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Prova FGV - 2014 - FUNARTE - Administração e Planejamento


ID
1157536
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


Sobre a organização desse texto, pode-se afirmar que sua estrutura:

Alternativas
Comentários
  • "...atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida(S)." Esse plural que não foi aplicado torna a questão confusa, pois, parece uma enorme casca de banana indicando que uma das marcas recebe um texto extenso mas sem importância, o que sabenos ser incorreto.

  • Qual o erro na letra D?

  • Acho que a D tá errada porque ela afirma "por ser aquela (marca) que faz parte de nossos movimentos literários;"

    Acho que esse não é o motivo. O autor cita a literatura como exemplo, apenas.


  • Não entendi quanto a "atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida." Ao ler o texto entendi que o autor dá importância reduzida à primeira marca, a capacidade de dar um jeito, e não "à outra" que seria a capacidade de adiar.  

  • Não concordo com o gabarito.

    Quando a questão afirma:

    . concentra atenção numa das duas marcas apontadas inicialmente. (Até aqui correto, na capacidade de adiar).

    . atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida. (Quando ele fala "atribuindo à outra", interpreta-se a outra marca de brasilidade que ele não deu atenção, e a essa marca ele não deu extensão textual, mas deu pouca importância). 


  • Gabarito E

    - concentra atenção numa (capacidade de adiar) das duas marcas apontadas inicialmente, (capacidade de dar um jeito e capacidade de adiar) 

    - atribuindo à outra (capacidade de adiar) extensão textual e importância reduzida (o fato do brasileiro adiar as coisas é como se fosse de menor importância).


    Foi assim que entendi. Mais alguém comenta???

  • a) se organiza a partir das duas marcas de brasilidade apontadas, embora somente uma delas seja explorada de forma sociologicamente séria; Nada no texto é levado muito à serio. Os exemplos citados pelo autor são irônicos praticamente todo o tempo.
    b) destaca, entre outras, duas marcas (OK) do brasileiro moderno (NÃO), valorizando mesmo os aspectos negativos nelas contidos (OK, apesar que quando se fala em "adiar" ou de dar "um jeito", ja sabemos que isso é negativo "por si só"); Em nenhum momento o texto cita de tratar-se do "brasileiro moderno".
    c) cita, no título da crônica, uma marca de nossa brasilidade, que é indicada como a marca exclusiva (NÃO) de nosso modo de ver a vida; Como é colocado no texto, podemos ver que não trata-se de uma "marca exclusiva", já que o autor cita as "duas colunas da brasilidade..." Não é um modo de "ver a vida", tal vez de "viver a vida".

    d) alude a duas marcas de brasilidade (OK), mas destaca apenas uma delas (OK), por ser aquela que faz parte de nossos movimentos literários (NÃO); O autor cita alguns movimentos literários apenas como exemplo, mas estes não aludem as marcas apontadas pelo autor, no texto.
    e) concentra atenção numa das duas marcas apontadas inicialmente, atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida. Gabarito!

  • Bem pensado, Luana. A parte do "importância reduzida" só faria sentido assim..

  • Alguém sabe se o gabarito foi mantido ou se foi alterado? Questão estranha. Arrisco dizer mal formulada.

  • gabarito E.

    fui indo por eliminação

    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso

    (A) se organiza a partir das duas marcas de brasilidade apontadas, embora somente uma delas seja explorada de forma sociologicamente séria;

    Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais.

    B) destaca, entre outras, duas marcas do brasileiro moderno, valorizando mesmo os aspectos negativos nelas contidos;

    Brasileiro, Homem do Amanhã

    (C) cita, no título da crônica, uma marca de nossa brasilidade, que é indicada como a marca exclusiva de nosso modo de ver a vida;

    (D) alude a duas marcas de brasilidade, mas destaca apenas uma delas, por ser aquela que faz parte de nossos movimentos literários;

    (E) concentra atenção numa das duas marcas apontadas inicialmente, atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida.

    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida (é tudo que se fala sobre a primeira no texto), no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.


ID
1157539
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


O cronista nos diz, ao início do texto, que “o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo”; com essa frase, o cronista quer dizer que nosso país:

Alternativas
Comentários
  • Isso é uma ironia! E não são características únicas, pois no segundo parágrafo tem o seguinte "a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso." 

    Questão extremamente mal elaborada!  

  • Discordo, jovem.

    O fato de ser divulgado não permite dizer com segurança que os "gringos" possuem a mesma "mania" que nós.

  • Não dá para dizer que o gabarito é 100%, mas acredito que isso seja característica dessa banca mesmo.

    Porém, pode-se responder a questão por exclusão.

    Em nenhum momento o texto fala sobre o brasileiro transformar defeitos em qualidades (inclusive o texto é uma crítica ao povo brasileiro), nem fala sobre o humor, a energia dos brasileiros ou sobre sua originalidade.

    Apesar de o próprio texto citar que a capacidade de adiar não é exclusividade do brasileiro, encaixa-se melhor a resposta A.

  • gabarito A

    Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar

    são características únicas do Brasil, como nenhum outro país possui, o Brasil acaba sendo o único país brasileiro de todo o mundo.

  • Toda vez que vejo uma alternativa que faz sentido, fico em modo alerta. Kkkk

    FGV me traumatizou.

  • Ta tudo muito óbvio as alternativas


ID
1157542
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


A frase de Oscar Wilde e Mark Twain – nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã – constrói seu humorismo:

Alternativas
Comentários
  • a expectativa seria: "nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer hoje".

    Houve uma quebra de expectativa ao falar "que se pode fazer depois de amanhã".

  • Por que essa frase não é uma construção caracterizada por originalidade?

  • Tiago foi direto ao ponto

    bons estudos
    rumo a posse
  • "Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório" Essa frase não é ironia?? Não sei mais o que possa ser.

  • Nagell essa frase não é original, porque o autor não inventou, ela já foi dita várias vezes de forma parecida em outros momentos.

  • gabarito C.

    como é um dito popular, há uma quebra da expectativa de nunca se fazer amanhã o que se pode fazer hoje.


ID
1157545
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


O texto da crônica mostra, em sua estruturação, um contínuo tom irônico. O segmento abaixo que foge a essa regra é:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta, E.

    Não entendi o erro da C, pois entendi que se trata de uma constatação.

  • Qual a ironia da B???? Obg!

  • Entendo que a alternativa "E" usa de ironia quando diz " Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório". Sinceramente não consegui compreender.

  • Mais uma questão bizarra. Até quem fez Letras tem dificuldade pra fazer FGV.

    Comentário solicitado.


  • Algum professor do QC pode nos ajudar? Onde está a ironia da B? E por que a E está correta, me parece irônica. Obrigada!

  • Significado de Ironia s.f. Retórica. Figura de linguagem através da qual se expressa exatamente o oposto daquilo que se diz; utilização de uma expressão, vocábulo ou frase de significação contrário ao que supostamente deveria ser expresso, usado para caracterizar ou nomear alguma coisa: a ironia valoriza certos discursos. Literatura. A utilização dessa figura com o objetivo de produzir ou salientar alguns aspectos de caráter humorístico.
    Emprego ou utilização de palavras que denotam sarcasmo; todo comentário de teor sarcástico. Figurado. Discrepância ou contradição caracterizada pelo sarcasmo ou zombaria; circunstância ou evento em que há zombaria: a ironia desta situação. (Etm. do grego: eironeia.as, pelo latim: ironia.ae).

    Significado de sarcasmo s.m. Ironia insultuosa; zombaria penosa, mordaz ou cáustica: o sarcasmo estava presente em toda a sua obra literária.
    (Etm. do grego: sarkasmós).

    Na letra “b” o autor está afirmado duas características da brasilidade (dando certeza sobre tais características), e ao afirmar isso ele mostra aspectos claros de ironia. Sabemos que os brasileiros não podem ser generalizados dessa forma.

    Na letra “c” a ironia está justamente quando ele aponta sobre a divulgação e menciona o corpo diplomático.

    Restando apenas a letra “E” que mostra claramente uma opinião do autor apenas, mas não com tom irônico.

  • Acredito que na B, "colunas da brasilidade" deveriam se referir a culturas, costumes do Brasil.
    Porém, como é utilizado para expressar ações que denigrem a imagem do Brasil, acredito que essa seja a ironia.

  • A FGV deveria ser proibida de fazer provas! Essa prova de português INTEIRA é o maior lixo dos lixos! Típico da FGV...

  • O engraçado é que o professor no vídeo explica a questão como se fosse óbvio, claro como água. Será que ele encontra fácil assim sem o gabarito prévio? Tenho minhas dúvidas. Uma interpretação absurdamente subjetiva e arbitrária.

  • A analogia que ele faz na letra E não deixa a frase com um tom obviamente irônico? - Fala sério!

    Agora, na letra B, ele somente cita quais as duas características mais fortes do brasileiro, das quais uma ele explicará melhor. Não vejo ironia alguma aí.

  • Concordo, Raoni. Quero ver a explicação antes do gabarito. Pior do que fazer esse tipo de questão é ver um professor explicar esse tipo de questão. A ironia da letra E é óbvia, digam o que disserem.

  • A única coisa que justifica o gabarito é dizer que o trecho da letra E indica metáfora, e não ironia.

  • “Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso”

    Basicamente o autor diz que é inerente ao brasileiro a ação de adiar as coisas, que é impossível inibir esse estímulo de querer adiar as coisas. Como se os brasileiros fossem programados biologicamente para adiar seus compromissos. O ato de levar as mãos aos olhos diante de um foco luminoso é para protegê-los de algo nocivo. Nesse raciocínio, o compromisso se não for adiado torna-se prejudicial ao homem.

    Não existe ironia nesse trecho ?

  • GABARITO: LETRA E - QUESTAO MALDOSA

    Também marquei a letra "B" inicilmente e achei muito maldosa a questao.

    Mas FGV faz isso de propósito.

    Tem que pegar o jeito e aprendera "forma de pensar" da banca.

    A ironia da letra B está no termo "colunas", que normalmente é usado para expor elementos positivos.

    Não concordei completamente com a letra "E", mas ela seria a "mais correta" ou "menos errada".]

     

     

  • É óbvio que há ironia na letra E, o professor Alexandre Soares é muito bom, mas dessa vez forçou a barra pra justficar o gabarito.

    FGV é insuportável!

    Bons estudos!

  • Para mim, todas as questões possuem ironia. Odeio essas questões subjetivas, para mim o fato do autor comparar um costume brasileiro mal visto na sociedade como um instinto natural já é em si uma ironia. Mas...cada um com sua tarja preta né!!! hehe...

  • Forçou a barra...Nessa questão, somente quem formulou pode TENTAR explicar...Por isso que nos gabaritos extraoficiais os professores ficam com aquela cara de velório. Lá tem que colocar a cara a tapa sob pressão..,


ID
1157548
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


A linguagem coloquial aparece seguidas vezes no texto. O segmento que a exemplifica é:

Alternativas
Comentários
  • Olá, alguém poderia explicar melhor essa questão para mim. Obrigada!

  • Na questão acima o uso da palavra "Ora", torna a sentença em linguagem coloquial. Abaixo algumas comparações entre a linguagem coloquial e culta.


    Língua coloquial:

    • Variante espontânea;
    • Utilizada em relações informais;
    • Sem preocupações com as regras rígidas da gramática normativa;
    • Presença de coloquialismos (expressões próprias da fala), tais como: pega levese tocatá rolandoetc.
    • Uso de gírias;
    • Uso de formas reduzidas ou contraídas (pra, cê, peraí, etc.)
    •  Uso de “a gente” no lugar de nós;
    • Uso frequente de palavras para articular ideias (tipo assim, ai, então, etc.);

     Língua culta:

    • Usada em situações formais e em documentos oficiais;
    • Maior preocupação com a pronúncia das palavras;
    • Uso da norma culta;
    • Ausência do uso de gírias;
    • Variante prestigiada.

    A língua coloquial, por ser descontraída, relaciona-se à fala (língua oral), enquanto a culta, à escrita.


    Espero ter ajudado, bons estudos.

  • Entendo que a expressão "...agarrou-nos pela perna..." seja coloquial, assim como: nos deixou de calças curtas. Poderíamos reescrevê-la da seguinte forma para que se torne linguagem culta: ...aquele francês nos surpreendeu com a sua astúcia...

  • e o lá fora da letra d? Não reflete linguagem coloquial? Para ser culto o emprego deveria ser no exterior ou algum outro sinônimo, não?

  • "ora" não torna a frase coloquial. O que a torna coloquial é o "agarrou-nos pela perna".

    Mas entendo que a "c" também esta na forma coloquial quando o autor utiliza "já anda" (a capacidade de adiar não anda, está utilizando de metáfora) e também "lá fora". 

    Se alguem puder esclarecer, à vontade.

  • Também acho que a letra B é informal quando ele fala ...essenciais SOBRE nós e SOBRE nossa terra, ao invés de ...essenciais sobre nós e nossa terra. Criou-se uma redundância. Interpretação é fods

  • O QUE ESTÁ NA LINGUAGEM COLOQUIAL É: "...SEMANA QUE VEM..." 

    NA NORMA CULTA SERIA "SEMANA QUE VIRÁ...", TENDO EM VISTA QUE SE TRATA DE FUTURO E NÃO DE PRESENTE.
  • Se referir ao exterior como "lá fora" é bastante culto. Vejo muito essa expressão nos documentos do Itamaraty.

  • E a palavra "NUMA" da letra C, não seria uma marca da linguagem coloquial?

  • “Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna (COLOQUIAL). O resto eu adio para a semana que vem”;

    Gabarito C, conforme o professor Arenildo.

  • Se “ lá fora “ for culto, não sei mais o que é.

  • Na letra D, a expressão anda também está no sentido conotativo, algm sabe justificar isso ?


ID
1157551
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


No segundo parágrafo, para referir-se às colunas da brasilidade, anunciadas no parágrafo anterior, o cronista empregou, respectivamente, as palavras “a primeira” e “a segunda”. Caso fossem empregados pronomes demonstrativos em substituição a esses numerais ordinais, as formas adequadas seriam, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    A palavra "primeira" pode ser substituída por aquela - pois tem o significado de lá 

    A palavra "segunda" pode ser substituída por esta - pois tem significado de aqui.

  • ESTE(A) - refere-se à pessoa mencionada em último lugar, 

    e AQUELE (A) - à mencionada em primeiro lugar.

  •  (...) [Aquela] capacidade de dar um jeito; [Esta] capacidade de adiar. 
     "Aquela" é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior;  "Esta", no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, (...)


    Gabarito: C
  • Aff....essa matéria me confunde!


    Quanto a segunda opção, OK, consigo entender que é ESTA, pois se tratou por último, mas a primeira então por que não pode ser ESSA, se falamos de algo que foi mencionando antes!?


    Alguém poderia me ajudar?!

  • Quando se tem dois termos só se usa esta e aquela...

    Se fosse 3 termos, aí seria utilizado aquela, essa e estas.


  • É bom ficar atento quanto a diferente do uso de Este (s), esse (s), esta (s) e essa(s). Como vocês sabem a FGV adora os pormenores.

    Em relação ao espaço

    - Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala:

    Ex: Este relógio de bolso que eu estou usando pertenceu ao meu avô.

    - Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala:

    Ex: Mamãe, passe-me essa revista que está perto de você.

    Em relação ao tempo

    - Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala:

    Ex: Esta tarde irei ao supermercado fazer as compras do mês.

    - Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado próximo ao momento da fala:

    Ex: Essa noite dormi mal, tive pesadelos horríveis.

    Quando são usados como referente

    - Este(s), esta(s) e isto fazem referência a algo sobre o qual ainda se vai falar:

    Ex: São estes os assuntos que temos a tratar: o aumento dos salários, as férias dos funcionários e as horas extras.

    - Esse(s), essa(s) e isso fazem referência a algo que já foi citado anteriormente:

    Ex: Sua participação nas Olimpíadas de Matemática, isso é o que mais desejamos agora.

    - Este e aquele são empregados quando se faz referência a termos já mencionados, como se exemplifica a seguir:

    Ex: Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez com que resolve os exercícios de Matemática, aquele pela criatividade na produção de textos.


  • Gab: letra C.

    Vou citar uma frase como exemplo para explicar melhor:

    A LAPISEIRA E A BORRACHA ESTÃO GUARDADAS NO ESTOJO. A PRIMEIRA (AQUELA - SE REFERE AO TERMO DISTANTE) É AZUL E A SEGUNDA (ESTA - SE REFERE AO TERMO MAIS PRÓXIMO) É BRANCA.

  • Apenas os pronomes demonstrativos de 1ª [este(s), esta(s), isto] e de 3ª [aquele(s), aquela(s), aquilo] podem exercer funções endofóricas [funções de retomada de termos anteriores dentro do texto]. O de 1ª retomará o termo mais próximo - ou, no caso, citado por último - e o de 3ª retomará o termo mais distante - ou, pela mesma lógica, citado primeiro.

  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    Sabemos que, quando há retomada de elementos por contraste, o primeiro deve ser retomado pelo pronome demonstrativo

    “aquela” e o último é retomado pelo pronome demonstrativo “esta”.

     

     

     

    Assim, a alternativa correta é a (C).

     

     

    Gabarito: C

     

     

    Prof. Décio Terror

  • LETRA C.

    c) Certo. A primeira é a mais distante (aquela), a segunda é a mais próxima (esta).

    Questão comentada pela Profª. Tereza Cavalcanti

  • GABARITO - C

    Aquele/ aquela / aquilo - Retoma o mais distante

    Este / Esta / Isto - Retoma o mais próximo

    Ex: Aviões do Forró e Metallica esta gosto aquela não curto.

    Bons estudos!


ID
1157554
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”.

O conectivo “no entanto” traz uma oposição entre termos do texto; os termos opostos, nesse caso, são:

Alternativas
Comentários
  • Alguém, além de mim, acha que o correo é a letra A

    Ajuda por favor.

  • Alguém pode esclarecer a dúvida ? também pensei ke a correta era a letra A

  • A questão quer termos opostos que teve como ligação o conectivo " no entanto". Primeira e Segunda são as palavras que ele se refere a algum termo anteriormente dito, mas não são opostos ( respectivamente, a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar) . Agora quando fala que uma é " escassamente conhecida", ou seja, pouco conhecida, a outra é bastante divulgada. Essas características são opostas. são características das duas palavras que ele se refere como primeira e segunda. 

  • A resposta é a letra "c" porque a questao pede os termos opostos entre os textos. Assim, entre a segunda assertiva  e a primeira, tem-se que "bastante divulgada" é termo oposto de "escassamente conhecida".

  • Letra A), incorreta. A primeira e a segunda são termos enumerativos não são, portanto idéias opostas.

  • eu errei a questão, mas a única alternativa que da a ideia de oposição é a "C" mesmo...

  • engraçado errei por teimosia, pois de cara avistei a  letra C porém marquei a A.

  • sim , eu tbm fui de cara na letra A

  • Letra C

    Ao ler .. já anda bastante divulgada lá fora.... (segunda parte)

    esperamos que na primeira parte traga a mesma ideia. 

    Mas no texto a primeira parte quebra essa expectativa,

    trazendo ...escassamente conhecida... (primeira parte).

    Portanto, a ideia de oposição está estre esses 2 segmentos.

  • A FGV elaborando questão de português tem a manha de fazer o povo errar kkkkkkkkkkkkkkkkk


ID
1157557
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é, no Brasil, uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental”.

As formas sublinhadas do demonstrativo se justificam porque:

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    O pronome demonstrativo aquilo ( aquele a/s), é empregado para indica uma localização temporal de um passado remoto ou bastante vago. 

  • O "isso. isto e o aquilo" são pronomes demonstrativos neutros e, a título de informação, são palavras atrativas que obrigatoriamente requerem a próclise.

  • Não compreendi a resposta.


    Assinalei a alternativa D como correta.


    Comentário solicitado.

  • "Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam..." Aquilo o quê? uma frase? um verso? está vago ou pouco definido, mesmo que a frase fosse reproduzida após essa informação. "...(nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã) ..." Aquilo o quê? Não se sabe, está vago...

  • Eu coloquei "D" e errei! Depois percebi que em relação ao texto precisa ser necessariamente o Gab. "E", pois esta se referindo a um passado distante, vago...

  • O pronome "aquilo" também pode ser utilizado para demonstrar  que o "ser" está distante dos dois interlocutores. A questão induz o concurseiro a marcar letra D.

  • Questão trash.

    Comentário solicitado.


  • Tb fiquei na dúvida... Fui na alternativa A!

  • Galera acho que consegui entender o porquê da alternativa E ser a correta. De fato, tanto a alternativa A quanto a D(foi a que eu marquei, rsrs) estão corretas e indicam, respectivamente, situação de tempo e espaço. Contudo, temos que analisar o trecho pedido pelo examinador e se formos olhar realmente nesse trecho não há ideia de tempo nem de espaço, mas sim algo meio que indefinido. Poderíamos nos perguntar: Aquilo o quê? ninguém sabe. kkkkk Acho que é por ai.

  • Com todo respeito, discordo tanto do gabarito, quanto da explicação do professor. As funções são diferentes. Na primeira ocorrência o pronome se refere ao que foi dito por Oscar Wilde e Mark Twain, o que? que (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), a primeira ocorrência se refere a algo que está dentro do texto. Na segunda ocorrência o pronome se refere a algo indefinido, ai sim. Na minha opinião, nenhuma das alternativas está correta. CORRIJAM-ME SE EU ESTIVER ERRADO.

  • Marcos, se ele fosse se referir o texto próximo, como na sua dúvida, usaria isto. o pronome "aquilo", no caso do texto, expressa o sentido de vago...

  • essa pega o cara viu, questão muitoo booa

  • Nosso problema nessas questões é esquecermos do enunciado ou do texto. Todos nós, concurseiros, fazedores de questões, estudiosos dessa matéria presente em todas as provas sabemos que uma outra palavra tem vários significados.


    Acontece que todos os possíveis significados não estão errados nas nossas cabeças. Nosso problema é esquecermos, e esquecemos mesmo, lembramos, ficamos em dúvida e esquecemos, que o enunciado pede o significado de uma palavra no texto todo.
    Como lutamos contra o tempo, mesmo em nossos estudos, principalmente nos estudos, não gostamos de remeter ao texto. Lemos o trecho e atribuímos um significado à palavra. 
    Mas, nesse caso, a noção de distância do leitor e emissor não se confere, pois o texto fala de algo que nós, brasileiros, fazemos. Um brasileiro procrastinador escrevendo para brasileiros procrastinadores. Por isso C está errada, e pelo mesmo motivo não é algo distante no tempo, pois a procrastinação ocorre HOJE, o que também nos traz o erro à letra A. 
    Elas estão certas fora do contexto? Sim. São o motivo pelo qual o autor usou "Aquilo"? Não.
    Eu também errei.
    Gabarito: Letra E.
  • Não achei tão difícil creio que todos nós estamos acostumados a decorar que "aquele" se refere a algo distante do receptor e do transmissor aí ficamos presos nesse paradigma, se vc's repararem no CONTEXTO do texto realmente a palavra aquele faz alusão à algo material algo pouco detalhado, como na frase  " não fazer aquilo ..." sei lá o "aquilo" poderia ser estudar, correr, enfim não se detalha muito.

  • Desculpa, mas não vi nada de vago no primeiro "aquilo".

  • Questão nivel "hard" e a porcetagem dos que responderam letra E é a maior. 

  • FGV é tão nojenta quanto CESPE.

    Duvida? Faça um concurso e comprove.

  • Letra E.

     

    Comentário:

     

    As duas ocorrências do pronome demonstrativo “aquilo” não fazem referência a termo anterior. Tais pronomes indicam

    algo de modo vago que é caracterizado adiante com as orações subordinadas adjetivas restritivas “que Oscar Wilde e

    Mark Twain diziam apenas por humorismo” e “que se pode fazer depois de amanhã”.

     

     

     

    Assim, a alternativa (E) é a correta.

     

     

    Gabarito: E

     

    Prof. Décio Terror

  • As duas ocorrências do pronome demonstrativo “aquilo” não fazem referência a termo anterior. Tais pronomes indicam

    algo de modo vago que é caracterizado adiante com as orações subordinadas adjetivas restritivas “que Oscar Wilde e

    Mark Twain diziam apenas por humorismo” e “que se pode fazer depois de amanhã”.

     

    Gabarito: E

     

    Prof. Décio Terror

  • “Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é, no Brasil, uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental”. 

     

    a) se referem a algo bastante distante no tempo

    Realmente, esse é um dos papéis exercidos pelo pronome indefinido "aquilo", mas no trecho em análise não há ideia temporal

     

    b) se ligam a termos afetivamente próximos

    Hããã??? Espero que todo mundo tenha descartado essa ;)

     

    c) se prendem a elementos textuais próximos do leitor

    Elementos próximos do leitor, ou seja, próximos de quem lê, com quem se "fala", o interlocutor - no caso você -, devem ser retomados pelos pronomes demonstrativos esse, essa, isso

     

    d) denotam algo que está afastado do emissor e do receptor

    Realmente, esse é um dos papéis exercidos pelo pronome indefinido "aquilo", mas no trecho em análise não há qualquer referência a alguma coisa que esteja distante, tanto no espaço quanto no tempo

     

    e) indicam algo referido de modo vago, pouco definido

     

    O pronome demonstrativo, tanto em sua forma desenvolvida "aquilo", quanto em sua forma reduzida "o", podem ser empregados como elementos que trazem um dado novo ao texto, algo que não foi mencionado antes e de tom generalizante.

     

    Com isso, a introdução de uma estrutura restritiva - no caso, orações subordinadas adjetivas - logo após os mesmos, podem definí-los, caracterizá-los de uma certa maneira, "deixando-os menos vagos".

     

    Os pronomes demonstratitvos podem sim retomar alguma informação anterior, isto é, serem empregados como elementos anafóricos. Contudo, nessa questão, eles introduzem informação nova e vaga trazida para dentro do texto → há uma referenciação extratextual.


ID
1157560
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


No título dado à crônica – Brasileiro, homem do amanhã – a palavra sublinhada está empregada fora de sua classe gramatical (derivação imprópria). A frase em que ocorre o mesmo tipo de derivação é:

Alternativas
Comentários
  • Derivação imprópria = mudança de classe de palavra

    Você já ouviu falar em derivação imprópria?
    Dá-se esse nome à mudança de classe gramatical.

    Observe:
    Vamos andar para espairecer (andar = verbo)
    O andar daquele jovem é garboso (andar= substantivo – derivação imprópria);

    Vamos olhar a mercadoria para apreciação (olhar = verbo)
    Este teu olhar, quando encontra o meu, fala de uma coisa. (olhar = substantivo –
    derivação imprópria)

    Como era belo o amanhecer! (belo = adjetivo)
    O belo agrada aos olhos. belo = substantivo – derivação imprópria)

    Sim, senhor. Avaliemos a situação. (sim = advérbio)
    Quando ela lhe dará o sim? (sim = substantivo – derivação imprópria)
    É um político sério (sério = adjetivo)
    Falando sério, eu não queria ter você (sério = advérbio – derivação imprópria)
    O jovem é muito alto. (alto = adjetivo)
    Como você fala alto! (alto = advérbio – derivação imprópria)

    Fonte: http://www.capcursos.com.br/boletim-123-derivacao-impropria-mudanca-de-classe-de-palavra/boletim-123-derivacao-impropria-mudanca-de-classe-de-palavra/
  • passei batido nessa. bem e mal, bom e mau são adjetivos e estão assumindo função de substantivos. fácil. simples. mas tão na cara que a pessoa passa direto sem perceber! :(

  • Também errei. Só há mudança de classe no "bom" e "mau". No "bem" e "mal" não.

    Ele é bom/mau.

    Praticamos o bem/mal.

  • Derivação Imprópria

    A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:

    1) Os adjetivos passam a substantivos

    Por Exemplo:

    Os bons serão contemplados.

    2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos

    Por Exemplo:

    Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.

    3) Os infinitivos passam a substantivos

    Por Exemplo:

    andar de Roberta era fascinante.
    badalar dos sinos soou na cidadezinha.

    4) Os substantivos passam a adjetivos

    Por Exemplo:

    O funcionário fantasma foi despedido.
    O menino prodígio resolveu o problema.

    5) Os adjetivos passam a advérbios

    Por Exemplo:

    Falei baixo para que ninguém escutasse.

    6) Palavras invariáveis passam a substantivos

    Por Exemplo:

    Não entendo o porquê disso tudo.

    7) Substantivos próprios tornam-se comuns.

    Por Exemplo:

    Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)

  • Acertei essa meio na dúvida, mas era uma questão fácil se for perceber depois que fazemos ela, por isso a interpretação de texto é  fundamental.

  • Bem e Mal - podem ser substantivos ou advérbios, já bom e mau só podem ser adjetivos. Na frase "bom e mau" foram substantivados pelo emprego do artigo - o bom e o mau - ou seja passou de adjetivo para substantivo sofrendo mudança na classificação morfológica, isto é derivação imprópria.

  • E o que dizer de: eu almoço (verbo no presente do indicativo) e O almoço (substantivo) na letra B???

  • Essa eu errei, marquei B) por que pensei assim, 
    -“Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, ... - 
    Veja meu raciocínio: Adiamos o dentista (neste caso nós não adiamos a pessoa do dentista, o profissional, e sim o CONSULTA,) já em - O dentista no adia, (também neste caso o dentista não pode adiar-nos e sim a CONSULTA). Ambos têm o mesmo sentido. Consulta = Consulta.  Bom, ao menos aprendi. Fica a dica. 
    Resposta Certa, letra A) : DaniCris - 26 de Outubro de 2014, às 21h5
    Bem e Mal - podem ser substantivos ou advérbios, já bom e mau só podem ser adjetivos. Na frase "bom e mau" foram substantivados pelo emprego do artigo - o bom e o mau - ou seja passou de adjetivo para substantivo sofrendo mudança na classificação morfológica, isto é derivação imprópria.
    É isso. 
  • Há derivação imprópria na letra D. “Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da REFORMA, uma instituição sacrossanta no Brasil”

    Estou certo ou errado?

  • Galera, AMANHÃ, a derivação é prefixal (A-). A única alternativa com derivação prefixal que eu encontrei foi na palavra DESEMPARELHAR (DES-), contida na opção A.

  • "o conserto do automóvel" ????? consertar verbo ? e aí ? Arenildo podia ter comentado as outras alternativas!!!

  • Concordo. Professor Arenildo, favor comentar as outras alternativas.

  • Explicação Triste.

  • DaniCris, perfeito comentário. Simples assim!

  • A palavra amanhã em seu uso próprio é um adjunto adverbial, assim como o são bem e mal (aquele de tempo e esses de modo), mas foram empregados como objeto direto (complemento verbal).
    O mesmo tipo de derivação - adjunto adverbial virando objeto - ocorre em bem e mal e não em bom e mal, quando palavras normalmente usadas como adjuntos adnominais são usados como objetos diretos.

  • Na derivação impropria ocorre mudança de classe gramatical, não de função sintática. Amanhã é advérbio que foi substantivado pelo artigo, assim como bem e mal (advérbios) e bom e mau (adjetivos) que passaram a ser substantivos graças ao artigo.

  • IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere.

    Exemplo: O jantar estava ótimo.

                   O bem venceu o mal

  • Prof. Renildo cadê o comentário das demais opções? 

  • A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua formamuda de classe gramatical geralmente para substantivo.

     

     

    BEM e MAL são advérbios de modo. Ex.: Ele estudou BEM / MAL (modo como estudou).

     

     

     

    Na alternativa "A", há derivação imprópria nas palavras bem e mal que se transformaram em substantivos por serem antecedidas de artigo (o).

     

     

    Nas alternativas "B","C", "D" e "E", não ocorre derivação imprópria.

  • Mais uma questão que Arenildo deixa a desejar nos comentários, se tá ai fazendo a correção custa ter mais zelo com a correção? tem gente que tem muita dificuldade com português. 

  • Prefiro o professor Alexandre...
  • gabarito A.

    bom e mau = são adjetivos

    bem e mal = advérbios

    ambos casos viraram substântivos.

    na B.

    são substantivos de se originam de verbos

    o encontro, o almoço,

  • ...homem do amanhã.

    (AMANHÃ É UM ADVÉRBIO DE TEMPO, PORÉM, EM VIRTUDE DA DETERMINAÇÃO EFETUADA PELO ARTIGO NA FRASE O ‘AMANHÃ’ EXERCE FUNÇÃO DE SUBSTANTIVO)

    DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA OU CONVERSÃO – É A MUDANÇA DE CLASSE DE PALAVRAS.

    a)      Na letra A ocorre também a DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA: “Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau,...(os adjetivos “bom” e “mau” são determinados pelo artigo, sendo convertidos em substantivo)


ID
1157563
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“Instinto inelutável”; o termo destacado é composto pelo prefixo in- + verbo lutar; o vocábulo abaixo que tem seu significado indicado corretamente é:

Alternativas
Comentários
  • Na verdade, por exclusão, há sim gabarito. Indelével é algo que não se pode apagar. Inaudível, não se pode ouvir. Intangível, tocar.  Incomensurável é algo que não se pode MEDIR. Exemplo: o universo. Mas eu posso imaginar o universo, certo? Portanto está errada. Infável é algo indizível. O amor. Um orgasmo. Um sentimento. Forçando, você chega sim na letra e). Essa é uma banca que demanda interpretação "na vera", estilo Enem.

  • in·de·lé·vel = Que não se pode apagar ou fazer desaparecer.


    i·nau·dí·vel = Que não pode ser ouvido.


    in·tan·gí·vel = Em que não se pode tocar. = IMPALPÁVEL, INTOCÁVEL


    in·co·men·su·rá·vel = Que não pode ser medido

    i·ne·fá·vel = 1. Que não se pode exprimir por palavras (ex.: prazer inefável). = INDESCRITÍVEL, INDIZÍVEL


    "inefável", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/inef%C3%A1vel [consultado em 31-07-2014].






  • Creio que o gabarito mais correto é a letra D.. pela descrição dos significados:

    Incomensurável: algo sem medidas, infinitos, ou seja que não dá pra imaginar;

    inefável:  que não pode ser descrito, comparado, visto ser de tamanha beleza ou intenso,indescritível. 

  • Creio que o gabarito mais correto é a letra D.. pela descrição dos significados:

    Incomensurável: algo sem medidas, infinitos, ou seja que não dá pra imaginar;

    inefável:  que não pode ser descrito, comparado, visto ser de tamanha beleza ou intenso,indescritível. 

  • Na minha opinião , o gabarito está errado. Intangível é o que não se pode pegar. Inefável é aquilo que não se pode exprimir com palavras, indizível.

  • Creio que esta questão demostra um gabarito conflitante:

    Incomensurável: algo que não se pode mensurar, sem medidas ou seja que não dá pra imaginar. (certo)

    Inefável:  que não se pode expressar por palavras, de Divina beleza, admirável, que não se pode pegar. (certo)

    OBS: Em uma prova de concurso público o que prevalece é a resposta da banca, porém ela poderia ser questionada ou até mesmo anulada! 

  • Descordo com o amigo acima, não poder medir eh diferente de nao poder imaginar. 

  • Inefável= Que não se pode exprimir com palavras.

    Indelével= Que não se pode delírio (apagar)

    Inaudível = não se pode ouvir

    Incomensurável = que não tem medida comum com outra grandeza. 

    Intangível = intocável

  • Ao contrário do que Caroline Souza postou, a questão não foi anulada não.

    Link dos gabaritos definitivos:

    http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/funarte_gabarito_definitivo.pdf

  • adj.m. e adj.f. Que não pode ser nomeado, designado ou descrito devido à sua complexidade natural, intensidade ou beleza; indescritível.
    P.ext. Que não se pode descrever por palavras.
    P.ext. Que provoca grande prazer ou contentamento; encantador.
    Figurado. Religião. Designação de Deus.

  • Quanta bobagem da banca...

    O gabarito aponta a alternativa "e" como a correta, isto é, "inefável" corresponderia àquilo que não se pode pegar. Ocorre que essa relação não condiz com o significado da palavra que é "aquilo que não pode se descrever em palavras; indizível; indescritível".

  • questão bem no estilo da FGV, rolou confusão, FGV!! É PRAXE DA BANCA SER ASSIM

  • Questão deveria ser anulada.

    Inefável está para ' não se pode pegar' ; assim como, incomensurável está para ' não se pode imaginar'.

  • Que eu saiba eh inefável eh algo que não se pode descrever...não achei nenhuma valida.


  • Discordo do que escreveu o Sérgio Pereira. É possível que se pegue em algo que não se pode descrever, de divina beleza, que não possa ser descrito em palavras. O item que se aproxima do correto é a letra "d". 

  • Inefável

    Diz-se daquilo que não pode ser expresso verbalmente. Algo de origem divina, dotado de tantos atributos de perfeição e beleza, que transcende os limites da linguagem humana.

    “Ela, porém, com inefável surpresa para nós, colocou a destra sobre a fronte da menina, solicitando-lhe a presença.”
    (Trecho do livro ‘Entre a Terra e o Céu’ - Chico Xavier - Andre Luiz)

  • A) Indelével = que não se pode (escrever) destruir.

    B) Inaudível = que não se pode (tocar) ouvir (in + audível = audição)

    C) Intangível = que não se pode (ouvir) medir (tanger = medir)

    D) incomensurável = que não se pode (imaginar) medir (inco + mensurar = calcular)

    E) Inefável = que não se pode pegar / vem do verbo afável, que significa “pegar”. Essa é a resposta certa :D

  • babaquice cobrar uma questão dessas

  • eu acertei no chutometro


  • Por eliminação a gente chega lá também. Acertei!

  • Discordo completamente que seja a letra (E). Me custa acreditar que essa resposta seja a certa. Pois, como se sabe, INEFÁVEL significa INDESCRITÍVEL, INDIZÍVEL ou ENCANTADOR, INEBRIANTE. Portanto, não tem nada haver com "não se pode pegar". 



  • Discordo plenamente da tese que "inefável = que não se pode pegar / vem do verbo afável, que significa “pegar”. ". Não é Inafável, e sim inefável = que não se pode nomear ou descrever em razão de sua natureza, força, beleza; indizível, indescritível. adj. Indescritível; que não pode ser nomeado, designado ou descrito por ser naturalmente complexo, intenso ou belo.
    P.ext. Inenarrável; que não se pode descrever por palavras. 
    P.ext. Encantador; que provoca grande prazer ou contentamento.
    Figurado. Religião. Designação de Deus: o Inefável que está acima de todos.
    (Etm. do latim: ineffabilis.e).

    Só nessa questão há esse significado.
  • Pronto... agora a FGV pode lançar um dicionário novo ou definir exatamente qual o dicionário q ela usou pra essa prova, porque nenhuma dessas definições existem....

  • Qual dicionário esse cara usou? No que eu possuo está dizendo que "inefável = o que não pode ser expresso por palavras"!!!

  • ah banca do demo! o cara pensa e quando responde eles vêm com uma dessa?   kkkkk olha ai: que não se pode nomear ou descrever em razão de sua natureza, força, beleza; indizível, indescritível,que causa imenso prazer; inebriante, delicioso, encantador.


    como a gente tem que ir na menos idiota fui na d) incomensurável = que não se pode imaginar; já que: ( que não pode ser medido ou avaliado em razão de sua ordem de grandeza ou de sua importância)  não se pode imaginar.

  • A) Indelével = que não se pode (escrever) destruir.

    B) Inaudível = que não se pode (tocar) ouvir (in + audível = audição)

    C) Intangível = que não se pode (ouvir) medir (tanger = medir)

    D) incomensurável = que não se pode (imaginar) medir (inco + mensurar = calcular)

    E) Inefável = que não se pode pegar / vem do verbo afável, que significa “pegar”. Essa é a resposta certa :D

  • adj. Indescritível; que não pode ser nomeado, designado ou descrito por ser naturalmente complexo, intenso ou belo.
    P.ext. Inenarrável; que não se pode descrever por palavras. 
    P.ext. Encantador; que provoca grande prazer ou contentamento.
    Figurado. Religião. Designação de Deus: o Inefável que está acima de todos.
    (Etm. do latim: ineffabilis.e)

  • Questão totalmente absurda. Deveria ter sido anulada... não há nem o que questionar.

    "Inefável" é o que não pode ser expresso verbalmente. Não tem nada a ver com o que não se pode pegar (mais relacionado à expressão "intangível").

    A menos errada aí seria a alternativa D.


  • Se se admite que inefável seja igual àquilo que não se pode pegar (definição que até hoje não encontrei nos dicionários), incomensurável deveria ser igual àquilo que não se pode imaginar, dado o grau de subjetividade que se aplica na expansão semântica do primeiro termo.

  • Gente, por favor, afável não é verbo, é adjetivo que significa: 1 benévolo. 2 Delicado, cortês. 3 Agradável nas maneiras e na conversação.

     

    Sabendo que a FGV, as vezes, quer que o candidato marque a alternativa menos errada (ou a mais certa, quando há mais de uma opção correta), marquei a opção d já que, forçando a barra, podemos chegar em algo próximo a "que não se pode imaginar".

    Eu queria saber qual dicionário a FGV e o Professor Alexandre usaram.

  • Olhei alguns comentários e concordo com os colegas que falaram que é uma questão sem resposta. Em nenhum dicionário encontrei a definição que a banca colocou para inefável. Inclusive em todos que procurei a definição está ligada a algo indescritível e nada fala em relação a algo que não se pode pegar/tocar. Realmente esse tipo de questão deveria ser anulada. A banca, no mínimo, deveria apontar qual porcaria de referência que usou na questão.

  • inefável

    adjetivo de dois gêneros

    1.

    que não se pode nomear ou descrever em razão de sua natureza, força, beleza; indizível, indescritível.

    2.

    p.ext. que causa imenso prazer; inebriante, delicioso, encantador

     

  • O amor é inefável, ou seja, não pode ser descrito por palavras.

  • Questão absurda, na minha opinão, sem gabarito.

    Mal formulada.

  • SIGNIFICADOS
    INDELÉVEL = QUE NÃO SE PODE APAGAR;
    INAUDÍVEL = QUE NÃO SE PODE OUVIR;
    INTANGÍVEL = QUE NÃO SE PODE TOCAR;
    INCOMENSURÁVEL = QUE NÃO SE PODE MEDIR;
    ***INEFÁVEL = É O QUE NÃO SE PODE PEGAR.

  • Em nenhum dicionário encontrei essa definição da palavra inefável. Inefável = que não se pode descrever em palavras. incomensurável =  que não se pode medir. Não dá pra entender por que a FGV não anulou essa questão.


ID
1157566
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


Entre as definições do gênero crônica abaixo transcritas, aquela que se refere mais adequadamente ao texto desta prova é:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D.

    Dou a deixa para quem souber explicar melhor: O texto é ricamente opinativo, ofício de CRONISTA.

    Periódico é sinônimo de jornal, acho que não é errado achar que é uma forma abrasileirada da Espanha, já que é assim que se chama o jornal de lá. Consulte o seu dicionário!

    Sendo de cronista, correto dizer que é coluna de jornal e correlatos (blog e afins).

  • Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem. 

  • Para ajudar no entendimento desta questão, vejam o que é crônica:


    "A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.
    Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.

    O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
    Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:

    • Narração curta;
    • Descreve fatos da vida cotidiana;
    • Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
    • Possui personagens comuns;
    • Segue um tempo cronológico determinado;
    • Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
    • Linguagem simples.


    Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros." (VILARINHO, 2015, grifo meu).

    Fonte:

    VILARINHO, Sabrina. "Crônica "; Brasil Escola. Disponível em . Acesso em 10 de dezembro de 2015


    Bons Estudos.


ID
1157572
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”.
Nesse segmento há uma oposição, que:

Alternativas
Comentários
  • Qual a diferença de um elemento e um argumento? Fiquei em dúvida com a letra "E".

  • Gabarito definitivo: A

    segundo o dicionário, vejamos as definições:

    Argumento, sendo um sinônimo alegação
    s.m. Prova que serve para afirmar ou negar um fato: argumento válido.
    Sumário de um livro, de uma peça de teatro etc.
    Lógica Raciocínio pelo qual se tira uma consequência de uma ou várias proposições.
    Lógica Argumento de uma função, elemento cujo valor é bastante para determinar o valor da função dada.


    Elemento, um sinônimo - componente
    s.m. Cada objeto, cada coisa que concorre com outras para a formação de um todo: os elementos de uma obra.
    Princípio químico comum às diversas variedades de uma substância simples: o oxigênio O2 e o ozônio O3 são formados do mesmo elemento, que é o oxigênio. (V. QUÍMICA.)
    Física. Par de pólos de uma pilha elétrica, de um acumulador.
    Fig. Meio no qual um ser foi feito para nele viver: a água é o elemento dos peixes.
    Meio favorito ou natural: estar no seu elemento.
    Pessoa que pertence a um grupo: essa classe tem bons elementos.
    Matemática Elemento de um conjunto, cada um dos componentes desse conjunto.
    Elemento genérico, qualquer um dos elementos de um conjunto, representado frequentemente por x (por opos. ao elemento particular, representado por uma das primeiras letras do alfabeto).
    Elemento "majorante", num conjunto provido de uma relação de ordem e para um elemento a, elemento que vem depois do a; num conjunto E provido de uma relação de ordem e para um subconjunto A, elemento que vem depois de todos os elementos de A.
    Elemento máximo, num conjunto munido de uma relação de ordem, elemento que vem depois de todos os que lhe são comparáveis.
    Elemento mínimo, num conjunto munido de uma relação de ordem, elemento que vem antes de todos os que lhe são comparáveis.
    Elemento "minorante", num conjunto provido de uma relação de ordem e para um elemento a, elemento que vem antes de a; num conjunto E provido de uma relação de ordem e para um subconjunto A, elemento que vem antes de todos os elementos de A.
    Elemento neutro, num conjunto que possui uma lei de composição interna, elemento e tal que, combinado com qualquer outro elemento a, se tem sempre a como resultado.
    Elementos simétricos, num conjunto que possui uma lei de composição interna com elemento neutro, elementos cuja composição dá o elemento neutro.
    S.m.pl. O conjunto das forças naturais: lutar contra os elementos desencadeados.
    Princípios fundamentais, noções sumárias: elementos de física.
    Os quatro elementos: o ar, o fogo, a terra e a água. (Os quatro únicos elementos admitidos pelos antigos.)

    Fonte:

    http://www.dicio.com.br

  • Como é possível enxergar que há acréscimo de informações, pois diz sobre um e outro.

    C e D são "nada a ver".

    Letra B também não porque não há oposição, assim como a E também diz.

    Assim sendo, letra A: duas informações sobre as características brasileiríssimas e que há contraste no que diz respeito ao conhecimento da mania citada pelos "amigos do exterior".


    Aloha

  • Essa FGV pelo visto, seguindo as linhas do CESPE e FCC, também gosta de inventar! Qual a diferença, se é que alguém conseguiu estabelecer, entre as assertivas A e E?

  • De fato contrastar e oposição são sinônimos. Acredito que a diferença seja no fato de na alternativa A o que é oposto são elementos. Ele acrescenta um  novo elemento que é contrário ao primeiro elemento, qual seja, ser conhecido no exterior. 

    Na alternativa E o que se opõe são argumentos. Ele diz que acrescenta um segundo argumento que é contrário ao anterior. Na verdade ele não está acrescentando um outro argumento e sim um elemento novo que difere do segundo, que no caso é a característica de ser conhecido fora do Brasil. Perceba que nessa parte do texto não há que se falar em argumentos e sim em características apresentadas. 

  • Na minha opinião..."a" e "b" totalmente possíveis... so precisa se ligar que no sentido DESTE TEXTO a ideia e de "contrariar" algo dito anteriormente...ai essa FGV ainda me mata... =/

  • Existe explicação plausível ou é preciso ser PhD em semântica para resolver a FGV?

    A prova inteira tá de lascar!

  • Diferença entre a letra A e a letra B

    João é bonito, no entanto, é magro demais. - É uma oposição a uma informação expressa anteriormente (letra B)

    João é bonito, no entanto, Pedro é feio. - Apresenta um elemento novo que contrasta com outro anterior (letra A)

    Exemplo (não sei se está correto) que se encaixa na letra A

    ''A primeira (capacidade de dar um jeito) é escassamente conhecida no exterior, no entanto, é extremamente benéfica.''

    De qualquer maneira, as duas alternativas não falam a mesma coisa. :)

  • Fui responder achando que era uma banca normal, depois que vi: "2014 - FGV" kkkkk

  • "no entanto" introduz ou apresenta uma idéia de oposição/contraste. Não é função dele "mostrar" ou "acrescentar".

  • esse "segundo" no texto inseriu um elemento novo, que opõe a ideia do 1 segmento.

  • Pessoal, existe oposição SIM! 

    Na mesma prova, a questão 7 aborda isso. Vejam:

    “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”. 

    O conectivo “no entanto” traz uma oposição entre termos do texto; os termos opostos, nesse caso, são:


  • Podia ser a letra E também, já que as duas falam a mesma coisa.

    Não é a B porque a conjunção adversativa pode ser trocada por uma aditiva na oração.
  • Vejam essa questão da louca da FGV :

    https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questao/833677af-b5

  • Acho que no exemplo da Ana Carolina as explicações estão ao contrário:

    João é bonito, no entanto, é magro demais. - Apresenta um elemento novo que contrasta com outro anterior (letra A)

    João é bonito, no entanto, Pedro é feio.É uma oposição a uma informação expressa anteriormente (letra B)

  • Apresenta um elemento novo? Os elementos:

    Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar. 

    O elemento "A capacidade de adiar" já está no texto, como que tráz o elemento novo? 

    Os professores gostam de forçar a resposta pra chegar no gabarito 

  • Pela correção do professor Arenildo, nem ele conseguiu distinguir com firmeza a A da B, portanto não sou eu quem irei fazer.

    a) apresenta um elemento novo, que contrasta com outro anterior; (há um elemento novo que contrasta)

    b) mostra uma oposição a uma informação expressa anteriormente; (há oposição, mas o professor disse que fica "muito genérico" - ou seja, está certo, mas "menos certo" do que a alternativa A)

    Infelizmente é FGV, sempre dúbia, subjetiva e frustrante!

    Bons estudos!

  • Essa questão que a Any Silva recomendou é exatamente igual a esta, quero dizer, possui uma oração com um conectivo adversativo, logo esta questão admite a versão da oposição entre os dois trechos, e a questão aí de cima não, então realmente eu não sei o que responder na próxima prova da FGV, cada hora eles mudam de posição em relação ao assunto...PQP até Freud entra em colapso com essa banca aí.

  • gabarito A.

    depois de errar ..claro..eu pensei o seguinte:

    B e E se anulam pois estão falando a mesma coisa

    “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”. Nesse segmento há uma oposição, que:

    a banca não está negando o sentido de oposição, ela já ta afirmando no enunciado que existe, mas ela quer o que vem a partir dessa oposição...

    a conjunção adversativa pode trazer: oposição, quebra de expectativa, contraste, adversidade ...

    ex:

    ele viveu, mas ela morreu (viver e morrer são palavras de contraste)

    estava cansado, mas foi à festa (quebra de expectativa, pois se esperava que não fosse)

    os dois casos está dentro de um conjunto maior: oposição

    se não é isso, é tipo isso

  • Acredito que o elemento a mais deve ser entendido assim:

    Na primeira parte ele diz : “A primeira é ainda escassamente conhecida... ( quer dizer nem é conhecida.)

    Já na segunda parte diz : já anda bastante divulgada lá fora...( já aqui além de conhecida ela é divulgada...) ou seja é um algo a mais que a primeira situação...

    Por isso gabarito letra A

    apresenta um elemento novo, que contrasta com outro anterior.


ID
1157575
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


O emprego dos dois pontos (:) mostra uma finalidade diferente das demais no seguinte segmento do texto:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi...alguém explica?

  • A questão parece possuir duas alternativas corretas: A e D.

    A alternativa A traz os dois pontos antes de aposto enumerativo.

    A alternativa D PARECE que traz os dois pontos antes de uma citação.


    Então por que a letra D está errada? Alguém poderia me ajudar?

  • A letra D é uma citação, notem que a expressão "Se eu morrer amanhã" está entre aspas.

    As outras alternativas correspondem a enumerações.

    Resposta D.

  • Caros amigos,

    A questão é que devemos interpretar a citação do refrão como uma explicação/restrição de que refrão é esse do qual se fala.

  • Usei um raciocínio simples: a primeira frase (da alternativa A) enumera algo; as demais, explicam.

  • A d não explica, é uma citação. Esta questão é, no mínimo, mal formulada.

  • Resposta: Letra A.

    De fato, a questão apresenta duas respostas corretas; sendo a letra D uma citação, diferente das outras alternativas, cujos dois pontos iniciam oração que explica termo anterior.

    Letra D também está correta.

  • Os dois pontos na letra A enunciam uma enumeração??? Tá de sacanagem, né!?
    Na letra A, os dois pontos iniciam a explicação do "tudo". 

    O que é esse "tudo" que adiamos?
    É "o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham".

    TMNC essas merdas de questões de português da FGV!
    O mais foda é a arrogância dos que defendem o gabarito.

  • Gente, mas na letra A "o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham" não estão explicitando o que é o "TUDO"?

  • letra a. 

     

    O emprego dos dois pontos (:) mostra uma finalidade diferente das demais no seguinte segmento do texto:

     

    a) “Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham”; - ENUMERAÇÃO  (O QUE VEM ANTES DA VIRGULA DIFERE DO QUE VEM DEPOIS DA MESMA) 

     

    b) “Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil”; EXPLICAÇÃO 

     

    c) “Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira;

    EXPLICAÇÃO 

     

    d) “Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”; EXPLICAÇÃO  (não é citação) 

     

    e) “A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto...”. EXPLICAÇÃO 

  • Odeio a FGV

  • a d é uma citaçao q absurdo

     

  • A questão D explica qual é o refrão.Não se leva em conta se é citação ou não

     


ID
1157578
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


O segmento do texto da crônica que NÃO atesta a intertextualidade como uma das marcas da textualidade é:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi, alguém pode me esclarecer, por gentileza?


  • Acredito, então, que há três alternativas que fazem citações explícitas (letras a, d, e) e uma em que há uma paráfrase (letra c) - "Penso, logo existo" (René Descartes).

    Logo, eliminando-as, chegamos a alternativa b.

  • Jurandy,acho que a letra "c" não é paráfrase, pois olha a definição de paráfrase de acordo com o livro do Professor Fernando Pestana, 2013 :

    "paráfrase é uma reescritura em que ratifica, positivamente, a ideologia do texto original,ou seja, é dizer o mesmo com outras palavras"

    na letra C ele distorce a ideologia do texto original: 

    letra c:"O brasileiro adia, logo existe”,

     texto original: "penso, logo exito" ; como há um tom irônico, eu identifiquei mais como paródia. 

    Definições conforme livro do Fernando Pestana:

    Paródia: " É a intertextualidade em que se subverte ou se distorce a ideologia do texto original, normalmente com objetivo irônico"

    Abraços.


  • Mais pra frente achei essa questão, de outra banca Q350707

    Em “O brasileiro adia; logo existe.”, nota-se uma relação de intertextualidade promovida pelo seguinte mecanismo:

    a) Paráfrase

    b) Citação direta

    c) Paródia

    d) Metalinguagem

    e) Exemplificação

    E o gabarito é C mesmo, paródia

    Abraços,

  • Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre aintertextualidade.


    Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.

    Paráfrase

    Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):

    Texto Original

    Minha terra tem palmeiras
    Onde canta o sabiá,
    As aves que aqui gorjeiam
    Não gorjeiam como lá.

    (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

    Paráfrase

    Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
    Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
    Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
    Eu tão esquecido de minha terra...
    Ai terra que tem palmeiras
    Onde canta o sabiá!

    (Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).

    Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de paráfrase e de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas idéias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal.

    fonte: infoescola

  • Gabarito B

     

     a) “Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta...”; >>>  c) “O brasileiro adia, logo existe”;

     d) “Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá”; >>>  e) “Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”.

     

     

    Sobrou a letra B, que não faz relação nenhuma com as outras alternativas.

     b) “Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra”;

     

     

  • Letra B.

     

    Comentário:

     

    Na alternativa (A), há intertextualidade, por haver referência a Oscar Wilde e Mark Twain e o que eles diziam: “nunca se

    fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã”.

     

    Na alternativa (B) não há intertextualidade, pois não se identificou o livro francês sobre o Brasil. Tendo em vista a referência

    de forma indefinida, generalizada, não houve intertextualidade.

     

    Na alternativa (C), há intertextualidade, haja vista uma menção aos dizeres do filósofo e matemático francês Descartes:

    “Penso, logo existo”. A essa modificação damos o nome de paródia.

     

    Nas alternativas (D) e (E), há intertextualidade, por haver referência a dois poemas típicos do Romantismo: na Canção

    do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá; já Álvares de Azevedo

    tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”.

     

     

     

     

     

    Gabarito: B

     

     

    Prof. Décio Terror

  • Art. 99*


ID
1157581
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


Há, no texto da crônica, um conjunto de elementos que expressam quantidade. A alternativa em que o termo sublinhado NÃO tem esse valor é:

Alternativas
Comentários
  • Fiz por eliminação, se alguém poder me ajudar com a resposta agradeço!

    Resolveldo:

    a) cardinal

    Se a letra b) expressar quantidade, as letras d) e a letra e) também estariam corretas! (não pode)

    Sobrou a letra C!

    Se alguém souber a resposta... ajuda aí

  • A) duas constantes = quantidade 

    B) tantas vezes = quantidade 

    C) O termo "mais ou menos" é o MODO como a morte e a promissória são pontuais 

    D) algumas informações = quantidade 

    E) poucos endereços = quantidade 

  • "Mais ou menos" = relativamente.


    Parece estranho considerar a morte relativa, mas para entender isso é preciso ler o texto.

  • Acertei por eliminação, já que mais ou menos não estava expressando quantidade.

  • Os termos usados passam a intenção de comparação!  

  • GABARITO C

    “Só a morte e a promissória (sujeito composto) são (verbo de ligação)  mais ou menos  pontuais (predicativo do sujeito) entre nós”;

    mais ou menos: advérbio de intensidade, intensificando o predicativo do sujeito (pontuais)


  • Amigos,

    a) duas = quantidade

    b) tantas = quantidade

    c) mais ou menos = INTENSIDADE .Substituindo mais ou menos por muito, teremos o sentido de intensidade. Vejam: Só a morte e a promissória são MUITO pontuais entre nós. Não há ideia de quantidade, mas sim de intensidade.

    d) algumas = quantidade

    e) poucos = quantidade

  • Eu tinha entendido que o "ALGUMAS" viria com valor de indefinição :(

  • Letra C


    “Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós”;



    Indica intensidade, logo não é numeral. 



    Professores de português do Qconcursos, são, show de bola em ensina. 



    Bons Estudos.



    Rumo a aprovação. 
  • Gabarito C

     

    Errei. achei que seria letra D.

    Mas analisando com calma, percebi que a letra C é a única que tem conjunção alternativa.

     

    c) “Só a morte e a promissória são mais OU menos pontuais entre nós”;

    É a única que expressa alternância. Dá idéia de adição ou diminuição.

  • GABARITO = C - EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR ALEXANDRE SOARES

     

    OBS: CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR QUANTIDADE COM INTENSIDADE.
    EX: ELA É MUITO LINDA (AQUI NÃO A QUANTIDADE, ESTÁ APENAS INTENSIFICANDO)
    EX2: EU COMPREI MUITAS GARRAFAS (AQUI NÃO É INTENSIDADE, É UMA QUANTIDADE)

    A-) “Há em nosso povo duas constantes (QUANTIDADE)que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo”;
    B-)“Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes (IGUAL A "MUITAS VEZES = QUANTIDADE) se desemparelham”;
    C-)“Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais (NÃO ESTÁ QUANTIFICANDO, ESTÁ DANDO UMA INTENSIDADE SOBRE SER PONTUAL) entre nós”;
    D-)“encontrei no fim do volume algumas informações (QUANTIDADE) essenciais sobre nós e sobre a nossa terra”;
    E-)“Entre poucos endereços (QUANTIDADE) de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico”.

  • Acredito que, se dificuldade viesse, bastaria substituir o termo sublinhado "por certa quantidade de" que logo encontraria a alternativa que não tem esse valor (C).

  • mais ou menos

    funciona como uma locução adverbial de intensidade, logo não tem valor quantitativo

  • gabarito C

    C) “Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós”;

    mais + adjetivo = advérbio de intensidade

    as demais alternativas se referem a substântivos


ID
1157584
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


Nos dois termos “conserto do automóvel” e “concerto de Beethoven” há a mesma relação sintática que, respectivamente, em:

Alternativas
Comentários
  • A questão aborda conhecimentos acerca da diferenciação de adjunto adnominal e complemento nominal, que segundo a própria Banca FGV, é estabelecer a diferença entre agente (adjunto) e paciente (complemento).

    Conserto de automóvel (paciente) / concerto de Beethoven (agente). A única alternativa que corresponde a esta sequência é a letra b. Invasão de cidade (paciente - complemento nominal) / invasão dos bárbaros (agente -adjunto adnominal).


  • conserto de algo  #  concerto de alguém

    invasão de algo   #   invasão de alguém

  • fgv adora diferir adj e complemento!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • FGV = banca lixo


  • Complento nominal x adjunto adnominal preposicionado

    Se a expressão estiver ligada a substantivo abstrato com a preposição "de", será:

    adjunto adnominal se der ideia de "ação"

    complemento nominal se der ideia de "sofrer a ação"

    Vamos ao exercício:

    Enunciado: "Conserto de automóvel" => O automóvel é consertado, logo sofre a ação. É complemento nominal

    "Concerto de Beethoven" => O Beethoven que dá o show, logo pratica a ação. É Adjunto adnominal.

    Ou seja, teremos que achar a alternativa que tenha a 1ª CN e a 2ª Adj. adnominal.

    Alternativas:

    a) criação de galinhas / criação de uma nova estrada

    As galinhas são criadas. Sofrem a ação= CN/ A estrada é criada. Sofre a ação=CN

    1ªCN, 2ª CN = ERRRADA

    b)invasão da cidade / invasão dos bárbaros;

    A cidade é invadida. Sofre a ação=CN/ Os Bárbaros invadem a cidade. Praticam a ação=Adj. adnominal

    1CN, 2ª ADJ. ADN = CERTA

     

    ****Atenção: Essa é uma regra bem específica. Se a expressão ligada ao substantivo abstrato estivesse precedida de qualquer outra preposição que não fosse "de", seria de cara complemento nominal..sem fazer esse jogo de fazer/sofrer ação.

    Bons estudos.

  • Cara Nadyne, eu não sei o que admirar mais: sua explicação (show de bola!) ou sua foto (show de bola do mesmo jeito!).

    Valeu! 

  • Concerto com "c" e Conserto com "s".. 

  • Nos dois termos

    “conserto do automóvel”  - PACIENTE- CN (O automóvel não conserta nada, ele é consertado)

     “concerto de Beethoven” AGENTE- ADJ. ADN. (Beethovem que faz o concerto) 

     

    a) criação de galinhas (paciente) / criação de uma nova estrada;(paciente) 
    b) invasão da cidade (paciente) / invasão dos bárbaros (agente) - É A RESPOSTA 
    c) invenção da lâmpada(paciente) / invenção de novo aplicativo;(paciente)
    d) cópia de um documento(paciente) / cópia de uma assinatura(paciente);
    e) visão de uma ponte(paciente) / visão da paisagem.(paciente)

     

  • @Nadyne Almeida, sua explicação está excelente! Muito bo mesmo!

  • Letra B.

    • “do automóvel” é um complemento nominal.

    • “de Beethoven” é adjunto adnominal.

    a. Complemento nominal / complemento nominal.

    b. Complemento nominal / adjunto adnominal.

    c. Complemento nominal / complemento nominal.

    d. Complemento nominal / complemento nominal.

    e. Complemento nominal / complemento nominal. 

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana


ID
1157587
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo”.

Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença intencional de dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa possibilidade não existe por só estar dicionarizada uma das palavras dadas é:

Alternativas
Comentários
  • As palavras conselho e concelho existem na língua portuguesa e estão corretas. Contudo, estas duas palavras são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. Conselho pode ser um aviso e um parecer ou um grupo de pessoas com funções deliberativas, como o conselho de ministros. Concelho se refere a uma divisão administrativa do território, como um município. 

    Concelho com c, é muito usada em Portugal e pouco conhecida no Brasil, só a FGV mesmo...
  • Se eu já ouvi falar em dicionarização da palavra "Concelho" eu cegue :/

  • con·ce·lho |â ou ê| 
    (latim concilium, -iiassociação, reunião, .assembleiaconcílio, entrevista)

    substantivo masculino

    1. Subdivisão do distrito administrativo composta de uma ou mais freguesias. = CÂMARA, MUNICÍPIO

    2. Conjunto dos habitantes dessa subdivisão. = MUNICIPALIDADE


    "concelho", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/concelho [consultado em 31-07-2014].

  • As palavras conselho e concelho existem na língua portuguesa e estão corretas. Contudo, estas duas palavras são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. Conselho pode ser um aviso e um parecer ou um grupo de pessoas com funções deliberativas, como o conselho de ministros. Concelho se refere a uma divisão administrativa do território, como um município.

    Conselho tem sua origem na palavra em latim consilium, devendo assim ser escrito com s na segunda sílaba. É um substantivo masculino e se refere a uma opinião, um parecer, um aviso, um ensinamento, uma advertência. Significa também um grupo de pessoas que, reunidas, deliberam sobre certos assuntos, como um corpo executivo, um corpo deliberativo, um corpo administrativo, uma assembleia de ministros,...

    Exemplos:
    Eu vou te dar um conselho: não se meta nessa confusão!
    Se você precisar, pode pedir conselhos à psicóloga da empresa.
    Quais foram as decisões tomadas pelo conselho de ministros?
    O conselho escolar se reuniu para dialogar sobre o insucesso que existe nas escolas.

    Concelho tem sua origem na palavra em latim concilium, devendo assim ser escrito com c na segunda sílaba. É um substantivo masculino e se refere a uma divisão administrativa do território, a um município. Esta palavra é mais utilizada em Portugal do que no Brasil.

    Exemplos:
    Os recursos serão distribuídos mediante a população do concelho.
    Viajei para Portugal e visitei o concelho de Lisboa.
    Eu moro no concelho vizinho a este.

    http://duvidas.dicio.com.br/conselho-ou-concelho/ 






  • De fato, qual é o gabarito desta questão?

  • A palavra "pulir" não faz parte do vocabulário português, o que torna a alternativa "d" incorreta.

  •  a) concelho / conselho; -“ Concelho”: assembleia,reunião Conselho de Ministros reunião de ministros conselho de administração -órgão de direção de uma empresa.  Conselho”: opinião,sugestão

     b) caçar / cassar;“Caçar” significa perseguir animais para matar ou capturar: caçar onça, caçar tigre, caçar raposa.

    “Cassar” significa tornar nulo ou sem efeito: cassar os direitos, cassar o mandato, cassar concessão.

     c) paço / passo; “Paço”: É o nome dado a certos palácios, ou outros imóveis ,usados como residências oficiais; palácio de um rei; sede de uma câmara municipal ou prefeitura.  O paço da prefeitura de São Paulo é uma beleza.

    “Passo”: ato de mover um pé para andar

     d) polir / pulir; - A palavra pulir não faz parte do Dicionário Português.

     e) comprimento / cumprimento. “Comprimento” é a grandeza física que expressa a distância entre dois pontos. Na linguagem comum se acostuma diferenciar a altura (quando se refere a um comprimento vertical) e a largura (quando se fala dum comprimento horizontal).

    “Cumprimento”:Ação ou efeito de cumprimentar; completa execução de (alguma coisa): cumprimento das obrigações.

  • Agora eu terei que estudar o dicionário também. Eles querem um servidor público ou o Pasquale???

  • um Pasquale, um matemático, um cientista jurídico!! essas bancas estão demais!! 

  • Matei a questão por conhecer o significado de PAÇO, caso contrário ficaria difícil.

  • Dá para matar por eliminação, mas acho uma questão bem desnecessária. Não põe à prova conhecimento algum. 

  • Concelho com "C" e "Pulir" e pra acabar com o pequi de Goias..!!!

  • * ALTERNATIVA A ASSINALAR: "d".

    ---

    * JUSTIFICATIVA: concelho (reunião) / conselho (lição); caçar (um animal) / cassar (direitos); paço (edifício público, sede de um governo) / passo (modo de andar); polir (alisar e dar brilho) / pulir (não existe); comprimento (distância) / cumprimento (saudação).

    ---

    Bons estudos.

  • GABARITO: D

     

    Homônimos são palavras de mesmo som, mas com grafias e sentidos diferentes.


    Na alternativa (A), as duas formas estão corretas, pois “conselho” é um ensinamento, mas pode também se referir a um grupo de profissionais com funções específicas; já “concelho” refere-se a uma divisão administrativa do território, como um município.


    Na alternativa (B), “caçar” significa captura;“cassar” significa invalidar, impedir, extinguir algo.


    Na alternativa (C), “paço” se refere a palácio; já “passo” é o movimento dado com os pés.


    Na alternativa (D), só existe a forma “polir”, a qual significa lustrar.


    Na alternativa (E), “comprimento” é a extensão; já “cumprimento” é a saudação entre pessoas.

     

     

    Prof. Décio Terror

  • CONCELHO -palavra mais utilizada em PORTUGAL - Sinonimo de Município  - Brasil adotou municipio em vez de concelho.

     

    Concelho é um substantivo masculino e se refere a uma divisão administrativa do território equivalente a um município. Esta palavra é mais utilizada em Portugal do que no Brasil. Concelho tem sua origem na palavra em latim concilium, devendo assim ser escrito com c na segunda sílaba.

    Exemplos:

    Os recursos serão distribuídos mediante a população do concelho.

    Viajei para Portugal e visitei o concelho de Lisboa.

    Eu moro no concelho vizinho a este.

     

    https://duvidas.dicio.com.br/conselho-ou-concelho/

  • Não entendi o dicionarizado, achava que seria algo que estivesse no dicionário. Como "pulir" não existe, então como a letra D é o gabarito?

  • Não é possível...

    Vamos lá!

    Concelho: Palavra usada em Portugal. Signifca divisão de território. Equivale ao nosso município.

    Não existe a palavra Pulir!

    Gabarito:D

  • Conselho, escrito com “s”, significa um parecer, opinião ou recomendação


    Concelho, escrito com “c”, significa circunscrição administrativa ou município.


    FGV é podre


    Gabarito: D

  • Acho que nesta questão a FGV queria testar o conhecimento entre parônimos e homônimos, pelo menos foi assim que eu fiz. Mesmo sem conhecer todos os significados, caso existisse a palavra "pulir", ela não seria um homônimo, mas sim um parônimo, logo estaria errada.

    GABARITO D

    FORÇA GALERA!

  • Tô passada

  • Gabarito: D

    A questão pede a alternativa equivocada, logo a palavra "pulir" não existe.

    Segue abaixo o significado de outras palavras:

    Cassar = anular, revogar (direitos políticos, mandatos, licenças etc.).

    Concelho = Subdivisão do distrito administrativo composta de uma ou mais freguesias (câmara, município).

    Paço = Residência de rei (corte, palácio) / edifício público, sede do governo de um município.

  • Acho que nem o estudo da gramática em si ajuda na resolução de uma questão dessas. Aqui é teste de riqueza vocabular mermo. Muita e boa leitura é que resolve!

  • POLIR- correto. Significado: dar lustre.

    PULIR- não está correto.

    MASSSSSS ... Atenção:

    O verbo polir é um verbo irregular, havendo a substituição do radical pol- pelo radical pul- nas formas rizotônicas do presente do indicativo: eu pulo, tu pules, ele pule, eles pulem.


ID
1157590
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


"Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo".

A característica de tudo adiar alcança todos os setores da vida. A alternativa em que o exemplo dado NÃO corresponde à área indicada é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    a visita de pêsames não é um dever de cidadão, pode ser um compromisso social, mas não um dever.


ID
1157593
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis”.
Infere-se desse segmento do texto que os românticos:

Alternativas
Comentários
  • Pelo amor de Deus. Ninguém enviou recurso pra essa questão pra mudarem o gabarito?

  • ""Infere-se desse seguimento..."
    Também achei super capciosa. A resposta teve como base não o texto transcrito na questão, como ela mesma pede. Mas unicamente nosso conhecimento sobre o movimento literário Romantismo. 



  • No texto.

    Como se vê, nem os romanticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.

    Portanto, letra b

  •        A resposta dessa questão está estranha, pois pelo gabarito da banca, parece que a FGV almejava do candidato conhecimentos sobre as Escolas de Literatura, pois a morte era realmente um dos temas mais abordados pela Escola do Romantismo em sua Segunda Geração*: Alvares de Azevedo; todavia, Gonçalves Dias era da Primeira Geração (Indianista ou Nacionalista).

    *Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão. -  http://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo_no_Brasil

  • detalhe: de 0 a 20% de acertos.

  • Gabarito absurdo. Isso é prova de português e não de literatura. Considero a letra B como o gabarito!

  • A resposta deve estar desatualizada! Não é possível...

  • É FGV MESMO, mas tentando encontrar alguma lucidez na resposta, temos que analisar que a questão é de interpretação e não de compreensão. O texto pede inferência, inferir é encontrar o que está além do texto. Se fosse uma questão de compreensão a letra B estaria certa, mas o que está além, o que subtendense é a letra c, o texto fala " famoso poema.... se eu morresse amanhã.... poemas típicos do romantismo.... quanto à morte....

  • Para o mundo que eu quero descer! Jesus que interpretação é essa!

  • a FGV, se vcs prestarem bastante atenção, tem mania de colocar gabaritos que nao tem nada a ver com a pergunta feita. Nao é ignorancia minha diante de questoes dificeis. se quiserem tirar a prova real e so colocar o filtro de questoes dificeis nesse site e fazer so as da FGV. 

    O examinador ou examinadores da parte de portugues  deveriam ser processados pois ele coloca o nosso estudo de meses por agua a baixo colocando gabaritos desse tipo ou colocando questoes de intertextualidade de livros que ninguem leu de tao inuteis que sao. 

    Uma coisa é testar o conhecimento do candidato a outra a fazer loteria com a vaga. 

  • não precisa de conhecimento de literatura, basta ler este fragmento do texto:           Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis. 

  • Questão muito difícil, capciosa. O truque está, como disse a colega Fernanda Melo, no trecho "Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas TÍPICOS do Romantismo". Se esses poemas que falam da morte são típicos no romantismo, então a morte é/foi um tema frequente entre os autores românticos.

    O enunciado diz "Infere-se desse segmento do texto que os românticos ". E é aí que está a malandragem, pois esse trecho busca induzir o candidato a pensar que o termo "os românticos" diz respeito aos dois autores citados no texto; quando, na verdade, refere-se aos autores do Romantismo.

    O texto NÃO diz que os autores românticos queriam adiar a morte (ou que esse adiamento era um tema típico entre eles), MAS diz que "Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas TÍPICOS do Romantismo".

    Os dois poetas citados são usados na argumentação do autor do texto para ratificar o fato de que nós adiamos tudo.

    Também errei essa maldita questão. rsrs

    Bons estudos.

  • Sempre digo... A FGV deveria ser proibida de fazer provas de concurso! Banca péssima.

  • Pelo visto, inferir, segundo a FGV, é sinônimo de "viajar na maionese" mesmo.

  • Pessoal, não há nenhum problema com a questão! Ela solicitou uma "inferência" do texto, que é algo que esteja "subentendido", ou "oculto". Se ela tivesse perguntado o que se "entende" do texto, ou algo do tipo (e nesse caso seria uma típica questão de compreensão) daí a resposta seria a letra B, nesse caso a resposta é C porque precisamos dar um "pulo" (lendo o parágrafo inteiro) para inferir que os românticos tinham a morte como tema freqüente.

  • "Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo". Ou seja, tema frequente.

  • Agora o tema da "Canção do exílio" é a morte... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Forçando MUITO pra concordar com o gabarito, o "tema frequente" ao qual se refere a alternativa C PODE SER (VIAJANDO DEMAIS NA MAIONESE) por causa do tempo verbal do verbo "aceitar". Verbos no pretérito imperfeito indicam ações passadas que eram realizadas de forma repetitiva.

  • Infelizmente não adianta reclamar: a questão está correta. Quem desejava adiar a morte eram os ROMÂNTICOS BRASILEIROS. Já os românticos em geral queriam morrer logo (vide o termo "nem os românticos", ou seja, infere-se que, de modo geral, eles tinham a morte como tema frequente). E mesmo que os brasileiros quisessem adiar, eles mesmo assim tinham a morte como tema frequente.

  • Fundação Entulho Vargas

  • Não sei se meu raciocínio está correto mas vejamos:

     

    Fiquei entre a C (resposta) e a B. Marquei B, no entanto, analisando depois, tive de concordar. 

    A alternativa B diz: desejavam adiar também a morte;

    Assim, como o anunciado quer a INFERÊNCIA (= o que não está explícito no texto), a alternativa B dá a entender que os românticos queriam adiar várias coisas (ou outras coisas) e INCLUSIVE a morte. E essa conclusão está errada. Assim, sobra apenas a C que é perfeitamente aceitável.

     

    As alternativas A, D e E são firulas.

  • Que banca ptética...pqp...

  • A questão em si não cobra interpretação de texto, mas conhecimento de literatura. O romantismo de segunda geração tem como tema central a morte.

    Isso é corrobarado por duas citações no texto:

    Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis. 

    Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-literarios/romantismo-segunda-geracao.html

    Gabarito C

  • pois é, saber o que querem se conhecimento literário ou interpretação, eu errei pq achei q não poderia ser a c

  • por esse raciocínio se pode aferir qualquer alternativa.

    FGV é desanimador!

  • Gabarito foge do padrão que a FGV costuma colocar.

  • Indiquem para comentário.

  • gabarito C

    olha a contragosto dá pra ir por eliminação..

    “Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis”.

    Infere-se desse segmento do texto que os românticos:

    (A) apresentavam tendências religiosas; (como Deus está sendo citado, acho que não seria uma tendência mas um fato que eles eram religiosos)

    (B) desejavam adiar também a morte; (isso ta explícito, sendo caso de compreensão e não interpretação)

    (C) tinham a morte como tema frequente;

    (D) mostravam horror à morte; (extrapolação)

    (E) adiavam a morte e o amor (extrapolação)


ID
1157596
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“...na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá”.

Nesse segmento, a expressão “isto é” tem a função de:

Alternativas
Comentários
  • Palavras Denotativas

    Série de palavras que se assemelham ao advérbio.

    A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais.

    Classificam-se em função da idéia que expressam:

    •Adição - ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais)
    •Afastamento - embora (Foi embora daqui)
    •Afetividade - ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano)
    •Aproximação - quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé)
    •Designação - eis (Eis nosso carro novo)
    •Exclusão - apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc. (Todos saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real) ;


    •Explicação - isto é, por exemplo, a saber etc.

    Ex.: Ele estuda muito, isto é, não faz outra coisa.


    •Inclusão - até, ainda, além disso, também, inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo, até água)
    •Limitação - só, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa)
    •Realce - é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá sabe essa questão?)
    •Retificação - aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro)
    •Situação - então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?)

  • Gab. (D)

    As expressões ''isto é'' e ''ou seja'', são utilizadas para explicar algo que foi dito anteriormente.

  • "ou seja" e "isto é" para a FGV são sempre de valor explicativo. Qualquer que seja o contexto, esse tipo de questão traz sempre como resposta certa a que disser que "explica" a informação anterior. De tanto resolver questões FGV, já percebi isso... 

  • Na minha opinião, se ele tivesse dito "volte para cá, isto é, para lá", seria um caso de retificação, pois ele teria errado o verso da poesia. Mas, em "volte para lá, isto é, para cá", não há retificação, pois a poesia está corretamente citada; o "isto é", neste caso, seria, portanto, só para explicar que o "lá" da poesia se refere ao Brasil. 

  • "Isto é" tanto pode significar uma expressão denotativa de explicação como de retificação. Ficar atento em cada caso! Pelo contexto, dá para ver que o autor não quis corrigir, retificar nada, logo, sobra a opção, "isto é" no sentido de explicar.

  • O autor não quis corrigir a informação anterior, nem reforçar o contraste. Na realidade, ele quis explicar que “Gonçalves Dias” estava no exílio. Portanto, estava fora do Brasil. Então, ele rogava a Deus que não permitisse que ele morresse sem voltar para sua terra natal: o Brasil.


    Como o autor do texto está no Brasil falando sobre Gonçalves Dias, ele explicou que a expressão “para lá” de Gonçalves Dias é o “para cá” em relação ao autor. Assim, a alternativa correta é a (D).

     

    Fonte: Professor Décio Terror

     

    “Isto é” pode ser uma expressão denotativa de explicação ou de retificação. (vai depender do contexto)

    Exemplo:

    Correu, isto é, voou até nossa casa. (RETIFICAÇÃO)

    Li vários livros, isto é, os clássicos. (EXPLICAÇÃO)

     

  • gabarito D

    explicou a mesma coisa de outra forma


ID
1157599
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem”.

O comentário correto sobre os componentes desse segmento do texto é:

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar? Grato!

  • Bem não tenho "apreciado" as questões de português da FGV, mas a nós candidatos/concurseiros não nos cabe gostar ou não e sim acertar. Logo, fiz esta questão por exclusão, senão vejamos:

     b) “de pronto” indica o modo como são ditas as palavras (errada), pois o comando diz:  "ele reage de pronto", ou seja, o modo como ele reagiu foi de pronto e não o modo como são ditas as palavras."

    d) os elementos da enumeração são citados aleatoriamente (errada), pois no comando vem citados enumeradamente/progressivamente, vejamos: "à tarde, à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem”. 

     e) “reflexo condicionado” indica algo feito intencionalmente(errado),  reflexo NÃO indica algo intencional

    c) “qualquer problema” é o mesmo que “problema qualquer”; FIZ PELA LÓGICA, NÃO TENHO EXPLICAÇÃO P ESTA.


  • Questão C Errada pois "qualquer problema" o qualquer tem função de pronome e " problema qualquer" o qualquer tem função de adjetivo.

  • Entendo que o erro da letra C está no significado das expressões. Em "qualquer problema", temos a ideia de que não importa qual seja o problema, dentre todos, qualquer um. Já na expressão "problema qualquer", nos leva a crer que um determinado problema é banal. Acredito que esse seja o caminho. 

  • Questão desesperadora!

  • Olá, pessoal!


    Essa questão não foi alterada pela Banca. Alternativa correta Letra A, conforme publicado no edital de Gabaritos no site da banca.


    Bons estudos!
    Equipe Qconcursos.com

  • Ao meu ver, "A coisa deu em reflexo condicionado" significa o mesmo que: a reação ocorreu por um reflexo premeditado.

    É possível existir um reflexo condicionado? Acredito que não. Acho que o autor foi irônico nessa afirmativa, querendo dizer que certas reações ocorrem espontaneamente para situações específicas, situações já estabelecidas, premeditadas.


ID
1157602
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“Brasileiro até demais”. Com essa frase, colocada logo ao início do texto, o cronista quer dizer que:

Alternativas
Comentários
  • reposta B


ID
1157605
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    O JEITINHO BRASILEIRO

(Roberto da Matta)


O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?
Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila, chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal porque poderia ocorrer na maioria dos países conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um trem sai às 14:57! E sai mesmo: eu fiz o teste.
A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito - como cidadão - de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.


Diante da pergunta que lhe foi feita, o sociólogo Roberto da Matta partiu da seguinte estratégia:

Alternativas
Comentários
  • Correta:  a) esclarecer previamente os sentidos do vocábulo “jeitinho”;

    O texto nos traz algumas frases que confirmam que o sociólogo apresenta 3 sentidos nos quais o "jeitinho" brasileiro pode ser visto , quais sejam:

    1-"Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo;

    2-A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra e

    3-Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção."

  • Olá, pessoal!


    Essa questão não foi alterada pela Banca. Alternativa correta Letra A.


    Bons estudos!
    Equipe Qconcursos.com


  • Não entendi o "previamente".


ID
1157608
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    O JEITINHO BRASILEIRO

(Roberto da Matta)


O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?
Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila, chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal porque poderia ocorrer na maioria dos países conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um trem sai às 14:57! E sai mesmo: eu fiz o teste.
A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito - como cidadão - de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.


Ao citar o horário do trem na Alemanha e na Suíça, o autor do texto quer dizer que, nesses países:

Alternativas
Comentários
  • regras são regras e vice-versa.Essa é a resposta. No texto:um trem sai as 14:30 ,e sai mesmo.

  • regras são regras e vice-versa não se discute rsrsrs ...

  • Desculpem o desabafo, mas o que é regras são regras e vice-versa? Isso não me diz nada, se fosse somente a primeira parte teria marcado sem pensar, mas esse vice-versa o que quer dizer? A FGV inventa demais.

  • Achei desnecessário o termo vice-versa mas.....rsrsrs

  • o "Vice-versa" pegou mesmo. 


ID
1157611
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    O JEITINHO BRASILEIRO

(Roberto da Matta)


O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?
Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila, chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal porque poderia ocorrer na maioria dos países conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um trem sai às 14:57! E sai mesmo: eu fiz o teste.
A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito - como cidadão - de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.


O texto fala de “uma relação ruim com a lei geral” porque essa lei:

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar?

  • Acho que esse gabarito é devido à palavra "pressuposto" em "com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania!".


    Seria algo como: Pressupõe-se que essa regra produz legalidade e cidadania, quando na verdade NÃO produz.
  • FGV, esse gab é lamentável.


  • A questão ficou confusa, contudo a "lei" a que a questão se refere é a "regra universal do jeitinho" que está no texto.

    Por isso a confusão.

    O jeitinho não tem legalidade ou cidadania.


  • Questão confusa mesmo Daniel Gelbcke, mas obrigada pelo auxílio.

  • Pior prova da FGV que já fiz. 

  • A questão sociológica do "jeitinho", sob o pretexto/pressuposto que essa regra universal (ou seja, o "jeitinho") produz legalidade e cidadania, mostra uma relação ruim com a lei geral e com a norma desenhada para todos os cidadãos. Muitas pessoas, por exemplo, por acharem injusta a cobrança de certos tributos, sentem-se, erroneamente, no direito de burlá-los. Sendo que os fins jamais justificarão o meios. Porém a questão foi muito mal elaborada, porque, na verdade, o que não possui legalidade e cidadania é "essa regra universal (do "jeitinho")", e não a lei geral que é desenhada para todos os cidadãos. Fica parecendo que nem mesmo a pessoa que elaborou a questão soube interpretá-la. 

  • O fato da lei não ser cumprida pelos cidadãos, não quer dizer que ela seja ilegal ou não seja cidadã. Aliás, o autor até disse o contrário:pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania.

    A relação ruim com a lei geral a que o autor está se referindo, é o atendimento de interesses de classe, que no caso seria o amigo ou parente do delegado da receita federal.

     

  • terceira questao que erro pq nao consegui entender claramente o que queriam,sacanagem

  • gabarito C

    A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito - como cidadão - de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.

    lei geral - norma - essa regra universal produz legalidade e cidadania

    C) não possui legalidade ou cidadania;

    ..."se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção..."

  • essa banca tá de sacanagem, não existe uma questão dessa, pqp!


ID
1157620
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    O JEITINHO BRASILEIRO

(Roberto da Matta)


O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?
Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila, chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal porque poderia ocorrer na maioria dos países conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um trem sai às 14:57! E sai mesmo: eu fiz o teste.
A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito - como cidadão - de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.


Os verbos de estado abaixo expressam valores diferentes; a alternativa em que o verbo de estado tem valor de “mudança de estado” é:

Alternativas
Comentários
  • e) “aí temos o “jeitinho” virando corrupção”.

  • Acertei essa questão com base no sentido literal do enunciado da questão: "Mudança de estado"


    Na letra E  o "jeitinho" virando "Corrupção"   




    Alguém Poderia explicar melhor a resposta?!

  • Quanta falta de criatividade desta banca! 

  • Até onde pesquisei, "mudança de estado" significa um verbo que indica que seu sujeito torna, vira, fica ou se modifica em algo diferente do que era. Resumindo tudo que fica ou torna-se outra coisa.

    a. A soprano quebrou a taça de cristal. 

     b. A taça de cristal ficou quebrada. 

     a. O presidente estatizou a empresa. 

     b. A empresa tornou-se estatal. 

     a. A arrogância de Rosa preocupou a Maria. 

     b. A Maria ficou preocupada. 

     a. O calor amadureceu a banana. 

     b. A banana ficou madura. 


  • Reposta E

  • QUE BOSTA!

  • Os enunciados das questões da FGV são inacreditáveis, que pergunta é essa? "valores diferentes"? "mudança de estado"?

  • Virando não está no gerúndio ?

  • Não tem o que comentar... Só que essa banca chega a ser ridícula!!!

  • Os verbos de estado abaixo expressam valores diferentes; a alternativa em que o verbo de estado tem valor de “mudança de estado” é:
    a) “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção”;  estado permanente;
    b) “Por exemplo: estou tranquilo na fila...”;  estado transitório;
    c) “...chega uma senhora que parece preocupada...”;  aparência de estado
    d) “Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal...”;  continuidade de estado (É A RESPOSTA) 
    e) “aí temos o “jeitinho” virando corrupção”. mudança de estado;

     

     

    Os verbos de estado (verbos de ligação)  mostram: COMA PT (CONTINUIDADE- MUDANÇA- APARENCIA- PERMANENCIA - TRANSITORIA)

    a) estado permanente;

    b) estado transitório;

    c) mudança de estado;

    d) aparência de estado; e

    e) continuidade de estado


ID
1157626
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deve obedecer aos seguintes princípios expressos no Art. 37, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:

Alternativas
Comentários
  • LIMPE - Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência

  • atenção com possíveis cascas de bananas:

    LIMPE -> "E" de "EFICIÊNCIA" (e não de "eficácia", blz?)

    eficiência = é o processo, o como realizar algo, da melhor maneira possível, utilizando menos recursos disponíveis e alcançar o objetivo final.

    vs

    eficácia = é a quantificação e uma meta.

    bons estudos!

  • Pq na minha prova não cai uma questão dessa???? 

  • Resposta: (C)

    Questão relativamente simples.

    Contudo, não prescinde de explicação:

    Na Constituição Federal de 1988, ao verificarmos o conteúdo do caput do referido dispositivo, podemos visualizar os seguintes princípios em destaque:

    "Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    [...] "

    José Afonso da Silva (2013, p. 670) ao elencar os supracitados princípios, destaca que existem outros que decorrem dos incisos e parágrafos que se seguem ao dispositivo.

    Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm

    DA SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional. 36ª ed. Malheiros, São Paulo, 2013.


  • Tenho medo de prova fácil.

  • O  FAMOSO LIMPE, e ainda segue a ordem

  • LIMPE "véi de guerra"!

  • pergunta do tempo que se amarrava cachorro com linguica

  • TODA prova deveria ter essa questão rsrs

  • Questão fácil não ajuda quem estuda!

  • É aquele tipo de questão que dá até medo de marcar de tão fácil é. Tu fica procurando onde tem a pegadinha pra não cair kkk


  • Gabarito C.

    Art. 37 da CF de 1988 -  A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:       (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).

  • Letra C.

     

    Comentários:

     

    Os princípios expressos da Administração Pública estão previstos no “caput” do art. 37 da Constituição. São eles:

    a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

     

     

    A letra C é o gabarito da questão.

     

     

    Prof. Ricardo Vale

  • ''Ceifa Dor''       kkkkkkkk morrí

  • eita... bons tempos em que caiam questões assim nos concursos... rs
  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    LIMPE - Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.

    - Legalidade:

    A Administração Pública apenas pode praticar as condutas estabelecidas por lei. 

    Legalidade pública e legalidade privada: "na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza" (MAZZA, 2020). 

    - IMPESSOALIDADE:

    O agente público deve atuar buscando garantir os interesses da coletividade, não deve visar beneficiar ou prejudicar ninguém em especial. De acordo com Matheus Carvalho (2015) o princípio indicado reflete "a necessidade de uma atuação que não discrimina as pessoas, seja para benefício ou para prejuízo".

    O princípio da impessoalidade também pode ser enxergado sob a ótica do agente. Dessa forma, quando o agente público atua, não é a pessoa do agente quem pratica o ato, mas o Estado. Assim, não é admitida a propaganda pessoal, bem como, a utilização de símbolos ou imagens que liguem a conduta estatal ao agente público. 

    - MORALIDADE:

    A moralidade administrativa exige o respeito a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e probidade.

    Lei nº 9.784 de 1999:  artigo 2º, Parágrafo único, IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. 

    - PUBLICIDADE:

    A publicidade está relacionada com o dever de divulgação oficial dos atos administrativos, nos termos do artigo 2º, parágrafo único, V, da Lei nº 9.784 de 1999. 

    Exceções à publicidade: a segurança do Estado (artigo 5º, XXXIII, da CF/88); a segurança da sociedade (artigo 5º, XXXIII, da CF/88) e a intimidade dos envolvidos (artigo 5º, X, da CF/88). 

    - EFICIÊNCIA: 

    A eficiência é produzir bem, com qualidade e com menos gastos.


ID
1157629
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O cidadão João da Silva verificou que seu vizinho, proprietário de imóvel tombado como patrimônio histórico e cultural, pela União, iniciou ilegalmente a realização de obras que descaracterizavam o bem, com licença emitida pelo Município. Valendo-se do instrumento constitucional adequado, João pode propor medida judicial que vise anular tal ato, lesivo ao patrimônio histórico e cultural, por meio de:

Alternativas
Comentários
  • AÇÃO POPULAR - Art. 5º, LXXIII, CF.

    A soberania popular pode ser exercida diretamente pelo povo, sem que um representante ajuíze a ação para ele.

    PALAVRA CHAVE: LESÃO (ATO LESIVO).

    OBJETO: ANULAR ATO LESIVO ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e cultural.

    OBS.: Há isenção de custas, salvo de comprovada má-fé.

    PARTES:

    • SUJEITO ATIVO: qualquer cidadão. Cidadão é o brasileiro nato ou naturalizado no gozo de seus direitos políticos.

      OBS.: Entre 16 e 18 anos apesar de já poder votar, e já ser cidadão, ainda é menor de idade. Portanto, o relativamente incapaz alistado eleitoralmente pode ajuizar ação popular sem assistência. Ele é um legitimado ativo pleno.

      OBS.: Português equiparado a brasileiro mesmo em gozo dos direitos políticos não pode propor ação popular, pois não há reciprocidade neste sentido. (Portugal não autoriza brasileiro propor ação popular).

    STF Súmula nº 365 - Pessoa Jurídica - Legitimidade - Propositura - Ação Popular

         Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.

    ATENÇÃO! Na questão dizia: “pessoa física tem legitimidade para propor ação popular”. Está errado! Porque quem tem legitimidade é o CIDADÃO. A pessoa física não quer dizer que seja cidadã, ou seja, não quer dizer que esteja no gozo de seus direitos políticos.

    • SUJEITO PASSIVO:

      - Agente que praticou o ato lesivo (porque praticou o ato).

      - Entidade lesada (porque teve prejuízo)

      - Beneficiários do ato lesivo (quem levou vantagem do ato lesivo).

    OBS.: A entidade lesada pode ter sido cúmplice ou não. Se ela não for cúmplice e concordar com o que o autor da ação está falando, apesar de ser ré da ação, não precisa contestar e atuar do lado do autor.

    COMPETÊNCIA:

    REGRA: quem julga a ação popular é o juiz de 1º grau do local onde o evento danoso ocorreu, independente de quem praticou o ato lesivo.

    EXCEÇÃO: art. 102, I, “f”, “e”, “n”, CF: O STF julga ORIGINARIAMENTE:

    - causas entre União e Estados, União e DF, ou entre uns e outros, inclusive entre entidades da administração indireta.

    - ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.

    LIMINAR: É possível a concessão de liminar na ação popular. Os requisitos para a sua concessão são os mesmos da ação cautelar: “fumus boni iuris” e “periculum in mora”.


  • LETRA D

    Ação Popular encontra-se no art.5, LXXIII, CF - "qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio publico ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento de custas judiciais e de ônus da sucumbência."

  • GABARITO- D 

    A ação popular garante também a participação do cidadão na vida pública com base no princípio da legalidade dos atos administrativos e no conceito de que a coisa pública é patrimônio do povo, sendo a principal exigência para que tal ação seja movida é que seu autor seja cidadão, ou seja, tenha capacidade eleitoral ativa. Constituindo-se numa ação com legitimidade restrita, visto que pessoa jurídica não pode ajuizá-la. Desse modo será ajuizada contra quem for o responsável pelo ato lesivo, e será gratuita desde que não seja comprovada má fé do autor. Ressaltando que a mera improcedência do pedido não significa por si só, que a ação tenha sido ajuizada por má fé.  Torna-se um instrumento importante de defesa dos interesses difusos pela sociedade, sendo considerada uma forma de exercício direto da democracia.

    Art.5 da Constituição Federal - LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;


  • A ação Popular tem o escopo de anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e cultural.

  • No caso a ação popular seria contra o vizinho ou contra o município?

    Obrigado!

  • Ação popular objetiva o controle da gestão da coisa pública, que deve ser pautada pelos princípios da legalidade e moralidade.  De acordo com a com a Constituição , qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo o patrimônio publico ou de entidade que o Estado participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

    Na sujeição passiva devem figurar as autoridades, funcionários e administradores que houveram autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato, ou que por omissão permitiram a lesão, 

  • Diferença entre AÇÃO POPULAR     x AÇÃO CIVIL PÚBLICA:


    -Ação popular: quando o autor for pessoa física (cidadão) será, sempre, hipótese de ação popular;


    -Ação civil pública: Em não se tratando de pessoa física será Ação Civil Pública, de acordo com os legitimados previstos no art. 5º da Lei 7.347/85 que prevê a legitimidade para o Ministério Público, para a Defensoria Pública, para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, para a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista e para a associação que esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil e que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.


    Fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/145695/como-diferenciar-a-acao-civil-publica-da-acao-popular-luana-aragao-araujo



  • Mnemônico para Ação Popular:

    Moralidade

    Meio Ambiente

    P 3 - Patrimônio Público, Histório e Cultural

  • Será que João, de fato, é um cidadão?

  • GABARITO: D

    Art. 5º. LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Remédios constitucionais: 

    Habeas corpus:  é uma medida que tem por objetivo salvaguardar o direito de ir e vir. É concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.

    Habeas data: é uma ação que visa garantir o acesso de uma pessoa a informações sobre ela que façam parte de arquivos ou bancos de dados de entidades governamentais ou públicas. Também pode pedir a correção de dados incorretos.

    Mandado de segurança:  é um instrumento que serve para garantir direito líquido e certo, individual ou coletivo, que esteja sendo violado ou ameaçado por ato de uma autoridade, em ato ilegal ou inconstitucional.

    Ação popular:  permite ao cidadão recorrer à Justiça na defesa da coletividade para prevenir ou reformar atos lesivos cometidos por agentes públicos ou a eles equiparados por lei ou delegação.

    Mandado de injunção:  busca a regulamentação de uma norma da Constituição, quando os poderes competentes não o fizeram. O pedido é feito para garantir o direito de alguém prejudicado pela omissão do poder público.

    FONTE: QC


ID
1157632
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em tema de direitos fundamentais, individuais e coletivos, prevê que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    a) independente de censura ou licença

    b) indenização posterior

    c) ordem judicial

    d) Art, 5º XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

    e) somente alimentos

  • a)  IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentementede censura ou licença;

    b)  XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

    c)  XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

    d)  Correta -XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

    e)  LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

  • só ressalvando que não existe mais prisão do depositário infiel, permanecendo apenas a prisão civil no caso de inadimplemento de pensão alimentícia.

  • Pacto internacional de direitos civis e políticos e a convenção americana sobre direitos humanos ( pacto de San José da Costa rica) tornaram inaplicável a legislação infraconstitucional sobre prisão do depositário infiel com eles conflitantes. A previsão constitucional da prisão civil do depositário infiel não foi revogada pela ratificação do tratado, mas deixou de ter aplicabilidade diante do efeito paralisante desses tratados em relação a legislação infraconstitucional.

  • Art. 5° - XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,

    publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos

    herdeiros pelo tempo que a lei fixar
    gab (D)

  • SÚMULA VINCULANTE 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

  • Artigo 5º, XXVII, CF/88: "aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar".


    Artigo 5º, LXVII, CF/88: "não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel".

  • A respeito da Prisão Civil do depositário infiel, para fins de prova, só será considerada ilícita quando o enunciado da questão mencionar o Pacto de São José da Costa Rica ou a Súm. Vinc. nº 25. Se o enunciado referiu-se apenas à CF de 1988, considera-se a literalidade da lei.

    Bons estudos!

  • Letra C ART 5 XII

    É inviolável o sigilo das correspondências e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo no último caso (comunicações telefônicas), por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 


    * investigação criminal 

    * instrução processual penal. 


    Bons estudos 
  • a) INCORRETA - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, ressalvado o direito de censura ou licença;

    CF, 5º, IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

     

    b) INCORRETA - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, exigindo a lei prévia indenização e autorização do proprietário;

    CF, 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

     

    c) INCORRETA - é inviolável o sigilo das comunicações telefônicas, salvo por ordem de autoridade judicial, administrativa ou legislativa competente;

    CF, 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

     

    d) CORRETA - pertence aos autores o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

    CF, 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

     

    e) INCORRETA - não há prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia, de dano ao patrimônio histórico-cultural, e a do depositário infiel.

    CF, 5º, LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

  • LEMBRANDO QUE O DEPOSITÁRIO INFIEL MESMO EXPRESSO NA CF O STF TEM ENTENDIMENTO CONTRÁRIO, POIS O BRASIL COMO SIGNATÁRIO DO PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA VEDA TAL PRISÃO.

    RESTANDO O NÃO PAGADOR DE PENSÃO ALIMENTÍCIA.

  • GABARITO: LETRA D

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XXVII - AOS AUTORES PERTENCE O DIREITO EXCLUSIVO DE UTILIZAÇÃO, PUBLICAÇÃO OU REPRODUÇÃO DE SUAS OBRAS, TRANSMISSÍVEL AOS HERDEIROS PELO TEMPO QUE A LEI FIXAR;

    FONTE: CF 1988

  • GABARITO: D

    • Art, 5º XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

ID
1157635
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

O texto constitucional dispõe que o patrimônio cultural brasileiro é formado por bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Nesse contexto, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Art. 216 CF/88. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

    I - as formas de expressão;

    II - os modos de criar, fazer e viver;

    III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

    IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

    V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. (Nossa resposta).

  • LETRA B

    A) constituem o patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais, nos quais incluem: as formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver; as criações cientificas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos. edificações e demais espaços destinados às manifestações artísticos culturais... (art. 216, I, II, III, IV, CF) 

    B) incluem no patrimônio cultural brasileiro os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológicos, ecológicos e científicos. (art. 216 - V, CF) 

    C) a lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais. (art. 216 paragrafo 3, CF) 

    D) é facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais... ( art. 216 parágrafo 6, CF) 

    E) o poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação e de outras formas de acautelamento e preservação.(art. 216 parágrafo 1, CF)

  • GABARITO: LETRA B

    Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

    I - as formas de expressão;

    II - os modos de criar, fazer e viver;

    III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

    IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

    V - OS CONJUNTOS URBANOS E SÍTIOS DE VALOR HISTÓRICO, PAISAGÍSTICO, ARTÍSTICO, ARQUEOLÓGICO, PALEONTOLÓGICO, ECOLÓGICO E CIENTÍFICO.

    FONTE: CF 1988


ID
1157638
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em matéria de organização do Estado, a Constituição da República de 1988 dispõe que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Demais assertivas são competências da União, ressalvada a D no que concerne à  [...]municipal, estadual ou federal quando houver grave violação a patrimônio artístico, histórico e cultural; (não há tal previsão).

  • Conforme CF/88:

    Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

    II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

    IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

    V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

    VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

    VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

    VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

    IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

    X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

    XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

    XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

    Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)


  • Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
  • De acordo com a CF/88:

    Letra A (ERRADA)- Art. 21. Compete à União: IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;

    Letra B (CERTA) - Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos.

    Letra C (ERRADA) - Não há uma competência dessa forma, sendo a alternativa uma mistura do Art. 21, V e Art. 23, III.

    Letra D (ERRADA) - Art. 21. Compete à União: XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens.

    Letra E (ERRADA) - Art. 21. Compete à União: XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão.

  • Dica do professor Luciano Dutra para facilitar a memorização dos incisos do artigo 23 -> verbos carinhosos (zelar, proteger, cuidar...)

  • Letra B.

     

    Costumo resolver essa competência comum da seguinte forma:

    Pego o Município e pergunto: Bonitinho, você tem capacidade para elaborar e executar plano nacionais? De decretar estado de sítio? Explorar serviços de radiofusão? Classificar programação de tv? Logo, é competência exclusiva da União.

     

    Nada de verbos.Não confio.

     

  • COMUNICÍPIO.

  • Alternativa B

    CF/88

    Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

    Art. 21. Compete à União:

    IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;

    XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

    a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens

    XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;

    .

    Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar ESTADO DE DEFESA para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

    Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o ESTADO DE SÍTIO nos casos de:

    I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

    II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.


ID
1157641
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A organização administrativa do Estado Brasileiro, constituída por diversos órgãos e agentes públicos, executa as atividades administrativas que lhe são diretamente afetas, especialmente as atribuições tidas como essenciais ou indelegáveis. As atribuições do Estado consideradas não essenciais são objeto da atuação, por delegação, das entidades administrativas que compõem a administração:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa C.

    A Administração Indireta, na análise de Hely Lopes Meirelles, é o conjunto dos entes (entidades com personalidade jurídica) que vinculados a um órgão da Administração Direta, prestam serviço público ou de interesse público.

    Segundo José dos Santos Carvalho Filho (2008, p. 430), Administração Indireta “é o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada”.

  • A descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado (a União, o Distrito Federal, um estado ou um município) e a pessoa que executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição.

    A descentralização será efetivada por outorga quando o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere determinado serviço público. A outorga pressupõe obrigatoriamente a edição de uma lei que institua a entidade, ou autorize a sua criação, e normalmente seu prazo é indeterminado.

    A descentralização é efetivada por delegação quando o poder público transfere, por contrato (concessão ou permissão de serviços públicos) ou ato unilateral (autorização de serviços públicos), unicamente a execução do serviço público, para que a pessoa delegatária o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado.


    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado

  • quando se falar em entidades administrativas sempre estará relacionada a adm indireta.

  • Você mata a questão quando fala " executa as atividades administrativas.." Isso sempre terá relação a Administração Indireta
  • Sabia o conceito, mas errei na interpretação da questão...

  • Esse é o tipo de questão q o concurseiro gosta rsrsr. Meu sonho vir questões nesse nível na prova.

  • Descentralização POR DELEGAÇÃO não é para particulares? Ou seja, não é adm indireta.


ID
1157644
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No contexto da administração pública federal brasileira, as entidades administrativas estão vinculadas ao órgão do Poder Executivo Federal em cuja área de competência se enquadra a natureza de sua principal tarefa. Uma entidade administrativa criada por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada, é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B.

    As autarquias encontram-se enunciadas no art. 5º, inciso I, do Decreto-Lei nº 200/1967, que, de maneira expressa, estabelece que uma autarquia é “o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”.

  • Complementando, segundo a CF, as autarquias devem ser CRIADAS por lei, enquanto as sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações devem ser AUTORIZADAS por lei. Cabendo ainda, no caso das fundações, lei complementar para definir suas áreas de atuação.

  • criadas por lei = autarquias

    autorizada por lei = empresa pulica

                                   sociedade de economia mista

                                   fundações (precisa de lei complementar para definir sua area de atuação)

  • LETRA B

    ** DICA: quando falar de "atividade típica da administração pública" a resposta é AUTARQUIA.

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    CARACTERÍSTICAS DA AUTARQUIA:

     1) São pessoas jurídicas de direito público;

    2) Compõe a administração pública indireta, logo, descentralizada;

    3) São criadas e extintas por lei específica;

    4) nunca exercem atividade econômica;

    5) São imunes a impostos;

    6) seus bens são públicos;

    7) praticam atos administrativos;

    8) celebram contratos administrativos;

    9) o regime de contratação é estatutário;

    10) possuem as prerrogativas especiais da fazenda pública;

    11) responsabilidade objetiva e direta

    12) Devem realizar licitação;

    13) Possuem patrimônio e receita própria;

    14) Possuem autonomia.

    15) Não existe hierarquia com a pessoa jurídica que a instituiu.

    16) agência reguladora é uma autarquia.

    FONTE: QC


ID
1157647
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que diz respeito aos princípios da Administração Pública, são considerados básicos os cinco princípios expressos no caput do Art. 37 da Constituição Federal Brasileira. Entre estes, tem como propósito assegurar a neutralidade da atividade administrativa, a isonomia e a orientação para a finalidade pública, o princípio da:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E.

    O princípio da impessoalidade consiste, primeiramente, na neutralidade da atividade administrativa, que só se orienta no sentido da realização do interesse público (Da Silva, p. 335, 2008).

  • O princípio da impessoalidade está expresso no caput do art. 37 da CF e costuma ser tratado pela doutrina sob duas vertentes, a saber:

    a) como determinante da finalidade de toda autação administrativa;

    b) como vedação a que o agente público se promova às custas das realizações da administração pública (vedação à promoção pessoal do administrador público pelos serviços, obras e outras realizações efetuadas pela administração pública).


    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado

  • O princípio da impessoalidade está expresso no caput do art. 37 da CF e costuma ser tratado pela doutrina sob duas vertentes, a saber:

    a) como determinante da finalidade de toda autação administrativa;

    b) como vedação a que o agente público se promova às custas das realizações da administração pública (vedação à promoção pessoal do administrador público pelos serviços, obras e outras realizações efetuadas pela administração pública).


    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado

  • Dado importante: IMPESSOALIDADE POSSUI 2 ENFOQUES: 1 - NÃO DISCRIMINAÇÃO, 2- FINALIDADE

  • Alguns autores conceituam impessoalidade como sinônimo de finalidade

    sendo que é justamente esse o objetivo da impessoalidade; vedar tratamentos privilegiados ou maléficos de maneira indiscriminada diante da administração.

    sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • GABARITO: LETRA E

    PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:

    → Isonomia: tratar igualmente a todos os que estejam na mesma situação fática e jurídica.

    → Finalidade: administrativa impede que o ato administrativo seja praticado visando a interesses do agente ou de terceiros.

    → Vedação à promoção pessoal: proibir a vinculação de atividades da administração à pessoa dos administradores, evitando que estes utilizem a propaganda oficial para sua promoção pessoal.

    FONTE: MEIRELLES, Hely Lopes, et. al. Direito administrativo brasileiro. 42ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2016.

  • Impessoalidade.

    Rumo a gloriosa PMCE!

  • Impessoalidade e Autotutela, as duas paixões da FGV


ID
1157650
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Turismo
Assuntos

O Plano Nacional de Cultura (PNC), instituído pela Lei nº 12.343, de 2 de dezembro de 2010, tem por finalidade o planejamento e a implementação de políticas públicas voltadas à proteção e à promoção da diversidade cultural brasileira. Elaborado por meio de ampla participação da sociedade e dos gestores públicos, o Plano estabelece metas para um período de dez anos. Quanto ao tema, analise os objetivos a seguir:

I. profissionalizar e especializar a presença da arte e da cultura no ambiente educacional;
II. reconhecer e valorizar a diversidade cultural, étnica e regional brasileira;
III. ampliar a presença e o intercâmbio dos gestores culturais brasileiros no mundo contemporâneo;
IV. consolidar processos de consulta e participação da sociedade na formulação das políticas culturais.

São objetivos do Plano Nacional de Cultura somente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D (Lei 12.343/10, Art. 2º, incs. I e XIV)

    Lei 12.343/10 - Art. 2o  São objetivos do Plano Nacional de Cultura:

    I - reconhecer e valorizar a diversidade cultural, étnica e regional brasileira; 

    II - proteger e promover o patrimônio histórico e artístico, material e imaterial; 

    III - valorizar e difundir as criações artísticas e os bens culturais; 

    IV - promover o direito à memória por meio dos museus, arquivos e coleções; 

    V - universalizar o acesso à arte e à cultura; 

    VI - estimular a presença da arte e da cultura no ambiente educacional; 

    VII - estimular o pensamento crítico e reflexivo em torno dos valores simbólicos; 

    VIII - estimular a sustentabilidade socioambiental; 

    IX - desenvolver a economia da cultura, o mercado interno, o consumo cultural e a exportação de bens, serviços e conteúdos culturais; 

    X - reconhecer os saberes, conhecimentos e expressões tradicionais e os direitos de seus detentores; 

    XI - qualificar a gestão na área cultural nos setores público e privado; 

    XII - profissionalizar e especializar os agentes e gestores culturais; 

    XIII - descentralizar a implementação das políticas públicas de cultura; 

    XIV - consolidar processos de consulta e participação da sociedade na formulação das políticas culturais; 

    XV - ampliar a presença e o intercâmbio da cultura brasileira no mundo contemporâneo; 

    XVI - articular e integrar sistemas de gestão cultural.



ID
1157653
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

No que diz respeito às situações que configuram conflito de interesses na administração pública federal, a Lei nº 12.813, de maio de 2013, define sobre o conflito de interesses no exercício do cargo ou emprego público e informa os impedimentos posteriores ao período de exercício. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir.

I. Informação privilegiada é a que diz respeito a assuntos sigilosos ou aquela relevante ao processo de decisão no âmbito do Poder Executivo federal que tenha repercussão econômica ou financeira e que não seja de amplo conhecimento público.
II. Conflito de interesses é a situação gerada pelo confronto entre interesses públicos e particulares, que possa comprometer o interesse do coletivo ou influenciar, de maneira imprópria, o desempenho do servidor público.
III. Informação privilegiada é a que diz respeito a assuntos sigilosos ou aquela relevante ao processo de decisão no âmbito do Poder Executivo federal que tenha repercussão política ou moral e que não seja de amplo conhecimento público.
IV. Conflito de interesses é a situação gerada pelo confronto entre interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse coletivo, ou influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública.

São corretas somente as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Art. 3o, Lei 12813:  Para os fins desta Lei, considera-se:

    I - conflito de interesses: a situação gerada pelo confronto entre interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública; e

    II - informação privilegiada: a que diz respeito a assuntos sigilosos ou aquela relevante ao processo de decisão no âmbito do Poder Executivo federal que tenha repercussão econômica ou financeira e que não seja de amplo conhecimento público.

    Gab: c!!


  • Tratamento de Conflitos de Interesses e Nepotismo

    Conflito de interesses: a situação gerada pelo confronto entre interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública; e

    Informação privilegiada: a que diz respeito a assuntos sigilosos ou aquela relevante ao processo de decisão no âmbito do Poder Executivo federal que tenha repercussão econômica ou financeira e que não seja de amplo conhecimento público.

    Submetem-se ao regime Lei nº 12.813, de 2013, os ocupantes dos seguintes cargos e empregos:

    • de ministro de Estado;

    • de natureza especial ou equivalentes;

    • de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista; e

    • do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 6 e 5 ou equivalentes.

    • os ocupantes de cargos ou empregos cujo exercício proporcione acesso a informação privilegiada capaz de trazer vantagem econômica ou financeira para o agente público ou para terceiro, conforme definido em regulamento.

    No caso de dúvida sobre como prevenir ou impedir situações que configurem conflito de interesses, o agente público deverá consultar a Comissão de Ética Pública, criada no âmbito do Poder Executivo federal, ou a Controladoria-Geral da União. 

    Perseverança!

  • Decoreba pura. A II está errada, porque ele colocou "servidor público" no lugar de "função pública".
  • que questão pôdre, trocar apenas palavras, sendo que são quase sinonimos.

  • Que questão podre. Pra que interpretar a lei se vc pode apenas decorar?


ID
1209889
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


“O resto eu adio para a semana que vem”. Essa frase final do texto:

Alternativas
Comentários
  • No primeiro § o autor diz que uma das colunas da brasilidade é a capacidade de adiar, e no final comprova a tese adiando o restante do texto.


ID
1209892
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O JEITINHO BRASILEIRO

O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila, chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal porque poderia ocorrer na maioria dos países conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um trem sai às 14:57! E sai mesmo: eu fiz o teste.

A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito - como cidadão - de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.

“Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país”. Em outras palavras, pode-se dizer que:

Alternativas
Comentários
  • d) cumprimento das leis cria direitos;


ID
1209895
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O JEITINHO BRASILEIRO

O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila, chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal porque poderia ocorrer na maioria dos países conhecidos, exceto talvez na Alemanha ou na Suíça, onde um trem sai às 14:57! E sai mesmo: eu fiz o teste.

A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito - como cidadão - de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.

“Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção”.

O comentário correto sobre os componentes desse segmento do texto é:

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode explicar??

  • Prezada Ana Carolina,

           O vocábulo "aí "  é um advérbio, que pode explanar o conceito de lugar como apontar para o lugar onde se encontra a pessoa com quem se fala: "o livro está aí, perto de você"; pode se dar a ideia de tempo como na linguagem coloquial, funcionando como partícula vicária: "então, depois, em seguida" ¹; ter valor de oposição como equivalente da conjunção "mas"; além disso, pode ter o expediente para a conjunção aditiva "e".

            Conforme entendimento desse fragmento em estudo, é possível substituir o advérbio "aí" por "então", assim exposto :  “Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí (ou então) temos o “jeitinho” virando corrupção”.

    ¹ http://www.dicio.com.br/ai_2/

    Espero ter ajudado! ;)

  • Confuso: "dou um jeito" não é uma expressão coloquial??? 

  • Obrigada, Henry Diniz.

  • O que aprendi com essa questão?  "Dar um jeito" não é um expressão coloquial.  Alguém, por favor, ajuda a entender isso.

  • a) valor adversativo;

    b) não contraria a norma culta; c) fazer vista grossa = fingir que não está vendo; d) jeitinho = linguagem coloquial; e) "aí" equivale a nesse momento, nesse instante.valor de coesão textual. fonte: Prof Heber Vieira
  • Não concordo com esse gabarito! Pra mim, esse "aí", tem valor conclusivo. Alguém entendeu assim também?

  • Exatamente como Henry comentou; então... 

  • Duas respostas. Affâo!!! FGV conseguindo ser pior que o CESPE.

    APAVORADA com o português dessa banca! 

    #ProntoFalei

  • "dou um jeito" pode ser sim coloquial, mas não está contrariando a normal culta justamente por não ter erro gramatical.

  • banca ptética....triste....

  • aí = no momento que se faz a ação

    acho que ..."dou um jeito " não é considerado coloquial nesse caso pois... o tal do "jeito" está o tempo todo sendo usado como substantivo., ou seja não teria outra forma para se falar dele... não poderia ser "eu resolvo"

  • eu fiz uma questão em que esse mesmo era de valor conclusivo!!! não dá pra entender... essa prova estava impossível

  • Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí ( a partir dai/ neste momento ) temos o “jeitinho” virando corrupção”.

    Expressão temporal.

    LETRA E

    APMBB


ID
1246171
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Para responder a questão, considere o texto abaixo:


“Depois de meses de expectativas e incertezas dos investidores em relação aos rumos da política fiscal, o governo anunciou nesta quinta-feira, 20 (20/02/2014), corte de R$ 44 bilhões no Orçamento da União deste ano. O governo vai perseguir uma meta de superávit primário das contas do setor público de R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) - proporcionalmente, o mesmo obtido no último ano.”


(http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,governo-anuncia-cortedo-orcamento-de-r-44-bilhoes-em-2014,178225,0.htm)

O documento que definiu os valores do Orçamento da União para 2014 foi:

Alternativas
Comentários
  • Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. A Constituição determina que o Orçamento deve ser votado e aprovado até o final de cada ano (também chamado sessão legislativa). Compete ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional oPlano plurianual, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

  • Letra B.

     

    Comentário:

     

    A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização

    de despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito.

     

     

     

     

    Resposta: Letra B

     

     

    Prof. Sérgio Mendes

  • GABARITO:B

     

    É na Lei Orçamentária Anual (LOA) que o governo define as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingidas naquele ano. A LOA disciplina todas as ações do Governo Federal. Nenhuma despesa pública pode ser executada fora do Orçamento, mas nem tudo é feito pelo Governo Federal. As ações dos governos estaduais e municipais devem estar registradas nas leis orçamentárias dos Estados e Municípios.


    No Congresso, deputados e senadores discutem, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), a proposta enviada pelo Executivo, fazem as modificações que julgam necessárias por meio das emendas e votam o projeto. Depois de aprovado, o projeto é sancionado pelo Presidente da República e se transforma em Lei.


ID
1246174
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Para responder a questão, considere o texto abaixo:


“Depois de meses de expectativas e incertezas dos investidores em relação aos rumos da política fiscal, o governo anunciou nesta quinta-feira, 20 (20/02/2014), corte de R$ 44 bilhões no Orçamento da União deste ano. O governo vai perseguir uma meta de superávit primário das contas do setor público de R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) - proporcionalmente, o mesmo obtido no último ano.”


(http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,governo-anuncia-cortedo-orcamento-de-r-44-bilhoes-em-2014,178225,0.htm)

O documento que contém as metas do orçamento anual, em consonância com o Plano Plurianual, é:

Alternativas
Comentários
  • O conceito da LDO também é fornecido pela Constituição Federal de 1988. Segundo o art. 165, § 2o, “a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”.

      Esse conceito pode ser detalhado para melhor compreensão:

      Metas: são partições dos objetivos que, mediante a quantificação física dos programas e projetos, permitem medir o nível de alcance dos objetivos.

              ATENÇÃO  As metas fiscais são estabelecidas pela LDO e cumpridas na execução da LOA.

      Prioridades: a LDO retira do PPA as prioridades que a LOA deve contemplar em cada ano, mas essas prioridades não são absolutas, visto que existem outras despesas prioritárias: 1 – obrigações constitucionais e legais; 2 – manutenção e funcionamento dos órgãos/entidades; 3 – PAC e programa de superação da extrema pobreza; 4 – as demais despesas priorizadas pela LDO.


    Fonte: PALUDO (2013, pág. 80)

  • Gabarito C


    LRF Art. 4 Parágrafo 1 - Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias ANEXO DE METAS FISCAIS, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as

    despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá

    sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de

    fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988).

    A LDO deve ser elaborada em consonância com o PPA.

     

     

    Resposta: Letra C

     

     

    Prof. Sérgio Mendes

  • GABARITO:C

     

    A LDO é elaborada anualmente e tem como objetivo apontar as prioridades do governo para o próximo ano. Ela orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual, baseando-se no que foi estabelecido pelo Plano Plurianual. Ou seja, é um elo entre esses dois documentos.


    Pode-se dizer que a LDO serve como um ajuste anual das metas colocadas pelo PPA. Algumas das disposições da LDO são: reajuste do salário mínimo, quanto deve ser o superávit primário do governo para aquele ano, e ajustes nas cobranças de tributos. É também a LDO que define a política de investimento das agências oficiais de fomento, como o BNDES.


    Enquanto o PPA é um documento de estratégia, pode-se dizer que a LDO delimita o que é e o que não é possível realizar no ano seguinte.


    No caso do governo federal, a LDO deve ser enviada até o dia 15 de abril de cada ano. Ela precisa ser aprovada até o dia 17 de julho (o recesso dos parlamentares é adiado enquanto isso não acontecer).

  • GABARITO: LETRA C

    DOS ORÇAMENTOS

    Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    II - as diretrizes orçamentárias;

    § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

    FONTE: CF 1988

  • GABARITO C

    LDO

    *A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual).

    *A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

    *A CF/1988 determina que a lei de diretrizes orçamentárias considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.

    FONTE: Estratégia Concursos

  • ALTERNATIVA C)

    Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.


ID
1246177
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Para responder a questão, considere o texto abaixo:


“Depois de meses de expectativas e incertezas dos investidores em relação aos rumos da política fiscal, o governo anunciou nesta quinta-feira, 20 (20/02/2014), corte de R$ 44 bilhões no Orçamento da União deste ano. O governo vai perseguir uma meta de superávit primário das contas do setor público de R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) - proporcionalmente, o mesmo obtido no último ano.”


(http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,governo-anuncia-cortedo-orcamento-de-r-44-bilhoes-em-2014,178225,0.htm)

A alternativa que melhor define “superávit primário” é:

Alternativas
Comentários
  • Superávit primário é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo, excetuando gastos com pagamento de juros. Nas contas do governo, o chamado déficit primário ocorre quando esse resultado é negativo.
    Alternativa "C"

    Bons estudos ;)
  • Simples: O governo arrecadou(Receitas) e conseguiu efetuas todas os pagamento(Despesa), excetuando juros, relativo à dividas em Bancos, divida externa e etc...

  • Conceito exatamente da página do Senado:

    http://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/superavit

    Superávit primário é o resultado positivo das contas do governo

    Superávit primário é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo, excetuando gastos com pagamento de juros. Nas contas do governo, o chamado déficit primário ocorre quando esse resultado é negativo.

    Já o superávit operacional é o resultado positivo das contas do governo incluindo as despesas com juros das dívidas interna e externa do setor público. O resultado negativo chama-se déficit operacional.

    Em orçamentos públicos, o superávit é sempre quando há receita superior à despesa, decorrente de um aumento da arrecadação ou de um decréscimo dos gastos. Quando as despesas e pagamentos são maiores que a arrecadação ocorre um déficit orçamentário.



  •         § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.

  • Lei 4320/1964

    § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.

    No entanto a banca pediu A alternativa que melhor define “superávit primário”

     

    Superávit primário é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo, excetuando gastos com pagamento de juros. Nas contas do governo, o chamado déficit primário ocorre quando esse resultado é negativo.

  • Superávit — Senado Federal - Portal de Notícias

    www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/superavit

  • Pra acertar era melhor não conhecer dá lei como no meu caso ou os dois conceitos.


  • Desde quando o SITE do Senado vai definir alguma coisa melhor do que uma LEI de Direito Financeiro?! 

  • Superávit primário nada mais é do que o dinheiro que o governo consegue economizar. É aquilo que ele gasta (em despesas que não são financeiras) a menos do que arrecada, e esse saldo é usado para pagar juros da dívida pública.

  • Camilla Respino, foi um pega da banca. 

    A letra a) reflete o superavit FINANCEIRO, enquanto a letra c) o superavit primario

  • Superávit Financeiro é uma coisa, Primária é outra!

ID
1246180
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Os três estágios da realização da receita orçamentária são:

Alternativas
Comentários
  • Previsão
    A previsão implica planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias que constarão na proposta orçamentária.
    Lançamento
    É a individualização e o relacionamento dos contribuintes, discriminando a espécie, o valor e o vencimento do tributo de cada um. Realizado para os casos de impostos diretos (os que recaem sobre a propriedade e a renda) e outras receitas que também dependem de lançamento prévio (aluguéis, arrendamentos, foros, etc.). É de se observar que não são todas as receitas que passam por esta fase.
    Arrecadação
    É o momento onde os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações para com o Estado.
    Recolhimento
    É o ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente o produto da arrecadação ao Tesouro Público.

    É importante observar que nenhum agente arrecadador pode utilizar o produto da arrecadação para realizar pagamentos. Os pagamentos devem ser feitos com recursos específicos para este fim.

  • Gabarito D, Lançamento da receita é o estagio de identificação do devedor e respectivo lançamento no sistema de arrecadação do governo, seria o estagio inicial visto que não é reconhecido o estágio de previsão.o segundo estágio é da arrecadação que é o efetivo pagamento, pelo devedor, do DARF, por exemplo à instituição financeira e por fim, o terceiro estagio é o do recolhimento que é a etapa de transferência dos recursos arrecadados para o governo.

  • Alternativa D

    Lembrando que a doutrina trata a previsão de receita como um estágio da receita, embora, no Brasil, não vigore o princípio da anualidade tributária, ou seja, para a cobrança de um tributo, por exemplo, não existe a obrigatoriedade da sua previsão na lei.

    Na lei 4320/1964, no Capítulo II (arts. 51 ao 57) há apenas 3 estágios da receita: lançamento, arrecadação e recolhimento.


    Fonte: Fonte: Direito Financeiro e Controle Externo. 8ª Edição, 2013 - Profº Valdecir Pascoal.

  • Agora são 4 estágios da Receita Pública: previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.

  • GABARITO ITEM D

     

    ESTÁGIOS DA RECEITA

     

    MACETE: ''PLAR''

     

    PLANEJAMENTO

    LANÇAMENTO 

    ARRECADAÇÃO

    RECOLHIMENTO

     

    ALGUMAS QUESTÕES TAMBÉM CONSIDERAM SOMENTE

     

    MACETE:  ''LAR''

    LANÇAMENTO

    ARRECADAÇÃO

    RECOLHIMENTO

  • Letra D.

     

    Comentário.

     

    Os estágios da execução (realização) da receita orçamentária são os seguintes: Lançamento; Arrecadação e Recolhimento.

     

    Temos ainda o estágio da previsão, o qual integra a etapa de planejamento.

     

     

     

    Resposta: Letra D

     

     

    Prof. Sérgio Mendes

  • GABARITO:D


    Execução



    Os estágios da receita orçamentária pública são:


    o lançamento, a arrecadação e o recolhimento.


     Lançamento


    O lançamento, segundo o art. 53 da Lei nº 4.320/1964, é o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.


     Arrecadação


    Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por meio de agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. Conforme o art. 35 da Lei nº 4.320/1964, pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das receitas públicas.


     Recolhimento


    É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observandose o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei nº 4.320/1964.

  • Gabarito letra D.

     

     

    Estágios da Receita Orçamentária: PLAR

     

     

    Previsão;----------------------------------------------------------- Planejamento    

    Lançamento;------------------------------------------------------Execução/Realização

    Arrecadação;------------------------------------------------------Execução/Realização

    Recolhimento;----------------------------------------------------Execução/Realização

  • Previsão 

    Lançamento

    Arrecadação

    recolhimento

  •  

    Previsão 

    Lançamento

    Arrecadação

    recolhimento

  • lançamento, arrecadação e recolhimento;

  • Segundo o MCASP 8ª edição, as etapas da receita orçamentária são:

    Para memorizar isso, você pode utilizar o mnemônico: PLAR.

    Gabarito: D


ID
1246183
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Conforme disposto no Artigo 165 da Constituição Federal, o Poder Executivo deve elaborar e apresentar, na forma de projeto de lei, plano onde são estabelecidas as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos pelo governo, com vigência de 4 anos e início no 2º ano do mandato. Esse plano é denominado:

Alternativas
Comentários
  • PPA.

    – Instrumento de planejamento governamental de longo prazo.

      – Vigência: União, Estados, Distrito Federal e Municípios: 4 (quatro) anos. Começa a produzir efeitos a partir do segundo exercício financeiro do mandato do Chefe do Executivo até o final do primeiro exercício do mandato subsequente. Veja que a vigência não coincide com o mandato do Chefe do Poder Executivo. Procura-se, com isso, evitar a descontinuidade dos programas governamentais.

      – Conteúdo Principal: fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas do Governo para:

      • as despesas de capital (ex.: construção de escolas e hospitais);

      • as despesas correntes derivadas das despesas de capital (ex.: contratação de pessoal necessário ao funcionamento das escolas e hospitais);

      • os programas de duração continuada (despesas vinculadas a programas com duração superior a um exercício financeiro – como o “programa de bolsa-escola”, por exemplo).

      – Quando da elaboração do PPA, a Administração e o legislador deverão planejar a aplicação de recursos públicos de modo a atenuar a enorme desigualdade entre as regiões brasileiras (no caso do PPA da União) ou entre as sub-regiões existentes nos Estados e Municípios (caso do PPA dos Estados e Municípios)


    FONTE: PASCOAL (pág. 62, 8 ª edição)

  • Letra D.

     

    Comentário:

     

    O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada,

    as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes

    e para as relativas aos programas de duração continuada.

     

    Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro do mandato do chefe

    do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente.

     

     

     

    Resposta: Letra D

     

     

    Prof. Sérgio Mendes

  • GABARITO:D

     

    PLANO PLURIANUAL – PPA


    Esse é o documento que traz as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Prevê, entre outras coisas, as grandes obras públicas a serem realizadas nos próximos anos. Ele tem vigência de quatro anos, portanto deve ser elaborado criteriosamente, imaginando-se aonde se quer chegar nos próximos quatro anos. Expressa a visão estratégica da gestão pública.


    O PPA inclui uma série de programas temáticos, em que são colocadas as metas (expressas em números) para os próximos anos em diversos temas. Para ilustrar melhor isso, vamos usar um exemplo: o governo federal elencou como objetivo no PPA do período 2012-2015 promover a implantação de novos projetos em áreas com potencial de ampliação da agricultura irrigada. Para atingir tal objetivo, estipulou uma meta: ampliar a área irrigada em 200 mil hectares até 2015.


    Os constituintes atribuíram grande importância ao PPA, como podemos ver no parágrafo 1o do artigo 167 da Constituição, que determina que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro (um ano) poderá ser iniciado sem ser incluído antes no PPA, sob pena de crime de responsabilidade. Um PPA sempre começa a vigorar  a partir do segundo ano do mandato presidencial, terminando no primeiro ano do mandato seguinte.


    O governo federal deve elaborar e entregar o PPA ao Congresso até o dia 31/08 do primeiro ano de mandato. O Congresso, por sua vez, deve aprová-lo até o final do ano.

  • Plano Plurianual


ID
1246186
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

José Paulo, recém-nomeado gerente de produção em uma empresa fabricante de cosméticos, enfrentou um sério problema no final de seu primeiro mês à frente da área. Dois de seus subordinados executaram uma mesma atividade no processo de produção, o que gerou um atraso nas entregas da empresa e um grande prejuízo pelo descarte do material não aproveitável. Avaliando esse incidente, José Paulo reconheceu que, ao não explicitar claramente a tarefa que cada um dos subordinados deveria fazer, incorreu em falha em uma das funções básicas que um administrador deve desempenhar. Trata-se do (da):

Alternativas
Comentários
  • No momento em que o gerente não definiu quem faria o quê, ele cometeu um erro de organizar, ou seja, de dividir as tarefas aos seus subordinados, otimizando os recursos.

  • Refletindo...

    Organização: Distribuição de recursos e tarefas, divisão do trabalho, definir quem fará a tarefa, etc.

    Direção: COMUNICAR e motivar para desempenho, incentivar e coordenar esforços, etc...

    (Segundo Rennó)

    Sob essas definições a questão também poderia se enquadrar em DIREÇÃO, uma vez que, a falha foi na EXPLICITAÇÃO da tarefa que cada um deveria fazer. Ou seja, ele organizou, porém falhou em comunicar.


    Alguém tem mais algum fundamento teórico a respeito desses conceitos, para confirmar ou não a resposta?

  • Questão ambígua, pois cabem duas respostas.

  • Elementos da função administrativa - POC³Prever - Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de ações para tingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização

    • Organizar - É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.
    • Comandar - Faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos definidos.
    • Coordenar - A implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas traçadas.
    • Controlar - Controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas.

    Diferente dessas funções, hoje usa-se apenas: Planejar, Organizar, Dirigir ou Executar e Controlar. (no lugar de Comandar e Coordenar) Uniram-se essas duas funções porque o objetivo é o mesmo


    http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_cl%C3%A1ssica_da_administra%C3%A7%C3%A3o


  • Sendo sucinto:

    Falou em alocar recursos materiais, humanos, financeiros... Etc
    Definir hierarquia, funções, autoridade... É tudo ORGANIZAÇÃO.

    Falou em diregir o grupo... implementar... é Direção/Execução.

  • A organização é uma das funções do administrador. Nela, segundo o Professor Chiavenato, o administrador: determina as atividades específicas para alcançar os objetivos; divide o trabalho; agrupa atividades em uma estrutura lógica (departamentalização); designa pessoas para execução de tarefas; aloca recursos; coordena esforços. Na questão, José Paulo não organizou bem a execução de tarefas, nem alocação de recursos.

  • Gabarito: B


    Resolução:

    a)planejamento;

    ERRADA -> essa etapa vem antes da execução da atividade


    b)organização;

    CORRETA -> ocorre durante a execução atividade. O gerente não organizou/designou as tarefas nem acompanhou o processo para já corrigir os erros no ato. Não confundir com o CONTROLE, que é a avaliação do que foi progredido / medidas de correção contra falhas ocorridas.


    c)direção;

    ERRADA -> processo de tomada de decisões e liderança, não está diretamente ligado com a execução da atividade.


    d)controle;

    ERRADA -> ocorre após a execução da atividade.


    e)observação.

    ERRADA -> não é uma função básica a ser desempenhada pelo Administrador.

  • Um dia eu consigo diferenciar dirigir de organizar :(

  • é simples:

    definir o que cada um deve ou não fazer = ORGANIZAR
    motivar, incentivar e liderar o que cada um deve ou não fazer = DIRIGIR
  • Organizar - Dividir o trabalho, designar as atividades, agrupar as atividades em órgãos e cargos, alocar recursos, definir autoridade e responsabilidade.

  • Gabarito Letra "B"
    ORGANIZAÇÃO

    É a função que busca organizar, estruturar e integrar recursos disponíveis para que as ações a serem realizadas possam atingir o sucesso. São os meios utilizados para que as demais funções possam ser praticadas: estrutura dos órgãos de uma organização, a divisão interna do trabalho, a alocação dos recursos, a determinação sobre as pessoas que devem realizar determinada tarefa, a coordenação de esforços...


    DIREÇÃO

    É a função responsável por acionar e dinamizar a empresa para que ela possa funcionar adequadamente. É a relação entre os administradores e seus subordinados, está centrada nas relações humanas. É a utilização dos recursos disponíveis pelas pessoas que integram a organização, que concretizam as ações planejadas e organizadas.


  • cabe mau planejamento também. Antes de organizar se planeja.

  • A Comunicação não está incluída na atividade de Direção?

  • Organização;

    Dividir o trabalho

    Agrupar as atividades em uma estrutura lógica

    Designar pessoas para sua execução

    Alocar recursos

    Coordenar esforços

    Chiavenato; Introdução à Teoria Geral da administração

  • Basicamente, seria dizer QUEM faz O QUE!!!

  • ORGANIZAÇÃO

     

    É a função que busca organizar, estruturar e integrar recursos disponíveis para que as ações a serem realizadas possam atingir o sucesso. São os meios utilizados para que as demais funções possam ser praticadas:estrutura dos órgãos de uma organização, a divisão interna do trabalho, a alocação dos recursos, a determinação sobre as pessoas que devem realizar determinada tarefa, a coordenação de esforços.

  • QUESTÃO MUITO FRACA DEU FOI PENA DA BANCA

    Abrangência da organização
    A organização pode ser estruturada em três níveis
    diferentes:
    1. Organização no nível global. É a organização
    que abrange a empresa como uma totalidade.
    É o chamado desenho organizacional, que pode
    assumir três tipos: a organização linear, a
    organização funcional e a organização do tipo
    linha-staff. Esses três tipos de organização serão
    estudados no próximo capítulo.
    2. Organização no nível departamental. É a organização
    que abrange cada departamento da
    empresa. É o chamado desenho departamental
    ou simplesmente departamentalização. Os
    diversos tipos de departamentalização serão
    estudados no capítulo subseqüente.
    3. Organização NO nível das tarefas e operações.
    É a organização que focaliza cada tarefa, atividade
    ou operação especificamente.

  • Mais uma dessa banca fundo de quintal!

  • Organização e direção têm uma linha muito tênue e fica ao sabor das bancas sacanear o concurseiro!

  • Comentário:

     

    Questão escorregadia. Nela, o candidato poderia interpretar o mais óbvio, como queria a banca, que elementos relacionados

    à estrutura organizacional fazem parte da função organização.

    Apesar disso, ao não explicitar as tarefas aos funcionários, o gerente está incorrendo em um erro no processo de liderança,

    por isso também seria possível considerar como correta a função "direção".

    Assim, a banca errou ao não anular esta questão.

     

     

    GABARITO considerado: B.

     

     

    Prof. Carlos Xavier

  • Este tipo de questão me faz pedir ao qconcursos que insira o filtro "não mostrar questões da banca X", porque a FGV diz uma coisa em uma questão e depois diz outra na questão seguinte. Ser uma banca difícil, não significa ser confusa!

  • De acordo com Chiavenato, "a função organização conduz necessariamente à criação da estrutura organizacional que pode ser definida como:

    - conjunto de tarefas formais atribuidas às unidades organizacionais (deptos.) e pessoas

    - relações de subordinação, linhas de comando, responsabilidades, etc.

    - comunicações para assegurar coordenação eficaz entre orgãos e pessoas."

    Ainda de acordo com o autor, dirigir significa interpretar os planos para as pessoas e dar instruções e orientação sobre como executá-los e garantir o alcance dos objetivos. (...) a má ou morosa intrepretação dos planos pode provacar elevação dos custos. O bom adminsitrador é aquele que pode explicar e comunicar as coisas às pessoas que precisam fazê-las bem e prontamente, orientando-as e sanando dúvidas possiveis, além de impulsioná-las, liderá-las e motivá-las adequadamente," (Chiavenato, Administração Geral e Pública)

    Portanto, mesmo que a questão trate de uma falha na liderança na qual o chefe não interpretou adequadamente o plano e instruiu e orientou erroneamente seus subordinados- ou seja, falha na função direção- , para a banca, o foco está na estrutura organizacional, pois esta função também trata de cadeia de comando, autoridade e responsabilidade.

     

  • "ao não explicitar claramente a tarefa que cada um dos subordinados deveria fazer, incorreu em falha"

    Então, para a FGV, desta vez, comandar/comunicar significa organizar, ao invés de significar dirigir.

    Questão de 2014... aposto que se cair em 2017, eles mudam a opinião pra dirigir, e a gente que estudou marca organizar.

    Que não caia. 

  • "...José Paulo não explicitou o que cada um ia fazer..."
    No meu entendimento as tarefas já estavam definidas mas ele não as delegou com clareza. Então seria DIREÇÃO...
    Ficou bem confusa... maaaas....

  • Na questão Q500972 : Um gerente descreve seus planos para os funcionários e apresenta as instruções sobre como executá-los, a resposta certa é direção. Não entento porque a banca faz praticamente a mesma questão e dá outra resposta.?

  • Cespe/cebraspe vende vagas e fgv é uma banquinha. Bola pra frente.

  • executaram mesma atividade? não explicou/especificou o que deveria fazer? Erro apenas na divisão da tarefa!

     

    divisão de tarefas! Função Organização

     

    OBS: quando se divide as tarefas é necessário que fique bem especificado o que cada um terá que fazer. A meu ver, a questão não fala sobre ter de acompanhar o trabalho ou o próprio trabalhador, mas o erro foi na divisão da tarefa em si. Ou seja, vc criou determinadas funções em uma organização? Ok, agora especifique de forma clara, para que não haja erros no processo.

     

    A questão ainda deixa claro: "ao final de seu primeiro mês.." que era para o aluno perceber que o gerente é novato no cargo e que havia criado uma "divisão de tarefas". (não sei como o professor - como postado aqui - especializado na área não conseguiu entender essa questão. Falar pro aluno que tem que ser anulada parece mais fácil de ser aceito.)

     

     

  • Acho que a questão foi mal formulada. Paulo, ao não explicitar claramente a tarefa aos subordinados, não os instruiu ou os comunicou da maneira adequeda. Instrução e comunicação pertencem a função Direção. A questão pode ser facilmente interpretada que a divisão de tarefas (organização) já foi feita. Está mais claro, ao meu ver, no enunciado, que o erro foi de comunicação. Portanto discordo do gabarito oficial.

  • A função organização consiste em:

    1 - Determinar as atividades específicas necessárias ao alcance

    dos objetivos planejados (especialização);

    2 - Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamentalização); e

    3 - Designar as atividades às específicas posições e pessoas (cargos e tarefas).

     

    José Paulo reconheceu que não deixou claro as tarefas a serem desempenhadas pelos subordinados, cometendo um erro na função organização.


    ORGANIZAR


    ▪ Dispor/Alocar os recursos em uma estrutura que facilite a realização dos objetivos

    ▪ Desenhar a estrutura organizacional e alocar recursos.

    ▪ Dividir o trabalho – especializar.

    ▪ Agrupar atividades e cargos – departamentalizar.

    ▪ Definir hierarquia (autoridade) e responsabilidades.

  • A questão deveria ter sido anulada, têm duas alternativas corretas, tanto a B como também a C.

  • Organização - Alocar recursos, divisão do trabalho, estruturação organizacional, departamentalização.

    foi assim que respondi essa questão.

  • Gabarito: b

  • Pra mim ele falhou na comunicação, que pertence à direção


ID
1246189
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Conforme o Art. 1º, da Lei nº 12.952, de 20 de janeiro de 2014 (LOA 2014): 

“Esta Lei estima a receita da União para o exercício financeiro de 2014 no montante de R$ 2.488.853.320.708,00 (dois trilhões, quatrocentos e oitenta e oito bilhões, oitocentos e cinquenta e três milhões, trezentos e vinte mil, setecentos e oito reais) e fixa a despesa em igual valor, compreendendo, nos termos do Art. 165, § 5o, da Constituição”: 

I. o Orçamento Fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 

II. o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração Pública Federal direta e indireta, bem como os fundos e fundações, instituídos e mantidos pelo Poder Público; e 

III. o Orçamento de Investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social com direito a voto.” 


A alternativa que melhor define o orçamento fiscal é:

Alternativas
Comentários
  • Erros:

    A) o orçamento fiscal controla dispêndios de empresas estatais DEPENDENTES apenas;

    B) estabilizadora (visa crescimento sustentável), alocativa (visa corrigir falhas de mercado) e distributiva (visa distribuição de renda) são funções do orçamento público, do qual o orçamento fiscal é apenas gênero (não sei se a FCC consideraria falso);

    C) a receita tributária é apenas uma das possíveis de se contemplar no orçamento (questão incompleta);

    D) o orçamento da LOA compreende não apenas os gastos vinculados. Lembrando que a regra é que as receitas não sejam vinculadas, salvo por disposição legal (ex: duodécimos - judiciário, legislativo, mp e dp; FPM, FPE, etc).

    E) texto coerente com o propósito de instrumento de planejamento da LOA (não apenas "mero" orçamento). Observem que a questão pedea alternativa que melhor define o orçamento fiscal", pois a FGV não é besta e não queria entrar na discussão do "incompleto é errado?".

  • *o orçamento fiscal é apenas espécie do gênero orçamento público.

  • O o examinador copiou e colou a resposta tal qual está na página da câmara.


    http://www2.camara.leg.br/glossario/o.html

  • Veja quais são os conceitos clássicos e moderno do orçamento público, segundo o Mestre Valdecir Pascoal:


    Conceito clássico de orçamento – uma peça que contempla apenas a previsão das receitas e a fixação das despesas para um determinado período. Documento eminentemente contábil e financeiro, pois não se preocupava com o planejamento governamental nem com as efetivas necessidades da população. Era um orçamento estático. Tratava-se de um mero inventário dos “meios” com os quais a Administração realizaria suas tarefas, daí a denominação “lei de meios” para o orçamento tradicional.


    Conceito modernoLei que contempla a previsão de receitas e despesas, programando a vida econômica e financeira do Estado, por certo período. Ou: ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza o Poder Executivo, por certo período e, em pormenor, às despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotadas pela política econômica do País, assim como a arrecadação das receitas criadas em lei.


    O moderno orçamento caracteriza-se, pois, por ser um instrumento de planejamento.


    É um instrumento dinâmico, que leva em conta aspectos do passado, a realidade presente e as projeções para o futuro.

    Por fim, orçamento público é um instrumento de PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL que visa organizar a execução das políticas públicas organizadas em programas, mediante a quantificação das metas e a alocação de recursos para as ações orçamentárias (projetos, atividades e operações especiais).


    Alternativamente, o orçamento público é um documento legal que contém a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um governo, em um determinado exercício financeiro.


    Uma vez elaborado, este processo materializa-se numa lei, a LOA - Lei Orçamentária Anual

  • O Orçamento do Ministério Público e da Defensoria Pública são irrelevantes para a FGV....kkkkkk

  • Indiquem para comentário!


ID
1246192
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

O processo de elaboração do orçamento público foi alterado em 2000, com a promulgação da Lei Complementar nº 101 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Em decorrência dessa mudança no marco legal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) passou a dispor também sobre:

Alternativas
Comentários
  • Art. 4:   I - disporá também sobre:   a) equilíbrio entre receitas e despesas;

  • GABARITO: letra E

    Art. 4oA lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

     I - disporá também sobre:

     a) equilíbrio entre receitas e despesas;

     b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;

     c) (VETADO)

     d) (VETADO)

     e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;

     f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;


  • GABARITO ITEM E

     

    LRF

     

     Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

            I - disporá também sobre:

            a) equilíbrio entre receitas e despesas;

  • GAB E

    LDO

    A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

    A CF/1988 determina que a lei de diretrizes orçamentárias considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.

    LDO:

    - ANEXO DE METAS FISCAIS

    - ANEXO DE RISCOS FISCAIS

    - EQUILÍBRIO ENTRE RECEITA/DESPESA

    Bons estudos.


ID
1246195
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Um elemento marcante na maioria das grandes organizações é sua cultura organizacional. Essa cultura é reconhecida como responsável por promover uma convergência nos comportamentos, valores e atitudes dos indivíduos, perpassando toda a organização, mas que pode trazer também desafios à introdução de mudanças nos processos internos e na incorporação de novas práticas de gestão que rivalizem com aspectos nela consolidados. A cultura organizacional é formada por processos de consolidação de camadas, que vão interagindo e consolidando as bases da cultura da organização. Essas camadas são formadas por:

Alternativas
Comentários
  • Letra A. Segundo Chiavenato, cultura organizacional é um "conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhadas por todos os membros da organização". Quando se fala em cultura organizacional, algo que não pode faltar são palavras como hábitos, crenças, costumes, das pessoas de uma determinada empresa. Em outra definição, Elliot Jaques cita cultura como o "hábito tradicional e costumeiro de pensar e fazer as coisas, que é compartilhado em maior ou menor grau pelos seus membros e que os novos membros devem aprender e assimilar, pelo menos parcialmente para que possam ser aceitos no contexto da empresa".


  • Tido como óbvios? O que o examinador quis dizer com isso? 

  • Vanessa é algo que eu aprendi como "verdades verdadeiras", para a empresa aquilo é verdade, é a verdade DA empresa.

    Não sei se ajuda...Não tenho uma explicação mais técnica.

  • Vanessa, acho que eles são tidos como óbvios pois já fazem parte do "inconsciente coletivo" da organização. Ou seja, seus membros não os questionam mais pois já estão consolidados em seus hábitos, crenças e costumes quando a cultura é forte.

    Acabei encontrando uma outra questão por aqui que diz o mesmo com outras palavras:

    Q129690 Alguma característica de uma organização é considerada como componente da “cultura” quando é aceita como uma qualidade de “ser tomada por certa”. Além disso, esta característica pode ser uma criação dos indivíduos e grupos da organização – o elemento informal – ou é institucionalizada, sendo denominada como elemento ou cultura formal. A cultura formal pode ter como função uma função ideológica – refletir aquilo que os indivíduos e grupos que detêm o maior poder na organização consideram como certo, conforme seus próprios objetivos e interesses. Para que esta função seja exercida, os elementos da cultura oficial devem apresentar certas características. Uma dessas características é: (...)

  • Não marquei devido o termo " tido como óbvio".

    Sigamos em frente...melhor errar aqui.

  • A cultura organizacional envolve artefatos (padrões de comportamento), valores compartilhados (crenças) e pressupostos (valores, verdades). Também pode conter componentes visíveis, que são sempre orientados pelos aspectos organizacionais, ou componentes ocultos, que são sempre orientados pela emoção e situações afetivas.


    obs: só não precisa desse tidos como óbvios ( essas bancas inventam umas coisas rs)

  • Ronaldo Abreu, tive o mesmo entendimento que você. Obrigado aos colegas que esclareceram o termo!

  • A questão diz o seguinte: "A cultura organizacional é formada por processos de consolidação de camadas, que vão interagindo e consolidando as bases da cultura da organização. Essas camadas são formadas por:"

    No final das contas, o que a questão pede é os elementos que formam a base da cultura organizacional que nada mais é do que a base do iceberg da cultura (os elementos invisíveis e informais). 

  • A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhados por todos os membros da organização. Ela refere-se ao sistema de significados compartilhados por todos os membros e que distingue uma organização das demais. Constitui o modo institucionalizado de pensar e agir que existe em uma organização.


    Componentes da cultura organizacional

     

    ▪ Artefatos: Constituem o primeiro nível da cultura, o mais superficial, visível e perceptível. Artefatos são as coisas concretas que cada um vê, ouve e sente quando se depara com uma organização. Incluem os produtos, serviços, e os padrões, de comportamento dos membros de uma organização. Quando se percorre os escritórios de uma organização, pode-se notar como as pessoas se vestem, como elas falam, sobre o que conversam, como se comportam, o que são importantes e relevantes para elas.

    ▪ Valores compartilhados: Constituem o segundo nível da cultura. São os valores relevantes que se tornam importantes para as pessoas e que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. Funcionam como justificativas aceitas por todos os membros.

    ▪ Pressuposições básicas: Constituem o nível mais íntimo, profundo e oculto da cultura organizacional. São as crenças inconscientes, percepções, sentimentos e pressuposições dominantes nos quais as pessoas acreditam.

  • Comentário:

    As camadas que a questão aduz são justamente os níveis da cultura organizacional descritos por Schein. Cuidado pra não achar que, por ele estar citando os níveis, vai colocar os elementos em ordem por esse critério. Nada disso, ele apenas cita que a cultura é formada por níveis e pede seus elementos, os quais estão corretamente descritos no item a), sem uma ordem específica. Os demais itens citados nas outras alternativas não se relacionam à cultura. Gabarito letra a).

    Gabarito: A

  • fiquei com receio de marcar a alternativa "A" por conta do "pressupostos básicos tidos como óbvios;"

    mas o gabarito é a "A" mesmo.

    A-valores, crenças, comportamento, pressupostos básicos tidos como óbvios;


ID
1246198
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Proposta por Peter Drucker em 1954, na sua obra clássica The Practice of Management, a Administração por Objetivos (APO) um modelo de administração voltado a orientar a organização em torno de objetivos, exigia também adaptações internas nos processos e práticas de gestão que a diferenciavam de outros modelos utilizados à época. Sobre essas adaptações ou inovações, é correto afirmar que a APO:

Alternativas
Comentários
  • A APO é um processo pelo qual gerentes e subordinados identificam objetivos co­muns, definem as áreas de responsabilidade de cada um em termos de resultados espe­rados e utilizam esses objetivos como guias para sua atividade. A APO é um método no qual as metas são definidas em conjunto pelo gerente e seus subordinados, as respon­sabilidades são especificadas para cada um em função dos resultados esperados, que passam a constituir os indicadores ou padrões de desempenho sob os quais ambos se­rão avaliados. Analisando o resultado final, o desempenho do gerente e do subordina­do podem ser objetivamente avaliados e os resultados alcançados são comparados comos resultados esperados.
    Embora tenha um passado autocrático, a APO funciona hoje com uma abordagem amigável, democrática e participativa. Ela serve de base para os novos esquemas de avaliação do desempenho humano, remuneração flexível e, sobretudo, para a compatibilização entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais das pessoas.
    Dentro dessa concepção, a APO trabalha dentro do seguinte esquema:
    1. Gerente e subordinado se reúnem, discutem, negociam e em conjunto formu­lam os objetivos de desempenho para o subordinado. Objetivos, metas e resul­tados são negociados entre eles.A formulação de objetivos é consensual e parti­cipativa.
    2. A partir daí, o gerente se compromete a proporcionar apoio, direção e recursospara que o subordinado possa trabalhar eficazmente orientado para o alcance de objetivos. O gerente cobra resultados e garante os meios e recursos (treinamento,habilidades, equipamentos etc.) para que o subordinado possa alcançá-los.
    3. O subordinado passa a trabalhar para desempenhar metas e cobra os meios e re­cursos necessários para alcançar os objetivos.
    4. Periodicamente, gerente e subordinado se reúnem para uma avaliação conjunta dos resultados e do alcance dos objetivos.
    5. A partir da avaliação conjunta, há uma reciclagem do processo: os objetivos são reavaliados ou redimensionados, bem como os meios e recursos necessários.

    Administração Geral e Pública, Idalberto Chiavenato, p.29

  • Características principais da APO:

    1. Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e seu superior.

    2. Estabelecimento conjunto de objetivos para cada departamento ou posição.

    3. Interligação dos objetivos departamentais.

    4. Elaboração de planos táticos e operacionais, com ênfase na mensuração e no controle.

    5. Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos.

    6. Participação atuante de chefia.

    7. Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos.

    8. Motivação dos trabalhadores de sua empresa

    A administração por objetivos é dependente da sinergia entre líder direto e executor(es), através de uma aceitação natural e não imposta para atingir as metas estabelecidas.

    Fonte : Wikipédia

  • Pessoal, por que vocês dão discursos e não respondem a pergunta? Qual é a resposta afinal?

  •  No conceito d APO diz que é uma técnica participativa de planejamento de avaliação, por meio do qual superiores e subordinados definem conjuntamente, aspectos prioritários.


    Resposta letra A

  • CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

     

    � 1. Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e seu superior.

    � 2. Estabelecimento conjunto de objetivos para cada departamento ou posição.

    � 3. Interligação dos objetivos departamentais.

    � 4. Elaboração de planos táticos e operacionais, com ênfase na mensuração e no controle.

    � 5. Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos.

    � 6. Participação atuante de chefia.

    � 7. Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos.

  • APO apresenta as seguintes características Principais:

    1.  Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e o seu superior: Visão de resultado esperado, baseado nas premissas corporativas.

    2.  Estabelecimento de objetivos para cada departamento: Baseado no grau de envolvimento/participação nos objetivos..

    3.  Interligação dos objetivos departamentais. (visão de conjunto): mesmo quando os objetivos não se apóiam nos mesmos princípios básicos. Formar uma visão de conjunto.

    4.  Elaboração de planos táticos e de planos operacionais, com ênfase na mensuração e no controle: Comparação com os resultados planejados, portanto somente os resultados que podem ser mensurados podem ser aplicados a “APO”.

    5.  Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos: Visa à correção de rumo caso necessário para alcançar o resultado esperado.

    6.  Participação atuante dos gestores: Assumir e envolver-se com os objetivos.

    7.  Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos: Requer apoio intenso até que os planos sejam alavancados.

  • Gabarito: A

    a) exigia uma elevada participação dos funcionários e a integração com as chefias na definição dos objetivos;


ID
1246201
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O modelo de estratégias genéricas proposto por Michael Porter permite identificar duas vantagens competitivas para a empresa, que podem ser desdobradas segundo um escopo amplo ou focado. Usando esse modelo para analisar um evento histórico, o desenvolvimento da linha de montagem por Henry Ford, é possível relacionar o uso dessa linha de montagem com empresas que buscam posicionar-se estrategicamente por:

Alternativas
Comentários
  • Henry Ford queria vender carros a preços populares, pois era coisa de rico na época. Para isso, criou o conceito de linha de montagem, que reduziu drasticamente os custos de produção. Uma das estratégias genéricas de Porter é foco no custo, ou liderança em custo. Logo a resposta é (B).

  • customizar e significa personalização ou adaptação. A customização consiste em uma modificação ou criação de alguma coisa de acordo com preferências ou especificações pessoais. Assim, customizar é alterar alguma coisa segundo o seu gosto pessoal.

  • Fiquei na dúvida entre B e E e marquei a caceta da E... aff.. ótima explicação do Eduardo Sousa - não considerei o que significava "customização".

    Segue comentário de Rodrigo Rennó - Estratégia Concursos

    De acordo com Porter, as três principais estratégias genéricas são: liderança em custos, diferenciação e foco (ou enfoque). Na liderança em custos, a empresa busca ser a mais eficiente na produção de produtos e serviços em seu mercado, de modo que tenha vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. O caso da Ford, que desenvolveu a linha de montagem, possibilitou a essa montadora uma produªo mais eficiente e barata. Desse modo, a estratégia escolhida foi mesmo a liderança em custo. O gabarito é a letra B.
     

  • Questão bem interessante e difícil, caso não conheça um pouco sobre a história de Henry Ford. 

    Deixe-me contextualizar um pouco a estratégia de Ford por meio de uma de suas frases mais famosas:

    “Você pode comprar um Ford Modelo T em qualquer cor que desejar. Desde que ele seja preto”

    Gentil como um cavalo dando um coice, Henry Ford não enfatizava a personalização e diferenciação dos seus produtos. Ele só vendia carros pretos e ponto final. Essa intransigência de Ford em aderir a utilização de outras cores ocorria justamente em razão de sua estratégia genérica. O foco de Ford sempre foi controlar custos de suas fábricas.

    Ford buscava aumentar a padronização dos lotes (peças, cores, motor – tudo seguia o mesmo modelo), aumentar a eficiência do processo produtivo (reduzindo desperdício e definindo o método de produção) e trabalhar com muita escala na produção dos veículos.

    Todas essas práticas são próprias de uma estratégia genérica de liderança em custo. Como ele não fazia segmentação de mercado, tratava-se de uma liderança no custo total de toda a indústria.  Portanto, o gabarito da questão é a alternativa B.

    Gabarito: B

  • De acordo com Porter, as três principais estratégias genéricas são:

    liderança em custos,

    diferenciação e

    foco (ou enfoque).

    Na liderança em custos, a empresa busca ser a mais eficiente na produção de produtos e serviços em seu mercado, de modo que tenha vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.

    O caso da Ford, que desenvolveu a linha de montagem, possibilitou a essa montadora uma produção mais eficiente e barata.

    Desse modo, a estratégia escolhida foi mesmo a liderança em custo.


ID
1246204
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

Uma empresa decide, após a expansão internacional de suas atividades produtivas e a diversificação da linha de produtos, promover a reorganização de sua estrutura baseada no estabelecimento de diversas unidades semiautônomas com foco em cada linha de produto, cliente e região. Essa opção de organização da estrutura organizacional é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Referencia sobre estrutura organizacional divisional: http://blogpegg.wordpress.com/2012/02/29/estruturas-organizacionais-modernas/

  • Abordagem Divisional:

    - Tarefas e recursos em divisões de acordo com os produtos, clientes e/ou mercados importantes;

    - Cada divisão fica autônoma tendo suas próprias áreas funcionais para gerir e atender seus clientes;

    - Controle ainda mais concentrado na cúpula;

    - Descentralização de autonomia operacional (com planejamento, coordenação e controle centralizados na cúpula).

                                                           PRESIDENTE

                                                                       |

    GESTÃO DE PESSOAS         -----------------------------------         FINANÇAS

                                                       /                 |                    \     

    Divisão de Eletrodomésticos        Divisão de Automóveis           Divisão de Computadores 

    (dentro de cada divisão tem departamentos como de Marketing, gerência de logística, etc).

                                                                                             

    Ex: a montadora GE.


    Fundamento teórico: Rennó.

  • LETRA B

     

    OUTRA QUESTÃO

     

    AOCP -Q772481 Quanto ao tipo de estrutura organizacional denominada de estrutura divisional, assinale a alternativa correta. a) Agrega as tarefas em unidades semiautônomas, com forte descentralização. Seu mecanismo principal de coordenação é a padronização de resultados.

     

  • Gabarito: letra B.
     

    Uma empresa decide, após a expansão internacional de suas atividades produtivas e a diversificação da linha de produtos, promover a reorganização de sua estrutura baseada no estabelecimento de diversas unidades semiautônomas com foco em cada linha de produto, cliente e região. Essa opção de organização da estrutura organizacional é denominada:


    Estrutura Divisionalizada
    Essa estrutura na verdade é um conjunto de organizações dentro de outra, ou seja, a descrição de um conglomerado de empresas.
    Isso acontece quando a empresa fica muito grande e seus produtos e/ou mercados tornam-se muito diversos, incentivando a criação de estruturas próprias para cada setor ou produto distinto, possibilitando uma maior autonomia e flexibilidade para os gestores atingirem seus resultados.

    Fonte:
    Administração geral para concursos / Rodrigo Rennó. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

  • Estrutura DIVISIONAL: ocorre quando os departamentos são agrupados juntos em divisões com base nos resultados organizacionais. Cada divisão é criada como uma unidade autocontida e autossuficiente para produzir um determinado produto ou serviço. Cada divisão possui todos os deptos. funcionais necessários para gerar o produto ou serviço ou parte dele. São elaboradas de acordo com a descentralização dos recursos. 

    PARA ORGANIZAÇÕES GRANDES, MAIS ESTÁVEL QUE A MATRICIAL, ''MINI-EMPRESAS''.

  • Estrutura divisional

    A empresa desmembra sua estrutura em divisões, agregando os recursos e pessoas de acordo com os produtos, clientes e/ou mercados que são considerados importantes.

    Gabarito: Letra B

  • Ei man, sem enfeitar;

    Se aparecer a palavra '' DIVERSIFICAÇÃO '' taca logo como ESTRUTURA DIVISIONAL

    A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho.

    Salmos119;105


ID
1246207
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

A análise SWOT é uma ferramenta que visa analisar a posição estratégica de uma empresa em um determinado ambiente competitivo. Os pontos ou aspectos analisados com base nessa ferramenta são:

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

    A matriz SWOT, sigla dos termos ingleses Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), consiste em uma metodologia bastante popular no âmbito empresarial.

    A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise ambiental, sendo a base da gestão e do planejamento estratégico numa empresa ou instituição. Graças à sua simplicidade pode ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional. Este é o exemplo de um sistema simples destinado a posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa/instituição no ambiente em questão.

    Análise SWOT Cruzada:

    A análise swot cruzada consiste em cruzar as informações dos quatro quadrantes, de forma a obter um moldura que permita delinear estratégias importantes para o futuro da empresa/instituição.

    Para a análise SWOT Cruzada é preciso primeiro fazer uma análise clara do ambiente, ou seja,  pesquisar profundamente as forças e fraquezas e saber identificar as oportunidades e ameaças. Para cada cruzamento é importante saber criar objetivos/estratégias:

           Pontos fortes x Oportunidades = estratégia ofensiva / desenvolvimento das vantagens competitivas.

    • Pontos fortes x Ameaças = estratégia de confronto para modificação do ambiente a favor da empresa.
    • Pontos fracos x Oportunidades = estratégia de reforço para poder aproveitar melhor as oportunidades.
    • Pontos fracos x Ameaças = estratégia defensiva com possíveis modificações profundas para proteger a empresa.

    Fonte: http://www.significados.com.br/swot/


  • Matriz FOFA - Força, Oportunidade, Franqueza, Ameaça. Só isso.

  • ambiente interno (Forças e Fraquezas) - Integração dos Processos, Padronização dos Processos, Eliminação de redundância, Foco na atividade principal


    ambiente externo (Oportunidades e Ameaças) - Confiabilidade e Confiança nos dados, Informação imediata de apoio à Gestão e Decisão estratégica, Redução de erros.

  • A análise SWOT é uma ferramenta de diagnóstico estratégico que analisa os seguintes pontos: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.

     

    Gabarito: Letra C

     

    FONTE: Prof. Rodrigo Rennó, Estratégia Concursos.


ID
1246210
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

A Lei Orçamentária Anual (LOA) estima as receitas que serão arrecadadas no ano subsequente ao de sua elaboração e fixa as despesas que o governo pretende realizar com os recursos. Essa lei contém três orçamentos, que são:

Alternativas
Comentários
  • art. 165, da Constituição Federal:

    § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

    I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

    II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

     
  • Letra E.

     

     

    Comentário:

     

    Segundo o § 5º, I, II e III, do art. 165 da CF/1988, a LOA conterá o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social

    e o orçamento de investimento das empresas (ou investimentos das estatais).

     

     

     

    Resposta: Letra E

     

     

    Prof. Sérgio Mendes

  • LOA

    A lei orçamentária anual compreenderá:

    I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

    II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

    Os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

    O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

    É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social.

    A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

  • GABARITO: LETRA E

    DOS ORÇAMENTOS

    Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

    I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

    II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

    FONTE: CF 1988


ID
1246213
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O planejamento estratégico elaborado por uma empresa ou organização é fundamental para definir seu posicionamento no mercado e orientar seus planos de ação, uma vez que se configura como metodologia capaz de guiar a organização na escolha de suas metas e no modo de alcançá-las. Entre as ferramentas e artefatos do planejamento estratégico de uma empresa, aquela que pode ser mais bem associada à frase da fabricante de cervejas Ambev: “Ser a melhor empresa de bebidas do mundo em um mundo melhor”é:

Alternativas
Comentários
  • Visão: remete ao futuro.

  • Missão

    É a razão de existência da empresa. Ela está ligada aos seus objetivos. A missão irá nortear as suas ações para que possa alcançar a sua visão.

    A missão é uma declaração ampla e duradoura de propósitos, que individualiza a organização e distingue o seu negócio, impondo a delimitação de suas atividades dentro do espaço que deseja ocupar no seu mercado.

    A definição da missão responde a três perguntas: Quem somos nós? O que fazemos? E por que fazemos?


    Visão

    “Aonde quero estar daqui a algum tempo?” Essa pergunta define bem a visão, que nada mais é do que o sonho da organização. É onde ela deseja estar no longo prazo. Ela traduz de forma abrangente, um conjunto de intenções e aspirações para o futuro, sem designar o modo de alcança-la.


    Valores e/ou Princípios

    É um conjunto de características, atitudes e iniciativas que são valorizadas na cultura da empresa, e que auxiliam no cumprimento da sua missão.


    Objetivos e Metas

    Objetivo é um ponto concreto que se quer atingir, devendo ter parâmetros numéricos e datas a serem alcançadas.

    Meta é uma segmentação do objetivo, no qual o aspecto quantitativo tem uma importância maior. Ela é mais precisa em valor e data, pois tem um prazo de conclusão mais próximo que o objetivo.

  • se tivesse DEMAGOGIA, eu assinalava

  • para acrescentar conhecimentos:

     

    Balanced Scorecard pode ser entendido como um modelo de gestão estratégica, voltado para o futuro das organizações, que alinha missão, visão e estratégias a um conjunto equilibrado de indicadores – financeiros e não financeiros.

    Fonte: Augustinho Paludo.

  • * Quase toda "VISÃO" começa com o verbo SER. No caso, a "AmBev", ou "AB Inbev", é uma exceção.

     

    AB INBEV (2004-)

    Missão: "Unir forças e fortalecer ainda mais os vínculos nosso cliente". 

    Visão: "Unir as pessoas por um mundo melhor."

     

    AMBEV ( subsidiária da AB InBev, 1999-)

    Missão: "Criar vínculos fortes e duradouros com os consumidores e clientes, fornecendo-lhes as melhores marcas, produtos e serviços."

    Visão: "Unir as pessoas por um mundo melhor."

  • Missão => Razão de ser da organização. O que a organização "É" de forma efetiva. 

     

    Visão => Desejo acalentado da organização. É o que a organização DESEJA ser no futuro. 

     

     

  • Missão

    "Criar vínculos fortes e duradouros com os consumidores e clientes, fornecendo-lhes as melhores marcas, produtos e serviços."

    Visão

    "Unir as pessoas por um mundo melhor."

     

    FONTE: http://ri.ambev.com.br/conteudo_pt.asp?idioma=0&tipo=43217&conta=28

  • A frase descrita pela banca, “Ser a melhor empresa de bebidas do mundo em um mundo melhor”, é claramente um exemplo de visão de futuro. Vejam que a frase indica um destino desejado pela Ambev que é desafiador, que mostra a “direção geral” que a instituição deve seguir.

     

    Gabarito: Letra A.

     

    FONTE: Prof. Rodrigo Rennó, Estratégia Concursos.

  • Visão

    • Indica o resultado final buscado
    • Como a empresa se vê no futuro
    • Não estabelece valores, mas uma direção geral

    Gabarito: Letra A

  • A frase descrita pela banca, “Ser a melhor empresa de bebidas do mundo em um mundo melhor”, é claramente um exemplo de visão de futuro. Vejam que a frase indica um destino desejado pela Ambev que é desafiador, que mostra a “direção geral” que a instituição deve seguir. Gabarito: letra A 


ID
1246216
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

A liderança, entendida como a capacidade de um indivíduo influenciar outros com base em suas habilidades ou personalidade, é uma característica bastante estudada no campo da administração e almejada pela maioria dos profissionais em cargos administrativos. Diversas teorias já foram propostas para buscar o entendimento de liderança. Nesse contexto, a “Teoria da liderança transformacional” destaca-se ao focar suas análises e propostas no tipo de recompensa oferecida pelo líder, em vez de analisar os comportamentos dos lideres com os seus subordinados. A teoria considera a existência de dois tipos de líderes, o transacional e o transformacional, sobre os quais é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C. RIBAS e SALIM (2013, pág. 172): 

    Liderança transacional

      O líder transacional é o que conduz ou motiva os liderados na direção das metas preestabelecidas, esclarecendo papéis e exigências do trabalho. É o tipo de líder que consegue dos liderados o desempenho esperado.

      Essa liderança é baseada na troca. Por isso o nome: transacional (de transações, trocas). O liderado apresenta desempenho, atinge os resultados e, em troca, o líder dispõe de benefícios.

      Liderança transformacional

      Na liderança transformacional, os liderados são inspirados a transcenderem os próprios papéis, causando efeito profundo e impacto maior na organização. Nesse tipo de liderança, os líderes proporcionam atendimento personalizado e estímulo intelectual aos liderados, além de possuírem carism

  • Liderança Transacional: O líder se basia na troca de recompensa para a conquista dos objetivos, sendo também considerado como NEGOCIADOR e CALCULISTA.

  • A LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL

    através da influência idealizada (carisma), da inspiração, da estimulação intelectual ou da consideração individualizada permite que os ‘subordinados’ ultrapassem os seus próprios interesses.

    Eleva os ideais e o nível de maturidade [dos subordinados], bem como as necessidades de realização, de autoatualização e o bem-estar dos indivíduos, da organização e da sociedade.” (Bass). Popper & Mayseless têm um nível de análise diferente no estudo do processo transformacional, centrando-se na estrutura psicológica dos líderes transformacionais.

    LIDERANÇA TRANSACIONAL

    A ideia fundamental que sustenta a liderança transacional é o processo associado ao reconhecimento dos desempenhos alcançados. As necessidades e desejos dos subordinados são satisfeitas e reconhecidas se os subordinados desenvolverem o esforço necessário para realizar a tarefa.

    “A liderança transacional refere-se à relação de troca entre o líder e os subordinados para responder aos seus próprios interesses” (Bass). Este tipo de motivação fornece energia e orienta as pessoas para a realização das tarefas atribuídas.

    Fonte :http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/967/10/20686_ulsd057394_td_parte2_11.pdf

  • Líder transformacional seria uma espécie de independencia dos subordinados ao atingir seus objetivos e o líder transacional seria a relação de troca entre liderados e líder (há dependencia). Resposta C

  • Letra C

     

    Resumo : Transacionais são baseadas na AUTORIDADE, recompensando esforços e desempenho dos colaboradores

                  - troca entre líder e subordinado (alcançou a meta recebe um prêmio)

                 - Laissez-faire: Abdica das suas responsabilidades, evita tomar decisões.
     

  • qual seria o erro da Letra B?

  • Transacional (eficaz)/Transformacional(eficiente)

     

    Pode ajudar.


  • ▪ Liderança transacional - O líder transacional ou negociador motiva seus seguidores com recompensas para que trabalhem em busca de metas (MAXIMIANO, 2004, p. 304). Em geral apela às necessidades primárias dos liderados (MAXIMIANO, 2004, p. 304). Em uma relação transacional o trabalho é visto como um sistema de trocas: o líder estabelece metas e oferece recompensas, que podem ser aumentos salariais, promoções, flexibilização no uso do tempo, incentivo monetário para treinamentos, prêmios ou participação nos lucros (MAXIMIANO, 2004, p. 304-305). Diferentemente da liderança carismática, a troca na relação transacional é, em geral, racional, sem afetar as emoções do liderado (MAXIMIANO, 2004, p. 305).

    ▪ Liderança transformacional - Na liderança transformacional, os liderados são inspirados a transcenderem os próprios papéis, causando efeito profundo e impacto maior na organização. Nesse tipo de liderança, os líderes proporcionam atendimento personalizado e estímulo intelectual aos liderados, além de possuírem carisma.

    ▪ Liderança carismática - Esta teoria descreve o líder como uma pessoa capaz de fazer com que os liderados lhe atribuam capacidades heroicas ou extraordinárias de liderança.

    Apostila de Administração – Prof. Heron Lemos – Tiradentes Online

  • Comentário:

    Líder transacional: A palavra que deve vir logo na sua cabeça ao analisar essa teoria é TRANSAÇÃO. Assim, o líder transacional consegue que os liderados efetivem determinados comportamentos e atinjam as metas de trabalho através do oferecimento de benefícios em troca. Dessa forma, mantém os subordinados sempre motivados ao alcance dos objetivos, pois desejam obter as recompensas.

    Líder transformacional: Nesta teoria você deve lembrar da palavra TRANSFORMAÇÃO. O líder transformacional costuma realizar uma transformação na vida das pessoas, com impacto profundo. Os liderados transcendem seus próprios limites e alcançam uma mudança brusca de comportamento. Isso tudo ocorre devido à formação de um forte vínculo líder-liderado na busca pelos objetivos, em que o líder transmite força, apoio e orientações à transformação do subordinado. Há uma verdadeira estimulação intelectual, transmissão de consideração pessoal/individualizada e da visão através de carisma. O líder transformacional desenvolve o liderado e, assim, seus liderados acabam se tornando fiéis a ele. Além disso, aqui as recompensas são do tipo emocionais, baseadas nas necessidades de estima e autorrealização dos liderados.

    Assim, a única alternativa sensata na questão é a letra c), a qual descreve o líder transacional como aquele que traça metas e propõe recompensas como meio de troca por seu alcance. As demais têm relação nenhuma com qualquer das duas abordagens.

    Gabarito: C


ID
1246219
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

As organizações realizam diversas iniciativas para atingir seus objetivos. Elas podem ser categorizadas genericamente como projeto ou operações. Os projetos exigem um gerenciamento específico, enquanto as operações, usualmente, se baseiam em um processo padronizado. Projetos e operações diferem por diversas razões. Uma característica que os diferencia é que cada projeto:

Alternativas
Comentários
  • Não localizei explicação do porquê? NÃO tem um escopo específico? NÃO tem uma data prevista para entrega de seus produtos? 

    Entendo que as letras a e d também estão corretas....

  • Texto horroroso da FGV. Esperava mais. Questão totalmente ambígua com várias respostas.

    • Uma das principais características dos projetos é que eles são temporários, possuem início e fim definidos (a alternativa D cabia como resposta). Sem contar que a alternativa B e C, que para mim também poderiam valer. FGV se puxou nessa.

  • Ter um planejamento específico não é uma característica exclusiva dos projetos, pois as operações possuem um planejamento tático próprio, que é um desdobramento do planejamento estratégico. Inclusive ele se chama Planejamento Operacional!

    Questão ambígua! Deveria ser anulada!

  • Bom acredito que a banca se refere a Planejamento específico nos projetos por serem exclusivos, cada projeto um planejamento temporário. Enquanto que as operações, usualmente, baseadas  em um processo padronizado que apesar de ser padronizado os processos são cíclicos, o que me leva a crer que um planejamento feito a uma operação organizacional a 3 anos não funciona hoje.

    Espero ter colaborado.

  • Letra B.

     

    Comentário:

     

    Questão muito escorregadia, interpretativa e que gera muitas dúvidas nos candidatos.

    Ela busca que se identifique uma diferença entre projetos e processos. Conhecendo os dois conceitos, sabemos que os

    projetos geram resultados exclusivos e únicos, tendo um prazo finito para acabar, enquanto os processos são contínuos

    no tempo e atuam de forma repetitiva, gerando produtos similares entre si.

    Assim, as principais diferenças são: projetos são exclusivos e específicos x processos são repetitivos e genéricos;

    projetos tem um prazo finito para acabar x processos são cíclicos, se reiniciando ao final. Com isso em mente, analisemos

    as alternativas:

     

    A) Errado. Tanto projetos quanto processos possuem um escopo específico.

     

    B) Considerado Certo (ao menos se interpretarmos como a banca pensou...). Um projeto tem um planejamento específico

    para a sua realização. Um processo é planejado uma única vez, mas é repetido várias vezes sem necessidade de

    planejamentos específicos. Apesar disso, seria possível interpretar também que o planejamento do processo também

    é específico para o processo em suas várias iterações.

     

    C) Errado. Ambos possuem orçamentos.

     

    D) Errado. Ambos possuem um cronograma para seus produtos.

     

    E) Errado. Ambos são limitados pela disponibilidade de recursos.

     

    Assim, mesmo forçando a barra, a única alternativa que poderia ser considerada correta seria a letra B. A banca poderia

    ter anulado essa questão, mas como não costuma anular nem os absurdos, imagine anular uma questão que, forçando a

    barra, dava até para entender...

     

     

    GABARITO considerado: B.

     

    Prof. Carlos Xavier

  • Se a FCC fosse uma pessoa, sem dúvidas seria a pessoa mais louca e complexa que pisou na terra. Socorro, banca pirada demais!

  • Quer dizer que para se "criar" um processo não se precisa de um planejamento específico, é na "galega" mesmo. "Começa aí e vamo vê se vai dar certo".

    FGV está fazendo eu ter saudade do CESPE

  • Parece que a resposta estava na própria pergunta.

  • B

    deve ter um planejamento específico;


ID
1246222
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

Um fator que contribui para um bom planejamento é o nível de detalhamento e assertividade das informações obtidas das partes interessadas a respeito dos resultados a ser alcançados. Um levantamento de necessidades bem elaborado pode redundar em diversas entregas e centenas de pacotes de trabalho, representando uma considerável complexidade estrutural. Para desenvolver um cronograma compatível com essa complexidade estrutural, o gerente do projeto deve, especificamente:

Alternativas
Comentários
  • Para desenvolver um cronograma:

    • c) sequenciar os pacotes de trabalho e/ou atividades de modo a definir seu encadeamento lógico.
  • Alguém sabe explicar?

  • COMENTÁRIOS:

    A) Recursos financeiros ( diz respeito à gerência de custos) e recursos humanos ( propriamente à gerência de recursos humanos);

    B) Diz respeito à área de conhecimento de recursos humanos;

    C) Desenvolver e controlar o cronograma, sequenciar atividade estão englobadas na gerência de tempo;

    D) Gerência de risco;

    E) Gerência de escopo;

    Logo gabarito: C
  • c) sequenciar os pacotes de trabalho e/ou atividades de modo a definir seu encadeamento lógico.

    O gestor de projetos atua pelo foco operacional, portanto define os planos e pacotes de trabalho realizando cronogramas .


  • Um fator que contribui para um bom planejamento é o nível de detalhamento e assertividade das informações obtidas das partes interessadas a respeito dos resultados a ser alcançados. Um levantamento de necessidades bem elaborado(COLETA DE REQUISITOS) pode redundar em diversas entregas e centenas de pacotes de trabalho, (EAP)representando uma considerável complexidade estrutural. Para desenvolver um cronograma compatível com essa complexidade estrutural,(EAP) o gerente do projeto deve, especificamente:

    sequenciar os pacotes de trabalho e/ou atividades de modo a definir seu encadeamento lógico;

    Depois que cria a EAP: define suas atividades, sequencia, estima recursos e define a duração das atividades)

  • São atribuições e responsabilidades do Gerente de Projeto:

     

    - Determinar objetivos, orçamentos e cronogramas para execução do projeto;

    - Garantir um plano claro e viável para alcançar os objetivos de sua execução;

    - Identificar e controlar os requisitos do projeto;

    - Identificar e gerenciar os riscos do projeto;

    - Identificar e controlar os fatores críticos para o sucesso do projeto;

    - Formar e manter uma equipe bem organizada, focada e comprometida;

    - Selecionar ou criar as práticas operacionais e os procedimentos para sua equipe;

    - Monitorar o desempenho em relação ao plano e lidar com problemas que surgirem;

    - Definir prioridades e resolver conflitos entre as pessoas envolvidas;

    - Avaliar o desempenho dos membros da equipe;

    - Controlar o cronograma e as mudanças no projeto;

    - Participar de reuniões de acompanhamento e de revisão do projeto;

    - Elaborar relatórios sobre as atividades do projeto;

    - Manter os clientes informados;

    - Assegurar o atendimento aos padrões de qualidade;

    - Alcançar os objetivos dentro das metas de prazo e orçamento.

  • Por que não a E ???

  • Letra C.

    A questão fala de forma implícita da Estrutura Analítica do Projeto (EAP), que consiste basicamente no fatiamento de projetos complexos em partes menores o que permite diminuir os riscos quando as partes menores são executadas em sequências lógicas e ordenadas.

  • christiano calado, veja que a questao já diz, no início, que essa "complexidade" é um fator favorável ao Projeto --> "Um fator que contribui para um bom planejamento é o nível de detalhamento e assertividade das informações."

    Mais abaixo, a questão reafirma "Um levantamento de necessidades bem elaborado pode redundar [...], representando uma considerável complexidade estrutural.

    Sabendo que a complexidade estrutural é um fator positivo, devido a gama de detalhamento e assertividade, o ideal é "organizar o seu projeto" e não diminuí-lo, ou mesmo reduzindo seu nível de detalhamento, visto que já foi dito que o nível de detalhamento é positivo para o Projeto.

     

    O colega Marcelo, complementa a ideia detalhando EAP "Estrutura Analítica do Projeto"

     

  • Letra C.

     

    Comentário:


    Questão mal feita, e muito interpretativa.


    O examinador fala na existência de centenas de pacotes de trabalho com entregas específicas ao longo do projeto, resultando em uma complexidade de sua estrutura.
    Para lidar com esse tipo de coisa é que se busca organizar as fases de um projeto e estabelecer um relacionamento entre elas, que tipicamente pode ser sequencial ou sobreposto. A questão traz uma alternativa mencionando um sequenciamento de pacotes de trabalho com encadeamento lógico, ou seja, o estabelecimento de relação sequencial entre as fases. Como não há nenhuma alternativa mais completa, mencionando também a relação sobreposta (que não é mencionada em nenhuma alternativa), tem-se na letra C a resposta "mais próxima do correto".

     

    Prof. Carlos Xavier


ID
1246225
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

As formas de gerar demandas por novos produtos ou serviços variam de organização para organização. Em alguns casos, esse processo inicia-se pelo preenchimento de um Documento de Oficialização de Demanda (DOD). No entanto, nem toda demanda pode ser atendida. Um passo fundamental antes de aprovar um projeto para atender a essa demanda é:

Alternativas
Comentários
  • Antes de se iniciar qualquer projeto, deve-se saber se dará certo. E isso só é possível se realizar um estudo de viabilidade prévio.

  • Alguém saberia explicar porque a letra b (identificar os riscos a que o projeto está sujeito) está errada? 


  • DEBORA,

    acredito que no estudo de viabilidade, dentre outros itens, sejam verificados os riscos do projeto. Por isso a letra A é mais completa.

  • De acordo com Renato Fenili, Administração Pública para concursos, pg 415. O estudo de viabilidade econômica se dar na fase 1º que é a Iniciação, quando nasce a identificação da necessidade da obtenção de um produto ou serviços singular. Enquanto que a identificação e planejamento da gestão de risco esta dentro do 2º planejamento. Completando as fases que são cinco: as demais são, 3º execução, 4º monitoramento/controle e a 5º conclusão/encerramento.

    Fé, foco, ação!.

  • A letra A falou sobre o business case, em português caso de negócio, capta o raciocínio para a iniciação de um projeto ou tarefa. Muitas vezes é apresentado em um documento escrito bem estruturado, mas também pode vir, por vezes, sob a forma de um argumento verbal curto ou apresentação.

     

                                          Tudo pode desabar, mas o essencial que é Deus sei que nunca me abandonará!

  • Questão classificada ERRADA, ela pertence ao assunto INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 4, DE 11 DE SETEMBRO DE 2014.

    XII - Documento de Oficialização da Demanda - DOD: documento que contém o detalhamento da necessidade da Área Requisitante da Solução a ser atendida pela contratação;
     

  • Os projetos são iniciados em virtude de necessidades internas de negócio da empresa ou influências externas. Essas necessidades ou influências normalmente provocam a criação de uma análise de necessidades, estudo de viabilidade, business case, ou descrição da situação que o projeto abordará. 

    PMBOK 6º


ID
1246228
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Gerência de Projetos
Assuntos

O Governo federal, como o mercado de uma forma geral, vem adotando práticas de gerenciamento de processos alinhadas ao Guia para o Gerenciamento de Processos de Negócio (CBOK), desenvolvido pela ABPMP (Associação de Profissionais de Gerenciamento de Processos de Negócio), que define um ciclo de vida de um processo, da descoberta até sua implantação e melhoria.

Com base no CBOK, desenvolveu-se um modelo de maturidade de processos de negócio que hierarquiza a competência das organizações em uma escala de 1 (um, inicial) a 5 (cinco, otimizado). Considere uma organização no estágio inicial de maturidade em gerenciamento de processos. Para que ela aumente sua maturidade no gerenciamento de processos de negócio, a primeira ação é:

Alternativas
Comentários
  • Processos de negócio no estado Ad-hoc (Inicial)


    • Foco organizacional no desenvolvimento e implementação de processos e procedimentos de negócio para estabilidade e repetibilidade de processos de negócio, criando uma estrutura e método de trabalho mais organizados.


    Fonte: BPM CBOK 3

  • Níveis de maturidade:

     

    Nível 1 - Inicial:  Processos são executados de maneira ad-hoc, o gerenciamento não é consistente e é difícil prever os resultados.

    Nível 2 – Gerenciado: Gestão equilibra os esforços nas unidades de trabalho, garantindo que sejam executados de modo que se possa repetir o procedimento e satisfazer os compromissos primários dos grupos de trabalho. No entanto, outras unidades de trabalho que executam tarefas similares podem usar diferentes procedimentos.

    Nível 3 – Padronizado:  Processos padrões são consolidados com base nas melhores práticas identificadas pelos grupos de trabalho, e procedimentos de adaptação são oferecidos para suportar diferentes necessidades do negócio. Os processos padronizados propiciam uma economia de escala e base para o aprendizado através de meios comuns e experiências.

    Nível 4 – Previsível: Capacidades habilitadas pelos processos padronizados são exploradas e devolvidas às unidades de trabalho. O desempenho dos processos é gerenciado estatisticamente durante a execução de todo o workflow, entendendo e controlando a variação, de forma que os resultados dos processos sejam previstos ainda em estados intermediários.

    Nível 5 – Otimizado: Ações de melhorias proativas e oportunistas buscam inovações que possam fechar os gaps entre a capacidade atual da organização e a capacidade requerida para alcançar seus objetivos de negócio.

     

    Fonte: apostila Estratégia

  •  d)

    adotar procedimentos formais que permitam maior previsibilidade dos resultados;


ID
1246231
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Unidade responsável pela gestão de recursos humanos de ente da Administração Pública Federal Indireta é informada de que um servidor público, ocupante do cargo “PTS I – Administração e Planejamento” ocupa, igualmente, o cargo de Agente de Mobilidade, de nível médio, em ente de Administração Pública Estadual. O servidor estaria desempenhando ambas as funções.

Enquadre, corretamente, a situação do servidor:

Alternativas
Comentários
  • A Lei 8112/90 prevê como causa de demissão a acumulação ilegal, como o era no caso apresentado:

     Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

      I - crime contra a administração pública;

      II - abandono de cargo;

      III - inassiduidade habitual;

      IV - improbidade administrativa;

      V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

      VI - insubordinação grave em serviço;

      VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

      VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

      IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

      X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

      XI - corrupção;

      XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;


  • acumulação ilegal de cargo público, passível de sanção disciplinar de demissão, a ser aplicada pelo chefe do executivo federal.


ID
1246234
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Ocupante de cargo de Assistente Administrativo obtém titulação de nível superior em Administração. Durante o período de avaliação, integrou a unidade Coordenação de Planejamento e Finanças por 4 (quatro) meses, e nos demais, por 8 (oito) meses desempenhou suas funções na Coordenação de Recursos Humanos. A alternativa que contempla a possibilidade de progressão não admitida pelo ordenamento jurídico é:

Alternativas
Comentários

ID
1246237
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Em seu aniversário de 60 anos, servidor que havia ingressado no início da década de 90 na FUNARTE, e que atualmente faz jus ao abono de permanência, solicita a sua aposentadoria voluntária. Em mês subsequente à sua aposentadoria, o servidor é nomeado em cargo em comissão. Nesse caso o servidor:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: "c"

    Conforme art. 118, § 3ª, Lei 8112, é proibido acumular os proventos da inatividade com vencimento de cargo ou emprego público EFETIVO - não se estendendo tal probição à remuneração de cargo em comissão!

  • Resposta "C"

    CF art 37 § 10 - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, RESSALVADOS OS CARGOS NA FORMA DESTA CONSTITUIÇÃO, os cargos ELETIVOS, e os cargos EM COMISSÃO declarados em LEI de livre nomeação e exoneração.


ID
1246240
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Em 2014, ente de Administração Pública Federal Indireta promove atividades de controle interno, auditando sua folha de pagamentos, com o propósito de identificar inconsistências e evitar perdas ao patrimônio público, a título de pagamentos indevidos. São identificadas as seguintes situações, concernentes ao Quadro de Pessoal integrante do Plano Especial de Cargos da Cultura:

I. pagamentos de valores correspondentes ao vencimento-base e Gratificação de Desempenho de Atividade Cultural – GDAC;

II. pagamento de Gratificação Temporária de Atividade Cultural - GTEMPCUL, como rubrica autônoma, para servidores que ingressaram a partir de 2010;

III. identificação de casos em que os servidores percebem vencimento-base correspondente à soma do valor do vencimento base referente ao seu cargo e do valor incorporado, a título de Gratificação de Atividade Executiva – GAE, enquanto permanecem percebendo valor, em rubrica autônoma, correspondente à mesma Gratificação de Atividade Executiva – GAE;

IV. pagamento de valores a título de Vantagem Pecuniária Individual, devido a servidores que obtiveram, na justiça, com decisão transitada em julgado, o direito de manter a sua percepção, sob a justificativa constitucional da cláusula da irredutibilidade de vencimento;

V. pagamento de vantagens remuneratórias aplicáveis ao Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, sendo percebido por grupo específico do Quadro de Pessoal do Ente, embora integrantes do Plano Especial de Cargos da Cultura;

Eventos ilícitos são somente:

Alternativas
Comentários
  • ILÍCITOS

    II. pagamento de Gratificação Temporária de Atividade Cultural - GTEMPCUL, como rubrica autônoma, para servidores que ingressaram a partir de 2010; 

    III. identificação de casos em que os servidores percebem vencimento-base correspondente à soma do valor do vencimento base referente ao seu cargo e do valor incorporado, a título de Gratificação de Atividade Executiva – GAE, enquanto permanecem percebendo valor, em rubrica autônoma, correspondente à mesma Gratificação de Atividade Executiva – GAE; 
     

  • Pra mim, a expressão chave do erro foi "rubrica autônoma".

  • Pagamentos Lícitos

    I. pagamentos de valores correspondentes ao vencimento-base e Gratificação de Desempenho de Atividade Cultural – GDAC;

    IV. pagamento de valores a título de Vantagem Pecuniária Individual, devido a servidores que obtiveram, na justiça, com decisão transitada em julgado, o direito de manter a sua percepção, sob a justificativa constitucional da cláusula da irredutibilidade de vencimento;

    V. pagamento de vantagens remuneratórias aplicáveis ao Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, sendo percebido por grupo específico do Quadro de Pessoal do Ente, embora integrantes do Plano Especial de Cargos da Cultura;

  • Gabarito: C

  • lei 11.091

    Art. 12.

    § 2º (Redação dada pela lei nº 11.233, de 2005)

    Art. 2º-A. A partir de 1º de março de 2008 e até 31 de dezembro de 2008, observado o nível do cargo, a estrutura remuneratória dos titulares dos cargos de provimento efetivo integrantes do Plano Especial de Cargos da Cultura será composta de: 

    I - Vencimento Básico; 

    II - Gratificação de Desempenho de Atividade Cultural - GDAC; III - Gratificação Temporária de Atividade Cultural - GTEMPCUL, observado o disposto no art. 2º-C desta Lei; e 

    IV - Gratificação Específica de Atividades Auxiliares da Cultura - GEAAC, observado o disposto no art. 2º-D desta Lei. 

    Art. 2º-B. A partir de 1º de março de 2008, os integrantes do Plano Especial de Cargos da Cultura não fazem jus à percepção das seguintes gratificações e vantagens: 

    I - Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa - GDATA, de que trata a 

    II - Vantagem Pecuniária Individual - VPI, de que trata a e 

    III - Gratificação de Atividade Executiva - GAE, de que trata a 


ID
1246243
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Dois servidores são aposentados por invalidez, em decorrência de acidente de serviço. O primeiro ingressou em 1999 na FUNARTE. O outro havia ingressado em 2007, em seu Quadro de Pessoal. Quanto à aposentadoria, o correto enquadramento dos casos narrados é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A - CF/88. Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

    § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

    I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; que é integral.


  • LETRA A

     

    Questão bem formulada, enriquecendo meus conhecimentos.

     

    Os dois servidores farão jus à aposentadoria integral, correspondente ao valor de sua última remuneração;

  • A emenda de 2003 tirou : paridade entre ativos e inativos , integralidade entre outros , porém isso não se aplicava a aposentadoria decorrente de causa acidentaria referente ao seu serviço , o que se aplica ao benefício integral , referente a sua última remuneração

ID
1246246
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Determinado ente da Administração Pública concede aos membros integrantes de seus Quadros as seguintes Vantagens Remuneratórias:

I. Vencimento Base;
II. Jeton (gratificação por comparecimento a sessão);
III. Gratificação de Desempenho de Atividade Cultural-GDAC;
IV. Gratificação por Nível Universitário;
V. Vale Transporte;

As vantagens sobre as quais NÃO incide contribuição social previdenciária são somente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito II e V. Acertei por levar em conta o caráter indenizatório das gratificações de comparecimento a sessão e o vale transporte.

  • I. Vencimento Base; incide contribuição social previdenciária

    II. Jeton (gratificação por comparecimento a sessão); NÃO incide contribuição social previdenciária

    III. Gratificação de Desempenho de Atividade Cultural-GDAC; incide contribuição social previdenciária

    IV. Gratificação por Nível Universitário; incide contribuição social previdenciária

    V. Vale Transporte; NÃO incide contribuição social previdenciária


ID
1246249
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

O Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – SIAPE:

I. é um sistema de gestão de informações sobre os servidores públicos federais, estaduais e municipais;

II. é um mecanismo de gestão, pela administração pública federal, de seus recursos humanos; 


III. é um mecanismo, facultado ao servidor ativo, aposentado e pensionista, para acessar informações sobre a sua vida funcional;

IV. permite o processamento de consignações em folha de pagamento dos servidores ativos, aposentados e pensionistas;

V. restringe-se aos servidores ativos e aposentados;

As informações NÃO condizentes ao SIAPE são somente:


Alternativas
Comentários
  •  b)

    I e V;

  • Gabarito B

    Até 1989 cada órgão componente da Administração Pública Federal era responsável pelo cálculo e pagamento da folha de seus servidores. Isto gerava total ausência de integração entre os sistemas, falta de normatização e padronização da aplicação da legislação, gastos excessivos sem o devido amparo legal, dificuldade extrema na auditoria e total ausência de informações e indicadores gerenciais.

    Em 1989 iniciou-se a implantação de projeto denominado SIAPE (Sistema Integrado de Administração de Pessoal) que visava centralizar o processamento da folha de pagamentos através da alimentação descentralizada de informações que resultariam neste cálculo. Com o passar do tempo, todos os órgãos das administrações direta, fundacional e autárquica do poder executivo (e que dependem do tesouro para fazer frente a suas despesas de pessoal) passaram a se integrar ao SIAPE, que neste período passou a contar com diversos mecanismos de validação de dados e de legislação, eliminando uma série de gastos indevidos.Nos anos 90 foram ainda incorporados ao SIAPE um datawarehouse, mantendo dados agregados que permitem a extração de informações e indicadores gerenciais e o acesso através da internet, por meio do SIAPEnet. Este último fornece transparência à gestão permitindo que o próprio servidor acesse seus dados, faça solicitações, conheça a legislação e as normas de RH, etc.Hoje o SIAPE processa o pagamento de servidores, regidos tanto pelo Regime Jurídico Único Federal (Lei 8.112/90) quanto pela CLT e por outros regimes (Contratos Temporários, Estágios, Residência Médica, etc). Este público é composto por servidores ativos, aposentados e pensionistas e encontra-se distribuído por órgãos públicos federais em todo o território nacional.


ID
1246252
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A alternativa que NÃO contempla entidade autorizada a figurar como consignatária perante o SIAPE é:

Alternativas
Comentários
  • e) entidades de ensino

    acertei no chute.... não sei onde encontrar informações mais detalhadas sobre o SIAPE

  • No site: https://www.siapenet.gov.br/Portal/Consignataria.asp


    contém as entidades consignatárias.

  • Portaria SEGEP 52-2014

    Estabelece os procedimentos relativos ao cadastramento e recadastramento das entidades consignatárias no sistema de gestão de pessoas do Poder Executivo federal, disciplina a forma de cobrança dos custos de cadastramento, manutenção e utilização do sistema de gestão de pessoas do Poder Executivo federal, de que trata o Decreto nº 6.386, de 29 de fevereiro de 2008, e dá outras providências.

    ...

    a) Operadoras de plano de saúde e entidades de autogestão

    b) Entidades seguradoras

    c) Entidades fechadas e abertas de previdência privada

    d) Cooperativas constituídas por servidores públicos

    e) Cooperativas de crédito, instituições financeiras e companhias imobiliárias

    ...

  • O Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) é um sistema de abrangência nacional criado com a missão de integrar todas as plataformas de gestão da folha de pessoal dos servidores públicos. Hoje, o Siape é um dos principais sistemas estruturadores do governo e é responsável pela produção das folhas de pagamento dos mais de 200 órgãos federais. 


ID
1246255
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Previdenciário
Assuntos

Em relação ao plano de previdência complementar criado para os profissionais da cultura, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • o CULTURAPREV é o plano de previdência complementar fechada, voltado exclusivamente aos profissionais da cultura, administrado pela Fundação Petrobrás de Seguridade Social - Fundo de Pensão Petros.


ID
1246258
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Servidor habilitado em concurso público para o cargo de contrarregra demonstra, passados 02 (dois) anos, desconhecimentos severos quanto à noção de continuidade de cena, bem como inabilidade considerável na montagem e desmontagem de cenários. O servidor em questão apresentou, igualmente, alto índice de absenteísmo no período. Diante desse fato, deve-se adotar a seguinte medida:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B.

    O tempo para a estabilidade é de 3 anos, logo, no exemplo acima, o habilitado ainda estava em estágio probatório, e portanto, deveria ser exonerado de ofício.

  •        (Vide EMC nº 19)

  •        Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

  • Eu entendo que o gabarito deveria ser d, uma vez que o período de aquisição é de 3 anos e há uma período determinado para se fazer a avaliação de desempenho, que normalmente é 4 meses antes do término desse período aqusitivo. Até onde sei, essa avaliação não deve ser feita a qualquer momento. Logo não seria possível essa avaliação com apenas dois anos de estágio probatório. ESTOU ERRADO??

  • O servidor ainda não adquiriu estabilidade (somente quando completar 3 anos de exercício efetivo), por isso poderá ser EXONERADO de ofício, conforme art. 20, §2º, da Lei n. 8.112/90.

    *DEMISSÃO = PENA

     

  • Discordo do gabarito, estabilidade é após 3 anos, comissão para avaliação 4 meses antes

    daqui até lá ele pode se adequar, deve-se esperar o tempo necessário.

    A demissão por não cumprimento é após completar 3 anos, como se fosse um veredito. Nesse meio tempo o servidor pode ser advertido/suspenso/demitido por faltas graves e condutas diversas, e o comando da questão não informou nenhuma.

  • QUESTÃO DESATUALIZADA.

    A questão está desatualizada após a EC 19/1998 que alterou o prazo de estabilidade de 2 para 3 anos. No período informado pela questão, ele ainda está em estágio probatório.