- ID
- 2124928
- Banca
- IF-TO
- Órgão
- IF-TO
- Ano
- 2016
- Provas
- Disciplina
- Direito Administrativo
- Assuntos
Marque a alternativa correta quanto ao uso ou não da crase nos três enunciados abaixo, respectivamente.
As Coordenações do IFTO se propõem bastante ___ construir uma educação de qualidade.
Nós, alunos do IFTO, aspiramos ___ pesquisa voltada para melhoria da vida das pessoas.
As queimadas em Palmas ultrapassam ___ capacidade de se suportar as fumaças constantes.
Inúmeras pessoas passam por momentos na vida em que o ambiente em casa está ruim e o convívio na família não vai bem. A terapia familiar pode auxiliar a compreender o que se passa e facilitar a resolução dos conflitos. Quanto à terapia familiar é correto afirmar que:
Foi com a publicação de qual teoria que a psicologia alcançou o status de ciência, rompendo definitivamente com a sua tradição filosófica?
O Behaviorismo define o comportamento como sendo:
O principal fundamento da Gestalt está referenciado em entender que:
De acordo com a teoria psicanalítica analise as afirmativas e assinale a alternativa correta:
I. Com o Livro A interpretação dos sonhos, Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade.
II. O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento, atemporal, desprezando noção de passado e presente.
III. O consciente recebe informações do mundo exterior e interior.
“A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou do mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade – deixa de registrar percepções externas, afasta determinados conteúdos psíquicos, interfere no pensamento”. À luz da psicanálise, este fenômeno é denominado de:
Reich, em sua teoria educacional, entende a boa ou má educação a partir do prisma quantitativo equilibrado entre:
Quanto à terapia de grupo, analise as afirmativas:
I. O terapeuta atua como facilitador na participação e interação dos membros.
II. O processo de terapia de grupo independe do estabelecimento de regras firmadas entre os membros.
III. Na terapia de grupo, a interação que se estabelece entre os membros é mais importante do que a que ocorre com o terapeuta.
“A construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção de esquemas ou de conhecimento. Em outras palavras, uma vez que a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta fazer uma acomodação e após, a assimilação e o equilíbrio são então alcançados.” Estamos fazendo referência à teoria de:
A criança deste estágio é “egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro. Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação.” O texto apresentado corresponde a características de qual fase do desenvolvimento da teoria de Piaget?
“A educação que bloqueia o livre fluxo energético por meio de repreensões e punições, quando transmitida por pais e posteriormente por profissionais da educação, transforma a criança, levando esta a uma percepção alterada da realidade e da vida. Se a criança precisa bloquear sua energia, o seu corpo físico e emocional se enrije, enrijecendo o seu modo de olhar e sentir a vida.” O texto apresentado faz referência a um conceito psicanalítico aplicado no contexto educacional. Assinale a alternativa que tal conceito é apresentado:
De acordo com o Código e Ética Profissional, são princípios fundamentais do psicólogo, exceto:
Assinale a alternativa incorreta, em relação às transgressões dos preceitos do Código de Ética Profissional do Psicólogo, no que se refere à infração disciplinar e aplicação de penalidade.
A implementação da Reforma Psiquiátrica no Brasil tem como principal vertente a desinstitucionalização com consequente desconstrução do manicômio e dos paradigmas que o sustentam. No Brasil, é fruto de vários debates entre trabalhadores de saúde mental, dentre estes: médicos psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, como também os usuários dos serviços de saúde mental e seus familiares. Profissionais de diversas áreas, como os do direito, também se engajaram no movimento da luta antimanicomial, para garantir os direitos das pessoas com transtorno mental. Com base nos estudos sobre a Reforma Psiquiátrica, considere a resposta correta:
Sobre o crescente emprego de psicoterapias breves nos diversos contextos institucionais, analise as questões abaixo:
I. Este tipo de psicoterapia tem sido bem aceita, pois permite melhorar a qualidade dos serviços oferecidos nas diversas instituições que realizam atendimentos de saúde mental e diminui as filas de espera dos pacientes.
II. A possibilidade de realizar um processo com começo, meio e fim dentro de um tempo reduzido é a especificidade dessa modalidade terapêutica, pois trabalha com aspectos circunscritos e objetivos limitados.
III. Não é uma boa opção para ser usada com terapeutas em formação, devido este tipo psicoterapia não corresponder satisfatoriamente aos seus objetivos acadêmicos, técnicos e sociais.
IV. Alguns autores citam que não há consenso quanto a duração mais adequada para um processo de psicoterapia breve. Há sugestões desde 4 (quatro) até 40 (quarenta) sessões, sendo 12 (doze) sessões o número de sessões mais aconselhados.
V. Alguns autores delineiam que há consenso quanto a duração adequada para um processo de psicoterapia breve, sendo este o número de 12 (doze) sessões.
Está correto o que se afirma na alternativa:
Acerca das teorias e técnicas psicológicas, marque o único comentário correto:
Bock, Furtado e Teixeira (2003) delineiam que vários autores definem a adolescência como a fase posterior a infância e anterior a juventude, que começa por volta dos doze anos e finda em torno dos dezoito anos. Sobre as intervenções clínicas de transtornos mentais em crianças e adolescentes, assinale a afirmativa que apresenta desacerto na sua redação:
Julgue os itens a seguir e marque a alternativa que apresenta veracidade em sua afirmativa:
Os seres humanos nascem, crescem e morrem inseridos em grupos sociais. Dependem do funcionamento eficiente destes para vivenciarem bem-estar psíquico, espiritual, social e material. Marque a alternativa certa, em que Moreno descreve como sendo os três procedimentos no campo das técnicas grupais e processos sociais:
I. Psicodrama: é a técnica de tratamento de conflitos individuais / Sociodrama: estuda grupos sociais / Role-playing: é um psicodrama utilizado para fins de formação de profissionais.
II. Psicodrama: é um psicodrama utilizado para fins de formação de profissionais / Sociodrama: estuda grupos sociais / Role-playing: é a técnica de tratamento de conflitos individuais.
III.Psicodrama: estuda grupos sociais / Sociodrama: é um psicodrama utilizado para fins de formação de profissionais / Role-playing: é a técnica de tratamento de conflitos individuais.
IV.Psicodrama: é a técnica de tratamento de
conflitos coletivos / Sociodrama: estuda grupos
sociais / Role-playing: é um psicodrama
utilizado para fins de formação de profissionais.
O Código de Ética do profissional de Psicologia aponta que é vedado ao psicólogo:
Ainda sobre o Código de Ética do profissional de Psicologia, analise as assertivas a seguir:
I. O atual Código de Ética do profissional de Psicologia já é o quinto formulado desta categoria.
II. Advertência, multa, censura pública e suspensão do exercício profissional são as penalidades previstas no código de Ética de Psicologia.
III. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
IV. Para realizar atendimento eventual de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus responsáveis.
V. O Código de Ética de Psicologia poderá ser alterado pelos Conselhos Regionais de Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvido, entretanto, o Conselho Federal de Psicologia.
Estão incorretas as assertivas:
A família organizada pode enfrentar eventos estressores, no entanto, encontra recursos em si mesma ou no seu ambiente para retornar a um estado equilibrado. Os estudos sobre famílias apontam que esta visão idealizada não é a realidade destes sistemas, e destacam relatos de violência intrafamiliar de ordens emocional, física, sexual, além da negligência e abandono. Sobre este tema, marque a alternativa correta:
Ferreira (2011) diz que o tema Qualidade de Vida no Trabalho - QVT está profundamente presente na atualidade, sendo discutido por dirigentes e gestores de organizações públicas e privadas. Este autor aponta que, de um modo global, esse interesse se fundamenta em três ordens de relevância sobre a pertinência do tema QVT:
Marque a alternativa falsa, segundo os escritos de Ferreira (2011), sobre Qualidade de Vida no Trabalho – QVT:
Para Dejours, a Psicodinâmica do Trabalho é uma disciplina clínica e teórica, e esta articulação permite apontar que o sujeito para a clínica do trabalho luta contra a loucura do trabalho, as patologias e a doença mental. Analise as questões abaixo e assinale a alternativa que apresenta contrassenso com a visão dejuriana sobre Psicodinâmica do Trabalho:
Pais sem limites
A educação liberal é confortável para os pais.
Mas os filhos precisam saber o que são deveres e obrigações
O avião estava cheio. Eu no fundão. Duas poltronas atrás de mim, uma criança começou a chorar. Abriu o berreiro. Ninguém disse uma palavra, fazer o que quando uma criança chora? A mãe, em vez de tentar acalmar o filho, reclamou em voz alta.
– Criança chora mesmo, e daí? Vocês ficam me olhando, mas o que posso fazer? Criança é assim: chora.
Tudo bem. Criança chora. Mas a gente ouve. Ninguém havia reclamado do incômodo em voz alta. Suponho que algumas pessoas tenham olhado para a mãe como se pedindo que fizesse alguma coisa. Em vez de acalmar o filho, ela brigou. Sinceramente, nem olhar a gente pode? E mais sinceramente ainda: como será a educação desse menino, se a mãe prefere reclamar com quem se sente incomodado com o choro, no lugar de acalmar o filho? Vai ter noção de limite? Ou se transformará num briguento, achando que tem direito a tudo? No caso dos aviões, eu acho que há uma irresponsabilidade enorme dos pais. Como podem expor um bebê de colo a viagens aéreas? Sim, existem os casos de extrema necessidade. Mas não são a maioria. Um bebê sente dor nos ouvidos, talvez até mais intensa que nós. Quando eu sinto, tento mascar chiclete, chupar bala, ou pelo menos, racionalmente, posso entender o que está acontecendo e suportar. Um bebê não. De repente, vem aquela dor horrível, ele não sabe o porquê. Chora. Grita. Os outros passageiros têm de suportar o barulho, ficam até com dor de cabeça. Mas um bebê é um bebê, e todos temos de entender. E os pais? Como obrigam a criança a suportar essa dor? E os passageiros os gritos? Eu já vim da Turquia certa vez, em uma viagem que durou o dia todo, com duas crianças pequenas logo atrás de mim. Classe executiva. Gritaram e choraram quase a viagem toda. E não têm razão? Como suportariam passar o dia todo sentados, cintos afivelados? Os pais eram pessoas simpáticas. Tinham ido a turismo. É certo deixar os filhos presos um dia inteiro? É justo enlouquecer os outros passageiros? Claro que criança tem o direito de viajar. Mas é preciso escolher o roteiro mais adequado. Certa vez fui a uma pousada na serra carioca. Deliciosa. Um diretor de cinema, mais tarde, comentou:
– Eu ia sempre lá. Mas eu e minha mulher cometemos um crime. Tivemos uma filha. Na pousada não aceitam crianças. É fato. Já existem hotéis e pousadas que não hospedam crianças. Muita gente acha um horror. Por outro lado, o problema não está nos pais? Em qualquer lugar onde os pais estejam com os filhos, agem como se eles tivessem direito a tudo. Podem correr, gritar. Dá para ler um livro embaixo de uma árvore, no alto da serra, com crianças correndo e gritando? E com os pais apreciando a algazarra tranquilamente, sem se importar com os outros hóspedes?
Eu poderia citar outros exemplos. Visitas que chegam com filhos que pulam no sofá. Ou brincam com algum objeto de estimação. Que batem no prato e dizem que não gostam da comida, em restaurantes. (E com razão. Agora criança tem de apreciar sashimi quando quer hambúrguer?) O problema está nos pais. Muitos foram reprimidos quando crianças. Antes era assim: podia, não podia. A educação tradicional impunha limites, às vezes de forma rígida. Eu mesmo acredito que o excesso de rigidez é péssimo. Por outro lado, essas crianças vão crescer, e terão de viver com normas. A vida é cheia de isso pode e aquilo não pode. O respeito ao outro implica entender os próprios limites. Senão é aquilo: todo mundo querendo furar fila, tirando vantagem. O fato é que muitos dos pais modernos, como a mulher que esbravejou no avião, acham que criança pode tudo. Já conversei com professoras, segundo as quais, hoje, boa parte dos pais delega a educação básica dos filhos à escola. Há casos, extremos, em que a professora tem de explicar a importância de escovar os dentes todos os dias. Não estou falando de famílias sem condições financeiras, no caso. Mas também de gente bem de vida, para quem é mais fácil não discutir deveres e obrigações com os filhos. Deixar rolar.
Mas um dia os filhos terão de aprender a viver em sociedade. Podem contar com a mãe ou o pai para chorar as pitangas se forem demitidos. Um ombro sempre é bom. Mas só terão empregos e oportunidades se souberem o que são limites, deveres, obrigações. A educação extremamente liberal é atraente. Principalmente, porque confortável para os pais. Mas fica a pergunta: se os pais não dão noção de limites, como os filhos um dia vão ter?
Carrasco, Walcyr. Pais sem limites. Disponível
em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/09/pais-sem-limites.html.
Acesso em: 12 ago. 2016.
Assinale a alternativa que apresenta a ideia central do texto.
Pais sem limites
A educação liberal é confortável para os pais.
Mas os filhos precisam saber o que são deveres e obrigações
O avião estava cheio. Eu no fundão. Duas poltronas atrás de mim, uma criança começou a chorar. Abriu o berreiro. Ninguém disse uma palavra, fazer o que quando uma criança chora? A mãe, em vez de tentar acalmar o filho, reclamou em voz alta.
– Criança chora mesmo, e daí? Vocês ficam me olhando, mas o que posso fazer? Criança é assim: chora.
Tudo bem. Criança chora. Mas a gente ouve. Ninguém havia reclamado do incômodo em voz alta. Suponho que algumas pessoas tenham olhado para a mãe como se pedindo que fizesse alguma coisa. Em vez de acalmar o filho, ela brigou. Sinceramente, nem olhar a gente pode? E mais sinceramente ainda: como será a educação desse menino, se a mãe prefere reclamar com quem se sente incomodado com o choro, no lugar de acalmar o filho? Vai ter noção de limite? Ou se transformará num briguento, achando que tem direito a tudo? No caso dos aviões, eu acho que há uma irresponsabilidade enorme dos pais. Como podem expor um bebê de colo a viagens aéreas? Sim, existem os casos de extrema necessidade. Mas não são a maioria. Um bebê sente dor nos ouvidos, talvez até mais intensa que nós. Quando eu sinto, tento mascar chiclete, chupar bala, ou pelo menos, racionalmente, posso entender o que está acontecendo e suportar. Um bebê não. De repente, vem aquela dor horrível, ele não sabe o porquê. Chora. Grita. Os outros passageiros têm de suportar o barulho, ficam até com dor de cabeça. Mas um bebê é um bebê, e todos temos de entender. E os pais? Como obrigam a criança a suportar essa dor? E os passageiros os gritos? Eu já vim da Turquia certa vez, em uma viagem que durou o dia todo, com duas crianças pequenas logo atrás de mim. Classe executiva. Gritaram e choraram quase a viagem toda. E não têm razão? Como suportariam passar o dia todo sentados, cintos afivelados? Os pais eram pessoas simpáticas. Tinham ido a turismo. É certo deixar os filhos presos um dia inteiro? É justo enlouquecer os outros passageiros? Claro que criança tem o direito de viajar. Mas é preciso escolher o roteiro mais adequado. Certa vez fui a uma pousada na serra carioca. Deliciosa. Um diretor de cinema, mais tarde, comentou:
– Eu ia sempre lá. Mas eu e minha mulher cometemos um crime. Tivemos uma filha. Na pousada não aceitam crianças. É fato. Já existem hotéis e pousadas que não hospedam crianças. Muita gente acha um horror. Por outro lado, o problema não está nos pais? Em qualquer lugar onde os pais estejam com os filhos, agem como se eles tivessem direito a tudo. Podem correr, gritar. Dá para ler um livro embaixo de uma árvore, no alto da serra, com crianças correndo e gritando? E com os pais apreciando a algazarra tranquilamente, sem se importar com os outros hóspedes?
Eu poderia citar outros exemplos. Visitas que chegam com filhos que pulam no sofá. Ou brincam com algum objeto de estimação. Que batem no prato e dizem que não gostam da comida, em restaurantes. (E com razão. Agora criança tem de apreciar sashimi quando quer hambúrguer?) O problema está nos pais. Muitos foram reprimidos quando crianças. Antes era assim: podia, não podia. A educação tradicional impunha limites, às vezes de forma rígida. Eu mesmo acredito que o excesso de rigidez é péssimo. Por outro lado, essas crianças vão crescer, e terão de viver com normas. A vida é cheia de isso pode e aquilo não pode. O respeito ao outro implica entender os próprios limites. Senão é aquilo: todo mundo querendo furar fila, tirando vantagem. O fato é que muitos dos pais modernos, como a mulher que esbravejou no avião, acham que criança pode tudo. Já conversei com professoras, segundo as quais, hoje, boa parte dos pais delega a educação básica dos filhos à escola. Há casos, extremos, em que a professora tem de explicar a importância de escovar os dentes todos os dias. Não estou falando de famílias sem condições financeiras, no caso. Mas também de gente bem de vida, para quem é mais fácil não discutir deveres e obrigações com os filhos. Deixar rolar.
Mas um dia os filhos terão de aprender a viver em sociedade. Podem contar com a mãe ou o pai para chorar as pitangas se forem demitidos. Um ombro sempre é bom. Mas só terão empregos e oportunidades se souberem o que são limites, deveres, obrigações. A educação extremamente liberal é atraente. Principalmente, porque confortável para os pais. Mas fica a pergunta: se os pais não dão noção de limites, como os filhos um dia vão ter?
Carrasco, Walcyr. Pais sem limites. Disponível
em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/09/pais-sem-limites.html.
Acesso em: 12 ago. 2016.
Marque a alternativa falsa em relação ao objetivo do uso dos exemplos de comportamentos de pais e filhos no texto.
Pais sem limites
A educação liberal é confortável para os pais.
Mas os filhos precisam saber o que são deveres e obrigações
O avião estava cheio. Eu no fundão. Duas poltronas atrás de mim, uma criança começou a chorar. Abriu o berreiro. Ninguém disse uma palavra, fazer o que quando uma criança chora? A mãe, em vez de tentar acalmar o filho, reclamou em voz alta.
– Criança chora mesmo, e daí? Vocês ficam me olhando, mas o que posso fazer? Criança é assim: chora.
Tudo bem. Criança chora. Mas a gente ouve. Ninguém havia reclamado do incômodo em voz alta. Suponho que algumas pessoas tenham olhado para a mãe como se pedindo que fizesse alguma coisa. Em vez de acalmar o filho, ela brigou. Sinceramente, nem olhar a gente pode? E mais sinceramente ainda: como será a educação desse menino, se a mãe prefere reclamar com quem se sente incomodado com o choro, no lugar de acalmar o filho? Vai ter noção de limite? Ou se transformará num briguento, achando que tem direito a tudo? No caso dos aviões, eu acho que há uma irresponsabilidade enorme dos pais. Como podem expor um bebê de colo a viagens aéreas? Sim, existem os casos de extrema necessidade. Mas não são a maioria. Um bebê sente dor nos ouvidos, talvez até mais intensa que nós. Quando eu sinto, tento mascar chiclete, chupar bala, ou pelo menos, racionalmente, posso entender o que está acontecendo e suportar. Um bebê não. De repente, vem aquela dor horrível, ele não sabe o porquê. Chora. Grita. Os outros passageiros têm de suportar o barulho, ficam até com dor de cabeça. Mas um bebê é um bebê, e todos temos de entender. E os pais? Como obrigam a criança a suportar essa dor? E os passageiros os gritos? Eu já vim da Turquia certa vez, em uma viagem que durou o dia todo, com duas crianças pequenas logo atrás de mim. Classe executiva. Gritaram e choraram quase a viagem toda. E não têm razão? Como suportariam passar o dia todo sentados, cintos afivelados? Os pais eram pessoas simpáticas. Tinham ido a turismo. É certo deixar os filhos presos um dia inteiro? É justo enlouquecer os outros passageiros? Claro que criança tem o direito de viajar. Mas é preciso escolher o roteiro mais adequado. Certa vez fui a uma pousada na serra carioca. Deliciosa. Um diretor de cinema, mais tarde, comentou:
– Eu ia sempre lá. Mas eu e minha mulher cometemos um crime. Tivemos uma filha. Na pousada não aceitam crianças. É fato. Já existem hotéis e pousadas que não hospedam crianças. Muita gente acha um horror. Por outro lado, o problema não está nos pais? Em qualquer lugar onde os pais estejam com os filhos, agem como se eles tivessem direito a tudo. Podem correr, gritar. Dá para ler um livro embaixo de uma árvore, no alto da serra, com crianças correndo e gritando? E com os pais apreciando a algazarra tranquilamente, sem se importar com os outros hóspedes?
Eu poderia citar outros exemplos. Visitas que chegam com filhos que pulam no sofá. Ou brincam com algum objeto de estimação. Que batem no prato e dizem que não gostam da comida, em restaurantes. (E com razão. Agora criança tem de apreciar sashimi quando quer hambúrguer?) O problema está nos pais. Muitos foram reprimidos quando crianças. Antes era assim: podia, não podia. A educação tradicional impunha limites, às vezes de forma rígida. Eu mesmo acredito que o excesso de rigidez é péssimo. Por outro lado, essas crianças vão crescer, e terão de viver com normas. A vida é cheia de isso pode e aquilo não pode. O respeito ao outro implica entender os próprios limites. Senão é aquilo: todo mundo querendo furar fila, tirando vantagem. O fato é que muitos dos pais modernos, como a mulher que esbravejou no avião, acham que criança pode tudo. Já conversei com professoras, segundo as quais, hoje, boa parte dos pais delega a educação básica dos filhos à escola. Há casos, extremos, em que a professora tem de explicar a importância de escovar os dentes todos os dias. Não estou falando de famílias sem condições financeiras, no caso. Mas também de gente bem de vida, para quem é mais fácil não discutir deveres e obrigações com os filhos. Deixar rolar.
Mas um dia os filhos terão de aprender a viver em sociedade. Podem contar com a mãe ou o pai para chorar as pitangas se forem demitidos. Um ombro sempre é bom. Mas só terão empregos e oportunidades se souberem o que são limites, deveres, obrigações. A educação extremamente liberal é atraente. Principalmente, porque confortável para os pais. Mas fica a pergunta: se os pais não dão noção de limites, como os filhos um dia vão ter?
Carrasco, Walcyr. Pais sem limites. Disponível
em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/09/pais-sem-limites.html.
Acesso em: 12 ago. 2016.
A escolha do uso de certas palavras no texto contribui para a construção do posicionamento argumentativo constituinte desse texto. Esse é o caso da palavra sinceramente, usada duas vezes, seguidamente. Com isso, marque a alternativa que apresenta uma palavra que poderia substituir sinceramente no texto sem alterar o posicionamento argumentativo do mesmo.
Pais sem limites
A educação liberal é confortável para os pais.
Mas os filhos precisam saber o que são deveres e obrigações
O avião estava cheio. Eu no fundão. Duas poltronas atrás de mim, uma criança começou a chorar. Abriu o berreiro. Ninguém disse uma palavra, fazer o que quando uma criança chora? A mãe, em vez de tentar acalmar o filho, reclamou em voz alta.
– Criança chora mesmo, e daí? Vocês ficam me olhando, mas o que posso fazer? Criança é assim: chora.
Tudo bem. Criança chora. Mas a gente ouve. Ninguém havia reclamado do incômodo em voz alta. Suponho que algumas pessoas tenham olhado para a mãe como se pedindo que fizesse alguma coisa. Em vez de acalmar o filho, ela brigou. Sinceramente, nem olhar a gente pode? E mais sinceramente ainda: como será a educação desse menino, se a mãe prefere reclamar com quem se sente incomodado com o choro, no lugar de acalmar o filho? Vai ter noção de limite? Ou se transformará num briguento, achando que tem direito a tudo? No caso dos aviões, eu acho que há uma irresponsabilidade enorme dos pais. Como podem expor um bebê de colo a viagens aéreas? Sim, existem os casos de extrema necessidade. Mas não são a maioria. Um bebê sente dor nos ouvidos, talvez até mais intensa que nós. Quando eu sinto, tento mascar chiclete, chupar bala, ou pelo menos, racionalmente, posso entender o que está acontecendo e suportar. Um bebê não. De repente, vem aquela dor horrível, ele não sabe o porquê. Chora. Grita. Os outros passageiros têm de suportar o barulho, ficam até com dor de cabeça. Mas um bebê é um bebê, e todos temos de entender. E os pais? Como obrigam a criança a suportar essa dor? E os passageiros os gritos? Eu já vim da Turquia certa vez, em uma viagem que durou o dia todo, com duas crianças pequenas logo atrás de mim. Classe executiva. Gritaram e choraram quase a viagem toda. E não têm razão? Como suportariam passar o dia todo sentados, cintos afivelados? Os pais eram pessoas simpáticas. Tinham ido a turismo. É certo deixar os filhos presos um dia inteiro? É justo enlouquecer os outros passageiros? Claro que criança tem o direito de viajar. Mas é preciso escolher o roteiro mais adequado. Certa vez fui a uma pousada na serra carioca. Deliciosa. Um diretor de cinema, mais tarde, comentou:
– Eu ia sempre lá. Mas eu e minha mulher cometemos um crime. Tivemos uma filha. Na pousada não aceitam crianças. É fato. Já existem hotéis e pousadas que não hospedam crianças. Muita gente acha um horror. Por outro lado, o problema não está nos pais? Em qualquer lugar onde os pais estejam com os filhos, agem como se eles tivessem direito a tudo. Podem correr, gritar. Dá para ler um livro embaixo de uma árvore, no alto da serra, com crianças correndo e gritando? E com os pais apreciando a algazarra tranquilamente, sem se importar com os outros hóspedes?
Eu poderia citar outros exemplos. Visitas que chegam com filhos que pulam no sofá. Ou brincam com algum objeto de estimação. Que batem no prato e dizem que não gostam da comida, em restaurantes. (E com razão. Agora criança tem de apreciar sashimi quando quer hambúrguer?) O problema está nos pais. Muitos foram reprimidos quando crianças. Antes era assim: podia, não podia. A educação tradicional impunha limites, às vezes de forma rígida. Eu mesmo acredito que o excesso de rigidez é péssimo. Por outro lado, essas crianças vão crescer, e terão de viver com normas. A vida é cheia de isso pode e aquilo não pode. O respeito ao outro implica entender os próprios limites. Senão é aquilo: todo mundo querendo furar fila, tirando vantagem. O fato é que muitos dos pais modernos, como a mulher que esbravejou no avião, acham que criança pode tudo. Já conversei com professoras, segundo as quais, hoje, boa parte dos pais delega a educação básica dos filhos à escola. Há casos, extremos, em que a professora tem de explicar a importância de escovar os dentes todos os dias. Não estou falando de famílias sem condições financeiras, no caso. Mas também de gente bem de vida, para quem é mais fácil não discutir deveres e obrigações com os filhos. Deixar rolar.
Mas um dia os filhos terão de aprender a viver em sociedade. Podem contar com a mãe ou o pai para chorar as pitangas se forem demitidos. Um ombro sempre é bom. Mas só terão empregos e oportunidades se souberem o que são limites, deveres, obrigações. A educação extremamente liberal é atraente. Principalmente, porque confortável para os pais. Mas fica a pergunta: se os pais não dão noção de limites, como os filhos um dia vão ter?
Carrasco, Walcyr. Pais sem limites. Disponível
em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/09/pais-sem-limites.html.
Acesso em: 12 ago. 2016.
Ao longo do texto, a conjunção mas foi usada várias vezes. Em qual das alternativas a substituição da conjunção mas altera o sentido do enunciado no texto?
Marque a alternativa em que a ausência de vírgula não altera o sentido do enunciado.
Conforme a Lei n.º 8.112/90, para que seja possível o provimento em cargos públicos, faz-se necessário que os cidadãos que pleiteiem essas vagas cumpram alguns requisitos básicos para a investidura no cargo. Qual das alternativas abaixo não corresponde a um desses requisitos:
A Lei n.º 8.666/93, além de regulamentar o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, instituiu normas gerais para licitações e contratos da Administração Pública. A respeito dessa norma, assinale a alternativa incorreta:
A respeito das Disposições Constitucionais aplicadas aos servidores públicos, assinale a alternativa incorreta:
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins foi criado pela Lei n.º 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Essa norma estabeleceu os objetivos, finalidades e características dos Institutos Federais de Educação. Todas as alternativas expressam os objetivos dos Institutos Federais, exceto:
A Lei nº 8.666/93 traz em seu texto as modalidades de licitação que serão utilizadas para as compras, alienações, locações, obras e serviços no âmbito dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. De acordo com as modalidades previstas na legislação é correto afirmar:
No que se refere aos princípios orientadores das licitações públicas, marque a alternativa incorreta:
Todas as informações acadêmicas e administrativas que trafegam nas redes de computadores das instituições de ensino devem ser protegidas de ataques, invasões ou alterações não autorizadas ou não autenticadas. As sentenças a seguir definem ações relacionadas à proteção e segurança das informações, que todos os usuários corporativos devem realizar com regularidade, exceto.
O LibreOffice é um pacote gratuito de aplicações para escritório, que suporta a criação e a edição de textos formatados, planilhas eletrônicas, desenhos vetoriais, gráficos e apresentações multimídia. Considere as alternativas a seguir e marque a opção correta.
Alguns processos administrativos geram relatórios que devem ser auditados pelos órgãos de controle internos ou externos. É comum a necessidade de digitalizar tais documentos para facilitar seu compartilhamento. Considerando esta situação, analise as seguintes afirmações e assinale a opção incorreta.
Os sistemas de informação são gravados em diferentes dispositivos ou mídias de armazenamento permanente. Para atividades de backup de dados, primordiais no dia a dia, têm-se destacado alguns dispositivos devido à alta capacidade de armazenamento. Selecione a alternativa a seguir que identifica estes dispositivos.
A grande extensão da base de informações disponíveis na Internet têm gerado situações onde a quantidade de resultados torna o processo de busca ineficiente. Para melhorar os índices de exatidão nestas buscas, os sistemas de busca (p.ex. google) utilizam códigos especiais associados aos termos de busca para refinar seus resultados. Em uma situação de rotina em que se pretende encontrar sites que se referem a animais e em especial a coelhos brancos, deve-se digitar os termos de busca no formato:
As sentenças a seguir apresentam conceitos relacionados às principais características de implementação física e lógica, segurança e de serviços oferecidos pelas redes privadas chamadas de INTRANET. Tecnicamente é verdadeiro afirmar que:
Analise as afirmativas a seguir e selecione a alternativa verdadeira.
Sobre as regras de constituição do memorando (Manual da Presidência, 2002), pode-se afirmar.
Assinale a alternativa em que as regras de concordância foram obedecidas.
A demissão é uma penalidade disciplinar que se encontra regulamentada na Lei n.º 8.112/90. Assinale a alternativa que não expressa uma hipótese de aplicação dessa penalidade.