o processo e, principalmente, evitar a acumulação de mercadorias no estoque. 

    O método ficou conhecido e passou a ser usado em diversos países a partir das décadas de 60 e 70, com o aumento do consumo, somado ao surgimento do neoliberalismo e as influências da globalização. 

    Esse método de produção é usado até hoje em diversas empresas. A seguir, conheça suas características e veja como o Toyotismo funciona no dia a dia. 


    2. Quais são as características do Toyotismo? 
    Podemos destacar como a principal característica do Toyotismo a produção flexível. Ela vai variar de acordo com a necessidade do consumidor. 

    Antes de fazer qualquer produtos, são feitas pesquisas de mercado e é preciso ter a demanda declarada. É por isso que o conceito é chamado “Just in Time”. A produção começa a partir do momento que o pedido for feito. 

    Além disso, podemos pontuar outras características, como: 

    A mão-de-obra é qualificada, treinada e tem consciência das diversas etapas de produção, mesmo se concentrando em apenas uma;
    Como os funcionários estão por dentro do processo de produção, pode acontecer de serem realocados para desempenhar outra atividade; 
    Foco na qualidade do produto e sua diferenciação no mercado.  

  • Esse  Iamamoto,tem queimado meus neurônios na Facul....

  • Qual o erro da (C)?

  • Terceirização está correta tambem.


    Ele notou que nao precisava ter que fazer de tudo, e seria possivel delegar outras funções para que ele possa focar no objetivo

  • Eu li "Taylorismo"....pqp!


ID
2690167
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

É considerada uma raiz comum do conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura (ou seja, da questão social):

Alternativas
Comentários
  • "Tomando como ponto de partida a definição de “questão social”, esta pode ser apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação de seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade (IAMAMOTO, 1998, p. 27)."

    IAMAMOTO, Marilda. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo, Cortez, 1998. 

    http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/Trabalhos/EixoTematicoA/a57b88ae073e37378436Janete%20Luzia.pdf



ID
2690170
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em relação à Administração Estratégica de Recursos Humanos (AERH), é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
2690173
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Ao discutirem aspectos relativos ao Serviço Social na empresa, Lima e Cosac (2005) explicam que o tamanho, a natureza e o tipo de administração são algumas das características que diferenciam umas empresas das outras. Apesar das diversas características que as diferenciam, as autoras alegam que as empresas possuem como um ponto em comum a

Alternativas
Comentários
  • "As empresas possuem diversas características que as diferenciam umas das outras em relação ao tamanho, à natureza e à administração. Têm, contudo, um ponto em comum que é a racionalidade econômica."

    https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/download/6116/5679


ID
2690176
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Maeno e Vilela (2010) pontuam que, até os anos de 1980, o serviço de reabilitação profissional do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) mostrava-se insuficiente para promover a reinserção de trabalhadores com agravos de perfil epidêmico, particularmente Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT). Para os autores, tal quadro demandava a construção de uma política pública de reabilitação profissional.


Identifique com V as afirmativas verdadeiras e, com F, as falsas no que tange às ações que são consideradas necessárias para a construção de uma política pública de reabilitação profissional.


( ) A retirada da saúde do trabalhador das políticas de desenvolvimento econômico.

( ) A desarticulação da Saúde e da Previdência Social em projetos nacionais e locais.

( ) O monitoramento da trajetória dos trabalhadores.

( ) A transparência institucional.


A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • "Partindo de uma retrospectiva histórica da reabilitação profissional, o objetivo do presente ensaio é refletir sobre as possibilidades de se construir uma política pública, tendo como objetivo a real reinclusão social dos acidentados e adoecidos e não um mecanismo de desfecho burocrático para a redução de custos com benefícios previdenciários. Voltado para os trabalhadores com restrições decorrentes de acidentes traumáticos, o serviço de reabilitação profissional do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), existente até os anos 1990, mostrava-se insuficiente para promover a reinserção de trabalhadores com agravos de perfil epidêmico, particularmente Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT). Nessa época, reflexo da política privatizante, promoveu-se um desmonte nessas estruturas dentro do INSS e a delegação da reinserção dos trabalhadores às empresas. A construção de uma política pública de reabilitação profissional exige: a inserção da saúde do trabalhador nas políticas de desenvolvimento econômico; a desconstrução da cultura e da máquina previdenciária voltada prioritariamente para os custos; a real articulação da Saúde e da Previdência Social em projetos nacionais e locais; a inclusão do caráter distributivo nos planos de modernização; o monitoramento da trajetória dos trabalhadores; e a transparência institucional."

    http://www.scielo.br/pdf/rbso/v35n121/10.pdf


ID
2690179
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Segundo Menegasso (2001), muitas mudanças vêm ocorrendo no contexto das organizações empresariais, seja pelo processo de reestruturação produtiva seja pela modernização organizacional. Tais mudanças são marcadas pelo investimento na área social e, além de gerarem novos espaços de pesquisa e de produção de conhecimento, demandam atenção do Serviço Social. O balanço social e a Social Accountability (S.A.) 800 são indicadores desse investimento que as empresas vêm fazendo na área social, o qual é denominado como

Alternativas

ID
2690182
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sobre projetos societários, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • "Não nos interessa aqui a estrutura própria dos projetos individuais e dos projetos coletivos e, menos ainda, as complexas relações entre ambos. Interessa-nos tão somente um tipo de projeto coletivo, que designamos como projetos societários. Trata-se daqueles projetos que apresentam uma imagem de sociedade a ser construída, que reclamam determinados valores para justificá-la e que privilegiam certos meios (materiais e culturais) para concretizá-la.

    Os projetos societários são projetos coletivos; mas seu traço peculiar reside no fato de se constituírem como projetos macroscópicos, como propostas para o conjunto da sociedade. Somente eles apresentam esta característica – os outros projetos coletivos (por exemplo, os projetos profissionais, de que trataremos adiante) não possuem este nível de amplitude e inclusividade."

    http://www.ssrede.pro.br/wp-content/uploads/2017/07/projeto_etico_politico-j-p-netto_.pdf

  • De acordo com Netto (1999), nos interessa somente um tipo de projeto coletivo, que designamos como projetos societários. “Trata- se daqueles projetos que apresentam uma imagem de sociedade a ser construída, que reclamam determinados valores para justificá-la e que privilegiam certos meios (materiais e culturais) para concretizá-la”. (NETTO, 1999, p. 4). Os projetos societários são projetos coletivos; mas seu traço peculiar reside no fato de se constituírem como projetos macroscópicos, como propostas para o conjunto da sociedade. Somente eles apresentam esta característica – os outros projetos coletivos (por exemplo, os projetos profissionais, de que trataremos adiante) não possuem este nível de amplitude e inclusividade. (Ibid., 1999, p. 4).

    Ao analisar as alternativas, temos:

    A, C e D – Incorretas.

    B – Correta. São projetos que apresentam uma imagem de sociedade a ser construída, que reclamam determinados valores para justificá-la e que privilegiam certos meios (materiais e culturais) para concretizá-la.

    Gabarito: B

    Referência:

    NETTO, José Paulo. A Construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social. Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional.


ID
2690185
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Analise os argumentos apresentados no quadro a seguir:


Quadro I - Plano

Expressa as intenções mais amplas, as diretrizes e as perspectivas gerais da mudança pretendida; é a proposição histórica do devir.


Quadro II - Programa

Caracteriza-se pela agregação de atividades ou parcialização do plano em relação ao tempo, ao espaço e à natureza do objeto.


Quadro III - Projeto

É o instrumento menos utilizado pelo Assistente Social em sua prática, pois não expressa as razões que justifica a ação; e não detalha as ações e atividades que se pretende realizar para atingir os objetivos, incluindo a definição de responsabilidades.


Estão CORRETOS os argumentos nos quadros:

Alternativas
Comentários
  • Quadro I - Plano

    Expressa as intenções mais amplas, as diretrizes e as perspectivas gerais da mudança pretendida; é a proposição histórica do devir. 

    Quadro II - Programa

    Caracteriza-se pela agregação de atividades ou parcialização do plano em relação ao tempo, ao espaço e à natureza do objeto. 

    Quadro III - Projeto

    É o instrumento menos utilizado pelo Assistente Social em sua prática, pois não expressa as razões que justifica a ação; e não detalha as ações e atividades que se pretende realizar para atingir os objetivos, incluindo a definição de responsabilidades. 



ID
2690188
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Em relação à interdisciplinaridade, o único argumento INCORRETO é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C


ID
2690191
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Considerada fonte dos referenciais orientadores do pensamento e da ação do Serviço Social brasileiro em sua gênese é a

Alternativas
Comentários
  • É, pois, na relação com a Igreja Católica, que o Serviço Social brasileiro vai fundamentar a formulação de seus primeiros objetivos político-sociais, orientando-se por posicionamentos de cunho humanista conservador contrário aos ideários liberal e marxista na busca de recuperação da hegemonia do pensamento social da Igreja em face da “questão social”.

     

    Gab. C

  • Como profissão inscrita na divisão do trabalho, o Serviço Social surge como parte de um movimento social mais amplo, de bases confessionais, articulado à necessidade de formação doutrinária e social do laicato, para uma presença mais ativa da Igreja Católica no “mundo temporal”, nos inícios da década de 30. Na tentativa de recuperar áreas de influências e privilégios perdidos, em face da crescente secularização da sociedade e das tensões presentes nas relações entre Igreja e Estado, a Igreja procura superar a postura contemplativa (IAMAMOTO, 2013, p. 18).

  • Como posso esquecer que genese se relaciona a origem. Affff


ID
2690194
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Leia e analise as afirmativas a seguir, relativas aos projetos profissionais.


I. Os projetos profissionais apresentam a autoimagem de uma profissão, elegem os valores que a legitimam socialmente.

II. Os projetos profissionais delimitam e priorizam os objetivos e as funções das profissões e formulam os requisitos (teóricos, práticos e institucionais) para o seu exercício.

III. Os projetos profissionais não prescrevem normas para o comportamento dos profissionais bem como não estabelecem as bases das suas relações com os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as organizações e instituições sociais privadas e públicas. Isso deve ficar a cargo de cada organização.


Estão CORRETAS as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • I. Os projetos profissionais apresentam a autoimagem de uma profissão, elegem os valores que a legitimam socialmente.

    II. Os projetos profissionais delimitam e priorizam os objetivos e as funções das profissões e formulam os requisitos (teóricos, práticos e institucionais) para o seu exercício.

    III. Os projetos profissionais não prescrevem normas para o comportamento dos profissionais bem como não estabelecem as bases das suas relações com os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as organizações e instituições sociais privadas e públicas. Isso deve ficar a cargo de cada organização.

  • Segundo Netto "os projetos profissionais apresentam a auto-imagem de uma profissão, elegem os valores que a legitimam socialmente, delimitam e priorizam seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, práticos e institucionais) para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais e estabelecem as bases das suas relações com os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as organizações e instituições sociais privadas e públicas (inclusive o Estado, a que cabe o reconhecimento jurídico dos estatutos profissionais)."

    Referência: A construção do projeto ético-político do Serviço Social - José Paulo Netto


ID
2690197
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Apontada como uma das vertentes de análise que emergiu no bojo do Movimento de Reconceituação do Serviço Social brasileiro e que, embora não estivesse livre de problemas, permitiu que a profissão questionasse sua prática institucional e seus objetivos de adaptação social, ao mesmo tempo em que se aproximava dos movimentos sociais. A vertente a que se refere o texto é a

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

  • A vertente marxista que remete a profissão à consciência de sua inserção na sociedade de classes e que no Brasil vai configurar-se, em um primeiro momento, como uma aproximação ao marxismo sem o recurso ao pensamento de Marx.


    É claro que a apropriação da Teoria Social de Marx não se deu de forma unilateral e adialógica. Foi resultado de imensos e desgastantes debates e disputas internas e externas nos espaços de organização acadêmica e profissional do Serviço Social. Internamente, a apropriação da vertente marxista teve várias divergências também, quer pelas abordagens reducionistas dos marxismos de manual, quer pelo cientificismo e formalismo metodológico (estruturalista) presente no “marxismo” althusseriano ( referência ao filosofo francês cuja leitura da obra de Marx vai influenciar a proposta marxista do Serviço Social nos anos 60/70 e particularmente o Método B.H), que segundo Yazbek, foi um “marxismo equivocado que recusou a via institucional e as determinações sócio-históricas da profissão.

    É com esse referencial que a profissão questiona a sua prática institucional e seus objetivos de adaptação social ao mesmo tempo que se aproxima dos Movimentos Sociais e das organizações da classe trabalhadora. Tem-se o início da vertente comprometida com a ruptura com o Serviço Social tradicional e conservador.


  • Características da vertente marxista:


    Questionamento da prática institucional e seus objetivos de adaptação social;


    Aproximação dos movimentos sociais
  • Gabarito: D - marxista

    Segundo Yazbek, as 3 principais vertentes que emergiram no bojo do Movimento de Reconceituação são:

    •a vertente modernizadora (NETTO,1994, p.164 e ss) caracterizada pela incorporação de abordagens funcionalistas, estruturalistas e mais tarde sistêmicas (matriz positivista), voltadas a uma modernização conservadora e à melhoria do sistema pela mediação do desenvolvimento social e do enfrentamento da marginalidade e da pobreza na perspectiva de integração da sociedade.

     • a vertente inspirada na fenomenologia, que emerge como metodologia dialógica. Esta tendência que no Serviço Social brasileiro vai priorizar as concepções de pessoa, diálogo e transformação social (dos sujeitos) é analisada por Netto (1994, p. 201 e ss) como uma forma de reatualização do conservadorismo presente no pensamento inicial da profissão;

     •a vertente marxista que remete a profissão à consciência de sua inserção na sociedade de classes e que no Brasil vai configurar-se, em um primeiro momento, como uma aproximação ao marxismo sem o recurso ao pensamento de Marx. 

    YASBEK, Maria Carmelita - Os fundamentos históricos e teórico­-metodológicos do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade. 

  • Se tem aproximação com a classe trabalhadora, é alternativa D.

    @estudantedecarreira


ID
2690200
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No âmbito da previdência social, o termo _______________ refere-se às lesões decorrentes de causas externas, aos traumas e envenenamentos ocorridos no ambiente do trabalho durante a execução de atividades ocupacionais e/ou durante o trajeto de ida ou retorno para o trabalho, e às doenças ocupacionais. Os benefícios resultantes são chamados de ________________.


As lacunas do texto são preenchidas corretamente por:

Alternativas
Comentários
  • "No âmbito da previdência social, o termo acidentes de trabalho refere-se às lesões decorrentes de causas externas, aos traumas e envenenamentos ocorridos no ambiente do trabalho durante a execução de atividades ocupacionais e/ou durante o trajeto de ida ou retorno para o trabalho, e às doenças ocupacionais. Os benefícios resultantes são chamados de acidentários. Contudo, no presente estudo, acidentes de trabalho restringem-se aos traumas por causas externas, lesões e envenenamentos, definição mais comum nos estudos epidemiológicos."

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102006000700007


ID
2690215
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Chama-se neologismo formal ao emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma língua ou não, e de neologismo semântico à atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na língua. No trecho a seguir, o autor lançou mão de um neologismo, expediente facultado pela língua portuguesa, com determinada intenção comunicativa.


“Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.”


Com o composto criado, a argumentação do autor se baseia no recurso a uma formação lexical resultante de:

Alternativas
Comentários
  • INTERTEXTUALIDADE:

    1) PARÁFRASE: RESCRITA DE UM TEXTO MANTENDO SEUS SENTIDOS BÁSICOS.

    2) PARÓDIA: REESCRITA DE UM TEXTO ROMPENDO COM SEU SENTIDO BÁSICO.

    3) PASTICHE: COPIAR O ESTILO DO AUTOR. 

    4) CITAÇÃO: ARGUMENTO DE AUTORIDADE, TRANSCRIÇÃO FIEL.

    5) ALUSÃO: TAMBÉM CHAMADA DE CITAÇÃO INDIRETA, OCORRE A REPRODUÇÃO DE TRECHO DE OUTRO TEXTO. AS PALAVRAS SÃO DO AUTOR SECUNDÁRIO E A IDEIA É DO AUTOR PRIMÁRIO.

    6) EPÍGRAFE: É UMA CITAÇÃO ANTES DO ÍNICIO DO TEXTO. \\\\\\\\\\\\

     

    Metalinguagem é a linguagem que descreve sobre ela mesma. Ou seja, ela utiliza o próprio código para explicá-lo.

    Vale lembrar que utilizamos muito a metalinguagem no cotidiano. Quando perguntamos o significado de determinada palavra estamos usando a função metalinguística.

    Além disso, ela é usada no cinema, nas artes visuais, na literatura, na publicidade, etc.

  • GAB: C

  • Complementando o que já foi dito até aqui...

    D - ERRADA

    Estrangeirismo: Palavra ou frase estrangeira incorporada em outra língua. Ex: estressado, mouse (do computador)

    Idiotismo (expressão idiomática): Colocar a carroça na frente dos bois

    Fonte (e demais informações):

    https://dicionario.priberam.org/estrangeirismo

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Express%C3%A3o_idiom%C3%A1tica


ID
2690419
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atente para o fragmento abaixo, a fim de responder a questão abaixo:


“O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

Com relação ao emprego dos pronomes destacados, assinale a afirmativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gab: A

    O "Neste" deverá ser utilizado quando introduzir uma ideia nova, ainda não mencionada [1] ou para remeter a um termo imediatamente anterior [2].

    Exemplo [1]: 

    Você conhece estes versos: "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá...?"

    Exemplo [2]:

    Não sei qual o melhor lugar para morar: zona rural ou zona urbana? Acho que esta (última = zona urbana) oferece mais opções de trabalho e estudo.


    Quando falei com Maria, esta ficou extremamente feliz.

     

    ​"Esse" é usado para retomar um termo, uma ideia ou uma oração já mencionados.

    Exemplo:  A Terra gira em torno do Sol. Esse movimento é conhecido como translação.

     

    Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/FAQresposta.php?id=46

  • NESTE país aqui a impunidade toma conta. (Coisa perto, que está em nossa posse)


    NESSE país a impunidade toma conta. (Coisa longe, que está na posse de outro)


    Eu só sei diferenciar assim, mas a tese do Matheus Marins dá certo também !

  • (N)este - futuro (algo que ainda será explicitado)

    (N)esse - passado (retoma algo que foi mencionado)

  • Somando aos colegas:

    Onde

    donde

    aonde

    o que tem em comum?

    Todos são utilizados para referenciar lugar

    O vocábulo “onde” corresponde a “em algum lugar”, ou seja, indica permanência de algo ou alguém em determinado local físico. troca-se por em que , no qual , relaciona-se com a preposição EM

    Aonde:

    Aonde” também corresponde ao lugar em que algo ou alguém está, no entanto, expressa a ideia de movimento, destino. Quando o objetivo for expressar a ideia de movimento, faz-se necessária a agregação da preposição “a” ao advérbio de lugar “onde”, formando o vocábulo “aonde”.

    Donde>

    O vocábulo “donde” indica “de algum lugar”, “ao lugar que (em que direção). Este último pode ser separado da preposição: “de onde”. O “donde” também possui valor circunstancial de lugar (“aquilo que vem”) e o verbo “vir” exige a preposição “de”, que deve ser adicionada ao advérbio “onde”.

    #Nãodesista!

  • Analisemos letra a letra.

    Letra A - ERRADA - O emprego da forma "neste" está de acordo com a norma culta. O autor, ao usar essa expressão, faz menção ao país em que se encontra.

    Letra B - CERTA - Exato! Note que o termo antecedente "sociedade" não retoma a ideia de lugar físico.

    Letra C - CERTA - Exato! O oblíquo átono "nos" desempenha função de objeto indireto, que poderia ser representado pela forma oblíqua tônica "a nós".

    Letra D - CERTA - De fato! Mantendo a coerência e a coesão textual, concluímos que o oblíquo átono "o" (lo) retoma anaforicamente "país".

  • Tudo questão repetida... :(


ID
2690422
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atente para o fragmento abaixo, a fim de responder a questão abaixo:


“O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causa-nos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.

I – O vocábulo “bandeiras”, plurissignificativo, aqui é utilizado referencialmente e substitui, metonimicamente, o sentido de “ideais”, “frentes ou propostas de luta”.
II – A expressão “transformam-se em gravatas estampadas” assume valor pejorativo, em contraposição ao elemento que o antecedeu na argumentação.
III – O autor endossa e defende a tese dos politicamente incorretos, que apregoam a busca de uma sociedade equilibrada.

Estão INCORRETAS as assertivas:

Alternativas
Comentários
  • nossos ideais > gravatas estampadas: não vejo valor pejorativo

  • Acredito que o termo "gravatas estampadas" está sim sendo usada de forma pejorativa em relação ao termo "nossos ideais", porquanto seria o mesmo que dissesse : "a pós-modernidade compreende os nossos ideais como algo já antiquário, velho; assim como as gravatas estampadas, ninguém mais deseja usar, pois está fora de moda."

  • Acredito qua acertiva esteja errada não pelo fato de ser pejorativo, mas sim quando fala em contraposição, sendo que eles se completam, e não se contrapõem.

  • Melhor comentário do Fabiano.

    Só para complementar: O vocábulo “bandeiras”, plurissignificativo, aqui é utilizado referencialmente e substitui, metonimicamente, o sentido de “ideais”, “frentes ou propostas de luta”. Não substitui o sentido de “ideais”, “frentes ou propostas de luta”, bandeiras retoma metonimicamente tudo que não é moderno (falado anteriormente)

  • I – O vocábulo “bandeiras”, plurissignificativo, aqui é utilizado referencialmente e substitui, metonimicamente, o sentido de “ideais”, “frentes ou propostas de luta”

    Acredito que não seria metominia (o todo retomado pela parte), mas sim metáfora (comparação sem conector). Daí o erro da alternativa I.

  • GAB: B

  • gravatas estampadas carrega um sentido pejorativo, pela ideia (ideologia neoliberal) de que esse acessório (gravatas estampadas) faze alusão ao consumo classe média/alta, que são os principais a usas tais vestimentas. lembrem-se meus amigos o texto é do Frei Beto, carregado de ideológia socialista, consequentemente anti-capitalista. Conhecer o autor ajuda também

  • Gabarito: B

    O que tem de contraposição nesse trecho???

    ''Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas.''

  • Caraca! essas questões de portugês da Cemig não terminam não?


ID
2690446
Banca
FUMARC
Órgão
CEMIG - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Do moderno ao pós-moderno

Frei Betto / 14/05/2017 - 06h00

    A morte da modernidade merece missa de sétimo dia? Os pais da modernidade nos deixaram de herança a confiança nas possibilidades da razão. E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.
    Pouco afeitos ao delírio e à poesia, não prestamos atenção à crítica romântica da modernidade – Byron, Rimbaud, Burckhardt, Nietzsche e Jarry. Agora, olhamos em volta e o que vemos? As ruínas do Muro de Berlim, a Estátua da Liberdade tendo o mesmo efeito no planeta que o Cristo do Corcovado na vida cristã dos cariocas, o desencanto com a política, o ceticismo frente aos valores.
    Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão. O evento soa mais importante que a história e o detalhe sobrepuja a fundamentação.
   O pós-moderno aparece na moda, na estética, no estilo de vida. É a cultura de evasão da realidade. De fato, não estamos satisfeitos com a inflação, com a nossa filha gastando mais em pílulas de emagrecimento que em livros, e causanos profunda decepção saber que, neste país, a impunidade é mais forte que a lei. Ainda assim, temos esperança de mudá-lo. Recuamos do social ao privado e, rasgadas as antigas bandeiras, nossos ideais transformam-se em gravatas estampadas. Já não há utopias de um futuro diferente. Hoje, é considerado politicamente incorreto propagar a tese de conquista de uma sociedade onde todos tenham iguais direitos e oportunidades.
    Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. Que análise de realidade previu a volta da Rússia à sociedade de classes? Resta-nos captar fragmentos do real (e aceitar que o saber é uma construção coletiva). Nosso processo de conhecimento se caracteriza pela indeterminação, descontinuidade e pluralismo.
   A desconfiança da razão nos impele ao esotérico, ao espiritualismo de consumo imediato, ao hedonismo consumista, em progressiva mimetização generalizada de hábitos e costumes. Estamos em pleno naufrágio ou, como predisse Heidegger, caminhando por veredas perdidas.
    Sem o resgate da ética, da cidadania e das esperanças libertárias, e do Estado-síndico dos interesses da maioria, não haverá justiça, exceto aquela que o mais forte faz com as próprias mãos.
    Ingressamos na era da globalização. Graças às redes de computadores, um rapaz de São Paulo pode namorar uma chinesa de Beijing sem que nenhum dos dois saia de casa. Bilhões de dólares são eletronicamente transferidos de um país a outro no jogo da especulação, derivativo de ricos. Caem as fronteiras culturais e econômicas, afrouxam-se as políticas e morais. Prevalece o padrão do mais forte.
    A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxima povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de globocolonização.

(Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/domoderno-ao-p%C3%B3s-moderno-1.464377. Acesso 05 jan. 2018)


Texto II


Razões da pós-modernidade


Carlos Alberto Sanches, professor, perito e consultor em Redação – [31/03/2014 - 21h06]


    Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson, como “uma lógica cultural” do capitalismo tardio, filho bastardo do liberalismo dos séculos 18 e 19. O tema é controverso,  pois está associado a uma discussão sobre sua emergência funesta no pósguerra. É que ocorre nesse período um profundo desencanto no homem contemporâneo, especialmente no que toca à diluição e abalo de seus valores axiológicos, como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso etc. Os sonhos se esvaneceram, juntamente com os valores e alicerces da vida: a “estética”, a “ética” e a “ciência”, e as repercussões que isso provocou na produção cultural: literatura, arte, filosofia, arquitetura, economia, moral etc.

    Há, sem dúvida, uma crise cultural que desemboca, talvez, em uma crise de modernidade. Ou a constatação de que, rompida a modernidade, destroçada por guerras devastadoras, produto da “gaia ciência” libertadora, leva a outra ruptura: morreu a pós-modernidade e deixou órfã a cultura contemporânea?

    Seria o caso de se falar em posteridade na pós-modernidade? Max Weber, já no início do século 19, menciona a chegada da modernidade trocada pela “racionalização intelectualista”, que produz o “desencanto do mundo”. Habermas o reinterpreta, dizendo que a civilização se desagrega, especialmente no que toca aos conceitos da verdade, da coerência das leis, da autenticidade do belo, ou seja, como questões de conhecimento...

    Jean Francois Lyotard, em seu livro A condição pós-moderna, de 1979, enfoca a legitimação do conhecimento na cultura contemporânea. Para ele, “o pósmoderno enquanto condição de cultura, nesta era pós-industrial, é marcado pela incredulidade face ao metadiscurso filosófico – metafísico, com suas pretensões atemporais e universalizantes”. É como se disséssemos, fazendo coro, mais tarde, com John Lennon, que “o sonho acabou” (ego trip). A razão, como ponto nevrálgico da cultura moderna, não leva a nada, a não ser à certeza de que o racionalismo iluminista, que vai entronizar a ciência como uma mola propulsora para a criação de uma sociedade justa, valorizadora do indivíduo, vai apenas produzir o desencanto, via progresso e com as suas descobertas, cantadas em prosa e verso, que nos deixaram um legado brutal: as grandes tragédias do século 20: guerras atrozes, a bomba atômica, crise ecológica, a corrida armamentista...

    A frustração é enorme, porque o iluminismo afirmara que somente as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare). Habermas coloca nessa época, o século 18, o gatilho que vai acionar essa desilusão da pós-modernidade. A ciência prometia dar segurança ao homem e lhe deu mais desgraças. Entendamos aqui também a racionalidade (o primado da razão cartesiana) como cúmplice dessa falcatrua da modernidade e, portanto, da atual pós-modernidade.

    O mesmo filósofo fala em “desastre da modernidade”, um tipo de doença que produziu uma patologia social chamada de “império da ciência”, despótico e tirânico, que “digere” as esferas estético-expressivas e as religiosas-morais. Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.

    A partir dos anos 50 e, ocorrido agora o definitivo desencanto com a ciência e suas tragédias (algumas delas), pode-se falar em um processo de sua desaceleração. O nosso futuro virou uma incerteza. A razão, além de não nos responder às grandes questões que prometeu responder, engendra novas e terríveis perguntas, que chegam até hoje, vagando sobre a incerteza de nossos precários destinos. Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias. A vida se tornou absurda e difícil de ser vivida, face a esse “mal-estar” do homem ocidental. Daí surgem as grandes doenças psicossociais de hoje: a frustração, o relativismo e o niilismo, cujas sementes já estavam no bojo do Iluminismo, a face sinistra de sua moeda. Não há mais nenhuma certeza, porque a razão não foi capaz de dar ao homem alguns dos mais gratos dos bens: sua segurança e bem-estar. Não há mais certezas, apenas a percepção de que é preciso repensar criticamente a ciência, que nunca nos ofereceu um caminho para a felicidade, o que provoca um forte movimento de busca de liberdade. O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

    A incerteza do mundo moderno e a impossibilidade de organizar nossas vidas levam Giddens a dizer que “não há nada de misterioso no surgimento dos fundamentalismos, a radicalização para as angústias do homem”. Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.

    Na sua esteira de satanização social, o capitalismo engendra, então, a sociedade de consumo, para levar o cidadão ao ópio do consumo (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores. Temos uma parafernália de bens, mas são em sua maioria coisas inúteis, que a razão / ciência nos deu; mas, em troca, sofremos dos males do século, entre eles a elisão de nossa individualidade. Foi uma troca desvantajosa. É o que Campbell chama do sonho que gera o “signomercadoria”, que nos remete ao antigo sonho do Romantismo, da realização dos ideais.

    Trocamos o orgasmo reprodutor instintivo pelo prazer lúdico-frenético de consumir, sem saber que somos consumidos. Gememos de prazer ao comprar, mas choramos de dor face à nossa solidão, cercados pela panaceia da ciência e da razão, que nos entope de placebos, mas não de remédios para a cura dos males dessa longínqua luz racional, que se acende lá no Iluminismo e que vem, sob outras formas, até hoje. A televisão nos anestesia com a estética da imagem. Para Baudrillard, ela é o nosso mundo, como o mundo saído da tela do grande filme O Vidiota (o alienado no mundo virtual da tevê), cujo magistral intérprete foi Peter Sellers.

    Enquanto nos deleitamos com essa vida esquizofrênica e lúdica, deixamos no caixa do capitalismo tardio (iluminista / racional) o nosso mais precioso bem: a individualidade. Só nos sobrou a estética, segundo Jameson, ou a “colonização pela estética” que afeta diferentes aspectos da cultura, como a estética, a ética, a teórica, além da moral política.

    A pós-modernidade talvez seja uma reação a esse quadro desolador. Bauman fala em pós-modernidade como a forma atual da modernidade longínqua. Já Giddens fala em modernidade tardia ou “modernidade radicalizada”: a cultura atual. Por certo que a atual discussão sobre o pós-moderno implica um processo de revisão e questionamento desse estado de coisas, em que o homem não passa de um res nulius, como as matronas romanas.

    A cultura moderna, ou pós-modernista, não tem uma razão para produzir sua autocrítica, mas muitas razões, devido à sua prolongada irracionalidade do “modo de vida global”, segundo Jameson. O que se pode dizer é que não há uma razão, mas muitas razões para reordenar criticamente os descaminhos da pós-modernidade, sem esquecermos que a irracionalidade continua nos rondando.


http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/razoes-da-pos-modernidade8bs4bc7sv5e06z8trfk0pv80e. Acesso em 21/01/18. 

Discutindo uma mesma temática, há, como semelhanças entre os textos I (escrito por um teólogo) e II (escrito por um professor), os seguintes aspectos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D

    O recurso a um registro formal, beirando ao hermético, calcado no predomínio do uso denotativo da língua.

    Hermético: Difícil de entender e/ou interpretar; obscuro, ininteligível.

    O texto I não apresenta uma linguam tão formal a esse ponto. Só isso já matava a questão. 

  • Gabarito letra D

     

    A assertiva está errada, pois de acordo com o dicionário hermético é algo de difícil compreensão; que tende a ser obscuro ou pouco claro. E o texto é de fácil compreensão, conseguimos perceber claramente a intenção do autor.

     

    Além disso, a letra D diz que predomina o uso denotativo da linguagem, item incorreto, pois o sentido denotivo é o sentido literal, aquele que encontramos no dicionário, e os textos, muito pelo contrário, trazem várias passagens com sentido conotativo (Sentido figurado). Ex: A morte da modernidade, (...) nossos ideias transformam-se em gravatas estampadas...

  • Dois textos gigantes, haja tempo de sobra na prova... pqp.

  • você fica 2h lendo os dois textos, e erra a questão por não saber o que é hermético!

    hermético: relativo às ciências ocultas

  • Hermético: diz respeito a algo cujo sentido é muitas vezes “fechado", de difícil acesso e até mesmo indecifrável para o leitor receptor que não consegue captar o mínimo que o autor desejou comunicar.

  • Fazer esta questão na prova só se tiver tempo sobrando, senão chuta que Deus ajuda!

  • Mano, que textos horríveis para colocar em uma prova...

    Frei Betto e esse Sanches aí deuzulivre -.-''

  • QC repete a mesma questão 20x...

    Números importam né. Palhaçada!