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Prova Esamc - 2016 - Esamc - Vestibular - Primeiro Semestre


ID
4107535
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais

(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)


    [...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

    “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

    Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.

    [...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.

    Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

    Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

    Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]

    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

    Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

    [...]


(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f acebook&utm_campaign=redesabril_super)

A leitura do texto nos permite compreender que os animais são seres:

Alternativas

ID
4107538
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais

(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)


    [...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

    “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

    Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.

    [...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.

    Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

    Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

    Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]

    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

    Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

    [...]


(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f acebook&utm_campaign=redesabril_super)

Releia o trecho abaixo:


Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí, sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.


O trecho acima trabalha sob o ponto de vista epistemológico segundo o qual o absoluto e a verdade são incognoscíveis, em razão de fatores aleatórios e/ou contextuais. A essa perspectiva dá-se o nome de:

Alternativas

ID
4107541
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais

(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)


    [...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

    “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

    Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.

    [...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.

    Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

    Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

    Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]

    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

    Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

    [...]


(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f acebook&utm_campaign=redesabril_super)

A correta substituição do elemento coesivo em “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho” se dá adequadamente, sem alteração de sentido, em:

Alternativas

ID
4107544
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais

(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)


    [...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

    “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

    Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.

    [...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.

    Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

    Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

    Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]

    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

    Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

    [...]


(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f acebook&utm_campaign=redesabril_super)

O terceiro parágrafo do texto apresentado, ao comparar o universo de leitura de mundo dos cães ao dos seres humanos, estabelece também uma relação de equivalência entre:

Alternativas

ID
4107547
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais

(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)


    [...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

    “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

    Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.

    [...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.

    Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

    Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

    Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]

    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

    Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

    [...]


(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f acebook&utm_campaign=redesabril_super)

Leia os trechos:

    Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”.

    “Segundo Saussure, o significante é a tradução fônica do conceito; o significado é a contrapartida mental do significante” (1953, Émile Benveniste apud Perrot)


A partir da leitura conjunta dos dois trechos, é correto:

Alternativas

ID
4107550
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
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Disciplina
Português
Assuntos

Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais

(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)


    [...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

    “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

    Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.

    [...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.

    Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

    Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

    Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]

    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

    Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

    [...]


(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f acebook&utm_campaign=redesabril_super)

Sobre a linguagem do trecho a seguir, é correto:


    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

Alternativas

ID
4107553
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais

(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)


    [...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

    “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

    Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.

    [...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.

    Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

    Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

    Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]

    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

    Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

    [...]


(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f acebook&utm_campaign=redesabril_super)

Releia o trecho abaixo:


O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.


Para tomar a decisão de passar fome, foi preciso que o macaco:

Alternativas

ID
4107562
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto a seguir:


    A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pêlo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida. […]   
     Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferençavam, rebolavam na areia do rio e no estrume fofo que ia subindo, ameaçava cobrir o chiqueiro das cabras.” […]
    Defronte do carro de bois faltou-lhe a perna traseira. E, perdendo muito sangue, andou como gente, em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo. Quis recuar e esconder-se debaixo do carro, mas teve medo da roda.


(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas.
Editora Record, São Paulo: p.85-86)


A obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, enquadra-se ao chamado Regionalismo Brasileiro dos anos de 1930, por tratar de aspectos relacionados à miséria social e moral dos seres humanos. Tendo isto em vista, é correto afirmar que a personagem Baleia:

Alternativas

ID
4107565
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto:


    Sentiu o cheiro bom dos preás que desciam do morro, mas o cheiro vinha, fraco e havia nele partículas de outros viventes. Parecia que o morro se tinha distanciado muito. Arregaçou o focinho, aspirou o ar lentamente, com vontade de subir a ladeira e perseguir os preás, que  pulavam e corriam em liberdade. Começou a arquejar penosamente, fingindo ladrar. Passou a língua pelos beiços torrados e não experimentou nenhum prazer. O olfato cada vez mais se embotava: certamente os preás tinham fugido.
     […]
    Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes.

(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Editora Record, São Paulo: p. 89; 91)


No trecho acima, de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, observa-se que a cachorra Baleia está prestes a morrer. Neste momento, ela sente o cheiro de preás e os relaciona a um mundo feliz. Tendo isto em vista, pode-se entender que os preás:

Alternativas

ID
4107568
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O trecho abaixo narra a morte da cachorra Baleia, por Fabiano. Nesta cena, pode-se perceber o instinto animalesco de sobrevivência da personagem pelo trecho:

Caiu antes de alcançar essa cova arredada. Tentou erguer-se, endireitou a cabeça e estirou as pernas dianteiras, mas o resto do corpo ficou deitado de banda. Nesta posição torcida, mexeu-se a custo, ralando as patas, cravando as unhas no chão, agarrando-se nos seixos miúdos. Afinal esmoreceu e aquietou-se junto às pedras onde os meninos jogavam cobras mortas.
Uma sede horrível queimava-lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um nevoeiro impedia-lhe a visão. Pôs-se a latir e desejou morder Fabiano. Realmente não latia: uivava baixinho, e os uivos iam diminuindo, tornavam-se quase imperceptíveis.
Como o sol a encandeasse, conseguiu adiantar-se umas polegadas e escondeu-se numa nesga de sombra que ladeava a pedra.
Olhou-se de novo, aflita. Que lhe estaria acontecendo? O nevoeiro engrossava e aproximava-se.

(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Editora Record, São Paulo: p. 88-89)

Alternativas

ID
4107571
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ainda sobre o trecho acima, é correto:

Alternativas

ID
4107574
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O trecho abaixo pertence ao conto “Conversa de bois”, do livro Sagarana, de Guimarães Rosa, cujo recurso narrativo é o diálogo entre boisde-carga, que conversam entre si enquanto trabalham:

    Todavia, ninguém boi tem culpa de tanta má-sorte, e lá vai ele tirando, afrontado pela soalheira, com o frontispício abaixado, meio guilhotinado pela canga-de-cabeçada, gangorrando no cós da brocha de couro retorcido, que lhe corta em duas a barbela; pesando de-quina contra as mossas e os dentes dos canzis hiselados; batendo os vazios; arfando ao ritmo do costelame, que se abre e fecha como um fole; e com o focinho, glabro, largo e engraxado, vazando baba e pingando gotas de suor. Rebufa e sopra:
    — Nós somos bois... Bois-de-carro.. Os outros, que vêm em manadas, para ficarem um tempo-das-águas pastando na invernada, sem trabalhar, só vivendo e pastando, e vão-se embora para deixar lugar aos novos que chegam magros, esses todos não são como nós...
     — Eles não sabem que são bois... — apoia enfim Brabagato, acenando a Capitão com um esticão da orelha esquerda.

(ROSA, João Guimarães. “Conversa de bois”. Sagarana. Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, p. 214.)


No trecho citado, há uma diferenciação entre os “bois-de-carro” e os “outros, que vêm em manadas”. De acordo com o boi Brabagato, estes “outros” “não sabem que são bois…”. Brabagato presumiu isso, pois:

Alternativas

ID
4107577
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o diálogo a seguir:


     Dormir é com o Seu Soronho, escanchado beato, logo atrás do pigarro.

     De lá do coice, voz nasal, cavernosa, rosna Realejo. E todos falam.

     — Se o carro desse um abalo maior...

     — Se nós todos corrêssemos, ao mesmo tempo...

     — O homem-do-pau-comprido rolaria para o chão.

     — Ele está na beirada...— Está cai-não-cai, na beiradinha...

     — Se o bezerro, lá na frente, de repente gritasse, nós teríamos de correr, sem pensar, de supetão...

    — E o homem cairia...— Daqui a pouco... Daqui a pouco...— Cairia... Cairia... — Agora! Agora!— Môung! Mûng!— ...rolaria para o chão.

     — Namorado, vamos!!!...

    Tiãozinho deu um grito e um salto para o lado, e a vara assobiou no ar... 

    E os oito bois das quatro juntas se jogaram para diante, de uma vez... E o carro pulou forte, e craquejou, estrambelhado, com um guincho do cocão.

    — Virgem, minha Nossa Senhora!... Ôa, ôa, boi!... Ôa, meu Deus do céu!...

    Agenor Soronho tinha o sono sereno, a roda esquerda lhe colhera mesmo o pescoço, e a algazarra não deixou que se ouvisse xingo ou praga — assim não se pôde saber ao certo se o carreiro despertou ou não, antes de desencarnar.


(ROSA, João Guimarães. “Conversa de bois”. Sagarana.

Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, p. 234-235.)



O trecho acima, do conto “Conversa de bois”, de Guimarães Rosa, além da consciência dos bois, que dialogam entre si, revela a seguinte ação contra um homem, que está dormindo e é carregado por estes bois:

Alternativas

ID
4107580
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

A reta r possui coeficiente angular igual a √3 e intercepta o eixo das ordenadas do ponto (0, -√3). Sabendo-se que a reta t contém os pontos A(6,0) e B(0,6), pode-se afirmar que o ângulo agudo formado por r e t no plano cartesiano mede:

Alternativas

ID
4107586
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Carlos contraiu um empréstimo de R$ 1 200,00 a juros compostos de 10% ao mês. Um mês depois, Carlos pagou R$ 500,00 e, dois meses após esse pagamento, liquidou o empréstimo. Qual das alternativas a seguir é a que mais se aproxima do valor do último pagamento?

Alternativas

ID
4107595
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Quando alteramos a ordem das letras de uma palavra, obtemos seus anagramas. Por exemplo: TIA, TAI, ITA, IAT, ATI e AIT são os anagramas da palavra TIA. Ao escrevermos todos os anagramas da palavra ESAMC em ordem alfabética, pode-se afirmar que “ESAMC” aparecerá em qual posição?

Alternativas

ID
4107601
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

O dono de uma papelaria possuía 280 canetas, 240 borrachas e 296 lápis com desenhos comemorativos dos jogos olímpicos de 2016. Para facilitar o processo de venda, decidiu dividir todos os objetos em pacotes, cada um deles contendo itens de um só tipo, porém todos com o mesmo número de itens e na maior quantidade possível. Sabendo-se que todos os itens foram utilizados, pode-se afirmar que o número de pacotes formados foi igual a:

Alternativas

ID
4107604
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Quando corre, um velocista balança cada um dos seus braços para frente e para trás segundo a equação: A(t) = π/10 . sen (4πt - 2π), em que A é o ângulo compreendido entre a posição do braço e o eixo vertical (- π/10 ≤ A π/10) e t é o tempo medido em segundos, t ≥ 0.

Considere um atleta que correu 100 metros em 10 segundos. O número de oscilações completas (para frente e para trás) que o atleta fez com seu braço durante o trajeto percorrido foi:

Alternativas

ID
4107607
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um estudo realizado durante uma partida de golfe, observou-se que a distância horizontal L(t), em jardas, percorrida por uma bola em função do tempo t, em segundos, a partir do instante em que a bola foi lançada (t = 0), era dada por L(t) = 300(1− 3−0,1t ).

A partir dessa informação, conclui-se que a bola percorre uma distância horizontal de 150 jardas, a partir do instante do lançamento, em cerca de:

(Use: log102 ≈ 0,3 e log103 ≈ 0,48).

Alternativas

ID
4107613
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Um corredor organizou um plano de treinamento semanal, correndo 3 quilômetros na primeira semana; 3,5 quilômetros na segunda semana; 4,1 quilômetros na terceira semana, 4,8 quilômetros na quarta, e assim sucessivamente, acrescentando, semanalmente, 100 metros ao acréscimo já realizado na semana anterior. Esse atleta estipulou, também, que manteria esse padrão de aumento do treino até atingir distância de 32 quilômetros percorridos em uma mesma semana. Se o atleta praticar o treinamento estipulado corretamente em semanas consecutivas, pode-se afirmar que esse planejamento de treino só poderá ser executado em, exatamente,

Alternativas

ID
4107616
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

As diferentes modalidades de um evento esportivo serão divididas em três centros esportivos distintos. Os centros esportivos são atendidos por três linhas de ônibus: A, B e C, que funcionam, diariamente, das 6h às 24h e que partem de um mesmo terminal. Os primeiros ônibus das três linhas partem, simultaneamente, às 6h, e a partir deste horário inicial seus ônibus seguem horários distintos. Os ônibus da linha A partem a cada 15 minutos; os ônibus da linha B partem a cada 25 minutos e os ônibus da linha C a cada 45 minutos. Os ônibus das três linhas partirão simultaneamente, pela última vez do dia, às:

Alternativas

ID
4107631
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o trecho a seguir:

    Os autores do pedido [de impeachment] alegam que Dilma recorreu em 2014 e 2015 a manobras contábeis, as chamadas pedaladas fiscais, para ajustar, no papel, as contas do governo, simulando um saldo positivo inexistente ou maior do que o real. [...] Ao praticar as pedaladas, Dilma teria ferido não apenas o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal (que proíbe operação de crédito entre bancos públicos e o Tesouro Nacional), mas, também, a Lei 1.079/50. Segundo essa lei, é crime de responsabilidade do presidente “ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal [...]”

(VASCONCELOS, Yuri. A Radiografia do impeachment.
In____Revista Guia do Estudante – Atualidades. SP: Abril, agosto de 2016, p. 76.)

Quanto às pedaladas fiscais, [José Eduardo] Cardozo [advogado-geral da União] alegou que os atrasos nos repasses aos bancos públicos são práticas historicamente aceitas e têm sido efetivadas desde o ano de 2000. Começaram no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e foram praticadas nos dois governos de Lula. Se tais manobras constituem crime de responsabilidade, questionou o chefe da AGU, por que só ela [a presidenta Dilma Roussef] estaria sendo duramente punida com a perda do mandato?

(Ob. Cit. p. 78.)


Tomando por base as informações contidas nos excertos e o atual quadro de disputas políticas no Brasil, julgue os itens:

I. De acordo com os fragmentos, não existe consenso se houve ou não prática de crime de responsabilidade pela presidente Dilma Roussef ao realizar as chamadas pedaladas fiscais.
II. O afastamento de Dilma do cargo de presidente, ocorrido em agosto, sem a comprovação de prática criminosa em suas ações, pode ser entendido como uma manobra política dos grupos de oposição, como forma de chegarem ao poder por um “atalho constitucional”.
III. Apesar da afirmação da defesa da presidente de que as pedaladas fiscais são práticas historicamente aceitas, tendo sido utilizadas por outros presidentes, apenas durante o governo de Dilma Roussef houve a comprovação da utilização da manobra e, consequentemente, da prática criminosa do governo.


Está (ão) correto (s):

Alternativas

ID
4107634
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

[David] Cameron [primeiro-ministro britânico entre 2010 e 2016] tinha prometido reduzir a imigração a “dezenas de milhares”. No ano passado, o saldo migratório líquido atingiu 330 mil pessoas, cuja maioria vinha da União Europeia e o resto do sistema de admissão por pontos dependente das necessidades do empregador. O movimento em favor do Brexit concentrou-se nesse dado, brandindo a ameaça de que a população poderia aumentar em 1 milhão a cada três anos sob o efeito da imigração europeia, de que os baixos salários não poderiam melhorar e de que mesmo um governo conservador não teria vontade de agir.

(MASON, Paul. Brexit, a xenofobia não explica tudo. In____jornal le Monde Diplomatique Brasil, ano 10, nº 109, agosto de 2016, p. 9.)

A saída da Grã-Bretanha da União Europeia tem provocado discussões acerca das causas e das consequências da decisão dos britânicos. Uma das muitas explicações para a saída do país da UE, de acordo com o texto, pode ser encontrada em:

Alternativas

ID
4107637
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia as informações para responder à questão:

[Donald Trump] prometeu erguer um muro ao longo de toda a fronteira com o México, para impedir a entrada de imigrantes ilegais nos EUA, e enviar a conta de sua construção ao governo mexicano. [...] Para barrar o terrorismo, que ele identifica com o islamismo, defendeu a proibição temporária da entrada de muçulmanos nos EUA [...].

(SOARES, Cláudia. Eleição imprevisível. In____Revista Guia do Estudante – Atualidades. SP: Abril, agosto de 2016, p. 31)


A tática de Donald Trump de conquistar espaço com declarações agressivas e intolerantes funcionou nas primárias, mas parece ter esgotado seu potencial. Não reverteu a queda nas pesquisas [...]. Os absurdos são inúmeros, mas o mais chocante foi sugerir a defensores do livre porte de armas “fazer algo” para deter a adversária [a candidata democrata Hillary Clinton]. [...] Entretanto, confiar em vencer por mostrar Trump como inaceitável, sem responder às demandas populares, é arriscado. [...] Uma pesquisa entre eleitores de até 24 anos a põe em segundo lugar, atrás não de Trump, mas do libertarian Gary Johnson.

(EUA – Tiros pela culatra. In____Revista Carta Capital, ano XXII, nº 914, 17 de agosto de 2016, p. 19.)


Tomando por base as informações e o quadro da disputa eleitoral nos Estados Unidos, julgue as afirmativas:

I. Os discursos de Donald Trump, por seu caráter agressivo e conservador, têm levado a uma queda de sua popularidade. No entanto, a incapacidade de apresentar projetos consistentes, tem levado Hillary a também cair nas pesquisas.
II. O crescimento do nome do libertarian Gary Johnson nas pesquisas eleitorais, demonstra a falta de opção para os eleitores mais jovens, uma vez que nem Trump nem Hillary se apresentaram como alternativas viáveis.
III.A principal causa da queda de Trump nas pesquisas é seu discurso xenófobo contra latinos e muçulmanos, que representam a maioria dos eleitores do país.


Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4107643
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia o trecho abaixo:


Segundo Miguel Nagib [advogado e coordenador da organização que defende o programa Escola Sem Partido], a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. “De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos”, explica. Para Nagib, todas as escolas têm essas características atualmente. [...] Estudiosos especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão. [...] Para Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação: “[...] o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais”.

(SANTANA, Ana Elisa. Escola no Brasil: com partido ou sem partido? Disponível em: http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/propostas/ escola-no-brasil-com-partido-ou-sem-partido.htm. Acesso em: 20 ago. 2016, às 09h00.)


O polêmico projeto Escola Sem Partido, tem provocado reações contrárias e favoráveis à sua implementação. Tomando por base o fragmento e a atual discussão em torno do projeto, julgue os itens:

I. A defesa da implementação do projeto pode, por si só, ser entendida como uma postura ideológica, o que contraria o próprio projeto.
II. Qualquer postura adotada dentro ou fora das salas de aula, por professores ou por qualquer outro cidadão, apresenta, necessariamente, um posicionamento ideológico, independentemente da posição defendida.
III.O projeto defende a livre interpretação de fatos e episódios históricos e/ou científicos pelos alunos, não apresentando nenhum conteúdo ideológico em suas propostas.


Está (ão) correto (s):

Alternativas

ID
4107646
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia os textos a seguir:

TEXTO 1:

    O atentado na boate Pulse [conhecida por ser frequentada pelo público LGBT] ocorrido em junho, em Orlando, nos Estados Unidos, é considerado o maior ataque a tiros da história dos Estados Unidos. Usando um fuzil e uma pistola, Omar Mateen, cidadão americano[...], assassinou 49 pessoas.[...] Logo após o massacre, Mateen declarou ter agido em nome do Estado Islâmico, que mais tarde reivindicou a ação [mas não houve prova da ligação entre o atirador e o grupo fundamentalista]. O Brasil é um dos países mais perigosos para gays, lésbicas e transexuais. Em média, uma pessoa LGBT é morta a cada 27 horas [...]. Apesar dos recentes avanços nos direitos LGBT, a prática da homofobia não é tipificada como crime no Brasil. [...] Grupos evangélicos e cristãos estão entre os principais críticos de leis que criminalizam a homofobia [...]. Outro argumento é que já existem leis que punem homicídios e agressões físicas no Brasil. Porém, esse pensamento não leva em conta as formas de violência mais sutil, como a verbal e a psicológica.

(http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/
homofobia-preconceito-violencia-e-crimes-de-odio.htm Acesso em: 29 ago. 2016, às 11h32)


TEXTO 2:

    Comportamento homossexual envolvendo fêmeas e machos foi documentado em pelo menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva. Relacionamento homossexual entre primatas não humanos está fartamente documentado na literatura científica. [...]. Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas rigorosas.

(http://drauziovarella.com.br/sexualidade/violencia-contra-homossexuais/
acesso em: 29 ago. 2016, às 11:33)

Considerando as informações acima, responda:

I. A homoafetividade é alvo de interpretações errôneas e preconcei- tuosas, haja vista que comportamentos homoafetivos são registrados não somente entre membros da espécie humana, mas de diversas outras espécies de animais, algo comprovado pela etologia – ramo da biologia que estuda o comportamento animal.
II. Ao contrário do exposto pelo texto 1, o ataque à boate Pulse não deve ser considerado como crime homofóbico, haja vista que Omar Mateen era comprovadamente membro do Estado Islâmico e o atentado, por este motivo, teve motivações exclusivamente religiosas.
III. A ausência de leis específicas que tipifiquem homofobia como crime decorre em ausência de punição aos agressores. Projetos de leis que buscam solucionar esta impunidade são barrados no senado, dentre outros motivos, pela presença de bancadas conservadoras, como a bancada religiosa que se mantém contrária a estes projetos de lei.


Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

Alternativas

ID
4107655
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Economic Recession Has Impact on
Museums And Cultural Centres
SILAS MARTÍ - 03/22/2016

     Long gone is the golden age of blockbuster exhibitions that marked the past few years of Brazil’s cultural scene. The country’s museums have maintained an ominous silence in relation to their plans for this year of recession. This is not owing to any desire for secrecy, but rather due to the dominating sense of uncertainty. For many months, the economic crisis has been quietly gnawing away at cultural institutions, resulting in devastating staff cuts in almost all of the country’s museums. However, it is only now that the effects of the downturn are rearing their ugly head in the public eye, with the start of what ought to be the exhibition season with the arrival of the São Paulo art fair in two weeks time.

(Adaptado de www1.folha.uol.com.br - acesso em 27/06/2016)

De acordo com o texto, o cenário cultural no Brasil, há alguns anos:

Alternativas

ID
4107658
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Economic Recession Has Impact on
Museums And Cultural Centres
SILAS MARTÍ - 03/22/2016

     Long gone is the golden age of blockbuster exhibitions that marked the past few years of Brazil’s cultural scene. The country’s museums have maintained an ominous silence in relation to their plans for this year of recession. This is not owing to any desire for secrecy, but rather due to the dominating sense of uncertainty. For many months, the economic crisis has been quietly gnawing away at cultural institutions, resulting in devastating staff cuts in almost all of the country’s museums. However, it is only now that the effects of the downturn are rearing their ugly head in the public eye, with the start of what ought to be the exhibition season with the arrival of the São Paulo art fair in two weeks time.

(Adaptado de www1.folha.uol.com.br - acesso em 27/06/2016)

Entre as consequências apresentadas no texto que justificam o título do artigo, podemos citar:

Alternativas

ID
4107661
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Is some Olympic commentary sexist?
By Claire Bates, 11 August 2016

    According to a recent study by Cambridge University Press. Researchers analysed millions of words relating to men and women and Olympic sports in the Cambridge English Corpus (CEC) and the Sport Corpus - massive databases that include news articles and posts on social media.
    The study revealed common word combinations for female athletes included aged, older, pregnant and married or unmarried. In contrast, top word combinations for male athletes included fastest, strong, big and great.
    It also found that the language around women in sport also focussed disproportionately on appearance, clothes and personal lives.
    It’s not just language where there is a difference in attitude - female Olympic athletes are still garnering far fewer column inches and given less TV airtime than their male counterparts. Researchers found men were mentioned twice as often in the CEC and three times more often in the Sports Corpus.
    However, some things are changing. The proportion of female athletes competing at the Olympics has increased with every games since 1964 when it was 13.2%. By 1988, 26.1% of competitors were women and in Rio 2016 it is 45%.

(Adaptado de www.bbc.com - acesso em 11/08/2016)

De acordo com as informações do texto, as bases de dados citadas, reúnem palavras retiradas de:

Alternativas

ID
4107664
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Is some Olympic commentary sexist?
By Claire Bates, 11 August 2016

    According to a recent study by Cambridge University Press. Researchers analysed millions of words relating to men and women and Olympic sports in the Cambridge English Corpus (CEC) and the Sport Corpus - massive databases that include news articles and posts on social media.
    The study revealed common word combinations for female athletes included aged, older, pregnant and married or unmarried. In contrast, top word combinations for male athletes included fastest, strong, big and great.
    It also found that the language around women in sport also focussed disproportionately on appearance, clothes and personal lives.
    It’s not just language where there is a difference in attitude - female Olympic athletes are still garnering far fewer column inches and given less TV airtime than their male counterparts. Researchers found men were mentioned twice as often in the CEC and three times more often in the Sports Corpus.
    However, some things are changing. The proportion of female athletes competing at the Olympics has increased with every games since 1964 when it was 13.2%. By 1988, 26.1% of competitors were women and in Rio 2016 it is 45%.

(Adaptado de www.bbc.com - acesso em 11/08/2016)

Segundo o estudo apresentado no texto, as referências a atletas femininas:

Alternativas

ID
4107667
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Is some Olympic commentary sexist?
By Claire Bates, 11 August 2016

    According to a recent study by Cambridge University Press. Researchers analysed millions of words relating to men and women and Olympic sports in the Cambridge English Corpus (CEC) and the Sport Corpus - massive databases that include news articles and posts on social media.
    The study revealed common word combinations for female athletes included aged, older, pregnant and married or unmarried. In contrast, top word combinations for male athletes included fastest, strong, big and great.
    It also found that the language around women in sport also focussed disproportionately on appearance, clothes and personal lives.
    It’s not just language where there is a difference in attitude - female Olympic athletes are still garnering far fewer column inches and given less TV airtime than their male counterparts. Researchers found men were mentioned twice as often in the CEC and three times more often in the Sports Corpus.
    However, some things are changing. The proportion of female athletes competing at the Olympics has increased with every games since 1964 when it was 13.2%. By 1988, 26.1% of competitors were women and in Rio 2016 it is 45%.

(Adaptado de www.bbc.com - acesso em 11/08/2016)

Sobre as publicações acerca de atletas olímpicos, o texto informa que:

Alternativas

ID
4107670
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Is some Olympic commentary sexist?
By Claire Bates, 11 August 2016

    According to a recent study by Cambridge University Press. Researchers analysed millions of words relating to men and women and Olympic sports in the Cambridge English Corpus (CEC) and the Sport Corpus - massive databases that include news articles and posts on social media.
    The study revealed common word combinations for female athletes included aged, older, pregnant and married or unmarried. In contrast, top word combinations for male athletes included fastest, strong, big and great.
    It also found that the language around women in sport also focussed disproportionately on appearance, clothes and personal lives.
    It’s not just language where there is a difference in attitude - female Olympic athletes are still garnering far fewer column inches and given less TV airtime than their male counterparts. Researchers found men were mentioned twice as often in the CEC and three times more often in the Sports Corpus.
    However, some things are changing. The proportion of female athletes competing at the Olympics has increased with every games since 1964 when it was 13.2%. By 1988, 26.1% of competitors were women and in Rio 2016 it is 45%.

(Adaptado de www.bbc.com - acesso em 11/08/2016)

Em relação aos dados apresentadas no texto, pode-se citar como positivo, o aumento:

Alternativas

ID
4107673
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o poema James I, de Rudyard Kipling, para responder à questão.


THE child of Mary Queen of Scots,

A shifty mother’s shiftless son,

Bred up among intrigues and plots,

Learned in all things, wise in none.

Ungainly, babbling, wasteful, weak,

Shrewd, clever, cowardly, pedantic,

The sight of steel would blanch his cheek.

The smell of baccy drive him frantic.

He was the author of his line –

He wrote that witches should be burnt;

He wrote that monarchs were divine,

And left a son who – proved they weren’t!


(http://www.kiplingsociety.co.uk/poems_james.htm - acesso em 11/08/2016)

Sobre os monarcas descritos no poema, pode-se afirmar que:

Alternativas

ID
4107676
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Considere o poema James I, de Rudyard Kipling, para responder à questão.


THE child of Mary Queen of Scots,

A shifty mother’s shiftless son,

Bred up among intrigues and plots,

Learned in all things, wise in none.

Ungainly, babbling, wasteful, weak,

Shrewd, clever, cowardly, pedantic,

The sight of steel would blanch his cheek.

The smell of baccy drive him frantic.

He was the author of his line –

He wrote that witches should be burnt;

He wrote that monarchs were divine,

And left a son who – proved they weren’t!


(http://www.kiplingsociety.co.uk/poems_james.htm - acesso em 11/08/2016)

Segundo o poema, o neto de Mary Queen of Scots:

Alternativas

ID
4107697
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto abaixo, que versa sobre a Grande Depressão que se seguiu à crise econômica financeira de 1929:

A Grande Depressão confirmou a crença de intelectuais, ativistas e cidadãos comuns de que havia alguma coisa fundamentalmente errada no mundo em que viviam. Quem sabia o que se podia fazer a respeito? Certamente poucos dos que ocupavam cargos de autoridade em seus países e com certeza não aqueles que tentavam traçar um curso com os instrumentos de navegação tradicionais do liberalismo [...]. Em 1933, não era fácil acreditar, por exemplo, que onde a demanda de consumo e, portanto, o consumo, caíssem em depressão, a taxa de juros cairia também o necessário para estimular o investimento, para que a demanda de investimento preenchesse o buraco deixado pela menor demanda de consumo.

(HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. SP: Companhia das Letras, 1995, p. 106-107.)


De acordo com o fragmento, entre as causas da Grande Depressão, ocorrida nos Estados Unidos, podemos identificar:

Alternativas

ID
4107700
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o excerto para responder a questão:

- Foi a quatro de agosto. Perto de Alcácer Quibir – garantia um.
- Uma batalha de três reis – asseverava outro.
Ao galope dos cavalos, de boca em boca a notícia foi se espalhando. [...] Um sentimento de comoção popular tomou conta do Reino. [...] Pior. Ninguém sabia o paradeiro do rei. Não constava que houvesse sucumbido na peleja ou sido pego como refém do Maluco. Dom Sebastião simplesmente deixara de ser visto. Sumira. [...] Evaporara sem deixar vestígio. [...] Decerto acontecera ao Messias do Reino o mesmo que a Nosso Senhor Jesus Cristo. Ocultara-se por uns tempos para, um belo dia, ressurgir das brumas do Mar Oceano e voltar a sentar-se no trono que lhe fora designado por Deus.

(RORIZ, Aydano. O Desejado – a fascinante história de Dom Sebastião. SP: Prestígio, 2002, p. 353-354.


O fragmento descreve a visão dos portugueses após o anúncio do desaparecimento de seu rei, dom Sebastião I, na batalha de Alcácer Quibir, no norte da África. Assinale a alternativa na qual estão presentes consequências deste desaparecimento para os portugueses.

Alternativas
Comentários
  • Após o sumiço de D. Sebastião, uma crise sucessória esteve a se iniciar nas terras portuguesas. Além disso, havia uma crença no retorno triunfal de Sebastião, o qual surgiria do nada para salvar a nação portuguesa de qualquer risco. Além disso, partindo da crise na linha do próximo rei, surge a figura de Filipe II, então rei da Espanha, afirmando ter uma linhagem sanguínea com o desaparecido.

    B

    EsPCEx 2022


ID
4107706
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

ABOLICIONISMO: Movimento político internacional surgido no fim do século 18 com o propósito de abolir a escravatura nas Américas. Embora liderado principalmente por intelectuais humanistas e muitas vezes obedecendo a interesses políticos e econômicos, foi resultado das reações, ativas ou passivas, das próprias vítimas, desde o início do tráfico negreiro. Em todo o processo abolicionista, é importante ressaltar a atuação de militantes negros, muitos deles escravos, libertos ou filhos de escravos.


(LOPES, Nei. Dicionário escolar Afro-Brasileiro. SP: Selo Negro, 2015, p. 14.)


Tomando por base as informações contidas no fragmento, bem como o contexto das lutas abolicionistas no Brasil, desde o início da utilização da escravidão dos africanos até a abolição no final do século XIX, julgue os itens:


I. Mesmo tendo sido utilizado, em determinados momentos, por grupos políticos e econômicos, como forma de garantir seus interes- ses, o movimento abolicionista contou com grande participação dos próprios escravos, desde as lutas e resistências iniciais até a abolição.

II. Apesar da participação de grupos de escravos, libertos e filhos de escravos nas lutas pelo fim da escravidão, seu fim foi resultado da liderança da elite intelectual e econômica, uma vez que os negros não possuíam recursos para comandar tal processo.

III.A formação de quilombos, as fugas e a preservação de práticas culturais e religiosas trazidas da África, podem ser apontadas como forma de resistência dos negros desde os primórdios da escravidão africana no Brasil.



Está (ão) correto (s):

Alternativas
Comentários
  • C. I e III apenas.

    PMPR


ID
4107709
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    Pode-se dizer que as lutas políticas iniciadas nas Regências só se esgotam em 1845, com o final da Guerra dos Farrapos, e, sobretudo em 1849, quando é sufocada a Praieira, em Pernambuco, rebelião que, apesar de ter começado durante o Segundo Reinado, fechou o ciclo de revoltas do período anterior.

(SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador. SP: Companhia das Letras, 2008, p. 118.)


Tomando por base o contexto no qual ocorreu a Revolução Praieira (1848-1849), em Pernambuco, durante o Segundo Reinado, assinale a alternativa na qual aparecem elementos que nos permitem classificá-la como “a última rebelião do Período Regencial”.

Alternativas
Comentários
  • E - " A Praieira, como grande parte das rebeliões regenciais, era republicana, além de, com sua repressão, o Brasil passar a viver um período de relativa estabilidade política, com a pacificação das relações entre liberais e conservadores "

    " A Praieira, como grande parte das rebeliões regenciais, era republicana, além de, com sua repressão, "

    COMO TODA REBELIÃO DO PERÍODO REGENCIAL OU IMPERIAL , ONDE TODAS TINHAM AO MENOS O INTÚINTO REPUBLICANO

    " O Brasil passar a viver um período de relativa estabilidade política, com a pacificação das relações entre liberais e conservadores "

    EXATO , ELA JÁ ESTAVA NOS MEADOS EM UMA ÉPOCA DO GOVERNO DE D PEDRO II , QUE É O PERÍODO DA CONSCILIAÇÃO ( 1850 - 1870 ) ONDE TEVE A CRIAÇÃO DO PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS , QUE JUSTAMENTE FOI CRIADO EM 1847 O ANO QUE TEVE O ÍNICIO DA REVOLUÇÃO PRAIEIRA !


ID
4107712
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O fragmento abaixo trata da política brasileira durante os últimos anos do governo militar, iniciado em 1964, no início da década de 1980. Leia-o para responder à questão.

A oposição recebera 25,3 milhões de votos em disputas pelos governos estaduais [nas eleições diretas de 1982], contra 17,9 milhões dados ao PDS. [Apesar da vitória da oposição] o partido do governo preservou a maioria no Colégio Eleitoral que escolheria o sucessor [do presidente João Batista Figueiredo]. [Além disto, o Governo] manteve-se próximo da maioria do Congresso [...], assegurando também o controle do Senado. [Mas] pela primeira vez em dezoito anos, governadores de partidos da oposição assumiriam, em março de 1983, a administração de dez Estados. Entre eles, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. Das três novidades, essa era a única que mexia com o poder.

(GASPARI, Elio. A ditadura acabada. RJ: Intrínseca, 2016, p. 229.)


Analisando o excerto, bem como o período de crise dos governos militares e as transformações decorrentes desta crise, julgue as afirmativas:

I. Se, por um lado, as eleições diretas para governadores dos Estados demonstravam a disposição dos militares em pôr fim ao seu governo, o controle político sobre o Congresso e o Colégio Eleitoral, dava, por outro, a sensação dos desejos continuístas das Forças Armadas.
II. As pressões políticas das oposições e dos movimentos sociais levaram, já a partir do final da década de 1970, à necessidade de mudanças nas práticas políticas ditatoriais dos militares, ainda que algumas destas alterações fossem só aparentes, como por exemplo a convocação de eleições diretas para governadores de Estados.
III.O resultado das eleições diretas de 1982, com a vitória da oposição, tanto em números quanto em Estados considerados de maior expressão, demonstrou o esgotamento do modelo político adotado pelos militares a partir do golpe de Estado de 1964.


Está (ão) correta (s):

Alternativas

ID
4107715
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia o excerto abaixo:


Medalhista de Kosovo traz à tona lado político dos Jogos


    “A judoca Majlinda Kelmendi, do Kosovo, chorou após o ouro neste domingo (7). O triunfo garantiu a primeira medalha do país, que só teve seu comitê olímpico nacional reconhecido pelo COI em 2014. 

    O caso é um exemplo de que, mais do que uma disputa entre atletas, os Jogos Olímpicos costumam refletir as tensões geopolíticas do mundo”. 


(http://www1.folha.uol.com.br/esporte/olimpiada-no-rio/2016/08/1800102-

medalhista-de-kosovo-traza-tona-lado-politico-dos-jogos-confira-outros-casos.shtml)


Com base no texto acima, assinale a afirmativa correta:

Alternativas

ID
4107718
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

De acordo com relatório apresentado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), 65,3 milhões de pessoas abandonaram suas casas ao redor do mundo em 2015. Esse número é superior ao registrado em 2014 (59,5 milhões de refugiados mundo afora). Sobre a questão dos refugiados hoje, leia os itens a seguir:

I. Somalis, afegãos e sírios representam mais da metade dos refugiados em todo o mundo.
II. A Turquia, com 2,5 milhões de refugiados – em sua maioria sírios que fogem do sexto ano de guerra em seu país –, é o anfitrião que abriga mais refugiados, seguida pelo Paquistão, Líbano, Irã, Etiópia e Jordânia.
III.Metade dos refugiados no mundo é composta por crianças e adolescentes.


Estão corretos os itens:

Alternativas

ID
4107724
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir:

[...] O conhecimento... tornou-se a forma mais cruel de o mercado global impor regras às nações que ainda não alcançaram estágio superior de desenvolvimento.

A ação da OMC tem-se pautado em um complexo jogo de interesses, momento em que se verifica, por um lado, a ação dos países desenvolvidos que defendem a ampliação de mercados, mas mantêm reservas em seus mercados internos e, de outro, os países dependentes dessa tecnologia. Esse fórum internacional tem se consubstanciado por intensos conflitos cada vez mais recorrentes e que estão conferindo uma nova conformidade às regras do comércio internacional.

(Naves, J. C. “A estratégia indiana de proteção patentária de produtos farmacêuticos como forma de incentivar o desenvolvimento de sua indústria local”. DOI: 10.5102/prismas.v8i1.1136, disponível em: http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/prisma/article/viewFile/1136/1130)


Com base no texto, bem como em seus conhecimentos sobre o comércio internacional, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
4107733
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

O picles de pepino é um dos mais famosos alimentos em conserva. Além de atrair muitas pessoas por seu sabor característico, tem como vantagem uma maior durabilidade, já que uma conserva adequada previne o crescimento de micro-organismos. Segundo uma circular técnica da Embrapa do ano de 2009, para a fabricação de 1 L de conserva do pepino deve ser feita a mistura de 0,5 L de água, 0,5 L de vinagre branco e 14 g de sal de cozinha. Seguindo essa receita, um desastrado cozinheiro misturou as quantidades recomendadas de água e vinagre, mas acabou deixando cair 100 g de sal na mistura, ao invés dos 14 g necessários. Para conseguir uma conserva com as concentrações adequadas de todos os seus componentes, o cozinheiro poderia acrescentar à mistura já preparada:

Alternativas

ID
4107745
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

A energia gerada por usinas termelétricas tem sido utilizada como alternativa em momentos de falta de chuvas. No processo de geração desta energia há consumo de combustíveis fósseis como diesel, gás natural e gasolina, além de ser necessário grandes volumes de água para a geração do vapor e para o resfriamento do sistema de turbinas. Esse tipo de usina, quando não implantada adequadamente, pode causar, dentre outras formas, a poluição:

Alternativas

ID
4107748
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Os monossacarídeos, como a glicose, a frutose e a galactose são fontes primárias de energia para as células. Após serem absorvidos por elas, são quebrados diretamente no hialoplasma celular, liberando piruvato, o combustível das mitocôndrias. Além disso, há armazenamento de energia no organismo, sob a forma de gordura. Nos mamíferos, além de reservar energia, os lipídeos – como as gorduras – podem:

Alternativas
Comentários
  • letra C

    a- anticorpos são proteínas

    d- tiroxina é hormônio da tireóide, logo tem relação maior com os sais minerais como o iodo

  • alguém poderia explicar pq a B esta incorreta?


ID
4107757
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Leia o trecho a seguir: “Um estudo divulgado na revista científica Lancet identificou, em pacientes e animais na China, bactérias que resistem à colistina [...], antibiótico geralmente usado como último recurso no caso de ineficácia de medicamentos.”

(Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/cientistas-descobrem-mutacao-que-torna-bacterias-imbativeis-por-antibioticos.html acesso em: 20 ago 2016, às 17h58.)


Com isso, autoridades de saúde pública chegam a dizer que estamos “no fim da linha” na era dos antibióticos. A ocorrência dessas bactérias pode ser explicada pela

Alternativas

ID
4107760
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

A próxima Copa do Mundo acontecerá na Rússia, em 2018. Um professor de física, ansioso por assistir aos jogos e conhecer o país, resolveu estimar a distância percorrida de avião até lá, porque não há voos diretos do Brasil para qualquer cidade russa. Pesquisando preços, achou uma opção de ida pela Itália. O primeiro voo parte de São Paulo às 15h15 (horário local) e aterrissa em Roma às 07h15 (horário local); já o segundo, parte de Roma às 10h25 e chega a Moscou às 16h10 (horário local). As velocidades médias dos aviões, nas viagens, foram, respectivamente, 900 km/h e 800 km/h. A partir destas informações, calcule a distância estimada pelo professor.
Dados de fuso horário: Roma, em relação a São Paulo: +5h
                                         Moscou, em relação a Roma: +2h 

Alternativas

ID
4107763
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

O jogo de realidade aumentada, denominado Pokémon Go, está fazendo grande sucesso atualmente. Um jovem jogador saiu de casa, em busca dos pokémons, às 20h30 e retornou às 23h, após fazer o seguinte trajeto: andou 300m pela rua até chegar numa praça quadrada de 100m de lado, em que deu três voltas completas, seguindo exatamente suas laterais; em seguida, caminhou 500m por uma avenida, 200m sobre uma passarela e mais 300m, já de volta ao seu ponto de partida. Aponte a razão entre a distância total percorrida e o intervalo de tempo gasto pelo jovem.

Alternativas

ID
4107766
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Usain Bolt conquistou, durante as Olímpiadas do Rio, o inédito tricampeonato olímpico dos 100m rasos, completando a prova em 9,81s. Apesar de ser um tempo muito baixo, é superior ao seu próprio recorde, de 9,58s para a mesma prova. Determine percentualmente, em relação ao recorde mundial, o quanto sua velocidade média foi menor nessa prova, na olimpíada.

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ID
4107769
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Um jogador de futebol, durante os jogos olímpicos do Rio, errou um pênalti decisivo. Ele realizou a cobrança de modo que a bola tivesse alcance máximo, com v0 = 20m/s, fazendo com que ela atingisse sua altura máxima exatamente sobre a trave superior do gol. Sabendo que a altura da trave oficial é de 2,44m e desprezando a resistência do ar, a que altura a bola passou acima do gol? Adote g = 10m/s² .

Alternativas

ID
4107772
Banca
Esamc
Órgão
Esamc
Ano
2016
Provas
Disciplina
Física
Assuntos

Um automóvel médio é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9s. Assinale a distância que ele percorrerá, durante a frenagem, caso precise parar ao atingir a velocidade de 100 km/h, com o mesmo módulo de aceleração.

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