Fonte http://portugues.uol.com.br/gramatica/pronomes-reflexivos-pronomes-reciprocos.html
Os pronomes reflexivos indicam que a ação do sujeito reflete nele próprio e os pronomes recíprocos indicam que a ação é mútua entre os sujeitos.
Os pronomes reflexivos indicam que a ação do sujeito reflete nele próprio e os pronomes recíprocos indicam que a ação é mútua entre os sujeitos
Entre as distintas classificações que atribuímos aos pronomes estão aquelas representadas pelos pronomes oblíquos, cujas formas se classificam em átonas e tônicas. Entre as átonas, podemos destacar as representadas por “me, nos, te, vos e se”. Elas, por sua vez, podem ser utilizadas para indicar que a ação do sujeito se volta para ele mesmo, ou seja, reflete nele próprio. Assim sendo, podemos afirmar que tais pronomes são denominados de pronomes reflexivos. Vejamos, pois, alguns casos representativos:
Nós nos vestimos rapidamente.
Agindo assim, tu te condenas ainda mais.
Eu me enganei ao confiar em você.
Consoante a tais formas estão aquelas consideradas tônicas, ora representadas pelos pronomes “si e consigo”. Observemos:
Você parece um tanto quanto egoísta, querendo tudo para si.
Ele sempre leva consigo boas lembranças daqui.
As formas do reflexivo nas pessoas do plural (representadas pelos pronomes “nos, vos e se”) são utilizadas também para representar a reciprocidade da ação, ou seja, que ela é mútua entre dois ou mais indivíduos. Nesse caso, afirmamos que se trata de um pronome recíproco, visto que ocorre uma ação trocada entre os elementos do sujeito. Verifiquemos, pois:
Eu e ele nos cumprimentamos.
Paulo e Marcos se acusavam frequentemente pelo fato ocorrido.
Mas atenção a um detalhe relevante:
Pelo fato de serem idênticas às pessoas do pronome reflexivo e do recíproco pode ser que haja traços de ambiguidade nos casos do sujeito plural (como é o caso do enunciado que nos servirá de exemplo). Dessa forma, para que tal “desvio” não ocorra, alguns recursos são indispensáveis, tais como:
Paulo e Marcos enganaram-se.
Mediante tal discurso podemos inferir que ambas as pessoas do sujeito cometeram um engano; ou pode ser que Paulo enganou Marcos e este a Paulo. Assim sendo, voltemos aos recursos:
* No sentido de marcar a ação reflexiva é recomendável acrescentar-lhes, conforme a pessoa, a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, entre outras:
Paulo e Marcos enganaram a si mesmos.
* No sentido de demarcar a ação recíproca, torna-se conveniente acrescentar-lhes uma expressão pronominal, representada por “um ao outro, uns aos outros, entre si”:
Paulo e Marcos enganaram-se um ao outro.
OU
Paulo e Marcos enganaram-se entre si.
Ou ainda, fazendo uso de um advérbio, como “reciprocamente ou mutuamente”:
Paulo e Marcos enganaram-se mutuamente.