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Questões de Sociologia Jurídica


ID
213097
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Na perspectiva da sociologia jurídica,

Alternativas
Comentários
  • LETRA B - CORRETA

    O DIREITO NO SENTIDO SOCIOLOGICO É UM FATO SOCIAL, E COMO TAL SUA ORIGEM NÃO ESTÁ NA DIVINDADE, NEM NA RAZÃO, NEM NA CONSCIENCIA COLETIVA DOS POVOS, TAMPOUCO NO ESTADO, MAS NA PRÓPRIA SOCIEDADE E NAS INTER-RELAÇÕES SOCIAIS.

    FONTE: PROGRAMA DE SOCIOLOGIA JURÍDICA DO SERGIO CAVALIERI FILHO

  • Segundo a Sociologia Jurídica, o Direito desempenha função de ordenar as relações humanas, estabelecendo pârametros para um adequado quadro social.

  • Em resumo:

    A Sociologia jurídica se ocupa do direito como fato social, buscando captar a realidade jurídica e projetar-se com relação a causas e princípios verificáveis.

    De modo geral, a sociologia jurídica não visa à norma jurídica como tal, mas sim à sua eficácia ou efetividade, no plano do fato social. (REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 20).

    A sociologia jurídica, que não é senão a sociologia mesma, que tem por objeto o estudo da experiência jurídica, mostra-nos como os homens se comportam em confronto com as regras de direito. Ela é a ciência compreensiva da experiência jurídica, enquanto a ciência jurídica é a ciência compreensivo-normativa dessa mesma experiência. Ela se desenvolve com o estudo da conduta jurídica, enquanto conduta social.

    Uma definição de sociologia do direito. A sociologia jurídica ou sociologia do direito é disciplina científica que investiga, por meio de métodos e técnicas de pesquisa empírica, o fenômeno social jurídico em correlação com a realidade social. (SOUTO, Cláudio e SOUTO, Solange. Sociologia do direito: uma visão substantiva. 2. ed. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris editor, 1997. p. 36).


ID
213100
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

No Brasil, a inclusão da sociologia jurídica em currículos de cursos de nível superior derivou da necessidade de reflexão crítica sobre o direito e as instituições jurídicas. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que a sociologia jurídica

Alternativas
Comentários
  • Portaria  n. 1886, de 30 de dezembro de 1994. 


ID
213103
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A sociologia jurídica surgiu devido

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E) ao descompasso entre direitos assegurados e pratica concreta de atores sociais. 

    temos que ter em vista o direito era uma grande desordem de regras e a sociologia juridica veio para o estudar e para aprimora-lo de acordo com a sociedade.

  • A verdade é que qualquer estudo téorico, seja qual for a ciência, via de regra nasce de problemas práticos. Basta lembrarmos q a própria sociologia nasceu dos conflitos da rev. industrial. Por isso a alternativa E seria a mais correta do que a D          

  • GABARITO E 


    “entende-se por Sociologia Jurídica na obra weberiana o estudo do comportamento dos indivíduos frente às normas vigentes e à determinação do grau em que se verifica a orientação dos homens por esse conjunto de leis (ordem legítima). A tarefa sociológica na seara do Direito atém-se a investigar, no plano da realidade, do acontecer fático, o que sucede no comportamento das pessoas que se submetem a um ordenamento e de que maneira verifica-se sua orientação segundo esta ordem legítima. Como bem interpreta e assinala Julien Freund (2000, p. 178), a Sociologia Jurídica "[...] tem por objeto compreender o comportamento significativo dos membros de um grupamento quanto às leis em vigor e determinar o sentido da crença em sua validade ou na ordem que elas estabeleceram. Procura, pois, apreender até que ponto as regras de direito são observadas, e como os indivíduos orientam de acordo com elas a sua conduta"FREUND, J. 2000. Sociologia de Max Weber. 5ª ed. Rio de Janeiro : Forense Universitária.”  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782006000200012


ID
213106
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Uma das dificuldades epistemológicas referentes à sociologia jurídica é a ausência de definições claras, objetivas e consensuais. Essa dificuldade ocorre porque

Alternativas
Comentários
  • Há um pluralismo jurídico e modelos de interlegalidades que nele se fundamentam. Isso traz dificuldades referentes a definições claras, objetivas e consensuais. É difícil configurar a visão interna (dogmática) e sociológica (externa). Mesclar as duas visões é um desafio ao Direito. Há aqueles que defendem que sempre a sociologia do direito será contextual e que o fenômeno jurídico é melhor compreendido através de uma análise externa. O que é o pluralismo político a que nos referimos? É a multiplicidade das fontes produtoras de direito: As normas podem ser produzidas pela União, estados, municípios e DF.

    Fonte: Estratégia Concursos.

  • Essa análise sobre pluralismo jurídico e interlegalidades é reconhecida na obra do renomado autor português Boaventura de Sousa Santos, citado e analisado no seguinte artigo:

     

    "A interlegalidade é a dimensão fenomenológica do pluralismo jurídico. Trata-se de um processo altamente dinâmico porque os diferentes espaços jurídicos não são sincrónicos e, por isso, também as misturas de códigos de escala, de projeção ou de simbolização são sempre desiguais e instáveis.

    Os conceitos de pluralismo jurídico e de interlegalidade propostos por Boaventura de Sousa Santos aqui enunciados são, segundo Cotterrell (2001: xx) os conceitos “chave” de uma visão pós-moderna de direito, entendido como uma visão de diferentes espaços jurídicos sobrepostos, interpenetrados e misturados na nossa cabeça, bem como nas nossas ações. Estes conceitos apontam, em síntese, para objetos teóricos cuja investigação empírica requer instrumentos analíticos complexos.

    O pluralismo permite ao investigador levar em conta as demandas epistemológicas enquanto a complexidade é a única maneira de representar sistematicamente um fenómeno que é complexo, isto é, irredutível a um modelo capaz de prever com certeza o seu comportamento. Aplicar esses dois postulados aos estudos da sociologia do direito permite renovar as perspetivas, deixando-se de raciocinar em termos disciplinares e ministrando-se o estudo de um campo de maneira realmente interdisciplinar (Arnaud, 2002: 242)."

    Fonte: João António Fernandes Pedroso - "Acesso ao Direito e à Justiça: um direito fundamental em (des)construção. O caso do acesso ao direito e à justiça da família e das crianças" - Orientador: Prof. Doutor Boaventura de Sousa Santos - Universidade de Coimbra - 2011 - https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/22583/1/Tese_Joao%20Pedroso.pdf

  • GABARITO C

    há um pluralismo jurídico e modelos de interlegalidades que nele se fundamentam.

  • Nem todos os sociólogos estão de acordo com a abordagem do pluralismo jurídico e da interlegalidade (SABADELL, 2017, p. 126 e ss.). Além do que, falta de clareza sobre o objeto de estudos é muitas vezes gerada por deficiência no campo da pesquisa exploratória e da constituição do paradigma. Mais uma porcaria de questão CESPE

ID
213109
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Os objetos de estudo da sociologia jurídica incluem

Alternativas
Comentários
  • Dentre outros objetivos da Sociologia Jurídica, destaca-se a compreensão do funcionamento do quadro social, o que inexoravelmente abarca a compreensão e explicação da própria ciência do Direito como fato social.

    Desta forma, a alternativa C é a correta.

  • Na minha opiniao a questao esta pacifica de anulaçao, ja que na C F, esta contido o jus naturalismo, o que deixaria a alternatica D e E correta. os conceitos nao estao la especificados, mais o  tratamento das normas e costumes estao contidas na esfera constitucional de maneira geral.

  • GABARITO D

    as formas com que o direito opera socialmente e a explicação sociológica do direito.


ID
213133
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A produção de conhecimentos sociológicos e antropológicos acerca da realidade do sistema e dos ritos judiciários esbarra na dificuldade de se obter a colaboração dos magistrados. Com base nessas informações, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra "C" é a correta.


ID
213136
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O Judiciário no Brasil tem sido frequentemente associado à ideia de lentidão, acessibilidade restrita e custo excessivo para o cidadão. Nesse sentido, os juizados especiais orientam-se por alguns princípios, baseados na Lei n.º 9.099/1995, destacando-se

Alternativas
Comentários
  • CORRETA letra E!

    Art. 12 lei 9099/95: Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.

     

    Ao contrário dos juizados, no processo comum, os atos, como regra geral, só podem ser praticados até as 20hs (art. 172 CPC). Nos JEC´S não existem as limitações previstas no CPC sobre o assunto quando se darão os atos processuais, os quais poderão ser realizados durante as 24h do dia, inclusive nos finais de semana; tudo para privilegiar o princípio da celeridade.

     

    fonte: Juizados Especiais Cíveis e Criminais - Rita Borges Monteiro

  • Resposta E
     

    Lei 9.099/95
    Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.

  • GABARITO: letra E

    Sobre as custas, é bom lembrar que a gratuidade nos Juizados aplica-se apenas ao primeiro grau. Para recorrer, é preciso constituir advogado e há custas a pagar, a menos que o recorrente seja beneficiário de Assistência Judiciária Gratuita (AJG).

    Portanto, a gratuidade nos Juizados não é absoluta. Trata-se de uma semigratuidade.


ID
213154
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Entre os programas e ações do Conselho Nacional de Justiça, destaca-se a advocacia voluntária, que visa prestar assistência jurídica tanto aos presos quanto aos seus familiares. Devido à situação carcerária do Brasil, esse programa tem como objetivo

Alternativas
Comentários
  • correta letra E

    Em sua breve existência, o CNJ desenvolve vários programas e projetos, além das famigeradas metas exigidas dos juízes e tribunais. Em síntese, o CNJ atualmente desenvolve as seguintes ações:

    I - ACESSO À JUSTIÇA-

    a) Advocacia Voluntária - Esse programa visa prestar assistência jurídica gratuita tanto aos presos que não têm condições de pagar um advogado quanto aos seus familiares. A importância da Advocacia Voluntária é agilizar os processos da Justiça e garantir a aplicação do direito a toda a população, sobretudo à mais pobre

    A orientação foi instituída pela Resolução nº 62 do CNJ, pela qual os tribunais estaduais, diretamente ou mediante convênio de cooperação celebrado com a Defensoria Pública da União e dos Estados, devem implementar meios de cadastramento, preferencialmente informatizados, de advogados voluntários interessados na prestação de assistência jurídica.

    http://www.gerivaldoneiva.com/2011/08/origem-e-descaminhos-do-conselho.html

  • Essas provas para sociólogo parecem provas de vestibular... Extremamente abstratas, tendenciosas e, por vezes, até ideológicas.

  • Garantir o direito pautado na constituição aos menos favorecidos.

    GAB: E


ID
834706
Banca
PUC-PR
Órgão
DPE-PR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

É comum à abordagem da Sociologia Jurídica a apresentação de duas tradições na análise da relação entre direito e sociedade, a do consenso ou equilíbrio, apoiada em Durkheim, e a tradição do conflito, de orientação marxista. Alguns autores, como José Eduardo Faria, destacam a importância da visão do direito como um problema de decibilidade normativa de conflitos que superaria essa dicotomia. Considere as afirmativas acerca dessas três abordagens da Sociologia Jurídica:

I. A teoria do consenso encara a ordem como a dominação bem-sucedida da elite.

II. A teoria do consenso baseia-se no fato de que o direito, centrado na lei, é fenômeno social imparcial e neutro.

III. A teoria do conflito vê a ordem como efeito de um acordo sobre os valores sociais e os antagonismos como risco à estabilidade.

IV. A teoria do conflito compreende a ordem como a dominação bem-sucedida da elite.

V. A decibilidade normativa de conflitos concebe a necessidade de a justiça operar como uma ciência social, encarregada de vincular fatos e valores em sínteses temporárias das tensões sociais.

VI. A decibilidade normativa de conflitos permite compreender o direito como ciência formal das normas e, portanto, como fenômeno puramente lógico.

É correto o que se afirma APENAS em:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    I. A teoria do consenso encara a ordem como a dominação bem-sucedida da elite. ERRADO

    II. A teoria do consenso baseia-se no fato de que o direito, centrado na lei, é fenômeno social imparcial e neutro. ERRADO

    III. A teoria do conflito vê a ordem como efeito de um acordo sobre os valores sociais e os antagonismos como risco à estabilidade. ERRADO

    IV. A teoria do conflito compreende a ordem como a dominação bem-sucedida da elite. CERTO

    V. A decibilidade normativa de conflitos concebe a necessidade de a justiça operar como uma ciência social, encarregada de vincular fatos e valores em sínteses temporárias das tensões sociais. CERTO

    VI. A decibilidade normativa de conflitos permite compreender o direito como ciência formal das normas e, portanto, como fenômeno puramente lógico. ERRADO

  • Por que a segunda afirmação está errada?


ID
1085398
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-AC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Considerando a relação entre direito, comunicação social e opinião pública no contexto brasileiro atual, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADA. EM REGRA, DA DIVULGAÇÃO DE NOTÍCIAS PELA MÍDIA, NO QUE TANGE À CRIMINALIDADE, NÃO PRESERVA A IMAGEM DOS INVESTIGADOS, ISTO É, VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, POIS AS PESSOAS SÃO CONDENADAS E ROTULADAS COMO CRIMINOSAS SEM TEREM O DIREITO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL, AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA.




  • b) Não existe sistema de controle externo da mídia na esfera federal. A atividade de atribuição de classificação indicativa - realizado  no âmbito do MJ - não se confunde com controle da expressão jornalística, que tem gozado de ampla proteção pelos tribunais pátrios. Exemplo disso é o reconhecimento, pelo STF, da possibilidade de críticas ácidas e vorazes a pessoas públicas  sem que seja reconhecido qualquer direito reparatório quando ausente intuito diverso da expressão, crítica e informação. Vale conferir o inteiro teor do voto do Min. Celso de Mello publicado no Inf. 750. Bons estudos!

  • Os números de índices de criminalidade no Brasil estão entre os maiores do mundo. Não é culpa da divulgação. Divulga-se o que existe.
  • De que gibi, revista, jornal, folheto, pasquim, novela ou artigo foi retirada essa questão?

  • a) A divulgação de notícias pela mídia evidencia o total respeito dos meios de comunicação ao princípio da presunção de inocência, mediante a preservação da imagem de pessoas acusadas de crimes. = nem sempre é o que vemos no dia a dia, pois, muitas vezes, os veículo de informação tacham suspeitos como criminosos

    b) Existe, na esfera federal, um sistema de controle externo da mídia, cuja função é garantir a preservação dos princípios jurídicos fundamentais na divulgação das notícias. = (???) acho que o erro está por inexistir tal norma

    c) O destaque conferido pelos meios de comunicação de massa a notícias sobre atividades criminosas fomenta o sentimento de insegurança da população, o que afeta a credibilidade do sistema de justiça criminal do país.

    d) O conceito de opinião pública, entendido como a média das opiniões privadas dos cidadãos, confunde-se com o de opinião publicada. = opinião pública não é a média, mas a opinião de um grupo, ainda que minoritário/além disso, nem sempre a opinião se confunde com a publicada, como, por exemplo, um grupo de jornalistas que necessita publicar uma matéria jornalística contrária à ideologia de todos.

    e) A construção da opinião pública dispensa processos de comunicação horizontais, democráticos = nem sempre dispensa, pois pode-se haver uma construção horizontal de uma opinião pública, como, por exemplo, o acesso de todos, igualmente, à propaganda eleitoral.


ID
1427503
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Por ocasião de um grande evento nacional, muitos jovens criticaram a organização desse evento nas redes sociais e, por fim, também nessas redes, combinaram manifestações de rua em grandes cidades do Brasil. Durante essas manifestações, houve depredação de prédios públicos sem que se identificasse quem teria causado os prejuízos, mas ainda assim as forças de segurança pública detiveram alguns jovens e feriram outros tantos. A mídia realizou ampla cobertura, inclusive da ação das forças de repressão.

Com referência a essa situação hipotética e tendo por base o conceito de grupos sociais, julgue o item abaixo.

Grupos que não tenham liderança organizada não podem ser considerados grupos sociais. Dessa forma, os problemas ocorridos nas citadas manifestações enquadram-se no conceito de turba e os que nelas cometeram infrações deverão ser responsabilizados individualmente.

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe dizer onde está o erro? Seria porque não é enquadrado no conceito de "turba"?

  • Acredito que o erro está na definição de grupo social. Para a sociologia este seria uma coletividade identificável e não possui, necessariamente, uma liderança organizada. Basta que se identifique como um grupo e os demais assim os identifiquem. 

  • Turba: Multidão desordenada, geralmente com a intenção de fazer justiça com as próprias mãos.

    Fonte Dicionario Informal

  • Multidão

    Um grupo de pessoas observando um incêndio e uma reunião de foliões que se encontram na rua para brincar o carnaval são exemplos de multidão. No carnaval do Recife, por exemplo, o blocoGalo da Madrugada consegue juntar mais de 1 milhão de pessoas em seus desfiles. 


    Segundo o pensador russo Mikhail Bakhtin, o carnaval transgride as hierarquias da ordem social estabelecida e permite às pessoas inverter seus papéis sociais rotineiros. Assim, um trabalhador pobre pode se transformar em príncipe, conde ou pirata por três dias e um homem se travesti r de mulher. Essa inversão de papéis revela a intenção de quebrar a rotina do trabalho obrigatório e criar uma realidade de alegria e expansão dos sentidos. É para isso que a multidão se reúne em agregados sociais, como os blocos de carnaval. Na foto, desfile do Galo da Madrugada, tradicional bloco carnavalesco de Pernambuco. Recife, Pernambuco, fevereiro de 1995.

    Principais características da multidão:

    ·falta de organização - apesar de contar, eventualmente, com um líder, a multidão não conta com um conjunto próprio de normas; seus membros não ocupam posições definidas no agregado;

    anonimato - os componentes da multidão são anônimos, pois, ao se integrarem à multidão, seu nome, sua profissão ou posição social não são levados em conta, não têm importância alguma no agregado;objetivos comuns - os interesses, as emoções e os atos são coletivos numa multidão;indiferenciação - não há espaço para as diferenças individuais se manifestarem, o que torna iguais seus integrantes;proximidade física - seus componentes ficam próximos uns dos outros, mantendo contato direto e temporário.

    A multidão pode assumir uma forma pacífica ou violenta. Nesse caso, ela é chamada de turba.


  • Análise da questão:

    Para a Sociologia, grupo social é toda reunião mais ou menos estável de duas ou mais pessoas associadas pela interação. Devido à interação social, os grupos têm de manter alguma forma de organização, no sentido de realizar ações conjuntas de interesse comum a todos os seus membros.

    Os grupos sociais apresentam normas, hábitos e costumes próprios, divisão de funções e posições sociais definidas. Como exemplos podemos apontar a família, a escola, a Igreja, o clube, a nação, dentre outros.

    As principais características dos grupos sociais são:

    1) pluralidade de indivíduos - grupo dá ideia de algo coletivo: há sempre mais de uma pessoa no grupo; 2) interação social- para que haja grupo, é preciso que os indivíduos interajam uns com os outros em seu interior; 3) organização - todo grupo, para funcionar bem, precisa de uma certa ordem interna; 4) objetividade e exterioridade - os grupos sociais são superiores e exteriores ao indivíduo, isto é, quando uma pessoa entra no grupo, ele já existe; quando sai, ele continua a existir; 5) conteúdo intencional ou objetivo comum - os membros de um grupo unem-se em torno de certos princípios ou valores para atingir um objetivo comum; quando uma parte deles coloca em dúvida algum desses princípios, o grupo se desagrega ou sofre divisões; 6) consciência grupal ou sentimento de "nós" são as maneiras de pensar, sentir e agir próprias do grupo; existe um sentimento mais ou menos forte de compartilhamento de uma série de ideias, pensamentos e modos de agir; 7) continuidade - as interações passageiras não chegam a formar grupos sociais estáveis; para isso, é necessário que as interações tenham certa duração, como acontece, por exemplo, com a família, a escola, a Igreja etc.; mas há grupos de duração efêmera, que aparecem e desaparecem com facilidade, como os mutirões para a construção de casas populares.

    Por outro lado, Turba é um tipo de multidão que assume a forma violenta. Um grupo de pessoas observando um incêndio e uma reunião de foliões que se encontram na rua para brincar o carnaval são exemplos de multidão.

    A multidão ativa é também denominada de turba ou turbamulta e pode ser caracterizada pela existência de um alvo ou objetivo para o qual se canaliza a ação, que, em geral, é agressiva e destrutiva.

    As principais características das multidões são: 1) falta de organização; 2) anonimato; 3) objetivos comuns; 4) indiferenciação; 5) proximidade física.

    O caso hipotético narrado, portanto, não se enquadra no conceito de turba, o que torna a assertiva falsa. 
     
    Fonte: Richard Osborne, dicionário de sociologia.

    Gabarito: ERRADO
  • O professor trouxe os conceitos de multidão e turba, mas deixou de apontar qual o erro do item. Talvez o "X" da questão seja o conceito de grupos sociais e resolver se uma manifestação pública, como narrada, seria um grupo social e, ainda, se para configurar um grupo social é necessário uma liderança organizada. Penso que o erro esteja no seguinte excerto: "Grupos que não tenham liderança organizada não podem ser considerados grupos sociais". Avalio que um grupo social prescinda de uma liderança organizada, porque grupo social não é organização social.

     

    Avante!!!

  • Ao meu ver, o equívoco da questão assim se justifica (e o comentário do professor, então, não estaria correto):

    (1) Grupos que não tenham liderança organizada não podem ser considerados grupos sociais. Correto.

    "Maria Glória Gohn (2014) define as características de um movimento social: possui liderança, base (...)" (https://www.sabedoriapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/movimentos-sociais/).

    (2) Dessa forma, os problemas ocorridos nas citadas manifestações enquadram-se no conceito de turba. Correto.

    Turba, literalmente, significa multidão em Latim (https://pt.wikipedia.org/wiki/Turba_(cristianismo)). Multidão se caracteriza por um grupo de indivíduos que possuem um motivo comum entre si e se encontram em um mesmo espaço físico. Uma multidão pode se formar espontaneamente, sem necessidade de comunicação prévia dos sujeitos, e não possui necessariamente uma liderança ou uma hierarquia definida. Não há organização ou normas preestabelecidas, o indivíduo conta apenas com o próprio julgamento na mediação de suas ações. Os indivíduos são anônimos, pois seu nome e posição social não são levados em conta em sua integração à multidão e, por isso, são indiferentes, não sendo possível manifestar diferenças individuais de cada sujeito (https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/agregados-sociais.htm).

    (3) (...) e os que nelas cometeram infrações deverão ser responsabilizados individualmente. Errado.

    Negritei acima a ideia de que não faz sentido selecionar individualidades em uma multidão. Lembremos, por exemplo, que "(...) todos os que participam de um linchamento devem responder pelo mesmo crime, ainda que não participem diretamente da sua execução, mas por apoiarem moralmente o executor direta da infração penal" (http://blogcienciaspenais.blogspot.com/2014/05/linchamento-uma-multidao-delinquente.html). Assim, não serão responsabilizados individualmente. Serão responsabilizados por atuar como multidão e "(...) a maior ou menor participação de cada um será objeto da instrução criminal e, por conseguinte, no cálculo da pena aplicada".

    Mas não se enganem, eu errei essa questão na época e só depois de muita pesquisa aqui consegui achar alguma luz. Ao meu ver, difícil de resolver (tanto que o comentário do professor saiu "de qualquer jeito").

  • O erro da questão está em afirmar que um grupo social precisa de liderança. O que se exige a união, formal ou informal de indivíduos, que interagem entre si:

    "Na Sociologia, considera-se que os grupos sociais existem quando em determinado conjunto de pessoas há relações estáveis, em razão de objetivos e interesses comuns, assim como sentimentos de identidade grupal desenvolvidos através do contato contínuo."

  • Grupos que não tenham liderança organizada. Acredito que o erro está aqui, pois eles eram uma liderança organizada...

ID
1427512
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Quanto à sociologia jurídica, julgue o  item  subsequente.

Sob o ponto de vista da teoria marxista, a ideologia pode ser compreendida como uma falsa representação. De acordo com esse entendimento, a ideologia jurídica pode ser um instrumento de dominação exercido pelo Poder Judiciário em relação aos seus jurisdicionados.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que a primeira frase está correta: 

    Nesse sentido, a ideologia pode ser definida como um "sistema de representações que servem para sustentar relações existentes de dominação de classes através da orientação das pessoas para o passado em vez de para o futuro, ou para imagens e ideais que escondem as relações de classe e desviam da busca coletiva de mudança social". 


    O erro está em dizer que a ideologia jurídica é um instrumento de dominação exercido pelo Poder Judiciário. A ideologia jurídica é utilizada pela classe dominante para manter a sua posição privilegiada na sociedade. Um pouco sobre o tema: 

     "Luis Alberto Warat enumerou alguns pontos centrais da ideologia jurídica dominante:

    - A ordem jurídica nos fornece segurança.

    - O direito positivo é a garantia da paz social.

    - O direito é árbitro neutro nas disputas entre os homens.

    - É legítima a utilização da força física pelo Estado (transformação da força em legalidade, da dominação em dever).

    - A obrigação de obedecer às leis deriva de um valor universal de justiça.

    - A sanção jurídica tem finalidades éticas."


    Fonte: http://www.arcos.org.br/livros/introducao-ao-direito/v-ideologia-e-direito

    Errada. 



  • A primeira parte da assertiva está correta. Grande parte das concepções de Marx sobre o conceito de ideologia pode ser extraída da obra “a ideologia alemã”. Nela, Marx aponta a ideologia como uma espécie de alienação, como “falsas representações”. Nesse sentido: “até o presente os homens sempre fizeram falsas representações sobre si mesmos. […] Os produtos de sua cabeça acabaram por se impor à sua própria cabeça” (Marx, 1979, p. 17).

    Conforme Flávio Pompeo (2008), a ideologia é vista como parte do terreno da super-estrutura.  Dessa forma, as ideologias, que são falsas representações do mundo, são decorrências de contradições fundamentadas nas condições materiais da sociedade.

    A ideologia começa a surgir com a divisão do trabalho social, que traça distinção entre o trabalho manual e o trabalho intelectual.

    Segundo o próprio Marx, “a produção de idéias, de representações, da consciência, está, de início, diretamente entrelaçada com a atividade material e com o intercâmbio material dos homens, como a linguagem da vida real” (Marx, 1979, p. 36).

    E continua, mais a frente: “se, em toda a ideologia, os homens e suas relações aparecem invertidos como numa câmara escura, tal fenômeno decorre de seu processo de vida” (Marx, 1979, p. 37).

    O equívoco da assertiva reside em atrelar à teoria marxista a crença de que o Poder Judiciário utiliza da ideologia como instrumento de dominação. Apesar de ser plausível e aceitável, dentro de algumas interpretações marxistas, considerar o direito como um instrumento de dominação utilizado e manipulado pelas classes dominantes nas sociedades capitalistas contemporâneas, dentro de uma concepção marxista seria incorreto afirmar que é o próprio Poder Judiciário que exerce a dominação em relação aos seus jurisdicionados.   

    FONTE:

    MARX, Karl e Friedrich Engels. A ideologia alemã. 2a ed. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1979.

    POMPÊO, Flávio Sposto. Sobre a ideologia. 2008. Disponível em: <http://www.consciencia.org/sobre-a-ideologia>. Acesso em: 04 dez. 2015.


  • Concordo com Memuara S.: é a segunda parte da questão que está errada. A dominação não acontece do Judiciário sobre os jurisdicionados como se os juízes fossem uma classe social em si (o que não é verdade, porque o Direito e suas decorrências não integram a infraestrutura); a dominação por meio da jurisdição é instrumental para a manutenção do poder da burguesia (que também compõe o conjunto de "jurisdicionados") sobre o proletariado. Passei o olho rápido pelo enunciado e errei a questão.

  • O eixo sociologia/filosofia/direitos humanos praticado nas provas da DPU é, ao meu ver, muito difícil. As questões rendem um debate acadêmico e comportam múltiplas possibilidades de reflexão. Não deveriam estar, assim, em uma prova objetiva. Começando pelo fim, ou seja, pela minha justificativa para o gabarito, acho que o fundamento é jurídico-dogmático: o Poder Judiciário possui personalidade distinta da personalidade de seus membros. Logo, não poderia exercer dominação em relação aos seus juridicionados.

    A justificativa é fraca, eu sei, sobretudo de ponto de vista "marxista". Passo, pois, as razões pelas quais discordo do gabarito.

    Sob a perspectiva marxista, ou ao menos pelo que entendo ser "perspectiva marxista" (existe só uma?), acho correta a seguinte passagem: "a ideologia jurídica pode ser um instrumento de dominação exercido pelo Poder Judiciário em relação aos seus jurisdicionados.

    Afinal, que uma boa alma me corrija, acho que é mais ou menos comum entre marxistas considerar que: (1) (1.1.) A ideologia projeta, no domínio dos valores e normas sociais, a dominação exercitada pela classe detentora dos meios de produção (e, de antemão, lembro que atualmente essa ideia de produção não se circunscreve ao espaço empresarial-laboral, abraçando também o espaço da comunidade, família, etc - Boaventura de Souza Santos). (1.2.) Sentimos a influência da ideologia em nossas vidas quando recebemos a informação de que nossas possibilidades de desenvolmento pessoal e interação social - em tese infinitas, sob o paradigma da modernidade - são limitadas por um catálogo de valores, normas e sanções que cumpre a função de legitimar a dominação exercitada pela classe detentora dos meios de produção. (2) O funcionamento das instituições estatais é orientado pela ideologia, motivo pelo qual "um primeiro aspecto a ser abordado numa crítica da ideologia jurídica é seu objeto ou ponto de partida das interpretações e distorções: a lei" (http://www.unicamp.br/cemarx/ANAIS%20IV%20COLOQUIO/comunica%E7%F5es/GT2/gt2m2c4.pdf).

    Nesse contexto, não podemos mesmo considerar que "a ideologia jurídica pode ser um instrumento de dominação exercido pelo Poder Judiciário em relação aos seus jurisdicionados"?

    Situação concreta: tratamento aprovado pela ANVISA. Fornecimento obrigatório no âmbito da saúde suplementar (ANS). Não aprovado pelo CONITEC (logo, não incorporado aos protocolos de tratamento do SUS). Uma dentre algumas teses defendidas pelo Poder Judiciário. O médico credenciado pelo SUS é livre para prescrever o melhor tratamento para o usuário do SUS, mas o fornecimento deste tratamento somente irá ocorrer mediante tutela judicial se comprovado que as alternativas fornecidas pelo SUS não são satisfatórias. Pesquisem no google sobre "cidadãos de segunda classe". E aí, será que está errada a assertiva? Daí eu ter dito que considero o eixo sociologia/filosofia/direitos humanos da DPU muito difícil.

  • Pífio reduzir a noção de ideologia a luta de classe, ou dizer que só existe ideologia burguesa. O próprio conceito de ideologia de Marx é retirado da fenomenologia de Hegel que trata sobre a dialética do senhor e do escravo. Na ideologia alemã faz-se uma critica à filósofos alemães, inclusive da esquerda hegeliana. A noção de luta de classe só nasce numa terceira fase, com a publicação d'O Capital'. Dizer que o Poder Judiciário não pode construir um discurso ideológico-jurídico para pacificar, fazer acatar, admitir uma certa noção de justiça ou de prestação jurisdicional, ou seja criar uma falsa realidade, um arcabouço simbólico que não se confunde simplesmente com o discurso burguês, mas o traduz em linguagem jurídica é ficar na superficialidade e no mesmo modelo copiar colar. Se é para cobrar filosofia assim, melhor não cobrar, já temos muitas coisas para decorar.PS: Verifiquei no dicionário do pensamento marxista ao menos 4 abordagens para o termo, sendo que essa cobrada é atribuída a outros interpretes como Gramsci.

  • Questão bem polêmica. A crítica dos possíveis modelos que partem de premissas marxistas permitem afirmar, sem dúvida alguma, que o Poder Judiciário faz parte de uma burguesia (regra). Pachukanis é um exemplo disso e permite uma leitura no sentido de compreender o enunciado como correto, visto que para P. o fim do modelo capitalista está relacionado ao fim do próprio direito.
  • Teorias aplicáveis a marcianos, que desconsideram a cobiça humana que continua existindo ainda mais perniciosamente em sistemas marxistas são tidas como pensamento respeitável e discutidas aqui como se não fossem pura balela. É a filosofia dos derrotados.

ID
1427515
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Quanto à sociologia jurídica, julgue o  item  subsequente.

A afirmação de que, no funcionamento da sociedade, o conflito é permanente, pois a interação social é sempre conflituosa, é uma premissa sociológica. Por meio dela, considera-se que o direito não é capaz de resolver conflitos, já que estes não desaparecem do contexto social e podem, ainda, provocar novas situações conflituosas.

Alternativas
Comentários
  • "Hoje é possível interpretar diferentemente a função de resolução dos conflitos. Parte-se da premissa de que na sociedade o conflito é permanente, isto é, que a interação social é inerentemente conflituosa. É preciso, então, admitir que o direito não resolve os conflitos (no sentido funcionalista, fazendo o conflito desaparecer do contexto social). A única coisa a que o direito pode aspirar é dar um tratamento jurídico aos possíveis conflitos de interesses antagônicos. Exerce uma função de tratamento de conflitos declarados. O direito oferece ou impõe regras, isto é, modelos de comportamento inerentes à decisão que o conflito sugere e às modalidades segundo as quais essa decisão pode ser adotada." (A Sociologia Jurídica e o Conceito Sociológico do Direito - LUZIA GOMES DA SILVA) (http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=4930&idAreaSel=1&seeArt=yes)

  • O professor Sergio Cavalieri ensina que "a observância da norma previne muitas ocorrências, mas o conflito, lamentavelmente , é inevitável ... " (programa de sociologia jurídica 11ª edição pág 17).

    Portanto, uma das funções do direito e compor conflitos, mas não pode excluí-los da sociedade.  Bons estudos!

  • Eu errei essa questão na época. Se eu encontrar um sociólogo para afirmar o contrário, o gabarito está errado?

    A sacada para ganhar a questão é - acho - o candidato conseguir ler essa questão de maneira lacônica.

     

    A afirmação de que, no funcionamento da sociedade, o conflito é permanente, pois a interação social é sempre conflituosa, é uma (dentre algumas possíveis) premissa sociológica. Por meio dela (dessa premissa, em espécie), considera-se que o direito não é capaz de resolver conflitos, já que estes não desaparecem do contexto social e podem, ainda, provocar novas situações conflituosas.

     

    Portanto, não precisaria eu encontrar um sociólogo para desmentir a assertiva (eu tenho alguns, para constar). Apenas um professor de português de cursinho para me ensinar a apostar certo, quando eu tiver que decidir se, para o CESPE, "uma" é numeral ou artigo.

    Quem tiver interesse em debater o eixo sociologia jurídica, deixei comentário também nas questões Q475832 Q475835.

  • li "considera-se que o direito não é capaz de resolver conflitos" já achei que tava errado, ainda não entendi porque tá certo

  • A sociologia compreende que o conflito é uma das formas de associações possíveis na sociedade. É inerente às relações humanas e constituem as condições sociais nas quais estamos envolvidos. Algumas escolas o compreendem como um problema, outras, como parte de seu desenvolvimento, seu próprio leitmotiv que conecta todas as relações.

    Karl Marx identificou no conflito de classes o próprio motor da História humana, a disputa incessante entre dominantes e dominados que caracteriza cada período com sua peculiaridade. A afirmação está no Manifesto Comunista, escrito em parceira com Freidrich Engels: "A história de toda a humanidade até aqui é a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, burgueses de corporação e oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma luta ininterrupta, ora oculta ora aberta, uma luta que de cada vez acabou por uma reconfiguração revolucionária de toda a sociedade ou pelo declínio comum das classes em luta."
    Durkheim, quem desenvolveu o conceito de Fato Social, observava a sociedade como um todo que deveria funcionar em harmonia e evitar o conflito. O período observado por Durkheim foi repleto de atribulações políticas e sociais e isso influenciou suas perguntas e questões sociológicas. Durkheim identificava a anomia como um risco para a sociedade, a perda de sentido, de regras e objetivos enquanto fim para os indivíduos inseridos no todo social. Para este autor, o conflito é parte da sociedade, mas não deve levar à perda de sentido social e coletivo. Outros dois conceitos deste autor que nos ajuda a entender sua preocupação são os de solidariedade mecânica e solideriedade orgânica, sendo o primeiro referente à sociedades nas quais todos os indivíduos desempenham funções iguais e o segundo referente às sociedades complexas onde funções diferentes exigem dos indivíduos uma relação de interdependência funcional. O perfeito funcionamento destas solidariedades identificaria sociedades equilibradas e com baixo nível de conflito.
    Para Georg Simmel, o conflito é uma das formas de "sociação". Simmel se opunha a Durkheim no sentido de ser a sociedade um todo que se impõe sobre o indivíduo. Para este autor, a soceidade somente existe no momento em que as pessoas se relacionam, por isso utilizava o conceito de "sociação", identificando nele as diversas formas de contato possíveis, incluindo o conflito. Para Simmel, o conflito não é necessariamente negativo, mas uma sociação capaz de produzir avanços e acomodações mais complexas nas relações coletivas. "Admite-se que o conflito produza ou modifique grupos de interesse, uniões, organizações [...] é uma forma de sociação."
    Sendo o Direito e as Leis parte orgânica da sociedade, no sentido de que são pensamento e manifestação nascidos das idiossincracias de uma dada sociedade, não estão eles acima ou imunes aos conflitos. Apesar disso, compreende-se, na lógica jurídica, que o conflito deve ser superado em busca do "bem comum", um conceito que tenta indicar uma harmonia social sob o respeito de leis isonômicas com intenção teleológica. O tribunal seria um dos locais para a solução dos conflitos e imposição do "bem comum", mas embora suas decisões sejam capazes de apaziguar ou amenizar alguma tensão social que produz conflito, isso não significa o seu fim, nem mesmo em uma específica decisão, tendo em vista que uma decisão pode ser o motivo de um novo conflito.
    A afirmação está CERTA.

ID
1427518
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Quanto à sociologia jurídica, julgue o  item  subsequente.

No que se refere à ideia de direito como ciência, o formalismo jurídico, que surgiu no século XIX e serviu para constituir a ciência jurídica, teve seus fundamentos a partir da ciência empírica da realidade social, ou seja, da sociologia.

Alternativas
Comentários
  • Análise da questão:

    A banca considerou a assertiva supracitada como correta, ao realçar que o formalismo jurídico tem relação direta com a sociologia. Entretanto, discordo do posicionamento adotado.

    Justificativa:

    Na verdade, a “ciência empírica da realidade social", ou a sociologia, é ignorada quando a questão diz respeito à corrente denominada de “formalismo jurídico".

    Conforme lição de Karl Larenz, (1997, p. 29) o formalismo jurídico “constitui a definitiva alienação da ciência jurídica em face da realidade social, política e moral do Direito".

    No mesmo sentido, segundo Posner (2010), o formalismo significa a negação do componente político-ideológico e de políticas do direito. Ele, o formalismo, retrata o direito como um sistema de normas e decisões judiciais como resultado de dedução, com a norma aplicável fornecendo a premissa maior do silogismo e os fatos do caso específico sua premissa maior.

    Nesse sentido, para os formalistas, o direito é uma disciplina autônoma, isolada. Há uma distância em relação à sociologia e não uma aproximação.

    Fontes:

    LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 3ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.
    POSNER, Richard. Direito, pragmatismo e democracia. Rio de Janeiro: Forense, 2010. 299 p.

    Gabarito: CERTO

  • Pediria anulação da mesma, visto que há uma marginalização simultânea, um antagonismo entre o formalismo jurídico e a sociologia.

  • Questão com gabarito equivocado, nos fundamentos do comentário do professor. A banca saltou de uma afirmação aceita - a de que a origem do formalismo tem relação com o movimento cientificista vigente na época, buscando constituir uma ciência jurídica - para a partir disso establecer uma conclusão incorreta, ligando essa conformação científica-empírica com a suposta aproximação com a sociologia (que também seria uma ciência social empírica). Como dito, o formalismo jurídico nasceu num contexto de repúdio às influências jusnaturlistas éticas de um lado, e das jusrealistas sociológicas e históricas de outro. A assertiva é incorreta e o gabarito está equivocado.

  • Concordo com o gabarito. Mas, como falei em outras questões, considero o eixo sociologia/filosofia/direitos humanos o mais difícil da DPU.

    SANTOS, Boaventura de Souza. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência.

    "A separação entre sujeito e objecto do conhecimento é, assim, feita  de cumplicidades não reconhecidas. Isso explica porque é que, nas ciências sociais, a distinção epistemológica entre sujeito e objecto teve de se articular metodologicamente  com a distância empírica entre sujeito e objecto. (...) Na sociologia, (...) a distinção epistemológica obrigou a que esta distância fosse aumentada através do uso de metodologias de distanciamento: por exemplo, os métodos quantitativos, o inquérito sociologico, a análise documental e a entrevista estruturada. (...). Foi isso mesmo que Durkheim quis salientar como base da sociologia, ao afirmar que os factos sociais são coisas, devendo ser analisados enquanto tais. Esta desumanização do objecto foi crucial para consolidar uma concepção do conhecimento instrumental e regulatória, cuja forma do saber a conquista do caos pela ordem" (p. 82-83).

    "A ordem que se buscava era, desde o início e simultaneamente, a ordem da natureza e a ordem da sociedade. (...). O direito moderno passou, assim, a constituir um racionalizador de segunda ordem da vida social, um substituto da cientifização da sociedade, o ersatz que mais se aproximava - pelo menos no momento - da plena cientifização da sociedade que só poderia ser fruto da própria ciência moderna. (...). A cientificização do direito moderno envolveu também a sua estatização, já que a prevalência política da ordem sobre o caos foi atribuída ao Estado Moderno, pelo menos transitoriamente, enquanto a ciência e a tecnologia a não pudessem assegurar por si mesmos". (p. 120).


ID
1586059
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2013
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Leia o texto a seguir.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.

                                    Artigo XV

1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.

2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

                                                (Disponível em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/ legis_intern/ddh_bib_inter_
                                                                                                             universal.htm. Acesso em 12.05.2013)


Entende-se por direito à nacionalidade:


Alternativas
Comentários
  • Letra A

  • Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais...

    Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

     

  • Mais uma com gabarito errado, gabarito oficial da Vunesp diz que é letra A.

  • No gabarito oficial da Vunesp essa questão foi anulada.

  • No direito, nacionalidade é o vínculo jurídico de direito público interno entre uma pessoa e um Estado.[1] A nacionalidade pressupõe que a pessoa tenha determinados direitos frente ao Estado de que é nacional, como o direito de residir e trabalhar no território do Estado, os direitos de votar e de ser votado (estes, conhecidos como de cidadania), o direito de não ser expulso ou extraditado e o direito à proteção do Estado (inclusive a proteção diplomática e a assistência consular, quando o nacional se encontra no exterior), dentre outros.


ID
1586890
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em dezembro de 2008, foram celebrados, em quase todos os países, os 60 anos da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela ONU, que afirma, logo em seu artigo 1.º, a dignidade do ser humano. Podemos concluir, em relação aos Direitos Humanos, que são aplicáveis:

Alternativas
Comentários
  • Letra C


ID
1682053
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Segundo as análises de Michel Foucault em seu livro Vigiar e punir, a necessidade de uma classificação paralela dos crimes e dos castigos, assim como a necessidade de uma individualização das penas em conformidade com as características singulares de cada criminoso são elementos que se referem

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    1. Fases da Vingança Penal  (Antiguidade até a idade moderna)

    a) Vingança Privada: "Olho por olho, dente por dente".
    b) Vingança Divina: "A repressão ao crime é satisfação dos deuses".

    c) Vingança Pública: "Crimes ao Estado, à sociedade".
    2. Período Humanitário: "O homem deve conhecer a justiça".(Sec. XVIII)

    3. Período Cientifico ou Criminológico: ("A justiça deve conhecer o homem".

    3.1 – O Determinismo: "Para cada fato, há razões que o determinaram".

    3.2 – "Os Evangelistas": LombrosoFerri e Garófalo.


    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/932/evolucao-historica-do-direito-penal#ixzz3pmNQwYVi



  •  c) reforma humanista do Direito penal, no século XVIII.

    Para Foucault encontrar para determinado crime o castigo correspondente “importa construir pares de representação de valores opostos, estabelecer um jogo de sinais-obstáculos que possam submeter o movimento das forças a uma relação de poder”.Partindo desse “jogo de sinais-obstáculos”, esses devem constituem o novo arsenal das penas. Porém, para que sejam eficazes algumas condições devem ser obedecidas. Tais condições são apresentadas por Foucault durante todo o Capitulo, sendo elas em resumo: 1) ser tão pouco arbitrários quanto possível; 2) correspondência com à mecânica das forças; 3) utilidade de uma modalidade temporal; 4) pena como mecânica dos sinais, dos interesses e da duração; 5) economia da publicidade da pena; e 6) inversão do tradicional discurso do crime. Ainda, vale lembrar que a prisão é prevista como uma entre outras penas possíveis. A prisão é estabelecida, além de forma de manter o acusado detido até o julgamento, como castigo específico para certos delitos, sobretudo os que atentem contra a liberdade.

     

  • No século seguinte ao suplício, vemos o regulamento da Casa dos Jovens Detentos de Paris, na qual a única tortura parece ser a chatice: tantos minutos para se vestir, outros tantos para descansar, horários rígidos de trabalho e de refeições. A pergunta que Foucault tenta responder no livro de 1975 é: por quê? O que levou o sistema jurídico do Ocidente (em especial o da França, caso estudado detidamente na obra) a deixar de lado a tortura e a execução públicas e preferir as prisões, supostamente visando a "corrigir" os criminosos?

    A resposta que Vigiar e Punir dá a essa pergunta é complexa, mas pode-se dizer que ela depende de todas as principais transformações da sociedade francesa entre os séculos 17 e 19. Nesse período, muita coisa mudou. O poder absoluto dos reis acabou dando lugar a uma república "moderna", assim como ocorreu em outros lugares do planeta, os quais, aliás, seguiram o exemplo francês. Mas, paradoxalmente, o poder do governo para controlar a vida dos cidadãos não necessariamente ficou menor, apenas mudou de forma, argumenta o filósofo - e o "nascimento da prisão", como diz o subtítulo original da obra, é parte importante dessa metamorfose.

    Trexos de Reinaldo José Lopes.

  • Considerando que a justiça penal é irregular e lacunosa, o objetivo da reforma humanista não se tratava de fundar um novo direito de punir baseado em princípios mais equitativos. Tratava-se de estabelecer uma nova economia do poder de castigar, para que, assim, o poder de punir não ficasse concentrado em alguns pontos privilegiados, nem partilhados demais em instâncias que se opunham. Não se prentendia, portanto, punir menos, mas punir melhor. O ato de punir deslocou-se da vingança do soberano à defesa, e o infrator passou a ser considerado o inimigo comum. A sançao deveria punir exatamente o suficiente para impedir que o delito se repita. Sendo assim, não é meramente uma questão de consideração à humanidade que modificou os dispositivos de punição, mas de harmonização entre as penas e os delitos. (fonte: material MEGE)

  • ndo as análises de Michel Foucault em seu livro Vigiar e punir, a necessidade de uma classificação paralela dos crimes e dos castigos, assim como a necessidade de uma individualização das penas em conformidade com as características singulares de cada criminoso são elementos que se referem

    No século seguinte ao suplício, vemos o regulamento da Casa dos Jovens Detentos de Paris, na qual a única tortura parece ser a chatice: tantos minutos para se vestir, outros tantos para descansar, horários rígidos de trabalho e de refeições. A pergunta que Foucault tenta responder no livro de 1975 é: por quê? O que levou o sistema jurídico do Ocidente (em especial o da França, caso estudado detidamente na obra) a deixar de lado a tortura e a execução públicas e preferir as prisões, supostamente visando a "corrigir" os criminosos?

    A resposta que Vigiar e Punir dá a essa pergunta é complexa, mas pode-se dizer que ela depende de todas as principais transformações da sociedade francesa entre os séculos 17 e 19. Nesse período, muita coisa mudou. O poder absoluto dos reis acabou dando lugar a uma república "moderna", assim como ocorreu em outros lugares do planeta, os quais, aliás, seguiram o exemplo francês. Mas, paradoxalmente, o poder do governo para controlar a vida dos cidadãos não necessariamente ficou menor, apenas mudou de forma, argumenta o filósofo - e o "nascimento da prisão", como diz o subtítulo original da obra, é parte importante dessa metamorfose.

    Trexos de Reinaldo José Lopes.

  • É interessante perceber que o que motivou o Focault a escrever "Vigiar e Punir" foi tentar entender por que a sociedade ocidental deixou de lado a tortura e os castigos públicos (suplícios) e os substituiu pelas prisões.

     

    O Focault salienta a tentativa em correlação do crime cometido com a pena aplicada. Observem um exemplo interessante, no livro "Os Miseráveis", do francês Victor Hugo, um homem recebe como pena 20 anos de prisão por roubar um pedaço de pão p/ saciar sua fome.

     

    De fato, a correlação entre o crime cometido e a pena aplicada já é um avanço enorme, porque a punição deixa de aparentar ser uma vingança ou uma arbitrariedade.

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

     

  • GABARITO LETRA “C”

    Foucault, nesse trecho do livro, explica o que ele chama de “Regra da especificação ideal”.

    Essa é uma das regras nas quais repousa a denominada “humanização das penas”.

    Nesse contexto, ele trata da individualização da pena. O tema resolve o seguinte problema: “como aplicar leis fixas a indivíduos singulares?” (FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir nascimento da prisão. 14º. ed. tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis Vozes 1996, p. 91). O próprio Foucault esclarece: “Vemos aí ao mesmo tempo a necessidade de uma classificação paralela dos crimes e dos castigos e a necessidade de uma individualização das penas, em conformidade com as características singulares de cada criminoso. Essa individualização vai representar um peso muito grande em toda a história do direito penal moderno; aí está sua fundamentação; sem dúvida em termos de teoria do direito e do acordo com as exigências da prática cotidiana, ela está em oposição radical com o princípio da codificação; mas do ponto de vista de uma economia do poder de punir, e das técnicas através das quais se pretende pôr em circulação, em todo o corpo social, sinais de punição exatamente ajustados, sem excessos nem lacunas, sem "gasto" inútil de poder mas sem timidez, vê-se bem que a codificação do sistema delitos-castigos e a modulação do par criminoso-punição vão a par e se chamam um ao outro. A individualização aparece como o objetivo derradeiro de um código bem adaptado” (FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir nascimento da prisão. 14º. ed. tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis Vozes 1996, p. 90).

  • MICHEL FOUCAULT

     

    - Vigiar e punir

     

     

    -  PAN-OPTISMO,  tornozeleiras eletrônicas

     

     

    -  Direito penal, no século XVIII. 18

     

     

    -   sanção normalizadora

     

     

    Q800745

     

    Com fundamento no ensinamento de Michel Foucault sobre panoptismo, é correto afirmar:

     

     

    O monitoramento eletrônico de presos, via colocação de tornozeleiras eletrônicas com SIM Cards, é exemplo de panoptismo, cuja função de vigilância é exercida com auxílio de um software de georrastreamento. 

     

    No mesmo livro, porém, Foucault já demonstrava ceticismo em relação às prisões, criadas na virada do século XVIII para o XIX a partir de um novo modelo de punição, não mais constituído por sessões públicas de tortura mas por mecanismos de dominação dos criminosos em espaços fechados, regulados pela disciplina e pelo olhar “panóptico”, que tudo vê.

     

     E fazia um diagnóstico que deitava por terra a propalada missão de regeneração dos estabelecimentos penais: “As prisões não diminuem a taxa de criminalidade: pode-se aumentá-las, multiplicá-las ou transformá-las, a quantidade de crimes e de criminosos permanece estável, ou, ainda pior, aumenta (...) a prisão, consequentemente, em vez de devolver à liberdade indivíduos corrigidos, espalha na população delinquentes perigosos”.

     

    O que é o Sistema Panóptico? O panóptico é uma estrutura arquitetônica resultado de uma ideologia política e uma estrutura política de expressão arquitetônica. Maravilhou pensadores importantes do século XVIII, como Jeremy Bentham. As estruturas panópticas são aquelas que permitem a um observador (detentor de poder) observar e consequentemente vigiar alguem sob sua "supervisão". A imagem clássica do panóptico é a das cadeias circulares com uma torre de observação no centro, como na primeira imagem acima, o que garante ao observador a visão de todos os presos, não permitindo a estes saber quando estão sendo observados ou não. O efeito mais importante do panóptico é induzir no observado (no detento, no caso de uma prisão, p. ex.) um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder. Trata-se de fazer com que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo se é descontínua em sua ação; que a perfeição do poder tenda a tornar inútil a atualidade do seu exercício

     

     

     

  • FCC é a pior banca para elaborar questão de Criminologia. (Os assuntos são TODOS referentes a história)

  • Fiquei indeciso entre a A e a C, mas não marquei a C por causa do "humanista", já que segundo Foucault essa reforma não teve nada a ver com uma suposta "humanização" da pena.

  • Fala-se em Reforma Humanista, pois houve a troca das torturas e suplícios pela pena de prisão, sob o fundamento da humanização das penas.

    Observe que, apesar de se dizer Humanista, tal reforma não tinha apenas o intuito de humanizar as penas por si só.

    Segundo Foucault, existia o interesse de tornar a pena algo mais econômico, mais eficaz e abrangente, ou seja, generalizar a pena, para que se pudesse facilmente aplicar a todo corpo social.

    Além de generalizar a aplicação da pena, a reforma preocupou-se em legitimar as penas, logo, qualquer pena deveria ter um fundamento legal. As leis deveriam ser claras e precisas e passíveis de conhecimento por todos.

    Assim, ninguém poderia se furtar a sua aplicação.

    Nesse contexto, a questão fala sobre a Regra da Especificação Ideal, em que se defende a codificação dos delitos e das penas, em um código exaustivo e explícito.

    Além da codificação dos delitos e da penas, pugna-se pela individualização. Individualizar a pena é uma forma de torná-la mais econômica, "sem gasto inútil", perfeitamente ajustada ao infrator.

    De início, parece contraditório querer generalizar a pena através da codificação ("codificação do sistema delitos-castigos") e, posteriormente, individualizá-la ("modulação do par criminoso-punição").

    Mas, segundo foucault," A individualização aparece como o objetivo derradeiro de um código bem adaptado” .

    Por fim, observa-se que tal modelo de pena é usado ainda hoje, inclusive no Direito Penal brasileiro, em que temos princípios como a Reserva Legal, Legalidade, Individualização da pena, etc.


ID
1808050
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito da sociologia jurídica e da antropologia jurídica, julgue o próximo item.

Entre os autores que aportaram contribuições significativas à sociologia jurídica, destaca-se o sociólogo francês Pierre Bourdieu, que forneceu elementos teóricos para a análise do discurso jurídico como exercício do poder simbólico.


Alternativas
Comentários
  • Achei o seguinte:

    Deste modo, o que observa Bourdieu é que o efeito ideológico existente nos discursos dominantes “consiste precisamente na imposição de sistemas de classificação políticos sob a aparência legítima de taxinomias filosóficas, religiosas, jurídicas, etc.” (BOURDIEU, 1989, p. 14)

    Assim, o poder simbólico se mostra como “poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e fazer crer, de confirmar ou de transformar a visão de mundo, e deste modo, a ação sobre o mundo” (BOURDIEU, 1989, p. 14). O que significa que o poder simbólico não reside em algum sistema simbólico e sim na relação entre aqueles “que exercem o poder e os que lhe estão sujeitos”. (BOURDIEU, 1989, p. 14)

    Como explica:

    O que faz o poder das palavras e das palavras da ordem, poder de manter a ordem ou de a subverter é a crença na legitimidade das palavras e daquele que as pronuncia, crença cuja produção não é da competência das palavras.

    poder simbólico, poder subordinado, é uma forma transformada, quer dizer, irreconhecível, transfigurada e legitimada, das outras formas de poder. (BOURDIEU, 1989, p. 15- grifo meu)


ID
1808053
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito da sociologia jurídica e da antropologia jurídica, julgue o próximo item.

Na ciência do direito, assim como nas ciências naturais, as leis têm característica prescritiva.


Alternativas
Comentários
  • "A Ciência do Direito, classificada entre as disciplinas jurídicas fundamentais, constitui um conjunto ordenado e sistemático de princípios e regras que tem por tarefa definir e sistematizar o ordenamento jurídico (Direito positivo ou direito posto, vale dizer, produzido pelo Estado) que o Estado impõe à sociedade e apontar solução para os problemas ligados à sua interpretação e aplicação.

    Seu objeto é o Direito positivo (ou direito posto), mas considerado o Direito positivo de um Estado determinado, num dado momento histórico-cultural, ou como direito em certo ponto do espaço-tempo, com suas peculiaridades histórico-sócio-culturais."

     

    SILVA, Ronaldo Sérgio Moreira da. A ciência do Direito. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 11, n. 1256, 9 dez. 2006. Disponível em: . Acesso em: 13 jun. 2017.

  • As leis da ciência jurídica prescrevem (determinam, impõem) as condutas humanas. Por isso, a ciência jurídica é uma ciência prescritiva (de como o mundo DEVE SER). Há análise valorativa do mundo.

    Diferentemente, as leis das ciências naturais apenas descrevem e explicam os fatos, as relações causais. Não há juízo de valor, não há certo ou errado. Tratam-se, portanto, de ciências descritivas (de como o mundo é).

  • Gabarito: ERRADO

    A questão versa sobre a distinção entre a ciência do direito e as ciências naturais. Assim, podemos dizer que a ciência jurídica é uma ciência prescritiva, ou seja, de como o mundo DEVE SER. Há análise valorativa do mundo. Segundo Kelsen, o dever-ser é produto de uma vontade. 

    De modo diferente, as leis das ciências naturais apenas descrevem e explicam os fatos, as relações causais. Tratam-se, portanto, de ciências descritivas, ou seja, de como o mundo é.

  • Ciência do direito = é a lei, a norma escrita

    Ciências naturais = é o direito da "rua", é o respeitar a fila, é a gentileza para um idoso sentar no ônibus (mesmo nos locais em que não é obrigatório), é a entrega do troco mesmo quando você nota que recebeu a mais. Aqui, pouco importa a lei.

    Logo, a lei, para ambos, possui DIFERENÇA.

    GAB: E.


ID
1808059
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito da sociologia jurídica e da antropologia jurídica, julgue o próximo item.

Uma das principais contribuições da antropologia jurídica aos estudos do direito consiste em demonstrar que os costumes, mais que as leis positivas, animam as relações sociais.


Alternativas
Comentários
  • Antropologia do Direito ou legal: estudo do homem enquanto “ser normativo”, ou seja, a utilidade e eficiência das regras de conduta a partir do conjunto de mecanismos culturais que cada grupo estabelece para sobreviver.

    SMR RUMO À DEFENSORIA

  • GABARITO: certo

    A despeito de serem fonte secundária do Direito, os costumes, na verdade, têm importância muito proeminente nas relações sociais efetivas. A lei (lato sensu) é a principal fonte do Direito Brasileiro. Por isso, a LINDB (DL 4.657/1942) tem a seguinte disposição, que consagra os costumes como fonte supletiva, aplicável unicamente quando ausente norma escrita:

    Art. 4º  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

    Existem leis que “não pegam”, isto é, que acabam sendo generalizadamente descumpridas ou desconhecidas. Mas isso não acontece com os costumes. Afinal, para adquirirem o status de costumes, os procedimentos devem, primeiro, ser amplamente conhecidos e aplicados, de modo que aplicabilidade geral (e voluntária) é da própria definição de costumes.

    Com o tempo, porém, os costumes podem ser abandonados ou substituídos por outros, ou mesmo consagrados em lei positiva.


ID
1808062
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito da sociologia jurídica e da antropologia jurídica, julgue o próximo item.

Conforme Niklas Luhmann, um dos mais importantes pensadores no campo da sociologia jurídica, o sistema social é uma conexão dotada de sentido de ações que se referem umas às outras e foram delimitadas nos confrontos de um ambiente.


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Comentários
  •  apontado como um dos principais autores das teorias sociais do século XX, deixando uma obra com mais de 14.000 páginas.

    Durante sua carreira acadêmica, Luhmann também abordou em seus estudos a política, as artes, economia, religião e os sistemas comunicacionais

    Adepto de uma teoria particularmente própria do pensamento sistêmico, Luhmann investiga os sistemas sociais e se apropria de um conceito da Biologia desenvolvido pelo pesquisador Humberto Maturana, juntamente com Francisco Varela, a autopoiese, que consistia na “auto reprodução de uma espécie”

    portanto as ações que se referem umas às outras e foram delimitadas nos confrontos de um ambiente. é correta.

  • MAS, ISSO VOCÊ JÁ SABE NO MOMENTO QUE RESPONDE A QUESTÃO!

  • KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  • KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  • ele deve ter falado, pois muitas pessoas não são assinantes... e entra aqui só para ver a resposta!!!

  • Gabarito: CERTO

    A autopoiese foi utilizada no campo do direito pela teoria dos sistemas para resolver o fundamental problema de delimitar externamente um sistema nos confrontos do seu ambiente, sem excluir a própria capacidade de introduzir ao seu interno mudanças que assegurem a sua sobrevivência. Em particular, a teoria dos sistemas considera o sistema jurídico apto a gerir as relações entre os próprios elementos com diversos níveis de complexidade do ambiente e da específica normatividade capaz de atingir níveis de generalizações superiores aos dos outros sistemas normativos. Assim, o sistema social é uma conexão dotada de sentido de ações que se referem umas às outras e foram delimitadas nos confrontos de um ambiente.

    Logo, gabarito é CERTO.


ID
1808068
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito das normas jurídicas e suas relações com os sistemas sociais, julgue o item que segue.

A sociologia jurídica, como ciência autônoma, busca compreender as causas sociais das normas jurídicas; os efeitos dessas normas são estudados por outros ramos das ciências humanas.


Alternativas
Comentários
  • GABARITO ERRADO

     

    ASSERTIVA CORRIGIDA ABAIXO:

     

    Sociologia jurídica, como ciência autônoma, busca compreender as causas sociais das normas jurídicas; NÃO SE PODE DIZER QUE os efeitos dessas normas são estudados por outros ramos das ciências humanas, PORQUE NÃO OBSTANTE ADMITIR O ESTUDO POR OUTRAS NORMAS, A SOCIOLOGIA JURÍDICA TAMBÉM ESTUDA OS EFEITOS DAS NORMAS SOCIAIS JURÍDICAS.

     

    VAMOS EM FRENTE!

  • " efeitos dessas normas são estudados por outros ramos das ciências humanas." Se fosse assim não seria tão autônoma quanto diz...

  • GABARITO: ERRADO

    Definição da sociologia jurídica à luz dos ensinamentos de Ana Lucia Sabadell:

    “A sociologia jurídica examina a influência dos fatores sociais sobre o direito e as incidências deste último na sociedade, ou seja, os elementos de interdependência entre o social e o jurídico, realizando uma leitura externa do sistema jurídico.

    Em outras palavras, a sociologia jurídica examina as causas(sociais) e os efeitos(sociais) das normas jurídicas” (SABADELL, 2013, p. 54)

    Portanto, a questão está incorreta, uma vez que afasta da sociologia jurídica os estudos dos efeitos das normas.

    SABADELL, Ana Lucia. Manual de Sociologia Jurídica: introdução a uma leitura externa do direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, 6a Ed. 

  • A Sociologia Jurídica não estuda apenas as causas e os efeitos do fenômeno jurídico, mas também o contexto em que esse fenômeno se desenvolve, aí incluída a pessoa, que é sujeito do Direito.

  • GABARITO: ERRADO

    A sociologia jurídica examina a influencia dos fatores sociais sobre o direito e as incidências deste ultimo na sociedade, ou seja, os elementos de interdependência entre o social e o jurídico, realizando uma leitura externa do sistema jurídico.

    Fonte: https://cmarocha.jusbrasil.com.br/artigos/337509283/introducao-a-sociologia-juridica


ID
1808071
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito das normas jurídicas e suas relações com os sistemas sociais, julgue o item que segue.

Conforme a teoria tridimensional do direito, formulada por Miguel Reale, onde quer que haja um fenômeno jurídico, há, necessariamente, um fato subjacente, um valor e uma regra ou norma, e tais elementos coexistem em uma implicação dinâmica.


Alternativas
Comentários
  • Miguel Reale unifica três concepções unilaterais do direito:

    - o sociologismo jurídico, associado aos fatos e à eficácia do Direito;

    - o moralismo jurídico, associado aos valores e aos fundamentos do Direito; e

    - o normativismo abstrato, associado às normas e à mera vigência do Direito.

    A teoria tríplice remota a autores como Emil Lask, Gustav Radbruch, Roscoe Pound Wilhelm Sauer e Werner Goldschmidt em uma tridimensionalidade jurídica.

    Fonte: Estuda, Seu-Cabra-da-Peste!

     

  • A Teoria Tridimensional do Direito trouxe uma nova visão da realidade jurídica: compreende o direito como sendo  fato, valor e norma.

    Aspecto Fático(FATO): vem a ser o acontecimento social que envolve interesses básicos para o homem e que por isso enquadra-se dentro dos assuntos regulados pela ordem jurídica.Vai ser estudado Sociologia Jurídica.

    Aspecto Axilógico ( VALOR): é o elemento moral do Direito. Vai ser estudado pela Filosofia Jurídica.

    Aspecto Normativao ( NORMA): Direito como ordem ou ordenanção. Consiste no padão de comportamento ou de organização social imposto aos indivíduos, que deve observá-la em determinadas circunstâncias. Vai ser estudado pela Introdução ao Direito.

  • GABARITO: CERTO

    Como marco da Filosofia do Direito latino-americana, a Teoria Tridimensional (como o nome diz) parte do pressuposto de que o fenômeno jurídico deva ser analisado e compreendido sob uma visão que englobe os três aspectos epistemológicos mais utilizados pelos juristas e filósofos ao longo da História: o fato jurídico (a experiência), o valor e a norma propriamente dita. O problema crucial, segundo Reale (2003), é a questão de que o Direito sempre foi visto ou analisado sob enfoque unilateral, ou seja, priorizando-se apenas um dos aspectos supracitados. Critica que no decorrer da Era Contemporânea o Direito ora era restringido às normas outorgadas pelo Estado como pensavam os positivistas na linha de Kelsen ou como fenômeno social, na corrente historicista e sociológica, na qual o fenômeno jurídico era fruto das relações sociais ou do espírito cultural de determinada época.

    Fonte: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-101/o-que-e-a-teoria-tridimensional-do-direito/


ID
1808074
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito das normas jurídicas e suas relações com os sistemas sociais, julgue o item que segue.

As análises de Roberto Kant de Lima, um dos mais conhecidos estudiosos do sistema de justiça criminal no Brasil, orientam-se, fundamentalmente, pela ideia de que as estruturas jurídico-políticas, em sua atuação concreta, oferecem tratamento jurídico igualitário e contribuem efetivamente para a promoção da igualdade e da plena cidadania no Brasil.


Alternativas
Comentários
  • Errado - Assim, é a igualdade jurídica diante da lei e dos tribunais, que vai fornecer a justificativa moral para a desigualdade econômica, política e social na sociedade cujo modelo jurídico-político pode ser representado por um paralelepípedo: a idéia de igualdade diante da lei e dos tribunais justifica a desigualdade de classes nas esferas econômica, política e social, inerente ao mercado. 

  • Então o erro está no "tratamento jurídico igualitário", certo?


ID
1808077
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito das normas jurídicas e suas relações com os sistemas sociais, julgue o item que segue.

Sendo um campo de conhecimento e de prática social dinâmico, o direito se renova à mesma velocidade com que as mudanças sociais ocorrem.


Alternativas
Comentários
  • O direito nunca vai está a par da velocidade das mudanças em sociedades, "sempre um passo atrás" como disse meu professor de processo. O direito só haje depois que o fato social, anomalia, caos na ordem pública ou contra patrimônio se instaura. Por isso a sociedade e consequentemente o fato só irá vir depois, recorrente ainda o fenômeno jurídico

    GAB. ERRADO

  • Ao meu ver, "à mesma velocidade" é diferente de "simultaneamente". O direito pode estar sempre um passo atrás, mas dizer que ele se renova em velocidade inferior é inferir que a distância está se aumentando com o tempo.


ID
1808080
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito da sociologia jurídica contemporânea, julgue o item a seguir.

No Brasil, em decorrência do respeito às diferenças culturais e da existência de uma ordem social consuetudinária, o tema da preservação das sociedades indígenas restringe-se à antropologia indígena e não faz parte das preocupações dos estudos jurídicos.


Alternativas
Comentários
  • Os direitos indígenas e os direitos individuais dos índios são importantes capítulos do Direito brasileiro, com destaques para o assento constitucional (arts. 231 e 232) e para a Lei 6.001/1973 (Estatuto do Índio).


ID
1808083
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito da sociologia jurídica contemporânea, julgue o item a seguir.

O frequente uso desproporcional da força pelos agentes de diversas forças de segurança no Brasil constitui um tema de estudo dos direitos humanos mais relevante no campo da sociologia jurídica no Brasil.


Alternativas
Comentários
  • GABARITO: CERTO

    A seguir, trecho da sinopse "Direitos Humanos", do autor Ricardo Castilho (6. ed. São Paulo: Saraiva, 2018), que aponta um caso de condenação internacional do Brasil pelo uso desproporcional da força pelos agentes de segurança.

    CONDENAÇÃO INÉDITA DO ESTADO BRASILEIRO NA CIDH POR VIOLÊNCIA POLICIAL

    A Corte Interamericana condenou o Brasil pela primeira vez em caso relativo a violência e abuso policial em 16 de fevereiro de 2017.

    Trata-se do caso Favela Nova Brasília vs. Brasil.

    Incursões da polícia na favela em 1994 e 1995 resultaram em 26 mortes, além de estupros.

    O caso foi inicialmente submetido à Comissão por dois motivos principais:

    – falhas e demora na investigação e punição dos responsáveis;

    – notícia de que a investigação, em verdade, se prestou a estigmatizar e revitimizar as vítimas, pois tiveram como foco legitimar o “confronto policial” e o uso da força por meio da responsabilização das vítimas pelo ocorrido, tendo sido lavrados “autos de resistência”, muito comuns nesses casos.

    A Comissão notificou o Brasil em janeiro de 2012 para que adotasse as medidas cabíveis para superação do quadro, em especial para implementar formas de erradicar a violência policial em geral. Nada foi feito, contudo.

    Por essa razão o caso foi submetido à Corte, que condenou o Brasil.


ID
1808086
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A respeito da sociologia jurídica contemporânea, julgue o item a seguir.

Roberto DaMatta destaca a existência, no Brasil, de um universo relacional baseado na família, na vizinhança e no apadrinhamento, que reforça identidades, hierarquias e assimetrias sociais e econômicas e que pode ser resumido na seguinte máxima: “aos inimigos, a lei; aos amigos, tudo". 


Alternativas
Comentários
  • GAB: certo.

    É incerta a autoria dessa frase.

    Atribuem a Maquiavel uma frase parecida: “Aos amigos, os,favores; aos inimigos, a lei”.

    No Brasil, segundo alguns, Getúlio Vargas valia-se dessa locução com alguma frequência: “Aos amigos tudo; aos inimigos, a lei”.

    Muito propaladas também em alguns setores do Judiciário.

    É um bom retrato da cultura de compadrio que sempre caracterizou nosso país.


ID
1808089
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em relação às dificuldades para uma prestação jurisdicional mais efetiva no Brasil, julgue o item seguinte.

É correto afirmar que processo justo, como meio de acesso à justiça, é aquele que realiza uma composição da lide que satisfaça a concepção média da sociedade em torno do justo e que cumpra a contento a meta da paz.


Alternativas
Comentários
  • "que satisfaça a concepção média da sociedade em torno do justo". ERRADO

  • GABARITO: CERTO

    A Justiça (em sentido amplo) tem três vertentes:

    1. A igualdade (justiça em sentido estrito);

    2. A adequação (justiça social ou do bem comum);

    3. A segurança jurídica (ou paz jurídica).


ID
1808092
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em relação às dificuldades para uma prestação jurisdicional mais efetiva no Brasil, julgue o item seguinte.


Uma das alternativas que se observa atualmente no direito para agilizar sua utilização consiste na construção e valorização de outros instrumentos para a solução dos conflitos, que propiciam acesso eficiente, rápido e menos burocrático à justiça.


Alternativas
Comentários
  • Hoje, as alternativas são várias: Juizados Especiais, arbitragem, mediação, conciliação.


ID
1808095
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em relação às dificuldades para uma prestação jurisdicional mais efetiva no Brasil, julgue o item seguinte.

No Brasil, o acesso à justiça, constitucionalmente previsto no capítulo que trata dos direitos e garantias individuais e coletivos, é formulado da seguinte forma: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito".


Alternativas
Comentários
  • Certo, todos tem direito ao acesso a justiça

  • Questões amplas, abertas, incompletas.

    Assim não dá pra ser feliz...

  • Questão questionável.

    Acesso à justiça não é sinônimo de acesso ao Poder Judiciário, tendo em vista a possibilidade de serem adotados métodos alternativos de solução de litígio (arbitragem, mediação, conciliação etc), que inclusive demonstram ser mais eficazes do que a morosidade do Judiciário.

  • GAB: CERTO

    Complementando!

    Fonte:  Ricardo Torques - Estratégia

    Princípio do acesso à justiça 

    Sinônimos = Princípio da inafastabilidade de jurisdição, Princípio da tutela jurisdicional, Princípio da indeclinabilidade

    Esse princípio está consagrado no art. 5º, XXXV, da CF que, ao tratar dos direitos e garantias individuais e coletivos, assegura que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”

    A partir desse inciso, interpreta-se que a todos é assegurada a possibilidade de ingressar judicialmente para evitar lesão ou ameaça de lesão a direito. Como não podemos resolver os problemas “com nossas próprias mãos”, é necessário que haja um órgão que receba poderes para fazê-lo.  

    Por exemplo, se você contratar um serviço, pagar e ele não for executado no prazo e forma combinados, você não poderá, diretamente, forçar o prestador a restituir o valor pago ou tomar-lhe pessoalmente os bens. Justamente por isso, cria-se uma garantia, a de poder se socorrer do Poder Judiciário.


ID
1808098
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em relação às dificuldades para uma prestação jurisdicional mais efetiva no Brasil, julgue o item seguinte.

A ideia de tornar a justiça mais efetiva deve ser entendida como um problema concreto e específico, independentemente da eliminação de eventuais obstáculos à tutela processual dos direitos, como, por exemplo, fatores econômicos, sociais ou políticos.


Alternativas
Comentários
  • Errei e acho que se aplica aos Direitos e Garantias fundamentais, por exemplo, no caso de guerra declarada a pena de morte se aplica. Única forma que achei de entendimento para a questão.

  • A busca por uma Justiça mais efetiva passa, necessariamente, pela eliminação de eventuais obstáculos à tutela processual dos direitos, tais como obstáculos econômicos, sociais ou políticos.

    Com efeito, para alcançar a Justiça, é preciso proporcionar acessibilidade, superando limitações à realização do direito material.

    Dentro dessa linha de raciocínio, entende-se que o direito processual tem natureza meramente instrumental, não podendo sobrepor-se desproporcionalmente ao direito material posto em causa.

  • 1) A ideia de tornar a justiça mais efetiva = CERTO. Justiça efetiva significa efetivar a justiça, ou seja, colocar no plano prática, no campo fático, na vida real, todos os institutos jurídicos (lei, atos normativos, sentenças judiciais)

    2) deve ser entendida como um problema concreto e específico = CERTO. Justiça efetiva é a efetivação da justiça no campo prático, na vida real, ou seja, deve ser visto como um problema concreto e específico, caso a caso, seja na esfera cível, penal, etc., mas especificamente em cada caso.

    3) independentemente da eliminação de eventuais obstáculos à tutela processual dos direitos, como, por exemplo, fatores econômicos, sociais ou políticos. = ERRADO. Para se efetivar a justiça, devem ser eliminados obstáculos que impeçam a produção de seus efeitos.


ID
1808101
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em oposição à perspectiva da dogmática jurídica e da cultura de respeito à lei, desenvolveu-se o que se convencionou chamar de teoria crítica do direito. Acerca dessa interpretação da sociedade e do fenômeno jurídico, julgue o item subsequente.


A cultura de respeito à lei, presente em diversas formas de práticas jurídicas, invoca a aplicação da lei em qualquer caso, a qualquer custo, e fundamenta-se, como regra geral, no argumento da importância da segurança jurídica.


Alternativas
Comentários
  • Essas questões da prova de sociologia da DPU são horríveis, honestamente... Acho que quem quer carreira jurídica pode até ignorá-las en serio.

    NEXT

  • A cultura de respeito à lei, presente em diversas formas de práticas jurídicas, invoca a aplicação da lei em qualquer caso, a qualquer custo, e fundamenta-se, como regra geral, no argumento da importância da segurança jurídica. (?) já vimos que não é bem assim..

  • Quer dizer que fato atípico haverá intervenção do judiciário, meio sem nexo a pergunta......

  • Não é possível que uma questão dessa passou sem impugnação, recurso, etc.


ID
1808110
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Acerca da atuação tradicional das instituições que compõem o chamado Sistema de Justiça Criminal na incorporação do princípio constitucional da igualdade, julgue o item que segue.

A partir do século XIX, polícia e justiça passaram a se preocupar com os limites do exercício do poder do Estado e a defender o exercício da cidadania como eixos fundamentais de sua atuação, com vistas à construção de um efetivo Estado democrático de direito.


Alternativas
Comentários
  • Para quem vive no Brasil, ou pelo menos conhece minimamente a realidade brasileira, essa afirmação soa como uma piada de mal gosto...

    Quero crer que, para errar uma questão como essa, só mesmo por desatenção ao enunciado.

  • Séc. XIX. Estado (Liberal) de Direito. Eixo: preservação da autonomia privada Séc. XX: Estado Social de Direito e, posteriormente, Estado Democrático de Direito. Discordo do gabarito. Parabéns para quem acertou.
  • Justamente! Foi o efeito pós-absolutismo. No absolutismo, havia AMPLO poder, nepotismo, abuso de poder, e as liberdades individuais estavam mitigadas, suspensas, desrespeitadas.

    No século XIX, isso tudo mudou no contexto mundial, com vistas à construção de um Estado Democrático de Direito, baseado na democracia e no respeito à lei.


ID
1808113
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Acerca da atuação tradicional das instituições que compõem o chamado Sistema de Justiça Criminal na incorporação do princípio constitucional da igualdade, julgue o item que segue.

A afirmação constitucional de igualdade de todos perante a lei ocorreu paralelamente à diminuição das desigualdades e ao enfraquecimento da hierarquia em grande parte das interações sociais nos espaços públicos.


Alternativas
Comentários
  • Na verdade, a despeito da disposição constitucional em prol da diminuição das desigualdades, o Brasil segue sendo um dos países mais desiguais do mundo, e a desigualdade social (profissional, econômica, educacional, de sexo, de acesso a serviços públicos, etc.) vem aumentando, embora tenha experimentado um período de redução entre 2003 e 2014.

    A redução das desigualdades sociais e regionais é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, nos termos do inciso III do art. 3º da CF/1988.

    Desde 2016, a desigualdade voltou a crescer, assim como a fome e a miséria. Em 2020, o Brasil voltou a constar no “Mapa da Fome” da ONU (países em que mais de 5% da população estão no nível econômico de pobreza extrema).

    Segundo o IBGE, é considerado em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivalia a aproximadamente R$ 151 por mês em 2019.

    Por força de uma série de políticas sociais implementadas no país desde 2003, o Brasil conseguiu sair do Mapa da Fome em 2014, mas o retrocesso social imposto a partir de 2016 nos fez voltar ao Mapa em 2020.


ID
1808134
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Acerca do papel do Poder Judiciário no sistema político brasileiro, julgue o item subsequente.

O Poder Judiciário é inerentemente passivo e o grau com que ele é invocado para servir como árbitro nos conflitos entre as forças ou instituições políticas depende, além da força dos tribunais, dos padrões da disputa política.


Alternativas
Comentários
  • Correta pois baseado no principio da inercia, o poder judiciario age quando provocado, e de fato os padroes da disputa politicas e as proprias intituições e que vão delimitar a competencia do orgão imcumbido de solucionar a lide.

  • Questãozinha tacanha.

  • Esse termo "além da força dos tribunais", deixa a questão estranha.

  • Afirmação muito estranha e abstrata demais.


ID
1808137
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Acerca do papel do Poder Judiciário no sistema político brasileiro, julgue o item subsequente.

Os tribunais agem em três dimensões de relevância para a ciência política: as dimensões hobbesiana, smithiana e madisoniana, que correspondem, respectivamente, às regras de funcionamento da economia, à relação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e ao monopólio da violência pelo Estado.


Alternativas
Comentários
  • Vou resumir em poucas informações 

    tomas hobbes ==> na sua principal obra "o leviatã" explana sobre a necessidade de ter um governo forte (monopolio da violencia pelo Estado)

    adam smith==> considerado pai do liberalismo economico (economia)

    James Madison==> 4 presidente dos EUA.  Madison acreditava que eram necessários "freios" e "contrapesos" para limitar os poderes de interesses especiais na nova República (o sistema de freios e contra pesos é um sistema de fiscalização entre um poder e outro para preservar a ausencia de hierarquia  - relacoes entre os poderes)


ID
1808143
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O termo judicialização é usado para se referir a questões relevantes do ponto de vista político, social ou moral decididas, em caráter final, pelo Poder Judiciário. A respeito desse assunto, julgue o próximo item.

A luta por direitos (incluindo-se os direitos políticos) deriva de intensa e incansável trajetória de pressões das organizações de caráter social, que disputam os espaços de deliberação pública com os partidos políticos e raramente recorrem aos tribunais com o fim de alcançar os seus objetivos.


Alternativas
Comentários
  • Gabarito: errado.

    A judicialização é justamente a cada vez maior participação do Judiciário nas questões políticas e sociais, por meio de demandas processuais.

    Portanto, o erro da afirmação está no advérbio “raramente”. Na verdade, é “frequentemente”.

  • GABARITO: ERRADO

    Trata-se de um fenômeno mundial por meio do qual importantes questões políticas, sociais e morais são resolvidas pelo Poder Judiciário ao invés de serem solucionadas pelo poder competente, seja este o Executivo ou o Legislativo.

    Fonte: https://samealuz.jusbrasil.com.br/artigos/389418859/o-fenomeno-da-judicializacao-na-sociedade-contemporanea


ID
1808149
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O termo judicialização é usado para se referir a questões relevantes do ponto de vista político, social ou moral decididas, em caráter final, pelo Poder Judiciário. A respeito desse assunto, julgue o próximo item.

A judicialização constitui um fato inelutável, uma circunstância decorrente do desenho institucional vigente, e uma opção política do Poder Judiciário: o modo como os juízes exercem essa competência determina a existência de ativismo judicial.


Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    A assertiva se inspira nos ensinamentos de Barroso.

    “No Brasil, como assinalado, a judicialização decorre, sobretudo, de dois fatores: o modelo de constitucionalização abrangente e analítica adotado; e o sistema de controle de constitucionalidade vigente entre nós, que combina a matriz americana – em que todo juiz e tribunal podem pronunciar a invalidade de uma norma no caso concreto – e a matriz européia, que admite ações diretas ajuizáveis perante a corte constitucional. Nesse segundo caso, a validade constitucional de leis e atos normativos é discutida em tese, perante o Supremo Tribunal Federal, fora de uma situação de litígio. Essa fórmula foi maximizada no sistema brasileiro pela admissão de uma variedade de ações diretas e pela previsão constitucional de amplo direito de propositura. Nesse contexto, a judicialização constitui um fato inelutável, uma circunstância decorrente do desenho institucional vigente, e não uma opção política do Judiciário. Juízes e tribunais, uma vez provocados pela via processual adequada, não têm a alternativa de se pronunciarem ou não sobre a questão. Todavia, o modo como venham a exercer essa competência é que vai determinar a existência ou não de ativismo judicial.” (BARROSO, 2010, p. 07). (grifo)

    Portanto:

    Artigo : Algumas considerações acerca do ativismo judicial

    Bruno de Souza Lopes, Francisco José Gonçalves Karlinski, Tiago Cougo Cardoso do site Âmbito Jurídico.

  • GABARITO: ERRADO

    Trata-se de um fenômeno mundial por meio do qual importantes questões políticas, sociais e morais são resolvidas pelo Poder Judiciário ao invés de serem solucionadas pelo poder competente, seja este o Executivo ou o Legislativo.

    Fonte: https://samealuz.jusbrasil.com.br/artigos/389418859/o-fenomeno-da-judicializacao-na-sociedade-contemporanea


ID
1808152
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O termo judicialização é usado para se referir a questões relevantes do ponto de vista político, social ou moral decididas, em caráter final, pelo Poder Judiciário. A respeito desse assunto, julgue o próximo item.

A atuação expansiva do Poder Judiciário tem recebido, historicamente, críticas de natureza política e ideológica. Segundo uma dessas críticas, a judicialização funcionaria como reação das elites tradicionais à democratização, como um antídoto contra a participação popular e a política majoritária.


Alternativas
Comentários
  • CERTO.

    Mais uma questão extraída do Barroso:

    No entanto, “a jurisdição constitucional e a atuação expansiva do Judiciário têm recebido, historicamente, críticas de natureza política, que questionam sua legitimidade democrática e sua suposta maior eficiência na proteção dos direitos fundamentais”.

    De igual maneira, segundo Barroso, evidenciam-se as críticas de fundo ideológico, que percebem no Judiciário uma instância tradicionalmente conservadora das distribuições de poder e de riqueza na sociedade. Nessa dimensão, então, “a judicialização funcionaria como uma reação das elites tradicionais contra a democratização, um antídoto contra a participação popular e a política majoritária”.

    Artigo: TEM O JUDICIÁRIO LEGITIMAÇÃO DEMOCRÁTICA?

    Autor: Phillip Gil França

    Site: emporiododireito.com.br

  • GABARITO: CERTO

    Trata-se de um fenômeno mundial por meio do qual importantes questões políticas, sociais e morais são resolvidas pelo Poder Judiciário ao invés de serem solucionadas pelo poder competente, seja este o Executivo ou o Legislativo.

    Fonte: https://samealuz.jusbrasil.com.br/artigos/389418859/o-fenomeno-da-judicializacao-na-sociedade-contemporanea


ID
1808155
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O termo judicialização é usado para se referir a questões relevantes do ponto de vista político, social ou moral decididas, em caráter final, pelo Poder Judiciário. A respeito desse assunto, julgue o próximo item.

Judicialização consiste na transferência, para as instituições judiciais, do poder originalmente atribuído a instâncias políticas tradicionais como os partidos, os sindicatos e os movimentos sociais.


Alternativas
Comentários
  • Trata-se de um fenômeno mundial por meio do qual importantes questões políticas, sociais e morais são resolvidas pelo Poder Judiciário ao invés de serem solucionadas pelo poder competente, seja este o Executivo ou o Legislativo.

    Assim, o fenômeno da judicialização significa levar ao conhecimento do Judiciário matéria que não foi resolvida, como deveria, pelo Poder Executivo ou pelo Poder Legislativo.

    Percebam, portanto, que se refere aos demais Poderes e não a partidos, sindicatos ou etc.

  • GABARITO: ERRADO

    Trata-se de um fenômeno mundial por meio do qual importantes questões políticas, sociais e morais são resolvidas pelo Poder Judiciário ao invés de serem solucionadas pelo poder competente, seja este o Executivo ou o Legislativo.

    Fonte: https://samealuz.jusbrasil.com.br/artigos/389418859/o-fenomeno-da-judicializacao-na-sociedade-contemporanea


ID
1808161
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

No Brasil, como em outras partes do mundo, os conflitos são tratados em função de sua natureza: alguns são considerados menores, produto de relações de proximidade (vizinhança, parentesco, afinidade, amizade), outros são classificados no campo jurídico como macrocriminalidades ou crime organizado. Acerca desse assunto, julgue o item a seguir.

Como envolvem situações de convívio cotidiano entre pessoas conhecidas, que se veem, ocasionalmente, atraídas ao sistema criminal, os conflitos de proximidade não são tratados conforme a lógica da punição penal clássica.


Alternativas
Comentários
  • Típica questão 50-50, porque vai depender de o copo estar "meio cheio" ou "meio vazio".

    Pode estar CERTA, se considerarmos que, sim, conflitos de proximidade representam menor potencial lesivo e assim estão inseridos numa lógica distinta daquela da justiça comum - é o caso do JECRIM. Isso, portanto, é verdade: a lógica de punição estatal clássica estaria relativizada, até por conta dos princípios orientadores dos Juizados Criminais.

    Pode estar ERRADA, se considerarmos que, sim, conflitos de proximidade, ainda que representem menor potencial lesivo e estejam dentro da esfera do JECRIM, estão submetidos à lógica penal tida como "clássica", ainda que amenizada e adaptada para um sistema "menos repressor", afinal ainda opera dentro dos ditames tradicionais do Estado (com atuação de agentes policiais, juízes; conformidade a uma lei votada no Congresso, vide lei 9.099).

    NEXT

  • Anotada a posição da Banca. Mas, ao meu ver, a primeira parte está errada ("Como envolvem situações de convívio cotidiano entre pessoas conhecidas, que se veem, ocasionalmente, atraídas ao sistema criminal...") Não necessariamente há convivência cotidiana. É que os conflitos de proximidade surgem quando uma atividade afeta "o seu" ambiente, podendo ser lidas como situações nas quais se misturam problemas de territorialidade, cidadania e execução de políticas públicas. Como exemplo desse tipo de confronto, Melé (2012) cita situações de conflitos por vizinhança não desejada, mobilização pela preservação de uma paisagem, transtornos provocados por barulho de aviões e poluição atmosférica, sendo que a maior parte estão relacionados à mobilização contra projetos implementados pelos atores públicos , mas há também em razão de projetos privados ou mesmo entre diferentes grupos de população, não restringindo aqui se as mobilizações são realizadas por usuários ou produtores. https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/11848/10617/156797
  • Relações de proximidade (vizinhança, parentesco, afinidade, amizade): são aquelas relações tipo briga de vizinhos porque o vizinho colocou o som alto, ou o pai que quer um comportamento X para o filho, ou brigas de casal por quaisquer motivos.

    OBS: aqui, a questão não falou de violência doméstica, mas apenas conflitos tradicionais.

    Esses conflitos, pelo princípio penal da fragmentariedade, não serão tratados pelo Direito Penal, pois esse ramo do Direito só versa sobre violações mais graves (estupro, homicídio, lesão corporal).


ID
2236474
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O processo de justiça é um processo ora de diversificação do diverso, ora de unificação do idêntico. A igualdade entre todos os seres humanos em relação aos direitos fundamentais é o resultado de um processo de gradual eliminação de discriminações e, portanto, de unificação daquilo que ia sendo reconhecido como idêntico: uma natureza comum do homem acima de qualquer diferença de sexo, raça, religião etc.

BOBBIO, N. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

De acordo com o texto, a construção de uma sociedade democrática fundamenta-se em:

Alternativas
Comentários
  • A democracia européia surge em finais do século XVIII, com a revolução francesa animada por filósofos iluministas que resgataram o conceito grego de democracia atualizando-o à realidade da época. Até aquele momento todos os países eram governados por algum monarca absoluto respaldado por algum poder divino, ou seja, igreja. Monarquias divinas permitiam que os senhores que foram capazes de centralizar o poder de uma dada região sobre outros senhores, podiam estabelecer grandes poderes. Na frança, em seu período de imperialismo mais esplendoroso, Luis XV, o "rei-sol", costumava dizer: "o Estado sou eu"; seu filho, Luis XVI, teve a cabeça guilhotinada durante a Revolução enquanto o povo dizia, "o Estado somos nós". A democracia, tal qual a conhecemos, pressupõe a concepção de que todos os homens são iguais ao nascerem, ou seja, pertencem à mesma categoria. Resposta, letra B.

    Gabarito do professor: Letra B

  •  

     b) A pertença dos indivíduos à mesma categoria.

  • ''unificação do idêntico'','' igualdade entre todos os seres humanos '', '' unificação daquilo que ia sendo reconhecido como idêntico''. Em outras palavras, configura-se a ideia de mesma categoria dos indivíduos numa sociedade.

    A democracia europeia surge em finais do século XVIII, com a revolução francesa animada por filósofos iluministas que resgataram o conceito grego de democracia atualizando-o à realidade da época. Até aquele momento todos os países eram governados por algum monarca absoluto respaldado por algum poder divino, ou seja, igreja. Monarquias divinas permitiam que os senhores que foram capazes de centralizar o poder de uma dada região sobre outros senhores, podiam estabelecer grandes poderes. Na frança, em seu período de imperialismo mais esplendoroso, Luis XV, o "rei-sol", costumava dizer: "o Estado sou eu"; seu filho, Luis XVI, teve a cabeça guilhotinada durante a Revolução enquanto o povo dizia, "o Estado somos nós". A democracia, tal qual a conhecemos, pressupõe a concepção de que todos os homens são iguais ao nascerem, ou seja, pertencem à mesma categoria. Resposta, letra B.

    Gabarito do professor: Letra B

  • Letra B

    Para que a democracia seja, de fato, para todos os indivíduos de uma determinada sociedade faz=se necessário que a distribuição dos direitos seja feita de forma equânime, ou seja, que todos sejam reconhecidos como iguais.


ID
2497231
Banca
FCC
Órgão
DPE-SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Na obra “O Ordenamento Jurídico”, Santi Romano sustenta que

Alternativas
Comentários
  • O Direito, sustenta Santi Romano, não deve ser considerado como um produto exclusivamente estatal, mas sim como um fenômeno verificável em todas as organizações sociais, as quais, como o próprio Estado, são verdadeiros centros de produção de normas, mesmo que não reconhecidas pelo direito estatal e até mesmo contrária a ele, como organizações criminosas. Para Santi Romano, portanto, onde houver qualquer sociedade haverá, sempre, direito. Não só o Estado, mas qualquer grupo social, é fonte de direito; e se o direito estatal é direito, nem por isso o direito deve ser sempre e necessariamente estatal, abrindo-se espaço para a produção do direito por outras instituições, como as empresas e a Igreja. Logo vê-se que o mesmo está falando de pluralismo jurídico.

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Santi_Romano

     

    Reale (2000, p. 298), ao abordar especificamente as ideias pluralistas de Santi Romano, considerado por ele como o "teórico puro" do pluralismo, assevera que onde quer que se estabeleçam relações sociais de índole estável e permanente, constituindo uma entidade irredutível aos seus membros e superior às mutações dos elementos componentes, aí se deve ver uma instituição, e por conseguinte, um ordenamento jurídico especial.

    Fonte: http://www.editoramagister.com/doutrina_24368824_MONISMO_JURIDICO_VERSUS_PLURALISMO_JURIDICO_UMA_ANALISE_A_LUZ_DO_DIREITO_DO_TRABALHO.aspx

     

  • Santi Romano argumenta que cada instituição é, ela própria, a encarnação do direito que lhe dá forma. Em oposição a correntes que concebiam o mundo social como o ponto de partida para o estabelecimento de normas jurídicas, Romano, acreditava que eram as instituições que traziam em si tais normas, pois somente assim uma norma poderia se estabelecer enquanto regime jurídico. Segundo autor, sobre direito e instituição: "Não se trata de dois fenômenos diferentes que se relacionam, se distinguindo um do outro; trata-se, ao contrário, do mesmo fenômeno." 

    A resposta correta é letra B.
  • E ele chuta e ... é gooool! Acertei na pura sorte


ID
2497234
Banca
FCC
Órgão
DPE-SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A “Teoria do Ordenamento Jurídico”, para Norberto Bobbio, implica que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA “B”

     

    A questão se assemelha à questão Q379345. Depois confira essa outra questão que exigiu conhecimento aproximado, mas, lá, exigindo conhecimento da nomenclatura de Bobbio.

     

    Bem, Bobbio trata do tema em três trechos do livro:

     

    (trecho 1) “Em todo o ordenamento, ao lado das normas de conduta, existe um outro tipo de normas, que costumamos chamar de normas de estrutura ou de competência. São aquelas normas que não prescrevem a conduta que se deve ter ou não ter, mas as condições e os procedimentos através dos quais emanam normas de conduta válidas. Uma norma que prescreve caminhar pela direita é uma norma de conduta; uma norma que prescreve que duas pessoas estão autorizadas a regular seus interesses em certo âmbito mediante normas vinculantes e coativas é uma norma de estrutura, na medida em que não determina uma conduta, mas fixa as condições e os procedimentos para produzir normas válidas de conduta” (BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Tradução Maria Celeste Cordeiro Leite dos Santos; revisão técnica Cláudio de Cicco; apresentação Tercio Sampaio Ferraz Júnior. Brasília: Ed. UnB, 1999, pp. 33-34).

     

    (trecho 2)  “Costuma-se dizer que o ordenamento jurídico regula a própria produção normativa. Existem normas de comportamento ao lado de normas de estrutura. As normas de estrutura podem também ser consideradas como as normas para a produção jurídica: quer dizer, como as normas que regulam os procedimentos de regulamentação jurídica. Elas não regulam o comportamento, mas o modo de regular um comportamento, ou, mais exatamente, o comportamento que elas regulam é o de produzir regras” (BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Tradução Maria Celeste Cordeiro Leite dos Santos; revisão técnica Cláudio de Cicco; apresentação Tercio Sampaio Ferraz Júnior. Brasília: Ed. UnB, 1999, p. 45).

     

    (trecho 3) “Em cada grau normativo encontraremos normas de conduta e normas de estrutura, isto é, normas dirigidas diretamente a regular a conduta das pessoas e normas destinadas a regular a produção de outras normas” (BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Tradução Maria Celeste Cordeiro Leite dos Santos; revisão técnica Cláudio de Cicco; apresentação Tercio Sampaio Ferraz Júnior. Brasília: Ed. UnB, 1999, p. 46).

  • Se nos distanciarmos por um momento do homem singular e considerarmos a sociedade, o melhor, as sociedades, Dos homens, se deixarmos de nos referir à vida do indivíduo e contemplarmos aquela vida complexa, tumultuada e sem interrupção das sociedades humanas, que e a História,  o fenômeno da normatividade nos aparecerá de modo não menos impressionante e ainda mais merecedor da nossa reflexão. a história pode ser imaginado como uma imensa torrente fluvial represada: as barragens são as regras de conduta, religiosas, morais, jurídicas, sociais, que tiveram a corrente das paixões, dos interesses, dos instintos, dentro de certos limites e que permitiram a formação daquelas sociedades estáveis, com as suas instituições e com seus ordenamentos que chamamos de “civilização”. Há,  indubitavelmente, um ponto de vista segundo o qual as civilizações são caracterizadas pelos ordenamentos de regras nas quais as ações dos homens que as criaram estão contidas. A história se apresenta então como um complexo de ordenamentos normativos que sucedem, se sobrepõem, se contrapõem, se integram. estudamos civilização do ponto de vista normativo significa, afinal, perguntar se quais ações foram, naquela determinada sociedade, proibidas, quais e ordenadas, quais permitidas; significa, em outras palavras, descobrir direção ou as direções fundamentais em que se conduzir a vida de cada indivíduo. perguntas do gênero: “Junto a determinado povo, eram permitidos ou proibidos os sacrifícios humanos? Era proibida ou permitida a poligamia, a propriedade dos bens imóveis, a escravidão? (...) são todas perguntas que pressupõem o conhecimento da função que tem o sistema normativo de caracterizar uma determinada sociedade; e não podem ser respondidas senão através do estudo das regras de conduta que moldaram a vida daqueles homens, distinguindo-a da vida de outros homens, pertencentes a outra sociedade inserida em outro sistema normativo.

    (Teoria da Norma Jurídica, Bobbio, Norberto; 2a ed. revista, 2003) https://direitoutp2016.files.wordpress.com/2016/05/teoria-da-norma-jurc3addica-norberto-bobbio.pdf

  • norma de conduta disciplina o comportamento dos indivíduos e dos grupos sociais. Sua estrutura lógica revela um juízo hipotético, prevendo uma situação que pode ocorrer ou não e estabelecendo uma consequência que deve suceder à primeira situação. Pode ser representada pela fórmula: Se A, deve ser B.

    normas de estrutura ou de competência são aquelas normas que não prescrevem a conduta que se deve ter ou não ter, mas as condições e os procedimentos através dos quais emanam normas de conduta válidas. Uma norma que prescreve caminhar pela direita é uma norma de conduta; uma norma que prescreve que duas pessoas estão autorizadas a regular seus interesses em certo âmbito mediante normas vinculantes e coativas é uma norma de estrutura, na medida em que não determina uma conduta, mas fixa as condições e os procedimentos para produzir normas válidas de conduta" (BOBBIO, p. 32-33).

  • GABARITO: B

    A Teoria do Ordenamento Jurídico de Norberto Bobbio é uma obra muito importante no debate jurídico contemporâneo, especialmente no Brasil. Bobbio é considerado um dos grandes positivistas da atualidade. Essa vinculação de Bobbio ao positivismo significa, em síntese, que ele defende:

    1) uma abordagem científica do direito, o que implica – para o positivismo – uma abordagem avalorativa, na qual prioriza-se o aspecto formal e não o material do fenômeno jurídico, sendo este o único caminho para a construção de uma genuína ciência do direito;

    2) uma definição do direito centrada no seu aspecto coativo, como meio de fundamentar o conhecimento jurídico numa base empírica;

    3) a preponderância da legislação sobre as demais fontes do direito (característica do estado liberal);

    4) a norma jurídica como imperativo;

    Fonte: GASPERIN, Antonio Augusto Tams. Síntese comentada à teoria do ordenamento jurídico de Norberto Bobbio. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 10, n. 737, 12 jul. 2005. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/6953. Acesso em: 12 out. 2021.

  • Para Norberto Bobbio, o direito é uma emanação do poder soberano que, através da sua capacidade de uso da força, impõe determinadas regras ao coletivo que governa. O direito, portanto, seria um sistema normativo organizado a partir do soberano e de uma norma fundamental de forma hierárquica com o fim de regular os comportamentos das pessoas e também o modo de produção de regras na sociedade. Estas regras estariam organizadas a partir dessa norma fundamental que executa e produz as normas inferiores até alcançar a conduta dos indivíduos. Por exemplo, a Constituição Federal é um ato executivo em sua formulação e produtor no sentido de organizar e dar sentido ao Código Civil, subordinado à CF dentro do ordenamento jurídico. Por sua vez o CC produz condutas a partir da sua execução. Bobbio apresenta o detalhamento de seu pensamento nessa questão em seu livro "Teoria do Ordenamento Jurídico".

    Resposta, letra B.

    Gabarito do Professor: B

ID
2497237
Banca
FCC
Órgão
DPE-SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Tércio Sampaio Ferraz Jr. afirma que a “jurisprudência romana”

Alternativas
Comentários
  • Jurei que era a B), "ordenava os casos dentro de um sistema prévio de considerações vinculadas", no sentido de positivismo.

    Abraços.

  • "Outra é a concepção de Viehweg. Como Reale, reconhece ele a correlação necessária entre as teorias jurídicas e a práxis jurídica, Tais teorias constituiriam mesmo uma parte do ethos e este resulta do mero costume, da tradição e da moralidade (Rechtsphilosophie ais Grundlagenforschung, p. 524). O pensamento jurídico, que se ocupa com os problemas jurídicos, não seria, neste sentido, exprimível num sistema dedutivo, o que, porém, não significa que "a ele falte todo e qualquer sistema, toda e qualquer articulação significativa, não significando igualmente que a lógica dedutiva seja absolutamente dispensável, mas apenas que o seu acento formal repousaria em outra forma lógica, por exemplo na lógica redutiva" (op. cit., p. 528). (Neste sentido, a crítica de Reale, segundo a qual Viehweg nega cientificidade à Jurisprudência por considerá-la carecedora de unidade sistemática — M. Reale, 07?. cit., p. 136 — mereceria uma fundamentação mais ampla).

    As teorias jurídico-dogmáticas contém, de um lado, elementos cognocitivos, mas estes têm, por outro, primordialmente, uma "função não-cognocitiva" (Viehweg, Ideologie und Rechtdogmatik in Ideologie und Recht ed. por W. Maihofer, Frankfurt a.M. 1968, p. 86). Seu sistema preposicional conteria proposições ideológicas (em sentido não-marxista), de natureza cripto-normativa, das quais decorreriam conseqüências programáticas, no sentido político e social. Elas deveriam prever, em todo caso, que, com sua ajuda, uma problemática social determinada seria solucionável sem exceções perturbadoras (op. cit. p. 87). Viehweg fala, neste sentido, de "teorias com função social" (op. cit. p. 86)."

    http://www.terciosampaioferrazjr.com.br/?q=/publicacoes-cientificas/21

  • GABARITO E

    certos casos em que a aplicação rigorosa do Direito redundaria em ato  profundamente injusto. Summum jus, summa injuria. Esta afirmação,para nós, e  uma das mais belas e profundas da Jurisprudência Romana, porque ela nos põe em evidência a noção fundamental de que o Direito  não é apenas sistema lógico-formal, mas, sobretudo, a apreciação estimativa, ou axiológica da conduta. Diante de certos casos, mister e  que a justiça se ajuste à vida. Este ajustar-se à vida, como momento do dinamismo da justiça, é que se chama eqüidade, cujo conceito os romanos inseriram na noção de Direito, dizendo: jus est ars aequi    et boni. É o princípio da igualdade ajustada à especificidade do caso que legitima as normas de eqüidade. (MIGUEL REALE, LIÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO, 25a edição).

  • fui de B também.... e ainda entendi nada dos comentários.... Tenso essas matérias de humanística...

  • Pessoal, falou em Direito Romano, falou em pragmatismo; os romanos preocupavam-se muito em formular e desenvolver teorias voltadas para solução prática dos problemas, inclusive, no campo do direito. Isso ficou conhecido como práxis jurídica romana.


    " Aqui se enquadra a jurisprudência romana, cuja racionalidade dialética a caracteriza como um saber prudencial, com teorizações jurídicas que desenvolvem um estilo peculiar de busca de premissas suficientes - mas não necessariamente fortes - para elaborar um raciocínio, conferindo ao direito o caráter de algo que o jurista não se limita a aceitar, mas constrói de modo responsável. 


    Desse modo, os jurisprudentes romanos nos colocam o problema da cientificidade do direito, evidenciando a problemática da ciência prática, daquele saber que não apenas contempla e descreve, mas também age e prescreve, e que, aflorado na jurisprudência romana, vai marcar o pensamento científico do direito no decorrer dos séculos, tornando-se não apenas um de seus traços distintivos, mas também justificando inúmeras tentativas de reforma, cujo objetivo será dar-lhe um caráter de ciência, nos moldes da racionalidade matemática."(http://domtotal.com/direito/pagina/detalhe/23614/a-jurisprudencia-romana-e-as-origens-da-ciencia-do-direito)


  • Por que jurisprudência e não juris scientia? Deixando de lado a palavra jurisprudência que, mesmo em Roma, teve mais de um significado, é de se notar que a terminologia romana evitou, em geral, a expressão ciência. É verdade que ela aparece na célebre definição de Ulpiano (Digesto I,1,10,2) que fala de jurisprudência como “divinarum, atque humanarum rerum notitia, justi atque injusti scientia”. O uso da expressão, porém, não nos deve confundir. A expres-são Ciência do Direito é relativamente recente, tendo sido uma invenção da Escola Histórica alemã, no século passa- do. Esta Escola, composta sobretudo de juristas professo- res, empenhou-se, como veremos, em dar à investigação do Direito um caráter científico. Entre os romanos, porém, esta preocupação, nestes termos, não existia. As teoriza-ções romanas sobre o Direito estavam muito mais ligadas à práxis jurídica. Assim, os qualificativos que a atividade do jurista dita jurisprudência recebia – ars, disciplina, scientia ou notitia – não devem ser tomados muito rigorosamente do ponto de vista de uma teoria da ciência. Os romanos nunca levaram muito a sério a questão de saber se sua atividade era uma ciência ou uma arte. Do seu exercício, porém, po- demos tirar conclusões interessantes. (FERRAZ JR., Tercio Sampaio. A Ciência do Direito, 3ª edição. Grupo GEN, 2014, p. 15-16).

  • GABARITO: E

    Desse modo, os jurisprudentes romanos nos colocam o problema da cientificidade do direito, evidenciando a problemática da ciência prática, daquele saber que não apenas contempla e descreve, mas também age e prescreve, e que, aflorado na jurisprudência romana, vai marcar o pensamento científico do direito no decorrer dos séculos, tornando-se não apenas um de seus traços distintivos, mas também justificando inúmeras tentativas de reforma, cujo objetivo será dar-lhe um caráter de ciência, nos moldes da racionalidade matemática.

    Fonte: https://domtotal.com/direito/pagina/detalhe/23614/a-jurisprudencia-romana-e-as-origens-da-ciencia-do-direito

  • Segundo Tércio Sampaio Ferraz Jr, o direito deve ser compreendido como um fenômeno cultural humano, o qual acumula práticas e normas. Assim, a jurisprudência romana, segundo este autor, se organizou a partir da teorização da práxis jurídica levando em conta o conceito de  Stare Decisis, ou seja, questões que já tiveram uma decisão em tribunal formam um precedente que embasam as futuras decisões com o fito de evitar perturbações ao que está pacificado. Mais sobre a questão pode ser encontrado em sua obra "Introdução ao estudo do direito".

    Resposta, letra E.


    Gabarito do Professor: E
  • Segundo Tércio Sampaio Ferraz Jr, o direito deve ser compreendido como um fenômeno cultural humano, o qual acumula práticas e normas. Assim, a jurisprudência romana, segundo este autor, se organizou a partir da teorização da práxis jurídica levando em conta o conceito de Stare Decisis, ou seja, questões que já tiveram uma decisão em tribunal formam um precedente que embasam as futuras decisões com o fito de evitar perturbações ao que está pacificado. Mas sobre a questão pode ser encontrado em sua obra "Introdução ao estudo do direito".
    Resposta, letra E.

ID
2497243
Banca
FCC
Órgão
DPE-SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O “Panóptico de Bentham”, descrito por Foucault em “Vigiar e Punir”, tem por efeito importante

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA “C”

    SOBRE O “ESQUEMA PANÓPTICO”: “Em cada uma de suas aplicações, permite aperfeiçoar o exercício do poder. E isto de várias maneiras: porque pode reduzir o número dos que o exercem, ao mesmo tempo em que multiplica o número daqueles sobre os quais é exercido. Porque permite intervir a cada momento e a pressão constante age antes mesmo que as faltas, os erros, os crimes sejam cometidos. Porque, nessas condições, sua força é nunca intervir, é se exercer espontaneamente e sem ruído, é constituir um mecanismo de efeitos em cadeia. Porque sem outro instrumento físico que uma arquitetura e uma geometria, ele age diretamente sobre os indivíduos; "dá ao espírito poder sobre o espírito". O esquema panóptico é um intensificador para qualquer aparelho de poder: assegura sua economia (em material, em pessoal, em tempo); assegura sua eficácia por seu caráter preventivo, seu funcionamento contínuo e seus mecanismos automáticos…” (FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir nascimento da prisão. 14º. ed. tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis Vozes 1996, p. 182-183).

  • O panóptico trata-se de uma estrutura arquitetônica de contexto político, e uma estrutura política de expressão arquitetônica. Maravilhou pensadores importantes do século XVIII, como Jeremy Bentham. Seu efeito mais importante seria induzir no observado (no detento, no caso de uma prisão) um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder. Trata-se de fazer com que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo se é descontínua em sua ação; que a perfeição do poder tenda a tornar inútil a atualidade do seu exercício.


    Em síntese, automatiza o indivíduo e desindividualiza o poder. Sujeição real que nasce mecanicamente de uma relação fictícia.
    Ressalta-se que as instituições panópticas são leves: sem grades ou jaulas; os espaços amplos e visíveis que são sua marca distintiva. O panóptico, enfim, é um “zoológico real”, em que o animal é substituído pelo homem.

    Fonte: Material OUSESABER

  • o Panóptico pode ser utilizado como máquina de fazer experiências, modificar o comportamento, treinar ou retreinar os indivíduos. Experimentar remédios e verificar seus efeitos. Tentar diversas punições sobre os prisioneiros, segundo seus crimes e temperamento, e procurar as mais eficazes.O Panóptico é um local privilegiado para tornar possível a experiência com homens, e para analisar com toda certeza as transformações que se pode obter neles. O Panóptico pode até constituir-se em aparelho de controle sobre seus próprios mecanismos. Em sua torre de controle, o diretor pode espionar todos os empregados que tem a seu serviço: enfermeiros, médicos, contramestres, professores, guardas; poderá julgá-los continuamente, modificar seu comportamento, impor-lhes métodos que considerar melhores; e ele mesmo, por sua vez, poderá ser facilmente observado. O Panóptico funciona como uma espécie de laboratório de poder. Graças a seus mecanismos de observação, ganha em eficácia e em capacidade de penetração no comportamento dos homens; um aumento de saber vem se implantar em todas as frentes do poder, descobrindo objetos que devem ser conhecidos em todas as superfícies onde este se exerça.” (Vigiar e Punir).

    O Panóptico organiza espaços que permitem ver, sem ser vistos, portanto, uma garantia de ordem. Assim, a vigilância torna-se permanente nos seus efeitos, mesmo que não fosse na sua acção. Mais importante do que vigiar o prisioneiro o tempo inteiro, era que o mesmo se soubesse vigiado. Logo, não era finalidade do Panóptico fazer com que as pessoas fossem punidas, mas que nem tivessem a oportunidade para cometer o mal, pois sentiriam-se mergulhadas,  imersas num campo de visibilidade.

    Em suma, o Panóptico desfaz a necessidade de combater a violência física com outra violência física, combatendo-a antes, com mecanismos de ordem psicológica.

    A essência do Panóptico reside na centralidade da situação de inspecção, ou na construção, sem duvida ficcional, de uma espécie de "inspector central", omnipotente, omnipresente e, principalmente, omnividente.

    O Panóptico (...) tem seu principio não tanto numa pessoa como numa certa distribuição concertada dos corpos, das superfícies, das luzes, dos olhares; numa aparelhagem cujos mecanismos internos, produzem a relação na qual se encontram presos os indivíduos (...) Pouco importa, consequentemente, quem exerce o poder. Um indivíduo qualquer, quase tomado ao acaso, pode fazer funcionar a máquina: na falta do director, sua família, os que o cercam, seus amigos, suas visitas, até seus criados (...) Quanto mais numerosos esses observadores anónimos e passageiros, tanto mais aumentam para o prisioneiro o risco de ser surpreendido e a consciência inquieta de ser observado.             

     

  • - Panopticon: Modelo de prisão eficiente de constante vigilância (havia uma torre no centro do pátio que visualizava, tanto o interior quanto o exterior, das celas).

    Reflete a utopia de uma sociedade (e de um tipo de poder) que acredita que efetivamente se realizou.

  • Despersonaliza o agente punitivo. Incrusta na mente do vigiado a ideia de ser vigiado em período integral.

  • A principal estrutura do panóptico reside no fato daqueles submetidos ao poder estarem sempre em potencial sujeição de controle. A posição de poder ser visto, mas não ver quem lhe vigia retira do controle do indivíduo um aspecto de sua vida, justamente porque é aí que se assegura o funcionamento automático do poder.


    Gabarito do Professor: C.
  • "Daí o efeito mais importante do Panóptico: induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder". (FOCAULT. Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete, 41. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013, p. 191)

  • GABARITO: C

    Pan-óptico é um termo utilizado para designar uma penitenciária ideal, concebida pelo filósofo utilitarista e jurista inglês Jeremy Bentham em 1785, que permite a um único vigilante observar todos os prisioneiros, sem que estes possam saber se estão ou não sendo observados. Bentham idealizou um projeto de construção carcerária, consistente em um edifício circular, em que os prisioneiros ocupavam as celas, todas devidamente separadas, sem qualquer comunicação entre elas, sendo que os agentes de segurança ocupavam um espaço no centro, com perfeita visão de cada alojamento. Segundo seu projeto descrito no livro “O Panóptico”, os presos teriam bom comportamento, justamente por se sentirem continuadamente observados, pela aplicação do princípio da inspeção.

    Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/o-panoptico/


ID
2526841
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

      Em uma ação de reintegração de posse, foi determinada a remoção de centenas de famílias, que havia anos tinham fixado moradia no local e compartilhavam a prestação de serviços mútuos. Antes da ocupação, o espaço era um terreno abandonado de propriedade da massa falida de uma empresa em débito com a fazenda pública, única credora habilitada. A comunidade, além da mobilização junto aos governos municipal e estadual com o objetivo de regularizar a ocupação, havia, por meio de sua associação, procurado o órgão da DP, que, na oportunidade, ajuizou ação de desapropriação indireta, que ainda não havia sido julgada. Quando do cumprimento da decisão de reintegração de posse, diante da resistência dos integrantes da ocupação, registrou-se o uso desproporcional de violência pela força policial, tendo a ação resultado em prisões, pessoas feridas e perda de objetos pessoais dos moradores.

A respeito dessa situação hipotética e de ideias relacionadas à sociologia do direito, julgue o item a seguir.


A decisão judicial em apreço — de reintegração de posse — é exemplo do efeito simbólico que a norma sobre a função social da propriedade representa no ordenamento jurídico brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • O critério do Direito: aporias sobre uma definição pluralista do Direito em situações de conflitos de propriedade urbana

     

    "De outra parte, Marcelo Neves sustenta haver, na realidade brasileira, um intrincamento de códigos e critérios de diversos campos sociais que impem a construção da própria legalidade estatal. Para esse autor, há uma “miscelânea social de códigos e critérios de conduta” que tornam inviável verificar fronteiras entre o direito positivo estatal e outras pretensas juridicidades extra-estatais. Sustenta Neves a vigência do fenômeno da “constitucionalização simbólica”, em que a Constituição (e seus princípios como função social da propriedade) só se concretiza se não afronta o interesse de grupos privilegiados. Portanto, exsurge a miscelânea social de códigos sócio-jurídicos sustentada por Marcelo Neves, atestando a própria decisão judicial a insuficiência da legalidade estatal e o fracasso da fiscalização da função social da propriedade, do qual decorre um ônus para toda a sociedade."

     

    Fonte: http://portal.estacio.br/anuario/4315127/o%20crit%C3%A9rio%20do%20direito%20aporias%20sobre%20uma%20defini%C3%A7%C3%A3o%20pluralista%20do%20direito%20em%20situa%C3%A7%C3%B5es%20de%20conflitos%20de....pdf

  •  A atividade legislativa, inclusive a constituinte, pode possuir uma natureza eminentemente simbólica, visando atender objetivos políticos diversos da produção de normas jurídicas, dando origem a uma legislação simbólica ou a uma constituição simbólica.

    A verdadeira intenção é atingir um objetivo político, diverso do que está aparentemente escrito na lei ou na Constituição

    Luís Roberto Barroso - fenômeno na insinceridade normativa - nem sempre o legislador é sincero ao exercer a função normativa

    O que está escrito na norma não é a verdadeira intenção do legislador/constituinte

  • Errei a questão porque entendi a palavra "sobre" da assertiva como "acima" , "de maior importância", e não como " a respeito". O diagnóstico disso é trauma das infindáveis pegadinhas do Cespe(atual CEBRASPE)

  • Para mim, o gabarito da questão está equivocado. A assertiva de fato estaria equivocada se dissesse: "A decisão judicial em apreço — de reintegração de posse — é exemplo do efeito meramente simbólico que a norma sobre a função social da propriedade representa no ordenamento jurídico brasileiro".

    Para Marcelo Neves, é desejável que uma lei possua, além da função jurídica, a função político-simbólica, sendo que a ausência de qualquer efeito simbólico acaba favorecendo a ausência também de normatividade.

    O enunciado, dessa forma, se equivoca ao imaginar que por possuir efeito simbólico, o princípio em questão está despido de normatividade. Para o gabarito estar corrento, a assertiva deveria destacar a hipertrofia do simbólico sobre o jurídico, e não somente a sua existência.

  • O efeito simbólico da norma jurídica ocorre quando a norma é feita apenas para passar a sensação de justiça para sociedade quando na prática não há atitutes concretizadoras dessa norma. No caso da questão, restou configurado tal efeito quando a função social da propriedade, garantida pela Cf, não foi atingida na prática.

    FOCO, FORÇA E FÉ!

  • "Efeito simbólico" = norma como símbolo, sem efetividade


ID
2526847
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

      Em uma ação de reintegração de posse, foi determinada a remoção de centenas de famílias, que havia anos tinham fixado moradia no local e compartilhavam a prestação de serviços mútuos. Antes da ocupação, o espaço era um terreno abandonado de propriedade da massa falida de uma empresa em débito com a fazenda pública, única credora habilitada. A comunidade, além da mobilização junto aos governos municipal e estadual com o objetivo de regularizar a ocupação, havia, por meio de sua associação, procurado o órgão da DP, que, na oportunidade, ajuizou ação de desapropriação indireta, que ainda não havia sido julgada. Quando do cumprimento da decisão de reintegração de posse, diante da resistência dos integrantes da ocupação, registrou-se o uso desproporcional de violência pela força policial, tendo a ação resultado em prisões, pessoas feridas e perda de objetos pessoais dos moradores.

A respeito dessa situação hipotética e de ideias relacionadas à sociologia do direito, julgue o item a seguir.


Sob a perspectiva quantitativa weberiana, o espaço de moradia é uma característica que diferencia os grupos sociais e localiza os indivíduos na estratificação social.

Alternativas
Comentários
  • Estratificação Social Tendências Weberiana e Marxista

     

    Nas palavras de Ana Lucia Sabadell, “A diferença está no fato de que os marxistas utilizam o critério econômico de forma qualitativa (posse ou não de meios de produção), sendo que os weberianos realizam um uso quantitativo (o nível da renda mede a diferença de classe). Por isso, podemos dizer que existem duas principais linhas de definição das classes sociais na sociologia: a perspectiva qualitativa (marxista) e a perspectiva quantitativa (weberiana).“Da perspectiva marxista resultam locuções da vida cotidiana como “classe operária” ou “trabalhadores”; da perspectiva weberiana, termos como “classe média alta” e “classe média baixa”.

     

    Fonte: https://taisstein.jusbrasil.com.br/artigos/432984975/estratificacao-social?ref=topic_feed

  • Danielle, te agradeço pelo excelente comentário!

  • comentário top todo
  • Copiando

    "existem 2 principais linhas de definição das classes sociais na sociologia: a perspectiva qualitativa (marxista) e a perspectiva quantitativa (weberiana).

    “Da perspectiva marxista resultam locuções da vida cotidiana como “classe operária” ou “trabalhadores”; da perspectiva weberiana, termos como “classe média alta” e “classe média baixa”."

  • GABARITO: CERTO

    Para Max Weber, o processo de estratificação acontece a partir das relações de produção, do status social, dos poderes político e econômico e das oportunidades que os indivíduos ou grupos sociais têm para adquirirem bens. Para ele, as oportunidades de ascensão social estão diretamente ligadas às variações econômicas do mercado.

    Fonte: https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/estratificacao-social

  • Questões da DPU sobre estratificação social (M. Weber):

    (DPU-2010-CESPE): A partir dos conceitos de estratificação e mobilidade sociais, julgue o item subsequente: Max Weber faz distinção entre três dimensões da sociedade: ordem econômica, representada pela classe; ordem social, representada pelo status ou estamento; ordem política, representada pelo partido. Cada uma dessas dimensões possui estratificação própria.

    (DPU-2010-CESPE): A mobilidade social implica movimento significativo na posição econômica, social e política de um indivíduo ou de um estrato.

    (DPU-2007-CESPE): A respeito do peso das Ciências Sociais e da Sociologia em suas relações com as demais áreas do conhecimento humano, julgue o item que se segue: Os temas da estratificação, da mobilidade e das desigualdades sociais são recorrentes na tradição sociológica, embora também sejam encontrados em quase todas as ciências sociais e humanas. 


ID
2526856
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

      Em uma ação de reintegração de posse, foi determinada a remoção de centenas de famílias, que havia anos tinham fixado moradia no local e compartilhavam a prestação de serviços mútuos. Antes da ocupação, o espaço era um terreno abandonado de propriedade da massa falida de uma empresa em débito com a fazenda pública, única credora habilitada. A comunidade, além da mobilização junto aos governos municipal e estadual com o objetivo de regularizar a ocupação, havia, por meio de sua associação, procurado o órgão da DP, que, na oportunidade, ajuizou ação de desapropriação indireta, que ainda não havia sido julgada. Quando do cumprimento da decisão de reintegração de posse, diante da resistência dos integrantes da ocupação, registrou-se o uso desproporcional de violência pela força policial, tendo a ação resultado em prisões, pessoas feridas e perda de objetos pessoais dos moradores.

A respeito dessa situação hipotética e de ideias relacionadas à sociologia do direito, julgue o item a seguir.


A decisão judicial tomada, de reintegração de posse, exemplifica a ideia historicista da sociologia do direito, segundo a qual a superestrutura jurídica obedece às forças materiais da estrutura econômica.

Alternativas
Comentários
  • A Sociologia do Direito de Max Weber: O Método Caleidoscópio

     

    "Como procuramos destacar, é necessário para compreensão da Sociologia do Direito de Weber desvincularmos as concepções de historicidade e racionalidade das concepções de Razão, em Hegel, e de História, em Marx, as quais costumam ser aplicados indevidamente à análise dos escritos weberianos sobre a racionalidade e o Direito. Razão, em Hegel, é tomada como princípio da realidade e ao mesmo tempo manifestação (“alienação) da essência do “Espírito”. Para Marx, a História é a expressão de um sentido visado pelas classes. Em Weber, ser racional ou agir racionalmente significa apenas que os indivíduos são capazes de explicitar e tornar “evidentes” em suas ações, as conexões realizadas entre meios e fins. Toda racionalidade é, portanto, relacional, não existindo uma Razão pairando sobre a cabeça dos indivíduos. Quanto à noção de historicidade, ela está relacionada, como vimos, ao debate alemão entre Dilthey, de um lado, e Windelband e Rickert, de outro, a respeito da especificidade dos métodos e dos objetos das ciências naturais e humanas (do “Homem”). Weber, como dissemos, parte de uma espécie de síntese epistemológica e metodológica destas posições quando afirma que os fenômenos sociais têm as suas especificidades mas que são, ao mesmo tempo, possíveis de serem compreendidos segundo as regras elementares do conhecimento científico."

     

    Fonte 1: http://www.sbsociologia.com.br/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=51&Itemid=170.

     

    Fonte 2: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:7NbhDrq44SoJ:www.sbsociologia.com.br/portal/index.php%3Foption%3Dcom_docman%26task%3Ddoc_download%26gid%3D51%26Itemid%3D170+&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b

  • Max Weber: historicismo é um método adequado para a análise dos fenômenos sociais porque torna evidentes os nexos causais entre a ação e os significados atribuídos a ela pelos agentes sociais.

     

    superestrutura faz parte da teoria marxista---> materialismo histórico!!

  • Errado.

    Acredito que o excerto ficaria correto se fosse escrito dessa forma:

    "A decisão judicial tomada, de reintegração de posse, exemplifica a ideia historicista da sociologia do direito, segundo a qual a infraestrutura jurídica obedece às forças materiais da estrutura econômica".

      

    De acordo com a teoria marxista, a sociedade humana consiste em duas partes: a infraestrutura e a superestrutura.
      
    A infraestrutura compreende as forças e relações de produção — condições de trabalho entre empregador-empregado, a divisão do trabalho e relações de propriedade — na qual as pessoas entram para produzir as necessidades e comodidades da vida. Essas relações determinam outras relações e ideias da sociedade, que são descritas como a sua superestrutura.
      
    A superestrutura de uma sociedade inclui a cultura, instituições, estruturas de poder político, papel social, rituais e o Estado. A infraestrutura determina a superestrutura, mas sua relação não é estritamente causal, porque a superestrutura muitas vezes influencia a infraestrutura.

    Fonte: Wikipedia

  • João Victor, a sua sugestão de reescritura da assertiva que a tornaria correta está perfeita, é esse mesmo o raciocínio. Parabéns!

  • Sociologia: Karl Marx e os conceitos de Infraestrutura e Superestrutura

    A sociologia marxista gira em torno de dois conceitos importantes: a infraestrutura, composta pelos meios materiais de produção (meios de produção e força-de-trabalho), e a superestrutura, que compreende as esferas política, jurídica e religiosa, ou seja, as instituições responsáveis pela produção ideológica (formação das ideias e conceitos) da sociedade. Segundo a sociologia marxista, a superestrutura é determinada pela infraestrutura, ou seja, a maneira na qual a economia de uma sociedade é organizada irá influenciar nas ideologias presentes na sociedade.

    Portanto, entendo que o erro da questão reside no fato de o examinador dizer que: "A decisão judicial tomada, de reintegração de posse, exemplifica a ideia historicista da sociologia do direito, segundo a qual a superestrutura jurídica obedece às forças materiais da estrutura econômica."

    Pois segundo Marx a superestrutura é apenas INFLUENCIADA e não "OBEDECE" às forças materiais da estrutura econômica (infraestrutura)

    Quando fiz esta questão percebi que só havia 50% de chances para errar e outros 50% para acertar e 62% erraram. Aí fico imaginando: e se tivesse 5 alternativas, como seria?

    Conclusão: isso é tão difícil que contraria até a probabilidade.

  • João Victor, pelo próprio conceito de Superestrutura que você trouxe, a questão está irretocável nesse ponto: A ordem jurídica trata-se de uma superestrutra, condicionada pela (infra)estrutura econômica.

    O erro da questão está no caminho descrito por William Kleber: A ideia historicista (historicismo) não se confunde com o marxismo (apesar de tê-lo influenciado).

    O HISTORICISMO entende que qualquer fenômeno social, cultural ou político é histórico. Tanto o objeto quanto o sujeito da pesquisa estão imersos no processo histórico, por isso, não é possível a utilização do método das ciências naturais nas ciências humanas (como queria o positivismo). Identifiquei duas diferenças entre o historicismo e o marxismo:

    1) No historicismo, os fenômenos humanos são influenciados por fatores históricos, políticos, religiosos, econômicos. No marxismo, os fenômenos são influenciados prioritariamente pelo modo de produção.

    2) O historicismo é um pensamento contemplativo, enquanto o marxismo é uma corrente que busca a transformação revolucionária.

    Principal autor historicista: Wilhelm Dilthey

  • O conceito de superestrutura jurídica e sua correlação com as forças materiais da estrutura econômica são concepções trabalhadas por Marx para a compreensão da constituição do universo do pensar, sentir e viver dos homens tais quais estão colocados em cada época. Marx colocava-se em oposição a Hegel no sentido de não identificar na consciência do homem a força que estebelece o ser. Nas palavras de Marx: "Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas sim, inversamente, é o seu ser social que determina a sua consciência". E este "ser social" é constituído pelas estruturas econômicas que são colocadas para o homem de acordo com a época e independente de suas vontades. É por esse motivo que, segundo Marx, o homem não cosntrói a história de acordo com sua vontade, mas com a realidade que encontra, em relação com a estrutura econômica da sociedade ou a "base real" onde se assenta a vida. A partir dessa é que os indivíduos formulam suas concepcões espirituais, políticas e sociais. A superestrutura jurídica é também desenvolvimento desta base real, porém condicionada pela elite dominante que transforma sua dominação em regra abstrata codificada no mundo do direito. A estrutura econômica dá ensejo para as relações de propriedade que são protegidas a partir da superestrutura jurídica, porém propriedade não é o mesmo que posse. A tradição jurídica remonta à Roma antiga a ideia de possuir algo durante um processo jurídico e no Brasil, a partir do Código Civil brasileiro, concebe-se que a posse pode estar desvinculada da propriedade em si e de sua função econômica. Neste sentido, uma pessoa pode ter a posse de algo sem que seja a proprietária. Dessa forma, uma decisão judicial sobre restituição de posse, não necessariamente atende às forças materiais da estrutura econômica a partir da superestrutura jurídica.Ressaltar que a visão histórica de Marx é materialista e não historicista. 

    Por isso a afirmativa está errada.
  • O erro é outro pessoal: a estrutura econômica (infraestrutural social) é que obedece às forças da superestrutura jurídica.

    "estrutura econômica" (que é termo técnico do Marxismo) = "infraestrutura social".

    ****

    Minha síntese, para estudo, é a seguinte:

    No marxismo (socialismo e meios de produção de Marx e Engels), há metáfora do edifício para explicar a sociedade. A sua infraestrutura seria toda a estrutura econômica, em que se ergueria a superestrutura [dividida em 1) superestrutura ideológica e 2) superestrutura legal ou política - incluindo aí a polícia, o exército, as leis, os tribunais e a burocracia].

    Fonte:

  • Você errou!Em 01/07/19 às 11:09, você respondeu a opção C.

    Você errou!Em 30/06/19 às 02:43, você respondeu a opção C.

    Você errou!Em 14/06/19 às 11:16, você respondeu a opção C.

  • Errado.

    Para a SOCIOLOGIA Existem 3 correntes:

    1ª Historicismo

    2ª Marxismo

    3ª Positivismo

    A questão misturou. Falou que era Historicismo quando na verdade é Marxismo.

  • Uma das principais distinções entre as ciências da natureza e as ciências do espirito, segundo Wilhelm Dilthey, é justamente a abordagem descritivista da primeira e a compreensiva da segunda. O fenômeno humano não poderia, dessa forma ser apenas relatado, mas interpretado historicamente. Não basta o afastamento epistemológico, descrevendo "empiricamente", ou isomorficamente os atos humanos. Os atos buscam fins, tem diversos elementos simbólicos, dessarte, não se entenderia o ato de acender uma fogueira, apenas relatando o pegar a lenha e colocar fogo. A compreensão exige que se vá além disso, que se questione a simbologia, o que aquele ato informa sobre aquelas pessoas. Marx conhece essa dialética entre o empirismo e o idealismo, e coloca o primeiro como sendo anterior e estruturante ao segundo, de modo que para se compreender esse contexto simbólico, deve-se antes conhecer as bases materiais, principalmente econômica, infra-estrutura, que gera a superestrutura, o espirito em termos idealistas. O historicismo já faz um contraponto a essa ideia e até demonstra, qual fez Weber, que o próprio espirito, ou seja, o que seria a superestrutura pode condicionar a infraestrutura, qual ocorrera com a Ética protestante e o modo de produção capitalista. Assim sendo, entendo que o foco do historicismo na compreensão, no enfoque "espiritual" e não precipuamente material, qual faz Marx em sua critica contra Hegel, torna a questão incorreta. Ademais, não convém usar terminologias marxistas para corrigir a questão em termos historicistas, são dois sistemas diferentes e o que se pretende é saber se o candidato conhece essas distinções essenciais. Tinha apenas que trocar historicista por marxista, daí estaria correta. Minha opinião.

  • GABARITO: ERRADO

    Historicismo Jurídico: É uma corrente do pensamento jurídico que defende que, da mesma forma que a cultura, o Direito é peculiar a cada povo e está ligado aos fatos sociais.

    Fonte; https://www.todamateria.com.br/historicismo/


ID
2526871
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Tendo como referência os sistemas democráticos no mundo contemporâneo, julgue o item subsequente.


O traço distintivo dos grupos de pressão é o objetivo de influenciar o processo decisório em favor de determinada pauta de interesses sem tomar as decisões diretamente, de modo que, ao contrário dos partidos políticos, esses grupos tendem a não lançar candidatos às eleições.

Alternativas
Comentários
  • Bancada ruralista diminui, mas reelege seus líderes

     

     

    A bancada ruralista, grupo de pressão formado por deputados federais e senadores que defendem o interesse de grandes proprietários de terra e do agronegócio no Congresso Nacional, passou de 111 para 95 deputados nesta eleição. Isso é o que aponta um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Assessoria parlamentar (Diap), órgão formado por entidades sindicais que fiscaliza a atuação do Congresso, que mapeou o comportamento dos eleitos. Apesar da queda, a bancada reelegeu seus líderes, transformou uma deputada em senadora – Kátia Abreu (PFL-TO) – e conseguiu levar para Brasília alguns expoentes do latifúndio.

     

    Fonte: http://reporterbrasil.org.br/2006/10/bancada-ruralista-diminui-mas-reelege-seus-lideres/

     

     

    Para quem o congresso trabalha

     

    Há fortes grupos de interesse do Congresso que estarão em lados opostos durante as discussões de projetos este ano. A bancada sindicalista congrega 73 parlamentares e promete brigar pela aprovação do projeto que prevê redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. O presidente da Força Sindical e deputado reeleito, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), acredita que há espaço para fazer uma articulação “a fim de garantir um bloco de cerca de 200 parlamentares a favor das causas trabalhistas”.

     

    Um dos crescimentos mais notáveis dessas frentes parlamentares foi o da bancada evangélica. Ela, que tinha 45 parlamentares, conseguiu eleger 66. Agora medirá forças com os estreantes na Casa que representam o movimento GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Os pontos de discórdia são os projetos em favor da descriminalização do aborto e do casamento civil gay. “Vamos nos opor a todos os projetos que não se identificam com princípios bíblicos”, diz o deputado Erivelton Santana (PSC-BA), diácono da Assembleia de Deus. A lista dos evangélicos novatos inclui o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) e a cantora gospel Lauriete Rodrigues (PSC-ES).

     

    Fonte: https://istoe.com.br/130292_PARA+QUEM+O+CONGRESSO+TRABALHA/

     

  • Não se de onde o Cespe tirou que está errado. Muda frase original inserida em determinado contexto e aí sai essa coisa.

  • Partido político também exerce pressão, ou seja, o que distingue os partidos dos grupos de pressão puros, adotando-se uma tipologia weberiana, é exatamente a possibildade de lançar candidatos. Correta a assertiva.

  • Na verdade, eu não encontrei nenhum texto que afirmasse que a distinção entre partidos políticos e os grupos de pressão seria porque estes não lançam candidatos . Eu encontrei apenas um texto que diferencia genericamente os grupos de pressão dos partidos políticos, mas não se fala que tais grupos não lançam candidatos (http://www.ambito-juridico.com.br/pdfsGerados/artigos/8352.pdf). Se você possuir algum texto nesse sentido, eu gostaria de ler.

     

    A realidade mostra que os grupos de pressão apresentam tanto interesses econômicos quanto políticos. Os textos que mencionei abaixo explicitam bem isso. Nunca ouvi falar também na tipologia weberiana no tocante a esse assunto (grupos de pressão). Weber, geralmente, é mencionado em Sociologia do Direito, não em Ciência Política. Porém, se você tiver algum material acerca desse assunto, eu gostaria de estudar e analisar. Quero saber o que Weber fala dos grupos de pressão.

     

    Abraços :)

  • O comentário da Danielle LC não atende a perspectiva da banca. O erro se explica pela fonte ser jornalística...

    Grupos de pressão, na ciência política, são por exemplo, o Grupo Gay da Bahia, National Rifle Association, WWF e ONGs em geral...

    Fonte: https://en.m.wikipedia.org

     

  • Não sei de onde alguns tiraram que a questão está errada... 

  • Grupo de Pressão é uma organização temporária, o subgrupo do grupo de interesses em dados momentos, que visa a obter, por intermédio da pressão seus objetivos, isto é, tenta influenciar uma decisão, no caso do parlamento, aprovando ou rejeitando um projeto.

     

    Esses grupos existem para influenciar o poder, tentar modificá-lo e adaptá-lo segundo as necessidades e vontades do interessado.

     

     

    Fontehttp://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8352

     

    R: Certo

    Bons estudos! ;)

  • Questão CORRETA:

    Segundo Gustavo Teodoro Andrade Pena, os grupos de pressão são conhecidos como LOBBY e se diferenciam dos partidos políticos, entre outros aspectos, por não lançarem candidatos às eleições. Buscam principalmente exercer influência sobre aqueles que detêm o poder, o que pode ser feito de várias formas. O Grupo de Pressão é, portanto, uma organização temporária, que visa obter seus objetivos por intermédio da pressão, isto é, tenta influenciar uma decisão - no caso do parlamento - aprovando ou rejeitando um projeto.

     

    Fonte:http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8352

  • Confesso que a primeira vez que vejo questão sobre o tema "grupo de pressão".

    Bom, já que estamos aqui vamos falar sobre...

    A democracia social não representa a vontade de um único homem, mas de uma agregação humana. Tais interesses possuem duas formas de se chegarem ao Estado para a busca de sua representação: os partidos políticos e os grupos de pressão.

    .

    “Os grupos de pressão, segundo J. H. Kaiser, são organizações da esfera intermediária entre o indivíduo e o Estado, nas quais um interesse se incorporou e se tornou politicamente relevante. Ou são grupos que procuram fazer com que as decisões dos poderes públicos sejam conformes com os interesses e as ideias de uma determinada categoria social.”

    .

    “Os grupos de pressão não são outra coisa senão as forças sociais, profissionais, econômicas e espirituais de uma nação, enquanto aparecem organizadas e ativas.”

    .

    Exemplos: 1.1) a Bancada Feminina, 1.2) a Frente Parlamentar da Pequena e Micro Empresa, 1.3) a Bancada da Amazônia Legal, 1.4) a Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, 1.5) a Bancada da Agricultura Familiar, 1.6) a Bancada Sindical, 1.7) a Bancada Evangélica, 1.8) a Bancada dos Empresários, 1.9) a Bancada da Saúde, 1.10) A Bancada Ruralista, dentre outras.

     

    .

     

  • Alfa PF, acredito que quem lança candidato é partido, já que não é permitido candidato sem partido, por mais que que o MBL possa ser um grupo de pressão, eles consideram-se apartidários, e os seus membros precisaram de um partido para concorrer as eleições, exemplo disso é o Fernando "Feriado" que se filiou ao DEM.

  • GABARITO CERTO 

    DIFERENCIAR: GRUPOS DE INTERESSES DE GRUPOS DE PRESSÃO. 

    Os grupos de interesse ligam pessoas com determinadas filosofias e aspirações, mas que podem permanecer em um estado de inércia, sem nunca adotar uma postura de pressão política. Atitude essa clara dos grupos de pressão, que adotam uma postura direta de influência e pressão sobre as autoridades públicas, principalmente na esfera dos Poderes Executivo e Legislativo.

    Nas palavras de Paulo Bonavides: “Os grupos de interesse podem existir organizados e ativos sem, contudo exercerem a pressão política. São potencialmente grupos de pressão e constituem o gênero do qual os grupos vêm a ser espécie”.(BONAVIDES, 2006) Luiz Alberto dos Santos disserta sobre as várias teorias em torno dos grupos de pressão e conclui que elas levam a uma compreensão de que esses grupos, carregados de ideais e valores, se organizam e se formam para influenciar o sistema democrático do país. Assim como instituições econômicas e políticas, de um modo geral, que possuem relevante papel em “reduzir a incerteza, estabelecendo uma estrutura estável para a interação humana, ainda que não necessariamente eficiente” (SANTOS, 2007), as instituições dos grupos de interesse e dos grupos de pressão firmam sua importância em um exercício claro de democracia. http://pensando.mj.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/08Pensando_Direito1.pdf 

  • Certo? Aham. Senta lá, Cláudia!

  • Os grupos de pressão são definidos por diversos teóricos como representações de interesse que buscam influenciar processos decisórios em âmbito legislativo e também executivo a seu favor. A disputa pelos recursos do Estado e sua aplicabilidade, dessa forma, é a arena de ação desses grupos que agem sobre representantes eleitos a partir das instâncias permitidas para tal. Sua principal característica é não assumir o controle do poder, mas ser capaz de influenciá-lo o máximo possível através de acesso direto às suas instâncias.

    O item está correto.
  • Se você pensar na pressão social para criminalizar a homofobia, verá que esse grupo específico não ocupa (e não tem a pretensão de) o poder. Mas, exerce pressão sobre. Acertei nessa lógica. Sobre o mérito, acredito que o direito penal não é instrumento de justiça social. Abraços.
  • Grupos de pressao, como qualquer outro grupo que defenda interesses específicos, tendem a lançar candidatos políticos sempre que possível. É lógica básica.

    Não consigo entender o gabarito e nem achar fundamentação teórica para ele.

  • Vide a Marcha da Maconha.

  • GABARITO: CERTO

    Os grupos de pressão, segundo J. H. Kaiser, são organizações da esfera intermediária entre o indivíduo e o Estado, nas quais um interesse se incorporou e se tornou politicamente relevante. Ou são grupos que procuram fazer com que as decisões dos poderes públicos sejam conformes com os interesses e as idéias de uma determinada categoria social.

    BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2003.

  • Vou lembrar do Twitter, SÓ PRESSÃO.


ID
2582194
Banca
VUNESP
Órgão
DPE-RO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Para ________________ , a sociologia tem como meta a compreensão interpretativa da ação social, de maneira a obter uma explicação de suas causas, de seu curso e dos seus efeitos. O referido sociólogo assim escreveu, em uma de suas obras, acerca da ação social:

Por “ação” se designará toda a conduta humana, cujos sujeitos vinculem a esta ação um sentido subjetivo. Tal comportamento pode ser mental ou exterior; poderá consistir de ação ou de omissão no agir. O termo “ação social” será reservado à ação cuja intenção fomentada pelos indivíduos envolvidos se refere à conduta de outros, orientando-se de acordo com ela.

A lacuna é corretamente preenchida por

Alternativas
Comentários
  • WEBER, M. Conceitos básicos de Sociologia. 5. ed. São Paulo: Centauro, 2008a.

  • GABARITO E 

    O termo “sociologia” está aberto a muitas interpretações diferentes. No contexto usado aqui significará aquela ciência que tem como meta a compreensão interpretativa da ação social de maneira a obter uma explicação de suas causas, de seu curso é dos seus efeitos. Por “ação” se designará toda a conduta humana, cujos sujeitos vinculem a esta ação um sentido subjetivo. Tal comportamento pode ser mental ou exterior; poderá consistir de ação ou de omissão no agir. O termo “ação social” será reservado à ação cuja intenção fomentada pelos indivíduos envolvidos se refere à conduta de outros, orientando-se de acordo com ela. P. 11, Weber, Max, 1864-4920 - Conceitos básicos de sociologia / Max Weber tradução de Rubens Eduardo Ferreira Frias é Gerard Georges Delaunay. São Paulo: Centauro, 2002

    A análise que Weber faz das sociedades e de seus fenômenos particulares tem como referência central o agente individual e sua ação. Assim, a manifestação histórica de determinados fenômenos deve ser compreendida com base em um conjunto de ações individuais. Partindo das ações individuais, Weber pretende compreender questões sociais mais gerais. Portanto, para examinar questões que afetam e definem a sociedade como um todo, é preciso partir da análise de ações individuais subjetivas. O conhecimento sociológico, diz Weber, só pode ser objetivo se tiver como objeto de estudo a ação individual. (...) Weber constrói tipos ideais para se aproximar o máximo possível da realidade analisada. Esses tipos ideais são construídos com base em regularidades sociais por ele observadas. Note que a construção de um tipo ideal, apesar de amparada na realidade, é apenas uma elaboração teórica do pesquisador.

    Algo como escolher certas características regulares de determinada sociedade e construir um tipo ideal de pai de família. Quando o pesquisador for analisar uma sociedade específica, esse tipo ideal de pai de família, apesar de não se encaixar exatamente na realidade, servirá de base para compreender como, por exemplo, alguns pais estabelecem relações com suas famílias em determinada comunidade. Weber construiu quatro tipos ideais de ação social: 1. a ação social com relação a fins; 2. a ação social com relação a valores; 3. a ação tradicional; e 4. a ação afetiva. Por ser tipos ideais, essas ações não são exatamente reconhecíveis na realidade. Mas com base nessas construções teóricas, podemos observar a realidade e constatar algumas ações individuais caracterizadas por um ou mais tipos ideais de ação. O importante aqui é entender que esse mecanismo favorece o entendimento da sociedade na medida em que aproxima o pesquisador da realidade estudada. http://chicodeoliveira.blogspot.com.br/2017/03/sociologia-2-aula-do-2-ano-do-ensino.html

  • Auguste Comte foi um filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo, que trabalhou intensamente na criação de uma filosofia positiva. Comte passou a estudar as possibilidades de esboçar em teoria, um modelo ideal de sociedade organizada. A partir de 1818, elaborou sua concepção da Ciência Social que ele chamou de Sociologia. Sua doutrina considerou a "ciência positiva", baseada nos fatos, como o único fator de estabilidade do universo.


    Friedrich Hegel foi um filósofo alemão. Um dos criadores do sistema filosófico chamado idealismo absoluto. Foi precursor da filosofia continental e do marxismo. O sistema desenvolvido por Hegel, o idealismo absoluto, abrangeu várias áreas do conhecimento como a política, a psicologia, a arte, a filosofia e a religião. A teoria do filósofo baseia-se na ideia de que as contradições e dialéticas são resolvidas para a criação de um modelo, que tanto pode refletir-se no espírito - sentido de alma e aspirações ideais, como no Estado político.


    Émile Durkheim foi um sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês. Formalmente, criou a disciplina acadêmica da sociologia e, com Karl Marx e Max Weber, é comumente citado como o principal arquiteto da ciência social moderna e pai da sociologia.


    Karl Marx foi um importante revolucionário e intelectual alemão, fundador da doutrina comunista moderna. Além disso, ele ainda atuou como filósofo, economista, historiador, jornalista e teórico político.


    Max Weber é um dos principais pensadores da modernidade. Como sociólogo e economista, foi um dos precursores da chamada sociologia econômica. Buscava compreender a sociedade a partir de seus aspectos históricos e culturais, de uma forma mais complexa e integral.


    GABARITO: E

  • Max Weber buscava compreender a sociedade a partir do indivíduo... os quais formam as instituições sociais... as quais formam a sociedade!

  • Weber → Burocracia (ação social) → Dominação legal ou legal-racional.

  • Gabarito (E)

    Falou em ação social, lembre-se de Max Weber. Pois um dos objetivos principais era compreender o indivíduo e suas ações.

    Bons estudos!


ID
2620975
Banca
FCC
Órgão
DPE-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Michel Foucault, na obra Vigiar e punir, discute três formas punitivas históricas e relaciona, cada uma dessas formas punitivas, a uma determinada “economia de poder”. As formas punitivas estudadas pelo filósofo, segundo a ordem cronológica de sua efetivação na história do direito penal ocidental, a partir do século XVII até o século XX, são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

  • Gabarito: A

    Na Inglaterra do século XVIII a classe trabalhadora vivia o pior estado de miséria de todos os tempos, sendo que com o “exército industrial de reserva” sequer se faziam necessárias as penas, já que o mercado, sozinho, encarregava-se da opressão e diminuição dos salários. Mas a partir de meados do século XVIII há o aumento geral da riqueza, bem como o grande crescimento demográfico, que fazem com que o alvo principal das ilegalidades populares estivesse não mais nos direitos, mas sim nos bens.

    Afirmou-se a necessidade em se desmantelar da antiga economia do poder de punir caracterizada pela lacuna nas instâncias e concentração de poder correlato a uma inevitável tolerância, além de castigos ostensivos e incertos, e definir estratégias e técnicas punitivas contínuas e permanentes. 

    No fim do século XVIII e começo do século XIX, assim, a punição em forma de encenação vai se extinguindo, sendo eliminada em toda parte na primeira metade do século XIX, e tudo o que associasse punição a espetáculo passa a ter cunho negativo, revoltante.

    Assim, se, em um primeiro momento, a punição era dirigida aos corpos, em forma de esquartejamento, amputação, pelourinho ou outra forma teatral, a nova justificação moral ou política do direito de punir faz com que a punição vá se tornando, décadas depois, a parte mais velada do processo penal, deixando a percepção visível e entrando no campo da consciência abstrata. A concepção era de que a certeza da punição é que desviaria o homem do delito, e não mais o suplício teatral.

    Por isso, a justiça não mais assume publicamente a violência que produz, estabelecendo um sistema duplo entre si e o castigo imposto: públicos são os debates e a sentença, enquanto a execução era tida como algo suplementar que a justiça tinha vergonha de impor ao condenado. Destarte, “a execução da pena vai se tornando um setor autônomo, em que um mecanismo administrativo desonera a justiça, que se livra desse secreto mal-estar por um enterramento burocrático da pena”.

    O século XIX consolidou a difusão do isolamento celular na Europa, elemento valioso da disciplina pretendida. Foi o momento também da máxima expressão da filosofia punitivista, influenciada por Von Lizst, com a consolidação da independência do poder judiciário e racionalização do direito penal. As reformas, entretanto, mantiveram a antiga noção segundo a qual o nível de vida nas prisões deveria ser inferior ao nível mínimo da população livre.  O Estado aumenta sua esfera de intervenção na vida individual, sendo marcada pela intensa vigilância. “Como nos tempos das mutilações, a prisão marca o excluído que ao nela entrar foi duplamente excluído, criando um círculo vicioso retificador da segregação e estigmatização”.

    (Trechos de fichamento da obra VIgiar e Punir, de FOUCAULT).

  • Resumindo a evolução das penas:

    -> Em um primeiro momento, as penas eram desproporcionais, ferozes, corporais, marcadas por esquartejamento, amputação de membros, marcas simbólicas no rosto, exposição do condenado em praças. Representavam pura vingança através de espetáculos do horror. 

     

    -> No decorrer do século XVIII, inicia-se uma limitação dos castigos, representada pela "lei de talião" (olho por olho, dente por dente), em que a pena deveria retribuir exatamente o mal provocado pelo crime, de maneira proporcional, portanto (Surgem as Teorias Retributivas - HEGEL definiu crime como negação do direito e pena como negação do crime, portanto, como reafirmação do direito).

     

    -> No século XIX, o "mal estar" provocado pelas penas corporais passa a ser substituído pela "violência da alma", em que a Justiça passa a ser pública (não mais assume a violência que produz) e há consolidação das penas de privação de liberdade (prisões), com intença vigilância estatal. Aqui surgem as teorias da prevenção (geral - destinada a todos; e especial - aos que delinquem). Ocorrem dois processos dirigidos aos apenados: por um lado, há a prevenção especial negativa, com a neutralização (inocuização); por outro a positiva, com a correção (ressocialização) - funções declaradas da pena.

  • Provavelmente, essa questão é de Criminologia.

     

    A FCC adora o Vigiar e Punir do Michel Foucalt. Não é por menos: é uma obra muito densa e um estudo muito meticuloso.

     

     

    Vida à cultura democrática, C.H.

  • PARA AQUELES QUE VENERAM "Michel Foucault" POR FAVOR PESQUISEM SOBRE O AUTOR.

     

    A propósito isso se aplica a qualquer escritor.

    Não sou ativista. Só prefiro a verdade. Prefiro uma verdade que não me agrade.

     

     

    Mas me divirto mais quando faço questões para o cargo de DEFENSOR PÚBLICO em que a banca conta uma "ESTÓRIA" mais triste do que o conto " A PEQUENA VENDEDORA DE FÓSFOROS (livro infantil)". Nestes casos a banca conta uma estória comprida e afirma que a AUTORIDADE POLICIAL comete tortura, abuso de autoridade, improbidade administrativa, crime contra a administração pública, genocídio e mais alguns comportamentos desviados. Então, você assinala............ kkkkkkkkkkkk

     

     

     

  • Mesmo para concursos policiais a obra é excelente. Caiu uma questão na prova de Delegado em Goiás, muito bem formulada.

     

    A obra tende a acrescentar intelectualmente pois permite uma reflexão sobre o sistema carcerário/criminalizador e sua construção. Dela, extrai-se o que se considera mais interessante e aplicável, não precisa ser recebida como verdade absoluta em todos os pontos.

     

    De toda forma, a questão não traz questões ideológicas passíveis de críticas, pode-se considerar que é só contexto histórico né não?! Ao menos eu, respondi tendo isso em mente. Rola ir fazer crítica a Focault em questões subjetivas, nessa aqui não :)

  • Eis a beleza das provas para a Defensoria.


    A instituição não quer gente que só decorou lei e nunca abriu um livro de Criminologia, Sociologia ou Filosofia na vida.

  • As primeiras páginas de Vigiar e Punir descrevem o esquartejamento de um criminoso com a utilização de cavalos. Foucault, dessa forma, começa sua exposição apresentando o argumento de que a execução da pena, ainda no século XVII, era aplicada a partir de penas físicas extremamente violentas com o intuito de educar pelo terror. Conforme os direitos do indivíduo e novas tecnologias sobre os corpos se desenvolvem na sociedade a partir de concepções que condenam a sevícia, as penas passam a levar em conta o crime cometido. O estabelecimento de prisões, manicômios e instituições similares, corresponde ao desenvolvimento de uma concepção penal que captura os corpos retirando-os da sociedade e isolando-os em ambientes super controlados. Foucault se utiliza da concepção de Jeremy Bentham sobre o panótipco, ambiente em que um poder total controla os corpos sob supervisão, para ilustrar essa transformação social.

    Resposta, letra A.

ID
2724367
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A categoria de direito, seus exemplos e o respectivo período histórico/século estão em correta correspondência em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - B:

    B

    Categoria de Direitos - Civis

    Exemplos de Direitos - Liberdade de Expressão

    Período Histórico/Século - XVIII (dezoito)

    Exemplo:

    Constituição dos EUA

    Foi discutida e aprovada pela Convenção Constitucional de Filadélfia (no estado da Pensilvânia), entre 25 de maio e 17 de setembro de 1787.


ID
2872285
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

A elaboração da Lei n. 11.340/06 (Lei Maria da Penha) partiu, em grande medida, de uma perspectiva crítica aos resultados obtidos pela criação dos Juizados Especiais Criminais direcionada à banalização do conflito de gênero, observada na prática corriqueira da aplicação de medidas alternativas correspondentes ao pagamento de cestas básicas pelos acusados.

VASCONCELOS, F. B. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 11 dez. 2012 (adaptado).


No contexto descrito, a lei citada pode alterar a situação da mulher ao proporcionar sua

Alternativas
Comentários
  • A violência de gênero que buscou-se coibir com a Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/06) refere-se principalmente à violência doméstica praticada, em sua ampla maioria, por familiares contra mulheres. O Brasil possui um dos mais altos índices de feminicídio do mundo (5o, segundo a Organização Mundial da Saúde), sendo em sua grande maioria causado por familiares ou companheiros afetivos (50% e 33% respectivamente). A promulgação da lei tinha como objetivo combater esses números e, principalmente, esta prática ao aumentar a protecão para as mulheres contra ações violentas. Resposta, letra D.
    A atuação como provedora do lar (A) e a inserção no mercado de trabalho (B) são questões econômico-sociais enquanto que a presença em instituições policias (C) e a participação enquanto gestora pública (E) correspondem à participação das mulheres na estrutura pública que, sim, podem ser modificadas e/ou incentivadas por lei e políticas públicas, mas nada têm a ver com a referida lei.

    Gabarito: D

  • estou imaginando um preso que foi detido por agressão da mulher fazendo essa questão

  • Ksksksk

  • A violência de gênero que buscou-se coibir com a Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/06) refere-se principalmente à violência doméstica praticada, em sua ampla maioria, por familiares contra mulheres. O Brasil possui um dos mais altos índices de feminicídio do mundo (5o, segundo a Organização Mundial da Saúde), sendo em sua grande maioria causado por familiares ou companheiros afetivos (50% e 33% respectivamente). A promulgação da lei tinha como objetivo combater esses números e, principalmente, esta prática ao aumentar a proteção para as mulheres contra ações violentas.

    (Prof. Athos Vieira)

  • Letra D

    A Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 22 de setembro de 2006, foi criada para punir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil. Muito conhecida, a lei foi considerada em 2012, pela ONU, como a terceira melhor de combate à violência doméstica do mundo.

  • Questão importante no contexto proposto pelo ENEM -> Avaliar aptidão intelectual e crítico.

  • Questão dada de graça... como diziam os antigos: "mamão com açúcar".. kkkk

  • A Lei Maria da Penha é uma lei distrital brasileira, cujo objetivo principal é estipular punição adequada e coibir atos de violência contra a mulher.

  • Essa questão estava tão fácil que eu pensei que tinha alguma pegadinha

  • nem precisava ler td. comando como a lei altera a vida da mulher? e o texto logo de cara "lei maria da penha"


ID
2914405
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-PI
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Acerca de controle social e direito, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Quanto à letra "c", NÃO constitui objetivo do direito o fracionamento do sistema normativo, tendo em vista que o ordenamento jurídico é uno e coeso.

    Na verdade, as demais normas ENCONTRAM fundamento na Constituição Federal, esta responsável por promover a unidade axiológica do ordenamento, à luz da doutrina de Gustavo Tepedino.

    Mas como assim unidade axiológica?

    Com o neoconstitucionalismo, a Constituição traz normas com elevado grau de abstração e generalidade, OS PRINCÍPIOS, que não são aplicadas segundo um critério de subsunção (ou seja: Se acontece A --- Acarretará a consequência B).

    Diversos princípios coexistem no ordenamento, sem a prevalência absoluta de um sobre o outro, porque ponderando-os no caso concreto vamos verificar qual tem o maior peso no caso concreto.

    A Constituição prevê uma série de princípios, que orientam os demais ramos jurídicos, em decorrência da supremacia formal e material da Lei Maior.

  • Resposta: B - "Tanto instituições informais, como a família, quanto organizações formais, como escolas e igrejas, exercem o controle social".

  • CONTROLE SOCIAL:

    Trata-se de mecanismos de intervenção de uma sociedade ou grupo social, utilizados para que os indivíduos se comportem de maneira desejável, de acordo com as regras sociais. Por meio de recursos materiais e simbólicos aqueles que governam sobre o grupo controlado influenciam o modo de pensar, de ser, valores e crenças dos indivíduos, com o objetivo de manter determinado ordenamento social.

    Também são mecanismos que servem como forma de intervenção diante de mudanças que possam ocorrer no meio social, induzindo o indivíduo a se conformar com a nova realidade, seja positiva ou negativa.

    controle formal corresponde as leis e regras institucionalizadas, já o controle informal corresponde as normas de conduta social que são reconhecidas e compartilhadas em uma sociedade, como por exemplo crenças, costumes, valores e etc.

    [https://blogdoenem.com.br/controle-social-sociologia/]

    De um lado tem-se o controle social informal, que passa pela instância da sociedade civil: família, escola, profissão, opinião pública, grupos de pressão, clubes de serviço etc. Outra instância é a do controle social formal, identificada com a atuação do aparelho político do Estado. São controles realizados por intermédio da Polícia, da Justiça, do Exército, do Ministério Público, da Administração Penitenciária e de todos os consectários de tais agências, como controle legal, penal etc. (SHECAIRA, 2004, p. 56)

    > Atenção: controle social formal/informal é uma coisa; Instituição e organização formal/informal é outra coisa. Não confunda!

  • Examinador fez uma pegadinha...

    Instituições/organizações formais/informais e, não, controle social formal/informal

    Em tese, igreja, por exemplo, é controle social informal, mas uma organização formal

    Abraços

  • O controle social é exercido a partir do estabelecimento moral das condições de convívio. Sua fonte primária é a família e a comunidade, enquanto estruturas informais, institucionalizando nas igrejas e nos Estados de acordo com o desenvolvimento de uma dada sociedade. A educação é transformada ao longo do desenvolvimento destas instituições e cumpre o papel primordial na condução do controle social. Emile Durkheim fala da importante função social desempenhada pela igreja na manutenção dos laços sociais. Gabriel Tarde fala como o "olhar do outro" controla nossas ações, primeiro em público, mas depois no privado, quando internalizamos esse "olhar". Tudo é mecanismo e ferramenta de controle social que se multiplica e se reproduz na sociedade. 
    A letra A está errada, pois esse processo também possui uma dimensão positiva de integração, identidade, apoio, etc.
    A letra C está errada, pois advoga o oposto da tendência das normas jurídicas no sentido de tornar menos fracionada a concepção da regra a partir das práticas e controles sociais.
    A letra D está errada, pois, além de emergirem da estrutura estatal, os mecanismos de controle social são também expressões de poder.
    A letra E está errada, pois os modelos de conduta são resultado de um desenvolvimento histórico e social de um dado grupo, muitas das vezes sem qualquer análise racional.
    A resposta, portanto, é letra B.

  • Instituições formais: são explicitamente estabelecidas por uma autoridade pertinente. Ex.: Igreja Católica, Congresso dos Estados Unidos

    Instituições informais são geralmente regras não escritas da sociedade, normas e tradições.


ID
3021079
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Um movimento social organizado formado em determinada rede social da Internet pretendia promover manifestação de rua para reivindicar a descriminalização do consumo e da posse da cannabis sativa. Para isso, fez ampla divulgação do evento nas redes sociais. Cientificado do ato, o delegado responsável pelo distrito onde a manifestação ocorreria determinou a abertura de inquérito para apurar a ocorrência do crime de apologia ao uso de drogas, indiciando os organizadores do evento e todos aqueles que haviam divulgado sua realização, bem como os indivíduos que haviam confirmado, via redes sociais, participação na manifestação. Além disso, determinou que o grupo tático de operações policiais contra o tráfico fizesse o policiamento ostensivo e impedisse a realização da manifestação. 

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o direito como ideologia, os fundamentos sociais da ordem jurídica, os conceitos de grupos sociais, de conflito social e jurídico, de acordo com a sociologia jurídica.


Haja vista a tipificação criminal da apologia ao uso de drogas, infere-se da situação hipotética que o delegado não fez uso ideológico do direito.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ERRADO.

    O fato de a legislação tipificar como crime a conduta de instigar, induzir ou auxiliar alguém a usar drogas (§ 2.º do art. 33 da Lei n.º 11.343/2006) não significa que o recurso ao dispositivo não seja uma forma de aplicação ideológica do direito. O conceito de ideologia envolve exatamente o poder de fazer valer as ideias dominantes tal como se fossem realidade. Nesse sentido, aplica-se o conceito de ideologia em Marx e Engels: “As ideias dominantes não são outra coisa a não ser a expressão ideal das relações materiais dominantes, as mesmas relações materiais dominantes concebidas como ideias; portanto, as relações que fazem de uma determinada classe a classe dominante, ou seja, as ideias de sua dominação”. 

    FONTE: CESPE

  • ERRADO

    Adota a base marxista ou não, é evidente que o direito é um instrumento para a manutenção de certos padrões de comportamentos. Pela teoria interacionista do controle social: a problemática do desviante está na leitura feita por algumas pessoas ou grupos, que é diferente daquela endossada pelo consenso da maioria. É premissa dessa linha de pensamento que a manifestação do comportamento humano é determinada por sentimentos, preferências, gostos pessoais… em última instância, pelos diferentes “eus”. Como consequência, não há comportamento desviante em si, mas uma acusação de desvio, o que representa, em miúdos, que foram extrapolados os limites impostos, os padrões definidos por certo segmento social. Ou seja: uso ideológico do direito, como fez o delegado.

    FONTE: Estratégia

    #PCDF

  • mas q porra é essa 

  • Grande Lúcio Weber, deveria ser o comentarista oficial de todas as questões , kkkk, melhor comentário, nunca mais erro uma questão dessa.
  • O STF entendeu constitucional a manifestação de em em prol da descriminalização da maconha, haja vista devendo ser pacífica, não permitido o envolvimento de menores nem também o uso de drogas durante a manifestação. O que foi alegado é que a manifestação com tal abordagem, não se refere à apologia às drogas, mas sim rebusca a garantia constitucional, que é a manifestação do por um direito por meio da descriminalização, qual seja (o uso da maconha a partir do mesmo ser considerado não mais crime em sentido estrito)

  • É só pensar como um DP ou dar uma esquerdada legal que acerta. Valeus.

  • Como já dizia o grande filósofo do qc: "Lúcio Weber, estão precisando de comentarista lá no concorrente".

  • Recalcados debochando de uma instituição como a defensoria. Não é a toa que são comentaristas do qc e passam longe de uma lista de aprovados.

  • Questão de portugues!

  • Lucio vc consome isso ai Kkkkk....
  • Lucio vc consome isso ai Kkkkk....
  • Ideologia é algo falso com finalidade de dominação hegemônica.

    A lei não criminaliza o debate ou manifestação da descriminação. Diferente de induzir ou instigar o uso da droga. O debate é livre e a manifestação é sobre a descriminalização da lei, que é diferente de reunir-se para usa-lá.

    Portanto, o delegado fez uso de ideológico, no caso específico, para considerar como apologia ao uso de drogas.

    "Haja vista a tipificação criminal da apologia ao uso de drogas, infere-se da situação hipotética que o delegado não fez uso ideológico do direito."

    O erro está na palavra não. Gab Errado.

  • Tendo em vista a natureza do evento que se propunha a debater uma política pública e sua possível alteração, a atuação do delegado ao instaurar inquérito e indiciar os organizados pelo crime de apologia ao uso de drogas é revestida de caráter ideológico. A promoção do debate de ideia sobre uma política pública, ainda que incite repulsa de algum grupo, não deve ser comparada à prática do ato em si. O direito constitucional à manifestação de ideias e à contestação legislativa não deve ser posto sob escrutínio policial, exceto se guiado por viés ideológico.
    A afirmativa está errada.
  • Gabarito: ERRADO

    Notem que o movimento social formado em determinada rede social da Internet pretendia promover manifestação de rua para reivindicar a descriminalização do consumo e da posse da cannabis sativa. Para isso, fez ampla divulgação do evento nas redes sociais. O delegado fez sim uso ideológico do direito, pois a liberdade de expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais e iminentes. Em decisão unânime (8 votos), o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a realização dos eventos chamados marcha da maconha, que reúnem manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Para os ministros, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. 

    Pela decisão, tomada no julgamento de ação (ADPF 187) ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o artigo 287 do Código Penal deve ser interpretado conforme a Constituição de forma a não impedir manifestações públicas em defesa da legalização de drogas. O dispositivo tipifica como crime fazer apologia de "fato criminoso" ou de "autor do crime".

    O voto do decano da Corte, ministro Celso de Mello, foi seguido integralmente pelos colegas. Segundo ele, a marcha da maconha é um movimento social espontâneo que reivindica, por meio da livre manifestação do pensamento, a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência.

    Além disso, o ministro considerou que o evento possui caráter nitidamente cultural, já que nele são realizadas atividades musicais, teatrais e performáticas, e cria espaço para o debate do tema por meio de palestras, seminários e exibições de documentários relacionados às políticas públicas ligadas às drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.

    Celso de Mello explicou que a mera proposta de descriminalização de determinado ilícito penal não se confunde com o ato de incitação à prática do delito nem com o de apologia de fato criminoso. O debate sobre abolição penal de determinadas condutas puníveis pode ser realizado de forma racional, com respeito entre interlocutores, ainda que a ideia, para a maioria, possa ser eventualmente considerada estranha, extravagante, inaceitável ou perigosa, ponderou.

    Mesmo acompanhando o relator, o ministro Luiz Fux achou necessário estabelecer parâmetros para a realização das manifestações. Fux ressaltou que elas devem ser pacíficas, sem uso armas e incitação à violência. Também devem ser previamente noticiadas às autoridades públicas, inclusive com informações como data, horário, local e objetivo do evento.

    Ele acrescentou ser imperioso que não haja incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes durante a marcha e deixou expresso que não pode haver consumo de entorpecentes durante o evento.

    Por fim, ressaltou que crianças e adolescentes não podem ser engajados nesses eventos. Se a Constituição cuidou de prever a proteção dos menores dependentes químicos, é corolário dessa previsão que se vislumbre um propósito constitucional de evitar tanto quanto possível o contato das crianças e dos adolescentes com a droga e com o risco eventual de uma dependência, afirmou.

    Logo, gabarito é ERRADO.

  • revisar

  • Para o STF defender os crimes de drogas e o aborto pode. É liberdade de expressão. Agora criticar o STF é crime. rsrs

ID
3021082
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Um movimento social organizado formado em determinada rede social da Internet pretendia promover manifestação de rua para reivindicar a descriminalização do consumo e da posse da cannabis sativa. Para isso, fez ampla divulgação do evento nas redes sociais. Cientificado do ato, o delegado responsável pelo distrito onde a manifestação ocorreria determinou a abertura de inquérito para apurar a ocorrência do crime de apologia ao uso de drogas, indiciando os organizadores do evento e todos aqueles que haviam divulgado sua realização, bem como os indivíduos que haviam confirmado, via redes sociais, participação na manifestação. Além disso, determinou que o grupo tático de operações policiais contra o tráfico fizesse o policiamento ostensivo e impedisse a realização da manifestação. 

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o direito como ideologia, os fundamentos sociais da ordem jurídica, os conceitos de grupos sociais, de conflito social e jurídico, de acordo com a sociologia jurídica.


No caso em apreço, a dogmática jurídica e o direito positivo mostraram-se insuficientes como formas de institucionalização do conflito social.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO CERTO.

    A complexidade das relações envolvidas nos movimentos de protesto que se dirigem fundamentalmente contra uma disposição do direito positivo que tipifica como crime o consumo da cannabis é o indicativo de que o conflito social não foi suficientemente estabilizado pela dogmática jurídica.

    Assim, o próprio direito reconhece os seus limites, devendo proteger os processos de mudança que possam impactar o próprio conteúdo do direito.

    Essa é uma caracterização da insuficiente “institucionalização do conflito” presente nas sociedades contemporâneas. A incapacidade de representação dos interesses coletivos pelos canais da democracia representativa e as dificuldades de defesa e garantia dos direitos sociais pelos mecanismos de adjudicação da dogmática jurídica colocam a magistratura diante de um problema sem precedentes: seu instrumento de trabalho, o direito positivo, torna-se um dos principais objetivos do conflito social.

    Os tribunais deixam de ser a sede de resolução das contendas entre indivíduos e passam a ser uma nova arena de reconhecimento ou negação de reivindicações sociais. 

    FONTE: CESPE

  • "Em decisão unânime (8 votos), o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a realização dos eventos chamados ?marcha da maconha?, que reúnem manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Para os ministros, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Muitos ressaltaram que a liberdade de expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais e iminentes.

    Pela decisão, tomada no julgamento de ação (ADPF 187) ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o artigo 287 do Código Penal deve ser interpretado conforme a Constituição de forma a não impedir manifestações públicas em defesa da legalização de drogas. O dispositivo tipifica como crime fazer apologia de "fato criminoso" ou de "autor do crime"."

    Abraços

  • CERTO.

    Institucionalização de um conflito social é o termo usado para descrever o processo de aplicação de sistemas de controle sociais por instituições públicas. Aqui, a institucionalização do conflito envolvendo as drogas (em especial a maconha) vem demonstrando a insuficiência do direito positivo para resolver a celeuma.

    FONTE: Estratégia

    #PCDF

  • Ultimamente o direito brasileiro vem deixando a desejar em todas as áreas, só se da atenção ao que não precisa... Puro merchandising.

  • Criminologia????

  • tá osso... vou correr da CESPE..
  • CERTO.

    O direito positivo, ou direito posto, não vem sendo suficiente para pacificar a sociedade quanto à temática da questão. Os crimes continuam ocorrendo, o nível de conflituosidade é alto.

    Nesse sentido, o Direito Penal em vários campos de atuação não tem conseguido conter a escalada da violência contra a pessoa (homicídios), patrimônio (roubos quotidianos nos centros urbanos, a pessoas e residências), etc..

    Não se trata de problema atinente apenas à esfera de uso e tráfico de drogas.

    E nem é um problema apenas brasileiro, pois na Inglaterra, por exemplo, há toda uma coletânea de livros (bem interessantes, recomendo!) do autor Theodore Dalrymple, que trata da cotidiano da violência e do crime e da desmoralização da sociedade inglesa.

  • CERTO.

    DOGMÁTICA JURÍDICA

    A parte da ciência jurídica que expõe e classifica os princípios que serviram de fonte do Direito positivo.

    DIREITO POSITIVO

    Ou jus positivismo, é um conjunto concreto de normas jurídicas, construído de forma cultural.

    DIREITO NATURAL

    Ou jus naturalismo, é o direito inerente a todo ser humano, desde o nascimento.

    INSTITUCIONALIZAÇÃO DE UM CONFLITO SOCIAL

    É o termo usado para descrever o processo de aplicação de sistemas de controle sociais por instituições públicas.

  • A contestação levantada pelo coletivo busca produzir um debate dentro da sociedade para que, a partir dele, seus resultados possam chegar à esfera de decisão sobre as políticas públicas e o ordenamento legal os altere. Trata-se de um direito garantido na Constituição, mas que provoca reações moralistas dentro da sociedade. Tais reações, como no caso em tela, podem conduzir a conflitos não eficientes quando o objetivo é respeitar ambos os direitos. Nitidamente, para defender uma sensibilidade moral, viola-se um direito constituído, logo, revela-se uma insuficiência da dogmática jurídica e do direito positivo na relação de dado conflito social. 
    A afirmativa está CERTA.
  • Gabarito: CERTO

    Notem que no caso em apreço, o delegado não problematizou o assunto de forma ampla, mas apenas utilizou-se da dogmática jurídica e do direito positivo.

    Para Maria Helena Diniz, na dogmática faço perguntas a mim mesmo e respondo sem problematizar. Por tais características a dogmática jurídica é limitada, pois nem tudo pode ser questionado, pois se parte de premissas (dogmas) que se relacionam com o resultado , ou seja, reforçam certos pontos de vista, alcançando uma função diretiva

    Já o Direito positivo consiste no conjunto de todas as regras e leis que regem a vida social e as instituições de determinado local e durante certo período de tempo. Para o positivistas, a lei é um produto do Direito que age como um mecanismo de organização social, firmada a partir de um "Contrato Social". O Contrato não pode ser rompido, sob pena de ter que responder nos termos da lei. Mas note, que haviam aí outros aspectos a serem considerados, como o direito constitucional de reunião e de livre expressão do pensamento, que garantem a realização dessas marchas. Não havendo incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes durante a marcha, e ainda não havendo consumo de entorpecentes durante o evento, não poderia o delega indiciar os organizadores do evento e todos aqueles que haviam divulgado sua realização, bem como os indivíduos que haviam confirmado, via redes sociais, participação na manifestação. Tratava-se pois, conforme determinação do STF, de evento com caráter nitidamente cultural, já que nele são realizadas atividades musicais, teatrais e performáticas, criando espaços para o debate do tema por meio de palestras, seminários e exibições de documentários relacionados às políticas públicas ligadas às drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.

    Deste modo, de fato, a dogmática jurídica e o direito positivo mostraram-se insuficientes como formas de institucionalização do conflito social.

    Logo, gabarito é CERTO.

  • revisar


ID
3021085
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Um movimento social organizado formado em determinada rede social da Internet pretendia promover manifestação de rua para reivindicar a descriminalização do consumo e da posse da cannabis sativa. Para isso, fez ampla divulgação do evento nas redes sociais. Cientificado do ato, o delegado responsável pelo distrito onde a manifestação ocorreria determinou a abertura de inquérito para apurar a ocorrência do crime de apologia ao uso de drogas, indiciando os organizadores do evento e todos aqueles que haviam divulgado sua realização, bem como os indivíduos que haviam confirmado, via redes sociais, participação na manifestação. Além disso, determinou que o grupo tático de operações policiais contra o tráfico fizesse o policiamento ostensivo e impedisse a realização da manifestação. 

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o direito como ideologia, os fundamentos sociais da ordem jurídica, os conceitos de grupos sociais, de conflito social e jurídico, de acordo com a sociologia jurídica.


O conjunto de pessoas que colaborou com a organização e divulgação da manifestação nas redes sociais classifica-se como grupo social primário.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ERRADO.

    As características de um grupo de pessoas reunido em determinado perfil ou evento criado nas redes sociais não são suficientes para categorizá-lo como grupo social. Tal reunião de indivíduos mais se assemelha à classificação de um agregado social. Um grupo social é definido quando há algumas características, como: pluralidade; interação social; organização; objetividade e exterioridade (o grupo social existe independentemente da vontade individual de cada um); objetivo comum; consciência grupal; continuidade. Além dos grupos sociais, existem os denominados agregados sociais. A diferença básica entre eles, segundo o sociólogo Mannheim, está no fato de que os agregados sociais são reuniões de pessoas com fraco sentimento grupal, mas que, mesmo assim, conseguem manter entre si um mínimo de comunicação e de relações sociais. O agregado social se caracteriza por não ser organizado, não ter estrutura estável nem hierarquia de posições e funções. As pessoas que dele participam são relativamente anônimas, isto é, são praticamente desconhecidas entre si. O contato social entre elas é limitado e de pequena duração.

    FONTE: CESPE

  • "A categorização dos grupos em ?grupo social primário? e ?grupo social secundário? foi adotado pela sociologia a partir das colaborações de Charles Horton Cooley (1864- 1929), quem criou e descreveu a ideia de ?grupo primário?. Do conceito e características do grupo primário, estudos posteriores desenvolveram a categoria ?grupos secundários?.

    Essa categorização, em um primeiro momento, parece ser de fácil uso, quando na verdade não o é. Muitas vezes confunde-se primário como mais importante e secundário como menos importante. Ou ainda, primário como caracterizado por ser o primeiro grupo que fazemos parte e secundário os demais. Essas confusões não estão completamente erradas, mas precisam ser reavaliadas à luz de outras características desses grupos.

    Um grupo primário geralmente é o grupo que nos propiciará os primeiros contatos, tal como o grupo social ?família?. Mas não é apenas essa a característica de um grupo social primário. Tal grupo caracteriza-se também por relações estreitas, afetivas, educadoras e duradouras. De acordo com Cooley um membro de um grupo primário geralmente mantém uma relação altruísta, muitas vezes realizando sacrifícios para o bem estar dos demais membros do seu grupo ou de todos os seus membros. O exemplo de família é sempre mencionado como grupo primário por ter (quase sempre) todas essas características. O grupo primário tem função educadora no sentido de preparar o indivídua para relacionar-se com outros grupos.

    Grupo secundário, ao contrário, caracteriza-se pela relação impessoal de trocas de interesses. As relações se dão mais por racionalidade do que por emoções, baseando-se na reciprocidade. Nos grupos sociais secundários, as relações são geralmente temporárias e muitas vezes anônimas. Exemplos seriam os colegas de trabalho e colegas de sala de aula.

    Desta forma, para classificar um grupo social é necessário atentar-se para essas várias dimensões ou aspectos."

    Abraços

  • ERRADO.

    Os grupos sociais podem ser classificados como primários, secundários e intermediários. Grupos primários são aqueles em que os membros possuem contatos pessoais diretos (mais íntimos), a exemplo da família.

    Fonte: Estratégia

  • Classificação

    Tomando por base a classificação dos contatos em primários e secundários, os grupos sociais podem ser classificados em:

    • Grupos primários – são aqueles em que predominam os contatos primários, isto é, os contatos mais pessoais, diretos, como a família, os vizinhos, o grupo de brinquedos etc.;

    • Grupos secundários – são os grupos sociais mais complexos, como as igrejas e o Estado, em que predominam os contatos secundários; os contatos sociais, neste caso, realizam-se de maneira pessoal e direta mas sem intimidade -, ou de maneira indireta, através de cartas, telegramas,telefone,etc.;

    • Grupos intermediários – são aqueles em que se alternam e se complementam as duas formas de contatos sociais (primários e secundários).Um exemplo deste tipo de grupo é a escola.

  • O que essa questão tem a ver com a lei anti drogas? Tem isso na lei?

  • O examinador tava na manifestação. Inclusive, elaborou essa questão junto com os companheiros de "luta".

  • questão sem noção nenhuma... cadê o direito penal que não vi até agora???
  • Atenção: O Supremo na ADI 4274/DF, rel. Min. Ayres Britto, Plenário, j. 23.11.2011, noticiado no Informativo 649, disse que a “Marcha da Maconha” não caracteriza o crime do art. 33, §2º, da Lei de Drogas, por duas razões:

    a) Liberdade de expressão e manifestação do pensamento; e

    b) Só existe o crime quando o induzimento, o auxílio ou a instigar devem ser dirigidas a uma pessoa (s)

    determinada (s).

    O objetivo da marcha da maconha é questionar a criminalização do usuário, defendendo a legalização da maconha. Não há o objetivo de induzir e instigar as pessoas a usar a droga. A democracia pressupõe que os cidadãos possam questionar as leis, o que não os desobriga de obedecer as leis. A marcha da maconha consiste no exercício democrático da liberdade de expressão.

    Fonte: Manual Caseiro

    Print dos meus comentários que uso para Revisão:

    Drive: @naamaconcurseira

    Face: https://www.facebook.com/Aprendendo-Direito-108313743161447/

  • Torço muito pra que essas pessoas que reclamam tanto dessas questões da dpdf não passem, pois não tem o mínimo perfil institucional. E na prova, essa questão não estava em Direito Penal, quem categorizou como Penal foi o qc

  • Errada: Grupos primários – predominam os contatos primários, mais pessoais, diretos, como a família, os vizinhos, etc.

  • ana mp,

    Pois eu espero que passem.

    Quem faz o perfil da instituição são seus membros, e as defensorias públicas já foram capturadas e dominadas por tempo demais por uma gente com determinado perfil.

  • Os grupos sociais são identificados como primários e secundários. Os primários correspondem aos grupos do primeiro ciclo de sociabilidade de um indivíduo, geralmente corresponde à família e à sua comunidade imediata. Os círculos secundários são aqueles compreendidos dentro da sociedade expandida, podem ser institucionais como escolas e igrejas, ou espontâneos como coletivos de amigos ou de interesses em comum, como organizadores de uma marcha pela discussão de uma dada política pública,
    A afirmativa está errada.
  • "O grupo primário, pequeno e íntimo, é um grupo restrito, em que cada membro pode estabelecer contactos diretos com os outros membros, através de relações fortes e solidárias, o que justifica a sua importância na vida dos indivíduos. O exemplo mais típico deste grupo é a família.

    Cooley e a sociologia americana, no início do século XX, apresentam-nos o conceito de grupo primário como entidade de pequena dimensão, caracterizada por fortes relações de "face a face" entre os seus membros e um forte sentimento do "nós".

  • errada

    Os grupos sociais primário: primeiro ciclo de sociabilidade de um indivíduo: família e à sua comunidade imediata.

    Os grupos sociais secundários: dentro da sociedade expandida: institucionais como escolas e igrejas, ou espontâneos como coletivos de amigos ou de interesses em comum, como organizadores de uma marcha pela discussão de uma dada política pública,

  • Gabarito: ERRADO

     

     

    Notem que o movimento social organizado foi formado em determinada rede social da Internet. Logo, sem sombra de dúvidas podemos supor tratar-se de um movimento em que pessoas que não se conhecem estarão reunidas. Portanto, não pode ser um grupo primário. Poderia ser um grupo secundário, vejamos:

    Grupos primários são aqueles em que os membros possuem contatos pessoais diretos, contatos mais íntimos. O maior exemplo de um grupo primário é a família.

    Grupos secundários são aqueles em que os contatos sociais são diretos, mas não há intimidade. Um exemplo de grupo secundário é um partido político.

    Grupos intermediários são aqueles em que se complementam as duas formas de contatos sociais, ou seja, os primários e os secundários. Um exemplo de grupo intermediário é a escola.

    Logo, gabarito é ERRADO.

  • revisar


ID
3021088
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Um movimento social organizado formado em determinada rede social da Internet pretendia promover manifestação de rua para reivindicar a descriminalização do consumo e da posse da cannabis sativa. Para isso, fez ampla divulgação do evento nas redes sociais. Cientificado do ato, o delegado responsável pelo distrito onde a manifestação ocorreria determinou a abertura de inquérito para apurar a ocorrência do crime de apologia ao uso de drogas, indiciando os organizadores do evento e todos aqueles que haviam divulgado sua realização, bem como os indivíduos que haviam confirmado, via redes sociais, participação na manifestação. Além disso, determinou que o grupo tático de operações policiais contra o tráfico fizesse o policiamento ostensivo e impedisse a realização da manifestação. 

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o direito como ideologia, os fundamentos sociais da ordem jurídica, os conceitos de grupos sociais, de conflito social e jurídico, de acordo com a sociologia jurídica.


Do ponto de vista sociológico, a incerteza quanto à correção da decisão sobre a criminalização do uso da cannabis sativa é o que possibilita aos procedimentos jurídicos a mudança do direito vigente acerca desse tema.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO CERTO.

    As discussões sobre legitimidade e legalidade adquirem um caráter contingente e moldado historicamente a partir da construção do sentido da própria realidade social e, consequentemente, dos fundamentos sociais da ordem jurídica.

    A ausência de certeza objetiva quanto à correção da proibição de determinada conduta é a marca do procedimento jurídico na modernidade, o que tem como consequência a inserção da sua alterabilidade e decidibillidade no interior do sistema jurídico.

    E o direito ao protesto é uma ferramenta social hábil à provocação dessas transformações.

    Segundo, Niklas Luhmann, “Protegido pela organização e pela profissionalização, o tribunal faz a apresentação de sua própria decisão como interpretação e aplicação do direito vigente que transforma o direito vigente.

    Por fim, os procedimentos jurídicos operam nessa mesma direção.

    Eles se iniciam com a aceitação, expressamente cuidadosa, da incerteza da decisão, e assim encaminham a colaboração, especificam papéis, contribuições, delimitam pontos de conflito, até que a decisão apareça como resultado ‘lógico’ do procedimento jurídico.

    Com o estreitamento da comunicação mediante a cooperação dos participantes, também os protestos podem ao mesmo tempo ser absorvidos, com a consequência de que após a decisão só seja possível impugnar à medida que o permitam os mesmos meios jurídicos. Afora isso, só mesmo pela via da política é que se pode sugerir ao sistema do direito uma mudança do direito vigente.”

    FONTE: CESPE

  • Exemplo de sociologia X Lei

    Caíram velhos tabus. As uniões fora do casamento se multiplicavam. O legislador, todavia, colocava-se insensível aos clamores sociais, negando aos casais desquitados a instituição do divórcio. A pressão dos fatos era muito grande. Ocorreu o fenômeno sociológico da revolta dos fatos contra a lei.

    Abraços

  • Como já referiu o Min. Celso de Mello no bojo da ADPF 187: “O debate sobre abolição penal de determinadas condutas puníveis pode ser realizado de forma racional, com respeito entre interlocutores, ainda que a ideia, para a maioria, possa ser eventualmente considerada estranha, extravagante, inaceitável ou perigosa”. Esse tipo de ação oriunda da sociedade pode, sem dúvidas, determinar os rumos do direito.

    FONTE: Estratégia

    #PCDF

  • Gabarito CERTO - Se a população não puder se manifestar contra decisões jurídicas, perde-se o caráter democrático

  • questao de sociologia e não de direito penal.

  • nitidamente o elaborador da questão tentou rebuscar desnecessariamente a afirmação para levar os candidatos a erro.. qual a dificuldade de formular questões com mais clareza e objetividade???
  • CERTO.

    O Direito Penal visa à proteção dos bens mais relevantes. Seu objetivo é intervir minimamente.

    O Direito de forma geral acompanha os desejos da sociedade.

    Se a sociedade tolera o uso da droga, não se ofende com o seu uso, a tendência é que haja modificação no direito positivo (o direito escrito na lei). Por isso, hoje o usuário é "punido" brandamente, ao contrário de vinte anos atrás.

  • Se a questão falou em descriminalizar drogas, coloque em mente o Princípio da Alteridade.

    Pra esse princípio o direito penal não deve punir aquelas condutas que causem mal apenas ao próprio praticante da ação.

  • CERTO.

    Princípio da auteridade

  • Essa assertiva não é de Penal.

  • DO PONTO DE VISTA SOCIOLÓGICO

  • A Sociologia Criminal, segundo Fernandes e Fernandes (2002) busca explicar e justificar a maneira como os fatores do meio ambiente social atuam sobre a conduta individual, de forma a conduzirem o homem à iniciação delitiva, o crime seria um fenômeno social.

    Dias e Andrade (1997, p. 243) elucidam que a referida teoria tem como propósito problematizar a ordem social, ou seja, “a explicação sociológica do crime deve ser tendencialmente globalizante: para além e antes da sua explicação no plano do acontecer e dos dados sociológicos, há que tentar explicá-lo ao nível da própria ordem social”. Ou seja, se existe interesse social para que haja mudança jurídica, tal interesse é de manifestação legítima.

    No voto do decano do STF, na ADFT de número 187, ministro Celso de Mello, foi seguido integralmente pelos colegas. Segundo ele, a “marcha da maconha” é um movimento social espontâneo que reivindica, por meio da livre manifestação do pensamento, “a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência”.

    Além disso, o ministro considerou que o evento possui caráter nitidamente cultural, já que nele são realizadas atividades musicais, teatrais e performáticas, e cria espaço para o debate do tema por meio de palestras, seminários e exibições de documentários relacionados às políticas públicas ligadas às drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.

  • O conflito social posto devido à discussão acerca do proibicionismo das drogas se assenta nos limites da esfera privada. Até onde o poder de censura do Estado para um determinado ato tem respaldo e eficiência e a partir de onde se torna tirania. O direito de consumir uma substância, o direito de portar, de produzir, de defender a ideia que permita a mudança na lei estão restritos aos direitos individuais ou coletivos? Podem e devem ser tutelados pelo Estado ou não devem sofrer interferência legislativa? As incertezas de tais definições é o que permite a judicialização do tema como ocorreu em 2011, pelo direito à Marcha da Maconha, é como ocorre hoje, com coletivos que passaram a plantar, produzir e distribuir óleo de cannabis para tratamento médico uma vez que o Estado Brasileiro não permite uma cadeia produtiva legal para o acesso. Tais intervenções jurídicas acabam operando transformações no direito vigente sobre o tema devido às incertezas não superadas. 
    A afirmativa está CERTA.
  • Ok. O direito é tão dinâmico como também é a sociedade.

  • Gabarito: CERTO

     

     

    Vejamos como a própria banca examinadora justificou o gabarito.

    "As discussões sobre legitimidade e legalidade adquirem um caráter contingente e moldado historicamente a partir da construção do sentido da própria realidade social e, consequentemente, dos fundamentos sociais da ordem jurídica.

    A ausência de certeza objetiva quanto à correção da proibição de determinada conduta é a marca do procedimento jurídico na modernidade, o que tem como consequência a inserção da sua alterabilidade e decidibillidade no interior do sistema jurídico.

    E o direito ao protesto é uma ferramenta social hábil à provocação dessas transformações.

    Segundo, Niklas Luhmann, “Protegido pela organização e pela profissionalização, o tribunal faz a apresentação de sua própria decisão como interpretação e aplicação do direito vigente que transforma o direito vigente.

    Por fim, os procedimentos jurídicos operam nessa mesma direção.

    Eles se iniciam com a aceitação, expressamente cuidadosa, da incerteza da decisão, e assim encaminham a colaboração, especificam papéis, contribuições, delimitam pontos de conflito, até que a decisão apareça como resultado ‘lógico’ do procedimento jurídico.

    Com o estreitamento da comunicação mediante a cooperação dos participantes, também os protestos podem ao mesmo tempo ser absorvidos, com a consequência de que após a decisão só seja possível impugnar à medida que o permitam os mesmos meios jurídicos. Afora isso, só mesmo pela via da política é que se pode sugerir ao sistema do direito uma mudança do direito vigente.”

    FONTE: CESPE (CEBRASPE)

    Importante ainda para melhor entendimento da questão trazermos à tona a reflexão do Min. do STF, Celso de Mello no bojo da ADPF 187: “O debate sobre abolição penal de determinadas condutas puníveis pode ser realizado de forma racional, com respeito entre interlocutores, ainda que a ideia, para a maioria, possa ser eventualmente considerada estranha, extravagante, inaceitável ou perigosa”.

    Percebam ainda que o ponto chave é a incerteza quanto à correção da decisão. Esse tipo de ação tem sim o condão de promover mudanças de rumos no direito.

    Logo, gabarito é CERTO.

  • revisar


ID
3246163
Banca
FEPESE
Órgão
SJC-SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Leia com atenção o texto a seguir.


................................ , autor da obra intitulada Manicômios, prisões e conventos, afirma que o “seu fechamento ou seu caráter total é simbolizado pela barreira à relação social com o mundo externo e por proibições à saída que muitas vezes estão incluídas no esquema físico – por exemplo, portas fechadas, paredes altas, arame farpado, fossos, água, florestas ou pântanos. A tais estabelecimentos dou o nome de instituições ......................... ”.


Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.

Alternativas
Comentários
  • LETRA C


ID
3536527
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Seringueiras - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

O esperado do indivíduo que estaria moralmente comprometido com a intenção de uma vida justa é que ele considere os interesses coletivos; entretanto, não significa que a saída seria colocar em prejuízo os interesses singulares.

Quando o indivíduo é tomado pelo sentimento de "vergonha, ao participar da injustiça universal", abre caminho para:

Alternativas
Comentários
  • Entendi foi nada. Questão estranha.

  • o que se pode entender é que a solidariedade é uma ação que pode ser de uma pessoa, um grupo sindicalizado ou não e que reagem a situações injustas.

    solidariedade

    solidariedade:

    JURÍDICO (TERMO)

    compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas.


ID
3585484
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2017
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em uma ação de reintegração de posse, foi determinada a remoção de centenas de famílias, que havia anos tinham fixado moradia no local e compartilhavam a prestação de serviços mútuos. Antes da ocupação, o espaço era um terreno abandonado de propriedade da massa falida de uma empresa em débito com a fazenda pública, única credora habilitada. A comunidade, além da mobilização junto aos governos municipal e estadual com o objetivo de regularizar a ocupação, havia, por meio de sua associação, procurado o órgão da DP, que, na oportunidade, ajuizou ação de desapropriação indireta, que ainda não havia sido julgada. Quando do cumprimento da decisão de reintegração de posse, diante da resistência dos integrantes da ocupação, registrou-se o uso desproporcional de violência pela força policial, tendo a ação resultado em prisões, pessoas feridas e perda de objetos pessoais dos moradores.

A respeito dessa situação hipotética e de ideias relacionadas à sociologia do direito, julgue o item a seguir.

A remoção das famílias com o emprego da força policial tipifica o controle social classificado como externo e positivo. 



Alternativas
Comentários
  • a polícia, o Judiciário, a administração penitenciária, por exemplo, são instituições encarregadas de exercer o controle social formal.

    -

    Examinador fez uma pegadinha...

    Instituições/organizações formais/informais e, não, controle social formal/informal

    Em tese, igreja, por exemplo, é controle social informal, mas uma organização formal

    -

    Já o objeto da criminologia é dividido em 4: delito; delinquente; vítima; e controle social. Criminologia: elementos é quase princípios e objetos é características!

    Abraços

  • A remoção das famílias com o emprego da força policial tipifica o controle social classificado como externo e NEGATIVO.

  • GABARITO: ERRADO

    CONTROLE SOCIAL EXTERNO: constitui-se de procedimentos institucionais acionados em situações de desrespeito a normas estabelecidas e vigentes na sociedade.

    CONTROLE POSITIVO: consiste em estimular as ações desejadas na sociedade.

    CONTROLE NEGATIVO: consiste em desestimular, impedir ou punir as ações socialmente indesejadas.

    Portanto, o erro está em classificar como positiva a remoção forçada das famílias. Evidentemente, não se trata de uma ação de estímulo a um comportamento desejado, mas de impedimento ou punição a uma ação social indesejada pela norma que rege a propriedade.

  • GABARITO: ERRADO

    As formas de controle interno estão associadas ao processo de interiorização do conjunto normativo, isto é, o processo de inserir uma noção, ideia ou valor na consciência do sujeito, de forma que ela passe a fazer parte de seu pensamento. Normas e valores específicos desse meio social, considerados indispensáveis para a ordem, são introduzidos ao processo de construção da identidade do sujeito, que passa a delimitar suas ações de acordo com esse conjunto normativo.

    As formas de controle externo referem-se a ações punitivas, como sanções ou ações coercivas, que são acionadas diante da prática de ações que não condizem com as normas estabelecidas. Essas punições variam em forma e podem ser tanto de caráter físico, como a punição capital, quanto de caráter social, como o isolamento ou a ridicularização pública. As sanções e punições, por exemplo, podem ser aplicadas pelo próprio grupo social em que estamos inseridos. A exclusão social é o mais claro exemplo de sanção que um grupo pode infligir a um sujeito que assume um comportamento não condizente com a norma estabelecida.

    O controle negativo embasa-se na reprovação de determinados comportamentos, o meio para tal é através da aplicação de sanções. Elas se subdividem em leve ou grave, de caráter intimidador ou de coação. Por isso as sanções negativas tem o efeito de coação para o infrator e de intimidação para os demais.

    O controle positivo baseia-se em contemplar e encorajar o bom comportamento para que no fim exista alguma recompensa ou gratificação. Diferem-se de acordo com a sua intensidade, esse controle pode ser gratificador, orientador ou persuasivo. O gratificador pode ser exemplificado por um funcionário do mês, um aluno que se destaca, sendo premiado e através dessa premiação incentivará os outros a agir do mesmo modo. Já o orientador, normalmente transmitido pelo governo, e procura alertar o povo a existência de um determinado risco, como por exemplo, as doenças. E por fim a persuasão, é tida como uma advertência, aos males decorrentes do cigarro, por exemplo.

    Fonte: https://www.preparaenem.com/sociologia/controle-social.htm

    https://isabelbacellarmercier.jusbrasil.com.br/artigos/335466107/meios-de-controle-social


ID
3585844
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2017
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em uma ação de reintegração de posse, foi determinada a remoção de centenas de famílias, que havia anos tinham fixado moradia no local e compartilhavam a prestação de serviços mútuos. Antes da ocupação, o espaço era um terreno abandonado de propriedade da massa falida de uma empresa em débito com a fazenda pública, única credora habilitada. A comunidade, além da mobilização junto aos governos municipal e estadual com o objetivo de regularizar a ocupação, havia, por meio de sua associação, procurado o órgão da DP, que, na oportunidade, ajuizou ação de desapropriação indireta, que ainda não havia sido julgada. Quando do cumprimento da decisão de reintegração de posse, diante da resistência dos integrantes da ocupação, registrou-se o uso desproporcional de violência pela força policial, tendo a ação resultado em prisões, pessoas feridas e perda de objetos pessoais dos moradores.

A respeito dessa situação hipotética e de ideias relacionadas à sociologia do direito, julgue o item a seguir.

A decisão judicial em apreço — de reintegração de posse — é exemplo do efeito simbólico que a norma sobre a função social da propriedade representa no ordenamento jurídico brasileiro. 




Alternativas
Comentários
  • A função social é elemento integrante do conceito de propriedade (é elemento interno).

    Abraços

  • GABARITO: CERTO.

  • GABARITO: CERTO

    FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: ENTRE O SIMBÓLICO E O ENCRIPTADO

    Bruno Fernandes Magalhães Pinheiro de Lima (Bacharel e Mestrando em Direito pela PUC Minas. Email:brunofmpl@gmail.com)

    (...)

    A ideia de legislação simbólica foi desenvolvida com maior desenvoltura por Marcelo Neves (2007), este autor, sinteticamente, define a legislação simbólica da seguinte forma:

    A legislação simbólica é caracterizada por ser normativamente ineficaz, significando isso que a relação hipotético-abstrata “se-então” da “norma- primária” e da “norma secundária” (programa condicional) não se concretiza regularmente. Não é suficiente a não-realização do vínculo instrumental “meio- fim” que resulta abstratamente do texto legal (programa finalístico) para que venha a discutir-se sobre a função hipertroficamente simbólica de uma lei. Sendo eficaz, ou seja, regularmente observada, aplicada, executada ou usada (concretização normativa do texto legal), embora inefetiva (não realização dos fins), não cabe falar de legislação simbólica. (NEVES, 2007, p. 51)

    Neves (2007) considerou normas simbólicas aquelas presentes nos textos normativos constitucionais ou infraconstitucionais e que não produzissem efeitos jurídicos algum. Ou seja, poderiam produzir efeitos fora do sistema jurídico, mas não dentro deste. Sendo assim, o caráter simbólico acaba por remeter ao aspecto formal da norma.

    (...)

    FONTE

    http://periodicos.pucminas.br/index.php/virtuajus/article/download/13695/212-230/


ID
3670567
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2004
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Por ocasião de um grande evento nacional, muitos jovens criticaram a organização desse evento nas redes sociais e, por fim, também nessas redes, combinaram manifestações de rua em grandes cidades do Brasil. Durante essas manifestações, houve depredação de prédios públicos sem que se identificasse quem teria causado os prejuízos, mas ainda assim as forças de segurança pública detiveram alguns jovens e feriram outros tantos. A mídia realizou ampla cobertura, inclusive da ação das forças de repressão.


Com referência a essa situação hipotética e tendo por base o conceito de grupos sociais, julgue o item abaixo.

Grupos que não tenham liderança organizada não podem ser considerados grupos sociais. Dessa forma, os problemas ocorridos nas citadas manifestações enquadram-se no conceito de turba e os que nelas cometeram infrações deverão ser responsabilizados individualmente.

Alternativas
Comentários
  • turba

    substantivo feminino

    grande número de pessoas, esp. quando reunidas; multidão, turbamulta, turbilhão.

    "a t. dos poetas medíocres"

    multidão em movimento ou desordem, potencialmente violenta; turbamulta, turbilhão.

    "a t. das ruas durante a Queda da Bastilha"

    Abraços

  • Vamos aos conceitos:

    TURBA: multidão momentânea, como pessoas se aglomerando em torno de uma atriz famosa, ou para ver a prisão de um assassino. A Turba pode se transformar em tumulto. Este, no entanto, é hostil e tem motivações anteriores.

    GRUPO SOCIAL: uma coletividade interativa, com normas, valores e objetivos comuns, de natureza contínua, com estrutura social mais ou menos consolidada, de identidade perceptível pelos de fora (Fichter,1973, p.140 apud Lakatos e Marconi,1999, p.119).

    FONTE: henriquediario.blogspot.com

    Como se pode notar, os conceitos sociológicos de turba e de grupo social não envolvem a existência ou não de liderança, decorrendo daí, a meu ver, o erro da questão. De fato, turba e grupo podem ser caracterizados independentemente da existência de alguma liderança.


ID
3808141
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Entre as teses da sociologia jurídica, está a de que o direito positivo surge na modernidade, como resultado de aprendizagem de um processo social, podendo ser tomado como meio adequado para estabilização de expectativas de comportamento dos indivíduos, caracterizando-se, nesse sentido, como processo de legitimação do direito.

Alternativas

ID
3835099
Banca
FEPESE
Órgão
SAP-SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Sociologia
Assuntos

Em agosto de 2018, o Infopen, sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro, do Ministério da Justiça, divulgou dados sobre a população carcerária do Brasil.

Eles retratam a precariedade do sistema carcerário, as políticas de encarceramento e o aumento de penas que, via de regra, se voltam contra a população .......................................... e pobre. Entre os presos, mais de ....................... são pretos ou pardos.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: E.