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Prova IDIB - 2021 - CREMERJ - Assistente Jurídico


ID
5289679
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

A respeito do trecho “E eu quero chegar à maior promessa de todas...”, a crase empregada poderá ser mantida caso o verbo em destaque seja substituído por

Alternativas
Comentários
  • O verbo "obedecer" rege a preposição "a". Portanto, a alternativa "obedecer à maior..." está de acordo com a lição. O acento grave sobre o "a" assinala que existe crase na construção. Vejamos: eu quero obedecer a + a maior promessa.

    Outros exemplos: obedecer às leis. Obedecer à banca examinadora.

  • Quem obedece, obedece "a" alguém.

  • Regência:

    A) Ensinar - transitividade: intransitivo e transitivo. E eu quero ensinar(verbo transitivo direto) a maior promessa de todas(objeto direto)...

    B) Informar - transitividade: transitivo direto, transitivo direto e indireto, intransitivo e pronominal. E eu quero informar(verbo transitivo direto) a maior promessa de todas(objeto direto)...

    C) Obedecer - transitividade: transitivo indireto. E eu quero obedecer(verbo transitivo indireto) à maior promessa de todas(objeto indireto)... "obedecer a" preposição + artigo "a maior...".

    D) Planejar - transitividade: transitivo. E eu quero planejar(verbo transitivo direto) a maior promessa de todas(objeto direto)...

    Gab. C

  • Alguém sabe explicar o motivo de não ser "ensinar"? Quem ensina não ensina a alguém...??? Fui só eu que não entendi? KKK

  • No caso do verbo "ensinar" é VTDI, ou seja, quem ensina, ensina algo a alguém.

    @Cristiane Aparecida Paes

  • @Thomas Xavier Ferreira então essa questão tem dois gabaritos ?
  • "E eu quero chegar à maior promessa de todas.."

    Eu substituí o termo "maior promessa de todas" por "Algo" ou "Alguma coisa" para facilitar:

    a) E eu quero ensinar Algo / Alguma coisa

    b) E eu quero informar Algo / Alguma coisa

    c) E eu quero obedecer a Algo / a Alguma coisa (Alt Correta)

    d) E eu quero planejar Algo / Alguma coisa

    Exemplos do colega Moysés: obedecer às leis. Obedecer à banca examinadora.

  • Pra quem está com dúvida por que não é ENSINAR a resposta, perceba: o verbo ensinar vai possuir duas regências ( VTD e VTDI), nessa questão, tem-se que notar qual se aplica melhor. Ao observamos a frase "...ensinar A maior promessa de todas:..." é nítido que na questão acima usa-se o verbo ensinar na forma de VTD.

  • Crase diante de palavra masculina nunca nem vi...

  • C

    obedecer

  • obedecer o verbo tá no infinitivo, não deveria ter crase, confuso essa questão

  • 3 "ar" e 1 "er". Para bom entendedor...


ID
5289682
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

No trecho “Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz...”, a ocorrência da crase dar-se-ia caso

Alternativas
Comentários
  • Isso se deve, em grande parte, à ação corajosa de Scruton ter sido capaz...”

    Algo é devido "ao" ou "a"... preposição "a" exigida pelo termo "deve" e artigo definido feminino no singular usado antes de "ação corajosa".

    Gab. D

  • "AÇÃO CORAJOSA' - BASTA SUBSTITUIR POR OUTRO SUBSTANTIVO MASCULINO. SE HOUVER A COMBINAÇÃO DA PREPOSIÇÃO "A", COM O ARTIGO "O", HAVERÁ CRASE!!!

    A AÇÃO CORAJOSA - AO FATO CORAJOSO.

  • Qual é o erro da alternava "B"?

    Ajudem-me por favor.

  • Gab "D"

    Porém, na Letra B poderia ser possível a crase.

    Vejamos:

    TRECHO ORIGINAL: “Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz...”

    LETRA B: “Isso se deve, em grande parte, ÀS ASSISTÊNCIAS de Scruton ter sido capaz...”

    Agora, a questão deveria deixar claro sobre a pluralidade ou a singularidade da mudança.

    Audaces Fortuna Juvat

  • CUIDADO

    A questão possui duplo gabarito

    O enunciado é vago, nada citando sobre manutenção da correção e coerência ou mesmo sobre possíveis, e necessárias, adaptações na construção. Diante da pobreza do enunciado, cabe ao candidato apenas avaliar se as substituições propostas, de algum modo, dariam ensejo à utilização da crase.

    Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz...”

    A) “ao” fosse substituído por “a”.

    incorreta. O termo "ao" é a aglutinação do pronome "a" com o artigo definido "o", que acompanha o substantivo "fato". A troca proposta pela banca é apenas a supressão do artigo e manutenção da preposição, não havendo que se falar em marcação de crase.

    B) “fato” fosse substituído por “assistências”.

    Correta. Como apontado no início da presente análise, o silêncio da banca permite supor a adequação da construção, de forma a acomodar a substituição requerida.

    Isso se deve, em grande parte, às assistências corajosas de Scruton terem sido capazes...”

    Feitas as devidas alterações para que se mantenha a concordância, e supondo que o artigo existente junto do termo original permaneça, ainda que devidamente adaptado, na substituição, estão presentes as condições para a marcação do fenômeno crásico.

    C) “corajoso” fosse substituído por “primordial”.

    Incorreta. O termo a ser substituído é simples adjunto adnominal do substantivo ao qual se refere. Sua substituição em nada altera a regência dos termos anteriores.

    D) “fato corajoso” fosse substituído por “ação corajosa”.

    Correta. Novamente com base no silêncio do enunciado, supondo-se que o artigo que antecede o termo original seja mantido e devidamente alterado para que se mantenha a concordância, estão presentes as condições para a ocorrência da crase.

    Isso se deve, em grande parte, à ação corajosa de Scruton ter sido capaz...”

    Gabarito da banca na alternativa D

    Gabaritos corretos nas alternativas B e D

  • Pessoal, eu também marquei B, mas se mudássemos para "Às assistências", depois de "Scruton", também deveria de ser substituído "ter sido" por "terem sido" no plural.

  • se fosse a B correta, deveria mudar mais palavras do trecho para ter uma concordância. então o gabarito é D
  • Acredito que não seja Letra B,mesmo parecendo um pouco,pois substituindo a palavra "fato" por "assistências" ficaria: “Isso se deve, em grande parte,a assistências corajosas de Scruton ter sido capaz...”,ou seja, não coloca-se crase quando a devido a palavra está no plural e a preposição "a" não.

  • É POSSIVEL ÀS ASSISTÊNCIAS.

  • Galera, alternativa D) correta.

    Por que não a B)? "Assistências está no plural, logo, teria que ser "aos FATOS".

    Mas por está no singular, o correto é "ação corajosa"

  • D

    “fato corajoso” fosse substituído por “ação corajosa”.

  • Pessoal falando que a B também é correta, entretanto a crase no singular não deve ser empregada junto a palavras no plural. O fenômeno da crase existe quando há uma fusão (ou contração) entre a preposição "a" e o artigo definido feminino "a". Logo, se a palavra seguinte à preposição "a" for feminina, mas plural, o acento grave indicativo da crase é dispensado. No caso com a substituição sugerida pela alternativa B, teríamos: "Isso se deve, em grande parte, ÀS ASSISTÊNCIAS de Scruton ter sido capaz...” Veja que o período "ter sido capaz" está no singular e a questão estaria errada, pois teria de mudar todo o período para encaixar corretamente e fugiria a ideia do comando da questão. A única correta e coerente seria a alternativa D, pois na troca, não feriria o período e se enquadraria perfeitamente no que pede a questão.

  • FRASE: Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz...”

    É só fazer as substituições de acordo com cada alternativa.

    a) ao” fosse substituído por “a”. - Isso se deve, em grande parte, a fato corajoso ... (crase proibida antes de palavra Masc.

    b) “fato” fosse substituído por “assistências”. - Isso se deve, em grande parte, ao assistências corajoso ...

    c) “corajoso” fosse substituído por “primordial”. - Isso se deve, em grande parte, ao fato primordial ...

    d) “fato corajoso” fosse substituído por “ação corajosa”. Isso se deve, em grande parte, à ação corajosa ...

    Gabarito: D.


ID
5289685
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

De acordo com o autor do TEXTO I,

Alternativas
Comentários
  • A doença e a morte nos fazem perseguir nossos projetos, nossos sonhos, pois tememos não termos uma outra oportunidade.

    Gab: A

  • Trecho em que se encontra a resposta

    Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo.

    Gabarito: "A"

  • Essa é o tipo de questão que não vale a pena perder tempo na hora da prova.

  • Texto maravilhoso, um presente para quem está fazendo a prova

  • Quando a IDIB não quer fazer politicagem eles enviam textos bons.


ID
5289688
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

O uso do travessão na passagem “Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar” é justificado, pois

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

  • A banca não colocar a referência da linha onde se encontra o período, em um texto grande, faz com que nós perdemos muito tempo na hora da prova.

  • 5º §

    "Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante."

    Gab.: D

  • Minha maior implicância com essa questão é o fato deles estarem usando meia-risca () no lugar do travessão ().


ID
5289691
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

Assinale a alternativa em que o termo destacado não funciona como adjetivo. 

Alternativas
Comentários
  • B)“Mas eu falo da história, não de afetos”.

    → O termo em destaque é objeto indireto resultado da regência do verbo falar, logo não temos valor de adjetivo.

    Obs; os termos em destaque das demais alternativas são adjuntos adnominais. O adjunto adnominal possui natureza adjetiva que determina o substantivo a que se refere.

    GABARITO. B

  • Alguém me explica a letra A: destino da humanidade como adjunto adnominal?

    Para mim tá parecendo complemento nominal!

  • B) “Mas eu falo da história, não de afetos”. O termo em destaque exerce função de complemento verbal - objeto direto preposicionado. Outros exemplos: Bebeu d água; comeu do bolo.

    Nos itens A, C e D, os termos em destaque têm função adjetiva, adjunto adnominal, percebemos principalmente pelo fato de terem um leve sentido de posse - uma das características dos adjuntos adnominais.

    Gab. B

  • Adjetivo acompanha substantivo.

    Gabarito B

  • São considerados determinantes do Substantivos : Adjetivo, Pronome, Artigo e Numeral.

    Já os Adverbio os seus determinantes são: Adjetivo, Adverbio e Verbo.

    “... o destino da humanidade não está em morrer aos cem”.

    destino é substantivo, logo, da humanidade será ADJETIVO

    “Mas eu falo da história, não de afetos”.

    falo é verbo, logo da história um ADVERBIO

    “Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante...”

    história é substantivo, portanto da cultura ocidental será Adjetivo

    “Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo...”

    progressos é substantivo, logo da medicina será Adjetivo.

  • adjetivo modifica substantivo.

    adjetivo modifica substantivo.

    adjetivo modifica substantivo

  • Mas eu falo da história, não de afetos”.

    QUEM FALA, FALA DE ALGUÉM OU DE ALGUMA COISA! FALA DA HISTÓRIA, LOGO TEMOS UM SUJEITO.

  • Gabarito: Letra B

    SUBSTANTIVO É ACOMPANHADO POR "ANA P"!

    A = artigo

    N = numeral

    A = adjetivo

    P = pronome

    No caso da alternativa B, a locução "da história" acompanha a partícula falo (verbo), tratando-se portanto de uma LOCUÇÃO ADVERBIAL.

    ADVÉRBIO ACOMPANHA ADJETIVO, VERBO OU ADVÉRBIO.

    Vamos pensar no advérbio como um inimigo do substantivo, rsrs.

  • Os adjetivos podem indicar estado, qualidade, características ou relação. Quando há adjetivo de relação, significa que derivou de um outro substantivo e que não possui graus do adjetivo (superlativo/diminutivo) em A, C e D isso acontece. Veja:

    *da humanidade --> deriva de humano

    *cultura ocidental --> cultura do ocidente

    *medicicna --> médico

    A única alternativa que não se encaixa mesmo é letra B, pois está fazendo menção a um verbo.


ID
5289694
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

Observe o seguinte trecho: “...por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar?”

Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado possui a mesma classificação morfológica da palavra destacada no trecho acima.

Alternativas
Comentários
  • O que pode atuar como:

    1- Pronome Relativo (retomando termo anterior, pode ser substituído por: o qual, a qual)

    2- Conjunção integrante (pode ser substituído por isso)

    3- Conjunção Comparativa (precedido de mais ou menos)

    4- Conjunção Consecutiva (precedido de tão, tal, tanto)

    5- Conjunção Adverbial (Que beleza!)

    6- Partícula Expletiva (pode ser retirado da frase sem alteração no seu sentido ou na correção gramatical)

    Na frase apresentada pela questão: "por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar"

    Temos o que com a função de pronome relativo, retomando um termo mencionado anteriormente:

    Devemos erradicar a doença e a morte.

    A) “...e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano”.

    Nessa frase o que também é pronome relativo (a proteína regula o envelhecimento humano

    Portanto, o gabarito é letra A

    B) “Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida...”

    Nessa frase temos o que com a função de conjunção integrante (dá para acreditar nisso)

    C) “É provável que esse mundo seja possível no futuro...”.

    Nessa frase o que exerce função de conjunção integrante (é provável isso)

    D) “Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade...”

    Nessa frase o que é conjunção integrante (se me dissessem isso)

    Espero que tenha ajudado! Havendo eventuais erros, peço por gentileza, que me encaminhem uma mensagem!

    Bons estudos a todos nós!

  • GAB A

  • Gabarito A

    → O "QUE" para ser:

    Conjunção Integrante = pode ser trocado por "isso";

    Pronome Relativo = pode ser trocado por "o(s), a(s), qual(is)";

    Preposição = pode ser trocado por "de" ou é quando: verbo "ter" + "que" + infinitivo (R).

  • RUMO À PP-MG

  • Trata-se de um pronome relativo.

    Só temos pronome relativo na letra A.

    Nas demais alternativas, temos conjunção integrante.


ID
5289697
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

“Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça”.

Transpondo-se o trecho acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    Voz passiva analítica (ser + particípio)

  • “Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça”.

    O verbo em questão está no presente, assim sendo, a passiva respeita o tempo da ativa.

    "revoluções para a minha pobre carcaça são prometidas..." Voz Passiva Analítica (Ser + Particípio). Respeitando o tempo do verbo.

    Gab. B

  • GABARITO - B

    Voz passiva analítica - Verbo auxiliar " ser" + Principal no particípio

    Voz passiva sintética - VTD OU VTDI + SE

    _____________________________________________

    NA PASSIVA ANALÍTICA :

    O objeto direto vira sujeito paciente;

    Inclui-se o verbo auxiliar " ser" + principal no particípio ( No mesmo tempo )

    O sujeito da ativa vira agente da passiva.

    ex: Jajá chutou a bola

    a bola foi chutada por Jajá.

    ______________________________________

    Revoluções são prometidas

    Bons estudos!

  • Lembrando que se na voz ativa tiver 1 verbo, na passiva serão 2. Se na ativa tiver 2, na passiva serão 3 e assim sucessivamente.

  • analisem sempre o tempo verbal e mata a questão, única que está no presente é a letra B


ID
5289700
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

Leia os seguintes trechos:


I. “Segundo sei, será publicado no Brasil em breve”.

II. “...porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico...”

III. “...podemos ainda viver eternamente”.


As expressões destacadas trazem ao contexto, correta e respectivamente, as ideias de

Alternativas
Comentários
  • GAB.: C

    I. “Segundo sei, será publicado no Brasil em breve”.

    IDEIA DE TEMPO.

    II. “...porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico...”

    IDEIA DE INTENSIDADE, ADVÉRBIO DE INTENSIDADE.

    III. “...podemos ainda viver eternamente”.

    IDEIA DE TEMPO.

  • I. “Segundo sei, será publicado no Brasil em breve”. TEMPO (Outros exemplos: “antes”, “depois”, “hoje”, “ontem”, “amanhã”, “sempre”, “nunca”, “cedo” e “tarde”.)

    II. “...porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico...”. INTENSIDADE (intensifica o adjetivo "brilhante"; Outros exemplos: em excesso, de todo, de muito, por completo, por demais).

    III. “...podemos ainda viver eternamente”. TEMPO (Significa: "De maneira eterna"; "para sempre"; "cuja duração é infinita")

    Gab. C

    1. Essa é pra não zerar kkk
  • I. “Segundo sei, será publicado no Brasil em breve”. (pode ser substituído por amanhã, breve, agora, nunca mais) Adverbio de tempo

    II. “...porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico...” (pode ser substituído por menos, muito) Advérbio de intensidade

    III. “...podemos ainda viver eternamente”. (pode ser substituído por , agora) Advérbio de tempo

  • As questões dessa banca não tem um gabarito dos professores. qconcurso deixa a desejar.


ID
5289703
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

Leia as assertivas a seguir:


I. “...já haveria lápide e caixão”. Nessa oração, o termo em destaque é acentuado por seguir a regra das proparoxítonas.

II. Nos trechos “é possível que a viagem seja alargada mais um pouco” e “Mas eis o negócio...”, os vocábulos destacados são acentuados por seguir a mesma regra.

III. Emserá um filme diferente”, o termo em destaque é acentuado por se tratar de uma palavra oxítona terminada em “a”.


É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • l -Todas as proparoxítonas são acentuadas. "Lápide" Correta .

    ll- Possível = paroxítona terminada em L

    ll- Negócio = paroxítona terminada em ditongo.

    Obs: no item ll temos duas regras diferentes de paroxítonas. ERRADA

    lll- Será = é acentuado por se tratar de uma palavra oxítona terminada em “a”. Correta

    Gab = B

  • Base XI

    Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas 

    1º)Levam acento agudo: 

    b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náuseaetéreo, níveoenciclopédia, glóriabarbárie, sérielírio, préliomágoa, nódoaexígua, línguaexíguo, vácuo

    Portanto, segundo o texto da lei do Acordo Ortográfico em vigência desde 2009, o que se afirma em II está incorreto.

    possível - paroxítona terminada em L;

    negócio - considerada pela lei "proparoxítona aparente".

  • I Lápide = Proparoxítona (todas as proparoxítonas são acentuadas). Certo

    II possível = Acentuam-se paroxítonas terminadas em L; negócio = Acentuam-se paroxítonas terminadas em ditongo oral. Errado

    III será = Acentuam-se oxítonas terminadas em A, E ou O (seguidas ou não de "S"). Certo

    Gab. B

  • caramba, sabia que era regras diferentes, mas achei que a questão queria apenas saber se as duas eram paroxítonas, oh ódio!!!

  • I-lápide todas proparoxítonas são acentuadas .✅

    ll-possível paroxítona terminada em "L" acentua. Negócio paroxítona terminada em ditongo obs: São regras diferentes

    II- Será oxítona terminada em "a"acentua✅obs: paroxítonas e oxítonas não acentua pela mesma forma.

    Gab B

  • Pelo que se sabe, tem as seguintes regras: monossílabos; oxítonas; paroxítonas; proparoxítonas; ditongos e hiatos. Logo NEGÓCIO e POSSÍVEL são acentuados pela mesma regra sim(paroxítona), mas por motivo ou razão diferentes.

    Já fiz outras questões neste site que separam a regra do motivo.

    Aqui uma questão do "AOCP" que valida o que digitei: Q1754254

    https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/8d7c8524-cd

  • você sabe da regra, mas não sabe a cabeça do examinador!? como acertar uma questão dessas? ora cobra a regra geral das paroxítonas, ora cobra de forma mais minuciosa. complicado
  • Achei que" possível " seria um ditongo fechado também, pois o "l! tem o som do "u" , bem como "negócio" que é um ditongo fechado, pois o "o" também tem o som de "u" e também ele é proparoxítona aparente. Alguém me corrija por favor!

  • A questão exige conhecimento em regra de acentuação e quer saber quais assertivas abaixo fazem afirmações corretas sobre o assunto. Vejamos:

    I. Correta.

    pide⇢ acentuada por ter a antepenúltima sílaba mais forte, ou seja, entra na regra das proparoxítonas, pois todas são acentuadas.

    II. Incorreta.

    Posvel⇢ acentuada por ter a penúltima sílaba mais forte e terminar em "L", ou seja, entra na regra da paroxítona terminada "L". 

    Necio⇢ acentuada por ter a penúltima sílaba mais forte e terminar em "ditongo crescente", ou seja, entra na regra da paroxítona terminada em ditongo.

    Obs: Para algumas bancas, só o fato de ambas serem paroxítonas já bastaria, mas esta banca foi mais detalhista e quis também a diferenciação dentro da regra da paroxítona.

    III. Correta.

    Se⇢ acentuada por ter a última sílaba mais forte e terminar em "A", ou seja, entra na regra da oxítona terminada em "A".

    Portanto, somente as assertivas I e III estão corretas.

    Gabarito do monitor: B

  • Essa é pra errar com gosto, a maioria das bancas irá considerar a regra das paroxítonas como uma única regra.


ID
5289706
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

A vírgula no trecho “Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça” é empregada para isolar

Alternativas
Comentários
  • Acreditava que fosse um elemento pra retificação, corrigir o que já foi dito.

  • Gabarito: D.

    A questão trata sobre regras do uso da vírgula, especificamente esta aqui:

    • Usa-se vírgula para Isolar expressões explicativas, corretivas ou continuativas representadas por: isto é, por exemplo, ou seja, aliás, entre outras.

    Quanto às demais:

    • A e B estão erradas, pois não são orações, não há verbo.
    • C está errada pois o termo não transmite circunstância para classificá-lo como adjunto adverbial (advérbio).
  • Um dos casos de vírgulas :

    Separar expressões explicativas, retificativas, exemplificativas:

    isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com efeito, data vênia, digo.

    – O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil compreensão.

    Ele disse tudo , ou melhor, quase tudo.

    OBS: Também não concordo com o gabarito oficial

  • Gabarito oficial dado pela banca ficou como letra C, um absurdo!

  • Como pode a banca ter mudado o GABARITO para a letra C , algum professor para explicar ?

  • Também não concordo com a alteração de gabarito. Fui muito prejudicado por isso, pois prestei o concurso do CREMERJ e devido à alteração da banca perdi 3 pontos. Recorri da mudança, mas não acredito que haverá mudança.

  • ORAÇÃO TEM Q TER VERBO.

    Um dos casos de vírgulas :

    Separar expressões explicativas, retificativas, exemplificativas:

    isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com efeito, data vênia, digo.

    – O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil compreensão.

    Ele disse tudo , ou melhor, quase tudo.

  • Em 10/08/21 às 16:40, você respondeu a opção D.

    Você errou!

    Em 28/07/21 às 14:17, você respondeu a opção D.

    Você errou!

    é daqui pra pior, meu irmão...

  • 4 olhos e não vi esse adjunto adverbial! ¬¬'

  •  A palavra aliás é um advérbio e sugere uma retificação, uma correção do que foi dito. Tem significado de: ou melhor, ou antes, além disso, por sinal

    Isto é; ou melhor; ou; antes:

    tenho três filhos casados, aliás quatro.

    gabarito letra C

  • "Aliás" é um advérbio e não se refere à explicação.


ID
5289712
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


O vocábulo em destaque na frase “aqueles ares aparvalhados” tem o sentido de

Alternativas
Comentários
  • é o tipo de questão aparvalhada.

  • Aparvalhados: particularidade do indivíduo parvo; tolo.

    Gabarito: D

    @thaisevangell

  • fiquei aparvalhada c essa questão ;|

  • Desconhecia a palavra. Contudo, através de uma breve lida no texto, dá pra entender perfeitamente o significado.

  • Essa foi no chutometro!

    Gab d

  • liguei o tolo ao idiotas, deu certinho a a letra D, quando não souber o significado da palavra, vá pelo contexto.


ID
5289715
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


Em “No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas...”, o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por

Alternativas
Comentários
  • Em “No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas...”, o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por

    d) todavia.

    GAB. LETRA "D".

    ----

    1) Adversativasligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

    2) Concessivasintroduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.

    3) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

    4) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

  • todavia

    conjunção coordenativa adversativa

    mas, contudo, porém, no entanto, entretanto.

    Gab. D

  • Conjunções coordenativas adversativas

    Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc.

    Gab: D

  • Só pra reforçar:

    CONQUANTO - embora, se bem que, não obstante

    POR CONSEGUINTE - isso posto, consequentemente

    PORQUANTO - por que, visto que, já que

    TODAVIA - mas, porém


ID
5289718
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


No trecho “Não havia nada disso...”, o termo em destaque refere-se

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    a tolices ditas aqui e ali.

     De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

      Não havia nada disso; 

  • tolices ditas aqui e ali.  

      Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas.

  • Gabarito "C".

    "Disso" é uma contração anafórica. Ou seja, refere-se a algo anteriormente citado.

    No texto, havia falado em "...tolices ditas aqui e ali" no parágrafo anterior.

  • Assertiva C

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    a tolices ditas aqui e ali.

  • custava dizer no enunciado qual era a linha no texto hehehe

  • Gab. C

    Tirando a parte de ter que ler todo o texto. heheh

    Vamos lá.

    5º parag.

     De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Disso - Indica informação já dita anteriormente.


ID
5289721
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


A forma verbal em destaque no trecho “Há quanto tempo estava ele ali?” exprime uma ação

Alternativas
Comentários
  • A forma verbal em destaque no trecho “Há quanto tempo estava ele ali?” exprime uma ação

    a) passada habitual.

    c) que se produziu no passado. (mas que não foi completamente terminado.)

    GAB. LETRA "A".

    ----

     Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto.

    pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado. Expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no tempo.

  • A - PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO;

    B - PRESENTE DO SUBJUNTIVO;

    C - PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO;

    D - PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO.

  • GABARITO -A

    AVA / INHA / IA - Pretérito imperfeito

    Ação repetitiva no passado

    ex: Todos os dias jogava futebol.

    Pretérito perfeito - Ação concluída no passado.

    Pretérito mais- que - perfeito - Ação anterior a outra no passado.

  • Pretérito:

    PERFEITO (AÇÃO TOTALMENTE CONCLUIDA) - FEZ

    IMPERFEITO ( AÇÃO INCONCLUIDA) - ESTAVA, FAZIA, TINHA, ERA

    MAIS-QUE-PERFEITO (AÇÃO NO PASSADO ANTES DE OUTRA AÇÃO PASSADA)

    SIMPLES: SAIRA, FALARA,

    COMPOSTA: TINHA SAÍDO, HAVIA SAÍDO

  • Não tinha visto esse termo "passada habitual". Bom saber.

  • Nunca nem vi!

  • Pretérito imperfeito do indicativo:

    1)Indica um fato no passado mas não concluído

    2)Simultaneidade

    3)Indica um fato habitual

    4)Descrições ou ideias temporais passadas

    5)Fato passado de maneira vaga

  • essa questão me deixou realmente Passada habitual. Ta passada?

  • Esta questão requer o conhecimento sobre o valor semântico dos tempos e modos verbais.

    A forma verbal em destaque no trecho “Há quanto tempo estava ele ali?" está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo, cuja desinência modo-temporal é -va (para verbos de 1ª conjugação).

    Alternativa (A) correta - O pretérito imperfeito do indicativo indica um fato ou uma ação passada habitual, ou seja, uma ação contínua, repetitiva.


    Alternativa (B) incorreta - Os tempos do modo subjuntivo e o futuro do pretérito do indicativo que indicam um fato incerto.


    Alternativa (C) incorreta - Ação que se produziu no passado é pretérito perfeito do indicativo.


    Alternativa (D) incorreta - Ação ocorrida antes de outra ação passada é o pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

    Gabarito da Professora: Letra A.
  • Verbo que exprime continuidade SER, ESTAR, CONTINUAR, PERMANECER...


ID
5289724
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


Na oração “Não havia nada disso...” o verbo em destaque é classificado como impessoal. Assinale a alternativa em que o verbo haver não é classificado como impessoal.

Alternativas
Comentários
  • Na oração “Não havia nada disso...” o verbo em destaque é classificado como impessoal. Assinale a alternativa em que o verbo haver não é classificado como impessoal.

    a) A enfermeira tinha adoecido havia (tempo decorrido) quinze dias.

    b) Durante a discussão, a cliente que se houvesse (entendesse) com o gerente da loja.

    vpr 6 Resolver algo de modo amigável ou não; arranjar-se, avir-se, entender-se: Se ele te desobedecer, comigo se haverá.

    c) Deve haver (existir) muitas diferenças entre as mercadorias adquiridas.

    d) Há (existir/acontecer) trovoadas e muita chuva por toda a parte.

    ----

    GAB. LETRA "B".

    O verbo haver e fazer são impessoais, portanto, não admitem sujeito e são flexionados na terceira pessoa do singular.

    O verbo haver é impessoal quando tem sentido de existir e também de tempo decorrido.

    Exemplo: Havia uma cadeira vaga na sala de aula. Há uma semana que não vejo minha irmã.

  • Gente, de acordo com a explicação do Barack concurseiro, essa parte:

     "Durante a discussão, a cliente que se houvesse (entendesse) com o gerente da loja.

    vpr 6 Resolver algo de modo amigável ou não; arranjar-se, avir-se, entender-se: Se ele te desobedecer, comigo se haverá."

    é nova para mim, mas vivendo e aprendendo...

  • O verbo haver é usado no PESSOAL quando:

    a) quando serve de verbo auxiliar para um verbo pessoal.

    Ex Os bandidos haviam fugido da penitenciária.

    b) quando possui o sentido de ter.

    Ex.: “Pedia ao Senhor que lhe visse as lágrimas, e houvesse piedade delas.” ()

    c) quando possui o sentido de obter, conseguir, alcançar.

    Ex.: “Os sentenciados houveram do poder público a comutação da pena.” (Carlos Góis)

    d) quando possui o sentido de pensar, julgar, entender.

    Ex.: Alguns haviam-no por morto.

    e) quando é usado como verbo pronominal com o sentido de proceder, portar-se, desincumbir-se e sair-se. Ou com o sentido de entender-se, avir-se, acertar contas, usado com a  com.

    Exs.: O soldado houve-se como herói.

    O criminoso terá de haver-se com a justiça.

    f) quando está presente nas seguintes locuções:

    - haver por bem (dignar-se, resolver, considerar bom).

    Ex.: O juiz houve por bem reconsiderar sua decisão.

    - bem haja (seja feliz, seja abençoado, tenha bom êxito)

    Ex.: Bem hajam os que pregam a paz.

    Fonte: www.infoescola.com/portugues/verbo-haver/

  • Quando o verbo haver tem o sentido de existir, acontecer, ocorrer ou indica tempo passado, ele é impessoal, ou seja, caracteriza uma oração sem sujeito. Nesses casos, o verbo haver deve ficar flexionado na 3ª pessoa do singular.

    Alternativa (A) incorreta - O verbo haver indica tempo passado. Assim como os verbos fazer e ir indicando tempo decorrido também são impessoais.


    Alternativa (B) correta - Como o verbo haver não tem o sentido de existir, acontecer, ocorrer e não indica tempo decorrido, ele é pessoal, concordando em número e pessoa com o sujeito. Nesta assertiva, o verbo tem o sentido de entender.

    Alternativa (C) incorreta - Numa locução verbal em que o verbo haver é principal, a impessoalidade recai no verbo auxiliar.

    Alternativa (D) incorreta - O verbo haver tem o sentido de ocorrer.

    Gabarito da Professora: Letra B.
     

  • Não será quando tiver com sentido figurado.


ID
5289727
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


Na oração “...não se sabe por que orifício do corpo e para onde”, os termos sublinhados possuem sua grafia justificada pelo mesmo motivo que em

Alternativas
Comentários
  • Na oração “...não se sabe por que (por qual) orifício do corpo e para onde”, os termos sublinhados possuem sua grafia justificada pelo mesmo motivo que em

    a) Por que a casa lhe metia tanto medo? (o emprego do “por que”, grafado assim com palavras separadas e sem acento, se dá no começo das frases interrogativas diretas.)

    c) A visão estigmatizada da doença mental é o motivo por que (por qual) muitos lutam.

    GAB. LETRA "C".

    ----

    "Por que" separado

    Só que pode ser usado igualmente no meio das frases interrogativas indiretas. O “por que” tem a função de pronome relativo, quando utilizado no meio das frases. Nesse caso é permitida a substituição por “pelo qual” e “por qual”. Exemplificando: O caminho por que passei é ruim. (O caminho por qual passei é ruim.) A causa por que lutamos é idealista. (A causa pela qual lutamos é idealista.)

    • Por que = Usado no início das perguntas. ("Por qual" - frases interrogativas diretas)

    • Porque = Usado nas respostas. (equivale a "pois")

    • Por quê? = Usado no fim das perguntas.

    • O porquê = Usado como um substantivo.

  • @PMMINAS

    O simples resolve, segue o brabo

    Porque = TROCA por POIS

    Porquê = Tem artigo

    Por que = TROCA-SE POR QUAL/QUAIS

    Por quê = Sempre no final da frase, antes de . e ?

    Parabéns! Você acertou!

  • Só para reforçar..

    o POR QUÊ não é APENAS para final de frase, mas sim para final de sentença/estrutura.

    É utilizado antes da VÍRGULA também, além do ponto final ou interrogação.

    EX.: Ela foi embora e ninguém sabe por quê, mas, provavelmente, deve ter um bom motivo!

  • não sei por que a letra B está incorreta

  • C

    A visão estigmatizada da doença mental é o motivo por que muitos lutam

  • Amei as considerações, mas não entendi o Porquê ninguém deu o gabarito com a questão exata :P

  • O "que" de ''não se sabe por que orifício do corpo e para onde" é um pronome relativo. Assim como em "A visão estigmatizada da doença mental é o motivo por que muitos lutam."

    Acho que é isso, matei a questão assim!

  • Acredito que não tem nenhuma alternativa errada pelo ponto de vista do uso dos porquês, mas sim do seu sentido/contexto. a questão não quer que vc identifique o porquê certo e sim o "que" (pronome relativo) que tenha o mesmo sentido do da frase enunciada, que dá a ideia de "meio pelo qual se faz isso ou se passa aquilo". Perceba que todos os outros apesar do uso correto, expressam algo diferente da letra C e da frase enunciada, que por sua vez expressam sentidos parecidos nos porquês usados (retomando ou referenciando um termo já dito). Bastante decoreba nos comentários sem ao menos interpretar o que se pede no enunciado e até umas justificativas meio duvidosas como a letra A tá errada porque " 'por que' grafado assim só se usa em início de frases diretas." Cuidado!

    Em início ou meio de frases diretas ou indiretas! Portanto Gab. C que NESSE caso possui sentido do "que" parecido com o da frase enunciada, sentido de retomar um termo.

    1. por que motivo;
    2. por qual motivo;
    3. por que razão;
    4. por qual razão.

    Gab.. C

  • Por que

    • Frases interrogativas (diretas e indiretas);

    Exemplos: Por que viajaste? (Interrogativa direta)

    Diga-me por que viajaste.

    • Como pronome relativo (= pelo qual).

    Exemplo: Esta não me parece a vida por que ele luta.

     Por quê

    • Usado no final das frases interrogativas diretas ou indiretas:

    Exemplo: Viajaste por quê? (Por que razão)

    Porque

    • Conjunção: causal ou explicativa.

    Exemplo: Viajei porque eu quis. (= pois)

    Porquê

    • É um substantivo;
    • Vem precedido de determinante.

    Exemplo: Não importa o porquê da minha decisão. (= motivo)

    Gabarito: C✅

  • Esta questão requer conhecimento acerca da grafia do porquê.

    Emprega-se por que (separado e sem acento) em início de pergunta direta, no meio de uma pergunta indireta, podendo pôr as palavras motivo ou razão após ele e também quando o “que" for substituível por “o qual" (e variantes). Nesse último caso, o “que" é pronome relativo antecedido da preposição “por".

    Na oração “...não se sabe por que orifício do corpo e para onde", o “que" é pronome relativo antecedido pela preposição “por", podendo ser substituído por “...não se sabe pelo qual orifício do corpo e para onde".

    Alternativa (A) incorreta - Início de pergunta.

    Alternativa (B) incorreta - No meio de pergunta indireta. Pode pôr a palavra “motivo" após. “Não sei por que (motivo) não o podemos visitar diariamente". 

    Alternativa (C) correta - O “que" é pronome relativo antecedido da preposição “por". Pode ser substituído por: “A visão estigmatizada da doença mental é o motivo pelo qual muitos lutam". A grafia se justifica pelo mesmo motivo da oração do enunciado.

    Alternativa (D) incorreta - No meio de pergunta indireta. Pode pôr a palavra “motivo" após.  “Perguntei por que (motivo) frequentemente os funcionários se atrasam".

    Gabarito da Professora: Letra C.

  • GABARITO: C

    "POR QUE" Por que (separado e sem acento)

    Pode ser a junção da preposição "por" + pronome relativo "que" ou pronome interrogativo "que", assumindo assim dois empregos diferentes. 

    Sendo pronome interrogativo = sinônimo de: por qual motivo, por qual razão. 

    Sendo pronome relativo, = sinônimo de: por qual ou pelo qual.

    Na oração “...não se sabe por que (por qual = pronome relativo ) orifício do corpo e para onde”, os termos sublinhados possuem sua grafia justificada

    A) Por que a casa lhe metia tanto medo? ( por qual motivo = pronome interrogativo)

    B) Não sei por que não o podemos visitar diariamente. (por qual motivo = pronome interrogativo) 

    C) A visão estigmatizada da doença mental é o motivo por que muitos lutam.  ( pelo qual = pronome relativo)

    D) Perguntei por que frequentemente os funcionários se atrasam. ( por qual motivo = pronome interrogativo)

    insta @danizinhaconcurseira

  • Nas respostas A, B e D, o "por" é preposição e o "que" é pronome relativo.

    Na resposta C, o "por" é preposição e o "que" é pronome interrogativo, existe uma pergunta implícita, indireta.

    Na oração “...não se sabe por que orifício do corpo e para onde”, o "por" também é preposição e o "que" também é pronome interrogativo.


ID
5289730
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente.

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    anti-inflacionário, fim de semana, leão-marinho

  • Gabarito Letra C - anti-inflacionário, fim de semana, leão-marinho

    Comentário sobre a letra A - heroico não leva acento pois é um ditongo de palavra paroxítona terminada em o.

    Regra Geral:

    1. Oxítonas: As terminadas em a (s), e (s), o (s), em (ens)
    2. Paroxítonas: Todas são acentuadas menos as terminadas em a (s), e (s), o (s), em (ens)
    3. Proparoxítona ; Todas são acentuadas.
    4. Monossílabos tônicos: terminados em a (s), e (s), o (s). Atenção: o em não entra.

    Casos especiais:

    1. Ditongo aberto no final das palavras. Ex.: Anéis, troféu, herói.
    2. 2ª vogal do hiato se for i ou u tônico. E]x.: baú, saída
    3. Paroxítonas terminadas em ditongo. Ex.: Órfão, história.
    4. Acento diferencial:
    • ter e vir e seus derivados
    • Por preposição x pôr verbo
    • Pôde x pode

    Atenção:

    Pelo acordo ortográfico, não são acentuados os ditongos ei e oi de palavras paroxítonas terminadas em a , o

    Ex.; Assembleia , ideia, Heroico (Atenção. herói leva acento pois é um ditongo aberto no final da palavra.)

    Não se acentua o primeiro o de palavras paroxítonas terminadas em oo

    Ex.: Abençoo, voo.

    Não se acentua o e das palavras terminadas em eem

    Ex.: leem, veem creem, deem

  • a) heroico

    b) feiura

    c) correta

    d) autoescola, cosseno

  • gaba C

    sobre o hífen, lembrar-se que ele é homofóbico. Ele separa os iguais, mas não se importa de unir os diferentes.

    separa os iguais:

    Anti-inflamatório, micro-ondas, micro-ônibus.

    mantém os diferentes:

    autoescola, aeroespacial, automotor.

    pertencelemos!

  • os ditongo abertos ÓI e ÉI perderam o acento quando estão na paroxítona. Ex: Heroico
  • sobre o hífen, lembrar-se que ele é homofóbico. Ele separa os iguais, mas não se importa de unir os diferentes.

    separa os iguais:

    Anti-inflamatório, micro-ondas, micro-ônibus.

    mantém os diferentes:

    autoescola, aeroespacial, automotor

  • leão-marinho, não era pra estarem juntos? os opostos se atraem?

  • o mal não gosta de vogal

    o bem não gosta de ninguém.

  • Esta questão requer conhecimento sobre ortografia no que tange à acentuação gráfica e regra do hífen, conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor desde 2009.

    Alternativa (A) incorreta - “Heroico" não tem acento. Ditongos abertos em palavras paroxítonas não são mais acentuadas.

    Observação!!! A palavra “abençoo" está grafada corretamente, tendo em vista que não se acentuam mais vocábulos terminados por “eem" e “oo(s)".

    Alternativa (B) incorreta - “Água de coco" se grafa sem hífen. Palavras compostas unidas por um conectivo, sem hífen. Exceções: cor-de-rosa e mais-que-perfeito.

    “Antes de ontem" é equivalente a “anteontem", as duas formas estão corretas.

    “Feiura" não tem acento. Não se acentuam mais o “i" e “u" tônicos quando vierem após um ditongo em palavras paroxítonas.

    Alternativa (C) correta - As três palavras estão grafadas corretamente.

    “Anti-inflacionário" - em uma palavra composta, quando o prefixo termina por uma vogal e a palavra seguinte começa pela mesma vogal, usa-se o hífen.

    “Fim de semana" - palavras compostas unidas por um conectivo, sem hífen. Exceções: cor-de-rosa e mais-que-perfeito.


    “Leão-marinho" - palavras compostas que se refiram a botânica ou zoologia se grafam com hífen.

    Alternativa (D) incorreta - “Autoescola" e “cosseno" se grafam sem hífen.

    “Autoescola" - em uma palavra composta, quando o prefixo termina por uma vogal e a palavra seguinte começa por uma vogal diferente, escreve-se junto, sem hífen.

    “Cosseno" - o prefixo co- aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por “o", só que, quando o prefixo termina por uma vogal e a palavra seguinte começa com “r" ou “s", duplicam-se essas letras.

    Gabarito da Professora: Letra C.

  • OXÍTONA

    Ditongo aberto – acentua

    Papéis | anzóis | pastéis | herói

     

    PAROXÍTONA

    Ditongo aberto – não acentua – EI - OI (V, SV)

    Estreia | apoio | plateia | assembleia | jiboia | joia | heroico |

     

    HIATO

    Ditongo decrescente - Não acentua

    Feiura| baiuca| bocaiuva| SOMENTE ESSES

  • Leão-marinho, fim de semana e anti-inflacionário (iguais separa)

  • heroico não possui acento

    he-roi-co proparoxítona terminada em o não são acentuadas

  • Leão-marinho é consagrado ?

  • Acertei a questão mas com dúvida em heroico ,,, heroico não é ditongo decrescente? Por q ditongo aberto está estranho ,, pois depois de oi vem CO na frente ...para ser ditongo aberto não deveria vir uma vogal depois do oi


ID
5289733
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


Em “Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma”, o pronome oblíquo em destaque está empregado corretamente, conforme às regras de colocação pronominal. Assinale a alternativa em que essa regra não é obedecida.

Alternativas
Comentários
  • Gab.B

    Segundo os princípios da colocação pronominal vigentes na norma culta do português, a ênclise (pronome átono depois do verbo) não ocorre em duas situações: com as formas verbais conjugadas no futuro (do presente ou do pretérito) e com os particípios.

  • GABARITO LETRA B

    "mal" é um advérbio, sendo assim atrativo para próclise. O correto seria:

    Que mal me podia fazer esse senhor?

    Outros advérbios atrativos: aqui, ali, só, também, bem, mal, hoje, amanhã, ontem, já, nunca, jamais, apenas, tão, talvez, etc. Exemplo: Ontem a vi na aula. 

    DETALHE: Com a vírgula, cessa a atração: Ontem, vi-a na aula. Aqui, trabalha-se muito.

    Fonte: Prof. João Bolognesi, através da Revista Exame.

  • Olá, alguém poderia explicar a D?
  • Fiquei na dúvida se "apenas" não seria advérbio.

  • CUIDADO

    Há comentários incautos na presente questão

    Solicita-se construção que não obedeça aos preceitos de colocação pronominal.

    A) Ambos se sentiam felizes com a visita.

    Correta. O termo numeral "ambos" faz as vezes de sujeito da oração, tornando a próclise opção possível.

    B) Que mal podia-me fazer esse senhor?

    Incorreta. Aqui é necessário ter atenção aos comentários disponíveis.

    O termo "mal" não é adverbio e não é fator de atração para o pronominal, sendo termo de natureza substantiva. Equivale a "coisa nociva", "maldade".

    "Que maldade me podia fazer esse senhor ?"

    A colocação proclítica aqui é exigência do pronominal interrogativo, bem como da natureza interrogativa da oração.

    C) Nunca o vi tão sereno e calmo como agora.

    Correta. O adverbio negativo que encabeça a oração é atrativo.

    D) Quero apenas preveni-lo contra os abusos das autoridades.

    Correta. Temos verbo em forma infinitiva, fato que, diante de termo atrativo, permite a facultatividade da colocação.

    Gabarito na alternativa B

  • "mal" não é advérbio nessa locução.
  • A palavra mal poderá ser utilizada como: advérbio de modo, substantivos ou uma conjunção subordinativa temporal. 

    • Como advérbio, mal significa que alguma coisa pode ter sido feita de modo errado ou irregular. Por exemplo: A criança era muito mal educada.

    • Como substantivo, mal está ligado a doença ou epidemia. Por exemplo: Ela sofre desse mal desde os oito anos de idade.

    • Como conjunção, mal significa: assim que, logo que, quando. Por exemplo: Mal cheguei ao local de prova, os portões fecharam.

    Na alternativa "B" temos: Que mal podia-me fazer esse senhor?

    Mal aqui expressa uma ação errada, irregular, então mal é de fato um advérbio nessa oração. Sendo assim, caberia a próclise fazendo a oração ficar assim: "Que mal me podia fazer esse senhor?"

    Fonte: www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/mal-e-mau

  • LETRA D: verbos no infinitivo é facultativo a colocação pronominal.

    Acredito que no enunciado poderia estar explícito “colocação obrigatória”.

  • Gabarito: B

  • GABARITO "B"

    Colocação pronominal antes do verbo;

    PALAVRAS ATRATIVAS:

    Quando temos orações iniciadas por palavras interrogativas(quem, qual, QUE, quando, onde …)

    • Quem te entregou o pacote?
    • Quando vos encomendaram os bolos?
    • A minha pulseira, onde colocaste?
    • Destas camisetas, qual lhe agradou mais?

    Quando o verbo for precedido por palavras de sentido negativo (não, nada, nunca, ninguém, jamais etc.)

    • Não se esqueça de mim.
    • Nada me faz voltar atrás.
    • Jamais lhes contei uma mentira dessas!
    • Ninguém nos convidou para o evento.
    • Em todos estes anos, nunca vi tão triste.

    Quando houver um advérbio antes do verbo

    • Agora se negam a assumir o erro.
    • Naquela cidade se fala alemão.
    • Ontem vi no trânsito a caminho do trabalho.
    • Certamente lhes mostrei todos os cômodos disponíveis do hotel.
    • Talvez nos conheçamos de outra vida.

    Nota: essa regra vale apenas quando não houver uma pausa marcada, caso a pausa aconteça e seja marcada por uma vírgula, deverá ser usada a ênclise.

    Quando o verbo for precedido por pronomes relativos(que, qual, onde, quem, quanto, cujos(as) …)

    • O que nos resta é a rendição.
    • O músico foi quem me convidou para o evento.
    • Depois de muita procura, adivinhe onde encontramos?
    • Quais os nomes dos seus pais?
    • Você não sabe quanto te

    Quando houver pronomes indefinidos (alguém, todos, poucos(as), muitos(as), algum, certo(a), vários(as) …) antes do verbo

    • Poucos te deram uma chance.
    • Alguém me falou, que você me enganou, eu não posso acreditar.
    • Todos lhe enviaram as confirmações dos convites.
    • Apesar de muitos nos alertarem, ainda cometemos o erro.

    Quando o verbo for antecedido por pronomes demonstrativos (isto, isso, aquilo, este, esse, aquele …)

    • Disso me acusaram, mas sem provas.
    • Isso vos impactou profundamente.
    • Aquilo te fez refletir sobre suas decisões.
    • Isto lhe veste muito bem.
    • Aquele acolheu com muita gentileza.

    Quando verbo no gerúndio for precedido de preposição “em”

    • Em se falando sobre o assunto, darei minha opinião.
    • Em se tratando de saneamento, o Brasil ainda tem que investir muito na área de tratamento de esgoto.
    • Em se pensando em descanso, pensa-se em férias.

    Conjunções subordinativas.(embora, se, conforme, logo, pois, visto que, desde que, como, a fim de ...)

    • Visto que nos ignoraram, também ignoramos eles.
    • Como lhe expliquei anteriormente, a sua conta está incorreta.
    • Embora nos conhecesse a anos, não nos convidaram para a festa.
    • Não vou dizer nada, pois te avisei que não daria certo.
    • Conforme conheci melhor, ela passou a ser mais amável.

    Quando escrevemos orações iniciadas por palavras exclamativas

    • Quanto se ofendem por nada!
    • Como te iludes!
    • Quanto nos custa dizer a verdade!

    Quando usamos orações que exprimem desejo (orações optativas)

    • Que Deus te abençoe meu filho.
    • Espero que a
    • Lhe desejo sorte.

    Em frases com preposição + infinitivo flexionado:

    • Ao nos posicionarmos a favor dela, ganhamos alguns inimigos.
  • Pessoal, eu errei por falta de atenção. Por isso, investiguei com base no que estudo (já que os comentários aqui ou estão incompletos ou equivocados)

    Gabarito: B

    Motivo: "mal" é advérbio e, portanto, fator obrigatório para próclise.

    Dúvida sobre a letra D: está certa. Quando há infinitivo não flexionado, é facultativo uso de próclise OU ênclise (caso da alternativa).

  • GABARITO: LETRA B

    COMPLEMENTANDO:

    ► O pronome oblíquo átono pode ocupar três posições em relação ao verbo com o qual se relaciona: a ênclise (depois do verbo); próclise (antes do verbo); e a mesóclise (dentro do verbo). Por ser uma partícula átona, não inicia oração e, entre os verbos de uma locução, liga-se a um deles por hífen.

    PRONOMES ATÓNOS: - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s);

    PRÓCLISE

    Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem o pronome:

    1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:

    Não o quero aqui. / Nunca o vi assim.

    2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):

    Foi ela que o fez. / Alguns lhes deram maus conselhos. / Isso me lembra algo.

    3. Advérbios ou locuções adverbiais:

    Ontem me disseram que havia greve hoje. / Às vezes nos deixa falando sozinhos.

    4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:

    Oxalá me dês a boa notícia. / Deus nos dê forças.

    5. Conjunções subordinativas:

    Embora se sentisse melhor, saiu. / Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.

    6. Palavras interrogativas no início das orações:

    Quando te deram a notícia? / Quem te presenteou?

    MESÓCLISE

    Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:

    Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente: orgulharei);

    Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito: orgulharia).

    ÊNCLISE

    Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:

    1. Verbos no imperativo afirmativo:

    Depois de terminar, chamem-nos. / Para começar, joguem-lhes a bola!

    2. Verbos no infinitivo impessoal:

    Gostaria de pentear-te a minha maneira. / O seu maior sonho é casar-se.

    3. Verbos no início das orações:

    Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. / Surpreendi-me com o café da manhã.

    TODA MATÉRIA.


ID
5289736
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III  


    Seu pai a trazia às vezes, aos domingos, quando vinha cumprir o piedoso dever de amizade, visitando Quaresma. Há quanto tempo estava ele ali? Ela não se lembrava ao certo; uns três ou quatro meses, se tanto. 

    Só o nome da casa metia medo. O hospício! É assim como uma sepultura em vida, um semi-enterramento, enterramento do espírito, da razão condutora, de cuja ausência os corpos raramente se ressentem. 

    A saúde não depende dela e há muitos que parecem até adquirir mais força de vida, prolongar a existência, quando ela se evola não se sabe por que orifício do corpo e para onde. Com que terror, uma espécie de pavor de coisa sobrenatural, espanto de inimigo invisível e onipresente, não ouvia a gente pobre referir-se ao estabelecimento da Praia das Saudades! Antes uma boa morte, diziam. 

    No primeiro aspecto, não se compreendia bem esse pasmo, esse espanto, esse terror do povo por aquela casa imensa, severa e grave, meio hospital, meio prisão, com seu alto gradil, suas janelas gradeadas, a se estender por uns centos de metros, em face do mar imenso e verde, lá na entrada da baía, na Praia das Saudades. Entrava-se, viam-se uns homens calmos, pensativos, meditabundos, como monges em recolhimento e prece. 

    De resto, com aquela entrada silenciosa, clara e respeitável, perdia-se logo a ideia popular da loucura; o escarcéu, os trejeitos, as fúrias, o entrechoque de tolices ditas aqui e ali.  

    Não havia nada disso; era uma calma, um silêncio, uma ordem perfeitamente naturais. No fim, porém, quando se examinavam bem, na sala das visitas, aquelas faces transtornadas, aqueles ares aparvalhados, alguns idiotas e sem expressão, outros como alheados e mergulhados em um sonho íntimo sem fim, e via-se também a excitação de uns, mais viva em face à atonia de outros, é que se sentia bem o horror da loucura, o angustioso mistério que ela encerra, feito não sei de que inexplicável fuga do espírito daquilo que se supõe o real, para se apossar e viver das aparências das coisas ou de outras aparências das mesmas. 

    Quem uma vez esteve diante deste enigma indecifrável da nossa própria natureza, fica amedrontado, sentindo que o gérmen daquilo está depositado em nós e que por qualquer coisa ele nos invade, nos toma, nos esmaga e nos sepulta numa desesperadora compreensão inversa e absurda de nós mesmos, dos outros e do mundo. Cada louco traz em si o seu mundo e para ele não há mais semelhantes: o que foi antes da loucura é outro muito outro do que ele vem a ser após.  


No trecho “...há muitos que parecem até adquirir mais força de vida”, é obedecida a regra de concordância verbal. Assinale a alternativa em que a regras de concordância verbal também são empregadas corretamente.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    A - Eu sou aquele que veio para apaziguar os ânimos. (CORRETO)

    O pronome relativo "que" retoma o termo "aquele", por isso o verbo fica no singular.

    B - Mais de uma noiva quiseram trocar seus vestidos (ERRADO)

    Nas expressões "mais de, menos de, cerca de, perto de" seguidas de numeral, o verbo concordará sempre com o numeral. No caso acima, temos o numeral "uma", logo, o verbo deverá ficar no singular: mais de uma noiva quis trocar seus vestidos.

     

    C - Quem teria sido meus pais biológicos? (ERRADO)

    O tempo composto "ter + ser" forma a locução verbal na voz passiva, que na ativa ficaria: Meus pais biológicos seriam quem?

    D - Restava cerca de duzentas pessoas esperando por atendimento. (ERRADO)

    Aqui temos o mesmo caso da alternativa B, porém com a expressão "cerca de", logo o verbo deverá concordar com o numeral "duzentas": Restavam cerca de duzentas pessoas esperando por atendimento.

    Corrijam-me se eu estiver errada, por favor.

    Persistam e não desistam!

  • CUIDADO

    Há comentário que faz afirmação grosseiramente incorreta sobre assertiva presente na questão

    Solicita-se construção com escorreita concordância:

    A) Eu sou aquele que veio para apaziguar os ânimos.

    Correta. Não há na presente construção problemas de concordância verbal.

    B) Mais de uma noiva quiseram trocar seus vestidos.

    Incorreta. Com a expressão partitiva "mais de uma" deve-se concordar com o número que especifica a expressão.

    C) Quem teria sido meus pais biológicos?

    Incorreta. Não há voz passiva, como afirma outro comentário, na presente construção.

    A locução "teria sido" é tempo verbal composto de futuro do pretérito. A construção munida de pronome interrogativo em função de sujeito e verbo copulativo deve ter a concordância verbal realizada com o predicativo do sujeito, no caso em tela de forma plural.

    D) Restava cerca de duzentas pessoas esperando por atendimento.

    Incorreta. O verbo "restava" é intransitivo e tem seu sujeito na construção que o segue, devendo com ela concordar.

    Gabarito na alternativa A

  • Em relação a letra C:

    A concordância verbal , obrigatória em Língua Portuguesa, ocorre preferencialmente entre o verbo e o sujeito da oração.

    Nas orações formadas por um predicado nominal (verbo de ligação + predicativo do sujeito ) o verbo deve concordar não com o sujeito, mas sim com o predicativo do sujeito. Essa possibilidade de concordância ocorre, dentre outros casos, se o sujeito for um pronome interrogativo (qualquemquequando e etc.).

    Exemplos:

    1. Quem é eles? [Inadequado]
    2. Quem são eles? [Adequado]
    3. Quando será as provas? [Inadequado]
    4. Quando serão as provas? [Adequado]

    FONTE: http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/minigramatica/mini/aconcordanciaeopronomeinterrogativocomosujeito.htm

  • B) Mais de uma noiva quiseram trocar seus vestidos

    Mais de + numeral e substantivo - o verbo concorda com o substantivo.

    D) Restava cerca de duzentas pessoas esperando por atendimento.

    Cerca de + numeral e substantivo - o verbo concorda com o substantivo.

  • Complementando...

    Mais de um usa-se 3º do singular, EXCETO em caso de expressão duplicada ou em indicações de reciprocidade.

    ex: mais de uma rapaz ESTEVE no local

    ex²: mais de um aluno se encontraram no local ( reciprocidade )

    ex³: mais de um professor, mais de um aluno protestaram na prova ( duplicada )

    Prof. Flavia Rita.


ID
5289739
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Alguns documentos escritos em editores de texto, tais como livros, relatórios oficiais de pesquisa, balanços, pesquisas de mercado, teses, dissertações etc., necessitam de um sumário, para informar a paginação e organizar as seções do texto. Sobre o tema, assinale a alternativa que indica corretamente o caminho para a criação de um sumário no Word.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    GUIA REFERÊNCIAS > GRUPO SUMÁRIO > OPÇÃO SUMÁRIO.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

  •  ✅Letra D.

    Temos a GUIA REFERÊNCIA do GRUPO SUMÁRIO.

    Dentro do grupo sumário, temos sumário, adicionar texto, atualizar sumário.

    Fonte: Próprio Word.

    BONS ESTUDOS!!

  • A questão aborda conhecimentos acerca da localização do comando “Sumário” no Word.

    O sumário pode ser utilizado para inserir um resumo do documento ou os principais assuntos tratados no documento. Para inserir um sumário, basta o usuário ir à guia “Referências” e, em seguida, ao grupo “Sumário” e clicar no comando “Sumário”.

    Gabarito – Alternativa D. 

  • Gabarito: D

    GUIA INSERIR = SIM PAIS, TACARO LIMITE !

    SIMbolos

    PAginas

    Ilustrações (imagens e gráficos)

    Suplementos

    TAbelas

    CAbeçalho e ROdapé

    LInks

    MIdia

    TExtos

    GUIA REFERÊNCIAS

    Sumário

    Nota de Rodapé

    Citações e Bibliografia

    Legendas

    Índice

  • D

    Abrir a aba “Referências” >> Clicar em “Sumário”

  • GAB D

    Dica de um colega do Qc

    Dica: Tudo o que puder ser feito de forma automática, com todas as páginas, estará na guia referências. Exemplo: Notas de rodapé, sumário e legendas.

  • referencia - sumário


ID
5289742
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

A respeito dos dispositivos de armazenamento do tipo magnético, atribua V para as assertivas verdadeiras e F para as assertivas falsas:

( ) São equivalentes aos tipos ópticos de armazenamento, portanto, os substituem.
( ) Cartões de memória estão inclusos em meios magnéticos de armazenamento.
( ) O único tipo de dispositivo de armazenamento que não pode ser entendido como magnético são os Discos Rígidos (HDs).
( ) HDs e Disquetes são dispositivos eletrônicos de armazenamento.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, no sentido de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Dispositivo de armazenamento é um dispositivo capaz de gravar (armazenar) informação (dado). Essa gravação de dados pode ser feita virtualmente, usando qualquer forma de energia. Um dispositivo de armazenamento retém informação, processa informação, ou ambos. Um dispositivo que somente guarda informação é chamado mídia de armazenamento. Dispositivos que processam informações (equipamento de armazenamento de dados) podem tanto acessar uma mídia de gravação portátil, ou podem ter um componente permanente que armazena e obtém dados. Tipos de dispositivos de armazenamento:

       * Por meios ópticos (CDs, DVDs, Blu-Ray  etc).

       * Por meios magnéticos (HDs, disquetes).

       * Por meios eletrônicos (SSDs) - chip - Exemplos: cartão de memória e pen drive.

    Observação: Memória RAM não é um dispositivo de armazenamento, pois armazena apenas temporariamente as informações.

    https://jose-jardel.weebly.com/disp-armazenamento.html

  • GABARITO: B

    Armazenamento magnético: um exemplo dessa "tecnologia" são os disquetes. O processo de leitura e gravação funciona por meio de uma cabeça magnética. Outros exemplos que usam o armazenamento magnético são: fitas de áudio, fitas k7, e no próprio HD do computador.

    Armazenamento ópticos: utiliza o laser para guardar e obter dados num suporte óptico. São exemplos: dispositivos de CD-ROM e DVD.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

  • Opção I não são equivalentes e não substituem os tipos óticos; II cartão de memória é meio eletrônico de memória; III disco rígido é sim magnético; IV hds e disquetes são magnéticos.

    Me corrijam se estiver errado! Bons estudos!

  • Gabarito oficial saiu e a questão foi anulada.


ID
5289745
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O estilo dos textos enviados por meio de correio eletrônico é customizável, isto é, os programas oferecem condições operacionais de modificação de estilos, tamanho de fonte, formatação etc. Geralmente, essas ferramentas de edição do corpo do texto do e-mail estão disponíveis

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    Próximo à caixa de Diálogo.

  • O estilo dos textos enviados por meio de correio eletrônico é customizável, oferecem condições operacionais de modificação de estilos, tamanho de fonte, formatação etc. Geralmente, essas ferramentas de edição do corpo do texto do e-mail estão disponíveis

    se é um email, pelo óbvio caixa de diálogo.


ID
5289748
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

As múltiplas tarefas desempenhadas no mercado de trabalho atualmente necessitam que os microcomputadores estejam equipados com dispositivos externos, como os periféricos de entrada e saída. Com base nisso, estabeleça a relação correta entre os tipos de periféricos a seguir com suas respectivas funções:

A touchpad
B trackball
C webcam
D monitor

( ) periférico de entrada, utilizado para entrada de dados de vídeo em gravação
( ) periférico de entrada, como substituto do mouse para acessibilidade
( ) periférico de entrada, como alternativa ao mouse
( ) periférico de saída, para geração de imagem

Assinale a alternativa que contém a sequência correta, no sentido de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    O touchpad é o "mouse" que vem nos laptops, aquele que você apenas desliza o dedo.

    Trackball é aquela bola que serve de mouse.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

  • questão assim faço de trás pra frente e sempre acho a resposta mais rápido e mais facil

  • Assertiva C

    C, B, A, D

    C webcam

    B trackball

    A touchpad

    D monitor

  • Trackball é um periférico de entrada, semelhante ao mouse. O utilizador deve manipular uma esfera, geralmente localizada na sua parte superior, para mover o cursor na tela.

    Muitos usuários preferem o trackball por causa da sua maior facilidade de uso e por causa da menor incidência de lesão por esforço repetitivo nos punhos em relação ao mouse tradicional, pois eles só precisam mover a esfera com os dedos.

    fonte: wiki

  • (webcam) periférico de entrada, utilizado para entrada de dados de vídeo em gravação;

    (trackball) periférico de entrada, como substituto do mouse para acessibilidade

    (touchpad) periférico de entrada, como alternativa ao mouse;

    (monitor) periférico de saída, para geração de imagem;

  • As múltiplas tarefas desempenhadas no mercado de trabalho atualmente necessitam que os microcomputadores estejam equipados com dispositivos externos, como os periféricos de entrada e saída. Com base nisso, estabeleça a relação correta entre os tipos de periféricos a seguir com suas respectivas funções:

    A touchpad B trackball C webcam D monitor

    (webcam ) periférico de entrada, utilizado para entrada de dados de vídeo em gravação

    (trackball ) periférico de entrada, como substituto do mouse para acessibilidade

    (touchpad ) periférico de entrada, como alternativa ao mouse

    (monitor ) periférico de saída, para geração de imagem

  • Identificou pela ordem ( webcam) já mata a questão ainda que desconheça os demais periféricos! Somente alternativa C ! As demais já iniciam erradas!

  • TRACK = CAMINHO, DIREÇÃO, TRAJETÓRIA

    BALL = BOLA

    TRACKBALL = BOLA DE DIREÇÃO.

    O INGLÊS AJUDA MUITO NA INFORMÁTICA.


ID
5289751
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

O Microsoft Word 2013 permite fazer uma busca por termos presentes em texto, para que possam ser consultados ou editados. Assinale a alternativa que indica o caminho correto para utilizar essa função.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    GUIA PÁGINA INICIAL > GRUPO EDIÇÃO > OPÇÃO LOCALIZAR > DIGITE O TERMO NO PAINEL DE NAVEGAÇÃO.

    Você também pode acionar a opção localizar por meio das teclas de atalho CTRL + L.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não podes desistir.

  • A questão aborda conhecimentos acerca do caminho usado para acessar o comando “Localizar” no Word 2013.

    O comando “Localizar” tem como função localizar trechos presentes no documento. Para acessar esse comando, basta o usuário ir à guia “Página Inicial” e, em seguida, ao grupo “Edição”, clicar no comando “Localizar” e digitar o trecho que quer localizar. Vale destacar que é possível acessar o comando “Localizar” diretamente através do atalho CTRL + L.

    Gabarito – Alternativa A. 

  • TECLA DE ATALHO - CTRL + L.

  • Gab. A

    Aba Página Inicial

    Grupo Edição

    -localizar - CTRL + L

    -substituir - CTRL + U

    -selecionar

  • é o binóculo!


ID
5289754
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Sabendo que o dia 08/02/2020 foi um sábado, é correto afirmar que o dia 24/12/2020 foi uma

Alternativas
Comentários
  • Sabe-se que em anos normais o 1º dia do ano (01 de janeiro) é o mesmo dia de 31 de dezembro (ultimo dia), ou seja, em determinado ano começou na sexta-feira vai terminar na sexta-feira.

    Salvo em anos bissexto que será acrescentado mais uma dia. Seguindo nosso exemplo: ano começou na sexta-feira vai terminar no sábado.

    Agora vamos resolver a questão.

    2020 é ano bissexto.

    08/02/2020 foi um sábado, então 01/01/2020 foi quarta. (essa parte fiz braçal, se souberem de outra maneira mais pratica avisem).

    Se 01/01/2020 foi quarta, então 31/12/2020 foi quinta (acrescentamos mais um dia).

    31-24 = 7 dias (mesmo dia da semana).

    Então, 24/12/2020 será quinta-feira.

  • Ano bisexto = 366

    366 dias menos janeiro(31) = 335

    335 dias - 8 de fevereiro = 327

    327 dias - 7(restantes dos dias do mes de dezembro)

    sobrou 320 dias. Vamos dividir por 7 = 45 sobra 5.

    Sábado mais 5 dias = quinta feira...

    Como a Matemática é maravilhosa terá com certeza várias maneiras mais concisas de fazer essa conta.

  • Resolvo essa questão aqui nesse vídeo

    https://youtu.be/jrR7IzilOGw

    Ou procure por "Professor em Casa - Felipe Cardoso" no YouTube =D

  • Resposta:

    Quinta feira

    Explicação passo a passo:

    2020 foi ano bissexto, fevereiro teve 29 dias.

    02) 29 - 8 = 21 dias

    02) 21

    03) 31

    04) 30

    05) 31

    06) 30

    07) 31

    08) 31

    09) 30

    10) 31

     11) 30

    12) 24

    Total de dias de 08/02/2020 a 24/12/2020

    9.30 + 21 + 24 + 5 = 320 dias

    320 : 7 = 45 e sobra 5

    São 45 semanas que iniciam no sábado.

    Logo, devemos contar 5 dias após o sábado.

    Domingo, segunda, terça, quarta, quinta.

  • Como descobriram que 2020 era um ano bissexto ?

  • entre o dia 08/02 e o dia 24/02 há 320 dias, basta subtrair de 366(ano bissexto) os dias de (01/01 até 08/02 ) + 24/12 até (31/12)

    Além disso, sabe-se que o dia 08/02 foi um sábado.

    de um sábado para outro temos 7 dias, ou uma semana, então 320/7= 45 com resto 5) , ou seja, 45 sábados + 5 dias

    domingo(1), segunda(2), terça(3), quarta(4), quinta(5)


ID
5289757
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em um ônibus, um estudante de Matemática recebeu um bilhete de um estranho com a frase “descubra-me u, y, v, 2y”. Não encontrava sentido nessas letras, até imaginar que poderiam representar os quatro primeiros termos de uma P.A. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta a média aritmética de “u” e “v”

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o gabarito esteja errado.

    Meu raciocínio foi o seguinte:

    u, y, v, 2y = x/2 , x, 3x/2, 2x

    portanto

    Calculando a média de u e v temos

    (x/2 +3x/2)/2 = 1

    Assim sendo, creio que o gabarito seja a letra D e a questão esteja marcando o gabarito errado.

    Devemos esperar recurso nessa questão...

  • Gabarito oficial saiu e a questão foi anulada.


ID
5289763
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

É correto afirmar que a “Regra de Cramer” é um método utilizado para

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    regra de Cramer é uma estratégia para resolução de sistemas de equações lineares utilizando o cálculo dos determinantes.

  • Complementando:

    Se você estiver trabalhando em um sistema de equações com número de equações igual ao de incógnitas, então ele pode ser:

    Possível e determinado, se D ≠ 0

    Possível e indeterminado, se D = Dx = Dy = ⋯ = 0

    Impossível, se D = 0 e existir algum Di ≠ 0.

    Lembrando que:

    D é o determinante da matriz formada pelos coeficientes das incógnitas.

    Dx é o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, substituindo a coluna do x pelos temos independentes.

    Dy é o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, substituindo a coluna do y pelos temos independentes.

    Fonte: prof. Guilherme Neves/Estratégia Concursos.


ID
5289766
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em comemoração ao feriado do dia sete de setembro, um professor de matemática deve sortear 1 garoto e 1 garota entre os 35 alunos da sala de aula para a solenidade de hasteamento da bandeira no pátio da escola. Sabendo que na sala de aula 14 alunos são garotos, qual o mínimo de vezes que o professor deve realizar o sorteio para garantir com certeza que será selecionado 1 garoto e 1 garota?

Alternativas
Comentários
  • como faz ?

  • Princípio da casa dos pombos

    35 alunos

    14 garotos

    35-14 = 21 garotas

    O pior cenário seria sortear o maior número, no caso, 21 vezes só garotas.

    Porém o próximo sorteio, com certeza, sairia um garoto.

    Portanto, o MÍNIMO de vezes é 22 para garantir que haverá 1 garoto e 1 garota.

    *Aula do Prof. Jhoni Zini https://www.youtube.com/watch?v=aXml5-1dTok

    42:58 começam questões parecidas com esta de piores cenários

    19:32 ele explica o que é o princípio

  • Considerando A PIOR HIPÓTESE, só serem sorteadas até o exaurimento, as meninas. E considerando M e H, mulher e homem, para facilitar a visualização.

    MM | MM | MM | MM | MM | MM | MM | MM | MM | MM | MH (vigésima primeira e última menina e primeiro e obrigatório menino)

    Até este momento, sorteadas 21 meninas. O vigésimo segundo sorteado, certamente será um menino. Logo, 22 sorteios..


ID
5289769
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei 9.784/1999 estabeleceu normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da administração federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. Sobre o tema, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A Lei 9.784/1999 estabeleceu normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da administração federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. Sobre o tema, é correto afirmar que

    b) é vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

    GAB. LETRA "B".

    ----

    L9.784/99. Art. 6 Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

  • Artigo 6º da lei 9784, parágrafo único==="É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas".

  • L9.784/99

    CAPÍTULO IV

    DO INÍCIO DO PROCESSO

    Art. 5o O processo administrativo pode iniciar­se de ofício ou a pedido de interessado.

    Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado

    por escrito e conter os seguintes dados:

    I ­ órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

    II ­ identificação do interessado ou de quem o represente;

    III ­ domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

    IV ­ formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

    V ­ data e assinatura do requerente ou de seu representante.

    Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

  • GABARITO - B

    A) Não a exigência de advogado!

    Art. 3º, O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

    ______________________________________________________________

    B) Art. 6º, Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

    _______________________________________________________________

    C) Art. 4º, III - não agir de modo temerário;

    ________________________________________

    D) Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.

  • A questão exigiu conhecimento acerca da Lei 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo Federal).

    A- Incorreta. Além de não se tratar de um dever do administrado, e sim de um direito, este não precisa ser assistido por advogado na hipótese aventada. Vejamos o art. 3º, II da lei 9.784/99: “Art. 3º. O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: [...] II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas.”

    Como o Processo Administrativo Federal é regido pelo princípio do informalismo ou princípio do formalismo moderado, permite-se que o interessado deixe de contratar advogado para realizar sua defesa, caso assim deseje. Eis o art. 3º da lei 9.784/99: “O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: [...] IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.”

    O STF inclusive já se pronunciou sobre a constitucionalidade desse dispositivo por intermédio da Súmula Vinculante nº 5: A" falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição."

    B- Correta. Assertiva em consonância com o art. 6, Parágrafo único da lei 9.784/99: “É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.”

    C- Incorreta. É exatamente o contrário conforme o art. 4º, III da lei 9.784/99: “Art. 4. São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: [...] III - não agir de modo temerário.”

    D- Incorreta. Art. 10 da lei 9.784/99: “São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.

    GABARITO DA MONITORA: “B”

  • a) a presença de advogado é facultativa.

    b) correta.

    c) o erro está em temerário, temerário quer dizer de forma perigosa, imprudente.

    d) são capazes, nesse caso, os maiores de 18 anos.

  • A questão trata do processo administrativo e, em especial, das disposições da Lei nº 9784/1999, lei federal que rege o processo administrativo. Vejamos as alternativas da questão:


    A) quando solicitar vista dos autos, é dever do administrado se fazer representado por advogado. 


    Incorreta. A assistência por advogado no processo administrativo disciplinar é facultativa, sendo obrigatória apenas quando expressamente determinado em lei, conforme artigo 3º, IV, da Lei nº 9784/1999. É, ademais, direito do interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas, na forma do artigo 3º, II, da mesma lei, sem a necessidade, para exercício desse direito, que o interessado se fala assistir por advogado.  


    B) é vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.  


    Correta. A alternativa reproduz o disposto no artigo 6º, parágrafo único, da Lei nº 9.784/1999 que determina que “é vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas".


    C) o administrado deve agir de modo leal e temerário na exposição dos fatos.


    Incorreta. De acordo com o artigo 4º, incisos II e III, da Lei nº 9.784/1999, e dever do administrado no processo administrativo agir de modo leal e não agir de modo temerário, logo, por expressa determinação legal, o administrado não deve agir de modo temerário no processo administrativo.


    D) são plenamente capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezesseis anos.  


    Incorreta. Determina o artigo 10 da Lei nº 9.784/1999 que são capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, logo só são plenamente capazes para fins de processo administrativo os maiores de 18 anos.


    Gabarito do professor: B. 

  • ART. 6 Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.


ID
5289772
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre os Conselhos de Medicina:


I. É atribuição dos Conselhos Regionais de Medicina, dentre outras, conhecer, apreciar e decidir os assuntos atinentes à ética profissional, impondo as penalidades que couberem.

II. Os Conselhos Regionais de Medicina poderão ser compostos por até 28 (vinte e oito) conselheiros titulares, a depender do número de médicos inscritos.

III. Enquanto o Conselho Federal de Medicina é considerado uma autarquia pública, os Conselhos Regionais de Medicina fazem parte da Administração Pública Direta dos Estados e do Distrito Federal, integrando a estrutura das respectivas Secretarias de Saúde.


É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • CRM e CFM são autarquias dotadas de autonomia administrativa e financeira

  • Gab. A

    I- Art . 15. São atribuições dos Conselhos Regionais:

    d) conhecer, apreciar e decidir os assuntos atinentes à ética profissional, impondo as penalidades que couberem;

    II- Art . 12. Os Conselhos Regionais serão instalados em cada capital de Estado na de Território e no Distrito Federal, onde terão sua sede, sendo compostos de 5 (cinco) membros, quando o Conselho tiver até 50 (cinqüenta) médicos inscritos, de 10 (dez), até 150 (cento e cinqüenta) médicos inscritos, de 15 (quinze), até 300 (trezentos) inscritos, e, finalmente, de 21 (vinte e um), quando excedido êsse número.

    III- Art . 1º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina, instituídos pelo  , passam a constituir em seu conjunto uma autarquia, sendo cada um dêles dotado de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira.

  • Gab- A

    Fundamentação: Lei LEI Nº 3.268, DE 30 DE SETEMBRO DE 1957

    Art . 15. São atribuições dos Conselhos Regionais:

    d) conhecer, apreciar e decidir os assuntos atinentes à ética profissional, impondo as penalidades que couberem;

    Art . 12. Os Conselhos Regionais serão instalados em cada capital de Estado na de Território e no Distrito Federal, onde terão sua sede, sendo compostos de 5 (cinco) membros, quando o Conselho tiver até 50 (cinqüenta) médicos inscritos, de 10 (dez), até 150 (cento e cinqüenta) médicos inscritos, de 15 (quinze), até 300 (trezentos) inscritos, e, finalmente, de 21 (vinte e um), quando excedido êsse número.

    Art . 1º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina, instituídos pelo  , passam a constituir em seu conjunto uma autarquia, sendo cada um dêles dotado de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira.


ID
5289775
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Sobre a doação e o transplante de órgãos e tecidos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a questão é sobre o Código de Ética: n 2.217/2018. Artigos 43 a 46 abordam esses itens.

ID
5289778
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre o Código de Ética Médica (Resolução CFM 2.217/2018):

I. Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente e da sociedade.
II. O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro.
III. O médico não pode participar, direta ou indiretamente, da execução de pena de morte.

É correto o que se afirma


Alternativas
Comentários
  • PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

    Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso

    científico em benefício do paciente e da sociedade.

    O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade

    política ou religiosa

    renunciar à sua

    liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a efici

    ência e a correção de seu trabalho

  • GAB D)

    I. Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente e da sociedade.

    Capítulo I

    Princípios fundamentais

    V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente.

    _______________________

    II. O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro.

    Capítulo I

    Princípios fundamentais

    X - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos

    de lucro, finalidade política ou religiosa.

    _______________________

    III. O médico não pode participar, direta ou indiretamente, da execução de pena de morte.

    Capítulo IV

    Direitos humanos

    Art. 29. Participar, direta ou indiretamente, da execução de pena de morte.

  • Não entendi o erro do item III. O Código de Ética afirma que é mesmo uma vedação. Alguém explica o erro?


ID
5289781
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

A Constituição da República Federativa do Brasil elencou diversos direitos e garantias fundamentais, assegurando aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Sobre o tema, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA B.

    CF/88, Art. 5º:

    LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

    LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

  • Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime de opinião. Também não haverá extradição em razão do cometimento de crime político.

    Bons estudos!!

  • GABARITO - B

    Brasileiro Nato - Não é extraditado

    Brasileiro Naturalizado :

    Crime comum - Antes da naturalização

    Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins - Antes e depois.

    Brasil não extradita por CRIME POLÍTICO OU DE OPINIÃO.

  • Gabarito: B

    Concessão de Asilo Politico

    • Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
  • crime de opinião é nova pra mim

  • A) Estrangeiro não pode ser extrato por crime político OU de opinião.

    B) GABARITO (Ver justificativa da alternativa "A").

    C) Brasileiro naturalizado só poderá ser extraditado por envolvimento em tráfico de drogas OU crime comum anterior à naturalização.

    D) Ver justificativa da alternativa "A"

  • crime de opinião ta de sacanagem .

  • CF/88 Art 5° LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

  • Tráfico a qualquer tempo!

  • gab: B

    EXTRADIÇÕES DE BRASILEIROS E ESTRANGEIROS:

    ► NATO: NUNCA será extraditado  Comporta exceçãoNÃO! → SEM EXCESSÃO

    ► NATURALIZADO:

       ↳ REGRA: também não será extraditado.

       ↳ EXCEÇÃO: PODERÁ SER EXTRADITADO POR DOIS MOTIVOS: 

    1)Crime comum cometido antes da sua naturalização; ou 2) Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins (a qualquer tempo).

    ► ESTRANGEIRO:

       ↳ REGRA: poderão ser extraditados.

       ↳ EXCEÇÃO: em caso de crime político ou de opinião.

    Fonte: colegas qc...

    Acrescentando:

    Q329548 Ano: 2013 Banca:  Órgão: PRF  

    estrangeiro condenado por autoridades estrangeiras pela prática de crime político ou de opinião não poderá ser extraditado do Brasil, mesmo se houver reciprocidade do país solicitante. (CERTO)

  • Estrangeiro não pode ser extraditado por crime político ou de opinião

  • Gabarito: B

    O brasileiro NATO ----> nunca será extraditado

     (CESPE/TJ-RO/2012) Brasileiros NATOS NÃO podem ser extraditados.(CERTO)

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    O brasileiro NATURALIZADO ----> será extraditado caso cometa crime comum ANTES da naturalização, caso cometa crime comum DEPOIS da naturalização responderá pelo crime aqui no Brasil.

     (CESPE/TRF 1ª/2017) Brasileiro NATURALIZADO que tiver praticado crime comum ANTES da sua naturalização poderá ser extraditado. (CERTO)

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    O brasileiro NATURALIZADO ----> será extraditado SEJA ANTES OU DEPOIS da naturalização, em caso de comprovado tráfico ilícito de entorpecentes 

    (CESPE/PF/2018) Apesar de o ordenamento jurídico vedar a extradição de brasileiros, brasileiro devidamente NATURALIZADO poderá ser extraditado se comprovado seu envolvimento com o tráfico ilícito de entorpecentes.(CERTO)

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ESTRANGEIRO ----> não será extraditado por crime político ou de opinião.

    (CESPE/DIPLOMATA/2018) A CF veda a extradição de estrangeiro em razão de crime político ou de opinião. (CERTO)

  • art 5 cf

    LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

  • Em regra os estrangeiros poderão ser extraditados, salvo por crime político ou de opinião.

  • Alguém poderia me dar um exemplo do que seria um crime de opinião?
  • Gabarito B

    Brasileiro Nato → não pode ser extraditado;

    Naturalizado → pode ser extraditado mediante crime comum antes da naturalização ou envolvimento em tráfico de drogas e entorpecentes;

    Estrangeiro → não pode ser extraditado mediante crime político ou de opinião.

  • A questão trata de direitos individuais e nacionalidade.

    A) deverá ser concedida a extradição do estrangeiro por crime político.

    ERRADO. Conforme o art. 5º, LII da Constituição, não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

    B) não será concedida a extradição de estrangeiro por crime de opinião.

    CERTO. Conforme o art. 5º, LII da Constituição, não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

    C) o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado em razão da prática de crime de opinião. 

    ERRADO. Conforme o art. 5º, LI da Constituição, nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. Ademais, nem mesmo o estrangeiro pode ser extraditado por crime de opinião. Logo, seria contraditório que o brasileiro, ainda que naturalizado, pudesse ser extraditado nesta situação.

    D) o português residente no Brasil deverá ser extraditado em razão da prática de crime de opinião.

    ERRADO. Conforme o art. 5º, LII da Constituição, não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

    Gabarito do Professor: letra B.

  • GAb B

    Art5°- LII- Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

  • Art 5° LII- Não será concedida extradição de estrangeiro por crime de político ou de opnião.

  • A Constituição da República Federativa do Brasil elencou diversos direitos e garantias fundamentais, assegurando aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Sobre o tema, é correto afirmar que

    A

    deverá ser concedida a extradição do estrangeiro por crime político.

    Art 5° LII- Não será concedida extradição de estrangeiro por crime de político ou de opnião.

    B

    não será concedida a extradição de estrangeiro por crime de opinião.

    Art 5° LII- Não será concedida extradição de estrangeiro por crime de político ou de opnião.

    C

    o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado em razão da prática de crime de opinião.

     pode ser extraditado mediante crime comum antes da naturalização ou envolvimento em tráfico de drogas e entorpecentes;

    D

    o português residente no Brasil deverá ser extraditado em razão da prática de crime de opinião.

    Art 5° LII- Não será concedida extradição de estrangeiro por crime de político ou de opnião.

  • Lembrando que essas extradiçoes tem a ativa ( quando o criminoso foge para outro país, e o Brasil faz o pedido dele para o país na qual ele fugiu) e tem a passiva ( quando o Brasil envia um criminoso para outro país) o brasileiro nato pode sofrer extradição ativa, porém jamais a passiva! Já o naturalizado pode sofrer a passiva com as exceções ai de ter cometido crime antes da naturalização ou em caso comprovado de tráfico de drogas antes e depois da naturalização . Isso. Abraão tamo junto pmpb.

  • GAB: B

    CF / 88

    Capítulo I

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

    LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

  • Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião


ID
5289784
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Analise as afirmativas a seguir sobre as funções essenciais à Justiça:


I. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

II. O Procurador-Geral da República é escolhido pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

III. À Advocacia-Geral da União é assegurada autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.


É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • Analise as afirmativas a seguir sobre as funções essenciais à Justiça:

    I. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. (ERRADA)

    Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal .

    II. O Procurador-Geral da República é escolhido pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. (ERRADA)

    Art. 128. § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

    III. À Advocacia-Geral da União é assegurada autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. (ERRADA)

    Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

    É correto o que se afirma

    a) em nenhuma das afirmativas.

    GAB. LETRA "A".

    ----

    Fonte: CF/88

  • GABARITO - A

    I) Trata-se do MP

    Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    DEFENSORIA PÚBLICA:

    Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do 

    II) ACRFB/88 Só prescreve o mínimo:

    II - os Ministérios Públicos dos Estados.

    § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

  • GABARITO: A

    I - ERRADO: Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    II - ERRADO: Art. 128, § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

    III - ERRADO: Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

  • A questão exige conhecimento sobre as funções essenciais à Justiça e pede ao candidato que julgue os itens que seguem. Vejamos:

    I. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    Errado. Na verdade, o item descreveu o Ministério Público, nos termos do art. 127, caput, CF: Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Por outro lado, a Defensoria Pública tem a função de orientar juridicamente e promover os direitos humanos aos necessitados, nos termos do art. 134, caput, CF: Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. .   

    II. O Procurador-Geral da República é escolhido pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

    Errado. O PGR é nomeado pelo PR dentre os integrantes da carreira, nos termos do art. 128, § 1º, CF: § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

    III. À Advocacia-Geral da União é assegurada autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

    Errado. Na verdade, é às Defensorias Públicas Estaduais (e não à Advocacia-Geral da União) que são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, nos termos do art. 134, § 2º, CF: § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.  

    Portanto, nenhum item está correto.

    Gabarito: A

  • GABARITO: A

    Sobre a assertiva III, colaborando com um quadro comparativo disposto no livro da Nathalia Masson:

                                                       Poder Judiciário|Ministério Público|Defensoria Pública|Advocacia Pública

    Autonomia Financeira                Sim                |                Sim                    |        Sim            |                Não

    Autonomia Administrativa           Sim              |                Sim                  |        Sim              |                Não

    Autonomia Funcional                Sim                |                 Sim                    |        Sim            |                 Não

    Vedação ao Exerc. da Adv.        Sim               |                  Sim                    |        Sim            |                Não

    Iniciativa Legisl. p/ tratar organiz. carreira: Sim   |             Sim                   |        Não            |                Não

    Pra quem quiser localizar nos artigos da CF: Poder Judiciário (art. 93, 95 e 99), MP (art. 127 e art. 128), Def. Púb. (art. 61 e 134) e Adv. Púb (art. 131 e 132).

    (Masson, Nathalia. Manual de Direito Constitucional - 8. ed. Salvador: JUSPODIVM, 2020. fl. 1404)

  • ADVOCACIA PÚBLICA

    Responsável pela defesa jurídica dos entes federativos, integrando o Poder Executivo.

    AGU:

    REPRESENTA JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL: UNIÃO.

    A representação judicial pelos advogados públicos decorre de lei e, portanto, fica dispensada a juntada de instrumento de mandato em autos de processo judicial.

    A existência da Advocacia Pública não impede, todavia, que o Estado constitua mandatário ad judicia para causas específicas. A representação estatal em juízo não é, dessa maneira, uma atribuição exclusiva da Advocacia Pública.

    Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), observado o disposto em lei.

    → CONSULTORIA E ASSESSORAMENTO JURÍDICO: PODER EXECUTIVO.

    A AGU integra o Poder Executivo e o ingresso em sua carreira se dá por meio de concurso público de provas e títulos. A organização e funcionamento da AGU é regulada por meio de lei complementar.

    A AGU tem por chefe o Advogado-Geral da União, de LIVRE nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

    AGU:

    - Nomeado dentre CIDADÃOS pelo PR.

    - Deve possuir + de 35 anos (não tem idade máxima).

    - reputação ilibada + notável saber jurídico.

    NÃO TEM APROVAÇÃO DO SENADO! (≠ do PGR).

    - O MANDATO NÃO tem PRAZO CERTO NEM DETERMINADO [≠ do PGR = 2 anos].

    Advocacia Pública – AGU – NÃO tem poder de elaborar suas propostas orçamentárias.

     

    PROCURADORES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL: Organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a REPRESENTAÇÃO JUDICIAL e a CONSULTORIA JURÍDICA das respectivas unidades federadas.

    Aos procuradores dos Estados e do DF é assegurada ESTABILIDADE após Três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.

    STF: É INCONSTITUCIONAL a criação de procuradorias autárquicas pelos Estados-membros.

  • Trata-se de questão acerca das funções essenciais à Justiça.

    I. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    ERRADO. Segundo o art. 127 da Constituição, o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Já a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal (art. 134).

    II. O Procurador-Geral da República é escolhido pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

    ERRADO. Conforme o art. 128, §1º, o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

    III. À Advocacia-Geral da União é assegurada autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

    ERRADO. A autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária foi assegurada ao Ministério Público e à Defensoria, mas não à AGU.

    GABARITO DO PROFESSOR: letra A.

  • I) Trata-se do MP

    Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    DEFENSORIA PÚBLICA:

    Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do 

    II) ACRFB/88 Só prescreve o mínimo:

    II - os Ministérios Públicos dos Estados.

    § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

  • Analise as afirmativas a seguir sobre as funções essenciais à Justiça:

    I. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    II. O Procurador-Geral da República é escolhido pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

    Art. 128, § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

    III. À Advocacia-Geral da União é assegurada autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

    Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

    É correto o que se afirma

    A

    em nenhuma das afirmativas.

    B

    apenas em I.

    C

    apenas em I e II.

    D

    apenas em II e III.

  • I. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. (ERRADO) Esse é o MP.

    Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.

     

     

    O Procurador-Geral da República é escolhido pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. (ERRADO) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

    À Advocacia-Geral da União é assegurada autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. (ERRADO) A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

  •  o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    O PGR é nomeado pelo Presidente da República

     Advocacia-Geral da União não tem autonomia funcional e adm.

  • I. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (OBS: essas atribuições são de competência do MP). = como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal . Art. 134

    II. O Procurador-Geral da República é escolhido (OBS: o texto constitucional utiliza o termo "nomeado") pelo Presidente da República dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Art. 131, § 1º

    III. À Advocacia-Geral da União é assegurada = Às defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Art. 134, § 2º


ID
5289787
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Acerca das atribuições e responsabilidades do Presidente da República, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Acerca das atribuições e responsabilidades do Presidente da República, assinale a alternativa correta.

    c) Compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.

    GAB. LETRA "C".

    ----

    CF/88.

    Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

    VI – dispor, mediante decreto, sobre: b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

    XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

  • Gabarito: Letra C    

    Erro da letra A: Art. 86. § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

    II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

  • Erro das alternativas:

    A)O Presidente ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados. (Senado Federal).

    B)Não compete ao Presidente da República executar a intervenção federal.

    D)Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL e do Senado Federal, respectivamente.

  • Muito bom

  • GABARITO - C

    A)

    NAS INFRAÇÕES PENAIS COMUNS - se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

    NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE - APÓS A INSTAURAÇÃO DO PROCESSO.

    _________________________________________________________________

    B) PR

    Decreta e executa a intervenção federal

    Decreta o estado de defesa e o estado de Sítio

    ______________________________________________________________

    C) Lembrar-se de que essa competência pode ser delegada, todavia somente na parte referente

    ao provimento.

    ______________________________________________________________

    D) Art. 86, § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações

    comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.

  • A) O Presidente ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, desde a instauração do processo pelo senado federal.

    Crime Comum - desde o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo STF.

    B) Compete ao Presidente da República executar a intervenção federal.

    C) Compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.

    D) Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória pelo STF.

  • C) Compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.

    GABARITO LETRA C

  • Art. 84.Compete privativamente ao Presidente da República:

    XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

  • SOBRE A LETRA D). CUIDADO.

    CRIMES DE RESPONSABILIDADE (no caso, julgados pelo SENADO FEDERAL) se diferem dos CRIMES COMUNS (julgados pelo STF), e NÃO possuem prisão como sanção.: Daí o erro da assertiva.

    Crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas praticadas por pessoas que ocupam determinados cargos públicos. Caso o agente seja condenado por crime de responsabilidade, ele não receberá sanções penais (prisão ou multa), mas sim sanções político-administrativas (perda do cargo e inabilitação para o exercício de função pública). Os crimes de responsabilidade estão previstos: Presidente: art. 85 da CF/88 e Lei n.° 1.079/50; Governador: Lei n.° 1.079/50; Prefeito: DL 201/67.

  • A questão exige conhecimento acerca das atribuições e responsabilidades do Presidente da República (PR) e pede ao candidato que assinale o item correto. Vejamos:

    a) O Presidente ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados.

    Errado. O PR ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo SENADO FEDERAL (e não Câmara dos Deputados), nos termos do art. 86, § 1º, CF: § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

    b) Não compete ao Presidente da República executar a intervenção federal.

    Errado. Ao contrário do que alega o item, compete, sim, ao PR executar a intervenção federal, nos termos do art. 84, X, CF: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: X - decretar e executar a intervenção federal;

    c) Compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. Inteligência do art. 84, XXV, CF: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

    d) Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória do Senado Federal.

    Errado. Primeiramente, a pena aplicável para os crimes de responsabilidade é a perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, nos termos do art.2º da Lei n. 1.079/1950: Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República. Em segundo lugar, o PR somente está sujeito a prisão, nas infrações comuns, com a sentença condenatória proferida pelo STF, nos termos do art. 86, § 3º combinado com o art. 102, I, "b", CF: § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

    Gabarito: C

  • Gabarito letra d)!

    a)  ERRADA. Art. 86. § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

    I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

    II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

    b) ERRADA. Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

    C) CERTA. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

    VI – dispor, mediante decreto, sobre: b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

    XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

    d) ERRADA. Art. 86. § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

    I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

    II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

    Pode ser do STF ou Senado.

    Bons estudos!

  • Respondendo com outras questões do CESPE.

    A - ERRADO

    (CESPE/2018/MPE-PI) O presidente da República ficará suspenso de suas funções nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pelo Senado Federal. (CERTO)

    B - ERRADO

    (CESPE /2011/TRE-ES)Tanto a decretação quanto a execução de intervenção federal são da competência privativa do presidente da República. (CERTO)

    C - CERTO

    (CESPE - 2010 - ANEEL) A CF atribuiu ao presidente da República a competência privativa para prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. (CERTO)

    D - ERRADO

    (CESPE/2013/PC-DF) Caso cometa infrações comuns, o presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória. (CERTO)

    • Obs.: Infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade (STF; Senado Federal, respectivamente).

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    ####MACETE SOBRE O TEMA DA ALTERNATIVA C####

    DEI PRO PAM

    O que pode ser delegado?

     

    -DEcreto autônomo (extinção de cargo ou função, quando vagos e organização e funcionamento da administração pública federal quando não implicar em aumento de despesa nem criação de ORGÃOS) 

    -Indulto e comutar penas

    -PROver cargos públicos federais (extinguir não , já que somente extingue-se por LEI)

    Pra QUEM será delegado?

     

    -Procurador Geral da República

    -Advogado Geral da União

    -Ministros do Estado

     Bons estudos!

  • A questão exige conhecimento acerca das atribuições e responsabilidades do Presidente da República. 

    A leitura atenta das normas constitucionais é essencial para evitar dúvidas e erros em questões desse jaez, pois se verifica que as alternativas exigiram uma forte noção da literalidade do texto constitucional.  

    Passemos às alternativas. 

    A alternativa "A" está errada, pois o 
    Presidente ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal, nos termos do artigo 86, § 1º, da CRFB.

    A alternativa "B" está errada, pois compete privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção federal, nos termos do artigo 84, X, da CRFB.


    A alternativa "C" está correta, sendo o gabarito da questão, uma vez compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei, nos termos do artigo 84, XXV, da CRFB.


    A alternativa "D" está errada, pois o Presidente ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal e, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. nos termos do artigo 86, §1º, XXV, da CRFB.
    Gabarito da questão: letra "c".
  • GABARITO: C

    a) ERRADO: Art. 86, § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

    b) ERRADO: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: X - decretar e executar a intervenção federal;

    c) CERTO: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

    d) ERRADO: Art. 86, § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre Presidente da República.

    A- Incorreta - O processo, nesse caso, é instaurado pelo Senado Federal. Art. 86, § 1º, CRFB/88: "O Presidente ficará suspenso de suas funções: (...) II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal".

    B- Incorreta - Trata-se de competência privativa do Presidente. Art. 84, CRFB/88: "Compete privativamente ao Presidente da República: (...) X - decretar e executar a intervenção federal; (...)".

    C- Correta- É o que dispõe a Constituição em seu art. 84: "Compete privativamente ao Presidente da República: (...) XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; (...)".

    D- Incorreta - Nos crimes comuns, o Presidente não estará sujeito à prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória (nesse caso, do STF, que é quem julga os crimes comuns do Presidente). Art. 86, CRFB/88: "Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. (...) § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. (...)".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa C.

  • Acerca das atribuições e responsabilidades do Presidente da República, assinale a alternativa correta.

    A

    O Presidente ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados.

    O PR ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo SENADO FEDERAL (e não Câmara dos Deputados),

    nos termos do art. 86, § 1º, CF: § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

    B

    Não compete ao Presidente da República executar a intervenção federal.

    Ao contrário do que alega o item, compete, sim, ao PR executar a intervenção federal, nos termos do art. 84, X, CF: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: X - decretar e executar a intervenção federal;

    C

    Compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.

    Inteligência do art. 84, XXV, CF: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

    D

    Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória do Senado Federal.

    Primeiramente, a pena aplicável para os crimes de responsabilidade é a perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, nos termos do art.2º da Lei n. 1.079/1950: 

    Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República. 

    Em segundo lugar, o PR somente está sujeito a prisão, nas infrações comuns, com a sentença condenatória proferida pelo STF, nos termos do art. 86, § 3º combinado com o art. 102, I, "b", CF: § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. 

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente:

    b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

  • Gab C!

    Crime de presidente. Primeira coisa -> 2/3 DA CÂMARA.

    Depois:

    Se for crime comum: STF

    Se for crime de responsabilidade: SENADO

    SUSPENSÃO DE ATIVIDADES DO PRESIDENTE:

    Crime comum: Recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

    Crime de responsabilidade: II - após a instauração do processo pelo Senado Federal.

    PRAZO: 180 DIAS

    § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.

  • Gab C

    art. 84, XXV, CF: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

  • só complementando é umas das competências delegáveis que está prevista. prover e extinguir cargos, conceder indulto, nomear menbros.

    PMCE2021

  • GABARITO LETRA ( D)

    Compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.

    OBS SOBRE A LETRA E § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. 

  • a) INCORRETA - Instauração do processo pelo SENADO FEDERAL;

    b) INCORRETA - COMPETE ao Presidente...;

    c) GABARITO

    d) INCORRETA - Sentença condenatória do STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL).

  • Há um detalhe que as bancas examinadoras adoram:

    1) Nos crimes comuns, o Presidente ficará suspenso de suas funções desde o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo STF.

    2) Nos crimes de responsabilidade, o Presidente ficará suspenso de suas funções desde a instauração do processo pelo Senado Federal.

  • CF/88

    Art. 84 - XXV - Prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

    CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR:

    Art. 84 - VI - Dispor mediante decreto:

    (...)

    B) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

  •     Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

    XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

  • A alternativa "A" está errada, pois o Presidente ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal, nos termos do artigo 86, § 1º, da CRFB.

    A alternativa "B" está errada, pois compete privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção federal, nos termos do artigo 84, X, da CRFB.

    A alternativa "C" está correta, sendo o gabarito da questão, uma vez compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei, nos termos do artigo 84, XXV, da CRFB.

    A alternativa "D" está errada, pois o Presidente ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal e, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. nos termos do artigo 86, §1º, XXV, da CRFB.

    Gabarito da questão: letra "c".

  • O Presidente não pode ser preso por prática de crime de responsabilidade.

    Vejamos.

    São penas para o crime de responsabilidade:

    • Perda do cargo;
    • Oito anos de afastamento da função pública.

    Detalhe: segundo o STF essas penas não guardam relação entre si, podendo ser aplicadas de forma independente.

    Basta lembrarmos que a Dilma, em 2016, sofreu impedimento, mas lhe sobreveio apenas a sanção de perdimento do cargo. Até onde sei, posteriormente, ela se tornou docente em uma Universidade no sul do país.

  • A) O Presidente ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados - (SENADO)

    B) Não compete ao Presidente da República executar a intervenção federal - art. 84, X - ele decreta e exectua a intervenção federal

    C) Compete privativamente ao Presidente da República prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. - art. 84, VI, b

    Quando o cargo estiver VAGO - criação e extinsão por meio de DECRETO

    Quanto o cargo estiver OCUPADO - criação e extinsão por meio de LEI

    D) Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória do Senado Federal.

    Somente em caso de infração penal comum - quem julga é o STF


ID
5289790
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que as Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que as Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas

    d) pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    GAB. LETRA "D".

    ----

    CF/88.

    Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

    § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

  • Pode ser por qualquer das casas 1/3.

    • prazo determinado
    • objetivo específico
    • poderes próprios de autoridades judiciais

    Lembrando que a testemunha pode ser conduzida a força para depor, mas não o investigado. Outrossim, a CPI não pode prender, salvo em flagrante, como ocorreu com o falso testemunho ontem hahahaha.

    Observação: fatos de testemunhas que possam incriminá-la é passível de HC, pois ninguém tem dever de produzir provas contra si.

  • GABARITO - D

    CPI - 3 caracteres / 1/3

    O que a CPI pode fazer:

    • convocar ministro de Estado;
    • tomar depoimento de autoridade federal, estadual ou municipal;
    • ouvir suspeitos (que têm direito ao silêncio para não se autoincriminar) e testemunhas (que têm o compromisso de dizer a verdade e são obrigadas a comparecer);
    • ir a qualquer ponto do território nacional para investigações e audiências públicas;
    • prender em flagrante delito;
    • requisitar informações e documentos de repartições públicas e autárquicas;
    • requisitar funcionários de qualquer poder para ajudar nas investigações, inclusive policiais;
    • pedir perícias, exames e vistorias, inclusive busca e apreensão (vetada em domicílio);
    • determinar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de inspeções e auditorias; e
    • quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados (inclusive telefônico, ou seja, extrato de conta e não escuta ou grampo).

    O que a CPI não pode fazer:

    • condenar;
    • determinar medida cautelar, como prisões, indisponibilidade de bens, arresto, sequestro;
    • determinar interceptação telefônica e quebra de sigilo de correspondência;
    • impedir que o cidadão deixe o território nacional e determinar apreensão de passaporte;;
    • expedir mandado de busca e apreensão domiciliar; e
    • impedir a presença de advogado do depoente na reunião (advogado pode: ter acesso a documentos da CPI; falar para esclarecer equívoco ou dúvida; opor a ato arbitrário ou abusivo; ter manifestações analisadas pela CPI até para impugnar prova ilícita).

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • A questão exige conhecimento acerca das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e pede ao candidato que assinale o item correto, no tocante a sua criação.

    Para responder a questão, necessário conhecimento do art. 58, § 3º, CF, que preceitua:

    Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

    § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    Portanto, a CPI será criada pela Câmara dos Deputados (CD) e pelo Senado Federal (SF), em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de, no mínimo, 1/3 dos Deputados (ou seja, necessário 171 Deputados - 1/3 de 513) e também de, no mínimo, 1/3 de Senadores (27 Senadores - 1/3 de 81), para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores, de modo que somente o item "D" encontra-se correto.

    Atenção: O quórum estabelecido na CF é um requisito formal e se CPI for exclusiva da CD, então, será necessário o requerimento de 171 Deputados. Se exclusiva do SF, será necessário requerimento de 27 Senadores. Se mista (tanto na CD, quanto no SF), necessário requerimento de 1/3 CD + 1/3 SF (171 Deputados + 27 Senadores).

    Gabarito: D

  • GABARITO: D

    Válido relembrar que o importante quórum de 1/3 assegura o direito das minorias e foi recentemente reiterado pelo STF quando destacou a inexistência de um juízo de discricionariedade na instalação da CPI, afastando os argumentos do presidente do Senado que adiava a "CPI da Covid" por "não ser um momento oportuno".

    • (...) A instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito depende unicamente do preenchimento dos requisitos previstos no art. 58, § 3º, da Constituição Federal, ou seja: a) o requerimento de um terço dos membros das casas legislativas; b) a indicação de fato determinado a ser apurado; e c) a definição de prazo certo para sua duração. (...) (STF. Plenário. MS 37760 MC-Ref/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 14/4/2021) (Info 1013).

    • (...) A norma inscrita no art. 58, § 3º, da Constituição da República destina-se a ensejar a participação ativa das minorias parlamentares no processo de investigação legislativa, sem que, para tanto, mostre-se necessária a concordância das agremiações que compõem a maioria parlamentar. O direito de oposição, especialmente aquele reconhecido às minorias legislativas, para que não se transforme numa prerrogativa constitucional inconsequente, há de ser aparelhado com instrumentos de atuação que viabilizem a sua prática efetiva e concreta no âmbito de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (...) A ofensa ao direito das minorias parlamentares constitui, em essência, um desrespeito ao direito do próprio povo, que também é representado pelos grupos minoritários que atuam nas Casas do Congresso Nacional. (...) A prerrogativa institucional de investigar, deferida ao Parlamento (especialmente aos grupos minoritários que atuam no âmbito dos corpos legislativos), não pode ser comprometida pelo bloco majoritário existente no Congresso Nacional, que não dispõe de qualquer parcela de poder para deslocar, para o Plenário das Casas Legislativas, a decisão final sobre a efetiva criação de determinada CPI, sob pena de frustrar e nulificar, de modo inaceitável e arbitrário, o exercício, pelo Legislativo (e pelas minorias que o integram), do poder constitucional de fiscalizar e de investigar o comportamento dos órgãos, agentes e instituições do Estado, notadamente daqueles que se estruturam na esfera orgânica do Poder Executivo. (...) [rel. min. Celso de Mello, j. 25-4-2007, P, DJE de 18-12-2009.] Vide , rel. min. Celso de Mello, j. 22-6-2005, P, DJ de 4-8-2006.
  • Gabarito: D

    (CESPE/2014/ANTAQ) As comissões parlamentares de inquérito são criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, devendo suas conclusões, se for o caso, ser encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. CERTO

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    CF/Art. 58 § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    Acrescentando:

    Quando uma CPI é composta em conjunto pelo Senado e pela Câmara, ela recebe o nome de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).

    Neste caso, além das 27 assinaturas dos SENADORES, também é necessário o apoio de 171 DEPUTADOS, exatamente um terço dos membros da Câmara.

    --> DEPUTADOS FEDERAIS: 513.

    --> SENADORES: 81.

  • GABARITO: D

    Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

  • p/ complementar a alternativa correta D:

    Conforme o art. 6-A, da lei 1579/52 (lei da CPI): "A Comissão Parlamentar de Inquérito encaminhará relatório circunstanciado, com suas conclusões, para as devidas providências, entre outros órgãos, (exemplo, a Polícia Federal) ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, com cópia da documentação, para que promovam a responsabilidade civil ou criminal por infrações apuradas e adotem outras medidas decorrentes de suas funções institucionais".       

    Observe, portanto, que não se limita mais apenas ao MP, acrescentando, também, à AGU, bem como outros orgãos.

  • COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CPI)

    - Comissões especiais e temporárias criadas para a apuração de fato concreto, determinado e de interesse público.

    - É direito público subjetivo das minorias, ou seja, basta 1/3 dos membros da CD (171) e do SF (27), em conjunto (mista = CPMI) ou separadamente.

     

    STF entende que é direito constitucional das minorias, não podendo ficar submetido ao pleno (ADI 3619, em 01.08.2006).

    Obs. No caso de comissão parlamentar mista de inquérito, CPMI, o requerimento deverá ser de umterço dos membros de AMBAS as Casas Legislativas.

    - A CPI não tem como função julgar os fatos apurados, devendo encaminhar suas conclusões ao Tribunal de Contas ou ao MP.

    - As CPI’s tem poderes próprios das autoridades judiciais, entretanto, quando estiverem envolvidos direitos e garantias individuas e coletivos, deve a CPI obter a medida desejada por via judicial (É a chamada Reserva Jurisdicional).

    - É obrigatório indicar o FATO DETERMINADO que levou a sua criação.

    - Terá prazo CERTO para a realização dos trabalhos (a CPI é TEMPORÁRIA).

    -A CD, em seu Regimento Interno, estabelece o prazo de 120 dias para a conclusão de seus trabalhos, podendo ser prorrogado por mais 60 dias por deliberação do plenário da Casa.

    - O SF determina que a CPI se extingue pela conclusão da tarefa, pelo término do seu prazo ou ainda pelo término da sessão legislativa ordinária (SLO).

    - ATENÇÃO: o prazo até pode ser prorrogado, mas não pode ultrapassar a legislatura.

    - Podem ser criadas até 5 CPIs.

    - ATENÇÃO: pode ser criada CPI tanto na CD quanto no SF sobre a mesma matéria.

    - A CPI tem as mesmas prerrogativas que o Judiciário, porém, não julga, apenas investiga (função típica fiscalizadora).

    - A produção do relatório final, se for o caso, será encaminhado ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    - ATENÇÃO: não é assegurado ao depoente o direito ao contraditório na fase de investigação parlamentar, uma vez que tem caráter meramente inquisitório, ou seja, de reunião de provas para futura acusação pelo MP, porém, ele poderá ser assistido por seu advogado.

    O modelo constitucional de criação das CPI’s deve ser observado pelos estados membros?SIM. A criação das CPI’s nos Estados, por força do pacto federativo, deve observar compulsoriamente omodelo federal.

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre comissões parlamentares de inquérito.

    A- Incorreta - As comissões podem ser criadas pela Câmara e pelo Senado, em conjunto ou separadamente. Além disso, as conclusões, se for o caso, devem ser encaminhadas apenas ao Ministério Público, vide alternativa D.

    B- Incorreta - As comissões podem ser criadas pela Câmara e pelo Senado, em conjunto ou separadamente. Além disso, as comissões têm prazo certo e as conclusões, se for o caso, devem ser encaminhadas apenas ao Ministério Público, vide alternativa D.

    C- Incorreta - O requerimento é de, ao menos, 1/3 dos membros, não maioria relativa, vide alternativa D.

    D- Correta- É o que dispõe a Constituição em seu art. 58, § 3º: "As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores".

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa D.

  • A questão trata de Poder Legislativo.

    De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que as Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas

    Segundo o art. 58, §3º da Constituição, as comissões parlamentares de inquérito serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    Portanto, a alternativa que reproduz fielmente o dispositivo constitucional é a letra D.

    Gabarito do Professor: letra D.

  • Art. 58 § 3°

  • De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que as Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas

    A

    pelo Congresso Nacional, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado, sendo suas conclusões encaminhadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas da União, para que promovam a responsabilidade civil e criminal dos infratores.

    As comissões podem ser criadas pela Câmara e pelo Senado, em conjunto ou separadamente. Além disso, as conclusões, se for o caso, devem ser encaminhadas apenas ao Ministério Público, vide alternativa D.

    B

    pela Câmara dos Deputados, mediante requerimento de um quinto de seus membros, para a apuração de fato determinado e sem prazo certo, sendo suas conclusões encaminhadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas da União, para que promovam a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    As comissões podem ser criadas pela Câmara e pelo Senado, em conjunto ou separadamente. Além disso, as comissões têm prazo certo e as conclusões, se for o caso, devem ser encaminhadas apenas ao Ministério Público, vide alternativa D.

    C

    pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto, mediante requerimento da maioria relativa de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

     O requerimento é de, ao menos, 1/3 dos membros, não maioria relativa, vide alternativa D.

    D

    pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    É o que dispõe a Constituição em seu art. 58, § 3º:

    "As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores".

  • Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    GAB: D


ID
5289793
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

À luz da Lei 8.666/1993, assinale a alternativa que trata corretamente da execução direta nas licitações públicas.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D.

  • LEI 8.666/93

    Art. 6º. Para os fins desta Lei, considera-se:

    (...)

    VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios; (LETRA D)

    VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: 

    a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;

    b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas;

    c) (Vetado).

    d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

    e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

  • LETRA D).

    A) ERRADO.

    A execução direta está relacionada com a execução da obra ou do serviço por parte da própria Administração Pública.

    B) ERRADO.

    Trata-se de uma das hipóteses da EXECUÇÃO INDIRETA, quando há a realização por terceiros, sob os regimes de:

    -EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL;

    -EMPREITADA POR PREÇO UNITÁRIO;

    -TAREFA; e

    -EMREITADA INTEGRAL.

    C) ERRADO.

    Não há menção na legislação em modalidade de licitação chamada tarefa. A TAREFA está relacionada com um dos regimes adotadas nas hipótese da execução indireta, por parte de terceiros (observar comentário da alternativa anterior).

    D) CERTO.

    Trata-se da literalidade do inciso VII, art. 6º, Lei 8.666/93:

    VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios.

  • Gabarito: D

    LEI 8666

     EXECUÇÃO INDIRETA

    O Órgão ou entidade pública contrata com TERCEIROS, sob os regimes de:

    EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL: Obra ou serviço com preço certo e total

    EMPREITADA POR PREÇO UNITÁRIO: Obra ou serviço com preço certo de unidades determinadas.

    TAREFA: Ajuste de mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais

    EMPREITADA INTEGRAL: Empreendimento em sua totalidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias.

    EXECUÇÃO DIRETA

    É feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios;

  • LETRA D

    execuração direta - a propria Adm que realiza, sem mais.

  • Execução de Obras ou Serviços:

    Execução Direta a própria ADM é quem faz com seus próprios meios, EXEMPLO - quando se utiliza um eletricista do quadro de pessoal do órgão para fazer reparos no quadro geral de energia.

    Execução Indireta contrato com TERCEIROS sob os seguintes regimes

    • Empreitada por preço GLOBAL - por preço certo e total;
    • Empreitada por preço UNITÁRIO - por preço certo de unidades determinadas;

    • TAREFA - mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais;

    • Empreitada INTEGRAL- empreendimento em sua integralidade, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;

    (baseado em - repositório.enap.gov - resumido)


ID
5289796
Banca
IDIB
Órgão
CREMERJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Acerca da improbidade na gestão pública, analise as afirmativas a seguir:


I. A prática de atos de improbidade administrativa está diretamente associada à hierarquia dos agentes públicos, os quais não respondem por tais atos quando não possuírem poder decisório ou quando ocuparem o baixo escalão da estrutura governamental.

II. No caso de enriquecimento ilícito, além do agente público, o terceiro beneficiário também perderá os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

III. Constitui ato de improbidade administrativa, por exemplo, uma ação ou omissão do agente público que viole gravemente os deveres de honestidade e lealdade às instituições.


É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

  • Acerca da improbidade na gestão pública, analise as afirmativas a seguir:

    I. A prática de atos de improbidade administrativa está diretamente associada à hierarquia dos agentes públicos, os quais não respondem por tais atos quando não possuírem poder decisório ou quando ocuparem o baixo escalão da estrutura governamental. (ERRADA)

    Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

    II. No caso de enriquecimento ilícito, além do agente público, o terceiro beneficiário também perderá os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. (CERTA)

    Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

    III. Constitui ato de improbidade administrativa, por exemplo, uma ação ou omissão do agente público que viole gravemente os deveres de honestidade e lealdade às instituições. (CERTA)

    Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

    É correto o que se afirma

    c) apenas em II e III.

    GAB. LETRA "C".

    ----

    Fonte: L8.429/92

  • Você só precisa saber a primeira. E a primeira se aprende no primeiro contato com a legislação em questão.

    Questão que só pega aventureiro.

  • Eliminou a letra a), já foi a questão

  • Gabarito: C

    RESPONDENDO COM QUESTÕES DO CESPE.

    I - ERRADO.

    (CESPE - Q61289) Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a observar, de forma estrita, os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos de sua competência. (CERTO)

    II - CERTO

    (CESPE - Q655223) De acordo com a Lei Federal n° 8.429 de 2 de junho de 1992 e alterações, no caso de enriquecimento ilícito, o agente público ou terceiro beneficiário ficará com os valores acrescidos ao seu patrimônio após o processo de sindicância. (CERTO)

    III - CERTO

    (CESPE - Q1711148) O agente público que atentar contra os princípios da administração pública ou praticar qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições públicas está cometendo um ato de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. (CERTO)

  • GABARITO - C

    Particular sozinho - Não responde por Improbidade

    Particular em concurso com servidor - Responde

    O ressarcimento integral do dano em caso de lesão ao patrimônio público estende-se ao Agente público

    e ao particular.

    Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

  • GABARITO: CERTO

    I - ERRADO: Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

    II - CERTO: Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

    III - CERTO: Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

  • Presente da Banca pra ninguém zerar a prova

  • A questão demanda conhecimento acerca da improbidade administrativa e das disposições da Lei nº 8.429/1992. Vejamos as afirmativas da questão.

    I. A prática de atos de improbidade administrativa está diretamente associada à hierarquia dos agentes públicos, os quais não respondem por tais atos quando não possuírem poder decisório ou quando ocuparem o baixo escalão da estrutura governamental.

    Incorreta. Podem, em tese, praticar atos de improbidade administrativa e estão sujeitos às disposições e sanções da Lei de Improbidade Administrativa todos os agentes públicos.

    A Lei de Improbidade Administrativa, além disso, adota um conceito amplo de agente público, determinando que são considerados agentes públicos para fins dos efeitos da Lei nº 8.429/1992 todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior (art. 2º Lei nº 8.429/1992).

    Particulares também podem praticar atos de improbidade administrativa e estão sujeitos às sanções da Lei nº 8.429/1992, mesmo não sendo agentes públicos, caso induzam ou concorram para a prática do ato de improbidadeou dele se beneficiem sob qualquer forma direta ou indireta (art. 3º Lei nº 8.429/1992).

    Verificamos, então, que agentes públicos podem praticar ato de improbidade, independentemente de sua posição hierárquica, de modo que mesmo agentes do baixo escalão da estrutura governamental podem praticar ato de improbidade administrativa.

    II. No caso de enriquecimento ilícito, além do agente público, o terceiro beneficiário também perderá os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

    Correta. Quando o ato de improbidade administrativa importar na obtenção de bens ou valores indevidos por agente público ou por terceiros, fica caracterizado o enriquecimento ilícito do agente público ou do terceiro.

    Assim, aqueles que por participarem da prática de ato enriquecerem ilicitamente – sejam agentes públicos ou terceiros beneficiários – perderão os bens e valores indevidamente acrescidos ao seu patrimônio, na forma do artigo 6º da Lei nº 8.429/1992. Vale conferir o referido dispositivo legal:

    Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

    III. Constitui ato de improbidade administrativa, por exemplo, uma ação ou omissão do agente público que viole gravemente os deveres de honestidade e lealdade às instituições. 

    Correta. Constituem atos de improbidade que atentam contra os princípios que regem a administração pública atos que violem gravemente os deveres de honestidade e lealdade às instituições, na forma do artigo 11 da Lei nº 8.429/1992 que determina o seguinte:

    Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições.

    Verificamos, então, que são corretas apenas as afirmativas II e III, então, a resposta da questão é a alternativa C.

    Gabarito do professor: C

  • Eliminando a primeira afirmativa já dá pra responder a questão. É justamente o contrário do que se afirma nela, pois a lei adota o sentido amplo de agente público para a prática de improbidade, do baixo ao alto escalão.
  • artigo 4 e 6 revogados

  • Todo subordinado tem direito de recusa quando se tratar de ordem manifestamente ilegal.