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Prova COMPERVE - 2014 - Prefeitura do Assú - RN - Contador


ID
1841284
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

Na discussão articulada no texto, depreende-se, como foco principal,

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra C.

    O autor apresenta o propósito de seu texto no primeiro parágrafo: "A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos". Desse modo, desenvolve o artigo com o objetivo de analisar e criticar a persistência do analfabetismo funcional no Brasil.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!


ID
1841287
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

O problema abordado, no texto, centra-se, prioritariamente,

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra A.

    Evidentemente, a discussão concernente ao analfabetismo funcional centra-se no cenário brasileiro, que representa o foco da tese exposta no primeiro parágrafo e é debatido na maior parte do texto. Conquanto o autor discorra três parágrafos sobre o problema nos Estados Unidos, esses trechos representam parte limitada do texto e destinam-se a estabelecer comparação com o contexto nacional.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Logo no 1º paragrafo ( Introdução ) mostra em que vai ser baseado o texto:  "O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos."
     


ID
1841290
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

Depreende-se do texto que o analfabetismo funcional

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra B.

    Em sua conclusão, no oitavo parágrafo, o autor assevera: "Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais".  Nessa passagem, o escritor apresenta cenário negativo, no qual a humanidade ruma à condição de invertebrados intelectuais, de sujeitos pensantes sem o sustentáculo da escrita. Uma vez que essa situação é indesejada, é necessário reverter o quadro de analfabetismo funcional.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Em nenhum momento ele indica alguma reação. O texto é só explicativo.
  • Segundo o dicionário a palavra depreender significa: perceber claramente alguma coisa; obter entendimento intelectual acerca de: depreender um sentido metafórico, figurado. Ou seja a resposta não vai estar escrita de uma forma objetiva, e sim de uma forma figurada ou metafórica na qual o leitor vai ter que deduzir através de algumas passagens e entre as quais, o útlimo paragrafo, no qual o autor faz duras crítica ao analfabetismo funcional no sentido de que este quadro deveria ser revertido.


ID
1841293
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

No início do parágrafo 4, o período “O problema não é exclusivamente tropical" constitui-se como uma síntese dos parágrafos

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra B.

    Por meio do período "O problema não é exclusivamente tropical", o autor antecipa as ideias apresentadas nos parágrafos 4 a 6, referentes ao analfabetismo funcional nos Estados Unidos.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Refere-se tanto ao "problema" apresentado na primeira parte, quanto ao fato de não ser exclusivo, apresentado na segunda parte. Achei a questão ambígua.

  • Gab B.

    “O problema não é exclusivamente tropical".

    Entendi que "tropical" se refere a clima e este clima esta associado diretamente a paises fora da europa ou america do norte; clima também associado ao analfabetismo funcional...

    As referências estão:

    - paragrafo 4: "... a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana... Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto"

    - paragrafo 5: "...matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos."

    paragrafo 6: "Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!"

     

  • Quando o autor se refere ao problema não ser "exclusivamente tropical", está se referindo ao mesmo problema fora da maior parte da América Latina, na qual o clima se configura, na sua grande parte, como tropical. Nos parágrafos 4, 5 e 6 percebe-se a alusão ao mesmo problema, o analfabetismo funcional, nos EUA, onde o clima não é tropical. Cabe, nesse ponto, o candidato saber que o clima tropical (caracterizado pela ausência da estação fria) não é característico dos EUA, a qual o texto faz referência.

  • ASSERTIVA B 

    Concordo com o comentário do colega, Léo Mendes.

    “O problema não é exclusivamente tropical".

    (adorei sua explicação)! >>Entendi que "tropical" se refere a clima e este clima esta associado diretamente a paises fora da europa ou america do norte; clima também associado ao analfabetismo funcional...

    As referências estão:

    - paragrafo 4: "... a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana... Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto"

    - paragrafo 5: "...matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos."

    paragrafo 6: "Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!"

     

     

  • O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante. 

    O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê. 

    Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

     

    LETRA B


ID
1841296
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

Considere o período final do texto:

Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

No que se refere a esse trecho, é correto afirmar que se trata de 

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra A.

    A conclusão do autor, obviamente, representa opinião sobre o tema. Nessa avaliação, o escritor prevê cenário negativo, caso o problema do analfabetismo funcional não seja revertido.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Na conclusão o autor esta fazendo um juízo avaliativo de tudo que foi exposto no texto, obviamente uma critica negativa.

  • Resposta: Letra A.

    Na conclusão o autor esta fazendo um juízo avaliativo de tudo que foi exposto no texto, obviamente uma critica negativa.


ID
1841299
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

Considere o trecho reproduzido a seguir: 

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. [...].

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais

As afirmações a seguir se referem às expressões e às palavras destacadas no trecho.

I      Imprimem tom avaliativo ao que é dito.

II     Apresentam-se em registro de linguagem conotativo.

III    São inadequadas ao gênero do texto em foco.

IV    Exercem a mesma função sintática. 

Das afirmações, estão corretas  

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra A.

    Analisemos cada alternativa separadamente.

    Proposição I: As expressões utilizadas pelo autor são frequentemente dotados de subjetividade, demonstrando em geral perspectiva negativa sobre o tema. Por conseguinte, a opção é VERDADEIRA.

    Proposição II: As expressões apresentadas demonstram sentido conotativo. Desse modo, iletrados trópicos substitui analfabetos funcionais brasileiros; flagelo, problema; caudalosos, impenetráveis e ocos substituem redundantes, incompreensíveis e desprovidos de sentido; invertebrados intelectuais, seres pensados desprovidos de sustentáculo escrito. Consequentemente, a opção é VERDADEIRA.

    Proposição III: O texto representa artigo de opinião publicado em revista genérica, com o objetivo de criticar o analfabetismo funcional. Desse modo, é perfeitamente adequada a utilização de metáforas, a fim de entreter o leitor e de ampliar as opções de vocabulário, contrastando com o problema denunciado pelo escritor. A opção, desse modo, é FALSA.

    Proposição IV: Evidentemente, as expressões apresentam funções distintas: iletrados trópicos é sujeito; flagelo, objeto indireto; caudalosos, impenetráveis e ocos, adjuntos adnominais; invertebrados intelectuais, adjunto adnominal. Por conseguinte, a opção é FALSA.

    Espero ter contribuído...

    Abraços!

  • Errei. Confesso que a letra A me pareceu meio vaga...Mas enfim, anotar aqui o pensamento da banca.

  • Sabendo que a II está certa, como é bem claro pelas expressões, já matamos C) e D). Também achei a I vaga, mas como as expressões não são inadequadas ao texto, restou a A) mesmo.

  • Confesso que respondi essa questão por eliminação. 

  • ...então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

     

    Achei que "invertebrados inteletuais" era complemento nominal de "condição", alguém pode me explicar porque é adjunto adnominal?

  • Marina de Souto, boa noite, vou tentar responder sua dúvida.

    "..então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais."

    Aprendi que para ser adj. adn. o mesmo precisa ter uma idéia de passividade, diferente do complemento nominal que expressa uma idéia ativa de uma ação. Analisando a frase entre aspas em questão:

    invertebrados intelectuais é a condição na qual estamos rumando para. Então talvez todos estejam rumando para a condição de invertebrados intelectuais. (Idéia de passividades, todos rumam a esse estado de invertebrados intelectuais, portanto, Adj. Adn.)

    outra dica legal é verficar que o adj. adnominal tem valor de adjetivo, é um estado ou uma qualidade,muito presente em linguagem conotativa.

    outra dica legal é verificar assim: complemento nominal é necessariamente preposicionado mas o adj. adnominal pode ser preposicionado ou não, perceba que para invertebrados intelectuais ser complemento nominal todos os outros destacados também teriam que ser preposicionados tendo em vista que a assertiva IV fala que exercem a mesma função sintática.

    confesso que também tenho dificuldade de identificar quando é CN e quando é Adj. Adn. sempre é uma luta para diferenciar os 2, mas espero ter ajudado um pouco.

    Atenciosamente

  • GABARITO: A.


ID
1841302
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

Considere o trecho: 

O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava-lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. 

Se a expressão destacada for flexionada no plural, a opção que apresenta o período reescrito de acordo com as convenções da norma padrão é:

Alternativas
Comentários
  • Eles acreditavam, passavam e corrigiam o texto (o qual) - letra C

  • Os tais mestres "acreditavam" - ELES acreditavam

    "Passavam-lhes", semanalmente... - Eles (os mestres) passavam a eles.

    O qual "corrigiam". - Eles corrigiam um único texto (o qual = um texto curto) 

     

    Gab.: C


ID
1841305
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

Considere o trecho: 

Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada.

A opção em que as alterações na pontuação do trecho estão também de acordo com as convenções da norma padrão é: 

Alternativas
Comentários
  • Análise rápida:

    A) ERRADA - a vírgula entre "escriba" e "nos" deveria estar presente, uma vez que há dois termos com função sintática semelhante (dois adj adv)

    B) CERTA

    C) ERRADA - a vírgula entre "sistemática" e "situações" ou separa verbo de complemento (interpretar situações de trabalho), ou deveria ser precedida de outra entre "interpretar" e "de", para isolar o adj adv deslocado

    D) ERRADA - mesmo problema da opção "a"

    Obs: Pode haver outros erros, mas esses foram os primeiros indiscutíveis que encontrei

  • CORRETO ERRADO COREÇAO 

     

     

    a) Em uma longa série de entrevistas, realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta, a muitos profissionais da média gerência, a capacidade de interpretar, de forma sistemática, situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada.

     

     b) Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta, a muitos profissionais da média gerência, a capacidade de interpretar, de forma sistemática, situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada.

     

     c) Em uma longa série de entrevistas, realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta, a muitos profissionais da média gerência, a capacidade de interpretarde forma sistemática, situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las, de forma estruturada.

     

     d) Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta, a muitos profissionais da média gerência, a capacidade de interpretar, de forma sistemática, situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada.

  • Acho que a letra B também está errada devido à vírgula entre "falta" e a preposição "a" na segunda linha, uma vez que, ao meu ver, está separando o verbo FALTAR do complemento verbal, o objeto indireto "a muitos profissionais da média gerência". Alguém pode me explicar o porquê dessa vírgula está certa? 

  • Caio, o verbo ele não está separado do seu complemento.

    Falta o que? a capacidade de interpretar, " a muitos profissionais na média gerência" (Estar deslocado).

    Espero que tenha ajudado.


ID
1841308
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

Considere o trecho: 

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que (1º), mesmo (2º) capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição (3º) limita severamente o desenvolvimento pessoal e profissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora (4º) alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

As afirmativas a seguir referem-se aos elementos linguísticos destacados no trecho.

I     O primeiro e o segundo elementos inter-relacionam partes de um período.

II    O segundo e o quarto elementos estabelecem a mesma relação de sentido.

III   O primeiro e o terceiro elementos não retomam informações anteriores.

IV   O terceiro e o quarto elementos inter-relacionam períodos. 

Das afirmações, estão corretas  

Alternativas
Comentários
  • Se não sabes explicar, não comentes. A intenção é de ajudar a explicação da questão e não dizer o gabarito.

  • Não vejo problema em se dizer o gabarito. Tem gente que não tem o contéudo ilimitado no QC. 

  • Gabarito: C

    Débora, os não assinantes só tem direito a responder 10 questões por dia.

    Então seria de grande ajuda, quando esse limite acabar, vir aqui e ver a resposta.

     

  • Acredito que:

    I) V. Pois, as palavras destacadas "que" e "mesmo" estão dispostas no mesmo período, e, portanto, estão apenas interligando partes do período.

    II) V. As palavras destacadas trazem a mesma ideia de concessão. 

    III) F. Ambos elementos retomam informações anteriores. "que" retoma "indivíduos" e "tal condição" retoma a "condição de analfabeto".

    IV) F.  O terceiro elemento inter-relaciona o período anterior mesmo, portanto está correto. No entanto, o quarto elemento, assim como o primeiro e o segundo, inter-relaciona parte de um período. O que deixou a assertiva Falsa.

    Espero ter ajudado. Se eu estiver errado em algo, pvf comente. Há braços!

    Gab. C

  • Gabarito: C.

    I e II.


ID
1841311
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    ANALFABETISMO FUNCIONAL

Alarmante! A dificuldade para interpretar textos e contextos, articular ideias e escrever está presente em seletos ambientes do mundo corporativo e da academia.


                                                                                                        por Thomaz Wood Jr.

A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e pro fissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos.

Uma variação do analfabetismo funcional parece estar presente no topo da pirâmide corporativa e na academia. Em uma longa série de entrevistas realizadas por este escriba, nos últimos cinco anos, com diretores de grandes empresas locais, uma queixa revelou-se rotineira: falta a muitos profissionais da média gerência a capacidade de interpretar de forma sistemática situações de trabalho, relacionar devidamente causas e efeitos, encontrar soluções e comunicá-las de forma estruturada. Não se trata apenas de usar corretamente o vernáculo, mas de saber tratar informações e dados de maneira lógica e expressar ideias e proposições de forma inteligível, com começo, meio e fim.

Na academia, o cenário não é menos preocupante. Colegas professores, com atuação em administração de empresas, frequentemente reclamam de pupilos incapazes de criar parágrafos coerentes e expressar suas ideias com clareza. A dificuldade afeta alunos de MBAs, mestrandos e mesmo doutorandos. Editores de periódicos científicos da mesma área frequentemente deploram a enorme quantidade de manuscritos vazios, herméticos e incoerentes recebidos para publicação. E frequentemente seus autores são pós-doutores!

O problema não é exclusivamente tropical. Michael Skapinker registrou recentemente em sua coluna no jornal inglês Financial Times a história de um professor de uma renomada universidade norte-americana. O tal mestre acreditava que escrever com clareza constitui habilidade relevante para seus alunos, futuros administradores e advogados. Passava -lhes, semanalmente, a tarefa de escrever um texto curto, o qual corrigia, avaliando a capacidade analítica dos autores. Pois a atividade causou tal revolta que o diretor da instituição solicitou ao professor torná-la facultativa. Os alunos parecem acreditar que, em um mundo no qual a comunicação se dá por mensagens eletrônicas e tuítes, escrever com clareza não é mais importante.

O mesmo Skapinker lembra uma emblemática matéria de capa da revista norte-americana Newsweek, intitulada “Why Johnny can't write". Merrill Sheils, autora do texto, revelou à época um quadro preocupante do declínio da linguagem escrita nos Estados Unidos. Para Sheils, o sistema educacional, da escola fundamental à faculdade, desovava na sociedade uma geração de semianalfabetos. Com o tempo, explicou a autora, as habilidades de leitura pioraram, as habilidades verbais se deterioraram e os norte-americanos tornaram-se capazes de usar apenas as mais simples estruturas e o mais rudimentar vocabulário ao escrever, próprios da tevê.

Entre as diversas faixas etárias, os adolescentes eram os que mais sofriam para produzir um texto minimamente coerente e organizado. E o mundo corporativo também acusou o golpe, pois parte de sua comunicação formal exige precisão e clareza, características cada vez mais difíceis de encontrar. Educadores mencionados no artigo observaram: um estudante que não consegue ler e compreender textos jamais será capaz de escrever bem. Importante: a matéria da Newsweek é de 1975!

Quase 40 anos depois, os iletrados trópicos parecem sofrer do mesmo flagelo. Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. O resultado é ora constrangedor, ora cômico. Nas empresas, muitos profissionais parecem tentar tapar o sol com uma peneira de powerpoints, abarrotados de informação e vazios de sentido.

Na academia, multiplicam-se textos caudalosos, impenetráveis e ocos. Se aprender a escrever é aprender a pensar, e escrever for mesmo uma atividade em declínio, então talvez estejamos rumando céleres à condição de invertebrados intelectuais.

Disponível em:  <http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em 25 ago. 2014.

GLOSSÁRIO

MBAs: Master in Business Administration (Mestrado em Administração de Negócios). É um grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executores na área de gestão de empresas.

Why Johnny can't write: Por que Johnny não pode escrever.

Considere o trecho:

Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce (1º) a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam (2º) competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias.

As afirmativas a seguir referem-se aos verbos destacados no trecho.

I     Ambos apresentam sujeito explicitado no período.

II    Ambos apresentam objeto explicitado no período.


III   Em conformidade com a norma padrão, o primeiro verbo, no contexto em que ocorre, pode ser flexionado na terceira pessoa do plural.

IV   Em conformidade com a norma padrão, o segundo verbo, no contexto em que ocorre, deve permanecer flexionado na terceira pessoa do plural. 

Das afirmações, estão corretas 

Alternativas
Comentários
  • Correta letra A.

    O verbo crescer é intransitivo e não possui objeto, está concordando com o núcleo do  sujeito "demanda" e deve permanecer flexionado na terceira pessoa do singular. O que cresce?  A demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos cresce..."

    O verbo  faltar no sentido de não existir/haver carência é intransitivo e não possui objeto,  está concordando com núcleo do sujeito  "competências" e deve permanecer flexionado na terceira pessoa do plural.

     

     

  • GABARITO A

     

    Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce (1º) a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam (2º) competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. 

     

    I   -  Ambos apresentam sujeito explicitado no período. 

        Quem cresce ?  A demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos.

        Quem faltam ?  Competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias.

     

    II  -  Ambos apresentam objeto explicitado no período. 

       Os verbos crescer e faltar são INTRANSITIVOS. Quem cresce, cresce. Quem falta, falta.  Logo, não possuem objeto.

     

    III -  Em conformidade com a norma padrão, o primeiro verbo, no contexto em que ocorre, pode ser flexionado na terceira pessoa do plural.

       "  [...] cresce (1º) a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos."  Se colocarmos o verbo crescer no plural, seu sujeito "a demanda" deverá ir para o plural também, logo não aceita plural aqui. 

     

    IV  - Em conformidade com a norma padrão, o segundo verbo, no contexto em que ocorre, deve permanecer flexionado na terceira pessoa do plural. 

      !" [...]  faltam (2º) competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias." Sim, deverá permanecer flexionado no plural pois concorda com seu sujeito que se encontra no plural, não aceitando a forma no singular.

     

     

    bons estudos

     

  • Por aqui, vivemos uma situação curiosa: de um lado, cresce (1º) a demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos. E, de outro, faltam (2º) competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias. 

     

    A demanda por análises e raciocínios sofisticados e complexos cresce de um lado.

    Sujeito (núcleo: demanda) verbo intransitivo adjunto adverbial

     

    Competências básicas relacionadas ao pensamento analítico e à articulação de ideias faltam de outro (lado).

    Sujeito (núcleo: competências) verbo intransitivo adjunto adverbial

     

    I     Ambos apresentam sujeito explicitado no período. CERTO. Demanda / Competências


    II    Ambos apresentam objeto explicitado no período. ERRADO. Os verbos são intransitivo: não têm objeto

    III   Em conformidade com a norma padrão, o primeiro verbo, no contexto em que ocorre, pode ser flexionado na terceira pessoa do plural. ERRADO. O verbo "crescer" concorda com "a demanda", de modo que não pode ser flexionado na 3a do plural (A demanda crescem).

    IV   Em conformidade com a norma padrão, o segundo verbo, no contexto em que ocorre, deve permanecer flexionado na terceira pessoa do plural. CERTO. Competências faltam.


ID
1841314
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

O orçamento público passou por grandes evoluções: inicialmente, era focado nos insumos, em seguida, surgiram os orçamentos focados nos resultados. O Orçamento Base Zero se caracteriza por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C —  PALUDO (2013, p. 32) = Orçamento Base-Zero surgiu no Texas, Estados Unidos, na década de 1970, e nele não há direito adquirido no orçamento. Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e projetos. Inicia-se todo ano, partindo do “zero” – daí o nome Orçamento Base-Zero.

    ATENÇÃO  No orçamento Base Zero toda despesa é considerada despesa nova – independentemente de tratar-se de despesa continuada oriunda de período passado ou se tratar de uma despesa inédita/nova.

    O Orçamento Base-Zero exige que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu orçamento, incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequências da não aprovação do orçamento. A ênfase é na eficiência, e não se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com o porquê de se realizar determinada despesa.

    O Orçamento Base-Zero surgiu para combater o aumento dos gastos e a ineficiência na utilização/alocação dos recursos. Sua filosofia é romper com o passado: ele deixa de lado os dados históricos de receitas e despesas e exige nova análise e justificativa para os gastos de forma a não perpetuar erros históricos.

    O Orçamento Base-Zero proporciona informações detalhadas quanto aos recursos necessários para atingir os fins desejados, além de identificar os gastos excessivos e as duplicidades: permite selecionar as melhores alternativas, estabelecer uma hierarquia de prioridades, reduzir despesas e aumentar a eficiência na alocação dos recursos. No entanto, sua elaboração é trabalhosa, demorada e mais cara, além de desprezar a experiência acumulada pela organização.

    Exige maior comprometimento do gestor e proporciona mais chances de atingir objetivos e metas – visto que seleciona as melhores alternativas e equilibra as realizações pretendidas com os recursos disponíveis.

    Essas alternativas agrupam um conjunto de gastos denominados “pacotes de decisão”, relacionados em ordem de prioridade, de forma a facilitar a tomada de decisão. Pacotes de decisão9 são alternativas que contêm custos, benefícios e metas. Cada pacote deve ter seu dono/gestor, que deverá justificar, executar e se responsabilizar pelos resultados, sem extrapolar os custos autorizados.

  • OBZ: Análise crítica, revisão e avaliação de todas as despesas propostas. Tudo deve ser justificado a cada novo ciclo. (moroso) Não existe direito adquirido.

    ORÇAMENTO DESEMPENHO/FUNCIONAL: Apresenta processo orçamentário em 2 dimensões: objeto do gasto e programa de trabalho. Toda a ênfase está no desempenho organizacional.

     

  • a) Orçamento Programa

    b) Orçamento Participativo

    c) Orçamento Base Zero ou por Estratégia (gabarito )

    d) Orçamento de Desempenho ou por Realizações 

  • GABARITO: LETRA C

    Orçamento base zero é uma abordagem para planejamento e orçamentação que inverte a lógica tradicional do processo de orçamentação. Na orçamentação tradicional é utilizada uma abordagem incremental, na qual os gestores de departamentos justificam apenas as variações em relação aos anos anteriores, baseados na suposição de que o baseline dos anos anteriores está implicitamente aprovado. Num orçamento base zero, por outro lado, cada item do orçamento precisa ser explicitamente aprovado, e não apenas as alterações em relação ao ano anterior. Durante o processo de revisão do orçamento, nenhuma referência é feita ao nível de despesas do ano anterior. O processo de orçamento base zero requer que a solicitação orçamentária seja revisada e avaliada completamente, a partir de uma "base zero". Este processo é independente do orçamento total ou de seus itens individuais aumentarem ou diminuírem em relação aos exercícios dos anos anteriores.

    FONTE: WIKIPÉDIA


ID
1841317
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Vários são os princípios orçamentários que estabelecem regras para racionalidade, eficiência e transparência para a elaboração e execução do orçamento público. Abaixo apresentamos algumas definições desses princípios: 

• prevê com a finalidade de evitar múltiplos orçamentos paralelos, associados a uma mesma pessoa política.

• prevê a obrigatoriedade do registro das receitas e despesas na LOA, sem nenhuma dedução.

• prevê que cabe ao poder público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar; subordina o orçamento aos ditames da lei.

• prevê que o poder público deve divulgar o orçamento público, de forma ampla, à sociedade, publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal.

Analisando as definições acima, verifica-se que elas correspondem, respectivamente, aos princípios orçamentários: 

Alternativas
Comentários
  • nidade –  Princípio da unidade ensina que o orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Governo (União, estados e municípios) deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro. Cada esfera de Governo deve possuir apenas um orçamento, fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente. Assim, existem o Orçamento da União, o de cada estado e o de cada município.orçamento bruto –  O princípio do Orçamento Bruto estabelece que todas as parcelas de receitas e despesas, obrigatoriamente, devem fazer parte do orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de deduções. Procura-se com esta norma impedir a inclusão de importâncias líquidas, ou seja, descontando despesas que serão efetuadas por outras entidades e, com isso, impedindo sua completa visão, conforme preconiza o princípio da universalidade.Esse princípio está explicitamente inserido no art. 6o da Lei no 4.320/1964, que diz que todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. O § 1o do mesmo artigo reforça este princípio: “As cotas de receita que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada à transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.” legalidade –  O princípio da legalidade exige que o gestor público observe os preceitos e normas legais aplicáveis à arrecadação de receitas e à realização de despesas.Por este princípio, o orçamento anual, ao final de sua elaboração, deve ser aprovado pelo Poder Legislativo respectivo, tornando-se uma lei. Também devem ser objeto de lei as Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual (art. 165 da CF/1988), bem como os créditos adicionais.O orçamento anual materializa-se numa lei, a LOA – Lei Orçamentária Anual, e nenhuma despesa poderá ser realizada se não for autorizada pela LOA ou mediante créditos adicionais.O princípio da legalidade tem a função de limitar o poder estatal e garantir a indisponibilidade do interesse público, já que não há que se falar em vontade pessoal no trato da coisa pública. Isso significa que a ação estatal deve ser exercida nos contornos da autorização parlamentar consubstanciada no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, na Lei Orçamentária Anual ou em qualquer outra modalidade que exige autorização legislativa relativa à matéria orçamentária.ATENÇÃO  Alguns autores e professores colocam a edição de MP – Medida Provisória para abertura de créditos extraordinários como uma exceção ao princípio da legalidade. Não concordamos com esse entendimento, visto que as MPs são atos normativos primários com força de lei. transparência —  É um dos princípios fundamentais que regem a Administração Pública (art. 37 da CF/1988) tem o objetivo de levar ao conhecimento de todos os atos praticados pela Administração. A publicidade legal faz-se através do Diário Oficial, podendo também abranger jornais, internet etc.Foi reforçado como pr
  • Prevê com a finalidade de evitar múltiplos orçamentos paralelos, associados a uma mesma pessoa política - Princípio da Unidade: orçamento uno, único;

     

    Prevê a obrigatoriedade do registro das receitas e despesas na LOA, sem nenhuma dedução - Princípio do Orçamento Bruto: orçamento em sua totalidade, sem deduções. Essa questão poderia pegar os candidatos que não atentassem para seu final, podendo confundir com o Princípio da Exclusividade.


    Prevê que cabe ao poder público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar; subordina o orçamento aos ditames da lei - Princípio da Legalidade: o poder público está autorizado a fazer/não fazer somente o que a lei autorizar.


    Prevê que o poder público deve divulgar o orçamento público, de forma ampla, à sociedade, publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal - Princípio da Transparência. Poderia ser confundido com o Princípio da Publicidade, mas acredito que o final da frase (destacada anteriormente), esclarece essa dúvida.

     

    Qualquer erro, não hesite em me corrigir :-)

  • Daria pra matar apenas com a questão do orçamento bruto, vez que apenas em uma das alternativas ele é o segundo ítem.


ID
1841320
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Os ingressos de valores financeiros, nos cofres do Estado, podem ser provenientes de receitas orçamentárias e ingressos extraordinários. As receitas orçamentárias constituem elementos novos para o patrimônio público, já as receitas extraorçamentárias são recursos financeiros de caráter temporário e não integram a LOA, mas também são objeto de registro, individualização e controle contábil. São exemplos de receitas extraorçamentárias:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A —  PALUDO (2013) = As operações de crédito são, basicamente, empréstimos realizados para complementar os recursos necessários para atender às despesas públicas ou para a realização de investimentos relevantes que reverterão em benefícios à sociedade. São classificadas entre as receitas de capital e também como receitas não efetivas.

    Enquadram-se nesse grupo de receitas, aquelas decorrentes de empréstimos, amortizações, financiamentos e outras receitas afins, sendo que algumas destinam-se a refinanciar dívidas decorrentes de empréstimos anteriormente contratados.

    ATENÇÃO  Não confundir receita de operações de crédito, que é receita orçamentária, com operação de crédito por antecipação da receita (ARO), que é receita extraorçamentária.


    Receita extraorçamentária

    As receitas extraorçamentárias correspondem aos ingressos de recursos nos cofres públicos de caráter não devolutivo. Por exemplo, as receitas oriundas das empresas estatais independentes; os saldos oriundos do superávit financeiro e de cancelamento de restos a pagar, e o superávit do orçamento corrente.

    Portanto, a diferença entre ingressos e receitas extraorçamentárias é que os ingressos extraorçamentários têm caráter devolutivo, enquanto as receitas extraorçamentárias não o têm.

    ATENÇÃO  Para fins de concurso público, as bancas não estão diferenciando ingressos extraorçamentários e receitas extraorçamentárias. Os dois são tratados igualmente como ingressos extraorçamentários (recursos de caráter devolutivo) – embora a diferença seja gritante!


  • São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias - ARO, consignações diversas, cancelamentos de restos a pagar, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros (MENDES, 2016).

    Serão classificadas como receita orçamentária todas as recceitas arrecadas, inclusive as provenientes de operações de crédtios, ainda que não previstas no orçamento. (MENDES, 2016).

     

  • Segundo o Art. 3º, Parágrafo Único, da Lei nº 4.320/64, são consideradas receitas extraorçamentárias:

     

         1. operações de crédito por antecipação (ARO); e

         2. as emissões de papel-moeda.

     

    Ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa, portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Por serem constituídos por ativos e passivos exigíveis, os ingressos extraorçamentários, em geral, não têm reflexos no Patrimônio Líquido da Entidade. (Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 7ª Edição.)

     

     LEI Nº 4320/64

     

    Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.

    Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.

     


ID
1841323
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

As receitas orçamentárias são classificadas, segundo os critérios de natureza, como fonte/destinação de recursos e indicador de resultado primário. A classificação por natureza visa a identificar a origem do recurso, segundo o fato gerador. Essa classificação é formada por código numérico de 8 dígitos que subdivide-se em seis níveis: categoria econômica, origem, espécie, rubrica, alínea e subalínea. Quanto à origem, a receita que é realizada entre órgãos e demais entidades da administração pública, integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social, do mesmo ente federativo, que não representa novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B) —  Classificação por categoria econômica

    A classificação da receita por categoria econômica é utilizada para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.).

    As categorias econômicas correntes e capital, estabelecidas no art. 11 da Lei no 4.320/1964, foram detalhadas pela Portaria Interministerial STN/SOF no 338-2006, em: Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital Intraorçamentárias.

    As receitas intraorçamentárias constituem contrapartida das despesas realizadas na modalidade de Aplicação 91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Dessa forma, na consolidação das contas públicas, essas despesas e receitas poderão ser identificadas, de modo que se anulem os efeitos de duplas contagens decorrentes de sua inclusão no orçamento.

    Portanto, as receitas intraorçamentárias não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas remanejamento de receitas entre órgãos e entidades do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

    As receitas intraorçamentárias deverão ser identificadas a partir dos códigos:

    7000.00.00 – Receitas Intraorçamentárias Correntes;

    8000.00.00 – Receitas Intraorçamentárias de Capital.

    Considerando o sequencial da classificação por natureza da receita, substitui-se apenas o 1o dígito (referente à categoria econômica) pelo dígito 7, se for receita intraorçamentária corrente, e pelo dígito 8, se for receita intraorçamentária de capital. Os demais níveis deverão ser mantidos, conforme a conta original.

  • As portarias interministeriais STN/SOF nº 688, de 14/10/2005 e nº 338, de 26/04/2006, definem como operações intra-orçamentárias aquelas que resultem em despesa de um órgão e receita para outro, desde que ambos pertençam à mesma esfera de governo e sejam integrantes dos mesmos orçamentos fiscal e de seguridade social. Determinam ainda que tais operações sejam executadas via orçamento, porém com codificações específicas, para possibilitar a identificação de "duplicidades" para efeitos de consolidação e atendimento das análises exigidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

  • Receita entre órgãos -> intraorçamentária

  • Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP 6ª Edição

    Receitas de Operações Intraorçamentárias: Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pú- blica integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Or- çamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais.

  • Têm a finalidade de discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orlametno fiscal e da seguridade social (MENDES, 2016).

  • Conforme o novo MCASP 7ª Edição, o código de classificação da Receita Orçamentário, será formado por oito digítos, sendo eles divididos em:

    C.O.E.DDDD.T

    C - Categoria Econômica

    O - Origem 

    E - Espécie

    DDDD - Desdobramente para identificar as peculariedades da Receita

    T - Tipo


    Voltando para a questão, ela quer saber qual é a Origem da Receita que é realizada entre órgãos e demais entidades da administração pública, integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social, do mesmo ente federativo, que não representa novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente > Esse é o conceito da Receita Intraorçamentária


    As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social”

    Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, incluiu as “Receitas Correntes Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, representadas, respetivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas.

     

    7. Receitas Correntes Intraorçamentárias

    8. Receitas de Capital Intraorçamentárias

  •  

    Alternativa "B".

     

    Receitas de Operações Intraorçamentárias:

     
    Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. (Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público,  7ª Edição.)

     


ID
1841326
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

O art. 2°, IV, da LRF define Receita Corrente Líquida como sendo a soma das receitas correntes, consideradas algumas reduções, e que tem como principal objetivo servir de parâmetro para o montante de reservas de contingência e para os limites da despesa total com pessoal, da dívida consolidada líquida, das operações de créditos, do serviço da dívida, das operações de créditos por antecipação de receita orçamentária e das garantias do ente da Federação. No que compete ao município, é considerada dedução da receita para cálculo da Receita Corrente Líquida:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito dado como letra A — 

       Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

            I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;

            II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;

            III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;

            IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

            a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

            b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

            c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

            § 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

            § 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.

            § 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

  • Não entendi a razão pela qual a resposta é a letra "A".

  •  

     

    a) determinados valores provenientes da formação do FUNDEB.  CERTO!

    (RECEBIDO FUNDEB (+) RECEITA "TRANF.CONSTITUCIONAL"/ PAGO FUNDEB (-) "DEDUÇÃO") TANTO ENTRA COMO SAI DINHEIRO A ESSE TÍTULO! OK

    b) transferências constitucionais e legais. FALSO - TRANSF CONST E LEG APENAS "UNIÃO" E "ESTADOS", MUNICÍPIO JÁ É O FIM DESSA CADEIA.!

    c) contribuição PIS/PASEP - FALSO - APENAS UNIÃO.

    d) contribuições de empregadores e trabalhadores para Seguridade Social. FALSO - APENAS UNIÃO - OSS "ORÇA SEGURIDADE SOCIAL"

     

    BONS ESTUDOS.

  • tb não!

    cadê a fundamentação?

  • Achei que era a letra "d"!!

  • LRF Art 2° 

      IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

     a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

     b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

     c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

            § 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:

     

    ADCT  Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:

    I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de natureza contábil.

  • Pra quem vai fazer UFRN, essa questão não serve. É bem específica para LOA de municípios.

  • ASSERTIVA A

    LRF Art 2° 

      IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

     a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

     b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;

     c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

            § 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:

    ADCT  Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:

    I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de natureza contábil.

  • Não concordo com a resposta.


ID
1841329
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A Prefeitura ABC recebeu contribuições e doações de pessoas físicas, sem destinação específica, e precisa contabilizar esse recurso. A contabilização deve ser feita em

Alternativas
Comentários
  • LEI 4.320/64

     

    TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 

     

    - Multas; 

    - Contribuições;  

    - Cobrança da Divida Ativa;

    - Outras Receitas Diversas.


ID
1841332
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A receita orçamentária passa, especificamente, por quatro etapas: previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. A contabilização do reconhecimento da receita é

Alternativas
Comentários
  • Segundo MCASP 2016 O reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento da arrecadação, conforme art. 35 da Lei nº
    4.320/1964 e decorre do enfoque orçamentário dessa Lei, tendo por objetivo evitar que a execução das despesas
    orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetiva.

    b. Registro da arrecadação da receita durante a execução do orçamento:
    Natureza da informação: orçamentária
    D Receita a Realizar
    C Receita Realizada

    Natureza da informação: controle
    D  Controle da Disponibilidade de Recursos
    C  Disponibilidade por Destinação de Recursos (DDR)

  • Questao passivel de anulacao, a letra A tambem esta correta, visto que o enunciado nao pede o natureza da informacao. 

     


ID
1841335
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Os dispêndios são tipificados em orçamentários e extraorçamentários . As despesas orçamentárias são transações que dependem da autorização do Legislativo, na forma de consignação de dotação orçamentária, para serem efetivadas. Já as extraorçamentárias são aquelas que não constam na lei orçamentária anual. São classificadas como despesas extraorçamentarias:

Alternativas
Comentários
  • Letra c: 

    auxílio natalidade, Operações de créditos por antecipação de receita orçamentária, salário família.

  • Op. de crédito por antecipação da receita não seria Receita extraorçamentária?

  • MCASP, 7ª edição, página 94:

    4.2.5. Orientação para a Classificação quanto à Natureza da Despesa Orçamentária

         No processo de aquisição de bens ou serviços por parte do ente da Federação, é necessário observar alguns passos para que se possa proceder à adequada classificação quanto à natureza de despesa orçamentária e garantir que a informação contábil seja fidedigna.

    1º Passo – Identificar se o registro do fato é de caráter orçamentário ou extraorçamentário.

    [...]

    b. Extraorçamentário – são aqueles decorrentes de:

         i. Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de recursos de terceiros em poder do ente público, tais como:

              * Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos)

              * Recolhimento de consignações/retenções

              * Pagamento das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO)

              * Pagamento de Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxílio-Natalidade.

         ii. Pagamento de restos a pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores. Ou seja, pertencem a exercícios anteriores, de acordo com seu respectivo empenho, de forma que nos seguintes serão consideradas extraorçamentárias.

    [...]


ID
1841338
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Para fins contábeis, as despesas orçamentárias podem ser classificadas , quanto ao impacto na situação líquida patrimonial em: despesa orçamentária efetiva e despesa orçamentária não-efetiva. Das despesas abaixo, as classificadas como efetivas são:

Alternativas
Comentários
  • Despesas efetivas (afetam o patrimonio negativamente). Se fazemos uma transferencia para outra entidade as despesas para essa transferencia diminuem o patrimonio. Assertiva C


ID
1841341
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A Prefeitura de Mauá precisa fazer um ajuste no orçamento de determinado programa, utilizando-se de superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, conforme disposto no §1º do art. 43, da Lei 4.320/1964. O programa de reforma da escola municipal Joaquim Teixeira tinha orçado as seguintes despesas correntes e de capital: serviço de consultoria, outros serviços de terceiros - pessoa jurídica, material de consumo. Neste caso, a escola irá precisar orçar despesas com passagens e despesas com locomoção, que deverão ser classificadas como crédito adicional do tipo:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A


    As despesas com passagens e locomoção não estavam orçadas previamente, logo, deve ser aberto um crédito especial (Lei 4.320/64 Art. 41. II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;)


ID
1841344
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

As etapas da despesa orçamentária compreendem etapas de planejamento e execução. Cada etapa é subdividida em estágios. Na execução, as despesas passam pelos estágios de empenho, liquidação e pagamento. Caso uma prefeitura tenha um compromisso decorrente de aluguel, seu empenho deverá ser na forma de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B


    MCASP 6a edição

    Os empenhos podem ser classificados em:

    a. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

    b. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e

    c. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

  • ASSERTIVA B

    Os empenhos podem ser classificados em: (OEG)

    a. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

    b. Estimativo: é utilizado nos casos cujo motante da despesa não se possa determinar, podendo o pagamento ser efetuado em uma única vez ou parceladamente. Ex.: conta de água, de energia, de telefone, de internet, etc;

    c. Global:  é o utilizado para atender despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo valor exato possa ser determinado. Exs.: aquisição de bem parcelado, prestação de serviços por terceiros, aluguéis, etc.





ID
1841347
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

O Ativo Imobilizado é o item tangível que é mantido para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos, inclusive, os decorrentes de operações que transfiram para a entidade os benefícios, riscos e controle desses bens. Segundo as NBCASP, esses bens compreendem bens móveis e imóveis. Os bens imóveis são classificados em bens de uso especial, bens dominiais, bens de uso comum do povo e bens imóveis em andamento e demais bens imóveis. Os bens de uso especial apresentam as seguintes características:

Alternativas
Comentários
  •  a)

    são inalienáveis quando empregados no serviço público e enquanto conservarem essa condição.

  • Segundo o Código Civil.

     

    “os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei eterminar”.“os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei”.

    Portanto, a inalienabilidade dos bens públicos não é absoluta. 


ID
1841350
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A avaliação e mensuração dos elementos patrimoniais nas entidades do setor público obedecem alguns critérios, sobre os quais se afirma: 

I    as disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de cambio vigente na data do Balanço Patrimonial. Já as aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor original e atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. Tais atualizações são contabilizadas em contas de resultado.

II    os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou valor realizável líquido, dos dois, o menor. Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente devem ser absorvidos pelos estoques e, no caso de bens distribuídos gratuitamente, os estoques serão valorados a custo ou valor de reposição dos dois, o menor.

III   as participações em empresas e em consórcios públicos ou público-privados em que a administração pública tenha influência significativa devem ser mensuradas e avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. Utilizando-se esse método, o investimento, inicialmente é registrado a preço de custo, sendo o valor contábil aumentado ou reduzido, conforme o Patrimônio Líquido da investida aumente ou diminua em contra partida de resultado.

IV   os direitos que tenham por objetos bens incorpóreos, destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados e avaliados com base no valor de aquisição ou produção, deduzidos pelo saldo da conta de amortização e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que haja sofrido ao longo da vida. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura, gerado internamente, deve ser reconhecido como ativo. 

Classificam-se como sendo verdadeiras e falsas, respectivamente: 

Alternativas
Comentários
  • I    as disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de cambio vigente na data do Balanço Patrimonial. Já as aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor original e atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. Tais atualizações são contabilizadas em conta de resultados ( verdadeira).

    II    os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou o VALOR DE MERCADO, dos dois, o menor. Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente SÃO CONSIDERADOS COMO DESPESA DO PERÍODO EM QUE OCORREM, no caso de bens distribuídos gratuitamente, os estoques serão valorados a custo ou valor de reposição dos dois, o menor. (falso)

    III   as participações em empresas e em consórcios públicos ou público-privados em que a administração pública tenha influência significativa devem ser mensuradas e avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. Utilizando-se esse método, o investimento, inicialmente é registrado a preço de custo, sendo o valor contábil aumentado ou reduzido, conforme o Patrimônio Líquido da investida aumente ou diminua em contra partida de resultado. (verdade)

    IV   os direitos que tenham por objetos bens incorpóreos, destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados OU avaliados com base no valor de aquisição ou produção, deduzidos pelo saldo da conta de amortização e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que haja sofrido ao longo da vida ÚTIL POR REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura, gerado internamente, NÃO deve ser reconhecido como ativo. (falso)

  • II    os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou o VALOR DE MERCADO, dos dois, o menor. Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente SÃO CONSIDERADOS COMO DESPESA DO PERÍODO EM QUE OCORREM, no caso de bens distribuídos gratuitamente, os estoques serão valorados a custo ou valor de reposição dos dois, o menor. 

    Comentário errado - Os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou o valor realizável líquido,  dos dois, o menor.

    Fonte: Orçamento e Contabilidade Pública (2014), Deusvaldo Carvalho

  • Os gastos de Administração Geral, de Distribuição e Fianceiros são Variações Partrimoniais Diminutivas  e não custo de estoque.

    Fonte: Orçamento e Contabilidade Pública (2014), Deusvaldo Carvalho

     


ID
1841356
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Responda a questão com base nos demonstrativos contábeis da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte que se encontram anexos.

A LRF traz em seus Arts. 18 a 20 definições e limites de gastos com pessoal. De acordo com o Anexo 3 – Demonstrativo Consolidado da Despesa com Pessoal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e, sabendo que a RCL corresponde a R$ 6.617.300.702,30, o total da despesa com pessoal compromete a RCL anual em, aproximadamente: 

Alternativas
Comentários
  • Que anexo? É pegadinha?

    Cadê a camêra escondida do Qconcursos?!

  • Também não consegui abrir o anexo, texto associado...

     

  • Na prova disponível na comperve não se encontram os anexos necessários para se responder a questão, que faz referência a prefeitura de Belo Horizonte. 

  • E eu quebrando a cabeça com essa desgraça kkkkkk

     

  • Não entendi!

    Alguém poderia explicar? =/

  • VOEIIII!

  • Oi??????

  • A menos errada seria a letra B, mas não sei de onde tiraram essa lógica de gabarito

  • Não tem como responder sem anexo kkk

  • Cadê a logica?


ID
1841359
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Responda a questão com base nos demonstrativos contábeis da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte que se encontram anexos.

As informações evidenciadas no Balanço Orçamentário indicam o resultado orçamentário, a análise das despesas orçamentária e a análise das receitas orçamentárias, respectivamente, como: 

Alternativas
Comentários
  • RECEITA PREVISTA > RECEITA ARRECADADA = INSUFICIÊNCIA DE ARRECADAÇÃO

    RECEITA PREVISTA < RECEITA ARRECADADA = EXCESSO DE ARRECADAÇÃO

     

    DESPESA FIXADA > DESPESA REALIZADA = ECONOMIA DE DESPESA

    DESPESA FIXADA < DESPESA REALIZADA = EXCESSO DE DESPESA

     

    RECEITA ARRECADADA > DESPESA REALIZADA = SUPERÁVIT

    RECEITA ARRECADADA < DESPESA REALIZADA = DÉFICIT

    RECEITA ARRECADADA = DESPESA REALIZADA = EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO

  • BAseado em que dados eu respondo essa pergunta????? Nao tem texto associado....


ID
1841362
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Responda a questão com base nos demonstrativos contábeis da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte que se encontram anexos.

A LRF traz em seus Arts. 18 a 20 definições e limites de gastos com pessoal. De acordo com o Anexo 3 – Demonstrativo Consolidado da Despesa com Pessoal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e, sabendo que a RCL corresponde a R$ 6.617.300.702,30


De acordo com o Balanço Financeiro, o resultado financeiro da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte é, em milhares de reais, aproximadamente: 

Alternativas
Comentários
  • Na prova disponível na comperve não se encontram os anexos necessários para se responder a questão, que faz referência a prefeitura de Belo Horizonte. 

    Esse texto associado acima não é o correto.

  • Kdê os anexos ???????????


ID
1841365
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A Resolução CFC nº 803/96 aprova o Código de Ética Profissional do Contador, que dispõe sobre o exercício profissional do contador quanto a deveres, proibições, valores dos serviços bem como penalidades. Com relação a esse Código, afirma-se: 

I     as transgressões de preceito do Código constituem infração ética, segundo a gravidade, a aplicação de Advertência Reservada e Censura Pública.

II    quando se tratar de denúncia, o Conselho Regional de Contabilidade comunicará ao denunciante a instauração do processo, até trinta dias, após esgotado o prazo de defesa.

III    deve-se levar em conta para a fixação previamente do valor do serviço, por contrato escrito, a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar, o tempo consumido, a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços, o resultado lícito favorável, a peculiaridade e o local onde o serviço será prestado.

IV   no desempenho de suas funções, dentre elas, é vedado valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos honorários a receber; renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador; e recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas.

V   dentre os deveres do contador, cabe ao mesmo, sendo substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas. 

Analisando as informações acima, estão corretas as afirmações: 

Alternativas
Comentários
  • BOM DIA,

    POR QUE A AFIRMAÇÃO II ESTÁ INCORRETA?


ID
1841368
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condições de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. As Resoluções 750/93 e 1.282/10 do CFC dispõem sobre os Princípios de Contabilidade, conforme apresentado a seguir: 

I     determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem. Pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e despesas correlatas.

II    refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

III    reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial.

IV   pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. 

Os princípios contemplados com as afirmações acima, são, respectivamente: 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra B

    Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento

    Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

    Art. 4º. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

    Art. 10. Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais

    bons estudos


ID
1841371
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

De acordo com a NBC TG – Estrutura Conceitual, Resolução 1.374/2011, um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes graus e em variadas combinações, nas demonstrações contábeis. "A base que trata que os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos , se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço, e os passivos reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço", é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    Resolução 750 CFC


    I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

    II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

    a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

    b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

    c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

    d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e

    e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

    bons estudos


ID
1841374
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Sobre restos a pagar, afirma-se:

I     os restos a pagar são classificados em processados e não-processados e constituirão em dívida flutuante, sendo este feito em 31 de dezembro de cada ano, para respeitar o disposto no art. 36 da Lei 4.320/64, e que pese não terem sido realizados a liquidação e pagamento, respeitando o princípio da Anualidade Orçamentária.

II    se no momento do pagamento de restos a pagar, referente a despesas empenhadas pelo valor estimado, for verificada diferença entre o valor da despesa inscrita e o valor real a ser pago, sendo este valor maior que o inscrito, a diferença deverá ser empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores.

III    Segundo a LRF, em seu art. 42, o gestor estará impedido de inscrever restos a pagar (apenas os processados) relativos a despesas contraídas nos últimos oito meses de mandato.

IV    Os restos a pagar, inscritos em exercícios anteriores, e pagos no exercício deverão ser evidenciados no grupo de despesas extraorçamentárias e não precisarão ser submetidos ao processo de execução orçamentária.

De acordo com as afirmações citadas acima, são verdadeiras 

Alternativas
Comentários
  • Alguem pode me explicar a questao 1.

    Restos a pagar podem ser processados: (empenhados e liquidados) e nao processados (empenhados). Sendo assim a questao esta errada quando diz: 

    ..... e que pese não terem sido realizados a liquidação e pagamento, respeitando o princípio da Anualidade Orçamentária. Podem sim ter sido realizado a liquidacao. 

    BANCA pessima!!! Nao da pra entender o que pensam! 

  • E que pese não terem sido realizados a liquidação. Não importa se houve liquidação ou não, o importante é que tenham sido empenhados mas não pagos. Esta banca realmente não tem uma literalidade clara nas suas questões, deixa tudo muito confuso. 

  • A) para mim, ERRADA, fonte art.35 Lei 4320/64, e NÃO o art.36 (citado na assertiva).

    But......


ID
1841383
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública. A partir da sua apresentação, podem-se extrair os dados ou análise:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - C - Superávit ou Déficit Financeiro


ID
1841386
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura do Assú - RN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

A Administração Pública tem a prerrogativa de transferir recursos , através da execução da despesa orçamentária, que são destacadas na CF, na Lei 4.320/1964 e na LRF. São despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas , sem fins lucrativos, previstas no §6º do art. 12 Lei nº 4.320/1964, devendo ser observado o disposto nos arts 25 e 26 da Lei Complementar nº 101/2000:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B — 

    I) Das Subvenções Sociais

    Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a êsses objetivos, revelar-se mais econômica.

    Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência prèviamente fixados.

    Art. 17. Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.

    II) Das Subvenções Econômicas

    Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das emprêsas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.

    Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:

    a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Govêrno, de gêneros alimentícios ou outros materiais;

    b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.

    Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a emprêsa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em l

  • Discordo do gabarito. Se for pra atender despesas CORRENTES aí sim são subvenções.

    No caso da questão é para atender despesas de CAPITAL (Investimentos ou Inversões Financeiras)...e isso se dá por meio de AUXÍLIOS.

    Tem na Lei!!

    O Art 12, parágrafo 2 diz assim: "Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de CUSTEIO das entidades beneficiadas..." Despesa de custeio é despesa CORRENTE!

    Art 13 é muito claro: (Auxílio para inversões financeiras...auxílios para Obras Públicas (investimento)....auxílios para Equipamentos e Instalações (investimento).)

    Sinceramente...

  • Segundo a Lei 4320 é auxilio ....mas para Lei Complementar 101 " entra " como Subvenção e ´já que a Banca pede observar essa Lei tbm...temos a resposta : Subvenção ! 

  • Pela LRF também não vejo como o gabarito ser a letra "B", como informado no comando da questão...

    Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.

            § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:

            I - existência de dotação específica;

            II -  (VETADO)

            III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição;

            IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:

            a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;

            b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;

            c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;

            d) previsão orçamentária de contrapartida.

            § 2o É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.

            § 3o Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.

    CAPÍTULO VI

    DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO

            Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

            § 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.

            § 2o Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital.

  • Quantos erros absurdos. É assustador.

    O caminho para a resposta é dado no próprio enunciado, § 6º do art 12:São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências AUXÍLIOS ou CONTRIBUIÇÕES

    O trecho sobre subvenções sociais já citado aqui em outros comentários está dentro da seção I Das Despesas CORRENTES.

    Gabarito correto: letra A. Mas conferi no site da Comperve e mantiveram a letra B. Podemos concluir que a elaboração dessas provas está a cargo de analfabetos.

  • Transferência de capital - Subvenções

     

    Subvenção é um auxílio pecuniário, em geral concedido pelo poder público. É uma modalidade de transferência de recursos financeiros públicos, para instituições privadas e públicas, de caráter assistencial, sem fins lucrativos, com o objetivo de cobrir despesas de seus custeios.

  • Questãozinha vagabunda... maracaria a letra A mil vezes.

  • quando envolve ente privado é subvencao!

  • Gabarito errado! A assertiva dada como gabarito pela banca contraria a regra de ouro. Para mim, a assertiva correta é a letra "A".

  • Total desconhecimento da lei por parte do examinador:

     

    Art 12 §3 da lei 4320/1964

    consideram-se SUBVENÇÕES, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de CUSTEIO das entidades beneficias.

     

    No art 13 da mesma lei fala que AUXÍLIOS são tranferências de capital

     

  • ASSERTIVA B

    PS: Segundo O ART.26, s 2 - FALA SOBRE SUBVENÇÕES.