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Questões de Figuras de Linguagem


ID
2245
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
TRE-RJ
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO . OS COITADINHOS
Clóvis Rossi . Folha de São Paulo, 25/02/01

SÃO PAULO . Anestesiada e derrotada, a sociedade
nem está percebendo a enorme inversão de valores em
curso. Parece aceitar como normal que um grupo de
criminosos estenda faixas pela cidade e nelas fale de paz.
Que paz? Não foram esses mesmos adoráveis
senhores que decapitaram ou mandaram decapitar seus
próprios companheiros de comunidade durante as
recentes rebeliões?
A sociedade ouve em silêncio o juiz titular da Vara
de Execuções Penais, Otávio Augusto Barros Filho,
dizer que não vai resolver nada a transferência e
isolamento dos líderes do PCC (Primeiro Comando da
Capital ou Partido do Crime).
Digamos que não resolva. Qual é a alternativa
oferecida pelo juiz? Libertá-los todos? Devolvê-los aos
presídios dos quais gerenciam livremente seus negócios
e determinam quem deve viver e quem deve morrer?
Vamos, por um momento que seja, cair na real:
os presos, por mais hediondos que tenham sido seus
crimes, merecem, sim, tratamento digno e humano. Mas
não merecem um micrograma que seja de privilégios,
entre eles o de determinar onde cada um deles fica preso.
Há um coro, embora surdo, que tenta retratar
criminosos como coitadinhos, vítimas do sistema.
Calma lá. Coitadinhos e vítimas do sistema, aqui, são
os milhões de brasileiros que sobrevivem com salários
obscenamente baixos (ou sem salário algum) e, não
obstante, mantêm-se teimosamente honestos.
Coitadinhos e vítimas de um sistema ineficiente,
aqui, são os parentes dos abatidos pela violência,
condenados à prisão perpétua que é a dor pela perda
de alguém querido, ao passo que o criminoso não fica
mais que 30 anos na cadeia.

Parafraseando Millôr Fernandes: ou restaure-se
a dignidade para todos, principalmente para os coitadinhos
de verdade, ou nos rendamos de uma vez à Crime
Incorporation.

"Não foram esses mesmos adoráveis senhores..."; neste segmento ocorre um exemplo de uma figura denominada:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    Ironia - Ocorre quando dizemos algo que, só pelo contexto, ou conhecimento de mundo, percebemos que é exatamente o contrário.
  • ...Ele está sendo irônico na frase. Alternativa C.

  • Lembrando que apenas a trecho destacado no enunciado,não aponta ironia. E sim o que vem após... que consta no texto

    "Não foram esses mesmos adoráveis

    senhores que decapitaram ou mandaram decapitar seus

    próprios companheiros ..."

  • IRONIA

    Conceito: É o efeito resultante do uso de uma palavra ou expressão que, em um contexto específico, ganha sentido oposto ou diverso daquele com que costuma ser utilizada.

  • GABARITO: LETRA C

    Ironia

    A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.

    Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.

    FONTE: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/

  • IRONIA porque diz o contrário do que se pensa, se você observar o trecho no contexto ele não trata realmente ele como ''adoráveis'' pois mataram e decapitaram seus companheiros, logo ''adoráveis'' é uma ironia ao que eles fizeram (Decapitar seus companheiros).

  • Só de lê o tema já achei a resposta. Kkkkkkk

  • ´|É preciso recorrer ao texto para entender que é ironia. Senão iremos errar.

  • Lendo o texto irá compreender , sem leitura ficará vendido

  • Ironia, pois lendo o texto entendemos que na verdade os adoraveis senhores são os riminosos e nao tem nada de adoráveis.


ID
2401
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Pronto para outra?
Ricardo Freire

          Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano.
Você volta das férias, tenta se adaptar de novo à rotina e
já pressente as surpresas que vai ter ao receber a conta do
cartão de crédito. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de
sair dessa: começar a pensar já na próxima. Não, não é
cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo trabalho.
Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter
aceso o interesse pelo fato gerador de suas férias: seu
emprego.
          Além do que, planejar uma viagem com antecedência
é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que
se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa
longe de casa, quando dá para começar a viajar muito
antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?
          Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande
viagem ao preparo de um desfile de escola de samba no
Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval em si dura
pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de
divertida preparação.
          É fácil trazer o know how do samba para suas férias.
Use os três primeiros meses depois da volta para definir o
"enredo" de sua próxima viagem.
          Tire os meses seguintes para encomendar guias e
colecionar as informações que caírem em sua mão -
revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de
transporte mais adequados, decidindo quais são os hotéis
imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para a
partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
          Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina:
escolhendo restaurantes, decidindo o que merece e o que
não merece ser visto.
          Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para
a apoteose.

Revista Época, 29/01/2007, p. 112 (fragmento).

" ... para definir o 'enredo' de sua próxima viagem" (l. 22). O recurso de linguagem usado nesse trecho é o mesmo que ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • O recurso utilizado foi a catacrese (emprego de uma palavra no lugar da outra pela inexistência ou mesmo pelo esquecimento do seu sentido primitivo). São o casos da palavra "enredo" no texto, e da palavra "chave" na alternativa "e".A metonímia é utilizada na alternativa "c".
  • a) Hipérbole
    b) Antonomásia
    c) Metonímia
    d) -----------
    e) Metáfora - como no enunciado

    Penso que é isto!

     

  • A letra b é PERífrase

    antonomásia é usado para apelido de pessoas e perifráse para demais elementos.

  • A figura da letra d é Eufemismo. Ele prefere dizer "você não está nada bem" a ter que dizer "você está muito mal"
  • Letra E

    " ... para definir o 'enredo' de sua próxima viagem" - Catacrese

    "Ser honesto, esta é a chave do sucesso de uma amizade." - Catacrese

    Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, usa-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

    Se pensarmos bem, a viagem não tem enredo e o sucesso não tem chave. Não são expressões subjetivas de um indivíduo, mas, sim, expressões que já foram incorporadas por todos os falantes da língua.

  •  Pri ,
    Você se equivocou.

    Catacrese é uma metáfora desgastada, seu comentário está corretíssimo, apenas o julgamento que está incorreto.

    Ele usou a palavra "enredo" para fazer uma comparação implícita com itinerário. E "chave" como segredo.

    Na catacrese é muito difícil encontrar o temo substituído.


    Como se chama a asa da xícara?
    E o céu da boca?
    O pé da mesa?


    a) Hipérbole
    b) Perífrase
    c) Metonímia
    d)Lítotes
    e) Metáfora
     

    Lítotes consiste numa frase suavizada ou negativa para expressar uma afirmação.

    É uma figura de linguagem em que uma suavização é feita pela negação do contrário.

    Para que não se diga, por exemplo, que determinado indivíduo é burro, diz-se que é pouco inteligente, ou simplesmente que não é inteligente.

    Esse caso, que contém forte dose de ironia, chama-se "litotes".

    É bom que se diga que com a litotes a expressão não necessariamente se suaviza.

    Para que se diga que uma pessoa é inteligente, pode-se dizer que não é burra:
    "Seu primo não é nada burro".

    Segundo o dicionário aurélio a litotes é "modo de afirmação por meio da negação do contrário".

  • A) SILEPSE DE PESSOA, SEGUIDA DE HIPÉRBOLE
    B) PERÍFRASE
    C) METONÍMIA
    D) LITOTES/ EUFEMISMO
    E) METÁFORA
  • Pessoal, errei essa questão, procurei os comentários dos colegas e continuo com dúvidas. Não chegamos há um consenso... Na verdade, levantei até a hipótese de que na alternativa "E" está presente também um anacoluto. O que acham? Abraço.
  • Newton, tenho a mesma dúvida que você! Para mim a letra E é um anacoluto. Se alguém puder esclarecer...
  • As aulas têm que ser assim: diretas e precisas. Excelente explicação, professora.

  • Só tenho a agradece pelo seu empenho e conhecimento em prol dos estudantes!


  • Na minha opinião, o termo refere-se a uma metonímia, que consiste em empregar um termo no lugar de outro. Exemplo: ouro por dinheiro, cabelos brancos por velhice... A partir daí poderia trocar "enredo" por "tema" e trocar na letra E a palavra "chave" por "motivo".

    Já a Metáfora produz sentidos figurados por meio de comparações. Ex:  A Rua 25 de Março é um formigueiro.

    Enfim, espero ter ajudado!

  • ué? pq não é uma metáfora? acertei meus amores

  • Procurei a alternativa que tinha uma palavra que estava sendo usada fora do sentido habitual, assim como "enredo". "Chave do sucesso"

  • GABARITO E - " ... para definir o 'enredo' de sua próxima viagem" - metáfora

    A - Muitos chegamos a dizer que se morre de tédio aqui neste lugar tão monótono; - Silepse e hipérbole

    B- A Cidade Maravilhosa tem o melhor Carnaval do mundo; Perífrase

    C- Venha tomar uma xícara de café conosco no intervalo; - metonímia

    D- Você não está nada bem com todos esses problemas graves; eufemisno

    E- Ser honesto, esta é a chave do sucesso de uma amizade. metáfora

  • A letra E, apesar de ser um clichê, também é uma metáfora.

    No livro Curso Prático de Gramática, de Ernani Terra, 2011, pags. 335 e 336:

    "... A metáfora é, pois, uma comparação implícita, isto é, sem o conectivo comparativo..."

    "Observação: Certas metáforas, pelo uso repetitivo, esteriotipam-se, vulgarizam-se, tornando-se banais. Em decorrência disso, perdem sua força expressiva. A esse tipo de metáfora que deve ser evitada, dá-se o nome de clichê:

    O futebol é uma caixinha de surpresas

    ..."

    A letra E não é anacoluto porque não foi o caso de ter iniciado determinada construção sintática e depois ter optado por outra.

    Gabarito E

  • tão bem usado que eu nem percebi essa chave ai


ID
9433
Banca
ESAF
Órgão
MRE
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o seguinte trecho de Machado de Assis e marque a opção correta.

"O tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo, uma flor, um pássaro, uma dama, um castelo, um túmulo. Também se pode bordar nada. Nada em cima de invisível é a mais sutil obra deste mundo..."

Alternativas
Comentários
  • O erro da letra 'e' (marcada como certa pela maioria das pessoas) é que :"O trecho está construído sobre um PARADOXO: na primeira linha...nada".
  • "O tempo é um tecido invisível" - comparação sem termo comparador (METÁFORA)

    Se estivesse descrito "O tempo é COMO um tecido invisível" - seria comparação, pois usa o termo comparador,

  • Oi, Jeani. Mas o próprio conceito de paradoxo o define como uma contradição. Logo, questão passível de anulação, a meu ver. Ademais,a banca foi imprudente ao caracterizar o gênero metáfora em vez da espécie comparação no trecho.

  • Questão boa, porém, provavelmente seria anulada!


ID
17671
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I
MANDE SEU FUNCIONÁRIO PARA O MAR
     Tudo que o aventureiro americano Yvon Chouinard
     faz contraria dez entre dez livros de negócios. Dono de
     fábrica de roupas e artigos esportivos, ele pergunta a
     seus clientes, numa etiqueta estampada em cada roupa:
5   você realmente precisa disto? Alpinista de renome,
     surfista e ativista ecológico, ele se levanta de sua mesa
     e incita os 350 funcionários da sede da empresa, na
     cidade de Ventura, na Califórnia, a deixar seus postos
     e pegar suas pranchas de surfe tão logo as ondas
10 sobem. Aos 67 anos de idade, ele vai junto. Resultado:
     a empresa, que faturou US$ 270 milhões em 2006, foi
     considerada pela revista Fortune a mais cool do mundo,
     em uma reportagem de capa.
     Isso não quer dizer que seus funcionários sejam
15  preguiçosos, apesar do ambiente maneiro. A equipe é
     motivada e gabaritada, como o perfeccionismo do dono
     exige. Para cada vaga que abre, a companhia recebe
     cerca de 900 currículos - como o do jovem Scott
     Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs no bolso e
20  passagens por outras empresas, implorou para ser
     aceito como estoquista de uma das lojas (ganhou o
     posto). Robinson justificou: "Queria trabalhar numa
     companhia conduzida por valores". Que valores são
     esses? "Negócios podem ser lucrativos sem perder a
25  alma", diz Chouinard.
     Essa alma está no parque de Yosemite, onde, nos
     anos 60, Chouinard se reunia com a elite do alpinismo
     para escalar paredões de granito. Foi quando começou
     a fabricar pinos de escalada de alumínio, reutilizáveis,
30 uma novidade. Vendia-os a US$ 1,50. Em 1972, nascia
     a empresa, com o objetivo de criar roupas para esportes
     mais duráveis e de pouco impacto ao meio ambiente.
     A filosofia do alpinismo - não importa só aonde você
     chega, mas como você chega - foi adotada nos
35  negócios. O lucro não seria uma meta, mas a
     conseqüência do trabalho bem-feito. A empresa foi
     pioneira no uso de algodão orgânico (depois adotado
     por outras marcas), fabricou jaquetas com garrafas
     plásticas usadas e passou a utilizar poliéster reciclado.
40  Hoje, o filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos,
     desenvolve pranchas de surfe sem materiais tóxicos
     que diz serem mais leves e resistentes que as atuais.
     Chouinard, que se define como um antiempresário, virou
     tema de estudo em escolas de negócios. Quando dá
45  palestras em Stanford ou Harvard, não sobra lugar.
     Nem de pé.

Revista Época Negócios. jun. 2007. (Adaptado)

Em " 'Negócios podem ser lucrativos sem perder a alma' " (l. 24-25), o sentido da expressão destacada é

Alternativas
Comentários
  • e-

    suprimir pode ser entendido como eliminar, apagar. a alma indica virtudes, valores. suprimir os conceitos implica trair seus principios, essencialmente perder a alma

  • Gabarito Letra E


ID
28210
Banca
CESGRANRIO
Órgão
REFAP SA
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aquele estranho animal
Os do Alegrete dizem que o causo se deu em Itaqui,
os de Itaqui dizem que foi no Alegrete, outros juram que
só poderia ter acontecido em Uruguaiana. Eu não afirmo
nada: sou neutro.
Mas, pelo que me contaram, o primeiro automóvel
que apareceu entre aquela brava indiada, eles o mataram
a pau, pensando que fosse um bicho. A história foi assim
(...).
Ia um piazinho estrada fora no seu petiço - tropt,
tropt, tropt (este é o barulho do trote) - quando de repente
ouviu - fufufupubum ! fufufupubum chiiiipum!
E eis que aí a "coisa", até então invisível, apontou
por detrás de um capão, bufando que nem touro brigão,
saltando que nem pipoca, se traqueando que nem velha
coroca, chiando que nem chaleira derramada e largando
fumo pelas ventas como a mula-sem-cabeça.
"Minha Nossa Senhora."
O piazinho deu meia-volta e largou numa disparada
louca rumo da cidade (...).
Chegado que foi, o piazinho contou a história como
pôde, mal e mal e depressa, que o tempo era pouco e não
dava para maiores explicações, pois já se ouvia o barulho
do bicho que se aproximava.
Pois bem, minha gente: quando este apareceu na
entrada da cidade, caiu aquele montão de povo em cima
dele, os homens uns com porretes, outros com garruchas
que nem tinham tido tempo para carregar de pólvora,
outros com boleadeiras, mas todos de a pé, porque
também nem houvera tempo para montar, e as mulheres
umas empunhando as suas vassouras, outras as suas
pás de mexer marmelada, e os guris, de longe, se
divertindo com seus bodoques, cujos tiros iam acertar
em cheio nas costas dos combatentes. E tudo abaixo de
gritos e pragas que nem lhes posso repetir aqui.
Até que enfim houve uma pausa para respiração.
O povo se afastou, resfolegante, e abriu-se uma
clareira, no meio da qual se viu o auto emborcado,
amassado, quebrado, escangalhado, e não digo que morto,
porque as rodas ainda giravam no ar, nos últimos transes
de uma teimosa agonia. E quando as rodas pararam, as
pobres, eis que o motorista, milagrosamente salvo, saiu
penosamente engatinhando por debaixo dos escombros
do seu ex-automóvel.
- A la pucha! - exclamou então um guasca, entre
espantado e penalizado - o animal deu cria!

QUINTANA, Mário. Poesia Completa. Rio de Janeiro,
Editora Nova Aguilar, 2005.

No quarto parágrafo, na elaboração dos argumentos usados pelo narrador para descrever a cena, predomina a(o):

Alternativas
Comentários
  • "E eis que aí a "coisa", até então invisível, apontoupor detrás de um capão, bufando que nem touro brigão,saltando que nem pipoca, se traqueando que nem velhacoroca, chiando que nem chaleira derramada e largandofumo pelas ventas como a mula-sem-cabeça."Fica evidente a presença da Comparação.
  • O uso do "que nem" deixa claro que é uma comparação.

  • A expressão "que nem" é equivalente a como. Portanto, indica uma ideia de comparação.
    Alternativa correta: letra C
  • COMPARAÇÃO, porque:

    Observe os termos em negrito e os sublinhados.

    E eis que aí a "coisa", até então invisível, apontou

    por detrás de um capão, bufando que nem touro brigão,

    saltando que nem pipoca, se traqueando que nem velha

    coroca, chiando que nem chaleira derramada e largando

    fumo pelas ventas como a mula-sem-cabeça.

    "Minha Nossa Senhora."

    Os termos e negrito são comparados pelas expressões sublinhadas.

    -bufando que nem touro brigão

    -saltando que nem pipoca

    -se traqueando que nem velha coroca

  • Vou enganar não, pensei que o quarto parágrafo fosse mais abaixo, está bom, espero não errar mais....


ID
28330
Banca
CESGRANRIO
Órgão
DNPM
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO NAVEGAR EM ALTO MAR

A família Schürmann ficou conhecida no Brasil pelas
viagens que fez pelo mundo a bordo de seu veleiro. Como
um de seus membros, posso dizer que vivemos
incontáveis aventuras, mas descobrimos que o nosso
projeto ia além da busca por novas culturas e desafios.
Percebemos que diariamente vivíamos a realidade – e
até mesmo o sonho – de muitos empresários. Aprendemos
na prática o que empresas e executivos procuram
aprimorar no seu dia-a-dia, como, por exemplo, reagir em
situações adversas, enfrentar desafios e transformá-los
em oportunidades, tomar decisões para administrar um
empreendimento com sucesso e conviver em equipe.
Em nossas palestras, procuramos destacar que o
barco a vela é uma excelente ferramenta para fazer uma
analogia com as empresas. Nós vivemos durante 20 anos
dentro de um veleiro de 44 metros quadrados. Para que
tudo desse certo nessas condições, foi preciso um bom
planejamento, uma tripulação unida e perseverança para
enfrentar as mais inesperadas situações. As empresas
passam por problemas similares. Veja alguns deles:
• Quando nos deparávamos com um mar tempestuoso,
procurávamos enfrentá-lo com firmeza. A
análise das condições meteorológicas através de
mecanismos de informações, como satélite, barômetro
e formações de nuvens nos ajudava a prever
a dimensão da situação. Com esses dados em
mãos, tudo ficava mais fácil e previsível. Tínhamos
também uma tripulação bem treinada. Numa empresa
é a mesma coisa. Você precisa utilizar os
recursos tecnológicos e intelectuais disponíveis para
cada uma das situações. E, para se sentir seguro,
não há nada melhor do que promover treinamentos
periódicos e sistemáticos.
• Sempre que estamos no mar, temos de ajustar
constantemente a embarcação, regular as velas,
revisar os materiais e preparar a tripulação. É importante
administrar riscos em situações de pressão
e tomar decisões rápidas nos momentos difíceis.
[...]
• Os ventos fortes sempre forçam o velejador a fazer
mudanças de rumo, mas ele nunca esquece que o
objetivo precisa ser alcançado. Tem de encontrar
soluções e fazer o barco se mover com rapidez e
segurança na tempestade. Para isso, deve contar
com uma tripulação unida, em que cada um cumpre
bem o seu papel.
Para que tudo siga o planejado, é preciso investir em
comunicação. Em um veleiro oceânico, assim como nas
empresas, a comunicação é fator crítico para o sucesso.
Essas são algumas das lições preciosas que aprendemos
em alto-mar. Acredite sempre em dias melhores.
Nem mesmo quando perdemos os nossos mastros em
meio a uma tempestade na Nova Zelândia e ficamos dias
à deriva deixamos de acreditar. O segredo foi estarmos
preparados para superar momentos difíceis e tensos como
aquele.
SCHÜRMANN, Heloisa, Revista Você S/A, Ago. 2004.

Uma "analogia" (l. 15) é um tipo de:

Alternativas
Comentários
  • Analogia: comparar uma coisa a outra para ver o que há em um que pode ser utilizado no outro.marcosprefms@hotmail.com
  • Analogia =

    1. Relação de semelhança entre objectos!objetos diferentes.
    2. Investigação da causa das semelhanças.
    3. Razão da formação das palavras.

    COMPARAR.

    CORRETA LETRA B
    Bons Estudos !!!!

  • analogia -

    1. Relação de semelhança entre objectos!objetos diferentes.
    2. Investigação da causa das semelhanças.
    3. Razão da formação das palavras.

    Ou seja, Comparar

    Resposta Letra B

    Bons Estudos Pessoal !!

     

    Paulo.

  • Não precisa nem ler o texto para responder.

    Analogia é uma comparação.


ID
47623
Banca
ESAF
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os trechos abaixo constituem sequencialmente um texto adaptado do Editorial do Correio Braziliense de 6/1/2009. Assinale a opção em que o segmento está gramaticalmente correto.

Alternativas
Comentários
  • O erro na B é na palavra inútil, pois deveria ser inuteis.
  • a) ...Sitiada entre o mar e o muro construído por Israel (que controlam entradas e saídas de... coment: quem controlam estradas? Israel CONTROLA.b)Também inútil foram às resoluções da ONU... coment: o que é inútil? às resoluções são INÚTEIS.c) ...os países da Europa faz tentativas de obter trégua afi m de abrir espaço para a diplomacia. coment: quem faz? os países da Europa FAZEM.d)...Até agora as iniciativas foram inútil.coment: O que foram inútil? as iniciativas foram INÚTEIS.e) correta!
  • Na letra "B" além do que já foi comentado pelos colegas, também é importante lembrar que o termo "as resoluções da ONU" é o sujeito da oração e por isso não deve vir preposicionado. Na ordem correta a frase deveria ser escrita da seguinte forma: "As resoluções da ONU também foram inúteis".

  • Poxa, isso chateia muito a galera que ta estudando.

    Na alternativa "E" tá faltando o verbo ser antes de  "...a razão, segundo..."

    Ficando "Essa é a razão[...] de romper a trégua com lançamento..."

    Em relação ao resto, somente a alternativa E apresentasse "perfeita", como bem explicado pelos colegas
  • a) Antes dos conflitos, Gaza estava estrangulada. Sitiada entre o mar e o muro construído por Israel (que controlam entradas e saídas de pessoas e produtos), a estreita faixa depende totalmente de Telavive.

    OPCAO INCORRETA. QUEM CONTROLA E' ISRAEL, VERBO DEVE CONCORDAR COM O NUCLEO DO SUJEITO A QUE SE REFERE, ENTAO => Sitiada entre o mar e o muro construído por Israel (que controla entradas e saídas de pessoas e produtos)

    b) Também inútil foram às resoluções da ONU, sistematicamente desrespeitadas ao longo de sessenta anos. No meio do tiroteio, milhões de inocentes. Eles pagam a conta de outros.

    OPCAO INCORRETA. NAO JUSTIFICA-SE O USO DE CRASE EM às resoluções. "As resolucoes da ONU" e' o sujeito da oracao. Portanto "resolucoes" ,nucleo do sujeito, nao aceita uso de preposicao contraida com o artigo "as" que a antecede, o que torna o uso de crase incorreto.
    ENTAO =>
    Também inútil foram as resoluções da ONU

    c) A resposta desproporcional já fez centenas de mortos e milhares de feridos entre os civis. No vácuo da transição de governo nos Estados Unidos e dos feriados de fim de ano, os países da Europa faz tentativas de obter trégua afim de abrir espaço para a diplomacia.


    OPCAO INCORRETA. ERRO DE CONCORDANCIA. O VERBO DEVE CONCORDAR COM O NUCLEO DO SUJEITO. ENTAO=> os países da Europa fazem tentativas de obter trégua afim de abrir espaço para a diplomacia.

    d) Representantes do Hamas aceitaram ir ao Egito para negociar uma solução. Até agora as iniciativas foram inútil.

    OPCAO INCORRETA. ERRO DE CONCORDANCIA NOVAMENTE. O VERBO DEVE CONCORDAR COM O NUCLEO DO SUJEITOENTAO => Até agora as iniciativas foram inúteis.

    e) O bloqueio de dezoito meses escasseou alimentos, agasalhos, remédios. O cessar-fogo, que previa o levantamento do cerco, não obteve êxito. Essa a razão, segundo o Hamas, grupo que controla Gaza, de romper a trégua com lançamento de foguetes contra o país vizinho.

    AQUI CONFESSO QUE ME CAUSOU DUVIDA A EXPRESSAO escasseou,  e a  ausencia do verbo ser. Como frisou o colega. Porem a ausencia do verbo ser e' permitida por uma figura de estilo chamada elipse, pois o verbo ser ja esta subentendido na oracao. Restando apenas o verbo escassear que era para mim estranho ate' entao. Porem, como o erro era mais que evidante nas opcoes anteriores, marquei sem medo de ser feliz letra E e corri para o abraco.... alem de aprender que esse verbo escasssoar .. .existe...
    LETRA E CORRETA

    Elipse é a supressão de uma palavra facilmente subentendida. Consiste da omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase com a intenção de tornar o texto mais conciso e elegante.

    exemplo:
    "No mar, tanta tormenta e tanto dano." (em "Os Lusíadas" de Camões) - onde se omite o verbo "haver", ainda que seja óbvia a intenção do autor.

    mais informacoes sobre elipse e figuras de estilo do genero:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Elipse_%28figura_de_estilo%29

    Tomara que ajude! Nao desanimem! Concurso e' uma fila, quanto mais voce estuda mais rapido a fila anda!

    abracos e bons estudos
  • Se na opção "e" há uma elipse que suprime o verbo ser,na opção "a" pode haver prosopopéia (ou personificação)e infere-se ,portanto,que tanto Israel como o mar "controlam" saídas e entradas
    "Mar" seria conotado,uma prosopopéia,atribuindo características humanas ao mar.Pois,realmente o mar é uma barreira,um "muro",uma limitação ao ir e vir.
    É comum o uso da prosopopéia/personificação,ex. "o deserto derrotava os mais fortes e ria dos limites humanos".
    Ambas,"e" e "a",podem ser f ou v.Conclusão,existem duas respostas que satisfazem à questão.
  • A Antes dos conflitos, Gaza estava estrangulada. Sitiada entre o mar e o muro construído por Israel (que controlam (CONTROLA) entradas e saídas de pessoas e produtos), a estreita faixa depende totalmente de Telavive.

    B Também inútil (INÚTEIS) foram às (AS) resoluções da ONU, sistematicamente desrespeitadas ao longo de sessenta anos. No meio do tiroteio, milhões de inocentes. Eles pagam a conta de outros.

    C A resposta desproporcional já fez centenas de mortos e milhares de feridos entre os civis. No vácuo da transição de governo nos Estados Unidos e dos feriados de fim de ano, os países da Europa faz (FAZEM) tentativas de obter trégua afim de abrir espaço para a diplomacia.

    D Representantes do Hamas aceitaram ir ao Egito para negociar uma solução. Até agora as iniciativas foram inútil. (INÚTEIS)

    E O bloqueio de dezoito meses escasseou alimentos, agasalhos, remédios. O cessar-fogo, que previa o levantamento do cerco, não obteve êxito. Essa a razão, segundo o Hamas, grupo que controla Gaza, de romper a trégua com lançamento de foguetes contra o país vizinho.


ID
72151
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Da timidez

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem
horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório
por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante
timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório
apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com
os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser
notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo
psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o
analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele
acha que se sentir inferior é doença.

Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são
apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é
mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de
chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre
sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para
disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico.
Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha* existe um
tímido tentando se esconder, e dentro de cada tímido existe um
exibido gritando: "Não me olhem! Não me olhem!", só para
chamar a atenção.

O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando
entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para
sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é
dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no
lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma
noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio
destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode
fazer para embaraçá-lo.


* Atriz de TV muito extrovertida, identificada pela maquiagem e roupas
extravagantes.

(Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

Reconhece-se como em si mesma paradoxal a seguinte expressão do texto:

Alternativas
Comentários
  • Segundo o site dicio.com.br, Retumbar significa: v.t. e v.i. Refletir o som com estrondo; ressoar, ecoar, estrondear, ribombar.
  • É uma expressão paradoxial porque o som estrondoso é tímido !
  • A timidez por si só, não é retubante, ou seja, não ecoa, não atrai as atenções. Logo, a junção dessas duas palavras é um visível paradoxo. Vejamos o fragmento do texto que comprova:

    "Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção?"
  • "Paradoxo é uma antítese extremada, em que duas ideias que se excluem são apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma contradição(não necessariamente real)."

    Mestre Arê do curso PLA.

    Uma coisa não pode ser retumbante e tímida ao mesmo tempo; vemos, então, uma contradição.
  • Paradoxo: Aparente contradição; são ideias contraditórias e impossíveis.

  • o gabarito dessa prova está com problema

  • Alternativa A - retumbante timidez.

    Motivo:

    O significado da palavra retumbante :'' Que provoca um som muito alto, intenso, de grande repercussão, capaz de se fazer ouvir ao longe; bombástico: ouviram o brado retumbante.'' Trazendo assim a ideia de algo que ''eleva, grande''

    O significado da palavra timidez ''estado, condição ou característica de tímido; acanhamento excessivo. Qualidade de quem é fraco, frouxo.'' Pelas palavras sublinhadas subentende-se que é algo mais ''fraco, baixo''.

    Conclui-se que:

    Retumbante (trás uma ideia de alto, forte, grande) timidez (fraco, baixo). Trazendo assim um paradoxo/oximoro (Contraste de ideias antagônicas)

  • GABARITO: LETRA  A

    Paradoxo:
    Duas ideias contrárias que coexistem, que ocorrem ao mesmo tempo, implicando falta de lógica.
    Amor é fogo que arde sem se ver, / É ferida que dói e não se sente, / É um contentamento descontente, / É dor que desatina sem doer. (Camões)
    Que música silenciosa ele toca!
    “Foi sem querer querendo.” (Chaves)

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
75727
Banca
FCC
Órgão
TJ-PI
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Abstrações

"Deus não joga dados com o Universo", disse Einstein,
para nos assegurar que existe um plano por trás de,
literalmente, tudo, e que o comportamento da matéria é lógico e
previsível. A física quântica depois revelou que a matéria é mais
maluca do que Einstein pensava e que o acaso rege o Universo
mais do que gostaríamos de imaginar. Mas fiquemos com a
palavra do velho. Deus não é um jogador, o Universo não está
aí para Ele jogar contra a sorte e contra Ele mesmo. Já os
semideuses que controlam o capital especulativo do planeta
Terra jogam com economias inteiras e podem destruir países
com um lance de dados, ou uma ordem de seus computadores,
em segundos.

Às vezes eles têm uma cara, e até opiniões, mas quase
sempre são operadores anônimos, todos com 28 anos, e um
poder sobre as nossas vidas que o Deus de Einstein invejaria.
Deus, afinal, é sempre o ponto supremo de uma cosmogonia
organizada, não importa qual seja a religião. Todas as igrejas
têm metafísicas antigas e hierarquizadas. Todos os deuses
podem tudo, mas dentro das expectativas e das tradições de
seus respectivos credos. Até a onipotência tem limites.

A metafísica dos operadores das bolsas de valores, dos
deuses de 28 anos, é inédita. Não tem passado nem
convenções. É a destilação final de uma abstração, a do capital
desassociado de qualquer coisa palpável, até do próprio
dinheiro. Como o dinheiro já era a representação da
representação de um valor aleatório, o capital transformado em
impulso eletrônico é uma abstração nos limites do nada - e é
ela que rege as nossas economias e, portanto, as nossas vidas.
E quem pensava ter liberado o mundo de um ideal inútil, o de
sociedades regidas por abstrações como igualdade e
solidariedade, se vê prisioneiro do invisível, de um sopro que
ninguém controla, da maior abstração de todas.

(Adaptado de Luis Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro)

O segmento que, no contexto, NÃO revela a perspectiva irônica característica do autor é:

Alternativas
Comentários
  • Fabiana, no meu entendimento o autor ironiza, o fato de jovens de 28 anos normalmente se acharem infalíveis.
  • "Todas as igrejas têm metafísicas antigas e hierarquizadas." é uma afirmação. As outras alternativas têm uma perspectiva irônica, apesar da letra "e" aparentar ser uma afirmação também. Mas no contexto isso se esclarece como uma ironia.
  • O segmento que, no contexto, NÃO revela a perspectiva irônica característica do autor é:Todas as igrejas têm metafísicas antigas e hierarquizadas. (2º parágrafo) Alternativa correta letra "C".
  • Quanto à ironia da letra e, entendo que está na afirmação de os operadores serem anônimos, contudo, TODOS com 28 anos, isto é, num primeiro momento são desconhecidos e, em seguida, afirma que TODOS tem 28 anos.
  • FIGURAS DE LINGUAGEM - Figuras de Pensamento
    Ironia: Afirmação do contrário. Ex: O cavalo estava limpo, saudável... Muito maltratado.
  • FACILMENTE IDENTIFICÁVEL
  • Figura de pensamento - Ironia: Dizer contrário do que se pensa, normalmente com intenção sarcástica.

    A -os semideuses que controlam o capital especulativo do planeta Terra (...) (1º parágrafo)

    Comentário: Aqui o termo em Negrito, acima, apresenta-se como Irônico ao termo sublinhado.

    B - Ás vezes eles têm uma cara, e até opiniões (...)

    Comentário: o termo em negrito esta da a ideia de sarcástico.

    C - Todas as igrejas têm metafísicas antigas e hierarquizadas. (2º parágrafo)

    Comentário: Aqui é feito uma afirmação.

    D - (...) um poder (...) que o Deus de Einstein invejaria. (2º parágrafo)

    Comentário: o termo em negrito ''soa'' como um sarcasmo ao termo sublinhado.

    E - (...) são operadores anônimos, todos com 28 anos (...) (2º parágrafo)

    Comentário: Anonimo é sinônimo de ''desconhecido''.

    Pergunta: Como alguém é anônimo (desconhecido) e sabe-se a idade (28 anos)? Sendo assim contrário ao que se pensa.


ID
89323
Banca
FUNRIO
Órgão
PRF
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe o trecho de "O Cortiço", de Aluísio de Azevedo:

"Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, [...]. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo."

Seu autor utiliza o seguinte recurso estilístico:

Alternativas
Comentários
  • Texto retirado do Wikipédia"A personificação ou prosopeia (prosopéia ou prosopopéia, no Brasil) é uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.Dizer "está um dia triste" implica a atribuição de um sentimento a uma entidade que, de fato, nunca poderá estar triste mas cujas características (céu nublado, frio, etc) poderão conotar tristeza para o ser humano."
  • a) Eufemismo: emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão.Exemplos:- Você faltou com a verdade. (Em lugar de mentiu) - Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu) b) Gradação: relacionada com a enumeração, onde são expostas determinadas ideias de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax).Exemplos:- Tudo começou no meu quarto, onde concebi as ideias que me levariam a dominar o bairro, a cidade, o país, o mundo... E a desejar o próprio Universo... - Meu caro, para mim, você é um simples roedor. Que digo? Um verme... Menos que isso! Uma bactéria! Um vírus!... c) Comparação: é uma aproximação entre dois termos ou expressões através de uma conjunção ou locução subordinativa comparativa (como, assim como, bem como, entre outros) ou de um verbo com função semelhante (parecer, lembrar, sugerir, assemelhar-se, sugerir, entre outros).Exemplos: - O Amor queima como o fogo.- ”Alma árida como urze". Alexandre Herculano)d) Antítese: consiste na exposição de ideias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.Exemplos:- "Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio." (Renato Russo)- Do riso se fez o pranto. (Vinícius de Moraes)e) A personificação ou prosopeia (prosopéia ou prosopopéia, no Brasil): consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.Exemplos:- "A Bomba atômica é triste, Coisa mais triste não há Quando cai, cai sem vontade" (Vinícius de Morais)- O Gato disse ao Pássaro que tinha uma asa partida.
  • Um cortiço é um aglomerado de casas que serve de habitação coletiva para a população pobre.

    "Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, [...] -----------> Personificação
  • personificação => Atribuição de características de seres animados ou humanos a seres inanimados ou irritados.

    EX.: "Olha o amor pulou o muro

    o amor subiu a arvore"

  • Estranho ser personificação, na minha opinião seria metonímia, pois quem acorda não é o cortiço e sim as pessoas que moram lá... pra mim seria antítese quando retrata "ACORDAR alegre e farto de quem DORMIU"

  • EXEMPLIFICANDO A ÓTIMA RESPOSTA DO NOSSO AMIGO, Joaquim.

    a) Eufemismo: emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão.Exemplos:- Você faltou com a verdade. (Em lugar de mentiu) - Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu)

    b) Gradação: relacionada com a enumeração, onde são expostas determinadas ideias de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescente (anticlímax).Exemplos:- Tudo começou no meu quarto, onde concebi as ideias que me levariam a dominar o bairro, a cidade, o país, o mundo... E a desejar o próprio Universo... - Meu caro, para mim, você é um simples roedor. Que digo? Um verme... Menos que isso! Uma bactéria! Um vírus!...

    c) Comparação: é uma aproximação entre dois termos ou expressões através de uma conjunção ou locução subordinativa comparativa (como, assim como, bem como, entre outros) ou de um verbo com função semelhante (parecer, lembrar, sugerir, assemelhar-se, sugerir, entre outros).Exemplos: - O Amor queima como o fogo.- ”Alma árida como urze". Alexandre Herculano)

    d) Antítese: consiste na exposição de ideias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.Exemplos:- "Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio." (Renato Russo)- Do riso se fez o pranto. (Vinícius de Moraes)

    e) A personificação ou prosopeia (prosopéia ou prosopopéia, no Brasil): consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.Exemplos:- "A Bomba atômica é triste, Coisa mais triste não há Quando cai, cai sem vontade" (Vinícius de Morais)- O Gato disse ao Pássaro que tinha uma asa partida.

  • Prosopopeia (ou personificação) é uma figura de linguagem caracterizada pela atribuição de características, ações e sentimentos próprios de seres humanos a seres inanimados e a seres irracionais.

  • metonímia seria o ideal (( o cortiço acordava)

  • metonímia seria o ideal (( o cortiço acordava)

  • " ...o cortiço acordava..."

    Prosopopeia ou Personificação:

    Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos.

    Observe os exemplos:

    As pedras andam vagarosamente.

    O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.

    A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.

    O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.

    Chora, violão.

    Fonte: Só Português.

  • Isso que dá não saber o que é cortiço! rs

    • PERSONIFICAÇÃO: EMITE COISAS HUMANAS A SERES INANIMADOS.

ID
89335
Banca
FUNRIO
Órgão
PRF
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Violência no trânsito

Se quase sempre é difícil fazer uma autoavaliação, é impossível adivinhar o estado de espírito do motorista ao lado. Assim, uma atitude preventiva - e, por que não, defensiva - é a melhor maneira de não se envolver em situações de violência. O psiquiatra forense Everardo Furtado de Oliveira afirma que é possível prevenir uma briga, evitando, por exemplo, contato de olhos com o
condutor agressivo, não fazer ou revidar gestos obscenos, não ficar na cola de ninguém e não bloquear a mão esquerda, por exemplo.
Medalhista olímpico em 1992, o judoca Rogério Sampaio não pensa muito diferente: "Respire fundo, tenha consciência de que não vale a pena brigar e, principalmente, pense em sua família". Com o objetivo de entender o comportamento do motorista e do pedestre capixaba e desenvolver ações para melhorar o tráfego, o Detran do Espírito Santo entrevistou quase 400 motoristas. A pesquisa, coordenada pelo antropólogo Roberto DaMatta, mostrou que desprezo às regras, agressividade e despreparo são características dos motoristas entrevistados. "O que o condutor pensa quando está dentro do carro é que a ele é dado o direito de ser imprudente de vez em quando. Para os nossos erros, procuramos muitas desculpas. Aquele que cumpre a lei é visto como alguém em uma posição inferior, um fraco", diz Luciene Becacici, diretora-geral do órgão.
Em Brasília (DF), a tese de doutorado sobre o trânsito da cidade defendida pela psicóloga Cláudia Aline Soares Monteiro envolveu uma pesquisa com 923 motoristas. "Dos entrevistados, 84% afirmaram sentir raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência cometiam mais erros e eram mais agressivas", diz Cláudia. Segundo o trabalho, quanto maior o nível de escolaridade da mulher, mais ela se irrita no tráfego. A situação é inversa para o sexo masculino.
Além disso, os que mais cometem infrações são jovens com idade entre 18 e 27 anos, solteiros e sem filhos. A situação que mais deixa os homens nervosos é ter avanço impedido do veículo. Já as mulheres se irritam com direção agressiva por parte de outros motoristas.
[...]
O trânsito é um ambiente de interação social como qualquer outro. "O carro é um ambiente particular, mas é preciso seguir regras,
treinar o autocontrole e planejar os deslocamentos. É um local em que é preciso agir com civilidade e consciência", diz a hoje
doutora em trânsito Cláudia Monteiro.
Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o carro não é o escudo protetor que se supõe. Exercitar a paciência e o
autocontrole não faz parte do currículo das autoescolas, mas são práticas cada vez mais necessárias à sobrevivência no trânsito.
Internet: http://quatrorodas.abril.uol.com.br/reportagens/conteudo_288447.shtml.
Acesso em 29/8/2009, com adaptações.

Assinale a alternativa em que se encontra o mesmo recurso de linguagem empregado em "o carro não é o escudo protetor que se supõe".

Alternativas
Comentários
  • b)Ironia: é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Literatura, a ironia é a arte de gozar com alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reacção do leitor, ouvinte ou interlocutor.Exemplos:- Moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor! (Mário de Andrade) - Você está intolerante hoje.- Não diga, meu amor!
  •  Na verdade trata-se de uma Metáfora, pois a idéia de carro é utilizada fora da sua acepção real, pois um carro não é um "escudo protetor", que protege as pessoas, que nele estão dentro, de acidentes. Essa é a idéia que se quer passar: dentro da situação do texto, a idéia que os motoristas tem é a seguinte: "posso fazer o que quiser no volante, pois estou protegido pelo carro, nada me acontecerá".

    No caso do gabarito, letra B, ao dizer "Prevaleceu no caso a sua vontade de ferro", o que está se querendo dizer é "Prevaleceu no caso a sua vontade firme, forte, inabalável". Por este motivo trata-se da mesma figura de liguagem empregada no enunciado da questão.

  • Observem as comparações implícitas.

    Carro igual ao escudo.
    Vontade igual ao ferro.

    Por isso, metáfora. Alternativa B.
  • E quanto a expressão: "Escudo protetor", não seria um pleonasmo?? E a letra d, então, se assemelharia com a expressão: "folhas finas"? 
    Fiquei com dúvida, quem puder me ajudar!
  • o carro não é o ESCUDO PROTETOR... metáfora.

    a) Prosopopeia ou personificação - O Brasil VER
    b) Metáfora - Vontade de ferro
    c) Não identifiquei nenhum recurso.
    d) Aliteração - As folhas finas fazem felizes os homens.
    e) Antíntese - Tudo que sei é que nada sei.

    Vale dizer que a frase da assertiva é metáfora assim como a letra b, porém são metáforas de tipos diferentes, a primeira é Comparação ou Símile e a segunda é uma metáfora pura. O que difere uma da outra é que quando o verbo "ser" é expresso então estamos diante de uma símile e com verbo implicito temos uma metáfora pura.
  • Metáfora - comparação com o conectivo comparativo subentendido - carro COMO se (não) fosse escudo protetor.
    a) Metonímia - não é o Brasil, são os brasileiros (confunde-se muito com prosopopeia: veja primeiro se caberia ser metonímia, se for, esqueça prosopopeia)
    b) Metáfora - vontade COMO se fosse de ferro
    c) Acho que seria sinédoque ("tipo de metonímia", mas com redução ou ampliação de sentido). Não são as árvores e os rios que precisam ser protegidos, são as florestas e os recursos hídricos.
    d) Aliteração - repetição do fonema /fe/ 
    e) Antítese - sentidos contrários em uma mesma ideia

  • acredito que a letra E está muito mais pra Paradoxo:

    e) Tudo que sei é que nada sei. (como assim, sabe e ao mesmo tempo não sabe?)


    Ø   Paradoxo/Oxímoro - proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias contraditórias:

    – Foi sem querer querendo

    – Que música silenciosa ele toca!

    – Amor é fogo que arde sem se ver, / É ferida que dói e não se sente, / É um contentamento descontente, / É dor que desatina sem doer.



  • A Letra E não é paradoxo, pois ele já afirmava anteriormente que ele só tem essa certeza, de que nada sabe. Se ele dissesse: Sei tudo e nada sei, seria paradoxo. Paradoxo é quando dois extremos não se comunicam na mesma frase.

  • ufa! uma facil


ID
89350
Banca
FUNRIO
Órgão
PRF
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O hino do América F.C., composto por Lamartine Babo, diz:

"Hei de torcer, torcer, torcer... Hei de torcer até morrer, morrer, morrer... Pois a torcida americana é toda assim, a começar por mim."

O recurso linguístico que enfatiza o compromisso entoado pelo hino é

Alternativas
Comentários
  • c) Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. É uma figura de linguagem comuníssima nos quadrinhos populares, música e literatura em geral, especialmente na poesia.Exemplo:Vi uma estrela tão alta, Vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia. Era uma estrela tão alta! Era uma estrela tão fria! Era uma estrela sozinha Luzindo no fim do dia. (Manoel Bandeira)
  • ANÁFORA = Repetição de uma ou mais palavras no início de várias frases.
  • Pessoal, também percebi a Anáfora, o problema é que, pensando justamente nessa figura, eu marque "b", já que trata-se de uma repetição desses termos. Não sei por qual motivo o gabarito oficial definitivo manteve a letra "c" como resposta. Podem comentar acerca disso? Abraço.
  • A questão está perguntando sobre o recurso linguístico que realça o compromisso deixar o hino afinado. (afinado = que segue o tom.)

    Então, o Hei = verbo haver está dando uma ênfase no tom do hino.

    Entendi isso.

    Então seria uma aliteração (figura do som).

    Me corrijam se eu estiver errado.
  • justifica mas não explica!! também não entendi o porquê de não ser a letra B.
  • O verbo haver no presente do indicativo (HEI) é que define que será um compromisso.

    O presente do indicativo:

    * É também utilizado para expressar processos habituais, regulares, ou que possuem validade permanente.
    *Sua utilização se encontra relacionada ao ato de indicar um fato no futuro próximo, tido como uma realização certa.

    http://www.portugues.com.br/gramatica/emprego-tempo-presente-indicativo.html
  • alternativa "c", porém ainda assim concordo com os colegas em terem marcado a letra "b"; acredito ser um erro no gabarito.

  • Caberia recurso.. não faz sentido a resposta ser letra C!!

  • o verbo HAVER em "hei de..."


  • marquei a b , acho q cabe recursos

  • Acredito que o gabarito da questão poderia ser B, pois o compromisso de "torcer" é introduzido pelo verbo "haver" e enfatizado duplamente pelo recurso linguístico da repetição.

    Proponho um outro exemplo para defender minha opinião de uma forma mais clara: "Ela esfregava, esfregava e esfregava, mas a mancha não desaparecia." (Note que esta oração não contém verbo auxiliar)

  • Eu só sei que nada sei. Nao é atoa que nesse questionario tem um monte de Questoes anuladas. Pronto falei

  • 'Haver' é um verbo auxiliar modal. Indicativo de desejo, intenção e possibilidade. Ele no hino intensifica o que o enunciado diz 'o compromisso' de cumprir aquela ação.

  • Indiquem para comentário

  • Também acho que a resposta correta deveria ser a letra B.

    O ponto principal do hino é a repetição das palavras TORCER e MORRER


ID
119704
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que indica corretamente a figura de linguagem presente na oração: "O cavaleiro enterrou a espada no dragão."

Alternativas
Comentários
  • CATACRESEA catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido.Sentou-se no braço da poltrona para descansar.A asa da xícara quebrou-se.O pé da mesa estava quebrado.Vou colocar um fio de azeite na sopa.
  • A correta é Catacrese, que já foi explicada pelo amigo Gilvandro.Vou explicar a ZEUGMAForma de elipse que consiste na supressão, em orações subseqüentes, de um termo expresso na primeira. Ex.: Cada criança escolheu um brinquedo; o menino, um carro, a menina, uma boneca. (O termo "escolheu" fica implícito):)
  • Já que os grandes amigos explicaram Catacrese e Zeugma, irei explicar as demais: A Antítese que está dentro do grupo das figuras de pensamento, tal figura é indentificada quando existe uma oposição, uma antogonia entre termos da oração, por exemplo: Um cliente de um hotel disse: A decoração é péssima, mas o atendimento é excelente.

    O Eufemismo é quando quem fala a ideia quer amenizar um termo forte de uma expressão. Exemplo: "Ele passou dessa pra uma melhor", quer dizer que ele morreu.

     

    Valeu galera!

    Bons Estudos! 

  • Se Catacrese é "é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido." qual a palavra da oração citada na questão perdeu seu sentido real?

    Seria "enterrou"? Que perdeu o sentido original de "enterrar" (embaixo da terra)?

    []s

  • Isso mesmo Luciano!

    1. Enterrar
    v.t. Meter na terra.
    Soterrar.
    Sepultar.
    Meter em lugar secreto, ocultar.

    Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Elipse_%28figura_de_estilo%29
  • Catacrese = metáfora já absorvida no uso comum da língua, de emprego tão corrente que não é mais tomada como tal, e que serve para suprir a falta de uma palavra específica que designe determinada coisa (Houaiss)
  • Creio eu que o termo "enterrou" está sendo usado na frase em substituição ao termo empunhalou, encravou, penetrou e sinônimos destes. Pois há aqui um emprego incorreto do termo enterrar que se refere a imergir algo.
  • Então por que a frase é catacrese e não eufemismo?????? Por que não falar o cavaleiro matou o dragão? 
  • Concordo com a Larissa. Está mais para eufemismo que catacrese.
  • porque ele pode ter enterrado a espada e nao ter matado o dragao
  • Fiquei também na dúvida a respeito desta questão, pois não consigo ver relação com catacrese. Entendi mais no sentido de suavização da palavra enterrou, mas paciência, português é assim mesmo, cheio dos lero leros. rs
  • Eu também entendo como eufemismo.
  • Não tem nada na passagem da questão que indique um sentido figurado relacionado a um objeto. (Asa da xícara, pé da mesa, por exemplo).

    Agora dizer que "enterrou a espada" não é mais 'tranquilo' do que, por exemplo "cortou o dragão ao meio" ??

    Creio ser eufemismo.
  • O enterrrar a espada nada tem a ver com diminuir o peso de matar o dragão. Somente o enterrou foi usado com outro significado que não o literal, por isso é catacrece e não eufemismo. Fora que vocês que estão deduzindo que o dragão morreu.
  • A catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido.
  • EU tbm marquei Eufenismo, mas agora percebo claramente que é Catacrase.

    Não existe palavra específica para "meter a espada". "Meter a faca" é "esfaquear", mas "meter a espada" não é "espadear".

    E outra, o cavalheiro ter golpeado o dragão não significa que ele morreu. O problema das provas de português é que nossa imaginação nos leva a interpretar d+.
  • ainda não entendi o motivo de não ser eufemismo.
    pode sim deduzir que matou o dragão; porque se não, tambem não poderiamos deduzir que em: voce pegou algo que não é seu; esta dizendo que a pessoa seja um ladão, e sim que ele possa ter mesmo pego algo por engano.
  • Acho que grande parte das nossas dificuldades de interpretação dessas figuras de linguagem está nas explicações curtas e exemplos breves em gramaticas que não nos dão a consistencia para entendermos o conceito. Eu li uma coisa num resumo, e vim responder de acordo com o que li, uma vcez que o exemplo na gramatica é 'redondo', aí quando te põem frente a um exemplo desses, um recorte, numa prova de concurso é dificil não se confundir. É bom ler cada um dos conceitos com maos profundidade com que a gramatica trata tais conceitos...
  • A banca não deve colocar esse tipo de questão, pra mim isso nunca foi catacrese, sim eufemismo. catacrese é ex: "a pata do meu cavalo não bota ovo" trecho da música do Daniel" Esse deveria ser anulada.

  • Eufemismo é uma figura de linguagem que emprega termos mais agradáveis. É um "abrandamento" da expressão ou palavra no intuito de suavizar a mensagem. Por outro lado, a catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido.

  • Gabarito A.

    A palavra enterrar seria colocar na terra.

    Só que ele enterrou no dragão.

    Então você está fazendo uso de uma palavra emprestada.

    Fonte: Professora Grasiela Cabral (Concurso Virtual – Curso: Maratona IBFC)


  • Se deveria ser catacrese ou não , digo a vocês que depende da vontade da banca. Se eles quiserem colocam Eufemismo e pronto.

    Você é quem deve supor como eles pensam. Não basta só estudar a matéria. 

  • Para mim é eufemismo, mas....

  • catacrese tb serve para suprir a falta de uma palavra específica EQUIVALENTE que designe determinada coisa, nesse caso o verbo "enterrou" serve para suprir um termo, tal qual poderia ser "enfiou profundamente a espada no dragão", porém o autor achou mais apropriado o termo enterrou pelo contexto, possivelmente a frase vem de um texto que considero um erro não colocá-lo  na questão, se existir texto.

    bom, quanto a discussão sobre ser eufemismo ou não, na minha opinião o verbo enterrar não suaviza o fato de o cavaleiro ter "enfiado profundamente a espada no dragão" e sim  EQUIVALE a este termo, podem ser vistos como termos iguais, porém pelo contexto foi mais apropriado utilizar a palavra "enterrou", por ser um termo mais usual.

    de qq forma questão muito dificil de figuras de linguagem, tanto pela falta de informação constando na acertiva quanto pelo nível de interpretação que se exige do candidato.

    bons estudos

  • Segundo a Professora Flávia Rita, "a Catacrese ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado".

     

    De acordo com esse conceito, alguém poderia me explicar qual termo específico faltou para designar o conceito figurado para "enterrar a espada" já que EXISTEM vários sinônimos que designam esse conceito como: apunhalar, enfiar, traspassar, atravessar, etc.? 

     

    Não obstante que JAMAIS o termo "enterrar a espada" possui uso contínuo na língua portuguesa, muito menos é termo consagrado no cotidiano dos brasileros a ponto de se tornar uma catacrese. 

     

    Só para aclarear o embate, seguem alguns exemplos de termos de USO CONTÍNUO no cotidiano como: embarcar no avião; pé da mesa; asa da xícara; dente de alho, etc. Esses sim, verdadeiros exemplos de catacrese, porém "enterrar a espada" JAMAIS.

     

    Para mim a questão é NULA.

    Acesse nosso Instagram: @v4juridico

  • Essa daria pra fazer por eliminação..

    1 - Catacrese => usada quando NÃO HÁ UM TERMO ADEQUADO PARA UMA SITUAÇÃO e trata-se de um tipo de metonímia.. Acharia esse GABA A até por exclusão das outras!

    2 - EufeMIsmo => MInimiza uma situação..

    Vou dar um exemplo aqui que, pra mim, é o melhor caso de EUFEMISMO e, se lembrar , não erra uma kkkkkkkk

    Aquela música: " O jeito é dar uma FUGIDINHA com você, o jeito é dar uma FUGIDA com você...." ( o Autor, na verdade, quis dizer outraaa coisa, ele  colocou o G na palavra pra minimizar e não dizer explicitamente outra coisa..Entendedores entenderão hahaha!

    3 - Antítese => representa IDEIAS OPOSTAS/CONTRÁRIAS (Obs: Não confundir com o PARADOXO, que é quando as IDEIAS SE ANULAM)

    exemplos de antítese: bem-mal / longa- curta etc..

    4 - Zeugma => OMISSÃO de um TERMO que acabou de ser dito! 

    #rumooooooooaoTJPE

  • Pessoal, se nós conseguirmos entender a metáfora presente na oração, entenderemos a catacrese, pois esta é fruto daquela, ou seja, a catacrese é uma metáfora que "caiu na boca do povo". Didaticamente temos:

     

    (COMPARAÇÃO[Metáfora{Catacrese}])

  • eu tb acho que é eufemismo, pois na catacrese não existe um termo especifico para designar um conceito.

  • Gabarito errado, na minha visão. O correto seria eufemismo.

  • Para mim é eufemismo! uma forma de "abrandar" o golpe,ação, enfim; algo que pudesse causar desconforto ao leitor ou ouviente...

  • Tô em dúvida nessa questão, na minha opnião caberia anulação. 

     

    Não seria Eufemismo? 

  • Para mim, ele quis suavizar a expressão, mas fazer oque né

  • NÃO ENTENDI ESSE GABARITO.

    MARQUEI EUFEMISMO, MAS...

  • É um tipo de metáfora em que o desvio de seu uso comum não causa mais nenhuma estranheza.

    Ex: A perna da mesa, o braço do mar, embarcar em um voo, enterrou a espada e etc...

    Resposta: A

  • Eufemismo o contrário enterrou seria esfaquiou dilacerou feriu mortalmente..
  • Nenhum eufemismo aí, onde que "enterrar" suaviza alguma coisa? "O assassino enterrou a faca na vítima", grande suavização

  • Eu marcaria eufemismo. ainda bem que não é a prova que irei fazer.confusa!!
  • Pessoal, pelo que se percebe não há nada de abrandamento em relação a ação de enfiar a espada no dragão, dessa forma não ocorreu um eufemismo que é usada tanto na forma oral como escrita com o intuito de amenizar algumas palavras ou expressões que poderiam soar de maneira desagradável, porém sem alterar o sentido da mensagem que se deseja passar.

  • Catacrese

    É a metáfora gasta, inexpressiva, mas necessária por falta de palavra apropriada para designar determinada coisa.

    Exemplos: pé de mesa, boca de túnel, embarcar no trem.


ID
142747
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe o enunciado abaixo e responda a seguir.

Daquela poltrona bem velha e sem braços, o menino caiu e machucou seus braços.

Percebe-se que a palavra BRAÇOS aparece em dois momentos e com dois significados diferentes. A propriedade que as palavras têm de possuir mais de um significado dentro de um mesmo campo semântico é chamada de:

Alternativas
Comentários
  • Polissemia = ocorre quando uma palavra ou expressão assume mais de um significado.
  • Polissemia = palavra de muitos significados

    Bons Estudos !!!

  • Polissemia - Facto de uma palavra ter muita significações

    ou seja, tem mais de uma significação

     

    Resposta Letra B

    Bons Estudos Pessoal !!

     

    Paulo.

  • Polissemia: É a mesma palavra que de acordo com o contexto terá outros significados. Ex: Manga pode ser manga da blusa, pode ser do verbo Mangar ( que significa "zoar"), pode ser a manga fruta ...

    Bom Concurso a todos !!

  • b-

    polissemia - muitos significados

  • Polissemia é a multiplicidade de sentidos que uma mesma palavra da língua pode apresentar, em diferentes contextos de uso.

  • polissemita é fod@ kkkk
  • GABARITO: LETRA B

    Polissemia:
    Trata da pluralidade significativa de um mesmo vocábulo, que, a depender do contexto, terá uma significação diversa. Em palavras mais simples: a palavra polissêmica é aquela que, dependendo do contexto, muda de sentido (mas não muda de classe gramatical!).
    Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa peça”, “uma peça de carne” etc. Só de curiosidade: a palavra ponto é a mais polissêmica da nossa língua! Consulte o dicionário e veja. Agora, observe mais estes exemplos:
    - Desculpe o bolo que te dei ontem.
    - Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica.
    - Tenho um bolo de revistas lá em casa.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
142750
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe a sequência de frases abaixo e responda a seguir.

(1) E no dia lindo vi que vinhas vindo, minha vida. (Guilherme de Almeida)
(2) Conhecer as manhas e as manhãs. (Almir Sater e Renato Teixeira)
(3) E as cantilenas de serenos sons amenos fogem fluidas. (Eugênio de Castro)


Nas frases apresentadas em (1), (2) e (3), temos, respectivamente, as seguintes figuras de estilo que exploram a sonoridade das palavras:

Alternativas
Comentários
  • Letra AAssonância: Repetição de Vogal em vocábulos próximos.Paranomásia: O mesmo que trocadilho.Aliteração: Repetição de consoantes em vocábulos próximos.
  • Paranomásia: emprego de palavras parecidas, daí o nome que remete a parônimos.

    semelhantes no som, mas com sentidos diferentes.

  • Assonância é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons de vogais em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas. A assonância é largamente utilizada em poesias mas também pode ser empregada em prosas, especialmente em frases curtas.

    Paranomásia ou paronomásia é uma figura estilística que consiste no emprego de palavras parônimas (com sonoridade semelhante) numa mesma frase, fenômeno que é popularmente conhecido comotrocadilho.

    Aliteração é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas. A aliteração é largamente utilizada em poesias mas também pode ser empregada em prosas, especialmente em frases curtas. 
  • esta errado a correta é letra d ....gabarito errado  ! meu professor de portugues corrigiu essa questão num exercicio
  • (1) E no dia lindo vi que vinhas vindo, minha vida. (Guilherme de Almeida) 

    Assonância ---> é a repetição sistemática da vogal tônica ou do encontro vocálico na sequência da frase.

    Veja mais um exemplo: Juro que não acreditei, eu te estranhei, me debucei...

     


    (2) Conhecer as manhas e as manhãs. (Almir Sater e Renato Teixeira) 

    Paranomásia ---> é a aproximação de palavras de um texto pela sua semelhança na forma da pronúncia. 

    Veja mais um exemplo: Exportar é o que importa

     


    (3) E as cantilenas de serenos sons amenos fogem fluidas. (Eugênio de Castro)

    Aliteração ---> é a repetição sistemática de uma determinada consoante.

    Veja mais um exemplo: O rato roeu a roupa do rei de roma

     

    Gabarito: A

  • GABARITO: A

    Assonância é a repetição de sons vocálicos em sílabas acentuadas.

    Exemplo:

    [...] Sou um mulato nato

    No sentido lato

    Mulato democrático do litoral [...]

    Paranomásia

    Em alguns casos os textos exploram uma semelhança sonora e gráfica entre palavras de significados distintos (parônimos).

    Exemplo:

    Manha e Manhã

    Aliteração

    Utilizado em poemas ou letras de música. Repetição de um mesmo som consonantal.


ID
143635
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe a sequência de frases abaixo e responda a seguir.

(1) Onde estão todos? Estão todos dormindo. Estão todos deitados. Dormindo. (Manuel Bandeira)

(2) Dona Cômoda tem três gavetas. E um ar confortável de senhora rica. (Mário Quintana)

(3) Vieram os gentios, e tornaram-se fiéis; vieram idólatras, e tornaram-se cristãos. (António Vieira)

Nas frases apresentadas em (1), (2) e (3), temos, respectivamente, as seguintes figuras de pensamento:

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA E.

    (1) Eufemismo são empregas palavras para atenuar uma situação desagradável. Na frase fala que todos estão deitados, dormindo ou seja MORTOS.
    (2) Prosopopéia é quando atribui características humanas a seres inanimados. Na frase comenta em um "ar confortável de senhora rica". (Também é necessário saber o contexto do livro)
    (3) Antítese consiste em realçar uma idéia pela aproximação de palavras com sentidos opostos. Na frase percebe que ocorre isto.
  • CORRETA LETRA (E)

    (1) Onde estão todos? Estão todos dormindo. Estão todos deitados. Dormindo. (Manuel Bandeira) - EUFEMISMO é utilizado pelo escritor para tornar o que vai se ler menos desagradável, nesse trecho o poeta quer dizer que todos estão mortos;

    (2) Dona Cômoda tem três gavetas. E um ar confortável de senhora rica. (Mário Quintana)  - PROSOPOPEIA ( PERSONIFICAÇÃO ou ANIMIZAÇÃO) é usado quando características humanas são dadas a objetos e animais;

    (3) Vieram os gentios, e tornaram-se fiéis; vieram idólatras, e tornaram-se cristãos. (António Vieira) - ANTÍTESE, figura de linguagem que expressa uma uma contrariedade entre os termos do período, muito cuidado para não a confundi com o PARADOXO 

  • Eufemismo- Consiste em suavilizar palavras ou expressões que são desagradáveis ou que causam má impressão.Na primeira frase para não disser que estam mortos disseram que estavam dormindo.

    Prosopopeia- É a atribuição de caracteristicas humanas a sere irracionais ou de seres animados a seres inanimados.Na segunda frase esta comparando a cômoda(objeto) com a senhora(pessoa).

    Antítese -È o uso de palavras de sentido opostos para expressar contradição. 
  • Eufemismo: é a suavização, a amenização de uma ideia contextualmente indesejada ou desagradável.
    Os anjos o levaram.
    Alguns parlamentares faltam com a verdade.

     

    Prosopopeia, personificação ou animismo: é a vivificação de seres inanimados.
    “As florestas ergueram os braços peludos para esconder-te em ciúmes de sol.” (Raul Bopp)
    “As janelas espiam os homens que correm atrás das mulheres.” (Carlos Drummond de Andrade)


     

    Antítese: é a aproximação de ideias opostas num dado contexto.
    ”O Bem e o Mal compõem a vida [...].” (Machado de Assis)

    GABARITO -> [E]

  • e) eufemismo, prosopopeia e antítese.

     

     

    Eufemismo - é o emprego de palavras ou expressões agradáveis, em substituição às que têm sentido grosseiro ou desagradável.

    Exemplo: Faltar à verdade. 

     

     

    Personificação, Animização ou Prosopopeia - é a figura pela qual fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem e sentirem como pessoas humanas.

    Exemplo:"Lá fora, no jardim que o luar acaricia, um repuxo apunhala a alma da solidão." (Olegário Mariano)

     

     

    Antítese - consiste na aproximação de palavras ou expressões de sentido oposto.

    Exemplo: "A areia, alva, está agora preta, de pés que a pisam." (Jorge Amado)


ID
143641
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que não ocorre uma expressão idiomática típica do português do Brasil:

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA B!ESTA É A UNICA FRASE NO SENTIDO DENOTATIVO (SENTIDO PRIMITIVO, ORIGINAL DA PALAVRA)O RESTO ESTÁ NO SENTIDO CONOTATIVO (SENTIDO DIFERENTE DO ORIGINAL DA PALAVRA)EX: RODRIGO ENTROU PELO CANO. --> ELE NÃO ENTROU LITERALMENTE PELO CANOS MAS ELE NA VERDADE  SE **DEU.
  • "Se **DEU" (exemplo abaixo)  também é conotativo ! hehehehe

  •  Além de Figura de Linguagem, esta questão trata sobre variante linguística, variação da Norma Culta e do da linguagem popular, oral, do nosso cotidiano. Reparem que todas as expressões citadas fazem parte do vocabulário popular. É importante ter atenção a este detalhe pois, mesmo que não se reconheça nenhuma das expressões como Figura de Linguagem (e elas são!), pode-se acertar esta questão marcando a opção correta, seguindo o padrão vocabular culto da língua portuguesa. Resposta: letra B.

  •  

     Uma expressão idiomática ou idiotismo é um conjunto de palavrasque se caracteriza por não ser possível identificar seu significado mediante o sentido literal dos termos analisados individualmente. Desta forma, em geral, é muito difícil ou mesmo impossível traduzi-la para outras línguas, principalmente as menos semelhantes.
    As expressões idiomáticas muitas vezes estão associadas a gírias, jargões ou contextos culturais específicos a certos grupos de pessoas que se distinguem pela classe, idade, região, profissão ou outro tipo de afinidade.
    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Expressão_idiomática
    .

    Portanto a letra B é a unica que não apresenta gírias, jargões ou ditos populares.

  • https://m.youtube.com/watch?v=a_7mAu_LwQY

  • Ai ai, quem dera se a minha banca cobrasse uma questão tão inocente como esta.


ID
147982
Banca
FCC
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Caipiradas

A gente que vive na cidade procurou sempre adotar
modos de ser, pensar e agir que lhe pareciam os mais
civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa está
acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas
modas - moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos,
na comida, na dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo
passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de
objetos e costumes, estar em dia. Como consequência, se entra
em contato com um grupo ou uma pessoa que não mudaram
tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e
respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada;
que não sabem qual é o cantor da moda nem o novo jeito de
namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino
diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto
meio ridícula.

Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o
termo está saindo das expressões de todo dia e serve mais
para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do
passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças caipiras, por
exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, conhecemos não
praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e
usa a realidade do seu mundo como um produto comercial
pitoresco.

Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral
está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje,
creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no
universo do caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso
adquirido, resto, repetição - ou paródia e imitação deformada,
mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais
com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É
o caso do disco Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado,
gravado em 1980, que será altamente apreciado por quantos se
interessem por essa cultura tão especial, e já quase extinta.

(Adaptado de Antonio Candido, Recortes)

No primeiro parágrafo, estabelece-se uma contraposição entre as expressões

Alternativas
Comentários
  • O citadino refere-se à pessoa resistente à mudança e não constante atualização ao que é prescrito pela moda.

     

    E portanto, "o citadino" defende-se dizendo que é caipira, justificando seu comportamento.

     

    letra B

  • Contraposição significa sentidos opostos. Desta forma, mais civilizados é o oposto de fórmula desusada(pois aqui há referência a algo obsoleto, ultrapassado, que não se usa mais) e civilizado quer dizer algo novo,que acompanha o desenvolvimento social moderno. Essas ideias têm sentido contraditórios ou opostos. Entendo ser isso.
  • Contraposição  entre desusada e adotados.

    Alt B
  • Pessoal para responder essa questão deve-se observar também o que é dito por completo em cada alternativa. Com isso nós já conseguiremos eliminar algumas alternativas que não tem sentido!!! Unindo os 2 requisitos (contraposição e sentido da alternativa) só nos restaria a alternativa B. Na A não há contraposição e nas alternativas C, D e E não há sentido. Espero ter ajudado, bons estudos!!!

ID
148006
Banca
FCC
Órgão
TRT - 16ª REGIÃO (MA)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos
de rigor que lhe são próprios, nem a máxima objetividade
no tratamento do assunto em tela. Não cabendo o coloquialismo
do tratamento na pessoa você, é preciso conhecer o emprego
mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência, por
exemplo, para os casos em que essas ou outras formas mais
respeitosas se impõem. Quanto à disposição da matéria tratada,
a redação deve ser clara e precisa, para que se evitem
ambiguidades, incoerências e quebras sintáticas.

(Diógenes Moreyra, inédito)

A ocorrência de ambiguidade e falta de clareza faz necessária uma revisão da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: LETRA D. "Ele deu uma resposta insatisfatória à providência que lhe solicitamos, em razão da qual será preciso insistir em que não venha a repeti-la". Quando ele afirma que: "...será preciso insistir em que não venha a repeti-la", podemos perceber a ambiguidade, pois não há possibilidade de definir se ele refere-se à “resposta insatisfatória”, ou à “providência que lhe solicitamos”.

  • (C) Ele deu uma resposta insatisfatória à providência que lhe solicitamos, em razão da qual será preciso insistir em que não venha a repeti-la.

    O trecho contido na alternativa (C) apresenta ambiguidade com relação ao emprego do pronome relativo na construção “em razão da qual”, pois pode-se interpretar que o pronome tanto faça referência à resposta insatisfatória quanto à providência solicitada.

    Fonte:http://professormenegotto.blogspot.com/2010/04/serie-questoes-comentadas-e-respondidas.html

  • alternativa "D"

ID
202405
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

Os incentivos existem em três tipos de sabores básicos: econômico, social e moral. É muito comum que um único esquema de incentivos inclua as três varieda­des. Tomemos a campanha antitabagista dos últimos anos. O acréscimo da "taxa do pecado" de $ 3 em cada maço é um forte incentivo econômico contra a compra de cigarros. A proibição do fumo em restaurantes e bares é um poderoso incentivo social. E a afirmação do governo americano de que os terroristas angariam fundos com a venda de cigarros no mercado negro atua como um incentivo moral bastante estridente.

LEVITT, Steven D., DUBNER, Stephen J. Freakonomics. O lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta. Tradução Regina Lyra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 23.

No Texto 2, o uso dos vocábulos (sublinhados no texto) "sabores", para se referir a "incentivos", "negro", para qualificar "mercado", e "estridente", para qualificar o substantivo "incentivo", é exemplo de:

Alternativas
Comentários
  • alguém pode explicar melhor?
  • A paronímia designa o fenômeno que ocorre com palavras semelhantes (mas não idênticas) quanto à grafia ou à pronúncia, como entre descrição (‘ato de descrever’) e discrição (‘qualidade do que é discreto’), retificar (‘corrigir’) e ratificar (confirmar). 

    A polissemia, é o fato de uma determinada palavra ou expressão adquirir um novo sentido além de seu sentido original, guardando uma relação de sentido entre elas. Exemplos: Deixei-os de boca aberta. A boca da garrafa está quebrada


    A homonímia é a designação geral para os casos em que palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homônimos homógrafos) ou a mesma pronúncia (os homônimos homófonos).

    A linguagem denotativa é o sentido literal da paravara.

    E a linguagem figurada é uma expressão subjetiva da paravra. Em que a palavra diz o que não se pode dizer. Tipos de incentivos, não podem ser saboreados. Mercado, não tem cor e incentivo moral, não tem som de forma literal.
  • Eu ia responder homonimia pois nao esta errado, porem li a questao novamente e dai vi que a resposta era a linguagem figurada. A questa diz sobre os vocabulos sublinhados e nao as palavras que as relacionam...

  • C - Conotativa - F - Figurada

    D - Denotativa - L - Literal

    Gab - D.


ID
206137
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A lealdade conjugal é uma qualidade admirável, além de algo rara. Mas, em um caso, ao menos, ela quase pôs a perder aquela que se tornaria a ideia mais influente do pensamento científico nos dois últimos séculos: a teoria da evolução formulada por Charles Darwin. Casado com sua prima-irmã Emma, o naturalista protelou durante anos a publicação de seu tratado revolucionário,
A Origem das Espécies, e quase perdeu de vez a saúde já habitualmente instável com a aflição provocada pelo dilema de editá-lo ou não. A causa primordial de sua angústia era a religiosidade de sua mulher, e a maneira como, em um período particularmente difícil da vida do casal, ela fez aflorar ainda mais dúvidas sobre a fé cristã em que ele fora educado, e da qual abdicara.

Desde muito antes de seu casamento, em 1839, Emma e Charles tratavam com franqueza das divergências que poderiam dividi-los. Pianista talentosa, que chegou a ter carreira como concertista,
ela era uma entusiasta das ambições do marido e muito colaborou para que se concretizasse
sua longa viagem a bordo do navio Beagle, durante a qual ele estabeleceu as bases de sua teoria. Mas Emma tinha também convicções religiosas profundas. A correspondência dos dois nos anos anteriores ao casamento mostra que Darwin nunca escondeu dela sua migração
rumo ao agnosticismo. E, durante a maior parte de sua vida conjugal, os dois negociaram, quase sem atrito, suas diferenças.

Na década de 1850, porém, uma constelação de fatores abalou essa détente. Em 1851, aos 10 anos, morreu Annie, a filha mais velha e querida de Darwin. O naturalista foi acometido de diversos males - em maior quantidade e gravidade do que fora comum até ali - e tornou-se um quase recluso. Emma se refugiou na fé. Em meio a esse equilíbrio tão precário, Darwin escrevia, escrevia, e não chegava a lugar nenhum: sua teoria (que afinal seria publicada em 1859) de certa forma "assassinava Deus", e poderia também, portanto, assassinar de mil maneiras diferentes
o que restava de harmonia na família, no casamento e no seu íntimo.

Darwin, assim como outros grandes pioneiros da ciência, viveu na carne e nos nervos a urgência
de seguir adiante e o tormento de consciência de não saber o que esse adiante aguardava.

Texto e frases das questões adaptados de: BOSCOV, Isabela. A teoria e a prática. Veja. São Paulo: Editora Abril, p. 128, ed. 2156, ano 43, n. 11, 17 mar. 2010.

Assinale a alternativa na qual os conceitos apresentados são exemplificados corretamente pelas frases que os seguem.

Alternativas
Comentários
  • polissemia, ou polissemia lexical (do grego poli="muitos" e sema="significados"), é o fato de uma determinada palavra ou expressão adquirir um novo sentido além de seu sentido original.

    "negociava = discutia"

    "negociava = relação comercial"

  •  O item b está errado, pois as palavras protelou e constatou tem sentidos diferentes ( antonímia).

    O item c está errado, pois as palavras franqueza e sinceridade tem o mesmo significado ( sinonímia).

    O item d está errado, pois as palavras aflorar e florescer são paronímia.

    Oitem e está errado, pois a palavra base tem o mesmo som e grafia, mas possuem significados diferentes no texto (homonímia)

  • Polissemia: Mesma palavra que adquire novo sentido, além de seu sentido original.

    Exemplos de Polissemia:

    A enfermeira tomou a criança pelas mãos (tomou = segurou)

    Os ingleses tomaram as Malvinas (tomaram = conquistaram)

    Parônimos: Palavras diferentes que se assemelham na escrita e na pronúncia ou em apenas uma delas.

    Exemplos de Parônimos: (Tráfego/tráfico)

    Ex: Tráfego de automóveis e Tráfico de crianças

    Homônimos: Homógrafos, Homófonos e Homônimos perfeitos.

    Homônimos Homógrafos: Mesma grafia

    Este (pronome)/Este (substantivo)

    Homônimos Homófonos: Mesmo som

    Seção (repartição) /sessão (de cinema)

    Homônimos Perfeitos (mesma grafia e mesmo som) :

    São (verbo) /São (sadio)
     
     
  • polissemia- diferenciar significado de sentido. trabalhar com sentido denotativo e sentido conotativo.
    sinonimia- identidade de significação.
    paronímia-semelhança entre significantes. 
    homonímia- identidade grafica ou sonora do significante.
    antonímia- incompatibilidade entre os significados.
    fonte: canaldosconcursos.blospot.com
  • Assinale a alternativa na qual os conceitos apresentados são exemplificados corretamente pelas frases que os seguem.

     a) Polissemia:  CORRETA
    . O casal negociava suas diferenças. 
    . O casal negociava móveis.
    Polissemia: Mesma palavra que adquire novo sentido, além de seu sentido original. POLI (vários) sentidos.
    A enfermeira tomou a criança pelas mãos (tomou = segurou)
    Os ingleses tomaram as Malvinas (tomaram = conquistaram)


     b) Sinonímia: ERRADA
    . O naturalista protelou durante anos a publicação de sua obra. 
    . O naturalista contestou durante anos a publicação de sua obra.
    sinonimia- identidade de significação.

     c) Antonímia: ERRADA
    . Emma e Charles tratavam com franqueza suas divergências. 
    . Emma e Charles tratavam com sinceridade suas divergências.
    antonímia- incompatibilidade entre os significados.    d) Homonímia: ERRADA
    . A morte da filha fez aflorar muitas dúvidas sobre sua fé. 
    . Durante a viagem, Darwin fez florescer no navio muitas espécies vegetais.
    Homônimos: Homógrafos, Homófonos, Homônimos perfeitos.
    Homônimos Homógrafos: Mesma grafia --> EX: Este (pronome)/Este (substantivo)
    Homônimos HomófonosMesmo som --> EX: Seção (repartição) /sessão (de cinema)
    Homônimos Perfeitos (mesma grafia e mesmo som)São (verbo) /São (sadio)
     e) Paronímia: ERRADA
    . Durante sua viagem no Beagle, o cientista estabeleceu as bases de sua teoria. 
    . A questão religiosa estava na base de seu maior dilema.

    ParônimosPalavras diferentes que se assemelham na escrita e na pronúncia ou em apenas uma delas.
    Exemplos de Parônimos: (Tráfego/tráfico) - Tráfego de automóveis e Tráfico de crianças


ID
207970
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Constitui exemplo de uso de linguagem figurada o elemento sublinhado na frase:

I. Foi acusado de ser o cabeça do movimento.

II. Ele emprega sempre a palavra literalmente atribuindo- lhe um sentido inteiramente inadequado.

III. Ignoro o porquê de você se aborrecer comigo.

IV. Seus pensamentos são fantasmagorias que não o deixam em paz.

Atende ao enunciado APENAS o que está em

Alternativas
Comentários
  •  Alternativa correta é a letra B. 

    No item I, "ser o cabeça" é uma Catacrese, que significa "ser o líder". Trata-se de uma metáfora desgastada.

    No item IV, em "seus pensamentos são fantasmagorias" temos uma metáfora.

    Os pensamentos realmente são fatasmagorias? Ou são "como" fantasmagorias? A metáfora é uma comparação implícita, na qual não aparece o termo "como". Ele está implícito na oração.

  • GABARITO: LETRA B

    COMPLEMENTANDO, MOACIR ALMEIDA

    Os termos “linguagem figurada”, ou “simbólica”, ou “figurativa”, ou “conotativa” ou “recurso estilístico ou expressivo”, em geral, são o mesmo que figura de linguagem.
     

    Catacrese:
    É um tipo de metáfora que se cristalizou na cultura popular, caracterizada pela falta de um termo adequado a um ser ou por ignorância, desconhecimento da comunidade linguística sobre um termo exato.
    - Ele enterrou uma farpa no dedo.
    - Com os dentes do serrote, ele serrou a perna da cadeira.
    - Estou com coceira no céu da boca.

    Metáfora:
    Trata do emprego da palavra fora do seu sentido básico, recebendo nova significação por uma comparação entre seres de universos distintos.
    Evanildo Bechara é uma fera da gramática.
    Evanildo Bechara – uma fera da gramática – é o melhor atualmente.
    fera do Bechara tem obras importantíssimas sobre a língua.
    Bechara?! Que fera!
    O Bechara vai “desmatando o amazonas de minha ignorância”.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
228616
Banca
VUNESP
Órgão
MPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe as frases, títulos de matérias da revista, e analise as afirmações.

Por que o Brasil toma tanto Rivotril
Cores que enganam seu cérebro


(Superinteressante, julho de 2010)

I. Na primeira frase, a figura de linguagem presente é a metonímia, já que o termo Brasil está empregado no lugar de brasileiros.

II. Na segunda frase, a figura de linguagem presente é a hipérbole, já que o verbo enganar representa uma ação exagerada.

III. Na primeira frase, sem alteração da ordem dos termos, também estaria correto o uso da forma Por quê.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  •  Na primeira Frase - Metonímia consiste em troca de palavras (termos) no lugar de outro, havendo estreita ligação ou afinidade de sentidos. Brasil-  Brasileiros . CORRETONa segunda Frase - O conceito de hipérbole está correto, hipérbole é o exagero da idéia expressa, contudo, o que se apresenta na frase é a ocorrência de prosopopéia "cores que enganam o cérebro" cores não enganam, foi atribuída uma característica humana para a cor, logo, personificação ou prosopopéia. ERRADONa primeira Frase o uso do Por quê( por qual razão, pelo qual) separado e com acento, não se aplica pois não vem seguido de sinas de pontuação  ( . , ! ? ) Por que (por qual razão, pelo qual)separado e sem acento, quando não vier seguido de nenhum sinal de pontuação, Porquê( motivo) junto e com acento, quando vem após o artigo ( O porquê, um porquê, O motivo, um motivo) Porque(pois, conjunção) junto e sem acento no lugar de conjunção Ex: Não fui porque estava frio , Não fui, pois, estava frio.
  • O item I apresenta comentário adequado, porquanto não é o Brasil que toma Rivotril, mas, sim, os brasileiros.

    O item II não apresenta comentário adequado, uma vez que o vocábulo ENGANAR não expressa qualquer valor de amplificação, exagero.

    O item III não apresenta comentário correto, pois o emprego de POR QUÊ somente é cabível no fim de orações.


    Do livro "Interpretação de textos e semântica para concursos" (Marcelo Rosenthal, Lilian Furtado, Tiago Omena e Pedro Henrique)

  • Gab letra A

  • gab A!

    referente a II

    Cores que enganam seu cérebro

    Trata-se de uma personificação \ prosopopeia: Figura de linguagem que atribui características humanas a objetos inanimados ou irracionais.


ID
235288
Banca
CETAP
Órgão
AL-RR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sucesso tem fórmula

Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares e, dessa
forma, muito mais do que os mares. Para isso tinha os melhores navios.
E, para tê-los, precisava de excelentes carpinteiros navais. Com a
tecnologia do ferro, os navios passaram a ter couraça metálica.
Impossível manter a superioridade sem caldeireiros e mecânicos
competentes. Uma potência mundial não se viabiliza sem a potência
dos seus operários.
A Revolução Industrial tardia da Alemanha foi alavancada pela
criação do mais respeitado sistema de formação técnica e vocacional
do mundo. Daí enchermos a boca para falar da "engenharia alemã".
Mas, no fim das contas, todos os países industrializados montaram
sistemas sólidos e amplos de formação profissional. Para construir
locomotivas, aviões, naves espaciais.
Assim como temos a Olimpíada para comparar os atletas de
diferentes países, existe a Olimpíada do Conhecimento (World Skills
International). É iniciativa das nações altamente industrializadas, que
permite cotejar diversos sistemas de formação profissional. Competese
nos ofícios centenários, como tornearia e marcenaria, mas também
em desenho de websites ou robótica.
Em 1982, um país novato nesses misteres se atreveu a
participar dessa Olimpíada: o Brasil, por meio do Senai. E lá viu o seu
lugar, pois não ganhou uma só medalha. Mas em 1985 conseguiu
chegar ao 13º lugar. Em 2001 saltou para o sexto. Aliás, é o único país
do Terceiro Mundo a participar, entra ano e sai ano.
Em 2007 tirou o segundo lugar. Em 2009 tirou o terceiro,
competindo com 539 alunos, de sete estados, em 44 ocupações. É isso
mesmo, os graduados do Senai, incluindo alunos de Alagoas, Goiás e
Rio Grande do Norte, conseguiram colocar o Brasil como o segundo e o
terceiro melhor do mundo em formação profissional! Não é pouca
porcaria para quem, faz meio século, importava banha de porco,
pentes, palitos, sapatos e manteiga! E que, praticamente, não tinha
centros de formação profissional.
Deve haver um segredo para esse resultado que mais parece
milagre, quando consideramos que o Brasil, no Programa Internacional
de Avaliação de Alunos (Pisa), por pouco escapa de ser o último. Mas
nem há milagres nem tapetão. Trata-se de uma fórmula simples,
composta de quatro ingredientes.
Em primeiro lugar, é necessário ter um sistema de formação
profissional hábil na organização requerida para preparar milhões de
alunos e que disponha de instrutores competentes e capazes de
ensinar em padrões de Primeiro Mundo. Obviamente, precisam saber
fazer e saber ensinar. Diplomas não interessam (quem sabe nossa
educação teria alguma lição a tirar daí?).
Em segundo lugar, cumpre selecionar os melhores candidatos
para a Olimpíada. O princípio é simples (mas a logística é
diabolicamente complexa). Cada escola do Senai faz um concurso,
para escolher os vencedores em cada profissão. Esse time participa
então de uma competição no seu estado. Por fim, os times estaduais
participam de uma Olimpíada nacional. Dali se pescam os que vão
representar o Brasil. É a meritocracia em ação.
Em terceiro lugar, o processo não para aí. O time vencedor
mergulha em árduo período de preparação, por mais de um ano. Fica
inteiramente dedicado às tarefas de aperfeiçoar seus conhecimentos
da profissão. É acompanhado pelos mais destacados instrutores do
Senai, em regime de tutoria individual.
Em quarto, é preciso insistir, dar tempo ao tempo. Para passar
do último lugar, em 1983, para o segundo, em 2007, transcorreram 22
anos. Portanto, a persistência é essencial.
Essa quádrupla fórmula garantiu o avanço progressivo do
Brasil nesse certame no qual apenas cachorro grande entra. Era
preciso ter um ótimo sistema de centros de formação profissional. Os
parâmetros de qualidade são determinados pelas práticas industriais
consagradas, e não por elucubrações de professores. Há que aceitar a
idéia de peneirar sistematicamente, na busca dos melhores candidatos.
É a crença na meritocracia, muito ausente no ensino acadêmico.
Finalmente, é preciso muito esforço, muito mesmo. Para passar na
frente de Alemanha e Suíça, só suando a camisa. E não foi o ato
heróico, mas a continuidade que trouxe a vitória.
A fórmula serve para toda competição: qualidade valorizada,
seleção dos melhores, prática obsessiva e persistência. Quem aplicar
essa receita terá os mesmos resultados.

Claudio de Moura Castro
Fonte: Revista Veja n. 2153

A figura de linguagem presente em "Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares..." é:

Alternativas
Comentários
  • Metonímia

    A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:
    1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. ( = Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)

    2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. ( = As lâmpadas iluminam o mundo.)

    3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. ( = Não te afastes da religião.)

    4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. ( = Fumei um saboroso charuto.)

    5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. ( = Sócrates tomou veneno.)

    6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. ( = Moro no campo e como o alimento que produzo.)

    7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. ( = Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)

    8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. ( = Os repórteres foram atrás dos jogadores.)

    9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. ( = Várias pessoas passavam apressadamente.)

    10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. ( = Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)

    11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. ( = As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.)

    12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. ( = Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)

    13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. ( = Alguns astronautas foram à Lua.)

    14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. ( = A justiça ficará do teu lado.)

  • Qual a diferença entre Metáfora e Metonímia?

    Métafora é uma figura de estilo (ou de linguagem) construída a partir de uma comparação implícita. Há uma relação subjetiva, resultado de sua imaginação, de sua percepção particular da realidade. É um tipo de conotação, ou seja, emprego especial de uma palavra, sempre com base numa comparação.

    Ex: Minha filha é uma flor. (Literalmente, é impossível alguém ser uma flor. A frase só pode ser entendida se a desdobrarmos em uma comparação, na qual ela se baseia: Minha filha é bonita (suave, delicada, perfumada) como uma flor.

    A metonímia consiste na substituição de um termo por outro com o qual mantém uma relação de significado. Diferentemente da metáfora, a metonímia tem caráter objetivo.

    Ex1: Sempre li Machado de Assis. (Machado de Assis no lugar da obra que ele escreveu).

    Ex2: Tomar uma Skol bem gelada. (Skol no lugar de cerveja)

    Fonte: AQUINO, Renato. Gramática Objetiva da Língua Portuguesa, 4a edição. Editora Campus.

  • Abaixo comentários sobre as demais figuras de linguagem citadas na questão:

    b) SILEPSE: Também chamada de sínese, é a concordância feita com a idéia, e não com o termo presente na frase. Por isso mesmo, é conhecida como concordância ideológica. Pode ser:

    1. de gênero:

    Ex. Alguém te procurou. Estava preocupada.

    Ex. Conheci uma criança... mimos e castigos pouco podiam com ele.

    2. de número:

    Ex. Essa gente está sempre reclamando. Criam muitos problemas.

    Ex. É muito boa essa família: nunca nos incomodaram.

    3. de pessoa:

    Os modernos conseguimos grandes vitórias sobre esse mal.

    Os homens somos necessitados de amparo espiritural.

    c) ANTÍTESE:É o emprego de palavras ou expressões de sentido contrário:

    Ex. Que recompensa os bons, que os maus castiga.

    Ex. O que dá pra rir dá pra chorar.

    Ex. Sorrir em meio dos pesares e chorar em meio das alegrias.

    Fonte: AQUINO, Renato.Gramática Objetiva da Língua Portuguesa. Editora Campus. 4a edição.
     

  • (...) continuação

    e) IRONIA: Ou antífrase consistem em dizer o contrário do que se quer, com a finalidade de criticar ou satirizar:

    Ex. Antônio acertou dez por cento das questões. Que inteligente!

    Ex. Vejam que belo exemplo de nossos políticos: aumentar seus salários em época de recessão.

    Fonte: AQUINO, Renato.Gramática Objetiva da Língua Portuguesa. Editora Campus. 4a edição.

  • CORRETA: D

    Para diferenciar a metonímia da metáfora deve-se observar que a comparação implícita na METÁFORA tem caráter subjetivo. Enquanto a comparação na METONÍMIA tem caráter objetivo  e consiste na substituição de um termo por outro com o qual mantém uma relação de significado 

  • Voltando à questão: Metonímia porque a colocação "os mares" foi empregada no lugar de oceanos, continentes, mundo!  (É a parte pelo todo).
  • Trata-se de metonímia!

    "Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares e..."

    Metonímia: Consiste na atribuição da parte pelo todo (pars pro toto), ou do todo pela parte (totum pro parte): 

    "Moscou não caiu às mãos dos alemães"

  • D - Metonímia. (parte pelo todo)

    Uma das metonímias mais comuns é quando usamos a parte de uma coisa para fazer referência a ela de forma completa. Por exemplo: Depois de me formar, quero ter meu próprio teto.


ID
279739
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Resende - RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III: 

                                            O cajueiro


      O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância, belo, imenso, no  alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
      Eu me lembro de outro cajueiro que era menor e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do  cajá-manga, da pequena touceira de espadas-de-são-jorge e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a  meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos  arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes,  beijos, violetas. Tudo sumira, mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como
árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu  fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros  além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
      No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas  assim mesmo fiz questão de que Caribé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras  terras um parente muito querido.
      A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira  abaixo, e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida,  pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram;  mas depois foram brincar nos galhos tombados.
      Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

                                      (Rubem Braga, Cem crônicas escolhidas, Rio, José Olímpio, 1956, pp. 320-22)

Há uma infinidade de metáforas constituídas por palavras que denotam ações, atitudes ou sentimentos próprios do homem, mas aplicadas a seres ou coisas inanimadas. Tal recurso ocorre no trecho a seguir:

Alternativas
Comentários
  • A única alternativa que contém metáfora, pois retrata uma "vontade" de um ser inanimado, encontra-se na letra "E":
    .
    e) “como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa.”
    .
    .
    Como poderia o cajueiro querer alguma coisa?
    .
    .
    Bons estudos...
  • Pessoal,

    Metáfora: Segundo a gramática do Cegalla, 48º Edição, pág. 614: É o desvio da significação própria de uma palavra, nascido de uma comparação mental ou caracterísitca comum entre dois seres ou fatos.

    Ex: O pavão é um arco-íris de plumas.

    Os termos pavão e arco-íris existe uma relação de semelhança, uma característica comum: um semicírculo ou arco multicor.

    Bons estudos!

  • Atribuição de qualidades animadas a seres inanimados: prosopopéia.
  • A casa não pode ser velha, mas o cajueiro pode? É isso? 
    A casa é antiga? Não é velha pois não é viva, é essa idéia?

    Alguém confirma?
  • Se voltarmos ao texto veremos que a frase completa da letra E é a seguinte: "A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira abaixo, e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa".

    Verifica-se que, segundo o texto, o cajueiro não quis quebrar o telhado da casa, por isso caiu meio de lado.

    E é aí que se encontra a metáfora. Ora, o querer é um sentimento próprio do ser humano e não de uma árvore, como sugere o período.


  • A única alternativa que contém metáfora, pois retrata uma "vontade" de um ser inanimado, encontra-se na letra "E":
    .
    e) “como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa.” 
    .
    .
    Como poderia o cajueiro querer alguma coisa?
    .
    .
    Bons estudos...

  • Não consegui ver metáfora, apenas prosopopeia. Tudo bem ter que realizar questões difíceis, é algo necessário, mas questões controversas, isso é ridículo. Não marquei a E, pois achei que era prosopopeia. Mas é bom ir aprendendo o jeito de pensar da banca, agora já sei que eles consideram a metáfora uma prosopopeia.


ID
281956
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
Prefeitura de Rio Largo - AL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O homem vive entre diversos tipos de temporalidade. Na  realidade, há uma percepção intuitiva de que os múltiplos  sentidos de tempo se entrecruzam na vida cotidiana. A percepção mecânica objetiva, definida pelos relógios e  calendários orienta nossas atividades rotineiras. Estabelece ritmos e nos auxilia operacionalmente a definir prazos e  compromissos. Em um sentido consensual geral, o tempo determinado espacialmente pelos cronômetros, pela  periodicidade dos meses e das estações do ano ou pela  delimitação de períodos ou eras é uma abstração. O homem  ocidental subordina-se pragmaticamente às suas determinações  – horas, minutos, segundos, meses, anos... – e orienta as ações
de acordo com sua imagem de continuidade e progressão

(KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a  distância. Campinas: Papirus, 2003, p. 31).

O parecer sobre a temporalidade está centrado numa contradição, num paradoxo. Essa assertiva pode ser vista em:

Alternativas
Comentários
  • A única alternativa que contém um paradoxo é a letra E. OBJETIVA remete a uma coisa concreta, sem subjetividades, enquanto que a palavra abstração remete a algo abstrato, sem uma definição precisa, repleta de subjetividade. Ou seja, ao dizer que a concepção objetiva de tempo é uma abstração estabelece-se um paradoxo evidente. Portanto essa a resposta. LETRA E!!


    Bons Estudos!!!



ID
284815
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nessa mesma manchete – “Uma plateia com devoção impermeável” – há um tipo de linguagem figurada denominado:

Alternativas
Comentários
  • Metonímia

    É o emprego de um vocábulo por outro, com o qual estabelece uma relação de contiguidade (o continente pelo conteúdo; o lugar pelo produto, o autor pela sua obra, etc.). por Ex:   Um copo de água (o copo, o continente, é feito de vidro e não de água, que é o conteúdo).
                                                         Beber um Porto (=um cálice de vinho do Porto). 
  • Por que não poderia ser considerado sinestesia esta questão ? 
    Já que "devoção" é um sentimento religioso e "impermeável" significa: corpos que não se deixam atravessar pela água.
  • Tb fiquei c/a mesma dúvida do Bruno. A colega acima explicou a metonímia, mas ñ disse pq essa era a resposta...
  • Letra C

                                                                                     Sinestesia    X Metonímia

    Sinestesia Metonímia
    Mistura de sensações Mistura semântica com relação lógica
     
  • SINESTESIA 

    Sinestesia é outro tipo de metáfora. Consiste em aproximar, na mesma expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos dos sentidos. Como na metáfora, trata-se de relacionar elementos de universos diferentes. 
    Observe: 

    Uma melodia azul tomou conta dá sala. 
    Sensação auditiva e Visual 

    A sua voz áspera intimidava a platéia. 
    sensação auditiva tátil 

    Senti saudades amargas. 
    sentimento sensação gustativa 

    Esse perfume tem um cheiro doce. 
    sensação olfativa e gustativa 

    METONÍMIA 

    Metonímia é a figura de palavra que consiste na substituição de um termo por outro, em que a relação entre os elementos que esses termos designam não depende exclusivamente do indivíduo, mas da ligação objetiva que esses elementos mantêm na realidade. 

    Na metonímia, um termo substitui outro não porque a nossa sensibilidade estabeleça uma relação de semelhança entre os elementos que esses termos designam (caso da metáfora), mas porque esses elementos têm, de fato, uma relação de dependência. Dizemos que, na metonímia, há uma relação de contiguidade entre sentido de um termo e o sentido do termo que o substitui. Contigüidade significa “proximidade”, “vizinhança”. 

    Se à idéia de morte associamos a idéia de palidez ,é porque há urna relação de proximidade entre elas. O rosto do morto é pálido; portanto a morte causa palidez. A palidez é um efeito da morte. Não se trata de uma aproximação de termos de universos distantes, mas de termos vizinhos, contíguos. Lembre-se de que na metáfora a substituição de um termo por outro se dá por um processo interno, intuitivo, estritamente dependente do sujeito que realiza a substituição. Na metonímia, o processo é externo, pois a relação entre aquilo que os termos significam é verificável na realidade externa ao sujeito que estabelece tal relação. 

    Exemplos de metonímia 
    Sou alérgico a cigarro. 
    O cigarro é a causa, a fumaça é o efeito. Pode-se ser alérgico z fumaça, mas não ao cigarro. 

    Muitos pintores, embora famosos, não conseguem viver da pintura. 
    "Pintura", aqui, está sendo utilizada no lugar de "quadros", o produto da pintura; há uma relação de causa e efeito, portanto. 

    Ele ganha a vida com o suor. 
    O suor é o efeito; o trabalho, a causa. 
    Os cabelos brancos chegaram antes do esperado. 
    Os cabelos brancos são o efeito, a velhice é a causa.



    Alguém sabe dizer onde está a metonímia na frase, porque eu não achei.
  • A relação de metonímia está na palavra impermeável, pois ela substitui a palavra "inabalável". Devoção não é a prova de água, mas inabalável ou que não é influenciada.

    Assim que vejo a questão.
  • Eu errei a questão marcando sinestesia, pensando na palavra impermeável.

    No entanto, a resposta correta é metonímia.

    O fundamento que vislumbro é em relação à palavra "plateia", pois plateia é o todo constituído de muitas pessoas. Quando você diz que a plateia é impermeável, quer-se, na verdade, dizer que cada uma daquelas pessoas presentes é impermeável.

    Acho que aí está a "parte pelo todo": na palavra "plateia".

    É que o eu acho, apenas.
  • nestor, é isso mesmo!!! eu acertei, e tbm acho qe é isso,
    abs
  • O Nestor matou a charada!!mto bom, eu tava aqui quebrando a cabeça, mas é isso mesmo. Platéia é o conjunto de pessoas que(essas sim) possuem uma devoção impermeável, é a troca do conteúdo pelo continente! METONÍMIA!
  • FIGURAS DE LINGUAGEM:

    1- SINESTESIA -> sensação simultânea; percepção simultânea. é a produção de 2 ou mais sesações sob a influência de 1 só impressão...
    Figura de estilo que combina percepções de natureza sensorial distinta
    EX:SORRISO AMARGO

    2- SILEPSE-> figura pela qual uma palavra é empregada ao mesmo tempo no sentido próprio e no sentido figurado

    3- METONÍMIA -> figura de retórica que consiste no emprego de uma palavra por outra com a qual se liga por uma relação lógica ou de proximidade
    EX:CIGARRO/FUMAÇA

    4- METÁFORA -> emprego deuma palavra em sentido figurado. Tropo em que a significação natural de uma palavra é substituida por outra, só aplicável por comparacao subentendida
    Ex: eu leio Veríssimo

    5- EUFEMISMO -> Figura de estilo com que se disfarçam as ideias desagradaveis por meio de expressões mais suaves

    6-DISFEMISMO-> Palavra ou expressão depreciativa ou desagradável, usada em vez de outra mais neutra

    7-ANACOLUTO-> Elipse que consiste em empregar um relativo sem o seu antecedente. É muito utilizado para retratar a fala coloquial;
    é a quebra da estrutura sintática da frase pela inserção de um termo solto ou pela mudança abrupta de uma determinada construção sintática.
  • Gostaria de fazer algumas pontuações:
    Anacoluto NÃO é uma espécie de Elipse como disse o colega último, a elipse é a omissão de termos facilmente identificáveis – ZEUGMA sim é espécie de elipse.
    Ex1: Cheguei! – Elipse do pronome eu.
    Ex2: Eu penso em joão, Maria em Carlos. – Zeugma do verbo pensar na segunda oração.

    O anacoluto é uma figura de sintaxe parecida como pleonasmo estilístico, como bem disse o colega, um termo solto na oração, sem função sintática.
    Ex: O jovem, alguém precisa falar com ele.

    Na frase: Uma plateia com devoção impermeável.
    A metonímia é plateia: metonímia do tipo substituição do termo individual pelo coletivo.

    E a grande confusão foi o fato de haver outra figura de linguagem na utilização da palavra impermeável.
    A palavra impermeável foi empregada no texto no sentido conotativo (figurado) e este tipo de figura de linguagem chama-se analogia ou comparação.
    Como não havia uma assertiva com esta última figura presume-se que o examinador perguntava sobre a primeira citada.
  • Na questão ´´impermeável´´ refer-se a devoção, caracterizando-a. De que forma é a devoção....é impermeável, dura de transpassar, consistente.
    Portanto, a questão C está correta.

    a) Sinestesia: é a relação de PLANOS SENSORIAIS DIFERENTES.

    EX: Vamos respirar o ar verde do outono ( respirar - olfato; verde- visão) 

    c) Metonímia: relação de EXTENSÃO de SIGNIFICADO, não de semelhança.

    EX: - Só bebi um copo. ( bebeu o conteudo dele e não o copo) Ideia: continente X conteudo
          - Vamos ouvir uma Ivete? (escutar a musica da Ivete) Ideia: Autor X Obra


    Acho adequado para uma boa memorização, levar para a prova um exemplo curto e fácil de cada uma das figuras para não errar.



  • c) metonímia;

     

     

    Metonímia: Consiste em usar uma palavra por outra, com a qual se acha relacionada. Essa troca se faz não porque as palavras são sinônimas, mas porque uma evoca a outra.

    Exemplo:

    “Uma plateia com devoção impermeável”   (substituição do termo individual pelo coletivo).


ID
284845
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Toda obra de um homem, seja em literatura, música, pintura,
arquitetura ou em qualquer outra coisa, é sempre um auto-
retrato; e quanto mais ele tentar esconder-se, mais seu caráter
se revelará, contra sua vontade.”


(S. Butler)

“Toda obra de um homem...é sempre um auto-retrato.”; nesse segmento há a presença de um tipo de linguagem figurada denominado:

Alternativas
Comentários
  • A) ErradaHipérbato (também conhecido como inversão) consiste no rompimento da ordem direta dos termos da oração (sujeito, verbo, complementos, adjuntos).
     
    Exemplo:
     
    “Não a Ti, Cristo, odeio ou não te quero.” (Fernando Pessoa)
     
    B) CorretaMetáfora é uma comparação elíptica da conjunção subordinativa adverbial comparativa.
     
    Exemplo:
     
    “A vida é combate ...” (Gonçalves Dias) – (A vida é como combate)
     
    Na trecho da questão em comento -“Toda obra de um homem ... é sempre um auto-retrato.” - , houve a omissão da conjunção comparativa como:
     
    “Toda obra de um homem ... é sempre como um auto-retrato.”
     
    Importante!
     
    Vale frisar que a palavra “auto-retrato” foi grafada com a regra ortográfica anterior ao novo acordo ortográfico. Segundo a nova ortografia, grafa-se “autorretrato”.
     
     
    C) ErradaMetonímia consiste na substituição de uma palavra por outra com a qual mantém relação de proximidade, de limitação ou extensão de sentido.
     
    Exemplos:
     
    Bebi um copo d’água. (continente pelo conteúdo)
    Frequentemente, consulto Bechara. (o autor pela obra)
     
     
    D) ErradaComparação consiste no cotejo de dois ou mais seres/objetos, com emprego de conjunção subordinativa adverbial comparativa. Geralmente, o segundo verbo permanece subentendido.
     
    Exemplo:
     
    O filho estuda como o pai. (= O filho estuda como o pai estuda.)
     
     
    E) ErradaPleonasmo é uma figura de linguagem definida como uma redundância, uma repetição desnecessária de uma ideia.
     
    Exemplo:
     
    O STF corroborou, mediante decisão unânime de todos, a convocação dos classificados nos concursos.
  • "Toda obra" e "sempre" não seria um pleonasmo?
  • "Todo" é um advérbio de intensidade/quantidade, já "sempre" é um advérbio de tempo.
  • Metáfora: relação de SEMELHANÇA SUBENTENDIDA, SEM CONJUNÇÃO ou palavra comparativa.

    Ex:Voltei das férias um peru assado.  (voltei como um peru assado - a ideia subentendida é que voltei queimado do sol)

    ´´Todo obra de um homem... é sempre um auto-retrato´´ (é sempre como um retrato de si, ideia subentendida é que a obra reflete as caracteristicas do autor)
  • Dei mole. Achei que o "toda" e o "sempre" formariam um pleonasmo. Mas existiria a possibilidade delas serem de vez em quando ou nunca um autorretrato.


ID
293725
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Em “A Fábula da Cidade”, há predominância da linguagem conotativa. Considerando esta característica, pode-se afirmar que o tema é apresentado de forma

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    "Metáfora é a atribuição a uma pessoa ou coisa de uma qualidade que não lhe cabe logicamente.  Essa transferência de significado de um termo para outro baseia-se na semelhança de características que o emissor da mensagem encontra ente os dois termos comparados.  É uma comparação de ordem subjetiva, sem o conectivo que indica esta comparação.

    Ex. Maria é uma flor.
    Vê-se que Carlos é uma fera enjaulada."

    Fonte:  Gramática para Concursos  Marcelo Rosenthal

ID
293737
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os textos desta prova se referem a cenas e cenários cariocas.

Texto I

A Fábula da Cidade

      Uma casa é muito pouco para um homem; sua verdadeira casa é a cidade. E os homens não amam as cidades que os humilham e sufocam, mas aquelas que parecem amoldadas às suas necessidades e desejos, humanizadas e oferecidas – uma cidade deve ter a medida do homem.
     É possível que, pouco a pouco, os lugares cordiais da cidade estejam desaparecendo, desfigurados pelo progresso e pela técnica, tornados monstruosos pela conspiração dos elementos que obrigam as criaturas a viver como se estivessem lutando, jungidas a um certo número de rituais que as impedem de parar no meio de uma calçada para ver uma criança ou as levam a atravessar uma rua como se estivessem fugindo da morte.
      Em cidades assim, a criatura humana pouco ou nada vale, porque não existe entre ela e a paisagem a
harmonia necessária, que torna a vida uma coisa digna. E o habitante, escravizado pelo monstro, vai-se repetindo diariamente, correndo para as filas dos alimentos, dos transportes, do trabalho e das diversões, proibido de fazer
algo que lhe dê a certeza da própria existência.
       Não será excessivo dizer que o Rio está correndo o perigo de incluir-se no número das cidades desumanizadas, devoradas pela noção da pressa e do combate, sem rostos que se iluminem em sorrisos e lugares que convidem à permanência.
       Mal os seus habitantes podem tomar cafezinho e conversar sentados; já não se pode passear nem sorrir nem sonhar, e as pessoas andam como se isso fosse um castigo, uma escravidão que as leva a imaginar o refúgio das casas onde as tardes de sábado e os domingos as insulam, num temor de visitas que escamoteiam o descanso e a intimidade familiar. E há mesmo gente que transfere os sonhos para a velhice, quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, criando canários, decifrando palavras cruzadas, sonhando para jogar no bicho, num mister que justifique a existência. E outras pessoas há que esperam o dia em que poderão fugir da cidade de arranha-céus inamistosos, de atmosferas sufocantes, de censuras e exigências, humilhações e ameaças, para regressar aos lugares de onde vieram, iludidas por esse mito mundial das grandes cidades. E ainda existem as que, durante anos e anos, compram terrenos a prestações ou juntam dinheiro à espera do dia em que se plantarão para sempre num lugar imaginário, sem base física, naquele sítio onde cada criatura é um Robinson atento às brisas e delícias de sua ilha, ou o síndico ciumento de um paraíso perdido.
        Para que se ame uma cidade, é preciso que ela se amolde à imagem e semelhança dos seus munícipes,
possua a dimensão das criaturas humanas. Isso não quer dizer que as cidades devam ser pequenas; significa
apenas que, nas mudanças e transfigurações, elas crescerão pensando naqueles que as habitam e completam, e
as tornam vivas. Pois o homem é para a cidade como o sangue para o corpo – fora disso, dessa harmoniosa
circulação, há apenas cadáveres e ruínas.
       O habitante deve sentir-se livre e solidário, e não um guerreiro sozinho, um terrorista em silêncio. Deve encontrar na paisagem os motivos que o entranham à vida e ao tempo. E ele não quer a paisagem dos turistas, onde se consegue a beleza infensa dos postais monumentalizados; reclama somente os lugares que lhe estimulem a fome de viver, sonegando-o aos cansaços e desencantos. Em termos de subúrbio, ele aspira ao bar debaixo de árvores, com cervejinha gelada e tira-gosto, à praça com “playground” para crianças, à retreta coroada de valsas.
        Suprimidas as relações entre o habitante e seu panorama, tornada incomunicável a paisagem, indiferente a cidade à fome de simpatia que faz alguém preferir uma rua à outra, um bonde a um ônibus, nada há mais que fazer senão alimentar-se a criatura de nostalgia e guardar no fundo do coração a imagem da cidade comunicante, o reino da comunhão humana onde se poderia dizer “bom dia” com a convicção de quem sabe o que isso significa.
         E esse risco está correndo o Rio, cidade viva e cordial. Um carioca dos velhos tempos ia andando pela avenida, esbarrou num cidadão que vinha em sentido contrário e pediu desculpas. O outro, que estava transbordante de pressa, indignou-se:
       O senhor não tem o que fazer? Esbarra na gente e ainda se vira para pedir desculpas?
       Era a fábula da cidade correndo para a desumanização.

Ledo Ivo. Crônicas – Antologias Escolares Edijovem – organizada por Herbert Sale. Rio de Janeiro: EditoraTecnoprint SA, s/d.

Nos fragmentos destacados, há ironia em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    “... quando a aposentadoria, triunfante da morte, facultar dias inteiros numa casa de subúrbio, ...”

    Não tem como alguém MORRER e TRIUNFAR ao mesmo tempo.

    triunfar

    1.obter triunfo, vitória.

    "sofreram muito, mas triunfaram"

    2.levar vantagem; preponderar, prevalecer.

    ----------------------------------------------------------------

     

    morrer

    1.perder a vida; finar-se, falecer, expirar.☞ ver uso a seguir.

    "o poeta morreu depauperado"

    2.perder gradualmente a força, a intensidade; desaparecer, sumir.

    "o fogo/o sol morria lentamente"


ID
329161
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Convivas de boa memória

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia arrenegar
de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a
memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem
guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família,
com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei
ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter
nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é
cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões
profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas,
as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as
notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também
preencher as minhas.

(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)

Há um exemplo de prosopopeia em:

Alternativas
Comentários
  • prosopopéia é a mesma coisa que PERSONIFICAÇÃO.: --- atributo que devido ao ser humano  que é dado a coisa ou animais.

    neste caso: notas dormiam, dormir está relacionado ao ser humano.

  • A prosopopeia atribui a seres inanimados características dos seres animados. O clarin é um objeto, mas recebeu figurativamente a capacidade de ações humanas, como soltar notas. As notas, por sua vez, ganham a capacidade de dormir

  • Prosopopéia: figura pela qual o orador ou escritor empresta sentimentos humanos e palavras a seres inanimados, a animais, a mortos ou a ausentes; personificação, metagoge.


ID
329329
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Convivas de boa memória

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia arrenegar
de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a
memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem
guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família,
com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei
ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter
nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é
cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões
profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas,
as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as
notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também
preencher as minhas.

(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)

Há um exemplo de prosopopeia em:

Alternativas
Comentários
  • Letra e.

    A personificação ou prosopeia é uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.
    Na letra e, podemos perceber a prosopopeia em dois momentos: "..e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista".

  • Aprofundando o tema:

    A personificação ou prosopeia (prosopéia ou prosopopéia, no Brasil) é uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.

    Dizer "está um dia triste" implica a atribuição de um sentimento a uma entidade que, de fato, nunca poderá estar triste mas cujas características (céu nublado, frio etc)poderão conotar tristeza para o ser humano.

    Nas fábulas, a personificação toma um sentido simbólico, onde a atribuição de determinadas características humanas a seres irracionais segue determinadas regras determinadas pelo contexto sócio-cultural do autor: os leões passam a ser corajosos (ou fanfarrões, como na fábula do leão e do rato, de La Fontaine); as raposas tornam-se astutas (ou desdenhosas); as características dos materiais passam a conotar o caráter humano ou o seu estatuto em termos de poder (forte ou frágil, como na fábula da panela de ferro e da panela de barro).


    É uma figura de estilo freqüentemente utilizada na literatura infanto-juvenil, ao permitir rasgos de fantasia que a literatura para adultos nem sempre permite, ainda que a ela recorra frequentemente (por exemplo, no realismo mágico sul-americano ou em contos e novelas como em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá de Jorge Amado ou História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar, de Luis Sepúlveda - que funcionam como fábulas modernas e que, tal como em O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, esbatem as fronteiras entre o que é literatura para adultos ou literatura para crianças).
     
    Exemplos de personificação:
     
    "O Gato disse ao Pássaro que tinha uma asa partida."
     
    "O Vento suspirou e o Sol também."
     
    "A Cadeira começou a gritar com a Mesa."
     
    "O Sol amanheceu triste e escondido."

    FONTE: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20071120085945AATXKis
  • PERSONIFICAÇÃO (Cespe) ou PROSOPOPEIA (FGV, Funiversa): Consiste em atribuir sentimentos ou qualidades “humanas” a seres inanimados ou abstratos.
    Exemplos:
    A lua me traiu, acreditei que era pra valer.
    As flores sentiam saudades minhas.
  • As figuras de linguagem se dividem em figuras de som, de construção, de pensamento e de palavras.

    Figuras de som:
    a) aliteração
    b) assonância
    c) paronomásia

    Figuras de construção:

    a) elipse
    b) zeugma
    c) polissíndeto
    d) inversão
    e)silepse
    f) anacoluto
    g) pleonasmo
    h) anáfora

    Figuras de pensamento

    a) antítese
    b) ironia
    c) eufemismo
    d) hipérbole
    e) prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
    O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
    f) gradação ou clímax
    g) apóstrofe

    Figuras de palavras

    a) metáfora
    b) metonímia
    c) catacrese
    d) antonomásia ou perífrase
    e) sinestesia


  • Prosopopeia: Atribuição de características animadas a seres inanimados.


    Ex: 

    -O vento susurrou em meus ouvidos. 

    -Parecia que a agulha odiava o homem. 

  • GABARITO: LETRA E

    Prosopopeia (Personificação):
    Atribuição de características humanas a seres não humanos. Dizer que a personificação é a atribuição de características de seres animados a seres inanimados é uma definição ruim, pois quando, numa história, um animal fala, ele não é um ser “inanimado”, afinal todo animal tem vida e, portanto, é um ser “animado”.
    - “A Bomba atômica é triste, Coisa mais triste não há / Quando cai, cai sem vontade.” (Vinícius de Moraes)
    - A  Amazônia chora devido ao desmatamento.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

  • E eu tentando lembrar o que era prosopopeia... e na hora veio à cabeça personificação. Mas aí fiquei com dificuldade, pois não lembrava que elas eram sinônimas.


ID
337579
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Convivas de boa memória

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia arrenegar
de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a
memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem
guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família,
com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei
ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter
nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é
cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões
profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas,
as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as
notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também
preencher as minhas.

(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)

Há um exemplo de prosopopeia em:

Alternativas
Comentários
  • Gab: E
     

    Prosopopeia ou personificação

    Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos.

    Observe os exemplos:

    As pedras andam vagarosamente.

    O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.

    A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.

    O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.

    Chora, violão.
    https://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil6_2.php


ID
337855
Banca
CS-UFG
Órgão
UFG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MUNDO MICRO
Certas vezes, as fronteiras entre arte e ciência simplesmente desaparecem. A explosão de cores de uma galáxia capturada por um telescópio espacial ou a linguagem musical das baleias são apenas dois exemplos superlativos desse fenômeno. Mas há quem prefira buscar o belo em escala muito menor. Na semana passada, foram anunciados os vencedores da edição 2010 do concurso Nikon Small World. Realizado há 36 anos, ele premia as melhores imagens microscópicas captadas por cientistas e fotógrafos de todo o planeta. 
Neste ano, o número 1 entre os mais de 2.200 trabalhos inscritos alcançou o topo graças ao inusitado. O que parece ser as linhas de um monitor cardíaco, daqueles usados para acompanhar pacientes em hospitais, é uma foto das fibras do coração de um mosquito, realizada com o auxílio de reagentes fluorescentes e ampliada 100 vezes. “Meu trabalho é entender como os mosquitos transportam nutrientes, hormônios e doenças como a malária”, diz o autor da imagem, o pesquisador da Universidade Vanderbilt (EUA), Jonas King. Mãos à obra!
GOMES, Hélio. Istoé. 20 out. 2010, ano 34, nº 2136, p.103.

Ao se referir à explosão de uma galáxia e à linguagem musical das baleias como exemplos superlativos, o autor considera que esses exemplos são de

Alternativas
Comentários
  • A

    grande proporção.


ID
354796
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Campo Verde - MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                     A bola e o livro

A má distribuição de renda no país, os megapatrocínios, a idolatria constante na nossa cultura fazem surgir pessoas despreparadas para o uso de tanto dinheiro, enquanto escolas despencam, hospitais deixam de atender ao mais simples diagnóstico, aposentados choram pelo minguado aumento. Até quando isto vai continuar? A sociedade já não suporta ver estes “ídolos” na mídia. Por que os salários não são igualitários? Por que se concedem altos aumentos na política? Por que alguns artistas ganham a peso de ouro? Por que jogadores ganham tanto dinheiro e poder sem ter ficado nos bancos escolares? Por que tanto interesse das empresas em patrocinar estes jogadores? Será que uma bola é mais valiosa que um livro?

(Maria Marta Nascimento Cardoso – Rio In Carta dos Leitores, O Globo 11/07/2010)

Há sentido conotativo na seguinte alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi.
    Marquei a "D".
  •  b) “... aposentados choram pelo minguado aumento.”

    minguado = curto, franzino, raquítico

    aumento minguado (pequeno) = o certo seria "pouco" (em pequena quantidade) 

    "minguado" foi usado no sentido figurado, conotativo, uma vez que  significa tamanho e não quantidade
  • Acho que o sentido conotativo está no verbo "chorar", que não quer dizer que os aposentados estejam realmente chorando, e sim que eles lamentam o minguado aumento.

  • Concordo com a Camila!

    Chorar é forma de falar, mas eles não estão realmenete chorando (no sentido de cair lágrimas)
  • Cara Sonia Regina,
    na letra B o autor utilizou a metonímia, trocando a parte (médicos) pelo todo (hospitais), mas em nenhum momento utilizou a palavra "hospital" ou a palavra "atender" fora de seus sentidos originais, denotativos.

    Quanto ao motivo da alternativa B estar correta, eu concordo com a análise da Cléo Malta. O termo "minguado" não expressa originalmente quantidades. Não podemos afirmar, como disseram a Maísa e a Camila, que os aposentados não estejam realmente chorando. Aliás, é bem provável que muitos efetivamente estejam.
  • Para mim, tanto bola quanto livro não se apresentam em sentido denotativo, mas sintetizam respectivamente conotações representativas do questionamento construído ao longo de todo o texto.

    A valorização de uma bola em detrimento de um livro seria - no contexto - apenas no sentido denotativo da diferença de valor financeiro existente entre esses dois bens materiais, ou comportaria outras conotações mais significativas ??? 

    Essa Banca - em português - é muito fraca ! ! !
  • Pois é...
    Mas na Letra D, é o hospital que deixa de atender ou seria o médico?
  • Essa questão deveria ter sido anulada!! Concordo com o Roberto, "bola" e "livro" são CONOTATIVOS, pois o autor não se refere aos objetos "bola" e "livro", mas ao futebol e aos estudos. Na letra D também, o mesmo erro: hospital é CONOTATIVO, alguém já viu um hospital atendendo, ou são os médicos que o fazem? 

    Ridículo... 
  • Para mim há duas respostas: B- D. Pois quando há figura de linguagem o sentido é conotativo.
  • Achei a questão coerente, não vi erros nem senti dificuldades em achar a resposta correta. 

     

    Usando minha própria frase "achar" rsrs

  • Pra mim foi bem óbvio que "bola" e "livros" são sentido figurado. Assim é complicado rs

  • Sentido Conotativo é uma frase que é comum o uso de palavras ou expressões que nos remetem a ideias e associações que vêm da experiência individual ou coletiva. O sentido conotativo é empregado na literatura e na linguagem afetiva. Pode ter um significado emocional, sentimental.

    Há uma nuvem de lágrimas sobre os meus olhos.

     

    B) “... aposentados choram pelo minguado aumento.

    O sentido conotativo está no verbo "chorar", que não quer dizer que os aposentados estejam realmente chorando, e sim que eles lamentam o minguado aumento.
     

  • Mais conotativo que a alternativa "a" não há. Vá dizer a um aposentado que o choro dele é conotativo e não denotativo. Bola e livro, no contexto, representam mais do que os objetos. Terrível esse gabarito.

  • Essa banca " trabalha " extrapolação do sentido restrito....em outras palavras : ' pegue ' 2 ou tres afirmações que " pareçem " certas e verifique a que mais ou menos faça sentido .

     

    Bola valiosa é tanto algo concreto ( valor ) quanto subjetivo ( valor ) 

    Diagonóstico complexo é tanto algo concreto ( difícil ) quanto subjetivo ( difícil ) 

    O ' choro ' do aposentado , nesse caso é somente subjetivo devido à suposição da banca de que ' sempre ' choraria por um pequeno aumento...ou seja uma extrapolação do sentido restrito ( chorar por algo ) para algo mais ( um lamento ) . 

    É foda mesmo a Consulplan...

  • DENOTAÇÃO

    Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido realdicionarizado das palavras.

     

    De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos assuntos, como é o caso da reportagemeditorial, artigo de opiniãoresenhaartigo científicoatamemorandoreceitamanual de instruçãobula de remédios, entre outros. Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer referência a conceitos, fatos, ações em seu sentido literal.

     

    Exemplos:

     

    A professora pediu aos alunos que pegassem o caderno de Geografia.

     

    A polícia capturou os três detentos que haviam fugido da penitenciária de Santa Cruz do Céu.

     

    O hibisco é uma planta que pode ser utilizada tanto para ornamentação de jardins quanto para a fabricação de chás terapêuticos a partir das suas flores.

     

    Amor: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.

     

    CONOTAÇÃO

     

    Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões, ressignificando-as.

     

    De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundários, ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a linguagem conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos gêneros discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir mais expressividade às palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de sentido nos leitores/ouvintes.

     

    Exemplo:

     

    Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe a maneira como o poeta define a palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem conotativa:

     

    Amor é fogo que arde sem se ver

    Amor é fogo que arde sem se ver;
    É ferida que dói, e não se sente;

    É um contentamento descontente;
    É dor que desatina sem doer.

    É um não querer mais que bem querer;
    É um andar solitário entre a gente;

    É nunca contentar-se de contente;
    É um cuidar que se ganha em se perder.

    É querer estar preso por vontade;
    É servir a quem vence, o vencedor;

    É ter com quem nos mata, lealdade.

    Mas como causar pode seu favor
    Nos corações humanos amizade,

    Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

  • Conota sentido figurado Denota sentido literal

ID
355633
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase “Este tribunal recebeu a informação de que a empresa Marca X estaria sendo vendida por volta das 21 horas de terça-feira” apresenta o vício de linguagem denominado:

Alternativas
Comentários
  • Também não achei ambiguidade pra mim não tem resposta essa questão.
  • A ambiguidade é a seguinte: a informação foi recebida por volta das 21 horas ou a empresa seria vendida por volta das 21 horas?
     

  • A) Cacofonia : Não é o caso da frase acima, poís, a cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união das sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que cuidar quando falamos sobre algo para não ofendermos a pessoa que ouve. São exemplos desse fato: "Ele beijou a boca dela." "Bata com um mamão para mim, por favor." "Deixe ir-me já, pois estou atrasado."

    B) Eco: Da mesma forma não é o caso da frase da referida, porque o Eco vem a ser a própria rima que ocorre quando há na frase terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.

    "Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educação." "O aluno repetente mente alegremente." O presidente tinha dor de dente constantemente.

    C) Pleonasmo: Igualmente não existe este vicio de liguagem na frase, poís, o pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos pleonasmo vicioso.

    Ex: "Grande maioria" - "Maioria" já expressa o sentido de "grandeza", no caso, "grande".

    "Ele vai ser o protagonista principal da peça". (Um protagonista é, necessariamente, a personagem principal) "Meninos, entrem já para dentro!" (O verbo "entrar" já exprime ideia de ir para dentro) "Estou subindo para cima." (O verbo "subir" já exprime ideia de ir para cima) "Tenho certeza absoluta " - (Toda "certeza" é absoluta)

    D) Ambiguidade: É a assertiva correta , porque, a frase escrita da forma que esta, não permite entender se a empresa vai ser vendida por volta das 21 horas de terça-feira ou se este foi o horario que o tribunal recebeu a informação da venda da empresa. O que causa a ambiguidade/duplo sentido na frase.

    E) Barbarismo, também não é encontrado na frase em questão, também conhecido por peregrinismo, idiotismo ou estrangeirismo (para os latinos qualquer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira no lugar de equivalente vernácula.

    Ex: Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria "quanto mais penso, (tanto) mais fico inteligente");

    Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria "comeu um rosbife"); Eles têm serviço de delivery. (anglicismo; o mais adequado seria "Eles têm serviço de entrega").

    Forte abraço e bons estudos a todos!

  • Corrigindo a ambiguidade

     “Este tribunal recebeu, por volta das 21 horas de terça-feira,  a informação de que a empresa Marca X estaria sendo vendida.
  • Há também outra observação:

    "...a empresa Marca X..." também está ambíguo, pois pode-se entender a palavra "Marca" como:

    1 - Verbo "marcar" - Que marca alguma coisa
    2 - Marca X - Nome da empresa
    3 - Marca se refere ao logotipo, símbolo, sinal de qualidade de como essa empresa é conhecida no mercado.
  • Raphael, acho que sua observação não procede.
    Marca X, no texto, apenas está fazendo o papel de nome de uma empresa. Poderia ser qualquer outro. Portanto, não há ambiguidade.
  • colegas, o "estaria sendo" não seria um estrangeirismo??? porque o gerundismo vem da lingua inglesa, né?!
  • O erro está no "estaria sendo" que é um vício decorrente do estrangeirismo. 
  • Barbarismo

    É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:

    1) Pronúncia

    a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico.

    Por Exemplo: Solicitei à cliente suabrica. (rubrica)

    b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.

    Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (problemas)

    c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.

    Exemplos:

    Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
    O segurança deteu aquele homem. (deteve)

    2) Morfologia

    Exemplos:

    Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
    Sou a aluna mais maior da turma. (maior)

    3) Semântica

    Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou).

    fonte: ://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil11.php


ID
355645
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aponte a alternativa que NÃO apresenta solecismo:

Alternativas
Comentários
  • Vamos lá... ( ERRO / CORRETO )

    A) Às vezes queremos ter tudo sem pensar que podemos se  (nos)  arrepender depois.

    b) Ele pediu pra mim (eu) não deixar meu paletó na cadeira.

    c) Acabamos jantando no restaurante do Lauro, onde fomos muito bem atendidos.


    d) Eu lhe abracei muito quando lhe (o) vi na rodoviária.

    e) Por que fosses dizer que a gente não vamos (vai) sair?





     

  • SOLECISMO é um vício de linguagem que consiste em um desvio quanto a concordância, regencia ou então colocação.

    a) De concordância

    Vem pra caixa você também. (Venha para a caixa você também). Eu só não sei se o pra, tanto aqui quanto na letra b, é um SOLECISMO também.

    b) De Regência
    Iremos assistir o jogo do Fortaleza contra o Ceará.
    A regência do verto assistir nesse caso é "assistir ao", o verbo "assistir o" seria relacionado a dar assistência.

    A nova geração está mais vez mais inclinada com o neoliberalismo.

    Inclinação é um verbo que aceita ser regido por (em, a)

    c) De Colocação - Uso inadequado da colocação pronominal.

    Ele não conteve-se.

    Adverbios ou palavras de sentido negativo atraem o pronome. Nesse caso, o correto deve ser:

    Ele não se conteve.

    Outro exemplo:

    Me beije só mais uma vez, depois volte pra lá. ( Deveria ser Beije-me só mais uma vez....)

    Nesse último caso  o verbo está inicando a oração, portanto é um caso de ênclise.

    -- Comentário Adicional sobre a letra (A) --

    "Às vezes queremos ter tudo sem pensar que podemos se arrepender depois."

    Note a ocorrência da crase. 
    Às vezes recebe crase sempre que significar "de vez em quando". No entanto, em situações como estas ( significando nos momentos) não recebe crase:

    Todas as vezes que toda o telefone eu penso que é você.


    Atenção também ao uso de "as vezes" em frases que significa "fazer função de algo", nesse caso também não recebe crase:

     Em casa, ele é obrigado a fazer as vezes de pai e mãe das crianças.

    (Fonte: http://douglastufano.multiply.com/journal/item/9)
    • a) Às vezes queremos ter tudo sem pensar que podemos se arrepender depois
    • que podemos nos arrepender - "que" = pronome relativo atrái próclise; podemos (nós) 
    •  b) Ele pediu pra mim não deixar meu paletó na cadeira.
    • ele pediu para /eu deixar  (sujeito só pode ser pronome reto)
    • perceba que há duas orações, 2 sujeitos, 2 verbos, e a preposição "para" está sendo regida pelo verbo "PEDIR"
    •  c) Acabamos jantando no restaurante do Lauro, onde fomos muito bem atendidos.
    • onde é para lugar, e lugar físico "restaurante" - correta
    •  d) Eu lhe abracei muito quando lhe vi na rodoviária.
    • eu o abracei (VTD)
    • o pronome "lhe" substitui somente objeto indireto
    •  e) Por que fosses dizer que a gente não vamos sair?
    • ...que nós vamos sair?
    É importante lembrar, no entanto, que qualquer concurso,  toma por base o uso culto da língua portuguesa.
    A expressão A GENTE VAI apresenta uma concordância correta e é usada no nível coloquial da fala. Portanto, é perfeitamente aceitável em textos coloquiais.
    Não é uma questão simplista de certo e errado.
    Num texto mais cuidado, escrito com uma linguagem mais formal, não devemos usar nem uma nem outra: o melhor é dizer NÓS VAMOS.
  • Na letra (e) tem uma silepse, não?

    ...a gente não vamos...

    assim como em: "Os brasileiros somos massacrados!" e “fomos alojados os do meu grupo” (questão q114586).


ID
366739
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

A FAVELA NÃO É CULPADA

Bernardete Toneto, Segurança pública

A ocupação dos morros pelas organizações criminosas
levou à criação de um estereótipo: favela é lugar de bandido. Será?
“Barracão de zinco, sem telhado, sem pintura, lá no morro
barracão é bangalô. Lá não existe felicidade de arranha-céu, pois
quem mora lá no morro já vive pertinho do céu.” Os versos do
samba “Ave-Maria no Morro”, composto em 1942 por Herivelto
Martins, revela uma época em que a favela era sinônimo de beleza
e melancolia. Da mesma forma que a visão era errada nas décadas
de 1930 a 1950, hoje também as favelas - em especial as do Rio de
Janeiro - não são reduto do crime organizado, como noticiam os
meios de comunicação social e faz supor a nossa vã filosofia.
Até a primeira metade do século XX, muitas músicas
enalteciam o morro como lugar de amizade e solidariedade. O
romantismo era tão grande que os compositores Cartola e Carlos
Cachaça (ambos moradores do Morro da Magueira, no Rio de Janeiro)
e Hermínio Bello de Carvalho compuseram o samba “Alvorada”, cuja
letra proclama: “Alvorada lá no morro que beleza. Ninguém chora,
não há tristeza, ninguém sente dissabor. O sol colorido é tão lindo, e
a natureza sorrindo, tingindo, tingindo a alvorada”.
A poesia foi uma forma de camuflar a realidade. A primeira
favela carioca foi a do Morro da Providência, antigo Morro da Favela.
A ideia da época era limpar as regiões centrais da cidade, dando um
ar de modernidade à capital da República. Por isso, em 1893, os
pobres que viviam em cortiços, como o da Cabeça de Porco, foram
enviados para os morros sem nenhum tipo de atendimento e de
infraestrutura habitacional. Logo depois chegariam os soldados
que haviam lutado na Guerra de Canudos, no sertão nordestino.
Assim, o Rio de Janeiro passou a ser sinônimo de
favelas, consideradas guetos de pobres e da marginalidade.

“Ninguém chora, não há tristeza, ninguém sente dissabor”; nesse segmento da letra do samba”Alvorada”, considerada a realidade da favela atual, temos uma figura de linguagem denominada:

Alternativas
Comentários
  • Metáfora:Figura de linguagem que consiste na transferência da significação própria de uma palavra para outra significação, em virtude de uma comparação subentendida. ex: ele é uma raposa.

    Hipérbato: Inversão da ordem das palavras ou orações. ex: do sol os raios brilhavam (forma indireta); os raios brilhavam do sol (forma direta).

    Metonímia: Figura de linguagem em que um objeto é designado por uma palavra que se refere a outro, por existir uma relação entre os dois. ex: quando se "acende a luz", na verdade se aperta um botão, fechando um circuito elétrico e produzindo luz. Mas se dá o nome do efeito à causa.

    Hipérbole: Figura de retórica no qual o significado da expressão é exagerado. ex: quase morri de rir.

    Eufemismo: 
    Figura que consiste na substituição de um termo ou expressão rude, chocante ou inconveniente por outro mais suave ou agradável; por eufemismo diz-se: o carro está velho, por o carro não é mais novo.

    Bons Estudos!

  • GABARITO D
  • A função da hipérbole é valorizar uma ideia. Daí o exagero. Na questão em tela temos uma "pseudo" reafirmação da afirmação que demostra a valorização de uma ideia, qual seja, não há tristeza ou algo que a valha. Mas que a questão nos induz ao eufensmo, induz...  :)

    Gabarito: D
  • Poderia ser uma gradação?

  • NINGUÉM chora, NÃO HÁ tristeza e, novamente,

    NINGUÉM SENTE dissabor, pode-se inferir ( deduzir ) um exagero na colocação.

    Porque dizer que NINGUÉM ou NÃO HÁ é algo muito amplo, cometendo assim o risco

    de se obter um EXAGERO nas afirmações. 


ID
375802
Banca
CETAP
Órgão
AL-RR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jovial

            Só em teoria podemos falar no sentido “verdadeiro” das palavras. Na prática, um vocábulo terá o significado que os falantes de uma determinada época atribuírem a ele- é simples e trágico assim. Vejam o que vem acontecendo com jovial, que significava precisamente “alegre, folgazão, divertido, espirituoso”. Derivado de Júpiter (ou Jovis), (o mesmo Zeus dos gregos), este adjetivo entrou na língua por meio das duas irmãs, a Astrologia e a Astronomia, que eram muito mais próximas na Antiguidade Clássica do que hoje. Os astrônomos romanos só conheciam, além da Terra, os cinco planetas observáveis a olho nu, todos batizados com nomes do panteão divino: Júpiter, Mercúrio, Marte, Vênus e Saturno. Ao que parece, o batismo desses planetas seguiu mais ou menos um critério de comparação de sua aparência e de seu comportamento com as características de cada divindade. Mercúrio ganhou o nome do veloz mensageiro dos deuses por causa da rapidez com que se move; Júpiter recebeu o nome do deus supremo do Olimpo por seu brilho intenso e por sua trajetória peculiar, mais lenta e majestosa que a dos planetas mais próximos. E assim por diante.
            Para os romanos, as pessoas nascidas sob a influência de um planeta deveriam apresentar as características do deus correspondente. Júpiter era visto como uma divindade feliz, exuberante, alegre- daí o adjetivo jovialis, do Latim Tardio, pai de nosso jovial e avô de jovialidade e jovializar. Apreciem, prezados leitores, a clareza do bom Morais, cujo dicionário é de 1813: “Jovial- amigo de rir, e fazer rir”! E o Machado, então? O exemplo que trago, do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário: “Isidoro não se podia dizer triste, mas estava longe de ser jovial”.
            Este vocábulo e seus descendentes nada têm a ver com jovem e juventude, que vêm de família completamente diferente; no entanto, a grande semelhança entre os dois radicais (e o desconhecimento da origem mitológica de jovial) está fazendo muita gente usar um pelo outro. Todo santo dia, deparo com artigos que falam de pele jovial, roupa jovial, corte de cabelo mais jovial, onde há uma clara referência a jovem. Evolução? Não acho; a perda de uma diferença na língua sempre será um momento de luto, porque nos empobrece.

                                                                                                                        (MORENO, Claúdio. O Prazer das Palavras. p. 74)


“O exemplo que trago, do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário”. Um elemento coesivo é a elipse de vocábulos, no trecho transcrito ocorreu este processo com a omissão de:

Alternativas
Comentários
  • “O exemplo que trago,( RETIRADO) do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário”.

    Num enunciado, é a supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela situação.

     

     

     

     


ID
375805
Banca
CETAP
Órgão
AL-RR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“O exemplo que trago, do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário”


Figura de linguagem presente no trecho transcrito na questão anterior:

Alternativas
Comentários
  • PROSOPOPEIA: personificação de coisas

  • Fala mais que qualquer dicionário = Prosopopéia Gab: D

ID
424762
Banca
FUNCAB
Órgão
SESAU-RO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ciência e moralidade


      A percepção pública da ciência é, com razão, repleta de conflitos. Alguns acreditam que a ciência seja a chave para a liberdade do homem, para a melhora das condições de vida de todos, para a cura dos tantos males que afligem pobres e ricos, desde a fome até as mais variadas doenças. Já outros veem a ciência com grande desconfiança e até com desprezo, como sendo a responsável pela criação de várias armas de destruição inventadas através da história, da espada à bomba atômica. Para esse grupo, os homens não são maduros o suficiente para lidar com o grande poder que resulta de nossas descobertas científicas.
      No início do século 21, a clonagem e a possibilidade de construirmos máquinas inteligentes prometem até mesmo uma redefinição do que significa ser humano. Na medida em que será possível desenhar geneticamente um indivíduo ou modificar a sua capacidade mental por meio de implantes eletrônicos, onde ficará a linha divisória entre homem e máquina, entre o vivo e o robotizado? Entre os vários cenários que vemos discutidos na mídia, o mais aterrorizador é aquele em que nós nos tornaremos forçosamente obsoletos, uma vez que clones bioeletrônicos serão muito mais inteligentes e resistentes do que nós. Ou seja, quando (e se) essas tecnologias estiverem disponíveis, a ciência passará a controlar o processo evolutivo: a nossa missão final é criar seres “melhores” do que nós, tomando a seleção natural em nossas próprias mãos. O resultado, claro, é que terminaremos por causar a nossa própria extinção, sendo apenas mais um elo na longa cadeia evolutiva. O filme“Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg, relata precisamente esse cenário lúgubre para o nosso futuro, a inventividade humana causando a sua destruição final.
      É difícil saber como lidar com essa possibilidade. Se tomarmos o caso da tecnologia nuclear como exemplo, vemos que a sua história começou com o assassinato de centenas de milhares de cidadãos japoneses, justamente pela potência que se rotula o “lado bom”. Esse rótulo, por mais ridículo que seja, é levado a sério por grande parte da população norte-americana. É o velho argumento maquiavélico de que os fins justificam os meios: “Se não jogássemos as bombas em Hiroshima e Nagasaki, os japoneses jamais teriam se rendido e muito mais gente teria morrido em uma invasão por terra”, dizem as autoridades militares e políticas norte-americanas. Isso não só não é verdade como mostra que são os fins político-econômicos que definem os usos e abusos da ciência: os americanos queriam manter o seu domínio no Pacífico, tentando amedrontar os soviéticos que desciam pela Manchúria. As bombas não só detiveram os soviéticos como redefiniram o equilíbrio de poder no mundo. Ao menos até os soviéticos desenvolverem a sua bomba, o que deu início à Guerra Fria.
      As consequências de um conflito nuclear global são tão horrendas que até mesmo os líderes das potências nucleares conseguiram resistir à tentação de abusar de seu poder: criamos uma guerra sem vencedores e, portanto, inútil. Porém, as tecnologias nucleares não são propriedade exclusiva das potências nucleares. A possibilidade de que um grupo terrorista obtenha ou construa uma pequena bomba é remota, mas não inexistente. Em casos de extremismo religioso, escolhas morais são redefinidas de acordo com os preceitos (distorcidos) da religião: isso foi verdade tanto nas Cruzadas como hoje, nas mãos de suicidas muçulmanos. Eles não hesitariam em usar uma arma atômica, caso ativessem. E sentiriam suas ações perfeitamente justificadas.
      Essa discussão mostra que a ciência não tem uma dimensão moral: somos nós os seres morais, os que optamos por usar as nossas invenções de modo criativo ou destrutivo. Somos nós que descobrimos curas para doenças e gases venenosos. Daí que o futuro da sociedade está em nossas mãos e será definido pelas escolhas que fizermos daqui para a frente. (...) Não é da ciência que devemos ter medo, mas de nós mesmos e da nossa imaturidade moral. 

(Marcelo Gleiser, in Folha de São Paulo, 7 de julho de 2002)

Em “Essa discussão mostra que a ciência não tem uma dimensão moral: somos nós os seres morais, os que optamos por usar as nossas invenções de modo criativo ou destrutivo.”, identificamos:

Alternativas
Comentários
  • SILEPSE

    Silepse é a figura de construção em que a concordância não é feita de acordo com as palavras que efetivamente aparecem na oração, mas segundo a idéia a elas associam ou segundo um termo subentendido . A silepse pode ser de gênero, número ou pessoa.

    a) Silepse de gênero: 
    Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino) de artigos e dos substantivos, substantivos e adjetivos, etc.:

    São Paulo é movimentada.

    São Paulo é um nome próprio do gênero masculino; adjetivo "movimentada" concorda, no entanto, com idéia subentendida de cidade: "(A cidade de) São Paulo é movimentada" .

    A gente é obrigado a varrer até cair morto. 
    A rigor, ”gente” é uma palavra do gênero feminino no entanto, “obrigado” e “morto” são dois adjetivos utilizados no gênero masculino.

    A Bandeirante está cada dia mais congestionada. 
    "Bandeirantes" é um substantivo do gênero masc. e plural; está subentendido, no entanto, que se trata “avenida dos Bandeirantes” , o que leva toda a concordância para o feminino.

    b) Silepse de número

    É o tipo de silepse em que ocorre discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural). O caso mais comum de silepse de número ê o do substantivo singular que, por se referir a uma idéia plural, leva os verbos e / ou adjetivos para o plural.

    “Esta gente está furiosa e com medo; por conseqüência, capazes de tudo.” (Garrett) 
    A palavra “gente" pertence ao gênero feminino e, gramaticalmente, é singular; mas como contém uma idéia plural ( = aquelas pessoas) o adjetivo ”capazes" passa a concordar com essa idéia plural, e não com a palavra singular "gente" . 
    “Corria gente de todos os lados, e gritavam.” (Mário Barreto) 
    Aqui também a idéia plural de “gente” prevalece sobre o ato de a palavra ser singular. O verbo, concordando no plural, expressa isso.

    Os Lusíadas glorificou nossa literatura. 
    A concordância é feita segundo a idéia subentendida a "obra" Os Lusíadas.

    c) Silepse de pessoa:

    Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal:

    Os brasileiros choramos a derrota da seleção. 
    O verbo na 1ª pessoa do plural, ` `choramos" , indica que aquele que ala se inclui entre ` `os brasileiros" , sujeito expresso na frase. A silepse dá conta de “traduzir”: “Nós, os brasileiros, choramos a derrota da seleção”.

  • b) Silepse de pessoa

    os que optamos (optam)
  • A Silepse de pessoa ocorre com sujeito na 3ª pessoa do plural e o verbo na 1ª pessoa do plural.

    Os seres morais [Eles] = Sujeito na 3ª Pessoa do Plural.

    Optamos [Nós] = Verbo na 1ª Pessoa do Plural.

  • A Silepse de pessoa-- OMISSÃO DO NÓS

  • silepse de pessoa;

    GABARITO = B

    PM/SC

    DEUS


ID
518215
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Voltemos à casinha. Não serias capaz de lá entrar hoje, curioso leitor; envelheceu, enegreceu, apodreceu, e o proprietário deitou-a abaixo para substituí-la por outra, três vezes maior, mas juro-te que muito menor que a primeira. O mundo era estreito para Alexandre; um desvão de telhado para as andorinhas."
( Machado de Assis )

Nos trechos sublinhados acima temos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

Alternativas
Comentários
  • b) gradação, antítese, metáfora

     

    Gradação - É uma sequência de ideias dispostas em sentido  ascendente ou descendente.  Exemplo: Ele foi um tímido, um frouxo, um covarde.

     

    Antítese - Consiste na aproximação de palavras ou expressões de sentido oposto. Exemplo: As sempre-vivas morreram.

     

    Metáfora - É o desvio da significação própria de uma palavra, nascido de uma comparação mental ou característica comum entre dois seres ou fatos. Exemplo: O pavão é um arco-íris de plumas. 

     

     

    FONTE: CEGALLA.

     

  • GABARITO: LETRA B

    ===> envelheceu, enegreceu, apodreceu, e o proprietário deitou-a abaixo para substituí-la por outra, três vezes maior, mas juro-te que muito menor que a primeira. O mundo era estreito para Alexandre; um desvão de telhado para as andorinhas.

    ===> GRADAÇÃO ===> ideias apresentadas em sentido crescente ou decrescente, no caso do texto está em sentido crescente: ficou velho, negro e tornou-se podre.

    ===> ANTÍTESE ===> ideias contrárias: MAIOR ===> MENOR.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • 1) METÁFORA

    COMPARAÇÃO implícita. A maioria vem com o verbo SER.

    “Ela é meu anjo”.

    2) COMPARAÇÃO/SÍMILE

    Tem o elemento comparativo.

    “Ela pesca bem tal como o pai.”

    3) ANTÍTESE

    OPOSIÇÃO.

    O corpo é grande e a alma é pequena.

    4) PARADOXO

    É uma OPOSICAO QUE NÃO TEM LÓGICA.

    O amor é ferida que dói e não se sente.

    5) METONÍMIA

    SUBSTITUICAO. Substituo uma palavra por outra.

    O homem foi à lua. 

    O homem substitui os astronautas.

    6) CATACRESE

    É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.

    “Céu da boca”.

    7) HIPÉRBOLE

    EXAGERO.

    Eu to morrendo de vontade de fazer xixi.

    8) SINESTESIA

    Mistura dos SENTIDOS.

    “Olha esse cheiro”

    9) EUFEMISMO

    AMENIZAÇÃO.                

    O Vasco está com a sua alma junto ao Senhor (morreu).

    10) PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO

    Dou uma característica humana e outro ser.

    “O vento beija meus cabelos”.

    11) IRONIA

    “Ela parece um anjinho, aham.”

    12) APÓSTROFE

    É um CHAMAMENTO/INVOCAÇÃO.

    É o VOCATIVO.

    “...Ó Deus! Onde estás que não respondes?”

    13) ELIPSE

    Tem um termo subentendido.

    “Ela comia pouco, fazia pouco exercício”.

    14) POLISSÍNDETO

    Repetições de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.

    “E come e dorme e limpa e malha”

    15) ASSÍNDETO

    SEM conectivo. Uso de vírgula e ponto.

    “Vim, vi, venci”.

    16) PLEONASMO

    Usado para enfatizar.

    “e rir meu riso”

    “eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

    17) ANÁFORA

    REPETIÇÃO no início de frase.

    “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

    18) HIPÉRBATO

    INVERSÃO

    “Dos meus problemas, cuido eu”.

    19) ALITERAÇÃO

    REPETIÇÃO DE CONSOANTES.

    Vozes veladas, veludadas...”

    20) ASSONÂNCIA

    REPETIÇÃO DE VOGAIS

    “Sou um multato nato democrático do litoral.”

    21) ONOMATOPEIA

    IMITAÇÃO DE SOM.

    “o relógio faz tic-tac”.

     

    "Hoje até pode doer, cair lágrima e fazer suar, mas amanhã a recompensa chegará!"


ID
522115
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O açúcar

O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.

Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
[dono da mercearia.

Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.

(...)

Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.

A antítese que configura uma imagem da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente na oposição entre a doçura do branco açúcar e

Alternativas
Comentários
  • A Antítese, como o próprio enunciado diz, trabalha com a oposição de duas idéias, realçando o contraste entre elas. Neste caso, o oposto da doçura do branco açucar contrasta com a "vida amarga e dura das usinas esuras", no último verso. Portanto, a resposta correta é a letra E.

  • A figura em linguagem em questão retrata sentido opostos, isto é, quando existe o positivo há o negativo. Paralelamente a isto, o "açúcar" é o positivo, assim como o "amargo" é o negativo.

  • Antítese trata de palavras contrárias, então o contrário de ''branco'' seria ''escuras'' e ''doçura'' seria ''amarga''.

  • Saudades de quando realmente era um exame pra ensino médio.


ID
570010
Banca
FCC
Órgão
BACEN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   O segredo da acumulação primitiva neoliberal         

          Numa coluna publicada na Folha de São Paulo, o jornalista Elio Gaspari evocava o drama recente de um navio de crianças escravas errando ao largo da costa do Benin. Ao ler o texto – que era inspirado , o navio tornava-se uma metáfora de toda a África subsaariana: ilha à deriva, mistura de leprosário com campo de extermínio e reserva de mão-de-obra para migrações desesperadas.

           Elio Gaspari propunha um termo para designar esse povo móvel e desesperado: “os cidadãos descartáveis”. “Massas de homens e mulheres são arrancados de seus meios de subsistência e jogados no mercado de trabalho como proletários livres, desprotegidos e sem direitos.” São palavras de Marx, quando ele descreve a “acumulação primitiva”, ou seja, o processo que, no século XVI, criou as condições necessárias ao surgimento do capitalismo.

          Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem, à força, expropriados do pedacinho de terra que podiam cultivar para sustentar-se. Massas inteiras se encontraram, assim, paradoxalmente livres da servidão, mas obrigadas a vender seu trabalho para sobreviver

          Quatro ou cinco séculos mais tarde, essa violência não deveria ter acabado? Ao que parece, o século XX pediu uma espécie de segunda rodada, um ajuste: a criação de sujeitos descartáveis globais para um capitalismo enfim global.

          Simples continuação ou repetição? Talvez haja uma diferença – pequena, mas substancial – entre as massas do século XVI e os migrantes da globalização: as primeiras foram arrancadas de seus meios de subsistência, os segundos são expropriados de seu lugar pela violência da fome, por exemplo, mas quase sempre eles recebem em troca um devaneio. O protótipo poderia ser o prospecto que, um século atrás, seduzia os emigrantes europeus: sonhos de posse, de bem-estar e de ascensão social.

          As condições para que o capitalismo invente sua versão neoliberal são subjetivas. A expropriação que torna essa passagem possível é psicológica: necessita que sejamos arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência, mas de nossa comunidade restrita, familiar e social, para sermos lançados numa procura infinita de status (e, hipoteticamente, de bem-estar) definido pelo acesso a bens e serviços. Arrancados de nós mesmos, deveremos querer ardentemente ser algo além do que somos.

          Depois da liberdade de vender nossa força de trabalho, a “acumulação primitiva” do  neoliberalismo nos oferece a liberdade de mudar e subir na vida, ou seja, de cultivar visões, sonhos e devaneios de aventura e sucesso. E, desde o prospecto do emigrante, a oferta vem se aprimorando. A partir dos anos 60, a televisão forneceu os sonhos para que o campo não só
devesse, mas quisesse, ir para a cidade.

          O requisito para que a máquina neoliberal funcione é mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade
e, portanto, uma insatisfação radical. Não é pouca coisa: é necessário promover e vender objetos e serviços por eles serem indispensáveis para alcançarmos nossos ideais de status, de bem-estar e de felicidade, mas, ao mesmo tempo, é preciso que toda satisfação conclusiva permaneça impossível.

          Para fomentar o sujeito neoliberal, o que importa não é lhe vender mais uma roupa, uma cortina ou uma lipoaspiração; é alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa perfeita e corpo perfeito. Pois esses sonhos perpetuam o sentimento de nossa inadequação e garantem, assim, que ele seja parte inalterável, definidora, da personalidade contemporânea.

          Melhor deixar como está. No entanto, a coisa não fica bem. Do meu pequeno observatório psicanalítico, parece que o permanente sentimento de inadequação faz do sujeito neoliberal
uma espécie de sonhador descartável, que corre atrás da miragem de sua felicidade como um trem descontrolado, sem condutor, acelerando progressivamente por inércia – até que os
trilhos não agüentem mais.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém. São Paulo: Publifolha, 2002)


Para se evitar repetição de palavras, expressões ou frases, pode-se recorrer a uma elipse: embora não se represente de novo na frase, o elemento oculto estará subentendido.

Considerando-se o contexto, há a elipse de

Alternativas
Comentários
  • Há uma silepse do termo "o que importa" antes da oração "é alimentar nele sonhos de elegância", pois essa complementa a idéia iniciada em "...não é lhe vender mais uma roupa..." indicando que a idéia, o objetivo vai muito mais além.
  • Para se responder a frase é importante sabe o que é..

    Silepse
    é uma figura de construção que trata da concordância que acontece não com o que está explícito na frase, mas com o que está mentalmente subentendido, com o que está oculto. É, portanto, uma concordância ideológica, que ocorre com a ideia que o falante quer transmitir. É também chamada de concordância irregular. O termo silepse vem do grego e significa “ato de compreender”, “compreensão”.

    Fonte - http://pt.wikipedia.org/wiki/Silepse

  • o que importa em (...) o que importa não é lhe vender mais uma roupa, uma cortina, uma lipoaspiração; é alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa perfeita, e corpo perfeito.



    Há uma elipse no enunciado acima porque "o que importa" não aparece de novo, embora haja oração absoluta cujo sujeito foi omitido por ser óbvio que se trata de "o que importa em"

    Em linguística, elipse é uma figura de pensamento que significa omissão de algo (subentendido)sem prejudicar o sentido do enunciado.
  • Interpreto o gabarito "C" como sendo Zeugma e não Elipse. Zeugma é a omissão (da elipse) de um termo que já apareceu antes. Assim ficaria: "o que importa não é lhe vender mais uma roupa, MAIS uma cortina, MAIS uma lipoaspiração; é alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa perfeita, e corpo perfeito"


    Ou seja, a palavra MAIS já estava expressa na frase ... logo, na minha opinião ficaria: Zeugma

  • GABARITO: C

     

     

    Figura de linguagem de sintaxe ou de construção:

     

     

    1.0-Zeugma: É a elipse de um termo JÁ CITADO ANTERIORMENTE

     

    1.1- Elipse: é a omissão de um termo sintático que pode ser facilmente subtendido pelo contexto.

  • Não há mais diferença entre elipse e zeugma???Direto vejo as bancas misturando.


ID
580957
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Japão lança nave movida pela energia do sol

'Pipa solar' será empurrada pela pressão da luz


    Na época de veículos "verdes", os ônibus espaciais estão indo para o ferro-velho e as primeiras "pipas espaciais" ou "veleiros solares", movidos apenas pelo sol, começam a aparecer.

    Nesta segunda-feira, às 18h44 (horário de Brasília), a Agência Espacial Japonesa (Jaxa) tentará lançar o primeiro veículo desse tipo, a sonda Ikaros, que chegará perto de Vênus movida por uma espécie de vela que gera movimento quando se choca com fótons – as partículas que carregam a luz.

    Quando chegar ao Espaço, a nave será parecida com um carretel, com a vela toda enrolada. Girando, em algumas semanas, o tecido – cerca de dez vezes mais fino que um fio de cabelo – se desdobrará, e o objeto ganhará a forma de um quadrado de 14 metros de lado com uma pequena carga útil no centro. A ideia é que a nave comece sua jornada devagar, mas que ganhe aceleração continuamente.

    Para dirigir a "pipa solar", os japoneses prepararam um sistema que aumenta ou diminui a reflexão nas bordas do tecido, fazendo com que um lado ou outro acelere mais. Também será levado a bordo, para testes, um jato propulsor movido a gás e energia solar que consegue mudar a trajetória da sonda.

    Como não terá estrutura para sustentar as velas, a nave Ikaros irá contar com a força centrífuga – que faz pressão de dentro para fora – para manter o tecido esticado. Serão colocados quatro pequenos pesos na ponta da vela para puxá-la para fora, e a nave ficará eternamente girando sobre si mesma.

    Grande parte da trajetória do Ikaros será paralela à da sonda Akatsuki, que analisará a atmosfera de Vênus e entrará em órbita nesse planeta. A nave solar, contudo, seguirá adiante e dará a volta em torno do sol. Como não utilizam combustível, as naves que se movem apenas pela luz são uma grande esperança em viagens especiais muito longas, impossíveis de serem feitas com os foguetes tradicionais.

    Duas tentativas de lançar veículos como o Ikaros já foram feitas, mas tiveram problemas no lançamento. No final de 2010, a Planetary Society – uma das maiores ONGs do mundo dedicada à astronomia – pretende colocar no Espaço a sonda LightSail-1, também para testar a tecnologia da "navegação solar".

    O nome Ikaros, apesar de ser uma sigla (Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation Of the Sun ou "Nave-pipa Interplanetária Acelerada pela Radiação do Sol") lembra o personagem da mitologia grega Ícaro.

    Segundo a lenda, o jovem alçou voo usando uma asa fabricada com penas e cera, mas se inebriou com a sensação de deixar o chão e chegou perto demais do sol. Suas penas derreteram e ele caiu no mar, morrendo afogado.

    Os engenheiros japoneses, é claro, esperam que a história da nave-pipa tenha um final diferente.

(DefesaNet/17 maio 2010) 

Observe o trecho abaixo.

“O nome Ikaros, apesar de ser uma sigla (Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation Of the Sun ou 'Nave-pipa Interplanetária Acelerada pela Radiação do Sol') lembra o personagem da mitologia grega Ícaro.
Segundo a lenda, o jovem alçou voo usando uma asa fabricada com penas e cera, mas se inebriou com a sensação de deixar o chão e chegou perto demais do sol. Suas penas derreteram e ele caiu no mar, morrendo afogado."

Pode-se afirmar que o nome dado à nave explora um recurso literário. Assinale-o.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A.

    Quando o trecho da questão diz que o nome Ikaros lembra o o personagem da mitologia grega Ícaro temos um caso de metáfora. A Metáfora consiste numa comparação implícita, numa relação de similaridade, entre duas palavras ou expressões. Ela é uma flor. Você é um touro.

  • Vale ressaltar que metáfora é uma comparação implícita entre palavras de universos semânticos distintos, fora de seu sentido básico. Ikaros trata do universo real, Ícaro faz parte do universo mitológico.

  • Obrigado aos dois, Lucas e Roddeb, pela ajuda. Deus abençoe!


ID
580978
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O período: “Lia Drummond com grande paixão.” apresenta uma figura de linguagem. Em uma das alternativas, esse tipo de figura se repete. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Questão estranha, pois "Ler Drummond" seria metonímea, ou seja, o todo pelo conteúdo.

  • c)  Minhas mãos estão tristes, pois você não veio.



    Metonímia: Consiste em usar uma palavra por outra, com a qual se acha relacionada. Essa troca se faz não porque as palavras são sinônimas, mas porque uma evoca a outra. Há metonímia quando se emprega por exemplo:



    * O autor pela obra: 


    “Lia Drummond com grande paixão.”. [Drummond = a obra de Drummond]



    *A parte  pelo  todo:


    "Minhas mãos estão tristes, pois você não veio."  [minhas mãos = a pessoa]



    Fonte: CEGALLA.

  • Excelente questão para exercitar às figuras de linguagem.

ID
581029
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Correlacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

1. Eufemismo

2. Hipérbole 

3. Hipérbato 

4. Sinestesia 

( ) Enriqueceu por outros caminhos que não os legais.

( ) Tristeza não posso sentir mais depois de tudo o que aconteceu.

( ) Iria lá de novo 5000 vezes se fosse preciso.

( ) O céu alaranjado tinha cheiro de saudade. 

Alternativas
Comentários
  • A

    1/ 3 /2 /4

  • GABARITO: LETRA A

    (1) Enriqueceu por outros caminhos que não os legais.→ temos um eufemismo, suavização de uma ideia, assim não mostrando como, na verdade, ele enriqueceu;

    (3) Tristeza não posso sentir mais depois de tudo o que aconteceu. → hipérbato → quando a oração não se encontra na ordem direta, a ordem direta seria: não posso sentir mais tristeza depois...

    (2) Iria lá de novo 5000 vezes se fosse preciso.→ hipérbole → marca um exagero, tem um exagero enorme, não são 5000 vezes.

    (4) O céu alaranjado tinha cheiro de saudade. → sinestesia, mistura de sensações → sentimento + odor (cheiro).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Hipérbato é a oração na ordem inversa!!!


ID
587596
Banca
FDC
Órgão
CREMERJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

REMÉDIOS
Dicionário histórico – Brasil. Ângela Vianna Botelho e Liana Maria Reis

As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação. Os remédios objetivavam muito mais a sintomatologia que a etiologia. A partir de 1837, houve adoção oficial do “Codex medicamentarius gallicus”, que vigorou no Brasil até 1926. Muitas vezes, entretanto, a população recorria à obra Medicina Doméstica, de Buchan, e, posteriormente, à de Chernoviz, bem como à homeopatia de Hahnemann, acabando por se automedicar. As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e sudoríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia. Eram também muito utilizados os emplastros, fricções e escalda-pés. Aplicações de ventosas, sangrias e sanguessugas eram comumente receitadas, sendo que os banhos de mar e termais passaram a ser prescritos principalmente para infecções cutâneas.

A designação de “drogas da virtude" para drogas medicinais pode ser encarada como um exemplo de:


Alternativas
Comentários
  • Gabarito "C"

    Eufemismo é uma figura de linguagem na língua portuguesa, um mecanismo que tem o objetivo de suavizar uma palavra ou expressãoque possa ser rude ou desagradável.

  • Vejo metáfora pois é uma comparação subjetiva com quem fábrica as drogas, "droga dos profissionais" e não "drogas do povão".... Tive essa impressão, louco esteja eu ou não!

  • Também acreditei que fosse uma metáfora


ID
607567
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
CASAL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No par de orações: a) Todo aluno dessa escola fala duas línguas; b) Duas línguas são faladas por todo aluno dessa escola, temos a expressão de um fenômeno semântico do português. Trata-se de

Alternativas
Comentários
  • Resposta (B)

    b)
    sinonímia quando duas ou mais palavras têm o mesmo  significado em determinado contexto. Diz-se, então, que são sinônimos.
  • Na alternativa c) não tem como negar que: "em a), interpreta-se que existem duas línguas e todos falam essas línguas ou cada um fala duas línguas; já em b) interpreta-se que existem duas línguas que todos falam". Mas isso não é Antonímia. Se fosse Antonímia, seria algo semelhante a: "a) Todos falam duas línguas. B) ninguém fala duas línguas".

    Portanto, é realmente sinônimo, pois, embora mude um pouco, as duas orações continuam semelhantes.

ID
607576
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
CASAL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos versos de Luís de Camões: “E, enquanto eu estes canto e a vós não posso,/sublime Rei, pois não me atrevo a tanto.”, há um recurso expressivo que consiste em inferir, a partir do contexto, um termo omitido. Essa figura de sintaxe denomina-se

Alternativas
Comentários
  • Correta A

    a) elipse: O que Camões não se atrave a fazer?
    A elipse consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.

    b) anáfora:consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
    “ Amor é um fogo que arde sem se ver;
    É ferida que dói e não se sente;
    É um contentamento descontente;
    É dor que desatina sem doer”

    c) ironia:é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
    “A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

    d) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
    "A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa".

    e) sínquise: os termos da oração são transpostos de forma violenta, produzindo confusão artística das palavras. Geralmente esse efeito é conseguido usando-se simultaneamente hipérbatos, anacolutos, e outras figuras de repetição ou omissão, dificultando o entendimento do enunciado em uma primeira leitura.
    "A grita se levanta ao céu, da gente". Camões

    Bom estudo ;)
  • Apenas um cometário: a elipse encontra-se na seguinte passagem: “enquanto eu estes canto". "Estes" é um pronome demonstrativo com função adjetiva, portanto, pede um substantivo, que está implícito (provavelmente enunciado num verso anterior). Já o verbo atrever tem complemento explícito na frase: "a tanto".
  • Trata-se da figura de construção chamada elipse. É a omissão de palavras que podem ficar facilmente subntendidas:

    Toda a cidade parada por causa do calor. (Aguinaldo Silva)
    (Toda a cidade estava parada por causa do calor.)

    Uma intrusa, agora, na casa de Mário. Ele também um intruso na casa de Ana Teresa. (Adonias Filho)
    (Há duas elipses. Pode-se supor a forma verbal era para ambos os casos.)

    Em português é comum a elipse dos pronomes-sujeito, uma vez que a terminação verbal informa sobre esse sujeito:

    Tenho problemas, também...
    (Subentende-se facilmente o sujeito de tenho: eu.)

    A elipse é semelhante a figura zeugma. Esta é uma caso especial daquela.

    A zeugma é a omissão de uma palavra já expressa anteriormente na oração.

    Afonso queria mostrar-lhe os poemas. Letícia, os discos. Rogério, as taças. (Lygia Fagundes Telles)
    (O verbo mostrar do primeiro período é omitido nos demais e substituído por uma vírgula.)
  • GRATO JUSSARA SANTOS !!! E A TODOS !!

  • Elipse

    elipse é caracterizada pela omissão de termos da oração sem que se prejudique o entendimento da mesma, dado que essa omissão é permitida pelo contexto e pelos restantes elementos gramaticais da oração, estando o termo claramente subentendido.

    Sendo uma figura de linguagem, a elipse é um recurso utilizado na linguagem oral e escrita que aumenta a expressividade da mensagem. Sua utilização permite a criação de textos mais concisos e dinâmicos, sendo muito utilizada em descrições esquemáticas, enumerações, anotações rápidas e provérbios.

    Principais tipos de elipse:

    Elipse do sujeito

    Neste Carnaval, vou sambar até amanhecer! (elipse do pronome pessoal eu)

    Gostaríamos de viajar pela Europa, mas não temos dinheiro. (elipse do pronome pessoal nós)

    Elipse de verbos

    No fim do dia, nenhum familiar feliz com o desenvolvimento dos acontecimentos. (elipse da forma verbal estava)

    Quanta amargura no seu comentário! (elipse da forma verbal há)

    Elipse de preposições

    A modelo saiu do camarim, cara lavada, pronta para a sessão de maquiagem. (elipse da preposição de)

    Mariana chorava sem parar, olhos inchados e nariz vermelho. (elipse da preposição com)

    Elipse de conjunções

    Gostasse você de mim, eu seria a pessoa mais feliz do mundo! (elipse da conjunção se)

    Não fosse sua amabilidade, haveria tanta confusão nesta repartição. (elipse da conjunção se)


    Exemplos de Elipse na Literatura

    “Não sou alegre nem sou triste:/sou poeta.” (Cecília Meireles - elipse do pronome pessoal eu)

    “Tão bom se ela estivesse viva me ver assim.” (Antônio Olavo Pereira – elipse da forma verbal seria)

    “No mar, tanta tormenta e tanto dano." (Luís de Camões – elipse da forma verbal havia)

    "Veio sem pinturas, um vestido leve, sandálias coloridas." (Rubem Braga – elipse da preposição com e da conjunção e)

    “A tarde talvez fosse azul,/não houvesse tantos desejos” (Carlos Drummond de Andrade - elipse da conjunção se)

    "Entraram em casa, as armas na mão, os olhos atentos, procurando." (Jorge Amado – elipse da preposição com e da conjunção e)

     

    Elipse x Zeugma

    Elipse e zeugma são figuras de construção ou de sintaxe, estando relacionadas com a estrutura das frases. Estas duas figuras se caracterizam pela omissão de termos numa oração. Esses termos permanecem subentendidos, sendo facilmente identificáveis.
    - Na elipse pode ocorrer a omissão de qualquer termo, como o sujeito, um verbo, uma preposição,…
    - No zeugma ocorre a omissão de um termo que já foi anteriormente mencionado.
    Assim, o zeugma é um caso particular de elipse.

  • ACRESCENTANDO:

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA


ID
610111
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Resende - RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O cajueiro

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância, belo, imenso, no
alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro de outro cajueiro que era menor e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do
cajá-manga, da pequena touceira de espadas-de-são-jorge e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a
meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos
arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes,
beijos, violetas. Tudo sumira, mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como
árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu
fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros
além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas
assim mesmo fiz questão de que Caribé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras
terras um parente muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira
abaixo, e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida,
pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram;
mas depois foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

(Rubem Braga, Cem crônicas escolhidas, Rio, José Olímpio, 1956, pp. 320-22)

Há uma infinidade de metáforas constituídas por palavras que denotam ações, atitudes ou sentimentos próprios do homem, mas aplicadas a seres ou coisas inanimadas. Tal recurso ocorre no trecho a seguir:

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o texto, (o qual se faz necessário para entender a questão) a expressão “como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa.” se refere a um cajueiro, ou seja, sere inanimado, irracional ou mesmo abstrato...
    A figura de pensamento que melhor casa com a questão é a PROSOPOPÉIA, que consite em atribuir ações ou qualidades humanas a seres inanimados, irracionais ou mesmo abstratos. O cajueiro não tem como querer nada ou preferir cair de uma forma tal que não quebre o telhado da casa.
    Espero ter ajudado.

  • Eu ia exatamente fazer essa observação, o enunciado da questão diz "metáfora" mas na hora de descrever "palavras que denotam ações, atitudes ou sentimentos próprios do homem, mas aplicadas a seres ou coisas inanimadas" descreveu perfeitamente uma prosopopéia. Isso tornou a questão um pouco ambigua, mas como não tem nenhuma metáfora nas alternativas é só se atentar à descrição da figura de linguagem que dá pra acertar.
  • Lembrando que metáfora é gênero, e prosopopeia é espécie, ou seja, é um tipo de metáfora.
  • Sera que alguem consegue estabelecer uma diferenca entre a ocpao A e a opcao E? Se a E esta certa pq a A esta errada???
  • Leandro, a A está errada porque o cajueiro pode ser velho literalmente.

    Ele pode ter sido plantado há vários anos e com isso está velho, não precisa ser necessariamente velho de idade como nós homens.
    Plantas também tem o cilco de crescer e envelhecer, portanto não é sentido figurado dizer que a árvore envelheceu.

    Agora na E, está dizendo que o Cajueiro está escolhendo onde vai cair. Ele não pode escolher pois é irracional. Essa sim é sentido figurado.

    Bons estudos
  • Um tronco pode aprender ?? 

  • A velhice é natural tanto em plantas como em seres humanos, já a ação de quer quebrar algo, não cabe a plantas - se isso acontecer será uma consequência e não um ato pensado.


ID
637645
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Congonhas - MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É tempo de pós-amor

   Cansei de amor! Quantos filmes, entrevistas, artigos, livros sobre amor cruzaram seu caminho ultimamente? Em uma semana, assisti a um vídeo, vi um filme, li meio livro e participei de um debate na televisão. Tudo sobre amor. E ouvi as pessoas – provavelmente também eu própria – dizerem coisas pertinentes e bem ditas que, de tão pertinentes e repetidas, já se tornaram chavões comportamentais, e parecem fichas de computador dissecadas de qualquer verdade emocional. E de repente está me dando uma urticária na alma, um desconforto interno que em tudo se assemelha à indigestão.

    Estamos fazendo com o amor o que já fizemos com o sexo. Na década passada parecia que tínhamos reinventado o sexo. Não se pensava, não se falava, não se praticava outro assunto. Toda a nossa energia pensante, todo o nosso esforço vital pareciam concentrados na imensa cama que erguíamos como única justificativa da existência humana. Transformamos o sexo em verdade. Adoramos um novo bezerro de ouro.

    Mas o ouro dos bezerros modernos é de liga baixa, que logo se consome na voracidade da mass media. O sexo não nos deu tudo o que dele esperávamos, porque dele esperávamos tudo. E logo a sociedade começou a olhar em volta, à procura de um outro objeto de adoração. Destronado o sexo, partiu-se para a grande festa de coroação do amor.

  Agora, aqui estamos nós, falando pelos cotovelos, analisando, procurando, destrinchando. E desgastando. Antes, quando eu pensava numa conversa séria, direita, com a pessoa que se ama, sabia a que me referia. Mas agora, quando ouço dizer que “o diálogo é fundamental para a manutenção dos espaços”, não sei o que isso quer dizer, ou melhor, sei que isso não quer dizer mais nada. Antes, quando eu pensava ou dizia que amor é fundamental, tinha a exata noção da diferença entre o fundamental e o absoluto. Mas agora, quando eu ouço repetido de norte a sul, como num gigantesco eco, que “a vida sem amor não tem sentido”, fico com a impressão de estar ouvindo um slogan publicitário e me retraio porque sei que estão querendo me impor um produto.

    A vida sem amor pode fazer sentido, e muito. É bom que a gente recomece a dizer isso. Mesmo porque há milhões de pessoas sem amor, que viveriam bem mais felizes se de repente a voz geral não lhes buzinasse nos ouvidos que isso é impossível. O mundo só andou geometricamente aos pares na Arca de Noé. Fora disso, anda emparelhado quem pode, quando pode. E o resto espera uma chance, sem nem por isso viver na escuridão.

   Antes que se frustrem as expectativas, como aconteceu com o sexo, seria prudente descarregar o amor, tirar-lhe dos ombros a responsabilidade. Ele não pode nos dar tudo. Nada pode nos dar tudo. Porque o tudo não existe. O que existe são parcelas, que, eternamente somadas e subtraídas, multiplicadas e divididas, nos aproximam e afastam do tudo. E a matemática dessas parcelas pode ser surpreendente: quando, como está acontecendo agora, tentamos agrupá-las todas em cima de uma única parcela – o amor −, elas não se somam, pelo contrário, se fracionam, causando o esfacelamento da parcela-suporte.

     Amor criativo é ótimo, dizem todos. E é verdade. Mas melhor ainda é pegar uma parte da criatividade que está concentrada no amor, e jogá-la na vida. Solta, ela terá possibilidades de contaminar o cotidiano, permear a vida toda e voltar a abastecer o amor, sem deixar-se absorver e esgotar por ele. Dedicar-se à relação é importante, dizem todos. E é verdade. Mas qualquer um de nós tem inúmeras relações, de amizade, vizinhança, sociais, e anda me parecendo que concentrar toda a dedicação na relação amorosa pode custar o empobrecimento das outras.

   Sim, o amor é ótimo. Porém acho que vai ficar muito melhor quando sair do foco dos refletores e passar a ser vivido com mais naturalidade. Quando readquirirmos a noção de que não é mais vital do que comer e banhar o corpo em água fria nem mais tranquilizador do que ter amigos e estar de bem com a própria cara. Quando aceitarmos que não é o sal da terra, simplesmente porque a terra é seu próprio sal, e é ela que dá sabor ao amor.

(Colasanti, Marina, 1937 – Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996) 

E de repente está me dando uma urticária na alma, um desconforto interno que em tudo se assemelha à indigestão.” O período contém um exemplo de figura de pensamento classificada como:

Alternativas
Comentários
  • Antítese -         exposição de ideias opostas
     .Prosopopeia ou personificação - atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos. "urticária na alma"
    Perífrase       -  designa qualquer sintagma ou expressão idiomática mais desenvolvida (e mais ou menos óbvia ou direta) que substitui outra.   "O país do futebol acredita em seus filhos." (a expressão país do futebol expressa o termo Brasil).
    Anáfora  - repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos.
    Paranomásia - consiste no emprego de palavras parônimas (com sonoridade semelhante) numa mesma frase, fenômeno que é popularmente conhecido como trocadilho.


    http://pt.wikipedia.org/ 
  • Vamos lá! as únicas alternativas que contém uma figura de PENSAMENTO é a alternativa A e a alternativa B... assim as outras estão descartadas!!!

    dentre essas duas:

    antítese: realça uma ideia pela aproximação de palavras com sentidos opostos.

    prosopopéia: atribui caracteristicas humanas a seres inanimados.

    assim, a frase é:

    E de repente está me dando uma urticária na alma, (urticária - reação vacular cutânea, alma - principio da vida, fantasmas, sentimento, temos aqui uma prosopéia,foi atribuido uma caracteristica humana - urtícária, a um ser inanimado - alma) um desconforto interno que em tudo se assemelha à indigestão.

    em nenhum momento na frase aparece palavras opostas!!! pelo contrário a frase inteira traz a ideia de coisas ruins, urticária, desconforto, indigestão!

    acho que é isso!!



    bons estudos e sucesso!!!!
  • só complementando...

    perífrase: figuras de palavras
    anáfora e paranomásia: figuras de construção

    que nossa colega explicou muito bem!!!
  • Liz,

    O que seria figura de palavra?
    voce escreveu: "perífrase: figura de palavra".

    Segundo Agnaldo Martino, a ESTILÍSTICA é o estudo das figuras de linguagem e vícios de linguagem. As figuras de linguagem se dividem em 3 grupos: figuras de som, figuras de construção ou sintaxe e figuras de pensamento.

    O autor mencionado, acima, afirma que a PERÍFRASE é uma espécie de ANATOMÁSIA, ambas caracterizadas como figuras de pensamento.

    Seria interessante essa discussão construtiva.
  • Mas a Liz explicou corretamente.

    Perifrase = Figuras de Palavras.

    Figuras de Linguagem são divididas em:



    Figuras de Som:

    Aliteração, Assonância, Onomatopéia

    Figuras de Construção ou de Sintaxe:

    Elipse, Zeugma, Polissíndeto, Inversão, Silepse (de gênero, de número e de pessoa), anacoluto, pleonasmo, anáfora.

    Figuras de Pensamento:

    Antitese, ironia, eufenismo, hipérbole, prosopopeia ou personificação, gradação ou clímax, apóstrofe.

    Figuras de Palavras:

    Metáfora, metonímia ou sinédoque, catacrese, antonomásia ou perífrase, sinestesia.

    Ou seja, é divido em 4 e não 3 como você explicou.

    Eu acho que o seu livro está explicando errado ou você interpretou a amiga acima de forma errada.

    Trocando figuras de palavas por figuras de línguagem.

  • Gabarito: B (por falta de alternativa melhor)

    Ah, então quer dizer que "urticária na alma" é uma prosopopeia? Interessante... só que, como bem explicaram os comentários anteriores, prosopopeia é atribuição de sentimentos ou ações humanos a seres inanimados. O engraçado é que a "alma" e "inanimado" vêm do mesmo termo em latim, anima (sopro, alento). Isso é só pra mostrar que ALMA não pode ser considerada uma coisa INANIMADA! Seria o equivalente lógico de uma água "não-molhada".  Mas esperem!!! Ainda tem mais: a alma não está sequer "personificada" como seria requerido pela nossa definição! A AUTORA está SENTINDO uma "urticária na alma".. da mesma forma que poderia sentir uma "urticária no pé", sem cogitarmos em prosopopeia alguma. Agora, se ela dissesse "meu pé tem reclamado bastante de urticária", aí sim, prosopopeia bem caracterizada. Pra piorar a situação, no uso corrente, "alma" é equivalente à consciência, à própria essência da pessoa, portanto "urticária na alma" equivale simplesmente a "urticária mental/sentimental". Como não se trata de urticária em sentido literal (que ocorre na pele), trata-se de uma metáfora
    Ainda na mesma expressão "urticária na alma", poderíamos, talvez, identificar uma sinestesia. Urticária tem a ver com o sentido do tato e alma com o "sentido" da emoção.
    Poderíamos ainda identificar uma comparação (embora alguns autores não reconheçam essa figura) na expressão "desconforto interno que em tudo se assemelha à indigestão"
    Enfim, eram várias as opções que o examinador poderia ter utilizado. Infelizmente, ele acabou escolhendo a menos evidente e mais forçada para o caso em tela, justamente a prosopopeia. Alargando bastante as definições, tudo é possível! Como, dentre as alternativas propostas, a letra b) é a única que se encaixa (ainda que "na marra"), acho que não caberia recurso. 
    Veja como divulgar a Campanha Nota Justa)
  • Consuplan é zoeira total! puts

  • FALA SÉRIO MEU IRMÃO, NADA A VER .  :(

  • Prosopopeia (ou personifcação): consiste em atribuir características humanas a seres inanimados (inclui os animais).
    – Baleia, a cachorrinha, sonhava em uma vida melhor para sua família.

    urticária e alma não tem nenhum ser inanimado. kkk

    gab não tem nada a ver. QUESTÃO DEVERIA TER SIDO ANULADA. 


     

  • Gabarito: b)

     

    Figuras de linguagem são certos recursos não-convencionais que o falante ou escritor cria para dar maior expressividade à sua mensagem.

     

    Antítese
    Consiste no uso de palavras de sentidos opostos.
    Nada com Deus é tudo.
    Tudo sem Deus é nada.

     

    Prosopopeia
    É uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO.
    O céu está mostrando sua face mais bela.
    O cão mostrou grande sisudez.

     

    Perífrase
    É a designação de um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
    A Veneza Brasileira também é palco de grandes espetáculos.
    (Veneza Brasileira = Recife)
    A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência.

    (CidadeMaravilhosa = Rio de Janeiro)

     

    Anáfora
    Consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido, contribuindo para uma maior expressividade.
    Cada alma é uma escada para Deus,
    Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
    Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
    Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fernando Pessoa)

     

    Paranomásia

    Consiste no emprego de palavras parecidas, numa mesma sentença, gerando uma espécie de trocadilho.

    “O homem fardado tentava a todo custo explicar à mulher que ela estava infringindo a lei. Como não lhe dera ouvidos, levou-a ao xadrez, infligindo-a as mais duras provações, desde engraxar suas botas até lavar os banheiros dos detentos.”

    Infringir= desrespeitar, cometer infração.

    Infligir= submeter, aplicar castigo.

  • FIGURAS DE PENSAMENTO

    ANTÍTESE, PARADOXO, EUFENISMO, IRONIA HIPÉRBOLE, GRADAÇÃO, PROSOPOPEIA.

     

     a) Antítese.

    É O CONTRASTE ENTRE DUAS PALAVRAS (ANTÔNIMAS), EXPRESSÕES OU PENSAMENTOS, PROVOCANDO UMA RELAÇÃO DE OPOSIÇÃO.

     

    ex: METADE DE MIM TE ADORA, A OUTRA METADE TE ODEIA.

     

     b) Prosopopeia.

    CARACTERÍSTICAS HUMANAS A SERES NÃO HUMANOS.

     

    ex: A AMAZÔNIA CHORA DEVIDO AO DESMATAMENTO.

     

    .

     

  • Explicação retirada do livro "Gramática Crítica: o culto e o coloquial no português brasileiro" (p. 259):

    PARANOMÁSIA é figura de harmonia (explora, sobretudo, os efeitos provocados pelas combinações fônicas dos vocábulo) que consiste no emprego, ao final ou no interior dos versos, de vocábulos parônimos, ou seja, termos com grafia e pronúncia bem semelhantes e significados distintos:

    Por todo o dia
    um certo verde
    um INSETO VERDE
    o INCERTO VER-TE (Ramos Filho)

  • O que é Prosopopeia:

     

    Prosopopeia (ou personificação) significa atribuir a seres inanimados (sem vida) características de seres animados ou atribuir características humanas a seres irracionais.

     

    Prosopopeia é uma figura de linguagem usada para tornar mais dramática a comunicação.

     

    Exemplos:

     

    Árvores pedem socorro.

     

    O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

     

    A raposa disse algo que convenceu o corvo.

     

    As árvores são imbecis: se despem justamente quando começa o inverno

     

  • Para a Consulplan, Alma é um ser irracional como ela própria. 


ID
637945
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Poço Redondo - SE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando a natureza mata

Menina do interior, tive a natureza como presença enorme em torno da casa e por toda a pequena cidade: paisagem, abrigo, fascinação, surpresa, escola de permanência e também de transitoriedade. Mantive um laço estreito com esse universo, e quando posso durmo de janelas e cortinas abertas, para sentir a respiração do mundo. Porém, cedo também aprendi que a mãe natureza pode ser cruel. Granizo perfurando folhas e arrasando a horta, geada castigando flores, raios matando gente. De longe, ouvia falar em terremoto, quando o vasto mundo ainda era distante. Agora que o mundo ficou minúsculo, porque o Haiti arrasado, o Chile destruído e a Europa nevada estão ao alcance do meu dedo no computador ou no controle da televisão, a velha mãe se manifesta em estertores que podem ser apenas normais (o clima da Terra sempre mudou, às vezes radicalmente, antes de virmos povoar este planeta), mas também podem ser rosnados de protesto, “ei, o que estão fazendo comigo essas pequenas cracas que se instalaram sobre minha pele?”.
Mas a natureza não mata apenas com enchentes, deslizamentos, terremotos e tsunamis. Mata pela mão dos humanos, o que pode parecer um fato em escala menor, mas é bem mais preocupante. Homens, mulheres e meninos-bomba quase diariamente se explodem levando consigo dezenas de vidas inocentes: pais de família, mães ou crianças, mulheres fazendo a feira, jovens indo para a escola. Bandidos incendeiam um ônibus com passageiros dentro: dois morrem logo, outros vários curtem em hospitais o grave sofrimento dos queimados. Não tinham nada a ver com a bandidagem, estavam apenas indo para o trabalho, ou vindo dele. Assaltantes explodem bancos em cidades do interior antes tranquilas. Criminosos sequestram casais ou famílias inteiras e os submetem aos maiores vexames e terror. Como está virando costume, a gente agradece por escapar com vida.
Duas mães deixam num barraco imundo cinco crianças, algumas com menos de 6 anos. Sem comida, sem força, sem presença, sem a menor higiene. O policial que as encontra leva duas menorzinhas para casa, onde sua mulher lhes dá banho e comida. As crianças, de tão fracas, mal conseguem se alimentar. O homem chora: tem três filhos pequenos, e há algum tempo perdeu uma filhinha. A maldade humana agride até esse homem que com ela deve ter frequente contato.
A natureza, da qual fazemos parte, mata com muito mais crueldade através de nós do que através do clima ou de movimentos da terra, e de maneira bem mais assustadora: pois nós pensamos enquanto prejudicamos o nosso semelhante.
Temos a intenção de atormentar, torturar, matar, mesmo que em vários casos seja uma consciência em delírio – estamos tão drogados que achamos graça de tudo. Mas somos responsáveis por nos termos drogado.
De modo que, como me dizia um amigo, o ser humano não tem jeito, não. Ou: esse é o nosso jeito, a nossa parte na natureza. De um lado, os cuidadores, que vão de pais e mães até médicos e enfermeiras; do outro lado, os destruidores, que são os bandidos, mas também (que tristeza) eventualmente pais e parentes. E contra eles, tanto ou mais do que contra a natureza não humana, somos impotentes. O que faz a criança diante do abandono materno? Em relação ao pai, tio ou irmão estuprador? O que fazem passageiros de um ônibus, pacíficos e cansados, diante do terror imposto por bandidos? Nada. Migalhas humanas soterradas por maldade e frieza, como num terremoto ou tsunami somos soterrados pela lama, pelos destroços, pelas águas.
Resta filosofar um pouco: de que vale a vida, quanto vale a minha, e como a usamos, se é que pensamos nisso? Pensar pode ser meio chato, e ainda por cima traz alguma inquietação. A natureza poderosa, encantadora e cruel também somos nós: que a gente não fique do lado dos animais assassinos, como a orca, que depois de matar três pessoas continua, como foi anunciado, “fazendo parte do time”, no parque americano.
Antes de usar um adesivo “salve as baleias”, eu quero um adesivo “salve as pessoas, que são parte da natureza”.
(Luft, Lya. Revista VEJA, 17 de março de 2010 – pág. 24)

Há um exemplo de prosopopeia em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

     

    Mantive um laço estreito com esse universo, e quando posso durmo de janelas e cortinas abertas, para sentir a respiração do mundo.

    A prosopopeia ou personificação ocorre no trecho sublinhado. Lembrando que a prosopopeia ocorre, caso se atribua características e emoções de humanos a seres inanimados, irracionais ou, até mesmo, objetos.

  • - Proposopeia: atribuição de uma característica de um ser animado a um ser não animado. - Personificação: atribuição de uma característica inerente ao ser humano a um ser não humano
  • b) “Mantive um laço estreito com esse universo, e quando posso durmo de janelas e cortinas abertas, para sentir a respiração do mundo.”

     

     

     

    Personificação, Animização ou Prosopopeia - é a figura pela qual fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem e sentirem como pessoas humanas. Exemplo:

     

    "Lá fora, no jardim que o luar acaricia, um repuxo apunhala a alma da solidão." (Olegário Mariano)


ID
638728
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Poço Redondo - SE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Campanha ataca os abusos do “juridiquês”
“Encaminhe o acusado ao ergástulo público.” Com essa frase o juiz Ricardo Roesler determinou a prisão de um assaltante de Barra Velha, comarca de Santa Catarina. Dois dias depois, a ordem não tinha sido cumprida. Ninguém havia compreendido onde era o tal do “ergástulo”, palavra usada como sinônimo de cadeia.
Quando Roesler descobriu que nem seus subordinados entendiam o que ele falava, decidiu substituir os termos pomposos e os em latim por palavras mais simples. Isso foi há 17 anos. Hoje, presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses, ele é um dos defensores da linguagem coloquial nos tribunais.
Preocupada com o excesso de “juridiquês”, a Ajuris (Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul) organizou um guia destinado a leigos para tentar desmitificar o jargão da Justiça. O presidente da entidade, Carlos Rafael dos Santos Júnior, tem estimulado os magistrados a participarem de debates em escolas com pais e alunos.
A ideia, encampada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), é uma gota num oceano de discursos herméticos que tomam conta dos tribunais, onde o simples talão de cheque vira “cártula chéquica”, o viúvo, “cônjuge supérstite”, e a denúncia (peça formal), “exordial acusatório”.
(Folha de S. Paulo, 23 jan. 2005 / com adaptações)

Com base nos usos expressivos da língua, o trecho “Preocupada com o excesso de ‘juridiquês’, a Ajuris (Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul) organizou um guia...” demonstra uma variedade de figura de linguagem que pode ser verificada em:

Alternativas
Comentários
  • A correta é a alternativa B que nos traz um exemplo de Sinédoque, baseada na relação quantitativa entre o significado original da palavra e o referente. Uma espécie de parte pelo todo.

    Exemplo: "O Brasil foi às urnas no último domingo" - Na verdade, os eleitores é que foram às urnas. 

    Exemplo: "O time marcou um gol" - Quem marcou foi o jogador, não o time inteiro.

  • É como se fosse uma variação da metonímia....


ID
646294
Banca
VUNESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: As questões de números 25 a 27 tomam por base o fragmento.

  [Sem-Pernas] queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito físico e os muitos anos (talvez tivessem sido apenas meses ou semanas, mas para ele seriam sempre longos anos) que vivera sozinho nas ruas da cidade, hostilizado pelos homens que passavam, empurrado pelos guardas, surrado pelos moleques maiores. Nunca tivera família. Vivera na casa de um padeiro a quem chamava “meu padrinho” e que o surrava. Fugiu logo que pôde compreender que a fuga o libertaria. Sofreu fome, um dia levaram-no preso. Ele quer um carinho, u’a mão que passe sobre os seus olhos e faça com que ele possa se esquecer daquela noite na cadeia, quando os soldados bêbados o fizeram correr com sua perna coxa em volta de uma saleta. Em cada canto estava um com uma borracha comprida. As marcas que ficaram nas suas costas desapareceram. Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora. Corria na saleta como um animal perseguido por outros mais fortes. A perna coxa se recusava a ajudá-lo. E a borracha zunia nas suas costas quando o cansaço o fazia parar. A princípio chorou muito, depois, não sabe como, as lágrimas secaram. Certa hora não resistiu mais, abateu-se no chão. Sangrava. Ainda hoje ouve como os soldados riam e como riu aquele homem de colete cinzento que fumava um charuto.

(Jorge Amado. Capitães da areia.)

O emprego da figura de linguagem conhecida como “prosopopeia” (ou “personificação”) põe mais em evidência a principal razão pela qual Sem-Pernas é estigmatizado. O trecho que contém essa figura é

Alternativas

ID
656845
Banca
FAPEC
Órgão
PC-MS
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia, a seguir, o seguinte fragmento :

Os que querem dar ao policial poder não só de prender como também de julgar, condenar e punir, por conta própria, não percebem que um dia isso pode ser usado contra eles também. A estes e aos adeptos da lei Sivuca – “bandido bom é bandido morto" – um lembrete: não se descobriu o veneno antiofídico matando a cobra, mas com ela viva e presa (sem celular, bem entendido). (Zuenir Ventura)

É correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • "eles" são os críticos que querem aumentar os poderes de "execução"

    Abraços

  • NÃO ENTENDI O GABARITO.

  • Gabarito: B

    Os que querem dar ao policial poder não só de prender como também de julgar, condenar e punir, por conta própria, não percebem que um dia isso pode ser usado contra eles também.

    >> É de se observar que o pronome "eles" no fim do período remete a ideia daqueles que querem dá a policia diversos poderes que, no começo do período está representado por "OS QUE".

    Observem que poderíamos fazer a substituição do trecho inicial por um pronome.

    vejamos.....

    Aqueles que querem dar ao policial poder não só de prender como também de julgar, condenar e punir, por conta própria, não percebem que um dia isso pode ser usado contra eles também

    Em suma, temos que "os que" tem função de agente e pode ser substituído por um pronome demonstrativo.

  • gab:B de Bola pra frente rsrsrsrs

    O que ELES querem dar ao policial poder não só de prender como também de julgar, condenar e punir, por conta própria, não percebem que um dia isso pode ser usado contra ELES também.

    OU

    AQUELES QUE querem dar ao policial poder não só de prender como também de julgar, condenar e punir, por conta própria, não percebem que um dia isso pode ser usado contra ELES também.

    primeiro caso é apenas para 'descortinar' o problema, uma forma de "esclarecer a mente"

    o segundo caso é a resolução: 'aqueles' é um pronome demonstrativo "que estava implícito" ,ou seja, as mesmas pessoas que querem dar mais poder podem sofrer com o aumento do poder.

  • Letra A:

    o verbo dar (1ª linha) aparece com os dois complementos exigidos pela sua regência. E as conjunções “não só...como também" (1ª linha) são coordenativas explicativas.

    = são coordenativas ADITIVAS

    Além das conjunções adversativas, o grupo de conjunções coordenativas contempla as conjunções aditivas, alternativas, conclusivas, explicativas. Relembre:

    • Conjunções aditivas – expressam ideia de adição: e, nem, não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. 
    • Conjunções alternativas – remetem a ideia de escolhas ou levam ao entendimento sobre algo que acontece separadamente: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
    • Conjunções conclusivas – são palavras que representam consequência ou como o nome já sugere, conclusão: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. 
    • Conjunções explicativas – são conjunções que esclarecem o motivo, apresentado na oração anterior: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

    (https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/conjuncoes-adversativas)


ID
656863
Banca
FAPEC
Órgão
PC-MS
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • No QC, não há a tira e a figura abaixo

    Abraços

  • Resposta [ D ]

    Polissemia é um conceito da área da linguística com origem no termo grego polysemos, que significa "algo que tem muitos significados". Uma palavra polissêmica é uma palavra que reúne vários significados.

    Só que a polissemia desaparece quando ocorre a semântica contextual.

  • Por que a A está incorreta?

  • Discurso direto

    O discurso direto caracteriza-se por ser aquele em que o narrador reproduz as palavras de outra pessoa ou personagem. Um discurso direto pode aparecer no meio do texto. Para isso, utiliza recursos de pontuação como uso das aspas, dois pontos ou travessão, para demonstrar que a fala é de outrem.

    EX: Na cerimônia de colação de grau, os formandos em Direito disseram: "Prometo cumprir meus deveres e defender com firmeza e honestidade."

    Discurso Indireto

    No discurso indireto o interlocutor diz o que a outra pessoa ou personagem falou. Ele o faz com as suas próprias palavras.

    É o tipo de discurso comum no dia a dia, narrado na terceira pessoa, que dispensa o uso de travessão. 

    EX: Na cerimônia de colação de grau, os formandos em Direito disseram que vão cumprir seus deveres defender com firmeza e honestidade.

    O discurso indireto livre é caracterizado pela junção dos discursos direto e indireto. Assim, há intervenções do narrador e da fala dos personagens.

    Nesse tipo de discurso as falas dos personagens e do narrador podem ser confundidas quando não existirem marcas para mostrar a mudança do discurso. Isso porque no discurso indireto livre, diferentemente dos outros discursos, não há indicações de separação da fala do narrador da fala da personagem, que são feitos por meio de verbos de elocução, conjunções ou sinais de pontuação. 

    No discurso indireto livre o narrador assume o lugar da outra pessoa do discurso, assumindo sentimentos e pensamentos, inserindo-os na sua própria narrativa.  

    EX: João fez o que julgava importante. Não estava arrependido, mas sentiu um alívio. Talvez não tenha sido suficientemente justo com os seus sentimentos.

    EX: O despertador não tocou hoje. Nossa, vou chegar atrasado!

    Portanto, o erro da alternativa E é afirmar que as palavras do personagem não são reproduzidas.

    Fonte: Educamaisbrasil.com.br


ID
664948
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um peixe 

            Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?...

        Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a.

– E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?...

Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa.

        – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?...

    O peixe, quieto num canto, parecia escutar.

    Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi.

        Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no footing , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 

        Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado.

        Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. 

A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou...

– Você viu?

– Uma beleza... Tem até uma trairinha.

– Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada.

– Traíra é duro de morrer, hem?

– Duro de morrer?... Ele parou.

        – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. 

    – E aí?

    –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? 

– Por nada.

– Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro.

– Vou ficar aqui mais um pouco

– disse a empregada.

– depois vou arrumar os peixes, viu?

– Sei.

    Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.

 

(VILELA, Luiz. . O violino e outros contos 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.) 

VOCABULÁRIO:

Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo. 

Footing :passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).

Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.

Vozerio: som de muitas vozes juntas. 

Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando esta afirmação, assinale a alternativa que possui exemplo de pleonasmo vicioso.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - E

    Como: tirar pra fora, subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro...
  • Pleonasmo é uma figura de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) numa expressão, enfatizando-a.
  • Tirou para fora. Não há "tirar para dentro".
  •  Tirou para fora 
  • Pow sem dúvida letra E, mas pra mim fiquei com dúvidas se poderia ser a letra B também, pq não consigo imaginar alguém indo comprar pão numa retífica, numa mecânica, em uma concessionária.... pão se compra em padaria ou assemelhados... ai gerou minha dúvida em ser pleonasmo vicioso ou não. Valeu abraços a todos... bons estudos...
  • A letra 'b' não é pleonasmo vicioso, pois há apenas uma especificação de onde se compraria o pão. Poderia ser no mercado, supermercado, etc.

    Assim como a propria letra 'e' não estaria errada se, por exemplo, dissesse 'tirou para fora DA PIA' ou tiou para fora 'DA SACOLA'. Haveria uma especificação, como houve no item 'b'.

    Bons estudos.
  • Letra B (um pão na padaria) - armadilha cruel para derrubar o candidato!
    Eu, por exemplo, compro pão no supermercado. Pão na padaria não é pleonasmo.

    Letra E, realmente, é a correta, a não ser que alguém consiga tirar pra dentro alguma coisa...
  • Embora já tenha visto pessoas ironizarem o termo "comprar pão na padaria" já que para alguns só se compra pão em padarias,isso não é pleonasmo vicioso é ignorância mesmo. Pães, hoje,compram-se em supermercados,quitandas, pequenas mercearias, em alguns lugares tem até quem passe vendendo nas ruas, entregando-lhe os pães na porta de sua casa.

  • Posso comprar bolo na padaria, rosca, salgados etc... não necessariamente pão.

    Gab: E

     
  • ....."fora do rio, fora da cesta, fora da panela"....

    Questão completamente equivocada!

    Na minha concepção, alternativa A...da torneira aberta sairá água!!!!!!

  • Existem 3 tipos de pleonasmo.

  • Mata-la? nao ia, nao tenho coragem. Na entendi pq repetiu tanto nao na Letra C

  • Gab e!

    Segundo a gramática do Bechara: Existe o pleonasmo de valor expressivo, e o pleonasmo de valor negativo (considerado erro de gramática)

    Negativo: na questão, a alternativa E é erro: (negativo) ''Subir para cima""

    Expressivo: Não é erro. Aqui há especificação; ''O leite está saindo por fora do copo'' \ tirou o livro para fora da bolsa.


ID
665098
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Um peixe 

Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?... Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a. – E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?... Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa. – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?... O peixe, quieto num canto, parecia escutar. Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi. Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 
Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado. Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou... – Você viu? – Uma beleza... Tem até uma trairinha. – Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada. – Traíra é duro de morrer, hem? – Duro de morrer?... Ele parou. – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. – E aí? –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? – Por nada. – Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro. – Vou ficar aqui mais um pouco – disse a empregada. – depois vou arrumar os peixes, viu? – Sei. Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.
(VILELA, Luiz. . 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.)

VOCABULÁRIO:
Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo.
Footing: passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).
Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.
Vozerio: som de muitas vozes juntas

Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns pleonasmos são considerados “vícios de linguagem" por informarem uma obviedade e não desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando esta afirmação, assinale a alternativa que possui exemplo de pleonasmo vicioso.

Alternativas
Comentários
  • Opção CORRETA, letra "E".
    “(...) Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; (...)”
    Neste contexto, o fato de "tirar para fora" constitui pelonameno vicioso, pois coo os peixes estava na pia, nao havia outra forma de tirá-los, senão para fora de onde estavam.
    Vejamos...
    Pleonasmo é o emprego de palavras ou expressões de significado equivalente, com a finalidade de reforçar uma determinada ideia. A redundância de termos no âmbito das palavras, pode possuir emprego legítimo em certos casos não sendo necessariamente "erro", pois confere maior vigor ao que está sendo expresso. Desta forma, é importante distinguir claramente a diferença entre o pleonasmo (figura de liguagem) e o pleonasmo vicioso (erro gramatical).
    Pleonasmo: Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não, com a finalidade do pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva. Exemplo: O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.
    Nesta oração, os termos "o problema da violência" e "lo" exercem a mesma função sintática: objeto direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pronome "lo" classsificado como objeto direto pleonástico. Outros Exemplos: "Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões);
    "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa); "E rir meu riso." (Vinícius de Moraes); Vi com meus próprios olhos a terrível cena. (aqui figura de linguagem = ressalta, traz
    ênfase ou especial destaque à situação); Perdoe-me pelo amor do divino Deus (mesma situação).O pleonasmo só tem razão de ser quando confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um pleonasmo vicioso.

    Pleonasmo só tem razão de ser quando confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um pleonasmo vicioso.
    Pleonasmo Vicioso ou Redundância: Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de uma informação na frase. Exemplos: Enquanto lhe procurava dei três voltas ao redor da quadra (aqui erro gramatical = claro que as voltas seriam ao redor); Acabei pegando no sono e dormi. (novo erro = claro que dormiu ao pegar no sono).; Pique bem os ingredientes e misture junto com a massa. (erro = como poderia mistura senão junto?).
  • "Pão na padaria" também não seria um pleonasmo vicioso?

  • Deveria ser avaliada esta questão. Letra "B" também faz sentido.

     

  • Agora entendi. 

     e)“(...) Tirou para fora (para dentro que não é)os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; (...)"

  • "Tirou para fora". Não tem como tirar para dentro. Sobre os questionamentos a respeito de pão e padaria, não acredito que seja pleonasmo haja vista que pão pode ser comprado em vários locais e não exclusivamente na padaria, logo não classifica-se como termo redundante...

  • A expressão "TIROU PARA FORA", ficou clara a figura de linguagem. Redundante, tendo em vista que não irá tirar o peixe para dentro.


ID
693463
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 

Com relação à leitura do Texto 3 e do conto O espelho, de Guimarães Rosa, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas

ID
693466
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 

Assinale a alternativa incorreta, levando em consideração o Texto 3.

Alternativas
Comentários
  • Uma das maneiras de destacar o erro seria afirma que ´´os`` fosse artigo indefinido? 


ID
697606
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: As dez questões que seguem, em seu conjunto de alternativas, compõem passagens retiradas da revista Veja, edição especial de 11 de dezembro de 2011. Leia atentamente o enunciado de cada questão e escolha a alternativa que melhor responda ao que se pede.

ATENÇÃO! Para as respostas relativas a situações gramaticais modificadas pela Reforma de 2009, são válidas as regras anteriores ao decreto.

Para responder a esta questão considere o texto que segue:

Através do esforço de catadores formais e informais, o Brasil reciclou dois milhões de latinhas por hora no ano passado, sendo a maioria delas descartada em São Paulo, onde existem milhares de catadores informais – de certo modo, um retrato da pobreza e da falta de trabalho formal que leva as pessoas a adotar essa atividade como profissão.

Sobre a passagem acima está correto afirmar:

I) Embora seja de uso comum, a locução prepositiva que inicia o parágrafo poderia ser substituída por outra mais adequada: a combinação de preposição PELO.
II) Pode-se pressupor, pela leitura da passagem, que está em São Paulo o maior número de consumidores de refrigerantes em lata do país.
III) O pronome demonstrativo ESSA estabelece uma relação de coesão tendo como referência uma informação anterior e não poderia ser substituído por ESTA.
IV) O advérbio interrogativo de lugar – ONDE – poderia ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico, pela expressão EM QUE.
V) Pode-se concluir, com base nesse excerto, que, no Brasil, faltam empregos formais.
VI) Se a forma verbal EXISTEM fosse substituída por uma equivalente do verbo HAVER, a flexão de tempo e modo permaneceria, mas não a de número.

Quais as afirmativas estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Não entendi por que a alternativa IV foi considerada errada. Alguém poderia explicar!


  • Quanto a alternativa IV, no texto 'onde' não está exercendo a função de 'adverbio interrogativo' mas de pronome relativo, como 'que'.

  • o lixo de um estado vai para outro?

    se em SP tem o maior numero de descarte, me faz crer que la teria o maior numero de consumidores...

  • PAREI AQUI!!!!!!

    ATENÇÃO! Para as respostas relativas a situações gramaticais modificadas pela Reforma de 2009, são válidas as regras anteriores ao decreto.

  • Gabarito: E

    na IV, o advérbio interrogativo de lugar "ONDE" até poderia ser substituído por "EM QUE, mas causaria prejuízo sintático ou semântico.


ID
734053
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o fragmento a seguir e responda a questão 11.


Em “...vim pensando...", quanto ao aspecto verbal, a expressão é uma perífrase

Alternativas
Comentários
  • B durativa = ação em andamento.

    LETRA B

    BRASIL!!

  • GABARITO: LETRA B

    → ele veio pensando e continua pensando; está durando no decorrer do tempo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻


ID
739291
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta considerando as afirmativas abaixo.

I. A metonímia se processa no eixo paradimático.

II. A metáfora é uma forma de se conceber uma coisa em termos de outra.

III. "Comer como um passarinho" é um exemplo de metáfora zoomórfica.

Alternativas
Comentários
  • I. METONÍMIA: Figura que transporta o sentido de um vocábulo para outro com base em uma relação de causa e consequência.

    II. GABARITO

    III. COMPARATIVO: Parecida com a metáfora, mas ocorre quando 2 elementos em comparação estão separados por uma partícula comparativa, um conectivo.

    Fonte: ALFACON


ID
739303
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. O enunciado "Declaro suspensa esta sessão" só é realmente um ato de fala performativo se as condições de felicidade para seu proferimento forem atendidas.

II. Quando a língua portuguesa toma uma palavra emprestada de outra língua, ela impõe a essa palavra as características fonológicas do português.

III. A metáfora é um fenômeno da linguagem literária o qual não ocorre comumente na linguagem diária.

Alternativas

ID
757855
Banca
FUMARC
Órgão
TJ-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Cidadezinha Qualquer versus Nadópolis

1. Cidadezinha Qualquer, os leitores fiquem sabendo logo, é uma cidade comum localizada em uma região distante de um longínquo país. O que os leitores não sabiam ainda, pois eu ainda não lhes contei, e agora conto, é que existe uma cidade chamada Nadópolis, sede de um município fronteiriço com Cidadezinha Qualquer. (...) Nadópolis era uma cidade meio antipática mesmo. Não, não era birra dos cidadãos cidadequalquerianos: Nadópolis tinha um ar arrogante e antipático! A começar pelo nome pomposo. Esse “polis” grego e sofisticado no final do nome, essa pose forçada que destoa do ambiente natural da região, renega a história... Isso para não falar da mania que tinham os nadopolenses de apregoar as vantagens de viver em um município como o seu. Era comum ouvi-los dizer:

2. - “Nadópolis é a cidade mais porreta da região; lá todo mundo veve bem e nóis não tem os pobrema qui as outra cidade de perto tudo tem...”

3. Para que os leitores não julguem o autor muito parcial é bom que se diga: realmente Nadópolis era mais próspera do que Cidadezinha Qualquer. Graças ao incremento de sua agricultura e à grande soma de recursos e trabalho que isto envolve, Nadópolis, àquela época, vivia o seu período de esplendor. Grandes e suntuosas construções erguiam-se por toda parte, o comércio local atraía compradores de toda a proximidade, a vida noturna era agitadíssima. Grupos de visitantes eram levados para pontos estratégicos para serem orientados por um agente turístico sobre as maravilhas da cidade. Como não podia deixar de ser, a arrecadação da Prefeitura local também era das melhores.

(COTRIM, Fabiano. http://www.faroldacidade.com.br. Postado em 01/04/2008. – Texto adaptado)

Observe o trecho a seguir, transcrito do Texto II.

“Nadópolis era uma cidade meio antipática mesmo. Não, não era birra dos cidadãos cidadequalquerianos. Nadópolis tinha um ar arrogante e antipático! A começar pelo nome pomposo. (...)”

Considere as seguintes afrmações:

I. Ocorre nesse fragmento uma personificação da cidade de Nadópolis. 

II. O adjetivo “pomposo” aufere à Nadópolis uma expressão de nobreza. 

III. O advérbio negativo vem trazer a recusa da pompa destinada a Nadópolis. 

IV. A expressão “mesmo” assume função adverbial de intensidade em relação ao adjetivo “antipática”.

Está correto APENAS o que se afirma em:

Alternativas

ID
758710
Banca
FUMARC
Órgão
TJ-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe o trecho do conto “O Alienista”, de Machado de Assis. A questão se refere a este texto. 


            (...) “Uma vez desonerado da administração, o alienista procedeu a uma vasta classificação dos seus enfermos. Dividiu-os primeiramente em duas classes principais: os furiosos e os mansos; daí passou às subclasses, monomanias, delírios, alucinações diversas. Isto feito, começou um estudo acurado e contínuo; analisava os hábitos de cada louco, as horas de acesso, as aversões, as simpatias, as palavras, os gestos, as tendências; inquiria da vida dos enfermos, profissões, costumes, circunstâncias da revelação mórbida, acidentes da infância e da mocidade, doenças de outra espécie, antecedentes na família, uma devassa, enfim, como a não faria o mais atilado corregedor. Mal dormia e mal comia; e ainda comendo, era como se trabalhasse, porque ora interrogava um texto antigo, ora ruminava uma questão, e ia muitas vezes de um cabo a outro do jantar sem dizer uma só palavra a D. Evarista.

       - A Casa Verde é um cárcere privado, disse um médico sem clínica.

        Nunca uma opinião pegou e grassou tão rapidamente. Cárcere privado: eis o que se repetia de norte a sul e de leste a oeste de Itaguaí, – a medo, é verdade, porque durante a semana que se seguiu à captura do pobre Mateus, vinte e tantas pessoas, duas ou três de consideração – foram recolhidas à Casa Verde. O alienista dizia que só eram admitidos os casos patológicos, mas pouca gente lhe dava crédito. Sucediam-se as versões populares. Vingança, cobiça de dinheiro, castigo de Deus, monomania do próprio médico, plano secreto do Rio de Janeiro com o fim de destruir em Itaguaí qualquer germe de prosperidade que viesse a brotar, arvorecer, florir, com desdouro e míngua daquela cidade, mil outras explicações, que não explicavam nada, tal era o produto diário da imaginação pública.

       Daí em diante foi uma coleta desenfreada. Um homem não podia dar nascença ou curso à mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao inventor ou divulgador, que não fosse logo metido na Casa Verde. Tudo era loucura. Os cultores de enigmas, os fabricantes de charadas, de anagramas, os maldizentes, os curiosos da vida alheia, os que põem todo o seu cuidado na tafularia, um ou outro almotacé enfunado, ninguém escapava aos emissários do alienista. Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vício. Se um homem era avaro ou pródigo, ia do mesmo modo para a Casa Verde; daí a alegação de que não havia regra para a completa sanidade mental. (...)

Com relação ao texto,julgue como VERDADEIRO(V) ou FALSA(F) cada uma das assertivas.

( ) Em: “(...) foram recolhidas à Casa Verde(...)”, a crase utilizada refere-se à clínica , determinando a transitividade do nome “recolhidas”.

( ) Em : “ (...) O alienista dizia que só eram admitidos os casos patológicos, mas pouca gente lhe dava crédito. (...)”, o pronome Oblíquo átono “LHE” refere-se à expressão”gente”.

( ) Em : (...) Um homem não podia dar nascença ou curso à mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao inventor ou divulgador, que não fosse logo metido na Casa Verde(...)”, o pronome QUE tem função relativa.

( ) Em :” Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vício(...)”, ocorre uma elipse do verbo no 4º período.

A sequência CORRETA é:

Alternativas
Comentários
  • Em: “(...) foram recolhidas à Casa Verde(...)”, a crase utilizada refere-se à clínica , determinando a transitividade do nome “recolhidas”.
    O local é especificado, vai crase
    Em : “ (...) O alienista dizia que só eram admitidos os casos patológicos, mas pouca gente lhe dava crédito. (...)”, o pronome Oblíquo átono “LHE” refere-se à expressão”gente”.
    Dava crédito a ele (se refere ao alienista)
    Em : (...) Um homem não podia dar nascença ou curso à mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao inventor ou divulgador, que não fosse logo metido na Casa Verde(...)”, o pronome QUE tem função relativa.
    Que é Pronome relativo.
    Em :” Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vício(...)”, ocorre uma elipse do verbo no 4º período
    e as segundas cediam a um vício. (suprimido o verbo, mas se subentende)


  • Fonte: http://miscelaneaconcursos.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html
  • não seria no 5º período a elipse? Ajude-me por favor.
  • Fiquei com dúvida também no período, por isso marquei como errada.

    Alguém nos ajude.
  • A Elípse do Sujeito ocorre quando já existe um verbo flexionado na 1ª, 2ª ou 3ª pessoa do plural ou singular :
    Exemplos:


    • Estava feliz em ir viajar.
    • Não queremos jantar agora!
    • Farei de tudo para você não adoecer

    período é uma frase que possui uma ou mais orações, podendo ser:

    • Simples: Quando constituído de uma só oração (um verbo ou locução verbal).

    Ex.: João ofereceu um livro a Joana.

    • Composto: Quando é constituído de duas orações(dois verbos ou locuções verbais). Os períodos compostos são formados por coordenação ou por subordinação.

    Ex.: O povo anseia que haja uma eleição justa.

     Em :” Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vício(...)”, ocorre uma elipse do verbo no 4º período.
    1º Período :
    azul
    2º Período: vermelho
    3º Período: amarelo
    4º Período: verde
  • Não entendi a primeira! Como assim refere-se à clínica? 
  • Renata

    O particípio RECOLHIDAS exige preposição A, porque se estão RECOLHIDAS estão RECOLHIDAS "A" algum lugar.
    Já o nome próprio CASA VERDE é designação da clínica do outro Bacamarte, no conto O ALIENISTA, de Machado de Assis.
    Como a palavra CASA está determinada com o adjetivo VERDE, exige o artigo A. A preposição A, que vem de RECOLHIDAS, somada ao artigo A, que se refere à CASA VERDE, que é o nome da clínica psiquiátrica a que se refere o texto, forma o sinal de crase.
    O verbo "se recolher" é Transitivo indireto

    Espero ter ajudado

    Bons estudos

     
     


  • pra mim o gabarito é letra "a" e ninguem me convence de que isso é elipse .

    essa pohha é zeugma e a frase está pontuada errada .

    deveria ficar assim : " dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural; e as segunda , a um vicio .

    elipse =  palavra facilmente subentendida na frase sem que ja tenha sido exposta na oração .

    zeugma = consiste na omissão de um ou mais elementos de uma oração, já expressos anteriormente. 

  • discordo do gabrito b, pois período deve ter sentido completo, possuir uma ou mais de uma oração e deve ser finalizado com ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação ou reticências. No caso a última assertiva é falsa, pois diz que há elipse no 4º período mquando deveria ser que há elipse na 4ª oração. Estou certa? alguém me ajude.

  • ( V) Em :” Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas (cediam) a um vício(...)”, ocorre uma elipse do verbo (verbo escondido) no 4º período. 
  • Gabarito: B

    I-VERDADEIRO-"foram recolhidas à Casa Verde"-o verborecolher no contexto empregado é VTI exigindo a preposição. Isso fica claro emforam recolhido para onde? para algum lugar.

    II-FALSO-"mas pouca gente lhe dava crédito"-O lhe é Obj. Indireto do verbodar e crédito é Obj. Direto. Dava crédito a quem? Ao alienista (retomado peloLHE).

    III-VERDADEIRO-Powww-Pronome relativo!!

    IV-VERDADEIRO-É importantíssimo saber que, como em todas as áreas, na língua portuguesatambém há divergência doutrinária. Mas toda doutrina diz que zeugma é uma formade elipse. Levando em consideração que a FUMARC sugere como Bibliografia(AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da língua portuguesa.3. ed. SãoPaulo: Publifolha, 2010 e SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa:teoria e pratica. São Paulo: Nova Geração, 2011) doutrinadores que classificamsomente como elipse o item está correto.

    Nãoencontro explicação para utilização da palavra período, mas prova é igualesposa:

    -Não deixe de ser o perfeito para ser o impossível.

    -Não minta para ela, mas só responda o que ela perguntar. Prof. Matheus Carvalho chama de segredo (vc sabe, não precisa dizer p ela que sabe, só diga se ela perguntar).


  • Essa questão é uma dor de cabeça, nada mais que isso.


  • O Alienista, de Machado de Assis, leitura refrescante e prazerosa. Infelizmente no Brasil não há cultura para esses tipos de leituras.

     

    #B17

  • Gabarito B


    ( ) Em : “ (...) O alienista dizia que só eram admitidos os casos patológicos, mas pouca gente lhe dava crédito.,“ (...) O alienista dizia que só eram admitidos os casos patológicos, mas pouca gente lhe dava crédito. (...)”, o pronome Oblíquo átono LHE refere-se à expressão”gente”. Pouca gente dava crédito a quem? Ao alienista


    ( ) Em: ” Ele respeitava as namoradas/ e não poupava as namoradeiras/, dizendo que as primeiras /cediam a um impulso natural /e as segundas a um vício(...)”, ocorre uma elipse do verbo no 4º período. E as segundas (cediam) a um vício.


    Acertei a questão por eliminação: O segundo item eu tinha certeza que era falso e o último verdadeiro.

  • PRA QUE BRIGAR COM A BANCA? PENSE COMO ELA E SEJA FELIZ.

  • Algumas questões dessa banca a gente mata por eliminação, essa questão, por exemplo, se no momento da prova fizéssemos uma análise das opções já daria para fazer apenas pela última opção que é V.

  • elipse é uma figura de linguagem que ocorre com a omissão de um termo (no caso da questão, do verbo CEDIAM) que pode ser subentendido no texto.

  • período foi apelação.


ID
762523
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a única alternativa que NÃO contém o vício de linguagem denominado barbarismo:

Alternativas
Comentários
  • Barbarismo é o erro de pronúncia, grafia ou uso de uma determinada palavra.
    Quando proposital o barbarismo é uma figura de linguagem.
    Quando não proposital o barbarismo é vício de linguagem.
    Ex.: A chuva interrompeu o tráfico de veículos (errado - figura de linguagem) - A chuva interrompeu o tráfego de veículos (correto).

    Na assertiva "Se esses cidadãos antevierem o futuro, ficarão milionários",
    o correto seria: "Se esses cidadãos antevirem o futuro, ficarão milionários"

ID
762544
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aponte a única alternativa que apresenta o vício de linguagem denominado solecismo:

Alternativas
Comentários
  • Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa.
    Ex.: Vou no banheiro (errado) - Vou ao banheiro (correto).
             Eles são neurótico (errado)     Eles são neuróticos (correto).

    Na assertiva "Os malotes costumam chegar no Fórum pontualmente às 19 horas",
    o correto seria: "Os malotes costumam chegar ao Fórum pontualmente às 19 horas".
  • A letra C deveria haver uma preposição,não?
    Quem puder dá uma explicação,ficarei grato.
  • Respondendo a pergunta do colega: Dizem elas que assistem muitas vezes a filmes de terror. Esse a antes do substantivo filmes é a preposição, se fosse artigo teria de concordas com filmes, seria AOS filmes (preposição a + artigo os).

  • Nunca havia ouvido sobre essa figura de linguagem, e pelo que entendi o solecismo é um erro de regência.

ID
775591
Banca
IF-PR
Órgão
IF-PR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Comentando uma reportagem sobre o estilo da classe média brasileira, um leitor da revista CartaCapital manifestou na seção de cartas dos leitores a seguinte opinião:

Faltou uma característica importante: ao chegar em alfândega na Europa, demonstre paciência e tolerância com eventuais filas e atrasos, afinal você está no Primeiro Mundo. Na volta, solte todos os impropérios possíveis e não esqueça de concluir: ‘Este Brasil não tem jeito mesmo!’.
(CartaCapital, 25 nov. 2009, p. 9)

Nessa resposta, é possível reconhecer o uso de:

Alternativas

ID
777400
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 6
O HOMEM, AS VIAGENS


01  O homem, bicho da Terra tão pequeno
02  chateia-se na Terra
03  lugar de muita miséria e pouca diversão,
04  faz um foguete, uma cápsula, um módulo
05  toca para a Lua
06  desce cauteloso na Lua
07  pisa na Lua
08  planta bandeirola na Lua
09  experimenta a Lua
10  coloniza a Lua
11  civiliza a Lua
12  humaniza a Lua.
13  Lua humanizada: tão igual à Terra.
14  O homem chateia-se na Lua.
15  Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
16  Elas obedecem, o homem desce em Marte
17  pisa em Marte
18  experimenta
19  coloniza
20  civiliza
21  humaniza Marte com engenho e arte.
22  Marte humanizado, que lugar quadrado.
23  Vamos a outra parte?
24  Claro — diz o engenho
25  sofisticado e dócil.
26  Vamos a Vênus.
27  O homem põe o pé em Vênus,
28  vê o visto — é isto?
29  idem
30  idem
31  idem.
32  O homem funde a cuca se não for a Júpiter
33  proclamar justiça junto com injustiça
34  repetir a fossa
35  repetir o inquieto
36  repetitório.
37  Outros planetas restam para outras colônias
38  O espaço todo vira Terra-a-terra.
39  O homem chega ao Sol ou dá uma volta
40  só para tever?
41  Não-vê que ele inventa
42  roupa insiderável de viver no Sol.
43  Põe o pé e:
44  mas que chato é o Sol, falso touro
45  espanhol domado.
46  Restam outros sistemas fora
47  do solar a col
48  Onizar.
49  Ao acabarem todos
50  só resta ao homem
51  (estará equipado?)
52  a dificílima dangerosíssima viagem
53  de si a si mesmo:
54  pôr o pé no chão
55  do seu coração
56  experimentar
57  colonizar
58  civilizar
59  humanizar
60  o homem
61  descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
62  a perene, insuspeitada alegria
63 de con-viver.

Carlos Drummond de Andrade
In As Impurezas do Branco José Olympio, 1973 © Graña Drummond
Acessível em http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond05.htm

O poema de Drummond O Homem, as viagens [Texto 6] descreve o processo civilizatório implementado pelo homem como um movimento contínuo, gerado pela insatisfação, gerador de insatisfação. O elemento estrutural que marca, no poema, esse movimento é o uso de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D


ID
790786
Banca
ACAPLAM
Órgão
Prefeitura de Aroeiras - PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na expressão: “... a natureza parecia estar chorando...”, do ponto de vista estilístico temos:

Alternativas
Comentários
  • Deu-se uma característica humana (chorar) a um ser inanimado (natureza)
    Personificação ou prosopopeia - atribuição de características ou ações de seres animados a elementos inanimados

    Gabarito: E
  • Ou Prosopopeia.

  • GABARITO: LETRA E

    Prosopopeia (também chamada personificação) — figura que consiste em dar vida a coisa inanimada, ou atribuir características humanas a objetos, animais ou mortos: Minha experiência diz o contrário do que me dizem; O relógio cansou de trabalhar; “As estrelas, grandes olhos curiosos, espreitavam através da folhagem.” [Eça de Queirós]

    FONTE: Evanildo Bechara para concursos


ID
802060
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa cujas palavras preenchem respectivamente as lacunas, completando adequadamente o sentido das sentenças abaixo:

I. A __________ é a afirmação de algo por meio da negação do seu oposto.

II. A oposição ___________ é a antonímia que ocorre com adjetivos que costumam ser utilizados na construção do grau comparativo ou do grau superlativo.

III. A __________ é o fenômeno semântico que ocorre com algumas palavras que possuem mais de um significado, estando todos eles relacionados entre si.

Alternativas
Comentários
  • lí·to·tes
    (latim tardio litotes, -eos, do grego litótes, -etos, clareza, simplicidade)

    substantivo feminino de dois números

    [Retórica]  Emprego de uma expressão que diz pouco, mas que deixa adivinhar todo o pensamento, muitas vezes com a negação do contrário (ex.: não te louvo em vez de desaprovo o que fizeste).


    "lítotes", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/l%C3%ADtotes [consultado em 17-07-2014].

  • letra A

    POLIssemia = mais de um significado

  • Que questão !

  • 'III. A __________ é o fenômeno semântico que ocorre com algumas palavras que possuem mais de um significado, estando todos eles relacionados entre si. "
     

    Polissemia é um conceito da área da linguística com origem no termo grego polysemos, que significa "algo que tem muitos significados". Uma palavra polissêmica é uma palavra que reúne vários significados.

     Ocorre que, na Polissemia os significados de uma mesma palavra não estão, necessariamente, relacionados.


  • Por isso que é interessante retomar conceitos!!! não sabia mesmo.

  • Adelson, polissemia tem sim significados relacionados. Afinal essa é a diferença básica da polissemia para a homonimia perfeita... Os homônimos perfeitos tem vários significados para mesma palavra, como manga.
  • GABARITO - A

    Polissemia - Quando uma palvra possui vários significados e todos estão interligados.

    Homonímia - Quando uma palavra possui vários significados, mas eles são de diferentes origens. Ex: Manga (da blusa ou uma fruta)

    Caveira!


ID
820114
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Pelo ralo

Este conto foi inspirado nos atentados de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York.

Os pratos estão empilhados de um dos lados da pia numa torre irregular, equilibrando-se uns sobre os outros de forma precária, como os destroços de um prédio bombardeado ameaçando cair. Estão sujos. Muito sujos. Foram deixados ali já faz algum tempo, e os pedaços de detritos sobre eles se cristalizaram, tomando formas absurdas, surreais. Há grãos e lascas, restos de folhas amontoados de uma indefinida massa de cor acinzentada. Copos e tigelas de vidro, também empilhados num desenho caótico, exibem a superfície maculada, cheia de nódoas, e o metal das panelas, chamuscado e sujo em vários pontos, lembra a fuselagem de um avião incendiado. Mas há mais do que isso. Há talheres por toda parte, lâminas, cabos, extremidades pontiagudas que surgem por entre os pratos, em sugestões inquietantes. E há ainda a cratera da pia, onde outros tantos pratos e travessas, igualmente sujos, estão quase submersos numa água escura, como se, num campo de batalha, a chuva tivesse caído sobre as cinzas. O cenário é desolador. A mulher se aproxima, os olhos fixos na pia. Suas mãos, cujos dedos exibem dobras ressecadas, resultado de muitos anos de contato com água e detergente, movem-se em torno da cintura e caminham até as costas, levando as tiras do avental vermelho e branco. Com gestos rápidos, ágeis, faz-se a laçada, que ajusta o avental em seu lugar. E a mulher abre a torneira. Encostada à pia, espera, tocando a água de vez em quando com a ponta dos dedos. Ligou o aquecedor no máximo, pois sabe que precisará dela fumegante, para derreter as crostas formadas depois de tantas horas. Logo o vapor começa a subir. Emana da pia, primeiro lentamente, depois numa nuvem mais encorpada, quase apocalíptica, enquanto o jato d'água chia contra a superfície da louça suja. A mulher despeja algumas gotas de detergente na esponja e começa a lavar. Esfrega com vigor, começando pelas travessas que estavam imersas na água parada, pegando em seguida os copos e, por fim, a pilha de pratos. Vai acumulando-os, já envoltos em espuma, de um dos lados da pia, num trabalho longo, árduo. E só depois se põe a enxaguá-los, deixando que a água escoe, levando consigo o que resta dos detritos. De repente, a mulher sorri. As pessoas não acreditam, mas ela gosta de lavar louça. Sempre gostou. A sensação da água quente nas mãos, seu jato carregando as impurezas, são para ela um bálsamo. “É bom assistir a essa passagem, à transformação do sujo em limpo", ouviu dizer um dia um poeta que também gostava de lavar louça. Ficara feliz ao ouvir aquilo. Só então se dera conta do quanto havia de beleza e poesia nesses gestos tão simples. Mas agora a mulher suspira. Queria poder também lavar os erros do mundo, desfazer seus escombros, apagar-lhe as nódoas, envolver em sabão todos os ódios e horrores, as misérias e mentiras. Porque, afinal, do jeito que as coisas andam, é o próprio mundo que vai acabar – ele inteiro – descendo pelo ralo. (SEIXAS, Heloísa. , Rio de Janeiro, 23 de set. 2001. Revista de Domingo, Seção Contos Mínimos. Disponível em: ).

Na composição do texto, a figura de linguagem que garante a associação entre a narrativa e o atentado no qual o conto foi inspirado é a:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    Comparação:

    O emissor do texto faz uma analogia no último parágrafo. Pondo em evidência o descer da sugeira pelo ralo quando a mulher se põe a lavar louça, e concluindo que o mundo terá o mesmo fim de acordo com as evidências postas em todo o contexto.

  • associação = COMPARAÇÃO

  •  Comparação, porém, a sinestesia está presente em vários momentos no texto.


ID
830863
Banca
VUNESP
Órgão
SPTrans
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta palavra empregada em sentido figurado.

Alternativas
Comentários
  • linguagem figurada consiste em expressar um sentido não literal de um determinado enunciado, é usada para dar mais expressividade ao discurso. Além disso, também serve para criar significados diferentes ou quando o interlocutor não encontra um termo adequado para o que deseja comunicar.

     

     Ex da questão:  "O homem que tomou o iogurte era um cara de pau".  O sentido figurado não implica uma cara de madeira, mas indica que o homem era um sem vergonha, safado. 

    Outro ex: "Ele está se afogando nas suas preocupações." Esta frase deve ser interpretada no seu sentido figurado, porque não é fisicamente possível uma pessoa se afogar com uma preocupação. Neste caso, a frase significa que as preocupações do indivíduo estão limitando e prejudicando.

     

    Denotação e conotação

    A denotação remete para o sentido literal, sentido próprio, comum, enquanto a conotação, bastante usada na linguagem poética, remetepara o sentido figurado e para a criação de novos significados.

     

     

    Gabarito ( D )

     

     

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

     

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    DENOTAÇÃO:

    Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras.

    De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial

    CONOTAÇÃO:

    Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso.

    De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano.

    FONTE: https://portugues.uol.com.br/redacao/denotacao-conotacao.html


ID
849598
Banca
FUNCAB
Órgão
PM-AC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que se utiliza o sentido conotativo da linguagem.

Alternativas
Comentários
  • Vale aquela dica que todos aprendemos no primário.

    Sentido Denotativo. Sentido literal que pode ser encontrado no dicionário.

    Sentido Conotativo: Sentido figurado, não literal.

    No caso da alternativa D  “[...] um leque variado de iniciativas [...]” o objeto "leque" é usado no sentido de diverso. Há uma troca de conteúdo significativo entre o objeto e o sentido.
  • Galera é só lembrar do seguinte:

    Sentido Conotativo = Conto, ou seja, uma história.

    Sentido Denotativo = Dicionário, ou seja, o sentido real da palavra.

    Abçs!!
  • Boa dica Caio Esteves.

    Bons estudos!
  • Semântica significa: sentido, coerência. Existem dois tipos: DENOTATIVO é o sentido real/dicionário onde se estudam- as parônimas, homônimas, sinônimas e antônimas; já o CONOTATIVO é o sentido irreal/figurado onde estudamos as figuras de linguagem.
  • Galera, eu tenho um macete muito louco, mas eu acho que ajuda.

    Denotativo= Dicionário
    Conotativo=Conan o bárbaro..rs (comigo funciona)

    Espero ter ajudado!!
  • Para não esquecer NUNCA MAIS:

    dEnotativo = rEal  (lembre que na palavra denotativo a 2ª letra é "e" e na palavra real a 2ª letra também é "e". Assim, ASSIM, DENOTATIVO É O SENTIDO REAL DA PALAVRA, NÃO HÁ OUTRO SENTIDO PARA ELA.


    GUARDANDO QUE O DENOTATIVO É O SENTIDO REAL, FÁCIL É LEMBRAR QUE O QUE NÃO É REAL É FIGURADO.

    ENTÃO...

    Conotativo = figurado - NO CASO EM TELA = "LEQUE" não existe "leque" para abanar " iniciativas" - a palavra "leque" está no sentido figurado querendo substituir a palavra "vários, diversos".

    Daí se percebe que se o "legue" na expressão não é de "abanar", então ele tem sentido figurado.
  • E nesta oração qual seria a figura de linguagem? Seria uma catacrese?


ID
870391
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em diversas passagens das Crônicas de origem, Luís da Câmara Cascudo serve-se de procedimentos de linguagem que tornam seus textos esteticamente notáveis. Entre esses procedimentos, a metáfora é um dos mais frequentes, como se constata na passagem:

Alternativas

ID
879940
Banca
IESES
Órgão
PM-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I
Se um dia, já homem feito e realizado, sentires que a terra cede a teus pés, que tuas obras desmoronam, que não há ninguém à tua volta para te estender a mão, esquece a tua maturidade, passa pela tua mocidade, volta à tua infância e balbucia, entre lágrimas e esperanças, as últimas palavras que sempre te restarão na alma: minha mãe, meu pai.
 (Rui Barbosa)

Considerando a presença de figuras de linguagem nas frases, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Opção INCORRETA, letra "B".

    a) Meu pensamento é um rio subterrâneo”. Metáfora = CORRETO, pois METÁFORA é a atribuição a uma pessoa ou coisa de uma qualidade que não lhe caberia sob uma analise lógica (um rio dentro da cabeça). Busca transferir o significado de um termo para outro com base em alguma semelhança de suas caractersiticas, como a "velocidade", "agitação" ou "silêncio" de um rio subterrâneo poderia ter, tal qual os pensamentos.
    b) Sentia na boca um sabor de vida e morte. Prosopopéia = INCORRETO, pois PROSOPOPÉIA, é outra coisa.  Prosopopéia consiste em atribuir vida ou qualidades humanas a seres inanimados irracionais, mortos ou abstratos. Ex.: "As rosas não falam..."; "Após o exagero, ficou com a feijoada pulando em seu estômago". 
    c) Gostava de ler Machado de Assis. Metonímia =  CORRETO, pois METONÍMIA é a substituição de sentido de um termo por outro com quem ele apresenta relação lógica e constante. Neste caso, temos a relação entre "autor" e "obra" ao "ler Machado de Assis".
    d) “Tristeza não tem fim, felicidade sim”. Antítese = CORRETO, pois ANTITESE, consiste (como o prórpio nome sugere) na colocação "lado a lado" de termos opostos, mas que não causam ideias sem nexo. Pelo contrário, até as valorizam. Ex.: Cabelos longos, idéias curtas.

    Fonte: Gramática para Concursos, Série Provas e Concursos, Marcelo Rosenthal, 5ª ed..
  • Acho que o correto para a opção "b" seria, na verdade, Sinestesia, figura de palavra que consiste em agrupar e reunir sensações originárias de diferentes órgãos do sentido: visão, tato, olfato, paladar e audição.

    Veja este outro exemplo:

    “O sol de outono caía com uma luz pálida e macia”.

    Neste caso, “pálida” e “macia” reúnem sensações de visão e tato, respectivamente.
    O uso dessa figura de expressão, além de embelezar o texto, amplia o sentido do termo a que se refere.
    O uso destes adjetivos nos faz ter uma melhor idéia desse tipo de luz solar: fraca, aconchegante, agradável.

    Outros exemplos de sinestesia:

    “Dirigiu-lhe uma palavra branca e fria como agradecimento”.

    “Os carinhos de Godofredo não tinham mais gosto dos primeiros tempos”. (Autran Machado)

    Em suma, sinestesia é a transferência de uma sensação sugerida por um sentido para outro sentido.

    “As falas sentidas, que os olhos falavam
    Não quero, não posso, não devo contar”. (Casimiro de Abreu)

  • QUESTÃO: Considerando a presença de figuras de linguagem nas frases, assinale a alternativa INCORRETA. - LETRA D.
    a)“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. Metáfora  -  Explicação: É uma comparação implícita (“figura de palavras”), tendo a função de destacar aspectos que a palavra por si só não consegue exprimir.
    b) Sentia na boca um sabor de vida e morte. Prosopopéia – Explicação: Também conhecida como Personificação ou Animismo é uma figura de pensamento que consiste em atribuir vida ou qualidades humanas a seres inanimados, irracionais, mortos ou abstratos. Neste caso, o exemplo trata de um Paradoxo, que se trata de uma figura de linguagem que utiliza palavras ou expressões de sentidos opostos de uma maneira mais violenta que a Antítese. O colega anterior Cícero sugeriu Sinestesia... Alguém tem mais alguma sugestão/palpite???
    c) Gostava de ler Machado de Assis. Metonímia – Explicação: Também conhecida como Sinédoque. Trata-se de um processo de substituição no qual a palavra ganha um sentido mais amplo. Neste caso, usou-se o termo “autor” das obras e não “os títulos” das mesmas.
    d) “Tristeza não tem fim, felicidade sim”. Antítese. – Explicação: Neste caso, o exemplo trata de uma Antítese, que se trata de uma figura de linguagem que utiliza palavras ou expressões de sentidos opostos.

    Bons estudos...
  • A metonímia tal qual a catacrese significam relação a primeira com seres vivos ou verbos; a segunda com qualquer outro termo menos ser vivo ou verbo.
  • Creio eu que seja uma metáfora a letra B. Vejam

    Sentia na boca um sabor de vida e morte.

    Ele está afirmando que sentia um sabor de vida e morte, por exemplo, ao beijar uma pessoa que se ama muito, mas ao mesmo tempo essa pessoa não presta, ou seja, sentia na boca um sabor de vida e morte. Com essa analogia de vida e morte, conseguimos entender o que quer dizer. Esse tipo de construção, se caracteriza como metáfora. 

    Não acredito que seja paradoxo, porque está falando do sabor, o sabor tem aquelas carateristicas. Se a frase falasse:
    Ele entrou numa caixa de espaço infinito. Isso é um paradoxo, pois uma caixa não pode ter espaço infinito, isso é auto-excludente.
  • Na Letra B= ANTÍTESE-Oposição entre palavras . Sentia na boca um sabor de vida e morte.
  • Acredito que seja possível mais de uma figura de linguagem no período contido na alternativa B. Assim, há metáfora e antítese, como disseram os colegas.
  • Pra mim a B seria metáfora, com dúvida em relação a paradoxo. Não se pode sentir ao mesmo tempo sabor de vida e de morte, daí o possível paradoxo. Sinestesia não é, pois na boca se sente normalmente sabores. Fico com metáfora, pois morte e vida não têm sabor, denotativamente falando.

  • B) Sentia na boca um sabor de vida e morte.

    Acho que a figura desta frase é  ANTÌTESE - relação de contraste entre os termos sem tentativa de conciliação, são dois termos que não se fundem em um só.

  • A letra B não é antitese, o foco está no sabor, e não da vida e na morte.... sabor de vida e morte.... sinestesia ! GABARITO B

  • É PARADOXO, porque está se referindo de uma ideia absurda. Como que a boca vai sentir o sabor de vida e morte ? Ilógico em..


ID
885595
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que está caracterizada a figura de sintaxe denominada pleonasmo.

Alternativas
Comentários
  • Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos.
    PLEONASMO geralmente é classificado como uma figura de linguagem, mas também pode ser um vício de linguagem em determinadas situações, geralmente quando não é proposital.  Consiste em uma redundância (proposital ou não), uma repetição de ideias em uma expressão, enfatizando-a.
    Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo desnecessário, pois quem canta, só pode cantar uma canção, certo?
    Na famosa frase: “Vi com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo.
    Outros exemplos:
    Minha felicidade eu a conquistei.

    A mim me parece certa a observação que ele fez.
    Pleonasmos viciosos:

    Subir para cima Se está subindo, só pode ser para cima.
    Descer para baixo Se está descendo, é claro que é para baixo.
    Aviso a avisar Se está a mandar um aviso, é claro que é para avisar.
    Entrar para dentro Se está entrando, é para dentro.
    Sair para fora Se está saindo, obvio que é para fora.
    Fonte: http://quemtemmedodeportugues.wordpress.com/2010/10/04/figuras-de-linguagem-pleonasmo/
  • Na alternativa c, foi utilizado o recurso conhecido como objeto indireto pleonástico, com o intuito de dar ênfase à oração.

    Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos.

    Gabarito: c)

  • Caros, porque a letra a não estaria correta ? Obrigada!
  • Oi Ingrid,

    na letra "a" ocorre um erro de concordância: os brasileiros autênticos = eles .... ficaria : "eles" são loucos por futebol ... e não: "somos"
  • A assertiva a contém uma figura de construção ( silepse ou concordância ideológica) de pessoa.  Ocorre quando efetuamos a concordância não com os termos expressos, ms os termos de nossa mente.
  • Na minha opinião, questão teria que ser anulada ! 

    Fundamentação: 
    Ele que era forte e corajoso (ou seja, se ele era forte e corajoso, então ele é fraco e covarde), ei-lo fraco e covarde (repetição).
  • a) Silepse de pessoa
    b) Silepse de gênero
    d) Acho que é elipse
    e) Paradoxo
  • Salvo engano, a E seria antítese, e não paradoxo.
  • Também achei que fosse a letra "E" por haver repetição.

  • O.D pleonástico

  • A letra a) também tem um pleonasmo claro "brasileiros autenticos", porem tem uma silepse "somos loucos por futebol"

  • Comentários do professor:

    a) Silepse de pessoa: o autor da frase se inclui como brasileiro autêntico, por isso utilizou o verbo "somos" ao invés de "são".

    b) Silepse de gênero: o adjetivo "adoentado" não está concordando gramaticalmente com "Sua Santidade", mas concorda ideologicamente por "Sua Santidade" se tratar de um homem.

    c) Pleonasmo: "lhe" faz redundância de objeto indireto, pois já há o objeto indireto "ao povo" na frase.

    d) Elipse: omissão do termo "que".

    e) Antítese: forte x fraco, corajoso x covarde.

     

     

  • Gabarito

    c)    Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos.

  • Essa é outra que eu vou ler mais 879443 mil vezes... mas que é ridícula é... mal elaboradíssima. 

    (opinião minha)

  • "Ao povo" e "lhe dão" caracterizam o pleonasmo.

     

    Sem pleonasmo: Ao povo nada dão.

  • Alguém tem algum "BIZU FEROZ" ou mnemonico para compartilhar ref as figuras de linguagem? Pelo amor de Deus, até aprendo esse tema, mas no dia seguinte já esqueci tudo!!!!!

  • Demorei mais achei ...

    Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos.

    (OI) (OI)

    Gabarito: c)

  • Descer pra baixo... Pleonasmo...

  • Gab c! é o caso do pleonasmo pronominal do objeto indireto.

    Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos.

    ( o ''lhe'' significa ''o povo'', que já foi dito antes)


ID
903817
Banca
FUNCAB
Órgão
SEPLAG-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.


 Segurança 

       O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados. 

       Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas.

        Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês.

       Mas os assaltos continuaram. Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta-tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar.

       Mas os assaltos continuaram. Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta-tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas.Todas as janelas foram gradeadas. 

       Mas os assaltos continuaram. 

       Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca.Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno.

        Mas os assaltos continuaram. 

       Foi reforçada a guarda. 

       Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. 

        E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.

        E ninguém pode sair. 

       Agora a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua. 

      Mas surgiu outro problema. 

       As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade. 

       A guarda tem sido obrigada a agir com energia.

(VERISSIMO, Luis Fernando. Segurança. In: Novas Comédias da Vida Privada Porto Alegre: L&PM, 1996. p. 103-104.)

No trecho “E há MOTINS constantes de CONDÔMINOS que tentam de qualquer maneira atingir a LIBERDADE.” (parágrafo 17), os vocábulos destacados contribuem para consolidar o uso da seguinte ideia:

Alternativas
Comentários
  • Achei que seria Eufemismo


  • Muito bom esse texto do Luís Fernando Veríssimo ;)

  • Basta ler o texto para entender que a resposta é ironia.

  • Se não voltar ao texto acaba errando


ID
905002
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

1 A ministra acabou por conceder que “o maior problema do Judiciário é a
2 lerdeza”. Seu interlocutor ratificou a assertiva lembrando que isso não decorre apenas
3 da falta de juízes, mas também de problemas de gestão. Ao acúmulo de processos na
4 primeira instância e nos tribunais regionais agrega-se a enxurrada de recursos à mais
5 alta corte do país, provocada por brechas legais, das quais os advogados passaram a
6 tirar proveito para procrastinar decisões e, não raras vezes, evitar condenações pela prescrição de crimes. (adaptado do Diário Catarinense, 31 de agosto de 2011)

Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de gênero, número ou pessoa):

Alternativas
Comentários
  • A silepse é um recurso estilístico muito utilizado em textos literários, na oralidade. Ela consiste em estabelecer uma concordância com palavras ou noções pressupostas na frase, não com palavras explícitas.

    Essa figura de construção subclassifica-se em três tipos:

    1. Silepse de pessoa: “Enfim, lá em São Paulo todos éramos felizes graças ao seu trabalho...” (Rubem Braga)

    Ocorre a silepse em “éramos”, que está na primeira pessoa do plural, quando, em sua construção normal, deveria estar na terceira pessoa do plural.

    1. Silepse de número: “Ninguém que comprar. Se ainda estamos aberto é por honra da firma”. (José J. Veiga)

    Ocorre a silepse em “aberto”, que está no singular, quando em sua normal construção deveria estar no plural, concordando com o verbo “estamos”.

    1. Silepse de gênero: “Já vem chegando o sol, e São Paulo desperta, a princípio tímida, e logo agressiva e barulhenta”.
    Vamos lá!!!

  • 28ª Questão: Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de gênero, número ou pessoa): 

    a) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a diferença.”

    Resposta: o correto seria "feita".

    b) Todos sabemos que a solução não é fácil.

    R.: O correto seria "sabem", pois na questão há concordância com um sujeito não expresso.

    c) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.

    R.: O correto seria "Essa gente... acorda".

    d) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de longe...

    R.: Correta

    e) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais compreensivo. 

    R.: O correto seria "Vossa Senhoria... compreensiva".


ID
905008
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

1 A ministra acabou por conceder que “o maior problema do Judiciário é a
2 lerdeza”. Seu interlocutor ratificou a assertiva lembrando que isso não decorre apenas
3 da falta de juízes, mas também de problemas de gestão. Ao acúmulo de processos na
4 primeira instância e nos tribunais regionais agrega-se a enxurrada de recursos à mais
5 alta corte do país, provocada por brechas legais, das quais os advogados passaram a
6 tirar proveito para procrastinar decisões e, não raras vezes, evitar condenações pela prescrição de crimes. (adaptado do Diário Catarinense, 31 de agosto de 2011)

Assinale a alternativa que NÃO apresenta vício de linguagem (barbarismo ou solecismo)

Alternativas
Comentários
  • Barbarismo é o erro de pronúncia, grafia ou uso de uma determinada palavra. Quando o erro é proposital, o barbarismo é uma figura de linguagem, que pode ter função estética em uma narrativa (por exemplo, ao se representar a fala corrente de uma personagem de baixa escolaridade em determinada história). Quando o uso é acidental, o barbarismo é um vício de linguagem, pois a violação da norma culta dá-se por desconhecimento ou descuido, podendo comprometer a função comunicativa.

    Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma. 


    Gabarito letra c
  • A) se mandar - informalidade

    B) se ... se... - acho que ficaria melhor: caso ninguém se oponha...

    D) repetição votar-votar, poderia ficar melhor: as pessoas preferem votar erroneamente do que não exercer esse direito político.

    E) Fixar é VTDI quando sentido de: determinar, estabelecer. Quem estabelece, estabelece algo a alguém.

    ... fixar-lhe R$1.500,00.

  • Na assertiva "D", acredito que a incoerência esteja no uso inadequado do termo "MAU" . A mesma, pelo contexto, deve ser grafada com "l". Sendo assim: MAL. 

  •  b)Se ninguém se opuser, vou fazer mais um aparte.

     d)As pessoas preferem votar mal A não votar.  ==> O verbo preferir pede a preposição A.

     e)Quanto à verba sucumbencial, EM face à conduta profissional do patrono do réu, bem como a natureza e a importância da causa, deve fixá-LA em R$ 1.500,00.


ID
905326
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que contém um exemplo de elipse.

Alternativas
Comentários
  • Elipse é a omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas.

    letra b - (EU) tava cansado de carimbar postais.

  • Por que não a "C"? (Nós) os candidatos...

  • A) Hipérbole (exagero)

    B) Elipse (termo subentendido)

    C) Silepse (concordância)

    D) Ao meu ver, é um caso de hipérbato

    E) Metonímia (neste caso, marca pelo produto)

    Gabarito B

    Bons estudos!!


ID
922801
Banca
FUNCAB
Órgão
CODATA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Novos pesadelos informáticos

    Outro dia, uma revista me descreveu como convicto “tecnófobo”, neologismo horrendo inventado para designar os que têm medo ou aversão aos progressos tecnológicos.Acho isso uma injustiça. Em 86, na Copa do México, eu já estava escrevendo (aliás, denúncia pública: este ano não vou à França, ninguém me chamou; acho que fui finalmente desmascarado como colunista esportivo) num computadorzinho arqueológico, movido a querosene, ou coisa semelhante. Era dos mais modernos em existência, no qual me viciei e que o jornal, depois de promessas falsas, me tomou de volta. [...] 
    Já no final de 86, era eu orgulhoso proprietário e operador de um possante Apple IIE (enhanced), com devastadores 140 kb de memória, das quais o programa para escrever comia uns 120. Mas eu continuava feliz, com meu monitor de fósforo verde e minha impressora matricial Emilia, os quais se transformaram em atração turística de Itaparica, tanto para nativos quanto para visitantes. Que maravilha, nunca mais ter de botar papel carbono na máquina ou ter de fazer correções a caneta – e eu, que sempre fui catamilhógrafo, apresentava um texto mais sujo do que as ruas da maioria de nossas capitais. Havia finalmente ingressado na Nova Era, estava garantido. 
    Bobagem, como logo se veria. Um ano depois, meu celebrado computador não só me matava de vergonha diante dos visitantes, como quebrava duas vezes por semana e eu, que não dirijo, pedia à minha heroica esposa que o levasse a Salvador, poderosíssima razão para minha conversão pétrea à indissolubilidade do matrimônio. [...]
    [...] Mas ganhei um computador novo! Fui dormir felicíssimo, pensando em meu lapetope de última geração, cheio de todas as chinfras. Mas tudo durou pouco, porque um certo escritor amigo meu me telefonou. 
    –Alô! – disse o Zé Rubem do outro lado. 
    – Você tem tempo para mim? Digo isso porque, com seu equipamento obsoleto, não deve sobrar muito tempo, além do necessário para almoçar apressadamente. 
    – Ah-ah! – disse eu. – Desta vez, você se deu mal. Estou com um lapetope fantástico aqui. 
    – É mesmo? – respondeu ele. – Pentium II? 
    – Xá ver aqui. Não, Pentium simples, Pentium mesmo. 
    – Ho-ho-ho-ho! Ha-ha-ha-ha! Hi-hi-hi hi! 
    – O que foi, desta vez? 
    – Daqui a uns quatro meses, esse equipamento seu estará completamente obsoleto. 
Isso não se usa mais, rapaz, procure se orientar! 
    – Como não se usa mais? Todos os micreiros amigos meus têm um Pentium. 
    – Todos os amigos, não. Eu, por exemplo, tenho um Pentium II. Isso... Ninguém tem Pentium II! 
    – Eu tenho. Mas não é grande coisa, aconselho você a esperar mais um pouco. 
    – Como, não é grande coisa? Entre todo mundo que eu conheço é só você tem um e agora vem me dizer que não é grande coisa. 
    – Você é um bom escritor, pode crer, digo isto com sinceridade. Quantos megahertz você tem nessa sua nova curiosidade?
    – 132. 
    – Hah-ha-ha! Ho-ho-hihi! 
    – Vem aí o Merced, rapaz, o Pentium 7, não tem computador no mercado que possa rodar os programas para ele. 
    – E como você fica aí, dando risada?
    – Eu já estou com o meu encomendado, 500 megahertz, por aí, nada que você possa entender. 
    – Mas, mas…
    Acordei suando, felizmente era apenas um pesadelo. Meu amigo Zé Rubem, afinal de contas, estaria lá, como sempre, para me socorrer. Fui pressuroso ao telefone, depois de enfrentar mais senhas do que quem quer invadir os computadores do Pentágono.
    – Alô, Zé! Estou de computador novo! 
    – Roda Windows 98? Tem chip Merced? 
    – Clic – fiz eu do outro lado. 
( U B A L D O , J o ã o . D i s p o n í v e l e m . Consulta em 06/12/2012. Fragmento adaptado) 

O fragmento transcrito que possui um exemplo de onomatopeia é:

Alternativas
Comentários
  • Onomatopeia. Significa imitar um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopéias. 

  • Gabarito "C" 

    “– Clic – fiz eu do outro lado.”

    Observe que a palavra "clic" fora posta com intuito de representar o som do telefone sendo desligado, faz-se através desta figura de linguagem lembrar a coisa representada, ou seja, o que acontece nesse trecho do texto é a imitação, pela palavra, do som natural das coisas. Chamamos essa figura de linguagem de onomatopeia.

  • GABARITO: LETRA C

    Onomatopeia:

    Consiste no uso de palavras que imitam sons em geral.
    “Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…” (Cecília Meireles)

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
951055
Banca
Exército
Órgão
EsSA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A alternativa em que podemos encontrar um exemplo de catacrese (figura de linguagem) é:

Alternativas
Comentários
  • a) Metáfora
    b) Metonímia
    c) Catacrese
    d) Hipérbole
    e) Comparação
  • Letra C
    Catacrese
     é a figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver uma outra palavra apropriada - ou a palavra apropriada não ser de uso comum; são como gírias do dia-a-dia, expressões usadas para facilitar a comunicação.
     Exemplos comuns são: "os pés da mesa", "marmelada de banana", "vinagre de maçã", "embarcar no avião", "cabeça doalfinete", "braço de rio", "dente de alho" etc.
  • Catacrese: É uma espécie de metáfora em que se emprega a palavra no sentido figurado por hábito ou esquecimento de sua etimologia.

    Ex: Asas do vento
    Braços do mar
    da montanha
  • Só para acrescentar uma informação ao primeiro comentário...

    Quanto à alternativa "e", acredito que também seja possível a figura de linguagem chamada zeugma (omissão de um termo já mencionado).
    Ela faz tortas como ninguém (faz).

    Outro exemplo: o homem comum é exigente com os outros; o homem superior, consigo mesmo (omissão de "é exigente" substituída pela vírgula).

  • CATACRESE:Termo figurado por não haver específico ex: asa da xícara de chá.

  • A catacrese está presente na alternativa C, pois não há outro nome para ”dente de alho”.

    A - Temos metáfora.

    B - Metonímia.

    D - Hipérbole.

    E - Comparação.

  • 1) METÁFORA

    COMPARAÇÃO implícita. A maioria vem com o verbo SER.

    “Ela é meu anjo”.

    2) COMPARAÇÃO/SÍMILE

    Tem o elemento comparativo.

    “Ela pesca bem tal como o pai.”

    3) ANTÍTESE

    OPOSIÇÃO.

    O corpo é grande e a alma é pequena.

    4) PARADOXO

    É uma OPOSICAO QUE NÃO TEM LÓGICA.

    O amor é ferida que dói e não se sente.

    5) METONÍMIA

    SUBSTITUICAO. Substituo uma palavra por outra.

    O homem foi à lua. 

    O homem substitui os astronautas.

    6) CATACRESE

    É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.

    “Céu da boca”.

    7) HIPÉRBOLE

    EXAGERO.

    Eu to morrendo de vontade de fazer xixi.

    8) SINESTESIA

    Mistura dos SENTIDOS.

    “Olha esse cheiro”

    9) EUFEMISMO

    AMENIZAÇÃO.                

    O Vasco está com a sua alma junto ao Senhor (morreu).

    10) PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO

    Dou uma característica humana e outro ser.

    “O vento beija meus cabelos”.

    11) IRONIA

    “Ela parece um anjinho, aham.”

    12) APÓSTROFE

    É um CHAMAMENTO/INVOCAÇÃO.

    É o VOCATIVO.

    “...Ó Deus! Onde estás que não respondes?”

    13) ELIPSE

    Tem um termo subentendido.

    “Ela comia pouco, fazia pouco exercício”.

    14) POLISSÍNDETO

    Repetições de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.

    “E come e dorme e limpa e malha”

    15) ASSÍNDETO

    SEM conectivo. Uso de vírgula e ponto.

    “Vim, vi, venci”.

    16) PLEONASMO

    Usado para enfatizar.

    “e rir meu riso”

    “eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

    17) ANÁFORA

    REPETIÇÃO no início de frase.

    “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

    18) HIPÉRBATO

    INVERSÃO

    “Dos meus problemas, cuido eu”.

    19) ALITERAÇÃO

    REPETIÇÃO DE CONSOANTES.

    Vozes veladas, veludadas...”

    20) ASSONÂNCIA

    REPETIÇÃO DE VOGAIS

    “Sou um multato nato democrático do litoral.”

    21) ONOMATOPEIA

    IMITAÇÃO DE SOM.

    “o relógio faz tic-tac”.

    "Coloque seu amor em todas as tarefas e até as mais difíceis se tornarão fáceis de executar!"


ID
953680
Banca
IOBV
Órgão
PM-SC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe o texto de Roseana Murray:

A rede

1 As mãos são ágeis
2 como borboletas voando
3 em mágica dança.
4 As mãos são tão ágeis
5 tecendo a teia
6 que parecem separadas do corpo
.

Analise as afirmativas.

I. Na primeira linha “mãos” é uma metáfora.

II. Na segunda linha “borboletas voando” é uma comparação.

III. Na quinta linha “teia” é uma metáfora.

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta A


    I. Na primeira linha “mãos” é uma metáfora. Errado
       Errado pois Metáfora é a comparação subentendida sem uso de conectivo.
       Ex: Minha boca é um tumulo
       Essa rua é um verdadeiro deserto.

    II. Na segunda linha “borboletas voando” é uma comparação.  Sim, ela compara as mãos com as borboletas voando
       Comparação é feita entre dois termos com o uso de um conectivo.
       Ex: O amor queima como o fogo
       Meu coração esta igual a um céu cinzento

    III. Na quinta linha “teia” é uma metáfora.
        Correto pois Metáfora é a comparação subentendida sem uso de conectivo.
        tecendo a tei que parecem separadas do corpo.
        Ex: Minha boca é um tumulo
        Essa rua é um verdadeiro deserto.
        
  • A metáfora é uma figura de linguagem que indica duas características semânticas comuns entre dois conceitos ou ideias. A metáfora é importantíssima na comunicação humana. Seriamente praticamente impossível falar e pensar sem recorrer à metáfora. Uma pesquisa recente demonstra que durante uma conversa o ser humano usa em média 4 metáforas por minuto.

    Ex.:

    "Aquele homem é um touro, nunca vi ninguém tão forte!" Neste caso, a homem é caracterizado como um touro porque é forte como esse animal. A força demonstrada é o traço semântico comum entre os dois.

     

     

    A comparação é bastante semelhante à metáfora, e é usada para confrontar características ou ações de alguns elementos. A comparação pode ser simples ou por símile, quando os dois elementos são de universos ou categorias distintas. No caso da comparação, existe uma palavra de conexão (como, parecia, tal, qual, assim, etc).

    EX.:

    "A minha filha é como um anjo".

    Este exemplo expressa a comparação feita por uma mãe, elogiando algumas características que tornam a sua filha parecida com um anjo.

     

    A metáfora e comparação são de tal forma parecidas que alguns especialistas classificam exemplos de metáfora como "comparação implícita" (porque não apresenta o elemento de conexão característico da comparação) e os exemplos de comparação como "comparação explícita".

  • GABARITO: LETRA A

    → I. Na primeira linha “mãos” é uma metáfora. 

    → incorreto, visto que é uma METONÍMIA (houve uma substituição da parte pelo todo → mão / corpo).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺


ID
973126
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quanto à classificação das figuras de linguagem, coloque ( 1 ) para antítese, ( 2 ) para hipérbole, ( 3 ) para metonímia e ( 4 ) para metáfora. Depois assinale a alternativa com a sequência correta.

I. ( ) “Trabalhava arduamente, pois tinha de alimentar quatro bocas.”

II. ( ) “Eu, que era branca e linda, eis - me medonha e escura.”

III. ( ) “Um mundo de ideias havia em minha cabeça.”

IV. ( ) “Meu coração é um campo minado.”

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra "B"


    I. Pra alimentar 4 bocas você tem que trabalhar arduamente pois quanto mais bocas mais gasto (Substituição de um termo quem tem aproximação semântica com o outro "Metonímia")II. Branca e linda, Medonha e Escura ( Termos em oposição "Antítese" )III. Um mundo de ideias em minha cabeça ( Uma Expressão exagerada "Hipérbole")IV. Coração, Campo minado ( Fusão dos elementos com a ideia de que um é o outro comparação implícita "Metáfora"

ID
974020
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: Os recursos da terra Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”
        Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

(Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132).


O último parágrafo traz como informação correta a seguinte assertiva:

Alternativas
Comentários
  • Em " Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos"  O sujeito é oracional?

  • o sujeito não é oracional....é só inverter a frase mudando a voz verbal.........as soluções são procuradas( sujeito:soluções) :)

  • LETRA A. METÁFORA: Essa figura de linguagem é responsável por transportar o sentido literal de uma palavra ou frase,

    dando-lhe um sentido figurado.

    TÁ NA CARA FEITO ÓCULOS !!!

     

  • Sobre a letra E

    podemos reescrevê-la assim:

    Enquanto elementos soluções são procuradas - Se posso passar para voz passiva o "se" é partícula apassivadora e o verbo conorda com o sujeito normalmente.

    O que é que são procuradas?

    Soluções!

     


ID
974038
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        A população mundial torna tornam-se cidadãos. Na América latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em todas as partes, mas por experiência própria sabem que atende nos grandes centros urbanos. As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os
esperadores olham a vida passar e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados em cortiços, a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros são o ar e o silêncio.

(Eduardo Galeno, O Império do Consumo).

No final do texto o autor diz que “os braços sobram”. O termo, portanto, expressa :

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra A

    "Observe este outro exemplo de metonímia:

    “Trabalhava ao piano, não só Chopin como ainda os estudos de Czerny”. (Murilo Mendes)

    Nesse caso, uma relação de causa-efeito permitiu que o poeta usasse a palavra Chopin (compositor de uma partitura musical) para designar a própria partitura (a obra “causada” pelo autor).

    A metonímia ocorre quando empregamos:

    1. O efeito pela causa ou vice-versa: “Conseguiu sucesso com determinação e suor” (trabalho).
    2. O nome do autor pela obra: “Ler Guimarães Rosa é um projeto desafiador” (a obra).
    3. O continente (o que está fora) pelo conteúdo (o que está dentro): “Bebeu só dois copos e já saiu cambaleando” (a bebida).
    4. O substantivo concreto pelo abstrato: “Tratava-se de um papo-cabeça” (intelectual).
    5. O abstrato pelo concreto: “Era difícil resistir aos encantos daquela doçura” (pessoa meiga, agradável).
    6. A marca pelo produto: “Comprei uma caixa de Gilette” (lâmina de barbear).
    7. O instrumento pela pessoa: “Quantos quilos ela come por dia?
      Quilos? Não sei, mas ela é boa de garfo” (o instrumento utilizado para comer). (Luiz Vilela)
    8. O lugar pelo produto: “Queria tomar um Porto fervido com maçãs” (o vinho).
    9. O sinal pela coisa significada: “O trono inglês está abalado pelas recentes revelações sobre a família real” (o governo exercido pela monarquia).
    10. O singular pelo plural: “O brasileiro tenta encontrar uma saída para suportar a crise” (um indivíduo por todos).
    11. A parte pelo todo: “Enormes chaminés dominam os bairros fabris da cidade inglesa”. (fábricas)
    12. A classe pelo indivíduo: “Depois desse episódio, não acredito mais no Juizado brasileiro” (os juízes).
    13. A matéria pelo objeto: “O jantar foi servido à base de porcelanas e cristais” (matéria de que é feito o objeto).

    No cotidiano, a metonímia é também é muito empregada para orientar usuários em guias turísticos, terminais de transportes, ginásios esportivos, postos de gasolina e rodoviários, etc. Eles vêm em forma de criptogramas, imagens ou grupo de imagens que integram uma escrita sintética, resumida.

    Fontes
    CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura Brasileira em diálogo com outras literaturas. 3 ed. São Paulo, Atual editora, 2005, p.36-8.
    PIRES, Orlando. Manual de Teoria e Técnica Literária. Rio de Janeiro, Presença, 1981, p. 101.
    SAVIOLE, Francisco Platão. Gramática em 44 lições. 15 ed. São Paulo, Ática, 404.

  •  

    A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade e ligação:

    1)..."o trabalho falta e os braços sobram,..."(A PARTE PELO TODO) - pessoas

    2) As pernas iam ao encontro da procissão (A PARTE PELO TODO) - povo, pessoas

    3) Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (O GÊNERO PELA ESPECIE.) os homens

    1 )Gosto de ler Machado de Assis. (O AUTOR PELA OBRA) - o livro

  • A) um caráter metonímico, o qual sintetiza a ideia de que são trabalhadores e não, especificamente, braços

    Gabarito - Metomínia, bem explicado pelos colegas abaixo

     

     b) a ideia de comparação, ou seja, não são os trabalhadores, mas os braços. 

    Aqui, não há a figura da comparação ou símile pois não temos nem sequer uma conjunção. E de símile: Ela é Profunda como um oceano. 

     

     c) um paradoxo, já que o termo “braços” não pode substituir o sentido de trabalhadores. 

    Pradoxo ou Oxímoro é quando duas ideias contrárias coexistem. Ex: Foi sem querer querendo. Uma melodia silenciosa. 

     

     d) a ausência de termo adequado para substituir a palavra “trabalhadores”. Traduz, inclusive, uma forma de catacrese.

    Catacrese é uma cristalização da linguagem popular por falta de termos mais adequados. Ex: Feri o céu da boca( Na verdade a boca não tem céu e a palavra certa seria palato)

     e) o exagero que dá sentido à noção de massa de desempregados.

    Hiperbole é um exagero, geralmente por causa de emoções: Ex: Tentarei milhões de vezes antes de desistir!


ID
974074
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A mesma figura de linguagem que se encontra no enunciado “Por ele, ponho os pés e as mãos no fogo. Nós nos conhecemos há muitos anos...” também se encontra em:


Alternativas
Comentários
  • Alguém pode comentar algo sobre esta questão?

  • Creio    que  a   figura   de   linguagem   empregada   na   questão   seja   a  hipérbole.     

     

    É o exagero na afirmação.

    Exemplos: Já lhe disse isso um milhão de vezes.
    Quando o filme começou, voei para casa.


  • Acredito ser hiperbole a figura de linguagem pois por a mão e os pés no fogo é um exagero assim como "durante toda sua existência"

    Hiperbole - na hipérbole expressamos exageradamente uma idéia, a fim de enfatizar essa informação. Essa figura de linguagem é bastante comum não só nos textos escritos, como na comunicação oral.

  • Bom, eu parti do pressuposto de que "Por ele, ponho os pés e as mãos no fogo" é uma metonímia porque apenas partes da pessoa representam a pessoa inteira (=por ele eu me jogo no fogo) e assim me decidi pela alternativa "d" porque a expressão Estado brasileiro representaria o país inteiro. Seguem alguns exemplos de metonímia:

    Metonímia

    A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:

    1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis(= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) 

    2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.)

    3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.)

    4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.)

    5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates tomou veneno.)

    6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo.)

    7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)

    8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos jogadores.)

    9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.)

    10 -  Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)

    11 -  Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheresforam chamadas, não apenas uma mulher.)

    12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)

    13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.)

    14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado.)

    P.S. Se alguém tiver a opinião de um professor ou fonte confiável ou até uma explicação melhor, por favor comente...porque esse assunto é bem complicadinho...(pelo menos pra mim rsrsrs)
  • hipérbole.


ID
976372
Banca
Exército
Órgão
EsSA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

01  Eu que nasci na Era da Fumaça: - trenzinho
      vagaroso com vagarosas
      paradas
      em cada estaçãozinha pobre
05  para comprar
      pastéis
      pés-de-moleque
      sonhos
      - principalmente sonhos!
10  porque as moças da cidade vinham olhar o trem passar;
      elas suspirando maravilhosas viagens
      e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando
      sempre...Nisto,
      o apito da locomotiva
15  e o trem se afastando
      e o trem arquejando é preciso partir
      é preciso chegar
      é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!
20   ...no entanto
      eu gostava era mesmo de partir...
      e - até hoje - quando acaso embarco
      para alguma parte
      acomodo-me no meu lugar
25  fecho os olhos e sonho:
      viajar, viajar
      mas para parte nenhuma...
      viajar indefinidamente...
      como uma nave espacial perdida entre as estrelas.

(QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Antônio T. Antologia Escolar, Vol.1; BIBLIEX; p. 169.)

Na frase “Poderia ouvir o fogo gemer.”, há a seguinte figura de linguagem:


Alternativas
Comentários
  • Prosopopeia: figura pela qual se dá vida e, pois, ação, movimento e voz, a coisas inanimadas, e se empresta voz a pessoas ausentes ou mortas e a animais; personificação, metagoge. 

    Fonte: Dicionário Aurélio

  • KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  • GABARITO: LETRA A

    → “Poderia ouvir o fogo gemer.”

    → prosopopeia ou personificação é a atribuição de características de seres vivos a algo inanimado (objetivo, sentimento, animal...).

    → fogo não geme e sim uma pessoa (ser vivo).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • 1) METÁFORA

    COMPARAÇÃO implícita. A maioria vem com o verbo SER.

    “Ela é meu anjo”.

    2) COMPARAÇÃO/SÍMILE

    Tem o elemento comparativo.

    “Ela pesca bem tal como o pai.”

    3) ANTÍTESE

    OPOSIÇÃO.

    O corpo é grande e a alma é pequena.

    4) PARADOXO

    É uma OPOSICAO QUE NÃO TEM LÓGICA.

    O amor é ferida que dói e não se sente.

    5) METONÍMIA

    SUBSTITUICAO. Substituo uma palavra por outra.

    O homem foi à lua. 

    O homem substitui os astronautas.

    6) CATACRESE

    É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.

    “Céu da boca”.

    7) HIPÉRBOLE

    EXAGERO.

    Eu to morrendo de vontade de fazer xixi.

    8) SINESTESIA

    Mistura dos SENTIDOS.

    “Olha esse cheiro”

    9) EUFEMISMO

    AMENIZAÇÃO.                

    O Vasco está com a sua alma junto ao Senhor (morreu).

    10) PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO

    Dou uma característica humana e outro ser.

    “O vento beija meus cabelos”.

    11) IRONIA

    “Ela parece um anjinho, aham.”

    12) APÓSTROFE

    É um CHAMAMENTO/INVOCAÇÃO.

    É o VOCATIVO.

    “...Ó Deus! Onde estás que não respondes?”

    13) ELIPSE

    Tem um termo subentendido.

    “Ela comia pouco, fazia pouco exercício”.

    14) POLISSÍNDETO

    Repetições de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.

    “E come e dorme e limpa e malha”

    15) ASSÍNDETO

    SEM conectivo. Uso de vírgula e ponto.

    “Vim, vi, venci”.

    16) PLEONASMO

    Usado para enfatizar.

    “e rir meu riso”

    “eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

    17) ANÁFORA

    REPETIÇÃO no início de frase.

    “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

    18) HIPÉRBATO

    INVERSÃO

    “Dos meus problemas, cuido eu”.

    19) ALITERAÇÃO

    REPETIÇÃO DE CONSOANTES.

    Vozes veladas, veludadas...”

    20) ASSONÂNCIA

    REPETIÇÃO DE VOGAIS

    “Sou um multato nato democrático do litoral.”

    21) ONOMATOPEIA

    IMITAÇÃO DE SOM.

    “o relógio faz tic-tac”.

    "Coloque seu amor em todas as tarefas e até as mais difíceis se tornarão fáceis de executar!"

  • Oxímoro (parecido com paradoxo) = "obscura claridade; música silenciosa"

    Sinédoque (parecido com metonímia e com antonomásia) = "minha carne repousará segura" (minha carne ao invés de meu corpo)

    Gab A


ID
976384
Banca
Exército
Órgão
EsSA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

01  Eu que nasci na Era da Fumaça: - trenzinho
      vagaroso com vagarosas
      paradas
      em cada estaçãozinha pobre
05  para comprar
      pastéis
      pés-de-moleque
      sonhos
      - principalmente sonhos!
10  porque as moças da cidade vinham olhar o trem passar;
      elas suspirando maravilhosas viagens
      e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando
      sempre...Nisto,
      o apito da locomotiva
15  e o trem se afastando
      e o trem arquejando é preciso partir
      é preciso chegar
      é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!
20   ...no entanto
      eu gostava era mesmo de partir...
      e - até hoje - quando acaso embarco
      para alguma parte
      acomodo-me no meu lugar
25  fecho os olhos e sonho:
      viajar, viajar
      mas para parte nenhuma...
      viajar indefinidamente...
      como uma nave espacial perdida entre as estrelas.

(QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Antônio T. Antologia Escolar, Vol.1; BIBLIEX; p. 169.)

Em “E mal acendi a luz, puf, puf, puf, puf.” encontra-se:

Alternativas
Comentários
  • Onomatopeia:  palavra cuja pronúncia imita o som natural da coisa significada (murmúrio, sussurro, cicio, chiado, mugir, pum, reco-reco, tique-taque).

    Fonte: Dicionário Aurélio

  • Essa tava Easy

  • Dentre as opções tivesse Pleonasmo vicioso, caberia recurso "acendi a luz"

  • Onomatopeia = SONS ESCRITOS

  • Onomatopeia: e a figura de linguagem que consiste em reproduzir,  por meio de uma palavra ou expressão , um determinado som ou ruído.

  • c) onomatopeia.

     

    Onomatopeia - Consiste no aproveitamento de palavras cuja pronúncia imita o som ou a voz natural dos seres. É um recurso fonêmico ou melódico que a língua proporciona ao escritor.

     

    Exemplos:

     

    "O som, mais longe, retumba, morre." (Gonçalves Dias)

     

    "Vozes veladas, veludosas vozes,
    Volúpias dos violões, vozes veladas,
    Vagam nos velhos vórtices velozes
    Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." (Cruz E Sousa)

     

     

    FONTE: CEGALLA

     

     

  • 1) METÁFORA

    COMPARAÇÃO implícita. A maioria vem com o verbo SER.

    “Ela é meu anjo”.

    2) COMPARAÇÃO/SÍMILE

    Tem o elemento comparativo.

    “Ela pesca bem tal como o pai.”

    3) ANTÍTESE

    OPOSIÇÃO.

    O corpo é grande e a alma é pequena.

    4) PARADOXO

    É uma OPOSICAO QUE NÃO TEM LÓGICA.

    O amor é ferida que dói e não se sente.

    5) METONÍMIA

    SUBSTITUICAO. Substituo uma palavra por outra.

    O homem foi à lua. 

    O homem substitui os astronautas.

    6) CATACRESE

    É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.

    “Céu da boca”.

    7) HIPÉRBOLE

    EXAGERO.

    Eu to morrendo de vontade de fazer xixi.

    8) SINESTESIA

    Mistura dos SENTIDOS.

    “Olha esse cheiro”

    9) EUFEMISMO

    AMENIZAÇÃO.                

    O Vasco está com a sua alma junto ao Senhor (morreu).

    10) PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO

    Dou uma característica humana e outro ser.

    “O vento beija meus cabelos”.

    11) IRONIA

    “Ela parece um anjinho, aham.”

    12) APÓSTROFE

    É um CHAMAMENTO/INVOCAÇÃO.

    É o VOCATIVO.

    “...Ó Deus! Onde estás que não respondes?”

    13) ELIPSE

    Tem um termo subentendido.

    “Ela comia pouco, fazia pouco exercício”.

    14) POLISSÍNDETO

    Repetições de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.

    “E come e dorme e limpa e malha”

    15) ASSÍNDETO

    SEM conectivo. Uso de vírgula e ponto.

    “Vim, vi, venci”.

    16) PLEONASMO

    Usado para enfatizar.

    “e rir meu riso”

    “eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

    17) ANÁFORA

    REPETIÇÃO no início de frase.

    “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

    18) HIPÉRBATO

    INVERSÃO

    “Dos meus problemas, cuido eu”.

    19) ALITERAÇÃO

    REPETIÇÃO DE CONSOANTES.

    Vozes veladas, veludadas...”

    20) ASSONÂNCIA

    REPETIÇÃO DE VOGAIS

    “Sou um multato nato democrático do litoral.”

    21) ONOMATOPEIA

    IMITAÇÃO DE SOM.

    “o relógio faz tic-tac”.

    "Coloque seu amor em todas as tarefas e até as mais difíceis se tornarão fáceis de executar!"

  • Sinestesia = uso dos sentidos

    Antítese = antônimos

    onomatopeia = "cof cof; zum zum."

    metonímia (parecido com antonomásia) = "comi 3 pratos de macarrão"; "eu lia Agatha Christie"

    prosopopeia = "meu notebook cansa de tanto que uso ele"

    Gab C


ID
977542
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a afirmativa cuja sentença está de acordo com as afirmativas abaixo.


I. A expressão em outras palavras e isto é são elementos coesivos que realizam paráfrase.
II. A elipse estabelece coesão por meio da substituição.
III. O paralelismo é um recurso de substituição.


Alternativas
Comentários
  • não tem a I, só te a II e III.

  • Elipse é caracterizada pela substituição?????? Não é omissão??

  • resposta correta, letra D. A III está errada porque o paralelismo é recurso de repetição. 

    " A paráfrase, o paralelismo e a própria repetição são tidos como os recursos de repetição.

    Na paráfrase, se repete o que já foi dito antes com o objetivo da explicação ficar mais clara, porém sem perder o sentido da fala original.

    Já o paralelismo é mais utilizado para tornar os textos harmônicos, permitindo ligações que o tornem coeso. Esse recurso melhora a qualidade da leitura e permite uma identificação da ideia central expressa de maneira mais intuitiva, já que todo o texto se encontra conectado.

    Na repetição propriamente dita, assim como é indicado pelo próprio nome, existe o ressurgimento de palavras que já foram abordadas no texto em um momento anterior. Além de localizar melhor o leitor, esse recurso ainda pode ser utilizado para enfatizar certos pontos e evidenciar ideias contrastantes."

    fonte:http://territoriodeideias.blogspot.com.br/2013/03/o-recursos-da-repeticao-e-recursos-da.html

  • Elipse Consiste na OMISSÃO de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo contexto. Exemplo: Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.) Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado anteriormente. Exemplo: Ele gosta de geografia; eu, de português.
  • Cabe recurso. Elipse é omissão.

  • O correto seria a letra A, elipse é omissão de termos citados anteriormente.

  • Opção correta letra A.

    A paráfrase é um recurso de Coesão Referencial por Reiteração cujo objetivo é reescrever termo anteriormente citado, utilizando outras palavras, a fim de trazer maiores detalhes sobre o assunto ou com intuito de esclarecer fatos mencionados. Geralmente, os recursos linguísticos que são usados para isso são: ISTO É, OU SEJA, QUER DIZER, NESSE SENTIDO, POR EXEMPLO, ALÉM DISSO, EM SUMA, EM SÍNTESE, EM RESUMO, EM CONSONÂNCIA...

    Quanto a Elipse, trata-se de um processo de Coesão Referencial por Conexão implícita e não pelo processo de Coesão por Substituição, haja vista que este se classifica por meio de Sinonímia, Hiperônimo, Pronome Demonstrativo etc.


ID
977548
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Qual fenômeno semântico está presente no trecho em destaque?

“Em seu livro „Como a mente funciona?, o psicólogo Steven Pinker, da Universidade Harvard, compara a música a uma “guloseima auditiva", feita para „pinicar? áreas cerebrais envolvidas em funções importantes".
(Disponível em:http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/encanto....Acesso em 08 de março de 2012.)

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → compara a música a uma “guloseima auditiva", feita para „pinicar...

    → temos uma comparação sem o uso de conectivos, sendo termos de mundos diferentes, configurando uma metáfora.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • caramba, dava pra colocar foto,irado!

  • O cara meteu o hack no qc, chama para a PF logo kkkkkkkkkk

    mas ja adianto a possibiliade via print


ID
1021855
Banca
IBFC
Órgão
PM-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


Texto II

O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.
                          (Manuel Bandeira)

No verso “O bicho, meu Deus, era um homem”, ocorre a figura de linguagem conhecida como:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA LETRA D

    apóstrofe é a figura de linguagem que consiste em interromper a narração para dirigir a palavra a pessoas ausentes ou ao leitor. Sintaticamente, a apóstrofe exerce a função de vocativo dentro de uma sentença.

    EXEMPLO:


    Tende piedade de mim, Senhor, de todas as mulheres
    Que ninguém mais merece tanto amor e amizade”.
    (Vinícius de Moraes)

    FONTE: SITE INFO ESCOLA
  • Apóstrofe

       Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação.  Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos:

    Moça, que fazes aí parada?
    "Pai Nosso, que estais no céu..."

    "Liberdade, Liberdade,
    Abre as asas sobre nós,
    Das lutas, na tempestade,
    Dá que ouçamos tua voz..." (Osório Duque Estrada).

    http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil7.php
  • Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: no trânsito, carros e mais carros. (há)
     
    Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, mesmo sem alvo.” (Carlos Drummond de Andrade)

    Assíndeto: ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. Ocorre muito nas or. coordenadas. Ex: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios."

    Apóstrofe: é uma figura de linguagem caracterizada pela evocação de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor, imaginário ou não, da mensagem. Nas orações religiosas é muito frequente ("Pai Nosso, que estais no céu", "Avé Maria" ou mesmo "Ó meu querido Santo António" são exemplos de apóstrofes). Em síntese, é a colocação de um vocativo numa oração. Ex.:"Ó Leonor, não tombes!". É uma característica do discurso direto, pois no discurso indireto toma a posição de complemento indireto: "Ele disse à Leonor que não caísse" .
    No discurso político é também muito utilizado ("Povo de Araguari!!!"), já que cria a impressão, entre o público, de que o orador está a dirigir-se diretamente a si, o que aumenta a receptividade. Um professor ao dizer "Meninos!" está também a utilizar a apóstrofe. A apóstrofe é também utilizada frequentemente, tanto na poesia épica quanto na poesia lírica. No primeiro caso, podemos citar Luís de Camões ("E vós, Tágides minhas..."); na poesia lírica podemos citar Bocage ("Olha, Marília, as flautas dos pastores...")... Existe, graças a esta figura de estilo, uma aproximação entre o emissor e o receptor da mensagem, mesmo que o receptor não se identifique com o receptor ideal explicitado pela mensagem.

  • apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
    “Senhor Deus dos desgraçados!
    Dizei-me vós, Senhor Deus!

    Por Marina Cabral
    Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
  • Por que não tenho acesso às respostas
  • d) Apóstrofe.

     

    Apóstrofe - É a interrupção que faz o orador ou escritor para se dirigir a pessoas ou coisas presentes ou ausentes, reais ou fictícias.

    Exemplos:

     

    "Abre-se a imensidade dos mares, e a borrasca enverga, como o condor, as foscas asas sobre o abismo.

     

    Deus te leve a salvo, brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas ... " (José de Alencar)

     

    Pode a apóstrofe ser também uma interpelação veemente, inflamada, como a destes versos de Castro Alves, que iniciam o poema Vozes d'África:
    "Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela tu te escondes embuçado nos céus?"

     

    FONTE: CEGALLA

  • Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: no trânsito, carros e mais carros. (há)

     

    Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, mesmo sem alvo.” (Carlos Drummond de Andrade)

    Assíndeto: ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. Ocorre muito nas or. coordenadas. Ex: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios."

    Apóstrofe: é uma  caracterizada pela evocação de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor, imaginário ou não, da mensagem. Nas orações religiosas é muito frequente ("Pai Nosso, que estais no céu", "Avé Maria" ou mesmo "Ó meu querido Santo António" são exemplos de apóstrofes). Em síntese, é a colocação de um vocativo numa oração. Ex.:"Ó Leonor, não tombes!". É uma característica do discurso direto, pois no discurso indireto toma a posição de complemento indireto: "Ele disse à Leonor que não caísse" .

    No discurso político é também muito utilizado ("Povo de Araguari!!!"), já que cria a impressão, entre o público, de que o orador está a dirigir-se diretamente a si, o que aumenta a receptividade. Um professor ao dizer "Meninos!" está também a utilizar a apóstrofe. A apóstrofe é também utilizada frequentemente, tanto na poesia épica quanto na poesia lírica. No primeiro caso, podemos citar  ("E vós,  minhas..."); na poesia lírica podemos citar  ("Olha, Marília, as flautas dos pastores...")... Existe, graças a esta figura de estilo, uma aproximação entre o emissor e o receptor da , mesmo que o receptor não se identifique com o receptor ideal explicitado pela mensagem.


ID
1026706
Banca
VUNESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões

Versos de Natal


Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico, Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.

No poema, a metáfora do espelho é um caminho para a reflexão sobre

Alternativas

ID
1031992
Banca
FUNRIO
Órgão
INSS
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O VÕO DA ÁGUIA
     A Águia pode viver por 70 anos. Sabe por quê?
     A Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos, mas, para chegar a essa idade, aos 40 ela tem de tomar um séria decisão.
     É nessa fase da vida que ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontadas contra o peito estão suas asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já é tão difícil...
     A águia então tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que vai durar 150 dias. Esse
processo de renovação consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se em ninho próximo a um paredão onde não
necessite voar.
     Após encontrar esse lugar, a Águia começa a arrancar suas unhas. Quando começam a nascer as novas unhas, ela passa a arrancar as velhas penas. E, só cinco meses depois, sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.
     Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação.
     Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e velhos hábitos que nos causam dor.
     Somente livres do peso do passado, podemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz.

FONTE: Jornal carta, 09.05.2003 www.Tonoticias.jor.br


Ao estabelecer uma comparação entre a ação da águia e a dos homens, o texto compõe uma:

Alternativas
Comentários
  • b) metáfora.

    Compara sem conectivas: Ex.: Eu tenho cérebro de jumento.

  • METÁFORA

    Apresenta uma palavra utilizada em sentido figurado, uma palavra utilizada fora de sua acepção real, em virtude de uma semelhança subtendida :

    Aquela criança é uma flor.

    Esse menino é um trator

    " Iracema a virgem dos lábios de mel ." (Jose de Alencar)

    portugues esquematizado 2 edição pg 280 ( Agnaldo Martino)

  • Uma info: infelizmente a história da "renovação da águia" não é verdade.

    Mas é uma bela história motivacional rs

    http://diariodebiologia.com/2013/09/o-ritual-de-renovacao-da-aguia-e-verdade/


    Avante! #AFRF

  • Gabarito: B

    Esse período abaixo é o que melhor se aproxima de uma metáfora:

    [...]

    Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e velhos hábitos que nos causam dor.

    [...]

  • Baita texto, muito bom para refletir.

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA QC


ID
1032328
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. Há zeugma na seguinte assertiva:

Alternativas
Comentários
  • a)

    Zeugma é uma figura de estilo ou figura de linguagem que consiste na omissão de um ou mais elementos de uma oração, já expressos anteriormente. O zeugma é uma forma de elipse.

    Zeugma e a colocação da vírgula

    Quando omitimos um termo, a posição do constituinte elidido é, na língua escrita, assinalado por uma vírgula. A expressão em negrito, ou sua cognata, é omitida. Nota-se que a forma suprimida pode não coincidir morfologicamente com o seu antecedente (no ex. 1., a seguir o antecedente é a forma verbal "gosta", ao passo que a forma omitida e subentendida, é "gosto". Daí a observação acima de que o constituinte omitido pode não coincidir formalmente com a forma expressa (em gênero, pessoa ou tempo) e sua antecedente, podendo ser uma forma "cognata", ou "semelhante". O tipo de semelhança que o zeugma consente é uma questão lingüística mais geral.

    "Ela gosta de história; eu, de física."

    "Mas, ser planta, ser rosa, mão vistosa,/ De que importa, se aguardar sem defesa,/ Penha a mão, ferro a planta, tarde a rosa?" (Gregório de Matos)

    Na terra dele só havia mato, na minha, só prédios.

    Meus primos conheciam todos. Eu, poucos.

    As quaresmas abriam a flor depois do carnaval, os ipês, em junho.

    Eu gosto de futebol; ele, de basquete.

    Em casa eu leio jornais; ela, revistas de moda.

    Minha professora trabalha na escola particular; minha mãe, na pública. ela anda de bicicleta, ele de moto.

    Contudo, o zeugma é a omissão de um termo já citado anteriormente que não vai mudar o sentido da frase por conta da omissão de termos.

  • Zeugma: é a omissão marcada por vírgula, de um verbo mencionado anteriormente.
  • cuidado para nao confundir: ZEUGMA x ELIPSE

    ZEUGMA:  omissao de um termo ja citado antes 

    ELIPSE: omissao de um termo subentendido na oração (substitui o suj eliptico)

  • Zeugma

    Tal figura não é frequente em provas de concurso, logo a ideia de uma supressão de um termo anteriormente expresso tem se aplicado também à elipse. Em outras palavras, os concursos costumam analisar o zeugma como elipse, o que não deixa de ser verdade, pois a diferença entre elas é que a elipse é a omissão de um termo sem referência no texto; já o zeugma é a omissão de um termo ocorrido anteriormente no texto.

    – Meu irmão passou em dois concursos; eu, em um só.

    – Corremos 5 km, eu em 30 minutos, ele em 25.

    – Ele é muito estudioso e a irmã também é.

    Traduzindo: Meu irmão passou em dois concursos; eu passei em um só. / Corremos 5 km, eu corri em 30 minutos, ele correu em 25 minutos. / Ele é muito estudioso e a irmã também é estudiosa.


  • Só recordando...


    Elipse : Suspensão de palavra não dita antes

    Ex: Retornarão às 23h. (quem? Eles)


    Zeugma: Suspensão de palavra dita antes

    Ex: Ela saiu, ele não. (ele não saiu)


    Força Guerreiros!

  • Zeugma: é a omissão de um termo da oração que já foi citado antes.

    "Minha mãe trabalha numa empresa particular; eu (trabalho numa empresa), na pública."

  • FIGURAS DE CONSTRUÇÃO

    Elipse – Omissão de termo... “Somos” – “Nós”.

    Zeugma – Omissão de termo que já apareceu.

    Pleonasmo – Repetição de uma ideia.

    Inversão ou Hipérbato – Alteração da ordem...

    Silepse – Concordância com o que está implícito.

    Polissíndeto – Repetição de conectivos.

    Anacoluto – Termo solto na frase.

    Anáfora – Repetição de uma mesma palavra.

    FIGURAS DE PENSAMENTO

    Antítese – palavras contrárias. (vida e morte).

    Ironia – Sentido oposto ao real.

    Hipérbole – Exagero... (Morto de fome).

    Eufemismo – Suavizar

    Prosopopeia ou Personificação – característica humanas a seres inanimados.

    Gradação ou Clímax - progressão ascendente (Clímax) Decrescente (anticlímax). Hierarquia de termos.

    Apóstrofe – Vocativo

    Paradoxo – Oposição de Ideias. "Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar"

    Alegoria – Conjunto de Metáforas

    FIGURAS DE PALAVRAS

    Polissíndeto – repetição do mesmo conector.

    Catacrese – Ausência de termos específico. Ex.: Pé da mesa, Braço do Sofá.

    Metáfora: Comparação sem o “como”

    Comparação ou Símile: Comparação com o “como”.

    Perífrase: Substituição de um termo por outro equivalente. Rainha dos Baixinhos (Xuxa)

    Metonímia: Substituição do autor pela obra. A parte pelo todo. “A sala aplaudiu o professor.”

    Sinestesia: Mistura de sentidos. “Perfume doce” (Olfato + paladar)

    FIGURAS DE SOM

    Aliteração: Repetição de sons consonantais.

    Assonância: repetição de sons vocálicos.

    Paronomásia: Repetição de palavras com sons parecidos.

    Cacofonia: Som desagradável – “Vou-me Já.”.

    Onomatopeia: Sons de animais, ruídos ou coisas.

  • GAB A

    Zeugma - Omissão de termo que já apareceu

    "Minha mãe trabalha numa empresa particular; eu, na pública."

    -----------------------------------------------------------------------------------------------

    Já a elipse:

    supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela situação.

    Ex.: Meu livro não está aqui, ele sumiu!

    Já errei isso no passado, hoje em dia não erro mais.


ID
1035157
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA em que a oração apresenta um vício de linguagem.

Alternativas
Comentários
  • letra A apresenta cacofonia.

    CACOFONIA: É um vício de linguagem.
    Acontece quando a junção de duas sílabas, uma no final da palavra e outra no início de outra, se encontram e resultam um "som desagradável", acabam formando outra palavra, às vezes calão.
    Isso ocorre por causa da maneira que lemos palavras e trocamos fonemas.

    "... aquele batom chamativo na boca dela."

    fonte: Dicionário informal
  • Acredito que também exista pleonasmo em: Quando olhei para Teresa vi...( redundância olhei e vi.)

    Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: subir para cima


  • A questao pede para marcar um vicio de linguagem, isso implica em ambiguidade,barbarismo,cacofonia,estrangerismo,solecismo,rebuscamento,plebeísmo, etc. Nessa frase verifica-se a CACOFONIA, na espressao '' na boca dela''.

  • BO.CA-DE.LA - Cacofonia

  • FIGURAS DE CONSTRUÇÃO

    Elipse – Omissão de termo... “Somos” – “Nós”.

    Zeugma – Omissão de termo que já apareceu.

    Pleonasmo – Repetição de uma ideia.

    Inversão ou Hipérbato – Alteração da ordem...

    Silepse – Concordância com o que está implícito.

    Polissíndeto – Repetição de conectivos.

    Anacoluto – Termo solto na frase.

    Anáfora – Repetição de uma mesma palavra.

    FIGURAS DE PENSAMENTO

    Antítese – palavras contrárias. (vida e morte).

    Ironia – Sentido oposto ao real.

    Hipérbole – Exagero... (Morto de fome).

    Eufemismo – Suavizar

    Prosopopeia ou Personificação – característica humanas a seres inanimados.

    Gradação ou Clímax - progressão ascendente (Clímax) Decrescente (anticlímax). Hierarquia de termos.

    Apóstrofe – Vocativo

    Paradoxo – Oposição de Ideias. "Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar"

    Alegoria – Conjunto de Metáforas

    FIGURAS DE PALAVRAS

    Polissíndeto – repetição do mesmo conector.

    Catacrese – Ausência de termos específico. Ex.: Pé da mesa, Braço do Sofá.

    Metáfora: Comparação sem o “como”

    Comparação ou Símile: Comparação com o “como”.

    Perífrase: Substituição de um termo por outro equivalente. Rainha dos Baixinhos (Xuxa)

    Metonímia: Substituição do autor pela obra. A parte pelo todo. “A sala aplaudiu o professor.”

    Sinestesia: Mistura de sentidos. “Perfume doce” (Olfato + paladar)

    FIGURAS DE SOM

    Aliteração: Repetição de sons consonantais.

    Assonância: repetição de sons vocálicos.

    Paronomásia: Repetição de palavras com sons parecidos.

    Cacofonia: Som desagradável – “Vou-me Já.”.

    Onomatopeia: Sons de animais, ruídos ou coisas.

  • O nobre avaliador, com essa questão buscava avaliar se o candidato sabia o significado do vicio de linguagem, com o nome de CACOFONIA.

    São exemplos de cacofonia:

    • U ma mão tava na mesa, outra no bolso. (mamão)
    • Há, al ma minha! (maminha)
    • Descul pa então! (pintão)
    • Eu vi ela essa tarde na escola. (viela)

  • confundi com a letra d pois achei q era ambiguidade, q é outro vício de linguagem
  • Questão sinistra! KKKKK Mas é bom aprender coisas novas, se cair agora não erro mais! Vlw

  • A frase da letra A está faltando uma vírgula, após Teresa.

    Quando olhei para Teresa, vi aquele batom chamativo na boca dela.

    De certa forma, também houve um erro gramatical por parte da banca.


ID
1035160
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA, cuja oração apresenta um paradoxo.

Alternativas
Comentários
  • Letra A

    Paradoxo é o oposto do que alguém pensa ser a verdade ou o contrário a uma opinião admitida como válida. Um paradoxo consiste em uma ideia incrível, contrária do que se espera. Também pode representar a ausência de nexo ou lógica.

    Como alguns colegas erraram a questão em comento, colocarei o significado de "desafortunado" para facilitar o estudo e a compreensão acerto do tema:

    desafortunado | adj. | s. m.
     

    de·sa·for·tu·na·do 
    adjetivo

    1. Que não tem fortuna.

    2. Infelizdesventurado.

    substantivo masculino

    3. Pessoa sem fortunainfeliz.


    "desafortunado", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/desafortunado [consultado em 23-11-2013].
  • Para acrescentar:

    - Paradoxo: engloba ao mesmo tempo duas idéias opostas.
    Exemplo: “Amor é fogo que arde sem se ver;
                       È ferida que dói e não se sente!
                       É um contentamento descontente;
                       É dor que desatina sem doer;” (Camões)


    fonte:  http://www.mundoeducacao.com/gramatica/figuras-linguagemparte-iii.htm
  • A  correta

    B- prosopopeia ou personificação

    C-  acho que metonímia (alguem pode tirar minha duvida?)

    D-  assíndeto (ausensia de conectores com pontuação obrigatória)

  • Paradoxo

    Duas ideias contrárias que coexistem, que ocorrem ao mesmo tempo, implicando falta de lógica.

    – Amor é fogo que arde sem se ver, / É ferida que dói e não se sente, / É um contentamento descontente, / É dor que desatina sem doer. (Camões)

    – Que música silenciosa ele toca!

    – “Foi sem querer querendo.” (Chaves)


  • O paradoxo consiste em ideias contrárias que se anulam. Como por exemplo na primeira frase os termos: Desafortunado/ Cuja Glória.

  • Paradoxo: emprego de ideias antagonicas que se excluem, mas que aparecem em uma mesma frase

                    Ex: silêncio ensurdecedor - inocente culpa - gelo fervente - declaração tácita - guerra pacífica

  • desafortunado = des = nao fortunado = feliz ,portanto não feliz

  • FIGURAS DE CONSTRUÇÃO

    Elipse – Omissão de termo... “Somos” – “Nós”.

    Zeugma – Omissão de termo que já apareceu.

    Pleonasmo – Repetição de uma ideia.

    Inversão ou Hipérbato – Alteração da ordem...

    Silepse – Concordância com o que está implícito.

    Polissíndeto – Repetição de conectivos.

    Anacoluto – Termo solto na frase.

    Anáfora – Repetição de uma mesma palavra.

    FIGURAS DE PENSAMENTO

    Antítese – palavras contrárias. (vida e morte).

    Ironia – Sentido oposto ao real.

    Hipérbole – Exagero... (Morto de fome).

    Eufemismo – Suavizar

    Prosopopeia ou Personificação – característica humanas a seres inanimados.

    Gradação ou Clímax - progressão ascendente (Clímax) Decrescente (anticlímax). Hierarquia de termos.

    Apóstrofe – Vocativo

    Paradoxo – Oposição de Ideias. "Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar"

    Alegoria – Conjunto de Metáforas

    FIGURAS DE PALAVRAS

    Polissíndeto – repetição do mesmo conector.

    Catacrese – Ausência de termos específico. Ex.: Pé da mesa, Braço do Sofá.

    Metáfora: Comparação sem o “como”

    Comparação ou Símile: Comparação com o “como”.

    Perífrase: Substituição de um termo por outro equivalente. Rainha dos Baixinhos (Xuxa)

    Metonímia: Substituição do autor pela obra. A parte pelo todo. “A sala aplaudiu o professor.”

    Sinestesia: Mistura de sentidos. “Perfume doce” (Olfato + paladar)

    FIGURAS DE SOM

    Aliteração: Repetição de sons consonantais.

    Assonância: repetição de sons vocálicos.

    Paronomásia: Repetição de palavras com sons parecidos.

    Cacofonia: Som desagradável – “Vou-me Já.”.

    Onomatopeia: Sons de animais, ruídos ou coisas.

  • Paradoxo = "NADA HAVER"

    Ex: perdendo o tempo é que se ganha tempo.

    Antítese =Ideias contrárias com situações diferentes = "FAZ SENTIDO"

    Ex= aqui o povo é forte, mas lá é fraco.

  • Paradoxo é uma contradição entre os termos, ou seja, uma antítese exagerada !!!

    Rumo CFO PM-MG