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Questões de Tipologia Textual


ID
2440
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Alcatrazes
Expedição ao Arquipélago Proibido
Johnny Mazzilli

O balanço do barco, o mar instável e a chuva
puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por
completo e olhávamos impressionados as falésias
rochosas com 200, 300 metros verticais assomando
diretamente das águas e entremeadas por mantos de
vegetação tropical - muito, muito maiores do que
imaginávamos.
Ao contornar a ilha principal em busca do Ninhal das
Fragatas, nosso ponto de ancoragem, demos de cara com
a exuberância da fauna, uma espécie de "Galápagos" do
litoral paulista. Milhares de aves se empoleiravam nos
arbustos costeiros e centenas voavam gritando acima de
nós, num cenário que parecia nos remeter ao passado.
O desembarque é moroso - tudo tem que ser
transferido para um bote de borracha com motor de popa
que conduz as tralhas ao costão em sucessivas e lentas
baldeações. Não há praia ou cais e são necessárias
seguidas aproximações, recuos e reaproximações com o
bote, apenas para descer a carga de uma viagem.
A tralha era extensa - pilhas de mochilas,
equipamentos de mergulho e fotográfico, cordas, bolsas
impermeáveis e caixas, muitas caixas com itens para
pesquisa e coleta de animais. Chovia sem parar enquanto
subíamos carregados pela encosta rochosa escorregadia
em direção ao local do acampamento, a 50 metros dali.
Parou de chover quando montamos o acampamento.
Precisávamos de tempo para as pesquisas e
principalmente para a investida na parede rochosa -
trabalho inédito nas ilhas e que gerou grande expectativa
entre as equipes. Cada time composto por membros do
Projeto Tamar, Instituto Butantã, Fundação Florestal,
Biociências da USP e Projeto Alcatrazes faria, no curto
prazo de dois dias, suas próprias pesquisas com aves,
serpentes, répteis e batráquios.

Revista Planeta, out. 2006, p. 37 (fragmento).

O texto é predominantemente narrativo e nele prevalecem as passagens que descrevem as ações, como se comprova pelas transcrições abaixo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • a) puseram - ação;
    b) olhávamos - ação;
    c) contornar - ação;
    d) empoleiravam - ação;
    e) precisávamos - estado


    Acho que é isso.
  • A letra B não seria descritiva????
  •  Concordo com vanessa......
  • Parabéns, professor ! muito boa aula!

  • Muito obrigado, maria! Em breve, mais assuntos no site!
  • As melhores aulas de Dir. Administrativo a que já assisti são as suas!! Parabéns e continue fazendo aulas de outros assuntos, por favor!

  • Nossa que feliz eu estou com essa aula! Obrigada, caro Mestre. Vamos para as partes subsequentes... :)

  • GABARITO: E

    Na verdade na letra B o que é ação é o termo "ASSOMANDO", ou seja, se o caboclo não souber o significado, que é "CHEGANDO,SUBINDO,AFLORANDO" cai feio nessa questão.

     

  • concordo com vanessa!

  • essa foi dificil, fui por eleminação

    gab: E de ESA!

  • Na B) Tem descrição das falésias e tempo verbal de descrição: olhávamos (imperfeito)

    Na E) Sem descrição (a mim parece narração) e tempo verbal de descrição: precisávamos (imperfeito)

    ???????

    Agora lembrei por que estudei engenharia.

  • Gab.: E)

    Descrição > retrato de algo > “pausa” na narração para descrever algo.


ID
75517
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fim de feira

Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as
barracas, começam a chegar os que querem pagar pouco pelo
que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaça
estragar. Chegam com suas sacolas cheias de esperança.
Alguns não perdem tempo e passam a recolher o que está pelo
chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas,
a metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os
fregueses compradores. Há uns que se aventuram até mesmo
nas cercanias da barraca de pescados, onde pode haver
alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, ou uma ponta de
cação obviamente desprezada.

Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas:
oferecem-lhes o que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora.
Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos
refugos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados.
Agem para salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio
mesmo do comércio. Parecem temer que a fome seja debelada
sem que alguém pague por isso. E não admitem ser acusados
de egoístas: somos comerciantes, não assistentes sociais,
alegam.

Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da
limpeza e os funcionários da prefeitura varrem e lavam tudo,
entre risos e gritos. O trânsito é liberado, os carros atravancam
a rua e, não fosse o persistente cheiro de peixe, a ninguém
ocorreria que ali houve uma feira, freqüentada por tão diversas
espécies de seres humanos.
(Joel Rubinato, inédito)

Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de construção do texto: no contexto do

Alternativas
Comentários
  • alguem se desafia a explicar pq a letra A nao é o gabarito ??????????????????????????
  • a) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a expressão verbal querem pagar.

    "Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou mesmo nada, pelo que ameaça estragar. (...)"

    Lendo com atenção, percebemos que o autor simplesmente omitiu a ocorrência de "os que querem pagar" para que não ficasse repetitivo. Assim:

    "(...)começam a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas// ou mesmo os que não querem pagar nada, pelo que ameaça estragar. (...)"

    Por isso a assertiva afirma que a expressão faz subentender o que já havia sido dito antes.

ID
117166
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Polícia Federal
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O valor da vida é de tal magnitude que, até mesmo
nos momentos mais graves, quando tudo parece perdido
dadas as condições mais excepcionais e precárias - como
nos conflitos internacionais, na hora em que o direito da
força se instala negando o próprio Direito, e quando tudo é
paradoxal e inconcebível -, ainda assim a intuição humana
tenta protegê-lo contra a insânia coletiva, criando regras que
impeçam a prática de crueldades inúteis.
Quando a paz passa a ser apenas um instante entre
dois tumultos, o homem tenta encontrar nos céus do amanhã
uma aurora de salvação. A ciência, de forma desesperada,
convoca os cientistas a se debruçarem sobre as mesas de
seus laboratórios, na procura de meios salvadores da vida.
Nas salas de conversação internacionais, mesmo entre
intrigas e astúcias, os líderes do mundo inteiro tentam se
reencontrar com a mais irrecusável de suas normas:
o respeito pela vida humana.
Assim, no âmago de todos os valores, está o mais
indeclinável de todos eles: a vida humana. Sem ela, não
existe a pessoa humana, não existe a base de sua identidade.
Mesmo diante da proletária tragédia de cada homem e de
cada mulher, quase naufragados na luta desesperada pela
sobrevivência do dia-a-dia, ninguém abre mão do seu direito
de viver. Essa consciência é que faz a vida mais que um
bem: um valor.
A partir dessa concepção, hoje, mais ainda, a vida
passa a ser respeitada e protegida não só como um bem
afetivo ou patrimonial, mas pelo valor ético de que ela se
reveste. Não se constitui apenas de um meio de
continuidade biológica, mas de uma qualidade e de uma
dignidade que faz com que cada um realize seu destino de
criatura humana.

Internet: . Acesso em ago./2004 (com adaptações).


Com base no texto acima, julgue os itens a seguir.

O texto estrutura-se de forma argumentativa em torno de uma idéia fundamental e constante: a vida humana como um bem indeclinável.

Alternativas
Comentários
  • nao entendi .. o texto parece ser eh dissertativo , alguem pode dar alguma opniao tecnica?
  • Você caiu em uma armadilha. Ninguém disse que não poderia haver um misto.
    Analise você mesmo:

    Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.

    Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

    Dissertação argumentativa – esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por todos. Nela o intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a idéia ou ponto de vista exposto, isso se faz através de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc.

    Fonte: http://www.algosobre.com.br/redacao/texto-dissertativo-argumentativo.html

    Em outras palavras, o texto tem características do dissertativo, mas é predominantemente argumentativo.

  • Errei por outro motivo, o defende no fim do terceiro parágrafo que a vida é mais que um bem, é um valor... E a questão colocou como um "bem" o que estaria em desconformidade...

  • algo que definiu a resposta foi essa parte do texto " Assim, no âmago de todos os valores, está o mais
    indeclinável de todos eles: a vida humana. 
    "

     

    Resposta Certa

  • Adriano Rabelo, o texto é dissertativo sim. Dissertativo-argumentativo!

  • Dissertativo argumentativo!!!!!

    A partir dessa concepção...

    Assim, no âmago de todos os valores...

  • Quando o cara começa a supor, propor, eu cravo logo argumentativo. Se alguém achar que estou equivocado, por gentileza, me diga.

  • O texto estrutura-se de forma argumentativa em torno de uma idéia fundamental e constante: a vida humana como um bem indeclinável.

    CERTO

    Texto cheio de argumentação e apresentação da vida como algo importantíssimo.

    --> Assim, no âmago de todos os valores, está o mais indeclinável de todos eles: a vida humana.

    --> ainda assim a intuição humana tenta protegê-lo contra a insânia coletiva, criando regras que impeçam a prática de crueldades inúteis.

    --> Essa consciência é que faz a vida mais que um bem: um valor.

    "A disciplina é a maior tutora que o sonhador pode ter, pois ela transforma o sonho em realidade."

  • texto motivacional? temos também! cespe sendo fofa '-'

  • Texto expositivo


ID
119614
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Despedida
Rubem Braga

E no meio dessa confusão alguém partiu sem se
despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez
fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma
separação como às vezes acontece em um baile de
carnaval - uma pessoa se perde da outra, procura-a por
um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor
para os amantes pensar que a última vez que se
encontraram se amaram muito - depois apenas aconteceu
que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a
vida é que os despediu, cada um para seu lado - sem
glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e
também uma lembrança boa; que não será proibido
confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso
dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um
inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um
indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas
não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a
lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas
que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma
estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa
noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros
verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes
como as cigarras e as paineiras - com flores e cantos. O
inverno - te lembras - nos maltratou; não havia flores,
não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro
como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um
telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que
não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos
as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo
menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e
digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de
cigarra perdido numa tarde de domingo.

Considere as afirmações:

I. Ao longo do texto, o autor dirige-se a um interlocutor.

II. O autor usa metaforicamente as estações do ano para representar os tempos bons e ruins.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o autor se dirige ao interlocutor quando faz esta pergunta: "E que houve momentos perfeitos que passaram, masnão se perderam, porque ficaram em nossa vida; que alembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; masque essa solidão ficou menos infeliz: que importa que umaestrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossanoite e de nosso confuso sonho?"
  • Entao Caio, fiquei em dúvida quanto a primeira afirmação, porque ela diz "ao longo do texto", o que sugere "por todo o texto" e isso só ocorre no 3º parágrafo.
    Acredito que caberia recurso.
  • Em vários momentos, o autor se dirige a um interlocutor, fazendo uma pergunta direta (te lembras?) ou usando a 1a. pessoa do plural (nós = fomos, esqueçamos, lembremos, digamos).

    O inverno - te lembras - nos maltratou;  
    e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
    Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; 
    lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
  • ele só usa uma vez, uma estação do ano (inverno). a pergunta II diz que ele usa AS ESTAÇÕES. -_-"

  • Dexter, é por que ele re refere ao inverno e ao verão, por isso "estaçõES"

  • Gabarito: C

  • (II) O autor usa metaforicamente as estações do ano para representar os tempos bons e ruins.

    Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras - com flores e cantos. O inverno - te lembras - nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.

  • I. Ao longo do texto, o autor dirige-se a um interlocutor.

    "Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras - com flores e cantos. O inverno - te lembras - nos maltratou; não havia flores..."

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos!

  • Concordo com você Caio Cesar

  • inverno - te lembras - nos maltratou; 

    fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.

    Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; 

    lembremos apenas as coisas douradasdigamos apenas a pequena palavra: adeus.

    O autor fala do verão, inverno e outono. Mas o outono é representado pela característica dourada.

  • I

    Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus. A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.

    II

    Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras - com flores e cantos. O inverno - te lembras - nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.


ID
119674
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que indica corretamente a função de linguagem predominante no texto abaixo:

A estação Júlio Prestes, marco histórico e turístico de São Paulo, completou 70 anos nesta semana. Atualmente, o local abriga a Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado, além de ser o ponto de partida da atual Linha 8 (Júlio Prestes-Itapevi) da CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos].

Alternativas
Comentários
  • Função REFERENCIAL ou DENOTATIVA:- transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.
  • Funções da linguagem Função emotiva (ou expressiva)

    centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.

    Função referencial (ou denotativa)

    centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.

    Função apelativa (ou conativa)

    centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

    Função fática

    centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

    Função poética

    centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas etc.

    Função metalingüística

    centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem.

    Obs.: Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.

  • 1.  Referencial – Denotativa - Contexto:

    Evidência ao contexto situacional(referencial). O melhor exemplo é notícia de jornal.

    Segundo a professora Isabel Vega do QC: A intenção é pôr em evidência o contexto, os fatos do mundo, em forma literária ou não literária.

  • PELO CONTEXTO CONSEGUI FAZER A QUESTÃÕ FAZ REFERÊNCIA  AO JULIO PRESTES.... 

  • O texto traz uma ideia de referência.

    Logo, a resposta está na letra C

  • Função Referencial: linguagem objetiva, impessoal e verbos na 3ª pessoa, no sentido DENOTATIVA. É centralizada no referente. Utilizado em textos jornalísticos e científicos. (Dissertação usaa função referencial) – referências = texto.

    Obs: é possível também visualizar a função metalinguística, uma vez que, de certa forma, o autor tenta explicar a respeito de alguns conceitos.


ID
124831
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
UERN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Clima favorável, investimentos em insumos e máquinas e otimismo do agricultor com as perspectivas do mercado externo são os fatores que explicam os seguidos aumentos das estimativas da safra de grãos que está sendo colhida no país. As mais recentes, que acabam de ser divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento, embora com pequenas discrepâncias decorrentes do uso de metodologias diferentes, indicam que, com 143,5 milhões de toneladas, esta pode ser a segunda maior safra da história. O ministro da Agricultura acredita que as próximas projeções podem confirmar uma safra recorde. É um cenário bem melhor do que o observado no ano passado, marcado pela crise econômica mundial, pelas incertezas quanto à demanda internacional, pela queda de preços e, em algumas regiões, sobretudo a Sul, por uma prolongada estiagem.

O Estado de S.Paulo, 13/3/2010 (com adaptações).

O texto em apreço é predominantemente

Alternativas
Comentários
  • Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
  • Texto : argumentativo expositivo.

  • Texto: Dissertativo expositivo.


ID
124840
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
UERN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O pior efeito da crise econômica, para o Brasil, foi a queda
de quase 10% no valor dos investimentos em máquinas,
equipamentos e construções, como confirmam as contas nacionais
divulgadas pelo IBGE. Por isso, 2009 não foi um ano perdido
apenas quanto ao crescimento econômico. A contração de 0,2% do
produto interno bruto (PIB) está longe de ser desastrosa. A perda
mais importante foi outra: o país aplicou muito menos que o
necessário para modernizar e ampliar sua capacidade produtiva e
garantir, dessa maneira, condições mais sólidas para a expansão
nos anos seguintes. A queda do investimento de 18,7% para 16,7%
do PIB entre 2008 e 2009 é o dado mais negativo, em termos
estratégicos, no cenário do ano passado.

O Estado de S.Paulo, 12/3/2010 (com adaptações).

O texto em questão é

Alternativas
Comentários
  • Linguagem coloquial: Falada familiarmente, por indivíduos de instrução média ou superior.

    Linguagem informativa: Preocupado com a transmissão do conhecimento.

    Linguagem impessoal: O emissor apaga-se para ressaltar o conteúdo.

    Linguagem informal: Se preocupa mais com o conteúdo do que com a forma.

     

  • Alguém poderia comentar está questão, pois  no último trecho, quando ele fala assim:
    "A queda do investimento de 18,7% para 16,7%
    do PIB entre 2008 e 2009 é o dado mais negativo, em termos
    estratégicos, no cenário do ano passado."
    É o dado mais negativo segundo quem???? Segundo o autor. Portanto pessoal.
    Pra mim, tem a opinião dele.

    Se alguém puder esclarecer essa minha dúvida.
    Obs.: Se responder, manda-me uma mensagem.

    "O SENHOR É O MEU PASTOR E NADA ME FALTARÁ"
  • C!!

     

     

     

    Percebe-se que o texto tenta passar conhecimento,dados.  Sem falar que foi tirado de um jornal. ( Folha de S. Paulo )

  • Impessoal?

    "A perda mais importante foi outra: o país aplicou muito menos que o necessário para modernizar e ampliar sua capacidade produtiva e garantir, dessa maneira, condições mais sólidas para a expansão nos anos seguintes."

    Quem define o necessário?

  • "produto interno bruto (PIB) está LONGE de ser DESASTROSA" - se isso não for PESSOALIDADE OU SUBJETIVIDADE - O QUE É?
  • Questão pessimamente formulada!!! Há vários traços de opinião no mesmo! Não estou como sócio do Qconcursos, mas essa merece explicação do professor, pois há nítidas opiniões nele!
  • Letra C

    Impessoal:evita opiniões e juízos de valores pessoais.

    Informativo: informa sobre um determinado assunto.


ID
132994
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O acesso à alimentação está aumentando a estatura das
crianças brasileiras. A pesquisa inédita Saúde Brasil 2008, do
Ministério da Saúde, avaliou o crescimento da população e
verificou que, caso o Brasil mantenha o ritmo, a desnutrição será
praticamente nula entre 10 e 15 anos. O mesmo estudo mostrou
que o risco de obesidade vem aumentando no país,
principalmente entre os jovens do sexo masculino.
"O aumento da altura do brasileiro é um reflexo da
melhoria do padrão nutricional. Os investimentos em políticas
públicas de distribuição de renda, de saneamento e de melhorias
na alimentação e nutrição contribuíram para avanços e superação
da desnutrição no país", analisa uma das responsáveis pela
pesquisa Saúde Brasil. Ela destaca que o crescimento na estatura
das crianças, o maior entre todas as faixas etárias, permite ao país
uma visão otimista quanto ao fim da desnutrição infantil,
considerada um problema de saúde pública.
A análise sobre a redução no deficit de altura mostra que
as crianças brasileiras estão cada vez mais próximas do padrão
internacional estipulado pela Organização Mundial de Saúde, que
é feito a partir das medidas de peso e altura de meninos e meninas
sadias.
Os avanços são observados também na população adulta.
O estudo comprova que o brasileiro está mais alto. As mulheres
ganharam 3,3 cm em 14 anos. Os homens, nesse período,
aumentaram 1,9 cm no tamanho e chegaram a uma média de 1,70
m em 2003 - contra 1,68 m em 1989. Entretanto, esse ganho de
altura entre os adultos ainda está abaixo do padrão mundial usado
como referência.

Combate à desnutrição faz deficit de altura cair mais de 75% em
crianças. Internet: (com adaptações).

Com referência às ideias e à tipologia do texto acima, julgue os
itens de 51 a 57.

O texto é predominantemente argumentativo, pois defende a ideia de que o brasileiro está cada vez maior em estatura.

Alternativas
Comentários
  • "O aumento da altura do brasileiro é um reflexo damelhoria do padrão nutricional. Os investimentos em políticaspúblicas de distribuição de renda, de saneamento e de melhoriasna alimentação e nutrição contribuíram para avanços e superaçãoda desnutrição no país" nao é sobre a altura e sim sobre a nutriçao dos brasilseiros????EStou certo?
  • Interpretei de outra forma.Uma argumentação é um texto no qual o autor expressa sua opnião em relação ao assunto. O texto é informativo, apresenta apenas dados derivados de pesquisas e estudos... Logo não defende a idéia "que o brasileiro está cada vez maior em estatura" ele apenas informa.Portando ERRADA.
  • TEXTO ARGUMENTATIVO é o texto em que defendemos uma idéia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela. (fonte: http://www.pucrs.br/gpt/index.php)TEXTO INFORMATIVO CIENTÍFICO: Nesse tipo de texto a intenção do autor é fornecer informações consideradas como verdade pela ciência. Através da precisão dos significados das palavras, ele expõe com dados objetivos um determinado assunto que foi anteriormente pesquisado e experimentado.A linguagem utilizada no texto é informativa, técnica. Esse tipo de textoexige um nível de compreensão mais complexo.Os textos informativos científicos são encontrados geralmente em revistasmédicas, enciclopédias e revistas ligadas à ciência, como Superinteressante,Ciência Hoje, Globo Ciência. (fonte: http://intervox.nce.ufrj.br/~diniz/d/direito/ou-Apostila_Portugues_Texto_Informativo_5.pdf)
  • Também acho que o enfoque principal não é a altura e sim outra informações importantes como a questão nutricional que reflete na altura.
  • Eu entendo que a alternativa está errada por dois motivos:

    1 - porque não se trata de texto argumentativo, mas informativo conforme as explicações dos colegas que explicitaram as diferenças.

    e

    2 - porque o enfoque é na melhoria das políticas públicas de distribuição de renda, de saneamento e de melhorias

    na alimentação e nutrição que tem como consequência o aumento da estatura das crianças brasileiras.

  • O erro da questão é bem sutil e está no fato de que ela afirma que o texto é predominantemente argumentativo porque defende a ideia de que o brasileiro está cada vez maior em estatura. E isso é falso, pois o fato do texto ser argumentativo não depende do fato de ele defender esta particular idéia!

  • Voto com a relatora HAYA. O texto não é essencialmente argumentativo. Ele é informativo.

ID
142735
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

LEITE DERRAMADO (Chico Buarque)

Não sei por que você não me alivia a dor. Todo dia a senhora levanta a persiana com bruteza e joga sol no meu rosto. Não sei que graça pode achar nos meus esgares, é uma pontada cada vez que respiro. Às vezes aspiro fundo e encho os pulmões de um ar insuportável, para ter alguns segundos de conforto, expelindo a dor. Mas bem antes da doença e da velhice, talvez minha vida já fosse um pouco assim, uma dorzinha chata a me espetar o tempo todo e de repente uma lambada atroz. E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer, a memória é uma vasta ferida.
[...]
Eu próprio poderia arcar com viagem e tratamento no estrangeiro, se o seu marido não me tivesse arruinado. Poderia me estabelecer no estrangeiro, passar o resto dos meus dias em Paris. Se me desse na veneta, poderia morrer na mesma cama do Ritz onde dormi quando menino. Porque nas férias de verão o seu avô, meu pai, sempre me levava à Europa de vapor. Mais tarde, cada vez que eu via um deles ao largo, na rota da Argentina, chamava sua mãe e apontava: lá vai Arlanza!, o Cap Polonio!, o Lutétia!, enchia a boca para contar como era um transatlântico por dentro. Sua mãe nunca tinha visto um navio de perto, depois de casada ela mal saía de Copacabana. E quando lhe anunciei que iríamos em breve ao cais do porto, para receber o engenheiro francês, ela se fez de rogada. Porque você era recém-nascida, e ela não podia largar a criança e coisa e tal, mas logo tomou o bonde para cidade e cortou os cabelos à la garçonne.
[...]
E quando vi sua mãe naquele estado, falei, você não vai. Por quê, ela perguntou com voz fina, e não lhe dei satisfação, peguei meu chapéu e saí. Nem parei para pensar de onde vinha a minha raiva repentina, só senti que era alaranjada a raiva cega que tive da alegria dela. E vou deixar de falação porque a dor só faz piorar.

(Fonte: BUARQUE, Chico. Leite derramado. São
Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 10-12)


O texto apresenta características que possibilitariam sua classificação como:

Alternativas
Comentários
  • Para ser canção precisa estar em versos (estrofes - tipo poema), apresentar rima. O texto está em prosa (estilo redação). Chico Buarque não escreve só música. Pela fonte do texto, você percebe que se trata de um romance, além disso trata-se de uma história, de um texto narrativo, portanto romance.


ID
142738
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

LEITE DERRAMADO (Chico Buarque)

Não sei por que você não me alivia a dor. Todo dia a senhora levanta a persiana com bruteza e joga sol no meu rosto. Não sei que graça pode achar nos meus esgares, é uma pontada cada vez que respiro. Às vezes aspiro fundo e encho os pulmões de um ar insuportável, para ter alguns segundos de conforto, expelindo a dor. Mas bem antes da doença e da velhice, talvez minha vida já fosse um pouco assim, uma dorzinha chata a me espetar o tempo todo e de repente uma lambada atroz. E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer, a memória é uma vasta ferida.
[...]
Eu próprio poderia arcar com viagem e tratamento no estrangeiro, se o seu marido não me tivesse arruinado. Poderia me estabelecer no estrangeiro, passar o resto dos meus dias em Paris. Se me desse na veneta, poderia morrer na mesma cama do Ritz onde dormi quando menino. Porque nas férias de verão o seu avô, meu pai, sempre me levava à Europa de vapor. Mais tarde, cada vez que eu via um deles ao largo, na rota da Argentina, chamava sua mãe e apontava: lá vai Arlanza!, o Cap Polonio!, o Lutétia!, enchia a boca para contar como era um transatlântico por dentro. Sua mãe nunca tinha visto um navio de perto, depois de casada ela mal saía de Copacabana. E quando lhe anunciei que iríamos em breve ao cais do porto, para receber o engenheiro francês, ela se fez de rogada. Porque você era recém-nascida, e ela não podia largar a criança e coisa e tal, mas logo tomou o bonde para cidade e cortou os cabelos à la garçonne.
[...]
E quando vi sua mãe naquele estado, falei, você não vai. Por quê, ela perguntou com voz fina, e não lhe dei satisfação, peguei meu chapéu e saí. Nem parei para pensar de onde vinha a minha raiva repentina, só senti que era alaranjada a raiva cega que tive da alegria dela. E vou deixar de falação porque a dor só faz piorar.

(Fonte: BUARQUE, Chico. Leite derramado. São
Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 10-12)


O texto apresenta premissas que possibilitam observarmos que ele está fundamentado no raciocínio lógico:

Alternativas
Comentários
  • Em lógica, existem três tipos de raciocínio:
    1-Dedução 2-Indução 3-Abdução
    1-Dedução corresponde a determinar a conclusão. Utiliza-se da regra (..."é uma pontada cada vez que respiro") e sua premissa  - s.f. Ideia ou fato inicial de que se parte para formar um raciocínio ("E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer, a memória é uma vasta ferida") para chegar a uma conclusão ("E vou deixar de falação porque a dor só faz piorar").
    Exemplo: "Quando chove, a grama fica molhada. Choveu hoje. Portanto, a grama está molhada." É comum associar os matemáticos com este tipo de raciocínio.
    2-Indução é determinar a regra. É aprender a regra a partir de diversos exemplos de como a conclusão segue da premissa. Exemplo: "A grama ficou molhada todas as vezes em que choveu. Então, se chover amanhã, a grama ficará molhada." É comum associar os cientistas com este estilo de raciocínio.
    3-Abdução significa determinar a premissa. Usa-se a conclusão e a regra para defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Exemplo: "Quando chove, a grama fica molhada. A grama está molhada, então pode ter chovido." Associa-se este tipo de raciocínio aos diagnosticistas e detetives.

ID
178129
Banca
FGV
Órgão
MEC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atentado à Democracia

Um relatório da Associação Nacional de Jornais (ANJ)
revelou que, nos últimos doze meses, foram registrados no
Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes,
dezesseis são decorrentes de sentença judicial - em geral,
proferida por juízes de primeira instância. Trata-se de uma
anomalia e de uma temeridade. Anomalia porque há muito o
Judiciário tem mostrado seu compromisso com a defesa da
liberdade de imprensa e do livre pensamento, que é princípio
fundamental dos regimes democráticos e cláusula pétrea da
Constituição. A derrubada, pelo Supremo Tribunal Federal, da
Lei de Imprensa, instrumento de intimidação criado no regime
militar, é só um exemplo recente dessa convicção. Assim, um
juiz que, de forma monocrática, decide impor a censura a um
veículo passa a constituir uma aberração dentro do poder que
ele representa. A frequência com que esse tipo de atitude tem
se repetido é uma ameaça aos valores democráticos do país e
tem como consequência prática e deletéria o prejuízo do
interesse público, já que se priva a sociedade do direito à
informação.

(Veja, 26/08/2009)

Os dois adjetivos que são adequados ao texto lido são:

Alternativas
Comentários
  • Rodapé do texto : (Revista veja, 26/08/2009),- Informativo.

    Argumentos Adjetivos:" Liberdade"e "Livre"

    "...a defesa da liberdade de imprensa e do livre pensamento, que é princípio fundamental dos regimes democráticos e cláusula pétrea da Constituição.

  • Um texto argumentativo tem como objetivo persuadir alguém das nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer tema ou assunto.
    Um texto informativo como o próprio nome já diz, a principal função dele é informar, ou seja passar uma informação. O melhor exemplo de texto informativo é o jornal.
  • e)argumentativo e informativo.

  • Texto normativo é aquele que integra um conjunto de regras, normas e preceitos. Destina- se a reger o funcionamento de um grupo ou de uma determinada atividade. Normativo = que estabelece regras ou normas.


ID
207967
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao se dirigir ao juiz, pediu-lhe o advogado de defesa que adiasse a sessão, informando ao magistrado que sua principal testemunha estava adoentada e, por essa razão, impossibilitada de comparecer.

Indique a afirmação INCORRETA sobre o texto acima.

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    Um filósofo chamado John Lock, desenvolveu o pensamento empirista. Segundo ele todo ser humano nasce absolutamente sem nenhum conhecimento ou impressão, tudo é adquirido através da experiência. Esse nada que o ser humano é, ele compara a uma Tábula rasa, (madeira lisa, mesa lisa medieval). A idéia serviu para nivelar a humanidade e as classes sociais da época(Monarquia X Burguesia).

    Na questão, não estaria indicando respeito ao magistrado e sim o igualando a si.

    Já Ipso facto é uma frase latina, que significa que um certo efeito é uma consequência direta da ação em causa, em vez de ser provocada por uma ação subsequente, como o veredicto de um tribunal.

    Essa parte está certa!

  • provavelmente há um erro de digitação na letra b)

    "uma vez que minha principal testemunha encontrase( encontra-se) adoentada, o que a impede de comparecer."

  • Marcar letra d (item incorreto)

    Por exclusão já dá para achar o resultado pois essa é a letra que parece mais estranha.
    Tabula rasa quer dizer folha em branco e ipso facto significa por causa disso, por essa razão (está certo no item).
  • Pra quem ficou triste por não ter acertado esta questão e não irá fazer prova para especialidade Taquigrafia e afins.

    Transcrevo o trecho do Edital desta Prova :


    PORTUGUÊS:
    Comunicação  e  expressão  em  língua  portuguesa:  Gramática  (fonética,  morfologia  e  sintaxe:  construção  frasal, concordância,  regência,  crase,  colocação  e  emprego).  Semântica.  Estilística.  Interpretação  de  textos.  Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). Figuras e vícios de linguagem. Pontuação: pontuação e  estrutura  sintática,  pontuação  ênfase;  particularidades  em  textos  normativos  articulados,  em  enumerações,  em citações  e  em  transcrições.  Terminologia  jurídica,  expressões  usuais  na  linguagem  jurídica, 
    latinismos  jurídicos, vícios e impropriedades da linguagem judiciário-forense.

  • Este texto não é narrativo? Por que a letra A está errada?
  • Luiz, a questão pede pra marcar a alternativa incorreta.

  • Harmonia Sempre você fumou maconha?

  • A) Resposta correta. Segundo as lições de tipologia textual, a presença de personagens é imprescindível à narrativa, isto é, sem personagem não há narração. No excerto, as personagens são o juiz, o advogado e a testemunha. Essa tipologia textual também é marcada pela progressão temporal entre os enunciados, sendo característica de toda história narrada: Ao se dirigir ao juiz, pediu-lhe ...”. 
    B) Resposta correta. No discurso direto, as personagens apresentam suas próprias palavras, o que ocorre no trecho apresentado na assertiva B. 
    C) Resposta correta. Toda narração é marcada por uma progressão temporal, ou seja, contém uma exposição, em que se apresentam a ideia principal (adiamento da sessão), as personagens (juiz, advogado e testemunha) e o espaço (tribunal – ideia implícita); um desenvolvimento, em que se detalha a ideia principal, que se divide em dois momentos distintos: a complicação (pedido de adiamento da sessão) e o clímax (a testemunha estava adoentada); e um desfecho, que é a conclusão da narrativa (o não comparecimento da testemunha).
    D) Resposta incorreta. A expressão latina tabula rasa significa “ser humano ser desprovido de qualquer conhecimento ou impressão. Logo, seria desrespeitosa com o magistrado. Por sua vez, o latinismo ipso facto significa o “efeito em consequência da ação em causa”. Por isso, seria adequado ao contexto, assumindo o sentido de por essa razão.
    E) Resposta correta. No trecho “sua principal testemunha estava adoentada e, por essa razão, impossibilitada de comparecer.”, ocorreu o emprego da vírgula devido à elipse (omissão) da forma verbal “estava”, evitando sua repetição no texto. 
    Gabarito: D. 

  • sobre a letra "c": Há um encadeamento causal nesta sucessão de eventos: estava adoentada, impossibilitada de comparecer e pediu-lhe o advogado de defesa que adiasse a sessão.

    Há uma sucessão de eventos na alternativa, não necessariamente a sucessão de eventos da parte destacada, já que primeiro o advogado pediu que o juiz adiasse a audiência, depois é que explicou o motivo do seu pedido.


ID
207988
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as proposições:

I. A Análise do Discurso estabelece uma tipologia das diferentes formações discursivas, de modo a destacar constantes de articulação entre o linguístico e o social.

II. O termo sociolinguística recobre trabalhos diversos, tais como: etnografia da comunicação, variação linguística, variação fonética e mantém interface até mesmo com a Análise de Discurso.

III. Segundo Benveniste, a "linguagem está de tal forma organizada que permite a cada locutor apropriar-se da língua toda designando-se como eu".

É correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B

    Análise do Discurso ou Análise de Discurso é uma prática e um campo da linguística e da comunicação especializado em analisar construções ideológicas presentes em um texto. É muito utilizada, por exemplo, para analisar textos da mídia e as ideologias que os engendram.

  • Alguem poderia esclarecer este questao???
  • O que Significa "Segundo Benveniste" alguém poderia ajudar?
    Obrigada
  • Carla,

    Benveniste foi o cara que disse que a "linguagem está de tal forma organizada que permite a cada locutor apropriar-se da língua toda designando-se como eu". Na questão, devemos analisar o que ele disse, e não importa muito quem ele é. Então a gente ignora essa parte e só analisa o que ele falou para julgar verdadeiro ou falso.
  • Continuo sem entender, alguém poderia me explicar o erro da I e o porquê a II e III estão corretas?
  • Não entendi nada nesta questão!


ID
236422
Banca
FCC
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os filhos dos japoneses davam um duro danado, em poucos anos tinham feito muitas coisas, trabalho de um século. Na roça deles tinha tudo... Entravam na água e cortavam a juta, eram corajosos e disciplinados.

Vi vários deles, magros e tristes, na ilha das Ciganas, em Saracura, Arari, Itaboraí, e até no Paraná do Limão. Cortavam juta com um terçado, secavam as fibras num varal e depois as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas; a maioria dos empregados morava em casebres espalhados em redor de Okayama Ken; quando adoeciam, eram tratados por um dos poucos médicos de Parintins, que uma vez por semana visitava os trabalhadores da propriedade.

                            (Cinzas do Norte. Milton Hatoum. São Paulo: Cia das Letras, 2005, p.71, com adaptações)

Está INCORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra E (incorreta).

    Vejamos:

    e) A tristeza dos trabalhadores famélicos retratados no texto desperta emoções negativas com relação a eles no narrador do texto.

    *Trabalhadores famélicos = trabalhadores famintos. (isso não foi retratado no texto)

  • Comentário breve:

    O autor deixa bem claro o apreço e o respeito que o mesmo tem aos filhos de orientais, ou seja, independente da tristeza ou incapacidade moral dos trabalhadores orientais o respeito do autor com os mesmos é imparcial.

  • A alternativa INCORRETA é a letra E, pois no deslinde do texto o autor não deixa transparecer nenhum sentimento negativo em relação aos trabalhadores famélicos.Lembre-se que o que caracterizaria a emoção do autor no texto seriam juízos de valores, o que não se percebe em nenhum momento.

  • O erro está justamente na palavra "famélicos" que significa famintos.  No primeiro parágrafo está escrito "Na roça de deles tinha de tudo..." Logo supõe-se que os trabalhadores não passavam fome.

  • letra E. errei também.

    Não é porque os trabalhadores eram magros que eles eram famintos. Eu sou magro mas não morro de fome.
  • O que torna a alternativa E incorreta é o fato de não estarem expressas, no texto, emoções negativas por parte do narrador em relação aos trabalhadores. Quanto à passagem "tristeza dos trabalhadores famélicos", ela está correta, pois o texto deixa implícito que os trabaladores são magros por motivo de fome, e não por estética.

  • Dois erros na letra E: 1º Eles poderiam ser magros pelo próprio labor, já que a cultura da juta era um trabalho pesado; 2º como poderia despertar emoções negativas se o Autor os admira? É contraditório.


ID
245863
Banca
FMZ - AP
Órgão
SEAD-AP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um dos conceitos mais importantes da filosofia de bem viver é a prática diária do aquietamento da mente - a meditação. A técnica não exige crença, tampouco habilidade. Como perfeitamente coloca o psicólogo britânico John Clark em seu livro A Map of Mental States (Um Mapa dos Estados Mentais): "A meditação é um método pelo qual a pessoa se concentra mais e mais sobre menos e menos". Porém, em um mundo no qual recebemos continuamente milhares de estímulos sensoriais, em que somos pressionados a saber cada vez mais e sempre há mais para conhecer, em que a competição e o movimento são contínuos e sempre maiores, parar não é tarefa fácil, ainda que seja extremamente simples.

Meditar é parar - estacionar, gradativamente, o fluxo de ondas mentais. Quando o corpo fica imóvel e a mente silencia, o que acontece mesmo? Com a palavra, o genial físico Albert Einstein: "Penso 99 vezes e nada descubro, paro de pensar e a verdade me é revelada".

ALERTA RELAXADO

O exercício diário da meditação limpa as impurezas impregnadas em nossa mente, como medo, raiva, ansiedade e culpa. Classificadas na Ayurveda (a tradicional medicina indiana) como mais perigosas toxinas que existem, essas emoções negativas nos desequilibram e quando se transformam em hormônios de estresse, causam envelhecimento precoce. Portanto, ao meditar, praticamos um exercício de rejuvenescimento - ao mesmo tempo em que aumentamos a produtividade, a criatividade, a concentração e a inteligência. Mais: a mente apaziguada auxilia na prevenção de doenças e acelera a recuperação física. E ainda é a melhor ferramenta para o autoconhecimento, o autodesenvolvimento e a realização espontânea dos desejos.

Agora, vamos à ação: coluna ereta solas dos pés firmes apoiadas no chão, feche os olhos e coloque atenção na respiração. Observe o ar entrando e saindo dos pulmões. E só. Em inglês, o estado meditativo é definido "restful alertness", que pode ser traduzido como "estado de alerta relaxado".

Não é uma delícia? Pratique hoje por 5 minutos, e amanhã, e depois e, gradativamente, vá aumentando esse tempo. O ideal é chegar a meia hora diária. Melhor ainda se conseguir meditar ao amanhecer e no fim do dia. Mas se entre o ideal e o possível a distância é grande, não se incomode. Faça o que der para a sua realidade. Você verá que nesse processo, a cada dia, fica mais fácil viver. Simples assim.

Fonte: Márcia de Luca, Revista Gol, nº 85, abril/2009, p.110.

Analisando a forma de organização do texto, podemos dizer que ele se estrutura predominantemente por meio de sequências linguístico-textuais, denominadas de

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia, por favor, explicar pq o texto não é argumentação? Obrigada.

  • Marquei a letra d, .

    Texto Argumentativo

    Os textos argumentativos, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

    Exposição

    Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias).

    Injunção

    Indica como realizar uma ação. É também utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e Manuais.

    Espero te ajudado.

  • Opção letra b

    Essa questão é complicada mesmo! Concordo com a amiga abaixo que gera dúvida quanto a argumentação. Mas deixe-me explicar melhor...
    A primeira parte do texto nada mais é do que uma introdução, uma explicação sobre o que será abordado em seguida e por isso classificamos como exposição. O autor expõe o que virá.

    A segunda parte trata-se de uma injunção pois o texto explica como realizar a ação de relaxar e prediz as sensações que serão obtidas como resultado "Não é uma delícia?". Além disso, o autor utiliza uma linguagem simples e objetiva e faz uso de verbos no modo imperativo "...feche os olhos e coloque atenção na respiração..."

    A argumentação tem como objetivo persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. A injunção não quer defender o seu ponto de vista, quer apenas mostrar, explicar como se faz. Ela não persuade, ela mostra.

    Acho que é isso...

     

  • Achei a questão tranquila.  Alternativa B

  • Essa questão dá pra resolver por eliminação pois é nítido que a segunda parte é injução e somente a letra B tem essa opção. A letra D de cara é descartada por causa da narração!!!
  • Olá,pessoal!!

     o texto é: dissertativo expositivo,pois explica/informa  determinado assunto sem buscar convencer o leitor.
                          
                        
                                                                                      E
                     Injutivo,pois instrui/prescreve algo ao leitor.
  • Por eliminação da pra matar, o segundo texto na parte final é claramente injuntivo.

  • Um dos conceitos mais importantes da filosofia de bem viver é a prática diária do aquietamento da mente.

    Essa é opinião pessoal do autor? Outras pessoas podem pensar diferentes, ter outra opinião sobre o assunto.

    TEXTO ARGUMENTATIVO.


ID
256936
Banca
FCC
Órgão
TRE-TO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As questão seguinte refere-se ao texto
abaixo.

A bailarina

A profissão de bufarinheiro está regulamentada; contudo,
ninguém mais a exerce, por falta de bufarinhas*. Passaram a
vender sorvetes e sucos de fruta, e são conhecidos como
ambulantes.
Conheci o último bufarinheiro de verdade, e comprei dele
um espelhinho que tinha no lado oposto a figura de uma
bailarina nua. Que mulher! Sorria para mim como prometendo
coisas, mas eu era pequeno, e não sabia que coisas fossem.
Perturbava-me.
Um dia quebrei o espelho, mas a bailarina ficou intata.
Só que não sorria mais para mim. Era um cromo como outro
qualquer. Procurei o bufarinheiro, que não estava mais na
cidade, e provavelmente teria mudado de profissão. Até hoje
não sei qual era o mágico: se o bufarinheiro, se o espelho.

* bufarinhas ? mercadorias de pouco valor; coisas insignificantes.
(Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis, in Prosa
Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.89)

O texto se desenvolve como

Alternativas
Comentários
  • d) CORRETA: relato de caráter pessoal (o texto se desenvolve quase todo na primeira pessoa, exceto no parágrafo incial), em que o autor relembra uma situação vivida quando era pequeno e reflete sobre ela. (é bem nitída essa passagem quando ele afirma na última frase: "Até hoje não sei qual era o mágico: se o bufarinheiro, se o espelho.")
  • Qual seria a diferença entre DEPOIMENTO e RELATO eu fiquei na duvida entre itens A e D
  • Bom, quanto às letra A) e D).


    • a) depoimento de uma criança sobre o espelhinho que tinha no lado oposto a figura de uma bailarina nua, registrado em sua memória. - ERRADA! O depoimento NÃO é de uma CRIANÇA. Infere-se do texto que é uma PESSOA ADULTA relatando um fato vivido na sua infância. 
    •  
    •  d) relato de caráter pessoal, em que o autor relembra uma situação vivida quando era pequeno e reflete sobre ela. - CORRETO! Como dito na letra a), o autor relata, de forma pessoal e carinhosa, uma experiência vivida na sua infância.
  • Acertei, pois consta no texto: CONHECI o último bufarinheiro de verdade, e comprei dele um espelhinho que tinha no lado oposto a figura de uma bailarina nua. Entendo como relato e não depoimento.
    Abraço galera!


ID
262786
Banca
FCC
Órgão
TRE-RN
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Rio Grande do Norte: a esquina do continente

Os portugueses tentaram iniciar a colonização
em 1535, mas os índios potiguares resistiram e os
franceses invadiram. A ocupação portuguesa só se
efetivou no final do século, com a fundação do Forte dos
Reis Magos e da Vila de Natal. O clima pouco favorável
ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a
pecuária. O Estado tornou-se centro de criação de gado
para abastecer os Estados vizinhos e começou a ganhar
importância a extração do sal – hoje, o Rio Grande do
Norte responde por 95% de todo o sal extraído no país. O
petróleo é outra fonte de recursos: é o maior produtor
nacional de petróleo em terra e o segundo no mar. Os
410 quilômetros de praias garantem um lugar especial
para o turismo na economia estadual.
O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas -
com belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro do
mundo –, do qual faz parte a capital, Natal. O Polo Costa
Branca, no oeste do Estado, é caracterizado pelo contras-
te: de um lado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas,
falésias e quilômetros de praias praticamente desertas. A
região é grande produtora de sal, petróleo e frutas; abriga
sítios arqueológicos e até um vulcão extinto, o Pico do
Cabugi, em Angicos. Mossoró é a segunda cidade mais
importante. Além da rica história, é conhecida por suas
águas termais, pelo artesanato reunido no mercado São João e pelas salinas.
Caicó, Currais Novos e Açari compõem o chamado
Polo do Seridó, dominado pela caatinga e com sítios
arqueológicos importantes, serras majestosas e cavernas
misteriosas. Em Caicó há vários açudes e formações
rochosas naturais que desafiam a imaginação do homem.
O turismo de aventura encontra seu espaço no Polo
Serrano, cujo clima ameno e geografia formada por
montanhas e grutas atraem os adeptos do ecoturismo.
Outro polo atraente é Agreste/Trairi, com sua
sucessão de serras, rochas e lajedos nos 13 municípios
que compõem a região. Em Santa Cruz, a subida ao
Monte Carmelo desvenda toda a beleza do sertão
potiguar – em breve, o local vai abrigar um complexo
voltado principalmente para o turismo religioso. A
vaquejada e o Arraiá do Lampião são as grandes
atrações de Tangará, que oferece ainda um belíssimo
panorama no Açude do Trairi.

(Nordeste. 30/10/2010, Encarte no jornal O Estado de S.
Paulo).

O texto se estrutura notadamente

Alternativas
Comentários
  • Não concordo muito com esse gabarito... como um texto informativo, com objetivo de apresentar pontos positivos e as qualidades do estado do Rio Grande do Norte, pode ser uma narrativa?

    Se é uma narrativa, onde estão os personagens, começo, meio e fim?
  • Todo o texto narrativo conta um fato que se passa em determinado tempo e lugar. A narração só existe na medida em que há ação. Para compreender um texto narrativo, é necessário observar que a sucessão dos enunciados da estrutura narrativa sempre ocorre uma mudança, uma transformação de estado. Além disso, lembre-se de que essa estrutura não impede que muitas vezes o texto narrativo seja recheado com trechos descritivos e dissertativos!
  • Caro Leonardo, nesta questão o melhor jeito para resolve-la é excluindo as outras alternativas, até porque tratando questões de interpretação de texto teríamos que entrar dentro da massa encefálica de quem faz este tipo de questão.
     
     
    LETRA A -  com o objetivo de ESCLARECER ALGUNS ASPECTOS CRONOLÓGICOS do processo histórico de formação do Estado e de suas bases econômicas, desde a época da colonização. - Apesar de iniciar com uma base histórica, o foco do texto é notadamente a descrição de pontos turísticos e outras localidades para a visitação.

    LETRA B - como UMA CRÔNICA baseada em aspectos históricos, em que se apresentam tópicos que  salientam as formações geográficas do Estado. - Certamente este texto não é uma crônica.

    LETRA C - de maneira dissertativa, em que se discutem as várias divisões regionais do Estado com a finalidade de COMPROVAR QUAL DELAS SE APRESENTA COMO A MAIS BELA - Nem vou comentar esta.

    LETRA E -de forma instrucional, como orientação a eventuais viajantes que se disponham a conhecer a região, apresentando-lhes UMA ORDEM PREFERENCIAL DE VISITAÇÃO.- mesmo caso da LETRA C
     
    LETRA D (CORRETA) -sob forma narrativa, de início, e descritiva, a seguir, visando a despertar interesse turístico para as atrações que o Estado oferece.- O primeiro parágrafo realmente começa como uma narração histórica, enquanto os parágrafos seguintes apenas descrevem o local.
  • Como identificar um texto NARRATIVO?

     Temos que identificar nesse texto esboçando as ações de personagens num determinado tempo e espaço.

    Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos. (No caso do nosso texto acima)

     

    Apresentação: também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a trama.

     

    Desenvolvimento: aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações dos personagens.

     

    Clímax: parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento mais emocionante da narrativa.

     

    Desfecho: também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo desenvolvidos.


ID
279745
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Resende - RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO III: 

                                            O cajueiro


      O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância, belo, imenso, no  alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
      Eu me lembro de outro cajueiro que era menor e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do  cajá-manga, da pequena touceira de espadas-de-são-jorge e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a  meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos  arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes,  beijos, violetas. Tudo sumira, mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como
árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu  fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros  além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
      No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas  assim mesmo fiz questão de que Caribé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras  terras um parente muito querido.
      A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira  abaixo, e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida,  pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram;  mas depois foram brincar nos galhos tombados.
      Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

                                      (Rubem Braga, Cem crônicas escolhidas, Rio, José Olímpio, 1956, pp. 320-22)

Quanto à situação dos fatos narrados no texto, o tempo é apresentado da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • DOIS PLANOS TEMPORAIS:

    1 - A QUEDA DO CAJUEIRO - ATUAL;
    2 - 
    A INFÂNCIA - O PASSADO REMOTO  
  • Letra (B): o atual que narra a queda do cajueiro; e o remoto ou passado que envolve suas ''boas'' lembranças de infância do local que vivera.

  • A queda do cajueiro não é nem atual, nem remota.

    Para mim, a alternativa correta é a letra C.

  • é uma crônica, assim a tipologia textual é NARRATIVA.na Narração o TEMPO EVOLUI, não é parado igual na descrição. 

    fica nítido que o autor falou do cajueiro:

    1- ( NO PASSADO ou remoto, no  tempo de CRIANÇA DO AUTOR) " Eu me lembro de outro cajueiro que era menor e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do  cajá-manga, da pequena touceira de espadas-de-são-jorge e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a  meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. "

    2- PRESENTE/ATUAL ( cajueiro caiu e o autor já é adulto, sendo que no texto fala q seus pais já morreram): " Diz que passou o dia abatida,  pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. 

  • Dentro do plano presente há uma carta com a narrativa de um passado recente - e não remoto - da queda do Cajueiro. Questão difícil porque precisamos intuir se o examinador percebeu isso ou não. Pelo visto, não.

  • "A carta diz", tempo verbal no presente. "Passou o dia", "caiu meio de lado", "filhos se assustaram", tempo verbal no passado.


ID
281866
Banca
MPE-SP
Órgão
MPE-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

UM APÓLOGO

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma
coisa neste mundo?
– Deixe-me, senhora.
– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável?
Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe
importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos
outros.
– Mas você é orgulhosa.
– Decerto que sou.
– Mas por quê?
– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão
eu?
– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e
muito eu?
– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos
babados...
– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem
atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
– Também os batedores vão adiante do imperador.
– Você é imperador?
– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só
mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... [...]
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a
agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando,
acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
– Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do
vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta
para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor
experiência, murmurou à pobre agulha: – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela
e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro
caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: –
Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! (MACHADO DE ASSIS, J. M. Contos
Consagrados
. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)

O título e o fato de o autor iniciar a narrativa com a expressão “era uma vez” permitem associar o texto com o gênero

Alternativas
Comentários
  • Só pelo título você mata a questão:
    APÓLOGO significa uma narrativa detalhada, um ensinamento moral sob a forma de fábula.
  • Acrescentando

    Apólogo = Narrativa alegórica e moral, cujos personagens são seres inanimados.

    Fonte:Dicionário Larousse
  • Disney!

    Abraços


ID
290527
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I


CONTRA O BOM SENSO


Há uma espécie de vício de origem na proposta do Ministério do Esporte de criar uma carteirinha para o
orcedor frequentar os estádios. Trata-se, antes de tudo, de desrespeito ao direito de locomoção do cidadão ?
que, por aval da Constituição, é livre para ir a qualquer lugar. Mas, ainda que não esbarrasse nesse pressuposto,
a idéia de burocratizar o saudável hábito de acompanhar o time do coração deveria ser arquivada sob a rubrica de
providências infelizes.
A proposta do ministério é adoçada pela palatável intenção de implantar no país uma política de
segurança e prevenção da violência nos estádios de futebol. A ideia seria cadastrar os torcedores para,
adicionalmente, desenhar o perfil de quem vai aos estádios e, dessa forma, municiar os clubes com informações
que ajudariam na elaboração de políticas para atrair mais público aos jogos.
No entanto, se o intento, por princípio, é correto, a ferramenta fere o bom senso. Garantir a segurança
dos torcedores, e por extensão dos cidadãos, é dever constitucional do estado, seja em estádios ou em qualquer
outro local do país. No caso específico da violência no futebol, é salutar que o poder público se preocupe com as
condições em que o contribuinte vá exercer seu direito ao entretenimento. Mas é inconcebível que o ônus de uma
política de segurança caia sobre quem deve ser preservado de selvagerias, o que, em última análise, aconteceria
com a implantação da carteirinha.
Tal papel cabe às autoridades constituídas. Não há de ser com ações burocráticas ?ademais de
afrontarem direitos constituídos ? que se erradicará a violência nos estádios. Isso se faz, entre outras
providências, com uma política séria de segurança coletiva, com programas que envolvam o torcedor nessa
preocupação comum, com uma legislação que puna exemplarmente os bagunceiros e com outros exemplos que
propugnem pela paz nos campos, em vez de estapafúrdios projetos de controle do cidadão.
Além disso, a proposta ministerial embute um ataque ao bolso do contribuinte: se, como se cogita, o
governo tiver de arcar com o custo das carteiras, eis aí outro exemplo de malversação de idéia. É justo o torcedor
pagar pelo espetáculo do seu time, mas não é correto levá-lo a compulsoriamente financiar a leniência do poder
público e delírios burocráticos.

Considerando a estrutura do texto e seu propósito comunicativo, o texto I é caracterizado como

Alternativas
Comentários
  • Os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da empresa, direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou objetividade.

ID
301081
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos primeiros começos de Brasília

Brasília é construída na linha do horizonte — Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. — Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia, vêem nisso uma acusação; mas a minha insônia não é bonita nem feia — minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil; eles ergueram o espanto deles, e deixaram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 292-3 (com adaptações).

Com referência ao segundo texto de Bárbara Freitag e ao texto acima, de Clarice Lispector, julgue o seguinte item.

Julgue os itens subseqüentes, relativos ao fragmento de texto de Clarice Lispector.

Quanto à tipologia, esse trecho serve de exemplo de texto descritivo em linguagem literária.

Alternativas
Comentários
  • Texto puramente Narrativo.

  • Pois, pra mim, é um texto Dissertativo, em que a autora expõe seu ponto de vista sobre a cidade por meio de alguns elementos descritivos.

  • Dissertativo argumentativo - autor expõe opinião

  • Dissertativo argumentativo.


ID
314032
Banca
FCC
Órgão
TRT - 1ª REGIÃO (RJ)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A liberdade enriquece

A liberdade surge no oceano da economia, de onde se espraia para todos os lugares. Isso é o que imaginava Ludwig von Mises, o arquiteto mais destacado da escola austríaca de economistas neoclássicos. Ele estava errado: a liberdade nasceu no continente da política, mais propriamente como liberdade de expressão - o direito de imprimir sem licença. O parto deu-se pelas mãos do poeta e polemista John Milton, em 1644, no epicentro da Guerra Civil Inglesa entre o Parlamento e a Monarquia. Naquele ano, Milton publicou a Aeropagitica, fonte do mais clássico dos argumentos racionais contra a censura: os seres humanos são dotados de razão e, portanto, da capacidade de distinguir as boas ideias das más. Ludwig von Mises não errou em tudo; acertou no principal. Liberdade não é um artigo de luxo, um bem etéreo, desconectado da economia. A Grã-Bretanha acabou seguindo o caminho preconizado por Milton e se converteu na maior potência do mundo. Os Estados Unidos, com sua Primeira Emenda à Constituição - que proíbe a edição de leis que limitem a liberdade de religião, a liberdade de expressão e de imprensa ou o direito de reunião pacífica -, assumiram o primeiro posto no século XX. Liberdade funciona, pois a criatividade é filha da crítica.

(Trecho adaptado de Demétrio Magnoli. Veja, 22 de setembro de 2010, pp. 80-81)

Considerando-se o teor do texto, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • A - CORRETA. O texto aborda teorias sobre a liberdade para, no segundo parágrafo, apresentar o desenvolvimento econômico dos países que aderiram à liberdade de expressão, comunicação, etc.
    B - o texto em nenhum momento fala da influência de poetas e economistas sob influência de escolas estrangeiras
    C - não há defesa por inteiro. Basta notar que o parágrafo se inicia com: "Ludwig não errou em tudo[...]"
    D - a tese do poeta inglês não aborda aspectos econômicos.
    E - em nenhum momento se falou na política colonialista dos ingleses e norteamericanos (sem hífen no novo acordo ortográfico).

    Forte abraço.
  • O autor apóia-se em que "exemplos de sucesso"? Ele narra um acontecimento histórico, cujo ator principal era Milton. Não me parece um "sucesso" o posicionamento do poeta, e sim uma crítica à sociedade daquela época. É mais um manifesto do que um exemplo de sucesso, certamente. E a "c" me parece mais correta, pois o autor induz o leitor a pensar que o teórico austríaco estava "completamente errado", para depois dizer que ele "não estava tão errado assim". Ou seja, ele se contradiz, justamente para provocar uma tensão textual. Para mim C mais correta do que A.

    Valeu, bons estudos!
  • Então, Aníbal, acredito que o erro da C seja em ''defesa por INTEIRO''.

    E não é isso o que consta no texto: ''não errou em tudo. Acertou no principal...''
    Ou seja, o autor não está defendendo por INTEIRO (como diz a alternativa C) a opinião de Ludwig,
    mas só o principal, uma parte.

    Espero ter ajudado!!!

ID
316225
Banca
FCC
Órgão
TRE-RN
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Rio Grande do Norte: a esquina do continente

Os portugueses tentaram iniciar a colonização em 1535, mas os índios potiguares resistiram e os franceses
nvadiram. A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e da Vila
de Natal. O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a pecuária. O Estado tornou-se
centro de criação de gado para abastecer os Estados vizinhos e começou a ganhar importância a extração do sal – hoje,
o Rio Grande do Norte responde por 95% de todo o sal extraído no país. O petróleo é outra fonte de recursos: é o maior
produtor nacional de petróleo em terra e o segundo no mar. Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial
para o turismo na economia estadual.
O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas - com belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro do mun-
do –, do qual faz parte a capital, Natal. O Polo Costa Branca, no oeste do Estado, é caracterizado pelo contraste: de um
ado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas, falésias e quilômetros de praias praticamente desertas. A região é grande
produtora de sal, petróleo e frutas; abriga sítios arqueológicos e até um vulcão extinto, o Pico do Cabugi, em Angicos.
Mossoró é a segunda cidade mais importante. Além da rica história, é conhecida por suas águas termais, pelo
artesanato reunido no mercado São João e pelas salinas.
Caicó, Currais Novos e Açari compõem o chamado Polo do Seridó, dominado pela caatinga e com sítios
arqueológicos importantes, serras majestosas e cavernas misteriosas. Em Caicó há vários açudes e formações rochosas
naturais que desafiam a imaginação do homem. O turismo de aventura encontra seu espaço no Polo Serrano, cujo clima
ameno e geografia formada por montanhas e grutas atraem os adeptos do ecoturismo.
Outro polo atraente é Agreste/Trairi, com sua sucessão de serras, rochas e lajedos nos 13 municípios que
compõem a região. Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do sertão potiguar – em breve,
o local vai abrigar um complexo voltado principalmente para o turismo religioso. A vaquejada e o Arraiá do Lampião são
as grandes atrações de Tangará, que oferece ainda um belíssimo panorama no Açude do Trairi.


(Nordeste. 30/10/2010, Encarte no jornal O Estado de S. Paulo).

O texto se estrutura notadamente

Alternativas
Comentários
  • LETRA "A" CORRETA. A maior evidência  está no 3º parágrafo: O turismo de aventura encontra seu espaço...montanhas e grutas atraem os adeptos do ecoturismo...
  • Narração: relato de fatos, dinâmico, tempo, personagem. Geralmente verbo: presente ou pretérito perfeito.
    Descrição: retrato estático, seres, lugares. Geralmente verbo: presente ou pretérito imperfeito.
    Dissertação: expositiva, argumentativa --> informar e adicional ponto de vista.

    Espero ter ajudado.
  • Fico feliz por ter acertado a "loteria" entre as alternativas A e C. Não acho que a letra C esteja errada, apesar de considerar a letra A como a "mais certa".
  • Sou obrigado a não concordar. O escritor faz um breve relato sobre a história do Rio Grande do Norte , mas esse não é o objetivo do texto. Claramente pode se perceber que o texto visa chamar a atenção para o estado.

    att,
  • Devemos prestar bastante atenção ao enunciado das questões ...
    O enunciado pede a respeito da "estrutura" do texto, isto é, se é uma descrição , narração ou dissertação

    Dicas prof Marcelo Roshental:

    Descrição:
    a intenção é formar uma imagem na cabeça do leitor
     - imagem (fotografia) 
    - verbo ser
    - muitos adjetivos

    Narração:
    - sequência de imagens (filme)
    - fatos obedecem uma sequencia
    - muitos verbos

    Dissertação:
    - expressa uma opinião sobre o assunto
    - Tese (opinião) + argumentos (convencimento)

    bons estudos!
  • Excelente comentário Andréia. Não é à toa que a assertiva está na categoria "Tipologia Textual". Isso deve ser observado na prova, pois ajuda na hora de resolver as questões.
  • Percebe-se que o tipo narrativo predomina até o verbo Invadiram, pois, uma das características da narrativa é o verbo no pretérito perfeito, doravante a descrição é bem observável, pois, há vários adjetivos qualificando os substantivos e também a predominância das formas verbais no presente, além de que ocorre a inexistência de uma progressão temporal, oque revela a descrição do texto.

    BONS ESTUDOS GALERA!!!
  • Questao facil assim é ruim, pois muita gente acerta!

  • Primeira parte do texto: "Os portugueses tentaram iniciar a colonização em 1535, mas os índios potiguares resistiram e os franceses invadiram. A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal"

    Trata-se de uma narração, pois tem início, meio e fim.
    -narração: é o relato de uma ou mais fatos ou acontecimentos reais ("Os portugueses tentaram iniciar...") ou fictícios, em que sequência lógica, com inclusão de personagens e desenrolando-se na linha do tempo ("...mas os índios potiguares resistiram e os franceses invadiram. A ocupação portuguesa só se efetivou no final no século), um após o outro.
    Na narração, o tempo é fundamental.
    São ingredientes de uma narração: personagem, ação, espaço, tempo em desenvolvimento, narrador e enredo.
    Espécies de narração: romances, novelas, contos, crônicas; fábulas; entrevistas e repostagens; biografia, memórias; histórias de gênero humano; poemas épicos, letras de música que contam uma história.
    Ou seja, na narração há alteração de tempos (verbos), com isso o tempos verbais movimenta-se em torno do enredo da história. Na descrição, o tempo é estático.

    Segunda parte do texto: "...
    O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas - com belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo –, do qual faz parte a capital, Natal. O Polo Costa Branca, no oeste do Estado, é caracterizado pelo contraste: de um lado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas, falésias e quilômetros de praias praticamente desertas. A região é grande 
    produtora de sal, petróleo e frutas; abriga sítios arqueológicos e até um vulcão extinto, o Pico do Cabugi, em Angicos. 
    Mossoró é a segunda cidade mais importante. Além da rica história, é conhecida por suas águas termais, pelo artesanato reunido no mercado São João e pelas salinas.

    -descrição: é passagem de uma imagem vista, ou sentida, pelo autor, por exemplo, a um texto, em forma de palavras. Ou seja, descrevendo os detalhes, as peculiaridades, características, de modo a passar a imagem, a mais próxima possível, ao leitor. A descrição compõe a imagem de uma ideia e a representa por meio de palavras.
    Na descrição há muitas características e adjetivos.

ID
335965
Banca
IPAD
Órgão
COREN-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cientistas descobrem proteína envolvida no diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 2, que impede as células de absorver glicose, tinha origem misteriosa até esta semana, quando cientistas do Instituto de Pesquisa Biomédica Whitehead e da Universidade Yale, nos EUA, divulgaram ter descoberto uma proteína que tem relação com a doença. Ao contrário do diabetes de tipo 1, adquirido na infância e na qual o sistema imunológico da pessoa ataca as células que produzem insulina, a tipo 2, se desenvolve na fase adulta e impede que as células respondam à insulina. Esse hormônio é secretado na corrente sanguínea pelo pâncreas quando o organismo detecta excesso de glicose no sangue, interagindo com “receptores” na superfície das células e instruindo-as a absorver e armazenar o excesso de glicose.

Milhões de proteínas 

O estudo, publicado na revista “Nature”, relata a descoberta de uma proteína denominada TUG. Ela se mostrou intimamente ligada a um receptor celular de glicose, o GLUT4, único receptor da substância que fica no interior das células (os restantes ficam em sua superfície). Quando a insulina atua nos “receptores” da membrana celular, o GLUT4 sobe e traz a glicose para o interior da célula. Ele é, também, o único receptor que responde exclusivamente à presença da insulina. Em pessoas com diabete tipo 2, o GLUT4 não vai até a membrana celular, impedindo a absorção da glicose. Os cientistas Jonathan Bogan e Harvey Lodish, autores do estudo, pesquisaram por cinco anos mais de 2,4 milhões de proteínas para identificar qual delas atuaria na distribuição do GLUT4, chegando à TUG. Fonte: Folha Online. Acesso em 10/2003 

Ao considerar o gênero textual, pode-se afirmar que a intenção discursiva é;

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

    1º paragrafo;

    ...divulgaram ter descoberto uma proteína que tem relação com a doença.


ID
425224
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 baseiam-se no texto
apresentado abaixo.

Como declaração de princípios que é, a Declaração Uni-
versal dos Direitos Humanos não cria obrigações legais aos
Estados, salvo se as respectivas Constituições estabelecem
que os direitos fundamentais e as liberdades nelas reconhe-
cidos serão interpretados de acordo com a Declaração. Todos
sabemos, porém, que esse reconhecimento formal pode acabar
por ser desvirtuado ou mesmo denegado na ação política, na
gestão econômica e na realidade social. A Declaração Universal
é geralmente considerada pelos poderes econômicos e pelos
poderes políticos, mesmo quando presumem de democráticos,
como um documento cuja importância não vai muito além do
grau de boa consciência que lhes proporcione.

Nesses cinquenta anos não parece que os governos
tenham feito pelos direitos humanos tudo aquilo a que, moral-
mente, quando não por força da lei, estavam obrigados. As
injustiças multiplicam-se no mundo, as desigualdades agravam-
se, a ignorância cresce, a miséria alastra. A mesma esquizofrê-
nica humanidade que é capaz de enviar instrumentos a um
planeta para estudar a composição das suas rochas assiste
indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se
mais facilmente a Marte neste tempo do que ao nosso próprio
semelhante.

Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a
cumpri-lo os governos, seja porque não sabem, seja porque não
podem, seja porque não querem. Ou porque não lho permitem
os que efetivamente governam, as empresas multinacionais e
pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático,
reduziu a uma casca sem conteúdo o que ainda restava de ideal
de democracia. Mas também não estão a cumprir o seu dever
os cidadãos que somos. Foi-nos proposta uma Declaração
Universal dos Direitos Humanos e com isso julgamos ter tudo,
sem repararmos que nenhuns direitos poderão subsistir sem a
simetria dos deveres que lhes correspondem, o primeiro dos
quais será exigir que esses direitos sejam não só reconhecidos,
mas também respeitados e satisfeitos. Não é de esperar que os
governos façam nos próximos cinquenta anos o que não fize-
ram nestes que comemoramos. Tomemos, então, nós, cidadãos
comuns, a palavra e a iniciativa. Com a mesma veemência e a
mesma força com que reivindicamos os nossos direitos, reivindi-
quemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo
possa começar a tornar-se um pouco melhor.


(Trecho do discurso de José Saramago no banquete de
encerramento da entrega do Prêmio Nobel, em 10 de dezembro
de 1998. Transcrição segundo as normas brasileiras de ortografia.)

... as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu a uma casca sem conteúdo o que ainda restava de ideal de democracia. (3o parágrafo)

O segmento grifado acima denota, no contexto,

Alternativas
Comentários
  • ... as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu a uma casca sem conteúdo o que ainda restava de ideal de democracia. (3o parágrafo) 

    Mesmo com a tentativa de confundir o candidato com a assertiva E, fica claro aqui que é uma opinião pessoal do autor, o que acontece em outros momentos do texto.

    Gabarito: C
  • Realmente dá pra achar que seria a letra E, mais  não entendi  o argumento citado à cima!
    Gostaria de mais clareza.
  • Realmente confunde...
    A certa é a C, opinião pessoal, pois o autor defende que o poder das empresas é absolutamente não democrático, ou seja, pode ser democrático, mas para o autor, em sua visão, o poder delas não é. 

  • Galera,

    Realmente da pra confundir um pouco, mas se analisarmos a frase que esta logo em seguida poderemos  constatar qual questao esta falando

    Logo:

    "Mas também não estão a cumprir o seu dever
    os cidadãos que somos
    "   ai sim podemos perceber que realmente e uma opiniao pessoasl.

    Letra C

    Se tiver errado por favor me corrija  !!!

    Fiquem com Deus !!
  • JURANDIR, parti da mesma premissa que a sua. Quando o autor, logo diante diz: ´´os cidadãos que somos´´ aqui ele se auto intitula, dando a sua OPNIÃO PESSOAL.
    Acho que é isso, se eu estiver errada, alguém corrija-me.

    agora, vamos a minha dúvida: ´´ absolutamente não democrático´´ os 2 primeiros advérbios de modo e negação e o adjetivo não poderiam ser retirados do texto?, ou seja, argumentos dispensáveis? a letra E não consegui entender. Alguém se abilita a explicar? :-(

  • Questões de interpretação de textos dependem da "interpretação". A evidência, hoje em dia, do poder e da influência que as multinacionais exercem nos governos tornando-os absolutamente não democráticos, faz dessa afirmação uma constatação e não uma opinião do autor...

    Na minha opinião, baseada nos fatos citados no 2º §, resposta correta seria letra B. 


ID
602710
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
TRE-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia com muita atenção o texto jurídico abaixo para responder às questões abaixo:

                                                      Vistos.
                                                      1.“B”, qualificada na inicial, interpôs estes EMBARGOS à EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL que lhe é movida por “A”, qualificada nos autos, visando a desconstituição do título exeqüendo.

                                                      A embargante alega, em resumo, que a embargada não está legalmente representada e não possui titulo hábil para a Execução, porque não comprovou a entrega e o recebimento da mercadoria nem a recusa do aceite; o título não é líquido porque não corresponde ao débito real; a duplicata foi efetivamente liquidada. Por fim, protestou por prova e requereu o levantamento da penhora com a condenação da embargada nos ônus do sucumbimento (fls. 3/5).

                                                    Recebidos os embargos (fl. 8), a embargada apresentou impugnação refutando o alegado e sustentando a liquidez, certeza e exigibilidade do título (fls. 11/13).

                                                   Intimada para a réplica (fls. 14 e 14vº), a embargante deixou fluir o prazo sem qualquer manifestação (fls. 15 e 15 vº)
                                                   É o relatório. Fundamentado e decidido.

                                                   2.A embargante visa desconstituir o título no qual está fundada a Execução, sustentando além da irregularidade de representação da embargada a ausência da liquidez, certeza e exigibilidade do título. Estes Embargos comportam julgamento antecipado, conforme previsto do parágrafo único do artigo 740 do Código de Processo Civil.

                                                 2.1.Rejeito a preliminar de irregularidade de representação formulada pela embargante contra a embargada. Com efeito, a embargada está regularmente constituída, porquanto comprovada a legitimidade do sócio que firmou a procuração “ad judicia” (fls. 5 e 6/15 dos Autos Principais).

                                               2.2.Estes Embargos não comportam acolhimento. Malgrado as alegações da embargante, a embargada comprovou a relação jurídica mantida entre as partes, consistente na prestação do serviço especificado na nota fiscal no XXXX, emitida em 16 de setembro de 2002, e o recebimento correspondente por parte da embargante no canhoto da referida nota fiscal, onde consta inclusive o carimbo da Empresa (fl. 16 do Autos Principais).

                                             Demais, a embargada comprovou o protesto do título exeqüendo, levado a efeito no dia 11 de novembro de 2002 no Xo Tabelião de Protesto de Letras e Títulos da Capital (fl. 17).

                                            Ao contrário do sustentado pela embargante, o título exeqüendo mostra-se formalmente em ordem. É liquido e certo, portanto é exigível pelo valor que representa.

                                           De resto, observo que a embargante foi intimada para a réplica em ralação à impugnação de fls. 11/13, mas deixou fluir o prazo sem qualquer manifestação (fls. 14, 14vº, 15 e 15vº). Com o silêncio, a embargante admitiu como verdadeiras as afirmações constantes da impugnação apresentada pela embargada.

                                          Impõese, pois, a rejeição destes Embargos, mantendose integro o valor exeqüendo e subsistente a penhora.

                                          Ficam rejeitadas todas as alegações em sentido contrário, por conseguinte, não obstante o empenho profissional dos ilustres Patronos da embargante.

                                          3.Diante do exposto e à luz de tudo o mais que dos autos consta, REJEITO estes EMBARGOS que “B” opôs à EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL que lhe é movida por “A”, permanecendo íntegro o título exeqüendo pelo valor que representa e subsistente a penhora.

                                         Arcará a embargante, por força do princípio do sucumbimento, com o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, estes arbitrados na quantia correspondente a quinze por cento (15%/) do valor exeqüendo atualizado.
                                        Para o caso de recurso, o recorrente deverá observar a Lei Estadual no 11.608/2003 e o Provimento no 833/2004.

                                        P.R.I.C.
                                       São Paulo, 27 de fevereiro de 2004.
                                       NOME DA JUÍZA
                                       Juíza de Direito

Texto disponível em: http://www.fflch.usp.br/dl/semiotica/es/eSSe1/2005eSSe1W.R.MAGRI.pdf

Nas várias seções que compõem o texto jurídico, só não há trechos:

Alternativas
Comentários
  • Olá pessoal!!

    No texto há trechos descritivo, argumentativo e narrativo, mas subjetivos não.

    O texto subjetivo é aquele texto que expressa a visão pessoal do autor a respeito de algum assunto. Assim, o autor recorre, por exemplo, às metáforas, às metonímias ou a qualquer outro tipo de linguagem figurada para expor suas ideias.

    Valeu, um abraço a todos!!
  • A luz do texto jurídico apresentado é possível afirmar que há a presença de subjetividade ainda que discricionária, visto que há um julgamento da lide como mostra o trecho 3 do relatório fundamentado - REJEITO ESTES EMBARGOS...., desta forma a questão se mostra sem resposta aparente.
  • O julgamento discricionário é baseado na lei, portanto objetivo.
  • Não vamos confundir subjetividade e objetividade!

    Aquilo que é subjetivo está relacionado ao “eu”, ou seja, ao íntimo do ser, seus sentimentos, seus anseios  e assim por diante. Em nenhum momento, no texto, o autor coloca-se como esse “eu”, portanto, não existe subjetividade no texto. Pode-se verificar também que não foi feito o uso de verbos na primeira pessoa com esse objetivo, quando o autor diz “rejeito” ele não se coloca como se a rejeição fosse sua, pessoal, mas sim da situação na qual ele se encontra no ato de proferir o veredito. Ele se coloca, portanto, como a autoridade que emitiu o parecer, e não como uma pessoa que emite uma opinião.  
    A objetividade, por sua vez, é exatamente o oposto, ou seja, é aquilo que vai direto ao ponto, sem manifestar opiniões, vontades ou sentimentos próprios do “eu”. Veja-se, por exemplo,  o uso de verbos em terceira pessoa, tipicamente usados em textos objetivos.   


    Bons estudos!
  • A objetividade, por sua vez, é exatamente o oposto, ou seja, é aquilo que vai direto ao ponto, sem manifestar opiniões...

    Argumentar não é manifestar uma opinião? 


ID
603250
Banca
CESGRANRIO
Órgão
FINEP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 RETRATOS DE UMA ÉPOCA
                           Mostra exibe cartões-postais de um tempo que não volta mais

Em tempos de redes sociais e da presença cada vez maior da internet no cotidiano, pouca gente se recorda de que nem sempre tudo foi assim tão rápido, instantâneo e impessoal. Se os adultos esquecem logo, crianças e adolescentes nem sabem como os avós de seus avós se comunicavam. Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões-postais. Pois eles já foram tão importantes que eram usados para troca de mensagens de amor, de amizade, de votos de felicidades e de versos enamorados que hoje podem parecer cafonas, mas que, entre os sé- culos XIX e XX, sugeriam apenas o sentimento movido a sonho e romantismo. Para se ter uma ideia de sua importância, basta lembrar um pouco da história: nasceram na Áustria, na segunda metade do século XIX, como um novo meio de correspondência. E a invenção de um professor de Economia chamado Emannuel Hermann fez tanto sucesso que, em apenas um ano, foram vendidos mais de dez milhões de unidades só no Império Austro-Húngaro. Depois, espalharam-se pelo mundo e eram aguardados com ansiedade. – A moda dos cartões-postais, trazida da Europa, sobretudo da França, no início do século passado para o Recife de antigamente, tornou-se uma mania que invadiu toda a cidade – lembra o colecionador Liedo Maranhão, que passou meio século colecionando-os e reuniu mais de 600, 253 dos quais estão na exposição “Postaes: A correspondência afetiva na Coleção Liedo Maranhão", no Centro Cultural dos Correios, na capital pernambucana. O pesquisador, residente em Pernambuco, começou a se interessar pelo assunto vendo, ainda jovem, os postais que eram trocados na sua própria família. Depois, passou a comprá-los no Mercado São José, reduto da cultura popular do Recife, onde eram encontrados em caixas de sapato ou pendurados em cordões para chamar a atenção dos visitantes. Boa parte da coleção vem daí. [...] – Acho que seu impacto é justamente o de trazer para o mundo contemporâneo o glamour e o romantismo de um meio de comunicação tão usual no passado – afirma o curador Gustavo Maia. – O que mais chama a atenção é o sentimento romântico como conceito, que pode ser percebido na delicadeza perdida de uma forma de comunicação que hoje está em desuso – reforça Bartira Ferraz, outra curadora da mostra. [...] LINS, Letícia. Retratos de uma época. Revista O Globo, Rio de Janeiro, n. 353, p. 26-28, 1o maio 2011. Adaptado.

O trecho “Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões postais." (l. 6-9) classifica-se como do tipo textual narrativo.
                                                    PORQUE
A narração se caracteriza pela apresentação de um evento marcado temporalmente, com a participação dos personagens envolvidos. Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que

Alternativas
Comentários
  • As duas afirmações são verdadeiras e a segunda afirmação justifica por que o trecho descrito acima é classificado como uma narração.

    LETRA A
  • Letra"A"

    COMENTÁRIO:
     
    As duas afirmações são verdadeiras. Um mesmo texto pode apresentar trechos dissertativos, narrativos, descritos.
     
    O trecho “Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões postais.” Apresenta a descrições de ações feitas por uma personagem em um determinado tempo e lugar, tudo bem demarcado. Isso caracteriza uma narração.

    Fonte: http://www.gramatiquice.com.br/2011/08/prova-de-portugues-comentada-concurso.html
  • Letra A

    Um texto narrativo é marcado por fatos que se desenvolvem na linha temporal e pela presença de personagem(s).
  • Para resolver esta questão é preciso conhecer os elementos envolvidos na narração. São eles:

    1- Quem? Personagens
    2- O Quê? Fatos
    3- Quando? A época em que ocorrem os acontecimentos
    4- Onde? O lugar da ocorrência
    5- Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos
    6- Porque? A causa dos acontecimentos

    A primeira afirmação é a de que o trecho em destaque classifica-se como do tipo textual narrativo. 
    Correta
    E a segunda afirmação, além de CORRETA, de fato, justifica a primeira:
    PORQUE a narração se caracteriza pela apresentação de um evento(O quê?) marcado temporalmente(Quando?), com a participação dos personagens (Quem?)envolvidos.

    Portanto, a resposta correta encontra-se na:

    Alternatia A
  • Eu sempre me confundo nesse tipo de questão. Eu marquei a B pois entendi que por mais que ambas estejam certas, não há participação dos personagens da narração no restante do texto. 

  • Não sei, definitivamente, acertar questões de tipologia textual. Credo!


ID
610471
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Natal - RN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       O AMOR COMO MEIO, NÃO COMO FIM

       Há algo errado na forma como temos vivido nossas relações amorosas. Isso é fácil de ser constatado, pois temos sofrido muito por amor. Se o que anda bem tem que nos fazer felizes, o sofrimento só pode significar que estamos numa rota equivocada.

       Vamos nos deter em apenas uma das idéias que governam nossa visão do amor. Imaginamos sempre que um bom vínculo afetivo significa o fim de todos os nossos problemas. Nosso ideal romântico é assim: duas pessoas se encontram uma com a outra, compõem um forte elo, de grande dependência, sentem-se preenchidas e completas e sonham em largar tudo o que fazem para se refugiar em algum oásis e viver inteiramente uma para a outra, usufruindo o aconchego de ter achado sua “metade da laranja”. Nada parece lhes faltar. Tudo o que antes valorizavam – dinheiro, aparência física, trabalho, posição social, etc. – parece não ter a menor importância. Tudo o que não diz respeito ao amor se transforma em banalidade, algo supérfluo que agora pode ser descartado sem o menor problema.

       Sabemos que quem quis levar essas fantasias para a vida prática se deu mal. Com o passar do tempo, percebe-se que uma vida reclusa, sem novos estímulos, somente voltada para a relação amorosa, muito depressa se torna tediosa e desinteressante. Podemos sonhar com o paraíso perdido ou com a volta ao útero, mas não podemos fugir ao fato de que estamos habituados a viver com certos riscos, certos desafios. Sabemos que eles nos deixam alertas e intrigados; que nos fazem muito bem.

       Os doentes acham que a saúde é tudo. Os pobres imaginam que o dinheiro lhes traria toda a felicidade sonhada. Os carentes – isto é, todos nós – acham que o amor é a mágica que dá significado à vida. O que nos falta aparece sempre idealizado, como o elixir da longa vida e da eterna felicidade.

       Se é verdade, então, que o amor nos enche de alegria e coragem – e isso ninguém contesta – por que não direcionar essa nova energia para ativar ainda mais os projetos nos quais estamos empenhados? Quando amamos e nos sentimos amados por alguém que admiramos e valorizamos, nossa auto-estima cresce, nos sentimos dignos e fortes. Tornamo-nos ousados e capazes de tentar coisas novas, tanto em relação ao mundo exterior como na compreensão da nossa subjetividade. Em vez de ser um fim em si mesmo, o amor deveria funcionar como um meio para o aprimoramento individual, nos curando das frustrações do passado e nos impulsionando para o futuro. Casais que conseguem vivê-lo dessa maneira crescem e evoluem, e sob essa condição seu amor se renova e se revitaliza.

(GIKOVATE, Flávio. Cláudia. São Paulo: Abril, agosto 1989. Condensado)


O texto de Flávio Gikovate é considerado:

Alternativas
Comentários
  • Correta E. Texto opinativo ou de opinião é um texto breve, claro na interpretação dos fatos,opinativo mas devidamente fundamentado, sem ferir a ética e o rigor da escrita.
    A opinião volta-se para o juizo que cada um ou o grupo (opinião pública) tem sobre alguma coisa.
    A opinião apresenta os fatos como a informação, enquadrando-os no respectivo contexto, relacionando-os , através de uma interpretação e elabora um juízo de valor sobre eles.Na opinião, o autor escolhe o ângulo de abordagem dos acontecimentos e das situações, mas não se preocupa com a distanciação nem com a simples explicação imparcial que.
    Enquanto a notícia dá a informação, a interpretação explica os fatos e as razões,a opinião adianta o juízo de valor.
    Exemplo de textos opinativos:editorial de revistas,comentários de jornal,etc...
    Concluindo,o texto opinativo tem por finalidade informar e influenciar,nomeadamente a nível político ou ideológico.
     
  • nem precisa ler o texto todo pra saber que é opinativo.

    logo no início a autora já expressa a SUA OPINIÃO SOBRE A VISÃO DO AMOR OU COMO O AMOR é visto por nós, mas isso não quer dizer que essa idéia seja de todos nós, é claro que ela pensa assim sobre o romance ideal, agora nós podemos pensar diferente sobre o assunto.

    vejamos, no 2° parágrafo do texto: 

    "Nosso ideal romântico é assim: duas pessoas se encontram uma com a outra, compõem um forte elo, de grande dependência, sentem-se preenchidas e completas e sonham em largar tudo o que fazem para se refugiar em algum oásis e viver inteiramente uma para a outra, usufruindo o aconchego de ter achado sua “metade da laranja”. Nada parece lhes faltar. Tudo o que antes valorizavam – dinheiro, aparência física, trabalho, posição social, etc. – parece não ter a menor importância. Tudo o que não diz respeito ao amor se transforma em banalidade, algo supérfluo que agora pode ser descartado sem o menor problema."

  • a) Didático - texto com proposito instrutivo

    b) Narrativo - texto com personagens e com enredo no tempo passado

    c) Descritivo - texto que descreve um cenario, um situação ou pessoas. Adjetivos predominam neste genero textual

    d) Científico - texto ilustrativo de um fato ou ocorrencia.

    e) Opinativo


ID
616378
Banca
CONSULPLAN
Órgão
CODEVASF
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alguém paga
Trinta anos após a Declaração de Alma-Ata, aprovada na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde,
cuja meta era levar “Saúde para Todos no Ano 2000”, um terço da população mundial continua sem acesso a serviços básicos
de saúde. Em todo o mundo, centenas de milhões de pessoas sofrem com a falta de alimentos, água potável, moradia,
saneamento básico e educação.
A situação persiste e desafia a liderança e a capacidade de ação de autoridades e especialistas porque lida com uma
complexa conjunção de fatores políticos, sociais, econômicos e científico-tecnológicos. Problemas globais demandam soluções
globais. Nesta categoria está a ampliação do acesso das populações aos medicamentos.
E o ponto central quando se aborda a questão da oferta de medicamentos a “preços acessíveis” são as fontes de
financiamento para a pesquisa e o desenvolvimento (P&D) de substâncias para o tratamento de doenças de larga incidência em
países pobres e ricos.
Pois os custos envolvidos nas diversas etapas de P&D de um medicamento são estimados em centenas de milhões de
dólares. E o dinheiro precisa vir de algum lugar: Poder Público (isto é, a população), empresas (acionistas e investidores), etc.
Recentemente, um laboratório público anunciou a venda de um novo medicamento a “preço de custo”. Na verdade, a
pesquisa do produto foi paga por um consórcio de países e organizações não-governamentais. O tal preço de custo referia-se
apenas aos gastos de fabricação. Se o medicamento tivesse de ser desenvolvido integralmente – da pesquisa básica à última
fase da pesquisa clínica –, seu preço seria muito maior.
Para o economista Jeffrey Sachs, assessor especial do secretário-geral da ONU para as Metas de Desenvolvimento do
Milênio, doenças como a malária poderiam ser superadas por meio de investimentos coordenados mundialmente. Ele
reconhece, no entanto, que faltam fundos globais para que este objetivo seja alcançado.
Enquanto a comunidade internacional não chega a um consenso sobre um grande pacto que defina fontes de
financiamento, a indústria farmacêutica realiza os elevados investimentos necessários ao desenvolvimento de moléculas
inovadoras, que serão mais tarde recuperados no preço de venda desses produtos.
Sem a decisiva contribuição da indústria, a mobilização para o controle da epidemia de Aids não teria tido o sucesso que
alcançou, no bojo de um processo que levou à criação de 88 medicamentos e atualmente financia o teste de 92 novas
substâncias.
Em 2006, a indústria farmacêutica mundial investiu mais de US$ 75 bilhões na pesquisa de moléculas para o tratamento
de milhares de doenças, como tuberculose (19 substâncias), malária (20), doenças materno-infantis (219), doenças
predominantes entre as mulheres (mais de 700), etc.
Para além da retórica e de projetos ainda incipientes, o fato é que os principais avanços das últimas décadas na síntese de
medicamentos resultaram da iniciativa da indústria farmacêutica e não de governos, organismos internacionais ou ONGs.
(Ciro Mortella, O Globo, 25/08/2008)

Quanto ao tipo textual, o texto “Alguém paga a conta” é:

Alternativas
Comentários
  • Científico: O gênero textual artigo científico refere-se à apresentação de um relatório escrito de estudos a respeito de uma questão específica ou à divulgação de resultados de uma pesquisa realizada. De acordo com a NBR 6022 (p.2, 2003), o artigo científico parte “de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”.

    Descrição:Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.

    Narração:Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.

    Publicidade: é um gênero textual que tem a finalidade de promover um produto de uma marca ou uma empresa, ou ainda de promover uma ideia. A linguagem dos anúncios publicitários adapta-se ao perfil do público ao qual eles se destinam a um suporte ou veículo em que eles são publicados.

    Existem dois tipos de texto dissertativo:

    Dissertação-Argumentação: Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

    Porém, entendo que seja dissertativo expositivo, que tem o intuito de apenas informar; o autor não expõe sua opinião, não toma parte no assunto.

    Dissertação-Exposição: Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia idéias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.

    Letra "e"
  • Por que não é científico? Se era pra ser dissertativo, então a alternativa deveria vir especificando que é dissertativo do tipo expositivo, pois eu não marquei a letra E achando que era aquele do tipo argumentativo.

  • A questão pede o Tipo ou tipologia do texto, podendo ser a letra B, C ou E, as demais (A e D) são gêneros textuais, excluindo-as. Não é Descritivo, pois não se faz uma descrição (Caracterizando algo ou alguém) e não é uma narração, pois não tem as caracteristicas desse texto (elementos narrativos). Restando a letra E- Dissertativo.

     

    Daniely Santos você errou por não diferenciar Tipologia de Gênero textual.


ID
627448
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os anônimos

   
 Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe". Seu nome: Branca de Neve.
     A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente, talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos.
     Muitas histórias mostram como são os figurantes anônimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido.


(Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses) 

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um elemento do texto em:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o porquê da letra D estar errada. Alguém poderia ajuda?

     

  • GAB: E

    Bruna Girard, creio que o erro da letra D é que: ser um símbolo que se repete (símbolo reincidente) é diferente de simbolizar uma repetição, pois simbolizar uma repetição traz uma ideia de que "aquilo" (um certo objeto/coisa) simboliza uma repetição naquele momento, e não que ele sempre será o próprio símbolo de repetição (ser um símbolo reincidente no caso). 

    Caso eu esteja equívocado sobre o meu comentário, peço para os colegas realizarem as devidas correções! Bom estudo para todos! Espero ter ajudado.


ID
627988
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os anônimos

   
 Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe". Seu nome: Branca de Neve.
     A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente, talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos.
     Muitas histórias mostram como são os figurantes anônimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido.


(Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses) 

O autor do texto considera que, em muitas histórias, certos personagens anônimos

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

    O trecho que ratifica a resposta é:
     

    "Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos. "

    Bom estudo para todos! 

  • "toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada". 

     

    por isso que a letra D é a resposta. 


ID
636802
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Campo Verde - MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I:
O judeu de Bethesda

Último dia de aula na escola Walt Whitman. Situada em Bethesda, um bairro intelectualmente sofisticado da região de Washington (DC), é uma das melhores dos Estados Unidos. O pimpolho volta para casa. Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros. Mas o sonho duraria pouco. Ao fim da tarde, chega o pai judeu, carregando uma sacola de livros recém-comprados. Chama o filho, esparrama os livros na mesa da sala e começa a montar o cronograma de leituras, incluindo a cobrança periódica do que terá sido lido. Ignoro quantos pais judeus passaram também nas livrarias. Mas imagino que não foram poucos. (...)
Tais ideias abrem caminho para muitas linhas de atividade. Pais interessados e comprometidos com a educação dos seus filhos podem fazer o mesmo que os judeus de Bethesda. Mas, vamos nos lembrar, se livro fosse cultura, os cupins seriam os seres mais cultos do globo. Só livro lido é cultura. Portanto, cobranças sem dó nem piedade. Mas seria só empurrar livros e mais livros goela abaixo dos filhos? Jamais! É preciso desenvolver o prazer da leitura, e o bom exemplo é essencial. À força, pode sair o tiro pela culatra. Que livros? Não adianta comprar Hegel, Spinoza ou Camões, se as leituras favoritas ainda não passaram muito da Turma da Mônica. É fracasso garantido. Os livros devem andar muito próximo do interesse e da capacidade de compreensão dos leitores, sempre puxando um pouco para cima.
(Cláudio de Moura Castro. Veja, junho/2010 – com adaptações)

Considerando as características de construção, assinale a alternativa correta a respeito do texto:

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar porque não é correta a letra 'D'? Discordo da letra 'C',  não acho que o autor quer 'convencer', 'persuadir'.


  • Luiz, no que entendi sobre o texto é q no primeiro parágrafo o autor fala como é importe a leitura. E no segundo ele fala que a leitura não pode ser feita de qualquer forma, mas sim uma leitura que seja interessante ao leitor, visando estimular o poder da leitura.

    Sendo assim, não seria um conflito de ideias e sim um complemento.

  • Continuo não concordando, e não entendi porque a C está correta. Os páragrafos apresentam opiniões diferentes. O primeiro informa um estimulo à educação forçada. O segundo apresenta um questionamento se "ler à força" é recomendável, se não seria prejudicial. Entendi isso como um conflito de ideias conforme letra D.

  • No 1º parágrafo a narrativa dá ideia de convencer, no intuito de força a leitura fosse a melhor solução para educar o filho, no entanto no 2º  parágrafo o autor mostra que a solução para educar o seu filho advém do seu interesse pela leitura.

  • Se alguém puder esclarecer melhor as alternativas. Para mim o 1° paragrafo não induz o sentido de convencimento. Ele simplesmente narra um fato ocorrido em que nem mesmo da pra saber se o autor é contra ou a favor. Só se percebe isso no 2° paragrafo. 


ID
637636
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Congonhas - MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É tempo de pós-amor

   Cansei de amor! Quantos filmes, entrevistas, artigos, livros sobre amor cruzaram seu caminho ultimamente? Em uma semana, assisti a um vídeo, vi um filme, li meio livro e participei de um debate na televisão. Tudo sobre amor. E ouvi as pessoas – provavelmente também eu própria – dizerem coisas pertinentes e bem ditas que, de tão pertinentes e repetidas, já se tornaram chavões comportamentais, e parecem fichas de computador dissecadas de qualquer verdade emocional. E de repente está me dando uma urticária na alma, um desconforto interno que em tudo se assemelha à indigestão.

    Estamos fazendo com o amor o que já fizemos com o sexo. Na década passada parecia que tínhamos reinventado o sexo. Não se pensava, não se falava, não se praticava outro assunto. Toda a nossa energia pensante, todo o nosso esforço vital pareciam concentrados na imensa cama que erguíamos como única justificativa da existência humana. Transformamos o sexo em verdade. Adoramos um novo bezerro de ouro.

    Mas o ouro dos bezerros modernos é de liga baixa, que logo se consome na voracidade da mass media. O sexo não nos deu tudo o que dele esperávamos, porque dele esperávamos tudo. E logo a sociedade começou a olhar em volta, à procura de um outro objeto de adoração. Destronado o sexo, partiu-se para a grande festa de coroação do amor.

  Agora, aqui estamos nós, falando pelos cotovelos, analisando, procurando, destrinchando. E desgastando. Antes, quando eu pensava numa conversa séria, direita, com a pessoa que se ama, sabia a que me referia. Mas agora, quando ouço dizer que “o diálogo é fundamental para a manutenção dos espaços”, não sei o que isso quer dizer, ou melhor, sei que isso não quer dizer mais nada. Antes, quando eu pensava ou dizia que amor é fundamental, tinha a exata noção da diferença entre o fundamental e o absoluto. Mas agora, quando eu ouço repetido de norte a sul, como num gigantesco eco, que “a vida sem amor não tem sentido”, fico com a impressão de estar ouvindo um slogan publicitário e me retraio porque sei que estão querendo me impor um produto.

    A vida sem amor pode fazer sentido, e muito. É bom que a gente recomece a dizer isso. Mesmo porque há milhões de pessoas sem amor, que viveriam bem mais felizes se de repente a voz geral não lhes buzinasse nos ouvidos que isso é impossível. O mundo só andou geometricamente aos pares na Arca de Noé. Fora disso, anda emparelhado quem pode, quando pode. E o resto espera uma chance, sem nem por isso viver na escuridão.

   Antes que se frustrem as expectativas, como aconteceu com o sexo, seria prudente descarregar o amor, tirar-lhe dos ombros a responsabilidade. Ele não pode nos dar tudo. Nada pode nos dar tudo. Porque o tudo não existe. O que existe são parcelas, que, eternamente somadas e subtraídas, multiplicadas e divididas, nos aproximam e afastam do tudo. E a matemática dessas parcelas pode ser surpreendente: quando, como está acontecendo agora, tentamos agrupá-las todas em cima de uma única parcela – o amor −, elas não se somam, pelo contrário, se fracionam, causando o esfacelamento da parcela-suporte.

     Amor criativo é ótimo, dizem todos. E é verdade. Mas melhor ainda é pegar uma parte da criatividade que está concentrada no amor, e jogá-la na vida. Solta, ela terá possibilidades de contaminar o cotidiano, permear a vida toda e voltar a abastecer o amor, sem deixar-se absorver e esgotar por ele. Dedicar-se à relação é importante, dizem todos. E é verdade. Mas qualquer um de nós tem inúmeras relações, de amizade, vizinhança, sociais, e anda me parecendo que concentrar toda a dedicação na relação amorosa pode custar o empobrecimento das outras.

   Sim, o amor é ótimo. Porém acho que vai ficar muito melhor quando sair do foco dos refletores e passar a ser vivido com mais naturalidade. Quando readquirirmos a noção de que não é mais vital do que comer e banhar o corpo em água fria nem mais tranquilizador do que ter amigos e estar de bem com a própria cara. Quando aceitarmos que não é o sal da terra, simplesmente porque a terra é seu próprio sal, e é ela que dá sabor ao amor.

(Colasanti, Marina, 1937 – Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996) 

Analise as afirmativas:

I. O texto é considerado uma crônica por apresentar uma formalidade linguística e fazer uso de citações eruditas.

II. A autora lança mão de argumentos contundentes e, também subjetivos para defender seu ponto de vista.

III. O uso da narrativa em 3ª pessoa permite a autora se valer de um olhar mais subjetivo para os acontecimentos cotidianos.

IV. Pode-se dizer que o tom textual é de indignação e revolta, e por isso, há uma conclamação que sugere uma mudança de postura.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • I. O texto é considerado uma crônica por apresentar uma formalidade linguística e fazer uso de citações eruditas. - ERRADA! O texto é repleto de linguagem coloquial (cotidiana, informal, popular). Ex: 4º parágrafo: " Agora, aqui estamos nós, falando pelos cotovelos..."

    II. A autora lança mão de argumentos contundentes e, também subjetivos para defender seu ponto de vista. CORRETA!

    III. O uso da narrativa em 3ª pessoa permite a autora se valer de um olhar mais subjetivo para os acontecimentos cotidianos. ERRADA! O uso da narrativa em 3ª pessoa permite a autora um olhar mais OBJETIVO, em que ela se inclui no que é dito pelo texto. Ex: 2º parágrafo: "Estamos fazendo (3º pessoa) com o amor o que já fizemos com o sexo." --> Indica que ela fez isto também.

    IV. Pode-se dizer que o tom textual é de indignação e revolta, e por isso, há uma conclamação que sugere uma mudança de postura. ERRADA! Penso que indignação e revolta sim, mas conclamação não, pois em nenhum momento a autora conclama (proferir em altas vozes; gritar, bradar. Implorar, suplicar). Ela apenas dá a sua opinião, seu ponto de vista mas não nos suplica a pensarmos como ela pensa.

     
  • III. Errado
    É O uso da narrativa em 1ª pessoa que permite a autora se valer de um olhar mais subjetivo para os acontecimentos cotidianos.
    "Cansei de amor!" (
    1ª pessoa sin.)
    "Estamos fazendo com o amor..." (1ª pessoa plu.)

ID
637771
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Mossoró - RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO:

A Guarda Municipal pode ser mais que apenas uma corporação, pode ser principalmente solidária, dinâmica e uma grande prestadora de atendimentos de excelência em várias áreas de atuação para a população, trazendo benefícios com ideias simples e com um custo quase inexistente.

Existem vários programas das Guardas Municipais no Brasil que estão apresentando resultados positivos junto a sua localidade. Em virtude da sua atuação direta com a comunidade, as Guardas Municipais passam a conhecer as tipicidades dos bairros, a ponto de, em determinadas regiões, onde a insegurança era premissa máxima, agora o cidadão já pode dizer: “eu estou me sentindo mais seguro, quando caminho pela minha cidade”.

O maior dilema da Guarda Municipal, enquanto prestadora de serviço de Segurança Pública Municipal, na esfera municipal, não é encontrar resistência frente à legislação vigente, doutrina ou jurisprudência, mas na intransigência de alguns dirigentes que a veem como uma concorrente.

Cabe lembrar que quanto mais precária é a segurança oferecida pelo Poder Estatal, maior será o número de prestadoras de segurança particular, muitas na clandestinidade, colocando em risco seus próprios contratantes.

À medida que a criminalidade aumenta no país em proporções assustadoras, surgem tendências político-partidárias querendo diminuir a competência na área de segurança pública por parte dos municípios.

Como podemos observar, em um determinado estado brasileiro, através da Diretriz nº. PM3-001/02/01, editada em janeiro de 2001, pelo comando geral, a finalidade era repassar aos comandos locais o que segue abaixo:

“Padronizar os procedimentos das OPM em relação às Guardas Municipais existentes, bem como, aqueles a serem adotados junto ao poder público municipal nos municípios em que houver pretensão de criação dessas instituições e outras providências a serem adotadas para desestimular iniciativas nesse sentido.” (grifo do autor)

Percebe-se claramente que a preocupação deste comando não está voltada à área de segurança pública dos municípios em pauta, mas, sim, às lacunas deixadas por esta instituição, em virtude do seu sistema metódico, de certo modo arcaico, ser ineficiente frente às necessidades básicas da comunidade. O medo maior está na concorrência de um órgão público municipal capaz de diminuir os índices de insegurança local.

Anteriormente, a preocupação estava centrada no estado, em virtude da dicotomia policial. O governo federal, buscando pôr um fim a esse dilema, iniciou o processo de integração das instituições policiais. Para alguns comandantes retrógados manterem-se ocupados, optaram em começar a se preocupar com a existência e manutenção das Guardas Municipais, esquecendo-se da sua principal função que é oferecer Segurança Pública de qualidade.

Por outro lado, enquanto estes comandos digladiam-se politicamente, a criminalidade vem crescendo e se organizando cada vez mais, a ponto de tornar o povo e a polícia reféns em suas próprias casas e casernas. O crime nas grandes cidades tornou-se insustentável. O criminoso passou a desafiar as próprias instituições de segurança, que acabam por ser invadidas ou tornam-se objetos de atentados.

(...)

Cabe ainda ressaltar que a Guarda Municipal não está exclusivamente voltada para a segurança pública, conforme os moldes do Regime Militar, mas, sim, para atuação na área de defesa social que corresponde a uma parcela significativa da prestação de serviço à comunidade de maneira extensiva, o qual abrange segurança pública, defesa civil, entre outras ações do poder público. (...)

A criminalidade não se resolve no contexto restrito da segurança pública, mas em um programa de ampla defesa social, isto é, numa política social que envolva o punir (quando útil e justo) e o tratamento ressocializante do criminoso e do foco social de onde emerge.

Dessa forma, a Guarda Municipal, sendo a prestadora de serviço que trabalha diuturnamente representando o Poder Público Municipal, em todos os bairros e periferias , torna-se uma das poucas instituições do município capaz de dar o pronto atendimento às necessidades locais.

(www.direitonet.com.br/artigos/Por-que-manter-a-guarda-municipal/Por Claudio Frederico de Carvalho/com adaptações)

O texto pode ser considerado como:

Alternativas
Comentários
  • DISSERTATIVO EXPOSITIVO.

  • Dissertativo.

    Gab. A

  • DISERTATIVO EXPOSITIVO- POIS APRESENTA APENAS FATOS, SEM A INTENÇAO DE PERSUADIR O LEITOR. CASO OUVER ESTA A PERSUASÃO, PASSARÁ A SER DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO


ID
638722
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Poço Redondo - SE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Campanha ataca os abusos do “juridiquês”
“Encaminhe o acusado ao ergástulo público.” Com essa frase o juiz Ricardo Roesler determinou a prisão de um assaltante de Barra Velha, comarca de Santa Catarina. Dois dias depois, a ordem não tinha sido cumprida. Ninguém havia compreendido onde era o tal do “ergástulo”, palavra usada como sinônimo de cadeia.
Quando Roesler descobriu que nem seus subordinados entendiam o que ele falava, decidiu substituir os termos pomposos e os em latim por palavras mais simples. Isso foi há 17 anos. Hoje, presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses, ele é um dos defensores da linguagem coloquial nos tribunais.
Preocupada com o excesso de “juridiquês”, a Ajuris (Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul) organizou um guia destinado a leigos para tentar desmitificar o jargão da Justiça. O presidente da entidade, Carlos Rafael dos Santos Júnior, tem estimulado os magistrados a participarem de debates em escolas com pais e alunos.
A ideia, encampada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), é uma gota num oceano de discursos herméticos que tomam conta dos tribunais, onde o simples talão de cheque vira “cártula chéquica”, o viúvo, “cônjuge supérstite”, e a denúncia (peça formal), “exordial acusatório”.
(Folha de S. Paulo, 23 jan. 2005 / com adaptações)

De acordo com os aspectos tipológicos predominantes no texto, prevalecem as seguintes características:

Alternativas
Comentários
  • Predominantemente narrativo?


ID
641440
Banca
UNEMAT
Órgão
SEFAZ- MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa incorreta em relação à correlação necessária entre tipos e gêneros textuais e formas de tratamento.

Alternativas
Comentários
  • ALGUÉM SABE INFORMAR O ERRO CONTIDO NA ALTERNATIVA "E"?

  • ...substituídos para assinalar a segunda pessoa do discurso.

  • Bem dito, Fábio Eismann.

    Em toda a questão, uma única palavra errada: "terceira". O correto é SEGUNDA pessoa do discurso.
  • O pronome “você” corresponde à segunda pessoa do discurso, mesmo que se relacione à terceira pessoa gramatical, tendo em vista a forma verbal que a ele é atribuída.


    As chamadas pessoas do discurso se definem pelo seu posicionamento frente ao ato comunicativo, ou seja: primeira, representando aquela que fala (eu/nós); segunda, representando aquela com quem se fala (tu/vós/você, o senhor); e a terceira, demarcada por aquela de quem se fala (ele/eles/ela/elas). Como percebeu (ou seria como percebeste?), o pronome “você” retrata uma das opções que a língua portuguesa oferece para designarmos a pessoa com quem estamos falando, portanto ele integra a chamada “segunda pessoa indireta”.


    https://m.brasilescola.uol.com.br/gramatica/voce-segunda-ou-terceira-pessoa-discurso.htm


ID
649036
Banca
PaqTcPB
Órgão
Prefeitura de Patos - PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em relação à leitura, quando se pede ao aluno para que ele, apenas observando uma imagem ou uma fotografia de um cartaz de filme, indique o tipo de filme ilustrado pelo cartaz, explora-se

Alternativas

ID
649039
Banca
PaqTcPB
Órgão
Prefeitura de Patos - PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A orientação metodológica, para que se privilegie o uso de textos autênticos nas aulas de leitura, é, do ponto de vista teórico, de natureza

Alternativas

ID
649048
Banca
PaqTcPB
Órgão
Prefeitura de Patos - PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O reconhecimento do funcionamento da palavra “portanto”, em um texto, é uma estratégia de leitura de natureza

Alternativas
Comentários
  • Oxi! A palavra portanto é uma conjunção. Conjunção não é um elemento de coesão sequencial? Não seria a letra c a resposta? Entendi foi nada!!!


ID
649063
Banca
PaqTcPB
Órgão
Prefeitura de Patos - PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O uso da forma verbal “representam”, em uma sequência textual como “Os compostos representam a transformação de certas orações típicas, simples ou complexas, em signos nominais”, indica que essa sequência se classifica como

Alternativas
Comentários
  • expositiva: expondo uma informação.

  • expositivo você irá apresentar um conceito (sem necessariamente defendê-lo)


ID
649069
Banca
PaqTcPB
Órgão
Prefeitura de Patos - PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O uso da expressão “Na minha opinião” indica que o texto pertence a um gênero como

Alternativas

ID
693463
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 

Com relação à leitura do Texto 3 e do conto O espelho, de Guimarães Rosa, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas

ID
693469
Banca
UDESC
Órgão
UDESC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      O espelho

[...]
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho – anote-a – esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz – treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos de magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe... [...] ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. 50ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 122. 

Analise as proposições em relação à obra O guarda-roupa alemão, de Lausimar Laus, e assinale (V) para (verdadeira) ou F para (falsa).
( ) Para Ethel, seus genros e noras deveriam ser todos alemães, ela não admitia o casamento de seus(suas) filhos(as) com brasileiros(as).
( ) O romance apresenta um enredo constituído basicamente pelas lembranças de Homig, um solteirão, último da linhagem dos Ziegel; diante de “Kleid", Homig relembra a vida de seus antepassados.
( ) A obra é constituída por vários contos regionalistas permeados por uma única temática – a colonização alemã no sul de Santa Catarina.
( ) O romance evidencia um universo de personagens femininas, razão por que as mulheres são consideradas personagens planas na obra.
( ) Hilda, personagem da obra, era uma mulher que fugia aos padrões da época: era ousada, rebelde, montava cavalos, usava cabelos soltos. A leitura da obra leva o leitor a inferir que ela era assim por não ter sido batizada.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

Alternativas

ID
697606
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: As dez questões que seguem, em seu conjunto de alternativas, compõem passagens retiradas da revista Veja, edição especial de 11 de dezembro de 2011. Leia atentamente o enunciado de cada questão e escolha a alternativa que melhor responda ao que se pede.

ATENÇÃO! Para as respostas relativas a situações gramaticais modificadas pela Reforma de 2009, são válidas as regras anteriores ao decreto.

Para responder a esta questão considere o texto que segue:

Através do esforço de catadores formais e informais, o Brasil reciclou dois milhões de latinhas por hora no ano passado, sendo a maioria delas descartada em São Paulo, onde existem milhares de catadores informais – de certo modo, um retrato da pobreza e da falta de trabalho formal que leva as pessoas a adotar essa atividade como profissão.

Sobre a passagem acima está correto afirmar:

I) Embora seja de uso comum, a locução prepositiva que inicia o parágrafo poderia ser substituída por outra mais adequada: a combinação de preposição PELO.
II) Pode-se pressupor, pela leitura da passagem, que está em São Paulo o maior número de consumidores de refrigerantes em lata do país.
III) O pronome demonstrativo ESSA estabelece uma relação de coesão tendo como referência uma informação anterior e não poderia ser substituído por ESTA.
IV) O advérbio interrogativo de lugar – ONDE – poderia ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico, pela expressão EM QUE.
V) Pode-se concluir, com base nesse excerto, que, no Brasil, faltam empregos formais.
VI) Se a forma verbal EXISTEM fosse substituída por uma equivalente do verbo HAVER, a flexão de tempo e modo permaneceria, mas não a de número.

Quais as afirmativas estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Não entendi por que a alternativa IV foi considerada errada. Alguém poderia explicar!


  • Quanto a alternativa IV, no texto 'onde' não está exercendo a função de 'adverbio interrogativo' mas de pronome relativo, como 'que'.

  • o lixo de um estado vai para outro?

    se em SP tem o maior numero de descarte, me faz crer que la teria o maior numero de consumidores...

  • PAREI AQUI!!!!!!

    ATENÇÃO! Para as respostas relativas a situações gramaticais modificadas pela Reforma de 2009, são válidas as regras anteriores ao decreto.

  • Gabarito: E

    na IV, o advérbio interrogativo de lugar "ONDE" até poderia ser substituído por "EM QUE, mas causaria prejuízo sintático ou semântico.


ID
707419
Banca
FDC
Órgão
Prefeitura de Palmas - TO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2 – QUEIMADAS ILEGAIS PROVOCAM INCÊNDIOS
Gilberto Costa

Focos de incêndio registrados no norte do estado de Roraima
ameaçam terras indígenas e unidades de conservação. De acordo com
o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a causa dos in-
cêndios são as queimadas irregulares.
O estado, que tem a maior parte no Hemisfério Norte, sofre
com a seca causada pelo fenômeno climático El Niño, caracterizado
pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico. A parte atingida
pelo incêndio é próxima às reservas indígenas da Raposa Serra do Sol
e Yanomani. Também nessa área, acima da Linha do Equador, estão o
Parque Nacional do Viruá, a Estação Ecológica de Caracaí e a Estação
Ecológica Maracá.(...)
No verão de 1998, o estado sofreu um grande incêndio, de mais
de dois meses de duração, também provocado por queimadas ilegais
em época de grande seca provocada por El Niño. “Nós estamos
atuando para não atingir esse recorde”, disse o coronel dos Bombei-
ros do Rio de Janeiro, Wanius de Amorim, que trabalha no gabinete
do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) e coordena as ações de
combate ao fogo em Roraima.

O texto 2 é classificado como texto informativo. A alternativa abaixo que mostra uma característica NÃO pertinente a este tipo textual é:

Alternativas
Comentários
  • A.

    Estranhamente a resposta A.

  • A finalidade de convencer ou persuadir o leitor é característica de uma texto argumentativo, ou dissertativo. No texto informativo o foco é a transmissão de dados, e parte-se do pressuposto de que o receptor desconhece o conteúdo, tornando-o mais palatável, ou seja, a maneira de escrever importa para a leitura ser agradável, mas vejam que não há tese e antítese no texto, há somente a informação.


ID
735829
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na solenidade de uma formatura numa universidade baiana, em 2007, o paraninfo da turma fez um discurso do qual se apresenta abaixo um pequeno trecho. Leia-o, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

Boa noite, minhas senhoras.
Boa noite, meus senhores.
Alunas e alunos, professoras e professores.

Estamos aqui reunidos,
No Centro Amélia Amorim,
Para celebrarmos uma jornada
Que esta noite chega ao fim.

I. Esse trecho apresenta uma intertextualidade intergêneros.

II. Há, no trecho, uma heterogeneidade tipológica.

III. Percebem-se desvios sintáticos em relação à norma padrão.

Alternativas
Comentários
  • A intergenericidade, também conhecida com intertextualidade intergêneros, é um interessante fenômeno relacionado com o processo de hibridização de gêneros textuais.


ID
739288
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Do ponto de vista pragmático, a alternativa que melhor representa o objeto de estudo da aula de português é:

Alternativas

ID
739873
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



O texto enquadra-se no gênero carta, o que pode ser percebido, dentre outros traços, pela seguinte marca linguística:

Alternativas
Comentários
  • Vocativo inicial: Vai indicar a quem é remetida a carta. É o termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida. Exemplos: Prezado senhor Fulano, Excelentíssimo senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Caro deputado Sicrano, etc. No texto, é "Minha querida dona"
  • As principais características de uma carta:

    a) Estrutura dissertativa: costuma-se enquadrar a carta na tipologia dissertativa, uma vez que, como a dissertação tradicional, apresenta a tríade introdução / desenvolvimento / conclusão. 

    b) Argumentação: como a carta não deixa de ser uma espécie de dissertação argumentativa, você deverá selecionar com bastante cuidado e capricho os argumentos que sustentarão a sua tese. É importante convencer o leitor de algo.

    c) Vocativo inicial: termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida.

    d) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal diferença entre a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você que produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto. Para alguém. Na carta, isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e um você definido. Logo, você terá que ser bastante habilidoso para adaptar a linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade estabelecido entre vocês dois.
  • Como já prefalado, algumas das formas de identificar uma carta é a estrutura dissertativa, o vocativo inicial e o interlocutor definido, estes três pontos são os mais importantes para se identificar um texto em forma de carta.

    Alternativa "E".

  • Pontuação no vocativo das cartas

    Segundo a gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, editada no Brasil e em Portugal, «depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios, etc., costuma-se colocar dois pontos, vírgula ou ponto, havendo escritores que, no caso, dispensam qualquer pontuação.(...) Sendo o vocativo inicial emitido com entoação suspensiva, deve ser acompanhado, preferentemente, de dois pontos ou de vírgula, sinais denotadores daquele tipo de inflexão.»

  • Vale lembrar que a despedida, o local e a data também são elementos da estrutura básica da carta.

    Despedida: "De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

    O local e a data, no caso do exercício, foram identificados ao final. É comum que apareçam no início.


ID
757852
Banca
FUMARC
Órgão
TJ-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Cidadezinha qualquer


Casas entre bananeiras

Mulheres entre laranjeiras

Pomar amor cantar.


Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.


Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 2. ed. São Paulo: Abril, 1982, p. 37.)



TEXTO II

Cidadezinha Qualquer versus Nadópolis

1. Cidadezinha Qualquer, os leitores fiquem sabendo logo, é uma cidade comum localizada em uma região distante de um longínquo país. O que os leitores não sabiam ainda, pois eu ainda não lhes contei, e agora conto, é que existe uma cidade chamada Nadópolis, sede de um município fronteiriço com Cidadezinha Qualquer. (...) Nadópolis era uma cidade meio antipática mesmo. Não, não era birra dos cidadãos cidadequalquerianos: Nadópolis tinha um ar arrogante e antipático! A começar pelo nome pomposo. Esse “polis” grego e sofisticado no final do nome, essa pose forçada que destoa do ambiente natural da região, renega a história... Isso para não falar da mania que tinham os nadopolenses de apregoar as vantagens de viver em um município como o seu. Era comum ouvi-los dizer:

2. - “Nadópolis é a cidade mais porreta da região; lá todo mundo veve bem e nóis não tem os pobrema qui as outra cidade de perto tudo tem...”

3. Para que os leitores não julguem o autor muito parcial é bom que se diga: realmente Nadópolis era mais próspera do que Cidadezinha Qualquer. Graças ao incremento de sua agricultura e à grande soma de recursos e trabalho que isto envolve, Nadópolis, àquela época, vivia o seu período de esplendor. Grandes e suntuosas construções erguiam-se por toda parte, o comércio local atraía compradores de toda a proximidade, a vida noturna era agitadíssima. Grupos de visitantes eram levados para pontos estratégicos para serem orientados por um agente turístico sobre as maravilhas da cidade. Como não podia deixar de ser, a arrecadação da Prefeitura local também era das melhores.

(COTRIM, Fabiano. http://www.faroldacidade.com.br. Postado em 01/04/2008. – Texto adaptado)

No texto I, constitui um ingrediente discursivo utilizado pelo poeta

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta letra A,  linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a observância total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação feita através de jornais, revistas e principalmente num diálogo.
    B) INCORRETA: textos argumentativos,têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto, o que não acontece em um texto literário.
    C) INCORRETA: não há situações imagéticas que deem veracidade aos fatos. Que fatos?!!!
    D) INCORRETA: No texto narrativo, os fatos são vividos por personagens em determinado lugar e tempo. Além disso, há um narrador que assume duas perspectivas básicas diante do texto agindo como uma personagem ou como um mero observador
  • COLOQUIAL: no final na poesia " ETA MUNDO BESTA MEU DEUS"

  • Eta está no dicionário, mas ainda assim continua informal. Essa foi difícil. Errei por ter o google a disposição.


ID
760606
Banca
FUMARC
Órgão
TJ-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Cidadezinha qualquer


Casas entre bananeiras

Mulheres entre laranjeiras

Pomar amor cantar.


Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.


Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 2. ed. São Paulo: Abril, 1982, p. 37.)



TEXTO II

Cidadezinha Qualquer versus Nadópolis

1. Cidadezinha Qualquer, os leitores fiquem sabendo logo, é uma cidade comum localizada em uma região distante de um longínquo país. O que os leitores não sabiam ainda, pois eu ainda não lhes contei, e agora conto, é que existe uma cidade chamada Nadópolis, sede de um município fronteiriço com Cidadezinha Qualquer. (...) Nadópolis era uma cidade meio antipática mesmo. Não, não era birra dos cidadãos cidadequalquerianos: Nadópolis tinha um ar arrogante e antipático! A começar pelo nome pomposo. Esse “polis” grego e sofisticado no final do nome, essa pose forçada que destoa do ambiente natural da região, renega a história... Isso para não falar da mania que tinham os nadopolenses de apregoar as vantagens de viver em um município como o seu. Era comum ouvi-los dizer:

2. - “Nadópolis é a cidade mais porreta da região; lá todo mundo veve bem e nóis não tem os pobrema qui as outra cidade de perto tudo tem...”

3. Para que os leitores não julguem o autor muito parcial é bom que se diga: realmente Nadópolis era mais próspera do que Cidadezinha Qualquer. Graças ao incremento de sua agricultura e à grande soma de recursos e trabalho que isto envolve, Nadópolis, àquela época, vivia o seu período de esplendor. Grandes e suntuosas construções erguiam-se por toda parte, o comércio local atraía compradores de toda a proximidade, a vida noturna era agitadíssima. Grupos de visitantes eram levados para pontos estratégicos para serem orientados por um agente turístico sobre as maravilhas da cidade. Como não podia deixar de ser, a arrecadação da Prefeitura local também era das melhores.

(COTRIM, Fabiano. http://www.faroldacidade.com.br. Postado em 01/04/2008. – Texto adaptado)

Considere as afrmações seguintes e assinale a CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Neologismo  é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. É uma nova palavra criada na língua, e geralmente surge quando o indivíduo quer se expressar, mas não encontra a palavra ideal. Como o falante nativo tem total domínio dos processosde formação de palavras, pois tem a língua internalizada, para ele é fácil criar uma nova palavra sem nem mesmo se dar conta de que está utilizando um dos processos existentes na língua como a prefixação, a sufixação, a aglutinação ou a justaposição.

    Os “neologismos” como costumam ser chamadas estas palavras ou expressões, podem surgir de um comportamento espontâneo, das relações entre as pessoas na linguagem natural ou artificial.

    Exemplo de linguagem natural: conversação espontânea do dia a dia. Exemplo de linguagem artificial: bate-papo eletrônico (chat) via internet.

    O neologismo pode surgir também com um fim pejorativo (palavrões, gírias, ironias, etc) ou para fins comunicativos simplesmente. O neologismo passa a ser parte do léxico da língua quando é dicionarizado e admitido na linguagem padrão. Isto acontece frequentemente, pois a língua se adapta ao uso que a comunidade linguística faz dela, e não o contrário. Da mesma forma, observa-se que há palavras que antigamente faziam parte do léxico da língua e que hoje são consideradas arcaísmos, pois deixaram de ser utilizadas.

    A neologia do português existe porque a língua é viva, ou seja, é passível de mudanças constantes que podem vir a ser determinantes.

    Existem  várias formas de classificar os neologismos de acordo com diferentes estudiosos da área, eis aqui algumas delas:

    NEOLOGISMO SEMÂNTICO: a palavra já existe, mas ganha uma nova conotação, um novo significado.

    Ex:
    Estou a fim de Fulano. (estou interessado). 
    Beltrano, não vai dar, deu zebra. (algo não deu certo). 
    Vou fazer um bico. (trabalho temporário).

    NEOLOGISMO LEXICAL: é criada uma palavra nova, com um novo conceito.

    Ex:
    deletar (eliminar), 
    abobado (aquele que é “bobo”, sonso), 
    internetês (a língua da internet).

    NEOLOGISMO SINTÁTICO: são resultados da organização de um novo vocábulo. Supõem a combinatória de elementos já existentes na língua como a derivação ou a composição.

    Ex:
    “A não-informação conduz o homem à caverna”.
    “João Paulo II reinventa a Igreja papalizando com exito”.
    “A operação-desmonte é uma invenção política mentirosa”

    fonte: 
    http://www.infoescola.com/linguistica/neologismo/

  • Questão simples. Vamos aos itens:

    a) CORRETA,

    b) ERRADA. O título tem conotação de rivalidade, expressa pela palavra "versus";

    c) ERRADA. O texto II é um conto, não uma redação (nesse caso, creio que para a banca a redação teria cunho dissertativo) e os dois textos (I e II) carregam conteúdo, porém de formas diferentes, já que o texto I trata-se de um poema;

    d) ERRADA. O texto II é predominantemente narrativo, um diálogo entre o narrador pretende fazer com o leitor do texto.

    "cidadezinha Qualquer, os leitores fiquem sabendo, é uma cidade comum localizada em uma região distante de um longínquo país. O que os leitores não sabiam ainda, pois eu ainda não lhes contei"


ID
796597
Banca
CEV-URCA
Órgão
URCA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que contém a obra em prosa da poeta portuguesa Florbela Espanca:

Alternativas
Comentários

  • Florbela Espanca, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca,foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo.

    Poesias

     Prosas


    Alternativa letra: B

  • Florbela Espanca, poeta portuguesa, é conhecida por suas obras, entre elas “Livro de Mágoas”, “Charneca em Flor” e “As máscaras do Destino”. 

    A alternativa correta é a letra B.

ID
802057
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a afirmativa correta:

Alternativas

ID
802063
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a afirmativa correta:

Alternativas

ID
802066
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
802069
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
869419
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mais de 700 processos aguardam fim do mensalão para serem julgados pelo STF

Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília

Mais de 700 processos estão na fila da pauta do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) para serem julgados assim que o julgamento do mensalão acabar, o que ainda não tem data prevista para ocorrer. 
Destes processos, 23 terão prioridade, segundo decisão dos ministros. São os chamados recursos de repercussão geral, vindos de instâncias inferiores do Judiciário para serem analisados na Suprema Corte. Esses recursos chegam ao STF depois de passar por uma “peneira” no tribunal de origem. Eles são filtrados de acordo com critérios de maior relevância jurídica, política, social ou econômica. 
Dessa forma, a decisão no Supremo referente a um determinado recurso pode ser aplicada a outros casos idênticos. A medida visa diminuir o número de processos enviados à Suprema Corte. Enquanto isso, 260 mil processos nas instâncias inferiores aguardam a decisão do Supremo, de acordo com o ministro Marco Aurélio de Mello. 
Em audiência pública realizada na última sexta-feira (24), o ministro Marco Aurélio se mostrou preocupado e afirmou que tem receio de que o julgamento do mensalão não termine até o final do ano. “As discussões tomaram espaço de tempo substancial e elas se mostraram praticamente sem balizas. Nós precisamos racionalizar o trabalho e deixar que os demais integrantes se pronunciem”.

(Disponível em http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-notici... mais-de-700-processos-aguardam-fim-do-mensalao-para-serem-julgados-pelo- -stf.htm. Acesso em: 26.08.2012. Com cortes)

Pode-se depreender da fala do ministro, no 4.º parágrafo, um tom de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B) Em audiência pública realizada na última sexta-feira (24), o ministro Marco Aurélio se mostrou preocupado e afirmou que tem receio de que o julgamento do mensalão não termine até o final do ano. “As discussões tomaram espaço de tempo substancial e elas se mostraram praticamente sem balizas. Nós precisamos racionalizar o trabalho e deixar que os demais integrantes se pronunciem

  • Assertiva b

    Expressa Sentido de crítica.

  • “Mostrou preocupado receio do julgamento do mensalão não terminasse até o fim.”

    “discursões tomaram tempo sem freio, precisam de controle e deixar outros integrantes falaram.

    CONCLUSÃO: GABARITO B


ID
879277
Banca
FEPESE
Órgão
FATMA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões 7, 8 e 9.

Na Fila

— Olha a fila! Olha a fila! Tem gente furando aí! — Tanta pressa só pra ver um caixão… — Um caixão, não: o caixão do Dom Pedro. — Como é que eu sei que é o Dom Pedro mesmo que tá lá dentro? — A gente tem que acreditar, ora. Já se acredita em tanta coisa que o Go… — Com licença, é aqui a inauguração do Dom Pedro Segundo? — Meu filho, duas coisas. Primeiro: não é o segundo, é o primeiro. E segundo: a inauguração do viaduto foi ontem. Esta fila é para ver o caixão de Dom Pedro. — Eles inauguraram o viaduto primeiro. — Como, primeiro? — Primeiro inauguraram o viaduto e depois chegou o Dom Pedro Segundo? — Segundo, não! Primeiro. — Primeiro o quê? — O Dom Pedro! Dom Pedro Primeiro! — Primeiro chegou o Dom Pedro e depois inauguraram o viaduto. — Olha a fila! — Primeiro inauguraram o Viaduto Dom Pedro Primeiro e, segundo, chegou o Dom Pedro Primeiro em pessoa. Quer dizer, no caixão. Está claro! E eu acho que o senhor está puxando conversa para pegar lugar na fila. Não pode não. Eu cheguei primeiro. — Ouvi dizer que ele não serviu para nada. — Como, para nada? E o grito? E a Independência? — Não! O viaduto. — Ah. Não sei. Mas é bonito. Como esse negócio todo, o caixão, os restos do imperador, as bandeiras, Brasil e Portugal irmanados, essas coisas simbólicas e tal. Eu acho bacana. — Olha a fila! Vamos andar, gente. Pra frente, Brasil. — Andam dizendo que os portugueses nos enganaram, que quem está no caixão não é o Dom Pedro Primeiro, mas o D. Pedro Quarto. Nos lograram em três. — Mas é a mesma coisa! Dom Pedro era primeiro aqui e quarto em Portugal. — Então eu não compreendo por que ele quis voltar pra lá… Aqui tinha mais prestígio. — Olha o furo! — Me diga uma coisa. Quer dizer que o Dom Pedro Segundo era na verdade Dom Pedro Quinto? — Em Portugal, seria.  Não empurre. Segundo aqui e quinto em Portugal.
Governo do Estado de Santa Catarina
— Tem alguma coisa que ver com a diferença de horário, é?
— Não, minha senhora. Francamente. Se a senhora entende tão pouco de História, o que está fazendo nesta fila! — Quero ver o caixão, ué! Essa badalação toda! E eu sempre gostei de velório. Só não me conformo de eles não abrirem o caixão pra gente ver a cara do moço. — Não teria nada para ver. Só osso. Ele morreu há... nem sei. Mais de cem anos. — Faz mais de cem anos que o Dom Pedro foi enforcado?! — O senhor está confundindo com Tiradentes. — Olha a fila! — Afinal, o Mártir da Independência Luso-Brasileira quem é? — É Dom Pedro Segundo. Aliás, Primeiro. Que Primeiro, é Tiradentes! Agora eu é que estou confuso! Essa fila não anda… — Aquela festa que fizeram outro dia com o Triches, os Golden Boys e a Rosemery, para quem era? — Para Tiradentes. — Mas Tiradentes não era contra os portugueses? — Era, mas faz muito tempo. Hoje Brasil e Portugal são uma coisa só. Eles podem até votar aqui. — Para governador, presidente, essas coisas… — Mais ou menos. É tudo simbólico, compreende? — Como o viaduto? — Isso. Olha a fila!
Luís Fernando Veríssimo

Assinale a alternativa correta de acordo com o texto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C


ID
923731
Banca
COPS-UEL
Órgão
AFPR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um dispositivo apelidado de “botão do pânico” deverá ser a nova arma de mulheres do Espírito Santo contra ex-parceiros agressores. O Estado tem a maior taxa de assassinatos de mulheres do país – o dobro da média nacional. Com cerca de cinco centímetros e um chip interno igual aos de celulares, o aparelho poderá ser levado na bolsa para, quando acionado, enviar uma mensagem à polícia e à Justiça alertando, por exemplo, a aproximação de um potencial agressor. Caberá à própria mulher apertar o botão em situações que considerar de perigo. A mensagem dará à polícia, pelo sistema GPS, as coordenadas de onde ela está. Não há aparelho semelhante em outros Estados. O botão será lançado em 4 de março pelo Tribunal de Justiça capixaba, que mantém uma coordenadoria específica para tratar de casos de violência doméstica. O público-alvo são as mulheres já protegidas por medidas judiciais, previstas na Lei Maria da Penha, como as que determinam que o homem saia do lar ou mantenha uma distância mínima delas. Nos últimos cinco anos, a Justiça do Estado concedeu 13,6 mil medidas protetivas a mulheres que se queixaram de agressões ou ameaças. Segundo o Mapa da Violência 2012, estudo feito em todo o país a partir de dados de homicídios computados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o Espírito Santo é o Estado com a maior taxa de assassinatos de mulheres: 9,8 casos para cada 100 mil mulheres. A média no Brasil é de 4,6 homicídios por 100 mil. “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas”, afirmou a juíza Hermínia Azoury, responsável pela coordenadoria de violência doméstica. “O juiz determina ao agressor: você não pode chegar a menos de 500 metros da mulher. Mas o juiz vai fiscalizar? Ou o promotor vai? É inviável, tem que ter um mecanismo”, diz a juíza. O aparelho é fabricado na China e, segundo o TJ, cada unidade custará até R$ 80,00 para ser importada.

(Adaptado de: TUROLLO JR., R. No ES, mulher ameaçada terá “botão de pânico” contra ex. Folha de S. Paulo. São Paulo, 23 fev. 2013. Cotidiano 2. p.3.) 

Com relação ao texto, trata-se de

Alternativas
Comentários
  • A notícia caracteriza-se por ser uma narrativa breve, eminentemente informativa, de um acontecimento real e atual com interesse para um público vasto.

    A reportagem é uma narrativa longa que resulta de um processo de investigação e documentação intenso (por vezes tem por base uma notícia).

  • Polêmica essa questão...Assinalei letra E, por achar a menos errada... Afinal, os "trechos opinativos", como sugere a assertiva, indicam que a opinião parte do autor do texto, entretanto, ele cita falas de um terceiro em discurso direto. Dessa forma, os "trechos opinativos" partem aqui de um terceiro, não configurando, por assim dizer, um "texto opinativo". Que medo dessa banca!

  • Os trechos opinativos presentes na reportagem são citações e não opiniões do autor, sendo assim informativo

  • Não concordo com o gabarito da questão, para mim, a menos errada é a assertiva "e", seria uma notícia (e não uma reportagem) com caráter informativo.

     

    Quando o elaborador diz que a notícia possui trechos opinativos, sugere que as opiniões são dadas pelo autor do texto, o que não é verdade. As opiniões são dadas por um terceiro, a Juíza. Na minha opinião, a notícia não possui "trechos opinativos", pois em nenhum momento o autor do texto nos dá a sua opinião, ele apenas nos dá uma notícia, na qual existem discursos diretos de um terceiro.

     

    Mas, como não adianta muito tentar discutir com o elaborador da prova, caso venha uma questão semelhante, deve-se assinalar uma semelhante à assertiva "a" e considerar que os "trechos opinativos" não precisam, necessariamente, partir do autor do texto.

     

     

  • Realmente é questionável o gabarito dessa questão. A alternativa E ilustra muito melhor a tipologia do texto, pois há muita informação sendo registrada, porém, o examinador incluiu os comentários da juíza como sendo trechos opinativos, mas tais trechos são meras citações. Não concordo com o gabarito.

    GABARITO DA BANCA: A

  • deverá ser a nova arma de mulheres do Espírito Santo contra ex-parceiros agressores . Neste trecho fica claro o aspecto opinativo.

  • É definido como notícia, um texto que envolve conteúdo factual. Ou seja, uma informação que precisa ser divulgada de imediato, e que sua validade informativa expira em um curto prazo de tempo.

     

    reportagem apresenta mais informações que a notícia. Isso deve ser deixado bem claro com relação a Diferença entre Notícia e Reportagem.

    Para fazer uma reportagem é necessário mais entendimentos, detalhes, informações, dados e elaborações mais complexas. Por isso pense bem se conhece esse pontos, pois a vida do jornalista se resume a esses textos jornalísticos.

    http://academiadojornalista.com.br/diferenca-entre-noticia-e-reportagem/

     

     A notícia tem como objetivo principal narrar acontecimentos pontuais, ou seja, fatos do cotidiano; a reportagem extrapola os limites da notícia, pois não tem como única finalidade noticiar algo;

     Muitos teóricos da comunicação não estabelecem relação entre a notícia e a reportagem, pois veem esse segundo gênero como um gênero autônomo, isto é, desvinculado dos parâmetros que regem a notícia. Enquanto a notícia informa sobre temas do momento, a reportagem trata de um fenômeno social ou político, acontecimentos produzidos no espaço público e que são de interesse geral.

    https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/diferencas-entre-os-generos-reportagem-noticia.htm

     

    Claramente se trata de uma reportagem.

  • “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas

    Opinativo.

    Questão correta

  • Gabarito está errado e a banca pisou na bola. Não tem como considerar esse texto como sendo uma simples notícia, vejam que ele se aprofunda no tema trazendo dados técnicos, estatísticos, inclusive a citação de autoridade de uma juíza, trata-se de uma REPORTAGEM, e o gabarito mais correto, na minha opinião, seria a letra E...

  • Robocop Concurseiro, a expressão "costumo dizer" nada mais é que a citação do discurso da juiza.



    “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas”, afirmou a juíza Hermínia Azoury, responsável pela coordenadoria de violência doméstica.

  • Notícia Jornalística: é um texto objetivo, redigido com o OBJETIVO de transmitir ao leitor informações objetivas e fidedignas sobre um FATO OCORRIDO. Os aspectos mais importantes em uma notícia jornalística são: o evento ocorrido, quando ele ocorreu, o local onde ocorreu esse evento, quem esteve envolvido nesse evento.

    Reportagem: é uma pesquisa mais elaborada a respeito de um fenômeno. Esse tipo de texto pode ser visto como uma simbiose entre várias notícias, retirando-se delas um tema a ser estudado em causas e consequências. Diferente do caráter objetivo da notícia, a reportagem abre margem para interpretações subjetivas.


  • GABARITO LETRA A.

    Notícia possui caráter factual.

    Notícia com trechos opinativos.

  • Inserir a opinião/fala de terceiros torna um texto "opnativo"?

    Na minha opinião, não!

    Texto opinativo ou de opinião é um texto breve e claro na interpretação dos fatos. É opinativo porque o sujeito que escreve emite opinião, ou seja, expõe o que pensa sobre o assunto em pauta

    Portanto, não acredito que esse texto possa ser considerado opnativou ou argumentativo.

    Concordo com Thee Reaad... letra E)

  • No meu ponto de vista, a banca falhou. O autor não emite opinião no texto, apenas sita a opinião da juíza. Pra mim a letra E está correta!

  • 1 ) TEXTO :

    DISPOSITIVO “botão do pânico” deverá ser a nova arma de mulheres do Espírito Santo CONTRA EX PARCEIROS AGRESSORES .

    2 ) REFERÊNCIA :

    JORNAL SP ;

    Turollo Jr ( jornalista que fez a notícia do jornal ADAPTOU OPINIÃO DA JUÍZA ) :

    Vejamos :

    (Adaptado de: TUROLLO JR., R. No ES, mulher ameaçada terá “botão de pânico” contra ex. FOLHA de S. PAULO . São Paulo, 23 fev. 2013. Cotidiano 2. p.3.) 

    OBS : Ñ É REPORTAGEM ( ENTREVISTA COM ALGUÉM )

    Com relação ao texto, trata-se de

    A ) NOTÍCIA DO JORNAL de caráter informativo com trechos opinativos.

    ARGUMENTAÇÃO :

    A ) NOTÍCIA do jornal ( FUNÇÃO INFORMAR ) : relatar caso real :

    Informar ( como consta na REFERÊNCIA : No ES, mulher ameaçada terá “botão de pânico” contra ex ) .

    B ) Trechos opinativos : OBS : USO DE ASPAS " " SERVE PARA DESTACAR FALA , OPINIÃO DE PESSOAS. GERALMENTE QUEM NARRA ( NESSE CASO : O JORNALISTA FEZ A ADAPTAÇÃO ) . Ñ PARTICIPOU DE FORMA DIRETA .

    “A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou (prever) a fiscalização (do cumprimento) das medidas protetivas”, AFIRMOU a JUÍZA Hermínia Azoury .

    " Tem que ter um mecanismo : botão de pânico ”, diz a juíza .

    Esse aparelho poderá ser levado na bolsa para, quando acionado, enviar uma mensagem à polícia e à Justiça alertando, por exemplo, a aproximação de um potencial agressor .

  • Gabarito Letra A.

    Trecho= fração de um texto.

    A alternativa não sugere que é um trecho do autor, e sim, deixa de modo vago, então compreende-se o todo.

    Talvez você ficasse com dúvida sobre termos notícia e reportagem,porém qual está mais completa nos detalhes, a letra A ou a letra E?

    Ademais,a reportagem é um aprofundamento de uma notícia,não há detalhes sobre o tema,e sim,objetividade sobre ele.

  • onde ele emite opinião??

  • informativo, até ai tudo bem, mas emitir opiniao?


ID
937198
Banca
FCC
Órgão
ANS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 9 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

É impossível não nos maravilharmos com as inúmeras formas vivas. Basta darmos uma passeada num parque e olharmos para as árvores, flores, insetos, pássaros, cachorros e seus donos, e nos damos conta da incrível criatividade da vida em suas várias adaptações na água, terra e ar. À primeira vista, parece mesmo difícil que as asas de uma abelha, os olhos de um gato, as nadadeiras de um peixe tenham surgido por acaso, resultado de acidentes no nível molecular. Mas foi isso o que ocorreu, ao longo dos 3,5 bilhões de anos (no mínimo), desde que a vida surgiu na Terra. Darwin propôs sua teoria da evolução para dar conta do que percebeu ser, ao longo de observações cuidadosamente catalogadas em viagens pelo globo, a característica fundamental da vida: sua capacidade de se adaptar a ambientes diversos. Sua idéia de que as espécies variam no tempo devido a pequenas mudanças que são transmitidas de geração em gera- ção permanece essencialmente intacta. A seleção natural, como já diz o nome, seleciona, dentre as várias mudanças, as que beneficiam a espécie. Com isso, os benefícios são passados aos poucos para novas gerações, até que façam parte de toda a população. A grande inovação veio em torno dos anos 1950, com a biologia molecular. Ficou claro que as variações (ou mutações) ocorrem no nível molecular, nos genes. Com o mapeamento do genoma humano durante a última década, mais surpresas ocorreram. Esperava-se que espécies mais sofisticadas, como os humanos, teriam muito mais genes do que as mais simples, como os vermes. Bem, humanos têm praticamente tantos genes quanto ratos. Se o número de genes não mede a complexidade de uma espécie, o que, então, a determina? A resposta encontra-se num novo ramo da biologia molecular, que estuda como os genes se comportam durante o desenvolvimento de um embrião, como as alterações na atividade de cada um deles geram um ser complexo, seja ele uma mosca, um morcego ou uma baleia. Genes são essencialmente moléculas extremamente longas, como corredores cheios de portas. Os biólogos descobriram que certas moléculas funcionam como chaves que ligam ou desligam as partes dos genes responsáveis pela produção de enzimas específicas. À medida que o embrião evolui, diferentes portas são abertas e fechadas, cada uma responsável por parte de seu corpo. É como se o animal tivesse um mapa de seu desenvolvimento, que determina quais portas devem ser abertas ou fechadas seqüencialmente. O incrível é que todos os seres vivos têm genes similares. A variação da vida vem da ativação de partes diferentes dos genes e não de genes diferentes. A evolução da vida é conseqüência de muta- ções que ocorrem nas “portas” moleculares e não nos genes. Somos todos essencialmente o mesmo animal, variações sobre o mesmo tema. (Adaptado de Marcelo Gleiser. Folha de S. Paulo, Mais!, 7 de maio de 2006, p. 9)

O texto desenvolve-se, particularmente, como

Alternativas
Comentários
  • Bom dia, alguém poderia comentar a questão por favor?

  • correta B

  •  b) uma apresentação de aspectos científicos a respeito da diversidade da vida na Terra, inclusive as atuais descobertas, a partir de novos conhecimentos sobre biologia molecular.

  • Realmente a B tá bem completa, principalmente se a dividirmos em duas partes (fica mais fácil). Eu errei. Marquei a E. Não vejo como está errada a não ser pelo "(no mínimo)" entre parentes que acaba por não dar enfaticidade à informação como sugere a assertiva. Talvez esse seja o erro.

  • Marquei a D . Onde está erro?

  • Relatório é um tipo de texto que, como o próprio nome indica, relata sobre algo. Escrito ou oral, ele apresenta um conjunto de informações pormenorizadas sobre determinado tema.

  • Erro da D - texto não fala em nenhum momento nas mudanças nos genes de várias outras especies vivas na Terra e sim da evolução humana, que somos animais ligados de certa forma um ao outro...

  • Qual o erro da alternativa "E"?!


ID
950068
Banca
FGV
Órgão
PC-MA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões 04 a 08

                              Políticas Públicas de Segurança no Brasil

Parece que uma das razões do fracasso e da inexistência de políticas nessa área reside num plano puramente cognitivo. A proposição de políticas públicas de segurança, no Brasil, consiste num movimento pendular, oscilando entre a reforma social e a dissuasão individual. A ideia da reforma decorre da crença de que o crime resulta de fatores socioeconômicos que bloqueiam o acesso a meios legítimos de se ganhar a vida. Esta deterioração das condições de vida traduz-se no acesso restrito de alguns setores da população a oportunidades no mercado de trabalho e de bens e serviços, assim como na má socialização a que são submetidos nos âmbitos familiar, escolar e na convivência com subgrupos desviantes. Consequentemente, propostas de controle da criminalidade passam inevitavelmente tanto por reformas sociais de profundidade como por reformas individuais voltadas a reeducar e ressocializar criminosos para o convívio em sociedade. A par das políticas convencionais de geração de empregos e combate à fome e à miséria, ações de cunho assistencialista visariam minimizar os efeitos mais imediatos da carência, além de incutir em jovens candidatos potenciais ao crime novos valores através da educação, da prática de esportes, do ensino profissionalizante e do aprendizado de artes e na convivência pacífica e harmoniosa com seus semelhantes. Quando isto já não é mais possível, que se reformem então aqueles indivíduos que caíram no mundo do crime através do trabalho e da reeducação nas prisões. (Cláudio C. Beato Filho)

O texto “Políticas Públicas de Segurança no Brasil" pode ser caracterizado como

Alternativas
Comentários
  • O autor defende um ponto de vista e utiliza estratégias argumentativas para persuadir o leitor, dando validade a sua tese (ideia defendida).
  • Argumentativo é o texto que visa a influenciar o leitor, por meio de uma linha de raciocínio consistente, procurando convencê-lo, ante a evidência dos fatos, a concordar e aceitar como correto e válido o ponto de vista expresso.
  • O examinador já inicia o texto com um sintagma puramente argumentativo. "Parece"


     

  • Gabarito: B

    A - expositivo, já que seu objetivo é informar o leitor sobre aspectos novos das políticas públicas de segurança.

    B - argumentativo, porque seu interesse está em defender certas idéias sobre as políticas públicas de segurança.

    C - descritivo, pois nada mais faz do que caracterizar por meio de muitos adjetivos vários aspectos da política de segurança atual.

    D - narrativo, visto que expõe em sequência cronológica as várias fases por que passaram as políticas públicas de segurança.

    E - conversacional, já que o autor do texto simula a estruturação de um diálogo entre leitor e algumas autoridades no assunto.


ID
961135
Banca
CEPERJ
Órgão
SEFAZ-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

POBRES PAGAM MAIS IMPOSTO QUE OS RICOS NO BRASIL

      Os 10% mais ricos concentram 75% da riqueza do país. Para agravar ainda mais o quadro da desigualdade brasileira, os pobres pagam mais impostos que os ricos.

      Segundo levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), apresentado hoje (15/5) ao CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) reunido em Brasília, os 10% mais pobres do país comprometem 33% de seus rendimentos em impostos, enquanto que os 10% mais ricos pagam 23% em impostos.

      “O país precisa de um sistema tributário mais justo que seja progressivo e não regressivo como é hoje. Ou seja, quem ganha mais deve pagar mais; quem ganha menos, pagar menos”, disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, durante a apresentação do levantamento, que foi feito por pesquisadores das diretorias de Estudos Sociais, Macroeconomia e Estudos Regionais e Urbanos, para contribuir na discussão da reforma tributária.

      Os números do Ipea mostram que os impostos indiretos (aqueles embutidos nos preços de produtos e serviços) são os principais indutores dessa desigualdade. Os pobres pagam, proporcionalmente, três vezes mais ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que os ricos. Enquanto os ricos desembolsam em média 5,7% em ICMS, os pobres pagam 16% no mesmo imposto.

      Nos impostos diretos (sobre renda e propriedade) a situação é menos grave, mas também desfavorável aos mais pobres. O IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) tem praticamente a mesma incidência para todos, com alíquotas variando de 0,5% para os mais pobres a 0,6% e 0,7% para os mais ricos. Já o IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbana) privilegia os ricos. Entre os 10% mais pobres, a alíquota média é de 1,8%; já para os 10% mais ricos, a alíquota é de 1,4%.

      “As mansões pagam menos imposto que as favelas, e estas ainda não têm serviços públicos como água, esgoto e coleta de lixo”, alertou o presidente do Ipea.

Pode-se considerar o texto, quanto a seu gênero, como:

Alternativas

ID
974974
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Entenda como o pessimismo influencia sua saúde

            Vocês já pararam para observar o quanto os pensamentos negativos apenas alimentam seu mau humor, fazendo com que seu dia se torne mais pesado e cheio de pequenos incidentes desagradáveis?
Quantas vezes ao acordar pela manhã e bater o dedo na beira da cama já não saiu esbravejando e
dizendo que o dia começou ruim?
            Isso porque muitas vezes vivemos rodeados de pessoas e ou situações que nos levam a ver somente o lado ruim das situações, e acabamos interiorizando esse comportamento crítico e queixoso em nossa vida.

            Outro exemplo é que algumas pessoas já cresceram ouvindo os pais reclamarem de tudo, sempre insatisfeitos com o que têm em casa ou no trabalho e, por mais que isso possa incomodar, nos acostumamos a ver esse mundo ingrato que tanto nos foi descrito. Quando menos esperamos alguém ao nosso lado nos aponta isso. Ao nos dar conta desse comportamento, ficamos a pensar o que fazer para mudar esse jeito de ser mal humorado.

            Porque é tão complicado entender que viver é um grande aprendizado e que, nesse contexto, precisamos alongar nosso olhar em busca de outros significados para não carregarmos o peso de uma vida difícil todos os dias? Isso acontece porque nos acostumamos a colocar muita tralha em nossas cabeças e, desta forma, vamos nos alimentando somente de pensamentos ruins, que refletem não somente em nós mesmos, mas no nosso corpo e na nossa relação com as pessoas ao nosso redor.

            Pensamentos ruins geram doenças como depressão, ansiedade, mau humor crônico, entre outras doenças do estômago, coração, dores de cabeça, musculares. Isso porque o corpo não suporta tantas situações incompreendidas e mal digeridas, causando um mal estar constante na nossa vida.

            É importante aprendermos a diferenciar a real felicidade das pequenas situações que nos fazem felizes no nosso dia a dia. Felicidade é um conjunto consciente de situações que no todo nos trazem contentamento. Uma avaliação objetiva e afetiva que fazemos de nossa própria vida, incluindo as experiências emocionais que nos são agradáveis com baixo nível de humores negativos e alta satisfação em relação à vida.

            Esse processo é muito interessante, pois começamos a dar outro sentido à vida, muito maior do que aprendemos sobre ser feliz. Incluímos uma série de novos comportamentos que nos levam a uma satisfação imediata, pois quem não gosta de um bom dia com um belo sorriso no rosto, ou um momento de atenção quando se quer ser ouvido, ou mesmo um breve aperto de mão?

            Todas as nossas ações contribuem diretamente para o bem estar próprio e do outro, desencadeando uma cadeia de bem estar constante. A saúde mental está ligada diretamente ao nosso corpo, nosso cérebro registra todos os nossos pensamentos como reais, e passa a agir de acordo com eles.

            A neurociência vem estudando os efeitos da positividade e identificou o quanto os nossos
comportamentos são geradores de mudanças cerebrais importantes, como vemos em alguns casos de pessoas que passaram por situações traumáticas físicas e mentais se recuperaram.

            Se você se identificou com o texto, é importante avaliar a forma que tem se relacionado consigo mesmo e com as pessoas ao redor. Procure manter uma atitude positiva, promovendo o que, segundo a psicologia positiva, é o caminho adequado para mudar comportamentos.

(Luciana Kotaka. Disponível em: http://yahoo.minhavida.com.br/familia/materias/16164-o-papel-da-familia-na-prevencao-e-noconsumo- precoce-de-alcool. Acessado em 10/03/2013)

O modo como se organiza um texto está relacionado ao objetivo de seu autor: narrar,descrever, argumentar, explicar, instruir. No Texto I, reconhece-se uma sequência textual:

Alternativas
Comentários
  • Este texto pode até ser instrucional, mas é argumentativo  e fundamentado com dados científicos:

    aqui o autor afirma.

    "Todas as nossas ações contribuem diretamente para o bem estar próprio e do outro, desencadeando uma cadeia de bem estar constante. A saúde mental está ligada diretamente ao nosso corpo, nosso cérebro registra todos os nossos pensamentos como reais, e passa a agir de acordo com eles."

    Aqui ele fundamenta a afirmação.

      "A neurociência vem estudando os efeitos da positividade e identificou o quanto os nossos
    comportamentos são geradores de mudanças cerebrais importantes, como vemos em alguns casos de pessoas que passaram por situações traumáticas físicas e mentais se recuperaram."

    Alguém discorda?


  • Não concordo com a resposta, não forte presença de verbos no imperativo instruindo como se deve seguir. Ele pode até sugerir de forma argumentativa mas instruir não!  Alguém poderia dar uma base melhor na reposta?

  • não concordo com o gabarito. Apenas o último parágrafo é instrucional. Ao analisarmos um texto para julgar sua tipologia textual devemos observar qual é a tipologia determinante, pois os textos são, em sua maioria, híbridos - um texto dissertativo pode contar várias passagens, desde que não predominantes, de texto injuntivo, por exemplo.

  • Entendo esse texto como instrucional, pois autor informa diversas formas de agir para atingirmos a felicidade, o que é determinante no texto. Apenas no final do mesmo o autor expõe dados a partir da neurociência, o que não é predominante no texto. 

    Gabarito Letra: B

  • Pegadinha do malandro! yeye!! Tem que ler o texto até o final. Já é a 4ª vez que eu erro. Espero na próxima vez eu ler o texto até o final.


ID
974977
Banca
UEPA
Órgão
PC-PA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Entenda como o pessimismo influencia sua saúde

            Vocês já pararam para observar o quanto os pensamentos negativos apenas alimentam seu mau humor, fazendo com que seu dia se torne mais pesado e cheio de pequenos incidentes desagradáveis?
Quantas vezes ao acordar pela manhã e bater o dedo na beira da cama já não saiu esbravejando e
dizendo que o dia começou ruim?
            Isso porque muitas vezes vivemos rodeados de pessoas e ou situações que nos levam a ver somente o lado ruim das situações, e acabamos interiorizando esse comportamento crítico e queixoso em nossa vida.

            Outro exemplo é que algumas pessoas já cresceram ouvindo os pais reclamarem de tudo, sempre insatisfeitos com o que têm em casa ou no trabalho e, por mais que isso possa incomodar, nos acostumamos a ver esse mundo ingrato que tanto nos foi descrito. Quando menos esperamos alguém ao nosso lado nos aponta isso. Ao nos dar conta desse comportamento, ficamos a pensar o que fazer para mudar esse jeito de ser mal humorado.

            Porque é tão complicado entender que viver é um grande aprendizado e que, nesse contexto, precisamos alongar nosso olhar em busca de outros significados para não carregarmos o peso de uma vida difícil todos os dias? Isso acontece porque nos acostumamos a colocar muita tralha em nossas cabeças e, desta forma, vamos nos alimentando somente de pensamentos ruins, que refletem não somente em nós mesmos, mas no nosso corpo e na nossa relação com as pessoas ao nosso redor.

            Pensamentos ruins geram doenças como depressão, ansiedade, mau humor crônico, entre outras doenças do estômago, coração, dores de cabeça, musculares. Isso porque o corpo não suporta tantas situações incompreendidas e mal digeridas, causando um mal estar constante na nossa vida.

            É importante aprendermos a diferenciar a real felicidade das pequenas situações que nos fazem felizes no nosso dia a dia. Felicidade é um conjunto consciente de situações que no todo nos trazem contentamento. Uma avaliação objetiva e afetiva que fazemos de nossa própria vida, incluindo as experiências emocionais que nos são agradáveis com baixo nível de humores negativos e alta satisfação em relação à vida.

            Esse processo é muito interessante, pois começamos a dar outro sentido à vida, muito maior do que aprendemos sobre ser feliz. Incluímos uma série de novos comportamentos que nos levam a uma satisfação imediata, pois quem não gosta de um bom dia com um belo sorriso no rosto, ou um momento de atenção quando se quer ser ouvido, ou mesmo um breve aperto de mão?

            Todas as nossas ações contribuem diretamente para o bem estar próprio e do outro, desencadeando uma cadeia de bem estar constante. A saúde mental está ligada diretamente ao nosso corpo, nosso cérebro registra todos os nossos pensamentos como reais, e passa a agir de acordo com eles.

            A neurociência vem estudando os efeitos da positividade e identificou o quanto os nossos
comportamentos são geradores de mudanças cerebrais importantes, como vemos em alguns casos de pessoas que passaram por situações traumáticas físicas e mentais se recuperaram.

            Se você se identificou com o texto, é importante avaliar a forma que tem se relacionado consigo mesmo e com as pessoas ao redor. Procure manter uma atitude positiva, promovendo o que, segundo a psicologia positiva, é o caminho adequado para mudar comportamentos.

(Luciana Kotaka. Disponível em: http://yahoo.minhavida.com.br/familia/materias/16164-o-papel-da-familia-na-prevencao-e-noconsumo- precoce-de-alcool. Acessado em 10/03/2013)

O reconhecimento dos diferentes tipos de textos, seu contexto de uso, sua função social específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos socioculturalmente construídos.A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é:


Alternativas
Comentários
  • Cada parágrafo o autro fala:  Os pensamentos negativos como afeta o bem-estar, relacionamento, os benefício para felicidade.
  • Só de lermos este trecho final do texto percebemos que ela está nos aconselhando:

    "Procure manter uma atitude positiva, promovendo o que, segundo a psicologia positiva, é o caminho adequado para mudar comportamentos.


ID
975958
Banca
VUNESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado
abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O
diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os
mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem
deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e
das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da
sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu;
estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina,
eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais
surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá
da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida
no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha
completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão
outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer
de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo
que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem
olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma
gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces
que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz,
lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige
mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados
na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é
essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra,
durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
        E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis
conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores,
recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e
escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra
em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.
        Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que
com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence
em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa
Moreninha, princesa daquela festa.
(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)

A forma como se dá a construção do texto revela que ele é predominantemente

Alternativas
Comentários
  • Letra D) Vários adjetivos, a ocorrência é concomitante.

    Questão típica de descrição.


ID
977563
Banca
FUNRIO
Órgão
MPOG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As questões 01 a 04 tomarão por base o seguinte texto:


      Uma negociação bem-sucedida se concretiza quando duas partes com interesses distintos cedem um pouco em favor da conquista de um objetivo comum maior. Sob essa ótica, democratas e republicanos não têm muito a comemorar no acordo da semana passada que tentou pôr em ordem as contas do governo. É verdade que o presidente eleito Barack Obama conseguiu afastar o risco imediato do “abismo fiscal” cavado por anos a fio de gastos acima das receitas. Os dois lados conseguiram evitar que aumentos abrangentes de impostos entrassem em vigor imediatamente, o que poria em perigo a retomada ainda titubeante da economia americana. Obama e a oposição concordaram em não punir mais a classe média, por enquanto. O imposto de renda será reajustado apenas para o 1% mais rico da população.

                                                         (Revista Veja, edição 2.303, ano 46, nº 4, 09 de janeiro de 2013.)

O texto da revista Veja é predominantemente informativo, mas os dois primeiros períodos são

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode explicar o porquê? Por favor!
  • Texto argumentativo

    Esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma idéia imposta pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas abertas, e quando também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-argumentativo

    Texto expositivo

    Expositivo: Faz uma descrição, conta como é
    O texto expositivo apresenta informações sobre um objeto ou fato específico, sua descrição, a enumeração de suas características. Esse deve permitir que o leitor identifique, claramente, o tema central do texto. ex: o contraste, quando, ao analisar determinada questão, o autor do texto deseja mostrar que ela pode ser observada por mais de um ângulo, ou que há posições contrárias. No texto há isso:" Sob essa óptica ...".
  • Para a FUNRIO, texto informativo é equivalente à tipologia textual
    dissertativo-expositiva. Nessa modalidade de texto, o autor apenas explica as
    ideias, sem preocupar-se em convencer os leitores, tendo por objetivo apenas
    informar, apresentar, definir ou explicar o fato aos interlocutores. Dito de
    outra forma, o autor apenas explana ou explica uma temática de maneira
    denotativa, procurando esclarecer o leitor acerca de determinado assunto.
                Tal como ocorre com outras tipologias textuais, esse tipo
    de texto apresenta a estrutura canônica (introdução, desenvolvimento e
    conclusão), sendo utilizado na imprensa, em livros didáticos, em enciclopédias,
    em biografias e em revistas de divulgação técnica e científica.
                Com relação ao texto da revista Veja, os primeiros períodos apresentam características descritivas,
    porque descrevem características acerca da negociação (bem-sucedida e distintos),
    e expositivas, tendo em vista a apresentação de informações acerca do objeto do
    texto, qual seja, o acordo entre democratas e republicanos. Portanto, o
    gabarito da questão é a assertiva (E).
     
     
    Gabarito: E. 
    comentada pelo Fabiano Sales do estratégia concursos
    https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/mpog-prova-comentada-de-lingua-portuguesa-3/
  • Engraçado que as explições so me levaram a crer que o texto é argumentativo. Se democatras e republicano não têm o que comemorar, o autor está pressupondo que existe uma richa entre republicanos e democratas, uma opnião particular. Embasada em argumentos, porém não é óbvio que eles sejam brigados.
  • Errei essa questão, e abri recurso argumentando que "democratas e republicanos não têm muito o que comemorar" é claramente uma opinião pessoal do autor. Mas pelo visto a banca discorda. Alguém poderia explicar por favor por que este trecho não é uma opinião?

    Obrigado.
  • Alguém encontrou algo sobre os textos descritivos expositivos, não encontrei nada a respeito, só DISSERTATIVO EXPOSITIVO

  • 3. Dissertação
    Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.

    3.Dissertação-Exposição

    Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia idéias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer.  Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais,  etc.

    3.1 Dissertação-Argumentação

    Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

    Fonte: http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/tipologia-textual-tipos-generos.html

  • Segundo o professor "Décio Terror"

    a) Dissertativo-expositivo: quando o autor apenas transmite os saberes de uma comunidade (como em livros didáticos, enciclopédias etc), não colocando sua opinião sobre o assunto, mas apenas os dados objetivos. EX

    Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,

    constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I - a soberania;

    II - a cidadania

    III - a dignidade da pessoa humana;

    IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

    V - o pluralismo político.

    Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos

    desta Constituição. (Excerto da CF/88. In: http://www.planalto.gov.br)

    Não se nota  a intervenção do autor,sinalizando sua opinião. Houve apenas a exposição de fato  e de

    dado conceitual. A base deles foi a transmissão do saber, a  informação. Por isso são textos dissertativo-expositivos.


  • Eu já vi que o aluno tem que adivinhar o que esses v@g@bundos desses professores de banca pensam sobre um determinado texto, já que não seguem nem o que eles mesmos ensinam. O texto é claramente dissertativo-argumentativo, cheio de opiniões pessoais do autor.


ID
987097
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Os anônimos

Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve. A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente, talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos. Muitas histórias mostram como são os figurantes anô- nimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido. (Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses)

O autor do texto levanta a seguinte hipótese para justificar o modo pelo qual personagens como o lenhador são anônimos em muitas histórias: eles seriam vistos como responsáveis por :

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    Encontramos a resposta neste seguinte trecho do texto:
    "Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis."

    AVANTE, COMPANHEIROS! FELIZ 2016!!!


ID
987100
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Os anônimos

Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve. A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente, talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos. Muitas histórias mostram como são os figurantes anô- nimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido. (Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses)

Deve-se deduzir do texto que a razão pela qual os arquétipos não precisam de nome é que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    É exatamente isso. O personagem arquétipo é aquele personagem padrão, que está no imaginário coletivo. O Rainha má, por exemplo, é o arquétipo da maldade. Toda fábula possui um personagem bom e outro mau, eles é que fazem a história, contrapondo-a.



    AVANTE, COMPANHEIROS! FELIZ 2016!!!!

  • De acordo com o autor:

    O Príncipe Encantado (...) É um símbolo reincidente.

    Em outras palavras, sua significação já está estabelecida pela tradição das histórias.


ID
987103
Banca
FCC
Órgão
INFRAERO
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Os anônimos

Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve. A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente, talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história, sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos. Muitas histórias mostram como são os figurantes anô- nimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido. (Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses)

Considerando-se o contexto,traduz-se adequadamente o sentido de um elemento do texto em:

Alternativas
Comentários
  • a) açodada = precipitada, apressada. ≠ dividida

     

    b) obliterar = obstruir, tapar. ≠ refletir


    c) suscita = fazer nascer, fazer aparecer, provocar, originar. ≠ depende

     

    d) reiteração = repetição, renovação. ≠ reincidente 


ID
1011484
Banca
FGV
Órgão
TJ-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Volta à polêmica sobre patente de remédios

        Patentes de medicamentos geralmente são reconhecidas pelo prazo de dez anos, de acordo com regras internacionais aceitas por muitos países. Esse prazo inclui a fase final de desenvolvimento dos medicamentos, chamada pipeline no jargão técnico. Muitas vezes, esse período até o lançamento comercial do produto pode levar até quatro anos, de modo que em vários casos o laboratório terá efetivamente cerca de seis anos e proteção exclusiva para obter no mercado o retorno do investimento feito. 

        A partir da perda de validade da patente, o medicamento estará sujeito à concorrência de produtos similares e genéricos que contenham princípios ativos encontrados no original. Por não embutirem os custos de pesquisa e desenvolvimento do produto original, os genéricos e similares podem ser lançados a preços mais baixos do que os dos medicamentos de marca, que, no período de proteção exclusiva, tiveram a oportunidade de conquistar a confiança do consumidor e dos médicos que os prescrevem para seus pacientes.

        A pesquisa para obtenção de novos medicamentos comprovadamente eficazes envolve somas elevadíssimas. Daí que geralmente as empresas que estão no topo da indústria farmacêutica são grandes grupos internacionais, ficando os laboratórios regionais mais voltados para a produção de genéricos e similares.

        A necessidade de se remunerar o investimento realizado faz com que, não raramente, os remédios sejam caros em relação à renda da maioria das pessoas, e isso provoca conflitos de toda ordem, em especial nos países menos desenvolvidos, onde se encontram também as maiores parcelas da população que sofrem de doenças endêmicas, causadas por falta de saneamento básico, habitação insalubre, deficiências na alimentação etc.Muitas vezes para reduzir o custo da distribuição de medicamentos nas redes públicas os governos investem em laboratórios estatais, que se financiam com subsídios e verbas oficiais, diferentemente de empresas, que precisam do lucro para se manterem no mercado. Esse conflito chega em alguns momentos ao ponto de quebra de patente por parte dos países que se sentem prejudicados. O Brasil mesmo já recorreu a essa decisão extrema em relação ao coquetel de remédios para tratamento dos pacientes portadores do vírus HIV e dos que sofrem com a AIDS, chegando depois a um entendimento com os laboratórios.

        O tema da quebra de patente voltou à tona depois que a Corte Superior da Índia não reconheceu como inovação um medicamento para tratamento do câncer que o laboratório suíço Novartis considera evolução do seu remédio original, Glivec. A patente foi reconhecida nos Estados Unidos e em outros 39 países, o que provocou a polêmica. O Brasil hoje é cauteloso nessa questão. Optou por uma atitude mais pragmática, que tem dado bons resultados e permitido, inclusive, o desenvolvimento de novos medicamentos no país. A quebra de patente não pode ser banalizada. 


(O Globo, 07/04/2013) 

Por sua estrutura global, o texto é caracterizado, prioritariamente como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Texto argumentativo
    É uma modalidade de texto em que se defende um ponto de vista. Nele a argumentação é importante, uma vez que apresenta fundamentos para sustentar a tese. Quando o produzimos, devemos observar certas normas de organização bastante particulares. Em geral, para se obter maior clareza na exposição do ponto de vista, organiza-se em três partes:

    • Introdução: apresenta-se a ideia ou o ponto de vista que será defendido;
    • Desenvolvimento ou argumentação: desenvolve-se o ponto de vista (para convencer o leitor, é preciso usar uma sólida argumentação, citar exemplos, recorrer a opiniões de especialistas, fornecer dados, etc);
    • Conclusão: dá-se um fecho coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados.

    Por suas características, o texto argumentativo requer uma linguagem mais sóbria, denotativa. O uso da figura de linguagem deve ser com valor argumentativo. As orações devem se dispor, de preferência, em ordem direta. É preferível o uso da terceira pessoa, caracterizando o texto argumentativo objetivo. O texto argumentativo não apresenta uma progressão temporal; os conceitos são genéricos, abstratos e, em geral não se prendem a uma situação de tempo e espaço. Por isso os verbos no presente. Trabalha-se com períodos compostos, com o encadeamento de ideias; nesse tipo de construção, o adequado emprego dos conectores (preposições, conjunções e pronomes relativos) é fundamental para obter um texto claro, coerente, coeso e elegante.

    Fonte: http://professorafrancinetecel.com/dicas/item/3-o-texto-dissertativo-argumentativo.html

  • "A quebra de patente não pode ser banalizada."

    Essa frase denuncia o texto como argumentativo.
  • Tipologia Textual:

    1. Narração

    Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.

    2. Descrição

    Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 

    3. Dissertação
    Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.

    3.1 Dissertação-Exposição

    Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia idéias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer.  Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais,  etc.

    3.1 Dissertação-Argumentação

    Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.


  • Tipologia 

    Narrativo - Cónstroi uma história em torno de personagens

    Argumentativo  ou dissertativo - Relata informações, concluindo com uma crítica ou sugestão. (o texto em análise)

    Descritivo - Tematiza um objeto com exclusividade

    Expositivo ou informativo - Relata informações, concluindo sem opinião

  • Texto argumentativo

    Esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma ideia imposta pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas abertas, e quando também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-argumentativo.

    Esta tipologia apresenta:

    1. uma Introdução (tese);
    2. argumentos (desenvolvimento);
    3. conclusão (o que da aprova os argumentos)

  • Não entendi esta questão. Achei que era apenas informativo. Não consegui entender qual a conclusão que o autor chegou. Podes me esclarecer? 

  • Passagens que denotam a estrutura argumentativa, expressando opinião:

    "...que tem dado bons resultados.."

    "A quebra de patente não pode ser banalizada"

  • "A quebra de patente não pode ser banalizada"   

    O narrador da o seu ponto de vista ou seja, faz  uma crítica no final do texto.Logo, é um texto argumentativo!

  • Texto indutivo argumentativo


    O texto é desenvolvido com base num texto indutivo. O autor quer induzir o autor a pensar como ele.

  • Nem li o texto todo, só o primeiro paragrafo dá entender que trata-se de um texto argumentativo, pois o autor  expõe seu posicionamento sobre o tema

  • acho que o problema foi o "prioritariamente"

  • O texto foi publicado num jornal, como não se trata de notícia e sim de um artigo, então corresponde a argumentação.  Mas sem levar em conta esse detalhe, eu mesma me confundi inicialmente, pois o texto mais informa do que expressa opinião, só na última frase é que se demonstra uma opinião clara. Se essa frase estivesse no início poucos teriam errado a questão.

  • A frase final expõe claramente o lado argumentativo/opinativo do texto: "A quebra de patente não pode ser banalizada."

  • A última frase é o único traço de argumentação. Como a pergunta pede "prioritariamente" o gabarito correto deveria ser letra A na minha opinião.

  • Eu errei porque achei que predominava um tipo mais informativo. Fiquei na dúvida entre o argumentativo. Entretanto, olhando a prova percebam que em duas questões da mesma prova (2 e a 5) a FGV pergunta sobre o ponto de vista do autor, ou seja, induz que o texto seja realmente argumentativo. Outra coisa,  a FGV muitas vezes lança logo na letra A uma opçao para o candiato marcar logo, tem que ter uma malícia. 

  • Quase todo o texto não vejo opinião do autor e sim informações de forma imparcial, aí por causa da frase final ele vira argumentativo...que m

  • "A quebra de patente não pode ser banalizada"

    Uma opinião expressa do autor.

  • Alguns modalizadores:

    geralmente

    elevadíssimas

    não raramente


ID
1048072
Banca
CETRO
Órgão
ANVISA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Edward Jenner, um médico inglês, observou que um número expressivo de pessoas mostrava- se imune à varíola. Todas eram ordenhadoras e tinham se contaminado com cowpox, uma doença do gado semelhante à varíola, pela formação de pústulas, mas que não causava a morte dos animais. Após uma série de experiências, constatou que estes indivíduos permaneciam refratários à varíola, mesmo quando inoculados com o vírus.


 Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou James Phipps, um menino de 8 anos, com o pus retirado de uma pústula de Sarah Nelmes, uma ordenhadora que sofria de cowpox. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculava Phipps com pus varioloso. O menino não adoeceu. 


Era a descoberta da vacina. Daí em diante, Jenner começou a imunizar crianças, com material retirado diretamente das pústulas dos animais e passado braço a braço. Em 1798, divulgava sua descoberta no trabalho “Um Inquérito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola”.

Jenner enfrentou severas resistências. A classe médica, por exemplo, demonstrava ceticismo. Os variolizadores fizeram ferrenha oposição. Grupos religiosos alertavam para o risco da degeneração da raça humana pela contaminação com material bovino: a vacalização ou minotaurização, como foi chamada. Mas, em pouco tempo, a vacina conquistou a Inglaterra. Em 1799, era criado o primeiro instituto vacínico em Londres e, em 1802, sob os auspícios da família real, fundava- se a Sociedade Real Jenneriana para a Extinção da Varíola.


BRASIL. Centro Cultural do Ministério da Saúde.
Exposição: Revolta da Vacina: Cidadania, Ciência e Saúde.
Adaptado.


De acordo com a tipologia textual, o texto lido pode ser classificação como

Alternativas
Comentários
  • Tipologia Textual
     
    1. Narração
    Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.
     
    2. Descrição
    Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 
     
    3. Dissertação
    Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
     
    3.1 Dissertação-Exposição
    Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia idéias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer.  Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais,  etc.
     
    3.1 Dissertação-Argumentação
    Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.
    Fonte:http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/tipologia-textual-tipos-generos.html
    GRAÇA E PAZ
     
  • Narração: tem personagem; tempo; espaço; verbos de ação; verbos no pretérito perfeito, Além desses, há  o narrador personagem  na 1ª pessoa ; e o narrador observador na 3ª pessoa. então temos uma narração

  • Texto Narrativo

    A Narração é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço. A estrutura do texto narrativo é composta de:

    Apresentação

    Desenvolvimento

    Clímax

    Desfecho.


ID
1052164
Banca
IBFC
Órgão
PC-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para as questões de 22 à 25.

O Jivaro
(Rubem Braga)

Um Sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio jivaro,
desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e o índio
lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.
O Sr. Matter:
- Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de
um macaco.
E o índio:
- Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!

Sobre o caráter estrutural do texto de Rubem Braga, é correto afirmar que é:

Alternativas
Comentários
  • NARRATIVO:- Fazem parte ações e descrições onde é contada uma história.

  • EXPOSITIVO:- apresenta informações sobre um objeto ou fato específico NARRATIVO:- Fazem parte ações e descrições onde é contada uma história ARGUMENTATIVO:- Texto onde defende- se uma ideia ou opinião DESCRITIVO:- elabora um retrato de "ser ou situação" com o intuito de transmitir imagem. INJUNTIVO:- leva o leitor a mais do que uma simples informação, instrui, ex:- receita de bola, capítulos de livro de auto- ajuda, manual, bula de remédio.
  • Resposta: letra B

    Texto narrativo - Uma narrativa é um texto em que um narrador conta uma história, relatando uma sequência de acontecimentos vividos pelas personagens, num determinado tempo e num determinado lugar (espaço).

    Este tipo de texto é geralmente organizado em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.








  • Texto Narrativo - tipo textual em que se conta fatos que ocorreram num determinado tempo e lugar, envolvendo personagens

    e um narrador. Refere-se a objeto do mundo real ou fictício. Possui uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal

    predominante é o passado.

    - expõe um fato, relaciona mudanças de situação, aponta antes, durante e depois dos acontecimentos (geralmente);

    - é um tipo de texto sequencial;

    - relato de fatos;

    - presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo;

    - apresentação de um conflito;

    - uso de verbos de ação;

    - geralmente, é mesclada de descrições;

    - o diálogo direto é frequente.

    rio...

  • É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc


  • parabens thaise, se todos colocassem comentarios iguais aos seus serio uma benção.

    explicar as alternativos que não podem ser a resposta, é bem mais valoroso e esclaredcedor do que fica repetindo a alternativa dada pelo gabarito oficial, coisa que não acrescenta em nada a nós estudantes.

  • Alternativa b.

     

    TEXTO NARRATIVO
    - Apresenta uma sequência de acontecimentos ou sequência de ações
    - Se caracteriza pela prodominância dos verbos no pretérito do indicativo, pois esse tempo verbal nos remete a ideia de acontecimentos. 


    TEXTO DESCRITIVO
    - Apontamento de características
    - Se caracteriza por verbos no presente do indicativo e no pretérito imperfeito


    TEXTO DISSERTATIVO
    - Argumenta, defende uma ideia
    - Texto de opinião, busca persuadir o leitor
    - Deve ser embasado em aspectos objetivos
    - Verbos no presente do indicativo, na 3ª pessoa (ideal)


    TEXTO INJUTIVO
    - Faz uma recomendação
    - Apontamentos de como realizar algo


    TEXTO EXPOSITIVO
    - Apresenta um tema a partir de recursos como a conceituação, a definição, a descrição, a comparação, a informação e enumeração. Dessa forma, uma palestra, um seminário ou entrevista são considerados textos expositivos, cujo objetivo central é explanar, discutir, explicar um assunto
    - Texto informativo expositivo: transmissão de ideia / Texto expositivo argumentativo: defesa de opinião sobre um tema

  • VERBO NO PASSADO GERALMENTE E QUEM CONTA UMA HISTÓRIA NARRAÇÃO GAB D LETRA D

  • GABARITO: LETRA B

    Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço.

    Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos.

    Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.

    Elementos da Narrativa:

    Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador personagem e narrador onisciente.

    Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear, enredo não linear, enredo psicológico e enredo cronológico.

    Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).

    Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.

    Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.

    FONTE: WWW.TODAMATÉRIA.COM.BR

  • Tipos textuais

    1 - Narrativo

    Histórias ou dramas

    Personagem

    Tempo e espaço

    2 - Descritivo

    Detalha lugares, pessoas, coisas e etc

    3 - Dissertativo

    Expositivo

    Apenas expõe os fatos e acontecimentos

    Argumentativo

    Expõe os fatos e acontecimentos + ponto de vista + argumentos

    4 - Injuntivo ou instrucional

    Texto que da ordem.

    Caráter instrucional

    Denotação e conotação

    1 - Denotativo

    Sentido real, padrão, literal da linguagem

    2 - Conotativo

    Sentido figurado da linguagem

  • GABARITO: B

    • Relatar/ contar
    • Sequência lógica de fatos
    • Cronologia
    • Personagens, ambientes
    • Verbos pretérito (predominam)

ID
1065424
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécuia e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.
       [...]
       Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré- pré-bistória já havia os monstros apocalípticos? Se esta pistória não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos — sou eu que escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi pafávra mais doida, inventada peias nordestinas que andam por aí aos montes.
       Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual — há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo — como a morte parece dizer sobre a vida — porque preciso registrar os fatos antecedentes.

USPECTOR. C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento).

A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque o narrador

Alternativas
Comentários
  • Correta Letra C.

    reflete sobre questões existenciais: isso fica claro no início do texto, no primeiro parágrafo, quando o autor fala sobre a existencia humana.

    reflete sobre a construção do discurso: no último parágrafo o autor mostra preocupação com a construção do discurso quando diz: Só não inicio pelo fim que justificaria o começo — como a morte parece dizer sobre a vida — porque preciso registrar os fatos antecedentes.

    Valeu!


  • muitos erros de digitação nessa questão

  • Dica: Lispector sempre faz obras relacionadas a questões existenciais!

     

  • eu sempre erro as questoes da clarice, mas essa tava normal 

    dica: pesquisem sobre a biografia dos autores que mais caem, ajuda muito nas questoes..

  • tem alguns erros de digitação, como:  "pistória, pré-bistória pafávra" mas deu pra fazer, só fica ruim durante a leitura...

  • Clarice Lispector, principal nome de uma tendência intimista na literatura brasileira, Clarice propôs uma viagem ao consciente individual: a experiência interior passa para o primeiro plano da criação literária, deixando em segundo plano o meio externo, o homem e sua condição social. Ademais, vale ressaltar que Lispector sempre faz obras relacionadas a questões existenciais.


ID
1068172
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Correios
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

01   Os garotos da Rua Noel Rosa
       onde um talo de samba viça no calçamento,
       viram o pombo-correio cansado
04   confuso
       aproximar-se em voo baixo.

       Tão baixo voava: mais raso
07   que os sonhos municipais de cada um.
       Seria o Exército em manobras
       ou simplesmente
10   trazia recados de ai! amor
       à namorada do tenente em Aldeia Campista?

       E voando e baixando entrançou-se
13   entre folhas e galhos de fícus:
       era um papagaio de papel,
       estrelinha presa, suspiro
16   metade ainda no peito, outra metade
       no ar.

       Antes que o ferissem,
19   pois o carinho dos pequenos ainda é mais desastrado
       que o dos homens
      e o dos homens costuma ser mortal
22  uma senhora o salva
      tomando-o no berço das mãos
      e brandamente alisa-lhe
25  a medrosa plumagem azulcinza
      cinza de fundos neutros de Mondrian
      azul de abril pensando maio.

28  283235-58-Brasil
      dizia o anel na perninha direita.
      Mensagem não havia nenhuma
31  ou a perdera o mensageiro
      como se perdem os maiores segredos de Estado
      que graças a isto se tornam invioláveis,
34  ou o grito de paixão abafado
      pela buzina dos ônibus.
      Como o correio (às vezes) esquece cartas
37  teria o pombo esquecido
      a razão de seu voo?

      Ou sua razão seria apenas voar
40   baixinho sem mensagem como a gente
       vai todos os dias à cidade
       e somente algum minuto em cada vida
43   se sente repleto de eternidade, ansioso
       por transmitir a outros sua fortuna?

       Era um pombo assustado
46   perdido
      e há perguntas na Rua Noel Rosa
      e em toda parte sem resposta.

49   Pelo quê a senhora o confiou
       ao senhor Manuel Duarte, que passava
       para ser devolvido com urgência
52   ao destino dos pombos militares
       que não é um destino.

Carlos Drummond de Andrade. Pombo-correio.
In: Carlos Drummond de Andrade: obra completa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 2002, p. 483.
Internet: <www.releituras.com>.

No que concerne às ideias do texto e a sua tipologia, julgue os itens que se seguem.

O texto pode ser considerado, simultaneamente, poético e narrativo.

Alternativas
Comentários
  • Tipologia:

    Narração: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.

    Gênero:

    Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.

    Certa questão.


  • Textos NARRATIVOS: Quem conta (narrador), o que ocorreu (o enredo), com quem ocorreu (personagem), como ocorreu (conflito/clímax), quando/onde ocorreu (tempo/espaço).

    Gêneros que apresentam o tipo textual: Conto, crônica, romance, poema, biografia...

    Qualquer equívoco da minha parte, avisem-me!

    Bons estudos!


ID
1071286
Banca
IDECAN
Órgão
Banestes
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

Fecomércio: classe C irá impulsionar crescimento de 40% do PIB até 2020

     Um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP) divulgado nesta quarta-feira aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 40% até 2020 e dos R$ 2 trilhões adicionados ao PIB até a data, cerca de R$ 1,4 milhão virá do consumo das famílias, principalmente da classe C (com rendimentos entre R$ 1,4 mil e R$ 7 mil), responsáveis por 51% do consumo total e que abrange 54% da população brasileira atualmente. 
     Entre 2011 e 2020, o consumo per capita deve aumentar 30% para as faixas A e B e cerca de 50% para as demais. De acordo com a instituição, as mudanças já estão visíveis. Um dos exemplos é a alimentação. O brasileiro passou a comer mais vezes fora de casa, e com isso, o gasto com bares, restaurantes e lanchonetes apresentou alta de 26,6%, passando a R$ 145,59 por mês no período entre 2003 e 2009. Além disso, o consumo de carne bovina de boa qualidade subiu 4,2%; já o consumo de frango teve queda de 11,8%. O consumo de azeite de oliva cresceu 13,8% no mesmo período. 
     Para o diretor executivo da entidade, Antônio Carlos Borges, além de consumir mais, as famílias estão gastando melhor e, com mais recursos, as famílias brasileiras passaram a buscar novidades, aprimoramento na qualidade de vida e a inclusão. 
     De acordo com a Fecomércio, os gastos das famílias brasileiras – que possuem rendimento médio de R$ 2,9 mil entre todas as classes – com aparelhos celulares demonstram as transformações na sociedade do País. Ao todo, estes gastos apresentaram alta de 63,3% entre 2003 e 2009. Porém, na análise entre as faixas de renda, a classe C ampliou os recursos destinados em 70%; já a classe E (rendimento familiar até R$ 900) apresentou alta de 312%. “Com mais recursos, as famílias brasileiras não se ativeram, simplesmente, à melhora do que já possuíam, mas passaram a buscar novidades, aprimoramento na qualidade de vida e inclusão”, afirmou Borges.
(http://economia.terra.com.br, 29/02/2012)

A inclusão do discurso direto no 4º§ parágrafo do texto, confere-lhe maior

Alternativas
Comentários
  • "De acordo com a Fecomércio, ..."

    Induz a veracidade dos fatos

    B)

  • O discurso direito é a declaração de Borges; ou seja, quando houve uma transcrição exata da fala de alguém.
     “Com mais recursos, as famílias brasileiras não se ativeram, simplesmente, à melhora do que já possuíam, mas passaram a buscar novidades, aprimoramento na qualidade de vida e inclusão”, afirmou Borges.

  • Falar sobre a veracidade dos fatos

    B)


ID
1094545
Banca
CETRO
Órgão
INMET
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa incorreta quanto às afirmações:

Alternativas
Comentários
  • Paráfrase

    A Paráfrase é um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto. Portanto, é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de ‘tradução’ dentro da própria língua.

    Resumo

    Resumo é uma exposição abreviada de um acontecimento, obra literária ou artística. Um resumo é ato de resumir alguma coisa através de uma síntese ou sumário.



ID
1098952
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Belo Horizonte - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

ESCOLA IDEAL PARA ALUNOS NÃO IDEAIS

Cláudio de Moura Castro

Na segunda metade do século XIX, dom Pedro II transformou a primeira escola pública secundária do Brasil em um modelo inspirado no colégio Louis Le Grand, reputado como o melhor da França. Mantiveram-se na sua réplica brasileira as exigências acadêmicas do modelo original. O próprio dom Pedro selecionava os professores, costumava assistir a aulas e arguir os alunos. Sendo assim, o colégio que, mais adiante, ganhou o seu nome constituiu-se em um primoroso modelo para a educação das elites brasileiras. Dele descendem algumas excelentes escolas privadas.

Mais tarde do que seria desejável, o ensino brasileiro se expande, sobretudo no último meio século. Como é inevitável, passa a receber alunos de origem mais modesta e sem o ambiente educacional familiar que facilita o bom desempenho. Sendo mais tosca a matéria-prima que chega, em qualquer lugar do mundo não se podem esperar resultados equivalentes com o mesmo modelo elitista.

Os países de Primeiro Mundo perceberam isso e criaram alternativas, sobretudo no ensino médio. A melhor escola é aquela que toma alunos reais - e não imaginários - e faz com que atinjam o máximo do seu potencial. Se os alunos chegam a determinado nível escolar com pouco preparo, o pior cenário é tentar ensinar o que não conseguirão aprender. O conhecimento empaca e a frustração dispara.

Voltemos a 1917, às conferências de Whitehead em Harvard. Para ele, o que quer que seja ensinado, que o seja em profundidade. Segue daí que é preciso ensinar bem o que esteja ao alcance dos alunos, e não inundá-los com uma enxurrada de informações e conhecimentos. Ouvir falar de teorias não serve para nada. O que se aprende na escola tem de ser útil na vida real.

Se mesmo os melhores alunos das nossas melhores escolas são entulhados com mais do que conseguem digerir, e os demais, os alunos médios? Como suas escolas mimetizam as escolas de elite, a situação é grotesca. Ensina-se demais e eles aprendem de menos. Pelos números da Prova Brasil, pouco mais de 10% dos jovens que terminam o nível médio têm o conhecimento esperado em matemática! A escola está descalibrada do aluno real.

Aquela velha escola de elite deve permanecer, pois há quem possa se beneficiar dela. Mas, como fizeram os países educacionalmente maduros, respondendo a uma época de matrícula quase universal, é preciso criar escolas voltadas para o leque variado de alunos.

Nessa nova escola, os currículos e ementas precisam ser ajustados aos alunos, pois o contrário é uma quimera nociva. Na prática, devem-se podar conteúdos, sem dó nem piedade. É preciso mostrar para que serve o que está sendo aprendido. Ainda mais importante, é preciso aplicar o que foi aprendido, pois só aprendemos quando aplicamos. A escola deve confrontar seus alunos com problemas intrigantes e inspiradores. E deve apoiá-los e desafiá-los para que os enfrentem. No entanto, sem encolher a quantidade de matérias, não há tempo para mergulhar em profundidade no que quer que seja.

Atenção! Não se trata de uma escola aguada em que se exige menos e todos se esforçam menos. Sabemos que bons resultados estão associados a escolas que esperam muito de seus alunos, que acreditam neles. A diferença é que se vai exigir o que tem sentido na vida do estudante e está dentro do que realisticamente ele pode dominar. Precisamos redesenhar uma escola voltada para os nossos alunos, e não para miragens e sonhos. Quem fará essa escola? [...]

Revista Veja, 05 fev. 2014 (adaptado).

Em relação à constituição do texto, é CORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    A tese defendida no texto é apresentada no 3º parágrafo. 

    "Os países de Primeiro Mundo perceberam isso e criaram alternativas, sobretudo no ensino médio. A melhor escola é aquela que toma alunos reais - e não imaginários - e faz com que atinjam o máximo do seu potencial. Se os alunos chegam a determinado nível escolar com pouco preparo, o pior cenário é tentar ensinar o que não conseguirão aprender. O conhecimento empaca e a frustração dispara."

    Criar alternativas, alunos reais, fazendo com que atinjam o máximo do seu potencial. 

  • O que ocorreu foi que os países de Primeiro Mundo tiveram uma visão macro educacional da situação e viram que a vocacionalidade é essencial, crucial e indispensável para medir a realização pessoal dos alunos, mesmo porque nenhuma vocação é prescindível para uma país. Sendo assim essa foi a tese do texto apresentado. 


    Na minha humilde opinião é isso que acontece hoje no Brasil. Pessoas sem mínima vocação para uma profissão (digo: dom mesmo!) estão exercendo suas atividades profissionais contra a sua vontade e paixão pelo trabalho. 
  • Letra B

    Tese: A melhor escola é aquela que toma alunos reais - e não imaginários - e faz com que atinjam o máximo do seu potencial.

    É o que o autor defende o texto inteiro.

  • Em azul, pontos que são defendidos ao longo do texto: "Os países de Primeiro Mundo perceberam isso e criaram alternativas, sobretudo no ensino médio. A melhor escola é aquela que toma alunos reais - e não imaginários - e faz com que atinjam o máximo do seu potencial. Se os alunos chegam a determinado nível escolar com pouco preparo, o pior cenário é tentar ensinar o que não conseguirão aprender. O conhecimento empaca e a frustração dispara."

    "Se mesmo os melhores alunos das nossas melhores escolas são entulhados com mais do que conseguem digerir, e os demais, os alunos médios?"

    "Ensina-se demais e eles aprendem de menos. Pelos números da Prova Brasil, pouco mais de 10% dos jovens que terminam o nível médio têm o conhecimento esperado em matemática! A escola está descalibrada do aluno real."


ID
1099096
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
ALGÁS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A primeira característica a ser ressaltada na poesia de João Cabral é sua linguagem poética: bastante concisa e econômica, é completamente isenta de sentimentalismos. Os substantivos prevalecem sobre os adjetivos, surgindo assim poemas despidos de qualquer acessório sentimental, com predominância, portanto, da objetividade. É o que se vê no seguinte texto, no qual o poeta fala de poesia:

Lição de poesia

A luta branca sobre o papel
que o poeta evita.
Luta branca onde corre o sangue
de suas veias de água salgada.
A física do susto percebida entre os gestos diários;
susto das coisas jamais pousadas
porém imóveis — natureza.
E as vinte palavras recolhidas
nas águas salgadas do poeta
de que se servirá o poeta
em sua máquina útil.
Vinte palavras sempre as mesmas,
de que conhece o funcionamento,
a evaporação, a densidade
menos que a do ar.

A esta preocupação com uma linguagem precisa e econômica, que se atenha ao essencial, a poesia de João Cabral soma uma outra grande preocupação com o corte do poema, que volta a ser construído com formas rígidas e regulares. Este cuidado formal que se manifesta na obra do poeta pernambucano já se patenteia em alguns títulos de suas obras: O Engenheiro, Psicologia da Composição. A menção a “engenheiro” e “composição” reflete o ato poético de João Cabral, que está muito mais próximo da matemática e geometria do que da oratória e da retórica.

(Lajolo & Clara)

Dadas as proposições a seguir sobre o texto,

I. A respeito da tipologia textual, o excerto anterior pode ser caracterizado como predominantemente expositivo, pois nele o objetivo fundamental é a explicação do estilo poético de João Cabral.

II. Como parte de um texto predominantemente expositivo, a citação da poesia de João Cabral ilustra informações constantes no primeiro parágrafo, podendo ser desconsiderada para efeito de um resumo do texto de Lajolo e Clara.

III. Infere-se da leitura do texto que a prevalência de substantivos sobre adjetivos em um texto a este confere objetividade e racionalidade.

IV. O emprego do pronome demonstrativo no último parágrafo do texto mostra-se incorreto para referir-se às características da poesia de João Cabral apontadas no primeiro parágrafo.

verifica-se que

Alternativas
Comentários
  •  

    TEXTO EXPOSITIVO- apresenta informações sobre um objeto ou fato específico, sua descrição e a enumeração de suas características. Esse

    deve permitir que o leitor identifique, claramente, o tema central do texto.
    Um fato importante é a apresentação de bastante informação; caso se trate de algo novo esse se faz imprescindível.
    Quando se trata de temas polêmicos, a apresentação de argumentos se faz necessária para que o autor informe aos leitores sobre as possibilidades de análise do assunto.
    O TEXTO EXPOSITIVO DEVE SER ABRANGENTE, LOGO DESCARTE Lajolo  &  Clara.


ID
1099099
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
ALGÁS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O homem, por sua própria natureza, hesita entre a segurança e a aventura, a tranquilidade e a emoção. Por isso, ao mesmo tempo em que aceita a rotina do cotidiano, é induzido a violá-la; preserva seu casamento tedioso e busca no cinema ou na novela de televisão a paixão fictícia que não pode viver. Isso tanto vale para o expectador e leitor como para o autor: de algum modo, através dos personagens que cria, das melodias que concebe, o artista vive uma outra vida, experimenta outras emoções, em suma, escapa à pobreza e aos limites de sua vida banal (Ferreira Gullar).

Em que opção se encontra uma premissa verdadeira que sustenta o ponto de vista de Ferreira Gullar?

Alternativas
Comentários
  • a) O homem traça a trajetória de sua existência em pleno estado de contentamento.
    não contentamento e sim descontentamento, por isso a fuga nos filmes e novelas
    b) Por não transcender, o homem procura transgredir as normas de seu cotidiano banal.
    Transcender -evoluir, ele não evolui, ele apenas visualiza essa dualidade ou paridade,mas não rompe a barreira entre elas, em suma não transcende . O texto não diz que ele transgredi as regras e sim que busca refugiu do cotidiano banal.
    c) Apenas quando se reconhece, o homem consegue recriar a sua existência a partir de eventos ilusórios e efêmeros.
    O texto não fala isso
    d) Vivendo em constante tensão, o homem transcende de sua natureza e estabelece uma rota de vida associada aos impulsos cotidianos.
    não diz que o homem está em tensão
    e) Em função de sua natureza, o homem traça a existência a partir de um paralelismo: ao passo que aceita as convenções, subverte-as.
    Sim, sua natureza, é ela que faz o homem ter este paralelismo.

  • ''... preserva seu casamento tedioso e busca no cinema ou na novela de televisão a paixão fictícia que não pode viver." Busca no cinema ou na novela de televisão? Ah tá? Brincaderias a parte... 


ID
1100482
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
CRM-MS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o seguinte fragmento retirado do capítulo 22 - Na terra dos lápis -, do livro Marley e eu, para responder à seguinte questão.

Esperávamos que nosso primeiro Natal na Pensilvânia fosse branco. Jenny e eu tivemos de usar uma série de argumentos para convencer Patrick e Connor de que estariam deixando sua casa e seus amigos na Flórida em troca de algo melhor, e o mais persuasivo de todos fora a promessa de que teriam neve. E não era qualquer tipo de neve, mas uma grande quantidade, fofinha, como em um cartão-postal, que caía do céu em flocos grandes e silenciosos, formando montanhas, com a consistência perfeita para se fazer bonecos de neve. E a neve do Natal, bem, essa era a melhor de todas, o Santo Graal da vida no inverno do norte. (...)

Na manhã de Natal havia um tobogã novinho em folha debaixo da árvore e equipamentos de neve suficientes para uma excursão até a Antártica, mas a vista que tínhamos da janela ainda era de galhos sem folhas, gramados dormentes e campos de milho amarronzados. Acendi a lareira, deixando o ambiente agradavelmente aquecido, e disse às crianças que fossem pacientes. A neve viria quando tivesse de vir.

Chegou o Ano-Novo, e ela ainda não tinha caído. (...)

Três semanas depois do início do ano, a neve finalmente veio me salvar do meu purgatório de culpa. Chegou à noite, depois que todos haviam ido dormir, e Patrick foi o primeiro a soar o alarme, correndo para nosso quarto ao amanhecer e abrindo totalmente as cortinas.

- Olhem! Olhem! - exclamou ele. - Ela veio!

Jenny e eu nos sentamos na cama para admirar nossa absolvição. Uma cobertura branca se espalhava
pelas colinas, pelos campos de milho, pelos pinheiros e pelos telhados, estendendo-se até o horizonte.

- É claro que veio - respondi, sem querer dar muita importância. - O que eu disse a vocês?

A neve tinha quase um metro de altura e continuava caindo. Connor e Colleen não demoraram a
aparecer, o dedão enfiado na boca, arrastando seus cobertores pelo corredor. Marley acordou e se espreguiçou, batendo o rabo em tudo, sentindo a excitação. Eu me virei para Jenny e disse:

- Acho que pensar em voltar a dormir, nem pensar.

E quando Jenny assentiu com a cabeça, me virei para as crianças e gritei:

- Está certo, coelhinhos da neve, vamos nos vestir.

Pela meia hora seguinte, colocamos roupas, fechamos zíperes, calçamos botas, enfiamos gorros
e luvas. Quando terminamos, as crianças pareciam múmias, e nossa cozinha, uma réplica dos bastidores das Olimpíadas de Inverno. E concorrendo na prova Bobo no Gelo Morro Abaixo, na categoria de Cães de Grande Porte, estava... Marley, o Cão. Eu abri a porta da frente e, antes que qualquer um saísse, Marley passou zunindo por nós, derrubando a encapotada Colleen. Quando suas patas tocaram aquela coisa branca e toda estranha - “Ih, molhado! Ih, frio!” -, ele mudou de ideia e tentou subitamente mudar de direção. Quem já dirigiu um carro na neve sabe que frear repentinamente e fazer uma conversão em “U” nunca é uma boa ideia.

Marley derrapou, girando de trás para a frente. Ele caiu ligeiramente de um lado, antes de se
levantar novamente a tempo de dar uma cambalhota nos degraus da varanda da frente e bater de cabeça na neve. Quando se equilibrou um minuto depois, parecia um biscoito gigante polvilhado de açúcar. Com exceção do nariz preto e dos olhos castanhos, ele estava totalmente coberto de branco. O Abominável Cachorro das Neves. Marley não sabia o que fazer com aquela substância estranha. Enfiou o nariz e soltou um espirro violento. Enfiou a cabeça e esfregou a cara. Então, como por um encanto, como se tivesse recebido uma dose gigante de adrenalina, ele disparou pelo quintal executando uma série de saltos mortais entremeados de cambalhotas ou mergulhos de cabeça. A neve era quase tão divertida quanto bagunçar o lixo do vizinho.

Acompanhando-se o rastro de Marley pela neve conseguia-se começar a entender como
funcionava sua mente tortuosa. Seu rastro tinha inúmeras viradas, voltas e desvios repentinos, com giros erráticos em forma de oito, fazendo espirais e saltos triplos, como se estivesse seguindo algum algoritmo bizarro que só ele conseguiria entender. Logo as crianças começaram a imitá-lo, girando, rolando e brincando, amontoando neve em todas as dobras e fendas de suas roupas. Jenny nos trouxe torradas amanteigadas, canecas de chocolate quente e um aviso: a escola tinha cancelado as aulas. Eu sabia que tão cedo não conseguiria tirar da garagem meu Nissan com tração nas duas rodas, sem mencionar as subidas e descidas das estradas cobertas de neve nas montanhas, e declarei oficialmente um dia de neve pra mim também.

GROGAN, John. Tradução: Thereza C. R. da Motta e Elvira Serapicos. Marley e eu: A vida e o amor ao
lado do pior cão do mundo. Ediouro. 2006.pp274-278.

No que se refere à tipologia textual, Marley e eu encaixa-se em uma narrativa. Pode-se comprovar essa afirmação ao se observar o predomínio de certas características no texto, dentre elas:

Alternativas
Comentários
  • Letra b) Todas as características de uma narração.

  • O aluno nem precisaria ler o texto p/ responder a questão, pois o enunciado já afirma que o texto em questão é uma narração.

    Portanto bastava saber as características básicas de um texto narrativo:

    Narrador, Personagens, Tempo, Espaço ou Cenário....etc

  • Na minha opinião, acho que devemos sempre ler os textos, pois o português se aprende lendo. É lendo que você realmente vai se familiarizando com a ortografia e a forma de melhor compreende-los, sem contar que há textos e artigos bastante interessantes.

  • Quando o autor mencionou o "natal branco" eu entendi que havia aí uma figura de linguagem, uma vez que o branco se referia a neve. 

  • Questão dada?Sim! Ok! Mas, NÃO subestimemos português em uma prova NUNCA, nunquinha da Silva,seja ela qual for rs. 

    Vamos por parte:

    Primeiro:O enunciado dá de bandeja: "à tipologia textual, Marley e eu encaixa-se em uma narrativa". Assim sendo , vamos procurar é óbvio  as caracteristicas predominante de um texto narrativo.

    Segundo:  Matamos 3 coelhos em uma cajadada só, pois olhando as características (natureza expositiva e persuasiva;progressão lógica e objetiva das ideias​; defesa de um argumento) dadas nas alternativas das letras A, C e D, respectivamente, percebe-se que tais características são predominatemente de texto dissertativo. E em complemento ainda na letra D (indicam conselho, orientação)​, são caracteristicas de texto injuntivo. De modo que, só resta uma alternativa. Logo,

     

    GABA: LETRA B

     

    Lembra desse BISU: Os elementos  do texto narrativo é o PENTE

     

    Personagem

    Espaço

    Narrador

    Tempo

    Enredo

     

    Comentar para fixar. Vamoooo Companheiros!


ID
1106596
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
ALGÁS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A primeira característica a ser ressaltada na poesia de João Cabral é sua linguagem poética: bastante concisa e econômica, é completamente isenta de sentimentalismos. Os substantivos prevalecem sobre os adjetivos, surgindo assim poemas despidos de qualquer acessório sentimental, com predominância, portanto, da objetividade. É o que se vê no seguinte texto, no qual o poeta fala de poesia: 

Lição de poesia 

A luta branca sobre o papel 
que o poeta evita. 
Luta branca onde corre o sangue 
de suas veias de água salgada. 
A física do susto percebida 
entre os gestos diários; 
susto das coisas jamais pousadas 
porém imóveis — natureza. 
E as vinte palavras recolhidas 
nas águas salgadas do poeta 
de que se servirá o poeta 
em sua máquina útil. 
Vinte palavras sempre as mesmas, 
de que conhece o funcionamento, 
a evaporação, a densidade 
menos que a do ar. 


          A esta preocupação com uma linguagem precisa e econômica, que se atenha ao essencial, a poesia de João Cabral soma uma outra grande preocupação com o corte do poema, que volta a ser construído com formas rígidas e regulares. Este cuidado formal que se manifesta na obra do poeta pernambucano já se patenteia em alguns títulos de suas obras: O Engenheiro, Psicologia da Composição. A menção a “engenheiro" e “composição" reflete o ato poético de João Cabral, que está muito mais próximo da matemática e geometria do que da oratória e da retórica 

                                                                                                                                        (Lajolo & Clara)  


Dadas as proposições a seguir sobre o texto,

I. A respeito da tipologia textual, o excerto anterior pode ser caracterizado como predominantemente expositivo, pois nele o objetivo fundamental é a explicação do estilo poético de João Cabral.

II. Como parte de um texto predominantemente expositivo, a citação da poesia de João Cabral ilustra informações constantes no primeiro parágrafo, podendo ser desconsiderada para efeito de um resumo do texto de Lajolo e Clara.

III. Infere-se da leitura do texto que a prevalência de substantivos sobre adjetivos em um texto a este confere objetividade e racionalidade.

IV. O emprego do pronome demonstrativo no último parágrafo do texto mostra-se incorreto para referir-se às características da poesia de João Cabral apontadas no primeiro parágrafo.

verifica-se que

Alternativas
Comentários
  • Todas são verdadeiras, inclusive a última proposição, pois onde se lê "A esta preocupação..." deveria ser "A essa preocupação..." tendo em vista que se refere a algo que antecede o parágrafo.

  • O ITEM  III  EU DISCORDO.

     

     


ID
1110265
Banca
IPAD
Órgão
IPEM-PE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com base no trecho do artigo de Gustavo Loschpe, publicado na Revista Veja, edição 2352, de 18 de dezembro de 2013, abaixo, responda à questão:


“O melhor candidato para formar o brasileiro é o sistema educacional. Porque é nele que crianças e jovens passam boa parte de seu tempo, é nele que são socializados, é nele que aprendem sobre atos virtuosos de grandes homens e mulheres (e também sobre os nefastos) e nele estão em ambiente hierárquico e regrado, onde há figuras de autoridade capazes de punir desvios de conduta.
Se um marciano chegasse ao nosso país e acompanhasse nossas discussões educacionais, acreditaria que somos o país cujo sistema educacional oferece a melhor formação ética da galáxia. O assunto é infinitamente discutido e priorizado, a ponto de uma pesquisa da Unesco, que traça o perfil do professorado brasileiro, mostrar que para 72% de nossos mestres a finalidade mais importante da educação deveria ser “formar cidadãos conscientes” – só 9%, por contraste, falam em “proporcionar conhecimentos básicos”. Sabemos que esta missão não está sendo cumprida. Principalmente porque um sistema educacional não tem esse poder – a pregação de um professor não vai reverter os efeitos de uma sociedade permissiva e de um Judiciário ineficaz. Mas também porque a prática de nossas escolas é o oposto de sua pregação.
A escola brasileira é antiética. Em geral, há desprezo pelos alunos e seus esforços. Os professores faltam ao trabalho uma enormidade. Fazem greve de meses, com motivações muitas vezes políticas, prejudicando gravemente o andamento dos estudos. Mesmo quando há aula, o tempo é desperdiçado. Uma pesquisa do ano passado do Banco Mundial mostrou só 64% do tempo previsto de aula é gasto com tarefas de ensino – um terço dele é perdido em outras atividades ou sem atividade alguma.
Mesmo no tempo de aula, o despreparo docente é aparente. As aulas são chatérrimas; boa parte do tempo é devotada a copiar matéria do quadro negro – o que pode ser um ótimo exercício de caligrafia e uma maneira de um professor despreparado preencher os cinquenta minutos de aula, mas não tem nada a ver com educação.
Finalmente, quando todo esse processo é avaliado, as fraudes são constantes: não me recordo de uma única prova em toda minha vida de estudante em que não houvesse cola.”

Qual o gênero textual utilizado por Gustavo Loschpe?

Alternativas
Comentários
  • b) Artigo de opinião 

  • O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto. Tal qual a dissertação, ele também se compõe de um título, um parágrafo introdutório o qual se caracteriza como sendo a introdução, ao explanar de forma geral sobre o assunto do qual discutirá.
    Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.

  • A resposta está logo no início do texto, "Com base no trecho do artigo de..." 


ID
1122733
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os elementos estruturais do texto são apresentados agrupados abaixo. Qual dos grupos representa integralmente esses elementos?

Alternativas
Comentários
  • Muito bom esse vídeo sobre Tipologia Textual ! Parabéns Professora.

  • que vídeo parceiro? qual o caminho?


  • Vamos lá. .


    ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO TEXTOOs elementos estruturais do texto são: o saber partilhado, a informação nova, as provas, a conclusão.


    Por saber partilhado entende-se a informação antiga, do conhecimento da comunidade. De modo geral, o saber partilhado aparece na introdução, um local privilegiando para a negociação com o leitor.


    O emissor negocia com o leitor, coloca-se num nível de entendimento, estabelece um acordo, para em seguida, expor informações novas.


    A informação nova serve para desenvolver o texto, expandi-lo. O autor considera como não sendo do conhecimento de todos e, portanto, capaz de estimular o leitor a continuar na leitura. A existência de um texto implica ter algo de novo para dizer.


    O saber partilhado mais a informação nova não são suficientes para a realização de um texto. É preciso acrescentar provas, fundamentos das afirmações expostas.


    O autor do texto cita como prova de suas afirmações o livro. Se o leitor duvidar de suas asserções, poderá recorrer ao livro e chegar às mesmas conclusões que ele.


    Ao saber partilhado, à informação nova, às provas o autor junta seus objetivos, pois todo texto visa chegar a algum lugar.

    Fonte..site infoescola

  • Cadê  o texto???

     

  • Só eu que não conseguir achar o texto? 

  • Cadê o texto?

  • A questão requer conhecimento acerca de tipologia textual (narrativo, descritivo, dissertativo, injuntivo, preditivo e dialogal) e elementos da textualidade.

    Os elementos da textualidade são:

    ·         coesão (conexão entre as partes do texto, responsável também pela articulação das ideias);

    ·         coerência (relação harmoniosa entre pensamentos ou ideias apresentados no texto sobre determinado assunto ou tema);

    ·         informatividade (relaciona-se à quantidade de informações novas para o locutário/receptor e à quantidade de informações que ele já possui);


    ·         intencionalidade (intenção do locutor/emissor da mensagem de passar algo); Obs.: todo texto tem a intenção de passar algo.

    ·         intertextualidade (é a relação entre dois textos em que um cita o outro como referência, atualizando o texto citado);

    ·         inferência (capacidade de ler o que está implícito; ler nas entrelinhas);

    ·         aceitabilidade (dizer aquilo que o outro reconhece);

    ·         conhecimento de mundo (conhecimento sobre a realidade do mundo);

    ·         conhecimento partilhado (aquilo que locutor/emissor e locutário/receptor conhecem por iguais);

    ·         situacionalidade (entendimento gerado dependente do contexto/situação).
     

    ALTERNATIVA (A) CORRETA – Todos esses elementos integram para que um texto possa funcionar.


    O saber partilhado é o conhecimento dividido entre emissor e receptor, o que os dois sabem por iguais).

    A informação nova estabelece progressão textual.

    As provas funcionam como estratégia argumentativa.

    Um texto sem conclusão não tem logicidade.

    O tema e a referência fazem com que o texto seja desenvolvido. O tema é o recorte do assunto em geral; referência, relação intertextual.


    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – O erro está em “conclusão parcial", o texto tem de ser concluído integralmente.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – O erro está em “saber consentido", o correto é “saber partilhado".


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – O erro está em “saber consentido" e “provas parciais", as provas devem ser integrais e concretas.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (A).
  • Que viagem é essa, vey!

  • A questão requer conhecimento acerca de tipologia textual (narrativo, descritivo, dissertativo, injuntivo, preditivo e dialogal) e elementos da textualidade.

    Os elementos da

    textualidade são:

    ·        

    coesão (conexão entre as partes

    do texto, responsável também pela articulação das ideias);

    ·        

    coerência (relação harmoniosa

    entre pensamentos ou ideias apresentados no texto sobre determinado assunto ou

    tema);

    ·        

    informatividade (relaciona-se à

    quantidade de informações novas para o locutário/receptor e à quantidade de

    informações que ele já possui);

    ·        

    intencionalidade (intenção do locutor/emissor

    da mensagem de passar algo); Obs.: todo texto tem a intenção de passar

    algo.

    ·        

    intertextualidade (é a relação entre dois textos em

    que um cita o outro como referência, atualizando o texto citado);

    ·        

    inferência (capacidade de ler o que

    está implícito; ler nas entrelinhas);

    ·        

    aceitabilidade

    (dizer

    aquilo que o outro reconhece);

    ·        

    conhecimento

    de mundo (conhecimento sobre a realidade do mundo);

    ·        

    conhecimento

    partilhado (aquilo que locutor/emissor e locutário/receptor conhecem por iguais);

    ·        

    situacionalidade (entendimento gerado

    dependente do contexto/situação).

     

    ALTERNATIVA (A) CORRETA – Todos esses elementos

    integram para que um texto possa funcionar.

    saber partilhado

    é o conhecimento dividido entre emissor e receptor, o que os dois sabem por

    iguais).

    informação nova

    estabelece progressão textual.

    As provas

    funcionam como estratégia argumentativa.

    Um texto sem conclusão

    não tem logicidade.

    tema e a referência

    fazem com que o texto seja desenvolvido. O tema é o recorte do assunto em geral;

    referência, relação intertextual.

    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – O erro está em “conclusão

    parcial", o texto tem de ser concluído integralmente.

    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – O erro está em “saber

    consentido", o correto é “saber partilhado".

    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – O erro está em “saber

    consentido" e “provas parciais", as provas devem ser integrais e concretas.

    GABARITO DA PROFESSORA:

    ALTERNATIVA (A).

  • nunca nem vi sei nem pronde que vai que que eu to fazendo meu deus

  • são questão de conhecimento específico de algo que vc já estudou na língua portuguesa sobre estrutura de um texto,

    ou seja não vai ter texto pra vc ler e nem vídeo na questão e pra testar seu conhecimento.


ID
1122736
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Durante a elaboração de um texto de redação comercial, todas as qualidades abaixo devem ser consideradas, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A questão requer conhecimento acerca de tipologia textual e gêneros textuais.


    Para responder a esta questão, é preciso saber que a redação comercial é um gênero textual o qual se caracteriza pela sua linguagem estritamente formal, isto é, deve-se obedecer à norma-padrão da língua portuguesa, deve ser objetiva, pois é um texto que não pode ser passível de outras interpretações por parte do locutário (= receptor) e deve ser impessoal, isso quer dizer que não pode haver marcas subjetivas nesse tipo de texto, não pode ter opinião pessoal. Essas são algumas das características da redação comercial por se tratar de uma comunicação estabelecida entre o ambiente de trabalho. Há outras características que veremos nas alternativas a seguir.



    ALTERNATIVA (A) – Uma redação comercial deve ter exatidão na sua comunicação, pois deve ser escrita com muito esmero e conter somente as informações necessárias.


    ALTERNATIVA (B) – Uma redação comercial deve ser concisa, as informações devem ser passadas de forma objetiva, mas sendo em um texto curto, somente o necessário.


    ALTERNATIVA (C) – A temporalidade é característica de texto narrativo devido ao seu enredo se desenrolar numa linha do tempo. Textos formais não se centram numa linha temporal.


    Diante disso, marcaremos a alternativa (C) porque não corresponde à qualidade da redação comercial.


    ALTERNATIVA (D) – Todo texto deve responder pela coerência de ideias, senão não há como haver aceitabilidade por parte de quem o lê. Um texto deve ser harmônico, lógico, capaz de gerar entendimento e não estranhamento.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (C).
  • A temporalidade é comumente usada nas narrativas, para demonstrar sequência de fatos, o que não é característica das cartas comerciais.


ID
1122811
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São consideradas regras para a redação de resumos, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe explicar essas regras?

  • Então ... Finalmente, como redigir o resumo?


     


    Segundo a NBR 6028 da ABNT, deve-se evitar o uso de parágrafos no meio do resumo. Portanto, o resumo é constituído de um só parágrafo, com no máximo 500 palavras. (Esse é o resumo que se faz nas monografias de graduação, dissertações e teses).


    Para formular um resumo com a finalidade de aprendizado, alguns lembretes são necessários: sublinhar depois da primeira leitura feita, porquanto ter-se-á a noção do que trata o texto; sempre reconstruir o parágrafo a partir das palavras sublinhadas, num movimento integrador de idéias; evitar as locuções: “o autor descreve [...]” ou “neste artigo, o autor expõe que [...]”


    Como se pode perceber, há algumas regras para a confecção do resumo, quais sejam: supressão, generalização, seleção e construção. Estas regrinhas, na verdade são etapas do próprio resumo.


    Na supressão eliminam-se as palavras secundárias do texto (assim como: exemplos, reforços, esclarecimentos, advérbios, adjetivos, preposições, conjunções) desde que não se prejudique a compreensão.


    A generalização permite a substituição de elementos específicos por outros genéricos (exemplos: 1. no lugar de maçã, limão, pêra e laranja, usar a palavra frutas; 2. no lugar de regiões norte, sul, leste e oeste, do Brasil, utilizarregiões do Brasil


    A seleção elimina as informações secundárias com a valorização das primárias.


    A construção é a fase na qual o autor cria uma nova frase, respeitando o conteúdo daquela que lhe inspirou (paráfrase).


    Na formulação do resumo, o problema deve ser enunciado e as principais descobertas e conclusões devem ser mencionadas, na ordem em que aparecem no trabalho. O tratamento dado ao tema pode ser traduzido mediante uso de palavras como preliminar, minucioso, experimental, teórico. O resumo será redigido na terceira pessoa do singular (de preferência), em períodos curtos e com palavras acessíveis a qualquer leitor potencialmente interessado. 

    Fonte:blog prof Sílvia mota


    .

  • Esta questão requer conhecimento acerca dos tipos e gêneros textuais.


    Para responder corretamente a esta questão, é preciso, primeiramente, saber o que vem a ser este gênero textual: resumo.


    Resumo é a apresentação de forma sintética das informações mais importantes de algum texto, nele o autor faz um “apanhado" do que vai ser o seu trabalho. O resumo se caracteriza por ser um texto curto e objetivo e, geralmente, é escrito para textos acadêmicos e científicos.

    Vejamos a seguir outras características inerentes a esse gênero textual.


    ALTERNATIVA (A) Seleção é uma regra para se escrever um bom resumo, visto que é preciso selecionar as palavras mais relevantes a fim de anunciar o objeto do trabalho do autor. Por ser um texto curto, a seleção das palavras-chave se faz necessária.


    ALTERNATIVA (B) Construção também é uma regra para se escrever o resumo, visto que tal texto precisa ser construído de acordo com as normas técnicas.


    ALTERNATIVA (C) Generalização também é uma regra, tendo em vista que resume as informações mais essenciais de um texto o qual deve ser formal, impessoal, geralmente de cunho acadêmico ou científico. A generalização se dá porque é escrito para um público genérico e não específico.


    ALTERNATIVA (D) Emparelhamento é característica de um texto poético. Emparelhamento é um tipo de rima em que os versos rimam dois a dois: AA, BB, CC. Exemplo:


    “Não tinha casa pintura,           A


    O chão não tinha cultura:         A

    Paredes nuas, ladrilho,               B

    Tudo singelo, sem brilho..."      B

    (Gonçalves Dias)


    Veja que os versos acima rimam de dois a dois, por isso são chamadas de emparelhadas.


    Diante disso, marcaremos a alternativa (D) por não ser uma regra do gênero textual resumo e sim do gênero poético.



    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (D).

ID
1125868
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Manual de Policiamento Comunitário
Apresentação: Nancy Cardia

O policiamento comunitário, hoje em dia, encontra-se amplamente disseminado nos países economicamente mais desenvolvidos. Sem dúvida isso é uma conquista desses países, pois essa é a forma de policiamento que mais se aproxima das aspirações da população: ter uma polícia que trabalhe próxima da comunidade e na qual ela possa crer e confiar.

Acreditar e confiar na polícia são considerados elementos essenciais para que a polícia possa ter legitimidade para aplicar as leis, isto é, para a polícia ser percebida pela população como tendo um direito legítimo de restringir comportamentos, retirar a liberdade de cidadãos e, em casos extremos, até mesmo a vida.

Ter legitimidade para aplicar as leis significa poder contar com o apoio e a colaboração da população para exercer seu papel. Isso difere da falta de reação da população às ações da polícia, quer por apatia ou por medo, ou ainda, da reação daqueles que delínquem. Em qualquer um desses casos a reação da população já sugere que há um déficit de confiança na polícia.

Nos países economicamente mais desenvolvidos, a adoção do policiamento comunitário decorreu da constatação de que os modelos de policiamento em vigência não eram mais eficazes diante dos novos padrões de violência urbana que emergiram no fim dos anos 1960 e meados dos anos 1970. Ao longo desse período, cresceram, em muitos desses países, tanto diferentes formas de violência criminal como também manifestações coletivas (pacíficas ou não) por melhor acesso a direitos. O desempenho das polícias em coibir a violência criminal ou ao conter (ou reprimir) as manifestações coletivas adquiriu grande visibilidade e saliência, resultando em muitas críticas. Em decorrência disso, houve, em vários países, forte deterioração da imagem das forças policiais junto à população.

Uma pior imagem tem impacto na credibilidade da população na polícia. A falta ou baixa credibilidade afeta o desempenho da polícia no esclarecimento de delitos e, até mesmo, no registro de ocorrências. De maneira geral, quando não há confiança, a população hesita em relatar à polícia que foi vítima de violência ou, até mesmo, de fornecer informações que poderiam auxiliar a polícia a esclarecer muitos delitos.

O policiamento comunitário foi adotado nesses países como uma forma de melhorar o relacionamento entre a polícia e a sociedade. Para isso, procurou reconstruir a credibilidade e a confiança do público na polícia e, desse modo, melhorar o desempenho dela na contenção da violência urbana.

A adoção desse tipo de policiamento não só exige empenho das autoridades e da comunidade, mas, sobretudo, mudança na cultura policial: requer retreinamento dos envolvidos, alteração na estrutura de poder de tomada de decisão com maior autonomia para os policiais que estão nas ruas; alteração nas rotinas de administração de recursos humanos, com a fixação de policiais a territórios; mudanças nas práticas de controle interno e externo e de desempenho, entre outros. Essas mudanças, por sua vez, exigem também que a decisão de implementar o policiamento comunitário seja uma política de governo, entendendo-se que tal decisão irá atravessar diferentes administrações: o policiamento comunitário leva anos para ser totalmente integrado pelas forças policiais.

No Brasil, ocorreram, ao longo dos últimos 18 anos, várias tentativas de implementar o policiamento comunitário. Quase todas as experiências foram, nos diferentes Estados, lideradas pela Polícia Militar: a) em 1991, a Polícia Militar de São Paulo promoveu um Seminário Internacional sobre o Policiamento Comunitário, abordando os obstáculos para esse tipo de policiamento; b) em 1997, ainda em São Paulo, projetos piloto foram implantados em algumas áreas da capital; c) nessa mesma época, no Espírito Santo e em algumas cidades do interior do Estado, também houve experimentos com policiamento comunitário; o mesmo se deu na cidade do Rio de Janeiro, nos morros do Pavão e Pavãozinho, com a experiência do GEPAE.

Apesar de não ter havido uma avaliação dessas experiências, os relatos dos envolvidos, tanto de policiais como da população, revelam satisfação com o processo e com os resultados e insatisfação com o término das mesmas.

Ao longo desses últimos anos, a violência urbana continuou a crescer e passou a atingir cidades que antes pareciam menos vulneráveis - aquelas de médio e pequeno porte. Nesse período, a população continuou a cobrar das autoridades uma melhora na eficiência das polícias. Essa melhora não depende só das autoridades, depende também da crença que a população tem na polícia: crença que as pessoas podem ajudar a polícia com informações e que essas serão usadas para identificar e punir responsáveis por delitos e não para colocar em risco a vida daqueles que tentaram ajudar a polícia a cumprir seu papel.

Sem a colaboração do público, a polícia não pode melhorar seu desempenho e essa colaboração exige confiança. A experiência tem demonstrado que o policiamento comunitário é um caminho seguro para se reconstruir a confiança e credibilidade do público na polícia. [...]

Fonte: Manual de Policiamento Comunitário: Polícia e Comunidade na Construção da Segurança [recurso eletrônico] / Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP), 2009. p. 10.

O tipo textual predominante é DISSERTATIVO. Marque a alternativa que NÃO justifica essa afirmativa.

Alternativas
Comentários
  • Questão A está ERRADA , pois, Progressão de fatos e sequencia narrativa são características predominantes na Narração.


    O texto Dissertativo tem tese e baseia-se em opiniões.

    A dissertação pode ser de 2 tipos:
    Dissertação argumentativa: é baseada na realidade. 

    Dissertação subjetiva: é respaldada na adjetivação (opinião). Possui menos credibilidade.

  • Gabarito: alternativa a)

    Texto descritivo: Neste tipo de text o objetivo é detalhar uma pessoa, um objeto, uma paisagem, enfim, um algo ou alguém, usando apenas recursos da palavra escrita.Tal qual uma fotografia, o objeto da descrição é concebido estático, fixo no tempo.

    Texto narrativo: Caracteriza-se por capturar fatos situados em determinado tempo e lugar; implica uma história com ação, personagens, espaço tempo, modo como ocorreu e consequências que provocaram. Os fatos podem ser reais ou imaginários.

    Texto dissertativo: Apresenta um assunto de maneira direta e objetiva, visando a transmissão de conhecimentos acerca do tema abordado. Podem ser expositivos ou argumentativos.

    Expositivo: Apresenta um tema central, sobre o qual se explana sem envolvimento do produtor, sem, contudo, tentar argumentar contra ou a favor destes dados.

    Argumentativo: Tem o objetivo de expor, explicar ou interpretar determinada ideia utilizando argumento que o comprovem ou justifiquem.

  • Pergunta! ''O tipo textual predominante é DISSERTATIVO. Marque a alternativa que NÃO justifica essa afirmativa.''

    Observo que á própria  Questão afirma  que o texto e '' Predominante dissertativo'' ou seja; Não há possibilidade que as progressão de fatos seja em senquêcias Narrativas..  ou Seja; Assertiva letra (A).. 

  • a-

    uma "sequencia narrativa" nao caracteriza um texto dissertativo, porque é possivel dissertar sem contar uma estória.

  • PC-PR 2021


ID
1137679
Banca
FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE
Órgão
EMAP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nenhum cidadão responsável pode deixar de estar preocupado com os estragos que sofre o meio ambiente. Por isso, seja no governo, seja fora dele, muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres. Os governantes passam leis com fé ingênua nos seus efeitos. Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa do meio ambiente. Economistas só pensam em prêmios e punições financeiras. Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura. O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica, está longe da lei que impediria suas aventuras com a motosserra. E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las. O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar. Não há altruísmo que convença os prefeitos a não jogar esgotos in natura nos rios, pois o tratamento é caro, não dá votos e os malefícios só prejudicam o município rio abaixo. Não funcionam as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção. [...]

            Claudio de Moura Castro
            Revista Veja - set., 2012 - Com adaptações.


Considerando as marcas predominantes quanto aos aspectos de construção da tipologia textual, o texto caracteriza-se como

Alternativas
Comentários
  • Dissertativo Opinativo ou Argumentativo:

     

    Também chamado de argumentativo. Esse texto difere do dissertativo expositivo, pois, além de expor o que se sabe sobre um assunto – e, muitas vezes, também informar – o texto dissertativo argumentativo tem por finalidade principal persuadir(convencer) o leitor sobre determinado assunto, modificar o comportamento.

  • Letra B

     

  • TIPOS TEXTUAIS: Narrativo.

    GÊNEROS TEXTUAIS
    Conto maravilhoso;
    Conto de fadas;
    Fábula;
    Lenda;
    Narrativa de ficção
    científica;
    Romance;
    Conto;
    Piada
    e outros.

    TIPOS TEXTUAIS: Relato

    GÊNEROS TEXTUAIS

    Relato de viagem;
    Diário;

    Autobiografia;
    Curriculum vitae;
    Notícia;
    Biografia;
    Relato histórico
    e outros.

    TIPOS TEXTUAIS: Argumentativo

    GÊNEROS TEXTUAIS

    Texto de opinião;
    Carta de leitor;
    Carta de solicitação;
    Editorial;
    Ensaio;
    Resenhas críticas
    e outros.

    TIPOS TEXTUAIS: Expositivo

    GÊNEROS TEXTUAIS

    Texto expositivo;
    Seminário;
    Conferência;
    Palestra;
    Entrevista de especialista;
    Texto explicativo;
    Relatório científico
    e outros.

    TIPOS TEXTUAIS: Instrucional

    GÊNEROS TEXTUAIS

    Receita;
    Instruções de uso;
    Regulamento;
    Textos prescritivos
    e outros.

    As características dominantes de cada gênero os colocam em um grupo de
    textos (tipo) e não em outro. Por exemplo:
    - TIPO narrativo: todos os textos que estão neste grupo possuem os
    chamados elementos essenciais da narrativa: tempo, lugar, personagens, fato
    (enredo) e narrador em sua estrutura.
    - TIPO relato: também possuem os elementos da narrativa, mas relatam
    algo real, não fictício.
    - TIPO argumentativo: os textos deste grupo se dedicam a convencer o
    interlocutor. Possuem, portanto, TESE (opinião) e ARGUMENTOS.
    - TIPO expositivo: os textos aqui têm por objetivo falar sobre um
    determinado assunto, explicar, expor sobre algo.
    - TIPO instrutivo: os textos deste tipo dedicam-se a levar o interlocutor
    a desenvolver uma dada atividade sozinho. São passadas instruções para que
    isso ocorra.

    Fonte: Profª Rafaela Freitas / Estratégia

  • Tipologia Textual:


    Só pela referência do texto da para saber que é um texto Editorial, na qual o Autor defende seu ponto de visto, tornando para tanto um texto ARGUMENTATIVO.

  • Letra B.

    Argumentativo.

  • O certo seria que a questão colocasse a seguinte opção como correta: Dissertativo argumentativo

  • Texto argumentativo é aquele que tem como principais características defender uma ideia, hipótese, teoria ou opinião e o objetivo de convencer o leitor para que acredite nela. Tem uma estrutura bem definida: apresenta sua tese e depois utiliza justificativas e alegações com o propósito de persuadir a sua audiência.

    Bons estudos!


ID
1141069
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

                              O Brasil como problema

     Ao longo dos séculos, vimos atribuindo o atraso do Brasil e a penúria dos brasileiros a falsas causas naturais e históricas, umas e outras imutáveis. Entre elas, fala-se dos inconvenientes do clima tropical, ignorando-se suas evidentes vantagens. Acusa-se, também, a mestiçagem, desconhecendo que somos um povo feito do caldeamento de índios com negros e brancos, e que nos mestiços constituíamos e cerne melhor de nosso povo.

     Há quem se refira à colonização lusitana, com nostalgia por uma mirífica colonização holandesa. É tolice de gente que, visivelmente, nunca foi ao Suriname. Existe até quem queira atribuir o nosso atraso a uma suposta juvenilidade do povo brasileiro, que ainda estaria na minoridade. Esses idiotas ignoram que somos cento e tantos anos mais velhos que os Estados Unidos. Dizem, também, que nosso território é pobre - uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada - outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edificamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram.

     Trata-se, obviamente, do discurso ideológico de nossas elites. Muita gente boa, porém, em sua inocência, o interioriza e repete. De fato, o único fator causal inegável de nosso atraso é o caráter das classes dominantes brasileiras, que se escondem atrás desse discurso. Não há como negar que a culpa do atraso nos cabe é a nós, os ricos, os brancos, os educados, que impusemos, desde sempre, ao Brasil, a hegemonia de uma elite retrógrada, que só atua em seu próprio benefício.


RIBEIRO, Darci. O Brasil como problema. Brasília: Editora da UnB, 2010. p. 23-24. [Adaptado]


Assinale a alternativa correta de acordo com o texto 2.

Alternativas
Comentários
  • Observa-se a presença de opiniões e argumentos, normalmente com os verbos no Presente do Indicativo.

  • Dissertativo argumentativo ( ou opinativo ). O autor traz uma informação e emite uma opinião a partir do período: "De fato, o único fator causal inegável de nosso atraso é o caráter das classes dominantes brasileiras, que se escondem atrás desse discurso. Não há como negar que a culpa do atraso nos cabe é a nós, os ricos, os brancos, os educados, que impusemos, desde sempre, ao Brasil, a hegemonia de uma elite retrógrada, que só atua em seu próprio benefício".

  • a) CORRETA. Esse texto é considerado como uma dissertação argumentativa, onde o autor expõe seu ponto de vista em relação a situação brasileira (TESE). Além disso, observam-se outras características desta modalidade discursiva, como: tópicos frasais (ponto de vista do autor em cada parágrafo), estratégias argumentativas, progressão temática (introdução, argumentos e conclusão), impessoalidade, modalização (ponto de vista do autor), verbos predominantemente no presente, clareza de pensamento e linguagem culta.


    b) INCORRETA. Não pode ser considerado um texto informativo, uma vez que o autor declara sua opinião sobre o assunto, de forma argumentativa.


    c) INCORRETA. O texto trás uma série de exemplos de motivos que a população costuma inferir sobre a situação brasileira, mas que, segundo o autor, são inverídicos.


    d) INCORRETO. Não deve ser considerado extemporâneo, pois tenta explicar a situação atual do país voltando-se para o discurso difundido sobre as possíveis causas da problemática.


    e) INCORRETO. O autor cita o argumento de algumas pessoas, não sugerindo o que apresenta-se na assertiva.

  • LETRA A - CORRETA.

    CRITICAMENTE -  ''é tolice de gente que, visivelmente, nunca foi ao Suriname.'' 
                                 ''Esses idiotas''
                                 ''obviamente''.

     PONTO DE VISTA - "Não há como negar que BLA BLA BLA..."


ID
1141972
Banca
IF-MA
Órgão
IF-MA
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                            Necessária indignação

                                                                 William dos Anjos

            Seja lá o que motivou você a ler estes escritos, que fique logo combinada uma coisa: ando impaciente com a impaciência das pessoas. Portanto: vá com calma. Percorra mais algumas linhas antes de supor a moral da história. Puxe mais alguns centímetros do fio desta meada. Nada de conclusões ou julgamentos apressados. Afinal, o impaciente aqui sou eu!!

            Tornei-me um tanto intolerante por conta de algo que me parece um bom motivo: estamos quase sempre empenhados em que somente as nossas idéias prevaleçam. Em quase todas as circunstâncias, o que vale mesmo é encontrar culpados para as coisas mais triviais. O importante é fazer de nossas “necessidadezinhas” os reclamos mais urgentes. A todo instante somos dedicados a comparar qualquer coisa que recebemos àquilo que é dado a outrem, só para ver se o outro não está levando alguma vantagem, ainda que seja na bola de sorvete que nos sirvam no parque de diversões.
            Com o pretexto de agirmos com equilíbrio e justiça, pretendemos que tudo tenha a mesma medida, que seja uniformemente considerado, nesta terra de desiguais. E haja “Eu também quero”, “O dele tá maior que o meu”, “Só faço se for do meu jeito”. As gentilezas e os cuidados naturais e espontâneos perdem espaço para o intuito interesseiro, para o intento estúpido e a desfaçatez.
            Nesse andamento personalista do desenvolvimento das nossas precaríssimas vidas, as amizades, os namoros e casamentos, as relações de trabalho, por exemplo, estão se tornando cada vez mais superficiais e tênues. Qualquer discordância, crítica ou comentário tornam-se suficiente e inevitavelmente avassaladores. Motivam atitudes de revide e reciprocidade equivocada e desmedida. Cobramos com juros escandalosos aquilo que nem era preciso pagar na mesma moeda.
            Aliás, como achar a vida divertida e interessante, se há sempre alguém ávido por encontrar resposta satisfatória para a pergunta “E o que é que eu ganho com isso?” Queremos urgentemente ganhar seja lá o que for. Se não para usufruir; para acumular, encher os alforjes e pendurá-los como troféus da opulência à vista de vizinhos e desafetos. O que afinal conseguimos com isso? Apenas enfado, sonolência, modorra, sedentária e obesa expectativa de que os dias se sucedam.
            Eis, pois, a razão para tamanha impaciência. Não dá para continuar assistindo pacientemente ao perecimento da virtude que se afigura na essência do homem. É urgente que se revolvam as suas entranhas para de lá retirar o que ainda haja de mais elementar e embrionariamente humano. É fundamental valorizarmos a capacidade de indignação diante da homogeneização da ignorância. É tempo de voltar ao primeiro amor.



Sobre o texto acima, é correto afirmar:

Alternativas

ID
1142905
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       A GRATIDÃO


     Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo
tempo que possa ser dispensado à sua leitura. Falam-nos de
gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão fará,
ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis
extrair a moral da história.
    Uma brasileira, sobrevivente de um campo de extermínio
nazista, contou que, por duas vezes, esteve numa fila que a
encaminhava para a câmara de gás. E que, nas duas vezes, o
mesmo soldado alemão a retirou da fila.
  Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França.
Quando as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que
não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. 
Contrariando o ditador,  Aristides salvou dez mil judeus de uma
morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude humanitária. 
Salazar destituiu-o do cargo e o fez viver na miséria até o fim da
vida. Diz um provérbio judeu que “quem salva uma vida salva a
humanidade". Em sinal de gratidão, há vinte árvores plantadas
em sua memória no Memorial do Holocausto, em Jerusalém. E
Aristides recebeu dos israelenses o título de “Justo entre as
Nações", o que equivale a uma canonização católica.
      Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a
câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso dentro
dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido
para suas casas. Já estava muito debilitado pela baixa
temperatura, quando a porta se abriu e o vigia o resgatou com
vida. Perguntaram ao vigia-salvador: Por que foi abrir a porta da
câmara, se isso não fazia parte de sua rotina de trabalho? Ele
explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos, vejo centenas de
empregados que entram e saem, todos os dias, e esse é o único
funcionário que me cumprimenta ao chegar e se despede ao sair.
Hoje ele me disse “bom dia" ao chegar. E não percebi que se
despedisse de mim. Imaginei que poderia lhe ter acontecido algo. 
Por isso o procurei e o encontrei.
     Talvez a gratidão devesse ser uma rotina nas nossas vidas,
algo indissociável da relação humana, mas talvez ande arredada
dos nossos cotidianos, dos nossos gestos. E se começássemos
cada dia dando gracias a la vida, como faria a Violeta?           
                                                                           (José Pacheco, Dicionário de valores)


O primeiro parágrafo do texto informa que vão ser contadas ao leitor “algumas histórias”, já classificando esses textos como narrativos. Sobre os narradores das três histórias contadas no texto, a única afirmativa correta é:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra A

    As três histórias estão em terceira pessoa, o que qualifica um texto narrativo em que uma terceira pessoa que não participa da história narra o texto, ou seja, neste caso o autor.

     Primeira história mostra partes como "...[ela] esteve numa fila que encaminhava..." que estão em terceira pessoa, demostrando que alguém conta a história por ela. Ela contaria a sua história caso colocasse "...[eu] estive numa fila...". Assim se dá nos outros parágrafos.


    Espero ter ajudado.

  • Obrigada pelo esclarecimento. Realmente fiquei na dúvida.

  • Como o autor pode ser narrador da terceira historia se está escrito: "Trabalho nesta empresa a 35 anos..."

    ?????????? não entendi!!!!!!!

  • Ola Talitha Jacob, o narrador esta usando aí, na fala do personagem, o DISCURSO DIRETO, pesquise sobre o tema, ajuda a identificar a tipologia textual. Boa sorte.

  • Letra A. 

    Foco narrativo em terceira pessoa nos 3 textos. 

    O narrador é classificado como narrador-observador, pois conhece os fatos (por isso pode os narrar), porém não participa das ações. Ele é neutro e imparcial, limitando-se a contar os fatos ocorridos. 


  • Não vi 3 histórias. Só vi duas. A de Aristides e a do vigia. Onde está a outra?

  • Rapaz... estou vendo é que estas questões da FGV são bem estranhas, isso sim...
  • Resposta: leta a, pois o autor é, na verdade, narrador em terceira pessoa (também chamado de observador), apresentando o recurso chamado discurso direto (o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar).

  • Letra A

    O discurso direto mencionado pela colega Natasha se encontra no penúltimo parágrafo.

  • cheguei nessa conclusao por eliminacao!!!


    muito bacana essa qeustao!!!!

  •  "Desta vez, trago-vos algumas histórias"

    quem traz? o próprio autor traz as histórias!!!

  • É o autor, José Pacheco, quem diz: "Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser dispensado à sua leitura". (O autor traz as histórias, ao passo que, agradece ao leitor).

    Resposta: Letra (A)

    " A Bíblia é o Livro da Vida, a bússola do viajante, o cajado do peregrino, a base para o estudo da fé cristã. É o registro das palavras e dos feitos de Deus ao longo da História". Leia aBíblia! 

  • Que texto lindo.

    Ótima questão.

    GAB. A


ID
1143859
Banca
FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE
Órgão
AGEHAB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO A

O discurso foi excelente. Direto, sem ser raso. Técnico, sem ser chato. Sensível, sem ser piegas. No horário nobre da quarta-feira passada, o presidente Barack Obama falou durante 47 minutos em sessão conjunta do Congresso com o objetivo de virar o jogo a favor de sua proposta de reforma do sistema de saúde.
Depois de promovê-la a prioridade número 1 de sua agenda doméstica, e vê-la ser estraçalhada nas inúmeras reuniões que deputados e senadores fizeram com eleitores no recesso parlamentar de agosto, Obama está sendo convidado a descer do palanque para ser apresentado à realidade.
E a realidade é o avesso de sua utopia: a maioria, exatamente 51% na última pesquisa, é contra a reforma da saúde.
Traduzindo: os americanos não querem um sistema público de saúde para competir com as empresas privadas e não gostam da ideia de o governo administrar o sistema atual para evitar abusos das seguradoras.
Por trás disso, há uma mensagem cujas raízes remotam à história do país: a maioria dos americanos desconfia da honestidade, dos propósitos e da competência dos governos - qualquer governo. Na superfície, o debate sobre a saúde nos Estados Unidos provoca divergências técnicas.
Na proposta de Obama, todos os americanos serão obrigados a ter plano de saúde.
Mas qual o leque mínimo dos benefícios? Obama promete que o governo vai subsidiar quem não puder comprar um plano. Mas de quanto será o subsídio? Obama disse, pela primeira vez, que o custo da reforma em dez anos será, no máximo, de 900 bilhões de dólares e o grosso do dinheiro virá da redução do desperdício e das fraudes.
Mas de onde saiu o cálculo do que escorre pelo ralo do desperdício e das fraudes? Encerrado o discurso de Obama, a atenção da imprensa e dos políticos foi concentrada nessas dúvidas.

Qual das formulações resume, conceitualmente, o argumento central do texto?

Alternativas
Comentários
  • Acertei por eliminação. A outra alternativa que poderia gerar dúvida seria a letra "b". Porém, como o autor usou "Na superfície", subtende-se que a questão técnica era apenas uma consequência da desconfiança dos americanos. Resposta letra "e".


ID
1145251
Banca
FUNRIO
Órgão
DEPEN
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

População feminina em situação de prisão no Brasil triplica em menos de 10 anos

Hoje, a população feminina em situação de prisão no Brasil é formada por 27.762 mulheres, o que corresponde a 6,3% da população carcerária total de 440.013 pessoas presas no País. Em 2003, eram registradas mais de 9 mil detentas.
Crescimento da população feminina e da violação dos direitos humanos das mulheres em situação de prisão. Essa foi uma das constatações em comum apresentadas por representantes governamentais e da sociedade civil de Brasil, Argentina e Paraguai durante o seminário “Mulheres em Situação de Prisão: Diagnósticos e desafios na implementação de políticas integradas no âmbito do Mercosul”, evento que se encerra hoje (28/10), em Brasília.
“Até na mais terrível situação que é a perda da liberdade, homens e mulheres são desiguais”, disse a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) ao inaugurar o seminário, ontem (27/10) à tarde. Para a ministra, a desigualdade se manifesta de muitas formas como “na negação dos direitos sexuais e reprodutivos e às visitas íntimas”.
Para Nilcéa Freire, um grande momento para visibilizar a situação das mulheres em situação de prisão no Brasil será a realização do Mutirão de Revisão Processual, que será lançado na próxima semana, em 3 de novembro, em São Paulo. “Esse vai ser um passo importante, vamos mostrar para a sociedade o abandono das famílias, da advocacia e o comprometimento da vida de mulheres que poderiam estar em outro regime”, acrescentou a ministra da SPM.
A ministra Ana Cabral, diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério de Relações Exteriores, considerou que “a questão das mulheres em situação de prisão precisa ganhar mais visibilidade” para pressionar as autoridades a criarem políticas públicas e combaterem as causas que levam as mulheres ao mundo do crime.

Crescimento vertiginoso

“Em menos de 10 anos, a população carcerária feminina triplicou. Eram pouco mais de 9 mil detentas. Hoje são 27.762 mulheres em situação de prisão. Passou de menos de 3% para 6,03%”, apontou André Luiz de Almeida e Cunha, diretor de Políticas Penitenciárias, do Ministério da Justiça. Na abertura do seminário, Cunha informou que as mulheres chegam às prisões por causa de um fenômeno social. “Quase metade das mulheres está presa por causa do tráfico de drogas. Boa parte por conta do tráfico passivo”. Ao comentar essa realidade, Cunha enfatizou que a situação das mulheres é muito diferente da dos homens. “A mulher carcerária é muito mais fragilizada, ela é abandonada pelo homem logo nos primeiros dias ou meses de cárcere. Já os homens presos são acompanhados por suas companheiras até o último dia da pena”, afirmou Cunha. O diretor de Políticas Penitenciárias do Ministério da Justiça classificou “essa área” como muito “difícil para a gestão pública” e pontuou: “O Depen quer reverter esse quadro. Começamos pela transparência do diagnóstico”.

Retrato do sistema prisional brasileiro

Hoje, a população feminina em situação de prisão no Brasil é formada por 27.762 mulheres, o que corresponde a 6,3% da população carcerária total de 440.013 pessoas presas no País. O delito criminoso mais cometido pelas mulheres é o tráfico de drogas, causa de 43,75% das prisões. A maioria das mulheres está em regime fechado (47,37%), seguido pelo semi-aberto (35,40) e provisório (17,09%). Está na faixa de 18 a 24 anos (27,15) e de 25 a 29 anos (24,35). São elas pardas (44,07%), brancas (37,88%) e negras (16,41%).
Entre as estrangeiras, as bolivianas (22,7%) aparecem em primeiro lugar, sendo seguidas pelas sul-africanas (17,17%). Dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) também indicam que 2% das mulheres em situação de prisão no Brasil estão grávidas ou em período de lactação. A cobertura do sistema penitenciário no País possui 58 estabelecimentos prisionais femininos e 450 com espaços reservados para as mulheres.
fonte: Secretaria de Políticas para as Mulheres
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO (QUA, 29 DE OUTUBRO DE 2008 20H42MIN)

(Fórum de Promotoras Legais Populares do Distrito Federal. Sessão Justiça, 28/10/2008. Disponível em: http://www.forumplp.org.br/index.php?option=com_content&amp;view=article&amp;id=912:populacao-feminina-em- situacao-de-prisao-no-brasil-triplica-em-menos-de-10-anos&amp;catid=137:dh2&amp;Itemid=314)


Predomina no texto I a seguinte característica do gênero reportagem:

Alternativas
Comentários
  • apócrifo: duvidoso, sem autenticidade, falso

  • Dissertação-Exposição

     

    Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer.  Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais,  etc.

     

     

    Fonte: gramática para concursos públicos.

     

     

    GAB. A

  • REPORTAGEM: função é informar, jornalismo opinativo, interefere na construção de  juízos do leitor, a opinião do jornalista fica explícita, utiliza discursos diretos e indiretos.

    NOTÍCIA: narra acontecimentos, jornalismo informativo, opinião implícita, objetiva, curta, não busca persuardir.

  • ✅ Gabarito: A

    REPORTAGEM: função é informar, jornalismo opinativo, interfere na construção de juízos do leitor, a opinião do jornalista fica explícita, utiliza discursos diretos e indiretos.

    NOTÍCIA: narra acontecimentos, jornalismo informativo, opinião implícita, objetiva, curta, não busca persuadir.

    ➥ Trata-se de uma dissertação expositiva:

    ➥ DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA: Este tipo de texto é caracterizado por esclarecer um assunto de maneira atemporal com o objetivo de explicá-lo de maneira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.

    ➥ DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA: Este tipo de texto – muito frequente nas provas de concursos! – apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu intuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor (leitor ou ouvinte).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
1146619
Banca
FATEC
Órgão
FATEC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O labirinto dos manuais

Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

- Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!

Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir corretamente que

Alternativas
Comentários
  • A idéia central do Texto é MANUAL, resumidamente , a resposta está no 2 paragráfo: "Manual só confunde..." tanto que o autor só conseguiu identificar o  vibracall  na insistência (curiosidade) e não através do manual.


ID
1146628
Banca
FATEC
Órgão
FATEC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O labirinto dos manuais

Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

- Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!

Entre as características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco:

Alternativas

ID
1148644
Banca
FUNRIO
Órgão
INSS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A crítica à gramatiquice e ao normativismo não significa, como pensam alguns desavisados, o abandono da reflexão gramatical e do ensino da norma padrão. Refletir sobre a estrutura da língua e sobre seu funcionamento social é atividade auxiliar indispensável para o domínio da fala e da escrita. E conhecer a norma padrão é parte integrante do amadurecimento das nossas competências linguístico-culturais. O lema aqui deve ser: reflexão gramatical sem gramatiquice e estudo da norma padrão sem normativismo.

Não cabe, no ensino de português, apenas agir no sentido de os alunos ampliarem seu domínio das atividades de fala e escrita. Junto com esse trabalho (que é, digamos com todas as letras, a parte central do ensino), é necessário realizar sempre uma ação reflexiva sobre a própria língua, integrando as atividades verbais e o pensar sobre elas.

Esse pensar visa à compreensão do funcionamento interno da língua e deve caminhar de uma percepção intuitiva dos fatos a uma progressiva sistematização, acompanhada da introdução do vocabulário gramatical básico (aquele que é indispensável, por exemplo, para se entender as informações contidas nos dicionários). No fundo, trata-se de desenvolver uma atitude científica de observar e descrever a organização estrutural da língua, com destaque para a imensa variedade de formas expressivas alternativas à disposição dos falantes.

Desse modo, se os conteúdos gramaticais não podem desaparecer do ensino, também não podem simplesmente permanecer arrolados e repassados como no ensino tradicional. Só existe sentido em estudar gramática, se esses conteúdos estão claramente subordinados ao domínio das atividades de fala e escrita, isto é, se eles têm efetiva relevância funcional. Ou, dito de outro modo, se conseguimos romper radicalmente com o modelo pedagógico medieval de ensino de língua, conforme descrito anteriormente.

O texto de Carlos Alberto Faraco, quanto à sua tipologia e gênero, está organizado predominantemente no modo;

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta: B

    Texto dissertativo-argumentativo:

    Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

    Porque não é a letra C?

    Por que um texto enunciativo é aquele que apresenta elementos dos textos descritivo e narrativo.

  • Logo no início do texto é possível identificar um traço característico da dissertação argumentativa; a defesa de uma tese, e a explanação "em cima dela.

    "A crítica à gramatiquice e ao normativismo não significa, como pensam alguns desavisados.[..]"

    No último parágrafo é possível identificar uma conclusão (fechamento) a respeito da tese.

    "Desse modo, se os conteúdos gramaticais não podem desaparecer do ensino, também não podem. [...]"

  • : TEXTO ARGUMENTATIVO é o texto em que defendemos uma idéia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela.


ID
1148716
Banca
FUNRIO
Órgão
INSS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião.

Só que bola, papagaio, pião de tanto brincar se gastam.

As palavras não: quanto mais se brinca com elas mais novas ficam.

Como a água do rio que é água sempre


O texto acima pode ser enquadrado no domínio discursivo ___________ e tem características formais de um(a) __________. Como se completam coerentemente as duas lacunas acima?

Alternativas
Comentários
  • É um discurso literário, pois tem função poética. E é um poema estruturado em poesia, ou seja, em versos.

    Gabarito correto.

  • b) literário & poesia.

  • LITERÁRIO é o mesmo que dizer sentido conotativo (metaforisado - figurado), e poema por se tratar de estrutura em versos.

    GABARITO: B


ID
1149226
Banca
CONSULPLAN
Órgão
MAPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    As verdades da razão

            Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas algo que inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: toda razão é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que ouvir sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa - sobretudo só se discute - entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na Grécia, junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais inamovíveis. [...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre umas e outras.
            [...]Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua vez a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas: valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor resistem à prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.
            [... ]A razão não está situada como um árbitro semidivino acima de nós para resolver nossas disputas; ela funciona dentro de nós e entre nós. Não só temos que ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações como também - e isso é muito importante e, talvez, mais difícil ainda - devemos desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões, venham de quem vierem. [...] A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é sempre resultado, não ponto de partida: e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. Não como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.

                                                 (Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001.)


Considerando que o texto é construído a partir de sequências argumentativas, assinale a afirmativa compatível com o posicionamento do autor acerca do tema abordado.

Alternativas
Comentários
  • Dan lana, Belíssimo comentário...

  • FALA SÉRIO!!!


  • FALA SÉRIO!!!


  • FALA SÉRIO!!!


  • Estou falando sério............Gabarito letra "c"!!!! rsrsrs

  • A alternativa é C.

    Pelo o que entendi a alternativa c esta presente no trecho final do último parágrafo do texto; tive que ler mais de uma vez  para perceber. Vejam:

      c)  Através da exposição de opiniões e sua confrontação, busca-se a verdade como resultado. 

    "...A  partir  da  perspectiva  racionalista,  a  verdade  buscada  é  sempre  resultado, não ponto de partida: e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. "

     

     


     

  • Texto e questão muito difíceis. 

  • Letra C Correta 

    3º parágrafo - ...A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é sempre resultado, não ponto de partida...

  • Elton Coelli, na 1ª vez que eu o li eu também achei muito difícil, mas quando eu o reli, cheguei às seguintes conclusões:
     

     

    a) Expor opniões não as torna válidas. 

    b) A conversação e o raciocínio são ações que NÃO se opõem , veja o que diz a 1ª e 2ª linha do texto: Raciocinar ..., mas algo que inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: toda razão é fundamentalmente conversação

    c) CORRETA: 3º parágrafo - ...A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é sempre resultado,...caminho para alcançar uma verdade objetiva...

    d) Em nenhum momento do texto diz que o diálogo aberto se torna um agente transformador. Muito pelo contrário, acho que este trecho do 1º parágrafo refuta isso: ...ninguém pode conversar abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais inamovíveis.

     

    ----

    "No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade."

  • "A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é sempre resultado, não ponto de partida: e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. "

    OÔOO TEXTINHO. LI RELI QUASE NÃO COMPREENDO. Putz...


    Gab letra C

  • A resposta está nesse trecho:


    A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é sempre resultado, não ponto de partida: e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. Não como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.

  • Ao meu ver, a ALTERNATIVA C está fundamentada no seguinte trecho ao final do 1º parágrafo: "(...) Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre umas e outras. (...)"

  • " a verdade buscada é sempre resultado, não ponto de partida: e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. Não como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através das múltiplas subjetividades. "

    Gabarito: C

  • Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, MAS ALGO QUE INVENTAMOS AO NOS COMUNICAR E NOS CONFRONTAR COM OS SEMELHANTES: toda razão é fundamentalmente conversação.

     

    Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre umas e outras.

     

    A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é sempre resultado, não ponto de partida: e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. Não como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.

     

    GABARITO -> [C]


ID
1149409
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Brasil em 2020…
Trânsito: Você acha lento? Vai piorar



Os dados atuais do trânsito são assustadores. Entre congestionamentos e mortes em acidentes em números crescentes, as pessoas têm cada vez menos lugares para circular com tranquilidade. Só em São Paulo, 624 automóveis e pelo menos 200 motos a mais surgiram a cada dia nas ruas da cidade entre abril de 2008 e abril de 2009, segundo dados do Detran.

Há quem diga que esse quadro tende a piorar antes de começar a melhorar. “Vamos ter um ar pior e viagens mais demoradas”, diz um engenheiro especialista em trânsito. “Mas a sociedade vai começar a valorizar mais a segurança que a fuidez.” A lentidão nos deslocamentos será uma consequência tanto da entrada de novos veículos no sistema, como também do esforço para reduzir os acidentes graves. Velocidades mais baixas são mais compatíveis com a área urbana.

Na Suécia, a decisão de que nenhuma pessoa deveria morrer no trânsito, batizada de Visão Zero, está justificando medidas como a redução dos limites de velocidade nas estradas e nas áreas urbanas. Essa é uma das tendências apontadas por especialistas para o trânsito no Brasil, conforme você confere a seguir, em algumas projeções.

Carros Serão ainda mais atraentes. Os mais caros terão novas tecnologias contra acidentes. Os veículos menores e muito baratos servirão de incentivo à troca do transporte coletivo pelo individual. Os carros limpos (não poluidores) serão adotados em massa. Os congestionamentos continuarão existindo, embora menos poluentes.

▪ Pedágios Como o espaço urbano é um bem escasso, quem usá-lo deverá pagar por seu uso, como está acontecendo com a água potável.

Ônibus Os sistemas de ônibus rápidos, com faixas exclusivas e capacidade para pelo menos 20 mil passageiros por hora, inspirados em Curitiba, começarão a substituir as linhas atuais e atrair quem hoje usa só carro.

▪ Sistemas inteligentes A fiscalização eletrônica do tráfego e das infrações de trânsito será mais fácil com a instalação de chips e GPS nos automóveis. A tecnologia poderá evitar acidentes, melhorar a fluidez do tráfego e dificultar a criminalidade.



LIMA, Francine.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI74200-15228,00.html [Adaptado]
Acesso em 7/3/2014

Assinale a alternativa correta de acordo com o texto 3.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Os dados atuais do trânsito são assustadores: Só em São Paulo, 624 automóveis e pelo menos  200 motos a mais surgiram a cada dia nas ruas da cidade entre abril de 2008 e  abril de 2009, segundo dados do Detran.

    Há quem diga que esse quadro tende a piorar antes de começar a melhorar.  “Vamos ter um ar pior e viagens mais demoradas”, diz um engenheiro especialista  em trânsito.


    Na Suécia, a decisão de que nenhuma pessoa deveria morrer no trânsito, batizada  de Visão Zero, está justifcando medidas como a redução dos limites de velocidade nas estradas e nas áreas urbanas. Essa é uma das tendências apontadas por  especialistas para o trânsito no Brasil.

    Esses trechos responde a questão.

    Espero ter ajudado!

  • Por que não C?

  • Isabel,  não marquei letra C por causa do trecho "Essa é uma das tendências apontadas por especialistas para o trânsito no Brasil, conforme VOCÊ confere a seguir, em algumas projeções." Possui interação com o leitor.

  • Letra B.

    a) ERRADA. A "visão zero" é uma decisão sueca de que nenhuma pessoa deveria morrer no trânsito. Nada diz sobre ser uma lei que proíbe a morte de pessoas.

    b) CERTA.

    c) ERRADA. O texto apresenta uma marca de interação com o leitor, qual seja: "...conforme você confere a seguir (...)"

    d) ERRADA. A projeção "carros" induz justamente a um pensamento contrário: que a tendência é que se use mais os carros

    e) ERRADA, A projeção "pedágios" se refere expressamente ao "espaço urbano", e não ao espaço não urbano. 

  • O título do texto já é uma interação com o leitor:

     

    O Brasil em 2020… 
    Trânsito: Você acha lento? Vai piorar

  • Eu fiz assim: 

    A) ERRADA: não falou que proíbe a morte das pessoas;

    B) CERTA: cara olha os números (dados estatísticos), opniões (''diz um engenheiro especialista em trânsito''), realidade de outro país para fazer projeções futuras acerca do trânsito no Brasil ( Na suécia.... Visão zero);

    C) ERRADA: sem apresentar marcas de interação com o leitor? TÁ DE SACANAGEM, olha isso ''Você acha lento? Vai piorar" tá interagindo com o leitor através de uma pergunta;

    D) ERRADA: tá falando que vai usar menos os carros e mais os ônibus. MENTIRA, olha essa parte (carros serão ainda mais atraentes) e olha essa parte (Os carros limpos serão adotados em MASSA).

    E) ERRADA: a alternativa fala em perímetros não urbanos e isso é MENTIRA, olha só : ''Como o espaço urbano é um bem escasso, quem usá-lo deverá pagar por seu uso)

    Não desista!


ID
1150276
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                                    Óbito do autor

     Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou  sua morte, não  a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical  entre este livro e o Pentateuco.

      Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía  cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios.Acresce que chovia - peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante  e tão triste, que levou um daqueles fiéis  da última  hora  a intercalar esta  engenhosa ideia  no discurso que  proferiu à  beira de minha cova: - "Vós, que o conhecestes, meus  senhores, vós  podeis   dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado   a  humanidade. Este ar  sombrio, estas  gotas do céu, auqelas  nuvens  escuras que cobrem o azul como um  crepe funéreo, tudo isso é  dor  crua  e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um  sublime louvor ao nosso ilustre finado."

      Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices  que lhe deixei. E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; foi assim que me encaminhei para o undiscovered  country de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço  príncipe, mas pausado e trôpego como quem se retira tarde do espetáculo. Tarde e aborrecido.[...]

ASSIS, Machado de. [1881] Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Globo, 2008. p. 9-10

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) de acordo com o texto 1.

( ) O texto apresenta como ideia principal uma crítica às atitudes mesquinhas dos amigos, comportamento que se revela no leito de morte do narrador.
( ) Trata-se de um texto que narra ficcionalmente as memórias de vida de um sujeito morto, iniciando o relato pelo momento de seu enterro.
( ) A narrativa se assemelha ao relato da morte de Moisés, dando um mesmo prosseguimento cronológico e espacial aos eventos.
( ) Trata-se de um relato autobiográfico em que o autor narra detalhadamente as peripécias de sua vida, desde os primeiros anos.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Assinalei os trechos que acredito que tenham prejudicado a veracidade das afirmativas abaixo.


    (F) O texto apresenta como ideia principal uma crítica às atitudes mesquinhas dos amigos, comportamento que se revela no leito de morte do narrador. 

    (V) Trata-se de um texto que narra fccionalmente as memórias de vida de um sujeito morto, iniciando o relato pelo momento de seu enterro. 

    (F) A narrativa se assemelha ao relato da morte de Moisés, dando um mesmo prosseguimento cronológico e espacial aos eventos. 

    (F) Trata-se de um relato autobiográfco em que o autor narra detalhadamente as peripécias de sua vida, desde os primeiros anos.


    Bons estudos!
  • Resposta correta: Letra d.


    Assertiva 1) FALSA. Ao contrário do que afirma a primeira assertiva, o texto trás a atitude generosa e afável dos amigos durante o seu enterro. Apesar do mau tempo, onze deles carregaram o seu caixão e proferiram discurso terno a seu respeito.


    Assertiva 2) VERDADEIRA


    Assertiva 3) FALSA. Ao contrário. O texto fala que, apesar de Moisés também ter relatado a própria morte, o fez no final do relato. Já o narrador deste, começa pelo seu enterro.


    Assertiva 4) FALSA. Apesar de ser um relato autobiográfico, o autor começa a narrar sua história pela morte e não pelos primeiros anos de vida.

  • Considerou-se momento da morte = momento do enterro?


ID
1157536
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


Sobre a organização desse texto, pode-se afirmar que sua estrutura:

Alternativas
Comentários
  • "...atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida(S)." Esse plural que não foi aplicado torna a questão confusa, pois, parece uma enorme casca de banana indicando que uma das marcas recebe um texto extenso mas sem importância, o que sabenos ser incorreto.

  • Qual o erro na letra D?

  • Acho que a D tá errada porque ela afirma "por ser aquela (marca) que faz parte de nossos movimentos literários;"

    Acho que esse não é o motivo. O autor cita a literatura como exemplo, apenas.


  • Não entendi quanto a "atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida." Ao ler o texto entendi que o autor dá importância reduzida à primeira marca, a capacidade de dar um jeito, e não "à outra" que seria a capacidade de adiar.  

  • Não concordo com o gabarito.

    Quando a questão afirma:

    . concentra atenção numa das duas marcas apontadas inicialmente. (Até aqui correto, na capacidade de adiar).

    . atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida. (Quando ele fala "atribuindo à outra", interpreta-se a outra marca de brasilidade que ele não deu atenção, e a essa marca ele não deu extensão textual, mas deu pouca importância). 


  • Gabarito E

    - concentra atenção numa (capacidade de adiar) das duas marcas apontadas inicialmente, (capacidade de dar um jeito e capacidade de adiar) 

    - atribuindo à outra (capacidade de adiar) extensão textual e importância reduzida (o fato do brasileiro adiar as coisas é como se fosse de menor importância).


    Foi assim que entendi. Mais alguém comenta???

  • a) se organiza a partir das duas marcas de brasilidade apontadas, embora somente uma delas seja explorada de forma sociologicamente séria; Nada no texto é levado muito à serio. Os exemplos citados pelo autor são irônicos praticamente todo o tempo.
    b) destaca, entre outras, duas marcas (OK) do brasileiro moderno (NÃO), valorizando mesmo os aspectos negativos nelas contidos (OK, apesar que quando se fala em "adiar" ou de dar "um jeito", ja sabemos que isso é negativo "por si só"); Em nenhum momento o texto cita de tratar-se do "brasileiro moderno".
    c) cita, no título da crônica, uma marca de nossa brasilidade, que é indicada como a marca exclusiva (NÃO) de nosso modo de ver a vida; Como é colocado no texto, podemos ver que não trata-se de uma "marca exclusiva", já que o autor cita as "duas colunas da brasilidade..." Não é um modo de "ver a vida", tal vez de "viver a vida".

    d) alude a duas marcas de brasilidade (OK), mas destaca apenas uma delas (OK), por ser aquela que faz parte de nossos movimentos literários (NÃO); O autor cita alguns movimentos literários apenas como exemplo, mas estes não aludem as marcas apontadas pelo autor, no texto.
    e) concentra atenção numa das duas marcas apontadas inicialmente, atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida. Gabarito!

  • Bem pensado, Luana. A parte do "importância reduzida" só faria sentido assim..

  • Alguém sabe se o gabarito foi mantido ou se foi alterado? Questão estranha. Arrisco dizer mal formulada.

  • gabarito E.

    fui indo por eliminação

    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso

    (A) se organiza a partir das duas marcas de brasilidade apontadas, embora somente uma delas seja explorada de forma sociologicamente séria;

    Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais.

    B) destaca, entre outras, duas marcas do brasileiro moderno, valorizando mesmo os aspectos negativos nelas contidos;

    Brasileiro, Homem do Amanhã

    (C) cita, no título da crônica, uma marca de nossa brasilidade, que é indicada como a marca exclusiva de nosso modo de ver a vida;

    (D) alude a duas marcas de brasilidade, mas destaca apenas uma delas, por ser aquela que faz parte de nossos movimentos literários;

    (E) concentra atenção numa das duas marcas apontadas inicialmente, atribuindo à outra extensão textual e importância reduzida.

    A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida (é tudo que se fala sobre a primeira no texto), no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.


ID
1161700
Banca
CONSULPLAN
Órgão
CBTU
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

          Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita. É útil se acrescenta à lucidez do leitor, livra-o da timidez ou dos preconceitos, faz com que veja e sinta o que não teria visto nem sentido sem ele. Se meus livros são lidos e atingem uma pessoa, uma única, e lhe trazem uma ajuda qualquer, ainda que por um momento, considero-me útil. E como acredito na duração infinita de todas as pulsões, como tudo prossegue e se reencontra sob uma outra forma, essa utilidade pode estender-se bastante longe no tempo. Um livro pode dormir cinquenta anos ou dois mil anos, em um canto de biblioteca, e de repente eu o abro, e nele descubro maravilhas ou abismos, uma linha que me parece ter sido escrita apenas para mim. O escritor, nisso, não difere do ser humano em geral: tudo o que dizemos, tudo o que fazemos se conduz mais ou menos. É preciso tentar deixar atrás de nós um mundo um pouco mais limpo, um pouco mais belo do que era, mesmo que esse mundo seja apenas um quintal ou uma cozinha.


(Marguerite Yourcenar. De olhos abertos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.)


Considerando os elementos semântico-textuais e as informações apresentadas, é possível aferir que, principalmente, a autora tem por objetivo

Alternativas
Comentários
  • " Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. " o trecho destacado, revela o tipo textual descritivo, predominante no texto.

  • A autora está defendendo um ponto de vista dela, logo, é um texto dissertativo argumentativo. Por mais que tenha trechos descritivos ou narrativos, por exemplo, a dissertação sempre vai predominar sobre essas tipologias textuais. 

    O texto apresentado é predominantemente dissertativo. Gabarito corretíssimo.

  • não tem nenhum verbo no pretérito perfeito, logo ele não tem traços narrativos. 

  • Através do trecho: "Se meus livros são lidos e atingem uma pessoa, uma única, e lhe trazem uma ajuda qualquer, ainda que por um momento, considero-me útil." é possível concluir pela alternativa A. Já a alternativa D pode ser descartada, porque no texto foi empregada uma linguagem subjetiva, pessoal da autora, e não uma linguagem objetiva. 

  • Eis um fragmento do texto: " considero-me útil ".

    Texto dissertativo não é impessoal? A autora nesse caso está sendo pessoal, desconfiguraria a tipologia dissertativa.


  • Deise, texto dissertativo não é necessariamente impessoal, pois a palavra dissertar também carrega o sentido de "produzir razões em favor da própria opinião", ou expor uma opinião. A letra d) não serve como resposta porque o texto traz elementos subjetivos.

  • Mas a pergunta não foi quanto a tipologia textual,e sim quanto o objetivo da autora..

  • Por vezes no texto pecebe-se que o eu lirico se coloca na posição de destinatário do texto. 

  • Fiquei entre A e B, mas achei que a B dava uma visão muito ampla, e talvez fosse extrapolar a tese central... aí optei pela A e deu certo! Alguém também achou que pudesse ser a B?