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Prova CEPERJ - 2012 - PROCON-RJ - Técnico em Contabilidade


ID
739861
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



“estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.”

De acordo com o texto, uma explicação possível para a escolha de um escritor como intermediário da correspondência se deve ao seguinte fato:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A
    A própria afirmação é clara ao dizer que sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação, logo, cartas de bonecas integram o mundo da imaginação.
  • Muito bom o aprendizado com todas essas questões!


ID
739864
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



O fragmento do texto que apresenta uma estrutura sintática comparativa é:

Alternativas
Comentários
  • letra E

    A presença do nexo "mais...(do) que" (o "do" é opcional, pode aparecer ou não) mostra que se trata de uma oração subordinada adverbial comparativa.

  • COMPARATIVAS - Estabelecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo principal. Principais conjunções comparativas: que/do que (precedidos de tão, tanto, mais, menos, melhor, pior, maior, menor, na oração principal), como, assim como, assim etc.
  • RESPOSTA LETRA E !
    EXPRESSÃO ''DO QUE''  EXEMPLO : O MEU CABELO É MAIS BONITO DO QUE O SEU .

    ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA !

    DICA : QUANDO A QUESTÃO TRATAR DE EXPRESSÕES COMPARATIVAS , LOGO ESTA ESTARÁ PROCURANDO UMA ORAÇÃO SUBORDINADA
    ADVERBIAL , ISSO É LÓGICO , ATÉ PORQUE AS EXPRESSÕES COMPARATIVAS SÃO ADVERBIAIS .

    MAS O QUE ENTRA NA DICA AQUI É O SEGUINTE :  SABER , NO MÍNIMO 3 CONJUNÇÕES ADVERBIAIS DE CADA , É DE GRANDE RELEVÂNCIA NA RESOLUÇÃO DE QUESTOES DESSE TIPO .

    MACETE PARA TREINO 
     FÓRMULA 


      CFTP ,

    FICANDO ASSIM :

    COMPARATIVAS
    Conformativas
    Condicionais 
    Consecutivas
    Causais
    Concessivas
    Finais
    Temporais
    Proporcionais

    TODOS OS DIAS ESCREVA E REESCREVA DE NOVO AS CONJUNÇÕES RESPECTIVAS NA FRENTE DO NOME ATÉ TER O MÁXIMO DE CONJUNÇÕES MEMORIZADAS , PORÉM, NÃO SE PRENDA AOS 
    MACETES , ANALISANDO SEMPRE CADA CASO .

    O MACETE É UMA FORMA DE AJUDAR  A PENSAR MAIS RÁPIDO !

    SE QUISEREM MEMORIZAR AS COORDENAS TEM UMA FÓRMULA TBM 

    CE A3  = CONCLUSIVA , EXPLICATIVA , ALTERNATIVA , ADITIVA , ADVERSARTIVA .

    FOCO , FORÇA E FÉ !

    ESPERO TER AJUDADO 


  • GABARITO: LETRA E

    Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.

    Por exemplo:

    O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

    Ele é preguiçoso tal como o irmão.

    FONTE: SÓPORTUGUÊS.COM.BR


ID
739867
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



Os verbos considerados impessoais devem se manter invariáveis, no singular, segundo as normas de concordância verbal.

Há um caso de verbo impessoal no seguinte exemplo do texto:

Alternativas
Comentários
  • O verbo haver empregado no  sentido de existir, ocorrer ou na indicação de tempo decorrido:
                     
                        Há seres vivos em outros planetas?
                   Houve muitas greves no último ano.
                   Há dias não chove.


    Graça e Paz
  • Com base nessa questão, o cadidato não precisaria saber as particularidade do verbo haver para acertá-la,porque bastava ele reconstruí-la com sujeitos no plural e fazer a devida concordância.

    Detalhe: nunca presenciei uma banca tão bondosa , uma vez que o enunciado já ,praticamente, dava a dica à resposta:

    "Os verbos considerados impessoais devem se manter invariáveis, no singular, segundo as normas de concordância verbal"

    Abaixo, as questões gramaticais quanto a ele:

    "

    CONCORDÂNCIA DO VERBO HAVER

    “Haja paciência!” Todos já ouvimos essa expressão. Esse “haja” é o verbo haver no presente do subjuntivo.
    Esse verbo talvez seja o mais desconhecido quanto às suas flexões. Muitas vezes é usado sem que o usuário tenha
    consciência de que o está usando.

    “Estive aqui há dez anos”. O “há” presente na oração é o verbo haver e pode ser trocado por outro verbo: “Estive aqui
    faz dez  anos”. 

    Existem deslizes típicos de quem não conhece as características do verbo haver. Quando se diz “Há muitas pessoas na
    sala”, conjuga-se o verbo haver na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. 

    Note que não foi feita a concordância do verbo haver com a palavra pessoas. Não se poderia dizer “Hão pessoas”.
    O verbo haver, quando usado com o sentido de existir, fica no singular. Se fosse usado o verbo existir, este sim iria para
    o plural: “Existem muitas pessoas na sala” 

    A confusão tende a aumentar quando o verbo haver é usado no passado ou no futuro. Em certo trecho, a versão feita
    pelo conjunto “Os incríveis” da canção “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, diz:
    “… Não era belo mas, mesmo assim, havia mil garotas a fim….” 

    Nesta canção o verbo haver foi empregado com o sentido de existir. Logo, está correta a versão, o verbo no passado e
    no singular.
    No Brasil, fala-se “cabe dez”, “sobrou 30”, “falta 30”. Geralmente não se faz concordância. Mas, quando não é
    necessário fazer, erra-se. “Houveram muitos acidentes naquela rodovia”. Errado. 

    O correto é “Houve muitos acidentes naquela rodovia”. Haverá acidentes, houve acidentes, há pessoas, havia pessoas,
    houve pessoas. 

    Vale repetir: “O verbo haver quando empregado com o sentido de existir, ocorrer, acontecer, fica no singular,
    independentemente do tempo verbal."

    fonte:http://www.colegioweb.com.br/portugues/concordancia-dos-verbos-fazer-haver-e-ser.html



  • Confesso que cai. Considerei apenas o verbo "ver", desconsiderando o "há", de haver. 

    Já que o verbo "ver" é variável, nem me dei ao trabalho de analisar mais friamente o restante da questão. 

    Mais atenção, Rono!
  • Será que existe banca mais fácil que a CEPERJ???
    Elá já diz no enunciado o que o concursando deve fazer/procurar.
    Ela quase dá uma aula sobre verbo impessoal. rsrsrs =)
  • CARA COLEGA Karoline discordo de vc nesse ponto, sempre quando estamos fazendo uma prova estamos com pressa o que é um erro que corrigimos com o tempo apanhando o comum é não prestar atenção no enunciado e cair na besteira de marcar o que não se pede nesta questão por exemplo não existem ou se preferir não "HÁ" alternativa incorreta e sim uma regra especifica, só acertei a questão por que li novamente as bancas se utilizam desse artifício no intuito de dar corda pra vc se inforcar a propósito não é uma "CRÍTICA" e sim um "ALERTA".
  • VERBOS IMPESSOAIS:

    - Verbo haver: sentido de existir. Ex: Houve problemas.

    - Verbo haver: sentido de tempo decorrido. Ex: Há anos não nos vemos.

    - Verbo fazer: sentido de tempo decorrido. Ex: Faz anos que não nos vemos.

    - Verbos que indicam fenômenos da natureza. Ex: Choveu muito.

  • O verbo “haver”, indicando tempo passado é impessoal, ou seja, só pode ser conjugado na terceira pessoa do singular. GABARITO: A.


ID
739870
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



O texto atribuído à boneca simula uma intimidade com a destinatária da carta.

Essa intimidade pode ser melhor identificada na seguinte passagem:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B.  “Você era, e é, minha mãezinha querida”
  • O uso do diminutivo nesse contexto evidencia a intimidade.

ID
739873
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



O texto enquadra-se no gênero carta, o que pode ser percebido, dentre outros traços, pela seguinte marca linguística:

Alternativas
Comentários
  • Vocativo inicial: Vai indicar a quem é remetida a carta. É o termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida. Exemplos: Prezado senhor Fulano, Excelentíssimo senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Caro deputado Sicrano, etc. No texto, é "Minha querida dona"
  • As principais características de uma carta:

    a) Estrutura dissertativa: costuma-se enquadrar a carta na tipologia dissertativa, uma vez que, como a dissertação tradicional, apresenta a tríade introdução / desenvolvimento / conclusão. 

    b) Argumentação: como a carta não deixa de ser uma espécie de dissertação argumentativa, você deverá selecionar com bastante cuidado e capricho os argumentos que sustentarão a sua tese. É importante convencer o leitor de algo.

    c) Vocativo inicial: termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida.

    d) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal diferença entre a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você que produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto. Para alguém. Na carta, isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e um você definido. Logo, você terá que ser bastante habilidoso para adaptar a linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade estabelecido entre vocês dois.
  • Como já prefalado, algumas das formas de identificar uma carta é a estrutura dissertativa, o vocativo inicial e o interlocutor definido, estes três pontos são os mais importantes para se identificar um texto em forma de carta.

    Alternativa "E".

  • Pontuação no vocativo das cartas

    Segundo a gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, editada no Brasil e em Portugal, «depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios, etc., costuma-se colocar dois pontos, vírgula ou ponto, havendo escritores que, no caso, dispensam qualquer pontuação.(...) Sendo o vocativo inicial emitido com entoação suspensiva, deve ser acompanhado, preferentemente, de dois pontos ou de vírgula, sinais denotadores daquele tipo de inflexão.»

  • Vale lembrar que a despedida, o local e a data também são elementos da estrutura básica da carta.

    Despedida: "De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

    O local e a data, no caso do exercício, foram identificados ao final. É comum que apareçam no início.


ID
739876
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



“a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses” No exemplo acima, o vocábulo “que” substitui um termo antecedente (“boneca”) e é classificado, por isso, como pronome relativo.

Outro exemplo no qual o vocábulo “que” funciona como pronome relativo está em:

Alternativas
Comentários


  • Fiquei em dúvida em relação a classificação da letra D. Penso que seja um conjunção comparativa. Alguém pode, por favor, confirmar minha suspeita???

  • Demais classificações:

                a) “Sei que você sente muitas saudades” - conjunção integrante.

                b) “Aposto que você nem sabia” - conjunção integrante.

                c) “eletrodomésticos que não funcionavam” - pronome relativo, retoma "eletrodomésticos"

                d) “ninguém mais fraco do que nós” - conjunção comparativa

                e) “Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem" - conjunção integrante

  •  a) “Sei que você sente muitas saudades”
    "Que" é conjunção Integrante. E não há muita dificuldade para se perceber isso. Para saber se o “que” trata-se de uma conjunção integrante, basta analisar alguns detalhes:
    1°) Veja se antes do “que” vem um substantivo, ou adjetivo, ou advérbio, ou um pronome ou até mesmo uma oração. Antes do “que” temos o verbo “sei”, o que já não faz muito sentido classificá-lo como Pronome Relativo.
    2°) Veja se ao tirar o “que” da oração ela ficará estranha. Ficaria muito estranho pronunciar: “Sei você sente muitas saudades”. E é esse o papel do que na oração. É dar sentido a ela, ligando-as. A conjunção Integrante tem o papel de ligar duas orações, melhor dizendo, ligar a oração subordinada à principal. 
    Veja:
    Sei (1ª oração)... você sente muita saudade (2ª oração).  = Sei que você sente muita saudade.
     b) “Aposto que você nem sabia”
    A mesma coisa da letra a).
    Analise: o que é antecedido por substantivo? Não.
    Liga duas orações? Sim.

    Logo, também é Conjunção Integrante.
     c) “eletrodomésticos que não funcionavam” Correta
    Pronome Relativo
    O antecedente do pronome relativo pode ser um substantivo, um pronome, um adjetivo, um advérbio ou uma oração. Nesse caso, o “que” é antecedido pelo substantivo “eletrodomésticos”. E é fácil perceber que ele se refere a ele.
    Veja:
    Os eletrodomésticos. Não funcionavam os eletrodomésticos = os eletrodomésticos que não funcionavam. 
    O que limita a repetição da palavra “eletrodoméstico”, dando a noção clara de que ele se refere a ele, sem ter a necessidade de repeti-lo.
     d) “ninguém mais fraco do que nós”
    Aqui temos um caso de Conjunção Comparativa. Nesse caso, ela está representando o segundo elemento da comparação (=nós). Essa frase compara que “ninguém” é mais fraco do que “nós”.
     e) “Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem”
    Idem A e B. 
  • Bem, pessoal, para mim a maneira mais fácil de resolver essa questão é também a mais conhecida, ou seja: substituir o que por o qual, a qual, os quais ou as quais. Se a frase preservar o sentido, então o que estará exercendo a função de pronome relativo.

    “eletrodomésticos que (os quais) não funcionavam”

    Em nenhuma outra alternativa a substituição é possível.

    Valeu!
  • Olá pessoal, uma dica que acho interessante nesses casos é ,em primeiro lugar, substituir o pronome "QUE"  por: ISSO ou DISSO; sempre que a frase mantiver o sentido o "QUE" será uma conjunção integrante, assim será mais fácil chegar á resposta certa, porém, sem esquecer que este método não é 100% aplicável, por isso é sempre bom prestar bem a
    atenção aos comentários dos outros colegas. espero ter ajudado.


    Bons estudos!!!

ID
739879
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



“Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você.”

O conectivo “porque”, no contexto acima, estabelece relação de:

Alternativas
Comentários
  • CONECTIVOS subordinativos CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Também as locuções: por isso que, pois que, já que, visto que…
    Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.

  • O conectivo "porque" exprime ideia de causa. Portanto, assertiva B correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.

  • Questão correta letra B, porque é uma oração subordinada adverbial  causal.

    Causais - Exprimem o motivo, a causa do fato expresso em outra oração. são introduzidas por: como, já que, uma vez que, porque, visto que, etc.:
    "Como o silêncio se prolongasse, Anselmo resolveu rompê-lo." (Machado de Assis)

    Graça e Paz
  • Conectivos causais: indicam a causa de algo.

    Já que, porque, que, pois que, uma vez que, sendo que, como, visto que, visto como, como etc.
    Ex: Passou no concurso, porque estudou muito.

    Borra Ceperj

ID
739882
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



Alguns vocábulos sofrem alteração de timbre da vogal tônica ao serem flexionados, como ocorre em olho – olhos.

O mesmo fenômeno pode ser verificado na seguinte palavra do texto:

Alternativas
Comentários
  • alternativa: e

    Substantivos com plurais metafônicos Certos substantivos, ao serem flexionados em plural, apresentam variação  no timbre da vogal tônica “o” de fechada para aberta. abrolho; antolho; aposto; caroço; choco; corcovo; coro; despojo;  destroço;defeituoso; escolho; corvo; esforço; estorvo; fogo; forno; foro; fosso;  imposto; jogo; miolo; mirolho; olho; osso; ovo; poço; porco; porto;  posto; povo; reforço; renovo; rogo; sobrolho; socorro; tijolo; toco; tojo;  tordo; torto; tremoço; troco; troço.
    Não apresentam metafonia: acordo; adorno; algoz; almoço; alvoroço; arroto; boda; bojo; bolso;boneca;  cachorro; caolho; coco; esboço; esposo; estojo; engodo; ferrolho; fofo;  forro; gafanhoto; globo; golfo; gorro; gosto; gozo; horto; jorro; lobo;  logro; moço; molho; morro; mosto; namoro; pescoço; piloto; piolho;  poldro; polvo; potro; reboco; rebojo; repolho; restolho; rolo; rosto;  sogro; sopro; soro, suborno, toldo; topo; torno; transtorno
  • Pessoal,

                De-fei-tu-o-so (ô) - Singular.
                De-fei-tu-o-sos (ó) - Plural.
                Portanto, assertiva E correta.

    Conhecimento + dedicação + equilíbrio = sucesso.

  • Alguns substantivos, além de receberem a desinência -s na formação do plural, trocam o o tônico fechado(ô) pelo o tônico aberto (ó). Chamado de plural metafônico:
    Singular (ô): aposto, coroço, corpo, despojo e destroço.
    Plural (ó): apostos, caroços, corpos, despojos e destroço

    Graça e Paz
  • a) bonéca - bonécas

    b) consêrto - consêrtos

    c) lamentável - lamentáveis

    d) infortúnio - infortúnios

    e) defeituÔso - defeituÓsos

    A acentuação está incorreta, é somente para demosntrar a tonicidade da palavra.

    Bons estudos

     

  • RESPOSTA:

    E) DEFEITUOSOS

    POIS EM DEFEITUOSO O "O" SOA FECHADO

    JÁ EM DEFEITUOSOS O "O" SOA ABERTO

  • E) DEFEITUOSOS

    EXPLICAÇÃO DA QUESTÃO BEM SIMPLES,

    NA VERDADE O QUE OCORRE É NASALIZAÇÃO DAS PALAVRAS QUANDO FLEXIONADA ,

    OLHO - SOM NASAL -- OLHOS - SOM ORAL

    MESMO OCORRE EM DEFEITUOSO - SOM ORAL  -- DEFEITUOSOS - SOM NASAL

  • Tomar cuidado com o plural metafônico, que é aquele que se passa de uma vogal fechada para uma vogal aberta.
    Corpo -> Corpos
    Olho -> Olhos

    letra: "e"

  • Letra E

    defeituÔso - defeituÓsos

    outros exemplos:

    Singular (ô): aposto, caroço, corpo, despojo e destroço.
    Plural (ó): apostos, caroços, corpos, despojos e destroço

  • Defeituôso - Defeituósos

  • O "famoso" plural metafônico.

    Quem assistiu "Os Melhores do Mundo" irá lembrar...rsrsrs 

  • Análise:

    Vogal tônica - O timbre pode sofrer alteração ao ser pronunciado da forma singular para o pural.

    a)     Bonecas - Tanto "Boneca" e "Bonecas" possuem a mesma vogal tônica: "A"

    b)     Conserto - Tanto "Conserto" e "Consertos" possuem a mesma vogal tônica "O"

    c)     Lamentável - Tanto "Lamentável" e "Lamentáveis" possuem a mesma vogal tônica "Á"

    d)    Infortúnio - Tanto "Infortúnio" e "Infortúnios" possuem a mesma vogal tônica "Ú"

    e)     Defeituosos - A palavra no singular apresenta vogal tônica "Ô" e no plural apresenta vogal tônica "Ó"

  • Resumindo:

    defeituoso = timbre fechado

    defeituosos(ex: to timbre ao se pronunciar no plural "seria" "defeituósos") = timbre aberto

  • São chamados de plurais metafônicos, o timbre da vogal tônica altera de O para Ó.

  • A metafonia é manifestada por meio do plural dos substantivos, na qual ocorre a alternância de timbre da vogal, ou seja, no singular a vogal é pronunciada com um som mais fechado, e no plural, com um som aberto. Fechado: ô Aberto: ó Fonte: Mundo Educação

ID
739888
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



“àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido.”

O trecho acima poderia ser reescrito, unindo-se as orações por meio de um conectivo.

A reescritura que preservaria o sentido original do trecho seria:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B. IDEIA DE EXPLICAÇÃO: b) porque o infortúnio tinha nos unido.

  • Ideia de causa.
    Como o infortúnio tinha nos unido, àquela altura já éramos amigas.

ID
739891
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



A palavra “lendário” foi formada por derivação sufixal.

Outra palavra do texto que apresenta apenas derivação sufixal é:

Alternativas
Comentários
  • letra c)

    a)n tem derivação
    b)hibridismo

    c) Significado de Secamente

    adv.

    De modo sêco; com frieza ou descortesia.
     

    d) n tem derivação
    e) parassintética

  • complementando...

    b) automóvel
    - hibridismo
    É a junção de elementos originários de línguas diferentes.
    auto (grego) + móvel (latim)


    e) infortúnio - parassintética
    Ocorre por meio da junção simultânea de um prefixo e sufixo ao radical, sem que a palavra possa existir apenas com um dos afixos.

  • GABARITO: LETRA C

    AGREGANDO CONHECIMENTO:

    Derivação: forma palavras pelo acréscimo de afixos. A derivação se divide em:

    ■ Prefixal: pela colocação de prefixos: reler, infeliz, ultravioleta, super-homem.

    ■ Sufixal: pela colocação de sufixos: boiada, canalizar, felizmente, artista.

    ■ Prefixal-sufixal: pela colocação de prefixo e sufixo numa só palavra: deslealdade, infelizmente, desligado.

    Parassintética (ou parassíntese): pela colocação simultânea de prefixo e sufixo numa mesma palavra: entardecer, entristecer, desalmado, emudecer.

    → A diferença entre a derivação prefixal-sufixal e a derivação parassintética está no fato de que na primeira podemos tirar o prefixo ou o sufixo e a palavra continua existindo; na segunda, se tirarmos o prefixo ou o sufixo, o que sobra não existe em língua portuguesa:

    deslealdade = desleal, lealdade — derivação prefixal-sufixal

    entardecer = *entarde, *tardecer — essas palavras não existem — derivação parassintética.

    Regressiva: pela redução de uma palavra primitiva: sarampo (de sarampão), pesca (de pescar), barraco (de barracão), boteco (de botequim).

    → quando a palavra original a ser reduzida é um verbo, recebe o nome de derivação regressiva deverbal: pesca (de pescar).

    Imprópria: pela mudança de classe gramatical da palavra: o jantar (substantivo formado pelo uso do verbo jantar), o belo (substantivo formado pelo uso do adjetivo belo).

    FONTE: Agnaldo Martino; Pedro Lenza - Português Esquematizado.


ID
739894
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



A palavra “pobres” não sofre flexão de gênero; a variação entre feminino e masculino é indicada por outras palavras que a acompanham.

O mesmo ocorre com a seguinte palavra do texto:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra D)

    COMUM DE DOIS GÊNEROS  
    é o substantivo que apresenta uma só
    forma para ambos os gêneros, efetuando-se a distinção por meio do
    artigo ou de qualquer outro determinante.
    Ex.: o/a militante, um/uma artista, aquele/aquela colega, seu/sua dentista,
    dois/duas estudantes, esse/essa jovem, um/uma mártir,
    aquele/aquela pianista etc.

    letra d)
  • É POSSÍVEL DIZER ASSIM:

    O ESCRITOR E A ESCRITORA

    O HOMEM E A MULHER

    OS DONOS E AS DONAS

    OS FRACOS E AS FRACAS

    VEJAM, AINDA QUE SE RETIRE OS ARTIGOS,CERTAMENTE CONSEGUIREMOS IDENTIFICAR O GÊNERO, CONTUDO, VEJAM:

    O MILITANTE E A MILITANTE

    SE RETIRASSEMOS OS ARTIGOS NÃO SERIA POSSÍVEL IDENTIFICAR NA LETRA "D" O GÊNERO.

  • a) substantivo biforme

    b) substantivo biforme heterônimo

    c) substantivo biforme

    d) substantivo uniforme comum de dois gêneros

    e) substantivo biforme

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    O substantivo comum de dois gêneros só se refere a pessoas e tem seu gênero e sexo indicado por determinantes (masculinos e femininos). O substantivo sobrecomum só se refere a pessoas e tem seu gênero indicado por um determinante apenas (ou masculino, ou feminino), que serve para ambos os sexos. O substantivo epiceno refere-se a animais e plantas e tem seu gênero indicado por determinantes (masculinos e femininos; o sexo é indicado pelos adjetivos “macho” e “fêmea”).

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.


ID
739897
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



De acordo com as regras gramaticais, em alguns casos é obrigatória a próclise, ou seja, a colocação do pronome antes do verbo.

Um exemplo de próclise obrigatória, segundo a chamada norma culta da língua, está em:

Alternativas
Comentários
  • Letra E:

    Palavras com sentido negativo: (não, nunca, jamais, ninguém, nada, nenhum, nem ) são palavras atrativas, ou seja, uso obrigatório da próclise.

    Ex:

    Nunca se meta em confusões

    Nada nos deterá!
    •  LETRA E

    •  
    • COMENTNDO AS DEMAIS QUESTÕES:
    • a) “Posso lhe dizer”
    Nas locuções verbais observar o verbo auxiliar ( posso) e o principal ( dizer)

    outra construção admitida também seria com o infinitivo: Posso dizer-lhe


    • b) “Um homem nos recebeu"
    •  Com não há palavra atrativa antes do  pronome "nos", NÃO HÁ REGRA. Assim uso o que quiser!
    •  
    •  c) “para várias de nós não haveria volta”
    Não há pronomes clíticos!

    •  d) “O infortúnio tinha nos unido.”
    •    admite também a forma "nos tinha unido"  pois como NÃO HÁ PALAVRA ATRATIVO, USO A REGRA QUE QUISER!
    •  
    •  e) “Mas não se preocupe”
    • presença da palavra atrativa "não" . USO DA PRÓCLISE OBRIGATÓRIA!
  • Olá, companheiros de estudos.
    Detalhando esse assunto , segue os casos obrigatórioas da próclise.

    Próclise (pronome aparece ANTES do verbo)

    Casos obrigatórios do uso da Próclise:
    1) Depois dos advérbios (aqui, não, jamais, ali, já, amanhã, ontem, hoje, nunca, quando...)
    Exemplos:
                     Aqui SE trabalha
                     Não O chame de tolo.

    2) Depois dos pronomes indefinidos (alguém, ninguém, nenhum, pouco, tudo, muito...)
    Exemplo:
                     Alguém SE esqueceu do chapéu.
                     Ninguém ME avisou.

    3) Depois de pronomes relativos (que, quem, o qual, cujo...)
    Exemplo:
                   Aquele que SE esforça, alcança graças.

    4) Depois de conjunções subordinativas (que, porque, se, embora, conforme...)
    Exemplo:
                   Irei agora, porque ME esqueceram aqui.

    5) Entre uma preposição e um verbo no gerúndio. (EM + gerúndio)
    Exemplo:
                    Em SE tratando...

    6) Antes de verbos no infinitivo flexionado.
    Exemplo:
                   Não serás criticado por ME dizeres a verdade.

    7) Em orações negativas, interrogativas, exclamativas e optativas.
    Exemplos:
                       Ninguém NOS convidou.
                       Quanto TE custará?
                       Deus O perdoe.
                       Como SE estuda nessa vida.
                    

    Somos brasileiros ,e por isso, não devemos para de estudar até a nossa meta alcançar.
     
  • Casos de próclise obrigatória:

    - Palavra negativa:
    Ex.: Não me deixe sozinho esta noite!

    - Pronomes indefinidos:
    Ex.: Alguém me disse que você vai ser transferido.

    - Pronomes relativos:
    Ex.: O livro que me emprestaste é muito bom. 

    - Conjunções subordinativas:
    Ex.: Confiei neles, assim que os conheci.

    - Advérbios:
    Ex.: Ontem os vi no cinema.

    Portanto, palavra negativa próclise na ativa!

    Reposta correta letra "e".





     

  • Um pequeno comentário na letra d), na verdade há regra quanto a colocação pronominal nesse caso. Se você tem verbo auxiliar + particípio, você possuí duas possibilidades de usar os pronomes:

    1ª) Próclise ao auxiliar: O infortúnio nos tinha unido.
    2ª) Ênclise ao auxiliar: O infortúnio tinha nos unido. 
  • Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.

    PRÓCLISE

    Usamos a próclise nos seguintes casos:

    (1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

    Nada me perturba.
    Ninguém se mexeu.
    De modo algum me afastarei daqui.
    - Ela nem se importou com meus problemas.

    (2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

    Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
    - É necessário que a  deixe na escola.
    - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

    (3) Advérbios

    Aqui se tem paz.
    Sempre me dediquei aos estudos.
    Talvez o veja na escola.

    OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

    - Aqui, trabalha-se.

    (4) Pronomes relativosdemonstrativos e indefinidos.

    Alguém me ligou? (indefinido)
    - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
    Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

    (5) Em frases interrogativas.

    Quanto me cobrará pela tradução?

    (6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

    - Deus o abençoe!
    - Macacos me mordam!
    - Deus te abençoe, meu filho!

    (7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

    Em se plantando tudo dá.
    Em se tratando de beleza, ele é campeão.

    (8) Com formas verbais proparoxítonas

    - Nós o censurávamos.

  • (próclise) VER (mesóclise) BO (enclise)

    PRÓCLISE:
    - orações:
     a) exclamativas; e
     b) Optativa.
    - em + gerundio
    - com palavras atrativas:
     a) advérbios;
     b) pronomes; e
     c) conjunções subordinativas.
    Obs.: A palavra atrativa deixa de ser atrativa se for isolada com uma vírgula. Mas se a vírgula for para isolar um termo inferente a palavra atrativa perderá ou não sua atração.

    MESÓCLISE:
    - com verbos no futuro (do presente ou do pretérito)

    ENCLISE:
    - com verbos que se iniciam oração.

    "Eu sei que é difícil esperar, mas Deus tem um tempo para agir e pra curar. Só é preciso confiar!"
  • Neste caso, a próclise tornou-se obrigatória por causa do ''não''.

    ex.: Nunca se afaste de deus; Não se importe com opiniões alheias.

    abcs.


ID
739900
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



A substituição da expressão grifada por um pronome pessoal está corretamente realizada em:

Alternativas
Comentários
  • a) assina esta coluna – assina-lhe
    ERRADO.quem assina assina alguam coisa, VTD. complemento de OD é o(s), a(s) e não LHE, que é complemento de OI. O certo seria assiná-la
    b) formamos um grande grupo – formamo-nos
    ERRADO. aqui eu n sei a regra nao..fui pelo feeling msm. formamo-nos da uma ideia duplicada..nós  formamos...formamos um grande grupo ja seria sufuciente.
    c) vamos tomar o poder – vamos tomá-lo
    CERTO. complemento de VTD é OD. aqui, funcionando como tal o "o".
    d) mudar o mundo – mudar-se
    ERRADO. mudá-lo seria o certo.
    e) preparando a revolução – preparando-na
    ERRADO. preparar e VTDI. quem prepara prepara alguma coisa para alguem. a revolução é OD, porem a forma esta errada. estaria correto se fosse preparando-a.
  • Só complementando...

    Após formas verbais terminadas em r,s ou z os pronomes oblíquos o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las.

    Sendo assim,

    Vamos tomar o poder - Vamos tomá-lo.
  • Felipe Nobre,
    em relação a alternativa B que vc foi pelo feeling, a regra se dá pela terminação, como mencionado pelo colega acima, ou seja, as palavras com as terminações R,S,Z são alteradas para LO, LA, LOS, LAS e não NO como é dito na alternativa. Somente será empregado o NO quando as palavras terminarem com som anasalado!!
    Espero tê-lo ajudado!!
  • Só complementando, com relação a alternativa "a" o correto seria assina-a e não assina-la. O segundo caso só ocorreria, se o verbo estivesse inicialmente no infinitivo, ou seja, assinar. Nessa hipótese, deveriamos substituir a desinência "R" pelas formas: lo, la, los, las.



    Sucesso para todos nós!
  • TAMBÉM A RESPEITO DAS VARIAÇÕES COM VTD...
     
    VERBOS TERMINADOS EM SOM NASAL (M/ ~) USA-SE : NO/ NA (S)

    EX.:

    AJUDARAM A ALUNA = AJUDARAM-NA.

    PÕE O LIVRO SOBRE A MESA = PÕE-NO SOBRE A MESA.
     

  •  a) O lhe, que não exerce função de objeto direto, não pode retomar esta 

    coluna, que é um objeto direto. O adequado seria assina-a, pois o pronome a, além 

    de concordar em gênero e número com termo substituído, exerce função de objeto 

    direto.

    b) O adequado é formamo-lo, pois o verbo termina em s.

    c) Como o verbo  termina em r, usa-se o pronome átono lo para retomar o termo substituído o poder. 

    d) Mudá-lo.

    e) Preparando-a.

  • Os textos que a CEPERJ escolhe pelo menos são bons kk adorei


ID
739906
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



Dentre os verbos irregulares há aqueles que apresentam alguma variação no radical, ou seja, na “base” da palavra.

Um exemplo de verbo irregular encontra-se no seguinte exemplo do texto:

Alternativas
Comentários
  • verbo SER é irregular por nao apresentar o msm radical nas conjugaçoes:
    eu sou eu fui eu era
    tu és tu foste tu eras
    ele/ela é ele/ela foi ele/ela era
    nós somos nós fomos nós éramos
    vós sois vós fostes vós éreis
    eles/elas são eles/elas foram eles/elas eram
  • Na realidade, o verbo “ser” é um verbo anômalo e não irregular como afirma o enunciado.
    Verbos irregulares possuem pequena alteração em seu radical. Diferentemente, ocorrerão mudanças "radicais" nos verbos anômalos.
     
    Verbos Irregulares
    Verbos: ter, entreter, manter, deter, obter, reter, conter.
    Verbos: por, dispor, supor, depor, repor, compor.
    Verbos: ver, prever, antever, entrever, rever.
    Verbos: vir, intervir, provir, advir, convir.
    Tempo Ter Por Ver Vir
    Presente Eu tenho Eu ponho Eu vejo Eu venho
    Pretérito Perfeito Eu tive Eu pus Eu vi Eu vim
    Pretérito Imperfeito Eu tinha Eu punha Eu via Eu vinha
    Pretérito mais-que-perfeito Eu tivera Eu pusera Eu vira Eu viera
    Futuro do Presente Eu terei Eu porei Eu verei Eu virei
    Futuro do Pretérito Eu teria Eu poria Eu veria Eu viria
     Verbos Anômalos (Irregular dos irregulares)
      Saber Estar Ser Ir
    Presente Sei Estou Sou Vou
    Pretérito Perfeito Soube Estive Fui Fui
    Pretérito Imperfeito Sabia Estava Era Ia
    Pretérito mais-que-perfeito Soubera Estivera Fora Fora
    Futuro do Presente Saberei Estarei Serei Irei
    Futuro do Pretérito Saberia Estaria Seria Iria
  • Para saber se um verbo é irregular,deve-se conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo(tempos primitivos).Se houver qualquer irregularidade,ela se manifestará em um desses dois tempos.Exemplo com o verbo 'pedir':

    Presente do indicativo : eu peç o/tu ped es/ele ped e/nós ped imos/vós ped is/eles ped em

    Pretérito perfeito do indicativo:eu ped i/tu ped iste/ele ped iu/nós ped imos/vós ped istes/eles ped iram

    Nota-se que na primeira pessoa do singular do presente o indicativo,o radical altera-se para peç-;trata-se,portanto,de um verbo irregular.

    Há casos em que a irregularidade do verbo se apresenta não no radical,mas nas desinências.Exemplo:verbo 'estar'-  est ou/es tás/est á/est amos/est ais/est ão

    Curso Prático de Gramática / Ernani Terra
  • O verbo ser é ANÔMALO para a maioria dos gramáticos! Já o verbo escrever tem seu particípio irregular (ESCRITO). Ele deveria ser a resposta certa!

  • Eu discordo do gabarito, verbo ser é anômalo.

  • Verbo SER é considerado Anômalo. Gabarito incorreto.

  • Pessoal, isso é uma simples questão de nomenclatura. Um verbo anômalo é um verbo, simplesmente, muito irregular ou irregular em várias de suas formas, apresentando até mais de um radical. A banca, portanto, não estava de todo errada na formulação da questão. O gabarito está correto.

  • Anômalo é a mesma coisa que Irregular, pelo menos é o que percebi respondendo duas questões já, inclusive anotei esta observação.

  • Letra D.

     

    Comentário:

     

    A alternativa (D) é a errada, pois o verbo “éramos” modifica o radical: eu sou, tu és, ele é... Naquela época, nós éramos...

    As demais alternativas possuem verbos regulares, pois os radicais não se modificam: “escrev-“, “viv-“, “lev-“, “fal-“.

     

     

     

    Gabarito: D

     

     

    Prof. Décio Terror

  • Verbo Ser é anomalo e nao irregular, banca foi no mínimo irresponsável.

  • A BANCA ERROU VERBO SER ANOMALO E NÃO IRREGULAR

  • Algumas bancas não fazem distinção entre anômalo e irregular, exclusivamente, no que diz respeito aos verbos de ligação. Segue questão mais recente cobrada pelo Instituto AOCP - 2020: Q1166372 - Verbo Irregular = anomalo


ID
739918
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Mesmo não havendo registro de incidentes no País”
O trecho acima poderia ser reescrito, sem alteração do sentido essencial, da seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B. Indica uma concessão à idéia expressa pelo verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, posto que, a menos que, se bem que, conquanto, mesmo que, nem que, apesar de que, (por mais) que, (por muito), que etc.

ID
739921
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

No rol dos princípios que podem ser aplicados às relações de consumo reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor não se inclui:

Alternativas
Comentários
  • Peraí..
     
    Tá dizendo ali que NÃO SE INCLUI no rol dos princípios.
     
    Aí o cara responde que se inclui nos princípios a autonomia da vontade.
     
    Como pode ser certa?
     
  • Galera o principio que NAO  se inclui entre os aplicados ao CDC é o da AUTONOMIA DA VONTADE.


    GABARITO " C "
  • Segundo a doutrina moderna todo contrato deve atender o principio da funçao social.  Hoje,  a ideia classica do direito frances pacta sunt servanda  traduzido pela expressao  '' autonomia da vontade''  nao é suficiente para formaçao do contrato. É necessario que ele esteja e consonância com os principios norteadores do direito. Apesar de ainda ser a regra dizer que o contrato faz lei entre as partes essa expressao caiu em desuso dando lugar a AUTONOMIA PRIVADA, mais correto tecnicamente.
  • Quer dizer que nas relações de consumo não existe "autonomia da vontade"?
    Quer dizer que o consumidor não tem autonomia para contratar?
    Questão absurda.
  • Franco, as normas contidas no CDC têm natureza cogente, de ordem pública, que se referem a uma relação jurídica de interesse social. Como consequência, têm aplicação compulsória por parte do Estado, em seus três poderes. Em relação aos sujeitos, a vontade do consumidor e do fornecedor não tem capacidade de modificar tais normas. Os direitos subjetivos das normas cogentes são intangíveis. Trata-se da intervenção do Estado na vontade das pessoas, mais conhecida como intervencionismo estatal.
  • RESPOSTA É A LETRA "C"

    A doutrina mais recente entende ser aplicável a função social do contrato e não apenas o princípio da autonomia da vontade. Estamos diante então de normas de natureza cogente, ou seja, normas que não toleram renúncias. Normas em relação às quais são invalidos eventuais contratos ou acordos que busquem afastar sua incidência. Portanto seria um contraditório aplicar o princípio da autonomia da vontade deste caso.

    O STJ recentemente julgou no sentido:
    "As normas de proteção e defesa do consumidor têm índole de 'ordem pública e interesse social'. São, portanto, indisponíveis, inafastáveis, pois resguardam valores básicos e fundamentais da ordem jurídica do Estado Social, daí a impossibilidade de o consumidor abrir mão 'ex ante' e no atacado". ( STJ, RESp 586.316, Rel. Min. Herman Benjamin).

    Espero ter ajudado.
  • questao louca, rsss

    quer dizer que o contrato é feito a força??

  • Princípios do direito do consumidor = A HARMONIA VUNERÁVEL DEVE GARANTIR A BOA FÉ, TRANSPARêNCIA e ACESSO a todos os consumidores! Fonte: eu ;-)

    P. Harmonização das relaçoes

    P. Vunerabilidade

    P. Dever Governamental

    P. da Boa-Fé

    P. Transparência e Informação

    P. do Acesso à Justiça

     

     

     

  • REALMENTE autonomia da vontade não consta do artigo do CDC que indica os princípios, entretanto, dizer que a autonomia da vontade não existe é meio forçado


ID
739924
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Várias relações jurídicas não são consideradas relações de consumo. Das citadas abaixo, é considerada de relação de consumo:

Alternativas
Comentários

  • B) 2 - A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que não se
    aplica o Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicasexistentes entre condomínio e condôminos.
    REsp 679019

    C) I. O contrato de franquia, por sua natureza, não está sujeito ao
    âmbito de incidência da Lei n. 8.078/1990, eis que o franqueado nãoé consumidor de produtos ou serviços da franqueadora, mas aquele queos comercializa junto a terceiros, estes sim, os destinatáriosfinais. REsp 632958

    E) Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicas estabelecidas entre pessoas jurídicas e bancos, porquanto os serviços de manutenção de contas correntes e aplicações
    financeiras prestados pelos bancos configuram relação de consumo, sendo a empresa a destinatária final do produto.
    REsp 1007692
  • Assim, Eros Grau não acolheu a distinção feita pelo ministro Nelson Jobim entre “operações bancárias”, às quais não caberiam as regras do CDC e “serviços bancários” sujeitos à aplicação do Código. Eros observou, no entanto, que o Banco Central deve continuar a exercer “o controle e revisão de eventual abusividade, onerosidade excessiva ou outras distorções na composição contratual da taxa de juros, no que tange ao quanto exceda a taxa base [de juros].”

    Em seguida, votou o ministro Joaquim Barbosa que também entendeu que o pedido formulado pela Consif é improcedente. Para o ministro, não existe inconstitucionalidade a ser pronunciada no parágrafo 2º do artigo 3º do CDC. “São normas plenamente aplicáveis a todas as relações de consumo, inclusive aos serviços prestados pelas entidades do sistema financeiro”, completou.

    O mesmo entendimento foi adotado pelos ministros Carlos Ayres Britto e Sepúlveda Pertence que, após o pedido de vista de Cezar Peluso, decidiu antecipar o voto. Ao votar, o ministro Pertence observou que após a revogação do parágrafo 3º do artigo 192 da Constituição Federal pela Emenda 40/2003, o voto do ministro Carlos Velloso “perdeu a sua base positiva”. O dispositivo limitava a taxa anual de juros a 12%. 

  • Não são consideradas relação de consumo:
    - condomínios
    - divórcios
    - alimento e  guarda de filhos
    - inventário
    - aposentadorias
    - dívidas tributárias
    - condominio
    - franquia
    - locação
    - arrendamento rural(tipificado como locação)
  • Artigo 3º do CDC. Conta-corrente é uma operação naturalmente financeira.

  • Súmula 297 do STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.


ID
739927
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

No campo da Política Nacional de Relações de Consumo, não se inclui nos princípios que informam a atuação das ações governamentais o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • CDC

    Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: 

            I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

            II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:

            a) por iniciativa direta;

            b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;

            c) pela presença do Estado no mercado de consumo;

            d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.

             III - (...)

  • Alternativa CORRETA letra " E "

                          A proteção ao desenvolvimento econômico não consta no rol elencado no art. 4, II do CDC.


    Insista, persista, não desista.

    Bons estudos

    DEUS seja conosco,




ID
739930
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Quando o Estado W organiza a Defensoria Pública de defesa do consumidor, ele está realizando no âmbito da Política Nacional das Relações de Consumo:

Alternativas
Comentários
  • Pessoal,
    Enviei o requerimento abaixo destacado à EQUIPE QC...
    Solicito a quem estiver de acordo e quiser colaborar, a enviar mensagem de apoio, pois quanto mais requerimentos, maior será a possibilidade de implementação da ferramenta...
    Lembro que a idéia original pertence ao usuário Valdir Faleiro, a qual considero relevante e pertinente no auxílio de nossos estudos...
    “Tendo em vista que muitos usuários têm dúvidas acerca das questões e comentários, e solicitam expressamente no campo 'comentários' auxílio daqueles usuários avançados que detem maior conhecimento acerca da matéria, e no sentido de facilitar essa comunicação entre o usuário solicitante da informação e o usuário que se dispõe a ajudar, sugiro que a equipe técnica crie uma ferramenta ao lado do perfil do usuário solicitante, com uma opção simples do tipo 'responderam a sua dúvida', de modo que o usuário solicitante receba imediatamente em seu perfil e no seu email cadastrado a resposta para a sua dúvida, deste modo, o site atenderá em tempo real e mais rapidamente às inúmeras dúvidas sobre as questões, com uma maior interatividade entre os usuários.”
  • a) ERRADO - as promotorias de justiça de defesa do consumidor são orgãos oriundos do ministério público. b) CERTO - Basta lembrar do art. 134 da CF: "A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. c) ERRADO - Juizado Especial de Pequenas Causas é um órgão do sistema do Poder Judiciário, destinado a promover a conciliação, o julgamento e a execução das causas consideradas de menor complexidade pela legislação. d) ERRADA - Estimular associações de defesa do consumidor não é função precípua da defensoria pública, como já foi apontado no art. 134 da CF.  e) ERRADA - Delegacia do Consumidor é uma unidade policial especializada, órgão de execução da política nacional protetiva do consumidor, cuja finalidade precípua é a apuração das infrações penais contra as relações de consumo.
  • Alternativa CORRETA letra "B"

                                  Solicito , após reflexão, apoio á iniciativa do colega "dando tempo", gostei! 
  • unico gratis eh a D.P.

  • Estamos falando do rol do art.5  onde fala da execução da Política Nacional das Relações de Consumo, e o que a questão quer ? é a função da defensoria nessa execução da política nacional da defensoria, e a função é exatamente a letra B 

  • O instrumento da Política Nacional das Relações de consumo,  inciso II do Art 5 do CDC: " A manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente´"  se configura concretamente na crianção de Defensoria pública de defesa do consumidor carente. 


ID
739933
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

No sistema de proteção aos riscos nas relações de consumo reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, pode-se identificar a denominada teoria da:

Alternativas
Comentários
  • gab: "b"
    Encontrei a reposta na doutrina de Claudia Lima Marques para quem a Teoria da Qualidade  significa que o CDC positivou um  dever legal para o fornecedor, um dever anexo: o dever de qualidade. A teoria da qualidade concentra-se no objeto da prestação contratual, pois visualiza o resultado da atividade dos fornecedores, de modo a impor-lhes o dever de qualidade dos produtos que colocam no mercado. Esta teoria se materializaria na responsabilização, prevista nos artigos 12 a 25 do CDC (lei 8.078), tanto pelo fato quanto pelo vício do produto/serviço.

ID
739936
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Quando a empresa W franqueada da empresa Y pratica um ato que lesa direito do consumidor, a responsabilidade do franqueador é identificada como a figura do fornecedor:

Alternativas
Comentários
  •  
    Categorias de Fornecedores
    - Fornecedor Real, por exemplo, fabricante, produtor, construtor, montador (art. 25, parag. 2o, CDC).
    - Fornecedor Presumido é o importador de produto industrializado ou in natura.
    - Fornecedor Aparente é o chamado quase-fornecedor, sendo aquele que coloca o seu nome em produto industrializado por 
    outro.
  • Letra B - correta

    Fornecedor real -  envolve o fabricante, o produtor e o construtor.

    Obs: é real, pois são pessoas que realmente fabricam, produzem ou constroem o produto para ser colocado no mercado de consumo.

    Fornecedor aparente: compreende o detentor do nome, marca ou signo aposto no produto final.

    Ex: Mac Donald's coloca a marca aposta no produto final, mas o pão, a carne, o presunto, o queijo, não são produzidos/fabricadas por ela. Ela aparente ser a fornecedora real, mas é apenas aparente pois leva o seu nome no produto.

    Fornecedor Presumido -  abrange o importador de produto industrializado (concessionária que vende veículos importados) ou in natura (peixaria que vende peixes, lagostas, importados) e o comerciante de produto anônimo (feirinha que vende produto in natura).

    Obs: é presumido porque não são os reais produtores/fabricantes, nem levam o seu nome nos produtos (não são aparentes), mas presumem fornecedores para proteção legal do consumidor.



ID
739939
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Mévio, diante de problemas mecânicos com seu automóvel, contrata os serviços da Mecânica Irmão e Irmão Ltda., que afirma ter realizado o adequado conserto e cobrou pelos serviços que foram pagos. Mévio, consultando amigo engenheiro mecânico que examinou o automóvel, é informado de que uma peça fundamental para o desempenho do veiculo, não constava da estrutura, apesar de a nota fiscal emitida indicar que a mesma havia sido trocada por uma original nova. O fato narrado caracteriza um caso de:

Alternativas
Comentários
  • O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
    I - sua apresentação;
    II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
    III - a época em que foi colocado em circulação.

    - Em relação aos serviços: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
    § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
    I - o modo de seu fornecimento;
    II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
    III - a época em que foi fornecido.
  • Segundo o CDC é considerado defeituoso o serviço quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em conta as circunstancias relevantes, como o modo de seu fornecimento ou de sua prestação, o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que foi fornecido, não se considerando defeituoso pelo simples fato de adoção de novas técnicas. (art. 14, §§ 1º e 2º)

    Bons estudos e avante !
  • Gabarito letra: A  - Serviço Defeituoso

  • GAB: A

    Art. 14 (...)

     § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:

            I - o modo de seu fornecimento;

            II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

            III - a época em que foi fornecido.


ID
739942
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Sendo o produto não durável, o vício aparente e inexistindo fato obstativo para a incidência de prazo decadencial, o prazo para que o consumidor possa reclamar é de:

Alternativas
Comentários
  • c)30-correto

    No CDC, há Obrigação da troca imediata do produto com defeito de fabricação quando se tratar de bens não duráveis, ou seja, aqueles que se consomem com o uso, tais como roupas, calçados, pilhas, canetas, entre outros. Neste caso, o prazo para o consumidor reclamar contra tais defeitos é de 30 dias.
  • Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

            I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;


ID
739945
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

O Código de Defesa do Consumidor relaciona diversas situações em que é possível a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade quando houver prejuízo ao consumidor. Dentre as hipóteses abaixo, a que não permite a quebra da personalidade é:

Alternativas
Comentários
  • Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
  • Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
  • GABARITO E. CDC, Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito,excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
  • Atenção para não confundir na hora da prova!!!!

    Desconsideração da Personalidade Jurídica no Código Civil (art. 50): 

    1) Desvio de Finalidade;

    2) Confusão Patrimonial.



ID
739948
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Quando a empresa W efetua publicidade afirmando que cobre os preços da concorrência, bastando apresentar prospecto indicando o preço praticado por empresa que comercialize determinado produto também disponibilizado na empresa W, existe a aplicação do princípio da:

Alternativas
Comentários
  • Quando a empresa adota esse tipo de estratégia de Vendas, ela Acaba Vinculando Seus preços com as da concorrente ( preço do panfleto ).
    tambem se nota que as outras opçoes nada tem a ver com o principio descrito acima.!
  • vinculação: Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.

  • O princípio da vinculação da publicidade reflete a imposição da transparência e da boa -fé nos métodos comerciais, na publicidade e nos contratos, de modo que o fornecedor de produtos ou serviços obriga-se nos exatos termos da publicidade veiculada.

    Assim, ofertou, vinculou. Prometeu, tem de cumprir!

  • Princípio da VINCULAÇÃO da oferta ao contrato, que diz, "Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado".


ID
739951
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma despesa não incorrida e paga no exercício, relativa à prestação de serviços à empresa por parte de terceiros e cujos benefícios se estenderão pelos próximos doze meses, deverá ser classificada no seguinte grupo:

Alternativas
Comentários
  • despesa não incorrida e paga --> o pagamento foi efetuado mas a despesa ainda não foi apropriada pelo regime de competência.
    ex:

    seguros a vencer (AC)
    a Caixa

    apropriação a medida que ocorre a despesa:

    Seguros (despesa)
    a Seguros a vencer (AC)
  • gabarito letra A

    Um exemplo bem facil é quando a empresa contrata serviço de seguros, nesse tipo de operação a empresa muitas vezes paga antecipadamente o valor total do contrato (desembolso), mas somente poderá apropriar como despesa do exercicio no momento da ocorrencia do fato gerador (utilização dos serviço).

    no nosso exemplo, se o seguro for utilizado ate o termino do exercicio subsequente entao será classificado no Ativo Circulante, se o seguro for utilizado apos o termino do exercicio subsequente entao será classificado no Ativo nao Circulante

    no momento da contratação
    D - seguros a vencer
    C - Banco c/ movimento ou Caixa

    no momento da apropriação mensal
    D - despesa de seguros
    C - seguros a vencer


  • Vejamos da seguinte forma:
    Quando uma empresa paga antecipadamente por um serviço que ainda não foi prestado gera para ela um direito sobre a empresa prestadora de serviço, sendo assim os Bens e Direitos são classificados no ativo. Resta saber se é no curto ou longo prazo:
    lei 6404
    Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
    I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
            Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
    Como o prazo é de 12 meses, ou seja, realizável no curso do exercício subsequente, devemos classificar no AC
    Gabarito "A"

  • Gabarito A


    Trata-se de DESPESAS ANTECIPADAS, que são classificadas como Ativo Circulante.

ID
739954
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma empresa comercial realizou, durante o exercício de 2010, inúmeras operações de vendas de mercadorias a prazo, com emissão de duplicatas. Em 31 de dezembro, cumprindo o princípio da prudência, apropriou uma parcela do saldo a receber em conta representativa de perdas que poderão ocorrer pelo não recebimento. A baixa das duplicatas consideradas incobráveis, depois de esgotados todos os recursos legais para sua cobrança, é efetuada pelo seguinte lançamento:

Alternativas
Comentários
  • constituição de PDD:
    Despesa com PDD 
    a PDD

    qnd os créditos forem considersdos incobráveis:
     PDD
    a duplicatas a receber

    PDD não utilizada:
    PDD
    a reversão de PDD (receita)


  • 1ºVenda com duplicata:
    D- duplicata a receber
    C- Estoque
    2º Reconecimento da provisão
    D- duplicatas a receber
    C- PCLD(PDD)
    3º pelo reconhecimento das perdas consideradas incobráveis
    D- PCLD (PDD)
    C- duplicatas a receber
    Resposta "D"
  • engraçado que me ensinaram que o nome da conta não é mais provisão, pois as provisões agora por definição passaram todas para o passivo, depois do CPC das provisões

    agora o nome seria perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa e continuaria no ativo como retificadora, vai entender..

ID
739957
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Do seguinte elenco de contas: ICMS a Recolher, Despesas Provisionadas, Duplicatas Descontadas, Despesas Antecipadas, Descontos Condicionais Concedidos, Receitas Antecipadas, pode- se afirmar que existem:

Alternativas
Comentários
  • Pela teoria materialista as contas são divididas em:
    Integrais (bens; direitos; obrigações)
    ICMS a Recolher - passivo 
    Duplicatas Descontadas - passivo 
    Despesas Antecipadas - ativo
    Receitas Antecipadas - passivo
    Diferenciais (PL; receitas; despesa)
    Despesas Provisionadas - despesa 
    Descontos Condicionais Concedidos -despesa
    ao meu ver esistem duas respostas corretas: 4 contas integrais e 2 diferenciais - ou me enganei em algo?
  • o gabarito tem duas alternativas corretas: pode ser a B ou a E
  • Boa noite!
    Concordo com os colegas que temos duas respostas, porém não entendo porque o gabarito considerou apenas quatro contas integrais.  Alguém poderia ajudar?
  • A Teoria Materialista divide as contas em: Diferenciais ou de Resultados e Integrais ou Patrimoniais.
    Contas Diferenciais ou de Resultados são aquelas que acarretam diferenças no Patrimonio, isto é, acarretam uma variação na Situação Líquida do Patrimonio.
    São exemplos de Contas Diferenciais ou de Resultados: Impostos e Taxas, Seguros,Comissões Passiva, juros Passivos, Alugueis ativos,Comissões Ativas, Ordenados,Desepsas Gerais, etc.
    Contas Integrais ou Patrimoniais são aquelas que integram o Patrimonio, isto é, todas as contas que representam Bens, Direitos e Obrigações.
    São Exemplos de Contas Integrais ou Patrimoniais: Caixa, Duplicatas a Receber, Duplicatas a Pagar, Promissórias a Pagar, Imoveis, Bancos c?Movimento, Veiculos, Móveis e Utensilios, etc.

    sendo assim concordo com os colegas . possue 4 integrais e 2 diferenciais
  • A QUESTÃO ´´B´´ ESTÁ PARCIALMENTE CORRETA , PORQUE ´´E´´ TAMBEM ESTA CORRETA, ENTÃO SERIA ´´B´´ e ´´E´´  AS RESPOSTAS CERTAS.
  • http://www.euvoupassar.com.br/?go=artigos&a=Zp5ugL81-reT5OWVi_B4nMUg6cbkYeF2VWMalGVxeE8~
  • SOBRE "DUPLICATAS DESCONTADAS"
    CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração

    7. Quando a entidade vende, desconta ou transfere um ativo financeiro (venda ou desconto de carteira de recebíveis, por exemplo), só pode baixá-lo se transferir substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro e se não mantiver envolvimento continuado com ele. Caso contrário, a entidade deve manter os instrumentos financeiros no ativo e tratar o valor recebido como empréstimo. A essência da transação é que deve ser retratada contabilmente. Assim, as duplicatas descontadas (parcela recebida do desconto) são agora classificadas como PASSIVO, sendo que a duplicata a receber continua a ser mantida no ativo até o seu efetivo recebimento.
    Fonte: CPC _ (Com base nos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações editados até 31/12/09) _ www.cvm.gov.br/port/infos/CPC_Destaques(final).pdf
  • Pelo o que entendi Despesas Provisionadas faz parte do Passivo. Ex. Salários a pagar, Impostos a recolher, etc...

ID
739972
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

A Revendedora Comercial ABC Ltda., no mês de setembro, realizou as seguintes operações com mercadorias:

- Dia 10: compra de 750 unidades a R$ 6 cada uma:
- Dia 15: venda de 1.000 unidades a R$ 15 cada uma;
- Dia 20: compra de 2.250 unidades a R$ 8 cada uma;
- Dia 28: venda de 1.500 unidades no total de R$ 22.500.

Sabendo-se que no início do mês havia em estoque 500 unidades no montante de R$ 2.500, e que a incidência de ICMS, nas compras e vendas, era de 10%, o Resultado com Mercadorias no período, pelo método PEPS, foi igual a:

Alternativas
Comentários
  • fazendo os cálculos temos:
    total de mercadoria vendida= 2.500 unidade
    pelo PEPS são vendidos o EI, as compras do dia 10 e 1250 unidades das compras do dia 20, todos com incidência de icms de 10% exceto o Estoque inicial, pois o ICMS do mesmo já foi retirado. então temos um CMV de 14.500-(10% ICMS)+2500(EI)= 15.550
     total das vendas 37500-3750(10% ICMS)= 33.750- 15.550(CMV)= resultado com mercadoria de 18.200
    resposta "C"
  • Vendas
    [1.000 x $ 13,50 (já sem ICMS)] + [$ 20.250 (já sem ICMS)] = $ 33.750

    CMV
                   Saldo inicial / C / V ----------------- CMV -------------------- Saldo estoque
                   500 x $ 5,00                                                                                 $ 2.500
    10/9 C:  750 x $ 5,40 (já sem ICMS)                                                        $ 4.050
    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------
                   1250                                                                                               $ 6.550
    15/9 V:  (1000)             [500 x $ 5,00] + [500 x $ 5,40] = $ 5.200          ($ 5.200)
    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------
                     250                                                                                                $ 1.350
    20/9 C:    2250 x $ 7,20 (já sem ICMS)                                                     $ 16.200
    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------
                     2500                                                                                            $ 17.550
    28/9 V:   (1500)        [250 x $ 5,40] + [1.250 x $ 7,20] = $ 10.350       ($ 10.350)
    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------
                     1500                                                                                             $ 7.250

    CMV total = $ 5.200 + $ 10.350 = $ 15.550
    Lucro Bruto ou RCM = $ 33.750 - $ 15.550 = $ 18.200
    * Claro que não dá para fazer tudo bem detalhado na prova, mas para fins didáticos é melhor.
  • Socorro!! Haja tempo na prova!!
  • Olá. Alguém pode me tirar uma dúvida.  Eu entendi até a parte que se chegou ao valor do CMV (15.550), entendi a parte que se chegou a Receita bruta de vendas (37.500), porém na hora de excluir os valor do ICMS do valor da Receita Bruta, não deveria ser apenas o "ICMS a Pagar"?Pq no caso, o valor do ICMS devido é 3.750, porém, há um crédito de 2.250 do "ICMS a recuperar" que surgiu na entrada das mercadorias, então o valor a pagar de ICMS não seria R$3.750 - R$2.250=R$1.500? Por isso não teria que ser deduzido da receita bruta o montante de R$1.500 a titulo de ICMS, em vez de R$R$3.750? Obrigada

ID
739975
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

Durante o mês de março de 2011, a Empresa Planalto Ltda efetuou as seguintes operações:

- Pagamento de duplicatas no valor de R$ 17.500, após o vencimento, com juros de 10%;

- Compra de mercadorias para revenda no valor de R$ 77.000, com 20% de entrada;

- Recebimento de clientes no valor de R$ 14.000. Como o pagamento foi realizado após o vencimento, houve a cobrança de juros no valor de R$ 1.400;

- Pagamento de despesas gerais no valor de R$ 14.000.

Com essas informações, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Desculpem- me, mas não esta faltando a pergunta nessa questão?
    BjsRe 
  • Pois é, eles deram uma viajada.
  • Nessa prova eu achei a seguinte questão:
    As alternativas não são as mesmas da prova!


    39. Durante o mês de março de 2011, a Empresa Planalto Ltda. Efetuou as seguintes operações:
    -  Pagamento de duplicatas no valor de R$ 17.500, após o vencimento, com juros de 10%;
    -  Compra de mercadorias para revenda no valor de R$ 77.000, com 20%  de entrada;
    -  Recebimento de clientes no valor de R$ 14.000. Como o pagamento foi realizado após o vencimento, houve a cobrança de juros no valor de R$ 1.400;
    -  Pagamento de despesas gerais no valor de R$ 14.000.
    Com essas informações, pode-se a? rmar que:
    A) o passivo diminuiu de R$ 61.600
    B) o ativo teve um aumento de R$ 43.750
    C) o ativo aumentou de R$ 29.750
    D) o passivo teve um aumento de R$ 44.100
    E) o ativo aumentou de R$ 30.100
  • Pelo postado acima, minha resposta é letra C. O ativo aumentou em R$ 29.750. O Passivo aumentou em R$ 44.100 e o PL diminuiu em R$ 14.350. Confere?
  • Não ficou claro o que está sendo pedido pela questão.

  • Não é possível chegar a nenhuma afirmação que  condiz com as alternativas.
  • 1. D - Duplicatas a Pagar - 17.500 - Reduziu o Passivo Circulante em 17.500

      D - Despesa com Juros - 1.750 

      C - Caixa - 19.250 - Reduziu o Ativo Circulante em 19.250


    2. D - Mercadorias - 77.000 - Aumentou o Ativo Circulante em 77.000

     C - Caixa - 15.400 - Reduziu o Ativo Circulante em 15.400

     C - Fornecedores - 61.600 - Aumentou o Passivo Circulante em 61.600


    3. D - Caixa - 15.400 - Aumentou o Ativo Circulante em 15.400

      C - Juros Ativos - 1.400

      C - Clientes - 14.000- Reduziu o Ativo Circulante em 14.000


    4. D – Despesas Gerais – 14.000

       C – Caixa – 14.000 - Reduziu o Ativo Circulante em 14.000

     

    Variação no Passivo Circulante =61.600 - 17.500 = Aumento de 44.100

    Variação no Ativo Circulante = (77.000 + 15.400) – (19.250 + 15.400 +14.000 + 14.000) = Aumento de 29.750

    Ao que parece temos duas respostas certas. C e D.


  • Também achei duas respostas corretas: C) e D)


    O que me faria marcar a D) na prova era simplesmente a forma como a letra C) está escrita, porque está meio estranho "o ativo aumento de R$ 29.750,00".


    Entretanto, não acho que esteja errada, não.


ID
739978
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

A Companhia ABC adquiriu, em 20/04/2005, um equipamento para o seu parque industrial, pagando à vista, o valor total de R$ 252.000. Na ocasião da aquisição, foi considerado um valor residual de R$ 28.000 e uma taxa linear anual de depreciação de 15%. O equipamento foi instalado e colocado em operação cinco dias após sua aquisição. Com essas informações, em 31/12/2008, o valor contábil do referido bem correspondia a:

Alternativas
Comentários
  • 252.000 -28.000 = 224.000 (valor depreciável)

    depreciação 2005= 224.000 x 9/12 x 0,15=25.200
    depreciação 2006 + 2007 +2008 = 224.000 x 3 anos x 0.15=100.800
    depreciação total  = 25.200 + 100.800 = 126.000

    Valor contábil do equipamento = 252.000-126.000= 126.000
  • Complementando o cálculo a cima temos a seguinte teoria:
    CPC 27 ATIVO IMOBILIZADO
    ITEM 6. Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os significados especificados:
    Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas. Custo é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data da sua aquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativo quando inicialmente reconhecido de acordo com as disposições específicas de outros Pronunciamentos, como, por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações. Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual. Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.
    não vou fazer o cálculo, pois o apresentado a cima está excelente.
    Resposta "E"

  • Uaii , Por que foi considerado todo o mês de abril, visto que o equipamento foi adquirido nesse mês ( 20\04\2005).
    Não entendi ! por que não calcular proporcional ? 
  • Nobre colega Janilton,

          A depreciação é contada a partir do mês em que o bem for instalado e independente do dia do mês conta-se o primeiro mês integralmente, qualquer que seja o dia. Com o bem foi adquirido no dia 20/04/2005 e posto em funcionamento cinco dias após, conta-se todo o mês de Abril.
    A fonte é do livro do professor Ed Luiz Ferrari. Eu só não sei o artigo da lei 6404/76.
  • Questão facil uma fez que não consta a alternativa R$128.800 que seria obtido utilizando 8 meses no primeiro ano, podendo assim marcar o resultado mais proximo que é R$126.000 que é a resposta correta.
  • Valor total: R$252.000,00
    Valor residual: R$28.000,00
    Depreciação: 15%
    Data da aquisição: 20/04/2005
    Instalação: após 5 dias da data da aquisição
    Valor contabil em 31/12/2008 = ?

    1. Calcular o valor a depreciar
    R$252.000,00 - R$28.000,00 = R$224.000,00

    2. Calcular a taxa
    Taxa já informada na questão = 15% a.a

    3. Calcular a depreciação
    R$224.000,00 x 15% aa = R$33.600,00 aa passar esta informação para a.m: 33.600/12 = 2.800,00 a.m

    25/04/2005 - 9 meses x R$2.800,00 = R$25.200,00
    2006 - 12 meses x R$2.800,00 = R$33.600,00
    2007 - 12 meses x R$2.800,00 = R$33.600,00
    2008 - 12 meses x R$2.800,00 = R$33.600,00
    TOTAL = R$ 126.000,00

    Para encontrar o Valor Contábil, basta diminuir do custo de aquisição o valor total depreciado, ou seja, R$252.000,00 - R$126.000,00 = R$126.000,00

ID
739981
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

A Empresa Comercial ABC Ltda. Recebeu, em 20/09/2011, um aviso do Banco Itamarati S/A, comunicando o recebimento de uma duplicata que foi descontada anteriormente, em 05/06/2011. Na data de recebimento do aviso bancário, na contabilidade da Empresa Comercial, deveria ter sido efetuado o seguinte lançamento:

Alternativas
Comentários
  • 1) Pelo registro do desconto creditado em conta:
     D - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)
    C – Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)
     2) Pelo registro do débito bancário, relativo a juros e encargos sobre a operação:
     D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ativo Circulante)
    C - Bancos Conta Movimento  (Ativo Circulante)
     3) Quando da liquidação da duplicata descontada pelo cliente:
     D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)C - Duplicatas a Receber  (Ativo Circulante)
     Na hipótese do cliente não ter liquidado a duplicata e o banco debitar o respectivo valor na conta da empresa, então o lançamento será:
     D - Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante)
    C - Banco C/Movimento (Ativo Circulante)
  • Lembrando que Duplicatas Descontadas, seguindo o padrão internacional, passou a ser conta do Passivo Circulante.!!!!
  • Complementando...

     

    O aviso de crédito feito pelo banco para a empresa tem como objetivo atestar o recebimento de duplicata do cliente relativo àquela duplicata descontada anteriormente. A empresa então realizada especificamente o seguinte lançamento:

     

    D - Duplicata descontada (PC)

    C - Duplicatas a receber (AC)

     

    Se o recebimento de crédito é de uma cobrança simples (sem desconto de duplicata) realizada pelo Banco, daí sim envolvemos a conta BCM (não faz sentido falar em conta caixa, afinal a duplicata a receber está em poder do Banco para proceder ao recebimento). Como não é o caso do exercício (que é desconto de duplicata), então no recebimento de crédito não podemos envolver a conta BCM, por isso excluimos as alternativas a), c) e e):

     

    D - BCM (AC)

    C - Duplicatas a receber (AC)

     

     


ID
739984
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

Observe abaixo a relação das contas que podem compor o patrimônio líquido de uma determinada companhia:

- Ágio na Emissão de Ações
- Reserva Legal
- Reserva de Contingência
- Reserva de Incentivos Fiscais
- Produto na Alienação de Bônus de Subscrição
- Ajustes de Avaliação Patrimonial
- Ações em tesouraria

Das contas relacionadas, classificadas como Reservas de Capital são em número de:

Alternativas
Comentários
  • Ágio na emissão de ações
    Produto da alienação bônus de subscrição

    lei 6.404/76
    art. 182   § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

    a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
    b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

  • sugundo a lei 6404 
    Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

     § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

    a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; 
    b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
    § 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado
    Resposta letra "B"

  • RESERVAS DE CAPITAL
    As reservas de capital são constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa.
    As reservas de capital constituem-se grupo de contas integrantes do Patrimônio Líquido.
    COMPOSIÇÃO
     
    De acordo com o parágrafo 1º do artigo 182 da Lei nº 6.404/76, serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
     
    a) Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado;
    b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações;
    c) Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias;
    d) Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição;
    e) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007)
    f) Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007)
    g) Reserva de Incentivo Fiscal.
  •  Ágio na Emissão de Ações - Reserva de Capital
    - Reserva Legal - Reserva de Lucros
    - Reserva de Contingência- Reserva de Lucros
    - Reserva de Incentivos Fiscais- Reserva de Lucros
    - Produto na Alienação de Bônus de Subscrição- Reserva de Capital
    - Ajustes de Avaliação Patrimonial- Conta do PL
    - Ações em tesouraria-  Conta retificadora do PL

ID
739987
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

A Comercial Planalto do ABC Ltda. adquiriu um veículo para seu uso próprio por R$ 30.000, com uma entrada de 60% e financiando o restante em cinco parcelas iguais e sucessivas. Para realizar a contabilização dessa operação, através de um único lançamento, deverá ser utilizado a seguinte fórmula:

Alternativas
Comentários
  • 1ª - 1 Débito e 1 Crédito

    2ª - 1 Débito e 2 Crédito

    3ª - 2 Débito e 1 Crédito

    4ª - 2 Débito e 2 Crédito

    Questão acima

    D - VEÍCULOS            30.000
    C - CAIXA/ BANCOS   18.000
    C - DAP                         12.000

    Portanto 2ª Fórmula.
  • Trata-se do famoso 11,12,21 e 22
    D   C
    1    1  primeira fórmula
    1    2  segunda fórmula
    2    1  terceira fórmula
    2    2  quarta fórmula

    D veículo
    C caixa
    C fornecedores

    como temos um débito e dois creditos(12) este lançamento é de segunda fórmula resposta letra "B"

  • É só pensar na sequência 11, 12, 21, 22 ; CONSIDERADO 2 COMO + DE 1 LANÇAMENTO.

    FÓRMULA   DÉBITO   CRÉDITO
           1ª           1                1
           2ª           1                2
           3ª           2                1
           4ª           2                2

    Fazendo o lançamento solicitado obtemos:

    Veiculos.................... 30.000         D - Veiculos................ 30.000
    a Banco/Caixa..........18.000  ou  C - Banco/Caixa..........18.000
    a Financiamento......12.000         C - Financiamento......12.000

    Concluirmos que ocorreu 1D para 2C, encontramos o nº 12 que representa um laçamento de 2ª Fórmula.
  • Quinta fórmula ainda estão para inventar.


ID
739990
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral

Dentre as alternativas abaixo, aquela que contém somente contas cujos saldos são de natureza devedora é:

Alternativas
Comentários
  • Ações em Tesouraria - Conta Patrimonial (Retificadora do PL)

    Juros Passivos     -  Conta de Resultado (Despesa)

    Veículos  - Conta Patrimonial (Ativo)

    Alternativa C
  • As naturezas das contas são:
    Alternativa A) credora, credora e devedora;
    Alternativa B) devedora, credora e devedora;
    Alternativa C) Devedora, devedora e devedora;
    Alternativa D) Credora, devedora e devedora;
    Alternativa E) Devedora, credora e credora.
  • Acredito que a seja: B) Credora, Credora, Devedora, pois salários são passivos, em geral. 
  •  a) Capital (PL: C) Contas a Pagar (Passivo: C)  e Caixa (Ativo: D)

     b) Salários (Despesa - D) Fornecedores (Passivo: C)  e Mercadorias (Ativo: D)

     c) Ações em Tesouraria (redutora do PL: D) Juros Passivos (Despesa - D)  e Veículos (Ativo: D) - GABARITO

     d) Juros Ativos (Receita: C) Clientes (Ativo: D)  e Mobiliários (Ativo: D)

     e) Duplicatas a Receber (Ativo: D) Duplicatas Descontadas (Passivo: C e Provisão de Férias  (Passivo: C)


ID
739996
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

A Constituição Federal/88 preconiza que a Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas e o orçamento da seguridade social.

Nesse diploma legal está implícita a essência do seguinte princípio orçamentário:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. De acordo com o princípio da unidade, também contemplado no artigo 2º da Lei 4320/64, o orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um único orçamento para o exercício financeiro, evitando orçamentos paralelos. Apesar da constituição federal, em seu artigo 165, prever três leis orçamentárias: PPA, LDO E LOA e três esferas orçamentárias: orçamento fiscal, orçamento de investimento e orçamentos da seguridade social (§5º), a doutrina majoritária entende que o princípio da unidade continua existindo, ainda que sob um novo conceito, qual seja o de totalidade, necessidade de inclusão das três esferas orçamentárias na Lei Orçamentária anual, e compatibilidade da LOA com a LDO e com o PPA e da LDO com o PPA.

     
  • Conforme a Constituição Federal estabeleceu o princípio da unidadequando definiu que a lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos poderes públicos, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações, e ainda o orçamento de investimentos das empresas e o orçamento da seguridade social
  • gabarito letra E

    Em conformidade com a questão, o princípio da unidade está implícito na constituição federal, todavia é preciso lembrar que na lei 4.320/64 em seu art 2º o mesmo principio é expresso

    Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
  • Princípio da unidade/totalidade 
    O orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um orçamento para um exercício financeiro, com todas as receitas e despesas. Esse princípio está consagrado na legislação brasileira por meio da Constituição Federal (art. 165, §5º) e Lei nº 4.320/64 (art. 2º).  
  • o gabarito é LETRA E, e não C como dito supra.

    Fiquem atentos ao que comentam, muita gente não tem conta!
  • Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
  • Conforme art. 165, § 5º, da Constituição:

    § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

            I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

            II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

            III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

    Exemplificando o princípio da unidade, através do qual o orçamento público é uno, uma só peça, garantindo uma visão de conjunto das receitas e das despesas.

    RESPOSTA: LETRA "E"

     

  • Para melhor visibilidade dos programas do governo em cada área, o modelo orçamentário adotado a partir da CF/88, com base em seu § 5º do art. 165, consiste em elaborar orçamento único (Uma única LOA), desmembrando em orçamento fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas estatais. O desmembramento em vários orçamentos não significa que temos mais de uma LOA.
  • Resumidamente, a regra geral de cada um dos princípios citados na questão:
    a) Universalidade: TODAS as receitas e despesas devem constar na lei orçamentária.
    b) Exclusividade: É o princípio que determina que a LOA deve conter apenas matéria financeira, apenas as receitas previstas e as despesas fixadas. Porém, poderá conter na LOA a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de créditos suplementares.
    c) Especificação: Informações detalhadas na LOA, das receitas e despesas, para ficar evidente o fim que terá os recursos públicos.
    d) Orçamento Bruto: Devem constar no orçamento seus valores brutos, sem deduções.
    e) Unidade: O orçamento público deve ser uno, uma só peça, garantindo uma visão de conjunto das receitas e das despesas.
    RESPOSTA LETRA E - Pois, apesar da CF / 88 estabelecer três orçamentos diferentes (sendo esses, o Orçamento de Investimento, Orçamento Fiscal e Orçamento de Seguridade Social), mas todos eles compõem uma só peça: a LOA.







     

  • “O orçamento deve ser uno, ou seja, os orçamentos de todos os órgãos autônomos que constituem o setor público devem-se fundamentar em uma única política orçamentária estruturada uniformemente e que se ajuste a um método único. O princípio da unidade informa que a lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal, de investimento das estatais e da seguridade social.”
  • O que diz o princípio da universalidade, nesse caso!??
  • PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA UNIDADE

    Só existe um Orçamento para cada ente federativo( no Brasil, existe um Orçamento para a União, um para cada Estado e um para cada Município). Cada ente deve possuir o seu Orçamento, fundamentado em uma política orçamentária e estruturado uniformemente. Não há múltiplos orçamentos em uma mesma esfera. O fato do Orçamento Geral da União possuir três peças, como o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de de Investimento não representa afronta ao princípio da unidade, pois o Orçamento é único, válido para os três Poderes. O que há é apenas volumes diferentes segundo áreas de atuação do Governo.

    Fonte: Apostila OIKOS
  • Não me levem a mal, mas não é isso que diz o doutrinador Sérgio Mendes, uma das referências para estudo de AFO para Concursos Públicos. Na página 159/160 do livro "Administração Financeira e Orçamentária - Teoria e Questões", 2ª Edição, Ed. Método: 
    "Princípio da Universalidade"
    LOA compreenderá todas as receitas e despesas e evidencia o Art. 165 § 5º da CF (LOA compreenderá orçamento fiscal, orçamento de investimentos e orçamento da seguridade social").
    "Princípio da Unidade"
    Na página 161, ele afirma que o Princípio da Unidade traz consigo a vertente de que o orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. 
    Sinceramente, não entendi o porquê da questão apontar que o enunciado se refere ao princípio da Unidade.
  • Para complementar os estudos, conforme ensinameto do professor Alexandre Teshima do Canal dos Concursos:

    PRINCÍPIO DA UNIDADE OU TOTALIDADE

    Preconiza que cada ente da Federação ( União, Estado e Município) devem possuir apenas UM ORÇAMENTO, estruturado de maneira uniforme.

    PRINCÍPIO DA "UNIDADE DE CAIXA" art 56 da lei 4320/64:
    1) Todas as receitas e despesas convergem para um fundo geral ( conta única);
    2) O objetivo é a apresentação de todas as receitas e despesas
    numa só conta;
    3) A finalidade é confrontar os totais e apurar os reultados

  • Resposta: E

    Unidade/Totalidade: o orçamento é uno, o âmbito de cada esfera de Governo. A totalidade é a composição dos oraçamentos fisical, seguridade social e investimento.
  • Fiquei em dúvida quanto ao princípio da universalidade, pois este preconiza que todas as receitas e despesas devem estar inclusas na LOA, logo também possível de marcação.

    Se alguém souber o porquê de ser um E NÃO O OUTRO nos explique melhor...

    Valeu, bons estudos!
  • Princípio da Unidade
    Cada esfera de governo deve possuir apenas um orçamento, fundamentado em uma única política orçamentária e estruturado uniformemente. Assim, existe o orçamento da União, o de cada Estado e o de cada Município.

    Princípio da Universalidade 
    A Lei Orçamentária deve incorporar todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição pública deve ficar fora do orçamento.

    fonte: http://www.segplan.go.gov.br/post/ver/101525/unidade-universalidade-e-anu     ao meu ver a resposta certa seria "A"

  • GABARITO: E


    Este princípio (UNIDADE/TOTALIDADE), contido no art.2 da lei 4.320/1964, foi consagrado e ratificado na Constituição Federal (art.165, § 5º), vejamos:

    § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

      I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

      II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

      III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

  • PRINCÍPIO DA TOTALIDADE ORÇAMENTÁRIA: Admite a coexistência dediversos orçamentos, os quais, entretanto, deverão receber consolidação paraque o governo tenha uma visão geral do conjunto das finanças públicas.
    O autor James Giacomonni sustenta que a CF/88 estabelece que a LOA respeita o princípio da totalidade orçamentária, pois os três orçamentos (Fiscal,Seguridade Social e Investimento das Estatais) são elaborados de forma independente sofrendo, contudo, consolidação que possibilita o conhecimento do desempenho global das finanças públicas.
    http://pt.scribd.com/doc/55228866/Principios-Orcamentarios

  • Questão simples:


    3 orçamentos:  1-orçamento fiscal 2- o orçamento de investimento das empresas 3-orçamento da seguridade social.Compõem uma  unica Lei Orçamentária Anual. Principio da Unidade
  • Questão que pode ajudar a entender que os Princípios orçamentários evoluem, como por exemplo o da Unidade / Totalidade:

    CESPE TCDF 2014 Considera-se respeitado o princípio da unidade orçamentária ainda que a lei orçamentária anual seja composta por três orçamentos diferentes, como ocorre no Brasil. 
     Resposta: Certa
    Boa sorte para nós! ;)
  • Resumo: Art.165 § 5º

  • Todos esses princípios são implícitos na LOA. Questão ao meu ver, passível de anulação.

  • Excelente a explicação do fabio nascimento cardoso
  • PARA A CESPE O GABARITO SERIA PRINCIPIO DA UNIVERSALIDADE.  Vejam essa questão que tem como gabarito letra D

    Q32054

    Acerca dos princípios orçamentários é correto asseverar que

    a)o princípio da exclusividade exige a identificação da origem e destino das receitas.

    b)o princípio da legalidade impõe a fixação da receita e a previsão de despesa.

    c)o princípio da especialidade informa que o orçamento deve conter apenas as receitas e as despesas.

    d)o princípio da universalidade informa que a lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal, de investimento das estatais e da seguridade social.

    e)o princípio do equilíbrio orçamentário determina que no orçamento se leve em consideração a economia de mercado para estipulação da receita e despesa.

  • para o bendito cespe seria UNIVERSALIDADE


ID
739999
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

No transcorrer do exercício financeiro, pode ocorrer a necessidade de o governo realizar uma despesa que não estava prevista na Lei Orçamentária Anual. Com base na legislação vigente, a dotação de recursos para cobrir essa despesa não computada deverá ser acrescida à LOA por meio do seguinte tipo de crédito adicional:

Alternativas
Comentários
  • Crédito especial
    Destinados a atender despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Sua ocorrência indica, geralmente, a existência de erro e planejamento.
  • Para acertar a questão primeiro vamos conhecer a definição de creditos adicionais encontrado no art 40 da lei 4.320/64
    Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
     
    ja o art 41 da mesma lei nos fornece a informação que precisamos para acertar a questão, vamos a ele:
    Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
    I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
    II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
    III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

  • Os créditos especiais são destinados a atender despesas para as quais não haja dotação ou categoria de progamação orçamentária específica na Lei Orçamentária Anual.
    Visa a atender despesas novas, não revistas na lei orçamentária anual, mas que surgiram durante a execução do contrato.
    Portanto, o crédito especial cria novo item de despesa e se destina a atrender um objetivo não previsto quando da elaboração da proposta orçamentária.

    Características: 
    1. A despesa não está prevista no orçamento
    2. A abertura de crédito depende da existência prévia de recursos disponíveis.
    3. São abertos por Decreto do Executivo, após autorização em Lei.

    FONTE: Apostila OIKOS
  • Créditos adicionais especiais:
    são destinados a atender despesas para as quais não haja dotação ou categoria de programação orçamentária específica na LOA (art. 41, inciso II, da Lei nº 4.320/64). Visam a atender despesas novas, não previstas na lei orçamentária anual, mas que surgiram durante a execução do orçamento. Essa situação pode ocorrer em função de erros de planejamento (não inclusão da despesa na LOA) ou de novas despesas surgidas durante a execução orçamentária. Portanto, o crédito especial cria novo item de despesa e se destina a atender um objetivo não previsto quando da elaboração da proposta orçamentária.

    Exemplo:

    Uma ponte foi destruída na BR 153 em virtude de chuvastorrenciais. Para a construção de uma nova ponte o governo deverá abrir crédito especial, haja vista que esta despesa não estava prevista na LOA.


ID
740002
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

De acordo com as normas vigentes aplicadas ao setor público, a realização de uma despesa orçamentária se processa através dos seguintes estágios:

Alternativas
Comentários
  • Na lei 4320. 64

    Empenho, liquidação e pagamento.
    Na doutrina
    Fixação, empenho, liquidação e pagamento

    Gabarito B
  • as etapas da despesa publica que a questão quer são as contidas nos art 58 ao art 64 da lei 4.320, são elas:

    empenho, liquidação e pagamento

    obs: elas ocorrem exatamente nesta ordem
  • Os estágios da despesa são: empenho, liquidação e pagamento. 
     
    - Empenho: é o ato emanado de autoridade competente que cria para o estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. 
    - Liquidação: é a verificação do implemento de condição, ou seja, verificação objetiva do cumprimento contratual. Nesse sentido, é feita uma verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do crédito.
    - Pagamento: é a emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor, por exemplo no município, o prefeito e o presidente da Câmara são as autoridades para ordenarem estes pagamentos.
  • ESTÁGIOS : (FIXAÇÃO), EMPENHO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO
    ETAPAS: PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO E CONTROLE




  • EMPENHO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO


ID
740005
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Com base na legislação vigente, o terceiro nível, na classificação orçamentária da receita, corresponde a:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra E

    A codificação da Receita Orçamentária, é da seguinte forma:


    1º Nível – Categoria Econômica
    2º Nível – Origem
    3º Nível – Espécie
    4º Nível – Rubrica
    5º Nível – Alínea
    6º Nível – Subalínea
  • Correta a letra C, uma vez que a rubrica está no terceiro nível de classificação. Segundo o autor Valdecir Pascoal (pág. 94,6 ed.), destacando o disposto na Portaria 163/2002, do Ministério da Fazenda, as receitas orçamentárias podem ser classificadas em: fontes, subfontes, rubricas, alíneas e subalíneas. Ressalta ainda que cada ente da federação, diante de sua autonomia orçamentária, poderá adotar o desdobramento que entender necessário para atender a suas peculiaridades.
    Abraços!
  • Para lembrar, tentem gravar o macete: C - O - E - R - A - S, nesta ordem.
    1º Nível – Categoria Econômica
    2º Nível – Origem
    3º Nível – Espécie
    4º Nível – Rubrica
    5º Nível – Alínea
    6º Nível – Subalínea
  • Macete: CORES RUBRAS

    1º Nível – Categoria Econômica
    2º Nível – Origem
    3º Nível – Espécie
    4º Nível – Rubrica
    5º Nível – Alínea
    6º Nível – Subalínea
  • As receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios:
    1. natureza;
    2. indicador de resultado primário; e
    3. fonte/destinação de recursos.

    O critério natureza da receita representa o menor nível de detalhamento das informações orçamentárias sobre as receitas públicas; por isso, contêm as informações necessárias para as devidas alocações no orçamento.
    A fim de possibilitar a identificação detalhada dos recursos que ingressam nos cofres públicos, esta classificação é formada por um código numérico de 8 dígitos que se subdivide em seis níveis: categoria econômica (1o dígito), origem (2o dígito),espécie (3o dígito), rubrica (4o dígito), alínea (5o e 6o dígitos) e subalínea (7o e 8o dígitos).

    Fonte: MTO/2013
  • Segundo Piscitelli,
    1 - Categoria Econômica
    2 - Fonte (Subcategoria econômica)
    3 - Rubrica
    4- Alinea
    5- Subalinea
    6- Elemento

    O que cabeira outra resposta!!!!!!!!!!!






     

  • CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS POR NATUREZA (CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA)
    3º dígito: indicava a SUBFONTE;  hoje, chama-se ESPÉCIE
    Permite qualificar, com maior detalhe, o fato gerador dos ingressos. Ex.: na receita tributária (origem), identificamos as suas espécies (impostos, taxas e contribuições de melhoria).
    Gabarito: E
    Sucesso a todos!!!
  • Percebe aí, ele stentaram induzir o candidato colocando a o início certo e alterando no 3° nível...questão MON-GOL...FIM DE PAPO
  • Só fazendo uma observação:
    - Código da Receita (MANUAL DA RECEITA) : 

    1º Nível – Categoria Econômica
    2º Nível – Origem
    3º Nível – Espécie
    4º Nível – Rubrica
    5º Nível – Alínea
    6º Nível – Subalínea


    - Código da Receita (PORTARIA 163/01)

    1º Nível – Categoria Econômica
    2º Nível – Fonte
    3º Nível – Subfonte
    4º Nível – Rubrica
    5º Nível – Alínea
    6º Nível – Subalínea



  • Questão desatualizada!

     Agora é COEDT

    Categoria

    Origem

    Espécie

    Desdobramento

    Tipo


ID
740008
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Durante o exercício financeiro, uma unidade orçamentária realizou uma determinada despesa, que foi classificada, quanto à natureza, com a codificação 3.3.90.39. O terceiro e o quarto dígitos representam:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra D

    A classificação da despesa segundo a sua natureza da despesa é feita através de um código numérico, em 6 níveis, cada um com uma função própria, conforme a seguir
    :
    1° categoria econômica
    2° grupo da despesa
    3° e 4° modalidade de aplicação
    5° e 6° elemento de despesa
  • Macete pra ajudar:

    "a CGM é demais"

    c . g . m. ee. dd.

    Categoria Econômica
    Grupo
    Modalidade
    Elemento de Despesa
    Desdobramento do Elemento de Despesa.


  • complementando:


    Modalidade de Aplicação

    Um dos componentes da classificação da despesa que indica como os recursos serão aplicados, podendo ser: I - mediante transferência financeira: a) a outras esferas de governo, seus órgãos, fundos ou entidades; b) a entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; II - diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. Nas leis orçamentárias a especificação da modalidade observa, no mínimo, o seguinte detalhamento: I - governo estadual – modalidade 30; II - administração municipal - 40; III - entidade privada sem fins lucrativos - 50; IV - consórcios públicos - 71; V - aplicação direta - 90; VI - aplicação direta decorrente de operação entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social - 91.

    fonte: http://www12.senado.gov.br/orcamento/glossario/modalidade-de-aplicacao

  • Para identificar o que cada número significa na sequência numérica, seguimos o mnemônico CAGRUMOLES (exclusivo para as despesas - que fique claro!). As receitas e despesas no Poder Público são cheios de rotulagem. Para a explicação abaixo, tomei por base o Manual Técnico de Orçamento 2020.

    CA - Categoria econômica - pode ser despesa corrente (número 3) ou despesa de capital (número 4) / possui 1 digito

    GRU - Grupo de natureza da despesa, o qual segue o mnemônico: PJOIIA? que divide esse grupo em:

    1 - Pessoal e encargos sociais

    2 - Juros e encargos da dívida

    3 - Outras despesas correntes

    4 - Investimentos

    5 - Inversões Financeiras

    6 - Amortização da dívida

    / possui 1 dígito

    MOL - Modalidade de aplicação (olhamos as várias modalidades em uma tabela, mas decore ao menos que 90 simboliza as aplicações diretas e 99 significa 'a definir' - ilustra como o recurso será aplicado) / possui dois dígitos

    E - Elemento da despesa (olhamos os significados dos números em uma tabela) / possui dois dígitos

    S - subelemento (é facultativo) / possui dois dígitos

    Observe que todos esses caras possuem dois dígitos os representando, a partir da modalidade de aplicação.

    Agora, vamos para o exercício (foi dada a sequência: 3.3.90.39). Vamos decifrar esses números.

    3 – Categoria Econômica: 3 significa despesa corrente

    3 – Grupo de natureza (mnemônico ‘PJOIIA?’): 3 Outras despesas correntes

    90 – Modalidade de aplicação: 90 significa aplicações diretas (podemos olhar na tabela do Manual que citei acima)

    39 – Elemento da despesa: outros serviços de terceiros - pessoa jurídica (tabela do Manual)

    É fundamental saber essas informações. Uma dica quanto à modalidade de aplicação, é que todo 90 (de 90 até 96 é aplicação direta - é que o Manual subdivide em "tipos de aplicação direta"; 99 é "a definir", e os demais números malucos são, em sua maioria, transferências - também subdivididas em vários tipos).

    Resposta: Letra D

  • 1º dígito: identifica a categoria econômica.

    2º dígito: identifica o grupo de natureza da despesa.

    3º e 4º dígitos: identificam a modalidade de aplicação.

    5º e 6º dígitos: identificam o elemento da despesa (objeto de gasto).


ID
740011
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Os valores devidos ao Estado que, na data fixada para o pagamento, não foram liquidados pelos devedores serão inscritos na Dívida Ativa, constituindo, dessa maneira, créditos a receber. De acordo com a legislação, a Dívida Ativa é classificada nas seguintes naturezas:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra B
    A lei 4.320/64 em seu art 39 § 2º da a resposta!

    § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais.(Redação do DEc.Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
  • Correta: B

    Dívida Ativa da Fazenda Pública é o conjunto de créditos líquidos e certos que compõe o Ativo Permanente.


    Divide-se em Dívida Ativa Tributária e Dívida Ativa não Tributária.

    Dívida Ativa Tributária 
    Reúne os créditos relativos a tributos lançados e não arrecadados. 
    Dívida Ativa não Tributária 
    Engloba todos os demais créditos líquidos e certos da Fazenda Pública.
  • Lei 4320 de 1964
    Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não
    tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
    § 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.
    Letra "B"

  • Classificação de cada item de forma breve...

    ordinária e extraordinária = (EXTRAORDINÁRIA)=É arrecadada pelo Estado com caráter de temporalidade ou excepcionalidade, ou seja, não é uma arrecadação de modo contínuo, como impostos e taxas que fazem parte da Receita Ordinária.
    (ORDINÁRIA)=É a arrecadada regularmente em cada período financeiro. São as receitas periódicas previstas no orçamento público.

    tributária e não tributária = Divida Ativa

    corrente e de capital = Receita Pública Orçamentária

    financeira e não financeira = (fiquei confuso pra definir esse conceito, prefiri, não comentar) rsrs :(

    orçamentária e extraorçamentária = Receita Pública e Despesa Pública


    Vamos estudar com FÉ
  • Letra B.

     

    Comentário:

     

    A dívida ativa corresponde aos créditos da Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal

    relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) ou não tributária

    (demais créditos da Fazenda Pública) exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento.

     

     

     

     

    Resposta: Letra B

     

    Prof. Sérgio Mendes

  • Classificação de cada item de forma breve...

    ordinária e extraordinária = (EXTRAORDINÁRIA)=É arrecadada pelo Estado com caráter de temporalidade ou excepcionalidade, ou seja, não é uma arrecadação de modo contínuo, como impostos e taxas que fazem parte da Receita Ordinária.
    (ORDINÁRIA)=É a arrecadada regularmente em cada período financeiro. São as receitas periódicas previstas no orçamento público.

    tributária e não tributária = Divida Ativa

    corrente e de capital = Receita Pública Orçamentária

    financeira e não financeira = (fiquei confuso pra definir esse conceito, prefiri, não comentar) rsrs :(

    orçamentária e extraorçamentária = Receita Pública e Despesa Pública
     


ID
740014
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Após um ano de inscrição de uma determinada despesa em Restos a Pagar, foi efetuado o seu cancelamento. Caso o credor do Estado venha a reclamar o seu recebimento, o ente público poderá efetuar o pagamento à conta de dotação destinada a:

Alternativas
Comentários
  • Despesa de Exercício Anterior - DEA - são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que ocorreram os pagamento.
  • gabarito letra D

    Despesas de Exercícios Anteriores

    Dotação orçamentária destinada a dar condições de empenhar as despesas resultantes de compromissos gerados em exercícios já encerrados
  • restos a pagar com inscrição interrompida: retomando a situação descrita no item precedente, na hipótese de o administrador público, entretanto, optar por manter o empenho correspondente, inscrevendo-o em restos a pagar, também é possível, por razões diversas, que o fornecedor não implemente a prestação que se obrigou durante todo o transcorrer do exercício seguinte. Nessa hipótese, o administrador público poderá cancelar o valor inscrito. Se assim ocorrer, o valor que vier a ser reclamado no futuro pelo fornecedor, também poderá ser reempenhado à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. 
  • A correta é:

     c) Despesas do exercício anterior.

    Bons estudos.
  • Segundo o Decreto Lei 93. 872/86:

    Art . 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destinada a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei nº 4.320/64, art. 37).

    § 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade competente para empenhar a despesa.

    § 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:

    a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;

    b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;

     c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente.

    Segundo a lei 4320/64: Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.




     

  • Letra C: despesas de exercícios anteriores

    O estranho é que, na minha opinião, a letra B também está correta, pois as despesas de exercícios anteriores são despesas orçamentárias do exercício vigente. 
  • Eu tb achei estranho pelo o fato da letra B está errada, mas a DEA - atendem obrigações de anos passados, para os quais não existem empenho ou RP emitido.

  • Pessoal o Wilson Araujo ensinou assim sobre a DEA (Despesa de Exercicio Anterior):

    a DEA sequer foi empenhada, ou se se houve o empenho ele foi cancelado.

    (veja que a questao fala q o empenho foi cancelado)

  • Decreto 93.872/86


    "Art . 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores"


    Bons estudos


ID
740026
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Em 31 de dezembro, um determinado ente da federação elaborou o seu balanço patrimonial, respeitando a estrutura original, definida pela Lei 4.320/64. Pelo Razão, a conta Estoque de Material de Consumo, no valor de R$150.000, deverá ser classificada no seguinte grupo do balanço:

Alternativas
Comentários
  • Balanço Patrimonial


    AF                             PF
    AP                             PP

    AR                             PR

              Compensação


    AF - bens, créditos, valores que NÃO dependem de autorização orçamentária para realização + valores numerários (excluidos saldos e estoques e outros realizáveis não financeiros)
    AP -bens, créditos e valores que dependem de autorização
  • Repasso explicações de colegas concurseiros:
    [Em aula do DEUSVALDO CARVALHO ele disponibilizou a estrutura do BALANÇO PATRIMONIAL no SIAFI (...)
    ATIVO
    ..ativo não financeiro
    .... realizável a curto prazo
    ...........bens e valores em circulação
    ..............
    ESTOQUE]

    ["Cabe ressaltar que a NOVA ESTRUTURA DO Balanço Patrimonial, obrigatório a partir de 2012, apresenta uma nova lógica: tem a conta "ESTOQUE" no ATIVO CIRCULANTE, entretanto, apresenta uma metodologia de apuração do SALDO PATRIMONIAL em que não a considera ATIVO FINANCEIRO e sim ATIVO PERMANENTE, acredito que para evitar supervalorizar o cálculo do resultado financeiro, que financia Créditos adicionais. Entretanto, ACREDITO que este "ATIVO PERMANENTE" esboçado abaixo da estrutura do BP, para cálculo do Resultado PATRIMONIAL, se refere a todas contas não financeiras do ativo".] ["Até porque material de consumo(ex: material de expediente) é despesa e afeta sim a situação liquida patrimonial se for consumido de imediato; caso contrário é fato permutativo porque vai ser estocado no almoxarifado(conta do Ativo não Financeiro (STN/SIAFI) ou Ativo Permanente (Lei 4320)".]
    Fonte: http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=280220
  • Falou muito e não explicou nada :)
  •  O ativo financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.
     DISPONÍVEL:
    -Caixa -BCM -Aplicações Financeiras

    CRÉDITOS EM CIRCULAÇÃO:
      -Salário-Família -Salário-Maternidade -Auxílio-Natalidade

     O ativo permanente compreenderá os bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

      -Adiantamento Concedidos -Estoque de Mat. Consumo -Dívida Ativa -Empréstimos Concedidos -Bens Imóveis -Bens Móveis
  • Entendi nada :(

    Errei , Coloquei como circulante por que pensei que como estoque é circulante , mesmo sendo de consumo ele terá de ser reposto .

  • A questão pediu segundo a lei 4.320

  • A questão pede o Balanço patrimonial sobre o enfoque da lei 4.320. Nesta lei, o BP não é tratado por AC, ARLP, ANC, PC e PNC e PL, mas sim como AFinanceiro, APermanente, PFinanceiro, PPermanente (podendo resultar em AReal Líquido e P a descoberto).


    No AP está incluído a conta estoque de material de consumo.


ID
740029
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Uma das fontes de recursos que podem ser utilizadas para abertura de créditos adicionais à Lei Orçamentária Anual é o superávit financeiro. O seu valor é apurado na seguinte demonstração contábil:

Alternativas
Comentários
  • Lei 4.320-64

            Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 
            § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 
            I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 
            II - os provenientes de excesso de arrecadação; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 
            III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 
            IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) 
  • ALTERNATIVA C

    De acordo com a LEI 4320/64 Superávit financeiro apurado em balanço patromonial do exercício anterior poderá ser utilizado como recurso para abertura de créditos adicionais, desde que não comprometido.

ID
740035
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

Os atos potenciais praticados pela Administração, os quais indiretamente podem vir a afetar o patrimônio do ente no futuro, são registrados em contas pertencentes ao seguinte subsistema de informações contábeis:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra D

    Subsistema Compensado  -
    registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.
  • Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

            I - O Ativo Financeiro;

            II - O Ativo Permanente;

            III - O Passivo Financeiro;

            IV - O Passivo Permanente;

            V - O Saldo Patrimonial;

            VI - As Contas de Compensação.

            § 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

            § 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

            § 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamento independa de autorização orçamentária.

            § 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

            § 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.
    resposta "D"

     

ID
740038
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A alternativa que apresenta uma operação realizada por uma entidade do setor público, e que, quanto à repercussão patrimonial, se classifica como a variação patrimonial diminutiva é:

Alternativas
Comentários
  • Pelo PCASP

    3 – Variação Patrimonial Diminutiva 
    3.1 - Pessoal e Encargos 
    3.2  -  Benefícios Previdenciários e Assistenciais  
    3.3 - Uso De Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 
    3.4  -  Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras 
    3.5 - Transferências Concedidas 
    3.6 - Desvalorização e Perda De Ativos 
    3.7 - Tributárias  
    3.9  -  Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 
  • a)      Errado. De acordo com Sérgio Jund, É uma insubsistência ativa, ou seja “ fato novo que deixa de existir, não previsto no orçamento e que provoca uma diminuição do ativo, como, por exemplo: cancelamento de dívida ativa; morte de semoventes, destruição de bens por incêndios, perda de bens por roubo e resultado de reavaliações negativas de bens.”

    b)      Errado. De acordo com Sérgio Jund, É uma mutação patrimonial passiva decorrente da execução orçamentária. “São as variações passivas derivadas de fatos resultantes da execução orçamentária e demonstram as diminuições relativas às saídas de bens móveis e imóveis, às desincorporações de elementos ativos, tais como: cobrança da dívida ativa; obtenção de empréstimos, alienação de bens móveis e imóveis; alienação de títulos e valores, dentre outros.”

    c)       Correto. Acrescentando ao comentário da colega: é uma despesa corrente, resultante de uma operação.

    d)      Errado. De acordo com Sérgio Jund, É uma insubsistência ativa, ou seja “ fato novo que deixa de existir, não previsto no orçamento e que provoca uma diminuição do ativo, como, por exemplo: cancelamento de dívda ativa; morte de semoventes, destruição de bens por incêndios, perda de bens por roubo e resultado de reavaliações negativas de bens.”

    e)      Errado. De acordo com Sérgio Jund, é uma despesa extra-orçamentária: “Consiste na saída de recursos financeiros, anteriormente obtidos, sob a forma de receitas extra-orçamentárias. São despesas não consignadas na lei do orçamento ou em créditos adicionais, tais como: restituição de depósitos; restituição de cauções, pagamento de restos a pagar, resgate de operações de crédito por Antecipação da Receita Orçamentária (ARO).
  • (?) Esta questão pode valer recurso, por causa da Letra A (cancelamento de dívida)
    De acordo com Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato: O cancelamento, anistia ou quaisquer outras situações que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em dívida ativa, mas não decorram do efetivo recebimento, irá ocasionar diminuição na situação líquida patrimonial, classificado como variação patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária ou variação passiva extraorçamentária.