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Prova FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Taquígrafo Especialista


ID
3453478
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

Lagoa 

Eu não vi o mar.

Não sei se o mar é bonito,

não sei se ele é bravo.

O mar não me importa. 


Eu vi a lagoa.

A lagoa, sim.

A lagoa é grande

e calma também. 


Na chuva de cores

da tarde que explode

a lagoa brilha

a lagoa se pinta

de todas as cores.

Eu não vi o mar.

Eu vi a lagoa...  


(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia 1930-62. São Paulo, Cosac Naify, 2012, p. 79)

Uma interpretação adequada do poema está expressa em:

Alternativas
Comentários
  • É como se o mar fosse algo inalcançável para ele (Intangível), mas a lagoa esta próximo a realidade dele (tangível)

    Gab A

  • Que viagem é essa...


ID
3453481
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

Lagoa 

Eu não vi o mar.

Não sei se o mar é bonito,

não sei se ele é bravo.

O mar não me importa. 


Eu vi a lagoa.

A lagoa, sim.

A lagoa é grande

e calma também. 


Na chuva de cores

da tarde que explode

a lagoa brilha

a lagoa se pinta

de todas as cores.

Eu não vi o mar.

Eu vi a lagoa...  


(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia 1930-62. São Paulo, Cosac Naify, 2012, p. 79)

Acerca da linguagem empregada no poema, está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Considera-se que uma frase contém mais de uma oração quando há nela mais de um verbo ou expressão verbal, ainda que apenas subentendido. Exemplo:

    1ª oração – Isso está certo

    2ª oração — ou não (está certo)?

    A segunda é uma oração elíptica, porque foi omitida uma expressão que o contexto linguístico permite retomar e, visto que é introduzida pela conjunção «ou», classifica-se como coordenada disjuntiva.

    Há, portanto, duas orações coordenadas na frase apresentada.'

    Fonte: Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/uma-oracao-elitica/34727 (acessado em 01/09/2020).

  • a) A vírgula no sexto verso − A lagoa, sim. − serve ao propósito de sinalizar a presença de uma estrutura elípticaCerto

    OBS: algumas bancas não realizam distinções entre elipse e zeugma. Quando querem cobrar tal conhecimento na questão, deixam isso claro.

    A lagoa, (ela) sim

    b) Se os dois períodos iniciais do poema forem reescritos em um único, com as devidas alterações, a relação de sentido original será preservada pelo acréscimo de conquanto entre o primeiro e o segundo versos. Errado

     

    “Eu não vi o mar, conquanto não sei se o mar é bonito - errado

    “Eu não vi o mar, e não sei se o mar é bonito - certo

    c) A frase O mar não me importa está tão em conformidade com a norma-padrão da língua quanto a frase “O mar não importa ”. Errado

     

    Inexiste crase diante de pronomes oblíquos.

    d) As reticências no último verso do poema reiteram  que se desenvolve progressivamente ao longo dos versos. Errado

     

    Se existisse “tom de lamentação”, isso poderia ocorrer na primeira estrofe.

    Já na segunda e terceira o sentimento é outro.

    As reticências ressaltam a imensidão da lagoa

    e) O pronome se em a lagoa se pinta  que a observada em “Maria e João se ofenderam mutuamente em uma discussão na rede social”. Errado

     

    a lagoa se pinta – o <se> é pronome reflexivo

    Maria e João se ofenderam - o <se> é pronome recíproco.

  • GAB A.

    a) A vírgula no sexto verso − A lagoa, sim. − serve ao propósito de sinalizar a presença de uma estrutura elípticaCerto

    Elipse: omissão de um termo não mencionado anteriormente. A identificação é fácil em virtude do contexto

    Zeugma: é a omissão de um termo já mencionado. É um subtipo de elipse

     

    OBS: algumas bancas não realizam distinções entre elipse e zeugma. Quando querem cobrar tal conhecimento na questão, deixam isso claro.

    A lagoa, (ela) sim

    • a elipse de “ela” – pronome que retoma lagoa.
    • uma das funções da vírgula é justamente indicar a omissão de termo

    __________________________________________________________________________________________________

    b) Se os dois períodos iniciais do poema forem reescritos em um único, com as devidas alterações, a relação de sentido original será preservada pelo acréscimo de conquanto entre o primeiro e o segundo versos. Errado

    “Eu não vi o mar, conquanto não sei se o mar é bonito - errado

    • relação de contraste 

    “Eu não vi o mar, e não sei se o mar é bonito - certo

    • a relação existente é de adição

    __________________________________________________________________________________________________

    c) A frase O mar não me importa está tão em conformidade com a norma-padrão da língua quanto a frase “O mar não importa ”. Errado

    Inexiste crase diante de pronomes oblíquos.

    __________________________________________________________________________________________________

    d) As reticências no último verso do poema reiteram  que se desenvolve progressivamente ao longo dos versos. Errado

    Se existisse “tom de lamentação”, isso poderia ocorrer na primeira estrofe.

    Já na segunda e terceira o sentimento é outro.

    As reticências ressaltam a imensidão da lagoa

    __________________________________________________________________________________________________

    e) O pronome se em a lagoa se pinta  que a observada em “Maria e João se ofenderam mutuamente em uma discussão na rede social”. Errado

     

    a lagoa se pinta – o <se> é pronome reflexivo

    • a ação do sujeito recai sobre ele próprio
    • dica: trocar por “a si mesmo(a)”
    • a lagoa pinta a si mesma”

    Maria e João se ofenderam - o <se> é pronome recíproco.

    • a ação do sujeito é mutua sobre dois ou mais indivíduos.

    FONTE PROF. EDERSON JUNIOR


ID
3453484
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.


   A crítica sistemática da ligação entre discurso e poder adquire plena evidência na Idade Moderna, sobretudo a partir da luta que a cultura renascentista empreende contra a força da tradição eclesiástica e contra os preconceitos da nobreza e da monarquia por direito divino. 

     O combate acendeu-se à medida que o conhecimento científico precisou enfrentar a ditadura do magister dixit1 aristotélico relançada pela Contrarreforma. A ciência cumpria então o objetivo de instaurar os métodos confiáveis da experiência e da indução e os procedimentos da dedução matemática. Para tanto, era necessário dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física. 

    Remover o princípio de autoridade foi a tarefa que se propuseram Erasmo e Rabelais, precedidos pela perícia filológica dos humanistas italianos do século XV. Lorenzo Valla, entre outros tantos, examinou documentos medievais e desmentiu a versão canônica da doação das terras vaticanas que o imperador Constantino teria feito ao bispo de Roma. A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”; um texto forjado, portanto, cuja língua não correspondia ao estilo oficial romano do século IV. 

    A denúncia das correntes hegemônicas, expressa em geral em tom satírico, terá sido o primeiro passo para constituir uma noção crítica de ideologia, antes mesmo do aparecimento do termo, que é do fim do século XVIII. O Dictionnaire étymologique2 de Albert Dauzat dá como seu criador o filósofo Destutt de Tracy, em 1796. 

    A ruptura de um grupo intelectual ou de um movimento político com o estilo de pensar dominante abre neste a ferida do dissenso. Um pensamento de oposição traz consigo o momento da negatividade, contesta a autoridade, tida por natural, do poder estabelecido, acusa as suas incoerências e, muitas vezes, assume estrategicamente o olhar de um outro capaz de erodir a pseudovalidade do discurso corrente. Os períodos de crise cultural engendraram a suspeita de que pode não ser verdadeiro ou justo o sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas. 


(Trecho citado de: BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo, Companhia das Letras, 2010, p. 13-14.) 


1 magister dixit: expressão latina que equivale a “o mestre disse”;

2 Dictionnaire étymologique: Dicionário etimológico.  

A partir das informações do texto, conclui-se corretamente:

Alternativas
Comentários
  • Segundo parágrafo

     O combate acendeu-se à medida que o conhecimento científico precisou enfrentar a ditadura do magister dixit1 aristotélico relançada pela Contrarreforma. A ciência cumpria então o objetivo de instaurar os métodos confiáveis da experiência e da indução e os procedimentos da dedução matemática.

    Gab D


ID
3453487
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.


   A crítica sistemática da ligação entre discurso e poder adquire plena evidência na Idade Moderna, sobretudo a partir da luta que a cultura renascentista empreende contra a força da tradição eclesiástica e contra os preconceitos da nobreza e da monarquia por direito divino. 

     O combate acendeu-se à medida que o conhecimento científico precisou enfrentar a ditadura do magister dixit1 aristotélico relançada pela Contrarreforma. A ciência cumpria então o objetivo de instaurar os métodos confiáveis da experiência e da indução e os procedimentos da dedução matemática. Para tanto, era necessário dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física. 

    Remover o princípio de autoridade foi a tarefa que se propuseram Erasmo e Rabelais, precedidos pela perícia filológica dos humanistas italianos do século XV. Lorenzo Valla, entre outros tantos, examinou documentos medievais e desmentiu a versão canônica da doação das terras vaticanas que o imperador Constantino teria feito ao bispo de Roma. A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”; um texto forjado, portanto, cuja língua não correspondia ao estilo oficial romano do século IV. 

    A denúncia das correntes hegemônicas, expressa em geral em tom satírico, terá sido o primeiro passo para constituir uma noção crítica de ideologia, antes mesmo do aparecimento do termo, que é do fim do século XVIII. O Dictionnaire étymologique2 de Albert Dauzat dá como seu criador o filósofo Destutt de Tracy, em 1796. 

    A ruptura de um grupo intelectual ou de um movimento político com o estilo de pensar dominante abre neste a ferida do dissenso. Um pensamento de oposição traz consigo o momento da negatividade, contesta a autoridade, tida por natural, do poder estabelecido, acusa as suas incoerências e, muitas vezes, assume estrategicamente o olhar de um outro capaz de erodir a pseudovalidade do discurso corrente. Os períodos de crise cultural engendraram a suspeita de que pode não ser verdadeiro ou justo o sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas. 


(Trecho citado de: BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo, Companhia das Letras, 2010, p. 13-14.) 


1 magister dixit: expressão latina que equivale a “o mestre disse”;

2 Dictionnaire étymologique: Dicionário etimológico.  

Há correspondência de sentido entre as seguintes expressões empregadas no texto:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: c)versão canônica (3o parágrafo); sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas (último parágrafo).

    "Lorenzo Valla, entre outros tantos, examinou documentos medievais e desmentiu a versão canônica da doação das terras vaticanas que o imperador Constantino teria feito ao bispo de Roma. A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”; um texto forjado, portanto, cuja língua não correspondia ao estilo oficial romano do século IV. "

    "Os períodos de crise cultural engendraram a suspeita de que pode não ser verdadeiro ou justo o sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas." 


ID
3453490
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.


   A crítica sistemática da ligação entre discurso e poder adquire plena evidência na Idade Moderna, sobretudo a partir da luta que a cultura renascentista empreende contra a força da tradição eclesiástica e contra os preconceitos da nobreza e da monarquia por direito divino. 

     O combate acendeu-se à medida que o conhecimento científico precisou enfrentar a ditadura do magister dixit1 aristotélico relançada pela Contrarreforma. A ciência cumpria então o objetivo de instaurar os métodos confiáveis da experiência e da indução e os procedimentos da dedução matemática. Para tanto, era necessário dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física. 

    Remover o princípio de autoridade foi a tarefa que se propuseram Erasmo e Rabelais, precedidos pela perícia filológica dos humanistas italianos do século XV. Lorenzo Valla, entre outros tantos, examinou documentos medievais e desmentiu a versão canônica da doação das terras vaticanas que o imperador Constantino teria feito ao bispo de Roma. A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”; um texto forjado, portanto, cuja língua não correspondia ao estilo oficial romano do século IV. 

    A denúncia das correntes hegemônicas, expressa em geral em tom satírico, terá sido o primeiro passo para constituir uma noção crítica de ideologia, antes mesmo do aparecimento do termo, que é do fim do século XVIII. O Dictionnaire étymologique2 de Albert Dauzat dá como seu criador o filósofo Destutt de Tracy, em 1796. 

    A ruptura de um grupo intelectual ou de um movimento político com o estilo de pensar dominante abre neste a ferida do dissenso. Um pensamento de oposição traz consigo o momento da negatividade, contesta a autoridade, tida por natural, do poder estabelecido, acusa as suas incoerências e, muitas vezes, assume estrategicamente o olhar de um outro capaz de erodir a pseudovalidade do discurso corrente. Os períodos de crise cultural engendraram a suspeita de que pode não ser verdadeiro ou justo o sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas. 


(Trecho citado de: BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo, Companhia das Letras, 2010, p. 13-14.) 


1 magister dixit: expressão latina que equivale a “o mestre disse”;

2 Dictionnaire étymologique: Dicionário etimológico.  

A ruptura de um grupo intelectual ou de um movimento político com o estilo de pensar dominante abre neste a ferida do dissenso.

Nesse trecho do último parágrafo, a palavra dissenso é empregada com o sentido de

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA E CORRETA

    Dissensão:

    1 Divergência de opiniões ou interesses; falta de concordância a respeito de (alguma coisa); discrepância, divisão.

    2 Situação de conflito e desavença; litígio, disputa.

    3 Qualidade daquilo que discrepa; oposição.

    A) Extremismo: Corrente de pensamento que impele à adoção de medidas extremas para resolver os problemas sociais; radicalismo.

    B) incúria: 1 Falta de aplicação ou de cuidado; desleixo, negligência: “Não era só o chão; os trastes tinham a crosta da incúria” (MA4).2 Falta de atividade ou de iniciativa; inação, inércia.

    C) Ataraxia: 1 FILOS De acordo com os pensadores cépticos, epicuristas e estoicos, ausência de inquietações ou perturbações do espírito, algo que só ocorre quando o indivíduo tem o domínio dos desejos, das paixões, juntamente com a renúncia aos objetivos considerados inatingíveis. 2 POR EXT Sensação de tranquilidade ou de serenidade. 3 POR EXT Comportamento apático; apatia, indiferença. 4 MED, POR EXT Estado de tranquilidade obtido pelo uso de calmante.

    D)Ingerência: Ato ou efeito de ingerir(-se); influência, intervenção, intromissão.

    E)Discrepância: sf V, acepção.

    Fonte:

    Dicionário Michaelis ()


ID
3453493
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.


   A crítica sistemática da ligação entre discurso e poder adquire plena evidência na Idade Moderna, sobretudo a partir da luta que a cultura renascentista empreende contra a força da tradição eclesiástica e contra os preconceitos da nobreza e da monarquia por direito divino. 

     O combate acendeu-se à medida que o conhecimento científico precisou enfrentar a ditadura do magister dixit1 aristotélico relançada pela Contrarreforma. A ciência cumpria então o objetivo de instaurar os métodos confiáveis da experiência e da indução e os procedimentos da dedução matemática. Para tanto, era necessário dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física. 

    Remover o princípio de autoridade foi a tarefa que se propuseram Erasmo e Rabelais, precedidos pela perícia filológica dos humanistas italianos do século XV. Lorenzo Valla, entre outros tantos, examinou documentos medievais e desmentiu a versão canônica da doação das terras vaticanas que o imperador Constantino teria feito ao bispo de Roma. A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”; um texto forjado, portanto, cuja língua não correspondia ao estilo oficial romano do século IV. 

    A denúncia das correntes hegemônicas, expressa em geral em tom satírico, terá sido o primeiro passo para constituir uma noção crítica de ideologia, antes mesmo do aparecimento do termo, que é do fim do século XVIII. O Dictionnaire étymologique2 de Albert Dauzat dá como seu criador o filósofo Destutt de Tracy, em 1796. 

    A ruptura de um grupo intelectual ou de um movimento político com o estilo de pensar dominante abre neste a ferida do dissenso. Um pensamento de oposição traz consigo o momento da negatividade, contesta a autoridade, tida por natural, do poder estabelecido, acusa as suas incoerências e, muitas vezes, assume estrategicamente o olhar de um outro capaz de erodir a pseudovalidade do discurso corrente. Os períodos de crise cultural engendraram a suspeita de que pode não ser verdadeiro ou justo o sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas. 


(Trecho citado de: BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo, Companhia das Letras, 2010, p. 13-14.) 


1 magister dixit: expressão latina que equivale a “o mestre disse”;

2 Dictionnaire étymologique: Dicionário etimológico.  

O combate acendeu-se à medida que o conhecimento científico precisou enfrentar a ditadura do magister dixit aristotélico relançada pela Contrarreforma. A ciência cumpria então o objetivo de instaurar os métodos confiáveis da experiência e da indução e os procedimentos da dedução matemática. Para tanto, era necessário dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física. (2o parágrafo)

Com relação às expressões sublinhadas no parágrafo transcrito acima, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra "E"

  • Fui por eliminação, e mesmo assim não concordo com o gabarito, uma vez que para mim a o termo "então" se refere à expressão "desse modo/forma"

  • gabarito letra e.

  • Até acertei, mas esse "então", para ser conclusivo, não deveria estar entre vírgulas?


ID
3453496
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.


   A crítica sistemática da ligação entre discurso e poder adquire plena evidência na Idade Moderna, sobretudo a partir da luta que a cultura renascentista empreende contra a força da tradição eclesiástica e contra os preconceitos da nobreza e da monarquia por direito divino. 

     O combate acendeu-se à medida que o conhecimento científico precisou enfrentar a ditadura do magister dixit1 aristotélico relançada pela Contrarreforma. A ciência cumpria então o objetivo de instaurar os métodos confiáveis da experiência e da indução e os procedimentos da dedução matemática. Para tanto, era necessário dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física. 

    Remover o princípio de autoridade foi a tarefa que se propuseram Erasmo e Rabelais, precedidos pela perícia filológica dos humanistas italianos do século XV. Lorenzo Valla, entre outros tantos, examinou documentos medievais e desmentiu a versão canônica da doação das terras vaticanas que o imperador Constantino teria feito ao bispo de Roma. A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”; um texto forjado, portanto, cuja língua não correspondia ao estilo oficial romano do século IV. 

    A denúncia das correntes hegemônicas, expressa em geral em tom satírico, terá sido o primeiro passo para constituir uma noção crítica de ideologia, antes mesmo do aparecimento do termo, que é do fim do século XVIII. O Dictionnaire étymologique2 de Albert Dauzat dá como seu criador o filósofo Destutt de Tracy, em 1796. 

    A ruptura de um grupo intelectual ou de um movimento político com o estilo de pensar dominante abre neste a ferida do dissenso. Um pensamento de oposição traz consigo o momento da negatividade, contesta a autoridade, tida por natural, do poder estabelecido, acusa as suas incoerências e, muitas vezes, assume estrategicamente o olhar de um outro capaz de erodir a pseudovalidade do discurso corrente. Os períodos de crise cultural engendraram a suspeita de que pode não ser verdadeiro ou justo o sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas. 


(Trecho citado de: BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo, Companhia das Letras, 2010, p. 13-14.) 


1 magister dixit: expressão latina que equivale a “o mestre disse”;

2 Dictionnaire étymologique: Dicionário etimológico.  

Remover o princípio de autoridade foi a tarefa que se propuseram Erasmo e Rabelais, precedidos pela perícia filológica dos humanistas italianos do século XV. (3o parágrafo)

Este trecho está corretamente reescrito, no que se refere à norma-padrão da língua, em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    A. A tarefa de (a) que se dedicaram Erasmo e Rabelais foi a de remover o princípio de autoridade; precedendo-lhes (os) a perícia filológica dos humanistas italianos do século XV.

    B. A tarefa a que se lançaram Erasmo e Rabelais foi remover o princípio de autoridade; precedeu-os a perícia filológica dos humanistas italianos do século XV.

    C. Erasmo e Rabelais deteram-se (detiveram-se) à tarefa de remover o princípio de autoridade, sendo que (os) precedeu-os a perícia filológica dos humanistas italianos do século XV.

    D. A perícia filológica dos humanistas italianos do século XV precedeu Erasmo e Rabelais, que (se) consagraram-se (com) da tarefa de remover o princípio de autoridade.

    E. A perícia filológica dos humanistas italianos do século XV, precedeu Erasmo e Rabelais, os quais foi atribuída (eles se propuseram, não lhes foi atribuída) a tarefa de remover o princípio de autoridade.


ID
3453499
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.


   A crítica sistemática da ligação entre discurso e poder adquire plena evidência na Idade Moderna, sobretudo a partir da luta que a cultura renascentista empreende contra a força da tradição eclesiástica e contra os preconceitos da nobreza e da monarquia por direito divino. 

     O combate acendeu-se à medida que o conhecimento científico precisou enfrentar a ditadura do magister dixit1 aristotélico relançada pela Contrarreforma. A ciência cumpria então o objetivo de instaurar os métodos confiáveis da experiência e da indução e os procedimentos da dedução matemática. Para tanto, era necessário dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física. 

    Remover o princípio de autoridade foi a tarefa que se propuseram Erasmo e Rabelais, precedidos pela perícia filológica dos humanistas italianos do século XV. Lorenzo Valla, entre outros tantos, examinou documentos medievais e desmentiu a versão canônica da doação das terras vaticanas que o imperador Constantino teria feito ao bispo de Roma. A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”; um texto forjado, portanto, cuja língua não correspondia ao estilo oficial romano do século IV. 

    A denúncia das correntes hegemônicas, expressa em geral em tom satírico, terá sido o primeiro passo para constituir uma noção crítica de ideologia, antes mesmo do aparecimento do termo, que é do fim do século XVIII. O Dictionnaire étymologique2 de Albert Dauzat dá como seu criador o filósofo Destutt de Tracy, em 1796. 

    A ruptura de um grupo intelectual ou de um movimento político com o estilo de pensar dominante abre neste a ferida do dissenso. Um pensamento de oposição traz consigo o momento da negatividade, contesta a autoridade, tida por natural, do poder estabelecido, acusa as suas incoerências e, muitas vezes, assume estrategicamente o olhar de um outro capaz de erodir a pseudovalidade do discurso corrente. Os períodos de crise cultural engendraram a suspeita de que pode não ser verdadeiro ou justo o sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas. 


(Trecho citado de: BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo, Companhia das Letras, 2010, p. 13-14.) 


1 magister dixit: expressão latina que equivale a “o mestre disse”;

2 Dictionnaire étymologique: Dicionário etimológico.  

A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”... (3oparágrafo)

Apresenta a mesma função sintática do segmento sublinhado no trecho o que também está sublinhado em

Alternativas
Comentários
  • A sua análise linguística provou que o latim do diploma de doação era “bárbaro”... (3oparágrafo)

    (função de sujeito)

    Para tanto, era necessário dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física. (2o parágrafo)

    (função de sujeito)

    Invertendo:

    Isto era necessário

    Qualquer divergência me manda mensagem ai.

  • GABARITO D

    ANÁLISE DO TEXTO

    A sua análise linguística = Função de Sujeito da Oração

    JUSTIFICATIVA

    a) o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física = Função de Objeto Direito

    b) ao estilo oficial romano do século IV = Função de Objeto Indireto

    c) a suspeita de que pode não ser verdadeiro ou justo o sistema de valores que “toda gente” admite sem maiores dúvidas = Função de Objeto Direito

    d) dissipar a névoa cerrada dos falsos conceitos que impediam o exercício do olhar racional da nova Astronomia e da nova Física = Função de Sujeito

    e) que o imperador Constantino teria feito ao bispo de Roma = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva


ID
3453502
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase redigida em conformidade com a norma-padrão é:

Alternativas
Comentários
  • Seguem-se as correções:

    a) atento as [às] formulações [...]

    c) contra-ideológicas

    d) Partindo do pressuposto [de] que os diversos conceitos de ideologia fazem parte [...]

    e) Ao final do livro, Bosi analisa a obra de Machado de Assis em quanto [enquanto] um intérprete do Brasil que denunciou, [vírgula inadequada] a ideologia excludente do liberalismo oligarquico.

  • Acrescentando o comentário:

    d) CRUSCIAIS - cruciais

  • parte do pressuposto DE QUE.

    e a ortografia correta é cruciais

    enquanto

  • A- Atento as (às) formulações de clássicos da sociologia, Bosi investiga a dinâmica de inúmeros discursos, por vezes antagônicos que muita influência exerce sobre a sociedade moderna.

    Atento pode ser seguido das preposições aempara.

    B- No livro, Alfredo Bosi discute as relações culturais entre Brasil e Europa e, ao fazê-lo, remete a obras seminais de pensadores como Joaquim Nabuco e Celso Furtado.

    C- Bosi discorre acerca de autores essenciais da filosofia, política e literatura universais; destacando as estratégias contraideológicas que se valeram visando à combater (visando combater) o pensamento hegemônico.

    crase não deve ser empregada junto a verbos.

    D- Partindo do pressuposto (de) que os diversos conceitos de ideologia fazem parte de uma mesma esfera de significação, Bosi analisa discursos crusciais (cruciais) para a formação da identidade ocidental.

    E- Ao final do livro, Bosi analisa a obra de Machado de Assis em quanto (enquanto) um intérprete do Brasil que denunciou, (não se usa vírgula entre o verbo e seus complementos) a ideologia excludente do liberalismo oligarquico (oligárquico - proparoxítona) .

  • Na expressão "visando a combater", trata-se de verbo que exige preposição. Como, logicamente, não há artigo antes de verbo, incabível o uso da crase.

  • O prefixo contra-, após a reforma ortográfica, passou a ser separado do segundo elemento por hífen somente nos casos em que este inicia por "a" ou "h".

    Caso o segundo elemento inicie com a consoante "s" ou "r", é necessário dobrá-la, sem usar hífen. Nos demais casos, não devemos usar o hífen. 


ID
3453505
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Redação Oficial
Assuntos

Está escrito com clareza e em conformidade com o que se exige em comunicações oficiais o que se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • No corpo do texto, o tratamento é vossa excelência, para quase todos, e VOSSA SENHORIA para "outros postos militares".
  • Esta é uma questão que exige do candidato conhecimento referente à clareza e as determinações estabelecidas pelo manual de redação.
    Tendo em vista que o pronome Vossa Excelência deve ser empregado apenas em comunicações enviadas para autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário, já conseguimos eliminar as alternativas A e B, pois elas fazem uso de tal pronome sem que os textos sejam destinados para as autoridades citadas. Além disso, a crase empregada em "à partir" e "à de Vossa Excelência" é incorreta. 
    De acordo com o manual, para se comunicar diretamente com o receptor, deve ser empregado o pronome Vossa Senhoria.  Além disso, os pronomes possessivos devem ser usados para se referir aos pronomes de tratamento. Nesse sentido, constatamos que as alternativas D e E, que fazem uso de "Sua Senhoria" e "Sua Excelência", estão incorretas, pois não estão de acordo com as regras da redação oficial.
    Verificamos que o texto da letra C é claro e está em conformidade com o que é exigido nas comunicações oficiais: as palavras estão grafadas corretamente, bem como a vírgula, a acentuação e o pronome de tratamento foram empregados de forma devida. Além disso, nenhum dos atributos da redação oficial foi violado. Portanto, esta é a alternativa correta.


    Gabarito do professor: Letra C.


  • Erros que identifiquei:

    A) Errada. A palavra "convidada" deveria concordar com o sujeito a que se refere "Vossa Excelência", que é masculino.

    B) Errada. "...Excetuando-se à de Vossa Excelência". Não há crase nessa situação, pois o "a" é apenas um artigo que determina "assinatura", que está implícita na frase.

    C) Certa.

    D) "Informamos a Sua Senhoria..."... Não há crase aqui. Além disso, o verbo atender é transitivo indireto, logo no trecho "... apenas estaremos atendendo as solicitações de equipamento" deveria haver crase.

    E) A grafia correta da palavra escrita como "emplementação" é "implementação".

  • Errei porquê achei que não usava mais Senhoria. Confundi com Digníssimo e Ilustríssimo. Depois que vi o erro da que marquei.

    Vida e estudos que seguem.

    Deus no comando!


ID
3453508
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

11. As formas verbais estão empregadas de modo a garantir a correção e a coesão da frase em:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A para os não assinantes.

  • Essa letra A gente marca rezando. Que construção mais esquisita é essa

  • Essa letra A nem nos meus pesadelos marcaria uma questão desta.

  • Concordo com a Marcia! hahahahaha

  • Rapaz, que prova tensa.

  • GABARITO A

    A. Se se deseja expressar opinião sobre assuntos legislativos ou administrativos, é aconselhável que se entre em contato com a Ouvidoria por meio deste site.

    B. Caso houverem (houvesse) mais do que 10% (dez por cento) de reclamações, o projeto seria enviado a uma nova comissão avaliadora.

    C. A proteção e a integração de idosos constituem (constitui) um compromisso dessa Câmara, assim como se devessem (deve) cuidar de quaisquer outros cidadãos.

    D. O uso do solo urbano ou rural, embora sejam (seja, está se referindo ao uso) de relevância para a população local, não integram (integra) a lista de assuntos a serem tratados em reunião.

    E. Competem (compete) à Câmara Legislativa do Distrito Federal propor e aprovar leis, bem como são de sua competência fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo.

  • Errei!

    Pensei que essa letra C se encaixava na regra do sujeito composto, que quando apresenta dois ou mais núcleos, o verbo fica no plural. 

  • Gab. A

    Ao meu ver a letra C ficaria:

    C. A proteção e a integração de idosos constituem (constitui) um compromisso dessa Câmara, assim como se devessem (deve) cuidar de quaisquer outros cidadãos.

    Constituem - Concordando com sujeito composto

    Deve - Concordando com o sujeito "se" que substitui a Câmara.

    Por favor, se estiver incorreto me avisem!

    Obrigado!

  • FCC ama um Se se


ID
3453511
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Está redigido corretamente, no que se refere à pontuação, o que se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • QCONCUSO LIXO não comenta as questões

  • A

    Mas por que não é a B?

  • A letra B está incorreta porque a vígula separa o sujeito da oração ( os convites) do verbo ( deverão).


ID
3453514
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Segundo o que dispõe a Constituição Federal de 1988 e à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal acerca das ações garantidoras de direitos fundamentais,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa certa letra E.

    Art. 5º - inciso LXXIII - da CF- "qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento das custas judiciais e do ônus da sucumbência".

  • Súmula 693-STFNão cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

  • Erro da letra B

    Art. 5º, LXIX, CF/88, “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.

  • Trata-se de questão acerca dos direitos individuais e coletivos.

    Vamos às alternativas.

    A) conceder-se-á habeas data sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

    ERRADO. A alternativa enuncia a função do mandado de injunção: “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania" (art. 5º LXXI).

    B) conceder-se-á habeas corpus para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

    ERRADO. A alternativa enuncia a função do mandado de segurança: “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público" (art. 5º LXIX).

    C) é cabível a utilização de habeas corpus para a correção de qualquer ilegalidade, ainda que não implique a coação ou a ameaça de coação à liberdade de ir e vir. 

    ERRADO. O habeas corpus só será cabível quando estiver em risco a liberdade de locomoção do indivíduo: “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder" (art. 5º LXVIII).

    D) é cabível o habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

    ERRADO. Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada (Súmula 693 do STF).

    E) qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

    CERTO. Conforme o art. 5º, LXXIII, da Constituição Federal: “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência".

    GABARITO DO PROFESSOR: Letra E.

  • Questão pediu nada menos que a literalidade do Art. 5º LXXIII CF/88

    "qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento das custas judiciais e do ônus da sucumbência".

  • a) remédio cabível é o mandado de injunção;

    b) mandado de segurança;

    c) habeas corpus--> somente cabível quando existe a ameaça de coação do direito de ir e vir ou ela já foi concretizada.

    d) Súmula 693-STFNão cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

  • não cabe HC contra pena de multa

  • AS RESPOSTAS ENCONTRAM-SE NO ART. 5°, CF

    ALTERNATIVA CORRETA: E

    A

    conceder-se-á habeas data sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

    LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

    B

    conceder-se-á habeas corpus para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

    LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por  habeas corpus  ou  habeas data  , quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

    C

    é cabível a utilização de habeas corpus para a correção de qualquer ilegalidade, ainda que não implique a coação ou a ameaça de coação à liberdade de ir e vir.

    LXVIII - conceder-se-á  habeas corpus  sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

    D

    é cabível o habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

    LXVIII - conceder-se-á  habeas corpus  sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

    E

    qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

    LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

  • Gabarito: E

    Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

    PORTANTO, visa anular ato lesivo aos: 2MP4

    • Meio ambiente;
    • Moralidade administrativa;
    • PATRIMÔNIO Público;
    • PATRIMÔNIO de Entidade que o Estado participe;
    • PATRIMÔNIO Histórico;
    • PATRIMÔNIO Cultural;

  • GABARITO: Letra E.

    A) conceder-se-á habeas data sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

    ERRADO. A alternativa enuncia a função do mandado de injunção: “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania" (art. 5º LXXI).

    B) conceder-se-á habeas corpus para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

    ERRADO. A alternativa enuncia a função do mandado de segurança: “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público" (art. 5º LXIX).

    C) é cabível a utilização de habeas corpus para a correção de qualquer ilegalidade, ainda que não implique a coação ou a ameaça de coação à liberdade de ir e vir. 

    ERRADO. O habeas corpus só será cabível quando estiver em risco a liberdade de locomoção do indivíduo: “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder" (art. 5º LXVIII).

    D) é cabível o habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

    ERRADO. Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada (Súmula 693 do STF).

    E) qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

    CERTO. Conforme o art. 5º, LXXIII, da Constituição Federal: “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência".


ID
3453517
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Nos termos da Constituição Federal, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

Alternativas
Comentários
  • As demais alternativas são exemplos de competência exclusiva da União (art. 21 da CF/88).

  • GABARITO: C

    Constituição Federal

    Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

    -------------------------------------------------------------

    Art. 21. Compete à União (Competência Exclusiva):

    XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; (LETRA A)

    XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (LETRA B)

    XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; (LETRA E)

    XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; (LETRA D)

  • Alguém pode explicar a lógica por trás de estabelecer como comp exclusiva a promoção contra calamidades públicas?

  • Essa foi para quebrar as pernas de quem fixa que competência comum começa com verbo.

    Entre as competências comuns não tem planejar; instituir e organizar. (mais um aprendizado)

    Gabarito: C

  • GABARITO C

    Art 23: Competência Comum dos Entes Federados:

    IX- promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

    O restante é tudo EXCLUSIVA da União.

  • Trata-se de questão acerca da organização do Estado – distribuição de competências.

    Vamos às alternativas.

    A) planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações.

    ERRADO. É competência exclusiva da União (art. 21, inciso XVIII).

    B) instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso.

    ERRADO. É competência exclusiva da União (art. 21, inciso XIX).

    C) promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. 

    CERTO. É competência comum, prevista no art. 23, inciso IX da Constituição.

    D) organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.

    ERRADO. É competência exclusiva da União (art. 21, inciso XXIV).

    E) instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.

    ERRADO. É competência exclusiva da União (art. 21, inciso XX).

    GABARITO DO PROFESSOR: Letra C.

  • uma dica, sempre que a assertiva tiver por "diretrizes", ter cautela, pois, quase sempre é competência da União!

  • Questão fácil quando se acaba de estudar o assunto, no entanto difícil quando você está no momento da prova e tendo que ter o “feeling” sobre os detalhes de várias disciplinas.

    Gabarito: C

  • DICA: Verbos da competência comum são carinhosos: cuidar, zelar, proteger, impedir, preservar, etc

  • c

    Art. 23, IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;  

  • Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

    I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

    II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;         

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

    IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

    V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;      

    VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

    VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

    VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

    IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;     

    X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

    XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

    XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

    Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.  

  • Só para avisar que depois da suspensão da PCRN, estou com ódio, porém, só de raiva vou estudar mais uma hora por dia e responder 50 questões a mais.

    Deus está vendo, nossa luta, nós trancado e a turma bebendo cachaça e as provas sendo adiadas, ou seja, menos pessoas contratadas para o serviço publico.

    Quem perde é a sociedade, e eu, claro que estou liso.

  • Essa, vc vai por exclusão das competências exclusivas da união.


ID
3453520
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considere as assertivas acerca do que dispõe a Constituição Federal sobre as normas relativas à organização político-administrativa dos Municípios.

I. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
II. Compete aos Municípios manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil, ensino fundamental, médio e superior.
III. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal. IV. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
V. A eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, ocorrerá mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o país.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal,

  • Resposta correta letra B, assertivas I, IV e V.

    Assertiva I - Redação do art. 31, caput, da CF - "A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da Lei". (Correta)

    Assertiva II - Art. 30, inciso IV, da CF - "Compete aos municípios: IV- manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental". médio e superior (errada).

    Assertiva III - Art. 29, CF - "O Município reger-se-a por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por dois terços (e não maioria absoluta) dos membros da Câmara Municipal...". (Errada)

    Assertiva IV - Art. 31, parágrafo 1º, CF- "O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver". (Correta)

    Assertiva V - Art 29, inciso I, CF- "A eleição do Prefeito, do Vice-prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País". (Correta)

  • Município = Lei DDD

    Dois turnos

    Dez Dias

    Dois Terços

  • I. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

    II. Compete aos Municípios manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil, ensino fundamental, médio e superior.

    III. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

    IV. O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

    V. A eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, ocorrerá mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o país.

  • Vamos analisar as alternativas:
    - alternativa I: correta. A afirmativa reproduz o caput do art. 31 da CF/88: "A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei".
    - alternativa II: errada. Cabe aos municípios, nos termos do art. 30, VI, manter programas de educação infantil e de ensino fundamental, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado.
    - alternativa III: errada. De acordo com o art. 29, a aprovação deve sedar por dois terços, não por maioria absoluta: "O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado [...]".
    - alternativa IV: correta. A alternativa reproduz o disposto no art. 31, §1º da CF/88: "O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver".
    - alternativa V: correta. A alternativa reproduz o disposto no art. 29, I da CF/88: "eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País".

    Estão corretas as afirmativas I, IV e V e, assim, a resposta correta é a letra B. 

    Gabarito: a resposta é a LETRA B. 




  • É sacanagem o erro da 2 assertiva... em um concurso cheio de matérias lembrar que a cf/88 não elenca ensino médio e superior é f***!! Mas fazer o que, concurso é isso.

  • Resposta correta letra B, assertivas I, IV e V.

    Assertiva I - Redação do art. 31, caput, da CF - "A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da Lei". (Correta)

    Assertiva II - Art. 30, inciso IV, da CF - "Compete aos municípios: IV- manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental". médio e superior (errada).

    Assertiva III - Art. 29, CF - "O Município reger-se-a por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por dois terços (e não maioria absoluta) dos membros da Câmara Municipal...". (Errada)

    Assertiva IV - Art. 31, parágrafo 1º, CF- "O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver". (Correta)

    Assertiva V - Art 29, inciso I, CF- "A eleição do Prefeito, do Vice-prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País". (Correta)


ID
3453523
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

À luz do que dispõe a Constituição Federal sobre as Limitações do Poder de Tributar, é

Alternativas
Comentários
  • A) Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    VI - instituir impostos sobre:

    b) templos de qualquer culto;

    § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

    B) Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

    C) Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

    V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

    D) Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

    E) Esta é a alternativa correta

    Art. 151. É vedado à União:

    I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

  • Letra da lei

    Art. 151. É vedado à União:

    I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

    GABA E

  • Trata-se de questão acerca do Sistema Tributário Nacional.

    Vamos às alternativas.

    A) vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre templos de qualquer culto, relativos ao seu patrimônio, renda e serviços, ainda que não relacionados com as finalidades essenciais das entidades mencionadas.

    ERRADO. para fazerem jus à imunidade de impostos, o patrimônio, renda e serviços devem estar relacionados com as finalidades essenciais das entidades mencionadas (art. 150, §4º).

    B) vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, sendo, permitida, contudo, distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida.

    ERRADO. A Constituição veda expressamente a instituição de tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos (art. 150, II).

    C) permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, além da cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 

    ERRADO. A Constituição veda expressamente o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público (art. 150, V).

    D) permitido aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

    ERRADO. A Constituição veda expressamente o estabelecimento de diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino (art. 152).

    E) vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.

    CERTO. Conforme o art. 151, I, da Constituição Federal, é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.

    GABARITO DO PROFESSOR: Letra E.


ID
3453526
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Dentre as exigências legalmente autorizadas pela Lei no 8.666/1993 a título de qualificação técnica para habilitação em licitações, está a possibilidade de exigir

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

    I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;

    II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;

    III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;

    IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

  • A - Qualificação econômica

    B - Qualificação jurídica

    C - Projeto executivo

    D - Qualificação econômica

    E - GABARITO. Qualificação técnica.

  • Sobre a letra A:

    1) O que se pode exigir para comprovar a boa situação financeira: Capital mínimo e Patrimônio líquido mínimo --> lembrando que o limite é de 10% do valor da contratação e só pode ser exigido quando se tratar de compra com entrega futura ou em obras/serviços (e não em qq situação).

    2) E o que não se pode exigir: Lucro mínimo, Rentabilidade mínima e Faturamento mínimo. Ou seja, deve-se analisar a capacidade de endividamento da empresa para cumprir o contrato e não se ela já possui o dinheiro todo em caixa.

    Vide art 31 - não colei aqui para não ficar muito grande

    Sobre a letra C (que eu e muita gente marcou)

    C) que o licitante demonstre a metodologia de execução, sempre que se tratar de licitação para contratação de obras e serviços.

    Não é sempre: essa qualificação só poderá ser exigida quando envolver grande vulto e alta complexidade técnica.

    Veja: Art. 30, §8º No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos.

    Sobre a letra E: Quando o artigo 30, II diz: "comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características (...)" ele quer dizer Experiência Prévia.

    Vejam: Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;

    Lembrando que (art. 30, §5º) "É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação".

  • A presente questão trata do tema Licitações, disciplinado na Lei 8.666/1993.

    Genericamente, a lei “estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios" – art. 1º.

    O parágrafo único do citado dispositivo complementa: “Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direita, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios".

    Para responder ao questionamento apresentado pela banca, importante ter ciência de que a fase de habilitação se destina à verificação da documentação e de requisitos pessoais dos licitantes . É etapa relacionada às qualidades pessoais dos interessados em licitar.

    Assim, a habilitação tem por finalidade garantir que o licitante, na hipótese de ser o vencedor do certame, tenha condições técnicas, financeiras e idoneidade para adequadamente cumprir o contrato objeto da licitação .

    A fim de garantir a maior competitividade possível à disputa, a Lei 8.666/93 proíbe qualquer exigência supérflua ou desnecessária . Nos termos do art. 27 da citada norma, somente poderá ser exigida dos interessados, para habilitação nas licitações, documentação relativa a:  

    “Art. 27.  Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:

    I - habilitação jurídica ;

    II - qualificação técnica ;

    III - qualificação econômico-financeira ;

    IV - regularidade fiscal e trabalhista ;             

    V - cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.                



    Pois bem. Passemos a analisar cada uma das assertivas:

    A – ERRADA – o §1º do art. 31 da Lei 8.666/93 dispõe: “A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade"

    Tal dispositivo encontra-se inserido na qualificação econômico-financeira, que se dará pela apresentação dos seguintes documentos: (i) balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social; (ii) certidão negativa de falência ou concordata; e (iii) garantia, limitada a 1% do valor estimado do contrato.

    Deste modo, incorreta a assertiva, já que a lei veda expressamente a exigência de valores mínimos de faturamento anterior. Ademais, acaso fosse permitido, isto não comporia a qualificação técnica.


    B – ERRADA – dispõe o art. 30 da Lei 8.666/93:

    “Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a :

    I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;

    II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos ;

    III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;

    IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso".

    Em complementação, preveem os parágrafos do mesmo artigo:

    § 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a:              

    I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente , na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;       

    § 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.

    § 10 Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprovação da capacitação técnico-operacional de que trata o inciso I do § 1º deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação , admitindo-se a substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior , desde que aprovada pela administração .    

    Pela leitura dos dispositivos acima transcritos, é possível perceber que a lei exige a indicação dos membros da equipe técnica responsável pela execução da obra ou serviço, e não necessariamente o nome dos profissionais que cuidarão do contrato.

    Sendo assim, incorreta a assertiva neste ponto.


    C – ERRADA – nos termos do art. 30, § 8º, “No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos".

    Assim, incorreta a letra C, já que a possibilidade de se exigir a metodologia de execução ocorre no caso de obras, serviços e compras de grande vulto e alta complexidade técnica.


    D – ERRADA – inexiste tal exigência na legislação pátria. Acaso houvesse, certamente estaria inserida na qualificação econônico-financeira, que nos termos do art. 31 da Lei 8.666/93, se dará pela apresentação dos seguintes documentos: (i) balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social; (ii) certidão negativa de falência ou concordata; e (iii) garantia, limitada a 1% do valor estimado do contrato.

    Importante destacar ainda, que o § 4º, do art. 31, possibilita ser exigida a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.

    Pelo exposto, incorreta a afirmação da banca, já que não há permissivo legal de exigência de todos os contratos já assinados pelas empresas licitantes para aferição da disponibilidade de caixa, e ainda que houvesse, isto não estaria inserido na qualificação técnica.


    E – CERTA – o art. 30, II, dispõe:

    “Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

    (...)

    II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação , e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos".

    Complementa o § 1º, do citado dispositivo que, “ A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes , limitadas as exigências a:               

    I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos".  

    Interpretando os dispositivos mencionados, concluímos pela correção da letra E, já que na habilitação técnica, o licitante deve demonstrar que possui aptidão técnica para executar o objeto contratual , ou seja, cabe ao pretenso licitante, comprovar experiência prévia compatível com as características objeto da licitação .

    Contudo, a própria lei veda a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação (art. 30, §5º).




    Por fim, interessante trazer ensinamento de Rafael Oliveira sobre o tema, para quem a capacidade técnica é dividida em três espécies : (i) genérica: prova de inscrição no Conselho Profissional ou órgão de classe; (ii) específica: demonstração de que o licitante já executou objeto assemelhado; (iii) operativa: comprovação de que o licitante possui mão de obra e equipamentos disponíveis para execução do futuro contrato.




    Gabarito da banca e do professor : letra E

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

  • Qualificação técnica = como posso provar que tenho competência/conhecimento profissional/técnico para executar obra e serviço?

    gabarito E

    > Comprovação de experiência anterior compatível com as características objeto da licitação.

  • GABARITO LETRA E

     

    LEI Nº 8666/1993 (REGULAMENTA O ART. 37, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INSTITUI NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

     

    I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;

     

    II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;

     

    III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação;

     

    IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.

     

    § 1o  A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a:    

     

    I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;    

  • O enunciado quer uma exigência relativa à qualificação técnica, portanto a única assertiva que se enquadra nesse quesito é a E).

  • Art. 46.  

    § 1  Nas licitações do tipo "melhor técnica" será adotado o seguinte procedimento claramente explicitado no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar:

    I - serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas exclusivamente dos licitantes previamente qualificados e feita então a avaliação e classificação destas propostas de acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto licitado, definidos com clareza e objetividade no instrumento convocatório e que considerem a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade técnica da proposta, compreendendo metodologia, organização, tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;

  • A – ERRADA – o §1º do art. 31 da Lei 8.666/93 dispõe: “A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade" 

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

  • B – ERRADA – dispõe o art. 30 da Lei 8.666/93:

    “Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a :

    I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;

    II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos ;

    § 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a:             

    I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente , na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos;       

    § 5º É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.

    § 10 Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprovação da capacitação técnico-operacional de que trata o inciso I do § 1º deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação admitindo-se a substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior desde que aprovada pela administração .    

    Pela leitura dos dispositivos acima transcritos, é possível perceber que a lei exige a indicação dos membros da equipe técnica responsável pela execução da obra ou serviço, e não necessariamente o nome dos profissionais que cuidarão do contrato.

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

  • C – ERRADA – nos termos do art. 30, § 8º, “No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta complexidade técnicapoderá a Administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por critérios objetivos".

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

  • D – ERRADA – inexiste tal exigência na legislação pátria. Acaso houvesse, certamente estaria inserida na qualificação econônico-financeira, que nos termos do art. 31 da Lei 8.666/93, se dará pela apresentação dos seguintes documentos: (i) balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social; (ii) certidão negativa de falência ou concordata; e (iii) garantia, limitada a 1% do valor estimado do contrato.

    Importante destacar ainda, que o § 4º, do art. 31, possibilita ser exigida a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.

    Pelo exposto, incorreta a afirmação da banca, já que não há permissivo legal de exigência de todos os contratos já assinados pelas empresas licitantes para aferição da disponibilidade de caixa, e ainda que houvesse, isto não estaria inserido na qualificação técnica.

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

  • E – CERTA – o art. 30, II, dispõe:

    “Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

    (...)

    II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação , e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos".

    Complementa o § 1º, do citado dispositivo que, “ A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes , limitadas as exigências a:              

    I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos".  

    Interpretando os dispositivos mencionados, concluímos pela correção da letra E, já que na habilitação técnica, o licitante deve demonstrar que possui aptidão técnica para executar o objeto contratual , ou seja, cabe ao pretenso licitante, comprovar experiência prévia compatível com as características objeto da licitação .

    Gabarito da banca e do professor letra E

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)


ID
3453529
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A instauração e a tramitação de processos administrativos, nos termos do que dispõe a Lei no 9.784/1999,

Alternativas
Comentários
  • L9784

    Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

  • a) Art. 5 O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

    b) Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

    c) Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.

    d) Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

    e) Art. 22

    :)

  • A presente questão trata do tema Processo Administrativo, disciplinado na Lei n. 9.784/1999.

    Em resumo, a citada lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

    Cabe destacar ainda, que os preceitos da norma também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.


    Passemos a analisar cada uma das assertivas apresentadas pela banca.

    A – ERRADAa presente afirmação mostra-se incorreta, já que o processo administrativo pode iniciar-se de oficio ou a pedido de interessado – art. 5º da lei 9.784/99.


    B – ERRADA – no que tange as formalidades exigidas pela lei 9.784/99, cabe transcrever o seguinte dispositivo:

    “Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir .

    § 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito , em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

    § 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade .

    § 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.

    § 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas".

    Pelo exposto, incorreta a letra B, já que em regra, os atos do processo administrativo não demandam formalidades determinadas, salvo quando legalmente expressas. Ademais, em regra, não se exige reconhecimento de firma, salvo imposição legal.

     

    C – ERRADA – o art. 24 da Lei 9.784/99 dispõe que:

    “Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.

    Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação".

    Sendo assim, incorreta a assertiva, já que não existe um prazo padrão para a prática dos atos no processo. Em verdade, cada ato possui um prazo específico. Contudo, acaso a legislação seja omissa, aplica-se o prazo de 05 dias, o qual poderá ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.


    D – ERRADA – a legislação dispõe que “Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado" – art. 45.

    Deste modo, mostra-se equivocada a afirmação, já que as medidas acauteladoras são possíveis somente em caso de risco iminente.


    E – CERTA – nos termos do Art. 22 da Lei 9.784/99, “Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir ".

    Sendo assim, totalmente correta a letra E.




    Gabarito da banca e do professor : letra E

  • GABARITO LETRA E

     

    LEI Nº 9784/1999 (REGULA O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL)

     

    ARTIGO 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

  • Marquei a C, olhei na lei, li e reli e não encontrei erro algum na C.

    Se estou revoltado por isso, imagina as pessoas que estudaram, fizeram essa prova e marcaram a C!

  • A- dependem de provocação do interessado, ou seja, aquele que representou o servidor, no caso de processo disciplinar, ou o requerente, quando estiver pleiteando algum direito ou pretensão perante a Administração pública.

    O processo administrativo poderá iniciar-se de duas formas, de ofício ou a pedido de interessado.

    B- dependem da observância de formalidades expressas, tais como o reconhecimento de firmas e autenticação de cópias, além de apresentação de certidões dotadas de fé pública.

    Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

    § 1 Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

    § 2 Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade.

    § 3 A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.

    § 4 O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas.

    C- devem observar o prazo padrão de cinco dias para a realização dos atos no processo, válido para todas as partes, sem prejuízo de ser possível a prorrogação por decisão da Administração pública.

    Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.

    Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.

    D- podem contar com medidas acautelatórias determinadas pela Administração pública sem prévia manifestação do interessado, sempre que entender relevante para a apuração dos fatos e do interesse público.

    Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

    E- não dependem de forma previamente determinada, salvo exceções expressamente previstas em lei para algum ato ou procedimento específico.

    Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

  • Art 24 - Paragrafo Unico. O prazo previsto no artigo pode ser dilatado até o dobro mediante comprovada justificação.

    c) devem observar o prazo padrão de cinco dias para a realização dos atos no processo, válido para todas as partes, sem prejuízo de ser possível a prorrogação por decisão da Administração pública.

    -Acredito que o erro da assertiva foi omitir a obrigatoriedade de justificar para a dilação do prazo e citar somente decisão da Adm. pública (podendo ser justificada ou não justificada).

    Gabarito: E

  • Guilherme Fiorine, concordo com você acho um absurdo a FCC fazer isso. Lógico que dá pra compreender o que a letra da lei quis dizer. O fato dela ter tirado apenas um pequeno trecho(não vou mencioná-lo novamente porque você já obfez) ainda assim não tornava a assertiva incorreta. Absurdo

  • A letra E estava mais completa do que a C, então eliminei esta.

  • O erro da C é que não existe o PRAZO PADRÃO DE 5 DIAS para os "atos" (generalizando), cada ato tem um prazo diferente. A lei diz que se NÃÃÃÃOOO existir prazo definido serão 5 dias. É diferente!

    Recurso é um prazo, alegações é outro, parecer do órgao consultivo é outro...


ID
3453532
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Com o início de uma nova gestão, foi nomeado outro secretário para a Pasta Estadual da Saúde, que solicitou o levantamento dos contratos em execução no órgão. Foi apurado, nesse contexto, que um importante contrato de fornecimento de medicamentos para abastecimento das unidades de saúde estaduais fora subscrito, na ausência do secretário anterior, por funcionário desprovido de poderes de representação. Diante da constatação, o novo secretário de estado

Alternativas
Comentários
  • Importa saber quais são os defeitos sanáveis e, portanto, convalidáveis. Segundo a doutrina, os atos que possuam vícios de competência, de forma e de procedimento são, em regra, passíveis de convalidação ; ao passo que os defeitos insanáveis, aqueles que impedem o aproveitamento do ato, são os que apresentam imperfeições relativas ao motivo, à finalidade e ao objeto. Portanto, se o ato estiver caracterizado por um vício insanável, não poderá ser convalidado.

    In casu, trata-se de um vício de competência, e portanto, sanável.

    Gabarito Letra C.

  • A presente questão trata de tema afeto aos contratos administrativos, em especial, a possibilidade ou não de sua convalidação diante de vício no elemento competência .

    Em linhas gerais, a Administração Pública, por meio de seus agentes, deve exteriorizar a sua vontade para desempenhar as atividades administrativas e atender o interesse público. A manifestação de vontade administrativa pode ser unilateral (atos administrativos), bilateral (contratos da Administração) ou plurilateral (consórcios e convênios). A expressão “contratos da Administração" é o gênero que comporta todo e qualquer ajuste bilateral celebrado pela Administração Pública. São duas as espécies de contratos da Administração :

    a) Contratos administrativos: são os ajustes celebrados entre a Administração Pública e o particular, regidos predominantemente pelo direito público, para execução de atividades de interesse público. É natural, aqui, a presença das cláusulas exorbitantes (art. 58 da Lei 8.666/1993) que conferem superioridade à Administração em detrimento do particular, independentemente de previsão contratual.

    As características básicas dos contratos administrativos são :

    (i) verticalidade: desequilíbrio contratual em favor da Administração, tendo em vista a presença das cláusulas exorbitantes; e

    (ii) regime predominantemente de direito público, aplicando-se, supletivamente, as normas de direito privado.


    b) Contratos privados da Administração ou contratos semipúblicos : são os ajustes em que a Administração Pública e o particular estão em situação de relativa igualdade, regidos predominantemente pelo direito privado. Frise-se que o art. 62, § 3.º, I, da Lei 8.666/1993 admite a aplicação das cláusulas exorbitantes, “no que couber", aos contratos privados da Administração. É evidente, todavia, que as cláusulas exorbitantes desnaturariam esses contratos, aproximando-os dos contratos administrativos típicos, razão pela qual a presença dessas cláusulas nos contratos privados depende da vontade das partes e a sua aplicação está condicionada à expressa previsão contratual.

    As características básicas dos contratos privados da Administração são :

    (i) horizontalidade: equilíbrio contratual relativo, em razão da ausência, em regra, das cláusulas exorbitantes; e

    (ii) regime predominantemente de direito privado, devendo ser observadas, no entanto, algumas normas de direito público (ex.: licitação, cláusulas necessárias etc.).



    Após essa breve introdução sobre o tema, passemos a analisar cada uma das alternativas apresentadas pela banca:

    A – ERRADA – como exposto na letra C, é possível que a administração pública anule o contrato viciado ou convalide-o, não havendo obrigatoriedade, como supõe a afirmação, de que seja instaurado procedimento administrativo para regularização do vínculo.

    Assim, incorreta a assertiva.


    B – ERRADA – um dos elementos essenciais dos atos administrativos é a competência, nos termos da lei 4.717/65. Vejamos:

    “Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:

    a) incompetência;

    b) vício de forma;

    c) ilegalidade do objeto;

    d) inexistência dos motivos;

    e) desvio de finalidade.

    Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:

    a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou".

    Ademais, importante mencionar que a lei 9.784/99 admite a delegação de um ato administrativo. Vejamos:

    “Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

    Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

    Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

    I - a edição de atos de caráter normativo;

    II - a decisão de recursos administrativos;

    III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade".

    Deste modo, mostra-se incorreta a letra B, já que a competência, seja ela originária ou delegada, é elemento essencial dos atos administrativos.


    C – CERTA – a doutrina administrativista majoritária admite, ao lado dos atos administrativos nulos, eivados de vícios insanáveis, a existência dos atos administrativos anuláveis, portadores de vícios sanáveis.

    Os atos anuláveis são exatamente os que podem ser objeto de convalidação (ou saneamento), dependendo das circunstâncias e do juízo de oportunidade e conveniência privativo da administração pública.

    Portanto, convalidar um ato é corrigi-lo, regularizá-lo, desde a origem (ex tunc), de tal sorte que: a) os efeitos já produzidos passem a ser considerados efeitos válidos, não passíveis de desconstituição; e b) esse ato permaneça no mundo jurídico como um ato válido, apto a produzir efeitos regulares.

    Na esfera federal, a lei 9.784/99, dispõe no art. 55 que:

    “Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração".

    Assim, admite-se a convalidação de um ato que: a) apresente defeito sanável; b) não acarrete lesão ao interesse público; c) não acarrete prejuízo a terceiros; d) decisão discricionária da administração acerca da conveniência e oportunidade de convalidar o ato (em vez de anulá-lo).

    A doutrina administrativista permite a convalidação dos defeitos sanáveis concernentes :

    a)      Vício relativo à competência quanto à pessoa (não quanto à matéria), desde que não se trate de competência exclusiva ;

    b)      Vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento essencial à validade daquele ato.

    O ato administrativo de convalidação tem efeitos ex tunc, retroagindo seus efeitos ao momento em que foi originariamente praticado o ato convalidado.

    A convalidação pode recair sobre atos vinculados ou discricionários, uma vez que não se trata de controle de mérito, e sim de controle de legalidade, relativo a vícios sanáveis verificados nos elementos competência e forma.

    Pelo exposto, correta a letra C, já que o vício existente no contrato foi no elemento competência, sendo permitida a sua convalidação, a critério da administração pública .


    D – ERRADA – inexiste na legislação pátria qualquer determinação neste sentido, enquadrando-se o presente caso na hipótese de convalidação do vínculo por vício sanável no elemento competência, conforme exposto acima.

    Assim, incorreta a assertiva.


    E – ERRADA – a revogação é a retirada, do mundo jurídico, de um ato válido, mas que, segundo critério discricionário da administração, tornou-se inoportuno ou inconveniente.

    Assim, não se adequa ao caso ora analisado, já que o contrato administrativo foi assinado por funcionário incompetente, existindo, de fato, um vício na celebração do instrumento, sendo cabível ou a sua anulação ou a sua convalidação, conforme exposto na letra C.

    Deste modo, incorreta a afirmação.



    Gabarito da banca e do professor : letra C

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

  • GABARITO-C

    (...) funcionário desprovido de poderes de representação. Diante da constatação, o novo secretário de estado (...)

    Em regra, vício de competência = convalidável.

    (Ato anulável)

    São passíveis de convalidação os atos com vício em competência / forma (fo/co).

  • O secretário anterior não poderia subscrever por já não possuir competência para convalidar, competência esta que está no juízo de conveniência e oportunidade do atual secretário, agora é importante ressaltar que o único vício verificado a princípio foi este de incompetência sanável.

  • CONVALIDAÇÃO DOS ATOS

    SANÁVEIS: FO - CO

    Forma e Competência

    INSÁNAVEIS: FI - MO - OB

    Finalidade, Motivo e Objeto.

  • GABARITO C

    FOCO NA CONVALIDAÇÃO

    FORMA

    COMPETÊNCIA

  • A meu ver, essa questão não ficou muito clara. Eu não pude saber se a competência do secretário era privativa ou não, o que é determinante para saber se o ato pode ou não ser convalidado. De qualquer jeito, dá pra ter ideia aonde o examinador quis chegar...

  • A questão não disse se a competência era ou não exclusiva - isso me permite inferir que não??? Assim fica difícil. Ora, vc tem que inferir; ora, se vc inferir, te acusam de acrescentar coisas que não existem na questão...

    Querem medir conhecimento, decoreba ou esperteza??

    Avante, Concurseiros!

  • Vícios que podem ser convalidados:

    Competência, não sendo exclusiva.

    Forma, não sendo essencial.

    Sobre a possibilidade, em regra, de convalidação do vício de forma, aí incluído o vício em procedimento administrativo, eis a lição esposada por Rafael Oliveira:

    "Os vícios sanáveis, que admitem convalidação, são os relacionados à competência, à forma (inclusive vícios formais no procedimento administrativo) e ao objeto, quando este último for plúrimo (quando o ato possuir mais um de um objeto)."

    Bons estudos!

  • O velho FOCO na Convalidação salva novamente todas nossas vidas.

  • Não estariam os contratos relacionados com a destinação de recursos públicos? Estes, por sua vez, não são de competência exclusiva, logo, insanavéis ? Por essa ótica fiquei em dúvida entre a alternativa A e C.

ID
3453535
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No âmbito do controle exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas,

Alternativas
Comentários
  • A presente questão trata do tema controle legislativo, e o auxílio prestado pelo Tribunal de Contas neste ato .

    Conforme ensinamentos de Rafael Oliveira, “O controle legislativo ou parlamentar é aquele exercido pelo Poder Legislativo sobre os atos do Poder Executivo, a partir de critérios políticos ou financeiros e nos limites fixados pelo texto constitucional.

    Os casos de controle parlamentar sobre o Poder Executivo devem constar expressamente da Constituição Federal, pois consagram verdadeiras exceções ao princípio constitucional da separação de poderes (art. 2.º da CRFB), não se admitindo, destarte, a sua ampliação por meio da legislação infraconstitucional".

    Importante destacar que o controle que o Poder Legislativo exerce sobre os atos de sua própria administração pública tem natureza diversa daquele que ele realiza sobre a atuação dos Poderes Executivo e Judiciário. Na primeira hipótese, temos controle interno, ao passo que nos outros casos existe controle externo.

    Cabe ressaltar que a presente questão tem como enfoque o controle externo realizado pelo Poder Legislativo sobre a administração pública, com o auxílio do Tribunal de Contas.

    Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “Os tribunais de contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo, que o auxiliam no exercício do controle externo da administração pública, sobretudo o controle financeiro. Não existe hierarquia entre as cortes de contras e o Poder Legislativo. Os tribunais de contas na praticam atos de natureza legislativa, mas tão somente atos de fiscalização e controle, de natureza administrativa".


    Passemos a analisar cada uma das assertivas apresentadas pela banca.

    A – CERTA – nos termos do art. 71, §3º da Constituição Federal, “As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo".

    A Constituição atribuiu a essas decisões eficácia de título executivo. Isso significa que a multa aplicada, ou o débito imputado, pode ser levada diretamente ao Poder Judiciário para cobrança, em ação de execução, sem necessidade de discussão prévia, em uma ação judicial de conhecimento, acerca da legitimidade dessa multa ou desse débito

    Importante destacar que o Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento no sentido de que somente o ente público beneficiário da condenação patrimonial imposta pelos tribunais de contas possui legitimidade processual para ajuizar a ação de execução.

    Pelo exposto, correta a letra A.


    B – ERRADA – a Constituição Federal determinou que quando se tratar de ato administrativo, cabe ao próprio Tribunal de Contas sustar a sua execução, dando ciência dessa providencia ao Poder Legislativo (em âmbito federal, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal – art. 71, X.

    Contudo, se a irregularidade for constata em contrato administrativo, não tem o Tribunal de Contas, desde logo, competência para sustá-lo. Neste caso, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional (em âmbito federal), que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Entretanto, se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de 90 dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal de Contas adquirirá competência para decidir a respeito da sustação do contrato – art. 71, § 1º e 2º.

    Assim, incorreta a afirmação apresentada nesta letra.  


    C – ERRADA – nos termos do art. 71, II da Constituição Federal:

    “Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

    (...)

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta , incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público".

    Com base neste dispositivo, o Supremo Tribunal Federal consolidou jurisprudência no sentido de que todas as entidades da administração indireta, não importa o seu objeto, nem a sua forma jurídica, estão sujeitas ao controle externo exercido pelo Poder Legislativo, incluindo, sem exceção, as empresas públicas e sociedades de economia mista, ainda que se trate de entidade dedicada à exploração de atividade econômica em sentido estrito.

    Pelo exposto, equivocada a afirmativa.


    D – ERRADA – o controle exercido pelo Poder Judiciário (controle judicial) verifica exclusivamente a legalidade ou legitimidade dos atos administrativos, nunca o mérito administrativo. Entretanto, não podemos confundir a vedação de que o Judiciário aprecie o mérito administrativo com a possibilidade de aferição pelo Poder Judiciário da legalidade dos atos discricionários.

    Com efeito, os atos discricionários podem ser amplamente controlados pelo Judiciário, no que respeita a sua legalidade ou legitimidade.

    Assim, o Poder Judiciário pode, sempre que provocado, anular atos administrativos vinculados ou discricionários, que apresentem vícios de ilegalidade ou ilegitimidade.

    Deste modo, equivocada a afirmação, já que o Poder Judiciário tem competência para examinar os atos vinculados e também aqueles discricionários.


    E – ERRADA – conforme apontado na letra A, as decisões dos Tribunais de Contas têm eficácia de título executivo, podendo, assim, ser levada diretamente ao Poder Judiciário para cobrança, sem necessidade de qualquer autorização ou homologação prévia.

    Portanto, incorreta a letra E.



    Gabarito da banca e do professor : letra A

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020)

    (Direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 26. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018)

  • § 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. (TJSE-2008) (TCERO-2010) (MPRS-2012/2016)

    ##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##TJSC-2019: ##CESPE: O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar a execução de título executivo extrajudicial decorrente de condenação proferida pelo Tribunal de Contas? NÃO. A legitimidade para a propositura da ação executiva é apenas do ente público beneficiário. O Ministério Público, atuante ou não junto às Cortes de Contas, seja federal, seja estadual, é parte ilegítima. Essa é a posição tanto do STF (Plenário. ARE 823347 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 2/10/14. Repercussão geral), como do STJ (2ª T. REsp 1.464.226-MA, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 20/11/14). STJ. 2ª T. REsp 1.464.226-MA, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 20/11/14 (Info 552).

    (TJSC-2019-CESPE): De acordo com o STF, a legitimidade ativa para execução de condenação patrimonial imposta por tribunal de contas estadual é do ente público beneficiado com a condenação. BL: Entendimento do STF e STJ.

    ##Atenção: As decisões do Tribunal de Contas que imputam de débitos ou aplicação de multas tem natureza de título executivo extrajudicial. Outrossim, importante ressaltar, conforme decisão do STF a seguir, quem terá competência para executar o referido título executivo o ente da federação beneficiado. Sendo a União, será ela quem ajuizará a demanda executiva, da mesma forma que em relação aos Municípios e Estados. Vejamos:

    “Tribunal de Contas do Estado do Acre. Irregularidades no uso de bens públicos. Condenação patrimonial. Cobrança. Competência. Ente público beneficiário da condenação. Em caso de multa imposta por Tribunal de Contas estadual a responsáveis por irregularidades no uso de bens públicos, a ação de cobrança somente pode ser proposta pelo ente público beneficiário da condenação do Tribunal de Contas. Precedente.” (RE 510.034-AgR, Rel. Min. Eros Grau, j. 24-6-08, 2ª T., DJE de 15-8-08). No mesmo sentido: AI 826.676-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 8-2-11, 2ª T, DJE de 24-2-2011.

    Fonte: drive do santo Belisário.

  • A alternativa correta é a letra A.

    A) CORRETA - Art. 71, §3ª As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

    B) INCORRETA - Conforme se percebe da leitura do Art. 71, incisos IX e X, bem como do § 1º, cabe aos Tribunais de Contas "assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade" e, caso não atendidas as exigências, sustar a execução dos ATOS que contenham ilegalidades. No caso de CONTRATOS, o ato de sustação será adotado pelo Congresso Nacional e não pelo TCU. Senão vejamos:

    Art. 71. (...) § 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

    C) INCORRETA - Se há dinheiro público de qualquer espécie envolvido, há submissão ao controle externo do Poder Legislativo com auxílio do TCU, conforme prevê o artigo 70, parágrafo único, da CF:

    Art. 70. "Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária."

    D) INCORRETA - Ao contrário do que prevê a assertiva, cabe sim ao Poder Judiciário controlar os atos discricionários ou vinculados, desde que sob a ótica dos vícios de legalidade.

    E) INCORRETA - Conforme o parágrafo 3º do artigo 71 da CF, já transcrito acima, as decisões do TCU que imputem débito ou multa terão força executiva ope constitutionis, ou seja, por força da própria Constituição Federal, não demandando homologação de quem quer que seja.

  • Confesso que fiquei em dúvida com relação à letra B em razão do §2o do art. 71...

    § 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

    § 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

    Ou seja, se o CN não solicitar ao P. Executivo as medida cabíveis em 90 dias o TCU decidirá a respeito.

    Só não marquei porque a alternativa fala que o prazo será conferido em procedimento próprio, quando na verdade o prazo já foi determinado pela CF.

    Contudo fiquem atentos a este §, muita gente esquece dele!

  • A CORRETA - Art. 71, §3ª As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.


ID
3453538
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No curso da execução de um contrato de concessão de serviço público de transporte metroviário, a concessionária passou a dar causa a repetidas interrupções na prestação dos serviços, gerando sucessivas paralisações e interdições de estações. Notificada a regularizar a situação nos termos do disposto contratualmente, a concessionária informou que não teria como resolver o problema no curto prazo, pois estaria enfrentando problemas técnicos e financeiros. Diante do cenário, ao poder concedente caberá

Alternativas
Comentários
  • Para responder a questão é necessário entender a diferença entre os institutos da encampação e da caducidade, e quais situações fáticas que os ensejam:

    Encampação - extinção da concessão por razões de interesse público.

    Caducidade - Extinção da concessão por descumprimento do contrato pelo concessionário, dessa forma ensejando a caducidade.

    Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.

    In casu, observa-se que o instituto adequado é a caducidade, já que a empresa não cumpriu o acordado diversas vezes. O segundo ponto é: É cabível a indenização pelos investimentos feitos pela concessionária e ainda não amortizados? A resposta é sim.

    Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

    Bons estudos.

  • A presente questão trata de tema afeto aos contratos administrativos de concessão de serviços públicos, em especial, sobre as hipóteses de sua extinção .

    A lei 8.987/95 traz, no seu art. 35, as formas de extinção dos referidos contratos. Senão vejamos:

    “Art. 35. Extingue-se a concessão por:

    I - advento do termo contratual;

    II - encampação;

    III - caducidade;

    IV - rescisão;

    V - anulação; e

    VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual".

    Importante analisar brevemente cada uma das formas de extinção:

    a)      Advento do termo – trata-se da extinção natural do contrato pelo transcurso do prazo pactuado;

    b)      Encampação – é a extinção da concessão por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização (art. 37 da lei 8.987/95);

    c)      Caducidade – decorre da inexecução total ou parcial do contrato por parte do concessionário (art. 38 da lei 8.987/95). A caducidade deve ser precedida de processo administrativo, em que seja assegurado o direito de ampla defesa, e sua declaração será feita por decreto. Em virtude do inadimplemento contratual do concessionário, a caducidade não pressupõe indenização por parte do poder concedente, salvo a indenização pelos bens reversíveis;

    d)      Rescisão – é a extinção da concessão na hipótese de descumprimento das clausulas contratuais pelo poder concedente (art. 39 da lei 8.987/95);

    e)      Anulação – quando houver vício de legalidade na licitação ou no respectivo contrato de concessão;

    f)       Falência ou extinção da empresa concessionária e o falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual – em razão da extinção da concessionária, o serviço concedido retorna ao poder concedente.


    Passemos a analisar cada uma das alternativas apresentadas pela banca:

    A – ERRADA – a hipótese enunciada na presente questão se enquadra na forma de extinção caducidade, conforme melhor explanado na letra C.

    Assim, equivocada a assertiva.


    B – ERRADA – a hipótese enunciada na presente questão se enquadra na forma de extinção caducidade, conforme melhor explanado na letra C.

    Assim, equivocada a assertiva.


    C – CERTA – dispõe o art. 38 da Lei 8.987/95:

    “Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.

    § 1º A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando :

    I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;

    II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão ;

    III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;

    IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido ;

    V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;

    VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço ; e

    VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do  art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.                               

    § 2º A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.

    § 3º Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais .

    § 4º Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo.

    § 5º A indenização de que trata o parágrafo anterior, será devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato, descontado o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária .

    § 6º Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária".

    Para responder ao presente item, importante conhecer também o art. 36 da citada norma:

    “Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido ".

    Por todo o exposto, totalmente correta a letra C, já que a hipótese descrita no enunciado se enquadra perfeitamente a forma de extinção, caducidade.


    D – ERRADA – não há necessidade de autorização legislativa para declarar a caducidade do contrato de concessão. Ademais, na caducidade só haverá indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

    Assim, equivocada a assertiva.


    E – ERRADA - a hipótese enunciada na presente questão se enquadra na forma de extinção caducidade, conforme melhor explanado na letra C.

    Assim, equivocada a assertiva.



    Gabarito da banca e do professor : letra C

    (Oliveira, Rafael Carvalho Rezende. Licitações e contratos adminsitrativos: teoria e prática / Rafael Carvalho Rezende Oliveira, prefácio José dos Santos Carvalho Filho – 7. ed., ver. atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018)

  • GABARITO LETRA C

     

    LEI Nº 8987/1995 (DISPÕE SOBRE O REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PREVISTO NO ART. 175 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS)

     

    ARTIGO 35. Extingue-se a concessão por:

     

    I - advento do termo contratual;

    II - encampação;

    III - caducidade;

    IV - rescisão;

    V - anulação; e

    VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.

     

    ARTIGO 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

  • ==========================================================================

     

    ARTIGO 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.

     

    § 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:

     

    I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;

    II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;

    III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;

    IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;

    V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;

    VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e

    VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.         

     

    § 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.

     

    § 3o Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais.

     

    § 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo.

     

    § 5o A indenização de que trata o parágrafo anterior, será devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato, descontado o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária.

     

    § 6o Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.

  • AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA - SÓ NA - ENCAMPAÇÃO

  • Bizu: CADUCIDADE = CAGADA da concessionária.

  • GABARITO: C

    Resumo das formas de extinção da concessão

    1. Advento do termo contratual: A hipótese de extinção por advento do termo contratual é a forma natural de extinção da concessão. Como a concessão é cedida por prazo determinado, então a extinção se daria com o término desse prazo.
    2. Encampação: É a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização.
    3. Caducidade: É a extinção do contrato de concessão em decorrência da inexecução total ou parcial do contrato por parte da concessionária.
    4. Rescisão: É a extinção do contrato em decorrência de inadimplência do poder concedente. Nesse caso, deverá ocorrer por iniciativa da concessionária e será sempre de forma judicial.
    5. Anulação: É a extinção do contrato de concessão em decorrência de alguma ilegalidade, que poderá ocorrer tanto na licitação quanto no próprio contrato.
    6. Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular: A extinção da concessão pela falência decorre da natureza pessoal dos contratos de concessão. Já que é uma prestação de serviço e foi contrata uma empresa, não deve ser aceita outra empresa. Portanto, se a pessoa que firmou o contrato e não possui mais as condições de dar-lhe prosseguimento, o contrato, inevitavelmente, será extinto.

    Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/extincao-da-concessao/

  • formas de extinção de contrato

    advento do termo contratual; encampação; caducidade; anulação; falência ou extinção da concessionária ou incapacidade do titular; e ação judicial, sendo esta intentada pela concessionária.

    Encampação x caducidade

    encampação - se dá por interesse público + autorização por lei especifica

    caducidade - inexecução do contrato + ocorre por decreto; porém, precedido de processo administrativo que verifica a inadimplência.

    Indenização

    segunda à lei, nas hipóteses de advento do termo contratual ou encampação, a indenização ocorre antes do fim da concessão. Já na caducidade, esta ocorre independente de indenização (ou seja, a indenização ocorre antes ou depois, mas há indenização e será na forma estabelecida para o advento e encampação: Levantamento dos bens, não amortizados ou não depreciados, adquiridos para dá continuidade aos serviços públicos)


ID
3453541
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

Nos termos da Lei Complementar no 13, de 3 de setembro de 1996, que disciplina a redação, alteração e consolidação das leis no Distrito Federal, remissão é a referência expressa a lei ou a dispositivo de lei, sendo admitida a incorporação por remissão, que se trata do recurso pelo qual se manda aplicar a uma lei o que está disciplinado em outra. Sobre remissão, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
3453544
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A respeito da iniciativa das leis complementares e ordinárias, considere as seguintes assertivas:

I. A iniciativa das leis complementares e ordinárias, observadas a forma e os casos previstos na Lei Orgânica, cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara Legislativa.
II. Compete a qualquer membro da Câmara Legislativa a iniciativa das leis que disponham sobre servidores públicos do Distrito Federal e seu regime jurídico.
III. Não é admitido aumento de despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Distrito Federal.
IV. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Legislativa de projeto de lei devidamente articulado, justificado e subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Distrito Federal, distribuído por três zonas eleitorais.

Está correto o que se afirma APENAS em 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

  • I. A iniciativa das leis complementares e ordinárias, observadas a forma e os casos previstos na Lei Orgânica, cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara Legislativa. CERTO.

    Art. 71. A iniciativa das leis complementares e ordinárias, observada a forma e os casos previstos na Lei Orgânica, cabe:

    I – a qualquer membro ou comissão da Câmara Legislativa; (Inciso acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 86, de 2015.)

    II. Compete a qualquer membro da Câmara Legislativa a iniciativa das leis que disponham sobre servidores públicos do Distrito Federal e seu regime jurídico. ERRADO.

    § 1º Compete privativamente ao Governador do Distrito Federal a iniciativa das leis que disponham sobre:

    II – servidores públicos do Distrito Federal, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria

    III. Não é admitido aumento de despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Distrito Federal.CERTO.

    Art. 72. Não será admitido aumento da despesa prevista:

    I – nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Distrito Federal, ressalvado o disposto no art. 166, §§ 3º e 4º, da Constituição Federal;

    IV. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Legislativa de projeto de lei devidamente articulado, justificado e subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Distrito Federal, distribuído por três zonas eleitorais. ERRADO.

    Art. 76. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Legislativa de emenda à Lei Orgânica, na forma do art. 70, III, ou de projeto de lei devidamente articulado, justificado e subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado do Distrito Federal, distribuído por três zonas eleitorais, assegurada a defesa do projeto por representantes dos respectivos autores perante as comissões nas quais tramitar.

  • I. A iniciativa das leis complementares e ordinárias, observadas a forma e os casos previstos na Lei Orgânica, cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara Legislativa.

    II. Compete a qualquer membro da Câmara Legislativa a iniciativa das leis que disponham sobre servidores públicos do Distrito Federal e seu regime jurídico.

    III. Não é admitido aumento de despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Distrito Federal.

    IV. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Legislativa de projeto de lei devidamente articulado, justificado e subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Distrito Federal, distribuído por três zonas eleitorais.

    Gabarito: B

    Vide comentários dos colegas.


ID
3453547
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Regimento Interno
Assuntos

Nos termos do Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal, proposição é toda matéria sujeita à deliberação da Câmara Legislativa. A respeito das proposições,

Alternativas
Comentários
  • também fiquei na dúvida quanto a isso aí, marquei a A pq era a menos errada na minha opinião rsrs

  • Na vdd, após o ponto e vírgula (;) a frase diz respeito ao que está escrito adiante, veja: Permite o direito de defesa; dependendo do tipo de infração penal a ser apurada, a sua instauração é precedida de representação ou requerimento do ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo.

    Então, não quer dizer que permite o direito de defesa a depender do tipo de infração penal, mas sim que é permitido o direito de defesa E dependendo da infração penal a instauração do IP deve preceder de representação ou requerimento (dependendo se é privada ou pública).

  • Voei aí também, pensei até que poderia ser crimes de responsabilidade. Mas daí lembrei que crimes de responsabilidade são investigados pelas casas legislativas. Enfim todo dia aprendo algo novo que achei que não existia, mas existe. ô vida

  • Batman, você está precisando do Robin

  • Errei tbm, mas se pararmos pra pensar, direito de defesa não necessariamente é o contraditório.


ID
3453550
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Regimento Interno
Assuntos

De acordo com o Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal, emenda é a proposição apresentada como acessória de outra com o objetivo de alterar sua forma original. No que se refere às emendas:

Alternativas

ID
3453553
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Estadual
Assuntos

A Lei Complementar no 13, de 3 de setembro de 1996, dispõe, a respeito da sanção e do veto do Governador no processo legislativo do Distrito Federal, que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D


ID
3453556
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Regimento Interno
Assuntos

A Câmara Legislativa do Distrito Federal tem peculiaridade única entre os órgãos legislativos brasileiros, que a torna diferente dos parlamentos de outras cidades e Estados do Brasil, porque

Alternativas

ID
3453559
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O ex-presidente brasileiro homenageado no Panteão da Pátria e da Liberdade, projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado no dia 7 de setembro de 1986, é

Alternativas
Comentários
  • A questão é essencialmente de memorização. São apresentados nas alternativas nomes de anteriores presidentes do Brasil. E, deve ser apontado aquele que é homenageado no Panteão da Pátria e da Liberdade, inaugurado em 1986. 
    Ele está localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Foi criado por Oscar Niemeyer,. Apresenta uma arquitetura modernista. Simboliza duas pombas, ou uma, dependendo do ponto de vista do observador. É composto por três andares, tendo uma área total construída de um pouco mais de 2000 metros. Foi construído de maneira muito rápida já que sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente francês François Mitterand e a inauguração foi em setembro de 1986. 
    O propósito do Panteão é homenagear aqueles que se destacaram em prol da pátria brasileira. Mas, é especialmente dedicado ao presidente que está indicado em uma das alternativas. 
    A) INCORRETA- João Figueiredo foi o último presidente do regime militar e não é entendido como um dos heróis da pátria. 
    B) INCORRETA- José Sarney assumiu a presidência quando da morte inesperada de Tancredo Neves, antes de assumir o poder. A figura de herói é de Tancredo e não dele. 
    C) INCORRETA- Juscelino Kubitschek tem um monumento próprio em sua homenagem: o Memorial JK . Ele é um museu, mausoléu e centro cultural brasileiro. Está localizado no canteiro central do Eixo Monumental, em Brasília, na Zona Cívico-Administrativa, na Praça do Cruzeiro, a região mais alta do Plano Piloto. 
    D) INCORRETA- Geisel foi um dos presidentes do regime militar e não é entendido pela historiografia tampouco pela memória popular, como um herói que simbolize a Liberdade. 
    E) CORRETA. O nome completo do panteão é Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. A ideia de sua construção nasceu quando do falecimento inesperado do primeiro presidente civil eleito após o regime militar. Os dois principais personagens históricos homenageados são Tancredo Neves e Tiradentes. Ambos entronizados como símbolos de Liberdade. 
    RESPOSTA: E
  • Tancredo nunca foi presidente

  • Ué mas Tancredo nem chegou a assumir a presidência, esse enunciado induz ao erro!

  • Resposta Letra E. Tancredo Neves foi eleito, Presidente do Brasil, de maneira indireta, pelo Congresso Nacional, apesar de não ser empossado.

  • Tancredo Neves que:

    • Nunca foi herói
    • nunca foi presidente

    Sugiro que conheçam o Panteão dos " heróis nacionais " , e oh! Vão de cabeça aberta ok!

    Pois em um país onde jogadores de futebol são " heróis nacionais" e

    uma professora que entra em uma sala em chamas pra salvar seus alunos é rapidamente esquecida

    não espere muito do que vera.

    https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2018/12/12/mais-21-herois-e-heroinas-sao-inscritos-no-livro-de-aco-no-panteao-da-patria/


ID
3453568
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto que segue. 


     No belíssimo ensaio em que trata das representações utópicas no século XVIII, Bronislaw Baczko1 assinala que a vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem e de erguer uma ‘boa vida’ coletiva está presente nas mais variadas formas do imaginário social, constituindo um marco do ‘espírito do tempo’. A busca de um modelo ideal de convivência humana evidencia-se não só na proliferação de textos redigidos nos moldes tradicionais da literatura utópica, narrando viagens a um país feliz e/ou elaborando projetos para um governo justo, mas, também, na abundância de imagens e ideias para a reforma social em uma imensa quantidade de escritos e documentos pertencentes seja à cultura douta, seja à popular (cf. Baczko, 1979, passim). 

      A esse respeito, lembra o comentador, a bibliografia especializada no assunto registra cerca de 80 relatos de viagens imaginárias, publicados na França entre 1676 e 1789, número que apresenta um crescimento impressionante, chegando a mais de 2 mil textos, se forem consideradas as múltiplas e diferentes projeções utópicas presentes na literatura da época.

      A imagem de homens livres e iguais que vivem fraternalmente em comunhão de bens, sem leis nem governos, representa, em geral, o ideal de sociedade entre as correntes progressistas da época, fascinando inclusive escritores políticos como Voltaire, Montesquieu e Diderot, que nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, circunscrevendo suas propostas de reforma do poder ao âmbito de um despotismo esclarecido, fiscalizado por uma opinião pública letrada, ou de uma monarquia constitucional inspirada no modelo vigente na Inglaterra após a Revolução Gloriosa2.

     De modo análogo, Charles Rihs3, em seu livro sobre os utopistas do século XVIII, chama a atenção para essas ‘antinomias’, lembrando, por exemplo, o descompasso entre o ideário social elitista de Voltaire e suas observações, feitas ao historiar os costumes, a respeito da felicidade dos povos do Novo Mundo e das tribos africanas que ignoram “o meu e o teu” (cf. Rihs, 1970, p. 14). Na mesma linha, Montesquieu, rígido defensor do ‘espírito das leis’ em sua obra principal, retrata com entusiasmo, nas Cartas persas, a organização social do pequeno reino árabe dos Trogloditas, onde todos trabalham jocosa e espontaneamente pelo bem comum. Além das divagações utópicas suscitadas pela investigação geográfica e histórica de culturas não-europeias, os homens das Luzes empreendem também a aventura filosófica, suspensa entre o real e o imaginário, como o Suplemento à Viagem de Bougainville, de Diderot, ou o Eldorado, em Cândido, de Voltaire, visões de paraísos onde os homens vivem felizes, sem brigas pela riqueza e pelo poder.

(Adaptado de PIOZZI, Patrizia. Os arquitetos da ordem anárquica: de Rousseau a Proudhon e Bakunin. São Paulo: Editora UNESP, 2006, p.73-74) 


Obs.: 1Bronislaw Baczko (1924-2016), filósofo e historiador de ideias polonês


 2Revolução Gloriosa ou Segunda Revolução Inglesa: movimento revolucionário de caráter pacífico, ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689, que gerou a troca do absolutismo monárquico pela monarquia parlamentar.


3Charles Rihs, autor de obra sobre os filósofos utopistas. 

Nesse texto, a autora,

Alternativas
Comentários
  • No final da 4° linha...

     A busca de um modelo ideal de convivência humana evidencia-se não só na proliferação de textos redigidos nos moldes tradicionais da literatura utópica, narrando viagens a um país feliz e/ou elaborando projetos para um governo justo, mas, também, na abundância de imagens e ideias para a reforma social em uma imensa quantidade de escritos e documentos pertencentes seja à cultura douta, seja à popular. cf. Baczko, 1979, passim). 

  • eu li, reli, e li mais uma vez...sim, eu acertei, entendi alguma coisa? não.

  • Mirabolante, horroroso. Concurso público é sorte


ID
3453571
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

A questão refere-se ao texto que segue. 


     No belíssimo ensaio em que trata das representações utópicas no século XVIII, Bronislaw Baczko1 assinala que a vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem e de erguer uma ‘boa vida’ coletiva está presente nas mais variadas formas do imaginário social, constituindo um marco do ‘espírito do tempo’. A busca de um modelo ideal de convivência humana evidencia-se não só na proliferação de textos redigidos nos moldes tradicionais da literatura utópica, narrando viagens a um país feliz e/ou elaborando projetos para um governo justo, mas, também, na abundância de imagens e ideias para a reforma social em uma imensa quantidade de escritos e documentos pertencentes seja à cultura douta, seja à popular (cf. Baczko, 1979, passim). 

      A esse respeito, lembra o comentador, a bibliografia especializada no assunto registra cerca de 80 relatos de viagens imaginárias, publicados na França entre 1676 e 1789, número que apresenta um crescimento impressionante, chegando a mais de 2 mil textos, se forem consideradas as múltiplas e diferentes projeções utópicas presentes na literatura da época.

      A imagem de homens livres e iguais que vivem fraternalmente em comunhão de bens, sem leis nem governos, representa, em geral, o ideal de sociedade entre as correntes progressistas da época, fascinando inclusive escritores políticos como Voltaire, Montesquieu e Diderot, que nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, circunscrevendo suas propostas de reforma do poder ao âmbito de um despotismo esclarecido, fiscalizado por uma opinião pública letrada, ou de uma monarquia constitucional inspirada no modelo vigente na Inglaterra após a Revolução Gloriosa2.

     De modo análogo, Charles Rihs3, em seu livro sobre os utopistas do século XVIII, chama a atenção para essas ‘antinomias’, lembrando, por exemplo, o descompasso entre o ideário social elitista de Voltaire e suas observações, feitas ao historiar os costumes, a respeito da felicidade dos povos do Novo Mundo e das tribos africanas que ignoram “o meu e o teu” (cf. Rihs, 1970, p. 14). Na mesma linha, Montesquieu, rígido defensor do ‘espírito das leis’ em sua obra principal, retrata com entusiasmo, nas Cartas persas, a organização social do pequeno reino árabe dos Trogloditas, onde todos trabalham jocosa e espontaneamente pelo bem comum. Além das divagações utópicas suscitadas pela investigação geográfica e histórica de culturas não-europeias, os homens das Luzes empreendem também a aventura filosófica, suspensa entre o real e o imaginário, como o Suplemento à Viagem de Bougainville, de Diderot, ou o Eldorado, em Cândido, de Voltaire, visões de paraísos onde os homens vivem felizes, sem brigas pela riqueza e pelo poder.

(Adaptado de PIOZZI, Patrizia. Os arquitetos da ordem anárquica: de Rousseau a Proudhon e Bakunin. São Paulo: Editora UNESP, 2006, p.73-74) 


Obs.: 1Bronislaw Baczko (1924-2016), filósofo e historiador de ideias polonês


 2Revolução Gloriosa ou Segunda Revolução Inglesa: movimento revolucionário de caráter pacífico, ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689, que gerou a troca do absolutismo monárquico pela monarquia parlamentar.


3Charles Rihs, autor de obra sobre os filósofos utopistas. 

Compreende-se corretamente:

Alternativas

ID
3453574
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto que segue. 


     No belíssimo ensaio em que trata das representações utópicas no século XVIII, Bronislaw Baczko1 assinala que a vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem e de erguer uma ‘boa vida’ coletiva está presente nas mais variadas formas do imaginário social, constituindo um marco do ‘espírito do tempo’. A busca de um modelo ideal de convivência humana evidencia-se não só na proliferação de textos redigidos nos moldes tradicionais da literatura utópica, narrando viagens a um país feliz e/ou elaborando projetos para um governo justo, mas, também, na abundância de imagens e ideias para a reforma social em uma imensa quantidade de escritos e documentos pertencentes seja à cultura douta, seja à popular (cf. Baczko, 1979, passim). 

      A esse respeito, lembra o comentador, a bibliografia especializada no assunto registra cerca de 80 relatos de viagens imaginárias, publicados na França entre 1676 e 1789, número que apresenta um crescimento impressionante, chegando a mais de 2 mil textos, se forem consideradas as múltiplas e diferentes projeções utópicas presentes na literatura da época.

      A imagem de homens livres e iguais que vivem fraternalmente em comunhão de bens, sem leis nem governos, representa, em geral, o ideal de sociedade entre as correntes progressistas da época, fascinando inclusive escritores políticos como Voltaire, Montesquieu e Diderot, que nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, circunscrevendo suas propostas de reforma do poder ao âmbito de um despotismo esclarecido, fiscalizado por uma opinião pública letrada, ou de uma monarquia constitucional inspirada no modelo vigente na Inglaterra após a Revolução Gloriosa2.

     De modo análogo, Charles Rihs3, em seu livro sobre os utopistas do século XVIII, chama a atenção para essas ‘antinomias’, lembrando, por exemplo, o descompasso entre o ideário social elitista de Voltaire e suas observações, feitas ao historiar os costumes, a respeito da felicidade dos povos do Novo Mundo e das tribos africanas que ignoram “o meu e o teu” (cf. Rihs, 1970, p. 14). Na mesma linha, Montesquieu, rígido defensor do ‘espírito das leis’ em sua obra principal, retrata com entusiasmo, nas Cartas persas, a organização social do pequeno reino árabe dos Trogloditas, onde todos trabalham jocosa e espontaneamente pelo bem comum. Além das divagações utópicas suscitadas pela investigação geográfica e histórica de culturas não-europeias, os homens das Luzes empreendem também a aventura filosófica, suspensa entre o real e o imaginário, como o Suplemento à Viagem de Bougainville, de Diderot, ou o Eldorado, em Cândido, de Voltaire, visões de paraísos onde os homens vivem felizes, sem brigas pela riqueza e pelo poder.

(Adaptado de PIOZZI, Patrizia. Os arquitetos da ordem anárquica: de Rousseau a Proudhon e Bakunin. São Paulo: Editora UNESP, 2006, p.73-74) 


Obs.: 1Bronislaw Baczko (1924-2016), filósofo e historiador de ideias polonês


 2Revolução Gloriosa ou Segunda Revolução Inglesa: movimento revolucionário de caráter pacífico, ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689, que gerou a troca do absolutismo monárquico pela monarquia parlamentar.


3Charles Rihs, autor de obra sobre os filósofos utopistas. 

A imagem de homens livres e iguais que vivem fraternalmente em comunhão de bens, sem leis nem governos, representa, em geral, o ideal de sociedade entre as correntes progressistas da época, fascinando inclusive escritores políticos como Voltaire, Montesquieu e Diderot, que nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, circunscrevendo suas propostas de reforma do poder ao âmbito de um despotismo esclarecido, fiscalizado por uma opinião pública letrada, ou de uma monarquia constitucional inspirada no modelo vigente na Inglaterra após a Revolução Gloriosa.

O comentário que o trecho acima reproduzido, em seu contexto, legitima é:

Alternativas
Comentários
  • Questão bem díficil.Não entendi muito!

  • Questão deveras difícil. Demorei uns 5-10 minutos pra resolver.

    Gabarito: Alternativa B)

    O comentário que o trecho acima reproduzido, em seu contexto, legitima é:

     

    a) O isolamento de sem leis nem governos por meio de vírgulas sinaliza que, por contemplar ideias inerentes à vida em comunhão de bens, o segmento exprime conteúdo acessório, anterior. Errado

     

    sem leis nem governos,” – aposto explicativo. Possui o mesmo peso argumentativo.

    b) A expressão em geral delimita a dimensão segundo a qual deve ser compreendida a ideia de que A imagem de homens livres e iguais [...] representa o ideal de sociedade entre as correntes progressistas da época.  Certo

     

    O autor delimita sua tese ao inserir a expressão “em geral” – equivale a “via de regra”, “geralmente”

    c) A referência a nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, , tem sua razão de ser pela relação que estabelece com a oração introduzida por circunscrevendo. Errado

     

    Houve motivação sim!

    O autor realiza contraponto entre aquilo que os pensadores defendiam:

    É uma crítica ao paradoxo

    d) O emprego do advérbio inclusive denota que não havia, à época, se sentir atraídos por imagens de homens livres e iguais vivendo fraternalmente em comunhão de bens. Errado

    Fascinava várias pessoas (ou segmentos sociais) ... até/inclusive escritores políticos.

    e) Os limites que Voltaire, Montesquieu e Diderot a suas propostas de social de países que sustentavam que a sociedade existe do poder exercido pelo Estado. Errado

     

    Eles ficaram inertes: que nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, circunscrevendo suas propostas de reforma do poder ao âmbito de um despotismo esclarecido

    Retirado do concorrente

  • essa prova de Taquígrafo tá de lascar...acertei, mas levei uns 15 minutos pra entender kkkk.....


ID
3453577
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

A questão refere-se ao texto que segue. 


     No belíssimo ensaio em que trata das representações utópicas no século XVIII, Bronislaw Baczko1 assinala que a vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem e de erguer uma ‘boa vida’ coletiva está presente nas mais variadas formas do imaginário social, constituindo um marco do ‘espírito do tempo’. A busca de um modelo ideal de convivência humana evidencia-se não só na proliferação de textos redigidos nos moldes tradicionais da literatura utópica, narrando viagens a um país feliz e/ou elaborando projetos para um governo justo, mas, também, na abundância de imagens e ideias para a reforma social em uma imensa quantidade de escritos e documentos pertencentes seja à cultura douta, seja à popular (cf. Baczko, 1979, passim). 

      A esse respeito, lembra o comentador, a bibliografia especializada no assunto registra cerca de 80 relatos de viagens imaginárias, publicados na França entre 1676 e 1789, número que apresenta um crescimento impressionante, chegando a mais de 2 mil textos, se forem consideradas as múltiplas e diferentes projeções utópicas presentes na literatura da época.

      A imagem de homens livres e iguais que vivem fraternalmente em comunhão de bens, sem leis nem governos, representa, em geral, o ideal de sociedade entre as correntes progressistas da época, fascinando inclusive escritores políticos como Voltaire, Montesquieu e Diderot, que nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, circunscrevendo suas propostas de reforma do poder ao âmbito de um despotismo esclarecido, fiscalizado por uma opinião pública letrada, ou de uma monarquia constitucional inspirada no modelo vigente na Inglaterra após a Revolução Gloriosa2.

     De modo análogo, Charles Rihs3, em seu livro sobre os utopistas do século XVIII, chama a atenção para essas ‘antinomias’, lembrando, por exemplo, o descompasso entre o ideário social elitista de Voltaire e suas observações, feitas ao historiar os costumes, a respeito da felicidade dos povos do Novo Mundo e das tribos africanas que ignoram “o meu e o teu” (cf. Rihs, 1970, p. 14). Na mesma linha, Montesquieu, rígido defensor do ‘espírito das leis’ em sua obra principal, retrata com entusiasmo, nas Cartas persas, a organização social do pequeno reino árabe dos Trogloditas, onde todos trabalham jocosa e espontaneamente pelo bem comum. Além das divagações utópicas suscitadas pela investigação geográfica e histórica de culturas não-europeias, os homens das Luzes empreendem também a aventura filosófica, suspensa entre o real e o imaginário, como o Suplemento à Viagem de Bougainville, de Diderot, ou o Eldorado, em Cândido, de Voltaire, visões de paraísos onde os homens vivem felizes, sem brigas pela riqueza e pelo poder.

(Adaptado de PIOZZI, Patrizia. Os arquitetos da ordem anárquica: de Rousseau a Proudhon e Bakunin. São Paulo: Editora UNESP, 2006, p.73-74) 


Obs.: 1Bronislaw Baczko (1924-2016), filósofo e historiador de ideias polonês


 2Revolução Gloriosa ou Segunda Revolução Inglesa: movimento revolucionário de caráter pacífico, ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689, que gerou a troca do absolutismo monárquico pela monarquia parlamentar.


3Charles Rihs, autor de obra sobre os filósofos utopistas. 

Considere o parágrafo 4, em seu contexto, e as assertivas abaixo.


I. A expressão essas ‘antinomias’ remete ao comportamento que associa ideias progressistas, como a de vigilância ao poder, a ideias conservadoras, como a de preservar o poder de um soberano ou de uma elite.

II. Ao apontar o que considera um descompasso, Charles Rihs evidencia o equívoco de Voltaire ao julgar que a felicidade dos povos do Novo Mundo e das tribos africanas decorre do seu costume ancestral de negar a ideia de propriedade.

III. Dado o traço característico a ele atribuído, entende-se como descompasso o entusiasmo de Montesquieu ao conceber que pessoas possam trabalhar de modo divertido pelo bem comum sem que haja necessidade de instituições coercitivas.

IV. Os filósofos Diderot e Voltaire devem exclusivamente à aventura que a filosofia propicia a concepção que construíram, representaram e comentaram, de um espaço em que os homens superam a condição humana de conflitos e infelicidades. 

 

É correto o que se afirma em 

Alternativas

ID
3453580
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto que segue. 


     No belíssimo ensaio em que trata das representações utópicas no século XVIII, Bronislaw Baczko1 assinala que a vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem e de erguer uma ‘boa vida’ coletiva está presente nas mais variadas formas do imaginário social, constituindo um marco do ‘espírito do tempo’. A busca de um modelo ideal de convivência humana evidencia-se não só na proliferação de textos redigidos nos moldes tradicionais da literatura utópica, narrando viagens a um país feliz e/ou elaborando projetos para um governo justo, mas, também, na abundância de imagens e ideias para a reforma social em uma imensa quantidade de escritos e documentos pertencentes seja à cultura douta, seja à popular (cf. Baczko, 1979, passim). 

      A esse respeito, lembra o comentador, a bibliografia especializada no assunto registra cerca de 80 relatos de viagens imaginárias, publicados na França entre 1676 e 1789, número que apresenta um crescimento impressionante, chegando a mais de 2 mil textos, se forem consideradas as múltiplas e diferentes projeções utópicas presentes na literatura da época.

      A imagem de homens livres e iguais que vivem fraternalmente em comunhão de bens, sem leis nem governos, representa, em geral, o ideal de sociedade entre as correntes progressistas da época, fascinando inclusive escritores políticos como Voltaire, Montesquieu e Diderot, que nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, circunscrevendo suas propostas de reforma do poder ao âmbito de um despotismo esclarecido, fiscalizado por uma opinião pública letrada, ou de uma monarquia constitucional inspirada no modelo vigente na Inglaterra após a Revolução Gloriosa2.

     De modo análogo, Charles Rihs3, em seu livro sobre os utopistas do século XVIII, chama a atenção para essas ‘antinomias’, lembrando, por exemplo, o descompasso entre o ideário social elitista de Voltaire e suas observações, feitas ao historiar os costumes, a respeito da felicidade dos povos do Novo Mundo e das tribos africanas que ignoram “o meu e o teu” (cf. Rihs, 1970, p. 14). Na mesma linha, Montesquieu, rígido defensor do ‘espírito das leis’ em sua obra principal, retrata com entusiasmo, nas Cartas persas, a organização social do pequeno reino árabe dos Trogloditas, onde todos trabalham jocosa e espontaneamente pelo bem comum. Além das divagações utópicas suscitadas pela investigação geográfica e histórica de culturas não-europeias, os homens das Luzes empreendem também a aventura filosófica, suspensa entre o real e o imaginário, como o Suplemento à Viagem de Bougainville, de Diderot, ou o Eldorado, em Cândido, de Voltaire, visões de paraísos onde os homens vivem felizes, sem brigas pela riqueza e pelo poder.

(Adaptado de PIOZZI, Patrizia. Os arquitetos da ordem anárquica: de Rousseau a Proudhon e Bakunin. São Paulo: Editora UNESP, 2006, p.73-74) 


Obs.: 1Bronislaw Baczko (1924-2016), filósofo e historiador de ideias polonês


 2Revolução Gloriosa ou Segunda Revolução Inglesa: movimento revolucionário de caráter pacífico, ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689, que gerou a troca do absolutismo monárquico pela monarquia parlamentar.


3Charles Rihs, autor de obra sobre os filósofos utopistas. 

No belíssimo ensaio em que trata das representações utópicas no século XVIII, Bronislaw Baczko assinala que a vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem e de erguer uma ‘boa vida’ coletiva está presente nas mais variadas formas do imaginário social, constituindo um marco do ‘espírito do tempo’.

Sobre o que se tem acima, afirma-se com correção:

Alternativas
Comentários
  • São complementos do substantivo VONTADE:

    Vontade DE REDIMIR...(Objeto indireto)

    Vontade DE ERGUER...(Objeto Indireto)

  • Mesmo acertando, confesso que não entendi muito bem as alternativas. Fiquei entre b e d.

  • SUJEITO ORACIONAL.

  • Alguém aponta o erro da D?

  • Também não entendi o erro da D)

  • O ERRO DA LETRA ''D'' É DIZER QUE O VERBO ''REDIMIR'' EM; (de redimir a civilização moderna dos males) TEM O MESMO SENTIDO QUE: (“Redimiu-se fazendo hora extra”). O QUE NÃO ESTÁ CORRETO.

    VEJA:

     1- A vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem - (SENTIDO DE SALVAR, POUPAR A CIVILIZAÇÃO DOS MALES)

    2- '''Redimiu-se fazendo hora extra” - (SENTIDO DE VOCÊ COMPENSAR A CAGADA QUE FEZ, OU SEJA, EU FALTEI DO TRABALHO, MAS ME REDIMI FAZENDO HORA EXTRA. DESOBEDECI MINHA MÃE, MAS ME REDIMI LAVANDO A LOUÇA).

    ENTÃO CONCLUÍMOS QUE O VERBO REDIMIR TEM VÁRIOS SENTIDOS, COMO:

    Resgatar, expiar, pagar, salvar

    Compensar, indenizar, ressarcir, reembolsar

    ESPERO TER AJUDADO!

    QUALQUER ERRO ME AVISEM.

  • Difícil

  • Qual o erro da letra A?

  •  a vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem e ( a vontade ) de erguer uma ‘boa vida’ coletiva está presente - núcleo do sujeito das duas orações! Logo, B

  • Qual o erro da A?


ID
3453583
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto que segue. 


     No belíssimo ensaio em que trata das representações utópicas no século XVIII, Bronislaw Baczko1 assinala que a vontade de redimir a civilização moderna dos males que a afligem e de erguer uma ‘boa vida’ coletiva está presente nas mais variadas formas do imaginário social, constituindo um marco do ‘espírito do tempo’. A busca de um modelo ideal de convivência humana evidencia-se não só na proliferação de textos redigidos nos moldes tradicionais da literatura utópica, narrando viagens a um país feliz e/ou elaborando projetos para um governo justo, mas, também, na abundância de imagens e ideias para a reforma social em uma imensa quantidade de escritos e documentos pertencentes seja à cultura douta, seja à popular (cf. Baczko, 1979, passim). 

      A esse respeito, lembra o comentador, a bibliografia especializada no assunto registra cerca de 80 relatos de viagens imaginárias, publicados na França entre 1676 e 1789, número que apresenta um crescimento impressionante, chegando a mais de 2 mil textos, se forem consideradas as múltiplas e diferentes projeções utópicas presentes na literatura da época.

      A imagem de homens livres e iguais que vivem fraternalmente em comunhão de bens, sem leis nem governos, representa, em geral, o ideal de sociedade entre as correntes progressistas da época, fascinando inclusive escritores políticos como Voltaire, Montesquieu e Diderot, que nunca defenderam a abolição da propriedade e do Estado, circunscrevendo suas propostas de reforma do poder ao âmbito de um despotismo esclarecido, fiscalizado por uma opinião pública letrada, ou de uma monarquia constitucional inspirada no modelo vigente na Inglaterra após a Revolução Gloriosa2.

     De modo análogo, Charles Rihs3, em seu livro sobre os utopistas do século XVIII, chama a atenção para essas ‘antinomias’, lembrando, por exemplo, o descompasso entre o ideário social elitista de Voltaire e suas observações, feitas ao historiar os costumes, a respeito da felicidade dos povos do Novo Mundo e das tribos africanas que ignoram “o meu e o teu” (cf. Rihs, 1970, p. 14). Na mesma linha, Montesquieu, rígido defensor do ‘espírito das leis’ em sua obra principal, retrata com entusiasmo, nas Cartas persas, a organização social do pequeno reino árabe dos Trogloditas, onde todos trabalham jocosa e espontaneamente pelo bem comum. Além das divagações utópicas suscitadas pela investigação geográfica e histórica de culturas não-europeias, os homens das Luzes empreendem também a aventura filosófica, suspensa entre o real e o imaginário, como o Suplemento à Viagem de Bougainville, de Diderot, ou o Eldorado, em Cândido, de Voltaire, visões de paraísos onde os homens vivem felizes, sem brigas pela riqueza e pelo poder.

(Adaptado de PIOZZI, Patrizia. Os arquitetos da ordem anárquica: de Rousseau a Proudhon e Bakunin. São Paulo: Editora UNESP, 2006, p.73-74) 


Obs.: 1Bronislaw Baczko (1924-2016), filósofo e historiador de ideias polonês


 2Revolução Gloriosa ou Segunda Revolução Inglesa: movimento revolucionário de caráter pacífico, ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689, que gerou a troca do absolutismo monárquico pela monarquia parlamentar.


3Charles Rihs, autor de obra sobre os filósofos utopistas. 

Segmentos do texto vêm, abaixo, seguidos de observação quanto ao mecanismo de coesão textual de que fazem parte. A alternativa que apresenta correto reconhecimento do fenômeno de coesão é:

Alternativas
Comentários
  • tá de sacanexaaMm!!!
  • Gab E de Errouuuuu

    Antonomasia : variedade de metonímia que consiste em substituir um nome de objeto, entidade, pessoa etc. por outra denominação, que pode ser um nome comum (ou uma perífrase), um gentílico, um adjetivo etc., que seja sugestivo, explicativo, laudatório, eufêmico, irônico ou pejorativo e que caracterize uma qualidade universal ou conhecida do possuidor ( Aleijadinho por 'Antônio Francisco Lisboa'; a Rainha Santa por 'Isabel, rainha de Portugal, esposa de D. Dinis'; o Salvador por 'Jesus Cristo';

  • tenho mais chance de acertar essa chutando sem nem ler

  • Nada igual!!!


ID
3453595
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão  refere-se ao trecho a seguir. 

   De todos os fenômenos da cultura humana, o mito e a religião são os mais refratários a uma análise meramente lógica. O mito, à primeira vista, parece apenas caos − uma massa disforme de ideias incoerentes. Procurar as “razões” para tais ideias parece fútil e vão. Se existe alguma coisa que seja característica do mito, é o fato de que ele “não tem pé, nem cabeça”. Quanto ao pensamento religioso, não está de modo algum em oposição, necessariamente, ao pensamento racional ou filosófico. Determinar a verdadeira relação entre esses dois modos de pensamento foi uma das principais tarefas da filosofia medieval. Nos sistemas do alto escolasticismo, o problema parecia ter sido solucionado. Segundo Tomás de Aquino, a verdade religiosa é supranatural e suprarracional; mas não é “irracional”. Com base apenas na razão, não podemos penetrar os mistérios da fé. No entanto, esses mistérios não contradizem, mas completam e aperfeiçoam a razão. 

(CASSIRER, Ernst. Ensaio sobre o Homem: introdução a uma filosofia da cultura. Trad. Tomás Rosa Bueno. São Paulo: Martins Fontes, 1994, Coleção Tópicos, p. 121) 

A alternativa que apresenta os pontos mais relevantes do trecho acima, de modo claro, conciso e em conformidade com a norma-padrão da língua é:

Alternativas

ID
3453598
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As questões referem-se ao trecho a seguir.

   Como disse Machado de Assis, “certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão”.

   Certo é que ele, o Paulinho, o mais sensível, corajoso e leal dos representantes dos funcionários da fábrica, assim que assumiu as funções de chefe do almoxarifado, tornou-se o mais grosseiro representante do pequeno poder com que se sentiu ungido. 

   No dia em que Felipe deixou cair duas caixas de parafusos de tamanhos diferentes, não só foi advertido, como convocado a permanecer depois do horário para reorganizar as caixas. Eram muito importantes, disse ele, seriam necessárias na manhã seguinte logo cedo. “Convidado”, ele disse, porque, depois, tomariam juntos um café na esquina. 

   Ninguém o perdoou por aquilo, passaram a rejeitar-lhe a companhia e as brincadeiras, antes tão espontâneas, que todos recebiam com gargalhadas francas ou sorrisos sinceros. 

   Percebendo o mal-estar que se ampliava, a gerência pediu a presença da mediadora de conflitos recém-contratada. A certa altura, tentando justificar o que, para todos, era injustificável, lembrou o Paulinho que todos conheciam, o amigo, aquele guerreiro incansável etc. etc. E a certa altura, com a empáfia que o cargo inspira, ela disparou: 

   − Essas decisões que vocês julgam discricionárias é porque ele é um homem que age por vontade própria e independente.  

(Mariana Sorrento, inédito) 

É apropriado o seguinte comentário sobre o texto:

Alternativas

ID
3453601
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As questões referem-se ao trecho a seguir.

   Como disse Machado de Assis, “certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão”.

   Certo é que ele, o Paulinho, o mais sensível, corajoso e leal dos representantes dos funcionários da fábrica, assim que assumiu as funções de chefe do almoxarifado, tornou-se o mais grosseiro representante do pequeno poder com que se sentiu ungido. 

   No dia em que Felipe deixou cair duas caixas de parafusos de tamanhos diferentes, não só foi advertido, como convocado a permanecer depois do horário para reorganizar as caixas. Eram muito importantes, disse ele, seriam necessárias na manhã seguinte logo cedo. “Convidado”, ele disse, porque, depois, tomariam juntos um café na esquina. 

   Ninguém o perdoou por aquilo, passaram a rejeitar-lhe a companhia e as brincadeiras, antes tão espontâneas, que todos recebiam com gargalhadas francas ou sorrisos sinceros. 

   Percebendo o mal-estar que se ampliava, a gerência pediu a presença da mediadora de conflitos recém-contratada. A certa altura, tentando justificar o que, para todos, era injustificável, lembrou o Paulinho que todos conheciam, o amigo, aquele guerreiro incansável etc. etc. E a certa altura, com a empáfia que o cargo inspira, ela disparou: 

   − Essas decisões que vocês julgam discricionárias é porque ele é um homem que age por vontade própria e independente.  

(Mariana Sorrento, inédito) 

É correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Ela falou uma verdade( tautologia)

  • Solicito esclarecimento acerca da presente questão pelo Professor

  • Gabarito: Letra C

    E a certa altura, com a empáfia que o cargo inspira, ela disparou: 

    − Essas decisões que vocês julgam discricionárias é porque ele é um homem que age por vontade própria e independente. 

    Ao meu ver, nos elementos sublinhados temos um exemplo de tautologia, em que há redundância, repetição de mesmo sentindo por palavras diferentes.

    Se estiver errado, corrijam-me!

  • Conforme definições do dicionário Michaelis, tautologia é 1. um vício de linguagem que consiste em repetir o mesmo pensamento com palavras sinônimas; 2. Erro que apresenta, como progresso do pensamento, uma repetição em termos diferentes.

  • Parece que essas questões não são pra testar conhecimento e sim pra cansar o candidato.
  • Só tinha visto tautologia em Raciocínio Lógico. Enfim, mais um aprendizado.

  • Alguém me ajuda? Não acho o erro da D

  • Tautologia:

    Repetição de uma mesma ideia por meio de palavras diferentes; pleonasmo, redundância: "entrar para dentro" é uma tautologia.

    https://www.dicio.com.br/tautologia/

  • Conforme definições do dicionário Michaelis, tautologia é 1. um vício de linguagem que consiste em repetir o mesmo pensamento com palavras sinônimas; 2. Erro que apresenta, como progresso do pensamento, uma repetição em termos diferentes.

  • Tautologia = Pleonasmo = Redundância


ID
3453604
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a essa questão, considere o trecho de decreto legislativo fictício abaixo transcrito. 

O Congresso Nacional decreta: 
Art. 1o Fica aprovado o texto do Memorando de Entendimento do Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República das Águas Cristalinas,
(1) 
que os países assinaram sobre Cooperação no Campo da Pesca, tendo sido firmado em Brasília, em 13 de janeiro de 2009. 
(2) 
Parágrafo único Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos geradores de possíveis revisões do Memorando 
(3) 
bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal1
(4) 
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 

Art. 2o Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em 1o de julho de 2012. 

Senador Mário Luís Quintana
Presidente do Senado Federal 

Obs.: 1É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I − resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 

Considere, agora, as avaliações quanto à redação dos segmentos destacados no decreto, apresentadas a seguir. 
I. Em 1, a redação está clara e correta, sem necessidade de ajuste.
II. Em 2, a construção é prolixa, devendo ser reduzida.
III. Em 3, a formulação alternativa “quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Memorando” seria mais clara.
IV. Dado o conteúdo do citado texto da Constituição, deslocar o segmento para logo após a expressão bem como torna a redação mais precisa. 

Considere, agora, as avaliações quanto à redação dos segmentos destacados no decreto, apresentadas a seguir.

I. Em 1, a redação está clara e correta, sem necessidade de ajuste.
II. Em 2, a construção é prolixa, devendo ser reduzida.
III. Em 3, a formulação alternativa “quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Memorando” seria mais clara.
IV. Dado o conteúdo do citado texto da Constituição, deslocar o segmento para logo após a expressão bem como torna a redação mais precisa.

Os comentários que são legítimos são, APENAS,

Alternativas

ID
3453607
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase clara, coerente e em conformidade com a norma-padrão da língua é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E - Erros em vermelho

    A. Por ser um romance apócrifo, não tiveram como definir a verdadeira identidade daquele que se escondeu sob o anonimato para que sua irreverente obra fosse conhecida, mas, ao que tudo indica, chegarão a fixar a possível nacionalidade do autor.

    B. O que acabamos de descrever é exemplar de como funciona o que a palavra “oligarquia” significa; demonstra-se que o grande número de famílias mandantes atua, há décadas, naquele estado, e, sintomaticamente, em causa própria.

    C. O palestrante focalizou tema há décadas em debate, o do conflito entre pais e filhos, sustentando que cada geração toma como referencial o seu passado, o que não deve impedir de excluir nuanças e inovações.

    D. Em relação à sua própria história e da comunidade, pouco teve a acrescentar, pois, como professor de música para jovens em situação de risco, todas as suas experiências tiveram bastante repercussão na mídia, o que propiciou o prêmio alcançado.


ID
3453610
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A redação que não merece reparos, por estar clara e condizente com a norma-padrão da língua, é:

Alternativas
Comentários
  • Gab : B

    está perfeitamente redigida.

  • a) *levando em conta

    b) correta

    c) poderá ocorrer forte bate-boca entre eles

    d) aptos a passar

    e) plenáriO

    esses são os erros que julguei na referida questão. EQUÍVOCOS? AVISE-ME!!

  • GAB INCORRETO

    O gab (B) escreve

    é discriminável, mesmo à primeira vista, que os gastos da entidade beneficente são inaceitáveis.

    Perceba que o verbo deveria estar no subjuntivo. Correção:

    é discriminável, mesmo à primeira vista, que os gastos da entidade beneficente sejam inaceitáveis.


ID
3453613
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão. 

     O nascimento da retórica é tradicionalmente atribuído ao siciliano Córax e remonta ao século V a.C., a um período histórico caracterizado pela transição de um governo tirânico para um regime democrático. Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los. Contudo, não se conhecia a figura do profissional da advocacia como se conhece nos dias atuais, de forma que os cidadãos que buscassem a solução de seus conflitos no judiciário deveriam providenciar por si mesmos a sustentação de suas teses. 

     Atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva, Córax e seu discípulo Tísias, por volta de 465 a.C., lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra – um manual que apresentava, de forma didática, lições de como bem sustentar uma tese em juízo, com vistas a vencer qualquer demanda. Nesse momento, a retórica, entendida como a arte de persuadir, adquiria cada vez mais prestígio, pois existia a crença de que aquele que dominasse suas técnicas seria capaz de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa.

     Da Sicília, então dominada pelos gregos, a retórica migrou para Atenas e lá encontrou terreno fértil para o desenvolvimento de seus postulados, com o florescimento da polis grega, onde as decisões políticas eram tomadas mediante ampla participação popular. 

  Considerando esse contexto em que nasceu e se desenvolveu a retórica, torna-se plenamente compreensível o realce que os pesquisadores dão a seu caráter sociocultural de instrumento de exercício da cidadania. 


(Adaptado de: PAULINELLI, Maysa de Pádua Teixeira. Retórica, argumentação e discurso em retrospectiva. Linguagem em (Dis)curso – LemD. Tubarão, SC, v. 14, n. 2, p. 391-409, maio/ago. 2014, p. 394. Disponível em: www.scielo.br

De acordo com as informações do texto,

Alternativas
Comentários
  • lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra um manual que apresentava, de forma didática, lições de como bem sustentar uma tese em juízo, com vistas a vencer qualquer demanda. Nesse momento, a retórica, entendida como a arte de persuadir, adquiria cada vez mais prestígio, pois existia a crença de que aquele que dominasse suas técnicas seria capaz de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa.

    GABARITO. A


ID
3453616
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão. 

     O nascimento da retórica é tradicionalmente atribuído ao siciliano Córax e remonta ao século V a.C., a um período histórico caracterizado pela transição de um governo tirânico para um regime democrático. Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los. Contudo, não se conhecia a figura do profissional da advocacia como se conhece nos dias atuais, de forma que os cidadãos que buscassem a solução de seus conflitos no judiciário deveriam providenciar por si mesmos a sustentação de suas teses. 

     Atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva, Córax e seu discípulo Tísias, por volta de 465 a.C., lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra – um manual que apresentava, de forma didática, lições de como bem sustentar uma tese em juízo, com vistas a vencer qualquer demanda. Nesse momento, a retórica, entendida como a arte de persuadir, adquiria cada vez mais prestígio, pois existia a crença de que aquele que dominasse suas técnicas seria capaz de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa.

     Da Sicília, então dominada pelos gregos, a retórica migrou para Atenas e lá encontrou terreno fértil para o desenvolvimento de seus postulados, com o florescimento da polis grega, onde as decisões políticas eram tomadas mediante ampla participação popular. 

  Considerando esse contexto em que nasceu e se desenvolveu a retórica, torna-se plenamente compreensível o realce que os pesquisadores dão a seu caráter sociocultural de instrumento de exercício da cidadania. 


(Adaptado de: PAULINELLI, Maysa de Pádua Teixeira. Retórica, argumentação e discurso em retrospectiva. Linguagem em (Dis)curso – LemD. Tubarão, SC, v. 14, n. 2, p. 391-409, maio/ago. 2014, p. 394. Disponível em: www.scielo.br

A partir da leitura do texto, conclui-se que, inicialmente, a retórica

Alternativas
Comentários
  • a)era acessível a uma elite conhecedora das leis, que representava e defendia os envolvidos em conflitos judiciários. ERRADO

    "(...)os cidadãos que buscassem a solução de seus conflitos no judiciário deveriam providenciar por si mesmos a sustentação de suas teses". 

    Gab.: b)não comtemplava a veracidade do dito, uma vez que se restringia ao modo de se expressar para atingir determinado objetivo.

    "(...) um manual que apresentava, de forma didática, lições de como bem sustentar uma tese em juízo, com vistas a vencer qualquer demanda."

    c)gozou de grande prestígio, tendo em vista que os que conheciam suas técnicas eram capazes de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa. ERRADO

    "Nesse momento, a retórica, entendida como a arte de persuadir, adquiria cada vez mais prestígio, pois existia a crença de que aquele que dominasse suas técnicas seria capaz de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa".

    >>>Ela tinha prestígio, sim, porém, no texto traz a crença/hipótese de que quem dominasse as técnicas da retórica poderia convencer qualquer pessoa de qualquer coisa. Na alternativa C, há uma afirmação de que isso poderia ocorrer, o que a torna errada.

    d) constituía um conjunto de práticas comunicativas partilhadas oralmente pelo povo de maneira difusa e assistemática. ERRADO

    Era um manual.

    e)não servia aos interesses do povo, mas sim de um governo tirano, que despojava os cidadãos de seus bens. ERRADO

    Servia ao interesse de quem quisesse vencer qualquer demanda.

  • tá di brincaixxoo with me cara

ID
3453619
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão. 

     O nascimento da retórica é tradicionalmente atribuído ao siciliano Córax e remonta ao século V a.C., a um período histórico caracterizado pela transição de um governo tirânico para um regime democrático. Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los. Contudo, não se conhecia a figura do profissional da advocacia como se conhece nos dias atuais, de forma que os cidadãos que buscassem a solução de seus conflitos no judiciário deveriam providenciar por si mesmos a sustentação de suas teses. 

     Atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva, Córax e seu discípulo Tísias, por volta de 465 a.C., lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra – um manual que apresentava, de forma didática, lições de como bem sustentar uma tese em juízo, com vistas a vencer qualquer demanda. Nesse momento, a retórica, entendida como a arte de persuadir, adquiria cada vez mais prestígio, pois existia a crença de que aquele que dominasse suas técnicas seria capaz de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa.

     Da Sicília, então dominada pelos gregos, a retórica migrou para Atenas e lá encontrou terreno fértil para o desenvolvimento de seus postulados, com o florescimento da polis grega, onde as decisões políticas eram tomadas mediante ampla participação popular. 

  Considerando esse contexto em que nasceu e se desenvolveu a retórica, torna-se plenamente compreensível o realce que os pesquisadores dão a seu caráter sociocultural de instrumento de exercício da cidadania. 


(Adaptado de: PAULINELLI, Maysa de Pádua Teixeira. Retórica, argumentação e discurso em retrospectiva. Linguagem em (Dis)curso – LemD. Tubarão, SC, v. 14, n. 2, p. 391-409, maio/ago. 2014, p. 394. Disponível em: www.scielo.br

O texto organiza-se de acordo com o raciocínio

Alternativas
Comentários
  • bag b


ID
3453622
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão. 

     O nascimento da retórica é tradicionalmente atribuído ao siciliano Córax e remonta ao século V a.C., a um período histórico caracterizado pela transição de um governo tirânico para um regime democrático. Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los. Contudo, não se conhecia a figura do profissional da advocacia como se conhece nos dias atuais, de forma que os cidadãos que buscassem a solução de seus conflitos no judiciário deveriam providenciar por si mesmos a sustentação de suas teses. 

     Atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva, Córax e seu discípulo Tísias, por volta de 465 a.C., lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra – um manual que apresentava, de forma didática, lições de como bem sustentar uma tese em juízo, com vistas a vencer qualquer demanda. Nesse momento, a retórica, entendida como a arte de persuadir, adquiria cada vez mais prestígio, pois existia a crença de que aquele que dominasse suas técnicas seria capaz de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa.

     Da Sicília, então dominada pelos gregos, a retórica migrou para Atenas e lá encontrou terreno fértil para o desenvolvimento de seus postulados, com o florescimento da polis grega, onde as decisões políticas eram tomadas mediante ampla participação popular. 

  Considerando esse contexto em que nasceu e se desenvolveu a retórica, torna-se plenamente compreensível o realce que os pesquisadores dão a seu caráter sociocultural de instrumento de exercício da cidadania. 


(Adaptado de: PAULINELLI, Maysa de Pádua Teixeira. Retórica, argumentação e discurso em retrospectiva. Linguagem em (Dis)curso – LemD. Tubarão, SC, v. 14, n. 2, p. 391-409, maio/ago. 2014, p. 394. Disponível em: www.scielo.br

Condizente com o gênero de divulgação científica, verifica-se no texto

Alternativas
Comentários
  • Fui por eliminação, ainda que não concorde com a D, pois o trecho "torna-se plenamente compreensível o realce que os pesquisadores dão a seu caráter sociocultural de instrumento de exercício da cidadania", evidencia uma subjetividade do autor do texto.

    GAB D

  • O uso da terceira pessoa acontece durante todo o texto. Isto facilitou a


ID
3453625
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão. 

     O nascimento da retórica é tradicionalmente atribuído ao siciliano Córax e remonta ao século V a.C., a um período histórico caracterizado pela transição de um governo tirânico para um regime democrático. Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los. Contudo, não se conhecia a figura do profissional da advocacia como se conhece nos dias atuais, de forma que os cidadãos que buscassem a solução de seus conflitos no judiciário deveriam providenciar por si mesmos a sustentação de suas teses. 

     Atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva, Córax e seu discípulo Tísias, por volta de 465 a.C., lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra – um manual que apresentava, de forma didática, lições de como bem sustentar uma tese em juízo, com vistas a vencer qualquer demanda. Nesse momento, a retórica, entendida como a arte de persuadir, adquiria cada vez mais prestígio, pois existia a crença de que aquele que dominasse suas técnicas seria capaz de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa.

     Da Sicília, então dominada pelos gregos, a retórica migrou para Atenas e lá encontrou terreno fértil para o desenvolvimento de seus postulados, com o florescimento da polis grega, onde as decisões políticas eram tomadas mediante ampla participação popular. 

  Considerando esse contexto em que nasceu e se desenvolveu a retórica, torna-se plenamente compreensível o realce que os pesquisadores dão a seu caráter sociocultural de instrumento de exercício da cidadania. 


(Adaptado de: PAULINELLI, Maysa de Pádua Teixeira. Retórica, argumentação e discurso em retrospectiva. Linguagem em (Dis)curso – LemD. Tubarão, SC, v. 14, n. 2, p. 391-409, maio/ago. 2014, p. 394. Disponível em: www.scielo.br

Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los. (1o parágrafo)

Uma construção com função sintático-semântica análoga à sublinhada no período acima também está sublinhada em:

Alternativas
Comentários
  • Relação de causa e consequência.
  • Aposto ?

  • Qual o erro da B?

  • Córax e seu discípulo Tísias, por volta de 465 a.C., Atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva, lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra... (2o parágrafo)

    APOSTO! GABARITO C

  • Nao entendi. A letra B parece que tem valor de aposto. Arthur caravalho cadê vc?

  • "Inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los." Tirando o termo intercalado e o colocando no final temos:

    "Inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que recorriam à justiça na tentativa de reavê-los e (estavam/eram) despojados de seus bens pela tirania" Agora fica claro que o termo é um predicativo do sujeito, não um aposto! Questão que te induz ao erro! Agora fica fácil entender porque a resposta é a letra C.

    Córax e seu discípulo Tísias (estavam) atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva (Predicativo do Sujeito: Corax e Tisias).

  • Dica para facilitar:

    Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los.

    Pense neste termo que está ENTRE VÍRGULAS como um termo acessório, ou seja, a presença ou não dele não atrapalha a compreensão da ORAÇÃO/FRASE. SEM ESTE TERMO ELA CONTINUA TENDO UM SENTIDO COMPLETO.

    OBSERVE:

    Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que recorriam à justiça na tentativa de reavê-los.

    Agora você ira fazer o mesmo com as demais alternativas .

    ENCONTRAMOS ENTÃO A ALTERNATIVA C.

    Atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva, Córax e seu discípulo Tísias, por volta de 465 a.C., lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra..

    ESTA EXPLICAÇÃO NÃO É NADA TÉCNICA, USEI A MINHA FORMA DE RACIOCÍNIO PARA RESOLUÇÃO RÁPIDA DE QUESTÃO.

    ESPERO TER AJUDADO.

  • Questão resolvida pela professora Adriana Figueiredo!!

    Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los.

    Colocando na ordem direta:

    Cidadãos recorriam à justiça na tentativa de reavê-los e estão despojados de seus bens pela tirania.

    Despojados é adjetivo que vem no predicado e se refere a sujeito, ou seja, é predicativo do sujeito.

    Vamos as alternativas:

    a) Incorreta. O termo destacado é objeto indireto.

    b) Incorreta. O termo destacado é adjunto adverbial.

    c) Correta. Colocando na ordem direta: Lançaram o primeiro tratado metódico... e estão atentos a essa crescente...

    Tem-se então uma adjetivo que vem no predicado e se refere a sujeito, sendo então predicativo do sujeito.

    d) Incorreta. O termo destacado é objeto direto.

    e) Incorreta. Tem-se no termo destacado um objeto direto e um objeto indireto.


ID
3453628
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão. 

     O nascimento da retórica é tradicionalmente atribuído ao siciliano Córax e remonta ao século V a.C., a um período histórico caracterizado pela transição de um governo tirânico para um regime democrático. Nesse período, inúmeros conflitos judiciários foram travados por cidadãos que, despojados de seus bens pela tirania, recorriam à justiça na tentativa de reavê-los. Contudo, não se conhecia a figura do profissional da advocacia como se conhece nos dias atuais, de forma que os cidadãos que buscassem a solução de seus conflitos no judiciário deveriam providenciar por si mesmos a sustentação de suas teses. 

     Atentos a essa crescente necessidade prática de elaboração discursiva, Córax e seu discípulo Tísias, por volta de 465 a.C., lançaram o primeiro tratado metódico sobre a arte da palavra – um manual que apresentava, de forma didática, lições de como bem sustentar uma tese em juízo, com vistas a vencer qualquer demanda. Nesse momento, a retórica, entendida como a arte de persuadir, adquiria cada vez mais prestígio, pois existia a crença de que aquele que dominasse suas técnicas seria capaz de convencer qualquer pessoa de qualquer coisa.

     Da Sicília, então dominada pelos gregos, a retórica migrou para Atenas e lá encontrou terreno fértil para o desenvolvimento de seus postulados, com o florescimento da polis grega, onde as decisões políticas eram tomadas mediante ampla participação popular. 

  Considerando esse contexto em que nasceu e se desenvolveu a retórica, torna-se plenamente compreensível o realce que os pesquisadores dão a seu caráter sociocultural de instrumento de exercício da cidadania. 


(Adaptado de: PAULINELLI, Maysa de Pádua Teixeira. Retórica, argumentação e discurso em retrospectiva. Linguagem em (Dis)curso – LemD. Tubarão, SC, v. 14, n. 2, p. 391-409, maio/ago. 2014, p. 394. Disponível em: www.scielo.br

Acerca do emprego da vírgula, está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • DUPLO GABARITO

    A afirmação A também está correta, porque a expressão virgulada funciona como aposto; ou usamos as duas vírgulas ou nenhuma; é absurda a frase com só a 1ª vírgula:

    Da Sicília, então dominada pelos gregos a retórica migrou para Atenas

  • Questão com 2 gabaritos, A e E!
  • A e E trata-se de oração adjetiva explicativa reduzida de particípio. Ambas retiradas não causaria erro Gramatical, só mudariam o sentido, pois passariam de explicativas para restritivas! Retirada DE AMBAS AS VÍRGULAS não seria erro Gramatical, mas a RETIRADA DE UMA SÓ, CAUSARIA ERRO GRAMATICAL. PORTANTO HA DOIS GABARITOS!!

  • a oração "entendida como a arte de persuadir" está entre vírgulas porque é subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio. Se as vírgulas fossem suprimidas, não acarretaria incorreção gramatical, porém mudaria o sentido.

    gabarito (E)

  • Galera, vamos pedir comentário do professor!

    Se há dúvidas, que venha a palavra dos mestres.

  • Pessoal, vamos pedir comentário do professor para esclarecer, pois acredito que essa questão deveria ser anulada por ter dois gabaritos: A e E.

  • Essa alternativa A me deixa com muitas dúvidas, ao menos não fui só eu.

  • Parabéns! Você acertou!

    GAB. E


ID
3453631
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A forma verbal entre parênteses deve flexionar-se de modo a concordar com o vocábulo sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • GAB : C

    Os antigos tratados de retórica muito (influenciaM) a oratória moderna, a qual tem sido alvo de diversos estudos.

    o verbo influenciar deve ser passado para o plural para concorda com o sujeito antigos tratados.

  • Letra A ,verbo caber, sujeito " a defesa"

    Letra b verbo convir ,sujeito" isso não convém,oração subordinada substantiva subjetiva.

    Letra C gabarito.

    Letra D ,pesquisadores concorda com o verbo atribuem.

    Letra E ,verbo importar,sujeito oracional "conhecer" quando o sujeito e oracional o verbo fica no singular

  • CUIDADO!

    Ou o QC ou a própria banca não transcreveu corretamente a C (gab).

    Na forma em que está, o gab diz que influenciar deve concordar com tratados como se o sujeito fosse realmente só tratados em vez do sintagma completo Os antigos tratados de retórica.


ID
3453634
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

   O advento da dominação do mercado sobre a cultura tem sido amplamente percebido pelo meio intelectual como uma expropriação. E a condenação pura e simples da cultura comercializada, conforme expresso na teoria da “cultura de massa”, dominante nas ciências sociais a partir da década de 1950 e por três décadas, foi a resposta intelectual inicial. Nessa teoria, as forças mercadológicas e os comerciantes de bens culturais com fins lucrativos eram acusados de causar a uniformização cultural, a “homogeneização” de produtos culturais distintos, e, ao fazê-lo, de promover um novo tipo de cultura “fácil”, insípida e sem rosto, sobretudo em detrimento da qualidade, da “alta cultura” e da criatividade cultural em geral. 

   Essa homogeneização, cuja perspectiva deixou os intelectuais tão alarmados cerca de sessenta anos atrás, não ocorreu. Pelo contrário, o mercado cultural parece prosperar na diversidade cultural e pela rápida sucessão de modas culturais. A cena cultural como conjunto de forças de mercado é mais uma reminiscência, um redemoinho de produtos e padrões variados, muitas vezes opostos entre si, que uma uniformidade neutralizante e padronizadora. Foi essa ausência de padrões privilegiados, e não a maçante monotonia “fácil”, que se provou o mais sério desafio ao papel dos intelectuais ortodoxos e sua autoridade inquestionável no que diz respeito a questões de gosto e escolha cultural e ética. A escolha foi privatizada, convertida em atributo da liberdade individual e de construção da identidade.

   A promoção de qualquer padrão cultural particular como essencialmente “melhor que”, ou de alguma maneira “superior a”, outras opções disponíveis ou concebíveis tem sido amplamente castigada e desdenhosamente rejeitada como um ato de opressão. Numa reviravolta inesperada, praticamente invertendo as respostas originais dos intelectuais, o mercado tem sido promovido ao posto de principal esteio da liberdade. A fundação moderna do poder coletivo dos intelectuais foi corroída: restou pouquíssima demanda pelas competências de que eles se orgulharam por toda a história moderna – de legisladores éticos e culturais, de projetistas e guardiões dos padrões culturais adequados.

   Hoje os intelectuais têm pouco a oferecer à vida privada da “maioria satisfeita” dos países ricos, a menos que eles se fundam à “cena cultural” comercializada, oferecendo suas ideias como mais uma mercadoria no superlotado hipermercado de kits de identidade para montar. Eles certamente perderam seu papel como legisladores culturais, esperando, na melhor das hipóteses, tornar indispensável sua nova função como intérpretes culturais – tradutores no contínuo intercâmbio entre diversos estilos culturais autônomos, mas equivalentes.

(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vidas em fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 184-5) 

A tese em torno da qual o autor estrutura sua argumentação está expressa no seguinte período:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    Nem me perguntem por quê

  • Aqui apareceu como gabarito a alternativa E


ID
3453637
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

   O advento da dominação do mercado sobre a cultura tem sido amplamente percebido pelo meio intelectual como uma expropriação. E a condenação pura e simples da cultura comercializada, conforme expresso na teoria da “cultura de massa”, dominante nas ciências sociais a partir da década de 1950 e por três décadas, foi a resposta intelectual inicial. Nessa teoria, as forças mercadológicas e os comerciantes de bens culturais com fins lucrativos eram acusados de causar a uniformização cultural, a “homogeneização” de produtos culturais distintos, e, ao fazê-lo, de promover um novo tipo de cultura “fácil”, insípida e sem rosto, sobretudo em detrimento da qualidade, da “alta cultura” e da criatividade cultural em geral. 

   Essa homogeneização, cuja perspectiva deixou os intelectuais tão alarmados cerca de sessenta anos atrás, não ocorreu. Pelo contrário, o mercado cultural parece prosperar na diversidade cultural e pela rápida sucessão de modas culturais. A cena cultural como conjunto de forças de mercado é mais uma reminiscência, um redemoinho de produtos e padrões variados, muitas vezes opostos entre si, que uma uniformidade neutralizante e padronizadora. Foi essa ausência de padrões privilegiados, e não a maçante monotonia “fácil”, que se provou o mais sério desafio ao papel dos intelectuais ortodoxos e sua autoridade inquestionável no que diz respeito a questões de gosto e escolha cultural e ética. A escolha foi privatizada, convertida em atributo da liberdade individual e de construção da identidade.

   A promoção de qualquer padrão cultural particular como essencialmente “melhor que”, ou de alguma maneira “superior a”, outras opções disponíveis ou concebíveis tem sido amplamente castigada e desdenhosamente rejeitada como um ato de opressão. Numa reviravolta inesperada, praticamente invertendo as respostas originais dos intelectuais, o mercado tem sido promovido ao posto de principal esteio da liberdade. A fundação moderna do poder coletivo dos intelectuais foi corroída: restou pouquíssima demanda pelas competências de que eles se orgulharam por toda a história moderna – de legisladores éticos e culturais, de projetistas e guardiões dos padrões culturais adequados.

   Hoje os intelectuais têm pouco a oferecer à vida privada da “maioria satisfeita” dos países ricos, a menos que eles se fundam à “cena cultural” comercializada, oferecendo suas ideias como mais uma mercadoria no superlotado hipermercado de kits de identidade para montar. Eles certamente perderam seu papel como legisladores culturais, esperando, na melhor das hipóteses, tornar indispensável sua nova função como intérpretes culturais – tradutores no contínuo intercâmbio entre diversos estilos culturais autônomos, mas equivalentes.

(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vidas em fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 184-5) 

De acordo com o que se afirma no texto,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:A, para não assinantes

  • Essa prova tá o cão!


ID
3453640
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

   O advento da dominação do mercado sobre a cultura tem sido amplamente percebido pelo meio intelectual como uma expropriação. E a condenação pura e simples da cultura comercializada, conforme expresso na teoria da “cultura de massa”, dominante nas ciências sociais a partir da década de 1950 e por três décadas, foi a resposta intelectual inicial. Nessa teoria, as forças mercadológicas e os comerciantes de bens culturais com fins lucrativos eram acusados de causar a uniformização cultural, a “homogeneização” de produtos culturais distintos, e, ao fazê-lo, de promover um novo tipo de cultura “fácil”, insípida e sem rosto, sobretudo em detrimento da qualidade, da “alta cultura” e da criatividade cultural em geral. 

   Essa homogeneização, cuja perspectiva deixou os intelectuais tão alarmados cerca de sessenta anos atrás, não ocorreu. Pelo contrário, o mercado cultural parece prosperar na diversidade cultural e pela rápida sucessão de modas culturais. A cena cultural como conjunto de forças de mercado é mais uma reminiscência, um redemoinho de produtos e padrões variados, muitas vezes opostos entre si, que uma uniformidade neutralizante e padronizadora. Foi essa ausência de padrões privilegiados, e não a maçante monotonia “fácil”, que se provou o mais sério desafio ao papel dos intelectuais ortodoxos e sua autoridade inquestionável no que diz respeito a questões de gosto e escolha cultural e ética. A escolha foi privatizada, convertida em atributo da liberdade individual e de construção da identidade.

   A promoção de qualquer padrão cultural particular como essencialmente “melhor que”, ou de alguma maneira “superior a”, outras opções disponíveis ou concebíveis tem sido amplamente castigada e desdenhosamente rejeitada como um ato de opressão. Numa reviravolta inesperada, praticamente invertendo as respostas originais dos intelectuais, o mercado tem sido promovido ao posto de principal esteio da liberdade. A fundação moderna do poder coletivo dos intelectuais foi corroída: restou pouquíssima demanda pelas competências de que eles se orgulharam por toda a história moderna – de legisladores éticos e culturais, de projetistas e guardiões dos padrões culturais adequados.

   Hoje os intelectuais têm pouco a oferecer à vida privada da “maioria satisfeita” dos países ricos, a menos que eles se fundam à “cena cultural” comercializada, oferecendo suas ideias como mais uma mercadoria no superlotado hipermercado de kits de identidade para montar. Eles certamente perderam seu papel como legisladores culturais, esperando, na melhor das hipóteses, tornar indispensável sua nova função como intérpretes culturais – tradutores no contínuo intercâmbio entre diversos estilos culturais autônomos, mas equivalentes.

(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vidas em fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 184-5) 

O autor, em sua argumentação, estabelece oposição entre o seguinte par:

Alternativas
Comentários
  • Sentido de oposição:

    Eles certamente perderam seu papel como legisladores culturais, esperando, na melhor das hipóteses, tornar indispensável sua nova função como intérpretes culturais

  • Só eu que nao vi oposição na letra B?

  • Perdeu seu papel: Legislador Cultural

    Ganhou nova funçao: Interprete cultural.


ID
3453643
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

   O advento da dominação do mercado sobre a cultura tem sido amplamente percebido pelo meio intelectual como uma expropriação. E a condenação pura e simples da cultura comercializada, conforme expresso na teoria da “cultura de massa”, dominante nas ciências sociais a partir da década de 1950 e por três décadas, foi a resposta intelectual inicial. Nessa teoria, as forças mercadológicas e os comerciantes de bens culturais com fins lucrativos eram acusados de causar a uniformização cultural, a “homogeneização” de produtos culturais distintos, e, ao fazê-lo, de promover um novo tipo de cultura “fácil”, insípida e sem rosto, sobretudo em detrimento da qualidade, da “alta cultura” e da criatividade cultural em geral. 

   Essa homogeneização, cuja perspectiva deixou os intelectuais tão alarmados cerca de sessenta anos atrás, não ocorreu. Pelo contrário, o mercado cultural parece prosperar na diversidade cultural e pela rápida sucessão de modas culturais. A cena cultural como conjunto de forças de mercado é mais uma reminiscência, um redemoinho de produtos e padrões variados, muitas vezes opostos entre si, que uma uniformidade neutralizante e padronizadora. Foi essa ausência de padrões privilegiados, e não a maçante monotonia “fácil”, que se provou o mais sério desafio ao papel dos intelectuais ortodoxos e sua autoridade inquestionável no que diz respeito a questões de gosto e escolha cultural e ética. A escolha foi privatizada, convertida em atributo da liberdade individual e de construção da identidade.

   A promoção de qualquer padrão cultural particular como essencialmente “melhor que”, ou de alguma maneira “superior a”, outras opções disponíveis ou concebíveis tem sido amplamente castigada e desdenhosamente rejeitada como um ato de opressão. Numa reviravolta inesperada, praticamente invertendo as respostas originais dos intelectuais, o mercado tem sido promovido ao posto de principal esteio da liberdade. A fundação moderna do poder coletivo dos intelectuais foi corroída: restou pouquíssima demanda pelas competências de que eles se orgulharam por toda a história moderna – de legisladores éticos e culturais, de projetistas e guardiões dos padrões culturais adequados.

   Hoje os intelectuais têm pouco a oferecer à vida privada da “maioria satisfeita” dos países ricos, a menos que eles se fundam à “cena cultural” comercializada, oferecendo suas ideias como mais uma mercadoria no superlotado hipermercado de kits de identidade para montar. Eles certamente perderam seu papel como legisladores culturais, esperando, na melhor das hipóteses, tornar indispensável sua nova função como intérpretes culturais – tradutores no contínuo intercâmbio entre diversos estilos culturais autônomos, mas equivalentes.

(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vidas em fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 184-5) 

A palavra redemoinho, empregada no segundo parágrafo, refere-se figurativamente

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA D CORRETA

    "...a cena cultural como conjunto de forças de mercado é mais uma reminiscência, um redemoinho de produtos e padrões variados, muitas vezes opostos entre si, (do) que uma uniformidade neutralizante e padronizadora..."

  • Pelo contrário, o mercado cultural parece prosperar na diversidade cultural e pela rápida sucessão de modas culturais. A cena cultural como conjunto de forças de mercado é mais uma reminiscência, um redemoinho de produtos e padrões variados, muitas vezes opostos entre si, que uma uniformidade neutralizante e padronizadora. Foi essa ausência de padrões privilegiados, e não a maçante monotonia “fácil”, que se provou o mais sério desafio ao papel dos intelectuais ortodoxos e sua autoridade inquestionável no que diz respeito a questões de gosto e escolha cultural e ética.

    Gabarito D


ID
3453646
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

   O advento da dominação do mercado sobre a cultura tem sido amplamente percebido pelo meio intelectual como uma expropriação. E a condenação pura e simples da cultura comercializada, conforme expresso na teoria da “cultura de massa”, dominante nas ciências sociais a partir da década de 1950 e por três décadas, foi a resposta intelectual inicial. Nessa teoria, as forças mercadológicas e os comerciantes de bens culturais com fins lucrativos eram acusados de causar a uniformização cultural, a “homogeneização” de produtos culturais distintos, e, ao fazê-lo, de promover um novo tipo de cultura “fácil”, insípida e sem rosto, sobretudo em detrimento da qualidade, da “alta cultura” e da criatividade cultural em geral. 

   Essa homogeneização, cuja perspectiva deixou os intelectuais tão alarmados cerca de sessenta anos atrás, não ocorreu. Pelo contrário, o mercado cultural parece prosperar na diversidade cultural e pela rápida sucessão de modas culturais. A cena cultural como conjunto de forças de mercado é mais uma reminiscência, um redemoinho de produtos e padrões variados, muitas vezes opostos entre si, que uma uniformidade neutralizante e padronizadora. Foi essa ausência de padrões privilegiados, e não a maçante monotonia “fácil”, que se provou o mais sério desafio ao papel dos intelectuais ortodoxos e sua autoridade inquestionável no que diz respeito a questões de gosto e escolha cultural e ética. A escolha foi privatizada, convertida em atributo da liberdade individual e de construção da identidade.

   A promoção de qualquer padrão cultural particular como essencialmente “melhor que”, ou de alguma maneira “superior a”, outras opções disponíveis ou concebíveis tem sido amplamente castigada e desdenhosamente rejeitada como um ato de opressão. Numa reviravolta inesperada, praticamente invertendo as respostas originais dos intelectuais, o mercado tem sido promovido ao posto de principal esteio da liberdade. A fundação moderna do poder coletivo dos intelectuais foi corroída: restou pouquíssima demanda pelas competências de que eles se orgulharam por toda a história moderna – de legisladores éticos e culturais, de projetistas e guardiões dos padrões culturais adequados.

   Hoje os intelectuais têm pouco a oferecer à vida privada da “maioria satisfeita” dos países ricos, a menos que eles se fundam à “cena cultural” comercializada, oferecendo suas ideias como mais uma mercadoria no superlotado hipermercado de kits de identidade para montar. Eles certamente perderam seu papel como legisladores culturais, esperando, na melhor das hipóteses, tornar indispensável sua nova função como intérpretes culturais – tradutores no contínuo intercâmbio entre diversos estilos culturais autônomos, mas equivalentes.

(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vidas em fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 184-5) 

Uma análise adequada de um trecho do texto está em:

Alternativas
Comentários
  • Correto: letra A

    A - Em o mercado cultural parece prosperar na diversidade cultural e pela rápida sucessão de modas culturais (2o parágrafo), verifica-se esforço de evitar fazer uma afirmação categórica.

  • ufa!! quase dez minutos pra resolver, mas pelo menos acertei!!!

ID
3453649
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

   O advento da dominação do mercado sobre a cultura tem sido amplamente percebido pelo meio intelectual como uma expropriação. E a condenação pura e simples da cultura comercializada, conforme expresso na teoria da “cultura de massa”, dominante nas ciências sociais a partir da década de 1950 e por três décadas, foi a resposta intelectual inicial. Nessa teoria, as forças mercadológicas e os comerciantes de bens culturais com fins lucrativos eram acusados de causar a uniformização cultural, a “homogeneização” de produtos culturais distintos, e, ao fazê-lo, de promover um novo tipo de cultura “fácil”, insípida e sem rosto, sobretudo em detrimento da qualidade, da “alta cultura” e da criatividade cultural em geral. 

   Essa homogeneização, cuja perspectiva deixou os intelectuais tão alarmados cerca de sessenta anos atrás, não ocorreu. Pelo contrário, o mercado cultural parece prosperar na diversidade cultural e pela rápida sucessão de modas culturais. A cena cultural como conjunto de forças de mercado é mais uma reminiscência, um redemoinho de produtos e padrões variados, muitas vezes opostos entre si, que uma uniformidade neutralizante e padronizadora. Foi essa ausência de padrões privilegiados, e não a maçante monotonia “fácil”, que se provou o mais sério desafio ao papel dos intelectuais ortodoxos e sua autoridade inquestionável no que diz respeito a questões de gosto e escolha cultural e ética. A escolha foi privatizada, convertida em atributo da liberdade individual e de construção da identidade.

   A promoção de qualquer padrão cultural particular como essencialmente “melhor que”, ou de alguma maneira “superior a”, outras opções disponíveis ou concebíveis tem sido amplamente castigada e desdenhosamente rejeitada como um ato de opressão. Numa reviravolta inesperada, praticamente invertendo as respostas originais dos intelectuais, o mercado tem sido promovido ao posto de principal esteio da liberdade. A fundação moderna do poder coletivo dos intelectuais foi corroída: restou pouquíssima demanda pelas competências de que eles se orgulharam por toda a história moderna – de legisladores éticos e culturais, de projetistas e guardiões dos padrões culturais adequados.

   Hoje os intelectuais têm pouco a oferecer à vida privada da “maioria satisfeita” dos países ricos, a menos que eles se fundam à “cena cultural” comercializada, oferecendo suas ideias como mais uma mercadoria no superlotado hipermercado de kits de identidade para montar. Eles certamente perderam seu papel como legisladores culturais, esperando, na melhor das hipóteses, tornar indispensável sua nova função como intérpretes culturais – tradutores no contínuo intercâmbio entre diversos estilos culturais autônomos, mas equivalentes.

(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vidas em fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 184-5) 

A palavra equivalentes, ao final do texto, retoma e corrobora o que se argumenta especificamente em:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D para os não assinantes.


ID
3453652
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conforme a norma-padrão, uma frase escrita com correção, clareza e concisão é

Alternativas
Comentários
  • Letra E.

    Os parlamentares discutiram uma maneira de coibir a importação de alimentos – de origem animal ou vegetal – originados de países que não adotam regras de proteção ambiental similares às normas brasileiras.


ID
3453655
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Está escrito com coesão, coerência e em conformidade com a norma-padrão da língua o seguinte fragmento de um possível discurso de posse de um prefeito recém-eleito:

Alternativas
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  • Letra C.

    Tenham a certeza de que eu e todos os que fizerem parte de minha equipe nos disporemos a trabalhar em parceria com a sociedade civil, a fim de atender as demandas do povo.

    Erro da Letra E: Conquanto introduz uma oração subordinada que contém a afirmação de um fato contrário ao da afirmação contida na oração principal, mas que não é suficiente para anular este último; embora, se bem que, não obstante.