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Prova Ufersa - 2021 - UFERSA - Assistente Social - Grupo I


ID
5531335
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

A leitura global do texto permite concluir que

Alternativas
Comentários
  • fora do texto?


ID
5531338
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

No que se refere à progressão temática, é CORRETO afirmar que o texto

Alternativas
Comentários
  • onde tem defesa de um ponto de vista? tem apenas exposição dos dois lados (sexualização e empoderamento).


ID
5531341
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Considerando-se a relação do terceiro parágrafo do texto com os anteriores, é possível afirmar que ele

Alternativas
Comentários
  • O 3° Parágrafo vai de encontro(contra) a atitude das atletas, ou seja, percebe-se que há pessoas (Patrulha da roupa feminina, juízes) que não apoiam a atitudes das atletas.

    Qualquer erro só avisar que retifico o comentário.

    GAB.: B

  • Gabarito: letra B

    Motivo da primeira punição: muita roupa (1º e 2º parágrafos)

    Motivo da segunda punição: pouca roupa (3º parágrafo)

    Situação similar: punição


ID
5531344
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Sobre o uso das aspas na expressão “pedido de desculpas feminino”, no sexto parágrafo do texto, justifica-se por  

Alternativas
Comentários
  • Alguém comenta aqui, por favor. Obg

  • Ilha textual é uma forma hibrida de citação "o ladrão confessou que tinha roubado para 'Matar a fome dos bruguelos'"

  • Ilha textual ou ilha enunciativa é uma forma híbrida de citação.

    Considere os exemplos seguintes: Ex.: Vera disse aos prantos que tinha flagrado o marido “papando a empregada”.

    Ex.: O ladrão confessou que tinha roubado para “matá as fome dos bruguelo”.

    Ex.: Segundo o Presidente da República, “é necessário que cada posto de gasolina seja fiscalizado”.

    O enunciador de cada um dos grupos acima isolou em itálico e entre aspas um fragmento que, ao mesmo tempo, ele utiliza e menciona, emprega e cita. Apesar de o fragmento possuir a estrutura do discurso indireto ou da modalização em discurso segundo, há neles algumas palavras que são atribuídas aos enunciadores citados. Aqui a ilha é indicada pelas aspas e pelo itálico. É o procedimento mais frequente na imprensa. Pode-se também encontrar somente as aspas ou somente o itálico. Nesse tipo de citação, as marcas tipográficas permitem verificar que essa parte do texto não é assumida pelo enunciador.

     Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”).

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte. sexto parágrafo do texto

  • GABARITO C

    ANÁLISE DO TEXTO

     Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos (...).

    JUSTIFICANDO

    a) [ERRADO] Delimitar uma citação em discurso direto. = Não se trata da citação de um discurso direto, visto que não há transcrição exata de uma fala ou discurso alheio.

    b) [ERRADO] Conter uma expressão desconhecida do leitor até então. = A expressão foi estabelecida e apresentada anteriormente no texto.

    c) [CERTO] Demarcar a ocorrência de uma ilha textual. = Percebe-se que, nesse tipo de citação, as marcas gráficas permitem verificar que parte do texto não é assumida pelo enunciador. Caracterizando, portanto, a ilha textual.

    d) [ERRADO] Fazer parte de uma citação em discurso segundo. = Discurso segundo é apenas se apoiar em um texto alheio. Porém, isso não acontece no caso concreto supracitado.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531347
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Considere a leitura do excerto: “Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não o importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida”. Acerca da função textual dos elementos linguísticos destacados, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se julgamento das assertivas sobre os termos destacados no texto:

    Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não o importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida”.

    D) Todos eles têm função coesiva e atuam como operadores argumentativos no trecho. Nenhum deles tem função puramente gramatical.

    Correta. Todos os termos destacados são conjuncionais que servem de elementos coesivos, elos de ligação entre construções, atuando como operadores argumentativos, vez que introduzem ideias, direcionando o contexto enunciativo.

    Conjunções, por seu valor semântico, introduzindo sentidos, não possuem apenas função gramatical, indispensável para o encadeamento oracional, mas sempre servirão de elementos de coesão e coerência, indispensáveis ao entendimento da informação.


ID
5531350
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Observe o trecho: “Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do ‘pedido de desculpas feminino’ no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo”. Acerca da construção sintática desse período, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • CUIDADO

    A questão não possui gabarito

    Solicita-se julgamento das assertivas sobre a composição da passagem:

    “Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do ‘pedido de desculpas feminino’ no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo

    A passagem destacada acima é uma extensa oração subordinada adverbial causal - "como é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo, os meios de comunicação têm um papel importante..." - que, dado o contexto causal/concreto, não deve ser confundida com uma oração coordenada explicativa. Estas encontram lugar em contextos imperativos e hipotéticos, destituídos da concretude do nexo causal.

    Dentro da passagem destacada podemos ainda encontrar uma oração subordinada adjetiva restritiva - "que as patrocinem".

    A) Há, pelo menos, uma oração coordenada adversativa e, pelo menos, uma oração subordinada adjetiva explicativa.

    Incorreto. Não há na passagem ocorrência de oração coordenada adversativa.

    B) Há, pelo menos, uma oração coordenada aditiva e, pelo menos, uma oração subordinada adverbial temporal.

    Incorreto. Não há na passagem ocorrência de oração coordenada aditiva.

    C) Há, pelo menos, uma oração coordenada adversativa e, pelo menos, uma oração subordinada adverbial modal.

    Incorreto. Não há na passagem ocorrência de oração coordenada adversativa ou subordinada adverbial modal.

    D) Há, pelo menos, uma oração coordenada explicativa e, pelo menos, uma oração subordinada adjetiva restritiva.  

    Incorreta. A banca erra ao classificar a oração destaca como coordenada explicativa, invalidando a assertiva.

    Gabarito da banca na alternativa D

    Gabarito correto ausente

  • gab D e pronto!

  • Letre D minha gente, pois a unica oração coordenativa sindetica na frase é "porque"

    ESTUDE...

  • olhei o restritivo kkk


ID
5531353
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

No período: “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante”, a oração em destaque tem função sintática de

Alternativas
Comentários
  • oração subordinada adverbial temporal - começa com quando.

    decorar tabela de conjunções!

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se função sintática da passagem destacada em:

     “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante”

    A passagem, encabeçada por conjunção subordinativa, é um extenso adjunto adverbial de tempo. Salienta-se, composto por outras orações.

  • eu só olhei pra frase que começa com QUANDO.. ITEM C
  • Errei, pois estava claro demais pra ser verdade... lamentável ser eu...

  • Acertei, porem se vc namorar muito a questão vc vacila!

    Gabarito: C

    PMPI, vai que colle!!

  • quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia

    QUANDO = TEMPO = LOCUÇÃO ADVERBIAL....

  • GABARITO C

    PARTÍCULA TEXTUAL

    “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante”.

    JUSTIFICANDO

    A partícula é introduzida por uma Conjunção Subordinativa Temporal. Portanto, trata-se de um Adjunto Adverbial de Tempo.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531356
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

No excerto: “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”, o uso de dois-pontos ocorre com o propósito de: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    A função dos dois pontos é introduzir palavras, expressões ou frases que servem para esclarecer ou explicar uma passagem anterior.

    EXEMPLO:

     “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”

  • A questão é de pontuação e quer saber por qual razão os dois-pontos foram usados em “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”. Vejamos:

     .

    Nesse caso, os dois-pontos foram usados para esclarecer uma ideia anterior sobre como foi a foto grupal.

     .

    Para complementar:

     .

    Os DOIS PONTOS servem para marcar, na escrita, uma sensível suspensão da voz na melodia de uma frase não concluída. Empregam-se, pois, para anunciar:

     

    1º) uma citação (geralmente depois de verbo ou expressão que signifique dizer, responder, perguntar e sinônimos):

    Clemente voltou para dizer:

    - Não enxerguei ninguém, camarada. Era bicho.

     

    2º) uma enumeração explicativa:

    À sua volta, tudo lhe parece chorar: as árvores, o capim, os insetos.

     

    3º) um esclarecimento, uma síntese ou consequência do que foi enunciado:

    Não era desgosto: era cansaço e vergonha.

     .

    Referência: CUNHA, Celso. CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo, 5.ª edição, Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

     .

    Gabarito: Letra A

  • Nesta questão o intuito é avaliar se o concurseiro sabe empregar corretamente os dois pontos de acordo com a situação comunicativa em que o sinal de pontuação é empregado. Vejamos as regras de uso abaixo:

     

    Dois pontos – usado nas seguintes situações:

    >> Iniciar falas de personagens:

    Ela disse:

    - Vá embora!

    >> Separar orações apositivas (que explicam itens anteriores):

     

    Este é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade. (A oração que vem depois dos dois pontos explica qual é o problema do item anterior – “geração").

     

    >> Anteceder explicações:

     

    As principais ferramentas de uso são: chave de fenda, alicate e furadeira.

     

    Agora que vimos as principais regras de uso, vejamos o que nos diz o enunciado:

     

    No excerto: “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa", o uso de dois-pontos ocorre com o propósito de: 

     

    A) Esclarecer uma ideia anterior.

     

    Correta. Aqui, os dois pontos introduzem uma oração que exerce a função sintática de oração apositiva, isto é, que explica algo ou um ponto de vista que já havia sido introduzido anteriormente. No caso, o que vem depois dos dois pontos explica o conteúdo da foto grupal.


    B) Resumir um ponto de vista.

     

    Incorreta. Os dois pontos não introduzem nenhum resumo.


    C) Enumerar itens da mesma natureza.

     

    Incorreta. Não há nenhuma enumeração de itens na frase.


    D) Introduzir o discurso direto. 

     

    Incorreta. Não há falas de personagens na frase.

     

    Gabarito do Professor:  Letra A

  • GABARITO A

    JUSTIFICANDO

    “A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”

    Os dois-pontos, no excerto, têm a mesma função que "visto que", de modo que, ao se realizar as devidas alterações, uma redação alternativa poderia ser feita da seguinte forma: A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo, visto que elas estavam de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Logo, percebe-se que o uso dos dois-pontos tem a função de esclarecer a oração anterior, dar-lhe uma razão.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531359
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Analise as frases e as afirmações sobre elas:

(I) “elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”. Os termos destacados referem-se, respectivamente, às jogadoras e aos jogadores noruegueses.
(II) “Ela argumentou que todos esses elementos teriam sido implementados [...]”. O elemento destacado introduz uma oração subordinada substantiva.
(III) “Elas equilibrassem isso com ‘babados e rodopios’”. A palavra destacada remete à expressão: “os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica”.
(IV) “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo [...]”. O vocábulo destacado introduz uma oração subordinada adverbial.

Dentre as afirmativas acima, está CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • III - Retoma "os estereótipos de lesbiandade associados às atletas"

    exigia-se que elas equilibrassem "os estereótipos de lesbiandade associados às atletas" com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    IV - QUE pode ser substituído por "das quais" tornando uma oração adjetiva

  • @Edequias

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo

    É uma OS Adjetiva Restritiva

  • Putz! Lendo agora é bem óbvia a função adjetiva do item IV.

  • A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa (CORRETA)

    Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. (CORRETA). O que ela argumentou? --> Que todos esses elementos teriam sido implementados....

    os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter. (ERRADA). Na verdade, a palavra "isso" retoma ao fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas e para que pudessem equilibrar essas qualidades teriam que usar babados e dar rodopios, para parecerem mais femininas...

     Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante (ERRADA). É uma ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA, pois restringe o significado do substantivo da oração principal que é ---> as atletas que pariram e depois disso conseguem voltar a treinar em nível máximo ou competem grávidas.

  • Que texto longo para uma questão.

  • Esta questão exige que o candidato mobilize conhecimentos múltiplos das áreas de Morfologia e Sintaxe. Em termos de estrutura temos um modelo clássico de exercícios em concursos públicos: o de analisar afirmações e afirmar qual (quais) está (estão) correta (corretas).

     

    I. elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa". Os termos destacados referem-se, respectivamente, às jogadoras e aos jogadores noruegueses.

     

    Correta. Os pronomes pessoais “elas" e “eles" se referem, respectivamente, às jogadoras norueguesas e aos jogadores noruegueses. É importante dizer que os dois pronomes fazem referência anafórica, isto é, se remetem a elementos da frase que já haviam sido citados anteriormente no texto.

     

    II. “Ela argumentou que todos esses elementos teriam sido implementados [...]". O elemento destacado introduz uma oração subordinada substantiva.

     

    Correta. As orações subordinadas substantivas são aquelas que dependem da oração principal e introduzem algo a respeito dessa oração anterior. Além disso, tais orações têm o papel de substantivo e podem exercer várias funções, como a de fornecer explicações em relação à oração anterior, que é justamente o que ocorre aqui. No caso, aquilo que vem depois do pronome demonstrativo “que" complementa o sentido da oração principal e diz algo a respeito do conteúdo da argumentação à qual a frase faz alusão.

     

    III. “Elas equilibrassem isso com 'babados e rodopios'". A palavra destacada remete à expressão: “os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica".

     

    Incorreta.  A palavra destacada foi retirada do seguinte fragmento do texto associado: “Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios", segundo Wughalter". O pronome demonstrativo “isso" se remete anaforicamente (referindo-se a algo que já havia sido mencionado no texto) ao fato de as jogadoras estarem fortes, ágeis, rápidas, ágeis e, de algum forma, masculinas.

     

    IV. “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo [...]". O vocábulo destacado introduz uma oração subordinada adverbial.

     

    Incorreta. O pronome demonstrativo “que" introduz uma oração subordinada substantiva (que tem função de substantivo) e não uma oração subordinada adverbial. Notem que, no trecho que vem depois do “que" não há nenhum advérbio (de tempo, de modo, de intensidade).

     

    Como ficou nossa sequência?

     

    Estão corretas as afirmativas I e II.

     

    Portanto, isso corresponde à alternativa A.

     

    Gabarito do Professor:  Letra A.
  • GABARITO A

    JUSTIFICANDO

    I - [CERTO]   A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las.(...). A foto grupal que elas [=as jogadoras norueguesas] fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles [=os jogadores noruegueses] com camiseta sem manga e short no meio da coxa. = Logo, pela análise do texto, percebe-se que os respectivos pronomes se referem às jogadoras e aos jogadores.

    II - [CERTO] "Ela argumentou que todos esses elementos teriam sido implementados [...]" = O termo "que" funciona como Conjunção Integrante, a qual introduz uma Oração Subordinada Substantiva ("todos esses elementos teriam sido implementados").

    III - [ERRADO] "Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo [...]" = O termo "que" funciona como Pronome Relativo, o qual introduz uma Oração Subordinada Adjetiva, não adverbial.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531362
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Considerando a frase: “A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia”. No texto, pressupõe-se que: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

    ANÁLISE DO TEXTO

    "Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia (...)"

    JUSTIFICANDO

    a) [ERRADO] Houve outras seleções que criaram polêmicas similares nos Jogos Olímpicos. = Pela partícula textual não há como inferir que outras seleções criaram polêmicas nos demais Jogos Olímpicos, essa é uma interpretação apresentada além do texto, fora do texto.

    b) [CERTO] Houve outras polêmicas envolvendo o vestuário das atletas, porém sem a mesma expressão. = A partícula textual "A que fez mais barulho" demonstra que houveram mais polêmicas, mas sem que houvesse a mesma expressão que a supracitada.

    c) [ERRADO] Houve outras polêmicas criadas pela seleção norueguesa feminina de handebol. = Por meio da partícula "as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas" permite afirmar que outras polêmicas surgiram, mas com relação ao vestuário dos atletas, não relacionada à seleção norueguesa feminina de handebol.

    d) [ERRADO] Não se costuma haver polêmicas envolvendo o vestuário das atletas nos Jogos Olímpicos. = A parte geral do texto afirma, justamente, o contrário.

    Toda e qualquer observação é bem-vinda!


ID
5531365
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que atenderem aos requisitos estabelecidos em lei. De acordo com a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, são requisitos exigidos, EXCETO: 

Alternativas
Comentários
  •  Lei nº 8.112/1990

    Título II

    Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

    Capítulo I

    Do Provimento

    Seção I

    Disposições Gerais

    Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

     IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

  • Gabarito: B

    Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 5º, Lei 8.112/90. São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

    § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

    Desta forma:

    A. CERTO.

    Conforme art. 5º, VI, Lei 8.112/90.

    B. ERRADO.

    Conforme art. 5º, V, Lei 8.112/90, o correto seria “idade mínima de dezoito anos”.

    C. CERTO.

    Conforme art. 5º, II, Lei 8.112/90.

    D. CERTO.

    Conforme art. 5º, IV, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.

  • O artigo 37, I, da Constituição Federal determina que “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei".

    Em âmbito federal, o artigo 5º da Lei nº 8.112/1990 estabelece que são requisitos de acesso aos cargos públicos os seguintes:
    Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

    Vemos que as alternativas A, C e D indicam requisitos de acesso aos cargos públicos previstos no artigo 5º da Lei 8.112/1990. A alternativa B não indica um requisito de acesso aos cargos públicos previsto em lei, já que o requisito é idade mínima de 18 anos e não de 16 anos.


    Gabarito do professor: B. 
  • GABARITO: B

    Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    a) CERTO: VI - aptidão física e mental.

    b) ERRADO: V - a idade mínima de dezoito anos;

    c) CERTO: II - o gozo dos direitos políticos;

    d) CERTO: IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

  • COMENTÁRIO DA PROFESSORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    O artigo 37, I, da Constituição Federal determina que “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei".

    Em âmbito federal, o artigo 5º da Lei nº 8.112/1990 estabelece que são requisitos de acesso aos cargos públicos os seguintes:

    Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

    Vemos que as alternativas A, C e D indicam requisitos de acesso aos cargos públicos previstos no artigo 5º da Lei 8.112/1990. A alternativa B não indica um requisito de acesso aos cargos públicos previsto em lei, já que o requisito é idade mínima de 18 anos e não de 16 anos.

    Gabarito do professor: B. 


ID
5531368
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo

Com base na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, analise as assertivas a seguir:

I - O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 30 (trinta) dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.
II - Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mínimo e máximo de 6 (seis) horas e 8 (oito) horas diárias, respectivamente.
III - O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da administração.

Da análise das assertivas, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Todas as alternativas estão corretas de acordo com seguintes artigos, respectivamente

    I - Art. 18.  O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 

    II -  Art. 19.  Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente

    III -  Art. 19

    § 1  O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.  

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.112/90. Vejamos:

    I. CERTO.

    “Art. 18, Lei 8.112/90. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.”

    II. CERTO.

    “Art. 19, Lei 8.112/90. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.”

    III. CERTO.

    “Art. 18, §1º, Lei 8.112/90. O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.”

    Desta forma:

    C. CERTO. Todas as assertivas estão corretas.

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • GABARITO: C

    I - CERTO: Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 

    II - CERTO: Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.

    III - CERTO: Art. 19, § 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. 


ID
5531371
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Segundo a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, todas as afirmativas abaixo estão corretas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A

    Art. 79.  O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

  • LETRA A).

    Para fins de complemento, os servidores operantes direta e permanentemente de Raios X serão mantidos sob controle, devido a isso, haverá o gozo de férias de 20 dias, por semestre, mediante a apresentação de exames.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca da Lei 8.112/90. Vejamos:

    A. ERRADO.

    “Art. 79, Lei 8.112/90. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    B. CERTO.

    “Art. 77, Lei 8.112/90. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.”

    C. CERTO.

    “Art. 77, §1º, Lei 8.112/90. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.”

    D. CERTO.

    “Art. 77, § 3º, Lei 8.112/90. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.”

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • A questão trata das férias dos servidores públicos federais. A matéria é regulada pelos artigos 77 e seguintes da Lei nº 8.112/1990. O artigo 77 dispõe o seguinte:
    Art. 77.  O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    § 1º  Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    § 2º  É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

    § 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.  
    Com relação aos servidores que operam com Raio X ou substancias radioativas o artigo 79 da Lei nº 8.112/1990 dispõe que:
    Art. 79.  O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
    Feitas essas considerações, vejamos as afirmativas da questão:

    A) O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 30 (trinta) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    Incorreta. O servidor que operam com Raios X ou substâncias radioativas gozará de 20 dias consecutivos de férias por semestre e não 30 dias, conforme artigo 79 da Lei nº 8.112/1990.

    B) O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    Correta. O servidor fará jus a 30 dias de férias que podem ser cumuladas por até dois períodos em caso de necessidade do serviço, salvo previsão diversa em lei específica, nos termos do artigo 77 da Lei nº 8.112/1990.

    C) Para o primeiro período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    Correta. São exigidos 12 meses de serviço para o primeiro período aquisitivo de férias, na forma do artigo 77, §1º, da Lei nº 8.112/1990.

    D) As férias poderão ser parceladas em até 3 (três) etapas, desde que assim requeridas pelo servidor e no interesse da administração pública.

    Correta. As férias podem ser parceladas em três etapas, nos termos do artigo 77, §3º, da Lei nº 8.112/1990.

    Gabarito do professor: A. 
  • GABARITO: A

    a) ERRADO: Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    b) CERTO: Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    c) CERTO: Art. 77,  § 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    d) CERTO: Art. 77, § 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.

  • Art. 79.  O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

  • COMENTÁRIO DA PROFESSORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    A questão trata das férias dos servidores públicos federais. A matéria é regulada pelos artigos 77 e seguintes da Lei nº 8.112/1990. O artigo 77 dispõe o seguinte:

    Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    § 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    § 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

    § 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.  

    Com relação aos servidores que operam com Raio X ou substancias radioativas o artigo 79 da Lei nº 8.112/1990 dispõe que:

    Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    Feitas essas considerações, vejamos as afirmativas da questão:

    A) O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 30 (trinta) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

    Incorreta. O servidor que operam com Raios X ou substâncias radioativas gozará de 20 dias consecutivos de férias por semestre e não 30 dias, conforme artigo 79 da Lei nº 8.112/1990.

    B) O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

    Correta. O servidor fará jus a 30 dias de férias que podem ser cumuladas por até dois períodos em caso de necessidade do serviço, salvo previsão diversa em lei específica, nos termos do artigo 77 da Lei nº 8.112/1990.

    C) Para o primeiro período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

    Correta. São exigidos 12 meses de serviço para o primeiro período aquisitivo de férias, na forma do artigo 77, §1º, da Lei nº 8.112/1990.

    D) As férias poderão ser parceladas em até 3 (três) etapas, desde que assim requeridas pelo servidor e no interesse da administração pública.

    Correta. As férias podem ser parceladas em três etapas, nos termos do artigo 77, §3º, da Lei nº 8.112/1990.

    Gabarito do professor: A.

  • Meu resumo sobre trabalho insasubre/periculosidade/atividades penosas

    • O servidor que recebe adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles (não é acumulável).
    • Sevidores serão submetidos a exames médicos a cada 6 meses.
    • O servidor que opera Raios X ou substâncias radioativas tem 20 dias consecutivos de férias por semestre e é proibida a acumulação.

ID
5531374
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise as seguintes assertivas, considerando o disposto na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990:

I – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
II - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos territórios e dos municípios.
III - Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Considerando as assertivas, é possível afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    Art. 118.  Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

    § 1  A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

    § 3  Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.  

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    I. CERTO.

    “Art. 118, Lei 8.112/90. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.”

    “Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    a) a de dois cargos de professor;

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.”

    Exemplos de acumulações permitidas constitucionalmente:

    Dois cargos de professor (Ex: professor da USP e da UNICAMP);

    Um cargo de professor e outro de técnico científico (Ex: professor da Faculdade de Medicina da UFPR e médico do Hospital de Clínicas);

    Dois cargos ou empregos privados de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (Ex. Psicólogo da UFPR e Psicólogo na Prefeitura de Curitiba);

    Um cargo de juiz e outro de professor;

    Um cargo de membro do Ministério Público e outro de professor;

    Um cargo público com o exercício de mandato eletivo de vereador;

    Um cargo de militar com outro cargo ou emprego privativo de profissionais de saúde, com profissão regulamentada.

    A banca considerou este item correto, não levando em consideração as exceções.

    II. CERTO.

    Art. 118, §1º, Lei 8.112/90. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.”

    III. CERTO.

    Art. 118, 3º, Lei 8.112/90. Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.”

    Desta forma:

    D. CERTO. Todas as assertivas estão corretas.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • só eu que achei as alternativas totalmente incompletas?

  • A alternativa I fala só a regra, mas há exceção. Marquei como errada porque só pensei na exceção.

  • Questão mal formulada:

    Lei nº 8.112/1990

    Art. 118.  Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

    A alternativa I está incompleta.

  • Levo pra prova que só se a assertiva disser que não existe exceção à regra da vedação vai estar errada, pq a regra é a vedação.

  • achei a I subjetiva, poderia ser certo ou errado dependendo do examinador ter considerado ou não a exceção

  • Pra fazer essas questões merdas até eu posso ser examinador

  • A afirmativa I dá a entender que qualquer acumulação é proibida, o que não é verdade

  • A lei 8.112 não se aplica para os municípios, em regra. Que doidera. A assertiva I está errada porque há horizonte legal sobre acumular...

  • GABARITO: D

    Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

    § 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

    § 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.

    § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

  • Pra fazer Merd@, faço eu quand vou ao banheiro . . .

  • COMENTÁRIO DA MONITORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    I. CERTO.

    “Art. 118, Lei 8.112/90. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.”

    “Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

    XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    a) a de dois cargos de professor;

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.”

    Exemplos de acumulações permitidas constitucionalmente:

    Dois cargos de professor (Ex: professor da USP e da UNICAMP);

    Um cargo de professor e outro de técnico científico (Ex: professor da Faculdade de Medicina da UFPR e médico do Hospital de Clínicas);

    Dois cargos ou empregos privados de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (Ex. Psicólogo da UFPR e Psicólogo na Prefeitura de Curitiba);

    Um cargo de juiz e outro de professor;

    Um cargo de membro do Ministério Público e outro de professor;

    Um cargo público com o exercício de mandato eletivo de vereador;

    Um cargo de militar com outro cargo ou emprego privativo de profissionais de saúde, com profissão regulamentada.

    A banca considerou este item correto, não levando em consideração as exceções.

    II. CERTO.

    Art. 118, §1º, Lei 8.112/90. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.”

    III. CERTO.

    Art. 118, 3º, Lei 8.112/90. Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.”

    Desta forma:

    D. CERTO. Todas as assertivas estão corretas.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • Fico "danado" com estas questões. Se estão incompletas, estão erradas! Se estão incompletas, estão certas!

    Quem entende a cabeça desse povo (nervoso que fico). Pior que eles não aceitam recursos.

  • bando de FDP quem faz esse tipo de questão.vsf

ID
5531377
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990 prevê as situações que justificam a aplicação de pena de demissão do servidor público. Nesse sentido, é hipótese de aplicação de pena de demissão, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GAB :B

    Galera, questão letra de lei. Conforme elencado no art. 132. da 8.112/1990  

    A demissão será aplicada nos seguintes casos ;

    • Crime contra a administração pública;
    •  Abandono de cargo;
    •  Inassiduidade habitual;
    •  Improbidade administrativa;
    •  Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
    •  Insubordinação grave em serviço;
    •  Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
    •  Aplicação irregular de dinheiros públicos;
    •  Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
    •  Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
    • Corrupção;
    •  Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas
  • O art. 132 da Lei 8.112 lista as hipóteses ensejadoras da demissão:

    • crime contra a administração pública;

    • abandono de cargo (mais de 30 dias consecutivos);

    • inassiduidade habitual (60 dias, interpoladamente, durante 12 meses);

    • improbidade administrativa;

    • incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    • insubordinação grave em serviço;

    • ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    • aplicação irregular de dinheiros públicos;

    • revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    • lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    • corrupção;

    • acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 132, Lei 8.112/90. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 

    I - crime contra a administração pública;

    II - abandono de cargo;

    III - inassiduidade habitual;

    IV - improbidade administrativa;

    V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    VI - insubordinação grave em serviço;

    VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

    IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    XI - corrupção;

    XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

    A fim de complementação:

    A demissão é a punição mais grave de todas, sendo a única entre as punições capaz de gerar vacância do cargo público.

    Esta punição poderá ser aplicada pela autoridade máxima de cada Poder, órgão ou entidade, ou seja, pelo Presidente da República, Presidentes das Casas do Poder Legislativo, Presidentes dos Tribunais Federais e o Procurador-Geral da República.

    Além disso, nas situações de lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, improbidade administrativa, corrupção e aplicação irregular de dinheiro público, será, também, decretada a indisponibilidade dos bens e consequente ressarcimento ao erário.

    Por fim, o prazo prescricional da demissão ocorrerá em cinco anos, a contar da data do conhecimento do fato para a aplicação dessa penalidade disciplinar. No entanto, a abertura de sindicância ou de processo administrativo disciplinar interrompe o prazo até ocorrer a decisão final proferida pela autoridade competente.

    Importante, no entanto, afirmar que assim como na advertência e na suspensão, no caso de a irregularidade administrativa também vir a ser investigada na esfera criminal, usam-se os prazos de prescrição da lei penal.

    For fim:

    A. CERTO.

    Conforme art. 132, VI, Lei 8.112/90.

    B. ERRADO.

    O correto seria crime contra a Administração Pública, Conforme art. 132, I, Lei 8.112/90.

    C. CERTO.

    Conforme art. 132, XI, Lei 8.112/90.

    D. CERTO.

    Conforme art. 132, III, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • GABARITO: B

    Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

    I - crime contra a administração pública;

    II - abandono de cargo;

    III - inassiduidade habitual;

    IV - improbidade administrativa;

    V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    VI - insubordinação grave em serviço;

    VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

    IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    XI - corrupção;

    XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

  • COMENTÁRIO DA MONITORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 132, Lei 8.112/90. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 

    I - crime contra a administração pública;

    II - abandono de cargo;

    III - inassiduidade habitual;

    IV - improbidade administrativa;

    V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

    VI - insubordinação grave em serviço;

    VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

    VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

    IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

    X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

    XI - corrupção;

    XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

    XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

    A fim de complementação:

    A demissão é a punição mais grave de todas, sendo a única entre as punições capaz de gerar vacância do cargo público.

    Esta punição poderá ser aplicada pela autoridade máxima de cada Poder, órgão ou entidade, ou seja, pelo Presidente da República, Presidentes das Casas do Poder Legislativo, Presidentes dos Tribunais Federais e o Procurador-Geral da República.

    Além disso, nas situações de lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, improbidade administrativa, corrupção e aplicação irregular de dinheiro público, será, também, decretada a indisponibilidade dos bens e consequente ressarcimento ao erário.

    Por fim, o prazo prescricional da demissão ocorrerá em cinco anos, a contar da data do conhecimento do fato para a aplicação dessa penalidade disciplinar. No entanto, a abertura de sindicância ou de processo administrativo disciplinar interrompe o prazo até ocorrer a decisão final proferida pela autoridade competente.

    Importante, no entanto, afirmar que assim como na advertência e na suspensão, no caso de a irregularidade administrativa também vir a ser investigada na esfera criminal, usam-se os prazos de prescrição da lei penal.

    For fim:

    A. CERTO.

    Conforme art. 132, VI, Lei 8.112/90.

    B. ERRADO.

    O correto seria crime contra a Administração Pública, Conforme art. 132, I, Lei 8.112/90.

    C. CERTO.

    Conforme art. 132, XI, Lei 8.112/90.

    D. CERTO.

    Conforme art. 132, III, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.


ID
5531380
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

De acordo com a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, constituem indenizações do servidor público federal:

Alternativas
Comentários
  • GAB : D

    Indenizações é a : DATA

    Diária

    Ajuda de custo

    Transporte

    Auxílio -moradia

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 51, Lei 8.112/90. Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia.

    Desta forma:

    A. ERRADO. Adicionais, ajuda de custo, transporte e auxílio-moradia. Erro em negrito.

    B. ERRADO. Adicionais, gratificações, diárias e transporte. Erros em negrito.

    C. ERRADO. Gratificações, ajuda de custo, auxílio-moradia e diárias. Erro em negrito.

    D. CERTO. Auxílio-moradia, diárias, transporte e ajuda de custo.

    Conforme art. 51, I, II, III, IV, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • Macete para memorizar as indenizações que consistem aos servidor público federal: Ele Auxilia e Ajuda o Trans Diariamente.

    Auxílio-moradia;

    Ajuda de custo;

    Transporte;

    Diárias

  • LETRA D).

    De acordo com a Lei 8.112/90:

    "Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:

        I - ajuda de custo;

        II - diárias;

        III - transporte.

        IV - auxílio-moradia".  

    Para fins de complemento, cabe salientar que as indenizações não são incorporadas ao vencimento ou provento do servidor público federal.

  • GABARITO: D

    Indenizações é a DATA

    Diária

    Ajuda de custo

    Transporte

    Auxílio-moradia

  • gab. D

    Art. 51, Lei 8.112/90. Constituem indenizações ao servidor:

    II - Diárias;

    I - Ajuda de custo;

    III - Transporte.

    IV - Auxílio-moradia.

    A. Adicionais, ajuda de custo, transporte e auxílio-moradia. ❌

    B. Adicionaisgratificações, diárias e transporte. ❌

    C. Gratificações, ajuda de custo, auxílio-moradia e diárias. ❌

    D. Auxílio-moradia, diárias, transporte e ajuda de custo.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB ®

    CONSTÂNCIA!!

  • Seção I

          Das Indenizações

    Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia.

    Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.

  • COMENTÁRIO DA MONITORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    Art. 51, Lei 8.112/90. Constituem indenizações ao servidor:

    I - ajuda de custo;

    II - diárias;

    III - transporte.

    IV - auxílio-moradia.

    Desta forma:

    A. ERRADO. Adicionais, ajuda de custo, transporte e auxílio-moradia. Erro em negrito.

    B. ERRADO. Adicionaisgratificações, diárias e transporte. Erros em negrito.

    C. ERRADO. Gratificações, ajuda de custo, auxílio-moradia e diárias. Erro em negrito.

    D. CERTO. Auxílio-moradia, diárias, transporte e ajuda de custo.

    Conforme art. 51, I, II, III, IV, Lei 8.112/90.

    GABARITO: ALTERNATIVA D.

  • Art. 49.  Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: GAI

     

    Gratificações;

    Adicionais;

    Indenizações.

     

    § 1o  As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

    § 2o  As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

     

    Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor: DATA

     

    Diárias;

    Ajuda de custo;

    Transporte.

    Auxílio-moradia.

     

    Gratificações

    Incorporam na remuneração

    GAI

    .

    Indenizações

    Não incorporam na remuneração

    DATA

  •  Art. 51.  

    Constituem indenizações ao servidor:

           I - ajuda de custo;

           II - diárias;

           III - transporte.

           IV - auxílio-moradia.


ID
5531383
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

No que concerne aos critérios de reposições e indenizações ao erário previstas na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, assinale a alternativa INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C - Lei 8.112

    A. Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    B. Art. 46. § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.  

    C. INCORRETA

    D. Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    A. CERTO.

    “Art. 46, Lei 8.112/90. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.”

    B. CERTO.

    “Art. 46, Lei 8.112/90. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.”

    C. ERRADO.

    Sem previsão legal.

    D. CERTO.

    “Art. 47, Lei 8.112/90. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.”

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • Vejamos:

    Se o servidor, legalmente investido, pode solicitar o parcelamento de reposições e/ou indenizações, mas que pode requerer o seu pagamento INTEGRAL, não teria como existir um máximo percentual de divisão, uma vez que sua disponibilidade pode ser (no prazo máximo de 30 dias) pago por completo. Em relação à cota mínima, é previsto em 10% do vencimento do servidor.

  • Não sabia a resposta mas pensei: comprometer 35% de uma aposentadoria é lascar o aposentado. Resposta: c)

  • Art. 45.  Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. 

    § 1 Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento

    § 2 O total de consignações facultativas de que trata o § 1 não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para: 

    I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou                 

    II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito. 

  • Primeira vez na vida que vejo questão sobre essa parte

  • A questão trouxe uma pegadinha. A Letra C não se refere as reposições e indenizações ao erário (Art. 46), mas ao artigo 45 que trata sobre as consignações facultativas. Ex.: quando o servidor faz um empréstimo consignado o limite dessa consignação será de 35% da sua remuneração mensal.

  • GABARITO: C

    a) CERTO: Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    b) CERTO: Art. 46, § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

    c) ERRADO: Art. 46, § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

    d) CERTO: Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. 

  • COMENTÁRIO DA MONITORA PARA QUEM NÃO TEM ACESSO

    Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 8.112/90. Vejamos:

    A. CERTO.

    “Art. 46, Lei 8.112/90. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.”

    B. CERTO.

    “Art. 46, Lei 8.112/90. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.

    § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.”

    C. ERRADO.

    Sem previsão legal.

    D. CERTO.

    “Art. 47, Lei 8.112/90. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.”

    GABARITO: ALTERNATIVA C.

  • diz primeiro que o servidor tem prazo máximo de 30 dias e depois fala que pode parcelar...kkkkkk.....parcelar dentro de 30 dias? sendo que o camarada recebe 1x por mês.

ID
5531386
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nos termos da Lei nº 9.784/1999, de 29 de janeiro de 1999, que disciplina o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, são deveres do administrado perante a administração, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 9.784/99. Vejamos:

    Art. 4º, Lei 9.784/99. São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    Assim:

    A. ERRADO.

    O correto seria NÃO agir de modo temerário, conforme art. 4º, III, Lei 9.784/99.

    B. CERTO.

    Conforme art. 4º, I, Lei 9.784/99.

    C. CERTO.

    Conforme art. 4º, II, Lei 9.784/99.

    D. CERTO.

    Conforme art. 4º, IV, Lei 9.784/99.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • Conforme a Lei 9.784 (1999, p. 2):

    Art. 4. São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

    I - expor os fatos conforme a verdade;

    II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    III - não agir de modo temerário;

    IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    Gab. A

  • Macete para memorizar os  deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: Não agir Pro Ex Prestar.

    III - Não agir de modo temerário;

    II - Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    I - Expor os fatos conforme a verdade;

    IV - Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

  • GAB. A

    Significado de temerário:

    ADJETIVO

    1. que contém certo risco; arriscado, perigoso
    2. "projeto temerário"
    3. cheio de audácia; arrojado; imprudente
    4. "indivíduo temerário"

  • "O jogador agiu de forma temerária e por isso levou cartão amarelo" Lembrei por causa disso.

  • GABARITO: A

    Não agir Pro Ex Prestar

    III - Não agir de modo temerário;

    II - Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

    I - Expor os fatos conforme a verdade;

    IV - Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.


ID
5531389
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando o disposto na Lei nº 9.784/1999, 29 de janeiro de 1999, é CORRETO afirmar que: 

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 9.784/99. Vejamos:

    A. ERRADO.

    “Art. 54, Lei 9.784/99. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    O correto são cinco anos, não dois.

    B. CERTO.

    “Art. 56, Lei 9.784/99. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.”

    C. ERRADO.

    “Art. 53, Lei 9.784/99. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.”

    A Administração Pública pode corrigir seus atos, revogando os inoportunos ou irregulares e anulando os ilegais, com respeito aos direitos adquiridos e indenizando os prejudicados, quando for o caso. (Súmula 346 do STF - A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos). (Súmula 473 do STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,

    respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.)

    D. ERRADO.

    “Art. 48, Lei 9.784/99. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.”

    Não é facultada a decisão nos casos de solicitações ou reclamações.

    GABARITO: ALTERNATIVA B.

  • Conforme a Lei do PAD 9.784 (1999, p. 6-7):

    Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre

    solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.

    Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

    Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

    Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

    Gab. B


ID
5531392
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Nos termos definidos na Lei nº 9.784/1999, 29 de janeiro de 1999, o administrado tem os seguintes direitos perante a administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, EXCETO: 

Alternativas
Comentários
  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa INCORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca do conteúdo da Lei 9.784/99. Vejamos:

    “Art. 3º, Lei 9.784/99. O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

    II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

    III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.”

    A. ERRADO.

    Conforme art. 3º, I, Lei 9.784/99.

    B. CERTO.

    Conforme art. 3º, III, Lei 9.784/99.

    C. CERTO.

    Conforme art. 3º, IV, Lei 9.784/99.

    D. CERTO.

    Conforme art. 3º, II, Lei 9.784/99.

    GABARITO: ALTERNATIVA A.

  • Conforme a Lei 9.784 (1999, p. 2):

    Art. 3°. O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

    II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

    III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

    Gab. A

  • GABARITO: A

    Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

    a) ERRADO: I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

    b) CERTO: III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

    c) CERTO: IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

    d) CERTO: II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;


ID
5531395
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A educação, enquanto política social, se configura como um espaço de atuação do/a assistente social, em suas diferentes modalidades de ensino. No que tange às universidades federais e às instituições federais de ensino técnico de nível médio, estas desenvolvem a Política Nacional da Assistência Estudantil (PNAES) (Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010), que tem como objetivo: 

Alternativas
Comentários
  • a questão misturou a lei de cotas com o decreto de assistência estudantil.

    DECRETO 7.234 - PROGRAMA NACIONAL DE ASS.ESTUDANTIL (PNAES)

    Objetivos:

    • I- democratizar as condições de permanência;
    • II- minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação superior;
    • III- reduzir as taxas de retenção e evasão;
    • IV- contribuir para a promoção da inclusão social pela educação.

  • A resposta certa é a alternativa B, pois é a única que não fala da porcentagem das cotas.


ID
5531398
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A atuação dos/das assistentes sociais na política de educação está estreitamente vinculada à ampliação das condições de acesso e de permanência, sobretudo, da classe trabalhadora, nos distintos níveis e modalidades. O fazer profissional é pautado em um conjunto de competências específicas (explicitado no Subsídios para a atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação/ CFESS) que se expressam em ações que devem articular as diversas dimensões da atuação profissional. Marque abaixo a alternativa que versa sobre essas dimensões. 

Alternativas
Comentários
  • São 6 as dimensões referenciadas pelo CFESS nos Subsídios para a atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação:

    2- Outra dimensão importante é a de intervenção coletiva junto aos movimentos sociais como condição fundamental de constituição e reconhecimento dos sujeitos coletivos frente aos processos de ampliação dos direitos sociais e, em particular, do direito a uma educação pública, laica e de qualidade, a partir dos interesses da classe trabalhadora. Observa-se, no entanto, uma diferenciação importante nas formas de atuação profissional entre os/as assistentes sociais que desenvolvem suas ações nos estabelecimentos formais de educação e aqueles/as que as desenvolvem no campo da educação popular. Nitidamente há no segundo caso melhores condições de promover esta atuação em virtude da natureza da própria área. O investimento que merece ser feito em maior escala quanto à inserção e atuação dos/as assistentes sociais na Política de Educação em seus diferentes níveis e modalidades deve ser efetivamente este: o de articulação com os movimentos sociais. O que possibilitaria a ampliação dos horizontes de atuação profissional em defesa de uma educação pública e de incorporação de novos conteúdos ao cotidiano dos estabelecimentos, relativos aos modos de apreensão da realidade produzidos na dinâmica das lutas sociais.

    Subsídios para a Atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação. http://www.cfess.org.br/arquivos/BROCHURACFESS_SUBSIDIOS-AS-EDUCACAO.pdf

    Resposta: letra A


ID
5531401
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A reserva de vagas estabelecida pela Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012, de 29 de agosto de 2012) para as universidades federais e as instituições federais de ensino técnico de nível médio foi indubitavelmente um avanço no que diz respeito à inclusão. A referida lei é o reconhecimento de uma dívida histórica que o Brasil tem para com a população negra e indígena. Mesmo sendo uma lei recente, ela sofreu alteração pela Lei nº 13.409/2016, de 28 de dezembro de 2016. Assinale a modificação dada por essa lei. 

Alternativas
Comentários
  • A questão exige conhecimento da Lei nº 13.409/2016 que altera a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, para dispor sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnico de nível médio e superior das instituições federais de ensino.

    Vamos, então, analisar as alternativas:

    D – Correta. Vagas para pessoas com deficiência.

    A, B e C – Incorretas.

    Gabarito: D


ID
5531404
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A Lei nº 8.662/1993, de 7 de junho de 1993, dispõe sobre a profissão de assistente social, explana e normatiza o exercício profissional. Ela destaca em seu Art. 4º as competências do profissional. Assinale a alternativa que traz as atribuições referentes à profissão.

Alternativas
Comentários
  •    Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

           I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;

           II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;

           III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;

           IV - ;

           V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;

           VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;

           VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;

           VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo;

           IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;

           X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social;

           XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.

  • A questão requer conhecimento da Lei de Regulamentação profissional nº 8.662/93, que dispõe sobre a profissão de assistente social e outras providências.

    Analisando as alternativas temos:

    A – Incorreta. Elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para assistentes sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social. Conforme o “Art. 5º”, da Lei de Regulamentação profissional de 1993, a alternativa constitui atribuição privativa do/a assistente social.

    B – Incorreta. Orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de assistente social em conjunto com o Conselho Regional de Serviço Social (CRESS). Conforme o “Art. 8º”, da Lei de Regulamentação profissional de 1993, a alternativa constitui competência do CFESS.

    C – Incorreta. Assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social. Conforme o “Art. 5º”, da Lei de Regulamentação profissional de 1993, a alternativa constitui atribuição privativa do/a assistente social.

    D – Correta. Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares, encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população. Conforme o “Art. 5º”, da Lei de Regulamentação profissional de 1993, a alternativa constitui competência do/a assistente social.

    Gabarito: D


ID
5531407
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A década de 1990 foi um marco para o Serviço Social, pois houve a aprovação da Lei de Regulamentação da Profissão (Lei nº 8.662/1993, de 7 de junho de 1993) que, a partir de um acúmulo e amadurecimento, explana de forma clara as atribuições privativas do assistente social (Art. 5). Marque a alternativa abaixo que destaca essas atribuições.

Alternativas
Comentários
  • Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

           I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social;

           II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;

           III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;

           IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social;

           V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular;

           VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;

           VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação;

           VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social;

           IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;

           X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de Serviço Social;

           XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;

           XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;

           XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades representativas da categoria profissional.

  • A Lei nº 8.662 de 7 de junho de 1993, dispõe sobre a profissão de assistente social, explana e normatiza o exercício profissional. Ela destaca em seu “Art. 5º” as atribuições privativas do/a do/a assistente social.

    Vamos, então, analisar as alternativas:

    A – Incorreta. Zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como Tribunais Regionais de Ética Profissional. Conforme o “Art. 10º”, da Lei de Regulamentação profissional de 1993, a alternativa constitui uma competência do CRESS.

    B – Incorreta. Organizar e manter o registro profissional dos assistentes sociais e o cadastro das instituições e obras sociais públicas e privadas ou de fins filantrópicos. Conforme o “Art. 10º”, da Lei de Regulamentação profissional de 1993, a alternativa constitui uma competência do CRESS.

    C – Correta. Coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social, planejar, organizar e administrar programas e projetos em unidade de Serviço Social. Conforme o “Art. 5º”, da Lei de Regulamentação profissional de 1993, a alternativa constitui atribuição privativa do/a assistente social.

    D – Incorreta. Orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais com o objetivo de identificar recursos e de fazer uso deles no atendimento e na defesa de seus direitos. Conforme o “Art. 10º”, da Lei de Regulamentação profissional de 1993, a alternativa constitui uma competência do/a assistente social.

    Gabarito: C


ID
5531410
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Congresso da Virada, realizado em 1979, inaugurou publicamente a direção social da profissão no projeto de intenção de ruptura com o conservadorismo. Vale salientar que, para isso, foi necessária uma nova perspectiva, alicerçada no pensamento crítico, o que culminou na: 

Alternativas
Comentários
  • Criação do currículo mínimo de 1982 (aprovado pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS)), código de ética profissional definido em 1986. 

    Gabarito D


ID
5531413
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Movimento de Renovação do Serviço Social ocorrido de 1965 a 1975, no Brasil, foi pautado por peculiaridades diversas, dentre elas, a busca incessante por uma teoria que desse conta da realidade e sua complexidade. Além desse aspecto, o referido movimento trouxe também para a profissão outras questões que balizaram a busca pela ruptura com o tradicionalismo até então dominante no seio do Serviço Social. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta essas demais características.

Alternativas
Comentários
  • Rupturas com o conservadorismo, com os perfis teórico-metodológicos fundamentados nos ideais da Igreja Católica e aproximações com o marxismo. 

    Gabarito C

  • Além da ruptura com o tradicionalismo, a profissão, com o processo de Renovação, tentou deixar de lado sua postura conservadora, fundada numa moral cristã e embasada pelo tecnicismo positivista, e buscou uma aproximação do marxismo para dar conta da complexa realidade na qual atua.

    Ao analisar as alternativas, temos:

    C – Correta.

    A, B e D – Incorretas.

    Gabarito: C


ID
5531416
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Conforme o CFESS Manifesta – Produção que dá visibilidade aos posicionamentos do Conselho Federal de Serviço Social sobre diversos temas e fatos da sociedade brasileira e internacional, sobre o trabalho de assistentes sociais na relação com as políticas sociais e com a conjuntura – ao falar sobre os impactos do coronavírus no trabalho do/a assistente social, Brasília (23 de março de 2020), diz: “a maior parte da categoria de assistentes sociais trabalha em contato direto com a população, nos equipamentos públicos que, em situações de emergência em que estamos vivendo, precisam continuar em funcionamento para atender as demandas dos/as usuários/as” (Disponível em http://www.cfess.org.br/arquivos/2020Cf essManifestaEdEspecialCoronavirus.pdf. Acesso em: 16 set. 2021). Diante desse contexto, a Comissão de Orientação e fiscalização (COFI/CFESS) elaborou orientações para os/as profissionais que não podem ou não estão em isolamento social. Marque a alternativa que está em consonância com essa instrução. 

Alternativas
Comentários
  • Os/as profissionais devem buscar negociar coletivamente junto às chefias o revezamento das escalas de trabalho, possibilitando a redução de presença física nos serviços sem o comprometimento do atendimento à população.

    Grifo meu: como profissional de saúde um serviço essencial diante a pandemia no enfrentada do covid-19 e atuando na linha de frente, pois estou numa equipe de média complexidade,criamos estratégias de acordo com nossa realidade, trabalhamos com o deslocamento somente de extrema necessidade, uso de EPI`s adequadas, orientação sobre prevenção e isolamento e como os problemas sociais e as negligencias de direitos não pararam, me atrevo a dizer que aumentaram diante da precariedade e das politicas publicas precárias, fragilizadas, pontuais e seletivas - usamos da tecnologia para chegar até a casa do paciente sem se expor nem colocar em risco diante do virus.

  • Deveria ser anulada. Tendo atendimento ou não, tem que haver comprometimento sim. E a questão diz que "sem o comprometimento do atendimento à população". Ex: Assistente Social fala pra o usuário, olha não vou garantir o atendimento não ok?! Aí vai ficar por isso mesmo o usuário que se vire??? Apesar que isso acontece infelizmente.

  • INTERPRETAÇÃO : SEM PREJUDICAR O ATENDIMENTO, ou seja, o profissional negocia o revezamento da escala sem comprometer ou comprometimento no sentido de NAO prejudicar o atendimento para os usuários.


ID
5531419
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Projeto Ético Político (PEP) do Serviço Social se apresenta como um instrumento norteador que deve balizar/fundamentar o ensino, a pesquisa, a extensão, bem como o fazer profissional dos/as assistentes sociais nos diversos espaços ocupacionais. Sendo assim, pode-se dizer que o referido projeto tem como compromisso central:

Alternativas
Comentários
  • PEP: O reconhecimento da liberdade como valor ético central. 


ID
5531422
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

De acordo com a Política Nacional do Estágio em Serviço Social, da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), as discussões do estágio supervisionado se apresentam na defesa do projeto de formação profissional, vinculado ao projeto ético-político do Serviço Social. Desse modo, a materialização do estágio curricular verbaliza como princípio norteador da realização do estágio em Serviço Social:  

Alternativas
Comentários
  • A materialização do estágio curricular verbaliza como princípio norteador da realização do estágio em Serviço Social: o vínculo indissociável entre a formação acadêmica e o exercício profissional.  

  • Princípios norteadores da realização do estágio:

    • Indissociabilidade entre as dimensões teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política;
    • Articulação entre formação e exercício profissional;
    • Indissociabilidade entre estágio e formação acadêmica e de campo;
    • Articulação entre universidade e sociedade;
    • Unidade teoria-prática;
    • Interdisciplinaridade;
    • Articulação entre ensino, pesquisa e extensão.

    Referência: Política Nacional de Estágio.

    <http://www.cfess.org.br/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf>


ID
5531425
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Para se entender a política social, é fundamental apreender sua complexidade e contradição do ordenamento da sociabilidade burguesa. Nesse caso, a partir de uma abordagem teórico-crítica no âmbito do serviço social, as políticas sociais constituem-se para os assistentes sociais:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Ach que a letra Avtbm estaria correta


ID
5531428
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Serviço Social encerra os anos de 1980 e envereda pelos anos de 1990 desencadeando um balanço crítico do denominado Movimento de Reconceitualização (1965-1975). No decorrer da transição democrática, na esfera do Serviço Social, são realizados estudos para a compreensão do exercício profissional com um aprofundamento dos conceitos:  

Alternativas
Comentários
  • Política de assistência social, cidadania e políticas sociais. 

    Gabarito: B


ID
5531431
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Conforme as Diretrizes Nacionais Curriculares para o curso de Serviço Social INEP (Resolução CNE/ CES nº 15/2002), o/a assistente social deverá ter como competências e habilidades um arcabouço de conhecimentos que deverão ancorar o seu fazer profissional. Nesse sentido, analise as afirmações abaixo destacadas e escolha a que versa sobre as habilidades específicas: 

Alternativas
Comentários
  • Elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na área social; contribuir para viabilizar a participação dos usuários nas decisões institucionais; planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais; realizar pesquisas que subsidiem formulação de políticas e ações profissionais.

  • A questão exige conhecimento da RESOLUÇÃO nº 15, DE 13 DE MARÇO DE 2002 que apresenta em seu texto algumas competências (gerais e específicas) da formação profissional em Serviço Social. Entre as específicas, estão:

    • elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na área social;

    • contribuir para viabilizar a participação dos usuários nas decisões institucionais;

    • planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais;

    • realizar pesquisas que subsidiem formulação de políticas e ações profissionais;

    • prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública, empresas privadas e movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais e à garantia dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;

    • orientar a população na identificação de recursos para atendimento e defesa de seus direitos;

    • realizar visitas, perícias técnicas, laudos, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social

    Ao analisar as alternativas, temos:

    A – Correta. 

    B, C e D – Incorretas.

    Gabarito: A


ID
5531434
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Conforme a Lei nº 8.662/1993, de 7 de junho de 1993, que dispõe sobre a profissão de assistente social, Art. 8º, compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:  

Alternativas
Comentários
  • Art. 8º Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:

           I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente Social, em conjunto com o CRESS;

           II - assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário;

           III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS;

           IV - aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais juntamente com os CRESS, no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS;

           V - funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional;

           VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelos CRESS;

           VII - estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados;

           VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou privados, em matéria de Serviço Social;

           IX - 

  • A Lei nº 8.662 de 7 de junho de 1993, dispõe sobre a profissão de assistente social, explana e normatiza o exercício profissional. Ela destaca em seu “Art. 8º” as atribuições do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).

    Analisando as alternativas, temos:

    A – Correta. Estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados; prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou privados, em matéria de Serviço Social. De acordo com o “Art. 8º”, da Lei nº 8.662/93, a alternativa constitui uma competência do CFESS.

    B – Incorreta. Organizar e manter o registro profissional dos assistentes sociais e o cadastro das instituições e obras sociais públicas e privadas ou de fins filantrópicos. De acordo com o “Art. 10º”, da Lei nº 8.662/93, a alternativa constitui uma competência do CRESS.

    C – Incorreta. Aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional. De acordo com o “Art. 10º”, da Lei nº 8.662/93, a alternativa constitui uma competência do CRESS.

    D – Incorreta. Fixar, em assembleia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos assistentes sociais. De acordo com o “Art. 10º”, da Lei nº 8.662/93, a alternativa constitui uma competência do CRESS.

    Gabarito: A


ID
5531437
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O fazer profissional do/a assistente social é inevitavelmente polarizado pela trama de suas relações e interesses sociais, participando tanto dos mecanismos de exploração e dominação quanto, ao mesmo tempo e pela mesma ação, da resposta às necessidades de sobrevivência das classes trabalhadoras e da reprodução do antagonismo dos interesses sociais (IAMAMOTO, 2006). Assinale a alternativa que corresponde à citação acima:  

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    O exercício da profissão exige um sujeito profissional que tenha competência para propor, para negociar com a instituição os seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e atribuições profissionais. Requer ir além das rotinas institucionais para buscar apreender, no movimento da realidade, as tendências e possibilidades, ali presentes, passíveis de serem apropriadas pelo profissional, desenvolvidas e transformadas em projetos de trabalho.

    O Serviço Social na cena contemporânea. Pg 13

  • Conforme Iamamoto (2009, p. 12), pautado em seu projeto ético-político profissional, o/a assistente social não deve apenas seguir cegamente o que é institucionalmente requisitado, mas promover “o impulso ao protagonismo político dos sujeitos na articulação e defesa de suas necessidades e interesses coletivos na cena pública”.

    Vamos, então, analisar as alternativas:

    D – Correta. Um profissional que atende tanto aos interesses da classe trabalhadora quanto os interesses da classe dominante, mas que, pautado numa perspectiva crítica, investigativa, majoritariamente assume a defesa dos interesses da classe trabalhadora.

    A, B e C – Incorretas.

    Gabarito: D

    Referência:

    IAMAMOTO, M. V. O serviço social na cena contemporânea. In: Serviço social: direitos e competências profissionais. CFESS/ABEPSS, 2009.

  • Alternativa D .


ID
5531440
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Iamamoto (2006), ao abordar a produção do conhecimento em serviço social, afirma que na década de 1990 ocorreu uma diversificação temática no campo da pesquisa em serviço social, que passou a realizar estudos sobre:

Alternativas
Comentários
  • A opção C estabelece uma resposta mais completa e abrangente do vasto quadro de pesquisa em Serviço Social no Brasil a partir dos anos 1990. Elisabeth Mota é uma das autoras que aprofundou a pesquisa acerca da Seguridade Social Brasileira, e Barroco é uma das principais representantes da pesquisa sobre ética.

    Vamos, então, analisar as alternativas:

    C – Correta.

    A, B e D – Incorretas.

    Gabarito: C

  • Alternativa C .


ID
5531443
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

De acordo com Cisne e Santos (2018), os chamados “estudos de gênero” surgem sob a influência de feministas acadêmicas, no fim do século XX, destacadamente entre as décadas de 1970 e 1980. Esses estudos contribuíram para: 

Alternativas
Comentários
  • Ao analisar as alternativas, temos:

    A – Correta. Enfatizar a necessidade de se desnaturalizar e historicizar as desigualdades entre homens e mulheres, bem como as divergências e multiplicidades teóricas.

    B – Incorreta.  Dar início a um debate interno e externo nas universidades e expandir os estudos sobre gênero e sua complexidade. O objetivo não era dar início ao debate, mas fundamentar o movimento feminista em sua luta contra as desigualdades de gênero na sociedade como um todo.

    C – Incorreta. Publicizar o debate teórico crítico, tendo como fundamento a teoria marxista. Não tinham como fundamento a teoria marxista.

    D – Incorreta. Apresentar que há diferenças entre homens e mulheres, no entanto isso não se configura “problema” para a igualdade de gênero. Se configura “problema” para a igualdade de gênero.

    Então, temos:

    A – Correta.

    B, C e D – Incorretas.

    Gabarito: A


ID
5531446
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A Resolução CFESS nº 557/2009, de 15 de setembro de 2009, dispõe sobre a emissão de pareceres, laudos e opiniões técnicas. Dessa forma, o documento destaca, em seu Art. 4°, que “ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a especificidade de sua área de atuação”. Nesse sentido, assinale a alternativa que orienta o/a assistente social no que diz respeito a essa especificidade: 

Alternativas
Comentários
  • Considerando que é função privativa do assistente social a realização de vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações, pareceres, ou seja, qualquer manifestação técnica, sobre matéria de Serviço Social, em conformidade com o inciso IV do artigo 5º da Lei 8662 de 07 de junho de 1993; 

    Parágrafo primeiro - O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar contemplados na opinião técnica. 

    tem duas respostas, de acordo com a resolução CFESS nº 557/2009

  • Gabarito: C

    A princípio a questão pode induzir ao erro, pois a alternativa A também é citada na Resolução CFESS nº 557/2009, de 15 de setembro de 2009.

    Lendo o enunciado com atenção, podemos perceber que a questão refere-se,especificamente, ao Art. 4°, que “ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a especificidade de sua área de atuação”. Nesse sentido, assinale a alternativa que orienta o/a assistente social no que diz respeito a essa especificidade: 

    Parágrafo primeiro-O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ou equipe multiprofissional deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar contemplados na opinião técnica.

  • Art. 4°. Ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a especificidade de sua área de atuação. 

  • A questão exige conhecimento da Resolução CFESS nº 557/2009, de 15 de setembro de 2009, na qual se estabelece que “o entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar contemplados na opinião técnica” (CFESS, 2009).

    Vamos, então, analisar as alternativas:

    C – Correta.

    A, B e D – Incorretas.

    Gabarito: C


ID
5531449
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No Brasil, em todas as esferas da vida social, as populações negra e indígena são as que mais aparecem em desvantagem socioeconômica e de representação em espaços de poder e de decisão. Nesse contexto, o Conselho Federal de Serviço Social CFESS) (na série assistente social no combate ao preconceito) discorre sobre a implementação de políticas afirmativas. Estas se caracterizam como sendo: 

Alternativas
Comentários
  • “Na definição de Vinagre (2009), as políticas de ação afirmativa têm como objetivo a garantia de direitos de grupos socialmente em situação desigual e de desvantagem histórica. Essas políticas discriminam positivamente, para reparar danos e dívidas historicamente produzidas e herdadas de uma estrutura socioeconômica que produz determinações contraditórias”.

    Vamos, então, analisar as alternativas:

    B – Correta. A garantia de direitos de grupos socialmente em situação desigual e de desvantagem histórica.

    A, C e D – Incorretas.

    Gabarito: B

    Referência:

    CFESS. Racismo. In:_____. Série Assistente Social no combate ao preconceito. caderno 3. Brasília- DF, 2016.


ID
5531452
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Projeto Ético Político do Serviço Social está ancorado na percepção e defesa de uma nova sociabilidade. Mesmo atuando no movimento contraditório das classes, é nítida e incontestável a vinculação da profissão aos interesses da classe trabalhadora. Mesmo pautado nessa perspectiva crítica, o referido projeto vivencia tensões calcadas na: 

Alternativas
Comentários
  • Mesmo pautado nessa perspectiva crítica, o referido projeto vivencia tensões calcadas na: ofensiva conservadora que busca cooptar os profissionais a aderir a um projeto societário acrítico, pautado pelo ideário neoliberal.


ID
5531455
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O cenário contemporâneo, marcado pela recessão da economia internacional, situa o debate sobre a questão social. Esta passa a ser fulcro de vários e diversos estudos, principalmente dos pesquisadores/as do serviço social. O debate em torno da existência de uma nova questão social, tendo como fundamento basilar a produção francesa, evidencia um dos aspectos centrais dessa problemática. Marque a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar o pq da letra A está correta ?

  • o teórico francês Castel enuncia que se vive no momento uma nova questão social. isso decorre da falta de um suporte maior do Estado e da falta de solidariedade que garanta um mínimo social para os excluídos do mercado do trabalho.
  • Robert Castel aborda o fenômeno da exclusão/vulnerabilidade social, a partir do deslocamento do trabalho assalariado do centro da sociedade pós-industrial;

    Pierre Rosanvallon (1998) aborda o problema da exclusão a partir da crise do Estado Providência e da rediscussão dos princípios de organização da solidariedade e da concepção dos direitos sociais.

    Para Robert Castel (2000), a exclusão deve ser analisada tomando como referência o desmoronamento da sociedade salarial e sua repercussão sobre o trabalho � suporte privilegiado de inscrição na estrutura social � e sobre o poder integrador do Estado Social.

    Em sua perspectiva � voltada, vale lembrar, para a análise da sociedade francesa � a questão social configura-se como crise decorrente da desagregação da sociedade salarial que coloca em causa a função integradora do trabalho, desestabilizando a vida social e interrogando a sociedade sobre as situações de vulnerabilidade, precarização e marginalização que vem gerando. Neste contexto, os excluídos são aqueles que se encontram fora dos circuitos das trocas sociais, vivendo situações que representam uma degradação relacionada à posição ocupada anteriormente na ordem do trabalho e das proteções a ela correspondentes. Degradação que, segundo Castel, decorre de processos que se originam no centro e não na periferia da sociedade, e atravessam seu conjunto.

    Rosanvallon (1998) identifica, como Robert Castel, que os fenômenos atuais da exclusão não se enquadram nas antigas categorias de exploração do homem, mas diferentemente deste autor, define o que denomina "a nova questão social" como decorrente da inadaptação dos antigos métodos de gestão do social a uma mudança de natureza na crise do Estado-Providência diagnosticada nos anos 70. Tal mudança, verificada nos anos 90, teria introduzido, para além das crises financeira, ideológica e de legitimidade fartamente identificadas na literatura, problemas de natureza filosófica relacionados aos princípios de organização da sociedade e à própria concepção dos direitos sociais.

    Patrícia Tavares Ribeiro

    Departamento de Ciências Sociais, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. Endereço eletrônico: 

     


ID
5531458
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A reforma universitária, no contexto da educação brasileira, pauta-se em um discurso de regulamentação da Lei de Diretrizes e Bases Nacional (LDB). Contudo, o que se observa é a utilização da LDB para acobertar uma retórica da gestão governamental. Nessas circunstâncias da tendência dos preceitos neoliberais na política educacional, o foco na autonomia universitária, sinaliza como característica a:  

Alternativas
Comentários
  • O Governo entende que a efetiva implantação da autonomia garante sustentação para um modelo adequado à redefinição do relacionamento entre as universidades públicas federais e o Estado. Esta redefinição viria assim a significar, no atual estágio do desenvolvimento dessas instituições, a segurança de uma articulação institucional destinada a dar conta dos desafios de expansão do sistema público de ensino superior e de pesquisa, mantendo e desenvolvendo indicadores de qualidade e de produtividade acadêmica e científica.

    Cogita-se de um processo de implantação de autonomia plena das universidades federais a partir dos dispositivos contidos na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, mediante a observância das seguintes diretrizes, entre outras, possibilidade de opção pelas universidades pela ampliação de sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira, mediante celebração de contrato.


ID
5531461
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

De acordo com Yolanda Guerra (2009), o profissional de serviço social, na sua prática cotidiana, trabalha com múltiplas expressões das relações sociais da vida cotidiana dos usuários das políticas/ programas sociais, o que permite dispor de dados e informações sobre as várias formas de manifestação das desigualdades e da exclusão social. Esse contexto traz para a arena do debate profissional as discussões sobre a pós-modernidade e seus rebatimentos para o Serviço Social. Nesse sentido, é característica dessa conjuntura e suas inflexões na profissão: 

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode explicar melhor essa questão, ou indicar o artigo ? :)

  • A instrumentalidade no trabalho do assistente social.

    http://www.uel.br/cesa/sersocial/pages/arquivos/GUERRA%20Yolanda.%20A%20instrumentalidade%20no%20trabalho%20do%20assistente%20social.pdf

  • Analisando as alternativas, temos:

    A – Incorreta. A prática profissional ancorada em uma perspectiva crítica investigativa e dialógica.

    B – Correta. A reprodução do pensamento conservador, pautado em uma prática profissional tecnicista que incorpora a visão capitalista das relações sociais. 

    C – Incorreta. Recusa à teoria marxista por entender que esta não dá conta do contexto pós-modernidade.

    D - Incorreta. Respeito e defesa da formação teórico-crítica, porém observando algumas limitações institucionais.

    O avanço de perspectivas ideo-políticas pós-modernas se manifesta no Serviço Social em sua expressão interventiva, através da reprodução de posicionamentos conservadores, por meio de ações tecnicistas e pragmáticas nos espaços sócio-ocupacionais, que apenas atendem as demandas institucionais, naturalizam as expressões da questão social e negam a estrutura social de classes.

    B – Correta.

    A, B, C e D – Incorretas.

    Gabarito: B

  • B

  • Alternativa B .


ID
5531464
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Código de Ética do/a Assistente Social (Resolução CFESS nº 273/93, de 13 de março de 1993) versa sobre o pensar a ética como pressuposto teórico-político que remete ao enfrentamento das contradições postas à profissão, a partir de uma visão crítica e fundamentada teoricamente. Nesse sentido, assinale a alternativa que versa sobre os princípios fundamentais:

Alternativas
Comentários
  • Código de Ética Princípios Fundamentais

    I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;

    II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;

    III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;

    IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;

    V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;

    VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças; Código de Ética Princípios Fundamentais

    VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;

    VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero;

    IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as trabalhadores/as;

    X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;

    XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física.  

  • A questão requer conhecimento do Código de Ética do/a assistente social (Resolução CFESS nº 273/93, de 13 de março de 1993).

    Vamos, então, analisar as alternativas:

    A – Incorreta. Garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados nesse código. A alternativa constitui um direito do/a assistente social (dos direitos e das responsabilidades gerais do/a assistente social), de acordo com o “Art. 2º, alínea a” do Código de Ética de 1993.

    B – Correta.  Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda a sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras. A alternativa constitui um princípio fundamental de acordo com o Código de Ética de 1993.

    C – Incorreta.  A Participação em programas de socorro à população em situação de calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades. A alternativa constitui um dever do/a assistente social (dos direitos e das responsabilidades gerais do/a assistente social), de acordo com o “Art. 3º, alínea d” do Código de Ética de 1993.

    D – Incorreta. A democratização das informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos/as usuários/as. A alternativa constitui um dever do/a assistente social (da relação com os/as usuários/as), de acordo com o “Art. 5º, alínea c” do Código de Ética de 1993.

    Gabarito: B


ID
5531467
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Conforme as discussões realizadas pelo Serviço Social em uma perspectiva histórica e crítica, a mediação pode ser compreendida como:  

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: C

    A mediação é uma das categorias centrais da dialética, inscrita no contexto da ontologia do ser social e que possui uma dupla dimensão: ontológica - que pertence ao real, está presente em qualquer realidade independente do conhecimento do sujeito e reflexiva - elaborada pela razão, para ultrapassar o plano da imediaticidade (aparência) em busca da essência, necessita construir intelectualmente mediações para reconstruir o próprio movimento do objeto. Ou seja, a “[...] sua construção se consolida tanto por operações intelectuais, como valorativas apoiadas no conhecimento crítico do real, possibilidade fundamentalmente pela intervenção da consciência”. (Martinelli, 1993, p. 137). 

    In: http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/Y6O09Vi7X17oOE584R0e.pdf

    Texto: A IMPORTÂNCIA CATEGORIA MEDIAÇÃO PARA O SERVIÇO SOCIAL

    Autoras: Josiane Moraes e Maria Lúcia Martinelli

  • Resposta C - Mediação de conflitos - possui 2 dimensões a ontológica e reflexiva

    Ontologia (do  ontos "ente" e -logia, "discurso lógico"; no conjunto, "ciência do ser"

    faz esse ser refletir sobre suas ações na mediação do conflito

  • Alternativa C .


ID
5531470
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A literatura acerca da história do Serviço Social apresenta a gênese da profissão atrelada ao ideário católico. Em função dessa vinculação, o Serviço Social também se fundamentava em:

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta: Letra A

    É na relação com a Igreja Católica que o Serviço Social brasileiro vai fundamentar a formulação de seus primeiros objetivos político/sociais orientando‐se por posicionamentos de cunho humanista conservador contrários aos ideários liberal e marxista na busca de recuperação da hegemonia do pensamento social da Igreja face à "questão social".

    Entre os postulados filosóficos tomistas que marcaram o emergente Serviço Social temos a:

    • noção de dignidade da pessoa humana;
    • sua perfectibilidade,
    • sua capacidade de desenvolver potencialidades;
    • a natural sociabilidade do homem, ser social e político;
    • a compreensão da sociedade como união dos homens para realizar o bem comum (como bem de todos) e
    • a necessidade da autoridade para cuidar da justiça geral.

    FONTE: Os fundamentos históricos e teórico- metodológicos do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade

  • Alternativa A .


ID
5531473
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

É bem verdade que as políticas sociais se configuram como mediação essencial do trabalho profissional. Neste sentido, tratar as alterações desencadeadas nas políticas sociais na sociedade contemporânea significa repensar e refletir as implicações que incidem na profissão. Desse modo, podemos destacar como características das políticas sociais no cenário brasileiro, no Século XXI:  

Alternativas
Comentários
  • Gab C

    O que ocorre atualmente é uma diminuição das políticas sociais, menor proteção do Estado as pessoas mais necessitadas. Se tem programas de distribuição de renda, que são imcapazes de suprir as necessidades básicas das famílias e tais programas não atingem uma boa parte da população, pois o acesso aos mesmos se faz através de aplicativos de celular e vivemos em um país que muitos não tem acesso ou não sabem lidar com tais tecnologias.

  • A

    Aumento considerável da implementação de políticas universalizantes e com amplo controle da participação social.

    B

    Ampliação da cobertura do Estado em proteção do Estado com ações contínuas e interligadas.

    C

    Programas de combate à pobreza, focalizando nos programas de transferência de renda, que não permitem a cobertura total das necessidades dos usuários.

    D

    Crescimento dos programas de transferência de renda e com ampla cobertura para os sujeitos.

  • Alternativa C .


ID
5531476
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As discussões em torno da inserção do Serviço Social na educação e do fortalecimento da gestão democrática afirmam que os pressupostos éticos e políticos do projeto profissional compreendem o significado da educação no bojo das lutas sociais. Para isso, faz-se necessário e fundamental: 

Alternativas
Comentários
  • A articulação com os movimentos sociais, a inserção em espaços democráticos de controle social e a construção de estratégias de participação da comunidade escolar nesses espaços. 

  • . No âmbito da Política de Educação, o conjunto das competências específicas dos/as assistentes sociais se expressam em ações que devem articular as diversas dimensões da atuação profissional, dentre estas se encontra:

    - A dimensão do trabalho profissional relativa à inserção dos/as assistentes sociais nos espaços democráticos de controle social e a construção de estratégias de fomento à participação dos estudantes, famílias, professores e professoras, trabalhadores e trabalhadoras da educação nas conferências e conselhos desta política e de outras adquire uma particularidade diante da predominante estruturação verticalizada e muito pouco democrática destes espaços na Política de Educação. Neste sentido, a atuação profissional deve também estar voltada para os processos de discussão e modificação das formas de composição e funcionamento destas instâncias. Além de reconhecer e tecer aproximações com os demais conselhos existentes na Política de Educação, e que são fundamentais para a democratização dos processos de gestão desta política. 

    Subsídios para a Atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação Elaborado pelo Grupo de Trabalho do Conjunto CFESS-CRESS.

    www.cfess.org.br/arquivos/BROCHURACFESS_SUBSIDIOS-AS-EDUCACAO.pdf


ID
5531479
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O processo de mundialização do capital financeiro e o cenário de crise econômica trazem o aprofundamento do desemprego estrutural e a intensificação do trabalho desprotegido e precarizado. Estes se apresentam como umas das mais graves expressões da questão social, caracterizando-se, nesse cenário, como:

I. A polarização da classe trabalhadora em dois grupos ou mais (uma parcela reduzida com direitos e garantias do seguro social e uma outra parcela com trabalho precarizado, temporário e informal sem garantias de proteção), estabelece um processo de disputa entre os trabalhadores, fragmentando a organização sindical e enfraquecendo as lutas de classe.
II. O agravamento do trabalho precarizado e da pobreza, aliado à ausência de reformas estruturais com políticas sociais que aniquilem as desigualdades sociais, de gênero e raça, acentuam as violências e dão abertura para o retorno do Estado policial como resposta às expressões da questão social.
III. A flexibilização da força de trabalho traz como consequência a reversão de direitos trabalhistas, e com isso, o Estado busca ampliar as políticas de proteção para a classe trabalhadora.
IV. O compartilhamento das responsabilidades entre as esferas pública, privada e terceiro setor, visto a ineficácia do Estado na sua função de fornecer serviços, traz para terceiro setor essa função, o que é também uma forma de enxugar os gastos públicos.

De acordo com o enunciado, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão deveria ter sido anulada, a II é passível de contestação. Não existe reforma que dê jeito no capitalismo.

  • Vamos analisar os itens:

    I – Correto. A polarização da classe trabalhadora em dois grupos ou mais (uma parcela reduzida com direitos e garantias do seguro social e uma outra parcela com trabalho precarizado, temporário e informal sem garantias de proteção), estabelece um processo de disputa entre os trabalhadores, fragmentando a organização sindical e enfraquecendo as lutas de classe.

    II – Incorreto. O agravamento do trabalho precarizado e da pobreza, aliado à ausência de reformas estruturais com políticas sociais que aniquilem as desigualdades sociais, de gênero e raça, acentuam as violências e dão abertura para o retorno do Estado policial como resposta às expressões da questão social. Não há possibilidade de reformas estruturais com políticas sociais acabarem com a lógica desigual do modo de produção capitalista (podem apenas atenuar essas desigualdades). O capitalismo é essencialmente desigual, pois se sustenta em relações sociais antagônicas entre uma classe que explora e outra que é explorada.

    III – Incorreto. A flexibilização da força de trabalho traz como consequência a reversão de direitos trabalhistas, e com isso, o Estado busca ampliar as políticas de proteção para a classe trabalhadora. O Estado não busca ampliar as políticas de proteção social, pelo contrário, o que vemos é o desmonte dessas.

    IV – Incorreto. O compartilhamento das responsabilidades entre as esferas pública, privada e terceiro setor, visto a ineficácia do Estado na sua função de fornecer serviços, traz para terceiro setor essa função, o que é também uma forma de enxugar os gastos públicos. O Estado não é ineficaz, apenas é neoliberal e se desresponsabiliza diante do social.

    Como gabarito, temos:

    A, B e D – Incorretas.

    Gabarito da banca: C

    Gabarito da monitora: Apenas a I está correta.


ID
5531482
Banca
Ufersa
Órgão
UFERSA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A questão social é o conjunto de expressões de desigualdades, oriunda da formação da sociedade capitalista, consistindo na apropriação privada da riqueza socialmente produzida por uma classe, provocando o pauperismo de outra. Partindo dessa afirmativa, é CORRETO asseverar que o papel profissional da/o assistente social no que tange à questão social é:

Alternativas
Comentários
  • A intervenção profissional do assistente social pode ser caracterizada pelo atendimento às demandas e necessidades sociais de seus usuários, que podem produzir resultados concretos, tanto nas dimensões materiais, quanto nas dimensões sociais, políticas e culturais da vida da população, viabilizando seu acesso às políticas sociais (YASBEK, 2009). Como profissional inserido na divisão sociotécnica do trabalho, o assistente social é demandado a desenvolver ações como gestor e executor de políticas sociais, programas, projetos, serviços, recursos e bens no âmbito das organizações públicas e privadas, operando sob diversas perspectivas, como no planejamento e gestão social de serviços e políticas sociais, na prestação de serviços e na ação socioeducativa (YASBEK, 2009).

    Fonte:https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/download/9551/8057

  • Um dos maiores desafios enfrentados pelos assistentes sociais na atualidade: decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo. (p.20)

    Iamamoto

  • Conforme Iamamoto (2009, p. 12), “o exercício profissional é necessariamente polarizado pela trama” das relações sociais da sociedade capitalista. Então, o/a assistente social pode fomentar os “mecanismos de exploração e dominação, quanto, ao mesmo tempo e pela mesma atividade, dar resposta às necessidades de sobrevivência das classes trabalhadoras”. Pautado em seu projeto ético-político profissional, o/a assistente social não deve, portanto, apenas seguir cegamente o que é institucionalmente requisitado, mas promover “o impulso ao protagonismo político dos sujeitos na articulação e defesa de suas necessidades e interesses coletivos na cena pública”. Portanto, desenvolver capacidades de realizar análise crítica das particularidades histórico-culturais e formulação de respostas criativas e propositivas que promovam e viabilizem os direitos da população que necessita de atendimento.

    Vamos, então, analisar as alternativas:

    C – Correta.

    A, B e D – Incorretas.

    Gabarito: C

    Referência:

    IAMAMOTO, M. V. O serviço social na cena contemporânea. In: Serviço social: direitos e competências profissionais. CFESS/ABEPSS, 2009.