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Prova Ufersa - 2021 - UFERSA - Engenheiro Civil - Grupo I


ID
5531335
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

A leitura global do texto permite concluir que

Alternativas
Comentários
  • fora do texto?


ID
5531338
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

No que se refere à progressão temática, é CORRETO afirmar que o texto

Alternativas
Comentários
  • onde tem defesa de um ponto de vista? tem apenas exposição dos dois lados (sexualização e empoderamento).


ID
5531341
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Considerando-se a relação do terceiro parágrafo do texto com os anteriores, é possível afirmar que ele

Alternativas
Comentários
  • O 3° Parágrafo vai de encontro(contra) a atitude das atletas, ou seja, percebe-se que há pessoas (Patrulha da roupa feminina, juízes) que não apoiam a atitudes das atletas.

    Qualquer erro só avisar que retifico o comentário.

    GAB.: B

  • Gabarito: letra B

    Motivo da primeira punição: muita roupa (1º e 2º parágrafos)

    Motivo da segunda punição: pouca roupa (3º parágrafo)

    Situação similar: punição


ID
5531344
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Sobre o uso das aspas na expressão “pedido de desculpas feminino”, no sexto parágrafo do texto, justifica-se por  

Alternativas
Comentários
  • Alguém comenta aqui, por favor. Obg

  • Ilha textual é uma forma hibrida de citação "o ladrão confessou que tinha roubado para 'Matar a fome dos bruguelos'"

  • Ilha textual ou ilha enunciativa é uma forma híbrida de citação.

    Considere os exemplos seguintes: Ex.: Vera disse aos prantos que tinha flagrado o marido “papando a empregada”.

    Ex.: O ladrão confessou que tinha roubado para “matá as fome dos bruguelo”.

    Ex.: Segundo o Presidente da República, “é necessário que cada posto de gasolina seja fiscalizado”.

    O enunciador de cada um dos grupos acima isolou em itálico e entre aspas um fragmento que, ao mesmo tempo, ele utiliza e menciona, emprega e cita. Apesar de o fragmento possuir a estrutura do discurso indireto ou da modalização em discurso segundo, há neles algumas palavras que são atribuídas aos enunciadores citados. Aqui a ilha é indicada pelas aspas e pelo itálico. É o procedimento mais frequente na imprensa. Pode-se também encontrar somente as aspas ou somente o itálico. Nesse tipo de citação, as marcas tipográficas permitem verificar que essa parte do texto não é assumida pelo enunciador.

     Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”).

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte. sexto parágrafo do texto

  • GABARITO C

    ANÁLISE DO TEXTO

     Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos (...).

    JUSTIFICANDO

    a) [ERRADO] Delimitar uma citação em discurso direto. = Não se trata da citação de um discurso direto, visto que não há transcrição exata de uma fala ou discurso alheio.

    b) [ERRADO] Conter uma expressão desconhecida do leitor até então. = A expressão foi estabelecida e apresentada anteriormente no texto.

    c) [CERTO] Demarcar a ocorrência de uma ilha textual. = Percebe-se que, nesse tipo de citação, as marcas gráficas permitem verificar que parte do texto não é assumida pelo enunciador. Caracterizando, portanto, a ilha textual.

    d) [ERRADO] Fazer parte de uma citação em discurso segundo. = Discurso segundo é apenas se apoiar em um texto alheio. Porém, isso não acontece no caso concreto supracitado.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531347
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Considere a leitura do excerto: “Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não o importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida”. Acerca da função textual dos elementos linguísticos destacados, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se julgamento das assertivas sobre os termos destacados no texto:

    Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não o importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida”.

    D) Todos eles têm função coesiva e atuam como operadores argumentativos no trecho. Nenhum deles tem função puramente gramatical.

    Correta. Todos os termos destacados são conjuncionais que servem de elementos coesivos, elos de ligação entre construções, atuando como operadores argumentativos, vez que introduzem ideias, direcionando o contexto enunciativo.

    Conjunções, por seu valor semântico, introduzindo sentidos, não possuem apenas função gramatical, indispensável para o encadeamento oracional, mas sempre servirão de elementos de coesão e coerência, indispensáveis ao entendimento da informação.


ID
5531350
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Observe o trecho: “Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do ‘pedido de desculpas feminino’ no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo”. Acerca da construção sintática desse período, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • CUIDADO

    A questão não possui gabarito

    Solicita-se julgamento das assertivas sobre a composição da passagem:

    “Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do ‘pedido de desculpas feminino’ no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo

    A passagem destacada acima é uma extensa oração subordinada adverbial causal - "como é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo, os meios de comunicação têm um papel importante..." - que, dado o contexto causal/concreto, não deve ser confundida com uma oração coordenada explicativa. Estas encontram lugar em contextos imperativos e hipotéticos, destituídos da concretude do nexo causal.

    Dentro da passagem destacada podemos ainda encontrar uma oração subordinada adjetiva restritiva - "que as patrocinem".

    A) Há, pelo menos, uma oração coordenada adversativa e, pelo menos, uma oração subordinada adjetiva explicativa.

    Incorreto. Não há na passagem ocorrência de oração coordenada adversativa.

    B) Há, pelo menos, uma oração coordenada aditiva e, pelo menos, uma oração subordinada adverbial temporal.

    Incorreto. Não há na passagem ocorrência de oração coordenada aditiva.

    C) Há, pelo menos, uma oração coordenada adversativa e, pelo menos, uma oração subordinada adverbial modal.

    Incorreto. Não há na passagem ocorrência de oração coordenada adversativa ou subordinada adverbial modal.

    D) Há, pelo menos, uma oração coordenada explicativa e, pelo menos, uma oração subordinada adjetiva restritiva.  

    Incorreta. A banca erra ao classificar a oração destaca como coordenada explicativa, invalidando a assertiva.

    Gabarito da banca na alternativa D

    Gabarito correto ausente

  • gab D e pronto!

  • Letre D minha gente, pois a unica oração coordenativa sindetica na frase é "porque"

    ESTUDE...

  • olhei o restritivo kkk


ID
5531353
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

No período: “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante”, a oração em destaque tem função sintática de

Alternativas
Comentários
  • oração subordinada adverbial temporal - começa com quando.

    decorar tabela de conjunções!

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se função sintática da passagem destacada em:

     “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante”

    A passagem, encabeçada por conjunção subordinativa, é um extenso adjunto adverbial de tempo. Salienta-se, composto por outras orações.

  • eu só olhei pra frase que começa com QUANDO.. ITEM C
  • Errei, pois estava claro demais pra ser verdade... lamentável ser eu...

  • Acertei, porem se vc namorar muito a questão vc vacila!

    Gabarito: C

    PMPI, vai que colle!!

  • quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia

    QUANDO = TEMPO = LOCUÇÃO ADVERBIAL....

  • GABARITO C

    PARTÍCULA TEXTUAL

    “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante”.

    JUSTIFICANDO

    A partícula é introduzida por uma Conjunção Subordinativa Temporal. Portanto, trata-se de um Adjunto Adverbial de Tempo.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531356
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

No excerto: “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”, o uso de dois-pontos ocorre com o propósito de: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    A função dos dois pontos é introduzir palavras, expressões ou frases que servem para esclarecer ou explicar uma passagem anterior.

    EXEMPLO:

     “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”

  • A questão é de pontuação e quer saber por qual razão os dois-pontos foram usados em “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”. Vejamos:

     .

    Nesse caso, os dois-pontos foram usados para esclarecer uma ideia anterior sobre como foi a foto grupal.

     .

    Para complementar:

     .

    Os DOIS PONTOS servem para marcar, na escrita, uma sensível suspensão da voz na melodia de uma frase não concluída. Empregam-se, pois, para anunciar:

     

    1º) uma citação (geralmente depois de verbo ou expressão que signifique dizer, responder, perguntar e sinônimos):

    Clemente voltou para dizer:

    - Não enxerguei ninguém, camarada. Era bicho.

     

    2º) uma enumeração explicativa:

    À sua volta, tudo lhe parece chorar: as árvores, o capim, os insetos.

     

    3º) um esclarecimento, uma síntese ou consequência do que foi enunciado:

    Não era desgosto: era cansaço e vergonha.

     .

    Referência: CUNHA, Celso. CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo, 5.ª edição, Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

     .

    Gabarito: Letra A

  • Nesta questão o intuito é avaliar se o concurseiro sabe empregar corretamente os dois pontos de acordo com a situação comunicativa em que o sinal de pontuação é empregado. Vejamos as regras de uso abaixo:

     

    Dois pontos – usado nas seguintes situações:

    >> Iniciar falas de personagens:

    Ela disse:

    - Vá embora!

    >> Separar orações apositivas (que explicam itens anteriores):

     

    Este é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade. (A oração que vem depois dos dois pontos explica qual é o problema do item anterior – “geração").

     

    >> Anteceder explicações:

     

    As principais ferramentas de uso são: chave de fenda, alicate e furadeira.

     

    Agora que vimos as principais regras de uso, vejamos o que nos diz o enunciado:

     

    No excerto: “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa", o uso de dois-pontos ocorre com o propósito de: 

     

    A) Esclarecer uma ideia anterior.

     

    Correta. Aqui, os dois pontos introduzem uma oração que exerce a função sintática de oração apositiva, isto é, que explica algo ou um ponto de vista que já havia sido introduzido anteriormente. No caso, o que vem depois dos dois pontos explica o conteúdo da foto grupal.


    B) Resumir um ponto de vista.

     

    Incorreta. Os dois pontos não introduzem nenhum resumo.


    C) Enumerar itens da mesma natureza.

     

    Incorreta. Não há nenhuma enumeração de itens na frase.


    D) Introduzir o discurso direto. 

     

    Incorreta. Não há falas de personagens na frase.

     

    Gabarito do Professor:  Letra A

  • GABARITO A

    JUSTIFICANDO

    “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”

    Os dois-pontos, no excerto, têm a mesma função que "visto que", de modo que, ao se realizar as devidas alterações, uma redação alternativa poderia ser feita da seguinte forma: A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo, visto que elas estavam de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Logo, percebe-se que o uso dos dois-pontos tem a função de esclarecer a oração anterior, dar-lhe uma razão.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531359
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Analise as frases e as afirmações sobre elas:

(I) “elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”. Os termos destacados referem-se, respectivamente, às jogadoras e aos jogadores noruegueses.
(II) “Ela argumentou que todos esses elementos teriam sido implementados [...]”. O elemento destacado introduz uma oração subordinada substantiva.
(III) “Elas equilibrassem isso com ‘babados e rodopios’”. A palavra destacada remete à expressão: “os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica”.
(IV) “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo [...]”. O vocábulo destacado introduz uma oração subordinada adverbial.

Dentre as afirmativas acima, está CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • III - Retoma "os estereótipos de lesbiandade associados às atletas"

    exigia-se que elas equilibrassem "os estereótipos de lesbiandade associados às atletas" com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    IV - QUE pode ser substituído por "das quais" tornando uma oração adjetiva

  • @Edequias

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo

    É uma OS Adjetiva Restritiva

  • Putz! Lendo agora é bem óbvia a função adjetiva do item IV.

  • A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa (CORRETA)

    Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. (CORRETA). O que ela argumentou? --> Que todos esses elementos teriam sido implementados....

    os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter. (ERRADA). Na verdade, a palavra "isso" retoma ao fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas e para que pudessem equilibrar essas qualidades teriam que usar babados e dar rodopios, para parecerem mais femininas...

     Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante (ERRADA). É uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA, pois restringe o significado do substantivo da oração principal que é ---> as atletas que pariram e depois disso conseguem voltar a treinar em nível máximo ou competem grávidas.

  • Que texto longo para uma questão.

  • Esta questão exige que o candidato mobilize conhecimentos múltiplos das áreas de Morfologia e Sintaxe. Em termos de estrutura temos um modelo clássico de exercícios em concursos públicos: o de analisar afirmações e afirmar qual (quais) está (estão) correta (corretas).

     

    I. elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa". Os termos destacados referem-se, respectivamente, às jogadoras e aos jogadores noruegueses.

     

    Correta. Os pronomes pessoais “elas" e “eles" se referem, respectivamente, às jogadoras norueguesas e aos jogadores noruegueses. É importante dizer que os dois pronomes fazem referência anafórica, isto é, se remetem a elementos da frase que já haviam sido citados anteriormente no texto.

     

    II. “Ela argumentou que todos esses elementos teriam sido implementados [...]". O elemento destacado introduz uma oração subordinada substantiva.

     

    Correta. As orações subordinadas substantivas são aquelas que dependem da oração principal e introduzem algo a respeito dessa oração anterior. Além disso, tais orações têm o papel de substantivo e podem exercer várias funções, como a de fornecer explicações em relação à oração anterior, que é justamente o que ocorre aqui. No caso, aquilo que vem depois do pronome demonstrativo “que" complementa o sentido da oração principal e diz algo a respeito do conteúdo da argumentação à qual a frase faz alusão.

     

    III. “Elas equilibrassem isso com 'babados e rodopios'". A palavra destacada remete à expressão: “os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica".

     

    Incorreta.  A palavra destacada foi retirada do seguinte fragmento do texto associado: “Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios", segundo Wughalter". O pronome demonstrativo “isso" se remete anaforicamente (referindo-se a algo que já havia sido mencionado no texto) ao fato de as jogadoras estarem fortes, ágeis, rápidas, ágeis e, de algum forma, masculinas.

     

    IV. “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo [...]". O vocábulo destacado introduz uma oração subordinada adverbial.

     

    Incorreta. O pronome demonstrativo “que" introduz uma oração subordinada substantiva (que tem função de substantivo) e não uma oração subordinada adverbial. Notem que, no trecho que vem depois do “que" não há nenhum advérbio (de tempo, de modo, de intensidade).

     

    Como ficou nossa sequência?

     

    Estão corretas as afirmativas I e II.

     

    Portanto, isso corresponde à alternativa A.

     

    Gabarito do Professor:  Letra A.
  • GABARITO A

    JUSTIFICANDO

    I - [CERTO]   A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las.(...). A foto grupal que elas [=as jogadoras norueguesas] fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles [=os jogadores noruegueses] com camiseta sem manga e short no meio da coxa. = Logo, pela análise do texto, percebe-se que os respectivos pronomes se referem às jogadoras e aos jogadores.

    II - [CERTO] "Ela argumentou que todos esses elementos teriam sido implementados [...]" = O termo "que" funciona como Conjunção Integrante, a qual introduz uma Oração Subordinada Substantiva ("todos esses elementos teriam sido implementados").

    III - [ERRADO] "Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo [...]" = O termo "que" funciona como Pronome Relativo, o qual introduz uma Oração Subordinada Adjetiva, não adverbial.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531362
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Considerando a frase: “A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia”. No texto, pressupõe-se que: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    ANÁLISE DO TEXTO

    "Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia (...)"

    JUSTIFICANDO

    a) [ERRADO] Houve outras seleções que criaram polêmicas similares nos Jogos Olímpicos. = Pela partícula textual não há como inferir que outras seleções criaram polêmicas nos demais Jogos Olímpicos, essa é uma interpretação apresentada além do texto, fora do texto.

    b) [CERTO] Houve outras polêmicas envolvendo o vestuário das atletas, porém sem a mesma expressão. = A partícula textual "A que fez mais barulho" demonstra que houveram mais polêmicas, mas sem que houvesse a mesma expressão que a supracitada.

    c) [ERRADO] Houve outras polêmicas criadas pela seleção norueguesa feminina de handebol. = Por meio da partícula "as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas" permite afirmar que outras polêmicas surgiram, mas com relação ao vestuário dos atletas, não relacionada à seleção norueguesa feminina de handebol.

    d) [ERRADO] Não se costuma haver polêmicas envolvendo o vestuário das atletas nos Jogos Olímpicos. = A parte geral do texto afirma, justamente, o contrário.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531365
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que atenderem aos requisitos estabelecidos em lei. De acordo com a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, são requisitos exigidos, EXCETO: 

Alternativas
Comentários
  •  Lei nº 8.112/1990

    Título II

    Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

    Capítulo I

    Do Provimento

    Seção I

    Disposições Gerais

    Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

     IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

  • Gabarito: B

    Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 5º, Lei 8.112/90. São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

    § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

    Desta forma:

    A. CERTO.

    Conforme art. 5º, VI, Lei 8.112/90.

    B. ERRADO.

    Conforme art. 5º, V, Lei 8.112/90, o correto seria “idade mínima de dezoito anos”.

    C. CERTO.

    Conforme art. 5º, II, Lei 8.112/90.

    D. CERTO.

    Conforme art. 5º, IV, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.

  • O artigo 37, I, da Constituição Federal determina que “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei".

    Em âmbito federal, o artigo 5º da Lei nº 8.112/1990 estabelece que são requisitos de acesso aos cargos públicos os seguintes:
    Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

    Vemos que as alternativas A, C e D indicam requisitos de acesso aos cargos públicos previstos no artigo 5º da Lei 8.112/1990. A alternativa B não indica um requisito de acesso aos cargos públicos previsto em lei, já que o requisito é idade mínima de 18 anos e não de 16 anos.


    Gabarito do professor: B. 
  • GABARITO: B

    Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    a) CERTO: VI - aptidão física e mental.

    b) ERRADO: V - a idade mínima de dezoito anos;

    c) CERTO: II - o gozo dos direitos políticos;

    d) CERTO: IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

  • COMENTÁRIO DA PROFESSORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    O artigo 37, I, da Constituição Federal determina que “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei".

    Em âmbito federal, o artigo 5º da Lei nº 8.112/1990 estabelece que são requisitos de acesso aos cargos públicos os seguintes:

    Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

    Vemos que as alternativas A, C e D indicam requisitos de acesso aos cargos públicos previstos no artigo 5º da Lei 8.112/1990. A alternativa B não indica um requisito de acesso aos cargos públicos previsto em lei, já que o requisito é idade mínima de 18 anos e não de 16 anos.

    Gabarito do professor: B. 


ID
5531368
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo

Com base na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, analise as assertivas a seguir:

I - O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 30 (trinta) dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.
II - Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mínimo e máximo de 6 (seis) horas e 8 (oito) horas diárias, respectivamente.
III - O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da administração.

Da análise das assertivas, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Todas as alternativas estão corretas de acordo com seguintes artigos, respectivamente

    I - Art. 18.  O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 

    II -  Art. 19.  Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente

    III -  Art. 19

    § 1  O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.  

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.112/90. Vejamos:

    I. CERTO.

    “Art. 18, Lei 8.112/90. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.”

    II. CERTO.

    “Art. 19, Lei 8.112/90. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.”

    III. CERTO.

    “Art. 18, §1º, Lei 8.112/90. O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.”

    Desta forma:

    C. CERTO. Todas as assertivas estão corretas.

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • GABARITO: C

    I - CERTO: Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 

    II - CERTO: Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.

    III - CERTO: Art. 19, § 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. 


ID
5531371
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, todas as afirmativas abaixo estão corretas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A

    Art. 79.  O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

  • LETRA A).

    Para fins de complemento, os servidores operantes direta e permanentemente de Raios X serão mantidos sob controle, devido a isso, haverá o gozo de férias de 20 dias, por semestre, mediante a apresentação de exames.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.112/90. Vejamos:

    A. ERRADO.

    “Art. 79, Lei 8.112/90. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    B. CERTO.

    “Art. 77, Lei 8.112/90. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.”

    C. CERTO.

    “Art. 77, §1º, Lei 8.112/90. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.”

    D. CERTO.

    “Art. 77, § 3º, Lei 8.112/90. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.”

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • A questão trata das férias dos servidores públicos federais. A matéria é regulada pelos artigos 77 e seguintes da Lei nº 8.112/1990. O artigo 77 dispõe o seguinte:
    Art. 77.  O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    § 1º  Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    § 2º  É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

    § 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.  
    Com relação aos servidores que operam com Raio X ou substancias radioativas o artigo 79 da Lei nº 8.112/1990 dispõe que:
    Art. 79.  O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
    Feitas essas considerações, vejamos as afirmativas da questão:

    A) O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 30 (trinta) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    Incorreta. O servidor que operam com Raios X ou substâncias radioativas gozará de 20 dias consecutivos de férias por semestre e não 30 dias, conforme artigo 79 da Lei nº 8.112/1990.

    B) O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    Correta. O servidor fará jus a 30 dias de férias que podem ser cumuladas por até dois períodos em caso de necessidade do serviço, salvo previsão diversa em lei específica, nos termos do artigo 77 da Lei nº 8.112/1990.

    C) Para o primeiro período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    Correta. São exigidos 12 meses de serviço para o primeiro período aquisitivo de férias, na forma do artigo 77, §1º, da Lei nº 8.112/1990.

    D) As férias poderão ser parceladas em até 3 (três) etapas, desde que assim requeridas pelo servidor e no interesse da administração pública.

    Correta. As férias podem ser parceladas em três etapas, nos termos do artigo 77, §3º, da Lei nº 8.112/1990.

    Gabarito do professor: A. 
  • GABARITO: A

    a) ERRADO: Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    b) CERTO: Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    c) CERTO: Art. 77,  § 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    d) CERTO: Art. 77, § 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

  • Art. 79.  O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

  • COMENTÁRIO DA PROFESSORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    A questão trata das férias dos servidores públicos federais. A matéria é regulada pelos artigos 77 e seguintes da Lei nº 8.112/1990. O artigo 77 dispõe o seguinte:

    Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    § 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    § 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

    § 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.  

    Com relação aos servidores que operam com Raio X ou substancias radioativas o artigo 79 da Lei nº 8.112/1990 dispõe que:

    Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    Feitas essas considerações, vejamos as afirmativas da questão:

    A) O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 30 (trinta) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    Incorreta. O servidor que operam com Raios X ou substâncias radioativas gozará de 20 dias consecutivos de férias por semestre e não 30 dias, conforme artigo 79 da Lei nº 8.112/1990.

    B) O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    Correta. O servidor fará jus a 30 dias de férias que podem ser cumuladas por até dois períodos em caso de necessidade do serviço, salvo previsão diversa em lei específica, nos termos do artigo 77 da Lei nº 8.112/1990.

    C) Para o primeiro período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    Correta. São exigidos 12 meses de serviço para o primeiro período aquisitivo de férias, na forma do artigo 77, §1º, da Lei nº 8.112/1990.

    D) As férias poderão ser parceladas em até 3 (três) etapas, desde que assim requeridas pelo servidor e no interesse da administração pública.

    Correta. As férias podem ser parceladas em três etapas, nos termos do artigo 77, §3º, da Lei nº 8.112/1990.

    Gabarito do professor: A.

  • Meu resumo sobre trabalho insasubre/periculosidade/atividades penosas

    • O servidor que recebe adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles (não é acumulável).
    • Sevidores serão submetidos a exames médicos a cada 6 meses.
    • O servidor que opera Raios X ou substâncias radioativas tem 20 dias consecutivos de férias por semestre e é proibida a acumulação.

ID
5531374
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise as seguintes assertivas, considerando o disposto na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990:

I – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
II - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos territórios e dos municípios.
III - Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Considerando as assertivas, é possível afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    Art. 118.  Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

    § 1  A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

    § 3  Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.  

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    I. CERTO.

    “Art. 118, Lei 8.112/90. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.”

    “Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    a) a de dois cargos de professor;

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.”

    Exemplos de acumulações permitidas constitucionalmente:

    Dois cargos de professor (Ex: professor da USP e da UNICAMP);

    Um cargo de professor e outro de técnico científico (Ex: professor da Faculdade de Medicina da UFPR e médico do Hospital de Clínicas);

    Dois cargos ou empregos privados de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (Ex. Psicólogo da UFPR e Psicólogo na Prefeitura de Curitiba);

    Um cargo de juiz e outro de professor;

    Um cargo de membro do Ministério Público e outro de professor;

    Um cargo público com o exercício de mandato eletivo de vereador;

    Um cargo de militar com outro cargo ou emprego privativo de profissionais de saúde, com profissão regulamentada.

    A banca considerou este item correto, não levando em consideração as exceções.

    II. CERTO.

    Art. 118, §1º, Lei 8.112/90. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.”

    III. CERTO.

    Art. 118, 3º, Lei 8.112/90. Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.”

    Desta forma:

    D. CERTO. Todas as assertivas estão corretas.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • só eu que achei as alternativas totalmente incompletas?

  • A alternativa I fala só a regra, mas há exceção. Marquei como errada porque só pensei na exceção.

  • Questão mal formulada:

    Lei nº 8.112/1990

    Art. 118.  Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

    A alternativa I está incompleta.

  • Levo pra prova que só se a assertiva disser que não existe exceção à regra da vedação vai estar errada, pq a regra é a vedação.

  • achei a I subjetiva, poderia ser certo ou errado dependendo do examinador ter considerado ou não a exceção

  • Pra fazer essas questões merdas até eu posso ser examinador

  • A afirmativa I dá a entender que qualquer acumulação é proibida, o que não é verdade

  • A lei 8.112 não se aplica para os municípios, em regra. Que doidera. A assertiva I está errada porque há horizonte legal sobre acumular...

  • GABARITO: D

    Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

    § 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

    § 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.

    § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

  • Pra fazer Merd@, faço eu quand vou ao banheiro . . .

  • COMENTÁRIO DA MONITORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    I. CERTO.

    “Art. 118, Lei 8.112/90. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.”

    “Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    a) a de dois cargos de professor;

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.”

    Exemplos de acumulações permitidas constitucionalmente:

    Dois cargos de professor (Ex: professor da USP e da UNICAMP);

    Um cargo de professor e outro de técnico científico (Ex: professor da Faculdade de Medicina da UFPR e médico do Hospital de Clínicas);

    Dois cargos ou empregos privados de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (Ex. Psicólogo da UFPR e Psicólogo na Prefeitura de Curitiba);

    Um cargo de juiz e outro de professor;

    Um cargo de membro do Ministério Público e outro de professor;

    Um cargo público com o exercício de mandato eletivo de vereador;

    Um cargo de militar com outro cargo ou emprego privativo de profissionais de saúde, com profissão regulamentada.

    A banca considerou este item correto, não levando em consideração as exceções.

    II. CERTO.

    Art. 118, §1º, Lei 8.112/90. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.”

    III. CERTO.

    Art. 118, 3º, Lei 8.112/90. Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.”

    Desta forma:

    D. CERTO. Todas as assertivas estão corretas.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • Fico "danado" com estas questões. Se estão incompletas, estão erradas! Se estão incompletas, estão certas!

    Quem entende a cabeça desse povo (nervoso que fico). Pior que eles não aceitam recursos.

  • bando de FDP quem faz esse tipo de questão.vsf

ID
5531377
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990 prevê as situações que justificam a aplicação de pena de demissão do servidor público. Nesse sentido, é hipótese de aplicação de pena de demissão, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GAB :B

    Galera, questão letra de lei. Conforme elencado no art. 132. da 8.112/1990  

    A demissão será aplicada nos seguintes casos ;

    • Crime contra a administração pública;
    •  Abandono de cargo;
    •  Inassiduidade habitual;
    •  Improbidade administrativa;
    •  Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
    •  Insubordinação grave em serviço;
    •  Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
    •  Aplicação irregular de dinheiros públicos;
    •  Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
    •  Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
    • Corrupção;
    •  Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas
  • O art. 132 da Lei 8.112 lista as hipóteses ensejadoras da demissão:

    • crime contra a administração pública;

    • abandono de cargo (mais de 30 dias consecutivos);

    • inassiduidade habitual (60 dias, interpoladamente, durante 12 meses);

    • improbidade administrativa;

    • incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    • insubordinação grave em serviço;

    • ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    • aplicação irregular de dinheiros públicos;

    • revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    • lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    • corrupção;

    • acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 132, Lei 8.112/90. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 

    I - crime contra a administração pública;

    II - abandono de cargo;

    III - inassiduidade habitual;

    IV - improbidade administrativa;

    V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    VI - insubordinação grave em serviço;

    VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

    IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    XI - corrupção;

    XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

    A fim de complementação:

    A demissão é a punição mais grave de todas, sendo a única entre as punições capaz de gerar vacância do cargo público.

    Esta punição poderá ser aplicada pela autoridade máxima de cada Poder, órgão ou entidade, ou seja, pelo Presidente da República, Presidentes das Casas do Poder Legislativo, Presidentes dos Tribunais Federais e o Procurador-Geral da República.

    Além disso, nas situações de lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, improbidade administrativa, corrupção e aplicação irregular de dinheiro público, será, também, decretada a indisponibilidade dos bens e consequente ressarcimento ao erário.

    Por fim, o prazo prescricional da demissão ocorrerá em cinco anos, a contar da data do conhecimento do fato para a aplicação dessa penalidade disciplinar. No entanto, a abertura de sindicância ou de processo administrativo disciplinar interrompe o prazo até ocorrer a decisão final proferida pela autoridade competente.

    Importante, no entanto, afirmar que assim como na advertência e na suspensão, no caso de a irregularidade administrativa também vir a ser investigada na esfera criminal, usam-se os prazos de prescrição da lei penal.

    For fim:

    A. CERTO.

    Conforme art. 132, VI, Lei 8.112/90.

    B. ERRADO.

    O correto seria crime contra a Administração Pública, Conforme art. 132, I, Lei 8.112/90.

    C. CERTO.

    Conforme art. 132, XI, Lei 8.112/90.

    D. CERTO.

    Conforme art. 132, III, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • GABARITO: B

    Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    I - crime contra a administração pública;

    II - abandono de cargo;

    III - inassiduidade habitual;

    IV - improbidade administrativa;

    V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    VI - insubordinação grave em serviço;

    VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

    IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    XI - corrupção;

    XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

  • COMENTÁRIO DA MONITORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 132, Lei 8.112/90. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 

    I - crime contra a administração pública;

    II - abandono de cargo;

    III - inassiduidade habitual;

    IV - improbidade administrativa;

    V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    VI - insubordinação grave em serviço;

    VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

    IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    XI - corrupção;

    XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

    A fim de complementação:

    A demissão é a punição mais grave de todas, sendo a única entre as punições capaz de gerar vacância do cargo público.

    Esta punição poderá ser aplicada pela autoridade máxima de cada Poder, órgão ou entidade, ou seja, pelo Presidente da República, Presidentes das Casas do Poder Legislativo, Presidentes dos Tribunais Federais e o Procurador-Geral da República.

    Além disso, nas situações de lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, improbidade administrativa, corrupção e aplicação irregular de dinheiro público, será, também, decretada a indisponibilidade dos bens e consequente ressarcimento ao erário.

    Por fim, o prazo prescricional da demissão ocorrerá em cinco anos, a contar da data do conhecimento do fato para a aplicação dessa penalidade disciplinar. No entanto, a abertura de sindicância ou de processo administrativo disciplinar interrompe o prazo até ocorrer a decisão final proferida pela autoridade competente.

    Importante, no entanto, afirmar que assim como na advertência e na suspensão, no caso de a irregularidade administrativa também vir a ser investigada na esfera criminal, usam-se os prazos de prescrição da lei penal.

    For fim:

    A. CERTO.

    Conforme art. 132, VI, Lei 8.112/90.

    B. ERRADO.

    O correto seria crime contra a Administração Pública, Conforme art. 132, I, Lei 8.112/90.

    C. CERTO.

    Conforme art. 132, XI, Lei 8.112/90.

    D. CERTO.

    Conforme art. 132, III, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.


ID
5531380
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, constituem indenizações do servidor público federal:

Alternativas
Comentários
  • GAB : D

    Indenizações é a : DATA

    Diária

    Ajuda de custo

    Transporte

    Auxílio -moradia

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 51, Lei 8.112/90. Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia.

    Desta forma:

    A. ERRADO. Adicionais, ajuda de custo, transporte e auxílio-moradia. Erro em negrito.

    B. ERRADO. Adicionais, gratificações, diárias e transporte. Erros em negrito.

    C. ERRADO. Gratificações, ajuda de custo, auxílio-moradia e diárias. Erro em negrito.

    D. CERTO. Auxílio-moradia, diárias, transporte e ajuda de custo.

    Conforme art. 51, I, II, III, IV, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • Macete para memorizar as indenizações que consistem aos servidor público federal: Ele Auxilia e Ajuda o Trans Diariamente.

    Auxílio-moradia;

    Ajuda de custo;

    Transporte;

    Diárias

  • LETRA D).

    De acordo com a Lei 8.112/90:

    "Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:

        I - ajuda de custo;

        II - diárias;

        III - transporte.

        IV - auxílio-moradia".  

    Para fins de complemento, cabe salientar que as indenizações não são incorporadas ao vencimento ou provento do servidor público federal.

  • GABARITO: D

    Indenizações é a DATA

    Diária

    Ajuda de custo

    Transporte

    Auxílio-moradia

  • gab. D

    Art. 51, Lei 8.112/90. Constituem indenizações ao servidor:

    II - Diárias;

    I - Ajuda de custo;

    III - Transporte.

    IV - Auxílio-moradia.

    A. Adicionais, ajuda de custo, transporte e auxílio-moradia. ❌

    B. Adicionaisgratificações, diárias e transporte. ❌

    C. Gratificações, ajuda de custo, auxílio-moradia e diárias. ❌

    D. Auxílio-moradia, diárias, transporte e ajuda de custo.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • Seção I

          Das Indenizações

    Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia.

    Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.

  • COMENTÁRIO DA MONITORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 51, Lei 8.112/90. Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia.

    Desta forma:

    A. ERRADO. Adicionais, ajuda de custo, transporte e auxílio-moradia. Erro em negrito.

    B. ERRADO. Adicionaisgratificações, diárias e transporte. Erros em negrito.

    C. ERRADO. Gratificações, ajuda de custo, auxílio-moradia e diárias. Erro em negrito.

    D. CERTO. Auxílio-moradia, diárias, transporte e ajuda de custo.

    Conforme art. 51, I, II, III, IV, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • Art. 49.  Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: GAI

     

    Gratificações;

    Adicionais;

    Indenizações.

     

    § 1o  As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

    § 2o  As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

     

    Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor: DATA

     

    Diárias;

    Ajuda de custo;

    Transporte.

    Auxílio-moradia.

     

    Gratificações

    Incorporam na remuneração

    GAI

    .

    Indenizações

    Não incorporam na remuneração

    DATA

  •  Art. 51.  

    Constituem indenizações ao servidor:

           I - ajuda de custo;

           II - diárias;

           III - transporte.

           IV - auxílio-moradia.


ID
5531383
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que concerne aos critérios de reposições e indenizações ao erário previstas na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C - Lei 8.112

    A. Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    B. Art. 46. § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.  

    C. INCORRETA

    D. Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    A. CERTO.

    “Art. 46, Lei 8.112/90. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.”

    B. CERTO.

    “Art. 46, Lei 8.112/90. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.”

    C. ERRADO.

    Sem previsão legal.

    D. CERTO.

    “Art. 47, Lei 8.112/90. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.”

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • Vejamos:

    Se o servidor, legalmente investido, pode solicitar o parcelamento de reposições e/ou indenizações, mas que pode requerer o seu pagamento INTEGRAL, não teria como existir um máximo percentual de divisão, uma vez que sua disponibilidade pode ser (no prazo máximo de 30 dias) pago por completo. Em relação à cota mínima, é previsto em 10% do vencimento do servidor.

  • Não sabia a resposta mas pensei: comprometer 35% de uma aposentadoria é lascar o aposentado. Resposta: c)

  • Art. 45.  Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. 

    § 1 Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento

    § 2 O total de consignações facultativas de que trata o § 1 não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para: 

    I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou                 

    II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito. 

  • Primeira vez na vida que vejo questão sobre essa parte

  • A questão trouxe uma pegadinha. A Letra C não se refere as reposições e indenizações ao erário (Art. 46), mas ao artigo 45 que trata sobre as consignações facultativas. Ex.: quando o servidor faz um empréstimo consignado o limite dessa consignação será de 35% da sua remuneração mensal.

  • GABARITO: C

    a) CERTO: Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    b) CERTO: Art. 46, § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

    c) ERRADO: Art. 46, § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

    d) CERTO: Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. 

  • COMENTÁRIO DA MONITORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    A. CERTO.

    “Art. 46, Lei 8.112/90. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.”

    B. CERTO.

    “Art. 46, Lei 8.112/90. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.”

    C. ERRADO.

    Sem previsão legal.

    D. CERTO.

    “Art. 47, Lei 8.112/90. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.”

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • diz primeiro que o servidor tem prazo máximo de 30 dias e depois fala que pode parcelar...kkkkkk.....parcelar dentro de 30 dias? sendo que o camarada recebe 1x por mês.

ID
5531386
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nos termos da Lei nº 9.784/1999, de 29 de janeiro de 1999, que disciplina o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, são deveres do administrado perante a administração, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 9.784/99. Vejamos:

    Art. 4º, Lei 9.784/99. São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    Assim:

    A. ERRADO.

    O correto seria NÃO agir de modo temerário, conforme art. 4º, III, Lei 9.784/99.

    B. CERTO.

    Conforme art. 4º, I, Lei 9.784/99.

    C. CERTO.

    Conforme art. 4º, II, Lei 9.784/99.

    D. CERTO.

    Conforme art. 4º, IV, Lei 9.784/99.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • Conforme a Lei 9.784 (1999, p. 2):

    Art. 4. São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    Gab. A

  • Macete para memorizar os  deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: Não agir Pro Ex Prestar.

    III - Não agir de modo temerário;

    II - Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    I - Expor os fatos conforme a verdade;

    IV - Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

  • GAB. A

    Significado de temerário:

    ADJETIVO

    1. que contém certo risco; arriscado, perigoso
    2. "projeto temerário"
    3. cheio de audácia; arrojado; imprudente
    4. "indivíduo temerário"

  • "O jogador agiu de forma temerária e por isso levou cartão amarelo" Lembrei por causa disso.

  • GABARITO: A

    Não agir Pro Ex Prestar

    III - Não agir de modo temerário;

    II - Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    I - Expor os fatos conforme a verdade;

    IV - Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.


ID
5531389
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando o disposto na Lei nº 9.784/1999, 29 de janeiro de 1999, é CORRETO afirmar que: 

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 9.784/99. Vejamos:

    A. ERRADO.

    “Art. 54, Lei 9.784/99. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    O correto são cinco anos, não dois.

    B. CERTO.

    “Art. 56, Lei 9.784/99. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.”

    C. ERRADO.

    “Art. 53, Lei 9.784/99. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.”

    A Administração Pública pode corrigir seus atos, revogando os inoportunos ou irregulares e anulando os ilegais, com respeito aos direitos adquiridos e indenizando os prejudicados, quando for o caso. (Súmula 346 do STF - A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos). (Súmula 473 do STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,

    respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.)

    D. ERRADO.

    “Art. 48, Lei 9.784/99. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.”

    Não é facultada a decisão nos casos de solicitações ou reclamações.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.

  • Conforme a Lei do PAD 9.784 (1999, p. 6-7):

    Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre

    solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.

    Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

    Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

    Gab. B


ID
5531392
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nos termos definidos na Lei nº 9.784/1999, 29 de janeiro de 1999, o administrado tem os seguintes direitos perante a administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, EXCETO: 

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 9.784/99. Vejamos:

    “Art. 3º, Lei 9.784/99. O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

    II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

    III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.”

    A. ERRADO.

    Conforme art. 3º, I, Lei 9.784/99.

    B. CERTO.

    Conforme art. 3º, III, Lei 9.784/99.

    C. CERTO.

    Conforme art. 3º, IV, Lei 9.784/99.

    D. CERTO.

    Conforme art. 3º, II, Lei 9.784/99.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • Conforme a Lei 9.784 (1999, p. 2):

    Art. 3°. O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

    II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

    III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

    Gab. A

  • GABARITO: A

    Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    a) ERRADO: I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

    b) CERTO: III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    c) CERTO: IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

    d) CERTO: II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;


ID
5550604
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Considere as afirmativas sobre o dimensionamento de um pilar de concreto armado, de acordo com a NBR 6118/2014:

I. A armadura longitudinal mínima e máxima para pilares de concreto armado são, respectivamente, 0,004 Ac e 0,08 Ac.
II. Todos os pilares dimensionados em concreto armado devem ter índice de esbeltez menor ou igual a 200.
III. Para pilares com índice de esbeltez menor ou igual a 90 não é obrigatório considerar a fluência no cálculo do elemento estrutural.
IV. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal com área inferior a 360cm².
V. O método geral consiste na análise não linear de 2ª ordem efetuada com discretização adequada da barra, consideração da relação momento-curvatura real em cada seção e consideração da não linearidade geométrica de maneira não aproximada. O método geral é obrigatório para índice de esbeltez >90.

Considerando as afirmações acima, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Os pilares devem ter índice de esbeltez menor ou igual a 200. Apenas no caso de elementos pouco comprimidos com força normal menor que 0,10 fcd.Ac, o índice de esbeltez pode ser maior que 200.

  • O concreto é um material obtido pela mistura de cimento, água, agregado miúdo e graúdo e, em alguns casos, aditivos e adições.  Ele é um material estrutural muito empregado na construção civil, sendo sua característica predominante a elevada capacidade resistente a esforços de compressão. Porém, o concreto é um material frágil frente à esforços de tração, contudo isso é compensado por meio de sua combinação com o aço que, por sua vez, possui ótimo comportamento quando tracionado, constituindo o concreto armado ou o concreto protendido.

     

    O concreto armado caracteriza-se pelo fato de as armaduras estarem aderidas ao aço, sem a aplicação de alongamentos iniciais. Por essa razão, diz-se que a armadura é passiva. Por sua vez, no concreto protendido as armaduras são tracionadas, isto é, são ativas.

     

    O projeto de estruturas de concreto é regulado pela NBR 6118 (ABNT, 2014). Avaliando as afirmativas separadamente com base nela, tem-se que:

     

    - A afirmativa I está correta. Em seu item 17.3.5.3, a NBR 6118 (ABNT, 2014) estabelece que as taxas de armadura longitudinal mínima e máxima para pilares de concreto armado são, respectivamente, 0,004·Ac e 0,08·Ac, respectivamente, em que Ac é a área da seção transversal de concreto;

     

    - A afirmativa II está errada. A NBR 6118 (ABNT, 2014), em seu item 15.8.1, fixa que para elementos pouco comprimidos, o índice de esbeltez pode ser maior que 200;

     

    - A afirmativa III está correta. Em seu item 15.8.3.1, a NBR 6118 (ABNT, 2014) estabelece que a consideração da fluência é obrigatória para pilares com índice de esbeltez superior a 90;

     

    - A afirmativa IV está correta. A NBR 6118 (ABNT, 2014), em seu item 13.2.3, determinar que a área da seção transversal do pilar não deve ser inferior a 360 cm², em qualquer caso;

     

    - A afirmativa V está errada. Segundo o item 15.8.3.2 da NBR 6118 (ABNT, 2014), o método geral é obrigatório para pilares com índice de esbeltez superior a 90.

     

    Portanto, apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. Logo, a alternativa D deve ser assinalada.

               

    Gabarito do Professor: Letra D.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.

  • O método geral é obrigatório para índice de esbeltez > 140

  • Itens da NBR 6118:

    1) 17.3.5.3

    2) 15.8.1

    3) 15.8.4

    4) 13.2.3  

    5) .8.3.2


ID
5550607
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Considerando o dimensionamento de vigas e os domínios de estado-limite último de uma seção transversal para concreto do Grupo 1, de classe de resistência menor ou igual a 50 MPa, descritos na NBR 6118/2014, analise as afirmativas abaixo:

I. O domínio 2 é caracterizado por flexão simples ou composta sem ruptura à compressão do concreto.
II. O domínio 3 é caracterizado pela ruptura, à compressão do concreto e pelo escoamento do aço. Nesse domínio, considera-se a seção subarmada.
III. O dimensionamento no domínio 4 não é aconselhável para flexão simples, uma vez que, nesse domínio, não ocorre o escoamento do aço, e uma possível ruptura seria caracterizada como frágil, o que não é desejável na engenharia civil.
IV. Para impedir uma ruptura frágil, pode-se aumentar a altura ou a largura da viga.
V. Para impedir uma ruptura frágil, pode-se utilizar armadura de compressão.

Assinale a alternativa correta;

Alternativas
Comentários
  • O concreto é um material obtido pela mistura de cimento, água, agregado miúdo e graúdo e, em alguns casos, aditivos e adições. Ele é um material estrutural muito empregado na construção civil, sendo sua característica predominante a elevada capacidade resistente a esforços de compressão. Porém, o concreto é um material frágil frente à esforços de tração, contudo isso é compensado por meio de sua combinação com o aço que, por sua vez, possui ótimo comportamento quando tracionado.

     

    Nesse contexto, os estados limites consistem em situações (limites) a partir dos quais a estrutura não atende a uma de suas finalidades.

     

    O estado limite último (ELU) está relacionado diretamente com a segurança estrutural. Especificamente o ELU está associado “ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura" (ABNT NBR 6118, 2014). Como exemplo de situação em que o ELU é atingido, cita-se uma laje dimensionada incorretamente que desaba após a retida do escoramento.

     

    Por sua vez, o estado limite de serviço (ELS) está relacionado à durabilidade, à aparência, ao conforto do usuário e à utilização funcional da estrutura (ABNT NBR 6118, 2014). Como exemplo de situação em que o ELS é atingido, cita-se o surgimento de fissuras e numa viga, causando desconforto ao usuário.

     

    Visto isso, os domínios de deformação de uma peça de concreto armado consistem nos diversos casos possíveis de distribuição das deformações do concreto e do aço na seção transversal.

     

    O projeto de estruturas de concreto é norteado pela norma técnica brasileira NBR 6118 (ABNT, 2014). Em seu item 17.2.2, ela define os seguintes domínios de deformação:

     

    - Domínio 1 - Tração não uniforme, sem compressão (seção subarmada)

    Início: εs = 10‰ e εc = 10‰.

    Término: εs = 10‰ e εc = 0‰.

     

    - Domínio 2 - Flexão simples ou composta (seção subarmada)

    Início: εs = 10‰ e εc = 0;

    Término: εs = 10‰ e εc = 3,5‰.

     

    - Domínio 3 - Flexão simples (seção subarmada) ou composta

    Início: εs = 10 ‰ e εc = 3,5‰;

    Término: εs = εyd e εc = 3,5‰.

     

    - Domínio 4 - Flexão simples (seção superarmada) ou composta

    Início: εs = εyd e εc = 3,5‰;

    Término: εs = 0 e εc = 3,5‰.

     

    - Domínio 4a - Flexão composta com armaduras comprimidas (seção superarmada)

    Início: εs = 0 e εc = 3,5‰;

    Término: εs < 0 (compressão) e εc = 3,5‰.

     

    - Domínio 5 - Compressão não uniforme, sem tração (seção superarmada)

    Início: εs < 0 e εc = 3,5‰;

    Término: εs = 2,0‰ (compressão) e εc = 2,0‰.

     

    Em que εs é a deformação no aço, εc é a deformação no concreto e εyd é a deformação de escoamento do aço.

     

    Visto isso e analisando as afirmativas separadamente, tem-se que:

     

    - A afirmativa I está correta.  No domínio 2 tem-se flexão simples ou composta, com a deformação no concreto variando de 0 a 3,5‰. Logo, não se tem ruptura à compressão do concreto;

     

    - A afirmativa II está correta. O domínio 3 caracteriza-se por uma seção subarmada com a deformação do aço variando de 10‰ até a deformação de escoamento do aço. Por sua vez, o concreto possui deformação fixa em 3,5 ‰, falhando por ruptura à compressão;

     

    - A afirmativa III está correta. No domínio 4 o aço não está escoando. Em tal domínio, a deformação do aço começa na iminência do escoamento e vai até 0. Portanto, no domínio 4 tem-se um comportamento frágil, isto é, com ruptura sem apresentar deformações;

     

    - A afirmativa IV está correta. Aumentando a largura ou altura da viga, a área de concreto também se eleva. Com isso, pode-se mudar o domínio de deformação de uma peça do domínio 4, em que a ruptura é frágil, para os domínios 2 ou 3, em que a ruptura é dúctil e/ou o aço está escoando;

     

    - A afirmativa V está correta. Elevando a capacidade resistente dos elementos comprimidos, ocorre o mesmo efeito descrito na discussão da afirmativa IV.

     

    Portanto, todas as afirmativas estão corretas. Logo, a alternativa A deve ser assinalada.

     

    Gabarito do Professor: Letra A.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.

  • I. O domínio 2 é caracterizado por flexão simples ou composta sem ruptura à compressão do concreto.

    Correto.

    No domínio 2 ocorre a ruptura frágil (não avisa) à tração. A armadura de tração é insuficiente, a seção é fracamente armada. O aço escoa rapidamente e ultrapassa o alongamento máximo (10‰). O encurtamento do concreto é de 2‰ na compressão simples e 3,5‰ na flexão simples.10

    II. O domínio 3 é caracterizado pela ruptura, à compressão do concreto e pelo escoamento do aço. Nesse domínio, considera-se a seção subarmada.

    Correto.

    No domínio 3 a ruptura é balanceada, ou seja, ocorre o esmagamento do concreto e o escoamento do aço. Flexão simples ou composta com ruptura à compressão do concreto e escoamento do aço. Avisa antes de romper (dúctil).

    III. O dimensionamento no domínio 4 não é aconselhável para flexão simples, uma vez que, nesse domínio, não ocorre o escoamento do aço, e uma possível ruptura seria caracterizada como frágil, o que não é desejável na engenharia civil.

    Correto.

    No domínio 4 ocorre o esmagamento do concreto SEM o escoamento do aço. Flexão simples ou composta com ruptura à compressão do concreto sem o escoamento do aço. Concreto com encurtamento limite de 3,5‰ e seção superarmada. Não avisa antes de romper (frágil).

    IV. Para impedir uma ruptura frágil, pode-se aumentar a altura ou a largura da viga. V. Para impedir uma ruptura frágil, pode-se utilizar armadura de compressão.

    Correto.

    O domínio 4 (peças superarmadas com ruptura frágil) pode ser evitado aumentando as dimensões da seção e utilizando armadura na área de compressão.


ID
5550613
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Para realizar o dimensionamento de vigas e pilares, algumas hipóteses são consideradas ao se analisar os esforços resistentes das seções que estão submetidas a solicitações normais no estado-limite último. Sobre essas hipóteses, avalie as afirmações a seguir:

I. Deve-se considerar que as seções se mantêm planas após as deformações.
II. Admite-se aderência perfeita entre o aço e o concreto no entorno de modo que suas deformações sejam iguais.
III. As tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, devem ser consideradas no estado-limite último de dimensionamento;
IV. A distribuição de tensões no concreto é feita de acordo com o diagrama parábola-retângulo, com tensão de pico igual a 0,85fcd.
V. O diagrama parábola-retângulo pode ser substituído pelo retângulo de profundidade y = λ x, com valor de λ = 0,8 para concretos com Fck menor que 50MPa

A partir dessas informações, quais afirmativas acima estão INCORRETAS:

Alternativas
Comentários
    • Manutenção da seção plana
    • Aderência perfeita entre concreto e armadura
    • Na interface de contato, as deformações do aço e do concreto são iguais
    • Na zona de tração, a deformação do concreto nula (item III)
  • O concreto é um material obtido pela mistura de cimento, água, agregado miúdo e graúdo e, em alguns casos, aditivos e adições.  Ele é um material estrutural muito empregado na construção civil, sendo sua característica predominante a elevada capacidade resistente a esforços de compressão. Porém, o concreto é um material frágil frente à esforços de tração, contudo isso é compensado por meio de sua combinação com o aço que, por sua vez, possui ótimo comportamento quando tracionado, constituindo o concreto armado ou o concreto protendido.

     

    O projeto de estruturas de concreto é regulado pela NBR 6118 (ABNT, 2014). Em sua seção 17.2.2, ela apresenta hipóteses básicas para a análise dos esforços resistentes de uma seção de viga ou pilar. De acordo com tal seção, as afirmativas I, II, IV e V estão corretas.

     

    Por sua vez, a afirmativa III está incorreta. Segundo a alínea d) da seção 17.2.2 da NBR 6118 (ABNT, 2014): “as tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, devem ser desprezadas no ELU".

     

    Logo, apenas a afirmativa III está correta. Portanto, a alternativa D deve ser assinalada.

     

    Gabarito do Professor: Letra D.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.


ID
5550616
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Considerando as definições da NBR 6118/2014, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A e B estão invertidas

    3.2.2 estado-limite de formação de fissuras ELS-F

    estado em que se inicia a formação de fissuras. Admite-se que este estado-limite é atingido quando a tensão de tração máxima na seção transversal for igual a fct,f (ver 13.4.2 e 17.3.4)

    3.2.3 estado-limite de abertura das fissuras ELS-W

    estado em que as fissuras se apresentam com aberturas iguais aos máximos especificados em 13.4.2

    c) CORRETA (Item 14.4.2.1)

    d) 14.4.2.2 Chapas Elementos de superfície plana, sujeitos principalmente a ações contidas em seu plano. As chapas de concreto em que o vão for menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal são usualmente denominadas vigas-parede.

    Gabarito: C

    Fonte: NBR 6118/2014

    @arquitetamanuprado

  • O concreto é um material obtido pela mistura de cimento, água, agregado miúdo e graúdo e, em alguns casos, aditivos e adições.  Ele é um material estrutural muito empregado na construção civil, sendo sua característica predominante a elevada capacidade resistente a esforços de compressão. Porém, o concreto é um material frágil frente à esforços de tração, contudo isso é compensado por meio de sua combinação com o aço que, por sua vez, possui ótimo comportamento quando tracionado, constituindo o concreto armado ou o concreto protendido.

     

    O concreto armado caracteriza-se pelo fato de as armaduras estarem aderidas ao aço, sem a aplicação de alongamentos iniciais. Por essa razão, diz-se que a armadura é passiva. Por sua vez, no concreto protendido as armaduras são tracionadas, isto é, são ativas.

     

    O projeto de estruturas de concreto é regulado pela NBR 6118 (ABNT, 2014). Ela apresenta as seguintes definições para os termos citados pelas alternativas:

     

    - Estado-limite de formação de fissuras (ELS-F): "estado em que se inicia a formação de fissuras. Admite-se que este estado-limite é atingido quando a tensão de tração máxima na seção transversal for igual a fct,f", sendo fct,f a resistência do concreto à tração na flexão;

     

    - Estado-limite de abertura das fissuras (ELS-W): “estado em que as fissuras se apresentam com aberturas iguais aos máximos especificados em 13.4.2";

     

    - Placas: “elementos de superfície plana, sujeitos principalmente a ações normais a seu plano. As placas de concreto são usualmente denominadas lajes. Placas com espessura maior que 1/3 do vão devem ser estudadas como placas espessas";

     

    - Chapas: “elementos de superfície plana, sujeitos principalmente a ações contidas em seu plano. As chapas de concreto em que o vão for menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal são usualmente denominadas vigas-parede".

     

    Com base nas definições apresentados, conclui-se que a alternativa C está correta.

     

    A alternativa A cita o estado-limite de formação de fissuras e expõe a definição do estado-limite de abertura de fissuras.

     

    Por sua vez, a letra B cita o estado-limite de abertura de fissuras e apresenta o estado-limite de formação de fissuras.

     

    Por fim, a alternativa D está errada, pois, as chapas de concreto em que o vão for menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal são usualmente denominadas "vigas-parede", e não "pilares-parede".

               

    Gabarito do Professor: Letra C.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
  • Para não esquecer:

    PLACAS----LAJE

    CHAPAS---VIGAS-PAREDES


ID
5550622
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Identificar os mecanismos de envelhecimento e deterioração do concreto é essencial para definir as causas e os tipos de intervenção a serem realizadas. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • melhor comentário sobre o assunto

  • Erro da A: Fenoftaleína e usado para carbonatação, não penetração de ion-cloreto.

  • A resposta não está muito coerente, visto que a carbonatação ocorre pela ação do gas carbonico sobre a pasta de concreto.

  • O concreto é um material obtido pela mistura de cimento, água, agregado miúdo e graúdo e, em alguns casos, aditivos e adições.  Ele é um material estrutural muito empregado na construção civil, sendo sua característica predominante a elevada capacidade resistente a esforços de compressão. Porém, o concreto é um material frágil frente à esforços de tração, contudo isso é compensado por meio de sua combinação com o aço que, por sua vez, possui ótimo comportamento quando tracionado, constituindo o concreto armado ou o concreto protendido.

     

    O projeto de estruturas de concreto é regulado pela NBR 6118 (ABNT, 2014), enquanto os procedimentos de execução de estruturas de concreto são norteados pela NBR 14931 (ABNT, 2004).

     

    A NBR 6118 (ABNT, 2014), nos itens 6.3.2 e 6.3.3, trata sobre os mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto e à armadura, respectivamente:

     

    "6.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto

     

    6.3.2.1 Lixiviação

     

    É o mecanismo responsável por dissolver e carrear os compostos hidratados da pasta de cimento por ação de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras. Para prevenir sua ocorrência, recomenda-se restringir a fissuração, de forma a minimizar a infiltração de água, e proteger as superfícies expostas com produtos específicos, como os hidrófugos.

     

    6.3.2.2 Expansão por sulfato

     

    É a expansão por ação de águas ou solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. A prevenção pode ser feita pelo uso de cimento resistente a sulfatos, conforme ABNT NBR 5737.

     

    6.3.2.3 Reação álcali-agregado

     

    É a expansão por ação das reações entre os álcalis do concreto e agregados reativos. O projetista deve identificar no projeto o tipo de elemento estrutural e sua situação quanto à presença de água, bem como deve recomendar as medidas preventivas, quando necessárias, de acordo com a ABNT NBR 15577-1.

     

    6.3.3 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura

     

    6.3.3.1 Despassivação por carbonatação

     

    É a despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera sobre o aço da armadura. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável um concreto de baixa porosidade.

     

    6.3.3.2 Despassivação por ação de cloretos

     

    Consiste na ruptura local da camada de passivação, causada por elevado teor de íon-cloro. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável o uso de um concreto de pequena porosidade. O uso de cimento composto com adição de escória ou material pozolânico é também recomendável nestes casos."

     

    Visto isso e analisando as afirmativas da questão separadamente, tem-se que:

     

    - A alternativa A está errada. Ela descreve corretamente a despassivação por ação de cloretos. Porém, a fenolftaleína é utilizada para verificar a carbonatação;

     

    - A alternativa B está errada. A reação álcali-agregado consiste na expansão por ação das reações entre os álcalis do concreto e agregados reativos. Ela não envolve "sulfatos presentes no solo";

     

    - A alternativa C está correta e descreve corretamente a despassivação por carbonatação;

     

    - A alternativa D está errada. Ela cita a expansão por sulfato e descreve a lixiviação.

     

    Gabarito do Professor: Letra C.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14931: Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.


ID
5550625
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Uma boa organização do canteiro de obras é parte essencial para a melhor produção e qualidade da construção. Além de planejar um canteiro de maneira inteligente e que esteja adequado a todas as etapas construtivas, devem ser verificados alguns requisitos mínimos. Sobre esses requisitos, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a NBR 12284 (ABNT, 1991), em seu item 3.1, o canteiro de obras consiste em “áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência.". Nos itens 3.1.1 e 3.1.2, as áreas operacionais e de vivência são definidas:

     

    “3.1.1 Áreas operacionais

    Aquelas em que se desenvolvem as atividades de trabalho ligadas diretamente à produção.

     

    3.1.2 Áreas de vivência

    Aquelas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene pessoal, descanso, lazer, convivência e ambulatoriais, devendo ficar fisicamente separadas das áreas operacionais."

     

    Nesse contexto, a NR 18 (MTE, 2021), intitulada “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção", é uma norma regulamentadora que fixa diretrizes visando implementar e assegurar medidas que busquem resguardar a saúde e segurança nos processos, nas condições e no ambiente de trabalho na indústria da construção civil.

     

    Avaliando as afirmativas da questão separadamente com base na NR 18 (MTE, 2021), tem-se que não há nenhuma parte da norma que trate sobre os materiais das instalações sanitárias. Além disso, a NR 18 (MTE, 2021) não estabelece tipos de lavatórios e vasos sanitários que podem ser utilizados nas áreas de vivências.

     

    Por sua vez, o item 18.5.1 da NR 18 (MTE, 2021) fixa que as áreas de vivência devem possuir vestiários, mas não apresenta a sentença da mesma forma que a alternativa D da questão.

     

    Em versões anteriores da NR 18, constava que:

     

    - As instalações sanitárias podiam ser de madeira;

    - Os lavatórios deveriam ser do tipo calha, individual ou coletivo;

    - Os vasos sanitários deveriam ser do tipo bacia turca ou sifonado;

    - Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não residem no local.

     

    Por essa razão, as alternativas A, B e C estavam erradas e a alternativa D estava correta.

     

    Atualmente, a questão está desatualizada.

     

    Gabarito da Banca: Letra D.

    Gabarito do Professor: Nenhuma das Alternativas.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 12284: Áreas de vivência em canteiro de obras. Rio de Janeiro: ABNT, 1991.

     

    MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2021.


ID
5550628
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

As cerâmicas são revestimentos muito comuns nas construções brasileiras, utilizadas principalmente em ambientes úmidos e pisos. A escolha correta da cerâmica é essencial para um melhor desempenho do revestimento. Sendo assim, sobre as classes de resistência à abrasão das cerâmicas, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • PEI 0 – Baixíssima: significa que o revestimento é indicado apenas para paredes, pois esta é uma superfície menos sujeita à abrasão.

    PEI 1 – Muito baixa: revestimento indicado para cômodos de uso ocasional, como, que não tenham porta externa. Assim, não há entrada para sujeiras abrasivas.

    PEI 2 – Baixa: pode ser usado em ambientes com uso moderado, como quartos e banheiros, que não tenham portas externas.

    PEI 3 – Média: o uso de peças de cerâmica com essa classificação pode ser feito em qualquer cômodo residencial, desde que não haja portas externas.

    PEI 4 – Alta: pode ser aplicada em qualquer local da residência, com portas externas, desde que não permita a entrada de partículas muito abrasivas como a areia. Também pode ser usada em pequenos estabelecimentos comerciais, sem portas externas.

    PEI 5 – Muito alta: seu uso pode ser feito em qualquer estabelecimento comercial e residencial, além de algumas indústrias, pois consegue suportar bem a abrasão gerada por alguns maquinários mais leves.

  • O PEI (Porcelain Enamel Institute) consiste na resistência à abrasão superficial de pisos cerâmicos esmaltados. O PEI varia de 0 a 5, sendo o PEI-0 um piso com resistência à abrasão baixíssima e PEI-5 um piso com altíssima resistência à abrasão.

     

    Para a escolha correta do piso, devem ser considerados alguns aspectos como o tipo de ambiente e o fluxo de pessoas. O piso precisa ser mais resistente à abrasão quando está localizado em ambientes com muita exposição a agentes abrasivos, a exemplo de quintais e regiões com alta circulação de pessoas.

     

    Os revestimentos cerâmicos com PEI-0 são ideais para paredes, que são superfícies que não precisam de resistência à abrasão. Já o PEI-5 é indicado para áreas com alto tráfego de pessoas, especialmente em ambientes comerciais, e áreas externas de ambientes residenciais.

     

    Portanto, está correta a alternativa B. A cerâmica com PEI-1 não é muito resistente a abrasão, então só pode ser utilizada em pisos de ambientes com baixa circulação de pessoas e que não estão expostos a agentes abrasivos.

     

    Quanto às demais alternativas, tem-se que:

     

    - A letra A está errada, pois cerâmicas com PEI 5 podem ser utilizadas em pisos residenciais. Elas são as mais resistentes à abrasão;

     

    - A letra C está errada, visto que cerâmicas com PEI 2 não são indicadas para ambientes externos, pois possuem baixa resistência à abrasão;

     

    - A letra D está errada, pois a cerâmica indicada para ambientes industriais com alto fluxo de pessoas e equipamentos é a com PEI 5.

     

    Gabarito do Professor: Letra B.


ID
5550631
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

No âmbito das definições e tipos de projeto, de acordo com a Lei nº 8.666/93, de 21 de junho de 1993, e suas atualizações, estão corretas as afirmativas, EXCETO

Alternativas
Comentários
  • A Lei n.º 8.666/93 é a principal legislação que regula e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Avaliando as alternativas separadamente com base na Lei n.º 8.666/93, tem-se que:

     

    - A alternativa A apresenta uma afirmação correta. A Lei n.º 8.666/93, em seu Art. 6º, inciso I, define a obra como “toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta";

     

    - A alternativa B apresenta uma afirmação correta. A execução direta é definida pela Lei n.º 8.666/93, Art. 6º, inciso VII, como a execução “que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios";

     

    - A alternativa C apresenta uma afirmação incorreta. A Lei n.º 8.666/93, em seu Art. 6º, inciso IX, define o Projeto Básico como o “conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

     

    a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;

     

    b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

     

    c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

     

    d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

     

    e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

     

    f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados."

     

    Logo, segundo a alínea f), o Projeto Básico demanda um orçamento detalhado do custo global da obra e não somente um orçamento genérico.

     

    - A alternativa D apresenta uma afirmação correta. Em seu Art. 6°, inciso X, Lei n.º 8.666/93, o Projeto Executivo é definido como “o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT".

     

    Gabarito do Professor: Letra C.

     

    BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 jun. 1993.

  • O projeto básico, de básico não tem nada.


ID
5550634
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Uma obra ou um serviço pode ser executado pela administração de maneira indireta quando esta contrata terceiros sob diferentes regimes. Assinale a alternativa CORRETA que corresponde à definição de um desses regimes: 

Alternativas
Comentários
  • Entre os regimes passíveis de serem adotados, há o da empreitada por preço global, que é “quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total”, e a empreitada por preço unitário, que é “quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades.

    A empreitada por preço global deve ser adotada quando for possível definir previamente no projeto, com boa margem de precisão, as quantidades dos serviços a serem executados; enquanto que a empreitada por preço unitário deve ser preferida para objetos que, por sua natureza, não permitam a precisa indicação dos quantitativos orçamentários.

    FONTE:https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/comissoes/comissao-de-controle-administrativo-e-financeiro/atuacao/manual-do-ordenador-de-despesas/obras/regime-de-execucao-empreitada-por-preco-global-ou-unitario

  • A licitação consiste em um procedimento administrativo que estabelece antecipadamente a contração de serviços e compras no ramo público, com o objetivo de assegurar propostas isonômicas para todos os envolvidos. Tratando-se de obras públicas, a empresa contratada possui uma série de deveres.

     

    Recentemente foi promulgada a Lei n.º 14.133, de 1º de abril de 2021, conhecida como “Nova Lei de Licitações". Ela revoga e substitui as leis 8.666/1993, 10.520/2002 e 12.462/2011. Especificamente, a Lei n.º 8.666/1993 estabelece normas para licitações e contratos públicos; a Lei n.º 10.520/2002 institui a modalidade de licitação chamada “pregão"; e a Lei n.º 12.462/2011 institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).

     

    Acerca dos regimes de licitação mencionadas pelas alternativas, a Lei n.º 14.133/2021 apresenta as seguintes definições:

     

    - Empreitada por preço global: “contratação da execução da obra ou do serviço por preço certo e total";

     

    - Empreitada por preço unitário: “contratação da execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas";

     

    - Tarefa: “regime de contratação de mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais";

     

    - Empreitada integral: “contratação de empreendimento em sua integralidade, compreendida a totalidade das etapas de obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade do contratado até sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, com características adequadas às finalidades para as quais foi contratado e atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização com segurança estrutural e operacional".

     

    Vale ressaltar que as definições acima constam, respectivamente, nos incisos XXIX, XXVIII, XXXI e XXX do Art. 6° da Lei n.º 14.133/2021.

     

    Visto isso e analisando as alternativas, tem-se que:

     

    - A alternativa A está errada. Ela cita a empreitada por preço global e descreve a empreitada por preço unitário;

     

    - A alternativa B está errada. Ela cita a empreitada por preço unitário e descreve a empreitada por preço global;

     

    - A alternativa C está correta;

     

    - A alternativa D está errada. A empreitada integral consiste na contratação de empreendimento em sua integralidade, compreendida a totalidade das etapas de obras, serviços e instalações necessárias e não apenas algumas etapas.

     

    Gabarito do Professor: Letra C.

     

    BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 jun. 1993.

     

    BRASIL. Lei nº 14.133, de 1° de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1 abr. 2021.

     

    BRASIL. Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004. Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 dez. 2004.

     

    BRASIL. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 jul. 2002.

     

    BRASIL. Lei n.º 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC; altera a Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a legislação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); cria a Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos em comissão e cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a contratação de controladores de tráfego aéreo temporários; altera as Leis nºs 11.182, de 27 de setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de outubro de 2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e a Medida Provisória nº 2.185-35, de 24 de agosto de 2001; e revoga dispositivos da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 ago. 2011.

  • VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

    a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

    b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

    c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

    d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

    e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada.


ID
5550637
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Acerca das condições de segurança e saúde no trabalho, na indústria da construção civil, analise as afirmativas abaixo.

I. É proibida a existência de partes vivas expostas e acessíveis pelos trabalhadores não autorizados em instalações e equipamentos elétricos.
II. A armazenagem dos produtos utilizados nas operações de impermeabilização, inclusive os cilindros de gás, deve ser realizada em local isolado, sinalizado, ventilado, protegido contra risco de incêndio e distinto do local de instalação dos equipamentos de aquecimento.
III. Quando o bate-estacas não estiver em operação, o pilão deve permanecer em repouso sobre o solo ou no fim da guia do seu curso.
IV. Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude.

A partir das informações acima, assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Desatualizada !

    Redação nova: 18.7.2.7 Nas bordas da escavação, deve ser mantida uma faixa de proteção de no mínimo 1 m (um metro), livre de cargas, bem como a manutenção de proteção para evitar a entrada de águas superficiais na cava da escavação.

  • A NR 18 (MTE), intitulada “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção" é uma norma que fixa diretrizes visando implementar e assegurar medidas que busquem resguardar a saúde e segurança nos processos, nas condições e no ambiente de trabalho na indústria da construção civil.

     

    Avaliando as afirmativas da questão separadamente com base na NR 18, tem-se que:

     

    - A afirmativa I está correta. Ela consiste no item 18.6.4 da NR 18 (MTE, 2021);

     

    - A afirmativa II está correta. Ela consiste no item 18.7.7.4 da NR 18 (MTE, 2021);

     

    - A afirmativa III está correta. Ela consiste no item 18.7.2.14 da NR 18 (MTE, 2021);

     

    - A afirmativa IV está correta. Ela consistia no item 18.6.8 da versão anterior da NR 18, a qual vigorava na data da aplicação da prova. Porém, vale ressaltar que tal afirmação não consta na versão atual da NR 18 (MTE, 2021).

     

    Portanto, todas as afirmações estão corretas. Logo, a alternativa D deve ser assinalada.

     

    Gabarito do Professor : Letra D.

     

    Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2021.


ID
5550640
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A composição de custos unitários é uma tabela que apresenta todos os insumos que entram diretamente na execução de uma unidade do serviço, com seus respectivos custos, unitários e totais. Assinale a alternativa que contém somente os elementos de uma composição de custos.

Alternativas
Comentários
  • As composições de custo de um determinado serviço são utilizadas para a elaboração de orçamentos e cronogramas. Nesse contexto, a principal referência de composição de custo é o SINAPI, a qual é fortemente utilizada para o orçamento de obras públicas.

     

    O SINAPI é a sigla de “Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil". Ele consiste em um sistema que objetiva desenvolver e fornecer, mensalmente, os custos e índices de preços para o setor de construção civil. O sistema é elaborado por meio de uma parceria do IBGE com a Caixa Econômica Federal.

     

    Os cinco elementos que constituem as composições de custos são:

     

    - Insumo: bem requerido para a execução do serviço. Como exemplo, citam-se matérias-primas, equipamentos, mão de obra, etc.;

     

    - Unidade: como o próprio nome sugere, trata-se da unidade medida associada ao insumo. Para a alvenaria, por exemplo, a unidade utilizada é o m²;

     

    - Índice: também denominado de “coeficiente de utilização" ou “quantidade", o índice representa a quantidade necessária do insumo para realizar uma unidade do serviço. Para exemplificar, suponha um serviço de armação de pilar. Um índice de 1,10 para o insumo "aço" significa que são necessários 1,10 kg de aço para realizar a armação de 1 kg de aço, pois há perdas;

     

    - Custo unitário: consiste no custo de uma unidade de insumo;

     

    - Custo total: representa o valor total do insumo requerido para a execução de uma unidade do serviço. O custo total é calculado pelo produto entre o índice e o custo unitário.

     

    Portanto, a alternativa que descreve os elementos de uma composição de custo é a letra A.

     

    Os adicionais legais, o fator de segurança e os encargos não são elementos de uma composição de custos.

     

    Gabarito do Professor: Letra A.


ID
5550643
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre o procedimento e julgamento da licitação para a execução de obras e serviços, é CORRETO afirmar;

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA CORRETA: A

    A) Art. 47.  Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.

    B) Art. 48.  Serão desclassificadas:

    I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação;

    C) Art. 48.  Serão desclassificadas: I - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação.  

    D) Art. 49.  A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

    § 1  A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

  • GABARITO - A

     Art. 47.  Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.

  • GABARITO: A

    a) CERTO: Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.

    b) ERRADO: Art. 48. Serão desclassificadas: I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação;

    c) ERRADO: Art. 48. Serão desclassificadas: I - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação. 

    d) ERRADO: Art. 49, § 1 A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.666/93. Vejamos:

    Inicialmente, importante fazermos menção à nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros dois anos, teremos a aplicação do diploma legal nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar qualquer uma das duas, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis. Assim:

    A. CERTO.

    “Art. 47, Lei 8.666/93. Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.”

    B. ERRADO.

    “Art. 48, Lei 8.666/93. Serão desclassificadas:

    I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação.”

    C. ERRADO.

    “Art. 48, Lei 8.666/93. Serão desclassificadas:

    II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexequíveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação.”

    D. ERRADO.

    “Art. 49, Lei 8.666/93. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. 

    § 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.”

    “Art. 59, Lei 8.666/93. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.

    Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.”

    GABARITO: ALTERNATIVA A.


ID
5550646
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os contratos regidos pela Lei n° 8.666/93, de 21 de junho de 1993, poderão ser alterados com as devidas justificativas. É um exemplo de situação quando ocorre alteração: 

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: D

    A) Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

    I - unilateralmente pela Administração: b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

    B) Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: II - por acordo das partes: b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

    C) Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

    D) Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: II - por acordo das partes: d)  para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.  

  • gab. D

    Fonte: L. 8.666

    A Unilateralmente pela administração - quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites definidos pelo fiscal do contrato.

    Art. 65. I. b) ... nos limites permitidos por esta lei;

    B Unilateralmente pela administração - quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários. ❌

    Art. 65. II. Por acordo das partes.

    b)

    C Por acordo das partes - quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos. ❌

    Art. 65. I. unilateralmente pela Adm.

    a)

    D Por acordo das partes - para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, conforme hipóteses previstas em lei. 

    Art. 65. II. d)

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • LETRA D)

    Para complemento de estudo, quando se trata da ALTERAÇÃO UNILATERAL PELA ADMINISTRAÇÃO, há duas hipóteses de alterações:

    -ALTERAÇÃO QUANTITATIVA; e

    -ALTERAÇÃO QUALITATIVA.

    A ALTERAÇÃO QUANTITATIVA é a prevista na alínea a), I, do art. 65, da Lei 8.666/93, ou seja, quando enseja na alteração de valores, acréscimos ou decréscimos, do objeto do contrato.

    A ALTERAÇÃO QUALITATIVA é a prevista na alínea b), I, do art. 65, da Lei 8.666/93, ou seja, quando enseja na alteração de características do projeto ou de suas especificações, adequando-as para melhor execução do objeto do contrato.

  • GABARITO: D

    a) ERRADO: Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração: b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

    b) ERRADO: Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: II - por acordo das partes: b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

    c) ERRADO: Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

    e) CERTO: Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: II - por acordo das partes: d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. 

  • A questão trata da alteração dos contratos administrativos regidos pela Lei nº 8.666/1993. O tema é regulado pelo artigo 65 da Lei nº 8.666/1993 que dispõe o seguinte:
    Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

    I - unilateralmente pela Administração:

    a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

    b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

    II - por acordo das partes:

    a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

    c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;
    d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

    § 1º  O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.


    Vejamos as afirmativas da questão:

    A) Unilateralmente pela administração - quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites definidos pelo fiscal do contrato.

    Incorreta. O contrato pode ser alterado unilateralmente pela administração quando necessária alteração do valor contratual em razão de acréscimo ou diminuição quantitativa do objeto nos limites previstos na lei e não nos limites definidos pelo fiscal do contrato, na forma do artigo 65, I, “b", da Lei nº 8.666/1993.

    O limite definido na lei é, em regra, de 25% do valor inicial dos contratos e, apenas nos casos de reforma de edifício ou equipamento, o limite é de 50%, conforme artigo 65, §1º, da Lei nº 8.666/1993.

    B) Unilateralmente pela administração - quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários.

    Incorreta. Quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários, o contrato pode ser alterado por acordo entre as partes e não por ato unilateral da Administração, nos termos do artigo 65, II, “c", da Lei n° 8.666/1993.

    C) Por acordo das partes - quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos.

    Incorreta. Quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos o contrato pode ser alterado por ato unilateral da Administração, na forma do 65, I, “a", da Lei nº 8.666/1993.

    D) Por acordo das partes - para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, conforme hipóteses previstas em lei.

    Correta. O contrato pode ser alterado por acordo entre as partes para restabelecimento do equilíbrio econômico financeiro do contrato por acordo entre as partes, nos termos do artigo 65, II, “d", da Lei nº 8.666/1993.

    Gabarito do professor: D. 
  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.666/93. Vejamos:

    Inicialmente, importante fazermos menção à nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros dois anos, teremos a aplicação do diploma legal nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar qualquer uma das duas, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis. Assim:

    A. ERRADO.

    “Art. 65, Lei 8.666/93. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

    I - unilateralmente pela Administração:

    b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei.”

    B. ERRADO.

    “Art. 65, Lei 8.666/93. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

    II - por acordo das partes:

    b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários.”

    C. ERRADO.

    “Art. 65, Lei 8.666/93. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

    I - unilateralmente pela Administração:

    a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos.”

    D. CERTO.

    “Art. 65, Lei 8.666/93. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

    II - por acordo das partes:

    d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.”

    GABARITO: ALTERNATIVA D.


ID
5550649
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca da execução dos contratos regidos pela Lei n° 8.666/93, de 21 de junho de 1993, analise as afirmativas abaixo.

I. O contratado deverá manter preposto, independentemente do aceite da administração, no local da obra ou serviço a fim de representá-lo na execução do contrato.
II. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.
III. A Administração é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
IV. Executado o contrato, o seu objeto será recebido, em se tratando de obras e serviços: a) provisoriamente e b) definitivamente, observado o disposto na lei vigente.

A partir das informações, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: C

    Artigos da Lei Federal de nº 8.666/1993:

    I - Art. 68.  O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.

    II - Art. 69.  O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.

    III - Art. 71.  O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. § 1   A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.

    IV - Art. 73.  Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

    I - em se tratando de obras e serviços:

    a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

    b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;

  • LETRA C).

    Apenas para a fixação de conteúdo, baseada na alternativa III, a Administração Pública não responde pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais, ficando a cargo, dessa responsabilidade, do contratado. Contudo, há a responsabilidade SOLIDÁRIA da Administração Pública somente em relação aos encargos PREVIDENCIÁRIOS.

  • GABARITO: C

    I - ERRADO: Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.

    II - CERTO: Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.

    III - ERRADO: Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

    IV - CERTO: Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido: I - em se tratando de obras e serviços: a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado; b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;

  • A questão trata dos contratos regidos pela Lei nº 8.666/1993. Vejamos as afirmativas da questão:

    I. O contratado deverá manter preposto, independentemente do aceite da administração, no local da obra ou serviço a fim de representá-lo na execução do contrato.

    Incorreta. De acordo com o artigo 68 da Lei nº 8.666/1993, o contratado deverá manter preposto na obra ou serviço para representá-lo na execução do contrato. Esse preposto, no entanto, deve ser aceito pela Administração.

    II. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.

    Correta. A afirmativa reproduz o disposto no artigo 69 da Lei nº 8.666/1993 que dispõe o seguinte:
    Art. 69.  O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.

    III. A Administração é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

    Incorreta. De acordo com o artigo 71 da Lei nº 8.666/1993, “o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato".

    Dispõe ainda § 1º do artigo 71 do mesmo diploma que “a inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis".

    Apenas com relação aos encargos previdenciários não pagos pelo contratado e referentes à execução do contrato é que a Administração Pública responde solidariamente pelos valores devidos, na forma do artigo 71, §2º, da Lei nº 8.666/1993.  

    IV. Executado o contrato, o seu objeto será recebido, em se tratando de obras e serviços: a) provisoriamente e b) definitivamente, observado o disposto na lei vigente.

    Correta. O recebimento do objeto nos contratos de obras e serviços se dá em duas etapas: o recebimento provisório e o definitivo.

    O recebimento provisório é feito pelo agente público responsável pelo acompanhamento e fiscalização da execução do contrato e deve ocorrer no prazo de 15 dias a contar de comunicação escrita do contratado.

    O recebimento definitivo é efetuado por servidor ou comissão designada pela autoridade competente e ocorre depois de decorrido prazo de observação ou realizada vistoria que comprove que o objeto corresponde ao contratado.

    O tema é regulado pelo artigo 73, I, da Lei nº 8.666/1993 que determina o seguinte:
    Art. 73.  Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

    I - em se tratando de obras e serviços:

    a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

    b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei.
    São corretas as alternativas II e IV, logo, a alternativa correta é a C.

    Gabarito do professor: C. 

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a opção CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.666/93. Vejamos:

    Inicialmente, importante fazermos menção à nova lei de licitações – Lei 14.133/2021, sancionada em 01/04/2021. Apesar desta sanção, a Lei nº 8.666/93 ainda terá aplicação por mais dois anos.

    Desta forma, nos primeiros dois anos, teremos a aplicação do diploma legal nº 8.666/93, bem como da lei nº 14.133/21. Os órgãos terão a possibilidade de optar em utilizar qualquer uma das duas, devendo ser justificada a escolha, sendo vedada a combinação das duas leis. Assim:

    I. ERRADO.

    “Art. 68, Lei 8.666/93. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.”

    II. CERTO.

    “Art. 69, Lei 8.666/93. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.”

    III. ERRADO.

    “Art. 71, Lei 8.666/93. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.”

    IV. CERTO.

    “Art. 73, Lei 8.666/93. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

    I - em se tratando de obras e serviços:

    a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

    b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei.”

    Desta forma:

    C. CERTO. Estão corretas apenas as afirmativas II e IV.

    GABARITO: ALTERNATIVA C.


ID
5550652
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Um mezanino metálico é suspenso por 4 barras de aço, cuja seção circular de cada barra tem 20mm de diâmetro. Se o comprimento inicial de cada barra era igual a 5m, e o mezanino foi sujeito a uma carga axial F de 400kN, distribuído igualmente entre as barras, provocando nas barras um alongamento Δ e considerando π = 3,14, módulo de elasticidade (E) do material da barra igual a 150 GPa, é CORRETO afirmar que o valor aproximado do alongamento Δ de cada barra é de:

Alternativas
Comentários
  • Alongamento = FxL/ExA

    Força x Comprimento/ Modulo de elasticidade x Área.

    100kn x 5m / 150Gpa x (3,14 x 1²)cm²

    500 / 471 = 1,062cm = 10,62mm

  • Não esquece de dividir por 4 no final


ID
5550655
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Sobre os elementos de fundação, assinale a definição CORRETA

Alternativas
Comentários
  • Radier: elemento de fundação rasa dotado de rigidez para receber e distribuir mais do que 70 % das cargas da estrutura.

    Estaca Franki :estaca moldada in loco executada pela cravação, por meio de sucessivos golpes de um pilão, de um tubo de ponta fechada por uma bucha seca constituída de pedra e areia, previamente firmada na extremidade inferior do tubo por atrito. Esta estaca possui base alargada e é integralmente armada.

    Estaca Strauss:estaca executada por perfuração do solo com uma sonda ou piteira e revestimento total com camisa metálica, realizando-se gradativamente o lançamento e apiloamento do concreto, com retirada simultânea do revestimento.

  • Primeiramente faz-se importante conceituar que o sistema de fundações consiste no conjunto de elementos estruturais responsável por resistir e transmitir os esforços da edificação para o solo. Os elementos de fundação são classificados em fundação superficial e profunda.

     

    Os elementos de fundação superficial, também chamados de fundações diretas ou raras, caracterizam-se por transmitirem os carregamentos para o solo por sua base e, por essa razão, possuem uma seção transversal larga. Como exemplos de fundação superficial citam-se as sapatas e radiers.

     

    Por sua vez, os elementos de fundação profunda transmitem as cargas da edificação para o solo por atrito lateral e pela sua ponta e, por essa razão, elas possuem comprimento com ordem de grandeza superior à da seção transversal. Como exemplo de fundação profunda cita-se as estacas.

     

    A NBR 6122 (ABNT, 2019) é a norma técnica brasileira que norteia o projeto e execução de fundações. Acerca dos tipos de estacas citados pelas alternativas, a NBR 6122 (ABNT, 2019) apresenta as seguintes definições:

     

    - Radier: “elemento de fundação rasa dotado de rigidez para receber e distribuir mais do que 70 % das cargas da estrutura";

     

    - Atrito negativo: “atrito lateral que solicita estacas ou tubulões quando o recalque do solo adjacente é maior do que o recalque dos elementos de fundação. Esse fenômeno ocorre no caso de o solo estar em processo de adensamento, provocado pelo seu peso próprio, por sobrecargas lançadas na superfície, por rebaixamento do lençol freático, pelo amolgamento da camada mole compressível decorrente de execução de estaqueamento etc";

     

    - Estaca Franki: "estaca moldada in loco executada pela cravação, por meio de sucessivos golpes de um pilão, de um tubo de ponta fechada por uma bucha seca constituída de pedra e areia, previamente firmada na extremidade inferior do tubo por atrito. Esta estaca possui base alargada e é integralmente armada";

     

    - Estaca Strauss: "estaca Strauss estaca executada por perfuração do solo com uma sonda ou piteira e revestimento total com camisa metálica, realizando-se gradativamente o lançamento e apiloamento do concreto, com retirada simultânea do revestimento".

     

    Vale ressaltar que as definições acima constam, respectivamente, nos itens 3.35, 3.2, 3.16 e 3.24 da NBR 6122 (ABNT, 2019).

     

    Visto isso e analisando as alternativas, tem-se que:

     

    - A alternativa A está errada. O radier deve receber e distribuir mais do que 70 % das cargas da estrutura e não 40%;

     

    - A alternativa B está correta;

     

    - A alternativa C está errada. A estaca Franki é uma fundação executada in loco por cravação. A estaca descrita pelo enunciado é a estaca hélice contínua;

     

    - A alternativa D está errada. Tendo em vista o processo executivo da estaca Strauss (perfuração do solo), ela não é recomendada para situações em que haja areia submersa e/ou argila mole saturada. A estaca Strauss é recomendada para espaços confinados.

     

    Gabarito do Professor: Letra B.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6122: Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.


ID
5550658
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Não é uma ação variável especial considerada nos projetos e dimensionamento das fundações:

Alternativas
Comentários
  • 5.4 Ações variáveis especiais /ABNT NBR 6122:2019

    Em função da fnalidade da obra, o projeto das fundações deve considerar as seguintes ações variáveis especiais, quando previamente informadas e documentadas:

    a) alteração do estado de tensões, causada por obras nas proximidades (escavações, aterros,túneis etc.);

    b) tráfego de veículos pesados e equipamentos de construção;

    c) carregamentos especiais de construção;

    d) ações variáveis efêmeras defnidas nesta Norma

  • Primeiramente faz-se importante conceituar que o sistema de fundações consiste no conjunto de elementos estruturais responsável por resistir e transmitir os esforços da edificação para o solo. Os elementos de fundação são classificados em fundação superficial e profunda.

     

    Por sua vez, as ações são definidas pela NBR 6120 (ABNT, 2019), intitulada “Ações para o cálculo de estruturas de edificações", como “causas que provocam esforços solicitantes que atuam sobre a estrutura, capazes de produzir ou alterar as deformações ou o estado de tensão nos elementos estruturais". Comumente, as ações são classificadas com base na duração da ação ao longo da vida útil da estrutura.

     

    As duas principais classificações são em ação permanente, quando a magnitude do esforço se mantém praticamente constante ao longo de toda a vida útil da estrutura; e em ação variável, quando as ações apresentam magnitudes com variação significativa ao longo da vida útil da estrutura.

     

    O projeto e a execução de fundações são norteados pela norma técnica brasileira NBR 6122 (ABNT, 2019). Em sua seção 5.4, tal código normativo define as ações variáveis especiais:

     

    “5.4 Ações variáveis especiais

     

    Em função da finalidade da obra, o projeto das fundações deve considerar as seguintes ações variáveis especiais, quando previamente informadas e documentadas:

     

    a) alteração do estado de tensões, causada por obras nas proximidades (escavações, aterros, túneis etc.);

     

    b) tráfego de veículos pesados e equipamentos de construção;

     

    c) carregamentos especiais de construção;

     

    d) ações variáveis efêmeras definidas nesta Norma."

     

    Dentre as alternativas, a única que não consiste em uma ação variável especial é a letra B: empuxos de terra e empuxos de sobrecargas atuantes no solo.

     

    A NBR 6122 (ABNT, 2019) classifica os empuxos de terra e empuxos de sobrecargas atuantes no solo como "ações decorrentes do terreno".

     

    Gabarito do Professor: Letra B.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6122: Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.


ID
5550661
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A análise de interação fundação-estrutura não é obrigatória no seguinte caso:

Alternativas
Comentários
  • 5.5 Análise de interação fundação-estrutura / ABNT NBR 6122:2019

    Em estruturas nas quais a deformabilidade das fundações pode infuenciar na distribuição de esforços,deve-se estudar a interação fundação-estrutura, sendo obrigatório esse estudo nos seguintes casos:

    a) estruturas nas quais a carga variável é signifcativa em relação à carga total, tais como silos e reservatórios;

    b) estruturas com mais de 55,0 m de altura, medida do térreo até a laje de cobertura do último piso habitável;

    c) relação altura/largura (menor dimensão) superior a quatro;

    d) fundações ou estruturas não convencionais


ID
5550664
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

A sondagem SPT é amplamente utilizada na construção civil devido ao seu baixo custo e facilidade de aplicação. Tendo em vista esse tipo de ensaio, um engenheiro civil foi consultado sobre qual a quantidade mínima de furos para um terreno cujas dimensões são 40m x 40m. Quantos furos o engenheiro recomendou para essa construção?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    https://www.escolaengenharia.com.br/sondagem-spt/

  • O solo consiste na camada superficial da Terra, oriundo dos processos de intemperismo e decomposição das rochas. O mesmo é formado por uma fase sólida, composta de matéria orgânica e inorgânica; uma fase líquida, associada à água ou outra solução presente no solo; e uma fase gasosa, correspondente aos gases no solo.

     

    O ensaio de penetração padrão (tradução da expressão inglesa “standard penetration test", conhecido popularmente como SPT, é responsável pela determinação do índice de resistência à penetração do solo (N ou NSPT), a estratigrafia dos solos (permitindo classificá-los) e a posição do nível d'água.

     

    Especificamente, o índice de resistência à penetração do solo é o principal resultado do ensaio SPT. A metodologia do ensaio SPT consiste em registrar, a cada metro e separadamente, o número de golpes necessários para a penetração de três segmentos de 15 cm de um amostrador padrão no solo. Tais golpes devem ser realizados utilizando um martelo com massa de 65kg, o qual cai de uma altura de 75 cm. Com isso, a energia do ensaio é padronizada. Especificamente, o NSPT corresponde aos golpes necessários para a cravação dos 30 cm finais de um amostrador padrão, após cravá-lo 15 cm inicialmente. O ensaio SPT é regulado pela ABNT NBR 6484 (2020).

     

    A ABNT NBR 8036 (1983), intitulada "Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios - Procedimento", trata sobre o número e a locação das sondagens em sua seção 4.1.1, estabelecendo que:

     

    4.1.1 Número e locação das sondagens

     

    4.1.1.1 O número de sondagens e a sua localização em planta dependem do tipo da estrutura, de suas características especiais e das condições geotécnicas do subsolo. O número de sondagens deve ser suficiente para fornecer um quadro, o melhor possível, da provável variação das camadas do subsolo do local em estudo.

     

    4.1.1.2 As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200 m² de área da projeção em planta do edifício, até 1.200 m² de área. Entre 1.200 m² e 2.400 m² deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m² que excederem 1.200 m². Acima de 2.400 m² o número de sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular da construção. Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser:

     

    a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m²;

     

    b) três para área entre 200 m² e 400 m².

     

    (...)".

     

    Considerando que a edificação será construída em todo o terreno, a área total do terreno é de (40 m)·(40 m) = 1.600 m². Para tal área, é necessário um furo para cada 200 m² de área até 1.200 m², o que equivale a 6 furos. Para os 400 m² restantes é necessário mais um furo a cada 400 m². Logo, é preciso um furo adicional.

     

    Portanto, para a área de projeção de 1.600 m², são necessários, no mínimo, 7 furos de sondagem de acordo com a NBR 8036 (ABNT, 1983). Assim, a alternativa B está correta.

     

    Gabarito do Professor: Letra B.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 6484: Solo — Sondagem de simples reconhecimento com SPT — Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 8036: Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1983.


ID
5550667
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em relação aos sistemas prediais de água fria, analise as afirmativas.

I. O reservatório deve ser transparente, opaco ou dotado de meios de proteção contra a incidência de luz.
II. O reservatório deve permitir a constatação visual e o reparo de vazamentos e impossibilitar a contaminação da água potável por qualquer agente externo.
III. O volume total de água reservado deve atender no mínimo 48 horas de consumo normal no edifício e deve considerar eventual volume adicional de água para combate a incêndio quando o volume adicional estiver armazenado junto com o volume das 48 horas
IV. A vazão a considerar no abastecimento do reservatório deve ser suficiente para a reposição total do volume destinado ao consumo diário de água em até 3 horas. No caso de residências unifamiliares, o tempo de reposição deve ser de até 6 horas.

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    https://ecivilufes.files.wordpress.com/2013/06/nbr-05626-1998-instalac3a7c3a3o-predial-de-c3a1gua-fria.pdf

  • RESOLUÇÃO

    I. O reservatório deve ser transparente, opaco ou dotado de meios de proteção contra a incidência de luz. NÃO PODE SER TRANSPARENTE.

    II. O reservatório deve permitir a constatação visual e o reparo de vazamentos e impossibilitar a contaminação da água potável por qualquer agente externo. CORRETO

    III. O volume total de água reservado deve atender no mínimo 48 horas de consumo normal no edifício e deve considerar eventual volume adicional de água para combate a incêndio quando o volume adicional estiver armazenado junto com o volume das 48 horas. MÍNIMO 24H. (EXTRA: Na impossibilidade de determinar o volume máximo permissível, recomenda-se limitar o volume total que corresponda a três dias de consumo diário ou prever meios que assegurem a preservação das características da água potável.)

    IV. A vazão a considerar no abastecimento do reservatório deve ser suficiente para a reposição total do volume destinado ao consumo diário de água em até 3 horas (6 horas). No caso de residências unifamiliares, o tempo de reposição deve ser de até 6 horas (3 horas). INVERTERAM OS VALORES.

  • A questão trata das instalações prediais de água fria, assunto abordado pela norma ABNT NBR 5626 - Sistemas prediais de água fria e água quente - Projeto, execução, operação e manutenção. Assim, são analisadas as afirmativas a seguir:

    I - INCORRETA

    A norma estabelece, no item 6.5.5, que diz respeito à
    proteção sanitária e à preservação da potabilidade da água, que o reservatório deve ser opaco ou dotado de meios de proteção contra a incidência de luz. Dessa forma, o item está incorreto ao afirmar que o reservatório deve ser transparente. Por óbvio, a afirmativa se mostra incorreta, tendo em vista que transparente e opaco são adjetivos opostos.

    II - CORRETA

    No mesmo item da afirmativa anterior, a norma estabelece que o reservatório deve permitir a constatação visual e o reparo de vazamentos, e impossibilitar a contaminação da água potável por qualquer agente externo. Portanto, a afirmativa está correta.

    III - INCORRETA

    Já no item 6.5.6, que diz respeito à
    forma e à capacidade dos reservatórios, a norma pontua que o volume total de água reservado deve atender no mínimo 24h de consumo normal no edifício e deve considerar eventual volume adicional de água para combate a incêndio quando este estiver armazenado conjuntamente. Assim, percebe-se que a afirmativa está incorreta, já que a previsão deve ser de 24h, não de 48

    IV - INCORRETA

    No item 6.7.2 a norma estabelece condições quanto à
    vazão de abastecimento do reservatório. Segundo o item, a vazão a considerar no abastecimento do reservatório deve ser suficiente para a reposição total do volume destinado ao consumo diário em até 6h. No caso de residências unifamiliares, o tempo de reposição deve ser de até 3h. Ou seja, o inverso do texto da afirmativa. Portanto, o item está incorreto.

    Por fim, conclui-se que apenas a afirmativa II está correta, sendo a LETRA A a resposta para a questão.

    Gabarito do Professor:LETRA A. 

    FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626 - Sistemas prediais de água fria e água quente - Projeto, execução, operação e manutenção. Rio de Janeiro, 2020.








ID
5550670
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em relação às instalações prediais de águas pluviais, assinale a alternativa CORRETA

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    5.5 Calhas

    5.5.1 As calhas de beiral e platibanda devem, sempre que possível, ser fixadas centralmente sob a extremidade da cobertura e o mais próximo desta.

    5.5.2 A inclinação das calhas de beiral e platibanda deve ser uniforme, com valor mínimo de 0,5%.

    5.5.3 As calhas de água-furtada têm inclinação de acordo com o projeto da cobertura.

    5.5.4 Quando a saída não estiver colocada em uma das extremidades, a vazão de projeto para o dimensionamento das calhas de beiral ou platibanda deve ser aquela correspondente à maior das áreas de contribuição.

    5.5.5 Quando não se pode tolerar nenhum transbordamento ao longo da calha, extravasores podem ser previstos como medida adicional de segurança. Nestes casos, eles devem descarregar em locais adequados.

    5.5.6 Em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4m de uma mudança de direção, a Vazão de projeto deve ser multiplicada pelos coeficientes da Tabela 1.

    https://ecivilufes.files.wordpress.com/2013/06/nbr-10844-1989-instalac3a7c3b5es-prediais-de-c3a1guas-pluviais.pdf

  • Letra (A): ERRADO; A determinação da intensidade pluviométrica “I”, para fins de projeto, deve ser feita a partir da fixação de valores adequados para a duração de precipitação e o período de retorno, sendo que a duração de precipitação deve ser fixada em t=5 min.

    Letra (B): ERRADO; No cálculo da área de contribuição, precisa considerar os incrementos devidos às paredes que interceptem água de chuva, mas apenas a inclinação da cobertura.;

    Letra (C): CORRETO: Em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4m de uma mudança de direção, a vazão de projeto deve ser multiplicada por coeficientes pré-definidos em norma.

    Letra (D): ERRADO: Os condutores horizontais devem ser projetados, sempre que possível, com declividade uniforme, com valor mínimo de 0,5%

  • NBR 10.844 ÁGUAS PLUVIAIS

  • A questão trata das instalações prediais que se destinam a captar e escoar as águas das chuvas. Esse tema é abordado pela NBR 10844:1989 - Instalações prediais de águas pluviais. Assim, a partir da norma, são analisadas as alternativas.

    LETRA A - INCORRETA

    O item 5.1 da norma trata dos fatores meteorológicos e estabelece que a determinação da intensidade pluviométrica, para fins de projeto, deve ser feita a partir da fixação de valores adequados para a duração de precipitação e o período de retorno. A duração de precipitação deve ser fixada em 5 minutos e o período de retorno pode ser de 1, 5 ou 25 anos, sendo a variação determinada segundo as características da área a ser drenada.

    Portanto, pela duração incorreta dada na alternativa, a LETRA A está INCORRETA.

    LETRA B - INCORRETA

    Conforme estabelecido pelo item 5.2 da norma, o cálculo da área de contribuição deve considerar os incrementos devidos à inclinação da cobertura e às paredes que interceptem água de chuva que também deva ser drenada pela cobertura. 

    Os dois aspectos devem sim ser considerados e a LETRA B está INCORRETA.

    LETRA C - CORRETA

    O item 5.5, que trata das calhas, determina que em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4 m de uma mudança de direção, a vazão de projeto deve ser multiplicada pelos coeficientes pré-definidos de uma tabela que relaciona o tipo de canto (reto ou arredondado) e a posição da curva em relação à calha.

    O texto da norma confere com o da alternativa e, portanto, a LETRA C está CORRETA.

    LETRA D - INCORRETA

    No que diz respeito aos condutores horizontais, a norma estabelece no item 5.7, que eles devem ser projetados, sempre que possível, com declividade uniforme, com valor mínimo de 0,5%.

    A porcentagem de inclinação não confere com o da alternativa e portanto a LETRA D está INCORRETA.

    Por fim, conclui-se que apenas a LETRA C está correta e, por isso, é a resposta para a questão.

    Gabarito do Professor: LETRA C.

    FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-10844: Instalações Prediais de Águas Pluviais. Rio de Janeiro, 1989.

ID
5550673
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em relação às instalações prediais de combate a incêndio, os pontos de tomada de água devem ser posicionados:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    5.7.1 Os pontos de tomada de água devem ser posicionados:

    a. nas proximidades das portas externas, escadas e/ou

    acesso principal a ser protegido, a não mais de 5 m;

    b. em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender ao item “a” obrigatoriamente;

    c. fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;

    d. de 1,0 m a 1,5 m do piso.

    https://safety-smt.com.br/seguranca-trabalho/ppra/pcmso/hidrante-contra-incendio.html

  • (A) Nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 15m.: ERRADO, a não mais de 5m

    (B) CORRETO; Em posições centrais nas áreas protegidas.

    (C) ERRADO; Dentro (FORA) das escadas ou antecâmaras de fumaça.

    (D) ERRADO; De 1,5m a 2,0m do piso. (De 1,0m a 1,5m do piso)

  • a) Localização

    Os pontos de tomada de água devem ser posicionados:

    - nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 m;

    - em posições centrais nas áreas protegidas;

    - fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;

    - de 1,0 m a 1,5 m do piso.

    - Nos hidrantes externos, quando afastados de no mínimo 15 m ou 1,5 vez a altura da parede externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados até 60 m de mangueira (preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente dimensionados hidraulicamente. Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de 65 mm de diâmetro para redução da perda de carga do sistema e o último lance de 40 mm para facilitar seu manuseio.

    A utilização do sistema não deve comprometer a fuga dos ocupantes da edificação; portanto, deve ser projetado de tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja a necessidade de adentrar as escadas, antecâmaras ou outros locais determinados exclusivamente para servirem de rota de fuga dos ocupantes.

    Fonte: Material do Estratégia.


ID
5550679
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Em relação à formula de cisalhamento (VQ/It), analise as afirmativas.

I - A fórmula de cisalhamento fornece resultados precisos quando aplicados a elementos cujas seções transversais são curtas e achatadas.
II - Forças de cisalhamento em vigas provocam distribuição parabólica da tensão de cisalhamento na seção transversal.
III - A fórmula do cisalhamento não fornece resultados precisos quando usada para determinar tensão de cisalhamento na junção aba-alma de uma viga de abas largas.

Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • O esforço cortante (V), também chamado de esforço cisalhante ou cisalhamento, trata-se de um esforço com a tendência de cortar a seção transversal.


    Nesse contexto, a tensão de cisalhamento na seção transversal (τmáx) é dada pela seguinte equação:



     

    Em que V é o esforço cortante; Q é o momento estático de área em relação à linha neutra; I é o momento de inércia de área da seção transversal toda; e t é a largura da área da seção transversal do elemento.

     

    Visto isso e analisando as afirmativas separadamente, tem-se que:

     

    - A afirmativa I está errada. A fórmula de cisalhamento não fornece resultados precisos para seções transversais curtas e achatadas. No denominador da equação, tem-se a variável "t", representando a largura da seção transversal. Assim, quando há variação da largura da seção transversal, tem-se pontos de descontinuidades e variações abruptas na tensão de cisalhamento;

     

    - A afirmativa II está correta. A distribuição da tensão de cisalhamento é parabólica ao longo da seção transversal. Isso deve-se ao comportamento da relação Q/I;

     

    - A afirmativa III está correta. da seção transversal, presente no denominador da fórmula de cisalhamento, faz com que esta apresente resultados imprecisos e descontínuos quando há variação da largura - caso da junção aba-alma de vigas de abas largas e de seção "T".

     

    Portanto, estão corretas apenas as afirmativas II e III. Logo, a alternativa C deve ser assinalada.

     

    Gabarito do Professor: Letra C.

  • O esforço cortante (V), também chamado de esforço cisalhante ou cisalhamento, trata-se de um esforço com a tendência de cortar a seção transversal.


    Nesse contexto, a tensão de cisalhamento na seção transversal (τmáx) é dada pela seguinte equação:



     

    Em que V é o esforço cortante; Q é o momento estático de área em relação à linha neutra; I é o momento de inércia de área da seção transversal toda; e t é a largura da área da seção transversal do elemento.

     

    Visto isso e analisando as afirmativas separadamente, tem-se que:

     

    - A afirmativa I está errada. A fórmula de cisalhamento não fornece resultados precisos para seções transversais curtas e achatadas. No denominador da equação, tem-se a variável "t", representando a largura da seção transversal. Assim, quando há variação da largura da seção transversal, tem-se pontos de descontinuidades e variações abruptas na tensão de cisalhamento;

     

    - A afirmativa II está correta. A distribuição da tensão de cisalhamento é parabólica ao longo da seção transversal. Isso deve-se ao comportamento da relação Q/I;

     

    - A afirmativa III está correta. da seção transversal, presente no denominador da fórmula de cisalhamento, faz com que esta apresente resultados imprecisos e descontínuos quando há variação da largura - caso da junção aba-alma de vigas de abas largas e de seção "T".

     

    Portanto, estão corretas apenas as afirmativas II e III. Logo, a alternativa C deve ser assinalada.

     

    Gabarito do professor: letra C.

  • a fórmula do cisalhamento não fornece resultados precisos quando aplicada a elementos cujas seções transversais são achatadas ou apresentam mudanças bruscas na largura  da seção transversal. Nesses casos, a tensão de cisalhamento deve ser determinada por métodos mais avançados baseados na Teoria da Elasticidade Linear.

    O erro da I justifica o acerto da III

    https://www.researchgate.net/publication/321510041_Analise_Critica_da_Teoria_de_Vigas_da_Resistencia_dos_Materiais_por_meio_da_Teoria_da_Elasticidade_Linear


ID
5550685
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), está sendo realizada a obra de um centro de aulas. Foi contratada uma empresa para a execução dessa obra e designado um fiscal técnico, engenheiro civil, que faz parte do corpo técnico da própria universidade. Um dos sistemas construtivos executados foi o sistema predial de esgoto sanitário. Sobre esse sistema, o engenheiro civil da contratada e o fiscal estavam discutindo sobre quais ensaios e procedimentos são necessários para o recebimento desse sistema. Sobre esses ensaios e procedimentos, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Procedimentos de ensaios de recebimento dos sistemas prediais de esgoto (NBR 8160:1999)

    Todo o sistema de esgoto sanitário, novo ou modificado deve ser inspecionado e ensaiado antes de entrar em funcionamento.

    Antes da realização do ensaio deve ser verificado se o sistema está adequadamente fixado e se existe algum material estranho no seu interior.

    O sistema deverá ser ensaiado em duas etapas: uma anterior a instalação dos aparelhos (com o objetivo de verificar a estanqueidade das tubulações) e outro posteriori.

    O ensaio para verificação da tubulação deverá ser realizado com água ou ar.

    O ensaio após a colocação dos aparelhos deverá ser realizado com fumaça.

    Ensaio com água: 15 min – 60 kPa

    Todas as aberturas devem ser tamponadas, exceto a mais alta por onde severa ser introduzido a água, sendo mantida cheia por um período de 15 min e observando se a carga hidrostática não ultrapassa 60 kPa.

    Ensaio com ar: 15 mim – 35 KPa

    Todas as aberturas devem ser tamponadas, exceto a por onde o ar será injetado. O ar deve ser introduzido até que atinja uma pressão uniforme de 35 KPa, que deverá ser mantida por 15 min.

    Ensaio com fumaça: Utiliza água nos fechos hídricos - 0,25 kPa – 15 min – Ensaio para tubos ventiladores

    Todos os fechos hídricos dos aparelhos sanitários devem ser completamente preenchidos com água, devendo as demais aberturas ser tamponadas, com exceção da abertura dos ventiladores primários e da abertura pela qual a fumaça será introduzida.

    Quando notada a saída de fumaça pelos ventiladores primários a abertura respectiva de cada ventilador deve ser tamponada.

    Pressão de fumaça de 0,25 kPa mantida pelo período de 15 mim, sem que seja introduzida fumaça adicional.

  • A rede coletora de esgoto consiste no conjunto de tubulações e dispositivos responsáveis por, como o próprio nome sugere, coletar os efluentes domésticos e industriais e conduzi-los para estações de tratamento, onde o esgoto é tratado.

     

    Nesse contexto, a NBR 8160 (ABNT, 1999), intitulada "Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução", trata-se da norma brasileira que fixa exigências e recomendações para o projeto e execução de sistemas prediais de esgoto sanitário.

     

    Analisando as alternativas separadamente com base na NBR 8160 (ABNT, 1999), resulta que:

     

    - A alternativa A está correta. Ela consiste no item G.1.1 da NBR 8160 (ABNT, 1999);

     

    - A alternativa B está errada. Em seu item G.2.3, a NBR 8160 (ABNT, 1999) fixa que: “Para a realização do ensaio final com fumaça, todos os fechos hídricos dos aparelhos sanitários devem ser completamente preenchidos com água, devendo as demais aberturas ser convenientemente tamponadas, com exceção das aberturas dos ventiladores primários e da abertura pela qual a fumaça será introduzida". Logo, a afirmação está errada, pois, além da abertura pela qual a fumaça é introduzida, as aberturas dos ventiladores primários também devem ser mantidas abertas;

     

    - A alternativa C está correta. Em seu item G.1.3, a NBR 8160 (ABNT, 1999) estabelece que: “Depois de feita a inspeção final e antes da colocação de qualquer aparelho sanitário, a tubulação deve ser ensaiada com água ou ar, conforme G.2.1 e G.2.2, não devendo apresentar nenhum vazamento";

     

    - A alternativa D está correta. Ela consiste no item G.1.2 da NBR 8160 (ABNT, 1999).

     

    Portanto, a alternativa B apresenta uma afirmação errada e deve ser assinalada.

     

    Gabarito do Professor: Letra B.

     

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.

  • NBR 8160: Para a realização do ensaio final com fumaça, todos os fechos hídricos dos aparelhos sanitários devem ser completamente preenchidos com água, devendo as demais aberturas ser convenientemente tamponadas, com exceção das aberturas dos ventiladores primários e da abertura pela qual a fumaça será introduzida.


ID
5550688
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Sobre a mecânica dos solos, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Letra c:

    O coeficiente de permeabilidade da lei de Darcy varia para diferentes solos. Para um mesmo solo, depende essencialmente da temperatura e do índice de vazios. Quanto menor for a temperatura, mais viscosa ficará a água, e em consequência, mais fácil será seu escoamento pelos vazios do solo.

  • Analisando as afirmativas separadamente, tem-se que:

     

    - A alternativa A está correta. O solo consiste na camada superficial da Terra, oriundo dos processos de intemperismo e decomposição das rochas. Ele é formado por uma fase sólida, composta de matéria orgânica e inorgânica; uma fase líquida, associada à água ou outra solução presente no solo; e uma fase gasosa, correspondente aos gases no solo.

     

    - A alternativa B está correta. O esforço cortante, também chamado de esforço cisalhante ou cisalhamento, trata-se de um esforço com a tendência de cortar a seção transversal. Visto isso, tem-se que a resistência ao cisalhamento de uma amostra de solo é a máxima tensão de cisalhamento que ele pode suportar sem romper.

     

    O ensaio de cisalhamento direto trata-se do ensaio realizado com o objetivo de determinar a resistência ao cisalhamento do solo. O ensaio é feito submetendo uma amostra de solo a uma tensão normal constante e, na sequência, aplicando uma tensão cisalhante crescente, em um dado plano de inclinação, até que o solo rompa por cisalhamento. Como resultados, o ensaio fornece uma correlação entre a tensão cisalhante a tensão normal, a coesão do solo (força de atração entre os átomos e moléculas que resiste que o solo rompa) e o ângulo de atrito (ângulo máximo que a força transmitida ao solo pode fazer com a força normal à superfície de contato, sem que haja o cisalhamento do solo no plano de ruptura).

     

    - A alternativa C está incorreta. A permeabilidade trata-se de uma propriedade que mensura a facilidade do escoamento de fluidos em seu interior, através de seus poros. Nesse contexto, de acordo com a lei de Darcy, tem-se que:




    Em que Q é a vazão; k a condutividade hidráulica (também chamada de constante de permeabilidade); i o gradiente hidráulico, igual ao quociente entre a carga hidráulica (h) e a altura da amostra (L); e A a área da seção transversal da amostra.

     

    Nesse contexto, a viscosidade consiste numa propriedade que mede a resistência de um fluido ao escoamento. Visto isso, a alternativa C está errada pois, quanto maior a viscosidade, mais difícil é o escoamento.

     

    - A alternativa D está correta. Os ensaios de consistência de solos são responsáveis pela determinação dos limites de Atterberg, também chamados de limites de consistência. Tais limites constituem valores importantíssimos para caracterizar o estado físico de solos.

     

    Os limites de consistência são representados pelos limites de liquidez, de plasticidade e de contratação. Nesse contexto, o Limite de Plasticidade (LP) constitui o teor de umidade percentual em que o solo deixa de ter estado plástico e passa e assume o estado semissólido. Na prática, o LP corresponde à umidade para o qual o solo passa a se quebrar em pequenos pedaços, quando enrolados em cilindros de 3 mm de diâmetro.

     

    Portanto, a alternativa C apresenta uma afirmação errada e deve ser assinalada.

     

    Gabarito do Professor: Letra C.

  • C

    O coeficiente de permeabilidade da lei de Darcy varia para diferentes solos. Para um mesmo solo, depende essencialmente da temperatura e do índice de vazios. Quanto menor for a temperatura, mais viscosa ficará a água, e em consequência, mais fácil será seu escoamento pelos vazios do solo.

    MAIS VISCOSO = mais DIFICIL de escoar