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ERRADO. A instrumentalidade tem natureza ontológica
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"o projeto ético- politico é hegêmonico, ou seja, alçoou aceitação e legitimação pela maioria da categoria profissional, concretizada nas dimensões que o constituem e lhe dam materialidade. No entanto, isto pressupõe que o mesmo não seja calcado sobre um ponto de vista homogêneo, pois como aponta Netto (1999) a categoria profissional é uma unidade de elementos diversos constituída por projetos individuais e societarios distintos, por isso ela é permeada por tensões e conflitos, o que nao exclui a afirmação de um projeto profissional em seu interior e uma direção social hegemônica."
http://www.cress-mg.org.br/arquivos/simposio/O%20PROJETO%20%C3%89TICO%20POL%C3%8DTICO%20%C3%89%20HEGEM%C3%94NICO%20E%20N%C3%83O%20HOMOG%C3%8ANEO.pdf
"A ontologia social de Marx tem como pressuposto teórico-metodológico o entendimento da historicidade como componente indissociável da humanidade e sua imersão nos processos econômicos, políticos, sociais e culturais, alinhando a categoria "historicidade" à ontologia, conferindo, desse modo, uma concepção histórico-ontológica (NETTO, 2004 ) (...) Por isso, podemos situar o projeto ético-político do Serviço Social como síntese ética e política (haja vista seu alcance social, seu reconhecimento pela classe usuária dos seus serviços profissionais e de sua vinculação coletivizadora) dos interesses da classe trabalhadora brasileira e da sua aderência teórico-metodológica ao pensamento da ontologia do ser social de Marx"
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/12822/9618
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A ONTOLOGIA DO SER SOCIAL NA PERSPECTIVA MARXIANA É IDENTIFICAR O HOMEM E A MULHER, ENQUANTO UM SER REAL, MATERIAL, DINAMICO E SOCIAL, OU SEJA, QUE SE INSERE EM DETERMINADO CONTEXTO SOCIAL E HISTPRICAMENTE CONSTITUIDO PELOS SERES DE IGUAL NATUREZA, LOGO, NÃO TEM COMO A INSTRUMENTALIDADE SEGUNDO A CONSEPÇÃO CRITICO DIALÉTICA NÃO SE CONFIGURAR COM A ONTOLOGIA.
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Qual a relação entre postura teleológica e instrumentalidade? (Yolanda Guerra).
No trabalho o homem desenvolve capacidades, que passam a mediar sua relação com outros homens. Desenvolve também mediações, tais como a consciência, a linguagem, o intercâmbio, o conhecimento, mediações estas em nível da reprodução do ser social como ser histórico, e, portanto, postas pela práxis. Isso porque, o desenvolvimento do trabalho exige o desenvolvimento das próprias relações sociais e o processo de reprodução social, como um todo, requer mediações de complexos sociais tais como: a ideologia, a teoria, a filosofia, a política, a arte, o direito, o Estado, a racionalidade, a ciência e a técnica (Lessa, 1999; Guerra, 2000). Tais complexos sociais (que Lukács chama de mediações de “segunda ordem”, já que as de primeira ordem referem-se ao trabalho) tem como objetivo proporcionar uma dada organização das relações entre os homens e localiza-se no âmbito da reprodução social.
O que ocorre com a instrumentalidade com a qual os homens controlam a natureza e convertem os objetos naturais em meios para o alcance de suas finalidades, é que ela é transposta para as relações dos homens entre si, interferindo em nível da reprodução social. Mas isso só ocorre em condições sócio históricas determinadas. Nestas, os homens tornam-se meios/instrumentos de outros homens. O exemplo mais desenvolvido de conversão dos homens em meios para a realização de fins de outros homens é o da compra e venda da força de trabalho como mercadoria, de modo que a instrumentalidade, convertida em instrumentalização das pessoas, passa a ser condição de existência e permanência da própria ordem burguesa, via instituições e organizações sociais criadas com este objetivo.
Instrumentalização das pessoas é o processo pelo qual a ordem burguesa, por meio de um conjunto de inversões transforma os homens de sujeitos em objetos, meios e instrumentos a serviço da valorização do capital
Pelas suas características, o processo produtivo capitalista detém a propriedade de converter as instituições e práticas sociais em instrumentos/meios de reprodução do capital. Isso se dá por meio de profundas e substantivas transformações societárias, as quais não poderão ser tratadas neste texto. Cabe-nos apenas sinalizar que num determinado tipo de sociedade, a do capital, “o trabalhador deixa de lado suas necessidades enquanto pessoa humana e se converte em instrumentos para a execução das necessidades de outrem” (Lessa, 1999). (Sobre a reificação das relações sociais no capitalismo maduro ver Netto, 1981).
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A revisão a que se procedeu, compatível com o espírito do texto de 1986, partiu da compreensão de que a ética deve ter como suporte uma ontologia do ser social: os valores são determinações da prática social, resultantes da atividade criadora tipificada no processo de trabalho. É mediante o processo de trabalho que o ser social se constitui, se instaura como distinto do ser natural, dispondo de capacidade teleológica, projetiva, consciente; é por esta socialização que ele se põe como ser capaz de liberdade.
Como ressalta Netto (2004, p. 157), a investigação de Marx “está centrada na análise radicalmente crítica da gênese, do desenvolvimento, da consolidação e dos vetores de crises da sociedade burguesa e da ordem capitalista”, oferecendo, assim, elementos para compreensão, análise e possibilidades interventivas nessa realidade concreta. A ontologia social de Marx tem como pressuposto teórico-metodológico o entendimento da historicidade como componente indissociável da humanidade e sua imersão nos processos econômicos, Teoria social de Marx, projeto ético-político e o serviço social: um espaço de tensões, reflexões e possibilidades 155 Textos & Contextos (Porto Alegre), v. 12, n. 1, p. 152 - 161, jan./jun. 2013 | políticos, sociais e culturais, alinhando a categoria “historicidade” à ontologia, conferindo, desse modo, uma concepção histórico-ontológica (NETTO, 2004).
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A instrumentalidade não se refere necessariamente ao conjunto de instrumentais e técnicas , isso é referente à dimensão técnico- operativa da profissão, de acordo com Yolanda Guerra em seu artigo "A instrumentalidade do serviço social" (disponível na internet) , a instrumentalidade é o modo de ser, de agir da profissão incumbida de uma intencionalidade, é válido ressaltar que o Serviço Social em seu modo de agir não é neutro, pois de acordo com o PEP ele está vinculado aos interesses da classe trabalhadora e visa a superação da ordem vigente, então não podemos considerá-lo neutro.
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Gabarito Errado
A instrumentalidade segundo a concepção crítico-dialética é uma capacidade, habilidade constitutiva da profissão, resultado de múltiplas determinações históricas e sociais. Sendo assim, é ontológica, que é componente indissociável da humanidade, vinculada a constituição do ser, com foco na categoria trabalho.
A Dimensão técnico-operativa do exercício profissional YOLANDA GUERRA