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Prova PR-4 UFRJ - 2012 - UFRJ - Médico nutrologista - Alimentação Coletiva


ID
1334770
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



As coisas ficaram ainda piores depois de 11 de setembro. O inimigo está em nossa casa, mas agora os meios de comunicação não podem mais monitorá-lo, porque ele está na clandestinidade. Cada ato terrorista vem ampliado pelos meios de comunicação, que, desse modo, fazem o jogo do adversário. Vão tirar de Saddam as armas que o Ocidente lhe ofereceu e que, talvez, ainda lhe esteja fornecendo, mas o verdadeiro inimigo nem sequer precisa mais de armas e tecnologias próprias: usa as daquele que quer destruir.
A discussão sobre a paz referida no primeiro parágrafo do texto:

Alternativas

ID
1334773
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



No texto há elementos chamados dêiticos, cujo significado é dado ao leitor pelo conhecimento da situação em que esse texto é produzido: assim, “perto do final de dezembro” só tem seu significado claramente estabelecido se o leitor souber em que ano o texto foi produzido. O mesmo ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • Amigos, encontrei uma boa explicação neste site: http://diegobgarcia.blogspot.com.br/2009/07/funcoes-deitica-anaforica-cataforica_06.html, espero que ele os ajudem tb.

  • Gabarito letra E

    "...a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje”. 


    "Nos dias de hoje" só tem seu significado claramente estabelecido se o leitor souber em que época o texto foi produzido!

  • Em linguística, dêiticos são os elementos que contribuem com a coesão e articulação textuais, como os pronomes pessoais e demonstrativos, os tempos verbais, os advérbios de tempo e lugar e uma infinidade de outros recursos linguísticos.

    Gab E


ID
1334776
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



Considerando a frase adaptada do texto “A Academia discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje”; a forma de reescrevê-la que altera o seu sentido original é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.


    Ao deslocar "nos dias de hoje" muda o sentido da frase. Antes, o tema discutido em Paris era como pode se imaginar a paz ATUALMENTE.
    Na alternativa C, fica assim: a Academia discutiu, hoje, em Paris, como a paz pode ser imaginada. 

ID
1334779
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“Logo, a paz parece ainda não ser uma meta distante, mas um objeto desconhecido”; assinale a frase correta sobre os componentes desse segmento do primeiro parágrafo do texto:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    São conjunções coordenativas conclusivas:  logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • alguém explica C e E?

  • GABARITO D

    Logo -> conclusiva

     

  • Porque não pode ser a C ou a E, concordo que logo seja conclusivo, mas diante do contexto do texto a frase seguinto apos o logo não parece ser uma conclusão do que foi mencionado anteriomente, professor por favor poderia explicar ?

  • ALERNATIVA C, O autor não vê como uma esperança pq é algo que não é nem enxergado, desconhecido.

    ALTERNATIVA E,  COMO na alternativa C não tem nada de objetivo determinado.


ID
1334782
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



O texto utiliza sinais gráficos para expressar o que deseja. A alternativa em que os sinais gráficos destacados estão adequadamente explicados é:

Alternativas
Comentários
  • gab. A


    a expressão está em latim!

  • Letra B faz referência ao que Heráclito disse ou pensava

  • GABARITO LETRA A

    A -> Para ressaltar a ocorrência de empréstimos linguísticos (estrangeirismos) no texto, sobretudo quando não estiver disponível a opção “itálico”. Observe o exemplo:

    A “baby-sitter” e o “barman” marcaram um encontro no “hall” do edifício. (letra a, peguei no google)

    ------------------

    B -> exatamente o que a pessoa disse

    C-> (entre outras....não é retificação)

    D -> para EVITAR , não desfazer

    E -> refere-se às pessoas que estão do lado do interlocutor na guerra. (oposto ao inimigo)

     

  • A banca pede: A alternativa em que os sinais gráficos destacados estão adequadamente explicados 

     

    A explicação correta corresponde a letra A

    grafia em itálico e entre aspas em “tranquillita ordinis” para marcar o emprego de estrangeirismo;


ID
1334785
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“Somos todos vítimas de um mito original”. Nesse segmento do texto temos o que se chama de “silepse de pessoa”, marcada pelo seguinte traço:

Alternativas
Comentários
  • SILEPSE-

    figura pela qual a concordância das palavras na frase se faz logicamente, pelo significado, e não de acordo com as regras da gramática (p.ex., muita gente aqui, pelo que dizem, não sabem se portar em público).

    ALTERNATIVA E

  • Gab E

    A) Vítima é um substantivo sempre feminino seja para homem ou mulher. Trata-se de um substantivo sobrecomum (a vítima, o ídolo, o indivíduo).

    B) A alternativa está correta, mas trata-se de uma elipse. Pq houve omissão do termo "nós" na frase.

    C) A concordância realmente não é gramaticalmente correta. Mas esta alternativa não justifica corretamente o uso da silepse de pessoa.

    D) Alternativa fora de contexto.

    E) A silepse é uma concordância ideológica, desta forma, o autor se inclui nas vítimas. Trata-se de uma ausência de concordância e não é aceita pela norma culta. Ex: Os professores somos mal representados.

  • Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no sujeito. Exemplos:

    O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação.

    Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.

    "Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos." (Machado de Assis)


ID
1334788
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência”. Nesse segmento do texto há uma referência explícita:

Alternativas
Comentários
  • "Edênica" -  do éden, paraíso.

  • Eu associei tranquilidade ao paraíso e deu tudo certo!

  • Nossa eu pensei em tudo menos paraiso

  • "Edênica" -  do éden, paraíso.


ID
1334791
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“Mas Heráclito nos preveniu de que ‘a luta é a regra do mundo, e a guerra é a geradora comum e senhora de todas as coisas’ “. O pensamento abaixo que repete a visão de Heráclito sobre a guerra é:

Alternativas
Comentários
  • Gente, pq esse "à" esta craseado?

    "... nos preveniu de que à..."

  • ''A luta é a regra do mundo, e a guerra é a geradora comum e senhora de todas as coisas’ ''

    porque não a letra A: ''Em meio as armas, as leis calam''. ?

    Seria a Letra C o gabarito, devido a frase : ''... - a vida, portanto, é guerra''?

  • GABARITO D

     

  • Não é crase, Bianca Pacha, e sim aspas simples.

     


ID
1334794
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



O segmento do texto que mostra o valor semântico do vocábulo sublinhado de forma correta é:

Alternativas

ID
1334797
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo, que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz...”.
A oração sublinhada tem valor de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

  • GABARITO A

     

    ...tão complexo, que.....      


ID
1334800
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros)”. Tal situação pode ser designada de:

Alternativas
Comentários
  • O que é Paradoxo:

    Paradoxo é o oposto do que alguém pensa ser averdade ou o contrário a uma opinião admitida como válida. Um paradoxo consiste em uma ideia incrível, contrária do que se espera. Também pode representar a ausência de nexo ou lógica.
    Fonte:  http://www.significados.com.br/paradoxo

  • Metáfora --> comparação de palavras em que um termo substitui outro. É uma comparação abreviada em que o verbo não está expresso, mas subentendido.

    Paradoxo --> oposto. 

    sinestesia --> expressa ou tem relação com os sentidos humanos. 

    Metonímia --> consiste em empregar um termo no lugar de outro. 

    Alegoria --> Expressão figurada, não real, de um pensamento ou de um sentimento, através da qual um objeto pode significar outro.

  • Paradoxo: Se você deseja a paz, como prepara a guerra?

  • Paradoxo = Ideias contrárias.

  • GABARITO B

     

    Pessoal, o PARADOXO é uma figura de linguagem que descreve palavras com sentidos opostos que NÃO faz sentido, sem lógica alguma.

    Como no texto, se quer paz, como vai preparar para guerra? Totalmente sem lógica. 

     

    Já a ANTÍTESE é uma figura de linguagem que também descreve palavras com sentidos opostos PORÉM tem sentido, tem lógica.

    ex.: Enquanto o rapaz se deitava para dormir, a moça se levantava para estudar. Viram as palavras opostas (deitar, levantar) porém com sentido? 

     

     

    bons estudos


ID
1334803
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“...como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local”. Com essa referência a uma famosa espiã da Segunda Guerra Mundial, o autor quer dizer que os atuais meios de comunicação:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A


    "Os meios de  comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos (...)"


ID
1334806
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“Dá para se fazer uma guerra nessas condições?” A marca da guerra moderna que mais acentuadamente provocou a reação do autor do texto, contida na frase destacada, é:

Alternativas
Comentários
  • “Dá para se fazer uma guerra nessas condições?” A marca da guerra moderna que mais acentuadamente provocou a reação do autor do texto, contida na frase destacada.

    Compreendo que o "nessas condições" refere-se ao periodo mencionado anteriormente:

     

    "Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer."

     

    Alguém pode explicar o motivo da banca considerar a letra D como gabarito certo?

  • Indiquei essa questão para o comentário do professor, pois creio que haja duas respostas corretas: a D e a E

  • Dá para se fazer uma guerra nessas condições? Que condições?

    Fiz por exclusão das alternativas. Fiquei entre D e E

    B) e C) - “Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa” e “a prova visual insuportável da destruição” são ideias que se somam. Não podem ser a resposta. Têm o mesmo valor.

    D) "...levaram a que se dissesse não se deveriam assassinar os inimigos" - é a consequencia de B) e C).

    A) “mostrar que eram assassinados apenas por engano” - Atenuação da ideia-forte em D): em vez de dizermos aquilo, diremos isso.

    E) "parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer" - É uma ideia que se adiciona como contraponto à principal: por um lado o inimigo não pode morrer, por outro lado "os nossos" também não podem. É uma ideia mais fraca.

    A D resume todo paradoxo do texto: “não se deveriam assassinar os inimigos”. 

    Guerras são inevitáveis. A destruição do inimigo em seu território era a regra... Hoje, depois das Guerras do Golfo... a informação, a propaganda do inimigo... e chegamos à (absurda) conclusão de que não deve matar os inimigos ... também não podemos morrer. Como fazer guerra assim?

  • Comentários do professor urgente!!!

  • a alternativa D e E se complementam. duas corretas.

  • essa nao dá pra compreender mesmo

  • Pra mim se refere ao período inteiro, PR-4 se achando FGV era só o que faltava!


ID
1334809
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



“Cada ato terrorista vem ampliado pelos meios de comunicação, que, desse modo, fazem o jogo do adversário”. Os meios de comunicação fazem o jogo do adversário porque:

Alternativas
Comentários
  • Tudo o que é catastrófico e cruel vai despertar o interesse da mídia, pois hoje é o que mais gera audiência e vende notícia. Por isso, a resposta certa é a letra "e".

  • Por eliminação, podemos pensar assim: No contexto, os meios de comunicação Não: demonstram - elogiam - condenam - mostram e Sim: propagam

     

  • GABARITO: LETRA E


ID
1334812
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



O texto tem as características básicas do modo de organização:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: B) argumentativo.

  • a) NARRATIVO: ações de personagens, encadeadas no tempo (predominam verbos de ação, em geral no passado).

    b) (EXPOSITIVO) ARGUMENTATIVO:  apresenta ideias para defender uma opinião e convencer o interlocutor (predominam relações de causa, condição, concessão, contraste, conclusão, etc.).

    c) DESCRITIVO: apresentação de características de um ser vivo, um objeto, um ambiente, uma cena (predominam expressões qualificativas).

    d) EXPOSITIVO: visa apresentar um conceito ou uma ideia utilizando recursos como conceituação, definição, descrição, comparação, informação e enumeração. Divide-se em argumentativo e informativo.

    e) ENUNCIATIVO: apresenta elementos de descrição e narração.

    ------------------

    * Temos também:

    1) EXPOSITIVO INFORMATIVO: visa transmitir informações sobre determinado tema com o máximo de neutralidade. Não defende opinião, apenas apresenta fatos.

    2) INJUNÇÃO: apresenta ideias para persuadir o destinatário a praticar atos ou ter atitudes (predomina o uso de verbos no imperativo).

    3) DISSERTATIVO: é um texto argumentativo e opinativo (utiliza-se da estrutura de tese, antítese e conclusão). Pode-se dividir em duas subclassificações: dissertativo argumentativo e dissertativo expositivo; o primeiro deseja convencer o leitor, o segundo não.

    **Vale lembrar que um texto pode exibir trechos com diferentes tipos de organização textual.

    *** Existem inúmeros outros gêneros textuais.

  • Dissertativo expositivo- informação

    Dissertativo argumentativo- opinião


ID
1334815
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



O segmento do texto que mostra uma variante coloquial de linguagem é:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra B
    trecho coloquial: "Dá para se fazer"

  • e qual seria então o padrão culto?

  • Gostaria que me explicassem o porquê do gabarito ser a letra B.

  • Indiquem pra comentário

  • Seguindo o tempo verbal...

    Daria  para se fazer uma guerra nessas condições?

  • Arthur Filho , sua explicação é equivocada . Na verdade o correto é :  "Dá para fazer-se" .

    Isso se deve por que verbo no infinitivo , geralmente , pede ênclise.

    https://www.youtube.com/watch?v=o183Hht3RMA 

  • Explicação do professor por favor

     

  • Acho que é na liguagem formal seria assim:

    Poderia  se fazer uma guerra nessas condições?

    ou

    Seria possível fazer uma guerra nessas condições?

    Letra: B

  • Reforçando o que já foi dito pelos colegas, o certo seria o pronome enclítico quando o verbo está no infinitivo impessoal DESDE qiue não tenha uma condição de próclise "Dá para fazer-se uma guerra " e se fosse " Não dá para se fazer uma guerra" estaria correto pq a palavra negativa invoca a próclise.

    obs: verbo no gerúndio, ínicio de oração, verbo no imperativo afirmativo, infinitivo impesoal  pede ênclise desde que não haja caso de próclise ou mesóclise. É a exceção da exceção.

  • Fiquei em dúvida. Na D não deveria ser "São todos vítimas de um mito original.."?, já que "todos" é terceira pessoa e "somos" é um verbo conjugado em primeira pessoa? Indiquei para comentário do professor tb.


ID
1334818
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



A distinção fundamental entre a guerra na atualidade e a guerra do passado é:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: E) a presença do inimigo em nosso território através dos meios de comunicação.

  • GABARITO E

     

    Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão


ID
1334821
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



O segmento que mostra que o texto foi produzido já há algum tempo é:

Alternativas
Comentários
  • gab. C

    mas pra mim é a letra E.... 11 de setembro foi em 2001....
  • pra mim, também! 

  • Não entendi, onde no texto aparece esse trexo?


  • Oi? e saddam foi em que época?

  • Gab.: C -  Acho que o gabarito está errado, pois não há no texto tal frase. (usei o buscador eletrônico de palavras)

    Para mim, o gabarito seria D) “Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo...”, pois este fragmento se encontra no texto

  • O texto está incompleto.

    Vejam: http://biblioteca.folha.com.br/1/02/2003011901.html

  • Essa questão necessitava que o candidato também tivesse conhecimento sobre alguns fatos históricos e sua ordem cronológica. 

     

    A letra C foi o último acontecimento. Decorrido 11 de Setembro, o Presidente George W. Bush iniciou uma investida contra o Iraque, alegando que Saddam Husseim possuia artefatos nucleares, o que depois foi comprovado que não existia. 

     

    Letra D (errada) - As guerras do Golfo e Kosovo aconteceram na década de 90. A guerra do Golfo também foi no Iraque, logo isso poderia causar certa confusão. 

     

    Letra E (errada) - Justamente pelos motivos da letra C. O 11 de Setembro antecedeu o ataque contra Saddam.

     

  • GABARITO  C

    Segundo qconcursos questão está idêntica com Pdf da banca .

    tb não entendi...

  • O restante do texto está na questão número 1. Acredito que na hora de enumerarem as questões, enumeraram no local errado. Baixem a prova completa e vão observar isso.

  • A banca pediu conhecimentos gerais?
    A meu ver, todas as matérias podem sim apresentar conteúdo sobre conhecimentos atuais e gerais. Contudo, interpretação de texto está relacionada ao texto, não ao que está fora do texto exigindo conhecimentos específicos: atualidades ou até mesmo contexto histórico internacional.

    Enfim... não vale a pena brigar, bora tentar entender a cabeça dessa galera.

  • Gente, ficou faltando um trecho que fazia parte da prova mas o Qconcursos não colocou na questão, por isso que ficou difícil chegar nessa resposta  ¬_¬

    O trecho é:

    "As coisas ficaram ainda piores depois de 11 de setembro. O inimigo está em nossa casa, mas agora os meios de comunicação não podem mais monitorá-lo, porque ele está na clandestinidade. Cada ato terrorista vem ampliado pelos meios de comunicação, que, desse modo, fazem o jogo do adversário. Vão tirar de Saddam as armas que o Ocidente lhe ofereceu e que, talvez, ainda lhe esteja fornecendo, mas o verdadeiro inimigo nem sequer precisa mais de armas e tecnologias próprias: usa as daquele que quer destruir."

  • Sandam Hussen foi morto em 2006 . O texto fala :"Vão tirar de Saddam as armas que o Ocidente lhe forneceu...”. Portando quando texto foi escrito Saddan Hussen ainda estava vivo.

  • kd o trexo no texto????? assim fica dificil.. li umas mil vezes.

  • Apesar do texto extraído do Navathe está correto, acredito que houve um erro de interpretação... De fato a responsabilidade de indicar as regras de consistência do banco é do programador, contudo quem faz a checagem se essas regras de consistência são ou não obedecidas é do banco de dados.


ID
1334824
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



A frase do texto que se encontra na voz passiva é:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: D d) “...depois essa tranquilidade FOI VIOLADA pelo primeiro ato de violência”.

  • A voz passiva pode ser formada por duas formas:

    1. Passiva Analítica: ser/esta + particípio Ex: ... essa tranquilidade FOI VIOLADA pelo...."

    2. Passiva Sintética: VTD/VTDI + se (partícula apassivadora) + sujeito. Ex.: Abriram-se as inscrições para a concurso.

    A alternativa D corresponde a Voz Passiva Analítica. Já a alternativa E não pode ser classificada como Voz Passiva Sintética, pq o verbo é VTI e por isso o "se" não é part. apassivadora.

  • depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência”


ID
1334827
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - PAZ GLOBAL IMPOSSÍVEL
Umberto Eco


Perto do final de dezembro, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris o tema de como se pode imaginar a paz nos dias de hoje. Não definir ou desejar, mas imaginar. Logo, a paz parece ainda ser não apenas uma meta distante, mas um objeto desconhecido. Os teólogos a definiram como a “tranquillita ordinis".


A tranquilidade de que ordem? Somos todos vítimas de um mito original: havia uma condição edênica, depois essa tranquilidade foi violada pelo primeiro ato de violência. Mas Heráclito nos preveniu de que “a luta é a regra do mundo, e a guerra é geradora comum e senhora de todas as coisas". No início houve a guerra, e a evolução implica uma luta pela vida.


As grandes pazes que conhecemos na História, como a paz romana, ou, em nosso tempo, a paz americana (mas também já houve paz soviética, paz otomana, paz chinesa), foram resultados de uma conquista e uma pressão militar contínua através das quais se mantinha uma certa ordem e se reduzia o grau de conflitos no centro, à custa de algumas tantas pequenas, porém sangrentas, guerras periféricas. A coisa pode agradar a quem está no olho do furacão, mas quem está na periferia sofre a violência que serve para conservar o equilíbrio do sistema. “Nossa" paz se obtém sempre ao preço da guerra que sofrem os outros.


Isso deveria nos levar a uma conclusão cínica, porém realista: se queres a paz (para ti), prepara a guerra (contra os outros). Entretanto, nas últimas décadas, a guerra se transformou em algo tão complexo que não costuma mais chegar ao fim com uma situação de paz, nem que seja apenas provisória. Ao longo dos séculos, a finalidade da guerra tem sido a de derrotar o inimigo em seu próprio território, mantendo-o no desconhecimento quanto a nossos movimentos para poder pegá-lo de surpresa, conseguindo forte solidariedade na frente interna. Hoje, depois das guerras do Golfo e de Kosovo, temos visto não apenas jornalistas ocidentais falando das cidades inimigas bombardeadas, como também os representantes dos países adversários expressando-se livremente em nossas telas de televisão. Os meios de comunicação informavam ao inimigo sobre as posições e os movimentos dos “nossos", como se Mata Hari tivesse se transformado em diretora da televisão local. Os chamados do inimigo dentro de nossa própria casa e a prova visual insuportável da destruição provocada pela guerra levaram a que se dissesse que não se deveriam assassinar os inimigos (ou mostrar que eram assassinados por engano),e, por outro lado, parecia insustentável a idéia de que um dos nossos pudesse morrer. Dá para se fazer uma guerra nessas condições?



Por tratar-se de um texto objetivo, são abundantes os encontros de substantivos + adjetivos objetivos. A alternativa que mostra um par de valor subjetivo é:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: A) Conclusão cínica (o que é cínica para um pode não ser para outro, é subjetivo)

  • Significado de adjetivo subjetivo: adjetivos que caracterizam o substantivo por meio de uma avaliação pessoal, de uma opinião, de um julgamento pessoal.

     

    Letra A, a palavra cínica será uma avaliação pessoal.

     

    Bons estudos !!!

     

     

     

  • Quanto a alternativa C, complemento o fundamento com o conceito de poluidor trazido pela Lei que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente:

    Lei nº 6.938/81. Art. 3º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.

    Art. 4º A Política Nacional do Meio Ambiente visará: VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. (responsabilidade civil)

    Se não cumprir o dever de reparar e/ou indenizar os danos ambientais causados, o poluidor será coagido, por diversos meios, a cumprir, a exemplo da multa diária.

    Lei nº 9.605/98. Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. (responsabilidade administrativa)

  • Subjetivo traz uma ideia de valor de juízo.


ID
1334830
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Constituição da República Federativa do Brasil – a Constituição Cidadã, como a definiu o deputado Ulisses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte (1987 e 1988) – resulta do anseio e das lutas sociais pela democratização do Estado, da Sociedade e das relações entre essas esferas públicas, após mais de 20 anos de ditadura militar. Um dos avanços que promoveu foi o estabelecimento de um Regime Jurídico Único (RJU) para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Para o cumprimento dessa determinação, foi aprovada, em 1990, a Lei n° 8.112. Considerado esse contexto, assinale qual dos dispositivos do RJU adiante relacionados expressa a ideia do exercício do controle social sobre a administração pública:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra D.

     "Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

    Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão."


    Única alternativa que permitiu interpretar a relação entre o controle social sobre a administração, pois acho menos possível esse dispositivo se encaixar na época da ditadura, e mais possível se encaixar no perfil de democratização do Estado.



  • Estão corretas as letras A e D, pois pelo artigo 24 da Lei 8112/90 diz: "se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado."

  • A limitação de poder da administração está no fato de que os cargos serão providos por concurso, e não por vínculo de parentesco, daí o controle social.

  • Cuidado com as questões de lei 8.112 da PR4, pessoal. Ela não pergunta, muitas vezes, se está conforme à lei, mas qual das alternativas está relacionada com algum contexto abordado no comando da questão.


ID
1334833
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Consideradas as circunstâncias histórico-políticas da transição do regime ditatorial militar para o regime democrático, operada em meados dos anos 1980, podemos identificar no corpo do Regime Jurídico Único diversas marcas do “DNA” da Constituição de 1988; especialmente no que se refere ao propósito de democratizar as relações entre Estado e Sociedade. Assim é que nas Disposições Gerais do Capítulo I da Lei n° 8.112, nos termos do Artigo 5°, estão estabelecidos os seis requisitos básicos para investidura em cargo público. Dentre as alternativas adiante, assinale aquela que menciona apenas os requisitos que têm relação direta com o conceito de cidadania. São requisitos básicos para investidura em cargo público:

Alternativas
Comentários
  • Cidadania

    Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis,políticos e sociais estabelecidos na constituição. Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o respeito e cumprimento de ambos contribuem para uma sociedade mais equilibrada.

    Fonte: http://www.significados.com.br/cidadania


  • a) Correta. Todos os requisitos possuem conceito de cidadania;

    b) Nenhum requisito tem relação direta com o conceito de cidadania;

    c) Apenas 1 requisito com o conceito de cidadania (nacionalidade brasileira);

    d) Apenas 1 requisito (gozo dos direitos políticos); 

    e) Apenas 1 requisito (gozo dos direitos políticos).

  • A questão pede a alternativa que apresenta requisitos básicos que têm relação direta com o conceito de cidadania:

    Lei 8.112

    Art. 5º - São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I. a nacionalidade brasileira;

    II. o gozo dos direitos políticos;

    III. a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV. o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V. a idade mínima de dezoito anos;

    VI. aptidão física e mental.

  • A aptidão física e mental é uma questão de saúde. Em todas as alternativas ela aparece, exceto na letra A, gabarito.

  • A QUESTÃO PEDE SOMENTE OS QUE TEM VÍNCULO DIRETO COM A CIDADANIA; OU SEJA: NACIONALIDADE BRASILEIRA, O GOZO DOS DIREITOS POLÍTICOS, AS OBRIGAÇÕES COM O ALISTAMENTO MILILITAR E A QUITAÇÃO COM A JUSTIÇA ELEITORAL. SEM ALGUMAS DESSAS OBRIGAÇÕES, ALGUM BRASILEIRO SERIA CONSIDERADO CIDADÃO DO BRASIL, PARA DIREITOS E DEVERES ? ACHO QUE NÃO ! (assinale aquela que menciona apenas os requisitos que têm relação direta com o conceito de cidadania. )


ID
1334836
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Um indicador importante da democratização do acesso aos cargos públicos regulamentada no RJU diz respeito ao estabelecimento de um percentual das vagas oferecidas em concursos para provimento de cargos destinado às pessoas portadoras de defciência, conforme consta do parágrafo 2° do Artigo 5°. Assinale a alternativa que defne corretamente essa norma de acesso.

Alternativas
Comentários
  • GAB. E

          LEI 8112   Art. 5o  § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
  • GABARITO E

    minimo 5 %

    maximo 20%


ID
1334839
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Ao refletir sobre a importância estratégica da gestão pública no Brasil, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, mencionou, em uma palestra, “duas sombras que por muito tempo têm dificultado o desenvolvimento das potencialidades do nosso país”. Uma delas refere-se à falta de tradição de políticas públicas sociais voltadas para os mais pobres. A outra sombra – disse ele – “diz respeito à burocracia, mas uma burocracia que paralisa, que se torna sinônimo de entrave, ineficiência e atraso e que aqui diz respeito principalmente a um perigoso processo de burocracia das almas, que conduz ao envelhecimento das práticas e à falta de motivação.”.
O Artigo 81 do RJU concede licença ao servidor em oito situações distintas. Assinale a alternativa que contém apenas as situações estritamente relacionadas com a motivação profissional e com o desenvolvimento do servidor:

Alternativas
Comentários
  • GAB. B

    esta banca nem pediu conhecimento da lei é uma questão interpretativa.

    vc tem que perceber qual das alternativas está: motivação profissional + o desenvolvimento do servidor.
    a - por motivo de doença em pessoa da família ~> isso não traz incentivo profissional ou o desenvolvimento do servidor;
    b - certo, está presente: motivação profissional + o desenvolvimento do servidor;
    c- por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro ~> isso não traz incentivo profissional o desenvolvimento do servidor;
    d-  para tratar de interesses particulares ~> isso não traz incentivo profissional o desenvolvimento do servidor;
    e- idem a letra A
  • Questãozinha horrível, nem serve para aferir os conhecimentos do candidato.

  • Que questãozinha inteligente. 

  • Pessoal criticando a banca, mas no fundo  esta inseguro, pois as questões são boas.

  • Wallace, discordo de você. Não vejo insegurança nas críticas, até porque a questão não é dificil e dá perfeitamente para acertá-la por eliminação (como eu fiz e acertei), interpretando o enunciado, analisando as alternativas absurdas e sem requerer muito conhecimento da lei, o que não avalia o conhecimento do candidato. Agora, em que aspecto vai encontrar motivação profissional exercendo mandato classista e, principalmente, para a atividade política? Pode-se ter muito provavelmente uma motivação pessoal, de defender uma classe profissional ou da sociedade, como no caso da atividade política, mas não sendo uma motivação profissional e de desenvolvimento do servidor. Acho que a banca, na época em que elaborou a prova, forçou a barra nessa questão meramente interpretativa!


ID
1334842
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

As universidades e demais instituições de ensino e pesquisa mantidas pela União, se distinguem de quaisquer outros órgãos e estruturas do Estado, em razão das especificidades de sua missão social e da natureza especialíssima das atividades que desenvolvem. Por isso, está prevista no RJU, no caso dessas instituições, uma exceção quanto ao ingresso de estrangeiros nos quadros de cargos efetivos da administração pública federal; exceção essa incluída pela Lei nº 9.515, de 20.11.97. A alternativa que define corretamente essa norma de acesso é:

Alternativas
Comentários
  • gaB. B


    lei 8112, art. 5: § 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.(Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
  •         § 3o  As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas ESTRANGEIROS, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei (ou seja, Lei nº 8.112/90).    

                         

    (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)

     

    A Lei n° 9.515, de 20/11/97, Dispõe sobre a admissão de professores, técnicos e cientistas estrangeiros pelas universidades e pelas instituições de pesquisa científica e tecnológica federais. (... ) “possibilitando o provimento de cargos das universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica FEDERAIS com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos do RJU (Lei nº 8.112/90)”.

  • Casca de banana na letra A; Apenas as FEDERAIS 

  • Letra B

    Os estrangeiros podem ingressar no serviço público em hipóteses excepcionais, como é o caso de ocupar os cargos de professor, técnico e cientista em universidades e centros de pesquisa


ID
1334845
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em seu Título IV, o RJU trata do Regime Disciplinar que regula as condutas dos servidores públicos. Na legislação e jurisprudência correlatas (pareceres, acórdãos, notas técnicas, de órgãos do controle externo, tribunais, ministérios) figura o detalhamento analítico dessas determinações. Desse modo, por exemplo, o Parecer da Advocacia Geral da União (AGU) nº GQ-164, vinculante, assim define uma das condutas proibidas pelo RJU:
“Desídia (e). É falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência: costuma caracterizar-se pela prática ou omissão de vários atos (comparecimento impontual, ausências, produção imperfeita); excepcionalmente poderá estar configurada em um só ato culposo muito grave; (...) Quando a desídia é intencional, como na sabotagem, onde há a idéia preconcebida de causar prejuízos ao empregador, por esse aspecto doloso, ela se identifica com a improbidade. (...) (Mozart Victor Russomano - Comentários à CLT, 13ª ed, Rio de Janeiro: Forense, 1990, p. 561).” A alternativa na qual consta o dispositivo do RJU a que se refere o Parecer da AGU citado é:

Alternativas
Comentários
  • gab. E

      lei 8112: Art. 117. Ao servidor é proibido:        XV - proceder de forma desidiosa;
  • desidioso- desleixado / desatento

  • Esse tipo de questão não avalia ninguém.

  • Esse tipo de questão não aparece em provas que eu faço!  Sacanagem!

  • Tomara que nunca apareça uma questão desse tipo nas nossas provas! Qualquer um acerta, não avalia nada e favorece a quem não estuda.

  • ''Desídia (e). É falta culposa...''

    A resposta estava na propia questão, ler sempre com atenção.

  • 33% de erros....

     

    Como?

  • Maria Souto, o problema é que quando aparece questões como essa todo mundo acerta e não faz nenhuma diferença para a aprovação do candidato, pois abaixa muito o nível de avaliação.

  • Acho que o povo erra achando que é pegadinha... pq né, a pessoa ja olha pensa: "serio? É isso mesmo?? Nãaaao, a banca tá de sacanagem... vou marcar a a)"

  • Essa banca, em matéria de legislação, é 8 ou 80. Quer dificuldade, pega a prova pra auxiliar administrativo de 2017 que você vai ver.


ID
1334848
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em sua perspectiva cidadã, a Constituição da República Federativa do Brasil, no artigo 37, estabelece os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que devem ser obedecidos pela administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Determina, ainda, que “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”. A alternativa em que NÃO figura dispositivo constante do Capítulo IV do RJU, que trata das “Responsabilidades” é:

Alternativas
Comentários
  • decoreba de posição do artigos... golpe baixo.... mas enfim!

    gab. C 
    lei 8112:      Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres ~> 

    Título VIII ~> Capítulo Único ~> Das Disposições Gerais

  • banca mais desleixada do brasil no quesito elaborar perguntas.


  • ah velho... essa questão eh muito ridícula!

    a banca quer saber qual das assertivas não está contida no Capítulo IV do RJU

    de fato, a LETRA "C" é a estranha no ninho, pois pertence ao Título VIII => Capítulo Único => Das Disposições Gerais do RJU

    credo!

  • A meu ver não precisaria saber de forma decorada a posição do artigo em relação a divisão da Lei. Obriga o candidato a raciocinar sobre o que a assertiva está tratando: de responsabilidade do servidor pelos atos de improbidade. A única alternativa que não trata disso é a C (fala sobre o direito do servidor).

  • GABARITO LETRA C

    A alternativa em que NÃO figura dispositivo constante do Capítulo IV do RJU, que trata das “Responsabilidades” é:

    Esse NÃO muda toda a questão.!!!

  • "ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei". - escusa de consciência

    Eu marquei esta questão letra C em virtude da "escusa de consciência" que seria uma exceção não descrita....será isso???

  • Silvana Nascimento, na verdade a assertiva C não está errada, porque ela está prevista na 8.112, sendo que não na parte que trata das Responsabilidades, mas nas disposições gerais, art. 239..

    A meu ver é mais uma questão interpretativa: era só analisar qual das assertivas não tratava sobre a responsabilização do servidor, no caso de ilegalidades. Como  o colega Diogo Caputi falou, a única que não é uma responsabilidade, mas um direito do servidor (portanto não faria sentido estar no capítulo que trata das Responsabilidades)


ID
1334851
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Durante muitos anos, a legislação trabalhista brasileira, autoritariamente, não permitiu aos servidores públicos constituir ou participar de entidades sindicais. Na esteira da reordenação democrática consignada na Constituição, o RJU, em suas Disposições Gerais, reconhece esse direito à organização. Conforme disposto em seu artigo 240, “Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes: (...)”.
A alternativa em que NÃO figura qualquer dos direitos decorrentes da associação sindical a que se refere o artigo 240 mencionado é:

Alternativas
Comentários
  • a única alternativa que não tem a palavra sindicato/sindical é a letra D ~> esse é o gabarito!!!

  • LEI 8.112/90

     

      Art. 237.  Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira:

            I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a redução dos custos operacionais;

            II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecoração e elogio.

     

     

    Art. 240.  Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à livre associação  sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

            a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;

            b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do mandato, exceto se a pedido;

            c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições definidas em assembléia geral da categoria.


ID
1334854
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

O Regime Disciplinar dos servidores é constituído de um conjunto de regras destinado a apurar a ocorrência de casos de irregularidades decorrentes de atos ou condutas administrativas. As questões disciplinares têm amplo destaque no RJU. A elas são dedicados dois Títulos (o Do Regime Disciplinar – IV e o Do Processo Disciplinar – V); oito Capítulos (dos Deveres, das Proibições, da Acumulação, das Responsabilidades, das Penalidades, das Disposições Gerais, do Afastamento Preventivo, do Processo Disciplinar); 66 artigos (do 116 ao 182), além de vasta legislação correlata (com dezenas de Leis, Decretos, Portarias, Enunciados, Instruções Normativas, Manifestações diversas de Órgãos de Controle Externo e de Tribunais Superiores).
A alternativa que se refere diretamente à revisão do processo, disciplinada na Seção III, do Capítulo III, do Título IV é:

Alternativas

ID
1334857
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em seu Título III, o RJU trata dos Direitos e Vantagens do servidor. No Capítulo I desse Título está definido o que é vencimento e o que é remuneração. O primeiro, nos termos do artigo 40, “é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.”. A segunda, conforme estabelecido no artigo 41, “é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.”.
Considerando essa conceituação, assinale a alternativa que relaciona corretamente as vantagens que, nos termos do artigo 49, poderão ser pagas ao servidor:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa "E"

    Lei 8112/90:

    Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

      I - indenizações;

      II - gratificações;

      III - adicionais.


    Bons estudos!


  • A questão exigiu conhecimento acerca do art. 49 da lei 8.112/90 (Estatuto do Servidor Público Federal):

      Art. 49.  Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

    I - indenizações;

    II - gratificações;

    III - adicionais.

    A- Incorreta. Não há previsão de pagamento de bônus semestral por cumprimento de dever nem de adicional por assiduidade.

    B- Incorreta. Não há previsão de pagamento de comissões nem de gratificação junina.

    C- Incorreta. Não há previsão de pagamento de adicional por assiduidade.

    D- Incorreta. Não há previsão de pagamento de gratificação junina nem de premiação pecuniária por zelo e dedicação.

    E- Correta. Assertiva em consonância com o art. 49 da lei 8.112/90.


ID
1336444
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Um dos recursos existentes para o controle de estoque em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) é a curva ABC. Através desse sistema, os gêneros são selecionados e classificados em três grupos, de acordo com a sua importância, em termos econômicos e volume de estocagem. A respeito desse método, é correto afirmar que os itens da(s) curva(s):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C 

    Na classificação ABC dos itens de estoque de uma UAN, aproximadamente 20% dos itens são considerados A e respondem por algo em torno de 70% do valor do custo mensal. Os itens B representam aproximadamente 30% do total de números de itens e 20% do valor do custo mensal  e os restantes 50% dos itens e 10% do valor de custo mensal serão considerados classe C. (ABREU et al., 2007)


ID
1336447
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) se baseia na identificação e no controle de perigos de natureza biológica, física ou química, relacionados com a saúde do consumidor em pontos específicos no fuxo de preparo dos alimentos. A implantação do Sistema APPCC no segmento mesa baseia-se em etapas inerentes à produção dos alimentos, incluindo todas as operações que ocorrem desde:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D

    O Sistema APPCC avalia os perigos e riscos associados com crescimento, colheita, matéria - prima e ingredientes, processamento, manufatura, distribuição, comercialização, preparação e consumo de alimentos.


ID
1336450
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O método Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio (AQPC) visa a auxiliar o nutricionista no planejamento de um cardápio adequado do ponto de vista nutricional e alguns aspectos sensoriais. Considerando as etapas de aplicação do método, é possível afirmar que os itens avaliados diariamente nas preparações do cardápio, dentre outros, são:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA C

    A Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio - AQPC é um método utilizado para avaliar a qualidade nutricional das preparações de um cardápio elaborado. Este instrumento visa analisar as técnicas de cocção empregadas nas preparações, atentando-se para a monotonia e a repetição; aparecimento de frituras, de maneira isolada ou associadas aos doces; aparecimento de carne gordurosa juntamente com a oferta de doces como sobremesa; cor das preparações e dos alimentos do cardápio; presença de alimentos ricos em enxofre, que podem causar sensação de mal-estar pelo desconforto gástrico gerado; aparecimento de itens importantes de uma alimentação nutricionalmente adequada, como frutas e folhosos.

     

     


ID
1336453
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Segundo a Resolução do Ministério da Saúde – RDC Nº 216 de 15 de setembro de 2004, a preparação do alimento em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) exige procedimentos de boas práticas, a fim de garantir suas condições higiênico-sanitárias.
Tomando-se por base a premissa exposta, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • RDC 216/2004:

    4.8.4 Os funcionários que manipulam alimentos crus devem realizar a lavagem e a anti-sepsia das mãos antes de manusear alimentos preparados. 

  • a) quando aplicável, antes de iniciar a preparação dos alimentos, deve-se proceder à limpeza das embalagens secundárias dos ingredientes; Quando aplicável, antes de iniciar a preparação dos alimentos, deve-se proceder à adequada limpeza das embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes, minimizando o risco de contaminação.

    b) os ingredientes que não forem utilizados em sua totalidade devem ser acondicionados e identificados, com no mínimo, a designação e data de fracionamento; O prazo de validade também deve constar.
     c) o descongelamento de um alimento antes do seu preparo deve ser realizado à temperatura inferior a 10ºC; 5ºC

     d) os ingredientes caracterizados como produtos perecíveis devem ser expostos à temperatura ambiente pelo tempo máximo de uma hora; As matérias-primas e os ingredientes caracterizados como produtos perecíveis devem ser expostos à temperatura ambiente somente pelo tempo mínimo necessário para a preparação do alimento, a fim de não comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado. 

     


ID
1336456
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A iluminação da área de preparação deve proporcionar a visualização de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. Segundo a NR-24, as luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos, com pé direito de 3 metros, devem apresentar um grau de iluminação de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B

    150Watts/4m² - Área de Processamento

    150Watts/6m² - Refeitórios

  • 150 Watts/4m² - Área de processamento

    150 Watts/6m² - Refeitórios

    100 Watts/8m² - Instalações sanitárias

     


ID
1336459
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Em uma Unidade de Alimentação e Nutrição foi identifcado, na área de higienização, que em um dia de serviço é gerado 300Kg de restos, sabendo-se que a produção total de refeições foi 2200Kg e as sobras 200Kg. Pode-se afrmar que o índice de restos deste serviço é de:

Alternativas
Comentários
  • Produção= 2200kg

    Sobras= 200kg

    Restos: 300kg

    Total: produção – sobras= 2000kg

    Percentual: total= 100% como resto = x;  onde= 15%

  • Produção-sobras=2000kg    300kg/2000kg=0,15*100= 15%

  • Gente .... para tudo 

     

    produção 2200 - 200 kg de sobra = 1900 kg

    1900 kg de alimentação distribuida  equivale a 100% total distribuido 

    1900 ------------ 100%

    300 kg               x

    30000/ 1900

    X = 15,78% por arredondamento se escolhe a questão B mas sempre tem que tirar a SOBRA !! POIS RESTO É O PERCENTUAL DE ALIMENTAÇÃO EFETIVAMENTE DISTRIBUIDA E REJEITADA PELO USUÁRIO. O RACIOCIONIO DE DAYANA ESTÁ EQUIVOCADO 

     

  • Gente....para tudo

    2200-200 = 2000

     O RACIOCIONIO DE GISLAINE ESTÁ EQUIVOCADO 

  • kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


ID
1336462
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

No cardápio de uma Unidade de Alimentação e Nutrição está indicado que será servido no almoço, como prato principal, carne assada. Essa carne, ao ser submetida à cocção, apresenta uma perda de 20%. Considerando que o seu fator de correção é de 1,2 e a porção servida deverá ser de 200g para atender a 1500 comensais, assinale a alternativa que apresenta a quantidade total da carne a ser adquirida em Kg:

Alternativas
Comentários
  • Qual é a pegadinha da questão? O gabarito final da banca não parece fazer sentido.

  • perda de 20%

    entao 200g = 80%

    logo 100%= 250g

    assim: 250 x1,2 x 1500

    =450kg

     

  • Tentando explicar o porquê da resposta...a "pegadinha" é que o valor de 200g é da porção, e é preciso lembrar que a porçao equivale ao alimento pronto pra consumo e não deve ser confundido com o peso liquido que é o alimento sem aparas, porém cru. Portanto, 250 é o valor do peso liquido e para se encontrar o valor de peso bruto é necessário multiplicar o peso liquido pelo fator de correção e pelo número de comensais assim como a colega exemplificou acima.

  • x= 450kg


ID
1336465
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem o objetivo de proporcionar um cardápio escolar que atenda às necessidades nutricionais dos estudantes enquanto permanecerem na escola, contribuindo para a prática de hábitos alimentares saudáveis e o melhor desempenho de seu aprendizado. A respeito do citado programa é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADA. 20% das necessidades e 30% para indígenas e quilombolas.

    B) ERRADA. 30% deve ser da agricultura familiar.

     

  • Gabarito: E

    a) Resolução n 26 de 17 de junho - Art. 14 §2º Os cardápios deverão ser planejados para atender, em média, às necessidades nutricionais.

    Cada grupo tem uma necessidade específica de acordo com o tempo de permanência na escola.

    b) Art. 24 Do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% (trinta por cento) deverá ser utilizado na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural ou suas organizações, priorizando os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas

    c)  política pública do Estado, com ações educativas;

    d) O FNDE promove recursos e executar ações para o desenvolvimento da educação, procurando garantir um ensino de qualidade a todos os brasileiros. Seus recursos são direcionados aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e organizações não-governamentais para atendimento às escolas públicas de educação básica.

    e) Resolução 465 CFN - Art. 3 - I     – Propor e realizar ações de educação alimentar e nutricional para a comunidade escolar, inclusive promovendo a consciência ecológica e ambiental, articulando−se com a direção e com a coordenação pedagógica da escola para o planejamento de atividades com o conteúdo de alimentação e nutrição;

  •  e) é competência do nutricionista, junto com outros profissionais, promover a consciência ambiental da comunidade escolar com atividades de conteúdo de alimentação e nutrição --- CERTA


ID
1336468
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O processo que envolve recursos humanos para uma Unidade de Alimentação e Nutrição está diretamente relacionado à qualidade do serviço prestado. A fase em que o indivíduo é orientado quanto aos objetivos da empresa, seus direitos e deveres, salários e benefícios oferecidos, jornada, horário e tipo de trabalho é:

Alternativas
Comentários
  • Recrutamento é um processo que visa a atração de candidatos a uma determinada vaga de emprego disponível.

    O processo de seleção tem por objetivo a escolha do candidato que irá ocupar a vaga de emprego disponível.

    Fonte: http://negocios.umcomo.com.br/articulo/qual-a-diferenca-entre-recrutamento-e-selecao-9892.html

  • RECRUTAMENTO ´- BUSCA DE FUNCIONÁRIOS PODE SER INTERNO E EXTERNO, FALA -SE SOBRE A CARACTERISTICA DA VAGA, HORÁRIO E SALARIO, 

     

    NA SELEÇÃO , CANDIDATO JÁ FOI RECRUTADO E É INFORMADO AS OBRIGAÇÕES , DIREITOS E DEVERES, ESTRUTURA DA HIERÁRQUICA

     

     


ID
1336471
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Quanto aos métodos utilizados para o dimensionamento de pessoal para uma Unidade de Alimentação e Nutrição que atende a coletividade sadia é correto afirmar que:

Alternativas

ID
1336474
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Uma empresa que fornece almoço para seus funcionários pode optar pelas modalidades de autogestão ou terceirização desse serviço. Nessa última o fornecimento das refeições é formalizado por intermédio de contrato firmado entre a empresa contratante e as concessionárias. Segundo o Programa de Alimentação do Trabalhador, o modelo de gestão de uma Unidade de Alimentação e Nutrição baseado na terceirização apresenta a seguintes opções, EXCETO:

Alternativas

ID
1336477
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O nutricionista que atua no setor da alimentação coletiva deve priorizar, dentre outros fatores, a oferta de uma refeição de qualidade quanto aos aspectos biológicos, sanitários, nutricionais, tecnológicos e sensoriais. Considere os aspectos sensoriais e marque a opção correta quanto à produção de preparações à base de hortaliças ou carnes:

Alternativas

ID
1336480
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O planejamento físico-funcional de uma Unidade de Alimentação e Nutrição, além de considerar alguns indicadores como número de refeições diárias e padrão do cardápio, deve ser compatível com todas as operações. A respeito do planejamento da área de estoque de gêneros, é correto afrmar que:

Alternativas
Comentários
  • Não pode haver ralos nos estoques e camaras


ID
1336483
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A Resolução do Ministério da Saúde – RDC N° 216 de 15 de setembro de 2004, que dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, estabelece uma série de exigências. Assinale a alternativa que está de acordo com as orientações dessa RDC:

Alternativas
Comentários
  • 4.8.8 O tratamento térmico deve garantir que todas as partes do alimento atinjam a temperatura de, no mínimo, 70ºC (setenta graus Celsius). Temperaturas inferiores podem ser utilizadas no tratamento térmico desde que as combinações de tempo e temperatura sejam suficientes para assegurar a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos.

    Alternativa: b

ID
1336486
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O organograma é um gráfico que retrata a organização formal de uma Unidade de Alimentação e Nutrição, confgurando os diversos órgãos. Esse instrumento torna clara a divisão das unidades administrativas bem como a delegação de autoridade entre as elas. O tipo de organograma que permite representar estruturas complexas, que apresentam grande número de órgãos, além de representar as unidades estruturais até o nível de serviço, deixando as microestruturas desse serviço para serem representadas separadamente, é o:

Alternativas

ID
1336489
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, constituiu um dos mecanismos utilizados pelo Estado, através da alimentação, para:

Alternativas

ID
1336492
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Entende-se por alimentação saudável, direito humano a um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos, respeitando os princípios da variedade, da moderação e do equilíbrio. Com base nos princípios da alimentação saudável, a Portaria nº 193 de 05 de dezembro de 2006 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador. Nesse contexto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Não pode haver a substituição por doces/ sucos no lugar de frutas


ID
1336495
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Em unidades de alimentação e nutrição deve existir um conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação deles. É exemplo de medida corretiva de controle:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA A

    realização de desinsetização e desratização;


ID
1336498
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Segundo a NR 06, Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Cabe ao empregado:

Alternativas
Comentários
  • 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

    .  a)  usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 


    .  b)  responsabilizar-se pela guarda e conservação; 


    .  c)  comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, 


    .  d)  cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 


    6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores.


ID
1336501
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

São Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários aos trabalhadores de unidades de alimentação e nutrição, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Esta questão está errada visto que, ao usar sabões com alto teor de soda caustica a exemplo de desengraxante para higiene de coifas é necessário o uso de mascara respiratória evitando assim irritação e ate mesmo um ataque anafilático pelos vapores toxicos desprendidos por estes desengraxantes conforme FISPQ , portanto, não há alternativa errada.


ID
1336504
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Sobre a NR 24, que dispõe sobre as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
1336507
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

De acordo com Vaz (2006) estoque de segurança é a menor quantidade de material que deve existir no estoque para prevenir qualquer eventualidade ou situação de emergência. São necessários para a estimativa do estoque de segurança:

Alternativas

ID
1336510
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A administração é realizada através do processo administrativo que abrange atividades administrativas, técnicas e operacionais. As atividades administrativas incluem as funções de planejamento, organização, direção e controle. Nesse contexto, a alternativa INCORRETA, é:

Alternativas

ID
1336513
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

São atividades típicas de planejamento em unidades de alimentação e nutrição:

Alternativas
Comentários
  • Pessoal me digam se a letra d também não está correta, pois também devemos fazer avaliação diária de sobras.

  • A avaliação diária de sobras é atividade de CONTROLE, planejamento antecede a produção de refeições.

  • SOBRA - EXECUÇÃO E NÃO PLANEJAMENTO

     

  • a) estabelecimento do padrão dos cardápios, definição da política de abastecimento, estimativa das necessidades nutricionais da clientela, estimativa de custo dos cardápios.


ID
1336516
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O tempo de operação para o preparo de sobrecoxa assada no forno combinado é de 20 minutos. A capacidade de 1 Gastronorm (GN 1/1) é de 20 unidades. Sabendo que esta UAN possui 1 forno combinado de 20 níveis, o tempo necessário para produzir 2000 porções, é:

Alternativas
Comentários
  • nivel1___20´

    nivel 20___x

    x=400

    logo prepara 400und ____20´

     

  • 1 Gastronorm (GN 1/1)   ____ 20 unidades

    20 Gastronorm (GN 1/1) ____   x unidades

    x = 400  unidades poderão ser assadas por vez

     

    20 min ____ 400 unidades

      y min ____ 2000 unidades

    y = 2000*20/400

    y = 100 minutos --> 1h40min

     


ID
1336522
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

A resolução CFN nº380/2005 dispõe, dentre outros assuntos, sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições. Em unidades de alimentação e nutrição considera-se atividade obrigatória do nutricionista:

Alternativas
Comentários
  • 1.2. Ficam definidas como atividades complementares do nutricionista na UAN:

    1.2.1. Participar do planejamento e gestão dos recursos econômico-financeiros da UAN;

    1.2.2. Participar do planejamento, implantação e execução de projetos de estrutura física da

    UAN;

    1.2.3. Implantar e supervisionar o controle periódico das sobras, do resto-ingestão e analise

    de desperdícios, promovendo a consciência social, ecológica e ambiental;

    1.2.4. Participar da definição do perfil, do recrutamento, da seleção e avaliação de

    desempenho de colaboradores;

    Resposta: letra D. Cabe somente ao nutricionista exercer esta função.


ID
1336525
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considerando as Boas Práticas para Serviços de Alimentação, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • 4.8.19 Quando aplicável, os alimentos a serem consumidos crus devem ser submetidos a processo de higienização a fim de reduzir a contaminação superficial. Os produtos utilizados na higienização dos alimentos devem estar regularizados no órgão competente do Ministério da Saúde e serem aplicados de forma a evitar a presença de resíduos no alimento preparado.

    Resolução RDC 216 de 15/09/04

  • Esterilização não, higienização!


ID
1336528
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Leia o texto em destaque e assinale a alternativa correta:
“...1.1 Contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de alimentação a funcionários da empresa XXXXXXXXXX no refeitório do Parque industrial da Avenida (...) Rio de Janeiro, conforme especificações abaixo descritas.

1.2 O quantitativo estimado é de 3000 (três mil) pessoas a serem alimentadas com uma refeição diária (almoço), por dia útil, sendo considerado o máximo 5 (cinco) dias úteis por semana.

1.3. O serviço de alimentação, objeto deste termo de referencia, engloba todas as obrigações previstas nesse Termo de Referência, no Edital e no Contrato, sendo a principal obrigação produzir e distribuir uma refeição diária (almoço), nas dependências da contratante, sendo a refeição planejada atendendo às requisições nutricionais, considerando adultos saudáveis como referência,

1.4 A composição básica da refeição (almoço) deverá ser: 1 (uma) salada- composta de vegetal A, B ou C; 1 (um) prato principal- composto por carne bovina,vísceras, peixe ou aves; 1 (uma) guarnição- a base de massas, farinhas ou vegetal C; 2 (dois) acompanhamentos – arroz e feijão; e 1 (uma) sobremesa- composta por doce, conforme item de INCIDÊNCIA E PORCIONAMENTO DAS PREPARAÇÕES (anexo 1), devendo o cardápio ser aprovado pela contratante com, no mínimo, 1 (um) mês de antecedência.

1.5 As atividades relativas à produção de refeições e todo o controle administrativo dessas tarefas deverá ser exercido pela empresa prestadora de serviço, a saber: planejamento de cardápio; aquisição, recebimento e armazenamento dos variados gêneros; pré-preparo e preparo, e distribuição das refeições; manutenção e higienização dos utensílios, dos equipamentos e do ambiente; seletividade e guarda dos resíduos; segurança patrimonial; e contratação e administração de pessoal.

1.6 As refeições preparadas deverão ser distribuídas por meio de balcão térmico, na qual todas as preparações são porcionadas por profissionais da empresa prestadora de serviço, devidamente capacitados...”

Alternativas
Comentários
  • a letra B é a alternativa mais certa, embora a questão não fale de forma alguma a forma de pagamento da prestação de serviços

     

    letra A- Conforme texto .... Nas dependencias da contratante, logo não é transportada 

    letra C-Conforme texto ..... não fala em opção somente  1 pp

    letra D- Conforme texto .... todas as preparações porcionadas pela.... logo , não é self service

    Letra  E- Conforme texto .... especificação de alimentação para adultos saudavéis, não faz referência ao PAT 

     

    Desta forma o unico item não implicito no texto que se pode pensar sobre ...é o item B

  • Resposta correta é a letra B, tendo em vista que uma das características da terceirização tipo comodado(concesão) é o uso das instalações físicas da contratante já o uso de mão de obra, utensílios, gêneros e demais materiais fica por responsabilidade da empresa contratada.