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Prova IDECAN - 2017 - CREF - 5ª Região - Agente Fiscal


ID
4164436
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

“Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice.” (3º§) O excerto anterior contém um exemplo de

Alternativas
Comentários
  • A questão em tela trata do assunto uso das linguagens e quer saber qual alternativa traz um conceito ocorrido na frase abaixo. Vejamos:

    “Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice.”

    a) coesão referencial.

    Incorreta. Usa-se essa técnica para se evitar repetições. Essa marca não é característica da frase acima.

    Ex: João sorriu.  Ele  gosta de ser agraciado. (Veja que foi usado o pronome "ele" para não repetir "João".)

    b) linguagem conotativa.

    Correta. Vejam que ao dizer "que a vida os dá os netos" não é a vida que dá os netos e sim o seu próprio filho. Ao dizer " mutilações trazidas pela velhice", ele quer dizer em tantas coisas ruins ou cansativas que a velhice traz, uma coisa é boa os netos. Assim podemos cactérizar a linguagem conotativa como uma forma de dizer algo a mais com outras palavras.

    c) linguagem denotativa.

    Incorreta. A função denotativa faz uso da linguagem do dicionário, ela diz aquilo que é sem estender o sentido.

    d) erro de regência nominal.

    Incorreta. Não há erro de regência nominal, contudo vale falar sobre o principal caso que poderia confundir. Vejamos: "certeza de que a vida" , o nome "certeza" rege a preposição "de" para dar início ao seu complemento nominal.

    GABARITO: B

  • "Nos compensar DE"??

  • entendi não

  • GABARITO - B

    Conotativa - Figurada

    Denotativa - Real / Dicionário

    a vida nosos netos 

    Não é a vida que dá os netos.

    Leiam o comentário do Diogo, meu amigo, está bem bacana!

  • Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice.”

    a) coesão referencial.

    Incorreta. Usa-se essa técnica para se evitar repetições. Essa marca não é característica da frase acima.

    Ex: João sorriu.  Ele gosta de ser agraciado. (Veja que foi usado o pronome "ele" para não repetir "João".)

    b) linguagem conotativa.

    Correta. Vejam que ao dizer "que a vida os dá os netos" não é a vida que dá os netos e sim o seu próprio filho. Ao dizer " mutilações trazidas pela velhice", ele quer dizer em tantas coisas ruins ou cansativas que a velhice traz, uma coisa é boa os netos. Assim podemos cactérizar a linguagem conotativa como uma forma de dizer algo a mais com outras palavras.

    c) linguagem denotativa.

    Incorreta. A função denotativa faz uso da linguagem do dicionário, ela diz aquilo que é sem estender o sentido.

    d) erro de regência nominal.

    Incorreta. Não há erro de regência nominal, contudo vale falar sobre o principal caso que poderia confundir. Vejamos: "certeza de que a vida" , o nome "certeza" rege a preposição "de" para dar início ao seu complemento nominal.

    GABARITO: B

  • Memorizo assim:

    Conotativa = Com mentirinhas

    Denotativa = É verdade, Deu no rádio - Didi Mocó

  • DEnotativa= DE verdade.

  • Denotação

    Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado original independentemente do contexto em que aparece.

     Conotação

    Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.

    “Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice.” (3º§) O excerto anterior contém um exemplo de conotação

    * Dica: Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado com o sentido que consta no dicionário.

  • Recurso bobo, mas eficiente para não trocar os significados de CONOTATIVO (CONto de fadas, CONta outra) e DENOTATIVO (DE verdade)

  • Típico exemplo de questão que traz o "universo" para dois quesitos ( letra B e letra C). percebam que a resposta, apenas poderia ser uma das duas alternativas. Pensem assim, pode ajudar bastante em alguns casos.
  • Galera, um bizu

    Linguagem conotativa -> Lembrar dos CONtos de fadas

    Linguagem Denotativa -> Dicionário.

  • Muitos comentários sem explicar o motivo do gabarito ser a alternativa "B".

    Linguagem Conotativa: É o sentido figurado, emprega um novo sentido.

    Linguagem Denotativa: É o sentido literal.

     "a vida nos dá os netos",

    Quem dá os netos são os próprios filhos, entretanto, na vida dos avós surgem os netos que lhes são fruto dos relacionamentos oriundo dos filhos.

  • sentindo conotativo = algo figurado e subjetivo. ex: "a vida nos dá os netos" ( a vida não dá, os filhos os geram )

    sentido denotativo = algo literal, real e objetivo. ex: " neto é realmente o sangue do seu sangue "

  • Linguagem Conotativa: uma forma de dizer algo a mais com outras palavras.

    Linguagem Denotativa: (Dicionário)


ID
4164439
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

A alternativa em que a palavra sublinhada tem seu significado corretamente indicado é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    Enlevo:

    Sensação de êxtase; arroubo, deleite.

  • GABARITO - B

    A)  lisonjas - Elogio feito com intuito de bajular;

    exaltação feita de modo exagerado.

    B) – enlevos

    sensação de êxtase; arroubo, deleite.

    C) – objeção

     óbice, obstáculo, oposição, repulsa, repulsão

    D)o ônus  - sobrecarga; carga, peso.

  • IDECAN já gosta de pegar essas palavras que nunca nem vi na vida KKKK

  • São lisonjas ( carinhos exagerados ), nada mais. comentários (opinião expressa sobre um fato) ❌

    ... deixado pelos arroubos (encantamentos) juvenis. enlevos (sensação de prazer, êxtase, contentamento)

    ... mas oferece a sedução ( promessas e encantos) do romance... objeção ( oposição, contestar algo) ❌

    ... obrigação de educar e o ônus (carga e obrigação) de castigar. mérito ( pessoas digna de elogios) ❌

  • A questão é sobre sinônimos e quer que marquemos a alternativa em que a palavra sublinhada tem seu significado corretamente indicado. Vejamos: 

     .

    A) “São lisonjas, nada mais.” (4º§) – comentários

    Errado.

    Lisonja: ato ou efeito de lisonjear; adulação, lisonjaria. Louvor fingido com que se pretende obter favores ou privilégios; louvaminha, rapapé, servilismo.

     .

    B) “... deixado pelos arroubos juvenis.” (3º§) – enlevos

    Certo.

    Arroubar: tornar(-se) arrebatado; enlevar(-se), extasiar(-se)

    Enlevo: ato ou efeito de enlevar(-se); arroubo, deslumbramento, êxtase. Pessoa ou coisa que provoca sensação de arroubo; encanto, perfeição, maravilha.

     .

    C) “... mas oferece a sedução do romance...” (5º§) – objeção

    Errado.

    Sedução: ato de seduzir ou de ser seduzido; seduzimento. Dom de atrair ou de seduzir, próprio de certas pessoas; fascínio, magnetismo.

    Objeção: ato ou efeito de objetar; contestação, contra.

     .

    D) “... obrigação de educar e o ônus de castigar.” (4º§) – mérito

    Errado.

    Ônus: aquilo que pesa ou sobrecarrega; carga, peso. Aquilo de que se é obrigatoriamente incumbido; dever, encargo, obrigação.

    Mérito: condição que torna alguém digno de prêmio ou castigo.

     .

    Referência: MICHAELIS. Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, versão online, acessado em 3 de julho de 2021.

     .

    Gabarito: Letra B

  • Não sabia nem o que era arroubos, muito menos enlevos kk

  • Eu sei lá

    Espero ter ajudado

  • Como faz pra acertar essas questões com palavras que ninguém usa? Sério mesmo, já errei umas 10 e queria muito uma ajuda, videoaula, qualquer coisa que possa auxiliar. Difícil!

  • isso nao mede conhecimento de ninguem... palavras que ja ninguem usa a maioria vai acerta chutando

  • Eu acertei por saber o significado de todas, exceto da B


ID
4164442
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.

Alternativas
Comentários
  • A questão exige conhecimento em crase e quer saber qual alternativa é opcional o seu uso. Vejamos:

    "Emprega-se o acento grave nos casos de crase e aqueles indicados em emprego do à acentuado. 1.º) Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo o ou pronome demonstrativo o: à (de a+a), às (de a+as). 2.º) Na contração da preposição a com o a inicial dos demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas, e aquilo ou ainda da mesma preposição com compostos aqueloutro e suas flexões: àquele(s), àquela(s), àquilo, àqueloutro(s), àqueloutras(s). 3.º) Na contração da preposição a com os pronomes relativos a qual, as quais: à qual..."

    a) O neto voltou à casa da avó.

    Incorreta. A banca considerou como a crase obrigatória, contudo para consideráveis gramáticos como Rocha Lima e Bechara, usa-se a crase de forma opcional diante de casa com adjunto adnominal que indica o dono "da avó". Portanto, entendo que a banca deve ter se baseado em outros gramáticos como Cegalla e Pasquale.

    Obs: Para tudo que falei acima, deve-se considerar que a crase também ocorreu por conta da exigência da preposição "a" exigida pelo verbo "voltar".

    b) Meu neto voltou à minha casa.

    Correta. O verbo voltar rege a preposição A e o pronome possessivo feminino aceita o artigo definido A de forma facultativa, assim a crase também é opcional.

    c) A avó, às vezes, deixa-o brincar na chuva.

    Incorreta. O termo craseado é um adjunto adverbial de tempo e o seu núcleo é um substantivo feminino "vezes", assim a crase é obrigatória.

    d) A mãe devolveu as roupas àquela criança.

    Incorreta. O verbo devolver é bitransitivo, exigindo preposição no segundo complemento. Devolveu algo A alguém.

    O pronome "aquela" inicia com vogal "a", assim ocorrendo a junção da preposição A + Aquela= Àquela.

    Referências bibliográficas:

    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 39 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.

    CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48.ed. revisada. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

    GABARITO: B

  • CASO FACULTATIVO : ATÉ POS DILMA

    Preposição ATÉ

    Pronome Possesivo (minha, tua, nossa,nosso)

    Dilma ( Nome próprio feminino)

  • a crase é facultativa em três momentos: minha, até, Maria. diante de "pronome possessivo," depois da preposição "até" e diante de nome "próprio feminino!"

    Ex: não me referi a você, referi à sua irmã.

  • gab. B.

    casos facultativos de crase (bizu manjadão)

    ATÉ = diante da preposição até.

    SUA = diante de pronome possessivo feminino singular (minha, tua, sua, nossa, vossa).

    MARIA = diante de nomes próprios.

    no caso em questão:

    Meu neto voltou à minha casa. (pronome possessivo feminino singular).

  • O neto voltou à casa da avó. - casa está ESPECIFICADA( da avó), logo crase obrigatória / não especificado, sem crase.

    Meu neto voltou à minha casa.- pronome possesivo feminino (meu, minha, tua, vossa, nossa etc) a crase é facultativa.

    A avó, às vezes, deixa-o brincar na chuva.-

    A mãe devolveu as roupas àquela criança. - trocando AQUELE pronome demonstrativo, continuando com a preposição, há crase. ex.: A mãe devolveu as roupas a esta criança.

  • GABARITO - B

    A) O neto voltou à casa da avó.

    Casa determinada: Obrigatória

    Casa indeterminada : Não há crase ( sentido de larresidência )

    _______________________________

    B) Meu neto voltou à minha casa.

    Pronome possessivo ADJETIVO FEMININO - Crase facultativa

    Falei ( à / a ) minha tia.

    Pronome possesivo Substantivo - crase obrigatória

    Falei ( à / a ) minha tia e não À SUA

    ______________________________

    C) A avó, às vezes, deixa-o brincar na chuva.

    locução adverbial de tempo que é sinônima a “de vez em quando”

    ________________________________

    D) A mãe devolveu as roupas àquela criança.

    Crase diante de aquele / aquela / aquilo

    Quando trocamos por " A este " a esta , a isto

    Roupas ( A esta ) criança.

  • Bizu... até a posse dilma

    Posse... pronomes femininos no singular

  • Crase 

    Lembrando que a crase é facultativa (opcional) apenas em três casos:

    1) Artes de nomes próprios femininos.

    2) Antes de pronomes possessivos femininos.

    3) Após a proposição "até".

     Não se usa crase nunca: 

    4) antes de pronomes indefinidos "todo" (s)(as)

    5) não ocorre crase antes de nome feminino no plural e o "a" está no singular.

    6) antes de pronomes do caso reto e pronomes de tratamento não tem crase com exceções das palavras à senhora à senhorita à dona à outra à própria à mesma.

  • Crase facultativa antes de pronomes possessivos femininos

    Crase facultativa antes de nomes próprios femininos

    Crase facultativa ápos a preposição até

    Gabarito B

    direto e objetivo é meu lema!

  • Pronome possessivo feminino no singular é FACULTATIVO

    GAB B

  • A) OBRIGATÓRIO, VERO "VOLTAR" EXIGE O USO DE PREPOSIÇÃO "A" E O ARTIGO "A" QUEM VOLTAR A+A CASA.

    B) FACULTATIVA. PORQUE ESTA ANTES DE PRONOMES POSSESSIVOS "MEU,MINHA,MEUS,MINHAS.

    C) OBRIGATÓRIO. TEMOS UMA LOCUÇÃO FORMADA POR BASE FEMININA "ÁS VEZES"

    D) OBRIGATÓRIO. VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO EXIGE O USO DA PREPOSIÇÃO "A"

    "AS ROUPAS" OBJETO DIRETO

    "ÀQUELAS CRIANÇAS" OBJETO INDIRETO

    RUMO: OFICIAL PMCE

  • Gab: B

    Crase facultativa

    • Antes de pronomes possessivos femininos
    • Depois da Preposição até
    • Antes de nomes próprios femininos
  • Em que casos a crase é facultativa? 

    ATÉ SUA MARIA 

    1 - Após a preposição até 

    Ex: Fui até a secretaria / Fui até à secretaria 

    2 - Diante de pronomes possessivos femininos (sua, minha, nossa) 

    Ex: Referi-me a sua professora / Referi-me à sua professora 

    3 - Antes de nomes próprios femininos 

    Ex: Entregarei tudo a Maria / Entregarei tudo à Maria 

  • O emprego da crase será facultativo diante de:

    • Nomes próprios femininos
    • Pronomes possessivos femininos
    • Palavra "até".

    LETRA B

  • Gabarito B

    A crase é facultativa antes de pronome , adjetivo ,possessivo feminino

    Exemplo : obedeça à sua mãe !

    Famoso bizu de crase facultativa : até , sua , maria !

    Insistência ,resistência e não desistência = Aprovação !

  • LETRA B.

    a- O neto voltou à casa da avó.

    b- Meu neto voltou à minha casa. É FACULTATIVO quando precedente de pronome possessivo feminino SINGULAR (minha, tua, sua, nossa, vossa).

    c- A avó, às vezes, deixa-o brincar na chuva. OBS.: Se o termo "às vezes" não puder ser trocado por "de vez em quando", não ocorrerá a crase.

    d- A mãe devolveu as roupas àquela criança.

  • Crase facultativa

    • Antes de pronomes possessivos femininos
    • Antes de nomes próprios femininos
    • Depois da Preposição até

    Aprendir isso com o professor Pablo Jamilk grande referência na gramática brasileira.

  • casos facultativos de crase 

    Nossa MARIA, ATÉ MST?

    MARIA = diante de nomes próprios.

    ATÉ = diante da preposição até.

    MST = diante de pronome possessivo feminino singular (minha, sua, tua, nossa...)

  • Crase Facultativa - Dica:

    Até a sua (minha) Maria

    Gab. B


ID
4164445
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

Assinale a alternativa que contém o discurso indireto livre.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C.

    Discurso Indireto Livre: há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há intervenções do narrador bem como da fala dos personagens. Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas.

    Nosso Gabarito: “... os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque ‘ninguém’ se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?” (7º§)

    Ps.: Que texto lindo!

  • Discurso indireto livre ( mistura da fala do narrador e do personagem, requer atenção do leitor);

    “... os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque ‘ninguém’ se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?” (7º§)

  • Discurso indireto livre - As falas das personagens se encontram inseridas dentro do discurso do narrador.

    Ex.: O despertador tocou mais cedo. (Não é possível identificar de quem é a fala).

  • GABARITO ( C )

    No discurso indireto, o narrador usa as suas próprias palavras para transmitir a fala das personagens.

  • Discurso direto :

    O discurso direto caracteriza-se por ser aquele em que o narrador reproduz as palavras de outra pessoa ou personagem. 

    Na cerimônia de colação de grau, os formandos em Direito disseram: "Prometo cumprir meus deveres e defender com firmeza e honestidade."

    • Da sala do juiz, todos ouviram o réu dizer: "Sou inocente, juro!".

    Discurso indireto:

    No discurso indireto o interlocutor diz o que a outra pessoa ou personagem falou. Ele o faz com as suas próprias palavras.

    É o tipo de discurso comum no dia a dia, narrado na terceira pessoa, que dispensa o uso de travessão. 

    Exemplos:

    • Na cerimônia de colação de grau, os formandos em Direito disseram que vão cumprir seus deveres defender com firmeza e honestidade.

    discurso indireto livre

    O discurso indireto livre é caracterizado pela junção dos discursos direto e indireto. Assim, há intervenções do narrador e da fala dos personagens.

    Nesse tipo de discurso as falas dos personagens e do narrador podem ser confundidas quando não existirem marcas para mostrar a mudança do discurso.

    No discurso indireto livre o narrador assume o lugar da outra pessoa do discurso, assumindo sentimentos e pensamentos, inserindo-os na sua própria narrativa. 

    Exemplos

    • João fez o que julgava importante. Não estava arrependido, mas senti um alívio. Talvez não tenha sido suficientemente justo com os seus sentimentos.

  •  O que é o discurso indireto livre? 

    O discurso indireto livre é a apresentação das falas das personagens inseridas dentro do discurso do narrador. É o mais difícil e o mais dinâmico dos tipos de discurso. Exemplo de discurso indireto livre:

    • Então Paula corria, corria o mais que podia para tentar resolver a situação. Logo a mim, logo a mim isso tinha de acontecer! Ela não sabia se conseguiria chegar a tempo e resolver aquela confusão. Tomara que eu consiga!

     Estrutura do discurso indireto livre 

    - O discurso indireto livre NÃO é introduzido por verbos de elocução, NEM por sinais de pontuação ou conjunções. Não apresenta, assim, uma estrutura, sendo um discurso dinâmico.

    - No discurso indireto livre é difícil delimitar o início e o fim do discurso da personagem, uma vez que se confunde, por vezes, com o discurso do narrador, que tem todo o conhecimento das falas e sentimentos das personagens. A principal distinção é que as falas das personagens são narradas na 1.ª pessoa, enquanto o discurso do narrador se encontra na 3.ª pessoa.

    - Passagem do discurso direto para discurso indireto: 

    - Na passagem do discurso direto para o discurso indireto, ocorrem mudanças:

    • nas pessoas do discurso;

    • nos tempos verbais;

    • na pontuação das frases;

    • nos advérbios e adjuntos adverbiais.

    Discurso direto: - Iremos de férias amanhã.

    Discurso indireto: Eles disseram que iriam de férias no dia seguinte.

     Mudança das pessoas do discurso: 

    • A 1.ª pessoa do discurso passa para a 3.ª pessoa do discurso.

    • Os pronomes na 1.ª pessoa (eu, nós e meu) passam para pronomes na 3.ª pessoa (ele, ela, eles, elas, seu).

     Mudança nos tempos verbais: 

    • O presente do indicativo passa para o pretérito imperfeito do indicativo

    • O pretérito perfeito do indicativo passa para o pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

    • O futuro do presente do indicativo passa para o futuro do pretérito do indicativo.

    • O presente do subjuntivo passa para o pretérito imperfeito do subjuntivo.

    • O futuro do subjuntivo passa para o pretérito imperfeito do subjuntivo.

    • O imperativo passa para o pretérito imperfeito do subjuntivo.

     Mudança na pontuação das frases: 

    • Frases interrogativas passam para frases declarativas.

    • Frases exclamativas passam para frases declarativas.

    • Frases imperativas passam para frases declarativas.

     Mudança nas noções temporais: 

    • Noções como ontem, hoje e amanhã passam para no dia anterior, naquele dia e no dia seguinte.

     Mudança nas noções espaciais: 

    • Noções como aqui, aí, este e isto passam para ali, lá, aquele e aquilo.

  • Meu amigo, na hora da prova para lembrar esse conceito é peso viu!!!

  •  não foi, Vó?

    Esse trecho definiu a questão.


ID
4164448
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

Analise as justificativas para o emprego da vírgula nas seguintes orações e assinale a INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A questão em tela exige o conhecimento do uso da vírgula. Teremos que assinalar como resposta a alternativa que o termo entre parenteses dá uma explicação INCORRETA quanto ao uso da vírgula na frase. Vejamos:

    a) " É, como dizem os ingleses, um ato de Deus.” (1º§) – separar termos explicativos.

    Correta. O termo que está cercado pela dupla vírgula acrescenta uma ideia de explicação e está em sua ordem deslocada.

    Ordem direta: É um ato de Deus, (segundo, conforme, consoante) como dizem os ingleses.

    Temos uma uma oração subordinada adverbial de conformidade e não explicativa. A banca aceitou como se fosse explicativa.

    Elemento explicativo seria assim: João comeu o bolo todo, isto é, comeu mais do que podia.

    b) “Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o.” (4º§) – separar elementos enumerativos.

    Correta. A vírgula está separando orações coordenadas e não elementos enumerativos.

    Elemento enumerativo: João comeu o bolo, o pão e a sobremesa. (todos são objetos diretos), assim está enumerando elementos.

    c) “... que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.” (3º§) – separar vocativo.

    Incorreta. Não há vocativo, pois o vocativo existe quando há um chamamento. Ex: Maria, estou aqui.

    O termo "nostálgico" vem para explicar o "lugar vazio", ou seja, aposto.

    d) “Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:...” (7º§) – separar oração coordenada sindética.

    Correta. Temos a vírgula separando uma oração coordenada sindética de adversidade.

    Notem que a conjunção "mas" dá um sentido controverso ao que aconteceu na primeira oração antes da vírgula.

    GABARITO DA BANCA: C

    GABARITO DO MONITOR: A,B e C.

  • A A também é errada, na minha opinião. Os termos dão um sentido de conformidade, sendo equivalentes a É, em conformidade com o que dizem os ingleses, um ato de Deus. São, portanto, uma oração adverbial conformativa. Para serem explicativos, os termos deveriam formar uma oração adjetiva explicativa, cuja característica mais forte é um pronome relativo após a vírgula, explicando os termos anteriores. Em vez disso, o que temos é um conjunto de termos que indica conformidade. A questão, portanto, é nula.

  • GABARITO C

    Comentário do monitor do Qconcursos:

    a) " É, como dizem os ingleses, um ato de Deus.” (1º§) – separar termos explicativos.

    Correta. O termo que está cercado pela dupla vírgula acrescenta uma ideia de explicação e está em sua ordem deslocada.

    Ordem direta: É um ato de Deus, (segundo, conforme, consoante) como dizem os ingleses.

    Temos uma uma oração subordinada adverbial de conformidade e não explicativa. A banca aceitou como se fosse explicativa.

    Elemento explicativo seria assim: João comeu o bolo todo, isto é, comeu mais do que podia.

    b) “Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o.” (4º§) – separar elementos enumerativos.

    Correta. A vírgula está separando orações coordenadas e não elementos enumerativos.

    Elemento enumerativo: João comeu o bolo, o pão e a sobremesa. (todos são objetos diretos), assim está enumerando elementos.

    c) “... que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.” (3º§) – separar vocativo.

    Incorreta. Não há vocativo, pois o vocativo existe quando há um chamamento. Ex: Maria, estou aqui.

    O termo "nostálgico" vem para explicar o "lugar vazio", ou seja, aposto.

    d) “Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:...” (7º§) – separar oração coordenada sindética.

    Correta. Temos a vírgula separando uma oração coordenada sindética de adversidade.

    Notem que a conjunção "mas" dá um sentido controverso ao que aconteceu na primeira oração antes da vírgula.

  • Alternativa "C" está incorreta pois vocativo é um chamamento, a frase está totalmente dissociada.

  • A) errada - Confirmativa deslocado

    B) errada - separando orações

    C) errada - Não há vocativo

    D) correta - serapa coordenativa sindetica adversativa

  • Entendi que em "B" a virgula separava orações e não termos enumerativos e que a "C" de fato não era um vocativo, mas um aposto explicativo, logo, teriam suas alternativas como respostas. Sigo sem entender pq apenas "C" está errada..

  • Essa banca é uma piada!

  • Entendi que a alternativa A é um aposto explicativo.

    Gab. C - pois não tem vocativo.

  • Mas que banca escrot** essa questão é pra ser anulada.

  • Não custa revisar...

    Sindéticas: são orações coordenadas introduzidas por conjunção.

    Exemplo: Deve ter chovido à noite, pois o chão está molhado. - 

    Assindéticas: são as orações coordenadas que não são introduzidas por conjunção.

    Exemplo: Tudo passa, tudo corre: é a lei.

  • a) “É, como dizem os ingleses, um ato de Deus.” (1º§) – separar termos explicativos. Correta. A expressão "como dizem os ingleses" está sendo usada para separar os termos explicativos. Note que essas informações ampliam o sentido, mas podem ser retiradas: "É um ato de Deus"

    b) “Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o.” (4º§) – separar elementos enumerativos. Correta. Na oração, temos uma enumeração.

    c) “... que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.” (3º§) – separar vocativo. Incorreta.

    O uso da vírgula como vocativo é para separar a invocação de alguém.

    d)"Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:...” (7º§) – separar oração coordenada sindética. Correta. São orações ligadas por conjunções que podem ser: adversativas, aditivas, concessivas...

    #vousernomeado

  • A letra A não expressa conformidade ao invés de ser uma explicação?
  • Sindéticas: são orações coordenadas introduzidas por conjunção.

    Exemplo: Deve ter chovido à noite, pois o chão está molhado. - 

    Assindéticas: são as orações coordenadas que não são introduzidas por conjunção.

    Exemplo: Tudo passa, tudo corre: é a lei.


ID
4164451
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

À frente das frases citadas a seguir está indicado o tipo de circunstância que elas exprimem no texto. A indicação NÃO está correta em:

Alternativas
Comentários
  • A questão exige conhecimento de semântica . Assinalemos como nosso gabarito a que a palavra entre parenteses estiver indicando a semântica da frase de forma incorreta.

    a) “Netos são como heranças:...” (1º§) (comparação)

    Correta. Netos são IGUAIS heranças. Vejam que consegui trocar pela palavra "igual". Logo estabelece uma comparação.

    b) “... um filho apenas suposto, como o adotado:...” (1º§) (causa)

    Incorreta. "E não se trata de um filho apenas suposto, IGUAL o filho adotado". Vejam que consegui colocar o "igual", logo, é uma comparação. Para provar que não poderia ser uma causa, eu não consigo colocar "porque".

    c) “... a vida nos dá os netos para nos compensar...” (3º§) (finalidade)

    Correta. "...a vida nos dá os netos com a finalidade de nos compensar. Vejam que consigo trocar por outro termo que com valor de finalidade.

    d) “... coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:...” (7º§) (temporalidade)

    Correta. O termo "quando" é uma clássica conjunção temporal.

    GABARITO: B

  • NÃO MATEI A QUESTÃO POR CONTA DO (INCORRETO) KK

  • um filho apenas suposto, como (CONFORME ) o adotado:...

    #PRACIMA!!!!

  • b )

    Trata-se de comparação!

     não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo.

    A comparativa permite a substituição por "assim como".

    Ou Igual .

    Não se trata de um filho suposto , assim como / Igual ....

    Fonte: Pestana.

  • que frase mais infeliz! adotado não é ''suposto filho''

  • #MISSÃOPCCE

  • b )

    Trata-se de comparação!

     não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo.

    A comparativa permite a substituição por "assim como".

    Ou Igual .

    Não se trata de um filho suposto , assim como / Igual ....


ID
4164454
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

Segundo a afirmação explícita da autora, a “maravilha” de ser avó é:

Alternativas
Comentários
  • ... sem as dores da maternidade. 

    gab C

  • GABARITO - C

    (....)  E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. (.....)

  • ''E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado''

    A ideia era desequilibrar os candidatos adotados?

  • Textos que cativam o leitor, tem um poder incrível.

  • A questão é de interpretação de texto e quer que identifiquemos, segundo a afirmação explícita da autora, qual é a maravilha de ser avó. Vejamos: 

     .

    A) Não ter a menor pretensão pedagógica e não ralhar nunca.

    Errado. De fato a autora afirma que "já a avó [...] leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica", mas essa não é a "maravilha de ser avó".

     .

    B) Não ter direitos legais, mas oferecer a sedução do romance e do imprevisto.

    Errado. De fato a autora afirma que "já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto", mas essa não é a "maravilha de ser avó".

     .

    C) Não ter passado por nenhuma imposição das agonias da gestação ou do parto.

    Certo. Essa é a grande maravilha de avó, de acordo com a autora.

    2º parágrafo do texto: " E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida".

     .

    D) Não ter a fadiga da rotina, nem a obrigação de educar e nem o ônus de castigar.

    Errado. De fato a autora afirma que a avó, diferente da mãe, não "tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar", mas essa não é a "maravilha de ser avó".

     .

    Gabarito: Letra C

  •  E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida.

    Vovó, sem dor e sem choro! trás a sensação de maravilha para a avó.


ID
4164457
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

Na frase “... anos se acumulava,...” (2º§), a forma verbal é justificada pelo mesmo motivo visto em:

Alternativas
Comentários
  • A questão em tela exige conhecimento sobre concordância verbal e de sintaxe. O enunciado pede para que analisemos as alternativas e marquemos como correta a que tiver a mesma concordância que o verbo destacado na frase abaixo. Vejamos:

     " anos se acumulava,...”

    O verbo haver impessoal com sentido de existir e com sentido de tempo decorrido. Permanece na terceira pessoa do singular sempre que apresentar esses dois sentidos

    a) Fazia meses que a avó não via seu neto.

    Correta. O verbo "fazer" se referindo ao tempo decorrido é impessoal e permanece na terceira pessoa do singular.

    b) Mais de dez crianças brincaram na chuva.

    Incorreta. Quando o sujeito é formado pelas expressão mais de um, o verbo concorda com o numeral. Por isso está pluralizado o verbo "brincaram".

    c) “É, como dizem os ingleses, um ato de Deus.” (1º§)

    Incorreta. O verbo está conjugado no plural para concordar com o sujeito "os ingleses".

    d) Precisa-se de pessoas responsáveis para esse trabalho.

    Incorreta. A concordância está dessa forma, porque o verbo precisar é transitivo indireto acompanhando da partícula "se" sem sujeito expresso, dessa forma o sujeito é indeterminado e assim o verbo fica na terceira pessoa do singular.

    Obs: todos os verbos estão concordando corretamente, contudo apenas a alternativa A tem um verbo conjugando no singular, por causa de ser verbos impessoais.

    GABARITO: A

  • Até você entender o que a questão quer, já era.

  • CUIDADO COM OS COMENTARIOS IMPRECISOS

    O enunciado nos traz o verbo haver com sentido de tempo decorrido, equivalente a "faz anos", o que justifica sua impessoalidade. Não há equivalência semântica com "existir" na construção em questão.

     "há anos se acumulava,...”

    a) Fazia meses que a avó não via seu neto.

    O verbo "fazer" se referindo ao tempo decorrido é impessoal, permanecendo no singular.

    b) Mais de dez crianças brincaram na chuva.

    Quando o sujeito é formado pelas expressão mais de um, o verbo concorda com o numeral.

    c) “É, como dizem os ingleses, um ato de Deus.” (1º§)

    O verbo está conjugado no plural para concordar com o sujeito plural.

    d) Precisa-se de pessoas responsáveis para esse trabalho.

    Temos um verbo transitivo indireto seguido de índice de indeterminação do sujeito. .

    Gabarito na alternativa A

  • OS VERBOS FAZER E HAVER COM SENTIDO DE TEMPO TRANSCORRIDO, SÃO IMPESSOAIS E NÃO ADMITEM SUJEITO.

  • O que aconteceu com essa banca depois de 2018?

  • No texto original, foi empregado o verbo "haver" relacionado à ideia de tempo decorrido, passado.

    Trata-se de um verbo impessoal, que deve ser empregado unicamente na 3a pessoa do singular.

    O mesmo ocorre na letra A, em que a forma verbal "fazia", também indicando tempo decorrido.

  • acertei a questão mas pelo visto seguindo a ideia errada, eu entendi que era uma questão de tempo verbal

    prestei atenção foi no verbo ACUMULAVA ( PRET .IMPERFEITO )

     anos se acumulava,...” (2º§), a forma verbal é justificada pelo mesmo motivo visto em:

    A

    Fazia meses que a avó não via seu neto. ( FAZIA - PRETERITO IMPERFEITO )

    BANCA DIFÍCIL DE ENTENDER O QUE ESTÁ SOLICITANDO

  • Verbo haver e fazer no sentido de existir, ocorrer ou tempo transcorrido são verbos impessoais. Os verbos impessoais não admitem sujeitos e só podem ser empregados no singular.

    Ex: seria incorreto dizer "haviam" ou "faziam".

    Não flexionam.

  • Há e fazia = indicam tempo transcorrido = verbos impessoais

  • A forma verbal "há" está empregada no sentido de tempo decorrido. Logo precisamos encontrar também outro verbo impessoal.

    a) Fazia meses que a avó não via seu neto. (fazer aqui é empregado no sentido de tempo decorrido) Gabarito.

    #vousernomeado


ID
4164460
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

Em todas as alternativas, as palavras sublinhadas possuem o mesmo valor semântico, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A questão em tela implicitamente aborda o tema orações subordinadas adjetivas e substantivas, pois traz expresso o pedido do valor semântico do "que" em cada oração. Vejamos o conceitos:

    Oração subordinada adjetiva é aquela que tem valor de adjetivo, pois cumpre papel de determinar um substantivo (nome ou pronome) antecedente. Essa é introduzida pelos pronomes relativos que, quem, onde, o qual (a qual, os quais, as quais), cujo (cuja, cujas, cujos).

    A oração substantiva é normalmente introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que e se. Pode trocar o "que" e "se" por ISSO.

    Após vermos o conceito, iremos assinalar a assertiva que o "que" possui valor diferente das demais assertivas. Analisemos:

    a) Correta.

    “... é um menino seu que lhe é devolvido.” (2º§)

    O "que" desta alternativa retoma o termo "menino", poderia ser trocado por "o qual". Dar início a uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois as orações ligadas por pronome relativo sem vírgula são assim chamadas.

    b) Incorreta.

    “Não importa que ela, em si, seja sua filha.” (4º§)

    O "que" desta alternativa poderia ser trocado por "ISSO", quando isso ocorrer, chamamos de oração subordinada substantiva. Neste caso em especial funciona como sujeito da oração, assim chamamos de oração subordinada substantiva subjetiva. A partícula “que” está com valor de conjunção integrante.

    Isso não importa.

    c) Incorreta.

    “Riscar a parede com o lápis, dizendo que foi sem querer...” (5º§)

    O "que" desta alternativa poderia ser trocado por "ISSO", dando início a uma oração subordinada substantiva.

    Dizendo o quê? ISSO. Logo funciona como complemento do verbo e não há preposição entre eles, portanto é uma oração subordinada substantiva objetiva direta. A partícula “que” está com valor de conjunção integrante.

    d) Incorreta.

    “E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito...” (2º§)

    O "que" desta alternativa poderia ser trocado por "ISSO", assim dar início a uma oração subordinada substantiva.

    Vejam que a oração que inicia com o "que" está atribuindo uma característica ao sujeito. Portanto temos uma oração subordinada substantiva predicativa. A partícula “que” está com valor de conjunção integrante.

    Ao fazer a análise, percebemos que as alternativas “B”,”C” e “D” são orações subordinadas substantivas, pois iniciam com conjunção integrante “que” e, somente, a alternativa “A” é uma oração adjetiva que serve para retomar um termo e inicia com a partícula “que” com valor de pronome relativo.

    Gabarito: A

  • Essa o "ISSO" resolve.

  • Gabarito A

    A) Pronome relativo( pode ser trocado por O QUAL)

    B,C e D são conjunções integrantes( podem ser trocados por ISSO)

  • GABARITO - A

    Trocando o que por "isso" = conjunção integrante

    Trocando o que por " qual (Ais ) " = Pronome relativo

  • TROCA POR " ISSO " = CONJUNÇÃO INTEGRANTE

    TROCA POR " O QUAL, A QUAL ..."= PRONOMR RELATIVO

    GAB: A

  • Gabarito aos NÃO-ASSINANTES: Alt. A Troca o QUE por ISSO ---> Conj. Integrante. Troca o QUE por O (S) QUAL (AIS) A (S) QUAL (AIS) ---> Pronome Relativo. Juntos Venceremos!
  • Letra A - Pronome relativo.

    Demais - Conjunção integrante

  • ALTERNATIVA A)

    Substantivo + que = Pronome Relativo.

    Verbo + que = Conjunção Integrante.

  • RELAÇÃO SEMÂNTICA OU MORFOLÓGICA? Na morfologia difere-se facilmente, o PR da CI, mas digo e na semântica, não seria no sentido?????

  • Embora tenha acertado, o "valor semântico" matou o português. Na verdade, seria no valor sintático/morfológico.

  • Troque o "que" por isso

  • Não entendo o porquê do comando da questão solicitar "valor semântico" e as pessoas resolvendo pela sintaxe, morfologia.

  • passei alguns minutos até entender o que a banca REALMENTE queria, e não era nada de valor semântico, e sim, sintaxe

  • “E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito...” (2º§) O que não é expletivo???? Observem que o sentido se mantém completo retirando ele.


ID
4164463
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A arte de ser avó 

    Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
    E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. 
    Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
    No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
    Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café – café! –, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna...
    E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... 
    Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague...

(QUEIROZ, Rachel. – Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 – Texto adaptado.)

“Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha.” (4º§) O comentário da narradora demonstra um ponto de vista que se sustenta no âmbito das relações interpessoais. Tal elemento associa-se a conflitos

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B

    As vezes um charuto é apenas um charuto.

  • TENHO ATÉ MEDO DE ASSINAR O GABARITO. KKKK LETRA B

  • O cara acha tão obvio que tem até medo de marcar e errar...rsrsrsrsrs

  • GABARITO - B

    " No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. "

    "O texto traz conflitos na relações familiares."

  • Mano do céu!!! As bancas são tão covardes, que pensamos 1000 vezes antes de marcar uma alternativa tão na CARAAA

  • Não seja um café com leite nos concursos e estude REDAÇÃO. 10% dos aprovados na prova objetiva REPROVARAM na redação no último concurso da PF.

     

    Por isso, deixo aqui minha indicação do Projeto Desesperados, ele mudou meu jogo. O curso é completo com temas, esqueleto, redações prontas, resumos em áudio, entre outras vantagens

     

    https://go.hotmart.com/S54949702E

  • O titulo do texto já nos dá um norte do desenrolar da questão.

    A arte de ser avó - está relacionado com as relações familiares.


ID
4164466
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Seis máquinas produziram 60 peças em 15 minutos. Quantas máquinas produziriam 400 peças em 2 horas?

Alternativas
Comentários
  • gaba B

    Eu tenho Máquinas, Tempo e as Peças

    M - T - P

    6 - 15 - 60

    X - 120 - 400

    ------------------------------------

    60.120.X = 6.15.400

    7200.X = 36000

    X= 36.000/7200

    X= 5

    pertencelemos!

  • GABA B CONVERTO 2 HORAS EM MINUTOS = 120 MIN

    M-P-M

    6 = 60 15MIN

    X 400 120 MIN

    AGORA TEREMOS UMA REGRA DE TRÊS INVERSA

    6 ´= 60.120

    X 400.15

    6 = 7200

    X = 6000

    X = 36000/7200 = X = 5

    RUMO A PMCE

  • Obs 1: Não confunda. Quanto mais demorar, menos maquinas terei, sendo assim, a regra de 3 será inversamente proporcional.

    Obs 2: Transformar horas em minutos. (120)

    6/x= 120/15 * 60/400

    6/x = 7200/6000

    7200x = 36000

    x = 36000/7200

    x = 5

    GAB B

  • Rumo a PMCE

  • 2 hora para responder mas acertei ...

    #RUMOPMCE

  • PM-CE, Todos fazendo questão da IDECÃO!!

  • GABARITO: LETRA B

    2H = 120M

    6 - 60 - 15

    X - 400 - 120

    (+) - (+)

    (+)

    (+)

    6/X = 60/600 * 15/120

    simplifica todo mundo e corta os zeross

    6/x = 3/20 * 5/40

    6/x = 15/800

    15x = 4800

    x = 4800/15

    x ≅ 5,3


ID
4164469
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Numa estante encontram-se 4 dicionários de inglês, 3 de espanhol e 2 de francês. De quantas maneiras uma pessoa pode escolher dois dicionários dessa estante e que sejam de idiomas diferentes?

Alternativas
Comentários
  • 1°) Aqui temos um caso de combinação, pois a ordem que se escolhe não faz diferença. Escolher inglês e depois espanhol é o mesmo que escolher espanhol e depois inglês.

    2°) Quando calculamos a combinação, alí estão todas as possibilidades possíveis, incluindo a escolha de idiomas iguais, por exemplo, pode-se escolher francês e francês. Mas não queremos que sejam do mesmo idioma.

    3°) Então faremos o total de possibilidades menos o que a gente não quer, que são dicionários do mesmo idioma.

    C9,2 - (C4,2+C3,2+C2,2) => 36 - (6+3+1) => 26

  • Fiz de maneira simples,mas um pouco mais trabalhosa.

    I=Inglês

    E=Espanhol

    F=Frances

    4 x 3= 12

    I E

    4 x 2= 8

    I F

    3 x 2= 6

    E F

    Pronto,só somar as posibilidades:12+8+6=26

  • Combinação total -> C 9,2 = 36

    Não pode só Inglês -> C 4,2 = 6

    Não pode só Espanhol -> C 3,2 = 3

    Não pode só Francês -> C 2,2 = 1

    Portanto, total - o que não pode:

    36 - 6 - 3 - 1 = 26

    Gab. C

  • Gente fiz da mesma forma de João Victor ,mas é sempre bom ver outras formas também .

    Nunca desistiremos !!! Foco

  • dá de usar só o princípio multiplicativo:

    I1 I2 I3 I4 E1 E2 E3 F1 F2

    4Possibilidades de I * 3P de E = 12

    OU

    4P de I * 2F = 8

    OU

    3P de E * 2P de F = 6

    ___________

    12 + 8 + 6 = 26


ID
4164472
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Num grupo de 5 pessoas, 3 são fumantes e 2 são não fumantes. Escolhendo-se duas pessoas desse grupo, a probabilidade de que pelo menos uma delas não seja fumante é de:

Alternativas
Comentários
  • PESSOAS = 5

    NÃO FUMANTES 2

    FUMANTES 3

    (NF * NF) + (NF * F) + (F * NF)

    2/5 * 1/4 + 2/5 * 3/4 + 3/5*2/4 =7/10

    RESULTADO

    ( 70%)

    MÉTODO DA TEIMOSIA BY PROF MÁRCIO FLÁVIO

    3/5 *2/4 = 3/10 TEMOS A PROBABILIDADE DE ESCOLHER DOIS FUMANTES, LOGO PEGAMOS O QUE FALTA QUE SERIA A RESPOSTA, OU SEJA 7/10 QUE É 70%

  • Método mais rápido:

    Quando serve muitas coisas para mim, é só calcular o que não serve e diminuir no todo.

    Se eu quero que pelo menos uma não seja fumante, então a pior hipótese é que saia 2 fumantes:

    F F

    3/5 . 2/4 = 6/20 6 X100= 600/20= 30%

    MEU TODO: 100% e tiro o que não serve, os 30%

    sobra 70%

    resposta letra C

  • Quando a questão falar em "pelo menos um", use essa técnica:

    FUMANTES: 3

    NÃO FUMANTES: 2

    TOTAL: 5

    CALCULE A PROBALIDADE DE TODOS DOIS SEREM FUMANTES:

    3/2 x 2/4 = 3/10

    DEPOIS DIMINUA 1 MENOS O RESULTADO OBTIDO.

    1 - 3/10 = 7/10 = 70%

  • (F; F; F; NF; NF)

    F-F

    F-F

    F-NF

    F-NF

    F-F

    F-NF

    F-NF

    F-NF

    F-NF

    NF-NF

    10 COMBINAÇÕES E 3 SABEMOS QUE NÃO PODEM ACONTECER, QUE É FUMANTE COM FUMANTE.

    Logo, a probabilidade de que pelo menos um não seja fumante é 7/10 = 0,7 = 70%

    Gab: C


ID
4164475
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma joalheria tem em seu estoque 60 anéis dos quais 29 são de ouro, 33 custam mais de R$ 1.000,00 e 12 dos demais anéis de outros metais custam R$ 1.000,00 ou menos. De quantos modos pode-se escolher três anéis nessa joalheria que não sejam de ouro e cujos preços sejam superiores a R$ 1.000,00?

Alternativas
Comentários
  • 1°) Tenho disponíveis 60 aneis, dos quais, 29 são de ouro. (Logo, 31 são de outros metais)

    2°) Desses aneis de outros metais, 12 custam mil reais ou menos. (Logo, 19 custam mais de mil reais)

    3°) Irei escolher 3 entre esses 19 aneis.

    Repare que: irei formar grupos de aneis (escolhendo-os) então a ordem que escolho não importa*. Já que a ordem não importa é o caso de combinação.

    C19,3 = (19*18*17)/(3*2*1) =>969

    *A ordem não importa = escolher os aneis azul, preto e verde é a mesma coisa que escolher verde, azul e preto.

  • Se você tem 60 anéis e 29 são de ouro quantos vão sobrar? 31 (outros metais)

    dos 31 sabemos que 12 custam igual ou menos de R$ 1.000,00. Logo, 31 - 12 = 19 (acima de R$ 1.000,00)

    Logo, desses 19 você tem que escolher três

    Bingo: C 19, 3 = 969

    Gab.B

  • A regra é clara ! Não podemos desistir !


ID
4164478
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Uma colher de achocolatado dissolvido em um copo de leite de 200 ml totaliza 204 calorias. Se o copo tiver 400 ml de leite e forem utilizadas três colheres de achocolatado, a quantidade de calorias sobe para 490 calorias. A diferença entre as quantidades de calorias contidas em uma colher de achocolatado e em um copo de leite de 200 ml corresponde a:

Alternativas
Comentários
  • 490/ 3

    uma colher vale: 163 calorias

    um copo de 200ml equivale a 204 calorias.

    204- 163= 41 calorias aproximadamente.

  • 1 leite(1Le) = 200ml

    2 leite(2Le) = 400ml

    Colher de achocolatado(CA)

    1Le + 1CA = 204

    2Le + 3CA = 490

    Resolvendo o sistema

    2Le + 3CA = 490

    1Le + 1CA = 204 (multiplica por -2)

    2Le + 3CA = 490

    -2Le + -2CA = -408

    1CA = 82 calorias

    1Le de 200ml = 122 calorias

    122kcal - 82kcal = 40 calorias

  • GABARITO: LETRA C

    Uma colher = 490/3 = 163 a cada 400 ml

    Uma colher a cada 200 ml = 204, logo:

    204 - 163 = 41

  • Colher de achocolatado = x

    copo de leite (ml) = y

    1x + 200y = 204 (I)

    3x + 400y = 490 (II)

    Para resolver o sistema multiplicar a equação I por (-2):

    -2x - 400y = - 408 (III)

    3x + 400y = 490

    Resulta em:

    x = 82

    Substituindo o valor de x (82) na equação I:

    1x + 200y = 204

    200y = 204 - 82

    200y = 122

    A diferença entre as quantidades de calorias contidas em uma colher de achocolatado e em um copo de leite de 200 ml corresponde a:

    122 - 82 = 40


ID
4164481
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Marcelo e Patrícia têm o hábito de tomar banho morno e quente respectivamente; sendo assim, Marcelo ajusta o chuveiro elétrico na posição verão e Patrícia na posição inverno cujo consumo de energia é 25% maior. Patrícia, contudo, toma um banho de apenas 12 minutos e Marcelo, por sua vez, gosta de cantar no banho e demora um tempo maior de forma que o chuveiro consome o dobro da energia consumida no banho de Patrícia. Quanto tempo demora o banho de Marcelo?

Alternativas
Comentários
  • Patrícia gasta 25% de 12 = 3, logo, ela gasta no banho 12 min + 3 min = 15min

    Marcelo, gasta o dobro; logo, ele gasta 15min + 15min = 30 min

  • Fiz assim; faz ficar mais fácil de entender meu raciocínio:

    Reduzindo o consumo por minuto:

    Marcelo 100% ||| 100 * 12 min = 1200

    Patrícia 125% ||| 125 * 12 min = 1500

    Como Marcelo consumiu o dobro que Patrícia, Regra de Três Simples:

    OBS: Dobro de 1500 é 3000:

    12 --------- 1200

    x --------- 3000

    x = 30 min

  • a patricia gasta sempre 25% a mais do que o marcelo, isso significa que se marcelo gasta 4 então patricia gasta 5

    o ponto chave da questão é dizer que marcos gasta o dobro de energia da patricia, porem temos que observar que o numero do marcos é diferente.

    Patricia= consumo 5 x 12 minutos = 60. o dobro de 60 é 120. no caso vc vai ter que multiplicar um numero por 4 que de 120

    para descobrir esse numero é so dividir 120 por 4 que vai dar igual a 30. tirando a prova 4x30=120

    então podemos concluir que o numero de minutos que marcelo gastou foi de 30minutos

    obs: os números 4 e 5 são somente para exemplificar. vc pode testar com qualquer outro numero desde que seja 25% a mais no de patricia

  • Multipliquei 25 x 12, o resultado deu 300, cortei um zero e foi isso. KKK

  • Fiz Assim supondo que Marcelo gaste : 100 ,Patrícia: 125 ,Marcelo gasta 2x do valor de Patrícia: 250, regra de três. 12Min ---- gasta 100 x ------ gasta 250 = 30
  • NEM OS COMENTARIOS DESSA QUESTÃO FAZ SENTIDO...

  • 25% de 24(dobro de 12) = 6

    24+6=30

  • Essa banca me parece muito subjetiva.

    Se Patrícia gasta 25% a mais, vamos colocar que o consumo dela é 1,25 em 12 min de banho.

    Como o consumo de Marcelo é 2x maior 2x1,25 = 2,5.

    Basta fazer uma regra de três agora:

    12 min-----1,25

    xmin--------2,50

    x= 30 min,

  • P = 12 + 25% = 15M

    M = 15*2 = 30M

  • Fiz diferente da maioria, usei suposição.

    Eu coloquei que Marcelo gasta 100 quilowatts por minuto de banho.

    Como o banho de Patrícia gasta 25% a mais que Marcelo, 100quilowatts+25%= 125 quilowatts por minuto.

    Logo, patrícia: 12(minutos) * 125 (quilowatts)= 1500 quilowatts.

    Como Marcelo gasta o dobro de Patrícia porque ele gosta de cantar no chuveiro, e como queremos descobrir o tempo que ele passa, temos: 100 (quilowatts) * X (minutos)= 3000 quilowatts (o dobro de Patrícia)

    Passando a divisão, X= 3000/100= 30 minutos.

    Espero ter ajudado a todos.

  • Supondo que Marcelo, com 12 minutos de banho, gaste 100 de energia, então Patrícia, com 12 minutos de banho, gastaria 125 de energia (25% a mais).

    Se 12 min = 100, então X min = 250 (o dobro de energia de Patrícia).

    12 - 100

    X - 250

    X = 250 * 12 / 100 = 30

  • faço sempre rabiscos no caderno com cada detalhe da questão.

    eu inventei um valor para o consumo de energia

    sei que Patricia gasta 25% de energia comparado ao Marcelo : ou seja se marcelo em 12 minutos gasta 100,00 reais. Patricia em 12 minutos irá gastar 125,00 reais.

    ótimo! transcrevi os dados, agora eu sei que ele ficou com o gasto o dobro de Patricia ou seja 250 reais.

    joga na regra de três agora:

    antes marcelo gastava

    100 reais em 12 minutos, quanto que ele irá gastar de tempo em 250 reais.

    achei 30 como valor! que foi a resposta!

  • GABARITO: LETRA C

    Suponhamos que a energia seja 100:

    Marcelo = 100 * 12 = 1200

    Patrícia = 125 * 12 = 1500

    (consumo equivalente caso fosse o mesmo tempo)

    sabemos que o Marcelo consome o dobro da energia de Patrícia, logo:

    12 - 1200

    x - 3000

    Corta os zeros:

    12 - 12

    x - 30

    corta os 12:

    x = 30

  • Resolução no Sketch Toy, que talvez ajude aqueles que ainda não conseguiram compreender:

    http://sketchtoy.com/70463825

    "A persistência é o caminho do êxito." (Charles Chaplin)

  • em um banho de 12 minutos cada, Patrícia consome 25% a mais que Marcelo.

    logo, pode -se afirma que:

    12 minutos do banho de Marcelo custa R$100,00 enquanto,

    12 minutos do banho de Patrícia custa R$125,00

    o Banho de Marcelo custou o dobro do banho de Patrícia, logo, R$250,00.

    Se em 12 minutos Marcelo consome R$100,00 em quantos minutos ele consome R$250?

    Regra de 3:

    12 - - - 100 x.100 = 12.250

    x - - - 250 x.100 = 3000

    x = 3000/100

    x = 30

    :)


ID
4164484
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Num grupo de 30 vegetarianos tem-se que:


  •  19 consomem ovo;
  •  13 consomem leite; e,
  •  7 não consomem nem leite e nem ovo.


Quantas pessoas do grupo consomem leite e ovo?

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

    19 consomem ovo; 

    13 consomem leite; e, 

    7 não consomem nem leite e nem ovo.

    Soma .

    19+13+7 =39

    39- 30

    9

  • Letra A.

    Soma tudo e diminui pelo total de pessoas.

    19 + 13 + 7 = 39

    39 - 30 = 9

  • Gabarito: A

    Lembre-se, conectivo "E" pede a interseção, ou seja os que consomem tanto Ovo e leite.

    Bizu para encontrar a interseção: Soma todos os valores e subtrai do total.

  • Gab.(A)

    30 - 7 = 23

    19 + 13 = 32

    32 - 23 = 9

    Bons estudos !

  • Gab A

    1° Para resolver questões assim de conjuntos vc deve se atentar à formula:

    U=a+b+¢-E

    U=união(todos os vegetarianos)

    a=quem come ovo

    b=quem come leite

    ¢=quem não come nem um e nem outro

    E=interseção( quem come ovo e leite)

    40=19+13+7-E

    E=9

    No final ficará assim: https://sketchtoy.com/69894989

  • Resolução: total de vegetarianos= 30

    consomem ovos= 19

    consomem leite= +13

    • nenhum = 7
    • 39 - 30 = 9
  • A resposta para esse tipo de questão está nas partes dos elementos de conjuntos:

    • Para 2 conjuntos com intersecção: n(A U B) = n (A) + n (B) - n (A ∩ B)
    • Para 2 conjuntos dijuntos (sem intersecção): n(A U B) = n (A) + n (B)

    Pronto, o restante das fórmulas eu não vou escrever porque a plataforma é paga e também porque eu percebi que não é todo mundo que acerta esse tipo de questão. Se a plataforma fosse livre, eu comentaria o restante.

    O segredo é identificar as partes:

    • n(A U B) = 30; porém aqui, 7 ficam de fora, então temos que nos ater a: 30 - 7 = 23, logo: n(A U B) = 23
    • Podemos representar o conjunto A como o conjunto dos que consomem ovo: n (A) = 19
    • Podemos representar o conjunto B como o conjunto dos que consomem leite: n (B) = 13
    • Não foi informado o valor da intersecção, logo chamaremos de x: n (A ∩ B) = x

    Usando a fórmula das partes de um conjunto (Para 2 conjuntos com intersecção): n(A U B) = n (A) + n (B) - n (A ∩ B)

    substituindo temos;

    30 - 7 = 19 + 13 - x

    23 = 32 - x (CUIDADO com o que vou fazer na próxima linha, se você tem dificuldade, revise; expressões numéricas)

    - x = - 32 + 23 (caso tenha dificuldade, ignore e pule para o quadro destacado).

    x = 9 (resultado)

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Quadro destacado:

    23 = 32 - x (32 vai para o primeiro membro com o valor invertido, sempre que mudamos UM NÚMERO de membro, o valor DO NÚMERO (ou da incógnita) será invertido):

    23 - 32 = - x

    Agora, vamos INVERTER O PRIMEIRO E O SEGUNDO MEMBRO SIMULTÂNEAMENTE! (quando fazemos isso, não alteramos o valor das expressões dos membros, é como se nós girássemos uma roda e o primeiro membro fosse para o segundo sem alteração alguma:

    - x = 23 - 32 (não vou comentar a operação de + 23 - 32, portanto revise operações com números inteiros)

    - x = - 9 (-1) (aqui, nós multiplicaremos ambos os membros pelo mesmo valor, "-1").

    x = 9 (Chegamos a resposta).

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Boa sorte gente.


ID
4164490
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Carlos traçou uma reta no plano cartesiano e verificou que ela passa num ponto P cuja ordenada é –2, no ponto (6, –3) e também na origem. Sendo assim, a abscissa do ponto P é:

Alternativas
Comentários
  • para achar o valor do x, basta usar os pontos que foram dados:

    (0,0) ; (6,-3) ; (x,-2) e fazer um determinante com esses pontos que irão encontrar o valor de x=4

    |0 0|

    |6-3|

    |x-2| =0

    |0 0|

    após fazer esse esquemas e multiplicar em x, vocês encontraram a seguinte equação: -12-(-3x)=0. Depois disso é matemática básica


ID
4164496
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A velocidade com que se conseguem informações, imagens e vídeos sobre quase todos os assuntos, fazendo uso dos novos equipamentos como celular, notebooks, tablets, deve ser encarada como uma vantagem didática. A inserção das tecnologias tem encontrado inúmeros problemas. NÃO se enquadra como um obstáculo no que tange à inserção tecnológica na escola:

Alternativas

ID
4164499
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais

“É a exclusão das pessoas dentro de sua classe, categoria, ou estamento social, com perdas de direitos básicos, com a impossibilidade ou dificuldade de ascensão social, espacial e sua reinserção ao processo produtivo e aos valores culturais, políticos, religiosos e sociais.” O termo descrito é:

Alternativas

ID
4164502
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Fome oculta – fenômeno caracterizado pela carência de vitaminas e minerais essenciais que afeta o crescimento físico e cognitivo da criança, assim como seu sistema imunológico durante os primeiros anos de formação. São ações que visam acabar com a fome oculta, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A ideia apresentada pela opção 'B' é antônima ao que visa o combate à fome.


ID
4164505
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A política nacional de habitação vem se desenvolvendo de forma crescente no país ao longo dos anos. Dentre os projetos governamentais de habitação, o último implantado pelo governo brasileiro foi:

Alternativas
Comentários
  • "Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-Lei n 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis n 4.380, de 21 de agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória n 2.197-43, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências".

    Lei n° 11.977 de 07 de Julho de 2009.


ID
4164508
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A sustentabilidade marca a agenda de investimentos energéticos em mineração. A busca por sustentabilidade na gestão energética prioriza:

Alternativas

ID
4164511
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Com a acelerada inovação tecnológica os fluxos de pessoas, mercadorias, ideias, transportes e informações se expandiram com muita rapidez: “a chamada globalização”. Sobre esse fenômeno, considere as afirmativas a seguir e assinale a INCORRETA.

Alternativas

ID
4164514
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A República Brasileira apresenta um governo central e um governo para cada unidade da federação. Trata-se de uma república democrática, sendo o voto a mais antiga ferramenta do brasileiro para exercer sua cidadania. A respeito do voto no Brasil, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • C

    O erro está na afirmação em dizer que o voto censitário só vogou APÓS as eleições diretas de 1989. Não foi APÓS, mas DURANTE.

  • No Brasil não existe voto censitário: forma de exclusão dos indivíduos desprivilegiados socialmente do processo eleitoral.


ID
4164517
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A balada Pulse na Flórida (EUA) foi alvo, no dia 12 de junho de 2016, de um atentado terrorista considerado o pior desde o de 11 de setembro de 2001. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado que teve como causa principal:

Alternativas

ID
4164520
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

“Baseado na ideia de economia colaborativa, o uso desse serviço tornou-se bastante polêmico e despertou preocupações e críticas da indústria de táxis ao redor do mundo. Conhecido popularmente como serviços de ‘carona remunerada’, o cliente solicita motoristas particulares através de aplicativos em dispositivos android e iPhone.” O enunciado se refere ao:

Alternativas
Comentários
  • IDECAN nunca te critiquei pegue leve nas questões da PC E PM(caso seja voce). kkkkkkkkkk


ID
4164523
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Constituição Federal simboliza a lei maior que dispõe sobre as garantias e os direitos individuais dos cidadãos e estabelece a forma e o regime de governo, o sistema eleitoral e a organização dos poderes. Em 1988 foi promulgada a sétima Constituição Federal do Brasil válida até os dias atuais. O presidente em exercício, na data de sua promulgação, era:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra A

    josé sarney era o presidente, era vice de Tancredo que morreu antes da posse.

    governo marcado por tensões políticas e econômicas herdadas do regime militar, como, por exemplo, uma grande dívida externa e alta taxa de inflação.

    bons estudos

  • Governo marcado por uma Hiperinflação

  • Questão cabe recurso, quando fala "presidente em exercício" presidente de que? camara? senado?

  • A constituição de 1988 foi promulgada no governo de José Sarney, vice presidente de Tancredo Neves, que faleceu antes de assumir o posto.

  • Boa Paulo !

    Vale lembrar:

    Ulysses Silveira Guimarães foi um político e advogado brasileiro, um dos principais opositores à ditadura militar. Foi o presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988, que inaugurou a nova ordem democrática, após 21 anos sob a Ditadura Milita


ID
4164526
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto aos princípios constitucionais aplicáveis à administração pública direta e indireta, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • HELY LOPES MEIRELLES, definiu o princípio da eficiência, como “o que se impõe a todo o agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento profissional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”, e acrescenta que “o dever da eficiência corresponde ao dever da boa administração”... (MEIRELLES, 2002)

  • A) Errada. O princípio da eficiência é que foi acrescido em 1998 com a Emenda Constitucional nº 19 de 1998.

    B) Errada. Os princípios do LIMPE são de observância obrigatória pela administração pública direta e indireta (art. 37, caput, da CF/88), logo, o princípio da publicidade não é facultativo para as entidades indiretas.

    C) Errada. A administração pública direta e indireta se sujeitam ao princípio da impessoalidade (art. 37, caput, da CF).

    D) Correta

  • GABARITO -D

    A) O princípio da eficiência é o mais recente dos princípios constitucionais da Administração Pública brasileira, tendo sido adotado a partir da promulgação, da Emenda Constitucional nº 19, de 1998 – Reforma Administrativa.

    ------------------------------------------------------------

    b e c) . A administração indireta e a direta devem obediência aos princípios.

    D) Apenas acrescento que de maneira resumida podemos definir eficiência como :

    Fazer mais / gastando menos / de maneira rápida .

    Bons estudos!

  • Com a Reforma Administrativa de 1998, a “Nova Administração Pública” introduz, pela emenda 19/98, o princípio da Eficiência.

  • A questão aborda os princípios da administração pública expressos no art. 37, caput, da Constituição Federal. Vamos analisar cada uma das assertivas:


    Alternativa A: Errada. O princípio da moralidade estabelece a obrigatoriedade de observância a padrões éticos de conduta, exigindo honestidade, lealdade e boa-fé de conduta no exercício da função administrativa. O erro da assertiva consiste em afirmar que tal princípio foi acrescentado à Constituição Federal apenas em 1998; na verdade, o princípio da eficiência que foi inserido pela Emenda Constitucional 19 de 1998.


    Alternativa B: Errada. O princípio da publicidade define a ideia de que a Administração deve atuar de forma plena e transparente. Conforme previsto no art. 37, caput, da Constituição Federal, o referido princípio deverá ser observado pela administração direta e indireta.


    Alternativa C: Errada. As entidades da administração direta e indireta sujeitam-se ao princípio da impessoalidade, que se traduz na ideia de que a atuação do agente público deve pautar-se pela busca dos interesses da coletividade, não visando a beneficiar ou prejudicar ninguém em especial.


    Alternativa D: Correta. O princípio da eficiência se tornou expresso com o advento da Emenda Constitucional 19 de 1998 e consiste na busca dos melhores resultados práticos e menos desperdício. Eficiência é produzir bem, com qualidade e com menos gastos.


    Gabarito do Professor: D


    -------------------------------------

    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

    CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 6. ed. Salvador: Editora JusPODIVM, 2019. p. 66-79.



    -------------------------------------

    LEGISLAÇÃO PARA LEITURA (CF)

    Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)
  • Acertei a questão, mas achei muito raso o enunciado

  • a) ERRADO. Foi incluso o princípio da eficiência

    b) ERRADO. A CF no art 37 consagra os 5 princípios explícitos atinentes a Adm. Pública DIRETA e INDIRETA.

    c) ERRADO. Ambas estão sujeitas ao princípio da IMPESSOALIDADE.

    d) CORRETA. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA = A Adm. Pública deve agir com presteza, rendimento, bom desempenho funcional, produzindo com qualidade e menos custos para o patrimônio público.

  • Que banca chataa

  • Alternativa A: Errada. O princípio da moralidade estabelece a obrigatoriedade de observância a padrões éticos de conduta, exigindo honestidade, lealdade e boa-fé de conduta no exercício da função administrativa. O erro da assertiva consiste em afirmar que tal princípio foi acrescentado à Constituição Federal apenas em 1998; na verdade, o princípio da eficiência que foi inserido pela Emenda Constitucional 19 de 1998.

    Alternativa B: Errada. O princípio da publicidade define a ideia de que a Administração deve atuar de forma plena e transparente. Conforme previsto no art. 37, caput, da Constituição Federal, o referido princípio deverá ser observado pela administração direta e indireta.

    Alternativa C: Errada. As entidades da administração direta e indireta sujeitam-se ao princípio da impessoalidade, que se traduz na ideia de que a atuação do agente público deve pautar-se pela busca dos interesses da coletividade, não visando a beneficiar ou prejudicar ninguém em especial.

    Alternativa D: Correta. O princípio da eficiência se tornou expresso com o advento da Emenda Constitucional 19 de 1998 e consiste na busca dos melhores resultados práticos e menos desperdício. Eficiência é produzir bem, com qualidade e com menos gastos.

    Gabarito : D de Ronnie James Dio

  • Legalidade

    Impessoalidade

    Moralidade

    Publicidade

    Eficiência

  • Achei estranho esse satisfatório, mas seguimos em frente.


ID
4164529
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto ao uso e abuso dos poderes administrativos, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab : D

    Poder disciplinar Consiste na possibilidade de a Administração aplicar punições aos agentes públicos que cometam infrações funcionais. Trata-se de poder interno, não permanente e discricionário

  • Qual o erro da B?

  • GABARITO - D

    Aos itens...

    A) O poder de polícia é de aplicação interna na Administração Pública, já que corresponde ao poder de aplicar sanções disciplinares.

    As atuações do poder de polícia produzem efeitos externamente e independem de vínculo ( particular -Administração )

    O melhor exemplo seria a atuação de um Agente de trânsito ele aplica sanções aos particulares independente de vínculo e a cima de tudo sua atuação produz efeitos externos.

    ---------------------------------------------------------------------------------

    B) O poder administrativo regulamentar só pode ser exercido pelo chefe do Poder Executivo e corresponde ao poder de expedir decretos.

    Precisamos entender que Há também atos normativos que, editados por outras autoridades administrativas, estão inseridos no Poder Regulamentar. É o caso das instruções normativas, resoluções, portarias, etc. Tais atos têm, frequentemente, um âmbito de aplicação mais restrito, porém, veiculando normas gerais e abstratas para a explicitação das leis, também são meios de formalização do Poder Regulamentar.

    ( https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2537803/poder-regulamentar#:~:text=84%2C%20IV%2C%20da%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%20disp%C3%B5e,

    Executivo%20para%20os%20mesmos%20objetivos. )

    ------------------------------------------------------------------------------------

    C) Uma das formas de abuso de poder é o excesso de poder, pelo qual o agente público pratica ato que, embora de sua competência, fere o interesse público.

    O Abuso de Poder é um Gênero que se divide em

    Excesso de Poder - Vício na Competência

    Agente age além das suas competências / extrapola.

    Desvio de Poder - Vício na Finalidade

    Finalidade diversa ao ato / diversa ao interesse público.

    ----------------------------------------------------------------------------------

    D) Poder disciplinar - Aplica-se a quem tem vínculo - servidores públicos / Particulares com vínculo específico

    Poder de polícia - Particulares em geral - Independe de vínculo.

    -------------------------------------------------------------------------------------------

    Bons estudos!

  • O PODER DISCIPLINAR é o poder punitivo IMEDIATO. Nem todas as sanções decorre deste poder, deverá haver um VÍNCULO ESPECIAL com o poder publico, com por exemplo, um contrato administrativo. Observe que, ainda, o Poder Disciplinar desdobra-se em um ato vinculado e, consequentemente, em um ato discricionário. Se o agente com um vínculo c/ a administração, por exemplo, cometer uma infração, não restará para a administração aplicar a penalidade prevista em lei (Ato Vinculado). Em contrapartida, com relação a sanção a ser aplicada, ou, graduação da penalidade, caberá a administração decidi-la (Ato Discricionário).

  • Considero a B correta tambem, outros órgãos, ou agencias reguladoras que emitem decreto ou resoluções se utilizam do poder normativo...

  • Alternativas que generalizam geralmente estão erradas, na B o uso da frase "só pode ser exercido pelo chefe do poder executivo" generaliza, o que de cara já pode estar errada

  • Questão mal elaborada por causa do item B.

    Vejamos: REGULAMENTO é expedido por DECRETO.

    REGULAMENTO: é ato PRIVATIVO do chefe do executivo

    DECRETO: é a forma.

  • Marquei D pois estava perfeita, porém, não identifiquei o erro da B. De fato, o poder normativo não é exclusivo do chefe do executivo, pois outras autoridades editam atos com fundamento no poder normativo. Porém, a questão se refere especificamente ao poder regulamentar, e este, segundo a doutrina, é exclusivo do chefe do executivo. Portanto, a letra B também te está correta.
  • PODER NORMATIVO: Criação de normas, gerais e abstratas. Complementar à lei. Ex: Decreto

    PODER HIERÁRQUICO: Organização interna da ADM.

    PODER DISCIPLINAR: Aplicação de sanções.

    PODER DE POLÍCIA: Consiste da atividade da Adm. Pública de restringir/limitar bens e direitos de particulares em benefício da coletividade.

  • É dificil marcar o mesmo enunciado em outra questão e acertar.... ai troca a banca o mesmo texto fica como errado

  • q915225 - trecho do comentário da professora.

    Poder Normativo/Regulamentar – consiste na prerrogativa reconhecida à Administração Pública de expedir atos normativos gerais e abstratos que valem para uma série de pessoas indeterminadas, para fiel execução das leis. Atualmente, a doutrina considera o poder regulamentar espécie do poder normativo, referindo-se este a edição de diversos atos (decreto, portaria, resolução), e aquele, o poder de editar regulamento, cuja forma é o decreto, ato privativo do chefe do executivo.

    II. O poder regulamentar é atribuição privativa do Chefe do Executivo, exercida por meio da edição de decretos que visam à explicitar e viabilizar a execução das leis editadas, não podendo, salvo as exceções expressas no texto constitucional, possuir conteúdo que inove o conteúdo do diploma regulamentado (CERTO)

  • A questão é polêmica, pois há discordância na doutrina.

    Há duas visões que explicam o Poder regulamentar:

    TRADICIONAL: Poder Regulamentar como SINÔNIMO do Poder Normativo.

    MODERNAMENTE: DI PIETRO: Poder Regulamentar como ESPÉCIE do Normativo. Sendo o Poder Regulamentar tratado como atribuição típica e exclusiva do Poder Executivo e o Poder Normativo (abarca deliberações, instruções, resoluções etc.) como poder conferido às autoridades públicas de editarem normas gerais e abstratas.

  • Essa questão deveria ser anulada, pois existe duas alternativas corretas. Eu queria saber o erro da B.

  • O poder regulamentar é exclusivo do Poder executivo, mas Decreto autônomo é exclusivo do Chefe do poder executivo.

  • PODER REGULAMENTAR

    • É função típica do Poder Executivo. É uma das formas pelas quais se expressa a função normativa do Poder Executivo.

    • Pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução.

    • O poder regulamentar consiste na possibilidade dos chefes do Executivo de explicarem e detalharem as leis para a sua correta execução ou de expedirem os decretos autônomos sobre matéria ainda não disciplinada em lei.

    • Os princípios da segurança jurídica e da isonomia, que informam o poder normativo ou regulamentar, preveem que a administração pública imprima previsibilidade aos seus comportamentos, regulamentando pela edição de atos normativos infralegais, de forma abstrata e vinculante, os temas em relação aos quais a lei não foi específica.
  • Eis os comentários sobre cada assertiva:

    a) Errado:

    Na realidade, o poder de polícia é voltado precipuamente a produzir efeitos para fora da Administração, em relação aos particulares, portanto, uma vez que baseado na ideia de supremacia geral administrativa. De seu turno, é o poder disciplinar que possui âmbito de incidência mais restrito, atendo-se aos agentes públicos ou a particulares que possuam vínculo jurídico específico com a Administração. O conceito exposto neste item, desta maneira, relaciona-se ao poder disciplinar.

    b) Errado:

    Trata-se de item que pode ser considerado certo ou errado a depender da posição doutrinária adotada. Isto porque, para uma parcela relevante da doutrina, o poder regulamentar, de fato, seria de manejo exclusivo da chefia do Executivo, exercendo-se via expedição de decretos. Os demais órgãos e entidades da Administração, ao editarem atos dotados de generalidade e abstração, o fariam por meio do poder normativo (gênero do qual o poder regulamentar seria espécie). Outra parcela doutrinária, contudo, sustenta que o poder regulamentar é exercido sempre que a Administração expede atos normativos, ainda que não o faça por meio da Chefia do Executivo. É neste sentido, por exemplo, a postura de José dos Santos Carvalho Filho:

    "Há também atos normativos que, editados por outras autoridades administrativas, podem caracterizar-se como inseridos no poder regulamentar. É o caso de instruções normativas, resoluções, portarias etc."

    A Banca, portanto, encampou esta segunda posição. E é legítimo que assim o faça, sem que se possa atribuir à questão a pecha de invalidade.

    c) Errado:

    Na verdade, o excesso de poder verifica-se quando o agente pratica ato que extrapola os limites de sua competência, mesmo que pretenda atender ao interesse público. O vício, portanto, recai no elemento competência. O conceito exposto pela Banca, por sua vez, corresponde ao desvio de poder, que atinge o elemento finalidade.

    d) Certo:

    De fato, é por meio do poder disciplinar que a Administração pune seus agentes, acaso venham a cometer infrações funcionais, sendo certo que a demissão constitui uma das penalidades legalmente previstas, de maneira que não há incorreções neste item.


    Gabarito do professor: D

  • Gabarito D ✔️

    Vamos corrigir as alternativas !

    A -O poder de polícia é de aplicação EXTERNA na Administração Pública, já que corresponde ao poder de aplicar sanções A PARTICULARES.

    B-O poder administrativo regulamentar só pode ser exercido pelo chefe do Poder Executivo e corresponde ao poder de expedir decretos.

    BEM POLÊMICA ,PORÉM VIDE COMENTÁRIOS DOS COLEGAS ABAIXO !

    C-Uma das formas de abuso de poder é o DESVIO de poder, pelo qual o agente público pratica ato que, embora de sua competência, fere o interesse público.

    D- A aplicação de penalidade de demissão a um agente público que praticou falta grave em serviço é um exemplo de poder disciplinar da Administração Pública.

  • Sobre a B):

    NORMATIVO OU “REGULAMENTAR”

    TRADICIONAL: Poder Regulamentar como SINÔNIMO do Poder Normativo.

    MODERNAMENTE: DI PIETRO: Poder Regulamentar como ESPÉCIE do Normativo. Sendo o Poder Regulamentar tratado como atribuição típica e exclusiva do Poder Executivo e Poder Normativo (abarca deliberações, instruções, resoluções etc.) como poder conferido às autoridades públicas de editarem normas gerais e abstratas

  • Sobre o item B , nas questões da CESP , ela consideraria certa

  • ☠️ GABARITO D ☠️

    PODER NORMATIVO: Criação de normas, gerais e abstratas. Complementar à lei. Ex: Decreto

    PODER HIERÁRQUICO: Organização interna da ADM.

    PODER DISCIPLINAR: Aplicação de sanções.

    PODER DE POLÍCIA: Consiste da atividade da Adm. Pública de restringir/limitar bens e direitos de particulares em benefício da coletividade.

  • A) ERRADA. O poder de polícia, de fato possibilita a aplicação de sanções, contudo, tais sanções são direcionadas a particulares. Por isso diz-se externo.

    B) ERRADA. Poder Regulamentar é aquele que, em regra, não inova no ordenamento jurídico. Sua função é regulamentar o que a lei já prevê. A doutrina se divide sobre a possibilidade de outros sujeitos poderem editar decretos além do chefe do poder executivo. Porém, normalmente a posição adotada pelas bancas é de que não apenas este tem competência para editar decretos, mas também algumas outras autoridades estariam aptas.

    C) ERRADA. O interesse público é a finalidade precipua dos atos administrativos. Logo, quando falamos em vício de finalidade, estamos nos referindo ao Abuso de Poder (gênero) na modalidade Desvio de Poder (espécie).

    Gabarito D

  • Vamos lá, o poder REGULAMENTAR é de fato exercido privativamente pelo chefe de executivo, mas o poder NORMATIVO, não o é.

    Atos Normativos: (ReDe In Rede)

    Resolução

    Decreto

    Instrução Normativa

    Regulamento

    Despachos


ID
4164532
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Atendimento ao Público
Assuntos

São ações que contribuem para a qualidade nas rotinas administrativas e boa prestação dos serviços públicos em geral, EXCETO:

Alternativas

ID
4164535
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto a rotinas administrativas, marque a alternativa que NÃO contribui para a boa gestão dos serviços públicos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    A descentralização do serviço serve para que o mesmo seja prestado de maneira mais eficiente

  • Conceito de serviço público 

    •É todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados (particulares) sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades sociais essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniências do Estado.

    Princípios dos serviços públicos

    •Princípio da Generalidade. 

    •Princípio da Continuidade. 

    •Princípio da Eficiência. 

    •Princípio da Modicidade.

    •Princípio da cortesia 

    •Princípio da atualidade

     Modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.

    •Princípio da mutabilidade 

    •Princípio da segurança 

    •Dentre outros

    Concessão, permissão e autorização de serviços públicos 

    Concessão de serviço público 

    •Delegação de execução de serviço público

    Licitação

    •Modalidade concorrência 

    •Contrato administrativo adesão 

    •Prazo determinado 

    •Não-precário 

    •Pessoa jurídica e consórcio de empresa 

    •Título sempre oneroso 

    Permissão de serviço público 

    Licitação 

    •Modalidade de licitação varia 

    •Contrato administrativo adesão

    •Precário 

    •Pessoa física ou jurídica 

    •Título oneroso ou gratuito 

    Autorização de serviço público 

    •Possibilita ao particular a realização de alguma atividade de interesse público

    Sem licitação 

    •Ato administrativo 

    •Unilateral e discricionário 

    •Precário 

    •Pessoa física ou jurídica 

    •Título oneroso ou gratuito

  • Analisemos as proposições:

    a) Certo:

    O princípio da motivação de decisões administrativas é um imperativo que homenageia o princípio da publicidade, na medida em que, ao fundamentar suas decisões, a Administração está demonstrando, de forma transparente, as razões que a levaram a agir em dado sentido. É evidente que se cuida de providência que atende à boa gestão dos serviços públicos e, de modo mais amplo, a toda e qualquer ação administrativa. O art. 50 da Lei 9.784/99 exige a motivação de decisões da Administração. Confira-se:

    "Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:"

    b) Certo:

    Trata-se de afirmativa alinhada com a regra do art. 22, §4º, da Lei 9.784/99:

    "Art. 22 (...)
    § 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas."

    c) Errado:

    A centralização de comandos e decisões não é uma prática que possa ser tida como de boa gestão nos serviços públicos. No ponto, dentre os princípios fundamentais há muito previstos em nossa legislação administrativa, inserem-se os de descentralização e o de delegação de competências. A propósito, confira-se o art. 6º, III e IV, do Decreto-lei 200/67:

    "Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:

    I - Planejamento;

    II - Coordenação.

    III - Descentralização.

    IV - Delegação de Competência.

    V - Contrôle."

    d) Certo:

    É inegável que a manutenção de um serviço de atendimento e informação ao cidadão constitui rotina administrativa que contribui para a boa gestão dos serviços públicos. Afinal, é claro que propiciar aos usuários o acesso à informações claras e seguras, por meio de canais de atendimento, contribui para a prestação de serviços adequados e, em última análise, para a observância do próprio princípio da eficiência.


    Gabarito do professor: C

ID
4164538
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto aos atos administrativos, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gab : D

    A imperatividade consiste no atributo segundo o qual “os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância”[17], sendo um atributo que decorre do poder extroverso do Estado.

    Seguindo os ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello[18], que por sua vez busca na doutrina italiana o fundamento para o atributo da imperatividade, argumenta que tal atributo:

    decorre do que Renato Alessi chama de ‘poder extroverso’, que permite ao Poder Público editar provimentos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações.

  • GABARITO: D

    Sobre a B: os elementos de validade dos atos administrativos são: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

    Em apertada síntese:

    > Competência: é o poder legal dado ao agente para o desempenho de suas atividades;

    > Finalidade: os atos administrativos devem sempre se destinar ao interesse público e ao que está previsto na lei;

    > Forma: é como o ato se exterioriza;

    > Motivo: é a situação de fato e de direito que determina ou autoriza a realização do ato administrativo;

    > Objeto: é o conteúdo do ato administrativo, é aquilo que o ato determina, o efeito jurídico do ato. Podemos dizer que é o ato propriamente dito.

    Sobre a C: os atos ordinatórios são os atos internos da Administração, utilizados para estabelecer normas de conduta para os agente públicos, sem causar efeitos externos.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • GABARITO -D

    São atributos dos atos administrativos:

    P.A.T.I.E

    Presunção de Legitimidade / Veracidade

    Autoexecutoriedade

    Tipicidade

    Imperatividade

    Exigibilidade

    -----------------------------------------------------------

    a) A anulação é cabível quando temos um ato ilegal de efeitos insanáveis.

    Há uma obrigação da administração pública em expurgar esses atos.

    --------------------------------------------------------

    b) Na verdade, ao dizer: " Razões de fato e de direito" nos remetemos ao motivo.

    O objeto é o conteúdo do ato, a ordem por ele determinada, ou o resultado prático pretendido ao se expedi-lo. Todo ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação da Administração Pública. O objeto é requisito discricionário.

    ------------------------------------------------------------

    c) Os atos ordinatórios produzem efeitos internos, melhor dizendo: não alcançam particulares.

    Em sua melhor definição:

    atos ordinatórios: são manifestações internas da Administração decorrentes do poder hierárquico disciplinando o funcionamento de órgãos e a conduta de agentes públicos. Assim, não podem disciplinar comportamentos de particulares por constituírem determinações intra muros. Exemplos: instruções e portarias

    ----------------------------------------------------------------------

  • ALTERNATIVA D

    Um dos atributos do ato administrativo é a imperatividade, característica pela qual certos atos impõem-se mesmo contra a vontade de seus destinatários.

  • a) A anulação (revogação) dos atos administrativos é cabível quando, a despeito de sua legalidade, tais atos não sejam mais de interesse público.

    b) O objeto (motivo) é um dos elementos de validade do ato administrativo e corresponde às razões de fato e de direito que autorizam a prática do ato.

    c) Uma das espécies de ato administrativo denomina-se ordinatórios (negociais) e abrangem os atos que dependem de requerimento por parte do cidadão. Obs. Atos negociais são utilizados para possibilitar o exercício de atividade controlada pela Adm. Pública e somente são realizados por requerimento do administrado :)

    d) Um dos atributos do ato administrativo é a imperatividade, característica pela qual certos atos impõem-se mesmo contra a vontade de seus destinatários.

  • A questão exige conhecimento acerca dos atos administrativos e pede ao candidato que assinale o item correto. Vejamos:

    a) A anulação dos atos administrativos é cabível quando, a despeito de sua legalidade, tais atos não sejam mais de interesse público.

    Errado. A Anulação ou Invalidação é a extinção do ato, em virtude de ilegalidade, pela pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário. O item trouxe, na verdade, o conceito de revogação, que é a extinção do ato pela Administração Pública, fundados nos motivos de conveniência e oportunidade.

    b) O objeto é um dos elementos de validade do ato administrativo e corresponde às razões de fato e de direito que autorizam a prática do ato.

    Errado. O item trouxe o conceito de "motivo" do ato administrativo. O objeto, na verdade, é a matéria do ato.

    c) Uma das espécies de ato administrativo denomina-se ordinatórios e abrangem os atos que dependem de requerimento por parte do cidadão.

    Errado. Os atos ordinatórios são, na verdade, manifestações internas da Administração Pública, em virtude do poder hierárquico, regulamentando o funcionamento de órgãos e a conduta de agentes públicos. Ex: portaria. O item trouxe o conceito de ato enunciativo.

    d) Um dos atributos do ato administrativo é a imperatividade, característica pela qual certos atos impõem-se mesmo contra a vontade de seus destinatários.

    Correto e, portanto, gabarito da questão. A imperatividade é a possibilidade de se criar unilateralmente obrigações aos particulares, mesmo sem sua anuência.

    Gabarito: D

  • IMPERATIVIDADE:

    Atributo onde a Administração Pública pode, unilateralmente, impor restrições e criar obrigações para os administrados.

    ATRIBUTOS:

    P resunção de legitimidade

    A utoexecutoriedade

    T ipicidade

    I mperatividade

  • OS ATOS SÃO IMPOSTOS A TODOS INDEPENDENTE DA VONTADE DO DESTINATÁRIO

    GAB → LETRA: D

    #BORA VENCER

  • Uma dessas na PC CE...

  • A imperatividade é a possibilidade de se criar unilateralmente obrigações aos particulares, mesmo sem sua anuência.

    Gabarito QC

  • PATI

    IMPERATIVIDADE OU COERCIBILIDADE:

    • A imperatividade é o atributo por meio do qual os atos administrativos se impõem a terceiros,
    • independentemente de sua concordância.
    • Atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução.
    • O ato administrativo pode criar unilateralmente obrigações aos particulares, independentemente da anuência destes.
    • Poder de interferir na esfera jurídica do particular, independentemente, da concordância deste.
    • Decorre do poder extroverso da Administração Publica. Relacionada a uma capacidade de criar
    • deveres sem que os particulares tenham aceitado tais obrigações.
    • Não está presente em todos os atos administrativos, como:
    • Atos enunciativos, certidões e atestados;
    • Atos negociais, como permissões e autorizações.
    • A coercibilidade e a imperatividade não permeiam os atos negociais.
  • Atributos são características que diferenciam os atos administrativos dos demais atos e são essenciais para a identificação do regime jurídico a ser aplicado. A doutrina pacífica aponta como atributos do ato administrativo: a presunção de legitimidade, a imperatividade e a auto-executoriedade.

    "E"

  • ATO ORDINATÓRIO: manifestações internas da Administração Pública, em virtude do poder hierárquico, regulamentando o funcionamento de órgãos e a conduta de agentes público.

    ATO ENUNCIATIVO: abrangem os atos que dependem de requerimento por parte do cidadão.

  • ATOS INTERNOS/ORDINATÓRIOS: são atos destinados a produzir efeitos, como regra, dentro das repartições administrativas. Eles decorrem do poder hierárquico. E, podem ter natureza normativa/geral (ex.: as instruções, os ofícios, as circulares, as portarias, os avisos, as ordens de serviço e os despachos).

    ATOS EXTERNOS: destinados a produzir efeitos, como regra, fora da Administração. São todos aqueles que alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores, provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração Pública.

  • Uma coisa que percebi resolvendo questões da Idecan, ela sempre vai deixar duas alternativas suspeitas, umas meia verdade e a outra verdadeira mesmo, isso acaba derrubando muitos.


ID
4164541
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

A Resolução CONFEF nº 206/2010 dispõe sobre o Estatuto do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, que entre outras funções: regula, regulamenta, fiscaliza e orienta o exercício profissional, além de defender os interesses da sociedade em relação aos serviços prestados pelo profissional de educação física e pelas pessoas jurídicas nas áreas de atividades físicas, desportivas e similares. Analise as sanções disciplinares a seguir.

I. Advertência escrita, com ou sem aplicação de multa.
II. Censura pública.
III. Suspensão do exercício da profissão.
IV. Cancelamento do registro profissional e divulgação do fato.

Marque a alternativa que apresenta corretamente, dentre as informações anteriores, as Sanções previstas no Código de Ética do Profissional de Educação Física:

Alternativas

ID
4164544
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional. Segundo a referida lei: “Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei”. Dentre as alternativas a seguir, marque aquela que NÃO se configura como um ato de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito.

Alternativas
Comentários
  • GANHEI ALGO ? ------------> ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (ART 9)

    NÃO GANHEI, MAS ALGUÉM GANHOU -----> PREJUÍZO AO ERÁRIO (ART 10)

    NINGUÉM GANHOU NADA -------> ATENTAR CONTRA OS PRINCÍPIOS (ART 11)

  • A Lei nº 8.429, Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente

    X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; (A - CORRETA)

    III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado (B - CORRETA)

    VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; ( C - INCORRETA)

    I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; (D - CORRETA)

    GABARITO:: LETRA C

  • Para responder a questão, é necessário o conhecimento acerca da Lei nº 8429/92 - Lei de Improbidade Administrativa (LIA), em especial das modalidades de atos de improbidade administrativa.

    Analisando as alternativas (lembrando que é pedida a alternativa que NÃO traz um ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito).

    Letra A: incorreta. “Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado” é ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, nos termos do art. 9º, X, da LIA.

    Letra B: incorreta. “Perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado” é ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, nos termos do art. 9º, III, da LIA.

    Letra C: correta. A conduta apresentada não é considerada ato de improbidade administrativa (perceba que é dito “NÃO aceitar emprego”). Entretanto, o oposto é considerado ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, nos termos do art. 9º, VIII: “Art. 9º (...) VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade”.

    Letra D: incorreta. “Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público” é ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, conforme o art. 9º, I, da LIA.

    Gabarito: Letra C.

  • A questão exige conhecimento sobre os atos de improbidade administrativa e solicita que o candidato assinale a alternativa que NÃO aponta um ato de improbidade que importa em enriquecimento ilícito. Vamos analisar cada uma das assertivas:


    Alternativa A: Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado configura ato de improbidade que importa em enriquecimento ilícito - art. 9°, X, da Lei 8.429/92.


    Alternativa B: Perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado configura ato de improbidade que importa em enriquecimento ilícito - art. 9°, III, da Lei 8.429/92.


    Alternativa C: A conduta descrita na assertiva não configura improbidade administrativa. Observe que a assertiva menciona "não aceitar...". Na verdade, configura improbidade aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade (art. 9°, VIII, da Lei 8.429/92).


    Alternativa D: Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público configura ato de improbidade que importa em enriquecimento ilícito - art. 9°, I, da Lei 8.429/92.


    Gabarito do Professor: C
  • Interessante: reparem que vc não precisa dominar a lei. É so questão de atenção..... por isso, muitas vezes, a simples decoreba não resolve todos os problemas do concurseiro.

  • Se liga nos verbos que é SUCESSO!

    Diogo França

  • Essa banca gosta dessa lei .....

  • Percebi pela prova da PEFOCE que a tara que a idecan tem pela lei de improbidade é grande.

  • se liguem nos verbos

    negar,retardar,praticar,deixar revelar atentado aos princípios da adm. mais multa de até 100 vezes a remuneração do agente

    facilitar,permiter, doar,conceder,ordenar,liberar,agir,celebrar prejuízo ao erário.

    receber,perceber,ultilizar,usar,aceitar enriquecimento ilícito.

    multa de até 3 vezes a remuneração do agente, ressarcimento integral do dano

    todos terão a suspenção dos direito politicos.


ID
4164547
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

O Estatuto do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF apresenta as competências específicas relacionadas à Comissão de Orientação e Fiscalização (Resolução CONFEF nº 206/2010). Leia as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Zelar pela orientação e fiscalização do exercício e das atividades profissionais dos profissionais de educação física.
( ) Propor e apreciar sem deliberar ato normativo que verse sobre a orientação e fiscalização do exercício e das atividades profissionais dos profissionais de educação física.
( ) Apreciar sem deliberar ações voltadas à eficácia da orientação e fiscalização do exercício e das atividades profissionais dos profissionais de educação física pelos CREFs.
( ) Levantar, analisar e debater sobre os problemas encontrados pelas Comissões de Orientação e Fiscalização do Exercício Profissional dos CREFs quando da fiscalização.
( ) Responder consultas e orientar as Comissões de Orientação e Fiscalização do Exercício Profissional dos CREFs.

A sequência está correta em

Alternativas

ID
4164550
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

A Resolução CONFEF nº 264/2013 dispõe sobre o Código Processual de Ética do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Educação Física. De acordo com este documento, os Conselhos Federal e Regionais de Educação Física – Sistema CONFEF/CREFs têm a responsabilidade institucional de apurar toda denúncia de fato que infrinja norma capitulada pelo Código de Ética dos Profissionais de Educação Física e julgar, por deliberação própria, todo profissional de educação física neles registrado. Sobre toda denúncia de fato que infrinja norma capitulada pelo Código de Ética dos Profissionais de Educação Física, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas

ID
4164553
Banca
IDECAN
Órgão
CREF - 5ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

A decisão CREF 5 nº 001/2005 disciplina o exercício do Estágio Curricular nos campos da educação física, na jurisdição do CREF 5. Sobre o assunto supramencionado, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas