Uma grande população de insetos de uma determinada espécie é submetida a um dado inseticida por um período prolongado de tempo. Como consequência, os indivíduos sensíveis ao inseticida morrem e os resistentes a ele sobrevivem. A respeito da seleção natural atuante nessa população, considere as seguintes afirmativas:
1. Por promover o aumento da ocorrência de mutações de resistência ao inseticida, a seleção natural direcional ajustou a frequência dos insetos resistentes.
2. Geração após geração, a seleção natural estabilizadora promove o aumento da ocorrência de mutações de resistência ao inseticida.
3. Insetos resistentes ao inseticida aumentam de frequência, geração após geração, pela ação da seleção natural estabilizadora.
4. A seleção natural direcional favorece os insetos resistentes ao inseticida, que irão aumentar de frequência geração após geração.
Assinale a alternativa correta.
Para assegurar a ordem entre os conquistados, os romanos tinham que manter postos avançados e acampamentos militares espalhados pelo território imperial. Era preciso alimentar e armar os soldados onde estivessem.
(FUNARI, Pedro P. A. Grécia e Roma. São Paulo: Editora Contexto, 2001, p. 91.)
O golpe civil-militar de 1964 no Brasil provocou uma ruptura violenta no sistema democrático vigente desde 1946. O país passou a ser governado por generais escolhidos pelo Congresso Nacional em eleições indiretas e sem a participação popular. Uma das formas jurídicas mais frequentes empregadas pelo regime para a garantia da governabilidade deu-se por meio da decretação dos “Atos Institucionais”.
A respeito desse processo histórico, que durou 21 anos (1964-1985), assinale a alternativa INCORRETA
Considere o texto abaixo:
A emancipação fora conseguida num contexto de violência generalizada, que causara a morte de centenas de milhares de pessoas, em especial na Colômbia, na Venezuela, no México e no Haiti. Os países que sofreram menos baixas foram Brasil, Equador, Paraguai e os da América Central. Os sofrimentos da população foram agravados pelos deslocamentos, como o “êxodo oriental” no Uruguai em 1811 e a fuga em massa dos partidários da independência do Chile, que tiveram de emigrar de Concepción para Santiago em 1817.
(DEL POZO, José. História da América Latina e do Caribe: dos processos de independência aos dias atuais. Trad. Ricardo Rosenbusch. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2009, p. 41.)
Considerando as informações do trecho acima, os conhecimentos sobre o contexto histórico e os aspectos sociais e políticos da independência dos países latino-americanos e do Caribe, é correto afirmar:
Aqui no Brasil tratou-se desde o início de aproveitar o índio, não apenas para obtenção dele, pelo tráfico mercantil, de produtos nativos, ou simplesmente como aliado, mas sim como elemento participante da colonização. Os colonos viam nele um trabalhador aproveitável; a metrópole, um povoador para a área imensa que tinha de ocupar, muito além de sua capacidade demográfica. Um terceiro fator entrará em jogo e vem complicar os dados do problema: as missões religiosas.
(PRADO JÚNIOR, Caio. A formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1963, p. 91.)
Baseando-se no trecho acima sobre o trabalho indígena no Brasil Colônia, assinale a alternativa correta.
Estou tentando resgatar o pobre tecelão de malhas, o meeiro luddita, o tecelão do “obsoleto” tear manual, o artesão “utópico” e mesmo o iludido seguidor de Joanna Southcott, dos imensos ares superiores de condescendência da posteridade. Seus ofícios e tradições podiam estar desaparecendo. Sua hostilidade frente ao novo industrialismo podia ser retrógrada. Seus ideais comunitários podiam ser fantasiosos. Suas conspirações insurrecionais podiam ser temerárias. Mas eles viveram nesses tempos de aguda perturbação social, e nós não. Suas aspirações eram válidas nos termos de sua própria experiência.
(E. P. Thompson. A formação da classe operária inglesa. V.1(4. ed.). São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 13.)
Com base no trecho acima, assinale a alternativa correta.
Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil, Pedro 2º, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição […]. A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho.
(Amanda Rossi e Camilla Costa, postado em 13 de maio de 2018 – BBC Brasil em São Paulo. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/brasil-44091469. Acesso em 25 de junho de 2019.)
De acordo com o trecho acima, considere as seguintes afirmativas:
1. A chamada “Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel, não pode ser vista como uma concessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro.
2. No período imediato que sucedeu à abolição, os libertos puderam contar com medidas de apoio na forma de distribuição de pequenos lotes de terra, tal como aconteceu nos Estados Unidos após a Guerra Civil, com a chamada “Reconstrução”.
3. Escravizados e escravizadas receberam apoio de muitos setores da sociedade da época ligados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escrava e advogado autodidata, um dos personagens mais célebres e atuantes, empenhando-se na libertação de centenas de cativos e cativas.
4. Os segmentos da sociedade adeptos do regime escravista defendiam a “emancipação gradual” e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desorganização econômica e provocasse o caos social.
Assinale a alternativa correta.
Em 1632, o matemático, astrônomo e filósofo italiano Galileu Galilei (1564-1642) publicou o Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo, no qual três personagens, de nomes Sagredo, Salviati e Simplício, debatem sobre a cosmologia copernicana e a cosmologia aristotélica. Ainda no mesmo ano, Galileu foi intimado a comparecer à Congregação do Santo Ofício em Roma, acusado de defender as ideias de Copérnico, consideradas heréticas pela Igreja.
Considerando o contexto histórico do processo e da condenação de Galileu Galilei pela Inquisição de Roma, assinale a alternativa correta.
A respeito de campos magnéticos, considere as seguintes afirmativas:
1. A Terra tem um campo magnético.
2. Correntes elétricas produzem campos magnéticos.
3. Quando polos de mesmo nome pertencentes a dois ímãs diferentes são aproximados, eles se repelem.
4. Uma carga elétrica com velocidade nula sob a ação de um campo magnético não sente a ação de nenhuma força magnética.
Assinale a alternativa correta.
Uma onda sonora se propaga num meio em que sua velocidade, em módulo, vale 500 m/s. Sabe-se que o período dessa onda é de 20 µs. Considerando os dados apresentados, a onda nesse meio apresenta o seguinte comprimento de onda (λ):
Na Seção II (Das Atribuições do Congresso Nacional), que integra o Título IV (Da Organização dos Poderes), da Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, o artigo 48 traz a seguinte redação em seu caput:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito,dívida pública e emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marinho e bens do domínio da União;[...]
Com base no caput desse artigo, considere as seguintes afirmativas:
Está/Estão de acordo com o disposto no artigo 48:
Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.
[...]
É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.
(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)
Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.
[...]
É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.
(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)
Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.
[...]
É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.
(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)
Com base no texto de Eco, é correto afirmar:
O texto a seguir é referência para a questão.
Por que as lhamas podem guardar o segredo para combater a gripe
Cientistas americanos recrutaram uma curiosa aliada para desenvolver tratamentos contra a gripe: a lhama. O sangue desse
animal sul-americano foi utilizado para produzir uma nova terapia com anticorpos que têm o potencial de combater todos os tipos de
gripe.
A gripe é uma das doenças mais hábeis na hora de mudar de forma. Constantemente, modifica sua aparência para despistar
nosso sistema imunológico. Isso explica porque as vacinas nem sempre são efetivas e, a cada inverno, é necessário receber uma
nova injeção para prevenir a doença.
Por isso, a ciência está à procura de uma forma de acabar com todos os tipos de gripe, não importando de qual cepa provenha
ou o quanto possa sofrer mutações. É aí que entra a lhama.
Esses animais, nativos dos Andes, têm anticorpos incrivelmente pequenos em comparação com os dos humanos. Os
anticorpos são as armas do sistema imunológico, e aderem às proteínas que sobressaem na superfície dos vírus.
Os anticorpos humanos tendem a atacar as pontas dessas proteínas,_______essa é a parte em que o vírus da gripe muda
com mais rapidez._______os anticorpos da lhama, com seu tamanho diminuto, conseguem atacar as partes do vírus da gripe que
não sofrem mutação.
Uma equipe do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, infectou lhamas com múltiplos tipos de gripe, para estimular uma resposta
do seu sistema imunológico. Em seguida, analisou o sangue dos animais, procurando pelos anticorpos mais potentes, que poderiam
atacar uma ampla variedade de vírus.
Os cientistas,_______, identificaram quatro anticorpos das lhamas. Depois, começaram a desenvolver um anticorpo sintético,
que une elementos desses quatro tipos.
O trabalho, que foi publicado na revista científica Science, ainda está em estágios muito iniciais. A equipe de cientistas pretende
realizar mais experimentos antes de fazer testes com humanos. “Ter um tratamento que possa funcionar contra uma variedade de
cepas diferentes do vírus da gripe é algo muito desejado. É o Santo Graal da gripe”, afirma o professor Jonathan Ball, da Uni versidade
de Nottingham.
(James Gallagher, Correspondente de Saúde e Ciência, BBC News. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46101443?ocid=socialflow_
facebook&fbclid=IwAR1Bj0yRbAN1yzVPG9X8H0KC2B5I59XTXbPwX7w0kk9O4kfMIop3H-wjmIY. Acesso em 07/07/2019. Adaptado.)
O texto a seguir é referência para a questão.
Por que as lhamas podem guardar o segredo para combater a gripe
Cientistas americanos recrutaram uma curiosa aliada para desenvolver tratamentos contra a gripe: a lhama. O sangue desse
animal sul-americano foi utilizado para produzir uma nova terapia com anticorpos que têm o potencial de combater todos os tipos de
gripe.
A gripe é uma das doenças mais hábeis na hora de mudar de forma. Constantemente, modifica sua aparência para despistar
nosso sistema imunológico. Isso explica porque as vacinas nem sempre são efetivas e, a cada inverno, é necessário receber uma
nova injeção para prevenir a doença.
Por isso, a ciência está à procura de uma forma de acabar com todos os tipos de gripe, não importando de qual cepa provenha
ou o quanto possa sofrer mutações. É aí que entra a lhama.
Esses animais, nativos dos Andes, têm anticorpos incrivelmente pequenos em comparação com os dos humanos. Os
anticorpos são as armas do sistema imunológico, e aderem às proteínas que sobressaem na superfície dos vírus.
Os anticorpos humanos tendem a atacar as pontas dessas proteínas,_______essa é a parte em que o vírus da gripe muda
com mais rapidez._______os anticorpos da lhama, com seu tamanho diminuto, conseguem atacar as partes do vírus da gripe que
não sofrem mutação.
Uma equipe do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, infectou lhamas com múltiplos tipos de gripe, para estimular uma resposta
do seu sistema imunológico. Em seguida, analisou o sangue dos animais, procurando pelos anticorpos mais potentes, que poderiam
atacar uma ampla variedade de vírus.
Os cientistas,_______, identificaram quatro anticorpos das lhamas. Depois, começaram a desenvolver um anticorpo sintético,
que une elementos desses quatro tipos.
O trabalho, que foi publicado na revista científica Science, ainda está em estágios muito iniciais. A equipe de cientistas pretende
realizar mais experimentos antes de fazer testes com humanos. “Ter um tratamento que possa funcionar contra uma variedade de
cepas diferentes do vírus da gripe é algo muito desejado. É o Santo Graal da gripe”, afirma o professor Jonathan Ball, da Uni versidade
de Nottingham.
(James Gallagher, Correspondente de Saúde e Ciência, BBC News. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46101443?ocid=socialflow_
facebook&fbclid=IwAR1Bj0yRbAN1yzVPG9X8H0KC2B5I59XTXbPwX7w0kk9O4kfMIop3H-wjmIY. Acesso em 07/07/2019. Adaptado.)
Leia os versos abaixo, de Gonçalves Dias e Basílio da Gama:
O Gigante de Pedra
(II, Estrofes 5 e 6)
Tornam prados a despir-se,
Tornam flores a murchar,
Tornam de novo a vestir-se,
Tornam depois a secar;
E como gota filtrada
De uma abóboda escavada
Sempre, incessante a cair,
Tombam as horas e os dias,
Como fantasmas sombrias,
Nos abismos do porvir!
E no féretro de montes
Inconcusso, imóvel, fito,
Escurece os horizontes
O gigante de granito.
Com soberba indiferença
Sente extinta a antiga crença
Dos Tamoios, dos Pajés;
Nem vê que duras desgraças,
Que lutas de novas raças
Se lhe atropelam aos pés!
Gonçalves Dias
A Tempestade
(Estrofes 1-4)
Um raio
Fulgura
No espaço,
Esparso
De luz;
E trêmulo
E puro
Se aviva,
S'esquiva,
Rutila.
Seduz!
Vem a aurora
Pressurosa,
Côr-de-rosa,
Que se cora
De carmim;
A seus raios
As estrelas,
Que eram belas,
Têm desmaios,
Já por fim.
O sol desponta
Lá no horizonte,
Doirando a fronte,
E o prado e o monte
E o céu e o mar;
E um manto belo
De vivas cores
Adorna as flores
Que entre verdores
Se vê brilhar.
Um ponto aparece,
Que o dia entristece,
O céu, onde cresce,
De negro a tingir;
Oh! Vede a procela
Infrene, mais bela,
No ar s'encapela
Já pronta a rugir!
Gonçalves Dias
O Uraguai
(Canto IV, v. 30-52)
Assim quem olha do escarpado cume
Não vê mais do que o céu, que o mais lhe encobre
A tarda e fria névoa, escura e densa.
Mas quando o sol, de lá do eterno e fixo
Purpúreo encosto de dourado assento,
Co'a criadora mão desfaz e corre
O véu cinzento de ondeadas nuvens,
Que alegre cena para nossos olhos!
Podem
Daquela altura, por espaço imenso,
Ver as longas campinas retalhadas
De trêmulos ribeiros, claras fontes
E lagos cristalinos, onde molha
As leves asas o lascivo vento.
Engraçados outeiros, fundos vales
E arvoredos copados e confusos,
Verde teatro onde se admira quanto
Produziu a supérflua Natureza.
A terra sofredora de cultura
Mostra o rasgado seio; e as várias plantas,
Dando as mãos entre si, tecem compridas
Ruas, por onde a vista saudosa
Se estende e se perde. O vagaroso gado
Mal se move no campo, e se divisam
Por entre as sombras da verdura, ao longe,
As casas branquejando e os altos templos.
Basílio da Gama
Com base na análise dos versos acima e na leitura integral de O Uraguai e de Os últimos cantos, considere as seguintes afirmativas:
1. Embora as “Poesias Americanas” tenham alcançado grande destaque nas leituras posteriores da obra de Gonçalves Dias, em Últimos Cantos elas ocupam um espaço menor do que o conjunto das outras duas partes: “Poesias Diversas” e “Hinos”.
2. No poema “O gigante de pedra”, é a montanha, da sua altura, quem assiste aos acontecimentos da história. Os
versos acima citados de O Uraguai, por sua vez, adotam a perspectiva do olhar humano para descrever a natureza
que se descortina do alto de uma montanha.
3. O hino “A tempestade” recria em seus versos os efeitos do fenômeno atmosférico que deslumbra o poeta. Nas
três estrofes citadas, podem-se perceber os recursos poéticos utilizados: métrica crescente, esquema de rimas
diferente a cada estrofe, adjetivos e verbos que vão do claro ao escuro, do tranquilo ao agitado.
4. A reiteração sonora do verbo “tornar”, na mesma posição dos versos iniciais da estrofe 5 de “O Gigante de Pedra”,
marca a variação das estações do ano, sendo que a mesma característica é atribuída à montanha na estrofe
seguinte e ao longo de todo o poema.
5. A partir de acidentes geográficos de localização precisa, a cadeia de montanhas localizada na atual cidade do Rio de Janeiro e o rio Uruguai, localizado na fronteira sul do país, “O Gigante de Pedra” e O Uraguai narram um episódio específico e datado da história brasileira.
Assinale a alternativa correta.
Considere o seguinte excerto da obra O povo brasileiro, do antropólogo Darcy Ribeiro:
A classe dominante empresarial-burocrático-eclesiástica, embora exercendo-se como agente de sua própria prosperidade, atuou também, subsidiariamente, como reitora do processo de formação do povo brasileiro. Somos, tal qual somos, pela forma que ela imprimiu em nós, ao nos configurar, segundo correspondia a sua cultura e a seus interesses. Inclusive, reduzindo o que seria o povo brasileiro, como entidade cívica e política, a uma oferta de mão-de-obra servil. Foi sempre nada menos que prodigiosa a capacidade dessa classe dominante para recrutar, desfazer e reformar gentes aos milhões. Isso foi feito no curso de um empreendimento econômico secular, o mais próspero de seu tempo, em que o objetivo jamais foi criar um povo autônomo, mas cujo resultado principal foi fazer surgir como entidade étnica e configuração cultural um povo novo, destribalizando índios, desafricanizando negros e deseuropeizando brancos. Ao desgarrá-los de suas matrizes, para cruzá-los racialmente e transfigurá-los culturalmente, o que se estava fazendo era gestar a nós brasileiros tal qual fomos e somos em essência. Uma classe dominante de caráter consular-gerencial, socialmente irresponsável, frente a um povo-massa tratado como escravaria, que produz o que não consome e só se exerce culturalmente como uma marginália, fora da civilização letrada em que está imerso.
(RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995. p.178-179.)
Levando em consideração a hipótese do autor, em relação à formação da sociedade brasileira, às dinâmicas sociais e
às formas de dominação, é correto afirmar:
Considere a passagem abaixo:
A substituição do reino do dever ser, que marca a filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, como instaurar um Estado estável? O problema central de sua análise política é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver esta questão, Maquiavel provoca uma ruptura com o saber repetido pelos séculos. Trata-se de uma indagação radical e de uma nova articulação sobre o pensar e fazer política, que põe fim à ideia de uma ordem natural eterna. A ordem, produto necessário da política, não é natural, nem a materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrário, a ordem tem um imperativo: deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será definitiva, pois há sempre, em germe, o seu trabalho em negativo, isto é, a ameaça de que seja desfeita.
(SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtü. In: WEFFORT, Francisco (org.). Clássicos da política, vol. 01. São Paulo: Ática, 2001. p. 17-18.)
Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek, em seu texto intitulado Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna,
o intelectual de virtü, é correto afirmar:
O texto a seguir é referência para a questão.
More Than Just Children's Books
Krumulus, a small bookstore in Germany, has everything a kid could want: parties, readings, concerts, plays, puppet shows, workshops and book clubs.
“I knew it was going to be very difficult to open a bookstore, everyone tells you you're crazy, there will be no future,” says Anna Morlinghaus, Krumulus's founder. Still, she wanted to try. A month before her third son was born, she opened the store in Berlin's Kreuzberg district.
BERLIN — On a recent Saturday afternoon, a hush fell in the bright, airy “reading-aloud” room at Krumulus, a small children's bookstore in Berlin, as Sven Wallrodt, one of the store's employees, stood up to speak. Brandishing a newly published illustrated children's book about the life of Johannes Gutenberg, the inventor of the printing press, he looked at the crowd of eager, mo stly school-aged children and their parents. “Welcome to this book presentation”, he said. “If you fall asleep, snore quietly”. Everyone laughed, but no one fell asleep. An hour later, the children followed Wallrodt down to the bookstore's basement workshop, whe re he showed them how Gutenberg fit leaden block letters into a metal plate. Then the children printed their own bookmark using a technique similar to Gutenberg's, everyone was thrilled.
(Disponível em: https://www.nytimes.com/2019/05/20/books/berlin-germany-krumulus.html)
In relation to the owner of the bookshop, it is correct to say that:
O texto a seguir é referência para a questão.
More Than Just Children's Books
Krumulus, a small bookstore in Germany, has everything a kid could want: parties, readings, concerts, plays, puppet shows, workshops and book clubs.
“I knew it was going to be very difficult to open a bookstore, everyone tells you you're crazy, there will be no future,” says Anna Morlinghaus, Krumulus's founder. Still, she wanted to try. A month before her third son was born, she opened the store in Berlin's Kreuzberg district.
BERLIN — On a recent Saturday afternoon, a hush fell in the bright, airy “reading-aloud” room at Krumulus, a small children's bookstore in Berlin, as Sven Wallrodt, one of the store's employees, stood up to speak. Brandishing a newly published illustrated children's book about the life of Johannes Gutenberg, the inventor of the printing press, he looked at the crowd of eager, mo stly school-aged children and their parents. “Welcome to this book presentation”, he said. “If you fall asleep, snore quietly”. Everyone laughed, but no one fell asleep. An hour later, the children followed Wallrodt down to the bookstore's basement workshop, whe re he showed them how Gutenberg fit leaden block letters into a metal plate. Then the children printed their own bookmark using a technique similar to Gutenberg's, everyone was thrilled.
(Disponível em: https://www.nytimes.com/2019/05/20/books/berlin-germany-krumulus.html)
O texto a seguir é referência para a questão.
More Than Just Children's Books
Krumulus, a small bookstore in Germany, has everything a kid could want: parties, readings, concerts, plays, puppet shows, workshops and book clubs.
“I knew it was going to be very difficult to open a bookstore, everyone tells you you're crazy, there will be no future,” says Anna Morlinghaus, Krumulus's founder. Still, she wanted to try. A month before her third son was born, she opened the store in Berlin's Kreuzberg district.
BERLIN — On a recent Saturday afternoon, a hush fell in the bright, airy “reading-aloud” room at Krumulus, a small children's bookstore in Berlin, as Sven Wallrodt, one of the store's employees, stood up to speak. Brandishing a newly published illustrated children's book about the life of Johannes Gutenberg, the inventor of the printing press, he looked at the crowd of eager, mo stly school-aged children and their parents. “Welcome to this book presentation”, he said. “If you fall asleep, snore quietly”. Everyone laughed, but no one fell asleep. An hour later, the children followed Wallrodt down to the bookstore's basement workshop, whe re he showed them how Gutenberg fit leaden block letters into a metal plate. Then the children printed their own bookmark using a technique similar to Gutenberg's, everyone was thrilled.
(Disponível em: https://www.nytimes.com/2019/05/20/books/berlin-germany-krumulus.html)
O texto a seguir é referência para a questão.
More Than Just Children's Books
Krumulus, a small bookstore in Germany, has everything a kid could want: parties, readings, concerts, plays, puppet shows, workshops and book clubs.
“I knew it was going to be very difficult to open a bookstore, everyone tells you you're crazy, there will be no future,” says Anna Morlinghaus, Krumulus's founder. Still, she wanted to try. A month before her third son was born, she opened the store in Berlin's Kreuzberg district.
BERLIN — On a recent Saturday afternoon, a hush fell in the bright, airy “reading-aloud” room at Krumulus, a small children's bookstore in Berlin, as Sven Wallrodt, one of the store's employees, stood up to speak. Brandishing a newly published illustrated children's book about the life of Johannes Gutenberg, the inventor of the printing press, he looked at the crowd of eager, mo stly school-aged children and their parents. “Welcome to this book presentation”, he said. “If you fall asleep, snore quietly”. Everyone laughed, but no one fell asleep. An hour later, the children followed Wallrodt down to the bookstore's basement workshop, whe re he showed them how Gutenberg fit leaden block letters into a metal plate. Then the children printed their own bookmark using a technique similar to Gutenberg's, everyone was thrilled.
(Disponível em: https://www.nytimes.com/2019/05/20/books/berlin-germany-krumulus.html)
O texto a seguir é referência para a questão.
How the American Dream has changed
The phrase ‘American Dream’ was officially coined just under 90 years ago in a book called The Epic of America by James Truslow Adams. He argued it was “that dream of a land in which life should be better and richer and fuller for everyone, with opportunity for each according to ability or achievement.”
Today: No single American Dream?
For some today the American Dream means a chance for fame and celebrity, while for others it means succeeding through the old adage of family values and hard work. Still others believe that the American Dream just represents a world closed to all but the elite with their wealth and contacts […]. Meanwhile, surveys have found that almost half of all millennials believe the American Dream is dead. In an ever-changing country, the idea of what the American Dream means to different people is changing too.
(Disponível em: https://www.msn.com/en-us/news/other/what-the-american-dream-looked-like-the-decade-you-were-born/ss-AABbxjy)
In the first sentence of the text, the underlined words mean that ‘American Dream’ was:
O texto a seguir é referência para a questão.
How the American Dream has changed
The phrase ‘American Dream’ was officially coined just under 90 years ago in a book called The Epic of America by James Truslow Adams. He argued it was “that dream of a land in which life should be better and richer and fuller for everyone, with opportunity for each according to ability or achievement.”
Today: No single American Dream?
For some today the American Dream means a chance for fame and celebrity, while for others it means succeeding through the old adage of family values and hard work. Still others believe that the American Dream just represents a world closed to all but the elite with their wealth and contacts […]. Meanwhile, surveys have found that almost half of all millennials believe the American Dream is dead. In an ever-changing country, the idea of what the American Dream means to different people is changing too.
(Disponível em: https://www.msn.com/en-us/news/other/what-the-american-dream-looked-like-the-decade-you-were-born/ss-AABbxjy)
According to the text, it is correct to say that James Truslow Adams:
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How the American Dream has changed
The phrase ‘American Dream’ was officially coined just under 90 years ago in a book called The Epic of America by James Truslow Adams. He argued it was “that dream of a land in which life should be better and richer and fuller for everyone, with opportunity for each according to ability or achievement.”
Today: No single American Dream?
For some today the American Dream means a chance for fame and celebrity, while for others it means succeeding through the old adage of family values and hard work. Still others believe that the American Dream just represents a world closed to all but the elite with their wealth and contacts […]. Meanwhile, surveys have found that almost half of all millennials believe the American Dream is dead. In an ever-changing country, the idea of what the American Dream means to different people is changing too.
(Disponível em: https://www.msn.com/en-us/news/other/what-the-american-dream-looked-like-the-decade-you-were-born/ss-AABbxjy)
According to the part of the text that starts with “For some today the American Dream…”, how many different meanings can be related to the American Dream today?
O texto a seguir é referência para a questão.
How the American Dream has changed
The phrase ‘American Dream’ was officially coined just under 90 years ago in a book called The Epic of America by James Truslow Adams. He argued it was “that dream of a land in which life should be better and richer and fuller for everyone, with opportunity for each according to ability or achievement.”
Today: No single American Dream?
For some today the American Dream means a chance for fame and celebrity, while for others it means succeeding through the old adage of family values and hard work. Still others believe that the American Dream just represents a world closed to all but the elite with their wealth and contacts […]. Meanwhile, surveys have found that almost half of all millennials believe the American Dream is dead. In an ever-changing country, the idea of what the American Dream means to different people is changing too.
(Disponível em: https://www.msn.com/en-us/news/other/what-the-american-dream-looked-like-the-decade-you-were-born/ss-AABbxjy)
One meaning described in the paragraph related to the American Dream today is that: