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Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - Prefeitura de Uberlândia - MG - Economista


ID
3308356
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

Releia este trecho.


Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade.”


A conjunção em destaque pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    malgrado exprime contrariedade, ressalva, oposição a uma ideia sem invalidá-la.

    Ex: Embora, conquanto , posto que, se bem que, mesmo que.

  • GABARITO: LETRA D

    ??Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade.?

    ? Temos uma conjunção subordinativa concessiva, ela pode ser substituída perfeitamente por: apesar de, embora, mesmo que, apesar de que, conquanto, nem que, se bem que, ainda que, por muito que, por mais que, por menos que.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva D

    “Malgrado = concessiva.

  • A Por causa de

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

    B À medida que

    Conjunções subordinativas proporcionais: têm valor semântico de proporcionalidade, simultaneidade, concomitância...

    São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos...

    Ex.: À medida que resolvia questões, aprendia o assunto das provas.

    C Uma vez que

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

    D Apesar de

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: (muito) embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

    Gabarito: Letra D


ID
3308359
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

Uma das ideias que o texto em questão aborda é o declínio da apreciação da ciência ao longo do tempo.

Assinale a alternativa que resume corretamente esse processo.

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.


ID
3308362
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

Releia este trecho.

“Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: ‘As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade.’”

Quanto à estratégia argumentativa utilizada nesse trecho, é correto afirmar que se trata de argumentação por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: ?As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável?

    ? Temos uma citação direta entre aspas, ela marca um argumento de autoridade, ele tem como propósito trazer solidez ao texto, procurando deixar os argumentos com teor de convencimento.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Que eu saiba António Guterres não é um especialista no assunto, apenas uma pessoa sensata. Ele é formado em Eng. Elétrica e Física segundo a wikipedia.


ID
3308365
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

Releia este trecho.

“Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza.”

Considerando o trecho e o contexto no qual se insere, é correto afirmar que a ideia que ele expressa também se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • ??? Não entendi

  • “Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza.”

    Logo após a frase acima, no texto, o autor explica, dizendo que é possível que a ciência esteja errada, mas para contestar algo que seja consensual no meio científico, você deve ter argumentos contundentes no sentido contrário.

    Dessa forma, observamos que o trecho “Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema" traz consigo essa equivalência que a questão pede. Em que, A ciência não é dogma, pode ser contestada, mas não deve ser um anátema (algo energicamente negado).

    Espero ter ajudado. Bons estudos!

  • anátema

    [anátema]

    SUBSTANTIVO

    1. rel
    2. sentença de maldição que expulsa da Igreja; excomunhão
    3. "<proferiu-se por fim o a. contra o herege> "
    4. p.ext.
    5. reprovação enérgica; condenação, repreensão, maldição, execração
    6. "<lançar o a. sobre o inimigo> "
    7. que ou aquele que foi atingido por anátema; excomungado
    8. "<um a. não entra na casa de Deus> " · [mais]
    9. p.ext.
    10. que ou aquele que está à margem da sociedade; maldito, execrado
    11. "<todo traficante é a.> " · [mais]

  • nem eu

  • Por que não a C?


ID
3308368
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      O sintomático desprezo pela ciência


Em março de 2018, António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou: “As manchetes são naturalmente dominadas pela escalada das tensões, de conflitos ou de eventos políticos de alto nível, mas a verdade é que as mudanças climáticas permanecem a mais sistêmica ameaça à humanidade. Informações divulgadas recentemente pela Organização Meteorológica Mundial, pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia mostram sua evolução implacável”. Meses antes, um discurso proferido em Riad por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, exibia um teor similar: “Se não fizermos nada a respeito das mudanças climáticas, seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Ambas as advertências reconhecem a extrema gravidade de nossa situação, a respeito da qual o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC)é categórico:“O aquecimento do sistema climático é inequívoco. A influência humana sobre o sistema climático é clara. Limitar a mudança climática requer reduções substanciais e contínuas de emissões de gases de efeito estufa” (2007).

[...]

Malgrado esse acúmulo de saber e essa virtual unanimidade, a ciência do clima pode estar equivocada? Em princípio, sim. Ciência não é dogma, é diminuição da incerteza. Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário. Na ausência destes, contestação torna-se simples denegação irracional, enfraquece o poder persuasivo da evidência, milita em favor da perda da autoridade da ciência na formação de uma visão minimamente racional do mundo e turbina a virulência das redes sociais, dos “fatos alternativos”, da pós-verdade, do fanatismo religioso e das crenças mais estapafúrdias e até há pouco inimagináveis. O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc. Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas.

[...]

Malgrado alguma tangência ideológica entre certa esquerda e a extrema-direita, o negacionismo climático e a negação da ciência em geral são fundamentalmente uma bandeira da extrema-direita e é preciso pôr em evidência uma razão maior dessa estreita afinidade. Ela se encontra, a meu ver, numa mutação histórica fundamental do teor do discurso científico. Das revoluções científicas do século XVII a meados do século XX, a ciência galgou posição de hegemonia, destronando discursos de outra natureza, como o religioso e o artístico, porque foi capaz de oferecer às sociedades vitoriosas mais energia, mais mobilidade, mais bens em geral, mais capacidade de sobrevivência, em suma, mais segurança. Seus benefícios eram indiscutíveis e apenas confirmavam suas promessas, que pareciam ilimitadas. A partir de 1962, se quisermos uma data, o livro de Rachel Carson, “Primavera Silenciosa” punha a nu pela primeira vez o lado sombrio dessas conquistas da ciência: agrotóxicos como o DDT aumentavam, de fato, a produtividade agrícola, mas ao preço de danos tremendos à saúde e à biodiversidade. Essa primeira dissonância tornou-se muito maior nos anos 1980, quando o aquecimento global resultante das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis – justamente esses combustíveis aos quais devíamos o essencial de nosso progresso – tornou-se pela primeira vez inequívoco. A ciência começa, então, a mudar seu discurso. Ela passa a anunciar que havíamos passado da idade das promessas à idade das escolhas, de modo a evitar a idade das consequências. [...] Uma brecha começava a se abrir na imagem social da ciência. Enquanto os cientistas diziam o que queríamos ouvir, tudo era defesa e apologia da ciência. A partir do momento em que seu discurso converteu-se em alertas e advertências sobre os riscos crescentes a que começávamos a nos expor, esse entusiasmo arrefeceu.

[...]

Em nosso século, esse novo mal-estar na civilização não cessou de crescer. Ele toma hoje a forma de uma espécie de divisão esquizofrênica da autoimagem de uma sociedade moldada pela ciência. Quando entramos num avião, atravessamos uma ponte ou tomamos um remédio, somos gratos às tentativas da ciência de compreender o mundo e traduzi-lo em tecnologia. Mas quando dessa mesma ciência vem o aviso que é preciso mudar o modo de funcionamento de nossa economia, conter nossa voracidade, diminuir o consumo de carne, restaurar as florestas e redefinir nossa relação com a natureza, sob pena de nos precipitarmos num colapso de insondáveis proporções, a gratidão cede lugar à indiferença, ao descrédito e mesmo à hostilidade.

[...]

Disponível em:<https://adunicamp.org.br/artigo-o-sintomatico-desprezo-pela-ciencia/> . Acesso em: 2 ago. 2019.

A respeito da argumentação observada no texto sobre a contestação da ciência do clima, analise as afirmativas a seguir.


I. O autor não acredita na possibilidade de se contestar as notícias alarmantes sobre o tema.

II. A ideia de que “não se deve temer esse aquecimento,mas a recaída numa nova glaciação” é tomada pelo texto como uma contestação válida contra o alarmismo do aquecimento global.

III. Segundo o texto, existe uma motivação financeira impulsionando a desinformação a respeito dos avisos feitos pela ciência do clima.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. O autor não acredita na possibilidade de se contestar as notícias alarmantes sobre o tema. Errada

    Trecho do segundo parágrafo: "Contestar um consenso científico, mesmo o mais sólido, não pode ser objeto de anátema. Mas quem o põe em dúvida deve apresentar argumentos convergentes e convincentes em sentido contrário." Você pode contestar, existe a possibilidade, mas tenha argumentos para defender sua contestação.

    II. A ideia de que “não se deve temer esse aquecimento,mas a recaída numa nova glaciação” é tomada pelo texto como uma contestação válida contra o alarmismo do aquecimento globa. Errada

    Trecho do segundo parágrafo: " O negacionismo climático é apenas mais uma dessas crenças [...], e seu repertório esgrime as mesmas surradas inverdades, mil vezes refutadas: ( Reparem os dois pontos, a partir desse ponto o autor faz uma enumeração de argumentos que devem ser refutados, inverdades).os cientistas estão divididos sobre a ciência do clima, os modelos climáticos são falhos, maiores concentrações atmosféricas de CO2 são efeito e não causa do aquecimento global e são benéficas para a fotossíntese, o próximo mínimo solar anulará o aquecimento global, não se deve temer esse aquecimento, mas a recaída numa nova glaciação etc."

    III. Segundo o texto, existe uma motivação financeira impulsionando a desinformação a respeito dos avisos feitos pela ciência do clima. Correta

    "Esse palavreado resulta de esforços deliberados de denegação das evidências. Diretamente ou através, por exemplo, da Donors Trust e da Donors Capital Fund, as corporações injetam milhões de dólares em lobbies disseminadores de desinformação sobre as mudanças climáticas''


ID
3308371
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise o trecho a seguir.


“Não por acaso, o novo conhecimento deixou o mundo perplexo e foi aplicado na investigação genética dos mais diversos casos: verificação de paternidade, de outros graus de parentesco, identificação de fósseis e até o estudo de predisposição genética a algumas doenças.”

Disponível em: <https://tinyurl.com/y2c3ot4f>. Acesso em: 5 ago. 2019.


A respeito do uso dos dois-pontos, é correto afirmar que, nesse trecho, eles marcam uma

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Não por acaso, o novo conhecimento deixou o mundo perplexo e foi aplicado na investigação genética dos mais diversos casos: verificação de paternidade, de outros graus de parentesco, identificação de fósseis e até o estudo de predisposição genética a algumas doenças.?

    ? Os dois-pontos dão início a um aposto enumerativo, ele enumera e explica quais são esses "diversos casos".

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3308380
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas  

Ao quente arfar das virações marinhas,  

Veleiro brigue corre à flor dos mares,  

Como roçam na vaga as andorinhas...


Donde vem? onde vai?  Das naus errantes  

Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?  

Neste saara os corcéis o pó levantam,   

Galopam, voam, mas não deixam traço.


[...]


Negras mulheres, suspendendo às tetas   

Magras crianças, cujas bocas pretas   

Rega o sangue das mães:   

Outras moças, mas nuas e espantadas,   

No turbilhão de espectros arrastadas,  

Em ânsia e mágoa vãs!


E ri-se a orquestra irônica, estridente...  

E da ronda fantástica a serpente   

Faz doudas espirais...  

Se o velho arqueja, se no chão resvala,   

Ouvem-se gritos... o chicote estala.  

E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,   

A multidão faminta cambaleia,  

E chora e dança ali!  

Um de raiva delira, outro enlouquece,   

Outro, que martírios embrutece,  

Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra,  

E após fitando o céu que se desdobra,  

Tão puro sobre o mar,  

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:  

“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!...”

                                                            (Navio Negreiro – Castro Alves – 1880).

Disponível em:<http://biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://biblio.com.br/ conteudo/ Castro Alves/navionegreiro.htm>. Acesso em: 5 ago. 2019.


TEXTO II

Estamos em pleno mar, embarcações de ferro e aço

Onde pessoas disputam palmo a palmo por um espaço

Nesse imenso rio negro de piche e asfalto

Cristo observa tudo calado de braços abertos lá do alto

Onde a lei do silêncio impede que ecoe o grito do morro

Dos poetas em barracos sem forro, que clamam por socorro

Homens de pele escura, sem sobrenome importante

Filhos de reis e rainhas de uma terra tão distante

O mar separa o Brasil da África

Um rio separa as periferias das mansões de magnatas

Uniformes diferenciam funcionários de patrões

A cor denuncia vítimas antigas de explorações

Trazidos em porões e navios negreiros

Tratados como animais, vendidos a fazendeiros

Vivendo em cativeiros

Negociados como mercadoria

Enriquecendo a classe nobre, hoje chamada burguesia

Deixou pra trás dialetos e crença

Caçados, mortos e açoitados quem tentou resistência

Tratados como gado, sem direito à educação

Emudeceram seus tambores, amaldiçoaram sua religião


[...]

                                                     (Navio Negreiro – Slim Rimografia – 2011).

Disponível em:<https://www.letras.mus.br/slim-rimografia/navio-negreiro/> . Acesso em: 5 ago. 2019.

A respeito da relação que os dois textos estabelecem entre si, analise as afirmativas a seguir.


I. Apesar de se tratar de textos de gêneros textuais distintos (poesia e letra de música), ambos os abordam o processo de escravidão no Brasil.

II. A repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto II.

III. No texto I, observa-se o uso de aspectos estéticos da linguagem, trabalhada de forma poética por Castro Alvos. Essa característica não está presente no texto II.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito foi alterado para letra A

  • Não concordo com esse gabarito.

    I.Apesar de se tratar de textos de gêneros textuais distintos (poesia e letra de música), ambos os abordam o processo de escravidão no Brasil.

    Presa nos elos de uma só cadeia,   

    A multidão faminta cambaleia,  

    E chora e dança ali! 

    Texto 1

    Trazidos em porões e navios negreiros

    Tratados como animais, vendidos a fazendeiros

    Vivendo em cativeiros

    Negociados como mercadoria

    Enriquecendo a classe nobre, hoje chamada burguesia

    Texto 2. Falando, claramente da escravidão.

    II. A repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto II.

    Creio que a simples menção do título 'Navio Negreiro', já nos faz acessar o assunto que será tratado. A música nos diz qual é o navio negreiro de hoje, nos morros e favelas nos quais negros ainda são inferiorizados, maltratados, sem condições e oportunidades de ter um teto e condições dignas para se viver. A escravidão não acabou.

    Por isso, acredito que a repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto deste.

    Enfim, minha opinião!

  • Concordo que a afirmativa II contribui para construção de significação do texto II. Ao utilizar o inicio de um trecho famoso de Castro Alves o leitor que tem conhecimento do intertexto por já conhecer e ter tido contato com a obra obtém ideia rápida sobre o assunto.

  • Pra mim, gabarito Letra B.

    A banca que se procure.

  • II. A repetição do primeiro verso e o uso do mesmo título do texto I, feitos pelo texto II, contribuem para a construção do significado do texto II

    É uma questão que envolve compreensão e interpretação. O autor do texto II repetiu apenas um trecho do primeiro verso do texto I, o que torna incorreta a primeira parte da alternativa (compreensão textual). A segunda parte da alternativa está correta porque contribui, sim, para a construção do significado do texto II porque há intertextualidade.


ID
3308383
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas  

Ao quente arfar das virações marinhas,  

Veleiro brigue corre à flor dos mares,  

Como roçam na vaga as andorinhas...


Donde vem? onde vai?  Das naus errantes  

Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?  

Neste saara os corcéis o pó levantam,   

Galopam, voam, mas não deixam traço.


[...]


Negras mulheres, suspendendo às tetas   

Magras crianças, cujas bocas pretas   

Rega o sangue das mães:   

Outras moças, mas nuas e espantadas,   

No turbilhão de espectros arrastadas,  

Em ânsia e mágoa vãs!


E ri-se a orquestra irônica, estridente...  

E da ronda fantástica a serpente   

Faz doudas espirais...  

Se o velho arqueja, se no chão resvala,   

Ouvem-se gritos... o chicote estala.  

E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,   

A multidão faminta cambaleia,  

E chora e dança ali!  

Um de raiva delira, outro enlouquece,   

Outro, que martírios embrutece,  

Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra,  

E após fitando o céu que se desdobra,  

Tão puro sobre o mar,  

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:  

“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!...”

                                                            (Navio Negreiro – Castro Alves – 1880).

Disponível em:<http://biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://biblio.com.br/ conteudo/ Castro Alves/navionegreiro.htm>. Acesso em: 5 ago. 2019.


TEXTO II

Estamos em pleno mar, embarcações de ferro e aço

Onde pessoas disputam palmo a palmo por um espaço

Nesse imenso rio negro de piche e asfalto

Cristo observa tudo calado de braços abertos lá do alto

Onde a lei do silêncio impede que ecoe o grito do morro

Dos poetas em barracos sem forro, que clamam por socorro

Homens de pele escura, sem sobrenome importante

Filhos de reis e rainhas de uma terra tão distante

O mar separa o Brasil da África

Um rio separa as periferias das mansões de magnatas

Uniformes diferenciam funcionários de patrões

A cor denuncia vítimas antigas de explorações

Trazidos em porões e navios negreiros

Tratados como animais, vendidos a fazendeiros

Vivendo em cativeiros

Negociados como mercadoria

Enriquecendo a classe nobre, hoje chamada burguesia

Deixou pra trás dialetos e crença

Caçados, mortos e açoitados quem tentou resistência

Tratados como gado, sem direito à educação

Emudeceram seus tambores, amaldiçoaram sua religião


[...]

                                                     (Navio Negreiro – Slim Rimografia – 2011).

Disponível em:<https://www.letras.mus.br/slim-rimografia/navio-negreiro/> . Acesso em: 5 ago. 2019.

O texto de Slim realiza uma intertextualidade com o texto de Castro Alves.

Sobre esse diálogo, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Paráfrase é uma reescrita do texto original. O que não é o caso.

  • paráfrase consiste na reescrita de um texto, mas mantendo sua essência em termos temáticos, é uma espécie de tradução dentro da própria língua. É um processo de recriação que não utiliza recursos como a ironia ou humor e não desvincula a ideia central previamente apresentada.

  • Observa-se que o texto II objetiva recontar a narrativa contada pelo texto I, realizando uma paráfrase, traduzindo, porém, a linguagem de Castro Alves para uma linguagem contemporânea e urbana, típica do rap

  • GAB A

    INTERTEXTUALIDADE: Dá se o nome de intertextualidade ao fato de um texto explícito remeter a um texto implícito, o qual deve ser percebido pelo o leitor. Portanto, a intertextualidade é um dos mecanismos de polifonia. A Paráfrase (com ou sem caráter de paródia) também revela intertextualidade.

    RUMO A #PC_PR

  • PARÁFRASE é interpretação, explicação ou nova apresentação de um texto (entrecho, obra etc.) que visa torná-lo mais inteligível ou que sugere novo enfoque para o seu sentido.

    Gabarito A


ID
3308389
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pra você ficar por dentro do que rola, convidamos a jornalista e apresentadora Renata Simões, para te guiar nesse vocabulário das ruas.

Se liga só:

Bapho: Um acontecimento para lá de inesperado, marcante. Algo que pode (ou não) causar uma revolução na vida. Às vezes é dito em tom de fofoca “preciso te contar um bapho” ou como comentário “que bapho!” Quando o bapho é muito bapho mesmo, a gente escreve com PH.

Salve: Um aceno, um alô. A gente manda salve pros amigos e quando quer avisar algo.

Tranqueira: Aquele ou aquilo que ninguém quer. Não é bom pra nada.

Causar: Tem gente que causa uma situação, um problema, um furor, uma excitação. Usado em sua maioria de maneira positiva, causar é o ato de chegar chegando ou perturbar alguma situação. O fulano pode causar no bar ao beber demais ou os amigos podem causar no show ao fazer um mosh.”

                            Disponível em:<https://tinyurl.com/y39xbjkr> . Acesso em: 5 ago. 2019.


A respeito do uso das gírias, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Queremos a alternativa incorreta;

    ? As gírias constituem uma criação de códigos linguísticos que empobrecem a linguagem, pois só são acessíveis a determinados grupos sociais. Por isso, os registros nos quais se utilizam gírias não fazem parte da língua portuguesa ? As gírias não empobrecem a linguagem de forma alguma, elas marcam determinado grupo social e servem para mostrar o quão uma linguagem é mutável e se adapta a determinado contexto.

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ID
3308392
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise o trecho a seguir.


“Oh, pedaço de mim

Oh, metade amputada de mim

Leva o que há de ti

Que a saudade dói latejada

É assim como uma fisgada

No membro que já perdi”

(Metade de mim – Chico Buarque). Disponível em:<https://www.letras.mus.br/chico-buarque/86030/> . Acesso em: 5 ago. 2019.


Nos versos em destaque, Chico Buarque utiliza imagens poéticas para descrever a saudade. O processo em questão denomina-se

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Que a saudade dói latejada É assim como uma fisgada No membro que já perdi?

    ? Temos uma comparação ou também chamada de símile; não confunda metáfora com ?comparação? (ou símile) porque na metáfora não há conectivo explicitando a relação de comparação. Na comparação (ou símile) sempre há um conectivo ou uma expressão estabelecendo a relação de comparação.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Quem errou pq esqueceu que símile e comparação são a mesma coisa, saiba: você não está sozinho! rsrs

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA QC


ID
3308401
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Baseando-se no que que dispõe a Constituição da República de 1988, a Lei Orgânica do Município de Uberlândia trata da organização dos poderes municipais.

Tendo em vista o Poder Legislativo municipal, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.


( ) Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do prefeito, dispor sobre a aquisição onerosa ou alienação de bens imóveis do município.

( ) O subsídio dos vereadores será revisado anualmente, observando-se a mesma data e índice do subsídio dos deputados estaduais.

( ) Poderá o vereador, desde a sua eleição até o fim de sua legislatura, ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo, desde que compatíveis entre si.

( ) Perderá o mandato o vereador investido na função de secretário ou procurador municipal, recebendo a remuneração da nova função assumida.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • (V) Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do prefeito, dispor sobre a aquisição onerosa ou alienação de bens imóveis do município. Art. 11 da Lei Orgânica do Município de Uberlândia - Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias de competência do Município, especialmente;

    (V) O subsídio dos vereadores será revisado anualmente, observando-se a mesma data e índice do subsídio dos deputados estaduais. § 1º do Art. 12 da Lei Orgânica do Município de Uberlândia - O subsídio dos Vereadores será revisado anualmente, observando-se a mesma data e índice do subsídio dos Deputados Estaduais.

    (F) Poderá o vereador, desde a sua eleição até o fim de sua legislatura, ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo, desde que compatíveis entre si. Art. 15 da Lei Orgânica do Município de Uberlândia - O Vereador não poderá: [...] II - desde a posse: [...] d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

    (F) Perderá o mandato o vereador investido na função de secretário ou procurador municipal, recebendo a remuneração da nova função assumida. Art. 17 da Lei Orgânica do Município de Uberlândia - Não perderá o mandato o Vereador: I - investido na função de Secretário ou Procurador Municipal, podendo optar pela remuneração de Vereador;


ID
3308407
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

A Lei Complementar nº 40/1992 do município de Uberlândia estabelece critérios para a contagem do tempo de serviço público municipal local.


Será(ão) contado(s) apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Segundo Lei Complementar nº 40/1992:

    ? Art. 46 - Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

    I - O tempo de serviço público prestado a União, Estados, Municípios, suas respectivas autarquias e fundações, bem como as empresas públicas e sociedades de economia mista;

    II - A licença para atividade política, no caso do art. 122.

    III - O tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo municipal, estadual ou federal, anterior ao ingresso no serviço público municipal;

    IV - O tempo de serviço em atividade privada, vinculada a Previdência Social;

    V - O tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

    VI - Exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgão ou entidade federal, estadual, municipal ou Distrito Federal.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • a) o tempo de serviço em atividade privada, vinculada a Previdência Social. - o servidor, quando passa a exercer seu cargo, não perde o tempo de contribuição em atividade privada, mas acumula-o com o tempo de contribuição como servidor público.


ID
3308413
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Complementar Municipal nº 40/1992, constituem indenizações ao servidor público, exceto:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Segundo Lei Complementar Municipal nº 40/1992:

    ? Art. 68 - Constituem indenizações ao servidor:

    I - Ajuda de custo;

    II - Diárias;

    III - Transporte.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3308416
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O sarampo voltou a assombrar o Brasil no último ano. Em 2018, mais de 10 mil casos foram confirmados no país e, neste ano, os números não param de crescer. O estado de São Paulo, por exemplo, registrou um aumento de 303% (de 51 para 206) nos casos da doença entre junho e julho, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde.

[...]

Embora o sarampo seja conhecido como uma doença infantil, segundo o boletim da Secretaria, os jovens e adultos representam 47% dos casos atuais em São Paulo. A explicação para o novo foco da doença ser essa faixa etária está justamente no histórico da condição no país.

Disponível em:<https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2019/07/11/por-que-agora-a-vacina-do-sarampo-e-direcionada-a-jovens-de-15-a-29-anos.htm>. Acesso em: 18 jul. 2019.


O estado de São Paulo tem intensificado o movimento de vacinação contra o sarampo de sua população, priorizando o grupo formado por jovens e adultos entre 15 e 29 anos de idade.

Essa faixa etária tem sido priorizada porque,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? O pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica que, antes dessa data, o imunizante no país era ministrado em uma única dose, aos 9 meses de vida. Só a partir do ano 2000 foi estabelecido pelo Ministério da Saúde duas doses da vacina após 1 ano de idade.

    ? Fonte: https://noticias.r7.com/saude/sarampo-quem-nasceu-ate-ano-2000-pode-ter-tomado-so-1-dose-da-vacina-25042019

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ID
3308419
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O Conjunto Praça Clarimundo Carneiro, com o Edifício da Câmara Municipal e o Coreto, é um dos principais espaços públicos localizados na região central de Uberlândia.

Sobre o Conjunto Praça Clarimundo Carneiro, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? A Praça Clarimundo Carneiro ocupa a área onde foi construído o segundo cemitério da cidade. Esse cemitério foi desativado em 1898, e a partir de 1908 iniciou-se o processo de regulamentação da área junto ao Bispado objetivando desapropriações de terrenos do seu entorno para a construção de um Jardim Público no local, assim como de um prédio para abrigar o Paço Municipal. Nos últimos anos do século XIX, após a Proclamação da República, decidiu-se que a cidade deveria ter um prédio imponente, que correspondesse aos ideais de beleza e modernidade que o momento exigia. Assim, em 1898 foi elaborada a Lei Municipal nº7, que determinou a construção de um edifício par abrigar o Paço Municipal.

    ? Fonte: https://www.uberlandia.mg.gov.br/prefeitura/secretarias/cultura/patrimonio-historico/bens-tombados-e-registrados/praca-clarimundo-carneiro-camara-municipal-coreto/

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ID
3308425
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Uma parcela de 7% dos brasileiros acredita que o formato da Terra é plano, aponta uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha no início deste mês. O levantamento contou com 2 086 entrevistados maiores de 16 anos de idade em 103 cidades pelo país e foi o primeiro a estimar quantos no país duvidam que o planeta seja esférico – cerca de 11 milhões de pessoas.

Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2019/07/7-dos-brasileiros-afirmam-que-terra-e-plana-mostra-pesquisa.shtml>. Acesso em: 2 ago. 2019.


Sobre o crescimento do terraplanismo no Brasil, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? A Terra é esférica, não é plana. Isso não é uma crença, é um fato que foi repetidamente comprovado por mais de dois milênios. A crença no terraplanismo é, no fundo, uma crítica à ciência e ao método científico. As ideias terraplanistas podem ter como consequência o afastamento da população da ciência.

    Segundo a pesquisa, a crença de que a Terra é plana apresenta uma relação inversamente proporcional à escolaridade. Enquanto 10% das pessoas que possuem apenas ensino fundamental defendem o terraplanismo, a parcela diminui entre os que possuem ensino médio completo (6%) ou superior (3%). Assim, a maioria das pessoas que adotam o terraplanismo têm o ensino fundamental como grau máximo concluído.

    Apesar disso, da maneira que está redigida, a questão justifica o baixo grau de escolaridade no Brasil com o fato de que as pessoas que adotam o terraplanismo têm o ensino fundamental como grau máximo concluído. Isso está errado. O baixo grau de escolaridade no Brasil não possui relação com o terraplanismo. Possui relação com o baixo investimento na educação, entre outros fatores.

    ? Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/iss-de-uberlandia-atualidades-possibilidade-de-recurso/

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ID
3308428
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A mobilidade urbana é um problema que afeta as grandes cidades na atualidade do Brasil e do mundo. Por isso, em várias cidades, verifica-se iniciativas que buscam oferecer soluções para esse problema.

O sistema alternativo que atende às demandas ambientais e econômicas para a mobilidade urbana é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Desde o início do ano, patinetes e bicicletas compartilhadas tomaram conta das ciclovias, calçadas e ruas em uma grande parte das capitais brasileiras ? uma movimentação que no ano passado já era comum em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro [...].

    ? Fonte: https://g1.globo.com/carros/noticia/2019/04/26/quem-e-o-dono-dessa-bike-conheca-as-empresas-por-tras-do-compartilhamento-de-bicicletas-e-patinetes-no-brasil.ghtml

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ID
3308431
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Oto, Téo e Tom são três amigos que trabalham juntos. Dois deles têm 34 anos de idade e sempre dizem mentira. Já o outro amigo, que tem 40 anos de idade, diz sempre a verdade.

Se Téo disse que a idade de Tom não é 34 anos de idade, então é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Oto, Téo e Tom são três amigos que trabalham juntos. 

    Dois deles têm 34 anos de idade e sempre dizem mentira. 

    Já o outro amigo, que tem 40 anos de idade, diz sempre a verdade. 

    Se Téo disse que a idade de Tom não é 34 anos de idade (Mentira)

    ⇢ Téo mentiu (então tem 34 anos), e a idade de Tom é 34 anos. Logo, quem tem 34 anos mente (Téo e Tom).

  • Para resolver fácil é preciso fazer um esquema.

    Temos as seguintes regras:

    OTO .................................................................{ 2 possuem 34 e sempre mentem.

    TÉO .................................................................{ 1 possui 40 e nunca mente.

    TOM

    .

    .

    .

    TÉO disse que TOM não tem 34 anos.

    Essa afirmação tem duas possibilidades.

    Se for verdade então TOM tem 40, TÉO tem 40 e OTO 34. Não fecha com as regras.

    Se for falsa.... então TOM tem 34, TÉO tem 34 e OTO 40. Fecha com as regras.

    Dessa forma TOM e TÉO sempre mentem, porque possuem 34 anos.

  • (?) Oto, Téo(?) e Tom 34 teremos 2 mentirosos e 1 que fala a verdade

    Dois deles têm 34 anos de idade e sempre dizem mentira.

    40 anos de idade, diz sempre a verdade.

    Se Téo disse que a idade de Tom não é 34 anos de idade, então é correto afirmar que - se for verdadeiro teremos apenas 1 mentiroso, lembrem que são dois , portanto afirmação é falsa. Sendo assim teremos

    Téo com 34,

    Tom 34,

    Oto 40

    GABARITO LETRA B

  • MUITO SIMPLES.


ID
3308434
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Max e seus cinco amigos estão em uma fila cujas posições ocorrem de forma crescente, sempre da esquerda para direita. Edu está em uma posição anterior à de Isa, que, por sua vez, está em uma posição, imediatamente, posterior à de Mel. Léo, com certeza, não está antes de todos os outros cinco amigos na fila, mas está em uma posição mais próxima da primeira do que da última. É certo que Eli está em uma posição anterior à de Edu e que esse, por sua vez, não ocupa a quarta posição da fila.

Dessa forma, é correto concluir que a pessoa que ocupa a quarta posição nessa fila

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    1⇢ Eli 2⇢ Edu 3⇢ Leo 4⇢ Max 5⇢ Mel 6⇢ Isa

    1⇢ Eli 2⇢ Edu 3⇢ Leo 4⇢ Mel 5⇢ Isa 6⇢ Max

    Assim, letra D) Mel ou Max

  • "posições ocorrem de forma crescente, sempre da esquerda para direita."

    essa informação me atrapalhou, ela tem alguma relevância?

  • assistam à aula aqui do site

    se fizer assim, vai errar: 1 2 3 4 5 6

    tem de ir botando os nomes, começando pelo primeiro(edu) e vá lendo.

    li, leo, edu, mel, isa e max (max não pode ficar antes de "edu" porque edu vai ficar na quarta posição, se isso acontecer) o que não pode.

    li, leo, edu, max, mel e isa

  • ASSITAM AS AULAS SINALIZADAS AQUI PARA A QUESTÃO! EU AMEI


ID
3308440
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Não definido

Cleide comprou um relógio analógico e descobriu, após algum tempo que a hora por ele marcada tinha um atraso com relação à indicação de hora correta. Após algumas observações, ela percebeu que seu relógio tinha um atraso de 3 segundos e 1 décimo de segundo a cada minuto que passava. Certo dia, Cleide parou totalmente seu relógio, e o ajustou corretamente ao horário real, que era exatamente de 14h, permanecendo o atraso do relógio a contar a partir desse horário.

Dessa forma, no horário correto, às 21h desse mesmo dia, o ponteiro dos segundos do relógio de Cleide apontava para marcação correspondente a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    3seg + 1/10 s = 3,1 /s

    3,1 x 6 s = 18,6 s

    60 s - 18,6s = 41,4 s Aproximando para 42 segundos.

  • Essa questão foi anulada, a resposta correta seria 18, porque como está atrasando o relógio, no final das contas seria 1 minuto menos 42 segundos, o que daria 18.

  • Esta questão foi anulada, pessoal.


ID
3323947
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre os direitos e vantagens dos servidores públicos do município de Uberlândia previstos na Lei Complementar Municipal nº 40/1992, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    ? Queremos a alternativa incorreta, segundo Lei Complementar Municipal nº 40/1992:

    ? Art. 64 - O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.

    Parágrafo Único - O servidor que for exonerado do serviço público municipal terá direito à percepção do saldo do proporcional aos dias trabalhados no mês, até o dia de seu desligamento.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3325294
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

De acordo com a Lei Orgânica do Município de Uberlândia, é de competência do município

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? Segundo LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA/MG:

    ? Art. 7º Compete ao Município: XIV - elaborar o plano diretor de desenvolvimento integrado.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito B

    Art. 7º Compete ao Município:

    IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

    VIII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;

    XI - legislar sobre os seguintes assuntos, observadas as normas gerais da União e as suplementares do Estado:

    XIV - elaborar o plano diretor de desenvolvimento integrado.

  • legislar privativamente sobre proteção à infância, à juventude, à gestante e ao idoso.

    legislar de forma suplementar, com observância das normas da União e Estado.


ID
3325801
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

Sobre planejamento e projetos, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • B) Em nível corporativo, as decisões buscam prioritariamente eficiência, ou seja, que os objetivos sejam plenamente atingidos com o menor dispêndio possível de recursos.

    Alternativa errada, pois EFICIÊNCIA = otimização de recursos e EFICÁCIA = alcançar objetivo.

  • Buscar a eficiência é fazer o melhor uso dos recurso atingindo os meios.

  • Eu acho que a questão não é sobre eficiência, mas sim sobre o fato de no nível corporativo (Que podemos aloca-lo em uma instância gerencial ou estratégica) ter o foco na eficiência, quando na verdade se deveria ter o foco na EFETIVIDADE.
  • Concordo com o Eliakim.

    --> NÍVEL CORPORATIVO/NÚCLEO ESTRATÉGICO: eficácia / efetividade

    --> NÍVEL OPERACIONAL: eficiência.

  • Na primeira fase de um projeto, denominada equacionamento.

    É eita atrás de eita.


ID
3325804
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Matemática Financeira
Assuntos

No contexto da análise econômico-financeira de projetos, relacione a COLUNA II com a COLUNA I, associando os conceitos / características aos respectivos nomes dos indicadores, utilizados para mensurar a viabilidade dos projetos de investimentos.

COLUNA I
1. Valor presente líquido
2. Taxa Interna de retorno
3. Índice benefício / custo
4. Valor presente líquido anualizado (VPLA)

COLUNA II
( ) Nesse método, o fluxo de caixa representativo do projeto de investimento é transformado em uma série uniforme.
( ) É a razão entre o valor presente do fluxo esperado de benefícios de um projeto e o valor presente do fluxo esperado dos investimentos necessários para realizá-lo.
( ) Diferença entre o valor investido (CF0) e o valor dos benefícios esperados (CFj), descontados para a data inicial, usando-se como taxa de desconto a taxa de mínima atratividade (TMA).
( ) Do ponto de vista matemático, é a taxa que torna nulo o valor presente líquido de um fluxo de caixa.

Assinale a sequência correta. 

Alternativas
Comentários
  • C: 4,3,1,2


ID
3325807
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Assuntos

Considerando que, em conformidade com a Lei n° 13.105/2015, o juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • (A) Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

    § 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:

    I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

    II - indicar assistente técnico;

    III - apresentar quesitos.

    (B) § 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

    I - proposta de honorários;

    II - currículo, com comprovação de especialização;

    III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

    (C) § 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

    (D) § 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho. o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

    o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

  • GABARITO C

    Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

    (...)

    § 4o O juiz poderá autorizar o pagamento de até 50% dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

  • Art. 465. 4§. O juiz poderá autorizar o pagamento de até 50% dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

    §5. Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

    §6. Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e à indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia.

  • CPC:

    Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

    Letra A) § 1º. Incumbe às partes, dentro de quinze dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:

    I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

    II - indicar assistente técnico;

    III - apresentar quesitos.

    Letra B) § 2º. Ciente da nomeação, o perito apresentará em cinco dias:

    I - proposta de honorários;

    II - currículo, com comprovação de especialização;

    III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

    § 3º. As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de cinco dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.

    Letra C) § 4º. O juiz poderá autorizar o pagamento de até 50% dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

    Letra D) § 5º. Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

    § 6º. Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e à indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia.

  • A questão em análise encontra resposta na literalidade do CPC.

    É bom examinar o exarado no art. 465 do CPC:

    Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.

    § 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:

    I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

    II - indicar assistente técnico;

    III - apresentar quesitos.

    § 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

    I - proposta de honorários;

    II - currículo, com comprovação de especialização;

    III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

    § 3º As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95 .

    § 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

    § 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

    § 6º Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e à indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia.


    A questão em tela solicita a alternativa INCORRETA. Cabe, diante das ponderações acima feitas, enfrentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. A redação da letra A é compatível com o exposto no art. 465, §1º, do CPC.

    LETRA B- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. A redação da letra B é compatível com o exposto no art. 465, §2º, do CPC.

    LETRA C- INCORRETA, LOGO RESPONDE A QUESTÃO. O equívoco reside em dizer que o juiz somente pode autorizar o levantamento dos honorários do perito após a perícia concluída. Em verdade, metade dos honorários pode ser paga no início dos trabalhos, conforme resta claro no art. 465, §4º, do CPC.

    LETRA D- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO.  A redação da letra D é compatível com o exposto no art. 465, §5º, do CPC.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • GABARITO: C

    a) CERTO: Art. 465. § 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito: I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso; II - indicar assistente técnico; III - apresentar quesitos.

    b) CERTO: Art. 465. § 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias: I - proposta de honorários; II - currículo, com comprovação de especialização; III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

    c) ERRADO: Art. 465. § 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

    d) CERTO: Art. 465. § 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

  • A) Incumbe às partes, dentro de 15 dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito: arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso; indicar assistente técnico; e apresentar quesitos.

    CORRETO. É o que prevê o art. 465, parágrafo 1°.

    B) Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 dias: proposta de honorários; currículo, com comprovação de especialização e contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.

    CORRETO. É o que prevê o art. 465, parágrafo 2°.

    C) O juiz somente poderá autorizar o pagamento dos honorários arbitrados a favor do perito ao final do trabalho, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

    ERRADO. De acordo com o art. 465, parágrafo 4°, o Juiz poderá autorizar o pagamento de até 50% no início.

    D) Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.

    CORRETO. É o que prevê o art. 465, parágrafo 5°.

    A questão pede a alternativa INcorreta. Logo, letra C.

  • Art. 465. § 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários


ID
3325810
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Conforme disposto na Lei Federal nº 9.307/1996, a arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, que poderá se reportar às regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o procedimento. Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Não havendo estipulação acerca do procedimento, caberá ao árbitro ou ao tribunal arbitral discipliná-lo.
( ) Serão sempre respeitados no procedimento arbitral os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.
( ) As partes poderão postular por intermédio de advogado, respeitada sempre a faculdade de designar quem as represente ou assista no procedimento arbitral.
( ) Competirá ao árbitro ou ao tribunal arbitral, no início do procedimento, tentar a conciliação das partes, aplicando-se, no que couber, o Art. 28 dessa Lei.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta toda no artigo 21 da Lei de Arbitragem:

    Art. 21. A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se às regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o procedimento.

    § 1º Não havendo estipulação acerca do procedimento, caberá ao árbitro ou ao tribunal arbitral discipliná-lo.

    § 2º Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitral os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.

    § 3º As partes poderão postular por intermédio de advogado, respeitada, sempre, a faculdade de designar quem as represente ou assista no procedimento arbitral.

    § 4º Competirá ao árbitro ou ao tribunal arbitral, no início do procedimento, tentar a conciliação das partes, aplicando-se, no que couber, o art. 28 desta Lei.

  • Resposta "D" - V V V V

    Art. 21. A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se às regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o procedimento. 

    § 1º Não havendo estipulação acerca do procedimento, caberá ao árbitro ou ao tribunal arbitral discipliná-lo.

    § 2º Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitral os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.

    § 3º As partes poderão postular por intermédio de advogado, respeitada, sempre, a faculdade de designar quem as represente ou assista no procedimento arbitral.

    § 4º Competirá ao árbitro ou ao tribunal arbitral, no início do procedimento, tentar a conciliação das partes, aplicando-se, no que couber, o art. 28 desta Lei.


ID
3325813
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre externalidades.

I. O problema da externalidade surge porque, quando as firmas ou indivíduos realizam suas ações, levam em consideração os benefícios e custos sociais, e não somente os benefícios e custos privados.
II. Um caso de externalidade relacionado com o uso indiscriminado e exagerado, além do nível ótimo, de um determinado recurso que pertence à sociedade como um todo e a nenhum indivíduo em particular é conhecido como “tragédia dos comuns”.
III. Quando os indivíduos de uma sociedade não sentem os benefícios totais de suas ações, eles não se engajam nessas atividades tanto quanto seria desejado, surgindo, então, uma falha de mercado.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Com relação ao item I, está errado porque a externalidade surge exatamente quando as firmas ou indivíduos não internalizam alguns ônus em seus negócios , deixando para a sociedade os custos de tal externalidade(exemplo: poluição industrial).

  • Externalidades são os efeitos colaterais de uma decisão sobre aqueles que não participaram dela. Existe uma externalidade quando há consequências para terceiros que não são levadas em conta por quem toma a decisão.Geralmente, refere-se à produção ou consumo de bens ou serviços sobre terceiros, que não estão diretamente envolvidos com a atividade. Ela pode ter natureza negativa, quando gera custos para os demais agentes , ou natureza positiva, quando os demais agentes, involuntariamente, se beneficiam.

    Fonte: wikipédia

  • Tema de externalidades presente nessa questão.

    Vamos verificar as afirmativas propostas:

    I - INCORRETA. Muito pelo contrário do afirmado, a externalidade é causada, justamente, porque firmas ou indivíduos apenas consideram os benefícios e custos privados, ignorando o impacto de suas ações no conjunto da sociedade.

    II - CORRETA. Exatamente, a "tragédia dos comuns" se expressa, por exemplo, no esgotamento de peixes de determinada região já que cada pescador tentará capturar a maior quantidade de peixes possível se não houver a regulamentação do "período do defeso", por exemplo, isto é, a proibição da pesca por determinado período de tempo para preservar as espécies.

    III - CORRETA. Temos, aqui, uma situação de externalidade positiva, na qual os benefícios sociais são maiores do que os benefícios privados, isto é, os benefícios totais das ações individuais são maiores do que os benefícios particulares. Assim, há a configuração de uma falha de mercado, pois o nível ótimo ficará além do efetivo se não houver estímulo à ação desses indivíduos.

    Portanto, temos II e III como corretas.


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3325816
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a modalidade especial de contrato administrativo denominada parceria público privada (PPP), previsto na Lei Federal nº 11.079/2004, é correto afirmar que concessão patrocinada é a(o)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito (A)

    Justificativa:

    Lei 11.079, Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

    § 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

    =-=-=-=-=-=

    B) prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

    Errado, isso é PPP na modalidade administrativa.

    =-=-=-=-=-=-=

    C) contrato que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e a instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

    Errado: Art. 2 (...) §4 É vedado a celebração de contrato de PPP:

    (...)

    III - que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

    =-=-=-=-=-=-=

    D) concessão de serviços públicos e obras públicas que envolve a tarifa dos usuários, mas sem contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

    Errado: Daí seria uma concessão comum! Regida pela lei 8.987

    § 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a  quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

    =-=-=-=

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

    Tenho grupo composto por estudantes focados no INSS, interessado? Mande-me mensagem.

  • Concessão Patrocinada = O prestador do serviço é remunerado mediante tarifa paga pelo usuário do serviço ALTERNATIVA A 

  • Na concessão patrocinada, além da tarifa paga pelo usuário há uma contraprestação por parte do poder público ao parceiro privado.

  • De forma resumida:

    A) Correta

    B) trata-se da concessão administrativa

    C) é vedada a celebração de contrato de PPP com objeto único de...

    D) trata-se da concessão comum a qual não constitui PPP

  • Parceria Público-Privada

    →  É uma forma de participação do setor privado na implantação, melhoria e gestão da infraestrutura pública, principalmente nos setores das rodovias, ferrovias, portos, energias etc., como alternativa à falta de recursos estatais para investimentos nessas áreas.

    →   Apesar de estudos realizados em momentos históricos mais antigos, esse tipo de iniciativa é recente no Brasil e procura articular o setor público e privado para a consecução de empreendimentos públicos.

    →  É um tipo de concessão especial, visto que o particular não responde por todos os riscos – a adm. pública assegura ao particular um retorno mínimo como contraprestação.

    →   O edital pode ou não prever garantias do parceiro público ao privado, sendo assim, conclui-se não ser obrigatório.

    →  Aplica-se à adm. direta e indireta.

    →  Pode ser patrocinada ou administrativa.

    ·      Patrocinada: há verba pública + tarifa paga pelos usuários. Ex.: a empresa cobra o pedágio, mas a administração ainda paga um valor para complementar.

    ·      Administrativa: A adm. pública direta ou indireta é usuária do serviço, ainda que houve execução de obras ou fornecimento de bens. Ex.: penitenciária.

    ·    

    Letra A

  • Concessão Patrocinada: tarifa dos usuários + ajuda financeira do Estado.

  • Lei 11.079/04

    Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

    § 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

    § 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

  • Cuida-se de questão que se limitou a exigir domínio acerca do conceito legal da parceria público-privada denominada como concessão patrocinada, cuja definição legal vem prevista no art. 2º, §1º, da Lei 11.079/2004, in verbis:

    "Art. 2º (...)
    § 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado."

    Logo, resta claro que a única alternativa que corresponde, à exatidão, a este conceito legal é aquela contida na letra A.


    Gabarito do professor: A


ID
3325819
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Na primeira fase de um planejamento estratégico, é realizado um diagnóstico estratégico, quando são considerados os ambientes interno e externo da organização.
Nesse contexto, as variáveis controláveis, que propiciam uma condição favorável para a empresa em relação a seu ambiente, e as variáveis não controláveis pela empresa, que podem criar condições desfavoráveis para ela, são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • Variáveis controláveis: pontos fortes e pontos fracos; não controláveis: oportunidades e ameças

  • Matriz swot. Os "pontos" internos são as forças e fraquezas; os externos são: oportunidades e ameaças.

    Gabarito: A

  • "Na primeira fase de um planejamento estratégico, é realizado um diagnóstico estratégico, quando são considerados os ambientes interno e externo da organização. Nesse contexto, as variáveis controláveis (pode ser um ponto fraco ou ponto forte), que propiciam uma condição favorável para a empresa em relação a seu ambiente, e as variáveis não controláveis (pode ser uma oportunidade ou uma ameaça) pela empresa, que podem criar condições desfavoráveis para ela, são, respectivamente;"

    Uma ferramenta típica de uso no planejamento estratégico, que auxilía na análise do ambiente interno e externo é a Matriz SWOT;

    A matriz swot considera as Forças (strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities), Ameaças (Threats);

    As forças e fraquezas são controláveis (ambiente interno)

    As ameças e oportunidades são incontroláveis (ambiente externo)

    Fonte: Minha memória.

    ʕ•́ᴥ•̀ʔっ INSS 2020/21.

  • Para resolução da questão, faz-se necessário o conhecimento da etapa diagnóstico institucional/estratégico do planejamento estratégico.

    Diante disso, vamos a uma breve explicação.

    A finalidade do diagnóstico é identificar os pontos fortes e fracos da organização (ambiente interno), e analisar as oportunidades e ameaças com as quais a organização vai ter que lidar no ambiente externo.

    Uma das ferramentas mais utilizadas na análise de diagnóstico é a matriz SWOT (acrônimo dos termos em inglês: Strengths = forças; Weaknesses = fraquezas; Opportunities = oportunidades; Threats = ameaças).

    Essa matriz também é conhecida como FOFA que é acrônimo dos termos em português: forças, oportunidades, fraquezas e ameaças.

    Nesta matriz, é feita uma análise das forças e fraquezas da organização (ambiente interno) e das ameaças e oportunidades que ela pode ter de enfrentar (ambiente externo).

    Por fim, cabe ressaltar que forças e fraquezas são variáveis controláveis. Por outro lado, oportunidades e ameaças são variáveis incontroláveis.

    Posto isso, vamos à análise das proposições:

    A) Certo, pois dentro das variáveis controláveis (forças e fraquezas), aquela que propicia uma condição favorável para a empresa são os pontos fortes, ou seja, as forças. Por outro lado, as variáveis incontroláveis (ameaças e oportunidades) que podem criar condições desfavoráveis são as ameaças.

    B) Errado, pois oportunidades são variáveis não controláveis.

    C) Errado, pois pontos fracos são variáveis controláveis.

    D) Errado, pois ameaças são variáveis não controláveis e pontos fracos são variáveis controláveis.


    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3325822
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre instrumentos de regulação, pelos quais o Governo pode intervir no funcionamento do sistema econômico, analise as afirmações a seguir, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) Um dos principais critérios para a avaliação da eficácia de cada um desses instrumentos é o conceito de eficiência, que pode ser entendido nas dimensões: produtiva, alocativa e dinâmica.
( ) Um dos objetivos do instrumento de regulação conhecido como controle da taxa de retorno é evitar que a quantidade ofertada fique abaixo do nível eficiente.
( ) O controle de quantidades, que se refere ao conjunto de restrições colocadas sobre a quantidade comprada ou vendida, necessariamente pressupõe a existência de controles de entrada e saída de firmas no mercado em questão.
( ) O tipo de instrumento de regulação, denominado controle de preços, pode aumentar o bem estar dos consumidores na medida em que induz uma redução nos preços cobrados em resposta a uma elevação nos lucros da empresa regulada.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    (V) Um dos principais critérios para a avaliação da eficácia de cada um desses instrumentos é o conceito de eficiência, que pode ser entendido nas dimensões: produtiva, alocativa e dinâmica.

    Sob condições de concorrência, a livre competição promove a eficiência econômica. A eficiência econômica pode ser entendida por meio de seus três elementos principais: produtiva, alocativa e dinâmica.

    1. Eficiência produtiva = o agente maximizador busca eficiência na capacidade de produzir uma quantidade ótima diante das restrições de recursos e da minimização dos custos de produção.
    2. Eficiência alocativa = sustenta-se na capacidade de otimizar a configuração dos recursos disponíveis.
    3. Eficiência dinâmica = diz respeito ao progresso técnico e corresponde “à eficiência com a qual uma indústria desenvolve novos e melhores métodos de produção e produtos.

    (F) Um dos objetivos do instrumento de regulação conhecido como controle da taxa de retorno é evitar que a quantidade ofertada fique abaixo do nível eficiente.

    O principal conceito econômico por trás deste regime é que o preço praticado assegure uma taxa de remuneração mínima aos altos investimentos exigidos inicialmente pelos custos fixos. Por este motivo, este regime também é conhecido como tarifação pelo custo do serviço (PICCINNI, 2005).

    (V) O controle de quantidades, que se refere ao conjunto de restrições colocadas sobre a quantidade comprada ou vendida, necessariamente pressupõe a existência de controles de entrada e saída de firmas no mercado em questão.

    (F) O tipo de instrumento de regulação, denominado controle de preços, pode aumentar o bem estar dos consumidores na medida em que induz uma redução nos preços cobrados em resposta a uma elevação nos lucros da empresa regulada.

    O aumento do lucro da empresa regulada é obtido através da redução dos custos durante o período do ciclo tarifário; a tarifa se mantém constante num tempo t, enquanto a empresa aufere lucros crescentes mediante redução de custos. Ao final do ciclo tarifário, o regulador pode redefinir os preços em uma Revisão Tarifária, convertendo o ganho de produtividade em prol da modicidade para beneficiar o usuário

    Fontes adaptadas:

    CONSULTORIA PARA AÇÕES DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E CAPACITAÇÃO TÉCNICA EM REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

    ASPECTOS CONCEITUAIS DA REGULAÇÃO ECONÔMICA, MODELO TARIFÁRIO E MECANISMO DE FORMAÇÃO DAS TARIFAS


ID
3325825
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre a elaboração de cenários estratégicos, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Tema de gestão estratégica dentro de administração pública, mais especificamente sobre elaboração de cenários.

    Vamos verificar as alternativas, lembrando que se deve assinalar a INCORRETA:

    A) CORRETA. De fato, ambientes políticos instáveis, por exemplo, geram imprevisibilidade e, justamente por isso, a percepção de diferentes cenários torna-se fundamental na tomada de decisão já que se pode adotar o melhor posicionamento a partir do desenrolar de diferentes situações.

    B) CORRETA. Mais uma vez está certo, ao se elaborar cenários possíveis, permite-se estar melhor preparado para agir de uma forma ou de outra no futuro (dar a melhor resposta), independente se esse resultado futuro está ligado ao presente ou passado, mas também pode estar.

    C) CORRETA. Essa é a descrição mais detalhada da elaboração de cenários, isto é, dos processos mais minuciosos dentro dessa elaboração estratégica. Nada de errado na assertiva.

    D) INCORRETA. Primeiro, como vimos no item B, elaboração de cenários não está, necessariamente, ligada ao passado, aqui já está incorreto. Ademais, os cenários não explicam o passado, mas permitem a melhor reação para possibilidades futuras. Ainda, não se restringem, de forma alguma, a aspectos quantitativos, a análise QUALITATIVA é tão importante quanto a quantitativa. Alternativa totalmente incorreta portanto.


    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
3325828
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre interdependência e ganhos de comércio, é correto afirmar que a expressão “vantagem comparativa” descreve os custos de

Alternativas
Comentários
  • Idealizada por David Ricardo, a teoria da vantagem comparativa buscava, por meio de um contraponto à teoria das vantagens absolutas de Adam Smith, criar uma nova ordem para economia mundial.

    A teoria da vantagem absoluta pretendia organizar o comércio internacional, levando em consideração a efetividade da produtividade de cada país.

    Então se o país A (Portugal) produz o produto X (Milho) utilizando menos insumos em relação ao país B (Inglaterra), e o país B (Inglaterra) investe menos recursos para a produção do produto Y (Cerveja) em relação ao país A (Portugal), cada um deles deveria concentrar seus esforços onde possuem maior capacidade produtiva e, assim, passar a comercializar esses produtos entre si.

    Gabarito "A"

    fonte

    rotamaxima.com.br

  • Vantagem comparativa está associada ao conceito de custo de oportunidade, onde representa aquilo que você abre mão de realizar em prol de outra atividade.


ID
3325831
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Conforme MANKIW (2005), a curva de Phillips expressa o tradeoff existente no curto prazo entre

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    Em macroeconomia, a curva de Phillips, representa uma relação de trade-off entre inflação e desemprego, que permite analisar a relação entre ambos, no curto prazo. Segundo esta teoria, desenvolvida pelo economista neozelandês William Phillips, uma menor taxa de desemprego leva a um aumento da inflação, e uma maior taxa de desemprego a uma menor inflação. Contudo, esta relação não é válida no longo prazo, uma vez que a taxa de desemprego é basicamente independente da taxa de inflação conforme outras variáveis vão se alterando.

    Curva de Phillips. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Curva_de_Phillips>

    Se meu comentário estiver equivocado, por favor me avise por mensagem para que eu o corrija e evite assim prejudicar os demais colegas.


ID
3325834
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Uma curva de indiferença mostra combinações de consumo que proporcionam ao consumidor o mesmo nível de satisfação.
A inclinação de uma curva de indiferença, em qualquer ponto, representa a(o)

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

    A TMS costuma ser um número negativo. Isto porque o consumidor está substituindo um bem pelo outro, ele está trocando um bem pelo outro.

    Dizemos que a TMS representa a inclinação da curva de indiferença.

    Fonte: Direção Concursos

  • A curva de indiferença representa todas as combinações possíveis de dois bens que geram a mesma utilidade para o consumidor.

                 Assim, a sua inclinação se dá pela razão entre as utilidades marginais dos dois bens.

                 Ela mede, o quanto deve ser a variação da quantidade de um bem em relação à do outro para manter a utilidade constante, ou seja, manter-se na mesma curva de indiferença.

                 Essa razão é conhecida como TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO.

    Resposta: C

  • Assertiva sobre curvas de indiferença, tema da teoria do consumidor dentro da microeconomia.

    Vamos verificar as alternativas:

    A) ERRADA. Restrição orçamentária evidencia as combinações de consumo que esgotam a renda do consumidor, não se trata de curva de indiferença, embora se relacionem.

    B) ERRADA. O custo marginal é o custo adicional na produção de uma unidade adicional de determinado produto, é um conceito da teoria da firma e não do consumidor.

    C) CERTA. A taxa marginal de substituição é a taxa pela qual o consumidor troca o consumo de um bem por outro, ela se modifica ao longo da curva de indiferença e representa, justamente, a inclinação dessa curva.

    D) ERRADA. Mapa de indiferença é a representação das diferentes curvas de indiferença do consumidor, cada uma delas gerando um nível de utilidade específico, é o conjunto das curvas de indiferença portanto.


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3325837
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com base na classificação dos bens da teoria econômica, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GAB: C

    Os bens de Giffen são uma exceção a lei da Demanda, portanto, preço e quantidade demandada são diretamente proporcionais. Se um aumenta, o outro também aumenta. Se um diminui, o outro também diminui.

  • Resposta C

    A. Bem inferior: Q diminui quando a RENDA aumenta

    B. Errado, bem privado é excluível e rival

    Bem privado: excluível e rival. Exemplo: meu celular pessoal - posso impedir um terceiro de usar e se outra pessoa está usando eu não posso usar

    Bem público: não excluível e não rival. Exemplo: segurança nacional - não posso impedir um terceiro de usufruir da segurança e um terceiro usufruindo não me impacta

    Monopólio natural: excluível e não rival. Exemplo: serviço de água encanada e energia elétrica. É excluível porque se pessoa não pagar a luz há corte, porém meu vinho ter luz ou não não me impacta

    Recursos comuns: não excluível e rival. Exemplo: pesca - difícil impedir um terceiro de pescar, porém quando ele pesca há menos peixe no mar para mim

    C. Correto

    Bens de giffen são exceção

    Regra da demanda: + P - Q

    Bens de giffen: + P + Q.

    Exemplos: regiões pobres onde batata é principal produto. Se aumenta P da batata, pessoa não tem alternativa: deixa de consumir carne e passa a consumir mais batata

    D. Incorreto

    Justamente por ter relação + P + Q, a curva de demanda é postiviamente inclinada, sendo exceção na lei da demanda.

  • a) Interessante essa afirmação. E ela poderia ter sido objeto de anulação da questão. Note que ela trata dos bens de Giffen. Só que todo bem de Giffen é, necessariamente, um bem inferior. É aquele caso em que o efeito renda, além de invertido, é forte o suficiente para excetuar a lei geral da demanda. Por isso, embora essa não seja a definição de bem inferior, não deixa de sê-lo. 

    b) Errado. Esses seriam os bens públicos. Bens privados são excludentes e rivais.

    c) É exatamente isto: os bens de Giffen são aqueles que formam a exceção da lei geral da demanda. Ou seja, são aqueles cuja quantidade demandada varia diretamente com o seu preço.

    d) Errado! Os bens de Giffen são justamente aqueles que são a exceção à regra. Para eles, a curva de demanda é positivamente inclinada.

    Resposta: C

  • Questão sobre classificação dos bens, tema da teoria do consumidor dentro da microeconomia.

    Vamos verificar as alternativas:

    A) ERRADA. Bem inferior e bem normal se relacionam à renda e não aos respectivos preços. Assim, bem inferior é aquele cuja demanda se reduz à medida que a renda se eleva, ao contrário do que ocorre com bens normais.

    B) ERRADA. Muito pelo contrário, bens privados são excludentes e rivais. Bens públicos que são bens não excludentes e não rivais.

    C) CERTA. Essa é a definição dos bens de Giffen, bens essenciais para determinadas classes sociais. Uma família pobre come arroz e ovo, se o preço do arroz se eleva, essa família deixa de consumir ovo e consome ainda mais arroz - com o dinheiro que sobrou do ovo - para compensar.

    D) ERRADA. Como vimos no item anterior, preço do bem de Giffen se eleva e a quantidade demandada também se eleva, ou seja, curva de demanda POSITIVAMENTE inclinada.


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
3325840
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir no contexto da economia do bem-estar.

I. O equilíbrio da oferta e da demanda maximiza a soma dos excedentes do consumidor e do produtor, isto é, a mão invisível do mercado conduz compradores e vendedores a uma alocação eficiente de recursos.
II. Os excedentes do consumidor e do produtor podem ser calculados, respectivamente, como a área abaixo da curva de demanda e acima do preço e como a área abaixo do preço e acima da curva de oferta.
III. Enquanto o excedente do produtor mede o benefício que os compradores podem obter por sua participação no mercado, o excedente do consumidor mede o benefício que os vendedores podem obter por sua participação no mercado.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • No item III está errado porque o examinador inverteu os conceitos

  • I. É isso mesmo! Na ausência de falhas de mercado, não havendo intervenção, o equilíbrio entre oferta e demanda maximiza o total do excedente deste mercado, que é dado pela soma entre os excedentes do produtor e do consumidor.

    II. É exatamente isso. 

    III. É o contrário! Enquanto o excedente do produtor mede o benefício que os VENDEDORES podem obter por sua participação no mercado, o excedente do consumidor mede o benefício que os COMPRADORES podem obter por sua participação no mercado.

    Resposta: A

  • Tema da economia do bem-estar dentro da microeconomia.

    Vamos analisar cada uma das afirmativas:

    I - CORRETA. Segundo a teoria neoclássica, é exatamente assim que se obtém a eficiência econômica, no ponto de equilíbrio tanto consumidores quanto as empresas estão maximizando seus respectivos excedentes.

    II - CORRETA. Mais uma vez está certa, a área abaixo da curva de demanda e acima do preço de equilíbrio representa aquilo que os consumidores estariam dispostos a pagar a cada quantidade. Essa diferença entre o  preço que pagariam e o preço de equilíbrio (mais baixo) efetivamente pago recebe a alcunha de excedente do consumidor. Raciocínio análogo se aplica às empresas com a diferença que se trata dos preços que elas estariam dispostas a receber (mais baixo do que o preço de equilíbrio) a cada quantidade.

    III - INCORRETA. Está tudo certo na assertiva, exceto a ordem dos excedentes. É o contrário, primeiro tem-se a definição do excedente do consumidor e, depois, o conceito de excedente do produtor.

    Portanto, temos I e II apenas como corretas.


    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
3325843
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Segundo Lopes e Vasconcellos (2008), a inclinação da curva IS (Investment-Saving) do modelo IS-LM depende, essencialmente, da

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    A inclinação da curva IS depende essencialmente de dois fatores: a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros; a propensão marginal a consumir (ou o multiplicador de gastos). Quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros, mais horizontal será a curva IS, isto é, menor sua inclinação. Quanto maior o multiplicador, maior será o impacto sobre a renda de variações nas taxas de juros, ou seja, menor será a inclinação da IS (mais horizontal).

    Disponível em: <https://slideplayer.com.br/slide/1869983/>

    Se meu comentário estiver equivocado, por favor me avise por mensagem para que eu o corrija e evite assim prejudicar os demais colegas.


ID
3325846
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Os modelos de Harrod-Domar, de inspiração keynesiana, e o de Solow, também conhecido como modelo neoclássico, são dois dos principais modelos de crescimento do produto a longo prazo.
São variáveis básicas importantes destacadas no modelo de crescimento de Harrod-Domar, exceto:

Alternativas
Comentários
  • A função do Modelo Harrod-Domar é a seguinte:

    Y = F (K, N, T)  

    O modelo considera que o desenvolvimento econômico tem três variáveis para o crescimento:

    A taxa de investimento

    A taxa de poupança

    A relação produto e capital:   

    Basicamente, suas implicações são de que o crescimento depende da quantidade de trabalho e capital. Assim, mais investimento leva à acumulação de capital, que gera crescimento econômico.

    A letra "A" está errada porque não é considerada a variação de tecnologia, que será levada em consideração no MODELO SOLOW, não no HARROD-DOMAR.


ID
3325849
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Analise os seguintes dados e informações sobre identidades macroeconômicas de uma economia aberta hipotética (em milhões de dólares).

• C = Consumo agregado = 50
• I = Investimento agregado = 70
• G = Consumo do governo = 80
• X = Exportação de bens e serviços não fatores = 60
• M = Importação de bens e serviços não fatores = 55
Com base nesses dados e informações, é correto afirmar que o produto interno bruto (PIB) e o produto nacional bruto (PNB) dessa economia são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • PIB = Demanda agregada = Y = C+I+G+(X-M) o valor entre parêntese é a balança comercial

    PIB = 50+70+80+(60-55) = 205

    Para mim, o PNB está errado, o valor tem que ser igual o do PIB nessa questão, pois, para se converter o PIB em PNB torna-se necessário deduzir o valor das rendas enviadas ao exterior e somar as rendas recebidas do exterior (o X e M não contam). Ex.: juros, doações, royalties, rendas de residentes que estão no estrangeiro e enviam pro Brasil, empresas internacionais que tem filiais em outros países e enviam suas rendas para a matriz (outro país).

    Mas enfim, só de acertar o PIB, já mata a questão.

  • Concordo com sua resposta Cláudio. Realmente, o valor do PNB, neste caso, é igual ao PIB.


ID
3325852
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Sobre dispositivos relativos ao plano diretor, contidos na Lei Orgânica do Município de Uberlândia, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 32 - Dependem do voto favorável:

    ...

    II - da maioria absoluta dos membros da Câmara, em votação nominal, a aprovação e alterações das seguintes matérias:

    a) leis complementares (que incluem o plano diretor)

  • Plano Diretor = Lei Complementar = MAIORIA ABSOLUTA

  • Art, 127 O plano diretor deverá considerar a totalidade do território municipal, incluindo as áreas urbanas e rurais.

    § 1º O plano diretor, atendidas as peculiaridades locais, deverá:

    I - estabelecer diretrizes para o desenvolvimento econômico-social, consideradas as potencialidade do Município e sua inserção nos âmbitos regional e estadual;

    II - estabelecer diretrizes de organização do território, resguardada a proteção do patrimônio ambiental, cultural e científico e a adequação entre as densidades e formas de uso e ocupação do solo e as infraestruturas e serviços urbanos existentes ou passíveis de implantação no horizonte do plano;

    III - propor medidas administrativas ou financeiras necessárias à gestão do Município;

    IV - apontar os instrumentos normativos e tributários, bem como os instrumentos jurídicos adequados à conservação das metas desejadas e ao cumprimento da função social da propriedade;

    V - definir os recursos necessários e as formas de prioridades de sua aplicação ao longo do horizonte previsto.

    § 2º O orçamento anual do Município deverá estar compatibilizado com as prioridades e metas estabelecidas no plano diretor.

    § 3º A elaboração do plano diretor deverá compreender as seguintes fases, com extensão e profundidade, respeitadas as peculiaridades do Município:

    I - o estudo preliminar abrangendo:

    a) avaliação das condições de desenvolvimento;

    b) avaliação das condições de administração.

    II - diagnóstico:

    a) do desenvolvimento econômico e social;

    b) da organização territorial;

    c) das atividades-fim da Prefeitura;

    d) da organização administrativa e das atividades-meio da Prefeitura.

    III - definição de diretrizes, compreendendo:

     

    a) política de desenvolvimento;

    b) diretrizes de desenvolvimento;

    c) diretrizes de organização territorial.

    IV - instrumento incluindo:

    a) instrumento legal do plano;

    b) programas relativos às atividades-fim;

    c) programas relativos às atividades-meio;

    d) programas dependentes da cooperação de outras entidades públicas.


ID
3325855
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Analise o trecho a seguir, extraído do Art. 23 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no Art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no Art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado ______________________, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do Art. 169 da Constituição.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna anterior.

Alternativas
Comentários
  • Letra "b".

     

    Art. 23 da LRF: Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos e .

    Limites para despesa com pessoal:

    União = 50% (cinquenta por cento)

    Estados e Municípios = 60% (sessenta por cento).

  • Procedimento de controle: o prazo segundo o qual o controle do limite de gasto com pessoal será realizado é quadrimestral. Ou seja, ao final de cada quatro meses, o Poder e/ou órgão referidos no artigo 20 da LRF serão auditados para a verificação do cumprimento dos limites previstos nos artigos 19 e 20 da LRF.

    ·        Caso o resultado dessa verificação seja a existência de excesso e, portanto, de uma situação em que houve a superação do limite de gasto, terá o Poder ou órgão o prazo de oito meses (e, assim, dois quadrimestres) para eliminar o excedente da despesa, devendo tal ajuste produzir efeitos já no primeiro quadrimestre, quando o percentual excedente deverá ser reduzido em pelo menos um terço (artigo 23 da LRF).

    ·        Para que a recondução da despesa ao limite seja possível dentro do prazo de oito meses, certas providências devem ser observadas. Nos termos do artigo 169, § 3º, da Constituição, os entes poderão:

    o  (i) reduzir em vinte por cento as despesas com cargos de comissão e funções de confiança e;

    o  (ii) exonerar servidores não estáveis.

    ·        Os cargos que forem objeto de redução serão considerados extintos, ficando vedada a criação de novo cargo, emprego ou função com funções iguais ou semelhantes pelos próximos quatro anos.

    ·        Caso essas medidas de redução e exoneração não sejam suficientes para reconduzir a despesa ao limite, o § 4º desse mesmo artigo possibilita, ainda, a exoneração de servidores estáveis, desde que o ato normativo que o faça especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto de redução de pessoal.

    o  Nessa hipótese, o servidor terá direito à indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.

    ·        Obs.: STF declarou inconstitucional a parte final do §1º do art. 23 da LRF e a integralidade do §2º, para afastar a possibilidade de redução de carga horária e vencimentos.

    ·        Obs.: os prazos para redução das despesas com pessoal que estejam ultrapassando os limites fixados na própria Lei de Responsabilidade Fiscal serão duplicados no caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a quatro trimestres. (66 LRF)

  • Cuidado para não confundir o limite ultrapassado de Despesa com Pessoal com a recondução da dívida consolidada aos limites.

    No primeiro caso, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro (art. 23, LRF).

    2Q -> 1/3 no primeiro.

    No segundo caso, se a dívida consolidada ultrapassar o limite ao final de um quadrimestre, terá de ser reconduzida até o término dos três quadrimestres seguintes, reduzindo o excedente em 25% no primeiro (art. 31, LRF).

    3Q -> 25% no primeiro.

    AMBOS SÃO ANALISADOS A CADA QUADRIMESTRE!


ID
3325858
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

Considere que no decorrer do exercício houve a necessidade da realização de despesas por determinado município para as quais a lei orçamentária não contava com crédito específico.
Nessa situação, para que as despesas possam ser realizadas, deverá ser aberto crédito

Alternativas
Comentários
  • Letra "c", crédito especial.

    São espécies do gênero créditos adicionais: I) Crédito suplementar; II) Crédito Especial; III) Crédito extraordinário.

    I) Crédito suplementar: O crédito suplementar é utilizado para suplementar uma dotação que se mostrou ineficiente, é um reforço de dotação orçamentária.

    Ex: Construção de hospital no valor estimado de oito milhões que, no final, fica estimado em dez milhões. Nessa hipótese, o gestor precisa fazer um reforço da dotação orçamentária para concluir a construção do hospital.

    Obs: Para abertura de crédito suplementar é preciso autorização legislativa e indicação da fonte de custeio respectiva.

    II) Crédito especial: O crédito especial é destinado para uma despesa que, originalmente, não tinham uma dotação específica.

    Ex: Decisão de construir um hospital após a elaboração da lei orçamentária. Nessa hipótese, ele precisará de um crédito especial para realizar essa despesa.

    Obs: Para abertura de crédito especial é preciso autorização legislativa e indicação da fonte de custeio respectiva.

    III) Crédito extraordinário: O crédito extraordinário é aquele destinado para despesas urgentes e não previstas (imprevisibilidade e urgência são requisitos específicos do crédito extraordinário)

    Ex: Auxílio para as vítimas das enchentes decorrentes de chuvas torrenciais.

    Obs: Para abertura de crédito extraordinário NÃO é preciso autorização legislativa e indicação da fonte de custeio respectiva.

  • GABARITO LETRA B - ESPECIAL, DESDE QUE POSSUA PRÉVIA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA.

    Lei 4.320/64

    Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

    Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

    I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

    II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;

    III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

    Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

  • ✅Letra B

    Créditos Especiais = Destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

    -Autorizados por LEI ESPECÍFICA.

    -Abertos por DECRETO do Poder Executivo.

    -Indicação obrigatória das fontes de recursos.

    -Vigência limitada ao exercício financeiro, salvo as exceções.

    -Deve haver exposição dos motivos para abertura.

    -Exceção do princípio da ANUALIDADE.

    Fonte: Prof: Anderson Ferreira, Gran Cursos. Espero ter ajudado. Boraaa!!!!