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Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2019 - Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ - Nutricionista


ID
2981134
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

“Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca.”(1º parágrafo). A expressão figurinha carimbada pode ser entendida, no contexto, como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    “Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca.”

    ===> ele é bastante CONHECIDO no circuito de triagem clínica de enxaqueca.

    Força, guerreiros(as)!!

  • PORTUGUÊS pra mim e complicado demais pois tem muita regra. Mas tô tentando responder e aprender.

    Força foco e fé na missão


ID
2981137
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está empregada no sentido conotativo a palavra em destaque no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “...representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca...”

    >>> Foi usado no sentido figurado (conotativo), quis dizer que ele estava aprisionado, era um REFÉM da dor da enxaqueca.

    Lembrando: CONotativo - CONto de fadas (figurado)

    DEnotativo - DIcionário (próprio)

    Força, guerreiros(As)!!

  • GABARITO: LETRA C

    “...representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca...”

    >>> Foi usado no sentido figurado (conotativo), quis dizer que ele estava aprisionado, era um REFÉM da dor da enxaqueca.

    Lembrando: CONotativo - CONto de fadas (figurado)

    DEnotativo - DIcionário (próprio)

  • Gostei do Mnemônico

  • gb c

    pmgoooo

  • gb c

    pmgoooo

  • GABARITO: LETRA C

    Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões.

    FONTE: WWW.PORTUGUÊS.COM.BR


ID
2981140
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca...” (3º parágrafo), o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • "Acometidos" também não serviria?

  • tém que se liga na concordançia da palavra apos a palavra investidos, "NA".

    no caso "empregados" concorda com na.

  • Empregados serveria ,sim.

  • O sentido que se pede na questão é de usar um novo medicamento (remédio) para tratar enxaqueca, ou o emprego do medicamento para tratar enxaqueca.


ID
2981143
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Há dois termos que se contrapõem pelo sentido, formando uma antítese, no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    “...afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes.”

    ===> antítese consiste no uso de termos com o sentido contrário, LIMITADOS (escasso, que não é abundante); ABUNDANTES (contrário de "limitado", aquilo que sobra, que é ilimitado).

    Força, guerreiros(As)!!

  • Antítese: palavras/expressões sentidos opostos. 

    Ex: Era cedo para alguns e tarde para outros.

  • Antítese: Contraste entre duas palavras; Expressões que provocam uma relação de oposição.

    EXs:

    Metade de mim te adora, a outra metade te odeia.

    Não há vida sem alagrias e sobressaltos.

    Transformou sua vida de água a vinho.

    Bons estudos!!

  • Antítese

    É o contraste entre duas palavras (antônimas) expressões ou pensamentos, provocando uma relação de oposição.

    Ex: Transformou sua vida de água a vinho.

    gab. C

  • GABARITO: LETRA C

    Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

    Os jardins têm vida e morte.

    FONTE: WWW.INFOESCOLA.COM


ID
2981146
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem...” (4º parágrafo), a palavra mal tem a mesma classe gramatical que apresenta na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    “...e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem...”

    ===> significado de DOENÇA, sendo um SUBSTANTIVO, precisamos achar outro substantivo:

    A) Mal sentia a primeira fisgada, corria para a cama. ===> significado de NEM , sendo um advérbio de negação.

    B) Ao ser atendido, o paciente mal conseguia falar. ===> o paciente NEM/NÃO conseguia falar ===> advérbio de negação.

    C) Mesmo medicada, ainda está mal. ===> ADJETIVO, equivalente a RUIM.

    D) Não há mal que sempre dure. ===> não há DOENÇA, ENFERMIDADE, TRISTEZA, sendo um SUBSTANTIVO.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Arthur, ótima explicação. Só discordo da justificativa para a alternativa A. Acredito que o "mal" seja uma conjunção subordinativa adverbial temporal. "Quando sentia a primeira fisgada, corria para a cama", "Assim que sentia a primeira fisgada, corria para a cama."

  • Gab: A

    > Neste caso estamos procurando o "mal" que tenha função de substantivo;

    A) Conjunção adverbial temporal;

    B) Advérbio de negação;

    C) Adjetivo;

    D) Substantivo.


ID
2981149
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está destacado um pronome relativo no seguinte trecho:

Alternativas
Comentários
  • “...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.”

    o que retoma pacientes hipertensos, como ele retoma o sujeito da oração ele é um pronome relativo

  • GABARITO: LETRA B

    “...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.”

    ===> pronome relativo, retomando: dores de cabeça, o quê eles sofriam? dores de cabeça; sofriam DE alguma coisa, temos então a justifica da preposição "de."

    Força, guerreiros(As)!!

  • Gabarito: Letra B

     

    Funções do QUE como Conjunção Integrante ou como Pronome Relativo.

     

    O roteiro abaixo ajuda a identificar os casos:

     

       É possível substituir o QUE por ISSO?

     

       SIM

      * Então é CONJUNÇÃO INTEGRANTE

      * É ANTECEDIDO POR VERBOS

      * Se trata de uma ORAÇÃO SUBORDINADA subjetiva, apositiva, predicativa, objetiva ou completiva

     

        NÃO

      * Sendo substituível por O(A) QUAL/OS(AS) QUAIS é PRONOME RELATIVO

      * É ANTECEDIDO POR NOMES

      * Se trata de uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA explicativa ou restritiva

      * Resta saber se é do tipo explicativa ou restritiva, logo pergunta-se:

     

           Vem separado por vírgulas ?

     

             SIM

          * Então é ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

     

           NÃO

          * Então é ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA

    instagram: @concursos_em_mapas_mentais

  • dores de cabeça de que(da qual) sofriam...

  • Gab: B

    > Quando "que" puder ser substituído por "o(s) qual(is)" ou "a(s) qual(is)" será pronome relativo;

    > Quando puder ser substituído por "isso" será conjunção integrante;

    "“...relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que (com as quais) sofriam."

  • O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu antecedente for um substantivo.

  • Ótimo comentário, Godim!

  • sofrer de algo

  • Pronome relativo que pode ser substituído por o qual/os quais e retoma termo anteriormente mencionado.
  • GABARITO? B

  • Alguém pode explicar a alternativa "a)", por favor?


ID
2981152
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

No trecho “...fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.” (9º parágrafo), o por que está grafado corretamente. É, porém, INCORRETO esse uso na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) Gostaria de saber o motivo por que o procedimento não foi realizado. ===> correto, com significado de: pelo qual.

    B) O palestrante explicou por que é importante investir em pesquisa. ===> correto, com significado de: por qual motivo.

    C) Por que estou tão apreensiva, justamente agora que há chance de cura? ===> correto, com significado de: por qual motivo.

    D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: por QUAIS ou pelas QUAIS.

    Força, guerreiros(As)!!

  • D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: PARA QUE

  • Complementando a letra D

    Por que pode ser substituído por pela qual

    porém não pode ser substituir pelas quais

  • Gabarito''D''.

     o por que está grafado corretamente. É, porém, INCORRETO esse uso na seguinte frase:

    Adotaremos novas estratégias porque todos os usuários sejam atendidos.(Correto).

    O porque junto forma uma conjunção causal ou explicativa, que tem um valor próximo de expressões e palavras como “pois”, “para que” e “uma vez que”. Nesse sentido, o porque pode ser usado em frases que relacionam motivo, utilizado até mesmo como ferramenta adverbial. Um exemplo: “Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova de amanhã.”

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • Somando aos colegas:

    Porque tem valor de conjunção; geralmente aparece na frase com valor causal ou explicativo.

    Uma dica prática para identificação do por que é a troca por pelo qual(ais)

    Gostaria de saber o motivo pelo qual o procedimento não foi realizado.

    Sucesso, bons estudos, não desista!

  • BIZÚ: (Substituir)
    POR QUE = Por qual razão, pelo qual, pelas quais.
    POR QUÊ = Final de frase, final de oração.
    PORQUE = Pois.
    PORQUÊ = Motivo.

  • GABARITO: D

    Por que: como pronome interrogativo. Ex.: Por que todos odeiam português?

    Por que: no meio da oração, pode ser substituído por "o motivo pelo qual", "a razão pela qual", "pelo(a) qual". Ex.: Não sei por que ela se foi (motivo pelo qual).

    Por quê: perto de pontuação. A pontuação deve vir logo após o termo. Exemplos.: Não responderam como nem por quê. Não se sabe por quê, mas a aula atrasou. Por quê?

    Porque: justificativa (mas pode aparecer em frases interrogativas).

    Porquê: substantivado, precedido por termos determinantes (adjetivos, artigos, pronomes, numerais).

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • GABARITO D

    RESUMO

    PORQUE - Já que, visto que, uma vez que

    PORQUÊ - substantivo, o motivo, a razão.

    POR QUÊ - seguido de pontuação.

    POR QUE - por que motivo/razão, pelos quais, pela qual

    bons estudos

  • GABARITO LETRA D

    porque----> causa/efeito, une orações

    porquê---> substantivo, sempre vem precedido de determinantes

    por quê---> usado em final de frase interrogativa direta ou indireta

    por que---> 1° pode ser usada no inicio ou no meio de frase interrogativa direta ou indireta

           2° pode ser loc ( pela qual, pelo qual)

  • D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos. ===> o correto seria: por QUAIS ou pelas QUAIS.

  • A questão é sobre o uso dos porquês e quer que assinalemos a alternativa em que o uso do "porque" está INCORRETO. Vejamos:

     .

    A) Gostaria de saber o motivo por que o procedimento não foi realizado.

    Certo. POR QUE = pelo qual

     .

    B) O palestrante explicou por que é importante investir em pesquisa.

    Certo. POR QUE = por qual razão / motivo

     .

    C) Por que estou tão apreensiva, justamente agora que há chance de cura?

    Certo. POR QUE = por qual razão / motivo

     .

    D) Adotaremos novas estratégias por que todos os usuários sejam atendidos.

    Errado. O certo seria "PORQUE" = para que (= a fim de que), conjunção subordinativa final.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     .

    Gabarito: Letra D

  • Somente o nosso colega Professor explicou de fato a questão. Há de se salientar que essa regra seria, por assim dizer, a mais fora da curva do uso dos "porquês", haja vista que trata-se de "porque", o qual tem equivalência com a conjunção de finalidade "para que". Por isso o erro da letra "D", que deveria ser "porque".


ID
2981155
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Conforme a norma padrão da língua, é considerada INCORRETA a seguinte construção:

Alternativas
Comentários
  • Se esse for o preço para acabar com a dor, pagarei-o.

    A forma correta é pagarei-lhe.

    Quem paga, paga a (preposição) a (artigo) alguém.

    Se há preposição mais artigo o objeto e indireto, portanto aplica-se o "lhe" e não o "o" .

  • A forma correta de colocação pronominal do verbo PAGAR no futuro do presente é: Pagá-lo-ei.

  • A forma correta da conjugação no futuro do presente com pronome oblíquo átono é : eu pagá-lo-ei.

    https://www.conjugacao.com.br/verbo-pagar

  • Pessoal, lembrem-se de como o antigo presidente Michel Temer falava..

    Ele sempre usava a mesóclise nas suas falas.

    Eu Convidar-te-ei para um jantar no Jaburu.

  • Na alternativa D, não deveria ser:  fez COM que eu desenvolvesse algumas qualidades.

    Fiquei entre a D e A por esse quesito.

  • Melissa, o "se", nesse caso, é uma conjunção condicional. Assim, pode estar no começo da frase.

  • a mais bela forma de falar português: pagá-lo-ei :)

  • Não há ênclise em Futuro do Indicativo.

    Gab.: A

  • Ao meu ver, a C também está incorreta por possuir verbo principal no particípio e não haver fator atrativo de próclise, logo o pronome teria que estar após o verbo auxiliar.


ID
2981158
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

“A possibilidade do surgimento de um remédio ‘prodígio’ gera emoções conflitantes por várias razões.” (9º parágrafo) Nesta frase, a palavra em destaque é marcada com aspas com o objetivo de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ===> um dos valores significativo das aspas é para acentuar o valor significativo de uma palavra;

    ===> PRODÍGIO ===> algo maravilhoso, extraordinário, um milagre.

    Força, guerreiros(As)!!

  • você é fera mano,é professor ?


ID
2981161
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto: Eu e a enxaqueca, uma história de amor


Eu sou meio figurinha carimbada no circuito de triagem clínica de enxaqueca. Os pesquisadores me adoram, principalmente pelo número prodigioso de crises que tenho: de dez a 12 por mês, em média. “Que coisa fantástica. Uma fonte excelente de dados”, comemorou o coordenador da minha última análise de fármaco quando lhe mostrei o diário exclusivo para as dores de cabeça que mantenho há anos.

“Excelente para você”, retruquei. Para mim, representa quase um terço da vida sendo refém do horror da enxaqueca, incluindo os três dias por mês, pelo menos, que passo de cama, consumida pela dor paralisante e a náusea intensa.

Experimentei mais de uma dúzia de remédios preventivos e participei de uma série de triagens para medicamentos em teste. Nenhum ajudou; alguns, inclusive provocaram dores horríveis. O fato é que todos foram criados para tratar outros males, e só depois investidos na enxaqueca, depois que pacientes hipertensos, convulsivos e bipolares relataram uma melhora coincidente nas dores de cabeça de que sofriam.

Atualmente, participo de uma triagem para um remédio específico. Seu alvo é o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância neuroquímica que faz os vasos sanguíneos incharem – e que é o que as pessoas que sofrem desse mal aparentemente produzem em demasia.

Pela primeira vez na vida, pareço estar sentindo um certo alívio. E o pior efeito colateral até agora é um otimismo profundo, embora ele venha acompanhado de complicações inesperadas. Depois de anos experimentando todo tipo de medicamento, já não me p

reocupo mais com a ineficácia porque é o que sempre acontece. Percebi desta vez uma nova preocupação: e se desta vez funcionar?

Tive a primeira crise de enxaqueca aos 12 anos – e depois veio outra, e outra. A princípio, não sabia o que era. Meus pais achavam que eu era só hipersensível à gripe, problema que eles esperavam e eu dava como certo que ia superar. Adolescente motivada e dedicadíssima, acreditava que todas as portas estavam abertas para mim, em termos de carreira: astronauta, médica, a primeira presidente mulher.

Foi só no primeiro ano em Yale que tive minha enxaqueca diagnosticada, quando também me toquei de que não ia superá-la. As portas começaram a se fechar. O fato de ter que passar dias seguidos sem poder me levantar parecia eliminar a possibilidade de carreira em uma profissão da qual dependiam vidas – ou seja, a medicina cirúrgica estava fora de questão. Também desconfiei que as enxaquecas crônicas atrapalhariam uma candidata à presidência muito antes de as dores de cabeça de Michele Bachmann se tornarem manchete. Optei então pelo jornalismo.

8º Já faz mais de 20 anos que a enxaqueca ocupa um espaço central, ainda que indesejável, na minha vida, meio como a irmã detestável que eu nunca tive. Ela também ajudou a moldar a pessoa em que me tornei. E não só me ajudou a desenvolver uma tolerância bem alta à dor, como a aperfeiçoar a técnica do vômito em jato. E, agora que me deparo com a perspectiva quase inimaginável de me livrar da dor para sempre, começo a perceber que nem consigo imaginar a vida sem ela. 

9º A possibilidade do surgimento de um remédio “prodígio” gera emoções conflitantes por várias razões. Para começar que, se tivesse sido inventado antes, eu poderia ter me tornado astronauta. E se a solução é realmente tão simples – olha, seu organismo gera esse tal de peptídeo em demasia, está aqui o remédio para inibir a produção –, fica difícil entender por que demorou tanto para ser inventado.

10º A cura também representaria um novo fardo. Dizer que fiz o melhor que pude “apesar da enxaqueca” livra a minha cara por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência. Se esse medicamento funcionar, nada vai me impedir de fazer coisas excepcionais – e, ao mesmo tempo, acabará com a desculpa para não as realizar.

11º Por outro lado, e se foi a enxaqueca que me ajudou a conquistar tudo o que consegui até agora? Scott Sonenshein, professor da Faculdade de Administração Jones da Universidade Rice, afirma que conseguimos realizar mais quando nossos recursos (no meu caso, a saúde) são limitados do que quando são abundantes. “As restrições podem ser motivação para desenvoltura, para a criatividade, estímulo para uma solução melhor dos problemas”, escreve ele em seu livro, Stretch.

12º É fato que, graças à enxaqueca, aprendi muita coisa interessante e útil – como fazer todos os meus trabalhos antes do prazo, para o caso de a dor de cabeça atacar na última hora. Fazer as coisas apesar dela quando absolutamente necessário – e a pegar leve comigo mesma no resto do tempo. Aprendi a pedir ajuda quando precisava. Será que a ausência da enxaqueca me fará menos responsável, menos diligente? Ou fará com que eu me dedique em dobro, sabendo que não vou acabar tendo uma dor paralisante se me esforçar demais? Tenho muitas perguntas em relação a essa possível versão futura de mim mesma. (E uma para a Nasa: qual é o limite de idade para o treinamento dos astronautas?)

13º É claro que, se uma crise de identidade é o preço para acabar com a dor debilitante no meu cérebro, pagarei com muito prazer. Passei décadas sonhando com uma cura, geralmente deitada no quarto escuro, com um saco de ervilhas congeladas contra o rosto. A surpresa é eu sentir qualquer resquício de nostalgia em relação a esses tempos – mas percebo agora que uma parte de mim sentirá saudades.

                                                                                                                  LATSON, Jennifer

Texto adaptado. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saber-viver/eu-a-enxaqueca-uma-historia-deamor-23178050 Acessado em 16/03/2019.

Está destacado um termo característico do registro informal no seguinte fragmento:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    O famoso e entediante "tipo", usado informalmente por inúmeras pessoas:

    “...por tudo aquilo que não fiz, tipo tornar-me a primeira mulher na presidência.”

    ====> tipo viajar, tipo malhar, tipo estudar.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GAB: LETRA C

    Trata-se de linguagem coloquial, informal, natural ou popular. É uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagem formal não estão registadas ou têm outro significado.

    Como exemplo: "tipo", "você tem que se tocar", "tô", "pô", "caô", "se liga"...


ID
2981164
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal de 1988, uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS é a integralidade, que implica em:

Alternativas
Comentários
  • II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

  • Letra A - A 'integralidade' é um dos princípios doutrinários da política do Estado brasileiro para a saúde – o Sistema Único de Saúde (SUS) –, que se destina a conjugar as ações direcionadas à materialização da saúde como direito e como serviço. Implica em atividades preventivas e curativas, em todos os níveis de complexidade do sistema.

  • Ver Art. 198 CF/88, II


ID
2981167
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Segundo as diretrizes da Constituição Federal de 1988, compete ao SUS:

Alternativas
Comentários
  • Art. 200 CF/88

    VIII - Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

  • GABARITO: LETRA C

    Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica

     

    Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

            I - soberania nacional;

            II - propriedade privada;

            III - função social da propriedade;

            IV - livre concorrência;

            V - defesa do consumidor;

            VI - defesa do meio ambiente;

            VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

            VIII - busca do pleno emprego;

            IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.

     

    Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

  • Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

            I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

            II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

            III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

            IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

            V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;

            VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

            VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

            VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.


ID
2981170
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Conforme a legislação sanitária, os recursos do Fundo Nacional de Saúde serão alocados como despesas de custeio e investimentos previstos em lei orçamentária. Esses recursos deverão ser:

Alternativas
Comentários
  • A. Errada. Destinados, até 50%, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. (70%)

    B. Correta (Art. 3º Lei 8142/90)

    C. Errada. (Recursos do Orçamento da Seguridade Social?)

    D. Errada. (Ver Art.38 Lei 8080/90)

  • Legislação sanitária : os recursos do Fundo Nacional de Saúde serão alocados como despesas de custeio e investimentos previstos em lei orçamentária. Esses recursos deverão ser :

    GABARITO B ) :

    Repassados de forma regular e automática à : Municípios, Estados e Distrito Federal .

  • A letra (A) seria 70%.

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.

    Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:

    I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração

    direta e indireta;

    II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo

    Congresso Nacional;

    III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde;

    IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e

    Distrito Federal.

    Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede

    de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.

    LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.

    FONTE: LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.


ID
2981173
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Na sua dimensão Pacto em Defesa do SUS, o Pacto pela Saúde tem como diretriz a:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a portaria 399/GM, o trabalho dos atores envolvidos dentro deste Pacto deve considerar as seguintes diretrizes:

    - “Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do Sistema Único de Saúde estabelecidos na Constituição Federal”.

    - “Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto com os demais gestores, que visem qualificar e assegurar o Sistema Único de Saúde como política pública”.


ID
2981176
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Portaria nº 2436/2017, que revê as diretrizes para a organização da Atenção Básica, é atribuição comum a todas as esferas de governo:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C - Participação Popular e Controle Social fazem parte das Diretrizes do SUS.

  • PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017

    Art. 7º São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo:

    XV - estimular a participação popular e o controle social;

  • A,B e D:

    Compete às Secretarias Municipais de Saúde 

    C: CORRETA

    São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo

  • Letra A: compete às Secretarias Estaduais

    Letra B e D: compete às Secretarias Municipais

    Letra C: atribuições comuns

  • 1.2 - Diretrizes

     

               IX - Participação da comunidade: estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária das ações de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território. Considerando ainda o enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, através de articulação e integração das ações intersetoriais na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas e no exercício do controle social.

    Entendendo que as diretrizes da Atenção Básica abrangem todo o SUS, pode-se inferir que essa diretriz atingirá todas as esferas de governo conforme alude a questão.

    Alternativa correta: Letra C, as demais ou são específicas de municípios ou estados ou ainda não mencionadas no capítulo 1.2 das Diretrizes.

    Fonte: Portaria 2.436/2017


ID
2981179
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

De acordo com a Lei nº 8080/90, é atribuição exclusiva da União a:

Alternativas
Comentários
  • Questão lei 8080 Art 16,17,18

    União

    Definir e Coordenar

    Estado

    Coordenar e Executar ações e serviços.

    Municípios

    Gerir, Executar ações e serviços.

    Fonte: planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm

  • Segundo a lei 8080 Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde - SUS compete: VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios. Para responder a questão precisamos focar na parte que diz: " podendo a execução ser complementada"... O estabelecimento de normas, nesse caso, é atribuição exclusiva da união
  • GABARITO: LETRA A

    Seção II

    Da Competência

    VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

    LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

  • GABARITO: LETRA A

    Seção II

    Da Competência

    Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:

    VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

    FONTE: LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

  • Alternativa B também está correta:

    XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.

    Cabe recurso!


ID
2981182
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

É atribuição comum a todos os membros que atuam na Atenção Básica:

Alternativas
Comentários
  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.


ID
2981185
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

A Portaria nº 2436/2017 descreve os princípios e diretrizes orientadores da Atenção Básica. Nesse âmbito, a oferta do cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e saúde e de acordo com as necessidades das pessoas, é a definição do princípio da:

Alternativas
Comentários
  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
2981188
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde ou várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C - nas Comissões Intergestores

  • DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.

    Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas Comissões Intergestores 


ID
2981191
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Sanitário
Assuntos

Uma novidade da Portaria nº 399/2006, que divulga o Pacto pela Saúde, diz respeito à metodologia de alocação de recursos, tendo sido definidos blocos de financiamento. Em relação ao bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica, a sua parte variável é calculada com base per capita para o programa de:

Alternativas
Comentários
  • Essa questáo tem duas respostas, segundo consulta a portaria 399.

    no capítulo 3,1, inciso d, do bloco de financiamento para a a Assistência Farmacêutica, aponta dois programas financiados pela parte fixa. Sao eles:

    PRograma de DST/AIDS(anti-retrovirais) e

    PRograma Nacional do Sangue e Hemoderivados

    além dos outros dois componentes:

    Imunobiógicos e Insulina


ID
2986354
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Segundo Moraes (2014), os microrganismos que colonizam o intestino podem alterar a expressão gênica em células da mucosa intestinal e, em última instância, alterar a função do trato gastrointestinal (TGI). O efeito clínico nutricional/metabólico da redução do peso pode ocorrer por meio de uma dieta com:

Alternativas
Comentários
  • O Lactobacillus gasseri é uma bactéria probiótica ácido lática que se origina no intestino humano. Ela tem a capacidade de melhorar o ambiente intestinal e realizar ações benéficas, incluindo a redução da gordura visceral em seres humanos com excesso de peso. Também se apresenta como uma inovação no tratamento da obesidade, pois possui a capacidade de promover a perda de peso e diminuir a gordura abdominal

    PROPRIEDADES:

     Redução do peso corporal, gordura subcutânea e gordura abdominal;

     Redução dos níveis de leptina;

     Redução da resistência insulínica;

     Redução dos níveis de glicose no sangue;

     Regulação da microbiota intestinal;

     Auxilia pacientes intolerantes à lactose.

    MECANISMO DE AÇÃO:

    A administração de Lactobacillus gasseri, sem mudança de comportamento e dieta, auxilia na redução do peso corporal e circunferência da cintura e quadril em indivíduos obesos e com sobrepeso.

    Acredita-se que o efeito antiobesidade do L. gasseri seja atribuído ao aumento dos níveis de genes relacionados à oxidação de ácidos graxos e redução de genes relacionados à síntese destes ácidos graxos e ainda, aumento da expressão do GLUT4, principal transportador da glicose, e redução dos níveis de leptina e insulina4. Indivíduos obesos apresentam aumento do hormônio leptina circulante e uma resistência a ela, pois a maior fonte desse hormônio é o tecido adiposo subcutâneo. Ao ser administrado o L. gasseri impede o aumento de leptina plasmática4.

    Além disso, outro estudo que avaliou o efeito dos L. gasseri sobre respostas lipídicas séricas pós-prandiais em indivíduos com níveis de triacilglicerol em jejum superiores a 200mg/dl demonstrou que o consumo deste probiótico reduz os níveis séricos de ácido graxos não esteroides pós-prandiais e em jejum, sugerindo sua possível contribuição para a redução do risco de obesidade e diabetes mellitus tipo 25.


ID
2986357
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Moraes (2014) relata que uma dieta com a presença de inulina pode acarretar como um efeito clínico/nutricional:

Alternativas
Comentários
  • A Inulina apresenta benefícios na modulação da ecologia microbiana entérica, aumentando a imunidade gastrointestinal. A Inulina pode ser favorável no controle da glicemia e, insulinemia e perfil lipídico. 

  • A Inulina é uma espécie de fibra com açúcar, da classe dos fruto-oligossacarídeos, que está presente em alguns vegetais como cebola, alho, bardana, chicória ou trigo, por exemplo, mas que também pode ser ingerida na forma pré-bióticos sintéticos comprados na farmácia, para equilibrar a flora bacteriana no intestino e melhorar o transito intestinal. Além disso, a inulina também pode ser usada para reduzir os níveis de triglicerídeos, diminuir a inflamação no caso de colite ou síndrome do intestino irritável e até a prevenir o surgimento de câncer no intestino.


ID
2986360
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Cozzolino (2018) relata que a concentração de retinol no leite materno é apontada como indicador fidedigno do estado nutricional relativo à vitamina A de uma população. Os indicativos de um quadro de hipovitaminose A são concentrações iguais ou inferiores a:

Alternativas
Comentários
  • "Concentrações de retinol no leite materno inferiores a 30 μg/dL(1,05 μmol/L) foram indicativos de deficiência de vitamina A materna (WEST JR, 2002)."


ID
2986363
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Segundo Cozzolino (2018), diversos trabalhos confirmam a hipótese de que a deficiência em vitamina D é um fator de risco para a incidência e prevalência de Diabetes mellitus (DM) tipo 1 e 2. Uma das teorias sobre esses efeitos da vitamina D está relacionada tanto com a concentração extracelular quanto com o fluxo para dentro das células â pancreáticas do seguinte nutriente:

Alternativas
Comentários
  • calcio

  • Vitamina D age positivamente no metabolismo do Ca


ID
2986366
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o “Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação”, Silva, 2014, para responder à questão.

O dessalgue é definido como uma etapa na qual as carnes salgadas são submetidas à retirada do sal sob condições seguras e tem como critério estabelecido que a troca de água deverá ocorrer em temperatura máxima de: 

Alternativas
Comentários
  • DESSALGUE

    Etapa em que as carnes salgadas são submetidas à retirada do sal sob condições seguras:

    . trocas de água, no máximo, a 21 °C ou a cada quatro horas;

    . em água sob refrigeração ate 10° C;

    . ou por meio de fervura.

  • Oi!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
2986369
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o “Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação”, Silva, 2014, para responder à questão.

As mãos podem veicular vários microrganismos importantes. Um critério microbiológico para higiene das mãos é a ausência de:

Alternativas

ID
2986372
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o “Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação”, Silva, 2014, para responder à questão,

O controle de temperatura é uma etapa importante do controle de qualidade de alimentos. Considerando que em alguns hospitais as comidas prontas ficam acondicionadas em cubas dentro de balcões de distribuição em banho-maria até o consumo, o critério estabelecido como ideal da temperatura da água do banho-maria é:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a CVS 5.de 2013

    A água do balcão térmico deve ser trocada diariamente e mantida a temperatura de 80º a 90º c.

    Esta temperatura deve ser aferida durante o tempo de distribuição.


ID
2986375
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Teixeira (2007) cita que não só as necessidades em calorias totais devem ser definidas, mas também a distribuição percentual em relação aos carboidratos, proteínas e gorduras do valor calórico total (VCT). Nas unidades de alimentação e nutrição onde se oferece mais de um tipo de refeição, a distribuição do VCT para o almoço pode guardar a proporção de:

Alternativas
Comentários
  • Nos locais onde se oferece mais de um tipo de refeição, a distribuição do valor calórico total (VCT) podem guardar as seguintes proporções: Desjejum (15%), Almoço (45%) e Jantar (40%). Nos locais onde não há a possibilidade de calcular as necessidades para a maioria dos usuários, sugere-se que o nutricionista tomo como parâmetro as recomendações feitas pelo PAT (TEIXEIRA, 2007).

     

    Fonte: Administração Aplicada às Unidades de Alimentação e Nutrição (2007)


ID
2986378
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Segundo o documento “Instrutivo: metodologia de trabalho em grupos para ações de alimentação e nutrição na atenção básica”, as estratégias de alimentação e nutrição, no contexto da realização do direito humano à alimentação adequada e da garantia da segurança alimentar e nutricional, constituem um campo de conhecimento amplo e deverão obedecer aos princípios organizativos e doutrinários do campo no qual estão inseridas. Entre os princípios do marco da educação alimentar e nutricional (EAN) está a:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO:B

    É importante ressaltar que a EAN pode ser utilizada em diversos setores e deverá observar os princípios organizativos e doutrinários do campo no qual está inserida. No caso do setor Saúde, deverão ser observados os princípios do SUS, além daqueles preconizados no Marco. A seguir, estão descritos os princípios do Marco de EAN:

     A) Sustentabilidade social, ambiental e econômica

    B) Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade

    C) Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas

     D) A comida e o alimento como referências: valorização da culinária como prática emancipatória

    E) Promoção do autocuidado e da autonomia

    F) Educação como processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos

    . G) A diversidade nos cenários de prática

    H) Intersetorialidade – Implica a troca e a construção coletiva de saberes, linguagens e práticas entre os setores envolvidos, de modo a produzir soluções inovadoras.

    I) Planejamento, avaliação e monitoramento das ações 

    Segundo o documento “Instrutivo: metodologia de trabalho em grupos para ações de alimentação e nutrição na atenção básica

  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.


ID
2986381
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Nutrição em Psiquiatria” (Cordás e Kachami, 2010), para responder à questão.

Os inibidores de monoaminoxidase (IMAOs) são medicamentos considerados de segunda linha e muito eficazes. Entretanto, há o risco de síndrome hiperadrenérgica quando utilizados com outros antidepressivos e com alimentos ricos em: 

Alternativas
Comentários
  • letra C:

    Essa associação pode promover crises hipertensivas e hemorragias intracraniana.

  • A tiramina é um derivado do aminoácido tirosina, e participa da produção de catecolaminas, neurotransmissores que atuam no controle da pressão arterial. Altos níveis de tirosina no organismo fazem com que a pressão sanguínea aumente, sendo perigoso especialmente para pessoas que têm hipertensão.

    Os principais alimentos ricos em tiramina são:

    Alimentos ricos em tiramina não devem ser consumidos em excesso por pessoas que usam medicamentos inibidores da MAO, também conhecidos como IMAO ou inibidores da mono-amino oxidase, pois pode ocorrer enxaqueca ou aumento da pressão arterial.

    Esses medicamentos são utilizados principalmente no tratamento de problemas como depressão e hipertensão arterial.


ID
2986384
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Nutrição em Psiquiatria” (Cordás e Kachami, 2010), para responder à questão.

O indicador utilizado na avaliação nutricional de adultos é o IMC – índice de massa corporal. Nos casos de anorexia nervosa, o IMC, para ser considerado como grave, refere-se a valor inferior a: 

Alternativas
Comentários
  • menor que 15 não deveria ser extrema e menor que 16 grave?


ID
2986387
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Nutrição em Psiquiatria” (Cordás e Kachami, 2010), para responder à questão.

Nos casos de anorexia nervosa, sugere-se como conduta um ganho de peso ponderal semanal nos pacientes ambulatoriais na faixa aproximada de:

Alternativas

ID
2986390
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Nutrição em Psiquiatria” (Cordás e Kachami, 2010), para responder à questão. 

O tratamento com IMAOs (inibidores de monoaminoxidase) requer cuidados com o consumo de determinados alimentos, evitando efeitos simpaticomiméticos como elevação da pressão arterial, cefaleia e hemorragia intracraniana. Portanto, pacientes em uso de IMAOs devem evitar alimentos como: 

Alternativas
Comentários
  • B) Queijos Maturados

  • A monoamina oxidase degrada tirosina. Inibidores de mao + tirosina (queijos e vinhos) = aumento de tirosina

ID
2986393
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Nutrição em Psiquiatria” (Cordás e Kachami, 2010), para responder à questão. 

Vários fatores podem causar deficiência nutricional em dependentes químicos. Anfetaminas são drogas muito utilizadas, tanto para o controle de peso, quanto em eventos sociais festivos, por possuírem efeitos semelhantes ao da cocaína. As anfetaminas podem acarretar, como consequência nutricional do uso crônico:

Alternativas
Comentários
  • Um dos efeitos adversos das anfetaminas é a diarreia, medicamentos que induzem esse transtorno gastrointestinal geralmente reduzem o tempo de trânsito levando a perda de cálcio e potássio.

  • Olá!

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Tentar não significa conseguir, mas quem conseguiu, com certeza tentou. E muito.


ID
2986396
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Nutrição em Psiquiatria” (Cordás e Kachami, 2010), para responder à questão. 

Define-se Pica como a ingestão persistente de substâncias não nutritivas. Esse transtorno é proposto como um quadro de TOC – transtorno obsessivo compulsivo, e como uma prática que leva a um alívio da tensão e da ansiedade. Sugere-se que a Pica é uma manifestação da deficiência de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Zinco, ítem B

  • Deficiência de Zn está relacionada com diminuição do paladar


ID
2986399
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Fitoterapia Funcional: dos princípios ativos à prescrição de fitoterápicos” (Kalluf, 2015), para responder à questão.

O chá é uma bebida consumida mundialmente. A erva com ação laxativa que estimula o peristaltismo e a motilidade, aumentando a frequência evacuatória é conhecida com o nome de:

Alternativas
Comentários
  • FUNÇÃO TERAPÊUTICA DO CHÁ - LAXATIVO 

    ERVAS UTILIZADAS Cáscara sagrada,zimbro, hortelã, capim cidreira, carqueja

    AÇÃO Estimulam o peristaltismo e a motilidade , aumentando a freqüência evacuatória


ID
2986402
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Fitoterapia Funcional: dos princípios ativos à prescrição de fitoterápicos” (Kalluf, 2015), para responder à questão.

A Camellia Sinensis, popularmente chamada de chá verde, possui ação anti-inflamatória. Conhece-se como princípio ativo da Camellia Sinensis:

Alternativas
Comentários
  • FUNÇÃO TERAPÊUTICA DO CHÁ - Antioxidantes anti-inflamatórios e anti-envelhecimento

    ERVAS UTILIZADAS - Produzidos à partir de folhas da Camellia sinensis

    chá verde; chá branco; chá vermelho

    AÇÃO - Ricos em polifenóis e as catequinas mostrando um importante efeito antioxidante; diminui a formação de radicais livres; diminui a absorção da gordura e tem efeito termogênico ( utilização da gordura como fonte de energia)

  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.


ID
2986405
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Fitoterapia Funcional: dos princípios ativos à prescrição de fitoterápicos” (Kalluf, 2015), para responder à questão.

O alho possui várias funções benéficas à saúde e, para atuar na redução da pressão arterial e dos níveis séricos de colesterol, recomenda-se a ingestão de:

Alternativas

ID
2986408
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Fitoterapia Funcional: dos princípios ativos à prescrição de fitoterápicos” (Kalluf, 2015), para responder à questão.

O azeite de oliva, principalmente o virgem, tem propriedades benéficas à saúde, que são atribuídas à presença de ácidos graxos monoinsaturados e de agentes fenólicos, como o esqualeno. A quantidade de esqualeno que o azeite de oliva contém é, aproximadamente:

Alternativas

ID
2986411
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Fitoterapia Funcional: dos princípios ativos à prescrição de fitoterápicos” (Kalluf, 2015), para responder à questão.

As plantas medicinais não são sinônimos de inocuidade, pois têm uma caracterização positiva e negativa de acordo com suas propriedades químicas específicas. O princípio ativo que atua no sistema nervoso central com efeito calmante e sedativo está presente em:

Alternativas
Comentários
  • Os alcaloides mais conhecidos são: atropina, cocaína, morfina, cafeína e quinina. Grande parte dos alcaloides é usada na medicina como analgésicos e anestésicos.


ID
2986414
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Fontenele (2018) relata em seu estudo, que mulheres com ingestão elevada de colesterol, independentemente de fatores sociais, demográficos e de saúde, apresentam maior razão de chance de desenvolver:

Alternativas
Comentários
  • No presente estudo (Fontenele, 2018), mulheres que apresentaram maior ingestão de colesterol tiveram maior chance de incontinência urinária.

  • incontinência urinária

ID
2986417
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Os serviços de alimentação: planejamento e administração” (Mezomo, 2015) para responder à questão.

Em berçários onde só é permitida a entrada de pessoal que trabalha no local, as mamadeiras deverão ser recebidas por funcionários específicos do setor e guardadas sob refrigeração, à temperatura, em graus Celsius (ºC), na faixa de: 

Alternativas

ID
2986420
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Os serviços de alimentação: planejamento e administração” (Mezomo, 2015) para responder à questão.

A escolha de cores para o revestimento do teto, parede e piso das cozinhas deve obedecer a padrões, que visam principalmente evitar fadiga visual e modificação das características organolépticas dos alimentos. A cor indicada para ser utilizada em paredes nos serviços de alimentação é: 

Alternativas
Comentários
  • Nas cozinhas industriais deve prevalecer a cor branca, devido à larga utilização do aço inoxidável nos equipamentos e materiais, pois a cor branca não interfere no índice de reflexão do aço, o que não cria cantos e ambientes escuros. Além disso, as cores claras são usadas também a fim de demonstrar o nível de sujidade do ambiente (ANVISA 2004). 

  • Mas ele cita mezomo! E não anvisa!

  • Gabarito: A

    Amarelo. O branco é mais indicado para o teto.

  • cores para o revestimento do

    teto -> branco

    parede-> amarelo

    piso -> cinza-escuro


ID
2986423
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Os serviços de alimentação: planejamento e administração” (Mezomo, 2015) para responder à questão.

O índice de reflexão é importante na escolha de cores que deverão ser utilizadas nos serviços de alimentação. O índice de reflexão para piso deve atender à faixa percentual de: 

Alternativas
Comentários
  • 30-45%

  • Um autor diz que é 15 a 30%, outro já recomenda 30-45%.

  • Índice de reflexão

    85 a 100 % Teto

    50 a 60 % parede

    30 a 45 % piso


ID
2986426
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Os serviços de alimentação: planejamento e administração” (Mezomo, 2015) para responder à questão.

A contaminação microbiológica dos alimentos de origem animal leva à putrefação e a dos alimentos de origem vegetal leva à fermentação, que são estágios finais do processo. Por outro lado, algumas alterações nos alimentos podem ser provocadas favorecendo produtos como iogurte e picles, por exemplo. A adição de Micrococcus nos alimentos leva a alterações do tipo:

Alternativas
Comentários
  • aumento da viscosidade

  • Segundo MEZOMO

    Streptococcus formam ácidos

    Lactobacillus levam a aroma e sabor desagradável

    Colibacillus formam gás

    Micrococcus aumentam a viscosidade


ID
2986429
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Os serviços de alimentação: planejamento e administração” (Mezomo, 2015) para responder à questão.

Os gêneros alimentícios deterioram com facilidade, o que impossibilita períodos de estocagem prolongados. Em geral, são armazenados em câmaras frigoríficas e, no caso do armazenamento das carnes, é recomendada uma temperatura em (ºC) e umidade relativa (%), respectivamente, de:

Alternativas
Comentários
  • UMIDADE RELATIVA das Câmaras Frigoríficas:

    Laticínios / Lixo - 50%

    Carnes - 70%

    Frutas - 80%

     

     

    Ambiente -> 50 a 60%

     

     

     

     

     

  • Razões administrativas e funcionais motivam, originariamente, a manutenção e conservação dos arquivos da SUFRAMA.

    Originariamente vem de origem, logo origem tem haver com a primeira instância em se conservar e realizar manutenção em documentos = Razões administrativas e funcionais.


ID
2986432
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Os serviços de alimentação: planejamento e administração” (Mezomo, 2015) para responder à questão.

O planejamento físico funcional do serviço de alimentação tem como objetivo garantir instalações adequadas e funcionais, assegurando a operacionalização dentro de padrões rígidos e de normas técnicas e de higiene. No dimensionamento físico do serviço de alimentação para hospitais de até 200 leitos, no sistema descentralizado, deverão ser respeitadas áreas mínimas de 1,80 m2 /leito para serviços de alimentação, cabendo à área de preparo e cocção um percentual de: 

Alternativas
Comentários
  • Distribuição Descentralizada (200 leitos - 1,80 m²/leito):

    . Recepção: 20%

    . Preparo e cocção: 50%

    . Demais dependências: 30%

    Distribuição Centralizada (200 leitos - 2 m²/leito):

    . Recepção e estocagem: 20%

    . Distribuição: 45%

    . Demais dependências: 35%


ID
2986435
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O documento “Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: o cuidado da pessoa tabagista” (Brasil, 2015) relata que, ao cessar o hábito de fumar, o ganho de peso pode ocorrer, sendo justificado em parte pela redução da taxa metabólica basal de:

Alternativas
Comentários
  • "O ganho de peso é um importante obstáculo para a cessação tabágica. Estima-se que ocorra uma redução da taxa metabólica basal de 4% a 16% ao se deixar de fumar. Além disso, alguns estudos indicaram um aumento signifi cativo no consumo calórico diário ao se deixar de fumar, oscilando entre 100 a 250 kcal/dia, embora outros estudos não mostrarem esse aumento no consumo calórico, apesar do ganho ponderal (NEVES, 2012).

    http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_40.pdf


ID
2986438
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

O documento “Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: o cuidado da pessoa tabagista” (Brasil, 2015) cita que cloridrato de bupropriona é um antidepressivo e um fármaco de primeira linha no tratamento da cessação do tabagismo para fumantes que necessitam de auxílio farmacológico para abandonar o hábito. Pode-se citar como efeito adverso do medicamento a tendência à:

Alternativas
Comentários
  • Letra B) perda de peso

  • principais reações adversas deste medicamento 1/10 pessoas : Distúrbios gastrointestinais como náuseas e vômitos; boca seca, insônia e cefaleia também são comuns.

  • Alguém poderia me indicar um artigo com essa informação para referenciar um trabalho da faculdade... rsrsrs aqueles professores que querem embasamento cientifico mesmo que você saiba a fisiologia mais não pode por na referencia ( minha cabeça, sei porque sei) rsrsrs


ID
2986441
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Gestão de UAN – Um resgate do binômio alimentação e nutrição” (Balchiunas, 2014) para responder à questão.

Água para consumo humano é aquela cujos parâmetros microbiológicos, físico-químicos e radioativos atendam aos padrões de potabilidade e não ofereçam risco à saúde da população. Logo, o padrão microbiológico da água para consumo humano tem como referência a ausência, em 100 mL, de:

Alternativas
Comentários
  • Ausência de E. coli


ID
2986444
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Gestão de UAN – Um resgate do binômio alimentação e nutrição” (Balchiunas, 2014) para responder à questão.

A adição de óleo novo para completar o volume de fritadeiras e compensar o que foi absorvido pelo alimento frito é uma prática comum, porém não recomendada, pois nesse caso o óleo novo se deteriora mais rapidamente pelo efeito catalítico dos produtos de degradação presentes no óleo usado. A quantidade de ácidos graxos livres e o teor de compostos polares não deve ser superior, respectivamente, a: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO:A

    INFORMATIVO TÉCNICO DA ANVISA 11 DE 5 DE OUTUBRO DE 2004.

  • Informe Técnico nº 11, de 5 de outubro de 2004

    Em dezembro de 2003, a Anvisa recebeu documentação de uma Associação de Defesa do Consumidor, fazendo requerimento à participação nas ações para criação de Norma Brasileira que disponha sobre a utilização e descarte de óleos e gorduras utilizados para fritura, no sentido de determinar que:

     

    1 – a quantidade de ácidos graxos livres não seja superior a 0,9%;

    2 – o teor de compostos polares não seja maior que 25%;

    3 – os valores de ácido linolênico, presentes nas frituras não ultrapasse o limite de 2%.


ID
2986447
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Gestão de UAN – Um resgate do binômio alimentação e nutrição” (Balchiunas, 2014) para responder à questão.

A beta-glucana auxilia na redução do colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis. A alegação é válida, desde que a porção do produto pronto para consumo forneça, no mínimo:

Alternativas
Comentários
  • 3 a 6 gramas de beta-glucana por dia (o equivalente a 40 gramas de farelo de aveia por dia) são suficientes para reduzir em até 5% os níveis de LDL colesterol no plasma (Jenkins et al., 1978).


ID
2986450
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Gestão de UAN – Um resgate do binômio alimentação e nutrição” (Balchiunas, 2014) para responder à questão.

Existe uma NR (norma regulamentadora) que trata da preservação e integridade do trabalhador diante dos riscos dos ambientes de trabalho, ocasionados por agentes físicos, químicos e biológicos existentes nesse ambiente, cuja concentração, intensidade e tempo de exposição, em função de sua natureza, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. Trata-se da NR de número:

Alternativas
Comentários
  • NR 9 - NORMA REGULAMENTADORA 9

    PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

  • NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 


ID
2986453
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o livro “Gestão de UAN – Um resgate do binômio alimentação e nutrição” (Balchiunas, 2014) para responder à questão.

É importante a representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho nas unidades de alimentação e nutrição, pois podem ser capazes de acarretar prejuízo à saúde dos trabalhadores. É possível, também, identificar os fatores nocivos que existem nos diferentes setores. Essa representação gráfica é definida como: 

Alternativas
Comentários
  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Os únicos limites da sua mente são aqueles que você acreditar ter!


ID
2986456
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o Caderno de Atenção Básica nº 33 “Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento” (Brasil, 2012), para responder à questão.

Em crianças, a maior prevalência de anemia ocorre no grupo etário de 6 a 24 meses de idade, devido ao rápido crescimento associado à ingestão frequentemente inadequada de ferro. Assim, após a classificação da criança conforme a idade e a presença de fatores de risco para anemia, a conduta, para crianças com menos de 12 meses e em aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, verificada a necessidade de suplementação, esta será de:

Alternativas
Comentários
  • . Crianças em aleitamento materno exclusivo até os 6 meses. ---------->>>. 1 a 2mg/kg/dia de ferro dos 6 aos 18 meses. Se não tiver sido suplementada, solicite hemograma entre 9 e 12 meses.

  • GABARITO: C

     Caderno de atenção básica para criança número 33- Ministério da saúde: SUPLEMENTAÇAO

    O Ministério da Saúde revisou e atualizou as condutas preconizadas pelo programa, instituído em 2005.

    FERRO

    Na atualização se estabelece a recomendação diária de 1 a 2mg de ferro elementar/kg de peso para o público de crianças de 6 a 24 meses. Recomenda-se ainda o uso do sulfato ferroso em gotas, já amplamente utilizado e disponível nas farmácias das unidades de saúde.

    Aproveitando a questão para revisar as outras suplementações de vitaminas e minerais do caderno.

    VITAMINA A

    A suplementação periódica da população de risco com doses maciças de vitamina A é uma das estratégias mais utilizadas para prevenir e controlar a DVA em curto prazo. Segundo o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, a conduta de administração via oral da megadose de vitamina A é a seguinte:

    • para crianças de 6 meses a 11 meses de idade: 1 megadose de vitamina A na concentração de 100.000 UI;

     • para crianças de 12 a 59 meses de idade: 1 megadose de vitamina A na concentração de 200.000 UI a cada 6 meses;

     • para puérperas: 1 megadose de vitamina A na concentração de 200.000 UI, no período pósparto imediato, ainda na maternidade (BRASIL, 2004).

    VITAMINA D

    Recomenda-se administrar de 200 a 400UI/dia

    PÚBLICO: crianças que apresentam os seguintes fatores de risco: prematuridade, pele escura, exposição inadequada à luz solar (por hábitos culturais ou porque se use filtro solar em todos os passeios ao ar livre) e filhos de mães vegetarianas estritas que estejam sendo amamentados (ALONSO et al., 2002) [D].

    VITAMINA K

    Mantem a recomendação de administrar vitamina K ao nascimento como profilaxia contra a doença hemorrágica neonatal por deficiência de vitamina K (ALONSO et al., 2002) [B]: •

     Bebês com idade gestacional acima de 32 semanas e com mais de 1.000g: 1mg IM ou EV. •

    Bebês com menos de 32 semanas e com mais de 1.000g: 0,5mg IM. • Bebês com menos de 1.000g, independentemente da idade gestacional: 0,3mg IM.

    Se houver recusa dos pais quanto à administração injetável, deve ser garantido o fornecimento da vitamina K oral (2mg ao nascer), seguido de 1mg/semana durante os 3 primeiros meses. As doses repetidas são imprescindíveis para os bebês amamentados ao peito. Naqueles com 10.5

    ZINCO

    Não há uma recomendação universal quanto à suplementação de zinco para a população brasileira


ID
2986459
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o Caderno de Atenção Básica nº 33 “Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento” (Brasil, 2012), para responder à questão.

Em caso da mulher que está amamentando e faz uso abusivo de drogas, recomenda-se a interrupção temporária do aleitamento materno que será determinada pelo tipo de droga utilizada, seguida da ordenha do leite, que deverá ser desprezada. No caso do etanol, o período recomendado para a interrupção da amamentação é de, pelo menos: 

Alternativas
Comentários
  • d) 1h por dose ou até estar sóbria


  • Droga Período recomendado de interrupção da amamentação:
    Anfetamina, ecstasy 24 – 36 horas
    Barbitúricos - 48 horas
    Cocaína, crack - 24 horas
    Etanol - 1 hora por dose ou até estar sóbria
    Heroína - morfina 24 horas
    LSD - 48 horas
    Maconha - 24 horas
    Fenciclidina 1 – 2 semanas
    Fonte: (HALE et al., 2005).


ID
2986462
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Considere o Caderno de Atenção Básica nº 33 “Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento” (Brasil, 2012), para responder à questão.

As fórmulas infantis consistem em leites modificados para atender às necessidades nutricionais e para não agredir o sistema digestório do bebê não amamentado. Portanto, o volume recomendado para crianças não amamentadas, na faixa etária de 2 a 4 meses, varia entre: 

Alternativas
Comentários
  • Tabela 8 – Volume e frequência da refeição láctea para crianças não amamentadas, de acordo com a idade.

    Idade De 2 a 4 meses

    Volume Entre 150 e 180ml

    Número de refeições por dia De 5 a 6

    Fonte: BRASIL, 2010 (com adaptações).

  • GABARITO-B

    CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA PARA A CRIANÇA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE 33

    Até 30 dias: 60 a 120 ml -6 a 8 refeições/dia

    30 a 60 dias: 120 a 150 ml -6 a 8 refeições/dia

    2 a 4 meses 150 a 180 ml- 5 a 6 refeições/dia

    4 a 8 meses: 180 a 200 ml- 2 a 3 refeições/dia

    Acima de 8 meses 200 ml- 2 a 3 refeições/dia


ID
2986465
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Segundo os “Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde” (Brasil, 2008), a deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia nutricional seguida da anemia megaloblástica. A distribuição normal da hemoglobina na gestante varia conforme idade, período gestacional e prática de tabagismo. Nesse caso, para ser considerada como anemia grave, a hemoglobina é inferior a:

Alternativas
Comentários
  • *Hemoglobina > 11 g/dl : NORMAL

    *Hemoglobina 11 - 8 g/d l: ANEMIA LEVE a MODERADA.

    *Hmoglobina < 8 g/dl : ANEMIA GRAVE

    OBS: SE ANEMIA PRESENTE, tratar e acompanhar hemoglobina após 30 e 60 dias.

    SE ANEMIA GRAVE: encaminhar ao pré - natal de alto risco.

  • A deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia nutricional atualmente, seguida da anemia megaloblástica por deficiência de ácido fólico. A distribuição normal da hemoglobina na gestante varia segundo sua idade, período gestacional e prática de tabagismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o ponto de corte para classificação de gestantes com anemia é de 11,0 g/d e anemia grave quando a hemoglobina é inferior a 7g/dl (WHO 2001). 


ID
2986468
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Segundo os “Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde” (Brasil, 2008), em idosos, o emagrecimento é um risco à saúde, em função da perda expressiva de peso não intencional em um curto período de tempo. Essa perda é de no mínimo:

Alternativas
Comentários
  • Perda de peso: Um importante componente de risco para a fragilidade da pessoa idosa é a perda expressiva de peso em um curto período de tempo. Uma perda de peso não-intencional de, no mínimo, 4,5kg ou de 5% do peso corporal no último ano são indicativos que exigem medidas para estabilizar e/ou recuperar seu peso corporal, por meio da promoção de uma alimentação saudável e da prática de exercícios físicos sob orientação.

  • GABARITO:D

    O emagrecimento é preocupante quando o paciente perde, sem querer, mais de 5% do peso corporal em um período de 6 meses a 1 ano

    Possíveis Causas

    Quando a perda de peso acontece de forma não intencional e sem motivos aparentes, ela pode estar ligada a problemas como:

    ·        Doenças intestinais, como, úlceras e doença de Crohn;

    ·        Doenças neurológicas, como demência e doença de Parkinson;

    ·        Problemas na tireoide, como hipertireoidismo;

    ·        Doença de Addison, que é um problema na glândula adrenal;

    ·        Câncer;

    ·        Diabetes;

    ·        Depressão;

    ·        Problemas no coração;

    ·        AIDS;

    ·        Tuberculose;

    ·        Doença pulmonar obstrutiva crônica;

    ·        Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou drogas.

    Além disso, também é preciso avaliar se a perda de peso está ligada a outros problemas como perda de dentes, anorexia ou bulimia.

    Causas de perda de peso em idosos

    A perda de peso durante o envelhecimento é normal quando é lenta e normalmente está ligada à falta de apetite, alteração do paladar ou devido a efeitos colaterais de remédios. Outro motivo comum é a demência, ue faz com que a pessoa esqueça de fazer as refeições e de se alimentar de forma adequada.

    Além do emagrecimento, também é normal ocorrer a perda de massa óssea, o que torna o idoso mais frágil e com maior risco de ter fraturas ósseas.

  • 5% EM UM MÊS

    7,5% EM TRÊS MESES

    10% EM SEIS MESES


ID
2986471
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Segundo o “Programa Nacional de Suplementação de Ferro: manual de condutas gerais” (Brasil, 2013), recomenda-se a suplementação de ferro e ácido fólico em grupos específicos como crianças e gestantes. Neste caso, a suplementação de ferro e ácido fólico tem como conduta administrar, respectivamente, até o final da gestação:

Alternativas
Comentários
  • Ferro: 30-60 mg de ferro elementaraa Ácido Fólico: 400 µg (0,4 mg) Gabarito: letra D

  • Administração da suplementação profilática de sulfato ferroso:

     

    Público: Gestantes

    Conduta: 40 mg de ferro elementar e 400 µg de ácido fólico

    Periodicidade: Diariamente até o final da gestação

     

    Fonte: Programa Nacional de Suplementação de Ferro (2013)