" Concretamente, o "clipping"é o recorte ou gravação de uma unidade informativa (nota em coluna, editorial, notícia, reportagem, artigo de um colaborador etc) , que consolida o processo de interação da empresa ou entidade com um determinado veículo de comunicação.
Embora ele seja a prova cabal deste esforço de informar (ou influenciar) a opinião pública, o "clipping" não exprime, necessariamente, de maneira inequívoca, o trabalho do profissional de assessoria. Simplesmente, porque o "clipping" , raramente, é cópia exata desta intenção, mas uma re-interpretação empreendida pelo veículo, que a este esforço incorpora seus filtros, compromissos e interesses. Daí, aquela ansiedade, vivenciada intensamente pelo assessor, ao manusear, no dia seguinte, o jornal à procura da coletiva do presidente da empresa , temeroso de que algo possa não ter saído a contento. Se fosse cópia fiel, o "clipping" dificilmente desencaderia, no assessor, reações tão intensas de júbilo ou de frustração (e até mesmo de revolta). Mas essa é a regra do jogo: o assessor divulga o que acha relevante para a sua empresa (ou cliente) e o veículo agrega a sua versão. Muitas vezes (como sabem disso os assessores!), planta-se uma flor e colhem-se espinhos.
O "clipping", portanto – e esta perspectiva precisa ser absolutamente internalizada pelo assessor de imprensa , mas também pelos seus chefes (ou clientes) – representa aquilo que os veículos fizeram com o seu trabalho, mas não, obviamente, o seu próprio trabalho." [Wilson da Costa Bueno]