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Prova UEM - 2017 - UEM - Contador


ID
2511502
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Um dos conceitos de Contabilidade Pública foi formulado em 1954 após estudo da Divisão de Inspeção da Contabilidade – Contadoria Central do Estado, que chegou à seguinte conceituação: “Contabilidade Pública é o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a ______________ e _______________ da Fazenda Pública; o _____________ público e suas _____________”. Assinale a alternativa que completa o conceito de Contabilidade Pública, na sequência em que aparecem as lacunas.

Alternativas
Comentários
  • Organização, execução, patrimônio e variações.

    Letra B

  • GABARITO LETRA B.

     

    A Lei Federal nº 4.320/64, a qual instituiu normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, em seu artigo 83, descreve que a contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados. (BRASIL, 1964).

     No entender de Kohama, a definição de Contabilidade Pública é: “A Contabilidade Pública é o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a organização e execução da Fazenda Pública; o patrimônio público e suas variações” (KOHAMA, 2006, p. 25).

     

    FONTE: http://www.etecnico.com.br/paginas/mef15047.htm


ID
2511505
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

O reconhecimento do regime contábil da receita e da despesa orçamentária, sob o enfoque orçamentário, ocorre, respectivamente, por qual(is) regime(s) contábil(eis)?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    O Regime Orçamentário é MISTO (caixa para receitas e competência para despesas).

     

    Lei 4.320/64

     

    Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:

    I - as receitas nele arrecadadas;

    II - as despesas nele legalmente empenhadas.

  • RECEITA ARRECADADA 

    DESPESA EMPENHADA

  • Letra (c)

     

    Lembrando que, a simples emissão de nota de empenho não constitui passivo para a Adm Pública, pois ainda não ocorreu o fornecimento do material.

  • Com a edição da Resolução CFC nº 1.111/2007 e da Portaria Conjunta STN/SOF nº 3/2008 objetivando a padronização e a convergência aos padrões internacionais,foram editadas normas reguladoras determinando a aplicação integral (para receitas e despesas) do regime de competência para a Contabilidade Pública.

    OBS: Antes da edição das normas acima citadas, utilizava-se o "regime misto", em virtude da interpretação até então alcançada para o art. 35 da Lei 4.320/64, abaixo transcrito.

              Lei nº 4.320/64:

              Art. 35. Pertecem ao exercício financeiro:

              I - as receitas nele arrecadadas;

              II - as despesas nele legalmente empenhadas.

    Denominava-se regime misto, pois eram considerados aplicados os dois regimes: regime de caixa para as receitas e competência para as despesas.

     

    ** Então essa questão caberia recurso, pois não tem uma resposta plausível.

     

  • Não devemos confundir alho e bugalho.

     

    Com as mudanças que ocorreram na contabilidade público, devemos prestar bastante atenção no que está sendo perguntado. A CASP deve obedecer aos princípios da contabilidade. Se a CASP segue os princípios, qual o motivo de existir diferenciação de regime adotado para despesa e receita.

     

    Devemos ficar atentos se o enfoque da pergunta refere-se ao regime orçamentário ou regime contábil. Se for orçamentário prevale o artigo 35 da Lei nº 4.320/1964 (que não foi revogada, continua valendo), que reconhece a despesa orçamentária no exercício financeiro da emissão do empenho e a receita orçamentária pela arrecadação, ou seja, regime misto, regime de competência para despesa e regime de caixa para receita.

     

    Se for do ponto de vista contábil, aplica-se o princípio da competência em sua integralidade, conforme item 1.1., capítulo 1, da NBC TSP Estrutura Conceitual.


ID
2511508
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária

Assinale a alternativa que apresenta o conceito de orçamento público sob a ótica da integração do processo de planejamento-orçamento.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D.

    1.1. Atividade financeira do Estado
    O Direito Financeiro compreende a disciplina jurídica da atividade financeira do Estado, envolvendo receita, despesa, orçamento e crédito público. Ele disciplina a organização e a administração das finanças públicas, ou seja, disciplina a atividade financeira do Estado: é mais amplo que o Direito Tributário. Já o Direito Tributário trata da disciplina jurídica apenas dos tributos (receitas tributárias: impostos, taxas e contribuições) – compreende o conjunto de normas que regulam a instituição e arrecadação desses tributos e a relação jurídica do Estado com os Contribuintes.

    A atividade financeira é exercida pelo Estado visando ao bem comum da coletividade. Ela está vinculada à arrecadação de recursos destinados à satisfação de necessidades públicas básicas inseridas na ordem jurídico-constitucional, atendidas mediante a prestação de serviços públicos, a intervenção no domínio econômico, o exercício regular do poder de polícia e o fomento às atividades de interesse público/social.
    ATENÇÃO  Toda atividade pública deve concorrer para o alcance do objetivo maior do Estado: a promoção do bem-estar da coletividade.
    É aplicada no âmbito Federal, estadual e municipal, e, segundo o mestre Aliomar Baleeiro, consiste em:
    • obter recursos: receita pública;
    • despender os recursos: despesa pública;
    • gerir e planejar os recursos: Orçamento Público;
    • criar crédito: empréstimo público.1
    A figura, a seguir, permite visualizar essas atividades.

    Atividade financeira do Estado.
    Intervenção na economia
    O Governo intervém na economia para garantir dois objetivos principais: estabilidade e crescimento. Visa também corrigir as falhas de mercado e as distorções, manter a estabilidade, melhorar a distribuição de renda, aumentar o nível de emprego etc.
    Política Econômica é a forma pela qual o Governo intervém na economia. Essa intervenção ocorre, principalmente, por meio das políticas fiscal, monetária, cambial e regulatória, e tem como principal instrumento de intervenção o Orçamento Público.

  • GABARITO:D

     

    Orçamento público é um instrumento de planejamento e execução das finanças públicas. Na atualidade, o conceito está intimamente ligado à previsão das Receitas e à fixação das Despesas públicas. No Brasil, sua natureza jurídica é considerada como sendo de lei em sentido formal, apenas. Isso guarda relação com o caráter meramente autorizativo das despesas públicas ali previstas. O orçamento contém estimativa das receitas e autorização para realização de despesas da administração pública direta e indireta em um determinado exercício que, no Brasil, coincide com o ano civil.

     

  • Fonte para o comentário do Willyziinho Maiia:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Orçamento_público

  • Porque a alternativa C esta errada? Alguém me explica, por favor.

  • Concurseira o Orçamento público é executado pelo poder Executivo.. O poder legislativo está na fase de aprovação e controle....

     

  • Concurseira a execução do orçamento não é feita somente pelo executivo, mas sim por todos os órgãos e poderes. Mas o que deixa o iten não ser o correto é que a questão pede que relacionemos o conceito de orçamento à integração planejamento-orçamento, que não é o caso da alternativa c, já que ela traz um enfoque legalista e não de planejamento como é o caso da alternativa d. Espero ter ajudado.

  • Alternativa E se encaixa perfeitamente na realidade. 

  • GABARITO: D

  • Falou em planejamento-orçamento, pense nas palavrinhas mágicas: programas e planos.

    Cuidado na alternativa E: o interesse é dos governados, e não dos governantes.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • A questão trata dos INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO, de acordo com o art. 165, Constituição Federal/88 (CF/88).

    Segue o art. 165, CF/88:

    “Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    I - o plano plurianual;
    II - as diretrizes orçamentárias;
    III - os orçamentos anuais".

    CF/88 introduziu no ordenamento jurídico um novo modelo de planejamento, tendo em vista ser diferente da Constituição anterior. Esse modelo é composto por 3 leis orçamentáriasPlano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).

    Esses instrumentos de planejamento são leis independentes, mas atuam de forma conjunta, conforme disposto na própria Constituição. Cada uma com suas competências diretamente previstas na CF/88. Então, NÃO há hierarquia formal entre as leis orçamentárias.

    Do ponto de vista do nível de planejamento público, de acordo com a doutrina, as leis orçamentárias adotam a seguinte forma:

    PPA – Planejamento Estratégico;
    LDO – Planejamento Tático; e
    LOA – Planejamento Operacional.

    Há parte da doutrina que entende que o PPA também pode ter planejamento tático e a LDO pode ter planejamento operacional.

    PPA estabelece diretrizes, objetivos e metas. Então, a LDO vai buscar as prioridades no PPA e orienta a elaboração da LOA. A LDO faz a integração entre o plano estratégico (PPA) e o operacional (LOA).

    Seguem comentários de cada alternativa:

    A) O orçamento público é o instrumento de controle político das ações do Poder Executivo exercido pelo Poder Legislativo na Contabilidade Pública.

    Errada.LOA é uma lei de iniciativa do Chefe do Poder EXECUTIVOaprovada pelo Poder LEGISLATIVO, que estima receitas e fixa despesas para um determinado exercício financeiro.

    Então, a LOA:

    1) é um instrumento de planejamento, de acordo com o art. 165, CF/88;

    2) dispõe sobre a estimativa (previsão) da receita e fixação da despesa, cumprindo com os Princípios da Exclusividade e do Equilíbrio; e

    3) é válida para um exercício financeiro, cumprindo com o Princípio da Anualidade.

    Portanto, a LOA é instrumento de planejamento, e NÃO de controle político. Além disso, a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de TODOS os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público desse ente, cumprindo com o Princípio da Universalidade.

    B) O orçamento público é o exercício das atividades financeiras dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário durante os mandatos de seus ocupantes.

    Errada. Como mencionado na alternativa A, o orçamento público, ou a LOA, é um instrumento de planejamento para cada exercício financeiro. O gasto público está vinculado a uma finalidade pública, identificado nos programas de trabalho, ocorrendo a integração do planejamento com o orçamento, com acompanhamento físico e financeiro, visando atender às necessidades da população. Não tem situação de atividades financeiras durante os mandatos de seus ocupantes.

    C) O orçamento público é um instrumento de legalização dos gastos públicos executados pelos Poderes Executivo e Legislativo para o funcionamento da Administração Pública.

    Errada. Utilizando os entendimentos das letras A e B, a LOA NÃO é instrumento de legalização dos gastos executados. Além disso, todos os poderes e órgãos executam o orçamento, e NÃO só o Executivo e Legislativo.

    Na ótica do ciclo orçamentário, o Orçamento Público no Brasil é Autorizativo. O Poder Executivo elabora a lei orçamentária e recebe do Poder Legislativo uma autorização para realizar os gastos públicos. Com isso, o Executivo executa o orçamento de acordo com a lei, cumprindo com o Princípio Orçamentário da Legalidade. Além disso, o fato de ter uma despesa prevista na LOA NÃO obriga a execução dessa despesa, pois o Poder Executivo avaliará se poderá ou não realizá-la, pois haverá a utilização da discricionariedade nessa execução. Em relação às despesas obrigatórias, por força constitucional ou legal, o Poder Executivo é obrigado a executá-las.

    D) O orçamento público é um instrumento de governo, de administração e de efetivação e execução dos planos gerais de desenvolvimento socioeconômico.

    Certa. Reforçando o mencionado na alternativa B, a LOA é um instrumento de governo, de administração e de efetivação e execução dos planos gerais de desenvolvimento socioeconômico (instrumento de planejamento com as ações do governo).

    E) O orçamento público é um instrumento de política governamental exercido para o ajustamento político do governo, tendo em vista os interesses dos governantes.

    Errada.LOA NÃO é um instrumento de planejamento exercido para ajustamento político, e SIM um instrumento para atender as necessidades da população, e NÃO dos governantes.


    Gabarito do Professor: Letra D.

ID
2511511
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Para que o orçamento seja a expressão fiel do programa de um governo, como também um elemento para a solução dos problemas da comunidade, dentre outros aspectos, é indispensável que obedeça a determinados princípios. Assinale a alternativa que apresenta o princípio orçamentário que afirma que o documento orçamentário integrado deve conter todos os aspectos dos elementos programáveis que o constituem.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A.

    O princípio da universalidade está contido nos arts. 2o, 3o e 4o da Lei no 4.320/1964, na Emenda Constitucional no 01/1969 e também no § 5o do art. 165 da Constituição Federal de 1988. Ele determina que o orçamento deve considerar todas as receitas e todas as despesas, e nenhuma instituição governamental deve ficar afastada do orçamento: Lei no 4.320/1964, art. 2o: “... a lei do orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anua­lidade”; art. 3o da Lei no 4.320/1964: “... a lei do orçamento compreenderá todas as receitas inclusive as de operações de crédito autorizadas por lei”; art. 4o: “... a Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar”.
    Amplamente aceito pelos tratadistas, esse princípio segundo James Giacomoni 2008,
    permite ao legislativo: a) conhecer a priori todas as receitas e despesas do Governo e dar prévia autorização para a respectiva arrecadação e realização; b) impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização parlamentar; c) conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo Governo, a fim de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las.11
    O princípio da universalidade também contempla tudo que pode aumentar/diminuir a arrecadação da receita e a realização da despesa.

    Exceção: Orçamento operacional das Empresas Estatais INDEPENDENTES, e ingressos/dispêndios extraorçamentários.

  • Universalidade

     

    Princípio pelo qual o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. Indispensável para o controle parlamentar, pois possibilita :
    a) conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia autorização para respectiva arrecadação e realização;
    b) impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e de despesa sem prévia autorização Legislativa;
    c) conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a cobrança de tributos estritamente necessários para atendê-las.

     

    Na Lei 4.320/64, o cumprimento da regra é exigido nos seguintes dispositivos:

     

    Art.2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.

     

    Art.3º A Lei do Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de crédito autorizadas em lei.

     

    A Emenda Constitucional n.º 1/69 consagra essa regra de forma peculiar: "O orçamento anual compreenderá obrigatoriamente as despesas  e receitas relativas a todos os Poderes, órgãos, fundos, tanto da administração direta quanto da indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam subvenções ou transferências à conta do orçamento.

     

    Observa-se, claramente, que houve um mal entendimento entre a condição de auto-suficiência ou não da entidade com a questão, que é fundamental, da utilização ou não de recursos públicos.

     

    Somente a partir de 1988 as operações de crédito foram incluídas no orçamento. Além disso, as empresas estatais e de economia mista, bem como as agências oficiais de fomento (BNDES, CEF, Banco da Amazônia, BNB) e os Fundos Constitucionais (FINAM, FINOR, PIN/PROTERRA) não têm a obrigatoriedade de integrar suas despesas e receitas operacionais ao orçamento público. Esses orçamentos são organizados e acompanhados com a participação do Ministério do Planejamento (MPO), ou seja, não são apreciados pelo Legislativo. A inclusão de seus investimentos no Orçamento da União é justificada na medida que tais aplicações contam com o apoio do orçamento fiscal e até mesmo da seguridade.

     

    http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/cidadao/entenda/cursopo/principios.html

  • GABARITO:A

     

    Princípio da Universalidade: é um princípio infraconstitucional previsto na Lei 4.320/64.


    Art. 3º. A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.


    Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá tôdas as despesas próprias dos órgãos do Govêrno e da administração centralizada, ou que, por intermédio dêles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.


    #CONCLUSÃO Todas as receitas e todas as despesas devem estar no orçamento.

  • GABARITO: A

     

    Enquanto a unidade/totalidade prioriza a agregação das receitas e despesas do governo em poucos documentos (num só agregado, de preferência), a universalidade estabelece que todas as receitas e despesas devem constar da lei orçamentária.

     

    Segundo a lição do professor Giacomoni, o princípio da universalidade proporciona ao Legislativo:

    • conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia autorização para a respectiva arrecadação e realização;

    • impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização parlamentar;

    • conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las.

     

    Professor Graciano Rocha.

  • GABARITO: A

     

    Os princípios orçamentários são os seguintes:

     

    Princípio da universalidade: a Lei orçamentária anual deve trazer em peça única a previsão de todas as receitas, bem como a autorização de todas as despesas da administração direta e indireta, relativamente aos três Poderes e, ainda, da seguridade social.

    Princípio da exclusividade: é proibido incluir dispositivo na lei orçamentária que contenha matéria estranha ao seu objeto, conforme art. 165, § 8°, da Constituição brasileira.

    Princípio da unidade: numa única lei devem ser previstas todas as receitas e gastos dos três Poderes da União, seus órgãos, fundos e entidades da administração direta e indireta, existindo previsão para o orçamento de investimento nas empresas estatais federais e, ainda, o orçamento da seguridade social.

    Princípio da periodicidade ou Anualidade: para cada ano deve existir uma lei orçamentária (art. 165, III, da Constituição brasileira).

    Princípio da não afetação ou não vinculação: é um princípio destinado apenas aos impostos, que diz que é proibida a vinculação de receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo algumas exceções legalmente previstas (art. 167, IV, da Constituição Federal).

    Princípio do equilíbrio: princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal, em que os gastos são condicionados à arrecadação.

    Princípio da transparência: contido no art. 165, § 6°, da Constituição Federal de 1988.

    Princípio da publicidade: contido em vários dispositivos da Carta Magna brasileira.

    Princípio da quantificação dos créditos orçamentários: refere-se à proibição da concessão e utilização de créditos ilimitados.

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Orçamento_público

  • ASSERTIVA A

    UNIVERSALIDADE ou GLOBAL = deve constar TODAS as RECEITAS e DESPESAS.

  • Princípio da universalidade ou globalização
    O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
    administração direta e indireta.

  • Complementando:

     

     

    Princípio da Programação: o orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da programação é decorrente da evolução das funções do orçamento e que não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamentoprograma. O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do plano plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento.

     

    Fonte: Sergio Mendes, AFO, 6ª edição.

  • sempre confundo o princípio da unidade com o da universalidade :/

    será que alguém tem alguma dica pra me ajudar?

  • MARCIELE MUNARO

     

    Em poucas palavras ...

    O Princípio da Unidade diz que o orçamento deve ser uno para cada esfera do governo.

    O Princípio da Universalidade diz que o orçamento deve prever todas as receitas e despesas que serão incorridas.

     

    Tenta associar as palavras chaves ao respectivo princípio, espero tê-la ajudado.

  • Muito Obrigada Tiago Gil!

    vc tem razão. Essas palavras chaves ajudam a diferenciar os dois conceitos. Me ajudou muito!

     

  • Deve conter todas as receitas e despesas ("deve conter todos os aspectos dos elementos programáveis que o constituem")? Princípio da universalidade.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Princípio da universalidade


ID
2511514
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

O Plano plurianual – PPA – estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração pública para quais despesas?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E.

    Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

    I - o plano plurianual;

    II - as diretrizes orçamentárias;

    III - os orçamentos anuais.

    § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

  • GABARITO:E


    CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

     

    Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


    I - o plano plurianual; [GABARITO]


    II - as diretrizes orçamentárias;

     

    III - os orçamentos anuais.


    § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. [GABARITO]


    § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.


    § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

  • Pense nos investimentos (são despesas de capital) e receitas correntes derivadas desses investimentos (decorrentes). Programas de duração continuada. Se são despesas continuadas, extrapolam o exercício financeiro. Qual o instrumento de planejamento que atravessa mais de 1 exercício financeiro?

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.


ID
2511517
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

O estabelecimento das metas para as receitas, despesas, resultado nominal e primário e montante da dívida é um dos objetivos da Lei de Diretrizes Orçamentárias que deve contemplar metas com qual dimensão temporal?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C

    LRF
    Art. 4 § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

    Dificil é conseguir adivinhar qual dos dois dados ele podeeria pedir.

    bons estudos

  • Eu acredito que caiba recurso. Por mais que, como o colega citou, as metas sejam fixadas para 3 exercícios (o que se riferirem e para os dois seguintes) ela ainda tem lapso temporal anual. Em 2016 foi elaborata a meta para 2017, 2018 e 2019, mas cada uma delas é anual, já que se refere a cada ano e não trienal (ela nmão é uma meta prevendo as três metas)

  • Questão dúbia, na teoria o período é de 1 ano e na prática 3.

     

    A LDO é elaborada anualmente, estabelecendo as regras gerais para elaboração do Orçamento do ano seguinte. Nela está o Anexo de Metas Fiscais, que deverá conter, entre outros:
     

    a) as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, sendo, na prática, metas trienais;

     

    b) a avaliação do cumprimento das metas do ano anterior; 

     

    c)a evolução do patrimônio líquido, a origem e a aplicação dos recursos de privatizações, se houver; e

     

    d) estimativa e compensação da renúncia fiscal e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

     

    Fonte: Cartilha da Lei de Responsabilidade Fiscal (http://www.planejamento.gov.br/assuntos/planeja/orcamento-federal/lei-de-responsabilidade-fiscal/cartilha)

  • Errei a questão por falta de atenção!

    A questão pede a DIMENSÃO TEMPORAL DAS METAS e NÃO  tempo para qual DETERMINADA META É ESTIPULADA. 

    Mesmo que cause uma certa confusão, tem uma sutil diferença.

  • LRF
    Art. 4 § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
     Implicitamente, trienal. Mas questionável, as grandes bancas não cobram dessa maneira.

  • Parem de chorar, a questão foi linda. Faz até gosto errar uma dessas. Você aprende bem mais.  

  • Fui seco sabendo que eram estabelecidas metas anuais e errei, mesmo sabendo do final  "para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.", questãozinha mal formulada.

  • Questão bisonha, sem mais. A LDO estabelece três metas anuais, e não uma meta trienal

  • O exercício de referência (1) + os (2) seguintes. Trienal.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • A questão trata da LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) na Lei Complementar n.º 101/2000 (LRF), especificamente do Anexo de Metas Fiscais (AMF).

    A LDO trata do AMF nos §§ 1º e 2º do art. 4, LRF, a saber:

    “§ 1º - Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes".

    Portanto, a banca considerou “exercício a que se referirem e para os dois seguintes" como meta trienal. Como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura da mencionada lei.


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
2511520
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

O Ciclo Orçamentário é a essência das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário no setor público. Assinale a alternativa que apresenta a etapa do ciclo orçamentário que implica a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros.

Alternativas
Comentários
  • 6.4.2. Execução
    A receita pública, desde a sua inclusão na proposta orçamentária até o seu recolhimento ao caixa único do Tesouro Nacional, percorre estágios ou fases.
    A etapa de execução compreende os “estágios” da Receita Orçamentária Pública na forma prevista na Lei no 4.320/1964: lançamento, arrecadação e recolhimento.
    Para o Manual de Procedimentos da Receita Pública, estágio (ou fase) da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão do ingresso de recursos.

  • A questão não fala de Receita mas sim do Ciclo Orçamentário.

    O ciclo orçamentário possui 5 fases

    ELABORAÇÃO 

    ESTUDO E APROVAÇÃO

    EXECUÇÃO (RESPOSTA CERTA)

    A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros.

    AVALIAÇÃO

     

  • GABARITO:D


     

    CICLO ORÇAMENTÁRIO



    O ciclo orçamentário, ou processo orçamentário, pode ser definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, através do qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia os programas do setor público nos aspectos físicos e financeiro, corresponde, portanto, ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.

                           
    Preliminarmente, é conveniente ressaltar que o ciclo orçamentário não se confunde com  o  exercício financeiro. Este, na realidade, é o período durante o qual se executa o orçamento, correspondendo, portanto, a uma das fases do ciclo orçamentário. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia em 01 de janeiro e encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 34 da Lei n° 4.320/64. Por outro lado, o ciclo orçamentário é um período muito maior, iniciando com o processo de elaboração do orçamento, passando pela execução e encerramento com controle.

     

                            Identifica-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo orçamentário:

     

    a)              Elaboração da proposta orçamentária;

    b)             Discussão e aprovação da Lei do Orçamento;

    c)              Execução orçamentária e financeira; e

    d)             Controle

  • No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo orçamentário:
    - elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
    - discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
    - execução orçamentária e financeira; e
    - avaliação/controle.

    A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das receitas e na realização das despesas. É a transformação, em realidade, do planejamento elaborado pelo Chefe do Executivo e aprovado pelo Legislativo.

    O ciclo (ou processo) orçamentário não o se confunde com o exercício financeiro. Aquele envolve um período muito maior, iniciando com o processo de elaboração do orçamento, passando por discussão, execução e encerramento com o controle.

     

     

  • Mobiliza-se na execução.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.


ID
2511523
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Quais são as formas de controle, previstas em lei, que fazem parte do ciclo orçamentário?

Alternativas
Comentários
  • Lei 4.320/64

    CAPÍTULO II

    Do Contrôle Interno

    Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de contrôle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

    Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente.

    Para mim, seria a alternativa c).

  • LRF 4.320/64

     

    Controle Interno

    Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

    Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá; 
    I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
    II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
    III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços

    Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subsequente.
    Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.

     

    Controle Externo

    Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.

    Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
    § 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
    § 2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara de Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sobre elas emitirem parecer.

     

    Controle Social

    LRF

    Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

    § 1o   A transparência será assegurada também mediante: 

    I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

    II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público;

    III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.

     

     

  • GABARITO:A


    Controle da Administração Pública é a faculdade de vigilância, orientação e correção que UM PODER, ÓRGÃO OU AUTORIDADE exerce sobre a conduta funcional de outro. 
     

    • CONTROLE INTERNO: é todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no âmbito da própria administração. 

    - exercido de forma integrada entre os Poderes 

    - responsabilidade solidária dos responsáveis pelo controle interno, quando deixarem de dar ciência ao TCU de qualquer irregularidade ou ilegalidade. 

    • CONTROLE EXTERNO: ocorre quando o órgão fiscalizador se situa em Administração DIVERSA daquela de onde a conduta administrativa se originou. 

    - controle do Judiciário sobre os atos do Executivo em ações judiciais; 

    - sustação de ato normativo do Poder Executivo pelo Legislativo; 
     

    • CONTROLE EXTERNO POPULAR: As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 

  • Art 76, CF - Verificação da legalidade: dos atos de execução orçamentária será : prévia. concomitante e subsequente.

    diferente de formas de controle, que são:

    Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Art 74,§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas

  • É complicado, esse é o tipo de questão que a banca escolhe a resposta que mais lhe convém. Se marca controle social ela diz q não tá prevista em lei com esse nome, se marca só controle interno e externo aí diz que falta o social.
  • De acordo com a Constituição Federal, o ciclo orçamentário tem oito etapas:
    1 – Elaboração do PPA;
    2 – Apreciação do PPA;
    3 – Elaboração da LDO;
    4 – Apreciação da LDO;
    5 – Elaboração e planejamento do orçamento;
    6 – Discussão do orçamento;
    7 – Execução do orçamento; e
    8 – Avalia e controla o orçamento.


    ElaOoração das Propostas/Planejamento.
    • Fixação da meta fscal;
    • Projeção das receitas;
    • Projeção das despesas obrigatórias; e
    • Apuração das despesas discricionárias.
     

     O acompanhamento e o monitoramento do orçamento é a maneira mais tradicional de realizar o controle social sobre os atos do Poder Executivo;  Esse controle da execução orçamentária pode ser utilizado tanto pela Sociedade, quanto pelos órgãos de Controle Interno e Externo;

     O controle interno é realizado pelos órgãos do próprio Poder Público, como órgãos de auditoria interna ou contabilidade, que cuidam para que todo o processamento da receita e despesa respeite as leis existentes;

     O controle externo, que tem o objetivo de verificar a legalidade das contas públicas é exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas.

  • Letra A. Questão maldosa!

     

    Compreendo o questionamento da Joadi Lacerda, mas a questão está correta e não é trivial. A dica nesse caso, em que há várias alternativas com respostas específicas (letras C, D e E), cabe ao candidato buscar a resposta mais genérica e que abranja todas as alternativas específicas. É o caso da letra A que aglutinou todas as outras opções. 

  • falou em controle social lembrei do CORONÉ SARDINHA TIRO GOMES

  • Só rindo mesmo.

  • Quais são as formas de controle, previstas em lei, que fazem parte do ciclo orçamentário?


    Controle interno: Lei 4320/64, arts. 76 a 80;

    Controle Externo: Lei 4320/64, arts. 81 e 82;

    Controle social: Lei Complementar 101/2000, art. 48.


    Portando, resposta LETRA A.


    @juniortelesoficial

  • esse é o tipo de questão q ninguém aprende com o erro, q não nos dá nenhuma segurança em usarmos a resposta dessa questão como gabarito de questões futuras. Esse é o tipo de questão q o QC poderia excluir sem problemas...

  • Estas "Malditas bancas" adoram "brincar" com: forma, tipo, momento do controle e por aí vai......

    Vamo que vamo.....

  • Gab. A

    a- quanto a extensão, completa - tem na CF, 4320, LRF...

    b- ?

    c- quanto ao momento

    d- quanto ao órgão/poder que exerce

    e- quanto a extensão, incompleta


ID
2511526
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, no que se refere às dívidas e ao endividamento, assinale a alternativa que apresenta em qual definição se enquadram as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado do orçamento.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C.

     

       Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:

            I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

    Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.       (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)

    Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros.

       § 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

  • LRF

    Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:

    I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

            § 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

     

    GAB. C

  • Dívida Pública Fundada: Compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses contraídos  mediante emissão de títulos  ou celebração de contratos  para  atender  a  desequilíbrio  orçamentário,  ou  a  financiamento de  obras  e  serviços públicos,  que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. (§ 2º, Art. 115, Dec. 93.872/86) - ­ As  operações  de crédito  de prazo inferior a  doze meses cujas  receitas  tenham constado do orçamento. (§ 3°, Art. 29, LC 101/00)

     

    Dívida Pública  Mobiliária: Dívida pública  representada por títulos  emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. 

    (https://www.editoraferreira.com.br/Medias/1/Media/Professores/ToqueDeMestre/CarlosEduardoFaria/carloseduardo_toq3.pdf)

     

    Gab: C

  •  Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:

            I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

     

    No que se refere às dívidas e ao endividamento, assinale a alternativa que apresenta em qual definição se enquadram as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado do orçamento. (cabe recurso)

  • Se constou do orçamento, é dívida fundada, independentemente do prazo. Se não constou do orçamento, serão fundadas aquelas com prazo superior a 12 meses.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Dívida Pública conforme a LRF:

    - "Dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses. Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do orçamento".

    Obs.: [...] os precatórios judiciais não pagos durante a

    execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada. 

    - "Dívida pública mobiliária é aquela representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, dos estados e dos municípios".

    - "Concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada". 

    - "Refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária". 

    "Operação de crédito é compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Equiparam-se à operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação" [...]

    Resolução:

    Veja que as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do orçamento fazem parte da Dívida pública consolidada ou fundada. Portanto, letra C. Os demais itens (A, B, D e E) estão com suas definições acima para melhor compreensão.

    Gabarito C

  • Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:

    I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

    II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

    III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

    IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

    V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

    § 3° Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

    Gabarito: Letra C


ID
2511529
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Assinale a alternativa que completa a sentença: Dentre outros aspectos, para os fins da Lei de Responsabilidade Fiscal, considera-se adequada com a Lei Orçamentária Anual a despesa

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A.

     

    Checklist para a realização de despesas públicas
    Compilando as normas legais que regem a realização das despesas públicas, é possível estabelecer a seguinte sequência para sua realização:
    • A despesa deve estar contemplada num programa do PPA;
    • A despesa deve ser compatível com o PPA e a LDO, e estar em conformidade com suas diretrizes, objetivos, prioridades, e anexos;
    • A despesa deve estar contemplada em crédito orçamentário suficiente oriundo da LOA ou de créditos adicionais;
    • A despesa deve estar acompanhada de declaração do ordenador de despesa quanto a sua compatibilidade com o PPA e a LDO e adequação orçamentária com a LOA;
    • A despesa, ao ser realizada, deve respeitar às normas de contratação: licitação, dispensa, inexigibilidade;
    • A despesa deve atender aos estágios previstos na Lei no 4.320/1964. Nesse momento emitindo o empenho prévio, apenas;
    • A despesa deve ter regras recíprocas estabelecidas em contrato, instrumento equivalente ou, no mínimo, as principais regras devem constar no empenho;
    • A despesa deve ser objeto de programação financeira que disponibilize, no período adequado, os recursos para o seu futuro pagamento;
    • A despesa deve ser validada mediante a conferência do cumprimento do ajustado pelas partes (implementação de condição), que corresponde ao estágio da liquidação;
    • A despesa deve, após as fases anteriores, ser efetivamente paga;
    • A despesa deve ser remetida ao departamento ou órgão de controle para verificação dos preceitos legais e contábeis que cercearam a sua realização.
    Essas regras serão estudadas junto com as etapas e os estágios da despesa pública, no capítulo da programação financeira, e no capítulo da LRF.

  • GABARITO A

     

    LRF

     

    Art. 16 §1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:

    I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;

    II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.

  • A) Princípio da discriminação ou especificação.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Mas ele pede de expansão.

    Oscilação Oral de Alta Frequência e de Pressão Positiva Expiratória (PEP) através de oscilações/vibrações de fluxo e pressão transmitidas às vias aéreas. Sua ampla utilização em âmbito ambulatorial e hospitalar sugere bom efeito como terapia de remoção de secreção brônquica em pacientes respirando em ar ambiente..

  • A questão trata da LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA), especificamente na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – Lei Complementar n.° 101/2000).

    Segue o art. 5, §4º, LRF:

    “É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada". Então, é permitido constar na LOA crédito com dotação limitada, havendo a necessidade de quantificar e precisar o valor da despesaÉ proibido consignar dotação ilimitada.

    Conforme o art. 16, LRF:

    “A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:

    I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;

    II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias".

    Agora, observe o art. 16, §1º, LRF:

    Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:

    I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;

    II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições".

    Portanto, considera-se adequada com a LOA a despesa objeto de dotação específica e suficiente, de acordo com art. 16, §1º, I, LRF. Como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura da mencionada lei.


    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
2511532
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, uma unidade contábil é a soma, agregação ou divisão de patrimônio de uma ou mais entidades do setor público. Assinale a alternativa que apresenta a unidade contábil que representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis descentralizadas.

Alternativas
Comentários
  • -originária => representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas;

    -descentralizada =>representa parcela do patrimônio de unidade contábil originária (uma "fatia" da originária);

    -unificada => representa a soma ou agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis descentralizadas (junção de unidades descentralizadas);

    -consolidada => representa a soma ou agregação do patrimônio de duas ou mais unidades contábeis originárias (junção de unidades originárias).

  • NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação. (Revogada a partir de 1º/1/2017 pela NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL, conforme publicação no DOU de 4/10/2016, Seção 1)

     

    UNIDADE CONTÁBIL

     

    Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas;

    Descentralizada – representa parcela do patrimônio de Unidade Contábil Originária;

    Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas;

    Consolidada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Originárias.

  • A B C D       E F G H         I J K L =  ORIGINÁRIAS

    D \ H \ M - PARCELAS DAS ORIGINÁRIAS = DESCENTRALIZADA

    DHM- SOMA DE 2 OU MAIS DESCENTRALIZADAS = UNIFICADAS

    ABCDEFGH = SOMA DE 2 OU MAIS ORIGINÁRIAS = CONSOLIDADA

     

     

     

     

  • 10. Unidade Contábil é classificada em:

    (a) Originária – representa o patrimônio das entidades do setor público na condição de pessoas jurídicas;

    (b) Descentralizada – representa parcela do patrimônio de Unidade Contábil Originária;

    (c) Unificada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas;

    (d) Consolidada – representa a soma ou a agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Originárias.

    Fonte: NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO NBCs T 16.1 a 16.11


ID
2511535
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Com relação às demonstrações contábeis do setor público, assinale a alternativa que apresenta a demonstração que discrimina, dentre outros, a receita orçamentária realizada por destinação de recursos.

Alternativas
Comentários
  • Conforme o MCASP 7ª Ed:

     

    (...)

    O Balanço Financeiro é composto por um único quadro que evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público, demonstrando:


    a. a receita orçamentária realizada e a despesa orçamentária executada, por fonte / destinação de recurso, discriminando as ordinárias e as vinculadas;


    b. os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários;


    c. as transferências financeiras recebidas e concedidas, decorrentes ou independentes da execução orçamentária, destacando os aportes de recursos para o RPPS; e


    d. o saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte.

     

    Saudações!

  • BALANÇO ORÇAMENTÁRIO = ENTRA SOMENTE RECEITA E DESPESA ORÇAMENTÁRIA, E TRATA DO PREVISTO X REALIZADO.

    BALANÇO FINANCEIRO = ENTRA RECEITA E DESPESA OEÇAMENTÁRIA E EXTRA ORÇAMENTÁRIA, DETALHANDO POR FONTE E DESTINAÇÃO DE RECURSO.


ID
2511538
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Profissionais e Técnicas. Assinale a alternativa que apresenta como estão segregadas as Normas Gerais Brasileiras de Contabilidade Técnicas.

Alternativas
Comentários
  • NBC TG – Geral

    Normas Completas

    Normas Simplificadas para PMEs

    Normas Específicas

  •  Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade está regulamentada na Resolução CFC nº. 1.328/11.

    As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Profissionais e Técnicas.

    As Normas Profissionais estabelecem regras de exercício profissional e classificam-se em:

    NBC PG – Geral

    NBC PA – do Auditor Independente

    NBC PP - do Perito Contábil

    As Normas Técnicas estabelecem conceitos doutrinários, regras e procedimentos aplicados de Contabilidade e classificam-se em:

    NBC TG – Geral

    Normas Completas

    Normas Simplificadas para PMEs

    Normas Específicas

    NBC TSP – do Setor Público

    NBC TA – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica

    NBC TR – de Revisão de Informação Contábil Histórica

    NBC TO – de Asseguração de Informação Não Histórica

    NBC TSC – de Serviço Correlato

    NBC TI – de Auditoria Interna

    NBC TP – de Perícia


ID
2511541
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

A Norma Brasileira de Contabilidade editada pelo Conselho Federal de Contabilidade NBC 300 PG dispõe sobre contadores internos ou empregados. Assinale a alternativa que apresenta uma categoria de ameaça ao cumprimento dos princípios éticos que implica aceitar presente ou tratamento preferencial, a menos que o valor seja insignificante e sem importância.

Alternativas
Comentários
  • NBC 300 PG

    300.11 Exemplos de circunstâncias que podem criar ameaças de familiaridade para o contador interno incluem:

    ·      ser responsável pelos relatórios financeiros da organização empregadora quando familiar imediato ou próximo contratado pela entidade tomar decisões que afetam os relatórios financeiros da entidade;

    ·      longa associação com contatos de negócios que influenciam decisões de negócios; e

    ·      aceitar presente ou tratamento preferencial, a menos que o valor seja insignificante e sem importância.

  • mnemônico:

    PRESENTE????

    lembrar da FAMÍLIA .... que distribui presentes no natal, dia das crianças, dia dos pais/mãe...

    bons estudos!

  • 300.7 O cumprimento dos princípios éticos pode potencialmente ser ameaçado por ampla gama de circunstâncias e relacionamentos.

    As ameaças se enquadram em uma ou mais das categorias a seguir:

    (a) interesse próprio;

    (b) autorrevisão;

    (c) defesa de interesse da organização empregadora;

    (d) familiaridade; e

    (e) intimidação.

    Essas ameaças são discutidas adicionalmente na NBC PG 100.

    300.8 Exemplos de circunstâncias que podem criar ameaças de interesse próprio para o contador interno incluem:

    deter interesse financeiro na organização empregadora ou receber empréstimo ou garantia da organização empregadora;

    participar de acordos de remuneração de incentivos oferecidos pela organização empregadora;

    uso pessoal inadequado de bens corporativos;

    preocupação com a manutenção do emprego ou do contrato de prestação de serviços;

    pressão comercial externa à organização empregadora.

    300.9 Um exemplo de circunstância que cria ameaça de autorrevisão para o contador interno é definir o tratamento contábil apropriado para uma combinação de negócios após conduzir o estudo de viabilidade que fundamentou a decisão de aquisição.

    300.10 Ao apoiar as metas e os objetivos legítimos de suas organizações contratantes, os contadores internos podem promover a posição da organização, desde que quaisquer declarações feitas não sejam falsas nem enganosas. Essas ações geralmente não criariam ameaça de defesa de interesse da organização empregadora.

    300.11 Exemplos de circunstâncias que podem criar ameaças de familiaridade para o contador interno incluem:

    ser responsável pelos relatórios financeiros da organização empregadora quando familiar imediato ou próximo contratado pela entidade tomar decisões que afetam os relatórios financeiros da entidade;

    longa associação com contatos de negócios que influenciam decisões de negócios; e

    aceitar presente ou tratamento preferencial, a menos que o valor seja insignificante e sem importância.

    300.12 Exemplos de circunstâncias que podem criar ameaças de intimidação para o contador interno incluem:

    ameaça de demissão ou substituição do contador interno ou familiar próximo ou imediato por desacordo sobre a aplicação de princípio contábil ou sobre a maneira que as informações financeiras devem ser divulgadas;

    pessoa influente que tenta influenciar o processo de tomada de decisão, por exemplo, com relação à concessão de contratos ou à aplicação de princípio contábil.

  • Hoje é a NBC PA 400 que dispõe a respeito de princípios éticos das auditorias em geral; temos o seguinte:

    SEÇÃO 420 – PRESENTES E AFINS

    420.2 A aceitação de presentes e afins de cliente de auditoria pode criar ameaça de interesse próprio, de familiaridade ou de intimidação

    Do mesmo modo, temos a revisão da NBC PG 300 (R1), que passou a seguir a linha da NBC PA 400.

    340.15A2 Se a firma, firma em rede ou membro da equipe de auditoria recebem ofertas de presentes ou afins de cliente de auditoria, as exigências e o material de aplicação descritos na Seção 420 da NBC PA 400 se aplicam

    Desse modo, atualmente, esse gabarito encontra-se errado e devemos seguir a orientação da principal norma que trata da independência dos auditores, isto é, a NBC PA 400.


ID
2511544
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

No conceito de receita pública, estão as finalidades pelas quais o Poder Público arrecada. Quais são essas finalidades?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito da banca é a letra C. 

     

    Totalmente louco de pedra o examinador. Se a receita é específica, ela é orçamentária. Se o estado é depositário, a receita será extra-orçamentária. Mas não vejo essas situações como FINALIDADE do orçamento. Você não arrecada a receita com a finalidade de ser depositário.. Sei lá! Dá uma raiva esse tipo de questão!

  • Essa nem jogando no Google!!!!! 

  • Existem bancas e BANCAS! Cruzes!!!!

  • 77% de erro..

  • Extra! Extra! 78% das pessoas enganadas!!

     

    Chaves

  • Mais um leso enganado.

  • O nome da Banca é UEM deveria ser UÉ !

  • Letra F.

  • queria saber qual a "Finalidade" dessa banca?

     

  • Gab C Mas embasamento por parte da Banca que é bom, nada. E disse o examinador: - segundo eu...
  • Isso deve ser um examinador que a mulher tava dando para o Ricardão e ele revoltado quis ferrar quem estuda, babaca.

  • Nada a ver essa questão

  • FINGE QUE NÃO ERRAMOS E PASSA P PRÓXIMA HAHAHA

  • Em 10/03/19 às 21:02, você respondeu a opção A.

    Em 21/12/18 às 22:32, você respondeu a opção A.

    PORRADA :(

  • O examinador trabalha para o Silvio Santos! Pegadinha....

  • Irmão gêmeo da Quadrix

  • A palavra-chave da questão é “finalidade". Finalidade significa objetivo, propósito, intenção. Devemos, então, nos perguntar: qual é a finalidade do Poder Público em arrecadar receitas?

    Para responder essa pergunta, vamos observar o conceito de receita (até porque o enunciado da questão diz “no conceito de receita pública (...)"). 

    Segundo MCASP 8ª edição: 

    “Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se receitas públicas, registradas como receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias.

    (...)

    Ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente depositário. (...) São exemplos de ingressos extraorçamentários: os depósitos em caução, as fianças...

    (...)

    Receitas orçamentárias: São disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício e que aumentam o saldo financeiro da instituição. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas, as receitas orçamentárias são fontes de recursos utilizadas pelo Estado em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade.".

    Você consegue perceber que a receita orçamentária tem uma finalidade e a receita extraorçamentária tem outra finalidade?

    A finalidade da receita orçamentária é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade, é viabilizar a execução das políticas públicas. Apesar de existirem receitas não vinculadas, essas receitas possuem uma finalidade específica: ajudar o Estado a alcançar o bem comum da coletividade.

    E a finalidade da receita extraorçamentária é fazer com que o Estado atue como mero depositário. O Poder Público não dispõe, não pode utilizar esses recursos. Eles possuem caráter temporário. 

    Portanto, a receita orçamentária representa a finalidade específica pela qual o Poder Público arrecada receita, enquanto a receita extraorçamentária representa a finalidade de depositário. Por isso que a alternativa C é a melhor alternativa a ser marcada.

    Repare: ser orçamentária ou extraorçamentária é uma classificação da receita, e não a sua finalidade. Por esse motivo, a alternativa E não é a melhor alternativa. Lembre-se que muitas vezes, em questões múltipla-escolha, buscamos a melhor alternativa e não a (única) alternativa correta.

    As alternativas A e B referem-se à classificação por natureza da receita. No primeiro nível dessa classificação, a categoria econômica, as receitas são classificadas em receitas correntes e receitas de capital. No segundo nível, temos as origens das receitas correntes e as origens das receitas de capital. Receitas de serviços e receitas patrimoniais são origens das receitas correntes. Todas elas são receitas orçamentárias, pois somente estas recebem classificação (a única classificação que as receitas extraorçamentárias recebem é esta: receita extraorçamentária). Por serem todas receitas orçamentárias, possuem a mesma finalidade.



    Fonte: MTO 2021.

    Sobre a alternativa D: recolhimento não é uma finalidade, mas sim uma etapa da receita orçamentária. E a variação ativa é um evento ou característica da receita de causar um impacto positivo no patrimônio. Também não é uma finalidade.

    Enfim, para responder essa questão tínhamos que nos ater à palavra-chave que ela nos forneceu (“finalidade") e ao início do enunciado (“no conceito de receita pública (...)"). Assim é possível chegar ao gabarito da banca. Tendo em vista a ausência de bibliografia e pensando como um candidato naquele concurso, acredito que o caminho aqui apresentado seria o melhor a ser seguido.


    Gabarito do professor: Letra C.

ID
2511547
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta os aspectos que concedem o direito de arrecadar ao governo, presente no conceito de receita pública.

Alternativas
Comentários
  • Leis, contratos e outros títulos que derivem direitos a favor do Estado.

    Receita pública é o montante total (impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos ) em dinheiro recolhido pelo Tesouro Nacional, incorporado ao patrimônio do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades de investimentos públicos.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_p%C3%BAblica

  • A Receita Pública pode ser vista sob diversas óticas:

    .

    1 - a entrada de recursos que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo;

    2 - toda arrecadação de rendas autorizadas pela Constituição Federal, leis e títulos creditórios à Fazenda Pública; (GABARITO)

    3 - conjunto de meios financeiros que o Estado e as outras pessoas de direito público auferem, livremente e sem reflexo no seu passivo e podem dispor para custear a produção de seus serviços e executar as tarefas políticas dominantes em cada comunidade. Em sentido restrito, receitas são as entradas que se incorporam ao patrimônio como elemento novo e positivo; em sentido lato, são todas quantias recebidas pelos cofres públicos, denominando-se entradas ou ingressos. Nem todo ingresso constitui receita pública; o produto de uma operação de crédito, por exemplo, é um ingresso, mas não é receita nessa concepção porque, em contraposição à entrada de recursos financeiros, cria uma obrigação no passivo da entidade pública;

    4 - no sentido de caixa ou contabilístico, são receitas públicas todas e quaisquer entradas de fundos nos cofres do Estado, independentemente de sua origem ou fim;

    5 - no sentido financeiro ou próprio, são receitas públicas apenas as entradas de fundos nos cofres do Estado que representem um aumento do seu patrimônio. Outra maneira de definir a receita pública é considerar que, para que exista uma receita pública, é necessário que a soma de dinheiro arrecadada seja efetivamente disponível, isto é, que possa, em qualquer momento, ser objeto dentro das regras políticas e jurídicas de gestão financeira, de uma alocação e cobertura de despesas públicas.

    6 - de acordo com o Regulamento Geral de Contabilidade Pública, a receita pública engloba todos os créditos de qualquer natureza que o governo tem direito de arrecadar em virtude de leis gerais e especiais, de contratos e quaisquer títulos de que derivem direitos a favor do Estado.

    .

    https://www12.senado.leg.br/orcamento/glossario/receita-publica

  • A) São instrumentos de que o Estado dispõe para arrecadar despesas derivadas (poder coercitivo do Estado).

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Questão sobre o conceito de receita pública.

    Existem diversas formas de classificar a receita pública: do ponto de vista contábil, orçamentário, doutrinário, econômico, etc. Essa lógica de classificação, tanto das receitas quanto das despesas públicas, auxilia no entendimento do processo orçamentário e na fiscalização de sua execução, promovendo a accountability.

    Do ponto de vista orçamentário, podemos classificar a receita pública em sentido amplo, como: 

    a. Receitas orçamentárias ou receita pública em sentido estrito, quando são receitas que pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público e, via de regra, por força do princípio orçamentário da universalidade, estão previstas na Lei Orçamentária Anual – LOA.

    Exemplos: Receita de tributos, contribuições, serviços, industriais, etc.

    b. Receitas extraorçamentárias quando são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa, portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Por serem constituídos por ativos e passivos exigíveis, os ingressos extraorçamentários, em geral, não têm reflexos no Patrimônio Líquido da Entidade.

    Exemplos: depósitos em caução, as fianças, as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO), a emissão de moeda, e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

    Atenção! A questão é baseada no glossário do Senado Federal¹ que consolida algumas óticas de classificação da receita pública. Mas não precisávamos conhecer a literalidade dessas classificações para conseguirmos identificar a alternativa correta, bastava eliminar aquelas que não apresentam “os aspectos que concedem o direito de arrecadar do governo".

    Feita a revisão, já podemos analisar as alternativas:

    A) Certa. O direito de arrecadar provem de leis, contratos e outros títulos que derivem direitos a favor do Estado, conforme glossário do Senado:

    “A Receita Pública pode ser vista sob diversas óticas:

    (...)

    2 - toda arrecadação de rendas autorizadas pela Constituição Federal, leis e títulos creditórios à Fazenda Pública."

    B) Errada. Patrocínio, regulamentos e ações não concedem direito de arrecadar ao governo.

    C) Errada. Doações nem são formas de autorização legal do Estado.

    D) Errada. Vimos que operações de crédito por antecipação de receita configuram receita extraorçamentária, não é receita pública em sentido estrito.

    E) Errada. Essas são etapas da despesa pública, não tem a ver com receita, sendo que a última deveria ser pagamento.


    Fonte:

    ¹Site da internet: Glossário do Senado Federal. Disponível no site do Senado Federal – Orçamento. Acesso em: 07 mar. 2022.


    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
2511550
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

A receita pública orçamentária se classifica nas categorias econômicas de receitas correntes e receitas de capital; e as categorias econômicas obedecem a uma forma discriminada sequencial por níveis. Assinale a alternativa que apresenta os níveis 3.º; 4.º e 7.º, nesta ordem.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E.

    Essa classificação é composta por oito dígitos que correspondem a seis níveis, e podem ser memorizados pela palavra COERAS, composta pela letra inicial de cada nível.
    O 1o dígito, 1o nível, corresponde à categoria econômica da receita. Existem apenas duas categorias econômicas, mas que apresentam números de identificação diferentes se forem receitas intraorçamentárias:
    1 – receitas correntes; e 7 – receitas correntes intraorçamentárias;
    2 – receitas de capital; e 8 – receitas de capital intraorçamentárias.
    ATENÇÃO  Só existem duas categorias econômicas: correntes e capital. De acordo com os novos manuais da STN/SOF, a partir de 2011, no esquema de Classificação das Receitas Públicas que incorpora Categoria Econômica e Origem, as receitas intraorçamentárias são também classificadas como “Origem”.

    Fonte: Adaptado dos novos Manuais da STN/SOF.
    Devido à importância da classificação por categoria econômica, ela será detalhada no item a seguir.
    O 2o dígito, 2o nível, corresponde à origem da receita.
    A origem é a subdivisão das categorias econômicas e identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras).
    A origem é um detalhamento da classificação econômica, das receitas correntes e de capital. Tem por objetivo identificar a origem das receitas no momento em que elas ingressam no patrimônio público.
    No caso das receitas correntes, a origem poderá ser: receita tributária; receita de contribuições; receita patrimonial; receita agropecuária; receita industrial; receita de serviços; transferências correntes; e outras receitas correntes. Tratando-se das receitas de capital, a origem poderá ser: operações de crédito; alienação de bens; amortização de empréstimos; transferências de capital; outras receitas de capital.
    O 3o dígito, 3o nível, corresponde à espécie da receita.
    É o nível de classificação vinculado à origem, composto por títulos, que permitem qualificar com mais detalhe o fato gerador de tais receitas. Por exemplo, dentro da Origem da Receita Tributária podemos identificar as suas espécies, tais como: impostos, taxas e contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN – Código Tributário Nacional), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais. É a espécie de receita.
    O 4o dígito, 4o nível, corresponde à rubrica da receita.

  • A rubrica é o nível que detalha a espécie com mais precisão, especificando a origem dos recursos financeiros. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si.
    A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica.
    O 5o e o 6o dígitos, 5o nível, correspondem à alínea da receita.
    A alínea funciona como uma qualificação da rubrica. É o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros.
    Os 7o e 8o dígitos, 6o nível, correspondem à subalínea da receita.
    A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de mais detalhamento da alínea.

    Exemplo de Classificação por Natureza da Receita: Fonte: MTO/SOF.

  • ATÉ 2015, NO ÂMBITO FEDERAL, A NATUREZA DE RECEITA ERA CLASSIFICADA DA SEGUINTE MANEIRA:

     

    1  C - Categoria Econômica

    2  O - Origem

    3  E - Espécie

    4  R - Rubrica

    5/6  AA- Alínea

    7/8  SS - Subalínea

     

    Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca-se a receita pública correspondente na natureza de receita código “1112.04.10”, segundo esquema abaixo:

     

    C - Categoria Econômica - 1 - Receita Corrente

    O - Origem - 1 - Receita Tributária

    E - Espécie - 1 - Impostos

    R - Rubrica - 2 - Impostos sobre o Patrimônio e a Renda

    AA - Alínea - 04 - Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

    SS - Subalínea - 10 Pessoas Físicas

     

    MCASP 6ªed.

     

    QUESTÃO DESATUALIZADA NO ÂMBITO FEDERAL! A UEM É UNIVERSIDADE ESTADUAL, PORTANTO A QUESTÃO É VÁLIDA ATÉ O FINAL DE 2017.

     

    Na União, para o exercício de 2016, incluindo a elaboração do Orçamento, entrou em vigor a nova estrutura de codificação das Naturezas de Receita, de forma a prover melhorias na estrutura de formação dos códigos da classificação, aplicando lógica integralmente voltada para a gestão das receitas orçamentárias. A nova codificação estrutura os códigos de forma a proporcionar extração de informações imediatas, a fim de prover celeridade, simplicidade e transparência, sem a necessidade de qualquer procedimento paralelo para concatenar dados.


    Tal alteração foi estabelecida pela Portaria nº 05, de 25 de agosto de 2015, que também determinou que os desdobramentos específicos para atendimento das peculiaridades de estados, Distrito Federal e municípios serão promovidos pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. Ressalta-se que para os referidos entes, tal codificação é válida a partir do exercício financeiro de 2018, inclusive no que se refere à elaboração do respectivo projeto de lei orçamentária (que é elaborado durante o exercício de 2017). A estrutura da nova codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: Multas e Juros, Dívida Ativa, Multas e Juros da Dívida Ativa. A associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 dígitos, cujas posições ordinais passam a ter o seguinte significado:


    C: Categoria Econômica;

    O: Origem;

    E: Espécie;

    DDDD: Desdobramentos para identificação de peculiaridades da receita;

    T: Tipo;

     

    Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca-se a receita pública correspondente na natureza de receita código “1.1.1.3.01.1.1”, segundo esquema abaixo:

     

    C - Categoria Econômica :1 - Receita Corrente
    O - Origem:  1 - Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
    E - Espécie: 1 - Impostos
    DDDD - Desdobramento para identificação das peculiaridades: 3011 Impostos sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF
    T - Tipo: 1 - Principal;

     

    Como se depreende do nível de detalhamento apresentado, a classificação por natureza é a de nível mais analítico da receita; por isso, auxilia na elaboração de análises econômico-financeiras sobre a atuação estatal.

     

    MCASP 7ª ed.

  • subalineas e itens é a mesma coisa?

  • Letra E.

     

    Simplificando o excelente comentário de Luis Filho, pra quem não leu o MCASP 7, a questão não estava desatualizada em 2017, pois ainda era válida a regra antiga para os estados e municípios, mas para a União (âmbito federal) estaria desatualizada. 

  • Cuidado!!! A questão está desatualizada.

    1º Nível - Categoria econômica (1º dígito).

    2º Nível - Origem (2º dígito).

    3º Nível - Espécie (3º dígito).

    4º Nível - Desdobramento (4º, 5º, 6º e 7º dígitos).

    5º Nível - Tipo (8º dígito).

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.


ID
2511553
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Assinale o estágio da receita pública que corresponde aos valores que a lei do orçamento consignar.

Alternativas
Comentários
  • 6.4. Etapas da receita pública
    As “etapas” da receita pública são novidades trazidas pelos Manuais de Receita Nacional e de Contabilidade, STN/SOF, a partir de 2008, e não se confundem com os “estágios” da receita pública.
    O processo orçamentário, para fins de gestão, classifica a receita orçamentária em três etapas: planejamento, execução e controle e avaliação.
    6.4.1. Planejamento
    Segundo os Manuais da Receita Nacional e de Contabilidade, STN/SOF, a etapa de planejamento compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei Orçamentária Anual, resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.
    Diz-se que a receita é prevista, estimada ou orçada – qualquer um desses termos indica o quanto se espera arrecadar durante o exercício financeiro ao qual a LOA se refere.
    Previsão é a estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, que resulta da metodologia de projeção de receitas orçamentárias. A metodologia utilizada pelo Governo Federal está baseada na série histórica de arrecadação dos últimos anos ou meses anteriores, corrigida por parâmetros de variação de preços, de quantidade dos bens produzidos ou de alguma mudança de aplicação de alíquota em sua base de cálculo.
    Resumindo: considera-se a série histórica; as mudanças ocorridas na legislação (alteração de alíquotas); a previsão de crescimento da economia (quantidade a ser produzida); e a taxa de inflação (que afetará os preços).
    A previsão das receitas reveste-se de fundamental importância, haja vista que corresponde à base para a fixação das despesas na Lei Orçamentária Anual, inclusive para a determinação das necessidades de financiamento do Governo. Além disso, é necessário analisar seu comportamento mês a mês, visto que as receitas que superarem a previsão inicial constituem-se em fonte para a abertura de créditos adicionais. 

  • Gabarito E

     

    O comentário da Vanessa_IPD foi retirado do livro de Augustinho Paludo-Orçamento Público, AFO e LRF

     

     

    Etapas da Receita▄

    Estágios da Receita

     

     

    Planejamento

              ▬Previsão

    Execução

             ▬lançamento

             ▬Arrecadação

             Recolhimento

    ▄Controle e Avaliação

     

     

    Como a questão falou em consignar na LOA, trata-se da etapa do Planejamento, no qual se encontra a previsão

     

     

    "O Planejamento orçamentário é materializado na Lei Orçamentária Anual - LOA, a qual prevê (valores) a receita e fixa a despesa a serem executada" -Manual Completo de Contabilidade Pública. Carvalho, Deusvaldo & Ceccato, Marcio

  • Se está na lei, está previsto (planejamento; receita probabilística). Os demais estágios já estão na execução (receita real).

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Conforme o MCASP 8ª e Lei 4.320/64:

    As etapas da receita orçamentária podem ser resumidas em: previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.

    Etapas da execução da receita: Lançamento, arrecadação e recolhimento.

    I. Previsão: Compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da LOA, resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na LRF.

    II. Lançamento: é ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. 

    III. Arrecadação: Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. segundo o art. 35 da Lei nº 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das receitas públicas. 

    IV. Recolhimento: É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa.

    Resolução:

    O estágio da receita pública que corresponde aos valores que a lei do orçamento consignar é a previsão. Os demais itens contêm suas explanações acima. No entanto, não exclui escrituração. Portanto, letra E.

    Gabarito E


ID
2511556
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Conforme a classificação da despesa pública orçamentária, assinale a alternativa que apresenta a classe de natureza de despesa para atendimento das necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E:

    Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária, fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos elementos de despesa.

    Fonte: Curso de AFO regular - Estratégia Concursos -2017.

     

  • Portaria Interministerial 163/2001

    Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de: 
     
    I - categoria econômica; 
     
    II - grupo de natureza da despesa;  
     
    III - elemento de despesa; 

     

    § 5º  É facultado o desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento das necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária. 

     

    Art. 5º Em decorrência do disposto no art. 3o a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de Governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde: 


    a) “c” representa a categoria econômica; 
     
    b) “g” o grupo de natureza da despesa; 
     
    c) “mm” a modalidade de aplicação;  
     
    d) “ee” o elemento de despesa; e 
     
    e) “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa

  • Duas questões bem parecidas são: Q855177 e a Q855120

  • TRATA-SE DA CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 

    MCASP 8ª

    1. Classificação Institucional: reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. 

    2. Classificação Funcional: segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando responder basicamente à indagação “em que área” de ação governamental a despesa será realizada. 

    3. Classificação por Estrutura Programática: Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no PPA para o período de quatro anos. As ações, conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. 

    4. Classificação da Despesa Orçamentária por Natureza

    A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de:

    a. Categoria Econômica: Despesas Correntes e Despesas de Capital 

    b. Grupo de Natureza da Despesa

    c. Elemento de Despesa

    De acordo com a Portaria 163/2001, a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde:

    a. “c” representa a categoria econômica;

    b. “g” o grupo de natureza da despesa;

    c. “mm” a modalidade de aplicação;

    d. “ee” o elemento de despesa; e

    e. “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa

    Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária fica facultado por parte de cada ente o desdobramento dos elementos de despesa.

    Gabarito E


ID
2511559
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de despesa extraorçamentária que deve ser paga pela entidade pública à margem da lei orçamentária.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A.

     

    Despesa orçamentária – são as despesas que se encontram previstas no orçamento anual e as provenientes dos créditos adicionais abertos durante o exercício financeiro.
    Despesa orçamentária é aquela que depende de autorização legislativa para sua efetivação – na LOA ou em Lei de Créditos Adicionais. É a efetiva aplicação de recursos públicos com a finalidade de alcançar os fins dos programas governamentais. Ex.: despesas correntes e despesas de capital.
    Despesa extraorçamentária – são as despesas que não constaram no orçamento: são todos os dispêndios financeiros que não foram autorizados pela LOA. São contrapartidas (devoluções) das receitas extraorçamentárias (cauções, ARO etc.). Também podem se referir a Restos a Pagar, cuja autorização para a realização da despesa ocorreu em exercício anterior.

  • GABARITO LETRA A:

    Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público.
    Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de
    crédito, ainda que não previstas no orçamento (exceto as classificadas como extraorçamentárias).

    Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento
    não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias – ARO, consignações diversas, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

    Observação: uma receita extraorçamentária pode se tornar orçamentária. Por exemplo, poderá ser exigido de um licitante um depósito em caução para a participação em uma licitação. O depósito em caução é uma receita extraorçamentária do órgão, sujeita à devolução. Se o licitante der um lance vencedor e não honrá-lo no prazo previsto, perderá a caução em favor do Erário, que a incorporará como receita orçamentária.

  • Gabarito letra "A"

     

    Jesus Cristo... " à margem da lei..."  

     

    Que redação ESCROTA hein? Dá a impressão que está sendo feito de forma ilegal. Agora vou eu botar um trecho desses na Redação Discursiva para ver o que acontece com a minha nota...

  • Gabarito letra A.

     

    Segundo Augustinho Paludo, Orçamento Público, AFO e LRF, "Despesa Extraorçamentária são despesas que não constaram no orçamento: são todos os dispêndios financeiros que não foram nem precisam ser autorizados pela LOA ou por créditos adicionais. São contrapartidas (devoluções) dos ingressos extraorçamentários (cauções, ARO etc.). Também podem se referir a restos a pagar, cuja autorização para a realização da despesa ocorreu no exercício anterior."

     

     

    Orçamento Público, AFO e LRF, p. 204.

  • Os demais itens são despesas orçamentárias.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Vamos rever a definição de despesas extraorçamentária:

    Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios.

    Gente, a única despesa que trata de recurso meramente transitório, compreendendo a simples devolução de recursos de terceiros, e que não precisa constar na LOA para ser executada é a alternativa a).

    As demais alternativas só são possíveis de serem realizadas caso constem da LOA ou sejam autorizadas em crédito adicional, ou seja, apenas são realizáveis se forem despesas orçamentárias.

    Gabarito: LETRA A

  • Conforme a doutrina, as despesas podem ser classificadas em:

    > ORÇAMENTÁRIAS: são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos adicionais, instituídas em bases legais. Assim, dependem de autorização legislativa. Obedecem aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento. Exemplos: construção de prédios públicos, manutenção de rodovias, pagamento de servidores etc.

    > EXTRAORÇAMENTÁRIAS: são as despesas não consignadas no orçamento ou nas leis de créditos adicionais. Correspondem à devolução de recursos transitórios que foram obtidos como receitas extraorçamentárias, ou seja, pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos, como as restituições de cauções, os pagamentos de restos a pagar, o resgate de operações por ARO, o repasse ao credor das consignações em folha etc. Portanto, não dependem de autorização legislativa. 

    Resolução:

    O único item que ser refere à despesa extraorçamentária é a letra A. Os demais (B, C, D e E) são despesas orçamentárias.

    Gabarito A

  • Restituição de caução em dinheiro.

    Exemplo: Considerando um exemplo de licitação, uma entidade depositou 1% do valor do contrato a título de garantia, esse 1% entra como receita extraorçamentária, pois o Estado está sendo mero depositário do valor. Tal entidade cumpriu com todos os deveres corretamente e exige então a devolução desses 1%, é o caso de "Restituição de caução em dinheiro."

    Caso a entidade descumprisse com suas obrigações, esse 1% seria usado para desconto de multas e tal receita extraorçamentária tornar-se-ia orçamentária.


ID
2511562
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

O regime de adiantamento é um processamento especial da despesa pública orçamentária. Assinale a alternativa que apresenta o caso que pode ser utilizado esse regime no que se refere às despesas ou aos gastos de material e serviços de limpeza e higiene.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B. | 

    Conceito

    Adiantamento concedido a servidor, a critério e sob a responsabilidade do Ordenador de Despesas, com prazo certo para aplicação e comprovação dos gastos. O Suprimento de Fundos é uma autorização de execução orçamentária e financeira por uma forma diferente da normal, tendo como meio de pagamento o Cartão de Pagamento do Governo Federa – CPGF, sempre precedido de empenho na dotação orçamentária específica e natureza de despesa própria, com a finalidade de efetuar despesas que, pela sua excepcionalidade, não possam se subordinar ao processo normal de aplicação, isto é, não seja possível o empenho direto ao fornecedor ou prestador, na forma da Lei nº 4.320/64, precedido de licitação ou sua dispensa, em conformidade com a Lei nº 8.666/93.

    Casos de Aplicação do Suprimento de Fundos

    As despesas com Suprimento de Fundos somente podem ser realizadas nas seguintes condições:

    a) atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor , em cada caso, não ultrapasse o limite estabelecido na Portaria MF nº 95/2002;

    b) atender a despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento (excluída nesse caso a possibilidade de uso do Cartão para o pagamento de bilhetes de passagens e diárias a servidores); ou

    c) quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; ou seja, os órgãos e entidades que executarem despesas sigilosas deverão possuir regramento próprio para tal.

     

    Fonte: https://www.ufmg.br/proplan/contabilidade-e-financas/divisao-de-analise-e-controle/suprimento-de-fundos/

  • GABARITO LETRA B:

    O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos:
    => Para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento.
    => Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento.
    => Para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em  portaria do Ministro da Fazenda.

    Fonte: Curso regular de AFO - Estratégia Concursos - 2017.

  • Não entendi porque a letra C está errada. Em meu entendimento B e C estão corretas!

  • Gastos de pouco volume (irrisórios) podem ser realizados por regime de adiantamento. Despesas previstas em lei e aquelas que não puderem percorrer o trâmite normal de realização de despesas (sigilosas) também.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • acho que a letra C está errada pq nao se relaciona com material de limpeza

  • A questão trata do assunto SUPRIMENTO DE FUNDOS. Está disciplinada no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) e na Lei n.º 4.320/64.

    O art. 68, da Lei n.º 4.320/64 menciona:

    “O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidorsempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação".

    regimento de adiantamento também é conhecido como suprimento de fundos.

    De acordo com a Lei n.º 4.320/64, as despesas sempre serão precedidas de empenho na dotação própria. Isto é, haverá dotação específica consignada no orçamento (despesa fixada na Lei Orçamentária Anual - LOA) e, para realizar a despesa, deverá ocorrer prévio empenho.

    Observe o item 4.9, pág. 132 do MCASP:

    O suprimento de fundos deve ser utilizado nos seguintes casos:

    a. Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento;

    b. Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e

    c. Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em ato normativo próprio.

    Portanto, o suprimento de fundos pode ser utilizado para despesas de pequeno vulto, podendo ser entendido como gastos miúdos e de pronto pagamento.


    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
2511565
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Um dos estágios da despesa é o empenho. Qual é a modalidade de empenho que deve ser emitida quando se recebe a conta com o valor efetivo do consumo de água na instituição pública.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E:

    Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente. 
    Os empenhos podem ser classificados em:
    a. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;
    b. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros. Nesta modalidade de empenho, em vista de sua característica básica ser o valor, que não se pode determinar, mas precisa ser estimado, obriga-se a emissão de outro documento, na ocasião do recebimento das contas onde está determinado o valor do gasto efetivo, que é o subempenho. Subempenho é o ato de registro do valor deduzido da importância empenhada por estimativa, ou seja, uma vez conhecido o valor da despesa, através da conta apresentada, providencia-se sua dedução da importância empenhada por estimativa; e
    c. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

     

    Fontes: MCASP 7ª edição e site: https://www.passeidireto.com/arquivo/12968514/aula-3---contabilidade-publica/2.

     

    ==> Discordo da questão por SUBEMPENHO ser um "elemento" da classificação Empenho por Estimativa.

  • Que banquinha mais safada! 

  • Patuscada

  • Isso não existe. Essa questão não foi anulada? Subempenho nunca foi uma modalidade de empenho; é apenas um documento complementar ao empenho por estimativa. Palhaçada dessa banca! Ademais, nem encontramos esse termo no MCASP.

  • Fui ao item"B" porque aprendi que, os empenhos são classificados consoante sua natureza e finalidade.

     

    Então: Empenho por estimativa: a característica desta modalidade é a  existência de despesa cujo montante não se possa determinar.

     

    Em geral, são gastos que ocorrem regularmente, porém que possuem base não homogênea, ou seja, o valor sempre varia.

    São exemplos as contas de água, energia elétrica e telefone, passagens, diárias, gratificações, fretes etc.

     

    FONTE: Prof. Sérgio Mendes

     

    bons estudos

     

  • EN? Subempenho como modalidade de empenho???????????????????

  • Fui na (b) tmb..

  • IMPOSSÍVEL ...

  • Puts grila....

     

    Subempenho é o ato de registro do valor deduzido da importância empenhada nas modalidades global e por estimativa.

    E NÃO SE CONFUNDE COM MODALIDADE DE EPENHO

    Fui direto na letra "B" porque pelo que já ví, até hoje, o caso exposto na questão é de EMPENHO POR ESTIMATIVA.

    ESTIMATIVA-----> Não é possível determinar o montante da despesa.

      Ex: água, luz, telefone, etc.

    ORDINÁRIO-----> Despesas com montante previamente conhecido e pagamento ocorrerá de uma só vez.

    GLOBAL----------> Para despesas com montante definido, atende a despesas contratuais e outras que se sujeitam a PARCELAMENTO.

    O professor Sérgio Mendes aponta três modalidades de empenho, mas pelo visto devemos nos atualizar, pois a banca tá inovando na administração financeira...

    Segue a vibe.....

  • Modalidade daonde?

    Olha...em alguns casos o judiciário deveria intervir contra esses absurdos...

  • Maresia... Sente, a maresiiiiiiia....

  • Ué...

    Como comentou Lí A, se o valor da conta de água for um subempenho, também é um empenho por estimativa....

    A questão deveria ser anulada pela banca

  • Maconha estragada. A modalidade empenho por estimativa permite o cancelamento parcial do empenho (subempenho) - se o valor real for menor que o valor estimado - ou o reforço do empenho (empenho extra) - se o valor real for maior que o valor estimado. A questão não deu informação suficiente para chegarmos a essa conclusão de gabarito.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Oi???

  • Que desgraça!

  • Quando me deparo com esse absurdo...parece que tudo que estudei sobre empenho foi por água abaixo...afffffff...

  • VALA :(((

  • "Senti os pés no chão...senti a respiração..."AGORA SENTI O CRACK VENCIDO kkkkkkkkkkkkkkkk palhaçada

    Mandado de Segurança urgente!!!

  • quem acertou , errou . letra B , vamo dale pra n tomale .

  • VOU NEM ANOTAR ISSO NOS MEUS RESUMOS

  • Para que a questão em apreço seja respondida corretamente, é preciso que tenhamos conhecimentos sobre o estágio da despesa chamado empenho. Neste caso, indiquemos o tipo de empenho adequado à situação.

    EMPENHO

    É o primeiro estágio da execução da despesa. De acordo com o artigo 58 da Lei 4.320/64, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Esse artigo deve ser tido como uma garantia ao credor, garantia que se ele cumprir os termos do contrato com a Administração pública, receberá o pagamento a ele reservado.

    A Lei 4.320/64 ainda acrescenta no artigo 59 que o empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Isso significa que as despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orçamentários iniciais (isto é, especificados na LOA), e segundo o cronograma de desembolso da unidade gestora.

    Ainda de acordo com a Lei 4.320, agora no artigo 60, é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. O parágrafo §1º desde artigo dispõe que em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho.

    Veja que o que pode ser dispensada é nota de empenho (NE), jamais o empenho. O que é a NE, talvez se pergunte. A NE é a materialização do empenho, trata-se de um documento extraído de cada empenho e utilizado para registrar as operações envolvendo despesas orçamentárias realizadas pela Administração pública, tais como: comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, nome do credor, especificação e valor da despesa, deduções desse valor no saldo da dotação própria (MENDES, 2016).

    O empenho possui três modalidades:

    • GLOBAL- para atender às despesas com montante definido, mas que é usado para atender despesas contratuais ou parcelamentos. Ex: aluguéis, salários, prestação de serviços.

    • POR ESTIMATIVA- quando não é possível determinar o montante da despesa. No geral, gastos que ocorrem com regularidade, mas com valor variável. Ex: contas de Energia elétrica, água e telefone.

    • ORDINÁRIO- para despesas com montante previamente conhecido e cujo pagamento deva ocorrerde uma só vez.

    Em relação à questão, tenhamos em mente que subempenho é o ato de registro do valor deduzido da importância empenhada nas modalidades global e por estimativa, não podendo se confundido com modalidade de empenho.

    A banca dá a alternativa "E" como correta, mas entendo que a opção realmente adequada é a "B".

    GABARITO DA BANCA: E

    GABARITO SUGERIDO: B

    Fontes:

    LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964

    MENDES, Sérgio. Administração Financeira e Orçamentária. 6. ed. São Paulo: Método, 2016.


ID
2511568
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Qual é o sistema da contabilidade pública que registra, processa e evidencia os atos e os fatos representados pelas contas que registram aprovação e execução do planejamento e do orçamento?

Alternativas
Comentários
  • a. Natureza de Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.
    b. Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com a composição do patrimônio público e suas variações qualitativas e quantitativas.
    c. Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.


ID
2511571
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta a escrituração para fins de encerramento de contas referente à economia orçamentária no valor de R$ 8.000,00, ocorrida no exercício como saldo da dotação não empenhado.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o Manual de Contabilidade, a escrituação da fixação da despesa é:

    Natureza da informação: orçamentária
    D 5.2.2.1.1.xx.xx Dotação Inicial
    C 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível

     

    Logo, se houve economia orçamentária, o lançamento que deve ser feito é o inverso do citado acima, ou seja:

    D 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível

    C 5.2.2.1.1.xx.xx Dotação Inicial


ID
2511574
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Os balanços orçamentário, financeiro e patrimonial são conceituados com um quadro de contabilidade com duas seções. Qual é a conta que iguala as duas seções no balanço financeiro?

Alternativas
Comentários
  • letra D saldo de caixa

  • De acordo com o MACASP 7ª edição,

    Os Ingressos (Receitas Orçamentárias e Recebimentos Extraorçamentários) e Dispêndios (Despesa Orçamentária e Pagamentos Extraorçamentários) se equilibram por meio da inclusão do Saldo em Espécie do Exercício Anterior na coluna dos Ingressos e do Saldo em Espécie para o Exercício Seguinte na coluna dos Dispêndios.

     

    Saldo do Exercício Anterior (IV)

    Caixa e Equivalentes de Caixa

    Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados

     

    Saldo para o Exercício Seguinte (IX)

    Caixa e Equivalentes de Caixa Depósitos

    Restituíveis e Valores Vinculados

     

    Resposta letra "D"


ID
2511577
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Nos procedimentos para o encerramento das variações patrimoniais, são apuradas as alterações ocorridas no patrimônio de forma ativa e de forma passiva. A conta de resultados acumulados que recebeu as transferências dos saldos das contas de variações patrimoniais proporciona um saldo que representa o resultado

Alternativas
Comentários
  • A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.


ID
2511580
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Qual é a ressalva existente no princípio orçamentário que estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A.

     

    Exclusividade (princípio)
    Princípio orçamentário clássico, segundo o qual a lei orçamentária não conterá matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. Seu propósito é evitar que se tire partido do processo legislativo relativo à tramitação dos projetos de natureza orçamentária – normalmente mais expedito que os demais – para aprovar, de modo rápido, medidas que pelo curso normal do processo legislativo dificilmente prosperariam. No ordenamento jurídico vigente o princípio se acha consagrado no art. 22 da Lei Federal nº. 4.320, de 17 de março de 1964 – que enumera, didaticamente, o conteúdo e a forma da Proposta Orçamentária - e no art. 165, § 8º, da Constituição. 

     

    Fonte: SENADO FEDERAL 

     

    Exclusividade
    A lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou financeira. Ou seja, dela deve ser excluído qualquer dispositivo estranha à estimativa de receita e à fixação de despesa. O objetivo deste princípio é evitar a presença de "caldas e rabilongos"

    Não se inclui na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

    Este princípio encontra-se expresso no art. 165, § 8º da CF de 88: "A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa ..."

     

  • Contribuindo:

     

    O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo.


    Determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO).
     

    FONTE: Prof. Sérgio Mendes

     

    bons estudos

  • CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

     

    Art. 165 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

  • O Princípio da Exclusividade - Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.

     

    Exceção: 

    A autorização para abertura de crédito suplementar e a contratação de operações de crédito, nos termos da lei.  

  • ✿ PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

    O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo.

    Determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO).

    Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da Lei Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência com seu conteúdo eram denominadas “caudas orçamentais” ou “orçamentos rabilongos”. Por outro lado, as exceções ao princípio possibilitam uma pequena margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realização de alterações orçamentária.

    Fonte: Prof. Sérgio Mendes – Estratégia Concursos


ID
2511583
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

O subsistema de custos definido pela Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve proporcionar informações, dentre outras, sobre

Alternativas
Comentários
  • resposta é C mas na norma vem em

    3. O SICSP de bens e serviços e outros objetos de custos públicos têm por objetivo:
    (a) mensurar, registrar e evidenciar os custos dos produtos, serviços, programas, projetos, atividades, ações, órgãos e outros objetos de custos da entidade;
    (b) apoiar a avaliação de resultados e desempenhos, permitindo a comparação entre os custos da entidade com os custos de outras entidades públicas, estimulando a melhoria do desempenho dessas entidades;
    (c) apoiar a tomada de decisão em processos, tais como comprar ou alugar, produzir internamente ou terceirizar determinado bem ou serviço;
    (d) apoiar as funções de planejamento e orçamento, fornecendo informações que permitam projeções mais aderentes à realidade com base em custos incorridos e projetados;
    (e) apoiar programas de redução de custos e de melhoria da qualidade do gasto.
    (e) apoiar programas de controle de custos e de melhoria da qualidade do gasto. (Redação dada pela Resolução CFC n.º 1.437/13)

    acredito que essa é equivale a otimização dos recursos.


ID
2511586
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

Considere as seguintes afirmações sobre o texto.


I) Segundo Moacyr Scliar, William Carlos Williams, além de escritor, tinha formação em medicina.

II) Segundo Moacyr Scliar, para os antigos gregos, as palavras eram um remédio para as mentes sofredoras.

III) Segundo Moacyr Scliar, nem todos os pacientes gostam de escutar histórias porque não se identificam com elas, por isso não saram.


Agora assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • I) Segundo Moacyr Scliar, William Carlos Williams, além de escritor, tinha formação em medicina.

    Correta. linhas 1-2 : [...] William Carlos Williams (1883-1963) [...] tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros.

     

     

    II) Segundo Moacyr Scliar, para os antigos gregos, as palavras eram um remédio para as mentes sofredoras.

    Correta.  linhas 5-6 : [...] "para" os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras.
     

     

    III) Segundo Moacyr Scliar, nem todos os pacientes gostam de escutar histórias porque não se identificam com elas, por isso não saram.

    Errada. Muito pelo contrário todos os pacientes adoravam escutar histórias e ainda eram curados.

  • Quando a prova começa "bonitinha", lá na frente vira "ordinária".

  • I) Correta

    "O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros..."

     

    II) Correta

    2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. 

     

    III ) Errada.

    Extrapolação, pois essa informação não está contida no texto. 

     


ID
2511589
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

Considere as seguintes afirmações sobre o texto.


I) Segundo Moacyr Scliar, o psicólogo americano Bruno Bettelheim sobreviveu aos campos de concentração nazistas porque ouvia muitos contos de fadas.

II) Segundo Bruno Bettelheim, os contos de fadas ajudam a criança a descobrir sua identidade.

III) Segundo Moacyr Scliar, no Pennsylvania Hospital, os doentes mentais, além de ler, escreviam e publicavam seus textos em um jornal chamado The Illuminator.


Agora assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Analisando as alternativas:

     

    I) Segundo Moacyr Scliar, o psicólogo americano Bruno Bettelheim sobreviveu aos campos de concentração nazistas porque ouvia muitos contos de fadas.

    Errada. Segundo o texto, Scliar é um sobrevivente dos campos nazistas, entretanto isso não tem nenhuma relação com os contos de fadas.

     

     

    II) Segundo Bruno Bettelheim, os contos de fadas ajudam a criança a descobrir sua identidade.

    Correta. Linha 12 [...]  Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade.

     

     

    III) Segundo Moacyr Scliar, no Pennsylvania Hospital, os doentes mentais, além de ler, escreviam e publicavam seus textos em um jornal chamado The Illuminator.

    Correta.  Linha 15 [...] os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator  [...]

     

     

  • I ) Errada

    Extrapolação: essa informação não está contida no texto.

    O autor só se refereriu a Bruno Bettelheim, explicando quem ele era, para mencionar o que ele pensava em relação à leitura dos contos para crianças, mas em momento algum disse que ele sobreviveu aos campos de concentração por ouvir muitos contos de fada.

     

    II) Correta:

    Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

     

    III) Correta

    Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês).


ID
2511592
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

Considere as seguintes afirmações sobre o texto.


I) Segundo Moacyr Scliar, voluntários são fundamentais para ajudar as crianças da Fundação Abrinq a vencer a insegurança do ambiente hospitalar.

II) Para Celso Gutfreind, a terapêutica do conto funciona como uma forma de reforçar a identidade infantil.

III) Segundo Moacyr Scliar, não há lugar para a literatura na formação médica.


Agora assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Analisando as alternativas :

     

    I) Segundo Moacyr Scliar, voluntários são fundamentais para ajudar as crianças da Fundação Abrinq a vencer a insegurança do ambiente hospitalar.

    Errada.  Linha: 22-23 :  A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

     

    Os voluntários dão total apoio às crianças mas isso não quer dizer que eles garantam o fim da insegurança das crianças, pois infelizmente são elas mesmas que terão que superá-las.

     

     

    II) Para Celso Gutfreind, a terapêutica do conto funciona como uma forma de reforçar a identidade infantil.

    Correta.  Linha 12: Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade.

     

    III) Segundo Moacyr Scliar, não há lugar para a literatura na formação médica.

    Errado. Muito pelo contrário há espaço , e ainda sobra para literatura na formação médica.

  • I) Errada.

    Extrapolação.

    O autor somente fez menção à leitura feita pelos voluntários, mas não disse que os voluntários eram fundamentais. 

    Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

     

    II) Correta

    "No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças."

     

    III) Errada.

    Contradição

    O autor defende justamente o oposto

    "Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica."


ID
2511595
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

Em "O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos [...]” (primeiro parágrafo), a palavra em destaque indica

Alternativas
Comentários
  • Quando - conjunção que de acordo com o contexto da frase está com a ideia de tempo

  • Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.

     

    São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc.

  • tive dificuldade de entender o comando da questão!

  • Cristiane Gomes, eu também. Imagino que deve ter sido pelo fato de não haver palavra destacada no enunciado, como a questão sugeriu.


ID
2511598
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

No enunciado “O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm [...].” (segundo parágrafo), há uma figura de linguagem chamada

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o contexto da frase há uma figura de linguagem METÁFORA embutida dentro dela.

  • Gab: A

    Metáfora é uma comparação sem uso de conectivos. No caso do texto, comparou o teatro a uma válvula de escape.

  • A título de curiosidade:

    Anacoluto é uma figura de linguagem na língua portuguesa que configura uma quebra da estrutura sintática de uma frase.

    Classificada como uma figura de construção, o anacoluto consiste numa “frase quebrada”, normalmente quando o propósito ou assunto de determinada frase é apresentada antes do restante da oração.

    O anacoluto retira a função sintática de determinado termo ou expressão na oração ao alterar a estrutura da mesma. Por norma, as “quebras” nestas frases são feitas com o uso de vírgulas.

    Exemplo: “Eu, toda vez que chego, você me enche de beijos”.

      FONTE: https://www.significados.com.br/anacoluto/

  • Metáfora é uma comparação implícita

     

    “O teatro, aliás, era considerado (COMO) uma válvula de escape..."

     

     

  • Anacoluto: frase quebrada; a estrutura sintática de uma oração é interrompida e um termo ou expressão que parecia ser essencial à sentença acaba ficando solto. Ex: "Eu, toda vez que chego, você me chama para conversar"; "Portugal, quantas lembranças tenho!".

    Metáfora; (gabarito) - Trata-se de uma comparação implícita.

    Elipse: quando um termo da oração está oculto. Ex: "...na minha estante, livros e discos antigos...".

    Eufemismo: suavizar um termo que remeta a algo ruim. Ex: "João não está mais entre nós!" (Morreu!).

    Catacrese: falta de um termo específico para nomear algo. Ex: pé da mesa, pé de alface, dente de alho.

  • METÁFORA: Atribuir a um ser uma qualidade que não o pertence.

    Conheci uma pessoa do coração de ouro.

    Aquele menino é um gênio.

    pois é Deus quem produz em vós tanto o querer como o realizar, de acordo com sua boa vontade. Filipenses 2:13
     

     

  • Po, fui pela catacrese pelo termo "válvula de escape".

  • Não concordo com a resposta. Válvula de escape é um termo já incorporado na linguagem. É como pé da mesa, árvore genealógica e embarcar. CATACRESE nela!

  • Apesar de Válvula de escape ser um tipo de Catacrese, quando aplicada na frase ela tem um sentido de metáfora. E é o que o enunciado pede.

  • O teatro ERA considerado uma válvula de escape [..]

    Verbo ser aê negada! Além disso o teatro recebe uma qualidade a qual não o pertence. Ele é um "aliviador".

  • Seria anacoluto se estivesse escrito da seguinte forma:

    O teatro, eis uma bela forma de expressão.

    O anacoluto serve para enfatizar uma espécie de tópico, de um desenvolvimento sobre o assunto.

  • Em se tratando de português, a professora Flávia Rita é uma cobra.   [metáfora]

    Em se tratando de português, a professora Flávia Rita é como uma cobra.  [comparação; símile]

     

    O teatro é uma válvula de escape. [metáfora]

    O teatro é como uma válvula de escape. [ comparação; símile]

    Elementos de comparação: como, igual, que nem ...


ID
2511601
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

No excerto “Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos.” (quarto parágrafo), a conjunção em destaque indica uma

Alternativas
Comentários
  • Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.

     

    São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

     

     

  • No excerto “Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos.”

     

    Conjunção conclusiva, tem ideia de conclusão e consequência, são : logo, portanto, por conseguinte, pois, destarte, dessarte,então, em vista disso, por isso, assim

  • Duas dicas sobre Conjuções:

    1º :Decore as

    2º: Entenda o contexto da oração

    Caso feito a leitura não tenha um entedimento ou ligação com qualquer conjução, entra a parte da decoreba. Nos casos são 80% de acerto com a decoreba, mas saber e enteder o contexto da oração é essencial. Uma dica, Bons Estudos!

  • Portanto após o verbo nos dá ideia de conclusão.


ID
2511604
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

No excerto “[...] mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.” (quinto parágrafo), a conjunção em destaque NÃO poderia ser substituída por

Alternativas
Comentários
  • mas - conjunção adversativa que nos dá ideia de OPOSIÇÃO

     

    e) portanto. 

    Dentre as alternativas essa é a única que não pode ser substituída por ser uma conjunção de valor conclusivo.

  • Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.

     

    São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • Percebam que antes do MAS no texto existe uma virgula....quando o MAS está depois de uma virgula tem sentido explicativo. Se o MAS estivesse entre virgulas o sentido seria conclusivo. Logo nas alternativas a única que não se encaixa é portanto porque tem sentido conclusivo. 

    PS: Essas bancas colocam muitas pegadinhas entre portanto e porquanto. Portanto é conclusivo e porquanto é explicativo.

  • Adversativasligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

  • Decorem as conjunções!

     

    Todas as respostas são adversativas, com exceção do "portanto".

    Não devemos perder tempo com esses tipos de questão!!! FOCO

  • No excerto “[...] mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.” (quinto parágrafo), a conjunção em destaque NÃO poderia ser substituída por

    CONJUNÇÃO ADVERSATIVA TRAZ SENTIDO DE ADVERSIDADE, OPOSIÇÃO, RESSALVA, CONSTRATE,COMPESAÇÃO E RESTRIÇÃO.

    Na frase traz ideia de ressalva, e as conjunções adversativa sao: mas,porém, ainda, entretanto, contudo,todavia, não obstante, senão,  são todas adversativas.

    E portanto é Conjunção conclusiva: logo,portanto, então, pois, por conseguinte, dessarte, destarte, em vista disso. Resposta letra E

     

  • Carai errei porque não li o NÃO PODE

  • Portanto é geralmente conclusiva e não de contraste.

  • QUESTÃO REQUER CONHECIMENTO DAS CONJUNÇÕES ADVÉRBIAS ADVERSATIVA... PORTANTO NÃO ESTÁ DENTRO DELAS....

    GAB :E 

  • Mas, porém, contudo, entretanto, todavia... Adversartivas.

  • Decoreba

    Mariluce Caiu CONTUDO, MAS PORÉM TODAVIA NO ENTANTO NÃO OBSTANTE seu ENTRETANTO

  • PORTANTO: ideia de conclusão, fechamento,finalização...

    Contudo, Entretanto, Porém, Todavia: ideia de oposição, cotraste, adversidade, ressalva..


ID
2511607
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

Considere as seguintes afirmações sobre a pontuação empregada no texto.


I) No excerto “Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras.” (segundo parágrafo), o ponto final foi empregado para encerrar uma frase declarativa.

II) No excerto “E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas.” (terceiro parágrafo), os dois-pontos foram empregados para introduzir uma explicação.

III) No excerto “[...] o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto [...]” (quinto parágrafo), as vírgulas foram empregadas para destacar um aposto.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Analisando as alternativas:

     

    I) No excerto “Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras.” (segundo parágrafo), o ponto final foi empregado para encerrar uma frase declarativa.

    Correta. Acima há uma ocorrência de uma frase declarativa

     

     

    II) No excerto “E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas.” (terceiro parágrafo), os dois-pontos foram empregados para introduzir uma explicação.

    Correta. Os dois-pontos é um sinal pontuativo que nos serve para introduzir uma explicação. Esse recurso é muito utilizado nos diversos textos literários.

     

     

    III) No excerto “[...] o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto [...]” (quinto parágrafo), as vírgulas foram empregadas para destacar um aposto.

    Correto. Há uma ocorrência de aposto explicativo na frase acima entre as vírgulas.

     


ID
2511610
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

No excerto “A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença [...].” (quinto parágrafo), as quatro ocorrências de “a”, respectivamente, são

Alternativas
Comentários
  • A dica é lembrar que a preposição estabelece sempre uma relação entre termos.
    Os artigos não fazem nenhuma ligação ou estabelecem um sentido de relação, mas servem para definir ou indefinir uma palavra e indicar o gênero, bem como a quantidade.

  • Gabarito: A.

     

    Há uma ocorrência de "a" que não está destacada. Com as quatro marcações:

     

    A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença [...].”

    artigo                                               artigo    preposição   artigo    

     

     


ID
2511613
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

Sobre a acentuação gráfica de palavras retiradas do texto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • "Tranquilona hein!"

     

     

    e) As palavras “metáfora” e “médico” são acentuadas porque são proparoxítonas.

    Há uma ocorrência de proparoxítonas nas palavras destacadas acima, pois ambas estão sendo acentuada na antepenúltima sílaba e  as vogais são as mais fortes da palavra.

  • A regra que justifica a acentuação de Aliás é a das oxítonas.

     

  • a) Própria o acento é justificado por ser uma PROPAROXITÓNA. Sabendo que todas proparoxitónas são acentuadas, fica justificado.

    b) Saúde, apresenta um  hiato, logo leva acentuação; Aliás, oxitonas terminadas em A(S) E(S) O(S) EM(NS), levam acento. 

    c)Também e além são acentuadas porque são oxítonas terminadas em EM.

    d) Currículo e Terapêutico são acentuadas porque são proparoxítonas.

    e) Metáfora e Médico são acentuadas porque são proparoxítonas.  =>GABARITO

     

    OBS: se eu estiver errado me corrijam, estamos aqui para aprender. FORÇA GUERREIROS...

     

  •  

    Galera a explicação do Marcos Medeiros está parcialmente errada, baseim-se no comentário do nosso amigo Nathanael

  • Nathanael, a palavra "própria" é uma paroxítona meu querido.
  • Sobre a letra a) A palavra própria é uma paroxítona terminada em ditongo crescente;

  • Própria pode ser considerada proparoxítona de acordo com a nova regra ortográfica (creio eu), ao invés de enquadrar-se na regra da paroxítona terminada em ditongo crescente, entra na regra da proparoxítona (pró-pri-a). Isso ocorre com todas '' paroxítonas terminadas em ditongo crescente ''

  • 'Aliás' é oxitona, mas da impressão ser hiato,se a regra da oxitona não tivesse o A no final poderia essa palavra ser um hiato?

  • Sigo o entendimento de Nathanael Batista. A palavra própria é uma paroxítona terminada em ditongo crescente, entretanto pode ser considerada uma proparoxítona eventuais ou acidentais. A Cespe costuma cobrar essa classificação também. Resposta: Letra C

  • Thaís, a palavra "aliás" já é um hiato, sendo separada desse modo: a-li-ás, e pela regra das oxítonas levou acento no a. Não faria sentido acentuar o i de qualquer modo já que mesmo sem a regra a tônica seria o "as". Se não leríamos com o nome próprio Elías. E o hiato se deu pela palavra ter duas vogais juntas, sons fortes do "i" e "a" Espero ter ajudado

  • ALIÁS e SAÚDE são ambas hiato.

    Entretanto, a regra geral, prevalece sobre a regra especial. 

    Aliás, é acentuada por ser oxítona terminada em A(s)

    Enquanto saúde é acentuada por ser hiato, ter o í, tônico. 

     

    REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO (Prevalecem sobre os casos especiais)
     

    a) Acentuam-se os monossílábos tônicos terminados em a/e/o seguidos ou não de s. 
     

    b) Acentuam-se as oxítonas terminadas em: A/E/O - seguidos ou não de s. E as terminadas em: EM/ENS. 
    Oxítonas são aquelas em que a sílaba tônica é a última da palavra.
     

    c) Acentuam as todas paraxítonas, exceto as terminadas em A/E/O - seguidos ou não de s. E as terminadas em: EM/ENS. 
    Veja que a regra das paroxítonas é o contrário das oxítonas.
    Paroxítonas são palavras nas quais a sílaba tônica é a penúltima. 
     

    c1) Todas as paroxítonas terminadas em 
     

    L N R X (Regra do rouxinol, tiram as vogais, as consoantes ficam)
     

    I/ UM/ UNS
     

    Ã/ ÃO
     

    Ditongo (que é o encontro de duas vogais)
     

    PS
     

    são acentuadas.
     

    IMPORTANTE: Veja que dentro das paroxítonas, portanto, há regras específicas de acentuação, você tem que saber. Uma paroxítona terminada em ditongo, não é acentuada pelo mesmo motivo de uma paroxítona terminada em PS, por exemplo.
     

    d) Todas as proparoxítonas são acentuadas.
    São as que a sílaba tônica é a antepenúltima.
     

    Não confudir: 

    Dígrafo: É quando duas letras se unem formando um único som. 
    Pode ser dígrafo vocálico e consonantal.

    No caso do "dígrafo" consonantal, se as duas consoantes não formarem um único som, será encontro consonantal. Ex: PeDRa. Você ao falar, faz o som do D e do R. Nesse caso não é dígrafo.

    Ditongo: Encontro de vogais. 

    REGRAS ESPECIAIS
     

    HIATOS: Acentuam-se os hiatos com acento tônico no i e u, que venham longe nh.

    DITONGO: Ditongo aberto no fim da palavra é acentuado.

    ACENTO DIFERENCIAL: POR, PODE, VEM, TEM, FORMA

     

  • GABARITO: LETRA E

    ACRESCENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

     

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

     

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...


    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.

  • Resumo Acentuação e Ortografia:

    Monossílabos:

    Terminados em A(s),E(s),O(s) : pá, três, pós;

    Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: céu, réis, dói;

    Oxítonas:

    Terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). sofá, café,

    Terminadas em Ditongo Aberto: éu, éi, ói: chapéu, anéis, herói;

    Paroxítonas:

    • Todas, exceto terminadas em A(s),E(s),O(s),Em(s). Ex: fácil, hífen, álbum,

    cadáver, álbuns, tórax, júri, lápis, vírus, bíceps, órfão

    • Terminadas em ditongo (Regra cobradíssima) Ex: Indivíduos, precárias,

    série, história, imóveis, água, distância, primário, indústria, rádio

    • Se tiver Ditongo Aberto: não acentua mais!Ex: boia, jiboia, proteico, heroico

    Proparoxítonas:

    • Todas. Sempre. Ex: líquida, pública, episódica, anencéfalo, período.

    Regra do Hiato:

    Acentuam-se o “i” ou “u” tônico sozinho na sílaba (ou com s): baú,

    juízes, balaústre, país, reúnem, saúde, egoísmo. Caso contrário, não acentue: juiz,

    raiz, ruim, cair.

    Não se acentuam também hiatos com vogais repetidas: voo, enjoo, creem, leem, saara,

    xiita, semeemos.

    Exceção1: “i” seguido de NH: rainha, bainha, tainha,

    Exceção2: “i” ou “u” antecedido de ditongo, se a palavra não for oxítona: bocaiuva,

    feiura, sauipe, Piauí, tuiuiú. Decore: Guaíba e Guaíra são acentuados.

    FONTE: Professor Filipe Luccas - Estratégia concursos.


ID
2528785
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta em relação à adoção.

Alternativas
Comentários
  • Letra A (Incorreta) -  Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

    Letra B (Correta) - Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

    Letra C (Incorreta) - Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.

    Letra D (Incorreta) - Art. 42, §2º Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

    Letra E (Incorreta) - Art. 42, §3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

  • Já existe jurisprudência a respeito do Art. 42, §2° divulgado  no Informativo 500 do STJ (e cujo acórdão já foi publicado), é paradigmático. O STJ, concedendo interpretação a partir da proteção a incapazes e da idéia de solidariedade e socioafetividade, simplesmente afasta a vedação legal de adoção conjunta por irmãos (pelo ECA só podem adotar conjuntamente quem seja casado ou viva em união estável).

  • Segue a decisão que o colega Cássio mencionou:

    Segundo o Superior Tribunal de Justiça, é possível, no melhor interesse da criança, relativizar proibição do Estatuto da Criança e do Adolescente para permitir que dois irmãos adotem conjuntamente uma criança. No precedente, um casal de irmãos solteiros que viviam juntos passou a cuidar de criança órfã, com ela desenvolvendo relações de afeto. Nesse caso não se deve ficar restrito às fórmulas clássicas de família, reconhecendo-se outras configurações familiares estáveis. REsp 1.217.415-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/6/2012. (Info 500).

    Todavia, devemos atentar para o comando da questão "De acordo com o Estatuto da Criança e do adolescente..."

    Bons estudos!!

  • Art. 40) O adotando deve contar com, no máximo, 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

    Art. 41) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

    Art. 42) Podem adotar os maiores de 18 anos, independetemente do estado civil.

    Art. 42, 2º) Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou matenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 

    Art. 42, 3º) O adotante há de ser, pelo menos, 16 anos mais velho do que o adotando.

  • Ola pessoal! GABARITO B 

    IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS?  O legislador ordinário foi bem atuante ao propor os impedimentos matrimoniais. Os impedimentos estão ligados aos casos de casamento entre irmãos, por exemplo, você adota um adolescente que passa a ser o seu filho e ter todos os direitos e etc, em um determinado tempo ele inicia um relacionamento com uma mulher, após breve periodo de relacionamento decidem se casar. Porem o pai do adotado descobre que a futura esposa do seu filho, é a sua irmã de sangue.. Que problemão.. :D 

    Deus abençõe. Instagram: @romulopotter segue la :)

  •  

     d)Para adoção conjunta, não é necessário que os adotantes sejam casados civilmente ou que mantenham união estável. 

     

    Na minha interpretação essa alternativa ficou meio confusa.observem:

     

    Artigo 42 da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990

     

    § 4º Os divorciados e os judicialmente separados poderão adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas, e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância da sociedade conjugal.

  • LEI Nº 8.069/1990

    a) no máximo 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes (Art. 40);

    c) podem adotar os maiores de 18 anos, independentemente do estado civil (Art. 42);

    d) é indispensável que sejam casados civilmente ou mantenham união estável (Art. 42, §2º);

    e) o adotante há de ser, pelo menos, 16 anos mais velho do que o adotando (Art. 42, §3º);

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    Gabarito: B

  • A questão exige o conhecimento da adoção, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, que é a forma de colocação em família substituta mais “forte”/completa, ou seja, cria um laço jurídico definitivo e irrevogável entre a nova família e o infante, passando estes a serem pai/mãe e filho, sem qualquer distinção com o filho biológico.

    ALTERNATIVA A: INCORRETA. A idade máxima do adotando deve ser de 18 anos, e não 16 anos, a não ser que ele já esteja sob guarda ou tutela da família substituta.

    Art. 40 ECA: o adotando deve contar com, no máximo, 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

    ALTERNATIVA B: CORRETA. A adoção atribui ao adotado a condição de filho para todas as situações, sem qualquer restrição, inclusive para os direitos sucessórios (que são recíprocos), salvo os impedimentos matrimoniais. Veja:

    Art. 41 ECA: a adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

    ALTERNATIVA C: INCORRETA. A idade mínima para adotar é de 18 anos, e não 21. Veja:

    Art. 42 ECA: podem adotar os maiores de 18 anos, independentemente do estado civil.

    Cuidado: esse artigo sofreu alteração em 2009, em decorrência da redução da menoridade civil.

    Cuidado 2: o estado civil não é importante para a adoção unilateral. Já para a adoção bilateral (ou seja, do casal), é necessário que eles sejam casados civilmente ou vivam em união estável, de modo a comprovar a estabilidade familiar.

    ALTERNATIVA D: INCORRETA. Para a adoção conjunta é necessário, sim, que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável. Veja:

    Art. 42, §2º, ECA: para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

    ALTERNATIVA E: INCORRETA. A diferença mínima de idade entre o pai adotivo e o adotando deve ser de, pelo menos, 16 anos, e não 5. Veja o que dispõe o art. 42, §3º, do ECA:

    Art. 42, §3º, ECA: o adotante há de ser, pelo menos, 16 anos mais velho do que o adotando.

    Atenção: o STJ (informativo nº 658) tem posicionamento no sentido de que a diferença etária mínima de 16 anos entre o adotante e o adotado é requisito legal para adoção que pode ser flexibilizado à luz do princípio da socioafetividade.

    GABARITO: B


ID
2528788
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assuntos

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, como é considerada a função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente?

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta letra D.

    A questão encontra resposta no art. 89 do ECA:

    Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público relevante e não será remunerada

  • O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA é um órgão colegiado permanente de caráter deliberativo e composição paritária, previsto no artigo 88 da lei no 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Integra a estrutura básica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).

    Fonte: http://www.sdh.gov.br/sobre/participacao-social/conselho-nacional-dos-direitos-da-crianca-e-do-adolescente-conanda

     

     

  • Cuidado para não confundir pois de acordo com o artigo 134 membro dos conselhos tutelares municipais e distritais esses sim serão remunerados

  • Artigo 89) A função de membro do COnselho Nacional e dos Conselhos Estaduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente é considerada de interesse público relevante e não será remunerada.

  • GABARITO: D

     

    Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público relevante e não será remunerada.

  • d) CERTO (responde todas as demais)

    Art. 89 do ECA. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público relevante e não será remunerada.

  • A questão exige o conhecimento literal do art. 89 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que versa sobre a função de membro do Conselho Nacional e dos Conselhos Estaduais e municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente. Veja:

    Art. 89 ECA: a função de membro do Conselho Nacional e dos Conselhos Estaduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente é considerada de interesse público relevante e não será remunerada.

    Apesar de a questão ter sido direta e literal, destaco o entendimento de Nucci: “ a integração da sociedade nos Conselhos não gera remuneração, pois faz parte de um direito-dever de cidadão. Porém, constitui, sem dúvida, atividade relevante, de interesse público. Para fins de consideração geral, inclusive concursos públicos, deve ter peso eficiente na classificação”.

    Fonte: Nucci, Guilherme de Souza. Estatuto da Criança e do Adolescente comentado: em busca da Constituição Federal das Crianças e dos Adolescentes. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2014. Pág. 254.

    Gabarito: D