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Questões de História do Brasil


ID
29449
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Antônio Vieira, de olhos no futuro, aconselhava o fortalecimento do poder monárquico luso, tendo como um dos instrumentos a máquina mercantil do Estado, com o fim de vencer a concorrência entre os impérios europeus.

Alternativas
Comentários
  • "É nesse sentido que muitas de suas posições [de Antonio Vieira], como a proposta de criação de companhias comerciais com dinheiro judeu ou a da entrega de Pernambuco aos neerlandeses, podem ser entendidas. Sua preleção apresenta-se como parte de um esforço para garantir a soberania lusitana em um ambiente de disputas políticas no interior da corte. Sua lógica e ação, em pleno Antigo Regime, são sempre dedicadas a inquietar o público. Seu envolvimento e oratória convincente tendem a ser universais nos argumentos para agitar e fazer mover."

    Retórica e Razão de Estado Católica - O Pensamento Político do Padre Antonio Vieira em Favor da Monarquia Lusa
    Alessandro Manduco Coelho
  • O que deixa confuso é que ao mesmo tempo o Padre Antônio Vieira apoiava que Portugal entregasse parte do Nordeste Brasileiro ao Países-Baixo pois considerava muito custoso ao país luso e o país baixo era muito superior militarmente. 

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Vieira
  • Gabarito: Certo

     

    No século XVII, sob a vigência da União Ibérica, o padre Antônio Vieira, em Os sermões, evidenciou a necessidade de recuperar o poder político antes garantido exclusivamente a Lisboa. Além de sugerir o fortalecimento da máquina mercantil do Estado, o padre Vieira propôs a transferência da capital metropolitana para a colônia do Brasil
     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE

  • Antônio Vieira, mais conhecido como Padre António Vieira ou Padre Antônio Vieira, foi um religioso, filósofo, escritor e orador português da Companhia de Jesus. Um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras.

  • Dono de uma singular habilidade, acima de tudo, o jesuíta empenha-se em atribuir superioridade à monarquia lusitana.

    O empenho de Antônio Vieira passa pelo reforço do papel do Estado. Basicamente, o que importa é a ordenação e a hierarquização do modelo monárquico de poder.

    A afirmação profética do Quinto Império é parte essencial da argumentação de Vieira. Há uma destinação que envolve o convencimento de todos a participar e empregar tempo e capital no Reino Português, pois, como espero ter demonstrado, apenas a este Estado estava prometido um papel compatível com o futuro previsto por sua crença.

    Padre Antônio Vieira propunha ao rei português conceder a recepção e permanência de judeus em Portugal, visando “deslocar para sua pátria as fabulosas fortunas daqueles” que haviam migrado para outras regiões devido à perseguição sofrida durante a dinastia de Avis, especialmente no reinado de D. Manuel.

    Essa proposta demonstra que Vieira seria um adepto do mercantilismo e que o sucesso econômico de Portugal estava atrelado ao seu destino enquanto Quinto Império.


ID
29458
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No período joanino (1808-1821), foi encaminhado o processo de Independência, visto que a situação política, econômica e jurídica do Brasil orientava-se nesse sentido. Assinale a opção incorreta acerca desse período.

Alternativas
Comentários
  • (...) Logo ao chegar, durante sua breve estada na Bahia, Dom João decretou a abertura dos portos do Brasil às nações amigas (28 de janeiro de 1808). (...) Já no Rio de janeiro, no mes de abril, o principe regente revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia, isentou de tributos a importação de matérias-primas destinadas à indústria,(...)

    Boris Fausto: História Concisa do Brasil. 2 ed. São Paulo: Editora da USP, 2006, p. 67
  • isso Pericles! sem falar que a Vovó Maluca(Dona Maria "A Louca") mãe de D. João VI,já havia proibido as manufaturas desde Portugal,sendo firmado no Tratado da Abertura dos Portos,como agradecimento a suposta proteção da marinha de guerra britanica, o que ninguém sabe é que D.João VI sempre foi visto como um rei frouxo e fraco pelas outras nações européias e ai a Inglaterra que tinha perdido a sua colonia aqui na América(EUA),tratou-se logo de influenciar o Reino de Portugal pra adentar através do Brasil seus principais interesses!!! inclusive uma das primeiras leis abolicionistas é de influencia britânica a Bill Aberdeen, que foi uma legislação da Grã-Bretanha promulgada em 8 de Agosto de 1845, que proibia o comércio de escravos entre a África e a América.
  • Eu só não entendi o porquê da alternativa A ser considerada certa. Pelo que entendo, a transmigração da corte foi no final de 1807 sim (eles sairam em nov de 1807 e chegaram na Bahia em janeiro de 1808). Além disso, a fuga da corte para o RJ foi sim suportada pelos ingleses, então, como assim: "não ocorreu apenas por pressão inglesa"??? Afinal, o que tem de CERTO nessa afirmativa? Alguém me ajuda a entender, por favor?

  • Acredito que a pressão inglesa a que se refere a questão diz respeito a necessidade de Portugal tomar uma decisão de se opor ou não à França antes de transferir a corte, visto que a Inglaterra necessitava dos portos lusitanos abertos para combater Napoleão.
  • Eu também tinha ficado com a mesma dúvida em relação ao item A, mas acabei de entender: ele tá dizendo que a pressão inglesa não foi o único motivo para a transferência da Corte TER ocorrido em 1807, pois já se pensava nisso em Portugal anteriormente. 
    Achei bem mal redigida a questão.
  • Boa Miriam, agora sim! Realmente, a redação da A está sofrível. Obrigada por interpretá-la.
  • Queridos,

    Ví muitos comentários pela internet que associam o erro do item A à interpretação, teoricamente, da posição da palavra "não" . Mas o que pude encontrar em diversas fontes é que, de fato, diversos pensadores portugueses propuseram a vinda da corte para o Brasil nos séculos XIV e XVII. A Inglaterra era contra os projetos!
    Logo a questão está, de fato, correta!

    Abraços!
  • A questão A está totalmente correta. Não foi APENAS por pressão inglesa que a Corte se transferiu para o RJ. O principal motivo foi a invasão de Portugal por Napoleão. Isso obrigou a Corte a fugir do país - esse seria o principal motivo.

  • A questão A está totalmente correta. Não foi APENAS por pressão inglesa que a Corte se transferiu para o RJ. O principal motivo foi a invasão de Portugal por Napoleão. Isso obrigou a Corte a fugir do país - esse seria o principal motivo.

  • Olá, pessoal!


    Essa questão não foi alterada pela Banca. Alternativa correta Letra B, conforme publicado no edital de Gabaritos no site da banca.


    Bons estudos!
    Equipe Qconcursos.com

  • Gabarito: B

     

    a)  Exemplos de pensadores que conceberam a transferência da Corte portuguesa para a América portuguesa: Martinho Afonso de Sousa, Padre Antonio Vieira e Rodrigo de Sousa Coutinho. CERTO

     

    b)  Ao chegar ao Brasil, D. João imediatamente revoga o Alvará Régio de 1785 de Dona Maria, que proibia manufaturas na Colônia (exceto tecidos). ERRADO

     

    c)  A Corte do Rio de Janeiro inseriu-se no contexto internacional como Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. CERTO

     

    d)  D. João chegou ao Brasil com imagem abalada internacionalmente. Esse é um dos motivos pelos quais manda uma expedição para tomar Caiena e ordena sua primeira expedição à banda oriental do Prata. CERTO

     

    e) Na Revolução do Porto, rapidamente Lisboa assume a liderança.CERTO

     

    Fonte: Victor Valença - Grancursos

     

  • a) o plano de transferência da Família Real e da corte de nobres portugueses para o Brasil já havia sido cogitado anteriormente em outros momentos da História Portuguesa, inclusive no início e durante a ascensão de Napoleão Bonaparte.

    b) Especificamente no contexto da ascensão do império de Napoleão Bonaparte, a ideia da retirada da família real para o Brasil foi defendida pelo marquês de Alorna, em 30 de maio de 1801, e em 16 de agosto de 1803, por D. Rodrigo de Sousa Coutinho. ITEM CORRETO.

    c) Ao chegar ao Brasil, o Príncipe Regente Dom João imediatamente revoga o Alvará de 1785 que proibia manufaturas na Colônia (exceto tecidos). ITEM INCORRETO.

    A Corte do Rio de Janeiro fez-se representar no Congresso de Viena. Foi a partir deste encontro político que o Brasil passou de colônia a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. ITEM CORRETO.

    d) Dom João, durante sua permanência no Brasil, ordenou expedição à banda oriental do Prata. ITEM CORRETO.

    e) A volta de Dom João à Lisboa ocorre por causa da Revolução do Porto. ITEM CORRETO.

    Resposta: B

  • Anderson Anderson

    TECIDOS - a rainha decide proibir todo tipo de fábrica e manufatura têxtil no Brasil, com exceção daquelas que produzissem tecidos grosseiros que servissem para vestuário dos negros e empacotamento de fazendas e outros gêneros.

  • Para agregar ao item "a", que, de fato, está confuso:

    [...] Tampouco havia incentivo inglês à partida, já que a transmigração da coroa era hipótese portuguesa e, em rigor, interessaria à Inglaterra manter, na Europa, o último baluarte aliado contra Napoleão." (GOYENA, Rodrigo. Diplomacia. HIstória do BRasil I: O TEmpo das MOnarquias. Editora SAraiva, 2016, p. 39).

    Segundo esse trecho, realmente não havia estímulo inglês à fuga da Coroa para a Colônia.

  • a) o plano de transferência da Família Real e da corte de nobres portugueses para o Brasil já havia sido cogitado anteriormente em outros momentos da História Portuguesa, inclusive no início e durante a ascensão de Napoleão Bonaparte.

    b) Ao chegar ao Brasil, o Príncipe Regente Dom João imediatamente revoga o Alvará de 1785 que proibia manufaturas na Colônia (exceto tecidos). ITEM INCORRETO.

    c) Especificamente no contexto da ascensão do império de Napoleão Bonaparte, a ideia da retirada da família real para o Brasil foi defendida pelo marquês de Alorna, em 30 de maio de 1801, e em 16 de agosto de 1803, por D. Rodrigo de Sousa Coutinho. ITEM CORRETO.

    A Corte do Rio de Janeiro fez-se representar no Congresso de Viena. Foi a partir deste encontro político que o Brasil passou de colônia a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. ITEM CORRETO.

    d) Dom João, durante sua permanência no Brasil, ordenou expedição à banda oriental do Prata. ITEM CORRETO.

    e) A volta de Dom João à Lisboa ocorre por causa da Revolução do Porto. ITEM CORRETO.

    Resposta: B

    Danuzio Neto | Direção Concursos

  • GAB- A promoção das manufaturas era considerada como componente nocivo aos interesses de Portugal e, por tal razão, esteve ausente na política de D. João no Brasil.

    Ao chegar ao Brasil, o Príncipe Regente Dom João imediatamente revoga o Alvará de 1785 que proibia manufaturas na Colônia (exceto tecidos). ITEM INCORRETO.


ID
29461
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de Independência do Brasil concluiu-se durante o
Primeiro Reinado (1822-1831). Este foi, contudo, um período
conturbado da história nacional, em razão, entre outros fatores, de
contradições da vida política interna e da política exterior. A esse
respeito, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O Parlamento fez graves críticas a D. Pedro, por entender que ele sacrificou a expansão das manufaturas mediante acordos de comércio com países capitalistas mais avançados.

Alternativas
Comentários
  • Afinal estes países era a Inglaterra que pra reconhecer a independencia renovou os tratando de 1810 e os EUA exportador de Algodão justamente pra Inglaterra devido ao mesmo fator de reconhecer a independencia de mais um páis "Americano" parece piada essa demagogia politica estadunidense
  • Essa questão é imprecisa ao dizer que o Brasil fez "acordos de comércio com países capitalistas mais avançados", quando na verdade o acordo foi apenas com a Inglaterra. Mas estava certa, fazer o quê.

  • Thiago, vc está enganado. Houve acordo com diversos países a partir da Tarifa Bernarndo Pereira, de 1828.

    Segundo Eugênio Vargas, “1828: Promulgada a Tarifa Bernardo Pereira de Vasconcelos, que reduz os direitos alfandegários de quaisquer produtos à taxa de 15% para todos os países, independentemente de tratado bilateral (24 set.). A medida anula na prática os privilégios aduaneiros renovados com a Grã-Bretanha no ano anterior”.

    Com essa tarifa tão baixa, ficava inviável a produção industrial no Brasil, pois era muito mais barato importar do que produzir localmente.

  • como assim manufaturas? Nao seria maquinofatura?


ID
29464
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de Independência do Brasil concluiu-se durante o
Primeiro Reinado (1822-1831). Este foi, contudo, um período
conturbado da história nacional, em razão, entre outros fatores, de
contradições da vida política interna e da política exterior. A esse
respeito, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A Constituição de 1824 consagrou democraticamente a vontade nacional, que se expressou por meio dos representantes junto à Assembléia Constituinte.

Alternativas
Comentários
  • (...) A disputa entre os poderes acabou resultando na dissolução da Assembléia Constituinte por Dom Pedro, com apoio da tropa. (...) Logo a seguir, cuidou-se de elaborar um projeto de Constituição que resultou no texto promulgado a 25 de março de 1824. (...) A primeira Constituição brasileira nascia de cima para baixo, imposta pelo rei ao "povo", embora devamos entender por "povo" a minoria de brancos e mestiços que votava e de algum modo tinha participação na vida política. (...)

    FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. 2 ed. São Paulo: EDUSP, 2006, p. 80
  • o que!? a Constituição da Mandioca....essa é uma das grande piadas da História do Brasil!!! feita nas coxas onde a constituição nnão passava de um grande bloco de papel inutil para sociedade brasileira,qe favorecia a elite agrária e que manteu o Absolutismo brasileiro,imposto por Pedro I,pra manter o sistema monaquico!!!
  • A Carta Constitucional de 1824 foi outorgada. Características: fixa voto censitário menos seletivo para eleitores, deputados e senadores. Amplia os direitos individuais e humanos. Cria o Poder Moderador (inspirado de Benjamin Constant) que dá poder ao Imperador em nomear Senadores, convocar Assembleia Geral, sancionar ou vetar leits, dissolver a Câmara, suspender juízes, nomear e demitir ministros. Silêncio à respeito da escravidão. 

    Já o Projeto da Constituição na Constituinte de 1823 chefiada por Antônior Carlos de Andrada (irmão de Bonifácio) previa uma Constituição que não poderia a Câmara ser dissolvida pelo Imperador, acena para emancipação lenta ds negros, prevê ensino público público em 3 graus. Porém, o incidente com o jornal A Sentinela desencadeia sucessivas crises levando a Noite da Agonia e culminando na dissolução da Constituinte. Irmãos Andradas são presos e Antônio Carlos Andrada profere a seguinte frase ao Imperador onde de forma concomitante tira o chapéu: à sua majestade, o canhão.
  • Após fechar o congresso, foi outorgada, em 1824, pelo imperador, a Constituição da mandioca.

  • Atentar para o fato de que a Constituição da Mandioca era o projeto constitucional de 1823, não a que fora outorgada por D. Pedro I, em 1824.

    Recebeu esta alcunha porque o critério para ter direito a votar era comprovar renda mínima de 150 alqueires de farinha de mandioca, limite considerado baixo para os padrões de então.


ID
29467
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de Independência do Brasil concluiu-se durante o
Primeiro Reinado (1822-1831). Este foi, contudo, um período
conturbado da história nacional, em razão, entre outros fatores, de
contradições da vida política interna e da política exterior. A esse
respeito, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A Constituição de 1824 descuidou da educação popular ao não fixar o preceito da gratuidade para o ensino primário.

Alternativas
Comentários
  • Para as crianças brancas e ricas vale salientar!!!
  • Somos levados a desacreditar do enunciado se pensarmos no autoritarismo da conjuntura em que se instalou a Constituição de 1824. Mas, por incrível que pareça, lá está no art. 179:

    XXXII. A Instrucção primaria, e gratuita a todos os Cidadãos.

    A constituição de 1824 está disponível aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao24.htm

  • Errado. O professor João Daniel (Manual do Candidato, p 82) ressalta aparentes contradições da Constituição de 1824, a qual diz ser "incrivelmente centralizadora, mas com fortes componentes liberais". E como exemplo de um forte componente liberal presente no texto constitucional, o professor destaca a garantia da gratuidade do ensino básico: "Ao contrário da Constituição republicana de 1891, que lhe sucederia sete décadas depois, a Carta de 1824 estabelecia que era obrigação do Estado prover a educação básica de seus cidadãos, compromisso que desaparece na Primeira República."


ID
29470
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de Independência do Brasil concluiu-se durante o
Primeiro Reinado (1822-1831). Este foi, contudo, um período
conturbado da história nacional, em razão, entre outros fatores, de
contradições da vida política interna e da política exterior. A esse
respeito, julgue (C ou E) os itens a seguir.

No Congresso do Panamá de 1826, em que se discutiu a ordem hemisférica, a delegação brasileira fez a defesa da guerra que o governo movia contra Buenos Aires pela posse da Província Cisplatina.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com Amado Cervo, o Brasil chegou a enviar um representante para o Congresso, mas este não chegou a tempo (p.46-7). O Congresso foi um verdadeiro fracasso, pois as idéias bolivarianas não eram compartilhadas pelos grandes países do hemisfério, como EUA, Argentina e Brasil.
  • Mas o GABARITO ESTÁ ERRADO MESMO! O Brasil não participou do Congresso do Panamá de 1826!

  • Convidado a participar do Congresso Anfictiônico do Panamá (1826), idealizado por Bolívar a fim de articular uma confederação hispano-americana, o Império nomeou representante que jamais chegou ao destino.


ID
29473
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante a Regência (1831-1840), o Brasil passou por reformas
institucionais que consolidaram o Estado Nacional, cuja política
exterior tomou rumos distintos das orientações da época da
Independência. Acerca da Regência e da nova política exterior no
início do Segundo Reinado, julgue (C ou E) os itens seguintes.

O pensamento político e os dirigentes dividiam-se entre liberais e conservadores, sendo os primeiros defensores da centralização do poder e os segundos, do federalismo.

Alternativas
Comentários
  • Justamente o contrário!Liberais a favor do federalismoConservadores a favor do centralismo monarquico
  • ERRADA.

    Contrário.

    Adicionalmente:

     

    Progressistas:eram favoráveis a um governo forte, centralizado no RJ, mas estavam dispostos a fazer concessões aos liberais exaltados. Por exemplo, delegar maior autonomia administrativa às províncias (federalismo), medida que, aliás, fora tomada pelo Ato Adicional de 1834. Após 1840 foram denominado de Partido Liberal.

    Regressistas: não estavam dispostos a fazer concessões aos liberais exaltados. Eram favoráveis ao fortalecimento do Poder Legislativo, centralizado no Rio de Janeiro, e contrários à liberdade administrativa das províncias. Lutavam pela manutenção da ordem pública.  Após 1840 foram denominado de Partido Conservador.

  • Liberais defendendo a centralização? Isso foi estranho! Somente com isso ja é possivel matar a questã
  • Errado. Os liberais defendiam o federalismo e os Conservadores a centralização.


ID
29476
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante a Regência (1831-1840), o Brasil passou por reformas
institucionais que consolidaram o Estado Nacional, cuja política
exterior tomou rumos distintos das orientações da época da
Independência. Acerca da Regência e da nova política exterior no
início do Segundo Reinado, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Entre os conservadores, Bernardo Pereira de Vasconcelos esteve presente na origem do partido político que defendia a centralização do poder do Estado.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA

     

    O Bernardo pertencia inicialmente aos liberais moderados (chimangos): Parcela da aristocracia rural que defendia a manutenção da ordem socioeconômica e dos seus privilégios. Figuras de destaque: Padre Digo Antônio de Feijó, Evaristo da Veiga, Bernardo Pereira de Vasconcelos .

    Durante a Regência Una de Araújo Lima ( 1838-1840) - regressista / consevador:  Bernardo Pereira de Vasconcelos era Ministro da Justiça.

  • Os conservadores defendiam a centralizalçao do Estado, ao contrário dos liberais que queria a descentralização, Federalização do país.
  • Mas "na origem"??? Ele não era liberal e só depois tornou-se conservador??

  • Jornalista, parlamentar, administrador, legislador, atuou de forma incisiva e infatigável, tendo ocupado sucessivamente como ministro as pastas da Fazenda (1831), Justiça e Império (1837). Na última, a mais alta direção política, foi dos mentores e fundadores do Partido Conservador, depois de ter militado nas alas liberais.

    Os moderados, participantes fervorosos no 7 de abril, contrários aos desmandos de D. Pedro I, fundam um partido conservador, entendendo que o liberalismo se ressignificara no período Regencial. Para eles a facção de Feijó havia “bebido em liberalismo de fontes exageradas”: a descentralização administrativa criava nas províncias uma certa repulsa ao poder central, cujas marcas estavam nas revoltas e no decorrente risco da balcanização do território.

    Bernardo Pereira de Vasconcelos, fundador do Partido Conservador, justifica sua mudança utilizando-se dessa mesma tese:

    "Fui liberal; então a liberdade era nova no país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, o poder era tudo: fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade: os princípios democráticos tudo ganharam e muito comprometeram; a sociedade, que então corria risco pelo poder, corre agora risco pela desorganização e pela anarquia. Como então quis, quero hoje servi-la quero salvá-la; e por isso sou regressista. Não sou trânsfuga, não abandono a causa que defendo, no dia dos seus perigos, de sua fraqueza; deixo-a no dia em que tão seguro é o seu triunfo que até o sucesso a compromete. Quem sabe se, como hoje defendo o país contra a desorganização, depois de o haver defendido contra o despotismo e as comissões militares, não terei algum dia de dar outra vez a minha voz ao apoio e a defesa da liberdade?…Os perigos da sociedade variam; o vento das tempestades nem sempre é o mesmo: como há de o político, cego e imutável, servir no seu país?"


ID
29479
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante a Regência (1831-1840), o Brasil passou por reformas
institucionais que consolidaram o Estado Nacional, cuja política
exterior tomou rumos distintos das orientações da época da
Independência. Acerca da Regência e da nova política exterior no
início do Segundo Reinado, julgue (C ou E) os itens seguintes.

O debate parlamentar acerca da renovação dos tratados de comércio dividiu o pensamento nacional entre liberais e protecionistas, sendo estes últimos defensores da industrialização do país.

Alternativas
Comentários
  • Segundo a banca, os protecionistas o eram por defenderem a industrialização do país(!). Isso consta na História da política externa do Brasil, do Amado Cervo e Clodoaldo Bueno. É um disparate, sem respaldo algum na historiografia econômica, mas Amado Cervo é a Bíblia, então temos que engolir.
  • Teria, também, que deglutir Celso Furtado, Gambiaggi e Boris Fausto.
  • Acredito que a questão induziu muitos ao erro porque, como dito em diversos livros, os liberais na política eram protecionistas na economia, enquanto os conservadores na política eram liberais em economia. O fato é que, como a questão não especificou se eram liberais na política ou economia, vale a máxima que liberais não defendem protecionismo, mas abertura econômica. Portanto, apenas os Protecionistas poderiam defender a indústria ao restringir a entrada de bens produzidos em países mais avançados.


ID
29482
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante a Regência (1831-1840), o Brasil passou por reformas
institucionais que consolidaram o Estado Nacional, cuja política
exterior tomou rumos distintos das orientações da época da
Independência. Acerca da Regência e da nova política exterior no
início do Segundo Reinado, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Por força de lei de 1831 que definiu a competência dos regentes, tratados de qualquer natureza haveriam de passar pela prévia aprovação da Assembléia (Câmara e Senado) antes de serem ratificados.

Alternativas
Comentários
  • Inspirados ou influenciados pela propria política britanica é neste período que o parlamento brasileiro expressa suas medidas,mas depois ficando conhecido como Parlamentarismo as avessas!
  • A Lei n. 17, de 14 de junho de 1831, que dispôs sobre a forma de eleição da regência permanente e suas atribuições, previu, em seu art. 20, que “a Regência não poderá, sem preceder aprovação da Assembléia Geral: 1) Ratificar Tratados e Convenções de Governo a Governo; 2) Declarar a guerra.” (apud Medeiros, 1995, p. 92).
  • A Lei da Regência (1831) instituiu:

    - suspensão do poder moderador (atenção! não é extinção!)

    - proibição de o governo dissolver o Parlamento

    - controle maior do executivo pelo legislativo (ministros deveriam prestar contas ao Parlamento e os tratados deveriam passar por prévia aprovação na Assembleia)

     


ID
29485
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o Segundo Reinado (1840-1889), Europa e Estados
Unidos da América (EUA) desempenharam importante papel na
formação interna e inserção internacional do Brasil. Com
relação a esse tema, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Ao término do Segundo Reinado, os EUA deram alento à economia agrícola ao substituírem os europeus como grandes consumidores do café brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • Os EUA se mantiveram durante todo o Segundo Reinado à frente dos europeus na compra de café brasileiro.
  • Para facilitar a compreensão.  
    Os Ingleses, culturalmente, não utilizavam café como os habitantes do continente americano, mas sim, principalmente o chá.

    Lembrando que o Café só surgiu com a queda da mineiração e foi estimulada pela abertura do mercado norte-americano, agora desligado da Inglaterra, que não queria mais comprar de fornecedores ingleses (Insulásia - Java e Sumatra). 
    Fonte: Caio Prado Jr.
  • EUA subtitui a inglaterra não a europa

  • O aumento do consumo do café nos Estados Unidos não se deu após o término do Segundo Reinado.Ou seja, no final do século XIX.

    Na verdade, o consumo norte-americano do café aumentou durante o processo de independência dos Estados Unidos, que encontraram neste produto um substituto para o chá, produto do seu antigo colonizador, a Inglaterra.

    Resposta: Errado

  • "EUA substitui a inglaterra não a europa" Desnecessário lembrar que europeus se refere justamente aos ingleses. Não é essa a razão da questão estar errada, mas sim o fato de que não foi no final do Segundo Reinado que os EUA se tornaram o maior consumidor de café brasileiro, mas já o era antes do Segundo Reinado acabar.

  • O aumento do consumo do café nos Estados Unidos não se deu após o término do Segundo Reinado.Ou seja, no final do século XIX.

    Na verdade, o consumo norte-americano do café aumentou durante o processo de independência dos Estados Unidos, que encontraram neste produto um substituto para o chá, produto do seu antigo colonizador, a Inglaterra.

    Resposta: Errado

  • "Desnecessário lembrar que europeus se refere justamente aos ingleses" não sei onde essa afirmação é válida, Max. Se a questão usa o termo 'europeus' está se referindo aos europeus, se quisesse referir-se aos ingleses, usaria o termo 'ingleses. Portanto, a afirmativa está errada em dois pontos: o aumento da venda do café brasileiro aos Estados Unidos ocorreu ao longo do século XIX, e a venda para os Estados Unidos nunca ultrapassou a venda à Europa como um todo.


ID
29488
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o Segundo Reinado (1840-1889), Europa e Estados
Unidos da América (EUA) desempenharam importante papel na
formação interna e inserção internacional do Brasil. Com
relação a esse tema, julgue (C ou E) os itens abaixo.

William Trousdale, representante inglês no Rio de Janeiro na década de 1850, discordava da pressão norte-americana sobre D. Pedro II para a abertura do rio Amazonas à navegação internacional.

Alternativas
Comentários
  • William Trousdale era, no referido momento, o representante dos EUA no Brasil. Além disso, a Inglaterra apoiava os EUA em sua proposta de abertura do rio à navegação internacional.

  •  

    ERRADA!

    Para entender melhor.

    William Trousdale (ex-governador do Tenesse), representante americano no Rio de Janeiro na década de 1850, naturalmente concordava com a pressão norte-americana sobre D. Pedro II para a abertura do rio Amazonas à navegação internacional que ocorreu em 1866, na qual a abertura vigiria em 1867 após a definição de quais rios estariam abertos à livre navegação evitando assim o acesso irrestrito de estrangeiros na região. 

  • William Trousdale, representante dos EUA no Brasil, chegou ao Rio de Janeiro em 1853, com o firme propósito de convencer as autoridades brasileiras a cederem na navegação. Até ser substituído em 1857, tentou inúmeras vezes convencer estadistas brasileiros a abrirem a Bacia Amazônica.

    (lembrar de inserir a questão no contexto expansionista dos EUA e da G. Civil Americana)
  • Não consigo imaginar a Grã-Bretanha se opondo à livre navegação internacional nessa época.


ID
29491
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o Segundo Reinado (1840-1889), Europa e Estados
Unidos da América (EUA) desempenharam importante papel na
formação interna e inserção internacional do Brasil. Com
relação a esse tema, julgue (C ou E) os itens abaixo.

No seio do partido liberal brasileiro, havia defensores da industrialização do país, a ser realizada com o auxílio de política alfandegária protecionista, proposta que entrava em choque com as pretensões britânicas a favor do livre-comércio.

Alternativas
Comentários
  • A Política externa brasileira não era afetada por partidarismo
  • CORRETO
    Em 1844 o imperador demitiu o gabinete conservador e nomeou um gabinete liberal, cuja principal decisão foi à criação da Tarifa Alves Branco (1844), que extinguiu as taxas preferenciais aos produtos ingleses.
    "Ao promulgar a Tarifa Alves Branco, taxando as importações e ferindo os interesses ingleses, estes voltaram à carga em relação ao tráfico de escravos. No ano de 1845, o Parlamento Inglês aprovou uma lei (Bill) que tomou o nome do seu propositor, George Aberdeen."
    História Crítica da Nação Brasileira
    Renato Mocellin
  • O problema da questão, razão pela qual eu marquei errado, é ela apontar o interesse britânico por um livre-comércio, sendo que o que eles objetivavam na verdade era a manutenção do status quo dos tratados desiguais. Alguém teria alguma fonte que mencione a posição inglesa como favorável ao livre-comércio?

  • Certo.

    Tarifa Alves Branco (1844): mudança do sistema alfandegário do Brasil. Foi uma tarifa protecionista.

    • Objetivos: 1) aumentar a arrecadação (principal), com a justificativa de que a arrecadação brasileira era muito baixa principalmente devido ao sistema de tratados desiguais. O país dependia de importação (arrecadação depreciada em torno de 15%). Extinguiu as taxas preferenciais aos produtos ingleses.
    • 2) Propõe o aumento de 15% para 30% ad valorem para proteger a produção nacional, o que estimulou a indústria brasileira.
    • Foi criado o conceito de “Similar Nacional”, estabelecendo que o produto importado que tivesse similar nacional pagaria 40-60%.

ID
29497
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca da Política Externa Independente (1961-1964), julgue
(C ou E) os itens a seguir.

O Chanceler San Tiago Dantas concebia o desenvolvimento com menor dependência externa, advogando uma diplomacia atenta ao interesse nacional.

Alternativas
Comentários
  • Qualquer chanceler concebeu o desenvolvimento como está escrito na questão, mesmo os amercianistas poderiam afirma-lo tal como está no item.
    de qualquer forma, política externa independente está no livro no Amado Cervo e Clodoaldo Bueno, entre outros livros.
    Abraços,
  • Francisco Clementino San Tiago Dantas, ex-ministro da Fazenda, assessor especial do governo Getúlio Vargas, Deputado Federal, Ministro das Relações Exteriores e embaixador do Brasil na ONU afirmou em seu discurso "Homem de Visão": "Tive a aventura de restaurar nossas relações com a área socialista e de realizar um esforço leal para normalizar nossas relações financeiras com os Estados Unidos. O que resulta desses atos é o sentido da independência, e não de preferência ideológica".
  • Acrescentando informação:
    San Tiago Dantas foi Ministro das Relações Exteriores no período parlamentarista do  Governo de João Goulart. Ele auxilou no reatamento das relações diplomáticas com União Soviética.

ID
29506
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca da Política Externa Independente (1961-1964), julgue
(C ou E) os itens a seguir.

O regime militar brasileiro (1964 a 1985), aberto ao ocidentalismo e à interdependência econômica, política e de segurança entre as nações à época da Guerra Fria, abandonou definitivamente os princípios da Política Externa Independente.

Alternativas
Comentários
  • Após um curto período - Castelo Branco (1964-67) - em que praticamente se abandonou a PEI, as bases desta política são retomadas a partir de Costa e Silva.
  • Bom comentário Alexandre!
  • Segundo Amado Cervo, a política externa (PEB) do regime militar pode ser dividida em dois períodos:

    1964-67: padrão de PEB de Castelo Branco. “Correção de rumos”.

    Após 1967:  Regime militar recuperou as tendências de PEB das últimas décadas e a perspectiva de poder utilizar a variável externa para alcançar o desenvolvimento (tal como GV, JK e PEI).
  • ERRADO.

    A partir do Governo Marechal Artur Costa e Silva houve retomada dos prinícipios da PEI denotada pelos seguintes fatos: Rejeição ao Tratado de Não Proliferação Participação ativa na II UNCTAD Consolida a posição de líder do G77 Reforço nas relações com a África, América Latina e Índia Participação da Comissão Especial de Coordenação Latino Americana (CECLA)
  • Gabarito: ERRADO

     

    Outra questão para ajudar no entendimento do assunto:

     

    Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata

     

    O governo de Costa e Silva recuperou princípios básicos da Política Externa Independente.CERTO

  • A ideia de um país grande, considerado potência mundial foi, igualmente, pensado pelo estamento militar, fazendo-se menção explicita no plano de Metas e Bases Para a Ação do Governo. Para o governo, entre os objetivos, estratégia e grandes prioridades, estabelecia-se como "Objetivo-Síntese, ingresso do Brasil no mundo desenvolvido, até o fnal do século. Conforme já se esclareceu, construir-se-á no País, uma sociedade efetivamente desenvolvida, democrática e soberana, assegurando-se, assim, a viabilidade econômica, social e política do Brasil como grande potência". (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 1971, p. 15)

    A volta do grupo sorbonista ao poder em 1974 signifcou, em parte, a retomada de alguns princípios do primeiro governo, mas não que pudesse ser mera repetição daquele, ou contivesse mudanças abruptas do período anterior comandado por Médici. Rotulada como pragmatismo responsável, a política implementada por Ernesto Geisel aproveitava princípios já utilizados no período de Médici, mas substituía a ideia de Grande Potência por potência emergente, como se pode observar no II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) (PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA,1974, p. 21-78). Ou, também, pela política de aproximação com o continente africano. De fato, após a viagem do chanceler Mario Gibson Barboza em 1972, quando esteve em nove países, laços foram intensifcados com aquele continente. 

    Critérios apoiados na necessidade de se pensar o mundo sob outras categorias, em razão da própria mudança verifcada nos negócios internacionais e da competição que começava a se acirrar internacionalmente, o período Geisel se caracterizou por vários fatos que tiveram signifcativo impacto interna e externamente. Um deles se refere ao reconhecimento em 1975 de países recém-libertos do jugo português, como Angola e Moçambique, ainda que governados por grupos marxistas, encabeçados por Agostinho Neto e Samora Machel, respectivamente. Nessa mesma linha, ocorreu o reconhecimento da República Popular da China em detrimento do regime de Formosa. Neste último caso, o Brasil redimia-se de sua atuação em abril de 1964,imediatamente apos o golpe, quando expulsou nove diplomatas chineses.
    A assinatura do acordo nuclear com a República Federal da Alemanha, deixando de lado a proposta norte-americana em 1975, bem como as críticas aos desrespeitos brasileiros em direitos humanos feitas por Jimmy Carter, podem ser resgatados como fatos importantes desse período. Ao mesmo tempo, a ressalva ao governo israelense, condenando na ONU o sionismo como forma de racismo, é outro exemplo que marcou a política do pragmatismo.

    Naquele contexto, a postura brasileira era a de que o cenário global não comportava a existência de amigos, mas simplesmente de aliados. Não se deveria dar importância às ideologias,mas sim aos mercados. No entorno da Bacia do Prata, entretanto, o Brasil manteria discussões ásperas com a Argentina com a construção da barragem de Itaipu.



     

  • Defnido como o último período do ciclo militar, o governo Figueiredo manteve, praticamente sem modifcações de vulto, a atuação do governo anterior. Alguns acontecimentos marcaram o período sobretudo no âmbito sul-americano. Resolveu-se o contencioso de Itaipu, neutralizou-se a possibilidade de existência de governo considerado hostil no Suriname, com a eleição de Desi Bouterse em 1980. Com a participação de várias autoridades, como o chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro e o general Danilo Venturini (então chefe da Casa Militar, secretário do Conselho de Segurança Nacional e Ministro Extraordinário para Assuntos Fundiários), que visitaram Paramaribo em oportunidades diversas, e frmaram vários acordos, a possibilidade de intercâmbio maior de Bouterse com o governo de Fidel Castro foi neutralizada.
     

  • Apenas aconselhando aos amigos concursandos/concurseiros: sempre que a banca vier com "exclusivamente", "definitivamente", "sempre", "nunca", "absolutamente" etc, redobre sua atenção e ligue a anteninha da intuição.

     

    GAB.: ERRADO


ID
31402
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No Brasil, a instabilidade da política alfandegária prevaleceu no
século XIX - estendendo-se até o advento da República - e foi
uma das causas da baixa industrialização. A respeito das tarifas
praticadas e do comércio exterior brasileiro nesse período, julgue
(C ou E) os itens a seguir.

Os tratados de comércio da época da Independência do Brasil inauguraram um período de baixas tarifas, o que provocou deficit na balança comercial brasileira.

Alternativas
Comentários
  • Os tratados assinados com a Inglaterra, em 1827, garantiram tarifa vantajosa a esta, em torno de 15% ad valorem, enquanto que, para Portugal, ficava em 16% e, para outras nações, 24%.
  • completando o comentário do Davi,mantem-se o Tratado de 1810 da abertura dos portos assinado desde o momento q o Brasil foi proclamado Vice Reiono,com tal Tratado se tem o fim do pacto colonial e o mercado monopolista da colonização brasileira!Só assim a Inglaterra reconhece a independencia do Brail em relação a Portugal!
  • Quesito CORRETO.

    Em acréscimo aos comentários de Nuno Rosas e Davi Alvarenga, convém lembrar que, em 1828, foi promulgada a Tarifa Bernardo Pereira de Vasconcelos que diminuiu os direitos alfandegários de QUAISQUER produtos à taxa de 15% para TODOS os países, independentemente de tratado bilateral. Isso piorou sensivelmente a arrecadação dos impostos de importação do país, contribuindo para o deficit na balança comercial.

  • Como pode inaugurar um período de baixas tarifas se essas já vigoravam desde 1810? Se o avaliador utilizasse "acentuou" seria coerente, pois a partir da lei Vasconcelos houve uma "democratização" das vantagens.
    Bons estudos!!!
  • Esse processo está bem detalhado no livro Fromação Econômica do Brasil, de Celso Furtado.

  • Questão de tarifas menores para Inglaterra -> depois outros países usam disso para barganhar acordos comerciais favoráveis em troca do reconhecimento da independência -> Brasil concede e lida com crise já que os impostos sobre as importações eram grande fonte de receitas para o Estado.

    Está bem explicado em História das Relações Internacionais do Brasil, por Vidigal e Doratioto


ID
31405
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No Brasil, a instabilidade da política alfandegária prevaleceu no
século XIX - estendendo-se até o advento da República - e foi
uma das causas da baixa industrialização. A respeito das tarifas
praticadas e do comércio exterior brasileiro nesse período, julgue
(C ou E) os itens a seguir.

Na década de 40 do século XIX, o pensamento industrialista se impôs à política de comércio exterior, abrindo possibilidades para a criação de manufaturas.

Alternativas
Comentários
  • Com o fim, em 1844, do tratado de comércio desigual firmado com a Inglaterra, é aprovado um projeto industrialista ousado pelo governo brasileiro que, no entanto, obteve resultados muito aquém das expectativas e foi logo abandonado.
  • Em 1844, a Tarifa Alves Branco aumentou as taxas de importação de mais de três mil produtos. Criada para expandir a receita tributária, contribuiu para incentivar a produção nacional de manufaturados . Durou até meados de 1860, quando o Império cedeu a pressões externas e reduziu os tributos sobre importação de manufaturados europeus.
  • Correta

    Com o fim dos Tratados de 1810 e o advento da tarifa Alves Branco, nos anos 1840 surgem 62 empresas industriais, 14 bancos, 3 caixas econômicas, 20 companhias de navegação a vapor, 23 de seguros , 4 de colonização, 8 de mineiração, 3 de transporte urbano, 2 de ás e 8 ferroviárias.

    Atenção, os 1ºs industriais são os fazendeiros que formam empresas familiares (a lei dificulta as SAs), várias fábricas ficam na fazenda.

    A mão-de-obra é majoritariamente escrava, já nas indústrias paulistas, é de maioria imigrante.

    Na década de 40, o barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza era sócio da Carruthers (ING) e lá conhece moderna indústria metalúrgica inglesa. Compra, 2 anos após a tarifa Alves Branco,  um estaleiro de barcos em Niterói e logo já recebe encomenda de vários navios.
  • Essa questão só faz sentido na lógica da prova do IRB até 2009, coordenada por Amado Cervo. Desde então, ninguém mais reproduz essa lógica de que "havia um pensamento industrialista" na PEB durante o Primeiro Reinado. A Tarifa Alves Branco (1844) tem claro objetivo arrecadatório.


ID
31408
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No Brasil, a instabilidade da política alfandegária prevaleceu no
século XIX - estendendo-se até o advento da República - e foi
uma das causas da baixa industrialização. A respeito das tarifas
praticadas e do comércio exterior brasileiro nesse período, julgue
(C ou E) os itens a seguir.

Os Estados Unidos da América (EUA) dificultavam a importação do café por meio das altas tarifas que aplicavam à entrada do produto brasileiro naquele país.

Alternativas
Comentários
  • Os EUA, durante o séc. XIX e início do séc. XX, mantiveram tarifas extremamente favoráveis à compra do café brasileiro por eles, o que contribuiu para que eles se tornassem, de longe, nosso maior importador.
  • Acredito que o nobre colega tenha trocado açúcar por café!

  • INCORRETA

    As tarifas em geral foram reduzidas. Porém não podemos esquecer do episódio de 1893 onde uma crise nos EUA derrubou os preços: a saca de 60kg cai de 4,09 libras para 1,49 em 1899. Além disso as safras recordes nos anos seguintes só agudizam o problema.
  • Em verdade, quem fazia isso era a Inglaterra. Como ilustração, isso é refletido nos dias atuais: os ingleses tendem mais ao chá (provenientes de suas colônias asiáticas).

  • A princípio, os Estados Unidos facilitavam a entrada do café brasileiro no país, inclusive com diminuição das tarifas de importação.

    À época, os norte-americanos estavam buscando um substituto para o chá, produto dos seus antigos colonizadores, os ingleses.

    Resposta: Errado

  • A princípio, os Estados Unidos facilitavam a entrada do café brasileiro no país, inclusive com diminuição das tarifas de importação.

    À época, os norte-americanos estavam buscando um substituto para o chá, produto dos seus antigos colonizadores, os ingleses.

    Resposta: Errado


ID
31411
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No Brasil, a instabilidade da política alfandegária prevaleceu no
século XIX - estendendo-se até o advento da República - e foi
uma das causas da baixa industrialização. A respeito das tarifas
praticadas e do comércio exterior brasileiro nesse período, julgue
(C ou E) os itens a seguir.

No Brasil, durante as décadas finais da Monarquia, o deficit do comércio exterior contribuiu para a queda desse regime.

Alternativas
Comentários
  • A balança comercial brasileira, que apresentou déficits desde a Independência, reverte esse quadro em 1860, quando passa a apresentar vultosos superávits pelas décadas seguintes.
  • Como dito no comentário anterior, não havia déficit comercial do Brasil e a queda da Monarquia deveu-se a 2 fatores primordiais, quais sejam: a questão militar e a abolição.
  • Durante o 2º Reinado houve o aumento da balança comercial em relação do algodão somente durante a Guerra Civil dos EUA,onde as produções daquele país diminuíram entre os conflitos dos Estados do Norte e do sul!O algodão brasileiro teve aumento de 86% na balança!
  • A Partir do inicio da décda de 1860 o Brasil conheceu um grande desenvolvimento de suas exportações, principalmente em relação aos EUA. Entre 1861 e 1865 o saldo brasileiro com esse país chegou 1.246 mil libras; entre 1886 e 1890, 3039 mil libras. Isso contribuiu, inclusive para melhorar a situação de nossa dívida externa.
  • Vou tentar melhorar meu comentário:

    A balança comercial brasileira, que apresentou déficits desde a Independência (1822), reverte esse quadro em 1860, quando passa a apresentar vultosos superávits pelas décadas seguintes – isso devido à expansão das exportações de café. Portanto, esse não poderia ser um dos fatores promotores da queda da monarquia brasileira.

    Fatores que geraram a queda da monarquia no Brasil:
    Descontentamento dos militares. Desde o fim da Guerra do Paraguai, os investimentos no Exército minguaram e esta instituição passou a se ressintir cada vez mais da falta de recursos e de promoções. Além disso, o positivismo republicano (hostil ao ideal monárquico) era uma ideia cada vez mais popular entre os oficiais. Descontentamento dos cafeicultores. Os cafeicultores paulistas eram a classe mais rica do país, mas não recebiam muita atenção do governo imperial, o que foi colocando essa poderosa classe contra o regime. Questões menores também ajudaram: a Igreja retirou seu apoio ao governo imperial depois da chamada “Questão Maçônica”, em que os bispos foram obrigados a desrespeitar ordem do papa de não permitir entrada de maçons nas igrejas; a libertação dos escravos pela Lei Áurea (1888) colocou a aristocracia fluminense – grande proprietária de escravos – contra a monarquia.
  • Incorreta.

    As verdadeiras razões foram:

    * Questão Religiosa envolvendo os bispos de Olinda e PA que foram presos após estes interditar aos maçons o culto católico. Mesmo d. Pedro anistiando os bispos a Igreja reduz o apoio à monarquia.

    * Movimento Republicano: atuante desde o Manifesto de 1870. Atenção, o movimento é quase nulo no Nordeste onde o baianismo imperial privilegia as elites locais.

    * O positivismo, filosofia-religião que inspira boa parte dos republicanos. Ganha expressão política com Lopes Trovão, Benjamin Constante que é ídolo dos alunos na Academia Militar. 

    * Questão Militar: problemas com oficiais em polêmicas públicas com o cel. Sena Madureira que homenagiou o jangadeiro abolicionista F. Nascimento. 

    * Expectativas: como d. Pedro esta enfermo desde 1887. A sucessora, em caso de morte, seria a Princesa Isabel que tida manipulada pelo seu consorte conde D´Eu. Este levantava suspeitas por ser francês, cruel (na guerra do Paraguai) e pela má administração do seu imenso cortiço. 

    * Movimentos populares: tais como o Quebra-Quilos (PB) em que a população revoltou-se pela adoção do novo sistema de pesagem, impostos e recrutamento forçado
  • O que se entende por "baianismo" imperial?

  • O Império possuía uma economia estável e o próprio Imperador gozava de prestígio junto à população.

    A crise que contribuiu levou à queda da Monarquia foi ocasionada por alguns fatores, sendo os principais os seguintes:

    MOVIMENTO ABOLICIONISTA;

    QUESTÃO RELIGIOSA;

    MOVIMENTO REPUBLICANO; 

    QUESTÃO MILITAR.

    Gabarito: Errado

  • A imprensa da época dizia que o "Império era o déficit", mas não o déficit comercial, e sim o déficit orçamentário, vide os gastos excessivos em guerras, desde a Cisplatina, de Pedro I, até a do Paraguai, de Dom Pedro II. Entretanto, não se pode dizer que o Império caiu por motivos econômicos. Outros colegas já expuseram aqui os principais motivos, que apenas reforço terem sido a questão militar e o republicanismo, além do fim da escravidão, os mais contundentes e decisivos.


ID
31438
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em seu primeiro governo (1930-1945), Getúlio Vargas concebeu
o desenvolvimento do Brasil pela via da industrialização. Acerca
desse assunto, julgue (C ou E) os próximos itens.

A resistência à mudança econômica provinha dos militares, porque ainda estavam ligados às elites fundiárias da Primeira República.

Alternativas
Comentários
  • Os militares eram fortemente influenciados pelo movimento tenentista, que criticava severamente as elites fundiárias e a maneira como funcionavam as instituições da Primeira República.
  • Lembrando que só os militares de baixa patente,pois os de alta patente ainda eram os conservadores do Estado,no entanto que já na Era de Vargas,este racha com os tenente para ter apoio na Revolução Constitucionalista de 1932
  • Gabarito: ERRADO

     

     

    Entre os militares havia variedade ideológica grande; os nacionalistas, sobremaneira, não estavam ligados às elites fundiárias e enxergavam que o desenvolvimento do país passava pela industrialização, pela diversificação agrícola e pela urbanização.

  • Segundo Boris Fausto, "podemos sintetizar o Estado Novo sob o aspecto socioeconômico, dizendo que representou uma aliança da burocracia civil e militar e da burguesia industrial, cujo objetivo comum imediato era o de promover a industrialização do país sem grandes abalos sociais"

    Gabarito: errado!

  • [Segundo Celso Furtado] A Revolução de 1930 teria correspondido à versão brasileira de revolução burguesa, culminando um longo processo de oposição de interesses econômicos com as posições da classe média e da indústria emergente sobrepondo-se às da oligarquia cafeeira na formulação e implementação das políticas econômicas.

    (...)

    Vargas, ao colocar em 1937 o problema da dívida em termos de “ou pagamos a dívida externa ou reequipamos as forças armadas e o sistema de transportes”, ao mesmo tempo, mobilizou o apoio militar ao novo regime, esvaziou as críticas de círculos ligados a interesses estrangeiros e apaziguou os integralistas, que eram seus aliados à época e cujo programa incluía a suspensão de pagamentos.”

    ABREU, Marcelo de Paiva. Crise, crescimento e modernização autoritária, 1930-1945. In: ABREU, Marcelo de Paiva. (org.). A ordem do progresso: dois séculos de política econômica no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2014. Cap. 4, pp. 83 e 100.

  • “(...) os militares [defendiam o programa de industrialização do país] porque acreditavam que a instalação de uma indústria de base fortaleceria a economia – um componente importante de segurança nacional;(...)”

    FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. Ed. atual. e ampl., 3. reimpr. São Paulo: EDUSP, 2019. Cap. 7, p. 313.


ID
31441
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em seu primeiro governo (1930-1945), Getúlio Vargas concebeu
o desenvolvimento do Brasil pela via da industrialização. Acerca
desse assunto, julgue (C ou E) os próximos itens.

A recessão do capitalismo levou ao malogro o projeto industrial de Getúlio Vargas.

Alternativas
Comentários
  • O conjunto da Política de modernização inicia justamente devido a recessão,onde o Brasil que antes dependia dos produtos de industrias extrangeiras agora inicia a fabricação destes bens em nosso território! - POLITICA DE MODERNIZAÇÃO GETULISTA INICIADA NO SEU GOVERNO PROVISÓRIO DE (1930 - 34)
  • Essa pergunta é um tanto capciosa! De fato, com a crise de 29, abriu-se uma maior oportunidade para a industrialização (dimuinuição da produção nos países desenvolvidos, levou a menos importações e forçou uma industrialização), mas não dá para dizer que o projeto teve um grande sucesso. O proejto de substituição de importações, o primeiro de industrialização no Brasil só foi terminar no Governo JK.

  • A recessão do capitalismo coincidiu com a segunda guerra mundial, fazendo com que o Brasil fornecesse armas para os americanos, elevando assim a indústria no país. agora passe para a próxima questão e verá que estou certo.
  • Malograr = provocar danos, estragos em; estragar, inutilizar.

    Ex.: "O rigor do clima malogrou a safra"


  • recessão e malogro... é pra acabar com o concurseiro. 

    só consegui responder depois que ví o signigicado dassas palavras.

  • Ter dificuldade para responder a uma questão por desconhecimento de vocabulário é preocupante. Se isso se passou com algum candidato para o Rio Branco, então é caso de rever vocações. Para os outros cargos é imprescindível leitura constante.

  • Wilson Sato, o uso da vígula também é importante para canditatos a concurso. Adjunto adverbial de longa extensão deve ser separado por vírgula. Logo:

    Para os outros cargos, é imprescindível leitura constante.

    Caio, seu nome não é Aurélio. É normal desconhecer alguma palavra. Todos nós desconhecemos em maior ou menor grau. 

  • “A década de 1930 foi um período de grande incerteza, em que os desafios internacionais e internos, de caráter econômico e político, tiveram de ser enfrentados por um governo que acabara de chegar ao poder. Mas para o setor industrial, passado o primeiro momento de crise e recessão (1929-1931), esses seriam os anos dourados de crescimento, a era do primeiro milagre econômico do século. O rápido e intenso crescimento industrial (...),em especial no período 1933-1936, resultou da combinação de três fatores:

    a) do choque externo (crise de 1929 seguida da recessão internacional nos anos 1930), que reduziu as importações e ajudou o processo de substituição interna dos bens antes comprados no exterior;

    b) das políticas governamentais – uma parte dessas políticas correspondeu às medidas necessárias para responder aos choques; outra parcela resultou do atendimento a demandas setoriais (dos industriais por proteção, dos militares para a criação de uma infraestrutura de apoio à indústria, da burocracia governamental ou da diplomacia norte-americana e/ou britânica);

    c) do esforço do empresariado industrial e de sua liderança, que desde o início do século desenhava um projeto político de desenvolvimento tendo como motor a indústria.

    (...)

    Se olharmos o Brasil do ponto de vista do desempenho de suas indústrias, esse foi o período do primeiro milagre econômico do século XX. Passado o efeito recessivo da crise de 1929, em especial a recessão de 1931, a indústria brasileira iniciava, já em 1933, uma fase de crescimento sustentado, posteriormente favorecido pela guerra.

    LEOPOLDI, Maria Antonieta P. A economia política do primeiro governo Vargas (1930-1945): a política econômica em tempos de turbulência. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. N. (orgs.). O Brasil republicano 2: O tempo do nacional-estatismo: do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo: segunda república (1930-1945). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. Cap. 8.


ID
31444
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em seu primeiro governo (1930-1945), Getúlio Vargas concebeu
o desenvolvimento do Brasil pela via da industrialização. Acerca
desse assunto, julgue (C ou E) os próximos itens.

A aliança com os EUA, no contexto da Segunda Guerra Mundial, foi utilizada por Getúlio Vargas para promoção da indústria.

Alternativas
Comentários
  • dE TAL ALIANÇA INICIA A CONSTRUÇÃO DA SIDERURGICA NACIONAL,TENDO EM CONTRAPARTIDA A EXPLORAÇÃO DO LATEX AO NORTE DO PÁIS,SENDO ESTE CHAMADOS DE SOLDADOS DA BORRACHA - 2º CICLO DA BORRACHA BRASILEIRA
  • Getulio não era muito afeito da política americana , mais espertamente utillizou acordos como esse para beneficiar o Brasil, assim como Geisel.

  • Em troca da entrada do Brasil na 2ª Guerra, ao lado dos EUA, os EUA financiariam a siderúrgia de Volta Redonda.
    Vargas foi tão contraditório em suas ações que lutou contra a diatadura, ao lado dos EUA, mas ele mesmo era um ditador nato. 
  • Getúlio Vargas (1930-1945/1950-1954)

    Caracterizado pela nacionalização da economia, em que foi adotado o modelo de Substituição das Importações, criando as chamadas indústrias de base necessárias para o impulso de outros ramos industriais. Foram criadas neste período a Companhia Siderúrgica Nacional, importante centro de produção de aço, a Companhia Vale do Rio Doce, atual Vale, empresa responsável pela exploração dos diversos minerais utilizados pelas indústrias e criou a Petrobras, importante produtora de energia. Cabe lembrar, também, a sistematização da Consolidação das Leis Trabalhistas, necessária para a organização das relações de trabalho que vinham sendo estabelecidas no país.

     

    http://educacao.globo.com

  • Vargas se aliou aos EUA na segunda guerra mundial (EUA = DEMOCRÁTICO), sendo que Vargas era um Ditador, centralizador. Ao alinhar-se com os Aliados, inclusive enviando a FEB (FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA) para combater os países do EIXO (Japão, Alemanha e Itália), EUA concedeu empréstimo para que fosse construída a Usina de Volta Redonda, e inclusive, uma base AMERICANA foi implantada no Rio grande do Norte.

  • “A diplomacia americana preparava-se para firmar com o Brasil relações mais estreitas, visando a uma estratégia de alianças em preparação para a guerra que se aproximava. Interessava aos Estados Unidos cortar os vínculos comerciais do Brasil com a Alemanha e ter acesso a matérias-primas estratégicas para uma situação de conflito. Em 1939 uma missão diplomática brasileira esteve nos Estados Unidos, tendo à frente o ministro das Relações Exteriores, Oswaldo Aranha,10 para retomar negociações ligadas à dívida brasileira e discutir a concessão de créditos do Eximbank ao Brasil. Dessas negociações resultaram os recursos do Eximbank para a siderurgia brasileira.

    (...)

    O ataque japonês à base americana de Pearl Harbor e a entrada dos Estados Unidos na guerra aceleraram os entendimentos dos Estados Unidos com o governo brasileiro em torno da siderurgia. Em março de 1942 o Brasil firmou um acordo de cooperação militar no qual cedia bases militares no Nordeste para uso dos Estados Unidos e se comprometia com o fornecimento de minerais estratégicos para aquele país. Em troca vieram os créditos do Eximbank para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e, além dela, para a reestruturação da Estrada de Ferro Vitória-Minas, necessária à construção da Companhia Vale do Rio Doce. Ao fim da negociação, o crédito do Eximbank para a siderurgia brasileira se elevara de 20 para 45 milhões de dólares! (Martins, 1976, p. 233).”

    LEOPOLDI, Maria Antonieta P. A economia política do primeiro governo Vargas (1930-1945): a política econômica em tempos de turbulência. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. N. (orgs.). O Brasil republicano 2: O tempo do nacional-estatismo: do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo: segunda república (1930-1945). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. Cap. 8.

  • Se o CACD fosse nesse nível ainda hoje, todo mundo tava feito


ID
31447
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em seu primeiro governo (1930-1945), Getúlio Vargas concebeu
o desenvolvimento do Brasil pela via da industrialização. Acerca
desse assunto, julgue (C ou E) os próximos itens.

Nessa fase da industrialização, tendo outras prioridades, Getúlio Vargas não cuidou dos direitos trabalhistas.

Alternativas
Comentários
  • INICIA AINDA NO SEU GOVERNO PROVISÓRIO ATRAVÉS DA LEI DE SINDICALIZAÇÃO A APROXIMAÇÃO DO EXECUTIVO NACIONAL COM O OPERARIADO URBANO INDUSTRIAL BRASILEIRO,DANDO INICIO AS LEIS TRABALHISTAS NO PAÍS!
  • Basta dizer que a CLT é de 1943.
  • ERRADO

    Getúlio Vargas, pais dos pobres, mãe dos ricos, foi o responsável pela promulgação da CLT. Consolidação das Leis do Trabalho de 1943. A CLT é o texto legal que até hoje rege as relações do trabalho no Brasil. Ela disciplina os contratos de emprego entre empregados e empregadores - empresas. O Getúlio determinou a reunião de todas as leis que tratavam de Direito do Trabalho na época e mandou compilá-las (reuni-las) num só texto, que foi a CLT. Era uma época de grandes lutas sociais, com sindicatos muito atuantes e disputas fortes entre patrões e empregados. A consciência da classe trabalhadora estava começando a surgir e Getúlio Vargas editou a CLT como forma de regular essas relações sociais. Tornou obrigatório o registro do contrato de trabalho em carteira, férias, décimo terceiro, indenização do tempo de serviço, entre muitos outros direitos que os trabalhadores tem at
    é hoje
  • No chamado “Estado de Compromisso”, Getúlio Vargas incorporou a função de intermediador dos interesses dos vários grupos que atuavam na esfera política. 

    O presidente, ao longo de sua administração, assumiu o papel de intermediador político neutro e capaz de se colocar acima dos possíveis antagonismos que poderiam organizar a vida da nação. Abraçado pelo grande apoio das massas, a liderança personalista de Vargas se tornou mais significativa do que as tendências político-partidárias.

  • ERRADO

    "O governo Vargas procurou, sem dúvida, dar reconhecimento ao trabalhador, mesmo porque nossa tradição escravocrata tinha no trabalho uma atividade pouco nobre. Ao fazer esse reconhecimento mediante uma legislação urbana, fortalecia um projeto político e introduzia a cultura dos direitos via Estado.

    A partir de 1930, com a criação do Ministério do Trabalho, e até 1943, com a CLT, o país andou rápido na confecção de leis sociais e na vigilância para que fossem cumpridas."

    D'ARAUJO, Maria Celina. Estado, classe trabalhadora e políticas sociais. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. N. (orgs.). O Brasil republicano 2: O tempo do nacional-estatismo: do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo: segunda república (1930-1945). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. Cap. 7

  • A CLT foi sancionada por Getúlio Vargas.


ID
31450
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os instrumentos legais do Regime Militar no Brasil, os atos
institucionais destinavam-se ao fortalecimento do Poder
Executivo. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

Com o Ato Institucional n.º 1, de 1964, o presidente Castelo Branco dissolveu o Congresso, que não mais se reuniu durante seu mandato.

Alternativas
Comentários
  • Na AI-4 de 7/12/1966 - Congresso foi fechado e determinou as regras para a aprovação da nova Constituição.
  • AI 1:

    * Cassação de 40 deputados visando à consolidação da ditadura e estabeleceu intervenções em estados e municípios;
    * Cassação de parlamentares;
    * Suspensão de direitos políticos de qualquer cidadão;
    * 3535 atos punitivos;
    * Estabelecimento do SNI (Serviço Nacional de Informação);
    * Eleição Indireta para presidente
    * Prisões arbitrárias

  • Durante toda a ditadura, o Congresso só foi formalmente fechado em três períodos. O primeiro começou em 20 de outubro de 1966 e teve ares de escândalo, com o plenário sendo invadido por forças militares do governo Castello Branco dias antes. Essa suspensão foi até 22 de novembro de 1966. Após a decretação do AI-5, em 13 de dezembro de 1968, o Parlamento foi novamente fechado. Até 21 de outubro de 1969, a Casa não voltou a funcionar. A terceira suspensão foi entre 1º e 14 de abril de 1977, para a edição de um pacote de medidas eleitorais que visava garantir a vitória dos candidatos do governo. Para gerir o país de forma arbitrária, os governos militares usaram as cassações e a legislação que era editada sem passar pelo Congresso. A idéia era tentar manter uma fachada democrática. “Mesmo aberto, o Congresso funcionava de forma canhestra, porque só havia dois partidos e o governo é que legislava, por meio dos decretos-leis e atos institucionais”, diz o historiador Jorge Ferreira. (fonte: Guia do Estudante)
  • Ficaram suspensos por dez anos os direitos políticos de todos os cidadãos vistos como opositores ao regime, dentre eles congressistas, militares e governadores. Neste período, surgia a ameaça de cassações, prisões, enquadramento como subversivos e eventual expulsão do país.

    A Lei de Segurança Nacional teve seu embrião no AI-1.

    A eleição indireta do presidente da República foi institucionalizada.

    A Constituição da República foi suspensa por seis meses e com ela, todas as garantias constitucionais.

  • ERRADO.

     

    O Ato Institucional I, de 1964, ordenou as cassações de mandatos eletivos dos políticos não alinhados ao regime militar; manteve, contudo, o Congresso aberto e os partidos políticos vigentes à época.  Durante a gestão Castelo Branco, o Congresso foi fechado em 1966-1967 para a aprovação da Constituição de 1967. Note-se que, em contraste com o Estado Novo, o regime de 1964 fechou o Congresso apenas em três ocasiões: entre 1966 e 1967, em 1968, com a edição do Ato Institucional V e em 1977, por ocasião do denominado Pacote de Abril, sob a gestão Ernesto Geisel.

     

    Fonte: 7.000 Questões Comentadas do CESPE.

  • ERRADO.


    Resumindo:


    AI 1 - Dava ao governo militar poder de cassar e suspender de direitos políticos dos "subversivos", e também o poder de alterar a Constituição. Eleição indireta pra Presidente da República.


    AI 2 - Dissolveu todos os partidos políticos.


    AI 3 - Eleição indireta para governadores.


    AI 4 - Convocação extraordinária do Congresso Nacional - votação e outorga do Projeto de Constituição de 1967.


    AI 5 - Endurecimento do regime. Aumentou consideravelmente os poderes do Presidente: poderia cassar mandatos; suspender direitos políticos etc. "Institui-se a tortura".


ID
31453
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os instrumentos legais do Regime Militar no Brasil, os atos
institucionais destinavam-se ao fortalecimento do Poder
Executivo. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

A reforma eleitoral que extinguiu os partidos políticos então existentes e criou apenas dois, ARENA e MDB, precedeu a Constituição de 1967.

Alternativas
Comentários
  • A instituição do bipartidarismo se dá no governo de Castelo Branco, em 1965, através do AI-2. Já a Constituição de 1967 se dá através do AI-4.
  • Adicionando

    A maioria que se filiou a ARENA vieram da UDN e parte do PSD.  O MDB foi formado por figurar do PTB e parte do PSD.
  • CERTO.

     

    O bipartidarismo foi implatado em 1966, sendo que pluripartidarismo só foi restaurado em 1979.


ID
31456
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os instrumentos legais do Regime Militar no Brasil, os atos
institucionais destinavam-se ao fortalecimento do Poder
Executivo. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

O Ato Institucional n.º 5 deu impulso à repressão a movimentos e lideranças de esquerda.

Alternativas
Comentários
  • Atravé do AI 5 deu inicio aos anos de repressão a sociedade opositora do sistema autoritários dos militares no Brasil,fechando o congresso nacional e perseguição a quem mantinha qualquer tipo de ideologia esquerdista,sendo os líderes estudantis,maiores vítimas deste ato institucional!
  • AI-5 = 13/12/1968 = deu ao presidente plenos poderes para cassar mandatos, suspender direitos políticos, demitir e aposentar juízes e funcionários; acabou com a garantia do habeas-corpus; ampliou e endureceu a repressão policial e militar.
  • A questão está correta. O AI 5 representou uma verdadeira destruição da democracia. Foi totalmente proíbido qualquer manifestação popular de caráter político. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, e toda e qualquer tipo de fonte de expressão intelectual foram censuradas. Ou seja, o restinho de democracia que ainda havia foi descartado de vez.  Os atos intitucionais anteriores tinham um prazo, o AI 5, não. Dava total poder ao Presidente da República para fazer o que bem quisesse, extinguir mandatos, suspender direitos (foi suspenso o direito a habeas corpus), fechar Congresso Nacional. Foi confrotado violentamente qualquer tipo de oposição ao governo, como já ocorria. Não existia mais a palavra democracia depois desse ato.
  • AI 5 aumento do poder executivo, limitação das liberdades individuais, suspensão do habeas corpus.

    controle de tudo que é falado.

  • Ato Institucional Número Cinco (AI-5) foi o quinto de dezessete grandes decretos emitidos pela ditadura militar nos anos que se seguiram ao golpe de estado de 1964 no Brasil. Os atos institucionais foram a maior forma de legislação durante o regime militar, dado que, em nome do "Comando Supremo da Revolução" (liderança do regime), derrubaram até a Constituição da Nação, e foram aplicadas sem a possibilidade de revisão judicial.

    O AI-5, o mais duro de todos os Atos Institucionais, foi emitido pelo presidente Artur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968. Isso resultou na perda de mandatos de parlamentares contrários aos militares, intervenções ordenadas pelo presidente nos municípios e estados e também na suspensão de quaisquer garantias constitucionais que eventualmente resultaram na institucionalização da tortura, comumente usada como instrumento pelo Estado.


ID
31459
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Entre os instrumentos legais do Regime Militar no Brasil, os atos
institucionais destinavam-se ao fortalecimento do Poder
Executivo. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

As eleições diretas para presidente da República foram restabelecidas antes de expirar o mandato de João Batista Figueiredo, o último general-presidente.

Alternativas
Comentários
  • Errado. No mandato de João Figueiredo, foi lançado como presidente  o então governador de Minas Gerais Tancredo Neves como candidato no Colégio Eleitoral.
    Somente em 1989, foi a primeira eleição direta para a Presidencia, desde 1960; na qual foi eleito Fernando Collor de Mello.
  • Marisa,

    Eu estudo por um livro de ensino médio para PM de Minas, bom aqui fala que no governo de Figueiredo as eleições diretas para presidente seriam feitas no ano de 1989, até ai tudo bem...só que no final do capítulo consta que em 15 de Janeiro de 1985 foi realizado uma reunião do Colégio Eleitoral para escolha do novo presidente do Brasil que foi Tancredo Neves que estava nos partidos do PMDB e a dissedência do PDS que foi formada a PFL, fiquei com dúvida agora!! kkkk
  • Justamente, Paulo, essas eleicoes do Tancredo Neves nao foram diretas.
  • As eleições pós-ditadura militar, foram INDIRETAS.

     

    Bons estudos!!!


ID
31462
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca da política exterior do regime militar, nos diferentes
governos do Brasil, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O governo de Costa e Silva recuperou princípios básicos da Política Externa Independente.

Alternativas
Comentários
  • O governo Costa e Silva foi baseado na "Diplomacia da Prosperidade", cuja finalidade seria colocar a parte diplomática em favor do desenvolvimento nacional, aproveitando ao máximo as oportunidades oferecidas pelo setor externo para a aceleração do progresso e a modernização do país.

  • Esses são os pontos principais da política externa de Castelo Branco (a "Diplomacia da Prosperidade")

    Você pretendia escrever Costa e Silva, não era?

  • Certo.

     O Governo Costa e Silva e a Diplomacia da Prosperidade

    Para a política externa, as transformações são bastante notórias. Conforme relata Letícia Pinheiro, há "a reincorporação das teses mais nacionalistas ao modelo de desenvolvimento" (2004, p.40), trilhando uma postura mais autonomista para o Brasil. Amado Cervo denomina este novo período pela "recuperação das tendências" (1992, p.342), já que houve um equívoco no governo anterior em não perceber a importância do papel do Estado como articulador necessário ao processo produtivo.

    Paulo Vizentini aponta o governo Costa e Silva como representante de uma "ruptura profunda em relação ao governo anterior, contrariando frontalmente Washington" (2004, p.78) e Carlos Estevam Martins entende que as marcas da frustração da política anterior permitiu "uma guinada sensacional na história da política externa brasileira" (1975, p.67).

    diplomacia da prosperidade do chanceler Magalhães Pinto foi marcada pelo aprofundamento da détente entre EUA e URSS, redirecionando a lógica dos discursos do leste-oeste para norte-sul: ou seja, havia a retomada da preocupação econômica entre desenvolvidos e subdesenvolvidos.

     Há o enfoque no nacionalismo e a preocupação com o nacional-desenvolvimento, especialmente pelo saldo negativo gerado pela abertura ao capital estrangeiro do governo anterior. Além disto, é marcante a diminuição do uso do discurso ideológico da Guerra Fria para formulação da política externa. Amado Cervo conclui que, a reformulação aqui disposta não só teve efeito frente à política anterior, mas tornou-se diretriz inalterável a partir de então (1992, p.343).

    http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000122011000200040&script=sci_arttext

    Apesar disto, embora Estevam Martins, Amado Cervo e Vizentini reforcem o papel transformador da PEB em Costa e Silva, Letícia Pinheiro frisa que esta transformação não colocava "em xeque o alinhamento político e militar ao Ocidente" (2004, p.41).


ID
31465
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca da política exterior do regime militar, nos diferentes
governos do Brasil, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O entendimento político entre Brasil e EUA resultou em importante acordo de cooperação nuclear entre os dois países à época do governo de Ernesto Geisel.

Alternativas
Comentários
  • Na verdade, acordo de cooperação nuclear, durante o governo Geisel, fora feito com a Alemanha, em 1975. Com os EUA, por sua vez, é feita a denúncia do Tratado de Assistência Militar, de 1952.
  • Ocorreu justamente o contrário: houve um desentendimento entre o Brasil e os EUA na questão da cooperação nuclear, que levou o governo brasileiro a firmar um acordo de cooperação com a Alemanha Federal.


    Este episódio faz parte de um contexto político mais amplo. Primeiro, o governo americano buscava se firmar internacionalmente como respeitador dos direitos humanos e chegou a advertir o Regime Militar a respeito de sua conduta contraditória nesse campo. Segundo, o governo brasileiro queria investir no desenvolvimento de usinas de energia nuclear, estratégia na qual a cooperação americana seria fundamental. Carter não recebeu bem a ideia e se negou a apoiar o projeto de Geisel. Em resposta, como parte do pragmatismo adotado na política externa brasileira sob o comando do chanceler Azeredo da Silveira, o Brasil denunciou o Tratado de Assistência Militar entre Brasil e Estados Unidos, datado de 1952, e realizou um acordo com a Alemanha Federal de auxílio tecnológico na construção das usinas. 

    "Para o Brasil, o sinal mais importante da nova política americana [do governo Carter] se deu quando, após inúmeros contatos secretos, Washington advertiu publicamente o general-presidente Ernesto Geisel sobre a violação dos direitos humanos no Brasil. A resposta foi imediata: o general brasileiro denunciou os acordos de cooperação militar com os Estados Unidos [de 1952].

    As relações entre Brasília e Washington já estavam fortemente abaladas desde que o Brasil decidira desenvolver um vasto programa de usinas nucleares. Após alguns entendimentos iniciais com os Estados  Unidos, em nome da não proliferação nuclear - o Brasil se negara a assinar o TNP, Tratado de Não Proliferação -, os Estados Unidos recusaram-se a prestar qualquer assistência no campo da energia nuclear e vetaram a venda de equipamentos sensíveis para Brasília. O país, então, voltou-se para a Alemanha Federal, com quem assinou, sob protestos de Washington, um amplo acordo de cooperação nuclear, origem das usinas brasileiras.” (Daniel Aarão Reis, História do Brasil Nação, v. 5, p. 148)

      

  • BR e Alemanha.


ID
31468
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca da política exterior do regime militar, nos diferentes
governos do Brasil, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O chanceler brasileiro Azeredo da Silveira teve importante atuação no contencioso brasileiro-argentino acerca do aproveitamento dos rios da bacia do Prata para fins energéticos.

Alternativas
Comentários
  • Diplomata, Azeredo da Silveira era ministro de relações exteriores em 1976, quando ocorreu a conferência dos chanceleres dos países da Bacia do Prata, que discutia negociações, inclusive, sobre Itaipu.


ID
31471
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca da política exterior do regime militar, nos diferentes
governos do Brasil, julgue (C ou E) os itens a seguir.

No governo Castelo Branco, lançaram-se as bases para a criação de uma comunidade dos países de língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • O primeiro passo no processo de criação da CPLP foi dado em São Luís do Maranhão, em Novembro de 1989, no governo de José Sarney, por ocasião da realização do primeiro encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa.
  • As origens da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) localizam- se no final do governo Sarney em 1989. Na oportunidade foi realizado o Primeiro Encontro de Chefes de Estado das Comunidades de Língua Portuguesa que contou com a presença de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe. A CPLP foi constituída em 1996 e desde então realiza esforços conjuntos nos campos da educação, saúde e cooperação estratégica.

  • Cumpre ressaltar que, à época, havia somente dois países lusófonos independentes - Brasil e Portugal.


ID
31474
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca das origens e conseqüências do Plano Cruzado, concebido durante a Presidência de José Sarney, julgue (C ou E) os próximos itens.

O Plano Cruzado destinou-se basicamente a acelerar o crescimento do país.

Alternativas
Comentários
  • O Plano Cruzado foi concebido para combater a inflação.
  • o Objetivo era de conter a inflação crescente no país!
  •  

    28/02.1986. Plano Cruzado, inclui:
    1.Nova moeda o Cruzado, equivalente ao 1000 cruzeiros.
    2.Congelamento de todos os preços, tarifas e serviços nos níveis de 27/02/1985.
    3.Fim da correção monetária.
    4.Congelamento dos salários na média dos últimos 6 meses, mais abono de 8%. Com gatilhos salariais (correção sempre que a inflação acumule 20%).
    5.Cambio Fixo
    6.Criação do Seguro-Desemprego;
    A população aprovou o plano com entusiasmo e percorriam o comercio com a lista dos preços congelados.
    Efeitos Imediatos:
    1.Bem, os efeitos imediatos foram animadores, em março houve deflação e até outubro fica na faixa dos 2%.
    A população população, temporariamente livre do “imposto inflacionário”, desafoga seu poder aquisitivo e o consumo explode. 
    A produção industrial acompanha o consumo e cresce 35% entre fev-out. 
    2.O desemprego cai.
    Efeitos posteriores:
    1.O congelamento começa a desalinhar os preços com a realidade.
    2.Os bancos sem o lucro de antes começam a demitir.
    3.A demanda superaquecida gera escassez que induz ao ágio (cobrança por fora da tabela).
    4.Inicia-se a escassez de produtos, principalmente de carne, pois os produtores alegam preços irreais e preferem manter o gado no pasto. 
    5.O cambio fixo barateia os importados e desequilibra a balança comercial, desestimulando os investimentos externos, e encorajando a evasão de capitais.
    A equipe economica vendo a grave situação tenta conter o consumo.
    15/11. 1986. Plano Cruzado 2: na verdade um desmonte do Plano Cruzado:
    1.Aumento nos preços.
    2.Desvalorização da Moeda.
    3.Volta ao cambio flutuante.
    4.Extinção do Banco Nacional de Habitação.
    5.Anistia aos sonegadores do fisco.
    6.Anúncio de Privatizações.
    7.Liberação de alugueis
    8.Mudanças no Gatilho salarial.
    Consequencias do Cruzado 2:
    12/12. Greve Geral: Convocada pelas 3 centrais sindicais (CUT, CGT e USI) e as 9 confederações de trabalhadores.
    Propõem: 
    1.revogação do pacote 2
    2.Fim da sangria provocada pela dívida externa.
    O SNI calcula a adesão de 10.000.000 de trabalhadores (a maior greve geral do País).
    A inflação retorna: janeiro de 87: 16,2%.
  • No inicio da nova República, o país vive uma inflação recorde, de 234% nos últimos 12 meses. O problema remonta os anos 50 (50 foi o último ano com inflação anual de 1 digito) e se agrava desde 73.

    Sarney promete dar dar prioridade à inflação e indica para fazenda o ortodoxo Dornelles, que milita a linha de juros altos, corte de gastos públicos. Contudo, sua postura começa a divergir do Presidente que declara discordar do FMI, enquanto o ministro diz que não há divergência entre o Brasil e o FMI, além de ser favorável as Privatizações das Empresas Públicas (pensamento também contrário ao de Sarney). Dornelles, por desentendimentos, entende que a sua posição é insustentável e pede demissão, o acompanha Carlos Lemgruber, Presidente do Banco Central, e sua equipe. 

    Sarney coloca em seu lugar Funaro, então presidente do BNDES, de posição heterodoxa, que arquiteta com Sayad e economistas da PUC e UNICAMP, o Plano Cruzado. 

     

     

  • ERRADO

  • A queda das exportações, agravada pela elevação dos juros internacionais, gerou aumento da inflação, que ultrapassava 400% em 1985. Assim, o centro do projeto do projetode governo passava a ser o combate à inflação e a elaboração de um plano que pudesse iniciar o processo de reconstrução da economia do país. 

  • Errado. Malgrado heterodoxo (“faceirinho”), o Plano Cruzado é o primeiro de uma série de planos de estabilização.

ID
31477
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca das origens e conseqüências do Plano Cruzado, concebido durante a Presidência de José Sarney, julgue (C ou E) os próximos itens.

O Plano Cruzado foi concebido por economistas como um plano ortodoxo de combate à inflação segundo modelo recomendado pelo FMI.

Alternativas
Comentários
  • Na conceituação econômica, o Plano Cruzado é classificado como heterodoxo.
  • Não foi Delfim Netto (com f e tt) o responsável pelo Plano Cruzado.O Plano foi proposto e implementando pelo ministro da Fazenda Dílson Funaro e pelo ministro do Planejamento João Sayad.
  • No inicio da nova República, o país vive uma inflação recorde, de 234% nos últimos 12 meses. O problema remonta os anos 50 (50 foi o último ano com inflação anual de 1 digito) e se agrava desde 73.

    Sarney promete dar dar prioridade à inflação e indica para fazenda o ortodoxo Dornelles, que milita a linha de juros altos, corte de gastos públicos. Contudo, sua postura começa a divergir do Presidente que declara discordar do FMI, enquanto o ministro diz que não há divergência entre o Brasil e o FMI, além de ser favorável as Privatizações das Empresas Públicas (pensamento também contrário ao de Sarney). Dornelles, por desentendimentos, entende que a sua posição é insustentável e pede demissão, o acompanha Carlos Lemgruber, Presidente do Banco Central, e sua equipe. 

    Sarney coloca em seu lugar Funaro, então presidente do BNDES, de posição heterodoxa, que arquiteta com Sayad e economistas da PUC e UNICAMP, o Plano Cruzado.


     

     

     

     

  • Errado. Na verdade, os assessores econômicos do presidente Sarney, argumentaram que a inflação - que subia a níveis sem precedentes – não poderia ser lida por meio de programas tradicionais ortodoxos, então o convenceram a tentar um choque heterodoxo.
  • Governo Sarney (1985-1990)

    planos econômicos:

    - Plano Cruzado em 1986 -  Dilson Funaro era o ministro da Fazenda. A principal marca foi o congelamento de preços. Alimentos, combustíveis, produtos de limpeza, serviços e até o dólar tiveram os preços tabelados pelo governo. Essas medidas do Plano Cruzado contrariaram a recomendação internacional do Fundo Monetário Internacional. 

    Inicialmente, o Cruzado reduziu a inflação de 12,47% em fevereiro de 1986 para 1,43% em outubro do mesmo ano. Com o resultado o governo Sarney ficou extremamente popular, era considerado ótimo ou bom por 72% dos brasileiros, segundo o Ibope, e o PMDB, sozinho, elegeu 53% dos deputados federais e o PFL 24% – dando ao governo maioria de 77% nas eleições gerais no Brasil em 1986. No Senado, a bancada governista somava 81%. [5] Os resultados foram inéditos na história política brasileira. O plano foi elogiado em editoriais de jornais e por políticos de todas as vertentes, como José Serra, Fernando Henrique Cardoso e Aloizio Mercadante. O Partido dos Trabalhadores gravou vídeo elogiando a medida. Ficaram isolados na crítica ao plano Leonel Brizola e Roberto Campos.

    Devido ao controle dos preços dos produtos e serviços, as mercadorias principiaram a escassear e a sumir. Mercados paralelos floresceram e só pagando "ágio" era possível comprar as coisas. As exportações caíram, as importações aumentaram e as reservas cambiais foram esgotadas. A inflação disparou, os preços de combustíveis, bebidas, automóveis aumentaram consideravelmente. A economia entrou em colapso. Seis dias depois das eleições gerais no Brasil em 1986 o governo lançou o Plano Cruzado II.

    O Plano Cruzado ficou conhecido como um dos maiores exemplos de Estelionato Eleitoral no Brasil.

    - Plano Bresser em 1987 -  Luiz Carlos Bresser-Pereiraera o Ministro da Fazenda. congelamento, por 90 dias, de preços, salários e de câmbio. 

    Com Bresser, o Brasil decreta nova moratória em julho, desta vez ao Clube de Paris, e propõe grandes cortes de gastos e de subsídios, com demissões de pessoal no setor público, enxugamento da máquina governamental e cortes nos investimentos públicos. 

     Greves de trabalhadores e protestos empresariais (sobretudo das montadoras de automóveis: a Autolatina chega a fazer lockout por alguns dias) 

    - Plano Verão em 1989 - implementado pelo Ministro da Fazenda Maílson Ferreira da Nóbrega. 

     Plano modificava o índice de rendimento da caderneta de poupança, congelava preços e salários, criava uma nova moeda, o cruzado novo (inicialmente atrelada em paridade com o dólar). A lei também dispunha sobre a desindexação da economia, como estratégia de combate à inflação. 


ID
31480
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca das origens e conseqüências do Plano Cruzado, concebido durante a Presidência de José Sarney, julgue (C ou E) os próximos itens.

À implantação do Plano Cruzado seguiu-se forte e imediata retração do consumo.

Alternativas
Comentários
  • Após a implantação do Plano Cruzado (1986), houve, na verdade, forte ampliação da demanda pelos consumidores, em virtude: do congelamento de preços; da frouxa política monetária; das expectativas de manutenção da renda com a introdução do gatilho salarial, da ação dos "fiscais do Sarney" no combate à marcação discricionária de preços, entre outros fatores.
  •  28/02.1986. Plano Cruzado, inclui:

    1.Nova moeda o Cruzado, equivalente ao 1000 cruzeiros.

    2.Congelamento de todos os preços, tarifas e serviços nos níveis de 27/02/1985.

    3.Fim da correção monetária.

    4.Congelamento dos salários na média dos últimos 6 meses, mais abono de 8%. Com gatilhos salariais (correção sempre que a inflação acumule 20%).

    5.Cambio Fixo

    6.Criação do Seguro-Desemprego;

    A população aprovou o plano com entusiasmo e percorriam o comercio com a lista dos preços congelados.

    Efeitos Imediatos:

    1.Bem, os efeitos imediatos foram animadores, em março houve deflação e até outubro fica na faixa dos 2%.

    A população população, temporariamente livre do “imposto inflacionário”, desafoga seu poder aquisitivo e o consumo explode. 

    A produção industrial acompanha o consumo e cresce 35% entre fev-out. 

    2.O desemprego cai.

    Efeitos posteriores:

    1.O congelamento começa a desalinhar os preços com a realidade.

    2.Os bancos sem o lucro de antes começam a demitir.

    3.A demanda superaquecida gera escassez que induz ao ágio (cobrança por fora da tabela).

    4.Inicia-se a escassez de produtos, principalmente de carne, pois os produtores alegam preços irreais e preferem manter o gado no pasto. 

    5.O cambio fixo barateia os importados e desequilibra a balança comercial, desestimulando os investimentos externos, e encorajando a evasão de capitais.

    A equipe econimica vendo a grave situação tenta conter o consumo.

     

  • Errado.
    O plano cruzado não seguiu forte e não houve uma “retração do consumo”, muito pelo contrário. Houve muito consumo por parte da população, principalmente a classe trabalhadora. Os elevados gastos do consumidor foram estimulados pelos significativos aumentos reais de salário, o preço atraente de muitos produtos (houve o congelamento dos preços) cujos preços relativos estavam defasados na época do congelamento e o “efeito riqueza” resultante da subida mudança das expectativas inflacionárias que liberou recursos para o consumo. 
    Poderíamos atribuir o fracasso do Plano Cruzado a muitos fatores, mas o mais importante, sem dúvida nenhuma, foi o aumento salarial concedido no inicio, o que intensificou a demanda agregada numa época em que a economia já estava aquecida, situação que se agravou pela não-poupança externa e do setor público (também muito afetado – há uma opinião generalizada de que a sua principal falha foi a ausência de um programa de controle fiscal que só ocorreu em 1985 e mesmo assim não foi o suficiente).
  • ERRADO

     

    O que houve, na realidade, foi uma acelerada corrida ao consumo.


    "Passado o primeiro impacto de entusiasmo, o Plano Cruzado começou a fazer agua. Ele fora lançado em um momento de expansão das atividades econômicas e resultou em muitos casos em aumentos reais de salário. Como os preços estavam congelados, houve uma verdadeira corrida ao consumo desde a carne e o leite até os automóveis e as viagens ao exterior. Em consequência, começou a surgir o ágio, uma quantia cobrada “por fora”, acima do preço da tabela. Em julho de 1986, com o objetivo de reduzir o consumo e incentivar os investimentos, Sarney anunciou um pacote de medidas conhecido como “cruzadinho”. Ele atingia principalmente o consumo da classe média, pois instituía um empréstimo compulsório na compra de carros, de gasolina e álcool, de dólares para viagem e passagem áreas sobre ao exterior"

     

    História do Brasil - Boris Fausto - pág. 444.


ID
31483
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca das origens e conseqüências do Plano Cruzado, concebido durante a Presidência de José Sarney, julgue (C ou E) os próximos itens.

O Plano Cruzado impediu o retorno de altas taxas de inflação até o término do mandato de José Sarney.

Alternativas
Comentários
  • Fábio Gambiagi et al(2005) é taxativo ao afirmar que, logo após a introdução de um plano de combate à inflação, vinha uma retração do índice de preços e, pouco depois, o aumento da mesma. Este processo perdurou até a implantação do Plano Real.
  • Plano Verão e Plano Collor tamb vieram com o memso propósito,sendo somente imposto com êxito o Plano Real que entrou em vigor em 1 de Julho de 1994
  • Errado. Se o Plano Cruzado tivesse tido êxito não haveria mais Planos logo em seguida para tentar debelar a inflação, por exemplo, o Plano Bresser e Verão. Mesmo assim nenhum deles teve sucesso já quem em 1989 a inflação atingiu seu recorde histórico no Brasil de 1000% ao ano. Na vigência do Plano Cruzado, após as eleições, a inflação retornou ao seu crescimento chegando a 300% ao ano.
  • Plano Cruzado foi um conjunto de medidas econômicas, lançado pelo governo brasileiro em  de , com base no  nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986, sendo  o presidente da República e  o . O plano foi aprovado na  com 344 votos a favor e 13 contra, enquanto no  só um dos 49 parlamentares votou contra.

    A principal marca foi o congelamento de preços. Alimentos, combustíveis, produtos de limpeza, serviços e até o real tiveram os preços tabelados pelo governo. Essas medidas do Plano Cruzado contrariaram a recomendação internacional do , a quem o governo culpava pela inflação por ser "especuladores".

    Inicialmente, o Cruzado reduziu a inflação de 12,49% em fevereiro de 1986 para 1,40% em outubro do mesmo ano. Com o resultado o  ficou extremamente popular, era considerado ótimo ou bom por 72% dos brasileiros, segundo o Ibope, e o , sozinho, elegeu 53% dos deputados federais e o  24% – dando ao governo maioria de 77% nas . No Senado, a bancada governista somava 81%. Os resultados foram inéditos na história política brasileira. O plano foi elogiado em editoriais de jornais e por políticos de todas as vertentes, como  (um dos redatores), ,  e . O  gravou peça de propagada sobre a medida. Ficaram isolados na crítica ao plano ambos os líderes das  dos anos 80 chamadas de ortodoxos e heterodoxos, respectivamente do eterno cunhado de Jango, , e de , criador do - mas adepto ao  no fim da vida.

    O plano em si não era sustentável. Devido ao controle dos preços dos produtos e serviços, as mercadorias principiaram a escassear e a sumir. Mercados paralelos floresceram e só pagando "" era possível comprar as coisas. As exportações caíram, as importações aumentaram e as reservas cambiais foram esgotadas. A inflação disparou, os preços de combustíveis, bebidas, automóveis aumentaram consideravelmente. A economia entrou em colapso. Seis dias depois das eleições gerais no Brasil em 1986 o governo lançou o . Em 2005,  admitiu que o plano cruzado foi um erro.

  • Comentário da Hellen

    Errado. Se o Plano Cruzado tivesse tido êxito não haveria mais Planos logo em seguida para tentar debelar a inflação, por exemplo, o Plano Bresser e Verão. Mesmo assim nenhum deles teve sucesso já quem em 1989 a inflação atingiu seu recorde histórico no Brasil de 1000% ao ano. Na vigência do Plano Cruzado, após as eleições, a inflação retornou ao seu crescimento chegando a 300% ao ano.


ID
31486
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A formação do MERCOSUL se deu em razão de uma tendência
histórica, em que diversos fatores concorreram para estimular a
cooperação entre Brasil e Argentina. Acerca desse processo,
julgue (C ou E) os itens subseqüentes.

O regime militar brasileiro iniciou entendimentos com o governo argentino no sentido de evitar uma possível corrida nuclear.

Alternativas
Comentários
  • O processo de distensão nuclear sub-regional é de natureza política e formalmente é iniciado em 17 de maio de 1980, com a assinatura do Acordo de Cooperação para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear. Buscou-se aí criar condições para que se tomasse reciprocamente conhecimento dos dois programas nucleares1. Em 30 de novembro de 1985, Brasil e Argentina firmaram a Declaração de Iguaçu, visanda criar um Grupo de Trabalho Conjunto de Alto Nível, presidido pelos Ministros de Relações Exteriores, a assinar os compromissos de cooperação nuclear pacífica
  • nunca nem vi


ID
31489
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A formação do MERCOSUL se deu em razão de uma tendência
histórica, em que diversos fatores concorreram para estimular a
cooperação entre Brasil e Argentina. Acerca desse processo,
julgue (C ou E) os itens subseqüentes.

Em 1986, os presidentes Sarney e Alfonsín foram os signatários do Tratado de Assunção, que criou o MERCOSUL.

Alternativas
Comentários
  • Eles foram signatários da Ata de Iguaçu, de 1985, marco na integração sul-americana. O Tratado de Assunção, de 1991, foi firmado pelos presidentes Collor e Menem.
  • Incorreta

    Em ordem:

    * Ata do Iguaçu - 1966: Assinada a Ata do Iguaçu, pelos chanceleres do Brasil e do Paraguai, criando a Itaipu, para utilização do potencial hidráulico do rio Paraná, em condomínio aos dois países, desde e inclusive o Salto Grande de Sete Quedas ou Salto del Guairá até a foz do rio Iguaçu
    * Evento entre Sarney e Alfosin em 1985: Inauguração da Ponte Brasil / Argentina, recebendo o nome de Ponte Tancredo Neves, na presença de Dona Risoleta Neves e Presidentes José Sarney, do Brasil, e Raul Alfonsín, da Argentina.
    * Evento em 1986: Encontro em Brasília de Sarney com Alfosin e Sanguinetti (URU) para a integração econômica do Cone Sul (mas não criou o Mercosul)
    * Tratado de Assunção de 1991:  entre a ArgentinaBrasilParaguai e Uruguai, com o objetivo de criar um mercado comum entre os países acordados formando então, o que popularmente foi chamado de Mercosul (oficialmente Mercado Comum do Sul e em língua espanhola Mercado Común del Sur). 

  • Em 1986, Sarney e Alfonsín assinaram um acordo importante na história do MERCOSUL: 
     "Em 1986, mais um passo: a assinatura da “Ata para a Integração Brasil-Argentina” , que criou o Programa de Integração e Cooperação Econômica - PICE. A Ata baseia-se nos princípios que mais tarde viriam a nortear o Tratado de Assunção: flexibilidade, para permitir ajustamentos no ritmo e nos objetivos; gradualismo, para avançar em etapas anuais; simetria, para harmonizar as políticas específicas que interferem na competitividade setorial) e equilíbrio dinâmico, para propiciar uma integração setorial uniforme."
     fonte: MDIC
  • Em 1986, Raúl Alfonsín e Sarney assinaram a Ata para a Integração Brasileiro Argentina, acompanhada de 12 Protocolos. A Ata dava seguimento à Declaração de Iguaçú e à criação da Comissão Mista de Alto Nível para Cooperação e Integração, ambas de 1985. Os 12 protocolos versavam sobre diversos temas, como compra de trigo, abastecimento recíproco de alimentos, renegociação do Acordo de Alcance Parcial nº1 da ALADI, formação de empresas binacionais, fornecimento de gás natural e exploração de petróleo, prevenção de acidentes nucleares, cooperação aeroespacial, dentre outros. Ademais, um dos protocolos elaborou a primeira lista de produtos que teriam tratamento beneficiado com futura exclusão de alíquotas. 

  • O fato histórico que representa a Declaração de Iguaçu, de 30 de novembro de 1985;

    A Ata para a Integração Brasileiro-Argentina e os progressos do Programa de Integração e Cooperação Econômica, de 29 de julho de 1986;

    A Ata de Amizade Argentino-Brasileira: Democracia, Paz e Desenvolvimento;

    A necessidade de consolidar definitivamente o processo de integração econômica entre as duas Nações, em um marco de renovado impulso à integração da América Latina;

    A decisão de ambos os Governos de preparar as duas Nações para os desafios do Século XXI;

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D98177.htm

     

  • o mercosul foi criado depois da CF/88

  • 1991-Tratado de assunção -> MERCOSSUL

    PARTICIPANTES-> brasil, argentina , Paraguai e Uruguai

  • Criado em 1991!!!


ID
31492
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A formação do MERCOSUL se deu em razão de uma tendência
histórica, em que diversos fatores concorreram para estimular a
cooperação entre Brasil e Argentina. Acerca desse processo,
julgue (C ou E) os itens subseqüentes.

A globalização da década de 90 do século XX acentuou assimetrias entre os sistemas produtivos do Brasil e os da Argentina.

Alternativas
Comentários
  • São destas assimetrias que nasce a cooperação na liderança do bloco economico sul-americano,ambos implantavam as políticas neoliberais e investiram na exportação dos seus principais produtos! dos setores primério e secundários!
  • O final da década de 90 representa o momento no qual a Argentina encerra a política cambial de paridade entre o peso argentino e o dolar americano e vê sua dívida externa se expandir rapidamente, a ponto do país declarar moratória. Essa sucessão de fatos levou o país a um profundo processo de recessão e consequente perda de credibilidade no cenário internacional. Nesse período o Brasil chegou a receber 10 vezes mais investimento externo, exemplo da assimetria configurada entre os dois vizinhos do Cone Sul nessa fase de forte crise econômica argentina. 

  • https://nuso.org/articulo/por-que-argentina-esta-otra-vez-en-crisis/

  • assimetria = disparidade


ID
31495
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A formação do MERCOSUL se deu em razão de uma tendência
histórica, em que diversos fatores concorreram para estimular a
cooperação entre Brasil e Argentina. Acerca desse processo,
julgue (C ou E) os itens subseqüentes.

O acordo destinado à criação da zona de livre comércio entre MERCOSUL e União Européia foi concluído durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.

Alternativas
Comentários
  • O acordo referido é da primeiro mandato do Presidente FHC.
  • Até o ano de 2007, e acredito que ainda hoje, o acordo entre MERCOSUL e UNIAO EUROPEIA ainda não foi concluido, portanto, o mesmo ainda encontra-se em negociação. O acordo encontra dificuldades perante a questão das listas de produtos e de salvaguardas para ser concluido.Abaixo tem o endereço do site do MRE, com noticia de 2007 que trata das negociacoes do acordo em questão. http://www.mre.gov.br/portugues/noticiario/nacional/selecao_detalhe3.asp?ID_RESENHA=353290
  • São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou otimismo sobre a conclusão do acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul no programa semanal de rádio "Café com o Presidente" que foi ao ar hoje. "Porque nós já temos uma base sólida, que é o acordo da Rodada de Doha, que não foi concluído, mas a base entre União Europeia e o Brasil estava mais ou menos certa", ressaltou. O presidente defendeu ainda o aumento do fluxo comercial entre Brasil e Ucrânia. Atualmente, segundo Lula, a balança comercial entre os dois países é de U$ 1,2 bilhão. "Nós achamos que é pouco pelo tamanho da Ucrânia e pelo tamanho do Brasil."Leia na íntegra - reportagem do dia 07/12/2009: http://portalexame.abril.com.br/economia/lula-se-diz-otimista-acordo-mercosul-ue-517648.html
  • Esse acordo se arrasta a 4 anos em 2009 ocorreu novo encontro para verificar o interesse das duas regiões quanto a criação da zona de livre comércio.
  • 18/05/2010 - 02h30


    União Europeia e Mercosul negociam área de livre comércio já em julho

    "As negociações entre União Europeia e Mercosul para construir a maior área de livre comércio do mundo recomeçam, "no mais tardar, no inicio de julho". É o que anunciaram as duas partes após a cúpula realizada nesta segunda em Madri, cujo objetivo principal acabou sendo o relançamento das negociações.

    Mercosul e União Europeia vinham negociando desde 1999 um Acordo de Associação, cuja cereja do bolo seria justamente o livre comércio. Mas a resistência europeia a derrubar o enorme muro de proteção a seus produtores agrícolas levou a um impasse, que paralisou totalmente as conversas em 2004 [...] "
     

     

    Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u736557.shtml

  • 06/02/2012 21:30

    Mercosul e União Europeia esperam fechar acordo A responsável de Política Externa e Defesa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmaram nesta segunda-feira que ainda esperam alcançar um acordo comercial entre o bloco europeu e o Mercosul ainda neste ano.
    (...)

    As discussões estão virtualmente estagnadas há quase uma década, sobretudo por diferenças nos setores de agricultura e serviços, que até agora resultaram insolúveis para os negociadores.
    Fonte: 
    http://exame.abril.com.br/economia/noticias/mercosul-e-uniao-europeia-esperam-fechar-acordo
  • O Acordo Quadro Inter Regional de Cooperação Brasil e Mercosul foi assinado em 1995. Já a efetivação do Acordo de Livre Comércio, até hoje, em 2013, não ocorreu.


    Fontes:

    http://eeas.europa.eu/delegations/brazil/eu_latin_america/mercosur/index_pt.htm
    http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX:21996A0319%2802%29:EN:NOT
  • Ja estamos em Dezembro de 2017

     

    Acordo de livre comércio entre o Mercosul e União Europeia está cada vez mais próximo

    Chanceler brasileiro diz acreditar que anúncio será feito ainda neste mês

     

    11/12/17 - 15h50 | Atualizado: 11/12/17 - 15h51

     

    https://www.google.com.br/amp/s/oglobo.globo.com/economia/acordo-de-livre-comercio-entre-mercosul-uniao-europeia-esta-cada-vez-mais-proximo-22176955%3fversao=amp

  • Até hoje, 01.02.18, esse acordo não foi concluido...

  • 2/2/2018 e...

    NADA DE ACORDO!

  • Junho de 2019 - Acordo fechado entre UE e MERCOSUL

  • Foi celebrado no dia 28/06/2019

    Tratado de livre-comércio vinha sendo negociado há duas décadas. Governo brasileiro celebra resultado, que vai eliminar tarifas e facilitar comércio entre os dois blocos. Juntos, grupos representam 25% do PIB mundial.

  • No dia 28 de junho de 2019, 20 anos após o início das negociações, foi firmado, em Bruxelas, em meio a 14ª Cúpula do , o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Esse acordo se coloca como o segundo maior acordo do mundo em relação ao PIB somado de seus participantes, atrás apenas do PIB do acordo entre a União Europeia e o Japão.

    Na primeira fase, de 2001 e 2004, as negociações avançaram em paralelo com as negociações da (Área de Livre Comércio das Américas), que era pensada pelos Estados Unidos. A força de barganha que uma negociação dava a outra (como alternativa) era importante ao seu prosseguimento.

    Quando a negociação da ALCA parou, dessa forma, houve também um esfriamento da negociação entre o Mercosul e a União Europeia. Os grandes pontos de discussão nesse momento eram os subsídios agrícolas fornecidos pela Europa, que poderiam prejudicar os concorrentes brasileiros e as proteções através de barreiras tarifárias e não tarifárias concedidas sobretudo à indústria pelo lado dos países do Mercosul.

    Em 2010 as negociações foram retomadas, com avanços nos textos, mas sem grandes avanços práticos. Os governos de Dilma Rousseff, no Brasil e Cristina Kirchner, na Argentina, mantiveram posturas protecionistas, visando defender os produtores e incentivar o desenvolvimento local. Da mesma forma que em momentos anteriores, essas barreiras conflitavam com os interesses europeus.

    No governo Temer essa não foi uma grande preocupação. Com a maior propensão a abertura econômica, houve novos avanços nas negociações, com diálogos em uma maior variedade de temas.

    Por fim, seguindo na proposta de abertura, o Acordo Mercosul – União Europeia foi um dos objetivos buscados pela Política Externa do governo Jair Bolsonaro, tendo sua assinatura concluída em 28 de junho.

    Fonte:

  • Gostem ou não gostem foi no governo de Jair Bolsonaro que isto ocorreu.

  • Presidente Bolsonaro conseguiu fechar o acordo Mercosul-União Europeia e, como era de se esperar, também "melou" o acordo, provavelmente a mando do Trump e com muitos protestos de países europeus como a Áustria, governada pela extrema direita, e a França, do liberal Emanuel Macrón, sobre os produtos agrícolas brasileiros serem mais baratos e competitivos com os produtos dos europeus, já que na Europa se deve seguir rigorosas medidas ambientais e de agrotóxicos.

    GAB: E

  • Gabarito: Errado.

    Quem promoveu esse acordo foi no governo de Bolsonaro.


ID
31513
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No Brasil do Segundo Reinado (1840-1889), os partidos políticos, embora representassem as elites sociais, guiavam-se por programas próprios e diferenciados de governo. Com relação a esse período histórico, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra A: ERRADA. Os dois partidos que dominaram o período, o Conservador e o Liberal, tiveram duração e estabilidade até hoje não superadas.

    Letra B: CORRETALiga Progressista foi um partido político brasileiro que durou de 1864 a 1868. Surgiu a partir de liberais descontentes com o domínio do Partido Conservador e contou com o apoio alguns conservadores dissidentes.

    Letra C: ERRADA. Conservadores e Liberais eram monarquistas.

    Letra D: ERRADA. No período Regencial (1831-40), época da gestação dos dois grandes partidos, a posição de ambos era marcado por posições muito bem definidas e mesmo excludentes, um demandava centralização (Conservadores), enquanto o outro defendia a descentralização (Liberais).

    Letra E: ERRADA. Ao menos com relação a política exterior, os dois partidos convergiam grandemente. No entanto, divergiam quanto à necessidade de proteção do mercado interno. Conservadores eram a favor de maior protecionismo enquanto os Liberais defendiam maior abertura econômica.
  • A: Os partidos não eram instáveis e sim seus gabinetes
  • Complementando a resposta do Prof. Alexandre, sobre a letra D:

    Durante o Segundo Reinado, no período compreendido entre 1853 e 1858, houve a chamada Fase da Conciliação (ou Ministério da Conciliação) em que figuravam simultaneamente membros dos partidos conservador e liberal. Formado graças aos esforços de Honório Hermeto Carneiro Leão, o ministério gozou de estabilidade política e caracterizou-se por conservadorismo e centralização administrativa, visando o interesse das elites.
  • HELP: a Liga Progessista da década de 60 não se transformou no Partido Liberal que durante o Segundo Reinado se aliou ao Partido Conservador e apoiou a Monarquia (incluindo o sistema parlamentar, o eleitoral e a centralização) ???  
    e assim a B estaria incorreta? 

  • A questão de Partidos Políticos surge no 2º Reinado até então não havia representação em todo território nacional razão pela qual não eram classificados ainda como Partidos propriamente dito, mas sim facções.


ID
31516
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Assinale a opção correta a respeito do Estado Novo, implantado pela Constituição de 1937.

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: B. O Plano Cohen foi um plano forjado de que os comunistas iriam tentar dar um golpe e assumir o poder, a indicios de que a Ação Integralista Brasileira tenha ajudado Getúlio a "coloca-lo" em prática para implementar o Estado Novo. Tratou-se simplesmente de uma "justificativa" para a instauração da Ditadura.A) Era centralista. Baseaou-se na Constituição da Polonia. "A Polaca".C) A 1a Lei de Segurança Nacional foi proposta anteriormente a Const. de 1937, em 1935, e a mesma não continua vigente, tendo sido substituida por outras leis de segurança nacional no decorrer da história.D) Em 1928, ingressando no Partido da Representação Popular foi eleito deputado. Foi fundador da Ação Integralista Brasileira. Seus membros, usando roupas de cor verde e a letra Sigma, eram contra comunistas, liberais e nazistas. Quando Getúlio realizou o golpe de estado que implantou o Estado Novo, o integralismo foi proibido por Vargas. Com o fim oficial da ação, muitos integralistas no Rio de Janeiro, vendo-se traídos e perdidos no novo cenário político, juntaram-se aos liberais, sob comando de um Comandante desta tendência política, para tomar o palácio do Catete em 1938.E) Não foram substituidos todos os Governadores.
  • Complentando a resposta exposta sobre a letra E: o governador de Minas Gerais não foi substituído.
  • Correta letra B

    O Plano Cohen foi  uma farsa, um plano forjado que propagava que o país estaria ameaçado pelo perigo ''vermelho'', ou seja, políticos socialistas, que pretendiam a tomada do poder, e instalar o socialismo no Brasil. O plano surtiu efeito desejado, Getúlio vargas decretou estado de sítio, fechou o congresso e deu o golpe, instalando Estado novo, regime ditatorial,com nova constituição ( A polaca),   ermanecendo no poder de 1937 a 1945.
  • Toda vez que vejo falar do Plano Cohen eu imagino o Ben do Lost dando a noticia pra galera...

  • A)     Comparada à Constituição de 1934, a nova carta apresentava como característica nítida a descentralização do poder.

    ERRADO: “O Estado Novo concentrou a maior soma de poderes até aquele momento da história do Brasil independente. A inclinação centralizadora, revelada desde os primeiros meses após a Revolução de 1930, realizou-se completamente.”

    B)     O Plano Cohen serviu de pretexto para o reforço do autoritarismo.

    CERTO: “Faltava porém um pretexto para reacender o clima golpista. Ele surgiu com o Plano Cohen, (...). Sob a alegação de que o texto estava sendo distribuído nos quartéis, Getúlio e a cúpula militar decidiram antecipar o golpe, marcado para o dia 15 de novembro.”

    C)     A Lei de Segurança Nacional, até hoje vigente, foi proposta após a instauração da nova carta.

    ERRADO: “(...) Lei de Segurança Nacional (LSN), decreto-lei assinado por Castelo dois dias antes da posse de Costa e Silva. A LSN, que vigeu durante toda a ditadura e vigorou formalmente até 2009, responsabilizava toda pessoa, física ou jurídica, pela segurança do país, além de definir os crimes, as penas correspondentes e os processos e julgamentos aos quais estariam sujeitos aqueles que se antagonizassem à segurança interna.

    D)     Plínio Salgado, líder da Ação Integralista Brasileira, foi um dos grandes beneficiados pelo novo regime político.

    ERRADO: “Restavam os Integralistas, que haviam apoiado o golpe e esperavam ver Plínio Salgado no Ministério da Educação – um degrau importante na escalada para o poder. Getúlio cortou suas esperanças.”

    E)     Imediatamente após a implantação do Estado Novo, Getúlio Vargas substituiu todos os governadores de estado.

    ERRADO: “Em Minas Gerais, Benedito Valadares permaneceu no poder.”

    Questões A, B, D, E: FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. Ed. atual. e ampl., 3. reimpr. São Paulo: EDUSP, 2019. Cap. 7, p. 310-312.

    Questão C: D'ARAUJO, Maria Celina.; JOFFILY, Mariana. Os dias seguintes ao golpe de 1964 e a construção da ditadura (1964-1968). In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. N. (orgs.). O Brasil republicano 4: O tempo do regime autoritário: ditadura militar e redemocratização: quarta república (1964-1985). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. Cap. 1.

  • Lei de Segurança Nacional vigente hoje é de 1983, do governo Figueiredo

  • O Plano Cohen serviu de pretexto para o reforço do autoritarismo.

    GABARITO = LETRA B

  • Gab. B

    Ce!

  • A primeira Lei de Segurança Nacional é de 1935.

ID
31519
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Quanto às relações entre Brasil e EUA durante a República Liberal (1945-1964), assinale a opção incorreta.

Alternativas
Comentários
  • A Comissão Mista Brasil-Estados Unidos foi criada em 1950, 9 anos após a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional - CSN - e de sua primeira Usina, a de Volta Redonda. Portanto, a Comissão, por ter sido criada após a referida usina de Volta Redonda, não poderia ter sido responsável pelo surgimento desta usina. A questão testa conhecimento cronológico do candidato (data, ordem dos acontecimentos).

    A Comissão Mista Brasil-Estados Unidos foi importante no que tange a estudos aprofundados da infra-estrutura necessária para que se promovesse o desenvolvimento. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – BNDE –, criado em 1952 e depois renomeado como BNDES (acréscimo de “social” ao nome) é resultado dos trabalhos desta comissão. O Plano de Metas que vai nortear o governo de Juscelino Kubitschek também bebe nos trabalhos da referida comissão.
  • A Usina Siderúrgica de Volta Redonda foi criada em 1941 no período do Estado Novo de Vargas. Este acordo bilateral se chama "Acordo de Washington" 

    E atenção para não confundir Comissão Técnica Mista Brasil e EUA (Missão Abbink) de 1948 e Comissão Mista para o Desenvolvimento Econômico de 1951.
  • o principal legado da Comissão Mista foram as orientações que culminaram na criação do BNDE, em 1952

  • Pra acertar basta lembrar que a CSN surgiu com o Governo vargas como forma de barganha pelo governo Estadunidense para o apoio na segunda grande guerra


ID
31558
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período entre as duas guerras mundiais do século XX foi marcado pela radicalização política. A instalação de regimes totalitários em vários países europeus contribuiu para o acirramento das tensões, que, ao lado de outros fatores, colaborou decisivamente para a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A respeito desse quadro histórico, julgue (C ou E) os itens subseqüentes.50

Nas Américas, enquanto o new deal, de Roosevelt, reiterava a aposta dos EUA na viabilidade do modelo ultraliberal de capitalismo, a experiência brasileira sob o regime de Vargas, no Estado Novo, apontava para a crescente presença estatal na economia.

Alternativas
Comentários
  • O new deal possui conotações keynesianas, de apoio do Estado para soerguer a economia, via política fiscal de gastos.
  • Complementando o comentário anterior:

    A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulador como pensavam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" dos empresários. É por esse motivo, e pela ineficiência do sistema capitalista em empregar todos que querem trabalhar que Keynes defende a intervenção do Estado na economia.

    O New Deal foi o nome dado à série de programas implementados nos EUA entre 1933 e 1937, sob o governo do Presidente Franklin Delano Roosevelt, com o objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana, e assistir os prejudicados pela Grande Depressão.

    O New Deal teve grande influência na política econômica e social adotada no Brasil pelo Presidente Vargas, que admirava Franklin D. Roosevelt, e vice versa.

  • New Deal ultraliberal é piadinha para descontrair durante a prova. Errada.
  • Nao rs em momento algum...


ID
31735
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O primeiro período do texto remete ao tempo das guerras cisplatinas, contexto histórico marcante para o Brasil das primeiras décadas do século XIX. Relativamente ao tema, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Longe de ser mera bravata e, mais ainda, de integrar um grandioso projeto de Império luso na América, a decisão de incorporar a Banda Oriental foi tomada por D. João VI por imposição da Santa Aliança, como forma de punir Napoleão Bonaparte pela invasão da Espanha.

Alternativas
Comentários
  • A pressão pela anexação da Provìncia Cisplatina partiu de Carlota Joaquina, herdeira do trono espanhol, já que a região declarou independência da Espanha.
  • "O Estado dos Bragança, comportando-se ao estilo da diplomacia européia, arquitetou para si, ao tempo da regência de dom João VI, a construção de um império americano, para compensar as perdas sofridas na Europa, durante as guerras napoleônicas. Assistimos à ocupação de Caiena e à incorporação da Banda Oriental, não como subserviência aos interesses britânicos, tampouco como "braço forte" da Santa Aliança. Ao contrário, como reação às humilhações impostas a Portugal de ambas as partes. A esse projeto, bem-sucedido por um certo período, obstaram o fracasso interno de dona Carlota Joaquina em construir seu império espanhol a partir de Buenos Aires, e a oposição crescente de europeus e norte-americanos."

    CERVO, Amado; BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. 3. ed. Brasília: Editora UnB, 2008. p. 22-23


    "Novo projeto de poder se deu em 1808, no momento em que Napoleão levou o pai de d. Carlota, Carlos IV, a renunciar ao trono de Espanha, e tentou esta tornar-se regente ou rainha daquele país. Em seguida ambicionou ser imperatriz da América espanhola, e, por fim, mostrou-se simpática à idéia de exercer a regência dessa América, ou ao menos a do Rio da Prata."

    ARQUIVO NACIONAL (Brasil). O Arquivo Nacional e a história luso-brasileira. Disponível em:. (www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br). Acesso em: 06 maio 2009.


    "E a princesa Carlota Joaquina (1775-1830), irmã do sequestrado (está confinado por Napoleão em Baiona) D. Fernando, herdeiro do trono de Espanha. Dentro da linha sucessória espanhola ela reúne as condições de reivindicar a regência dos domínios platinos, e com efeito a regência da própria casa real, até que se resolva a quem cabe a coroa espanhola (que ardentemente espera seja ela própria)."

    CUNHA, P. PENNER. A anexação Cisplatina. Contribuição pessoal de D. João?. REVISTA BRASILEIRA DE POLÍTICA INTERNACIONAL. Rio de Janeiro, Ano XXXIV, n. 133-134, p. 43-57, jan./jun. 1991.

ID
31738
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O primeiro período do texto remete ao tempo das guerras cisplatinas, contexto histórico marcante para o Brasil das primeiras décadas do século XIX. Relativamente ao tema, julgue (C ou E) os itens seguintes.

As questões relativas ao domínio do estuário do rio da Prata, que geram permanente tensão e levaram à guerra na segunda metade dos anos vinte do século XIX, surgem no rastro das independências da Argentina e do Brasil, rompendo uma histórica convivência harmoniosa e pacífica entre as antigas metrópoles, Espanha e Portugal.

Alternativas
Comentários
  • A convivência entre Portugal e Espanha nunca foi armoniosa, vide período entre 1580 e 1640, quando portugal foi anexado como vice-reino espanhol e lutou fortemente por sua independência, saindo desse período muito enfraquecido.
  • Interessante comentário companheiro! Porém a questão vem falando como se deu o processo de colonização tanto do Brasil quanto da Argentina e ambos foram colonizados por Portugueses e Espanhois respectivamente!a diplomacia Portuguesa desta época não requer em relação a Espanha na questão da União Ibérica,mas sim ao processo de invasão holandesa no Nordeste do Brasil,do qual Portugal enfraqueceu-se no periodo da expulsão dos flamengos! Agora não podemos esquecer que tanto no Brasil quanto na Espanha foram duas colonias de Exploração e não de povoamento como na América do Norte,por isso,o Processo tardio de toda América Latina comparada e influenciada a própria Independecencia dos EUA!

    OBS: O Brasil é o unico país da América Latina que a Independencia não foi feita com o derramamento de sangue,porém tmb não teve participação popular como nos demais países de colonização espanhola,conteporâneos ao nossos do século XIX,e sem esquecer o detalhe de que o Brasil se torna independente,porém mantem o sistema de monarquia em que o Imperador era Portugues e herdeiro daquele trono também!!!
  • Na minha opinião, o cerne da questão é exatamente a questão da convivência que não foi nada harmoniosa entre Portugal e Espanha, bem como entre Brasil e Argentina. O restante da questão está correta.
  • Já havia disputas/tensões entre PORT e ESP sobre a região há muito tempo, vide o tanto de tratados gerados...Madrid, Santo Ildefonso, Badajoz... Portugal já havia fundado Colônia de Sacramento/URU em 1680 para "competir" com a Buenos Aires na questão do Prata. Então não dá pra dizer que a Guerra Cisplatina BRA x ARG rompeu com histórica convivência harmoniosa e pacífica entre PORT e ESP. Como lembrou o colega, até na União Ibérica, quando estavam juntas, não estavam bem.


ID
31741
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O primeiro período do texto remete ao tempo das guerras cisplatinas, contexto histórico marcante para o Brasil das primeiras décadas do século XIX. Relativamente ao tema, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Sem que tenha manifestado o desejo de se tornar independente, a Cisplatina foi incorporada por Buenos Aires, em 1825, decisão que, num primeiro momento, não suscitou atitude de represália por parte do Brasil. A mudança de atitude do governo do Rio de Janeiro foi determinada pela pressão da opinião pública, daí advindo a guerra contra a Argentina.

Alternativas
Comentários
  • "Em 1825, uma rebelião regional proclamou a separação do Brasil e a incorporação do futuro Uruguai às Províncias Unidas do Rio da Prata. Esse fato precipitou a guerra entre Brasil e Buenos Aires, a partir de dezembro de 1825.
    (...)
    Internamente, a guerra provocou o impopular e temido recrutamento da população por meio de métodos de pura força."

    FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2006. pág. 83
  • "...em 1820, o Uruguai foi incorporado ao Brasil, passando a se chamar Provincia Cisplatina. Acontece que a populagao local nao tinha nenhum laço cultural econômico que a prendesse ao nosso país.
    Atiçados pelos argentinos e desejosos de se libertarem do jugo brasileiro, os uruguaios, liderados por Lavalleja, romperam com o Bra­sil e se incorporaram à Argentina (entao chamada Províncias Unidas do Rio da Prata). O Brasil, apoiado pelos ingleses que queriam o livre comercio na Prata, declarou guerra a Argentina.
    A Guerra foi um desastre para o Brasil, com grandes perdas mate­rials e humanas. O Imperador era bastante criticado por langar o pais numa guerra ingloria. Finalmente, em outubro de 1828, o Brasil reconheceu a perda da Cisplatina, que passou a se chamar Republica Orien­tal do Uruguai."

    A História Crítica da Nação Brasileira
    Renato Mocelin
  • A Cisplatina  de Lavalleja ou Banda Oriental, então anexada ao Brasil por D. João VI, MANIFESTOU SIM sua vontade de independência As províncias Unidas do Rio da Prata (Argentina), esta tinha o interesse  de anexar esse território que seria a República Oriental do Uruguai, o governo brasileiro regencial não gostou nenhum pouco, entendendo tal atitude como declaração de guerra,os barões e comerciantes brasileiros nem ligavam para aquele território que era afastado e improdutivo, e que tantos gastos em conflitos ja tinha proporcionado 

     

    Bons estudos!


ID
31744
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O primeiro período do texto remete ao tempo das guerras cisplatinas, contexto histórico marcante para o Brasil das primeiras décadas do século XIX. Relativamente ao tema, julgue (C ou E) os itens seguintes.

Não se pode falar em política externa brasileira no Primeiro Reinado (1822-1831), pois que um tema - o reconhecimento da Independência - monopolizou as atenções da diplomacia do nascente Estado brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • Bem, o amado cervo é incisivo em apontar outras preocupações da política externa no período, a saber: a relação com a argentina, a relação com o Paraguai, com os Estados Unidos, além do reconhecimento da independencia.
    boa questão para terceira fase.
    é isso.
    Amplexos.
  • No primeiro reinado o Brasil tinha ligações diretas com Portugal assim pelos fatos de:Estar sendo governado por um português e ser recente a colonização portuguesa no mesmo.
  • A própria independencia em questão, durante o período de 1822 a 31, alimentou a politica externa brasileira. Esta, através da diplomacia, concretizou diversos tratados que concederam beneficios aos países que reconhecessem o Brasil, como país independente e separado de Portugal. Todos decorrentes do Tratado de Aliança e Paz com Portugal, de 1825, negociado com a intermediação da Inglaterra.Após o reconhecimento português, várias outras nações da Europa e da América foram impelidas a realizarem o mesmo gesto político. Com isso, o Brasil poderia estabelecer negócio com outras nações do mundo através da assinatura de acordos e o estabelecimento de tratados de comércio. Nesse aspecto, a Inglaterra logo se apressou para que o governo brasileiro reafirmasse as taxas aduaneiras dos tratados de 1810.
  • O próprio reconhecimento do Brasil como independente se faz através da política externa. Podemos destacar a prorrogação de acordos comerciais com os ingleses, a intermediação dos ingleses no reconhecimento da independêcnia do Brasil por Portugal e demais nações européias, a execução da política externa americana através da Doutrina Monroe, desestimulando as pretensões coloniais da Santa Aliança, e, principalmente, os interesses do Brasil na região da Cisplatina.

  • Errado.

     

    Outros temas:

    Guerra da Cisplatina (1825-28),

    Incidente de Chiquitos (1825),

    Universalização do sistema de tratados desiguais (1828),

    Envolvimento de d. Pedro na crise sucessória de Portugal (1826),

    Questão do tráfico com a Inglaterra (convenção de 1826 e Lei Feijó de 1831),

    Missão de Duarte da Ponte Ribeiro a Lima (1829)

  • Errado.

     

    O processo de Independência do Brasil concluiu-se durante o Primeiro Reinado (1822-1831). Este foi, contudo, um período conturbado da história nacional, em razão, entre outros fatores, de contradições da vida política INTERNA e da política EXTERIOR.

  • Coloquem as fontes. Os comentários estão bons, mas é legal a gente compartilhar de onde veio o conhecimento. Dá-le CACD2019! Portaria já publicada!


ID
32041
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Getúlio Vargas governou o Brasil entre 1930 e 1945. Esses quinze anos da Era Vargas sintonizaram o país com a história mundial, seja pela adoção de nova concepção de Estado, crescentemente centralizadora e autoritária, seja pela participação direta na Segunda Guerra, ou, ainda, pela decisão de modernizar a economia brasileira. Assinale a opção que não apresenta aspectos marcantes desse período.

Alternativas
Comentários
  • Em ponto algum de seu governo seja ele o provisório,constitucionalista ou o do Estado Novo!Vargas se mostra co-relativo ainda com as lideranças a "antiga" cultura politica do Brasil,isto é,por debaixo dos panos ele ainda mantem contato com os latifndiários,logo,os conservadores e durante o bojo da 2ª Guerra torna-se claro a simpatia explicíta do Presidente Vargas pelos sistemas totalitários,tanto que junto com a Ação Integralista Brasiliera(Direita conservadora e repressora) arquiteta o Plano COHEN,ponto culminante para a instauração do Estado Novo!
  • A alternativa C esta incorreta.Getulio Vargas rompeu com os padrões conservadores da Primeira República, no entanto suas opções não foram claras e lineares. Exemplo disso é a "equidistancia pragmática" adotada por ele, ora se articulando com a Alemanha Facista, ora com o Capitalismo Americano, buscando obter vantagens economicas em ambas as relações em troca de um posicionamento mais favorável a um regime ou outro. Desta forma, também não se pode afirmar que não houve hesitação em colocar-se ao lado dos países que combateram as potências do Eixo na Segunda Guerra. Esse posicionamento somente foi adotato em 1943, quando a guerra ja estava terminando, e as forças Aliadas tendiam a vencer o conflito.
  • "...opções claras e lineares..." Se teve uma coisa que Vargas não foi foi claro e linear, que o digam os historiadores!

     

    Outra: Vargas teve seus motivos para ficar ao lado dos Aliados (vide bombardeio nazista aos navios na costa brasileira e o financiamento da Usina de Volta Redonda pelos EUA).

     

    Gab. c)

  • GABARTO: LETRA C (incorreta)

    "Rompendo com os padrões conservadores da Primeira República, a liderança de Getúlio Vargas distinguiu-se por opções claras e lineares, não hesitando em colocar-se ao lado dos países que combateram as potências do Eixo na Segunda Guerra." É certo que o governo de Getúlio Vargas rompeu com o oligopólio da República, feita pelas potências do Sudeste brasileiro (SP e MG). Contudo, se tem uma coisa que não dá para falar do governo de Vargas é que ele foi claro e linear, pois, no início ele tinha simpatia pelo Nazi-Fascismo, hesitou e ficou em cima do muro, até que o Brasil sofresse ataques de submarinos alemães. Quase no fim da Guerra foi que Vargas enviou a FAB e a FEB para lutar contra o Nazi-Fascismo, ainda que aqui ele mesmo fosse um ditador. Paradoxal e bipolar, Vargas era uma como moeda de duas faces.


ID
32080
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O Estado Novo caracterizou-se pela prática intensa de
políticas territoriais, o que exigiu a modernização do aparato
estatal. Julgue (C ou E) se as medidas apresentadas nos itens
seguintes foram adotadas para essa modernização do Estado.

atualização das informações sobre o país, com a realização de um recenseamento nacional

Alternativas
Comentários
  • Afinal de contas! o DIP tinha que saber até quem e onde iria propagar que o fascista do Vargas era "Pai dos Pobres"
  • DEPARTAMENTO DE INTELIGÊNCIA E PROPAGANDA(DIP).
  •  Quesito CORRETO.

    Na década de 30, o presidente Vargas criou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. O primeiro censo realizado por esse instituto foi o de 1940. Antes do censo de 1940, o último havia sido elaborado em 1920. O censo, portanto, atualizou as informações sobre o país.

  • DIP - DEPARTAMENTO DE IMPRENSA E PROPAGANDA, NAO INTELIGENCIA COMO O COLEGA ESCREVEU.

  • Não tem relação direta com a questão, mas só para quem quiser saber quando ocorreram os recenseamentos no Brasil....

    (Site do IBGE com o histórico): https://memoria.ibge.gov.br/sinteses-historicas/historicos-dos-censos/censos-demograficos.html


ID
32083
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O Estado Novo caracterizou-se pela prática intensa de
políticas territoriais, o que exigiu a modernização do aparato
estatal. Julgue (C ou E) se as medidas apresentadas nos itens
seguintes foram adotadas para essa modernização do Estado.

definição de regionalização oficial do território nacional

Alternativas
Comentários
  • A primeira regionalização oficial do território brasileiro foi realizada pelo IBGE, em 1945. O IBGE foi criado em 1934.
  • Pois é mas se tinha desde a época do Estado Novo uma divisão do Brasil em regiões pois assim facilitaria o quanto o IBGE faria o censo populacional! de forma maquiada,Vargas queria mapear o quanto estava sua popularidade entre o povo,já q ele estava queimado com as elites a partir do momento que se mostra Fascista,mas fecha acordos com o EUA e corta vínculos diplomáticos com a URSS
  • As relações diplomáticas com a URSS foram rompidas no governo de Dutra!!!
  • O surgimento das divisões regionais oficiais do Brasil está vinculado à centralização do poder político na esfera federal e à política de industrialização e de integração econômica e territorial implantada na década de 30 pelo governo Getúlio Vargas.

  • O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é um instituto público da administração federal brasileira criado em 1934 e instalado em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística.


ID
32086
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O Estado Novo caracterizou-se pela prática intensa de
políticas territoriais, o que exigiu a modernização do aparato
estatal. Julgue (C ou E) se as medidas apresentadas nos itens
seguintes foram adotadas para essa modernização do Estado.

criação de legislações a respeito do uso e da conservação de recursos naturais, como água, florestas e minerais

Alternativas
Comentários
  • JK foi responsável pela criação de vários Parques Nacionais de Conservação, a exemplo do Parque Nacional do Tocantins com uma área de 625 mil hectares.
  • Davi, o periodo do Estado Novo compreende o governo de Getulio Vargas de 1937 a 1945. A questão esta correta, pois houve incremento legislativo a respeito destas questões.
  • CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS(CLT).
  •  Quesito CORRETO.

    O governo Vargas  criou um Código Florestal, um Código das Águas e um Código da Mineração. O Código Florestal, por exemplo, teve o seu anteprojeto transformado em Decreto em 23 de Janeiro de 1934 e passou a vigorar em 21 de Julho de 1935. 

  • Acrescentando: Getúlio Vargas nacionalizou o subsolo, criou o códido de Minas e o Departametno Nacional da Produção Mineral, além de promulgar o código de Águas Minerais.

ID
32089
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O Estado Novo caracterizou-se pela prática intensa de
políticas territoriais, o que exigiu a modernização do aparato
estatal. Julgue (C ou E) se as medidas apresentadas nos itens
seguintes foram adotadas para essa modernização do Estado.

aprimoramento da estrutura de representação política, com a consolidação de práticas democráticas de decisão

Alternativas
Comentários
  • o Estado Novo também é conhecido por governo ditatorial,onde é que se vê DEMOCRACIA em ditaduras!?
  • REPRESENTAÇÃO OUTORGADA. MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUIZO.
  • Quando você ver democracia associada a G.V marque errado.

  • ERRADO: Houve sim um aprimoramento da estrutura de representação política, contudo sem a consolidação de práticas democráticas de decisão, uma vez que as decisões eram tomadas pela autoridade suprema do Estado. Em outras palavras, com a nova Constituição conhecida como Polaca, os poderes presidenciais foram ampliados, dando a Vargas o direito de intervir nos poderes Legislativo e Judiciário.


ID
32095
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A idéia de modernização no Brasil ganha forte ímpeto durante
o governo JK. Em cada item a seguir, julgue (C ou E) se o item
apresenta uma realização do governo JK.

construção da hidrelétrica de Itaipu

Alternativas
Comentários
  • Itaipu (sem acento)
    Ata do Iguaçu (1966): Brasil-Paraguai.
    Acordo Tripartite (1979): Brasil-Argentina-Paraguai
    As obras foram iniciadas em 1971, durante o governo Médici, e se estenderam pelo governo Geisel e Figueiredo. Foi inaugurada em 1984.
  • Complementando...
    Jk  realizou a construção das hidrelétricas de furnas e três marias, não a Itaipu.

ID
32098
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A idéia de modernização no Brasil ganha forte ímpeto durante
o governo JK. Em cada item a seguir, julgue (C ou E) se o item
apresenta uma realização do governo JK.

instalação da Companhia Siderúrgica Nacional

Alternativas
Comentários
  • Se foi com JK,Getúlio teria retornado do túmulo pra cobrar o roubo deste projeto kkkkkkkk
  • Completando a informaçao do Prof. Alexandre Borges, a CSN foi fundada em 1941, no período do Estado Novo da Era Vargas, com a construção do 1o alto forno de Volta Redonda, financiado pelos americanos como forma de "pagamento" pela utilização de aeroportos no Nordeste como bases aliadas na 2a Guerra Mundial.
  • A Companhia Siderúrgica Nacional – CSN – foi fundada em 1941 por Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo.
  • Kkkkkkkkk me divirto com os comentários do Nuno Rosas

  • Vargas


ID
32101
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A idéia de modernização no Brasil ganha forte ímpeto durante
o governo JK. Em cada item a seguir, julgue (C ou E) se o item
apresenta uma realização do governo JK.

construção da rodovia Belém-Brasília

Alternativas
Comentários
  • A questão esta correta. Trata-se de um dos projetos de transporte inseridos no Plano de Metas.
  • Belém-Brasília foi projeto audacioso para ligar o Norte ao resto do Brasil 

    Em 2008 comemoram-se os 50 anos de desbravamento e colonização de várias cidades fundadas juntamente com a rodovia Belém-Brasília, projeto do presidente Juscelino Kubitscheck, que almejava ver a região Norte interligada às às demais regiões do Brasil. 


ID
37036
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com referência aos ciclos econômicos e transformações ocorridas ao longo dos primeiros séculos da formação do Brasil, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a - CORRETO - Uma vez que portugal e Espanha se uniram sob uma mesma coroa, logo suas colônias também foram administradas sob um mesmo governo, o que facilitou muito a penetração dos portugueses pelo interior do Brasil, pois já não estavam infringindo os limites territoriais.

    b - ERRADO - A cultura do açucar sempre foi restrita ao litoral, o que forçou a ultrapassagem dos limites de Tordesilhas, foi a atividade dos bandeirantes em busca do ouro e indios.

    c- ERRADO - Os atritos entre os colonos portugueses e espanhois eram frequentes, especialmente na região sul do Brasil, por causa disso os tratados de limites posteriores foram estabelicidos com base no princípio do "Utis poseditis", Ou seja: O território pertencia a quem já o ocupava de fato, antes da data do tratado.

    d - ERRADO - Serviram de base para a posterior delimitação territorial dos paises sul-americanos.

    e- ERRADO - O ciclo dos currais e do gado se iniciou na região nordeste

  • A Alternativa A corresponde a Questão! Por tanto ela é cheia de informações dúbias e formadoras de Debates, isto é, são alternativas conhecidas por "casca de banana" se vacilar escorrega! é só se ligar!

  • Concordo com o comentário do amigo Hilton acima. O termo "relativamente amenizadas" abre brecha pra muita interpretação, mas enfim, acredito ser a menos errada.

    []s
  • A: Correto. (...) A União Ibérica permitiu que Portugal adentrasse o território continental em situação bélica relativamente amena com Espanha; essa expansão territorial, contudo, ao desrespeitar o Tratado de Tordesilhas, deu lugar, em 1750, ao Tratado de Madri, que objetivou estabelecer novo entendimento lindeiro entre Portugal e Espanha. Ressalte-se que a União Ibérica, entre 1580 e 1640, mesmo tendo resultado na invasão da Espanha continental a metrópole portuguesa, não afetou a administração das colônias portuguesas na América, já que a América portuguesa continuou tendo uma administração própria.

     

    B: Incorreto. A agroindústria açucareira concentrou-se, sobremaneira, no litoral. A ampliação do domínio territorial português ocorreu devido à pecuária, que embora atrelada à indústria do açúcar, forneceu sustento a outras atividades econômicas. Os próprios bandeirantes esforçaram-se para levar o gado do litoral ao interior do continente.

     

    C: Incorreto. Os atritos entre colonos espanhóis e portugueses estruturaram o processo de negociação de tratados de limites entre os Estados ibéricos. Os entendimentos lindeiros entre Espanha e Portugal têm início com o Tratado de Tordesilhas, em 1494, seguido do Tratado de Madri, de 1750, o de El Pardo, de 1761, de Santo Ildefonso, de 1777 e o de Badajoz, de 1801. O último foi um acordo de paz que deu fim à Guerra das Laranjas, mas teve consequências para as fronteiras dos países ibéricos.

     

    D: Incorreto. Os tratados de limites tiveram vigência depois de declaradas as independências do Brasil e as dos países da América espanhola. Consoante a tese de Alexandre de Gusmão, Duarte da Ponte Ribeiro faz uso, no século XIX, do consagrado princípio de uti possidetis, para negociar os tratados de limites com o Peru, em 1851, com a Venezuela, em 1859 e com a Bolívia, em 1867. A América espanhola, a seu turno, advogou em benefício do Tratado de Santo Ildefonso, fazendo valer o princípio de uti possidetis juris, que preconiza o validade dos acordos jurídicos para demarcar as fronteiras, e não a posse efetiva do território.

     

    E: Incorreto. O ciclo dos currais e do gado inicia-se no século XVII, no Nordeste. A penetração da pecuária aconteceu via o leito do rio São Francisco. A transmigração da pecuária para o Sul e o Sudeste ocorreu no século XVIII, quando se fez exponencial o crescimento demográfico de Minas Gerais, Goiás e parte de Mato Grosso do Sul devido ao ciclo do ouro. É de rigor, no que concerne às atividades econômicas da Colônia, salientar que a tese dos ciclos, proposta por Roberto Simonsen, não encontra respaldo histográfico na atualidade. Ilmar Mattos contesta a teoria dos ciclos para propor a tese da coexistência das culturas.

     

    Fonte: Como Passar em Concursos CESPE - 7.000 questões comentadas. Editora Foco, 2016.

     

     

     

  • Descordo da justificativa de ERRADO para o item C. O material de História do Brasil da Fundação Alexandre de Gusmão, escrito por João Daniel Lima de Almeida, tem interpretação distinta.

    Segundo o autor (página 43), "Para o candidato ao Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), fica claro que pesam muito pouco as vicissitudes locais da Colônia. A definição do Tratado de Madri obedece aos ditames da política interna das metrópoles e, mais ainda, ao contexto internacional no qual elas se inseriam. Muitas vezes, ignorava-se o que se passava na Colônia e também o equilíbrio de forças na América, o que, em muitos casos, como no de Madri, inviabilizaria a implementação posterior dos acordos e/ou sua demarcação. Isso será a regra para a definição de quase todos os
    tratados de limites antes e depois de Madri. Perceberemos que ainda demoraria cerca de um século para que as considerações sistêmicas perdessem a primazia absoluta que tinham sobre a definição dos resultados que configuravam aquilo que viria a ser o Brasil."

  • Com referência aos ciclos econômicos e transformações ocorridas ao longo dos primeiros séculos da formação do Brasil, assinale a opção correta. Não entendi resposta A


ID
37039
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1750, o brasileiro Alexandre de Gusmão, representante de Portugal, notabilizou-se nas conversações que resultaram na assinatura do Tratado de Madri. Entre outros méritos, Gusmão percebeu que, assim como os espanhóis jamais abdicariam da posse do estuário do Prata, os portugueses consideravam estratégico o estuário do Amazonas. O princípio do ut possidetis, defendido por Gusmão como critério geral para a negociação, significava, na prática, o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • O uti possidetis nada mais é do que cada um fica com que já esteja ocupando.
  • Utti Possidetis ou uti possidetis iuris é um princípio de direito internacional segundo o qual as partes envolvidas em um conflito conservam a posse daquilo que efetivamente comprovarem a posse. A expressão advém da frase uti possidetis, ita possideatis, que significa "como possuías, assim possuas".Recorreu-se a este princípio para estabelecer as fronteiras dos novos Estados independentes após a descolonização, de modo a que os novos limites correspondessem aos dos antigos territórios coloniais. O princípio foi utilizado após a retirada do Império Espanhol na América do Sul, no século XIX. Ao lançar mão do Uti possidetis, os novos Estados procuraram assegurar que não haveria terra nullius no continente e reduzir a possibilidade de guerras de fronteira na região. A política não foi totalmente bem-sucedida, como demonstrou a Guerra do Pacífico (1879-1884).Este princípio foi aceito por Portugal e Espanha na celebração do Tratado de Utrecht para definir a fronteira de suas colônias na região dos sete povos das missões em 1715. Posteriormente, Alexandre de Gusmão faria uso do mesmo no Tratado de Madrid em 1750. O resultado do Tratado foi praticamente a triplicação do território brasileiro e o uti possidetis passou a ser largamente utilizado pela diplomacia brasileira para solucionar às questões fronteiriças do Brasil.
  • apenas complementando, a alternativa "b" está errada porque ela inverte a relação; o uti possedetis determina que  não pode haver propriedade sem haver a posse. 

  • O “Uti Possidetisdava posse da terra àqueles que a tivessem ocupado e povoado e  foi o ponto fundamental do Tratado de Madri ( 1750 ) .

    O diploma consagrou o princípio do direito privado romano do uti possidetis, ita possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito) .

     

    GABARITO: LETRA E

    FONTE: http://fatoshistoricosdobrasil.blogspot.com/2012/04/uti-possidetis-2.html

  • Questão do tipo:

    1 - Quem descobriu o Brasil? Foi Pedro Álvares Ca...

    a) bral

    b) brel

    c) bril

    d) brol

    e )brul

    Não se fazem mais questões dessas :(


ID
37042
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação à Independência e às primeiras décadas da formação do Estado imperial no Brasil, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • D) O movimento regressista era do partidoconservador. E Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834, que destruiu aintegridade dessa reforma constitucional, uma vez que as províncias que estavamsob o poder das Assembléias Provinciais passaram a ser delegadas pelo PoderCentral do Império. 

    E) Ao contrario, alei interpretativa ao Ato Adicional esvazia as assembleias provinciais dasprerrogativas que haviam sido conquistadas por elas.


  • b)José Bonifácio, "o Patriarca da Independência", deixou o legado de um pensamento voltado para a preservação da unidade política nacional.

  • Pode-se, do mesmo modo, creditar à ação de José Bonifácio parte do esforço que resultou na consolidação do território brasileiro como está constituído hoje. Sua atuação foi decisiva, seja na persuasão das Províncias recalcitrantes, seja na sua submissão pela força – como foi o caso na Bahia. Nesse sentido, a preocupação de Bonifácio com o problema do território no processo de Independência e formação do Estado brasileiro estará novamente presente em Rio Branco, quando da transição do sistema monárquico ao republicano federativo. A Joaquim Nabuco – que defendia o federalismo – Rio Branco (1999, p. 192) chamou a atenção, em carta reproduzida por Álvaro Lins (1996, p. 248, para a necessidade de se preservar “acima de tudo, a unidade nacional.

     

    http://funag.gov.br/loja/download/1-Pensamento-Diplomatico-Brasileiro-Vol1.pdf

  • a) As tarifas aduaneiras impostas pelo Brasil no século XIX começaram a ser implementadas a partir de 1840 buscando um processo de industrialização, contudo o apogeu da cafeicultura junto com a acomodação das elites imperiais no tema da industrialização brecou o processo.

    b) José Bonifácio, "o Patriarca da Independência", deixou o legado de um pensamento voltado para a preservação da unidade política nacional.

     c) A crise regencial e a consolidação do Império ocorridas entre as décadas de 30 e 40 do século XIX afetaram a harmonia entre centralização e descentralização do poder político e das instituições. Sob o comando dos liberais moderados (Feijó) até 1837, o período regencial, buscou o equilíbrio entre os conservadores e liberais exaltados ora com politicas centralizadoras (que geraram inúmeras revoltas populares) ora com politicas descentralizadoras. Com a renúncia de Feijó, ocorre o chamado "regresso conservador" que mais uma vez altera a estrutura institucional, buscando, dessa vez, o fortalecimento de um poder centralizado.

      d) O termo regressista, na acepção forjada por Bernardo Pereira de Vasconcelos, foi empregado, a partir de 1840, para qualificar a defesa do conservadorismo político e do fortalecimento da autoridade central em detrimento das provinciais.

      e) A Lei Interpretativa do Ato Adicional de 1834, aprovada em maio de 1840 esvazia as assembleias provinciais das prerrogativas que haviam sido conquistadas por elas apenas três anos antes.


ID
37045
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O Império Brasileiro, a partir de 1850, redefiniu suas relações internacionais e envolveu-se em situações de tensão e conflitos na região platina da América do Sul. A partir de algumas dessas redefinições forjaram-se conceitos e práticas da política exterior do Brasil que perduraram até o início da República. A respeito desse tema, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • c) Ainda que a política externa do Brasil, desde a proclamação da República, tenha tido no pan-americanismo uma de suas idéias-força, os EUA só começarão a erodir a posição hegemônica britânica no Brasil (e nos outros países da América do Sul, com exceção da Argentina) após a Primeira Guerra Mundial, aproveitando-se da paralisação do comércio e dos investimentos por ocasião dessa guerra. Durante toda a década de 20 EUA e Reino Unido disputaram a posição de maior influência econômica no Brasil, com os EUA ganhando cada vez mais espaço, até que estes consolidam sua posição por volta de 1945. Sobre isso, ver Eugênio Vargas Garcia- Entre a América e a Europa: A política exterior brasileira nos anos 20.
  • A) ERRADA: Ao se transformar no principal mercado consumidor do café brasileiro, a Inglaterra, em contrapartida, ampliou o volume de manufaturados exportados para o Brasil, o que consolidou o grau de dependência comercial brasileira em relação à principal potência europeia no século XIX. oS Estados Unidos eram o principal consumidor de café
    B) ERRADA: Embora significativas, as tensões políticas entre o Brasil Imperial e a Inglaterra estiveram limitadas a duas questões interligadas: a do tráfico negreiro e a da abolição da escravatura no Brasil. Havia outras questões que causavam conflito. Ex. Questão Christie
    C) ERRADA: Os Estados Unidos da América consolidaram-se, já na segunda metade do século XIX, como país parceiro do Brasil no contexto internacional, o que possibilitou a substituição, no reinado de Pedro II, da hegemonia britânica. Estados Unidos consolidaram após a Proclamação da República
    D) ERRADA:  A historiografia recente comprova que a Guerra da Tríplice Aliança esmagou o modelo original e distributivo da riqueza engendrado pelo humanismo autocrático de Solano Lopez no Paraguai. Importante ler o livro de Doratioto, "Maldita Guerra". que vai de encontro à historiografia tradicional. Solano Lopez não é visto como uma vítima do imperialismo inglês. 
    E) CORRETA
  • LETRA A: Incorreto.

    A Inglaterra não era o principal mercado consumidor do café brasileiro. A Europa o era, em sua totalidade, porém, individualmente, os Estados Unidos auferiam maior dividendo. Por sua vez, o volume de manufaturas exportadas pela Inglaterra passou por fluxose refluxos: o período de 1844 a 1860 caracterizou-se por maior protecionismo brasileiro, enquanto de 1810 a 1844 houve notável influxo de mercadorias britânicas;


    LETRA B: Incorreto.

    Se o tráfico negreiro constituiu significativo foco de tensão entre o Brasil Imperial e a Inglaterra; a Questão Christie, outro caso de atrito, marcou a ruptura de relações diplomáticas entre ambos os países. A questão consubstanciou-se por dois episódios: o primeiro teve origem no naufrágio do navio inglês Príncipe de Gales, no sul do Brasil, que teve sua carga roubada. Christie, secretario da Foreign Office, exigiu indenizações, que, mediante arbitragem do Rei da Bélgica, foram consentidas pelo Brasil. O segundo diz respeito à prisão de dois oficias ingleses por arruaça pública. Apoiando-se nos Tratados de 1810, que davam extraterritorialidade judicial à Inglaterra, os britânicos exigiram a instauração de um Tribunal Especial. Negado pelo Brasil, a insistência inglesa ensejou a ruptura de relações. No que concerne às pressões inglesas contra o tráfico negreiro, cabe destacar os motivos que as explicam: i) existência de ideais liberais na Inglaterra: as petições dos trabalhadores da cutelaria solicitaram ao parlamento britânico medidas contra o tráfico, malgrado o benefício auferido pela existência da escravatura, moeda de troca com a cutelaria; ii) fim do tráfico nas colônias britânicas em 1807; iii) pressões dos colonos ingleses prejudicados pela existência da escravidão; iv) para a burguesia britânica, o trafico encarecia a matéria-prima, o que prejudicava suas industrias: com efeito, o alto custo da compra de escravos arrefecia a potencialidade de vendas dos produtores de manufaturas; v) afirmação da Inglaterra como potência mundial: não se vislumbrava no escravo um potencial consumidor, mas objetivava-se transformar o comprador de escravos em consumidor de manufaturas inglesas;


    LETRA C: Incorreto.

    A hegemonia britânica não foi debelada, na segunda metade do século XIX, pelos Estados Unidos. O americanismo torna-se uma prioridade para o Brasil apenas no transcurso dos primeiros anos da República Velha; a Inglaterra, contudo, continuou participando no influxo de capitais para o Brasil, como ratifica o Funding Loan de 1898, sob a presidência de Campos Sales;

  • D: Incorreto.

    A historiografia que sustenta a característica distributiva de riquezas, o modelo de desenvolvimento autônomo e a franca industrialização do Paraguai data dos anos de 1960, sendo Júlio José Chiavenato o arauto dessa análise. Sob essa perspectiva, o Paraguai teria liderado uma verdadeira cruzada contra o analfabetismo, e a Inglaterra teria manipulado a Argentina e o Brasil para entrar na guerra, visto que retiraria dividendos do conflito. A historiografia de 1960 foi superada pelo revisionismo, que relembra o rompimento de relações entre o Brasil Imperial e a Inglaterra em 1863, no que se denominou Questão Christie. O viés analítico dessa historiografia privilegia a consolidação dos Estados Nacionais e desconstitui o argumento que vislumbra no Paraguai um modelo industrial. Outra análise diz respeito à historiografia tradicional, que caracteriza Solano López como um ditador de grandes ambições. O Paraguai, nessa ótica, teria invadido o Brasil em busca de uma saída para o Oceano Atlântico;


    E: Correto.

    Finda a Guerra do Paraguai, o Brasil negocia um Tratado de Paz, em 1872, em separado com o Paraguai, pois temia as pretensões argentinas concernentes à anexação do Grande Chaco. Durante a década de 1870, o Paraguai tornou-se o foco de rivalidade entre o Brasil e a Argentina: a manutenção de tropas brasileiras até 1876, com o consentimento do presidente paraguaio Gill, coaduna-se na mesma lógica. A partir de 1880, inicia-se um período de distensão com os presidentes argentinos Avellaneda e Roca: o único atrito era a Questão de Palmas. Com a proclamação da República, Quintino Bocaiúva tece laços ideológicos de amizade com a Argentina. À aproximação entres ambos os países; contudo, não se ausentaram pressões quanto ao crescimento econômico argentino, que constituiria uma ameaça às relações exteriores do Brasil. Fernando Cardim destaca três grandes momentos no conjunto das relações entre o Brasil e a Argentina: i) 1822-1902: política platina; ii) 1902-1960: política hemisférica; e iii) 1960-2000: política globalista.

  • "humanismo autocrático"


ID
37048
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história da Primeira República, ou República Velha, no Brasil, foi
marcada por tensões políticas e econômicas relevantes para o
entendimento da Revolução de 1930. A respeito desse período e de
suas contradições, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Inspirado na Carta inglesa, o marco constitucional de 1891 reproduziu a deformação política do voto censitário, mantendo herança do Império e adotando fundamentos de constituição europeia.

Alternativas
Comentários
  • A questão está errada pelo simples fato de a CF de 1891 ter como inspiração a constituição americana,e não a inglesa. O próprio nome do Estado brasileiro era cópia do americano, Estados Unidos do Brasil. Além disso, a CF/1891 adotou fortes caracteristicas federalistas com grande autonomia dos governos estaduais, como forma de não dispertar nesses o desejo separatista através da divisão do poder. Quanto ao voto censitário, este foi abolido, adotando-se o voto universal masculino.
  • Principais pontos da Constituição de 1891: * Abolição das instituições monárquicas; * Os senadores deixaram de ter cargo vitalício; * Sistema de governo presidencialista; * O presidente da República passou a ser o chefe do Poder Executivo; * As eleições passaram a ser pelo voto direto (universal masculino), mas continuou a ser a descoberto (não-secreto); * Os mandatos tinham duração de quatro anos para o presidente, nove anos para senadores e três anos para deputados federais; * Não haveria reeleição de Presidente e vice para o mandato imediatamente seguinte, não havendo impedimentos para um posterior; * Os candidatos a voto efetivo seriam escolhidos por homens maiores de 21 anos, à exceção de analfabetos, mendigos, soldados, mulheres e religiosos sujeitos ao voto de obediência; * Ao Congresso Nacional cabia o Poder Legislativo, composto pelo Senado e pela Câmara de Deputados; * As províncias passaram a ser denominadas estados, com maior autonomia dentro da Federação; * Os estados da Federação passaram a ter suas constituições hierarquicamente organizadas em relação à constituição federal; * Os presidentes das províncias passaram a ser presidentes dos Estados, eleitos pelo voto direto à semelhança do presidente da República; * A Igreja Católica foi desmembrada do Estado Brasileiro, deixando de ser a religião oficial do país.Consagrava—se a liberdade de associação e de reunião sem armas, assegurava-se aos acusados o mais amplo direito de defesa, aboliam-se as penas de galés, banimento judicial e de morte, instituía-se o habeas-corpus e as garantias de magistratura aos juízes federais (vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade dos vencimentos). (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1891)
  • Inspirado na Carta inglesa...
    Podem parar de ler aqui, pois a Ingraterra não possui carta. A Constituição inglesa é baseadano costume...
  • A Constituição de 1891 não instituiu o voto censitário, mas delegou à legislação infraconstitucional a regulamentação da eleição;  mas mais  importante, a CF1891 foi inspirada nas constituições dos EUA, da Argentina e da Suíça (lembrar que o modelo inglês é o parlamentarista e que sua constituição não é sintetizada em um único documento).

     

  • A Inglaterra nem mesmo possui constiruição.

  • Creio queo Reino Unido possui uma constituição nao escrita, André.

  • A Inglaterra sequer possui uma constituição escrita.

    A Constituição brasileira de 1891 foi inspirada no modelo norte-americano, e não no inglês. Ademais, não havia previsão de voto censitário, como era adotado durante o Brasil Império.

    Resposta: Errado

  • Baseada na Constituição dos EUA.


ID
37051
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história da Primeira República, ou República Velha, no Brasil, foi
marcada por tensões políticas e econômicas relevantes para o
entendimento da Revolução de 1930. A respeito desse período e de
suas contradições, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Na República Velha, a economia agroexportadora, tecnologicamente moderna, apresentou elevada produtividade e introduziu as bases sustentáveis para o amplo processo de industrialização iniciado pelos próprios agroexportadores nessa fase histórica.

Alternativas
Comentários
  • Quem leu Celso Furtado sabe que nos campos de café da época não havia como aumentar a produtividade com tecnologia.
  • Complementando o comentário do colega a respeito do aumento da produção, este se deu principalmente por dois fatores: a expansão das terras plantadas e o aumento da mão-de-obra, principalmente composta por imigrantes italianos. Portanto, o erro esta na expressão "tecnologicamente moderna".
  • Além do que já foi comentado, é duvidoso, para mim, afirmar que:

    1. a economia agroexportadora, na República Velha, introduziu as bases sustentáveis para a industrialização;

    2. houve amplo processo de industrialização iniciado pelos próprios agroexportadores nessa fase histórica.

  • Parei de ler em tecnologicamente moderna
  • O Comentário de Ramon Arruda está correto, visto que tais aspectos só foram implantados após a República Velha, por Vargas. Industrialização = Era Vargas.

  • O que significa "tecnologicamente moderna " para AQUELA época? Precisamos ter cuidado com o anacronismo. O erro está em atribuir as bases ds indústria ao café quando, na verdade, está mais relacionado à intervenção estatal na indústria de base e substituição das importações. Embora o capital do cafe tenha contribuído com o surgimento de uma malha ferroviária que ajudou a indústria em seus primeiros passos.
  • ERRO BASE SUSTENTAVEL- TEVE ACOORDO DE TAUBATÉ GOVERNO COMPRAVA O EXCEDENTE .... PRECISAVAINTERVENÇÃO ESTATAL.

  • a republica velha não era a favor da modernização .


ID
37054
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história da Primeira República, ou República Velha, no Brasil, foi
marcada por tensões políticas e econômicas relevantes para o
entendimento da Revolução de 1930. A respeito desse período e de
suas contradições, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Nesse período, as oligarquias políticas dos estados, congregadas em partidos políticos, atuavam, na prática, em torno de bases, interesses e projetos locais e regionais.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com Renato Lessa em seu livro "A Invenção Republicana", a Constituição de 1891 não consagra o localismo, como diz o mito, mas sim submete os municípios à organização dos Estados. O que a Constituição de 1891 fez, ao contrário do que fez a Constituição dos EUA, foi estabelecer um modelo centrífugo de organização política, uma autonomia dos Estados sem um centro político, o que redunda nos anos caóticos do início da República Velha. A agitação só arrefecerá com a "política dos governadores" de Campos Salles, que disse que, para efeito de estabilidade política, a Constituição não podia ser levada a sério. Com o objetivo de tornar a Presidência da República independente dos interesses locais, Campos Salles reconheceu que o "princípio da distribuição natural de poder", reconhecendo também que o poder estava nos Estados, em especial os Estados com as maiores bancadas na Câmara dos Deputados, como São Paulo, Minas Gerais e Bahia. O que Campos Salles fez foi reconhecer como dono da política estadual o grupo que no momento de sua presidência tinhao controle da política estadual, não importando os meios que usasse para manter esse controle ("O que o Sr. Borges de Medeiros faz para obter 100% do eleitorado no Rio Grande do Sul? Não me interessa!"). Em troca, a Comissão de Verificação de Poderes da Câmara (Só a partir da década de 1930 haverá Justiça Eleitoral) só reconheceria o diploma daqueles deputados favoráveis a Presidência. Esse sistema foi mantido durante toda a República Velha, o que garantia que o candidato oficial sempre ganhasse as eleições e que as oligarquias locais desfrutassem de um poder incontestado (oficialmente) em sua zona de influência.
  • Eu acho estranho a questão falar "congregadas em partidos políticos", pois a política dos governadores quebrou o sistema de partidos dentro do Congresso.
  • PZS, durante a República Velha não havia partidos políticos de âmbito nacional. No entanto, cada estado possuía seus próprios partidos, sendo que os partidos mais poderosos localizavam-se nos estados mais ricos. Eram eles: o PRP (Partido Republicano Paulista) e o PRM (Partido Republicano Mineiro), que em 1913 firmaram o Pacto de Ouro Fino (não escrito) e procederam com o revezamento de paulistas e mineiros na presidência - a famigerada política do Café com Leite.
  • Gabarito: Certo

     

    Essa atuação das oligarquias no Estado só vai mudar na República Liberal com a Lei Agamenon Magalhães.

  • ATÉ HOJE O BRASIL CONTINUA ASSIM! POR INCRIVÉL QUE PAREÇA...


ID
37057
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A história da Primeira República, ou República Velha, no Brasil, foi
marcada por tensões políticas e econômicas relevantes para o
entendimento da Revolução de 1930. A respeito desse período e de
suas contradições, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Nessa quadra histórica do Brasil, adotou-se sistema eleitoral que, na prática, submetia-se ao controle dos chefes políticos locais, sobretudo no campo, o que ficou conhecido como voto de cabresto.

Alternativas
Comentários
  • Só olhar o comentario da questão anterior!!!
  • O voto de cabresto --> voto em troca de favores como ainda acontece hoje. Naquela época era mais grave pois a Constituição de 1891 determinava que a votação era ABERTA ou seja pública. Logo a oligarquia rural tinha acesso a votação caso visse que o cidadão não votou no candidato desejado perdia os favores e ainda estava sujeito a violência dos jagunços ("pistoleiros")
  • Gabarito: CERTO

     

    Outra questão para ajudar no entendimento desta:

     

    Ano: 2006 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia

     

    O voto de cabresto, ao qual alude a charge II, traduz a existência de um quadro político mais amplo em que viceja o fenômeno do coronelismo, base de um sistema de poder que unia os interesses dos grupos políticos locais às oligarquias estaduais e nacionais.

     

    GABARITO: CERTO

  • Este enunciado explica bem como o sistema eleitoral era burlado durante a República Velha.

    Gabarito CERTO

  • Em verdade, a CF de 1891 não dispunha sobre o sigilo do voto. Mencionava apenas que o processo eleitoral seria regulado por meio de lei ordinária.

    Art. 47 [...]

    § 3º - O processo da eleição e da apuração será regulado por lei ordinária.

    A lei que disciplinava o processo eleitoral até o momento era a denominada Lei Saraiva, de 1881.

    Somente em 26.01.1892 foi publica a Lei 35 na qual estava previsto o voto secreto:

    Art. 43 [...]

    § 6º A eleição será por escrutinio secreto. A urna se conservará fechada á chave, emquanto durar a votação.

    Todavia, em 1896 abria-se a possibilidade do voto a descoberto, conforme previa a Lei 426

       Art. 8º Será licito a qualquer eleitor votar por voto descoberto, não podendo a Mesa recusar-se a acceital-o.

    Com o Decreto 12.391/1917 o voto aberto passou a ser proibido novamente.

    (Fonte: VISCARDE, Claudia. Direitos políticos e representação no Brasil Republicano (1891-1934)).

  • A república velha se resume à política dos governadores, criada por Campos Sales.


ID
37060
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As crises sucessivas dos anos 20 do século passado anunciavam o esgotamento da Primeira República, cujo colapso foi precipitado pela Revolução de 1930, que deu início à Era Vargas, cuja última etapa foi o Estado Novo (1937-1945), período ostensivamente ditatorial. A respeito desse período da história do Brasil, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a deposição dos governadores estaduais oligarquicos regionais,e substituindo-os por Interventores,fez com que Vargas acabasse o viciado sistema elitoral,com voto de cabresto e diminui politicamente o poder dos corenéis do Brasil,mesmo assim a Era Vargas,onde ele fica conhecido por ser pai dos pobres não fala q ele foi a quenga dos ricos,utilizou-se de populismo fascista e continuou favorecendo a elite que se disfarçara em uma elite industrial emergente!
  • A grande pegadinha dessa questão é que "d" estaria correta se não trocasse de posição os comunistas e os integralistas, colocados nas questao como de direita e esquerda, respectivamente.
  • a) ERRADA. A célebre Coluna Prestes, surgida de levantes de militares tenentistas, nunca obteve uma vitória expressiva contra as forças federais, até porque nunca enfrentou diretamente tropas federais. A estratégia que adotaram foi a de fugir do embate direto, o que conseguiram fazer muito bem ao longo de dois anos.
     
    b) ERRADA. 3 erros. Erro 1: São Paulo não apoiou a candidatura de Vargas, apoiou sim o seu adversário nessa eleição, o candidato do PRP Júlio Prestes. Erro 2: Vargas acaba com o que convencionou-se chamar “república do café-com-leite” no Brasil, em que mineiros e paulistas monopolizavam a presidência da república. Erro 3: Vargas não “afastou o perigo de ruptura institucional”, pelo contrário: ele rompeu com a estrutura da República Velha liderando o movimento revolucionário de 1930.
     
    c) CORRETA.

    d) ERRADA. A Ação Integralista Brasileira – AIB – é geralmente caracterizada como um expoente da direita neste período. Já a Aliança Nacional Libertadora – ANL – era considerada um expoente da esquerda no período.
     
    e) ERRADA. Os quadros que conformavam o governo Vargas, no contexto da II Guerra Mundial, apresentavam clara polarização entre os pró-Aliados (como Oswaldo Aranha, ministro das relações exteriores) e os pró-Eixo (como Gaspar Dutra, ministro da Guerra). Os generais Gaspar Dutra e Góis Monteiro chegaram inclusive a apresentar suas demissões, prontamente recusadas por Vargas, quando da decisão de Vargas de declarar guerra ao Eixo.
  • Eu fiquei na dúvida quanto a resposta da letra C pelo fato da assertiva afirmar que o posicionamento de vargas foi desde o início intervenção que (...) restringia as oligarquias e o federalismo. Vargas governou os primeiros anos baseados na constituição, e fez a constituinte de 1933 e usou a constituição até 1937. Isso não seria motivo para embasar a permanência da da força da federação?

  •  Coluna Prestes, surgida de levantes de militares tenentistas, nunca obteve uma vitória expressiva contra as forças federais


ID
37063
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a política econômica do governo Juscelino Kubitschek
(JK), classificado como nacional-desenvolvimentista, julgue (C ou E)
os itens seguintes.

O governo JK promoveu ampla atividade do Estado tanto no setor de infraestrutura quanto no que diz respeito ao incentivo direto à industrialização.

Alternativas
Comentários
  • Brásilia capita nacional e a febre do fusca chega ao Brasil!!!!
  • JK abriu o mercado  ao capital estrangeiro, atraído pela ampliação dos serviços de infraestrutura. Com esses investimentos externos, JK estimulou a diversificação da economia nacional, aumentando a produção de insumos e máquinas, a fabricação de fertilizantes, o transporte ferroviário e a construção civil. Isso favoreceu, entre outras coisas, a implementação de grande polo automobilístico na região do ABC paulista.
  • CERTO

     

    O governo JK promoveu uma ampla atividade do estado tanto no setor de infraestrutura como no incentivo à industrialização, mas assumiu também abertamente a necessidade de atrair capitais estrangeiros, concedendo-lhes inclusive grandes facilidades. Assim, o governo permitiu uma larga utilização da instrução 113 da SUMOC, baixada no governo Café Filho. Essa instrução autorizava as empresas a importar equipamentos estrangeiros sem cobertura cambial, ou seja, sem depositar moeda estrangeira para pagamento dessas importações. A condição para gozar da regalia era possuir, no exterior, os equipamentos a serem transferidos para o brasil ou recursos para pagá-los. As empresas estrangeiras, que podiam preencher esses requisitos com facilidade, ficaram em condições vantajosas para transferir equipamentos de suas matrizes e integrá-los a seu capital no Brasil. A instrução 113 facilitou os investimentos estrangeiros em áreas consideradas prioritárias pelo governo; indústria automobilística, transportes aéreos e estradas de ferro, eletricidade e aço.


ID
37066
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a política econômica do governo Juscelino Kubitschek
(JK), classificado como nacional-desenvolvimentista, julgue (C ou E)
os itens seguintes.

Ao manter a Instrução n.o 113 da SUMOC, baixada no governo Café Filho, JK fortaleceu as empresas nacionais em detrimento das estrangeiras.

Alternativas
Comentários
  • Se as negociações junto aos organismos internacionais deram resultados pífios para o enfrentamento do desequilíbrio externo enfrentado pelo governo de Café Filho, haveria de se buscar melhoria deste de longo prazo. Esse foi o objetivo da Instrução 113 da SUMOC, de 17 de janeiro de 1955.Assim, a Instrução deve ser vista no contexto da crise cambial, de uma específica abordagem do desequilíbrio externo, já que no curto prazo as dificuldades eram muitas, como bem demonstraram as frustradas negociações de 1954.A Instrução 113 teve efeitos importantes para o governo Kubitchek e o aceleradoprocesso de crescimento industrial. É importante considerar, ademais, que ao facilitar a importação de equipamentos mediante “a emissão de licenças de importação sem cobertura cambial”, além de facilitar o processo burocrático, em última instância representou um reforço na própria industrialização brasileira, embora existam criticas de que a Instrução era um mecanismo de desnacionalização da industria brasileira.
  • JK abriu o mercado ao capital estrangeiro, atraído pela ampliação dos serviços de infraestrutura. Com esses investimentos externos, JK estimulou a diversificação da economia nacional, aumentando a produção de insumos e máquinas, a fabricação de fertilizantes, o transporte ferroviário e a construção civil. Isso favoreceu, entre outras coisas, a implementação de grande polo automobilístico na região do ABC paulista.
  • ERRADA

    "Com o fim do governo Vargas, o novo ministro da Fazenda, Eugênio Gudin, tentou conter o déficit do governo, avaliado em 14 bilhões de cruzeiros para 1955, com um novo plano econômico que tinha como uma das medidas mais importantes a Instrução 113 da Sumoc. O objetivo dessa nova Instrução era criar condições favoráveis à realização de investimento estrangeiro no país, por meio da concessão de licença, sem cobertura cambial, para a importação de maquinaria para empresas estrangeiras associadas a empresas nacionais. Embora essa fosse uma medida amplamente criticada pelos setores nacionalistas, foi a política cambial que prevaleceu durante o governo Kubitschek." (Maria Celina D’Araujo)
  • A Instrução nº 113 foi suspensa junto com a SUMOC em 1965 onde foi instituída o BACEN.
    Porém pode-se considerar que a partir de 1960 a Instrução perdeu efeito pela queda de investimentos sem a cobertura cambial.
  • Em resumo: o erro da questão está em dizer que, ao manter a Instrução Sumoc 113, o governo tinha a intenção de privilegiar as empresas nacionais. É justamente o contrário! Acabou servindo como instrumento de atração de k estrangeiro.

  • ERRADO

     

    Quanto à manutenção da Instrução SUMOC 113, a questão é correta. Contudo, conforme coloco abaixo, não é possível dizer que houve um favorecimento do capital nacional em detrimento do estrangeiro, considerando que a medida foi vantajosa para investidores alhures.

     

    O governo JK promovou uma ampla atividade do estado tanto no setor de infraestrutura como no incentivo à industrialização, mas assuntiu também abertamente a necessidade de atair capitais estrangeiros, concedendo-lhes inclusive grandes facilidades. Assim, o governo permitiu uma larga utilização da Instrução 113 da SUMOC, baixada no governo Café Filho. Essa instrução autorizava as empresas a importar equipamentos estrangeiros sem cobertura cambial, ou seja, sem depositar moeda estrangeira para pagamento dessas importações. A condição para gozar da regalia era possuir, no exterior, os equipamentos a serem transferidos para o Brasil ou recursos para pagá-los. As empresas estrangeiras, que podiam preencher esses requisitos com facilidade, ficaram em condições vantajosas para transferir equipamentos de suas matrizes e integrá-los a seu capital no Brasil. A Instrução 113 facilitou os investimentos estrangeiros em areas consideradas prioritárias pelo governo; indÚstria automobilistica, transportes aéreos e estradas de ferro, eletricidade e aço.

  • SUMOC- Superintendência da Moeda e do Crédito.

  • GALERA NEM É NECESSARIO SABER A FINCO SOBRE O QUE SE TRATA A SUMOC , SE VC SOUBER QUE CAFÉ FILHO NO CASO O VICE VARGAS , ONDE O MESMO ERA GRANDE SIMPATIZANTE E ATÉ SE TORNOU UM ALIADO DA UDN NO CURTO TEMPO EM QUE GOVERNOU E QUE A UDN GOSTAVA DELE POR AMBOS TEREM OS MESMOS IDEAIS , ENTÃO COMO A UDN APOARIA A UM CANDIDATO DO PTB QUE APOIASSE O CAPITAL NACIONAL EM DETRIMENTO DO INTERBACIONAL ? SENDO QUE ESSA FOI UMA DAS MAIORES PAUTAS DA OPOSIÇÃO DA UDN NO GOVERNO VARGAS ?! ENTÃO ÓBVIO QUE NÃO ! I

  • Uma das característica do Governo, foi a entrada de capital estrangeiro no país, o que tende a ser, de certa forma, acompanhado pela chegada de empresas estrangeiras no mercado nacional. E se assim, não iria haver uma medida explicitamente contrária sua "própria política(como apontado pela questão)."

    Bons estudos.

  • JK fez o contrário, pois ele era do capital estrangeiro.

    GAB. ERRADO

  • A despeito da 113 ser oriunda do breve governo Café Filho após a trágica morte de Vargas em 1954, ela serviu de ampla utilização no governo Kubitschek para viabilizar o ingresso de capital internacional sem cobertura cambial durante o Plano de Metas, tornando-se uma espécie de divisor de águas na historiografia sobre as possíveis descontinuidades entre o modelo de desenvolvimento varguista vis-à-vis de Juscelino.

    O incentivo à entrada de capitais oferecido pela Instrução nº 113 cessou com a transferência dos produtos integrantes da categoria geral para o mercado livre com a Instrução nº 204 da Sumoc.


ID
37069
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a política econômica do governo Juscelino Kubitschek
(JK), classificado como nacional-desenvolvimentista, julgue (C ou E)
os itens seguintes.

O caráter nacionalista que caracterizou esse nacionaldesenvolvimentismo resultou no robustecimento do Estadoempresário em detrimento do capital privado.

Alternativas
Comentários
  • No governo JK foi incentivado o uso de capital privado, principalmente o capital externo.
  • ERRADA!

    O governo atraiu o investimento de capital estrangeiro no país incentivando a instalação de empresas internacionais, principalmente as automobilísticas. Mas, o capital estrangeiro que trazia riquezas ao Brasil era o mesmo que lhe cobrava montanhas de juros pelos empréstimos realizados pelos Estados Unidos. Nessa época a taxa de inflação crescia sem parar e a moeda brasileira estava cada vez mais desvalorizada.
  • ERRADO

     

    A expressão nacional-desenvolvimentista, em vez de nacionalismo, sintetiza uma política econômica que tratava de combinar o estado, a empresa privada nacional e o capital estrangeiro para promover o desenvolvimento, com ênfase na industrialização. Sob esse aspecto, o governo JK prenunciou os rumos da política econômica realizada, em outro contexto, pelos governos militares após 1964.


ID
37072
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Considerando a política econômica do governo Juscelino Kubitschek
(JK), classificado como nacional-desenvolvimentista, julgue (C ou E)
os itens seguintes.

O Plano de Metas, implementado nesse governo, fortaleceu o capital nacional, por meio de compras públicas, sem deixar de incentivar a entrada de capital estrangeiro no país.

Alternativas
Comentários
  • Plano Nacional de Desenvolvimento = Plano de Metas = Privilegiou cinco setores: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Também o crescimento da região Nordeste foi incentivado pela criação da Superintendencia de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
  • Houve um conjunto de 30 objetivos a serem alcançados em diversos setores da economia, que se tornou conhecido como Plano de Metas. Na última hora o plano incluiu mais uma meta, a 31, chamada de meta-síntese: a construção de Brasília e a transferência da capital federal, o grande desafio de JK.

    As metas eram audaciosas e, em sua maioria, alcançaram resultados considerados positivos. O crescimento das indústrias de base, fundamentais ao processo de industrialização, foi de praticamente 100% no quinquênio 1956-1961.

    Ao final dos anos JK, o Brasil havia mudado. Muitos foram os avanços, e muitas foram as críticas à opção de JK pelo crescimento econômico com recurso ao capital estrangeiro, em detrimento de uma política de estabilidade monetária. O crescimento econômico e a manutenção da estabilidade política, apesar do aumento da inflação e das conseqüências daí advindas, deram ao povo brasileiro o sentimento de que o subdesenvolvimento não deveria ser uma condição imutável. Era possível mudar, e o Brasil havia começado a fazê-lo.


ID
47515
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2009
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O historiador T. A. Marshall é uma referência obrigatória quando se trata de pesquisar a evolução dos direitos civis, políticos e sociais. Para ele, há uma sequência cronológica e lógica no desenvolvimento de tais direitos, com a conquista das liberdades civis levando à obtenção do direito de votar e ser votado e a expansão da representação política popular permitindo a aprovação parlamentar dos direitos sociais.

Os seguintes enunciados se referem ao Brasil.

Escolha a única opção válida.

Alternativas
Comentários
  • As principais alterações que a Constituição de 1934 trouxe foram:-voto feminino; -férias anuais remuneradas; -voto secreto e universal; -salário mínimo (atendendo as necessidades básicas do trabalhador); -eleição de Getúlio Vargas pelo Congresso até 1938, quando ocorreriam novas eleições;"d) É correto afirmar que a grande expansão dos direitos sociais registrada no primeiro governo Vargas ocorreu EM GRANDE PARTE sob um regime que suprimiu direitos políticos."O que torna a afirmativa verdadeira é o EM GRANDE PARTE, porque a Constituição que trouxe alguns direitos políticos só veio no último ano de seu primeiro governo.
  •  Resumo sobre a Era Vargas correlacionada a questão!

    1930 - 1934 - Governo Provisório

    - Voto para mulheres

    - Abertura dos direitos civis e trabalhistas

    Quando ele ganha a sua popularidade perante a grande população brasileira, e tenta cavar seu espaço entre a elite conservadora dos cafeicultores e latifundiários

    194 - 1937 - Constitucionalista

    Durante esse governo já com a sociedade equilibrada ( Elite e povo) ele é eleito indiretamente e segue as bases da nova constituição,porém após a Intentona Comunista de 1935, Vargas se mostra como Maquiavélico e começa articular junto com a elites nacionais o seu golpe, nisto conferindo aos mesmos as facilidades tributárias na expansão industrial do país, alegando para os pobres a nova geração de empregos e para os ricos uma nova viés das normas produtivas do mercado, dando aos antigos latifundiários um novo leque de apuros financeiros,constituindo assim a nova burguesia industrial do Brasil...Podemos ter isso bem notório nos dias atuais com São Paulo o Estado e capital mais rica e industrializada do nosso país!

  • Não seria a interpretação correta considerar o primeiro governo GV como os 15 anos entre 1930 e 1945, sendo que a partir de 1937 há a instituição de um regime que suprimiu os direitos políticos? Embora o período que vai de 1930 a 34 ter o presidente como interino não-eleito, não creio que se possa dizer que tenha havido aí supressão de direitos políticos anteriormente constituídos, quando houve na verdade sua expansão.
  • Meu entendimento é que o primeiro governo refere-se ao período de 30-45. (O segundo vai de 50-54).
    Não há como negar a supressão de direitos políticos, em especial a partir de 1937. Basta lembrar, por exemplo, da perseguição aos comunistas e até integralistas, e da criação do DIP.
    Quanto à ampliação dos direitos sociais, covém destacar a CLT, garantidora de inúmeros direitos trabalhistas até hoje vigentes.
  • D

     

    Governo Provisório de GV: 

     

    Sua primeira ação como presidente foi dar início a uma fase de centralização do poder, eliminando todos os órgãos legislativos, como estadual, federal e municipal. (supressão de direitos políticos).

    Mas, certamente, o que mais chamou a atenção para a Era Vargas em seu primeiro mandato foram os avanços no que ser refere à legislação aos trabalhadores. O presidente tinha a consciência de que as revoltas e manifestações trabalhistas poderiam abrir as portas para o ideal comunista. Nesse mesmo período, o PCB – Partido Comunista Brasileiro foi proibido, determinado com ilegalidade.

     

    https://www.resumoescolar.com.br/historia-do-brasil/era-vargas-governo-provisorio-1930-1934/

  • Correto D. O estado novo (1937-1945) foi marcado por avanços nas politicas sociais e econômicas. Durante o período, foram criadas e consolidadas garantias históricas dos trabalhadores, como o salário minimo e as férias remuneradas. A nova legislação trabalhista foi unificada na Consolidação das Leis do Trabalho(CLT), que entrou em vigor em 1943


ID
83689
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

A independênci a d o Brasil integra um processo histórico mais amplo, em que há nítida inte r s eção entre a crise do Antigo Regime (na Europa) e a crise do A n t i g o Sistema Colonial (nas Américas) . Ao fundo, mudanças estruturais advindas d a Revolução Industrial e do decorrente processo de consolidação d o capitalismo tornavam anacrônicas práticas como as estabelecidas pelo sistema de exclus ivo colonial.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: CERTO

     

    Uma outra questão que trata do mesmo assunto:

     

    Ano: 2006 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata

     

    Ainda que não se possa admitir a existência de relação direta e automática entre os processos históricos europeus e os latino-americanos, a Revolução Industrial foi fator estrutural desestabilizante do Antigo Regime na Europa e contribuiu para a desintegração do Antigo Sistema Colonial na América. CERTO

     


ID
83692
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

O apoio ostensivo da potência h eg emônica de então, a Inglaterra, interessada na crescente abertura de an t igos mercados monopolizados pelas metrópoles, explica a relativa facilidade com que o ato de independência do Brasil foi reco n h ecido pela comunidade internacio n al , s em a necessidade de barganhas, como informa o texto.

Alternativas
Comentários
  • O que tem de errado nesta questão??? Please...
  • Na minha opinião, o que está errado é em dizer que o reconhecimento foi fácil e sem barganhas, o que não é verdade, o Brasil teve que negociar, esperar e até mesmo pagar para ter seu reconhecimento de Portugal. Veja abaixo. 

    Dom Pedro I enviou diplomatas às principais nações do mundo, o primeiro país a reconhecer a emancipação de nosso país foram os EUA, em maio de 1824, na época presidido por James Monroe, que defendia a doutrina “A América para os americanos”.

    Portugal reconheceu a independência do Brasil, em agosto de 1825, um ano após o reconhecimento dos EUA. O reconhecimento português abriria caminho para reconhecimento das nações amigas da ex-metrópole.

    A Inglaterra somente reconheceu o Brasil depois do reconhecimento português, e pressionou o governo luso, anteriormente, para tal ação. Dom João, como rei de Portugal, exigiu uma indenização de dois milhões de libras esterlinas e o uso honorífico de Imperador do Brasil.

  • O reconhecimento da independência do Brasil por parte de outros países foi extremamente laborioso. A Inglaterra se beneficiou não apenas com taxas baixas para importação de seus produtos, mas também serviu de mediadora para o reconhecimento português da Independência - inclusive definiu que o Brasil deveria pagar uma indenização a Portugal, que realizada via empréstimo inglês.

  • Primeiro o Brasil teve que negociar o reconhecimento da independência com Portugal para que depois pudessem seguir outros países europeus.

    Após a negociação com Portugal (foi estabelecido que o Brasil pagaria indenização de 2 milhões de libras pela perda da colônia), seguiu-se a Inglaterra, que conseguiu arrancar do Brasil concessões comerciais como a tarifa de importação de apenas 15% além de cláusula da nação mais favorecida. Com isso, outros países europeus tentaram barganhar o mesmo pacote de benefícios em troca do reconhecimento da independência, o que deixou o processo mais difícil e dispendioso.

    Fonte: História das RI do Brasil - Vidigal e Doratioto

  • Errado.

    Após a Independência chegaram também suas consequências, para que o país fosse reconhecido como independente teve que passar por algumas barganhas, qual seja, dentre outras:

    EUA, primeiro país a reconhecer nossa independência baseado na doutrina Monroe: AMERICA PARA OS AMERICANOS;

    INGLATERRA, segundo país, o reconhecimento foi trocado pela ratificação dos lesivos acordos de 1810 e a revalidação por mais 15 anos;

    E, PORTUGAL, que exigiu o pagamento de uma pesada indenização de 2 milhões de libras(para pagar o Brasil precisou pedir empréstimos a Inglaterra), e o reconhecimento do título de Imperador do Brasil a D. João VI.

  • Dainel o erro esta no fato de dizer q não houve barganha. Lei os primeiros comentários e vai ver q sim houve barganha.


ID
83695
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

As Tarifas Alves Branco, de 1844, cuja adoção coincide com o início do segundo paradigma da política externa brasileira, segundo a perspectiva do texto, geraram p ro fu ndo desconforto nas relações Bras il-Inglaterra. Com efeito, já dominando o mercado brasileiro, aos capitais ingleses não in teressava a decisão de Alves Branco de abrir o mercado nacional à livre concorrência mediante acentuada redução das alíquotas de importação.

Alternativas
Comentários
  • A tarifa Alves Branco na verdade AUMENTOU os impostos de importação! Após por pressão principalmente da Inglaterra esta tarifa foi substituída pela SILVA FERRAZ.
  • Entre os anos de 1828 e 1844 e tarifa de importação praticada no Brasil era de 15% sobre qualquer produto. Com a tarifa Alves Branco, mais de 3 mil produtos foram alterados na sua taxação, a tarifa passou a variar entre 30% e 60%.

  • A TARIFA ALVES BRANCO AUMENTOU OS IMPOSTOS PARA 30% PARA OS PRODUTOS QUE NÃO ERAM PRODUZIDOS NO BRASIL, E PARA 60% OS PRODUTOS QUE ERAM PRODUZIDOS NO BRASIL.

    DESDE O FIM DO PACTO COLONIAL E A ABERTURA DOS PORTOS ÀS NAÇÕES AMIGAS EM 1808, A INGLATERRA FOI UMA GRANDE BENEFICIÁRIA DISSO. EM 1810, COM O TRATADO DE COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO, A INGLATERRA PAGAVA APENAS 15% DE IMPOSTO PARA IMPORTAR SEUS PRODUTOS NO BRASIL, ENQUANDO OS PRÓPRIOS PORTUGUESES PAGAVAM 16%, E OUTROS PAÍSES PAGAVAM 40% PRA CIMA. A TARIFA ALVES BRANCO EM 1844 ALÉM DE CORTAR ESSES PRIVILÉGIOS QUE A INGLATERRA TINHA SOBRE O BRASIL, FOI UM GRANDE IMPUSIONADOR PARA O FIM DO TRÁFICO NEGREIRO DE AFRICANOS, POIS A INGLATERRA, DEPOIS DISSO, PRESSIONOU OS BRASILEIROS A ACABAREM COM A ESCRAVIDÃO, QUE COMO SABEMOS, O FIM DA ESCRAVIDÃO SE DEU DE FORMA GRADUAL.

  • Aumentou os impostos inclusive para a Inglaterra


ID
83698
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

O primeiro período republicano no Brasil dá início à denominada diplomacia do café, a qual, mais que simples esforço de promoção comercial, também envolvia a negociação de empréstimos, além da defesa contra acusações de cartelização e abuso de poder dominante.

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO CORRETA. 

  • O primeiro acordo comercial na república foi feito entre Brasil e EUA para assegurar a venda do açúcar. Ratificado por Deodoro à revelia do Congresso Nacional. Isso desencadeou uma crise, devido a fragilidade do sistema político vigente o que levou a sua renúncia em meado de 1891. O então Marechal Floriano assume.

  • Não encontrei registro histórico sobre "acusações de cartelização e abuso de poder dominante" referentes à exportação de café brasileiro na época.

  • A resposta está no próprio texto base que a questão apresenta.

    Note que Amado Cervo e Clodoaldo Bueno identificam cinco paradigmas históricos na História da Política Exterior do Brasil. Os dois primeiros, porém, começam e se encerram no próprio Brasil Império.

    O item, no entanto, deseja saber qual é o primeiro desses paradigmas históricos do período republicano da nossa história. Como a República foi proclamada em 1889, basta vermos qual período se inicia a partir deste ano. Assim, temos que a resposta é a denominada diplomacia do café, já que ela se inicia em 1889 e vai até 1930.

    Resposta: Certo

  • Da diplomacia do café à industrialização - Paulo Roberto de Almeida

  • A resposta está no próprio texto base que a questão apresenta.

    Note que Amado Cervo e Clodoaldo Bueno identificam cinco paradigmas históricos na História da Política Exterior do Brasil. Os dois primeiros, porém, começam e se encerram no próprio Brasil Império.

    O item, no entanto, deseja saber qual é o primeiro desses paradigmas históricos do período republicano da nossa história. Como a República foi proclamada em 1889, basta vermos qual período se inicia a partir deste ano. Assim, temos que a resposta é a denominada diplomacia do café, já que ela se inicia em 1889 e vai até 1930.

    Resposta: Certo


ID
83701
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

A crescente predominância comercial, financeira e industrial dos EUA na economia brasileira, fenômeno visível já na primeira metade do século passado, ganhou redobrada intensidade após a Segunda Guerra Mundial , em especial a partir da década de 1950.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva correta ! Podemos traçar um paralelo na história brasileira com o governo de Eurico Gaspar Dutra (1946 - 1950) cassando os mandatos dos políticos do partido comunista e aliando-se ao EUA. Logo após em 1950 temos Getúlio tentando conter o avanço multinacional mas ainda sim aliado aos EUA. E JK ( 1956 - 1960 ) literalmente "escancarando" nossa economia para o capital estrangeiro !
     

  • Cuidado, pois se pensarmos na PEI, embora seja já no início da década de 1960 (mas dentro do contexto do pós-II GM), podemos incorrer em erro.


ID
83704
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

O paradigma do nacional-desenvolvimentismo - que, lembra o texto, se inicia na década de 30 do século XX, com Vargas - sofre descontinuidade e, em determinados momentos, dá a impressão de ser claramente abandonado. É o que acontece, por exemplo, entre 1951 e 1954, quando Getúlio Vargas, acuado pela intransigente oposição interna e por uma conjuntura internacional desfavorável, abre mão de qualquer veleidade nacionalista tanto na condução da política econômica quanto na ação externa.

Alternativas
Comentários
  • Observe o trecho "abre mão de qualquer veleidade nacionalista tanto na condução da política econômica quanto na ação externa" Um exemplo prático é a criação da PETROBRAS justamente neste período, logo ele não abre mão de qualquer veleidade (desejo) nacionalista!
  • ERRADA

  • Vargas era NACIONALISTA, sendo assim jamais iria abrir mão de seus preceitos.

    GAB= ERRADO

  • ERRADO: A primeira parte da questão em que fala "O paradigma do nacional-desenvolvimentismo (...) sofre descontinuidade e, em determinados momentos, dá a impressão de ser claramente abandonado" está errada. Não sofre descontinuidade, ao contrário, é uma máxima durante toda a Era Vargas.

  • essa questão me fez entender algo: se achar um erro não continue lendo.


ID
83707
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

O período governamental de Juscelino Kubitschek (1956 - 1 9 6 1) optou por atender " às demandas do moderno desenvolvimento", com nívei s relativamente baixos de endividamento e de inflação. Seus projetos de apoio à indústria de bens de consumo e ao i ncremento da infraestrutura econômica de que o país carecia se viabilizaram, em larga medida, pelo apoio recebido do Banco Mundi al e p e l a extrema liberalidade com que foi tratado pelo Fund o Monetário Internacional

Alternativas
Comentários
  • Não foram nada baixos os níveis de endividamento e de inflação no período; tampouco recebeu apoio e não contou com liberalidade do FMI. JK rompe com o FMI.


  • ERRADA

    Além do citado, adiciono

    "níveis relativamente baixos de endividamento e de inflação"

    Segundo IGP a inflação média anual foi de 24,7% no quadriênio (56-60). Dívida Externa saltou de 0,4bi (51/55) para 1,9b.

    "Seus projetos de apoio à indústria de bens de consumo e ao incremento da infraestrutura econômica de que o país carecia se viabilizaram"

    Em relação ao Plano de Metas, este teve os seguintes resultados alcançados originalmente - total previsto 100% : Ferrovias (32%), Refino de Petróleo 26%, Energia Elétrica 82%, Carvão 23%, Carros e Caminhões 78%. A malhava rodoviária esta aumento além das expectativas em 138% (17.000 km)




  • Rompimento com o FMI

     

    No início de 1958, o governo Kubitschek aguardava resposta para um pedido de empréstimo externo no valor de 200 milhões de dólares. Em março, missão do Fundo Monetário Internacional esteve no Rio de Janeiro e condicionou a liberação do dinheiro à adoção de um pacote de medidas antiinflacionárias. A inflação deveria ficar em 6% ao ano, no máximo. O governo teria que adotar uma taxa única de câmbio, abolir os incentivos aos agricultores e restringir salários.

     

    Na tentativa de atender às exigências do FMI, em outubro o presidente trocou José Maria Alkmin por Lucas Lopes no ministério da Fazenda. Mas o Plano de Estabilização Monetária (PEM) aplicado pelo novo ministro não funcionou: a estabilização pretendida fatalmente comprometeria os planos do governo e retardaria a construção de Brasília. Por isso, em junho de 1959 Juscelino Kubitschek rompeu ruidosamente com o FMI. Multidões formaram-se diante do Palácio do Catete para apoiar a decisão do presidente.

     

    O impasse encontraria solução em fevereiro de 1960, quando, em visita ao Brasil, o presidente americano, Dwight Eisenhower, perguntou a JK se haveria interesse em reatar, em novas bases, com o FMI. Assim foi feito, e em maio o FMI concedia um vultoso empréstimo ao Brasil.



    ( http://www.projetomemoria.art.br/JK/verbetes/fmi.html )

     

  • Errado

    "O quadro de constrangimentos externos representava difícil desafo ao desenvolvimento. O comércio exterior, longe de ser um fator dinâmico, como começava a ocorrer em outros países, sofria de estagnação ou declínio. As perspectivas do principal produto de exportação, o café, não permitiam esperança de melhora. Créditos ofciais em condições favoráveis continuavam escassos, e os do Banco Mundial permaneciam fora do alcance do Brasil. Em 1954, a dívida externa atingira US$ 1,32 bilhão, nível 120% superior à média de 1947 a 1951.

    De maneira geral, os resultados impressionam, chegando, em alguns casos, a mais de 100% de execução, como na construção de rodovias, ou acima de 80%, no caso da energia elétrica. Impulsionado pelo programa, o crescimento, que em 1956 não atingira a taxa de expansão populacional (2,9% contra cerca de 3% da taxa demográfca), acelerou-se para a média anual de 9% de 1957 a 1961. Uma das consequências foi o aumento da participação do governo no gasto total, de 19% (1952) para 23,71% (1961), aprofundando o défcit orçamentário. O fnanciamento dos défcits e das despesas do programa em moeda nacional fez-se de modo inflacionário, mediante emissão de papel-moeda: a inflação saltou de cerca de 20% anuais, no começo, para 30% a 35%, no final do governo."

    RICUPERO, Rubens. A diplomacia na construção do Brasil (1750-2016). 1a edição, Rio de Janeiro: Versal, 2017. Parte VIII - O Breve Período da Constituição de 1946: Do Governo Dutra ao Golpe Militar de 1964

  • O período governamental de Juscelino Kubitschek (1956 - 1 9 6 1) optou por atender " às demandas do moderno desenvolvimento", com níveis relativamente baixos de endividamento e de inflação.

    ERRO DE VERMELHO.


ID
83710
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

O regime militar instaurado em 1964 reorientou a política externa brasileira, distinguindo-a profundamente daquela que a precedeu imediatamente. Daí, o alinhamento automático com a diplomacia norte-americana, p rocedimento que não sofreu variações significativas ao longo do período

Alternativas
Comentários
  • A diplomacia brasileira foi pendular em relação ao EUA no período militar: ora se aproximava (governo Castello Branco), ora se distanciava (governo Geisel)
  • Antes do Regime o Brasil era Pró-EUA???
  • Daniel,

    Antes do regime militar, foi o período da Política Externa Independente (1961 - 1963). Ou seja, o Brasil nao era alinhado com os EUA.
  • Pois então Igor, se não era alinhado antes, que na verdade até era, porém de uma forma menor porque o Brasil se reconciliou com a URSS, logo a política econômica externa no regime militar se distingue da política de JANGO.
  • Errado.

    a) O Governo Castello Branco e a Política da Interdependência

    O governo do Marechal Castello Branco (1964-1967) apresenta características de política externa bastante distintas dos demais governos militares. Este fato se deve, em larga escala, pela sua aproximação ideológica com os EUA e os ditames do conflito leste-oeste, ao incorporar o discurso anticomunista e de segurança hemisférica na lógica da política externa.

    [..]

    Para alguns, estes dados são suficientes para situar o período como de retomada do alinhamento automático com os EUA. Esta definição não é unânime, mesmo que a associação dependente com os EUA o seja.

    b) O Governo Costa e Silva e a Diplomacia da Prosperidade

    Para a política externa, as transformações são bastante notórias. Conforme relata Letícia Pinheiro, há "a reincorporação das teses mais nacionalistas ao modelo de desenvolvimento" (2004, p.40), trilhando uma postura mais autonomista para o Brasil. Amado Cervo denomina este novo período pela "recuperação das tendências" (1992, p.342), já que houve um equívoco no governo anterior em não perceber a importância do papel do Estado como articulador necessário ao processo produtivo.

    Paulo Vizentini aponta o governo Costa e Silva como representante de uma "ruptura profunda em relação ao governo anterior, contrariando frontalmente Washington" (2004, p.78) e Carlos Estevam Martins entende que as marcas da frustração da política anterior permitiu "uma guinada sensacional na história da política externa brasileira" (1975, p.67).

    c) O Governo Médici e a Diplomacia do Interesse Nacional  [...]

    É por estas razões que boa parte dos autores julga o período Médici como período de construção das bases para o que viria a ser o pragmatismo responsável do governo seguinte.

    d) O Governo Geisel e o Pragmatismo Responsável

    A importância do então denominado Pragmatismo Responsável pode ser interpretada tanto por retomar alguns dos princípios da Política Externa Independente, como por manter algumas de suas características até a data presente.

    Conforme apontado por Letícia Pinheiro, é neste momento que as fronteiras ideológicas, que de alguma forma tolhiam direta ou indiretamente o comportamento diplomático brasileiro, reduzindo seu leque de opções, foi finalmente desvinculada da política externa, que, agora calcada no pragmatismo e no realismo, abria suas portas para diversificação e intensificação das relações do Brasil com todo o mundo (2004, p.45).

     

    Excelente artigo. http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000122011000200040&script=sci_arttext

     

  • O erro maior da afirmativa está no final: "procedimento que não sofreu variações significativas ao longo do período". Logo no governo Costa e Silva, a PEB mudou, de certa forma retomando a autonomia da PEI, o que se manteria mais ou menos até o fim da ditadura.

  • ver comentário de Luis Alvarenga


ID
83713
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

O b reve governo de Fernando Collor, o primeiro eleito diretamente desde Jânio Quadros, foi marcado por um vertiginoso processo de ultra-liberalização da economia brasileira, um modelo de inserção internacional que, com menor ou igual intensidade, muitos ou t ro s países latinoamericanos colocaram em prática n o s anos 90 do século passado.

Alternativas
Comentários
  • alguem ajuda ai!! nao entendi quando diz o primeiro eleito diretamente desde de janio quadros !! janio quadros nao foi o primeiro !!depois da ditadura do estado novo o primeiro foi dutra depois vargas depos juscelino e depois janio!!
  • Alex, o que a questão está dizendo é que Jânio Quadros foi o último presidente, antes de Collor, a ser eleito diretamente, e não que Jânio Quadros foi o primeiro presidente da República Liberal a ser eleito diretamente.
  • Collor foi o Primeiro presidente civil eleito de forma direta pelo povo depois da ditadura militar

  • Só a parte da ultraliberalização é um pouco difícil de engolir, embora não seja possível dizer que isso torna o item errado.


ID
83716
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Cinco paradigmas históricos foram identificados na História
da Política Exterior do Brasil, de Amado Cervo e Clodoaldo Bueno,
correspondendo cada um deles a uma periodização, com a qual se
procurou inserir a con ju ntura nas estruturas históricas e articular
micro- e macro-história para se obter uma interpretação categorial e
sistemática da evolução da política exterior do Brasil nos últimos dois
séculos. Assim foram apresentados por Cervo e Bueno: a) o das
concessões sem barganha da época da independência
(1808-1828), pelo qual se sacrificou o interesse nacional sob
múltiplos aspectos, com efeitos nefastos sobre a formação nacional
até meados da década de 40 do século XIX; b) o da leitura
complexa do interesse nacional, aliado à determinação de preservar
o exercício soberano da vont ade nacional (1844-1889); c) a
diplomacia da agroexportação e dos grandes alinhamentos com que
a República, que subordinaria o serviço da diplomacia aos interesses
do segmento interno socialmente hegemônico, particularmente
plantadores e exportadores de café (1889-1930); d) o modelo de
política exterior do nacional-desenvolvimentismo que acoplou,
finalmente, a face extern a da política às demandas do moderno
desenvolvimento, dos anos 30 à década de 80 do século XX;
e) a dança dos três paradigmas disponíveis simultaneamente, no
tempo mais recente da política externa do Brasil (os anos 90 e o
início do novo século): o da sobrevivência limitada do nacionaldesenvolvimentismo,
o da expansão do liberalismo desenfreado e do
Estado logístico, que equilibra os dois anteriores.

José Flávio Sombra Saraiva. Um percurso acadêmico modelar: Amado Luiz
Cervo e a afirmação da historiografia das relações internacionais no Brasil.
Apud: Estevão Chaves de Rezende Martins (Org.). Relações internacionais:
visões do Brasil e da América Latina. Br asília: IBRI, 2003, p. 27 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Tend o o texto acima como referência inicial, julgue os itens
subseqü en t es , relativos à política internacional e à inserção
histórica do Brasil no cenário mundial.

Em que pese toda a efervescênci a política, que teve no impeachment de Collor e seus desdobramentos o seu ápice, o governo Itamar Franco conseguiu levar adiante as reformas relativas à privatização, à desregulamentação, à abertura comer c i a l e à regularização das relações com a comunidade financeira internacional.

Alternativas
Comentários
  • Mas Itamar bateu-o-pé contra depois em Minas Gerais como Governador.
  • De fato, Itamar deu continuidade às políticas liberais iniciadas por Fernando Collor.

ID
83773
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Há algo que não se pode dizer do século XX: que foi um
tempo de brumas, silêncios e mistérios. Tudo nele foi a céu aberto,
agressivamente iluminado, escancarado e estridente. E, no entanto,
ele é ainda um enigma - um claro en igma, parafraseando
Drummond -, e dele não podemos fazer o necrológio completo. E
porque findou como uma curva inesperada da história, em um
astucioso desencontro do que achávamos ser o futuro, turvou nossa
memória e nosso olhar. E tornou-se pedra e esfinge, com um brilho
que ainda cega e desafia.

O século XX foi, sem dúvida, um século das utopias.
O seu andamento coincidiu com a máxima expansão das categorias
fundamentais do mundo moderno - sujeito e trabalho -, eixos que
presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do
socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. E talvez por isso
exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais
preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente,
o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais
próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e
sociabilidade consolidadas durante milênios.

O século XX sancionou o Estado-nação como a forma, por
excelência, de organização das sociedades em peregrinação para o
futuro e em busca de transparência. Os Estados nacionais ergueramse
como personagens privilegiadas de uma história humana cada vez
mais cosmopolita, para lembrar Kant, modificando de forma radical
a paisagem do mundo. Com eles, o direito assumiu progressivamente
a condição de um idioma universal, reagindo sobre o passado e
destruindo velhas estruturas hierárquicas fundadas em privilégios e na
tradição.

Mas o século XX não é apenas um tempo de esperanças.
É também o século do medo e das tragédias injustificáveis. A dura
realidade dos interesses provoca dois grandes conflitos mundiais, um
tenso período de guerra fria e uma interminável série de guerras
localizadas. Um século de violência dos que oprimem e dos que se
revoltam.

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma
de prefácio). Apud: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (Org.).
Pensar o século XX. São Paulo: Unesp, 2003, p. 15-9 (com
a d a p t a ç õ e s ) .

Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes, rel ativos
ao cenário histórico do mundo contemporâneo.

Ainda que próximo dos EUA, especialmente em termos comerciais, o Brasil da segunda metade da década de 40 do século XX - governo G as p ar Dutra - procurou manter-se eqüidistante no cenário de polarização ideológica e de retórica demasiado agressiva da guerra fria, eximindo-se de assumir atitudes políticas que pudessem significar comprometimento ou ruptura com as superpotências.

Alternativas
Comentários
  • Não deu para ficar em cima do muro.
  • Dutra era melhor amigo de Eisenhower. Vejam a foto dos dois confraternizando:

    http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://ricafonte.com/historia/textos/Historia_Brasil/Rep%C3%BAblica/Governo%2520Dutra%2520exe_arquivos/image002.jpg&imgrefurl=http://ricafonte.com/historia/textos/Historia_Brasil/Rep%25C3%25BAblica/Governo%2520Dutra%2520exe.htm&usg=__QPXuKQMk_njri90YJsdMITR4GLA=&h=257&w=337&sz=15&hl=pt-br&start=0&sig2=7RVfkIO7ctCjqBg7SQshQg&zoom=1&tbnid=vh1jgsbwAewbgM:&tbnh=150&tbnw=197&ei=u7gCTaCsFIKKlwfIvNTTCQ&prev=/images%3Fq%3Ddutra%2Be%2Beisenhower%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26biw%3D946%26bih%3D466%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=135&vpy=82&dur=344&hovh=196&hovw=257&tx=146&ty=73&oei=u7gCTaCsFIKKlwfIvNTTCQ&esq=1&page=1&ndsp=8&ved=1t:429,r:0,s:0

  • Na política externa, Dutra estreitou os laços entre Brasil e Estados Unidos, alinhando-se contra a União So­viética. Em 1947, rompeu relações diplomáticas com a União Soviética, além de decretar a ilegalidade do Partido Comu­nista Brasileiro (PCB), cassando mandatos de seus depu­tados, senadores e vereadores, eleitos em 1945. Os rumos políticos do governo Dutra foram em parte resultados da guerra fria estabelecida entres Estados Unidos e União Soviética a partir da Doutrina Truman (1947).Boa parte dos militares brasileiros e das elites civis não acreditava na possibilidade de o Brasil manter-se neutro nos conflitos entre os dois blocos, dada a sua dependência em relação aos Estados Unidos em termos econômicos e especialmente no tocante ao fornecimento de armamentos. Em 1948, por decreto presidencial foi criada a Escola Superior de Guerra, tendo como modelo o War College norte-americano, defensora do alinhamento com os Estados Unidos em face da divisão do mundo. Mesmo assim, especialmente no Exército, era grande o número de oficiais nacionalistas que, juntamente com elementos da burguesia industrial, defendiam certo distanciamento em relação aos norte-americanos.

    Questão errada!
  • ERRADO.

    Alguns  fatos em que houve polarização ideológica unilateral, quase cega, em favor dos EUA no Governo de DUTRA.
    • TSE cassa o PCB acusada de organização a serviço de Moscou.
    • Brasil rompe as relações com os URSS - 1947  (nem os EUA fizeram isto)
    • Criação da Escola Superior de Guerra, ligada à Presidência, que imita o Nation War College dos EUA.
    • Brasil rompe as relações com a China de Mao Zedong - 1949.
  • Afirmativa errada tendo-se em vista que o Brasil fez de certa forma aliança com os EUA,que tinha por base o capitalismo;além do mais,o brasil rompeu relações com a China e a URSS.
  • Em qual epóca o Brasil ficou em cima do muro???
  •        A questão está errada ao afirmar que o presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1950) procurou manter equidistante da polarização ideolódica da Guerra fria, tendo em vista que Dutra aliou-se aos Estados Unidos. Nas palavras de Gilberto Cotrim, 2006, Saraiva, pág. 545: “.....Nesse contexto histórico, o governo Dutra aliou-se ao bloco liderado pelo governo dos Estados Unidos, e uma das consequências dessa aliança foi o rompimento de relações diplomáticas com a União Soviética, em 1947. Internamente, o governo Dutra, cumprindo decisão do Supremo Tribunal Federal, pôs o Partido Comunista Brasileiro (PCB) na ilegalidade. Todos os parlamentares eleitos por esse partido, entre eles Luís Carlos Prestes (senador), tiveram seus mandatos cassados, acusados principalmente de receber dinheiro e orientação da União Soviética....”
     
     

    Abraço. Bons estud os!
  • ERRADO

     

    Além do fato do Brasil ter se alinhado aos EUA (viagem de Truman ao Rio de Janeiro em 1947 e de Dutra aos EUA em 1949, assinatura do TIAR em 1947 e voto na ONU acompanhando os EUA quanto à inadmissão da República Popular da China), o Brasil também rompeu relações diplomáticas com a URSS, conforme segue abaixo:

     

    "Logo depois, em 1947, após a cassação do registro do Partido Comunista Brasileiro, a imprensa estatal soviética desferiu ataque ao governo brasileiro e às Forças Armadas. Após a recusa do governo soviético em dar as explicações solicitadas, o governo brasileiro rompeu relações. A embaixada norte-americana ficou encarregada dos interesses brasileirosem Moscou. A ruptura de relações, ocorrida em outubro daquele ano, na verdade foi a culminância de um processo de deterioração nas relações entre os dois governos. É preciso ainda incluir nesse processo a declaração de Luís Carlos Prestes de que lutaria pela URSS na hipótese de conflito com o Brasil, e os ataques da delegação e da imprensa soviética a Osvaldo Aranha".

     

    História da Política Exterior do Brasil - Cervo e Bueno

  • Errado.

     

     

    Iniciado no imediato pós-Segunda Guerra Mundial, o governo do marechal Eurico Gaspar Dutra assinalou, entre outros aspectos, a INSERÇÃO DO BRASIL NAS TEIAS DA GUERRA FRIA, que então se inaugurava. Entre as decisões tomadas pelo país no período, citam-se o apoio à diplomacia norte-americana, o rompimento de relações com a União Soviética e a cassação do registro do Partido Comunista, com a conseqüente perda do mandato dos parlamentares

  • ERRADO. Por mais que o rompimento com a URSS tenha sido influenciado por questões iminentemente internas, isso denota a preferência do governo Dutra pelo lado ocidental.


ID
83779
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

Nos estertores do regime monárquico, a abolição do trabalho escravo pela L ei Áurea, ainda que tenha desagradado a uma significativa parcel a da classe proprietária, não foi capaz de promover a inc l u s ão social dos negros recém-libertados, reforçando um quadro de subalternidade dos afrodescendentes ainda visível em pleno início do século XXI.

Alternativas
Comentários
  • Vale lembrar que antes da Lei Áurea existiu a Lei de terras, que deixou o acesso à terra praticamente impossível aos negros libertados. Nenhuma ação foi feita para a inserção dos negros na sociedade, mantendo-os excluídos.

  •  Complementando o comentário anterior: com a transição do emprego de mão-de-obra escrava para a assalariada, além do impedimento geral de acesso à propriedade da terra, abusos foram cometidos tanto contra imigrantes como ex-escravos. Porém, enquanto aqueles contavam com a assistência de seu país de origem para condenar os maus-tratos e tinham mais condições para se organizar e lutar pelos próprios direitos, os ex-escravos não dispunham de qualquer amparo legal, social ou político.

  • A Lei Áurea em si é bastante enxuta e trata “apenas” da Abolição da Escravatura, sem oferecer soluções sociais para os negros recém-libertados.

    Ou seja, a Abolição da Escravatura não garantiu o exercício da cidadania para este contingente de brasileiros, já que foi incapaz de promover a inclusão social dos negros que acabavam de deixar as senzalas.

    Os grandes proprietários de terra também pouco contribuíram para este período de transição, pois na maior parte das vezes optavam por empregar nas lavouras imigrantes europeus recém-chegados ao Brasil – e não os negros que já conheciam o trabalho.

    Resposta: Certo


ID
83782
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

A estrutura política vigente na República Velha preservo u , como afirma o texto, a d omi nação oligárquica herdada do Imp ér io. Formalmente inspirado nos EUA, o modelo republicano adotado é presidencialista, mas, diferentemente de sua fonte i n s p i rad o ra, mo s tra-se profundamente centralizado e sustentado por poucos - mas p o derosos - partidos políticos nacionais.

Alternativas
Comentários
  • Não é no Brasil e sim nos Estados Unidos QUe o poder é dominado por dois grnades partidos políticos: Republicanos e Democratas.
  • Tanto EUA quanto o Brasil se paltaram pelo modelo federativo que predispõe altonomia e não centralização
  • Como errei essa questão, fui buscar mais sobre os partidos políticos nessa época e encontrei o trecho abaixo que corrobora o erro da assertiva e o comentário do colega acima:

    "A República Velha acabou marcada pela inexistência de forças políticas nacionais e homogêneas, que dizer de partidos, pois os ditos “partidos” regionais eram representação das oligarquias e coronelismos de cada estado.

    Se no Império havia algo parecido com partidos nacionais, esses cindiram e cada uma de suas lideranças resolveu fundar a própria força política, não dando espaço à criação de instituições nacionais, o que acabou implicando num constante debater e puxar de armas pelo país afora, em vista das sempre presentes insatisfações regionais em um sistema caótico".

    fonte:
    http://predicaehistoria.blogspot.com/2008/02/iii-na-repblica-velha.html


  • Após ler os comentários acima ainda não concluí qual é o erro na questão...
    Please, help us...
  • Os partidos não eram fortes; a força estava nos oligarcas.
  • Na minha opinião: os partidos políticos não eram nacionais, e sim estaduais, e o poder não era centralizado (os estados tinham ampla autonomia).
  • No império havia dominação oligárquica? Como a estrutura da República Velha vai preservar algo que inexistia no império?

     

  • O erro da questão é "nacionais". Os partidos eram estaduais.

  • vários erros de digitação!

  • Complementando,

    (corrija-me se eu estiver enganado

    )

    Entendo que diferente do que a questão afirma, a centralização é mais característica do Império. Além disso, não havia profunda centralização na Primeira República, tendo em vista que existia, em linhas gerais, uma alternância de liderança presidencial entre os estados de São Paulo e Minas.

    Correto?

    Bons estudos.

  • A estrutura política vigente na República Velha preservou , como afirma o texto, a dominação oligárquica herdada do Império. Formalmente inspirado nos EUA, o modelo republicano adotado é presidencialista, mas, diferentemente de sua fonte inspiradora, mostra-se profundamente centralizado e sustentado por poucos - mas poderoso - partidos políticos nacionais.

    O poder não era centralizado. Um bom exemplo da descentralização do poder estava na força política que São Paulo e Minas Gerais exerciam no cenário político nacional. Além disso, os partidos tinham características estaduais, exemplo disso é o PRP - Partido Republicano Paulista.

    GAB: ERRADO.

    PERTENCEREMOS!


ID
83785
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

A década de 20 do sécu l o passado assinalou o acirramento d a crise que levou a República Velha ao fim. Além d as cisões interoligárquicas, de que a p rópria Aliança Liberal seria símbolo, movimentos sociais - mesmo aqueles carentes de organicidade e de coesão doutrinária - emergem na contestação às deterioradas estruturas vigentes no país, como foi o caso do tenentismo que o texto menciona.

Alternativas
Comentários
  • O tenentismo, as revoltas messiânicas, imigrantes revoltosos, início dos sindicatos, quebra do café-com-leite, entre outros.
  • A Aliança Liberal foi criada em 1929, por dissidentes dos partidos republicanos regionais, em razão da não indicação de um candidato mineiro à presidencia do Brasil (política do café com leite).

    Em 1929, o presidente paulista Washington Luís contrariou o esquema e indicou um paulista, Júlio Prestes, para sua sucessão. Precisava garantir os interesses financeiros de São Paulo. Descontentes, os políticos de Minas Gerais romperam com o Partido Republicano Paulista (PRP) e firmaram o apoio a candidatura de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada. Porém, inseguros quanto a uma derrota, procuraram aliar-se a outros estados, principalmente o Rio Grande do Sul. Em 17 de junho de 1929 Antônio Carlos cedeu sua candidatura a Getúlio Vargas. Outros acordos foram feitos com a Paraíba, que indicaria o vice João Pessoa, e o Partido Democrático Paulista, rival do PRP. Em agosto era formalizada a Aliança Liberal (AL). Os líderes do movimento eram Afonso Pena Júnior e Ildefonso Simões Lopes.

     

  • Em resposta ao comentário do Jonatas, é importante lembrar que, embora seja possível afirmar que as greves operárias e as revoltas messiânicas evidenciaram muitas das contradições do modelo sócio-político da República velha, elas não ocorreram na década de 20 (que é a década a que a questão se refere).
    Contestado foi entre 1912 e 1916, Canudos entre 1893 e 1897, as principais greves operárias ocorreream de 1917 a 1919.
    Nessa categoria de revoltas que evidenciam essas contradições poderíamos ainda citar a da Chibata (1910) e a da Vacina(1904).
    Já o tenentismo (18 do forte (1922),1924, Coluna Prestes (1925 a 1927)) e a Aliança Liberal (1929) foram movimentos importantes para a derrocada do regime que de fato se deram na década de 20.
  • O tenentismo pode ser considerado um movimento social? Sempre o relacionei com movimento militar, sem apoio da sociedade.. fiquei confusa com  a parte final da questão.

  • Também fiquei com dúvida em considerar movimento tenentista como social.
  • O Brasil viveu momentos efervescentes na década de 1920, quando se desenvolveu a Semana de Arte Moderna, que inaugurou um novo momento em nossas artes, e quando tivemos também o desenvolvimento do Tenentismo.

    A década de 20 do século passado assinalou o acirramento da crise que levou a República Velha ao fim em 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder. Além das cisões interoligárquicas, de que a própria Aliança Liberal (liderada por Getúlio) seria símbolo, movimentos sociais - mesmo aqueles carentes de organicidade e de coesão doutrinária - emergem na contestação às deterioradas estruturas vigentes no país, como foi o caso do tenentismo.

    Com duração de 1922 a 1927, o TENENTISMO foi um movimento político-militar realizado por jovens oficiais brasileiros, em geral tenentes e capitães (média e baixa patentes), que estavam insatisfeitos com o sistema político do país, especialmente com as práticas impostas pelas oligarquias.

    Resposta: Certo


ID
83788
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

Paradoxalmente, a Semana de Art e Moderna de 1922 acabou por oferecer apoio ao regime oligárquico que começava a ser combatido com mais firmeza. Em que pese sua estética inovadora, até revolucionária, sua obsessão em valorizar uma cultura genuinamente brasileira e livre dos cânones europeus reforçou o conservadorismo político que tanto interessava aos donos do poder.

Alternativas
Comentários
  • " Na verdade, houve duas correntes modernistas: uma de inspiração conservadora e totalitária, que iria, em 1932, engrossar as fileiras do integralismo, e outra, mais crítica e dissonante, interessada em demolir os mitos ufanistas e contribuir para o conhecimento de um Brasil real que não aparecia nas manifestações oficiais e oficiais da nossa cultura. O pressuposto essencial de 22, o autoconhecimento do País, tinha a um só tempo de acabar com o mimetismo mental e denunciar o atraso, a miséria e o subdesenvolvimento. Mas denunciar com uma linguagem do nosso tempo, moderna, coloquial, aproveitando o arsenal estilístico e estético das inovações vanguardas européias."
     

    Fonte: http://almanaque.folha.uol.com.br/semana22.htm

     

  • Inaugurado oficialmente com a Semana de 22, a Antropofagia (movimento desencadeado por Oswald de Andrade, em 1928) questionava a estrutura política, econômica e cultural do país, entendida como uma herança deixada pela colonizador.

  • O Modernismo não tinha uma "obsessão em valorizar uma cultura genuinamente brasileira e livre de cânones europeus". Desejava, sim, encontrar uma cultura brasileira, porém por meio da deglutição dos cânones europeus que lhes fossem úteis. O Modernismo foi uma síntese de ideias estrangeiras (europeias) e brasileiras; não houve uma recusa rígida à incorporação de elementos extranacionais.

  • ERROS:

    LIVRE - ERA DEGLUTIÇÃO


ID
83791
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

O que os modern i s t as procuravam fazer na década de 20 do século passado, isto é, uma nova forma de ol h ar o Brasil, es t imulando a mudança da imagem que o brasileiro fazia de si mesmo e do país , g an ha considerável impulso na década seguinte. É quando, entre outros intelectuais que se lançam à tarefa de interpretar o Brasil, Gilberto Freyre publica Casa Grande & Senzala, defendendo a extraordinária força da mestiçagem cultural brasileira

Alternativas
Comentários
  • No livro Casa-Grande & Senzala, Gilberto Freyre tenta desmistificar a noção de determinação racial na formação de um povo no que dá maior importância àqueles culturais e ambientais. Com isso refuta a ideia de que no Brasil se teria uma raça inferior dada a miscigenação que aqui se estabeleceu. Antes, aponta para os elementos positivos que perpassam a formação cultural brasileira composta por tal miscigenação (notadamente entre portugueses, índios e negros).

  • dessa maneira, fica difícil ler.


ID
83794
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

Quando o texto se reporta aos " anos críticos" em meio à década de 30 do século passado, certamen t e a lude ao clima de radicalização político-ideológica vivido pelo país naquela conjuntura, em l a rg a medida resultante da mobilização de massa de dois movimentos políticos nacionais: a Ação Integralista Brasileira, de direita, e a Aliança Nacional Libertadora, de conotação esquerdista.

Alternativas
Comentários
  • Os integralistas eram uma imitação do fascismo e do nazismo. Defendiam um governo totalitário e todo o poder nas maos de um ditador. Eram antidemocráticos, antiliberais e queriam a censura à imprensa, à liberdade de expressão. Adoravam um desfile e a disciplina militar...

    A ANL reunia as tendências de centro e de esquerda. Defendiam a nacionalização de empresas estrangeiras, reforma agrária, fim do pagamento da dívida externa, etc.

    Muito significativo era o fato de que o integralismo e a Aliança Nacional Libertadora constituíam os primeiros movimentos políticos nacionais de aguda orientação ideológica. Os componentes da desconhecida Aliança Liberal, 'que haviam feito a Revolução de 1930, não passavam de políticos locais unidos pelo desejo comum de derrubar a estreita elite governante da República Velha.
  • Complementando seu comentário, só gostaria de acrescentar que dentro do quadro multifacetado da ALN havia também o extremismo do PCB, já que o mesmo era dirigido pelas idéias stalinistas via Komintern. tais comunistas não queriam uma democracia de esquerda , mas sim um estado totalitário nos moldes da URSS de então.
  • Aliança Nacional Libertadora (ANL) foi uma frente de esquerda composta por setores de diversas organizações de caráter anti-imperialista, antifascista e anti-integralista (congregando comunistas, alguns tenentes, operários e intelectuais de esquerda). A organização contou com o apoio do Partido Comunista Brasileiro.

  • Outra questão parecida::

    CACD-2009 (E): O clima de crescente radicalização e mobilização ideológica, em meados da década de 30 do século passado, quando a irrupção do novo fenômeno de uma política de massas tomou conta do Brasil, teve, na Ação Integralista Brasileira e na Aliança Nacional Libertadora, respectivamente, os principais expoentes das posições políticas de esquerda e de direita.


ID
83797
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

As duas tendências assumidas pela Era Vargas (1930-1945), a que o texto faz alusão, constituíram-se em indisfarçável anacronismo político em face de um contexto internacional que, fatigado pelas crises e guerras, cada vez mais abria espaço para os regimes democráticos.

Alternativas
Comentários
  • Nsse período do qual trata o texto movimentos totalitários se espalhavam pelo mundo. Como exemplo podemos citar o nazifascismo.
  • A QUESTÃO MENCIONA A EXPRESSÃO: "REGIMES DEMOCRÁTICOS" POIS É ERRADO AFIRMAR ISSO, JÁ QUE O MUNDO PASSAVA POR UMA GRANDE CRISE AMEAÇADA PELO NAZIFASCISMO (REGIME TOTALITÁRIO).

  • A questão desconsidera o aspecto da históra de ser acúmulo de processos, ainda mais quando fala literalmente "ser cada vez mais algo". Ora, se é verdade que a 2GM impeliu o fim do Estado Novo, pela pressão de ter sido o Brasil combatente pelo lado das democracias, conclui-se que os anos imediatamente anteriores a isso contribuíram na convergência desse fato.

    Assim, pragmaticamente, se a questão falasse: "questão internacional que abria espaço para regimes democráticos", a assertiva destituiria o processo histórico e estaria sem sombra de dúvidas equivocada.

    Mas ao permitir uma leitura processual, "cada vez mais abria-se espaço para os regimes democráticos", fica difícil aceitar o gabarito da banca.

     

  • Gabarito: ERRADO

    No referido período (1930–1945), é errado afirmar que o contexto internacional cada vez mais abria espaço para os regimes democráticos, pois o mundo passava por uma grande crise ameaçada pelos regimes totalitários, como é o caso do nazifascismo. 

  • vários erros de digitação!


ID
83800
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

O Partido Social Demo crático (PSD), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Trabalhista Brasileiro (P TB) foram as p r i n cipais forças político-partidárias brasileiras na denominada Repú blica liberal-conservadora, surgida com a queda da ditadura estadonovi s t a. À medida que avançava a crise do regime, os doi s p r imeiros partidos se aproximaram na construção de um bloco reformista, ao p as s o que o trabalhismo adquiria feições crescentemente conservadoras.

Alternativas
Comentários
  • Contradições e cisões acompanharam a trajetória udenista. Coexistiram na UDN teses liberais e autoritárias, progressistas e conservadoras. O partido que vota a favor do monopólio estatal do petróleo (1953) e contra a cassação dos mandatos dos parlamentares comunistas (1947) é o mesmo que se opõe à intervenção do Estado na economia, denuncia a “infiltração comunista” na vida pública e contesta os resultados quando perde as eleições. O partido ficou marcado pela vinculação com os militares e as aspirações das camadas médias urbanas, identificando-se, também extrapartidariamente, com o udenismo. Expressão de mentalidades e estilos de ver e fazer política, o udenismo caracterizou-se pela defesa do liberalismo clássico, o apego ao bacharelismo e ao moralismo e o horror aos vários “populismos”. Em termos de imagem pública a UDN e o udenismo sempre provocaram polêmicas: o “partido dos cartolas” ou o “partido dos golpistas”, por um lado; o “partido dos lenços brancos” e o “partido da herança liberal”, por outro.

    http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/uniao-democratica-nacional-udn

  • Errado.

    Após o fim da Ditadura de Vargas (a chamada Era Vargas ou Estado Novo - 1930-1945) houve o restabelecimento da democracia brasileira. Em 1945, os partidos políticos reestruturam-se de acordo com os grupos sociais a que estão ligados.

    A organização política se estabeleceu assim:

    - PTB (Partido Trabalhista Brasileiro): o partido que estava ligado aos sindicatos e chefes sindicalistas associados ao governo Vargas (dentro da estrutura corporativista que o Estado Novo criou no Brasil). Era composto pelos chefes sindicalistas, atrelados aos grupos estatais, e tinha grande aceitação popular pelo fato de ser o defensor dos trabalhadores. Dele, faziam parte o próprio Getúlio Vargas, além de João Goulart e Leonel Brizola. O PTB foi um constante aliado do PSD na disputa das eleições presidenciais, e apoiou as candidaturas do PSD em 1945, 1955 e 1960. Em 1950, Getúlio Vargas elegeu-se presidente pelo PTB.

    - PSD (Partido Social Democrático): foi o maior partido da Repúlbica Populista, que atingiu o maior número de votos e o maior vencedor das eleições presidenciais no período. Era composto pela classe média alta e representantes dos setores empresariais. Tinha uma grande bancada no governo e dele faziam parte Juscelino Kubitscheck, Eurico Gaspar Dutra e o marechal Henrique Lott.

    - UDN (União Democrática Nacional): a UDN era a representante dos grupos mais tradicionalistas do Brasil. Apresentava dificuldades na representação na bancada do governo por não possuir vínculos com as antigas formações do Estado Novo. Mesmo assim, nas eleições de 1960 conseguir eleger um candidato que não era de suas fileiras, mas tinha grande expressão popular, o ex-governador de São Paulo, Jânio Quadros.

    Mas a vitória do candidato a presidente não se refletiu sobre a estrutura de poder. O vice-presidente eleito (na época, havia votações em separado para os cargos de presidente e vice) foi João Goulart, do PTB, cujas posições políticas eram opostas às do presidente em muitas questões.

    Sem muitos apoios políticos e logo criticado pela opinião pública, Jânio renuncia em 1961, numa tentativa de golpe de estado. A UDN participou ativamente na conspiração que levou ao golpe de 1964.

    https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/partidos-politicos-no-brasil-nos-anos-50-e-60/

  • eu nao consegui ver onde esta exatamente o erro e o porque. Alguem ajuda??Se poder avisar no direct eu agradeco 

  • Faltou o Partido Comunista embora fosse tido ilegal com a redemocratização se reestruturou disputando as eleições apos a derrocada do Estado novo.

  • muitos erros de digitação


ID
83803
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

Sem paral elo com qualquer outro momento vivido pela diplomacia brasileira no período republican o , a Política E xt e rna Independente, nos primeiros anos da década de 60 do século passado , levou o Brasil a romper com suas tradições em termos de pol í tica internacional, assumindo posição de confronto com os EUA e a Europa Ocidental, de crescente rivalidade com a Argentina e de apoio explícito ao bloco social ista nos fóruns multilaterais, particularmente na ONU.

Alternativas
Comentários
  •   O governo de Jânio Quadros perdeu sua base de apoio político e social a partir do momento em que adotou uma política econômica austera e uma política externa independente. Na área econômica, o governo se deparou com uma crise financeira aguda devido a intensa inflação, déficit da balança comercial e crescimento da dívida externa. O governo adotou medidas drásticas, restringindo o crédito, congelando os salários e incentivando as exportações.

    Mas foi na área da política externa que o presidente Jânio Quadros acirrou os animos da oposição ao seu governo. Jânio nomeou para o ministério das Relações Exteriores Afonso Arinos, que se encarregou de alterar radicalmente os rumos da política externa brasileira. O Brasil começou a se aproximar dos países socialistas. O governo brasileiro restabeleceu relações diplomáticas com a União Soviética (URSS).

    As atitudes menores também tiveram grande impacto, como as condecorações oferecidas pessoalmente por Jânio ao guerrilheiro revolucionário Ernesto "Che" Guevara (condecorado com a Ordem do Cruzeiro do Sul) e ao cosmonáuta soviético Yuri Gagarin, além da vinda ao Brasil do ditador cubano Fidel Castro.

    Fonte: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u65.jhtm 

     
  • Aproveitando as mudanças internacionais favoráveis à adoção de uma política externa mais autônoma em relação à potência norte-americana, Jânio Quadros procurou estabelecer relações políticas e comerciais com todos os países, inclusive os países socialistas. No continente americano, o presidente Jânio Quadros procurou aproximar-se da Argentina, formando um movimento de resistência contra uma possível intervenção norte-americana na América Latina, em razão da Revolução Cubana. Com a atuação da PEI, o governo brasileiro procurava reagir à queda do comércio exterior, buscando novos mercados para os produtos brasileiros, sem distinguir entre mercados pertencentes a países democráticos ou socialistas. Com efeito, internamente, o presidente Quadros adotou uma postura predominantemente conservadora, procurando alinhar a economia brasileira aos princípios do FMI, enquanto no exterior ensejava uma administração autônoma dos Estados Unidos, o que agradava aos grupos de esquerda e aos nacionalistas.

  • parei no sem paralelo


ID
83806
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2004
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que
preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba
beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição
da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia
cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de
imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o
sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do
direito de voto.

As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a
ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20,
quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução
de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As
insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem,
mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930,
transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um
projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas,
superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.
Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte,
frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências
antiliberais - o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A
radicalização político-ideológica dos anos críticos, entre 1934 e
1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos.
Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o
mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A
estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela
hegemonia dos partidos conservadores.

Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia
bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64
( c o m a d a p t a ç õ e s ) .

A partir do texto acima, j u lgue os itens que se seguem, relativos
à evolução histórica do Brasil republicano.

A rup t ura institucional de 1964 foi bem mais que mero golpe militar. Ela representou a vitória - e a conquista do Estado - de um dos projetos para o paí s q u e estavam em jogo, de forma ideologicamente polarizada, e specialmente ao longo do governo João Goulart. Impondo a derrota da difusa proposta reformista conduzida pelo presidente, o novo bloco de poder colocou em marcha um proces s o d e modernização conservadora do Brasil, assentada s o b re o autoritarismo político.

Alternativas
Comentários
  • Vale salientar que o ápice desse crescimento e modernização brasileira se deram nos governos de Costa e Silva e Médici, período que ficou conhecido na história brasileira como "Milagre Econômico". Nesse período, entre 1968 e 1973, o brasil cresceu a uma taxa de 11%a.a, comparável ao crescimento Chinês na atualidade. Apesar disso, esse "milagre" foi construído com base em empréstimos do exterior e tinha muita influência de capital externo investido por empresas aqui no país. Tal fato fez com que, em 1973, com o choque do petróleo e o aumento das taxas de juros no mundo, o país entrasse numa GRANDE CRISE econômica (devido à queda da demanda externa) e, sobretudo, ao aumento das nossas dívidas (lastredas em moeda externa e com taxas de juros crescentes).
     


ID
86884
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Nossa aventura histórica é singular. Por isso e por realizar-se
nos trópicos, ela é inteiramente nova. Se nossas classes dominantes se
revelam infecundas, o mesmo não se passa com o povo, no seu
processo de autocriação. E é com essa vantagem de sermos mestiços,
que vamos chegar ao futuro.
Foi, aliás, em busca do futuro que passamos todo um século a
indagar quem somos, e o que queremos ser, e a projetar imagens de
nós mesmos, espelho contra espelho. A cada sístole e a cada diástole
desses cem anos corresponderam visões otimistas e pessimistas,
barrocas e contidas, esperançosas e desalentadas. Pois cada momento
- o da Belle Époque, o da Revolução de 30, o do Estado Novo, o da
redemocratização, o do dia seguinte ao suicídio de Getúlio Vargas, o
do desenvolvimentismo dos anos 50, o do regime militar e o da
segunda redemocratização - refez o retrato do Brasil. Mudou, ao
longo do tempo, a linguagem com que nos descrevemos. E mudou
também o país acerca do qual se dissertava. Lidos um após outro, os
nossos evangelistas soam dissonantes, mas, juntos, se corrigem ou
polifonicamente se completam.

Alberto da Costa e Silva. Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do
Brasil. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 38, (com adaptações).

A partir da análise contida no texto apresentado e considerando
aspectos significativos da trajetória republicana brasileira, julgue os
itens que se seguem.

Ao falar em sístole e diástole ao longo da república brasileira, o autor reitera o ponto de vista, hoje majoritário na historiografia, da linearidade do processo histórico vivido pelo país ao longo do século XX. Momentos de crise, ainda que agudos em determinadas circunstâncias, não foram suficientes para alterar um quadro geral de continuidade que levou o Brasil a apresentar no fim do século XX uma fisionomia bastante próxima da que tinha nas primeiras décadas republicanas.

Alternativas
Comentários
  • A evolução histórica do Brasil não é linear. Muito pelo contrário: momentos de curtas regularidade quebrados por momentos históricos. Vide a revolução de 30 e a revolução de 64.
  • Parei em ponto de vista majoritário na historiografia da linearidade do processo histórico.
  • CAUSA/CONSEQUÊNCIA: "apresentar uma fisionomia muito próxima"

    CAUSA = CORRETA
    CONSEQUÊNCIA = ERRADO

    OU SEJA, QUESTÃO ERRADA...
  • Imprimiram o retrato em negativo da história brasileira nesta assertiva

  • Parei de ler em "linearidade".

  • Eu no primeiro momento n entendi o texto, mas quando li linearidade desistir de entender o resto pois so essa parte estaria errada. 

  • Final do seculo XX ter a mesma fisionomia das primeiras decadas repúblicadas não pode ser sério. errado


ID
86890
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Nossa aventura histórica é singular. Por isso e por realizar-se
nos trópicos, ela é inteiramente nova. Se nossas classes dominantes se
revelam infecundas, o mesmo não se passa com o povo, no seu
processo de autocriação. E é com essa vantagem de sermos mestiços,
que vamos chegar ao futuro.
Foi, aliás, em busca do futuro que passamos todo um século a
indagar quem somos, e o que queremos ser, e a projetar imagens de
nós mesmos, espelho contra espelho. A cada sístole e a cada diástole
desses cem anos corresponderam visões otimistas e pessimistas,
barrocas e contidas, esperançosas e desalentadas. Pois cada momento
- o da Belle Époque, o da Revolução de 30, o do Estado Novo, o da
redemocratização, o do dia seguinte ao suicídio de Getúlio Vargas, o
do desenvolvimentismo dos anos 50, o do regime militar e o da
segunda redemocratização - refez o retrato do Brasil. Mudou, ao
longo do tempo, a linguagem com que nos descrevemos. E mudou
também o país acerca do qual se dissertava. Lidos um após outro, os
nossos evangelistas soam dissonantes, mas, juntos, se corrigem ou
polifonicamente se completam.

Alberto da Costa e Silva. Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do
Brasil. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 38, (com adaptações).

A partir da análise contida no texto apresentado e considerando
aspectos significativos da trajetória republicana brasileira, julgue os
itens que se seguem.

A Revolução de 30 constituiu-se na maior inflexão da história republicana brasileira, quer pela radical ruptura que promove em relação aos métodos e às práticas políticas da República Velha, quer pelo modelo inovador - para muitos, verdadeiramente revolucionário - de Estado que implantou. Seu maior legado foi a modernização econômica e política do país, além de ter inaugurado uma política externa de elevado grau de autonomia, que colocou o país fora da rota de polarização ideológica que caracterizava a política internacional às vésperas da Segunda Guerra.

Alternativas
Comentários
  • Outro erro grotesco na última frase: "ter inaugurado uma política externa de elevado grau de autonomia, que colocou o país fora da rota de polarização ideológica que caracterizava a política internacional às vésperas da Segunda Guerra". A política externa da Era Vargas é marcada justamente por oscilar entre um pólo e outro às vésperas da Segunda Guerra (diplomacia pendular)

  • Atenção!
    Gerson Moura: não se baseia em lógica pendular, as relações pragmáticas com os EUA e com a Alemanha são simultâneas. Porém na eclosão da guerra o equilíbrio fica instável - queda importante no comércio com a Alemanha, e com o ataque a Pearl Harbour  o equilíbrio é quebrado.
  • BATATA PODRE: "além de ter inaugurado uma política externa de elevado grau de autonomia"
  • Complementando a correção do colega:
    Segundo Gerson Moura, a política externa de Getúlio Vargas não é do tipo pendular, pois não oscila entre os EUA e a Alemanha, mas uma política de "Equidistância Pragmática" (segundo conceito do próprio Gerson Moura), em que visava ampliar os ganhos diplomáticos brasileiros, atuando, simultaneamente, em dois polos (EUA e Alemanha). Nesse momento, não havia uma aproximação excessiva nem de um lado nem do outro. Entretanto, com a entrada oficial dos EUA para a guerra, com o bloqueio naval sofrido pela Alemanha (que impediu que armamentos adquiridos pelo brasil fossem recebidos), e pela questão dos "Navios Surtos", houve uma decisão de declarar gurerra à Alemanha e de se manter um apoio aos EUA, desfazendo-se a política da "Equidistância Pragmática".
  • Ainda não entendi o erro da questão.

    (A questão não fala que a política externa era pendular.)

    A política externa de GV não era autônoma?

  • A Revolução de 30 constituiu-se na maior inflexão da história republicana brasileira, quer pela radical ruptura que promove em relação aos métodos e às práticas políticas da República Velha, quer pelo modelo inovador - para muitos, verdadeiramente revolucionário - de Estado que implantou.

    Já era suficiente para parar de ler e marcar errado. Não houve RADICAL RUPTURA, com os métodos e práticas políticas da Republica Velha.

     

  • A assertiva tem vários pontos que a tornam errada; ela acerta, contudo ao sugerir uma inflexão significativa, não reproduzida na questão: a irradiação do poder, que durante a República Oligárquica era da periferia para o centro, com a Revolução de 1930, passou a ser do centro para a periferia. Nesse aspecto houve, sim, um modelo inovador de Estado, com poder centralizado, algo até então desconhecido na estrutura política brasileira.

  • Acredito que o erro estejam aqui "além de ter inaugurado uma política externa de elevado grau de autonomia"

  • acredito que o erro esteja em:

    "além de ter inaugurado uma política externa de elevado grau de autonomia"

    já que Vargas propôs o Protecionismo Econômico


ID
86893
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Nossa aventura histórica é singular. Por isso e por realizar-se
nos trópicos, ela é inteiramente nova. Se nossas classes dominantes se
revelam infecundas, o mesmo não se passa com o povo, no seu
processo de autocriação. E é com essa vantagem de sermos mestiços,
que vamos chegar ao futuro.
Foi, aliás, em busca do futuro que passamos todo um século a
indagar quem somos, e o que queremos ser, e a projetar imagens de
nós mesmos, espelho contra espelho. A cada sístole e a cada diástole
desses cem anos corresponderam visões otimistas e pessimistas,
barrocas e contidas, esperançosas e desalentadas. Pois cada momento
- o da Belle Époque, o da Revolução de 30, o do Estado Novo, o da
redemocratização, o do dia seguinte ao suicídio de Getúlio Vargas, o
do desenvolvimentismo dos anos 50, o do regime militar e o da
segunda redemocratização - refez o retrato do Brasil. Mudou, ao
longo do tempo, a linguagem com que nos descrevemos. E mudou
também o país acerca do qual se dissertava. Lidos um após outro, os
nossos evangelistas soam dissonantes, mas, juntos, se corrigem ou
polifonicamente se completam.

Alberto da Costa e Silva. Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do
Brasil. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 38, (com adaptações).

A partir da análise contida no texto apresentado e considerando
aspectos significativos da trajetória republicana brasileira, julgue os
itens que se seguem.

O Estado Novo (1937-1945), período da ditadura sem disfarces da Era Vargas, assinalou o ápice do processo de centralização estatal, em que até mesmo a federação deixou de existir. Monolítico e sem espaços para dissensos, o núcleo do poder não escondeu as afinidades do regime com o modelo fascista, algo que se materializa plenamente com a entrada do país na Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • O BRASIL NÃO APOIOU OS FASCISTAS NA GUERRA E SIM OS ESTADOS UNIDOS.
  • Questão errada

    O Estado Novo ( 1937/1945 ). O Estado Novo – período da ditadura de Vargas – apresentou as seguintes características: intervencionismo do Estado na economia e na sociedade e um centralização política nas mãos do Executivo, anulando o federalismo republicano.

    O Brasil entrou na 2ª GM em 1942, ao lado dos EUA, pressionado pela política norte americana.

  • Mesmo em um regime ditatorial, a "república federativa" não deixou de existir.  Questão Errada. 

  • afinidades do regime com o modelo fascista, algo que se materializa plenamente com a entrada do país na Segunda Guerra Mundial.

    Não se materializa plenamente, mas se contradiz. Brasil lutou ao lado dos regimes democráticos contra um regime facista enquanto internamente estava sob um regime autoritário.

     

  • Da pra matar a questão quando fala que o federalismo deixou de existir

  • Daniel Gonçalves, o "Sr. Batata Podre"

  • A Era Vargas se baseia em uma identidade NACIONAL no GERAL

  • um absurdo dizer que Vargas não apoiou o facismo
  • Da pra matar a questão quando fala que o federalismo deixou de existir

    PMAL2021


ID
86896
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Nossa aventura histórica é singular. Por isso e por realizar-se
nos trópicos, ela é inteiramente nova. Se nossas classes dominantes se
revelam infecundas, o mesmo não se passa com o povo, no seu
processo de autocriação. E é com essa vantagem de sermos mestiços,
que vamos chegar ao futuro.
Foi, aliás, em busca do futuro que passamos todo um século a
indagar quem somos, e o que queremos ser, e a projetar imagens de
nós mesmos, espelho contra espelho. A cada sístole e a cada diástole
desses cem anos corresponderam visões otimistas e pessimistas,
barrocas e contidas, esperançosas e desalentadas. Pois cada momento
- o da Belle Époque, o da Revolução de 30, o do Estado Novo, o da
redemocratização, o do dia seguinte ao suicídio de Getúlio Vargas, o
do desenvolvimentismo dos anos 50, o do regime militar e o da
segunda redemocratização - refez o retrato do Brasil. Mudou, ao
longo do tempo, a linguagem com que nos descrevemos. E mudou
também o país acerca do qual se dissertava. Lidos um após outro, os
nossos evangelistas soam dissonantes, mas, juntos, se corrigem ou
polifonicamente se completam.

Alberto da Costa e Silva. Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do
Brasil. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 38, (com adaptações).

A partir da análise contida no texto apresentado e considerando
aspectos significativos da trajetória republicana brasileira, julgue os
itens que se seguem.

Entre 1946 e 1964, período em que o autor destaca a redemocratização, o dia seguinte ao suicídio de Vargas e o desenvolvimentismo dos anos 50, o Brasil avançou em termos de participação política, experimentou uma das mais altas e rápidas taxas de urbanização conhecidas no mundo contemporâneo e, em especial sob os governos Gaspar Dutra e Juscelino Kubistchek, praticou uma política externa altiva, que possibilitou ao país passar ao largo da Guerra Fria e adiar sobremaneira a internacionalização de sua economia.

Alternativas
Comentários
  • Juscelino Kubistchek, NO SEU GOVERNO, ABRIU AS PORTAS PARA O CAPITAL ESTRANGEIRO VISANDO VIABILIZAR SEUS PROJETOS POLÍTICOS.
  • O país não passou ao largo da Guerra Fria, tanto que o golpe militar de 1964 foi realizado com base na crença de se eliminar "bolsões comunistas" que assolavam o país.

    A econômia da do país, com Goulart e Juscelino, passou por uma internacionalização, com busca de investimentos no capital estrangeiro.
  • BATATA PODRE: "que possibilitou ao país passar ao largo da guerra fria e adiar sobremaneira a internacionalização de sua economia"
  • ERRADO. O governo Dutra colocou-se na teia das relações posteriores a 1945. Ademais, muitos consideram que sua Política Externa não foi altiva, mas se alinhou automaticamente/ideologicamente ao EUA.

    Por fim, JK abriu espaço, em seu Plano de Metas, para os investimentos externos, sobretudo quanto à produção de bens duráveis. 

  • "e, em especial sob os governos Gaspar Dutra e Juscelino Kubistchek, praticou uma política externa altiva"

    "que possibilitou ao país passar ao largo da Guerra Fria e adiar sobremaneira a internacionalização de sua economia."

    Errado. A política externa do governo Dutra é medíocre, marcada por um relacionamento de mendicância e alinhamento automático aos Estados Unidos na largada da Guerra Fria, bem com pelo rompimento de relações diplomáticas com a União Soviética.

    Por outro lado, o país também não passou ao largo da Guerra Fria, que como bem se vê, em muito afetou a política externa brasileira; também não se pode falar que houve adiamento da internacionalização da economia, muito menos com Juscelino.


ID
86899
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com o advento da República, a política externa
brasileira voltou-se para uma deliberada aproximação com
os EUA, país que reconhecera, quase que de imediato, o
novo regime político do Brasil. Isso não significou que
houvessem sido abandonadas as ligações com a Europa,
especialmente com a Grã-Bretanha, marca registrada das
relações exteriores durante o Império. Mas articulavam-se,
com o barão do Rio Branco à frente do ministério, as novas
bases de uma identidade continental, que garantiria um
alinhamento do Brasil com os EUA, mantido, apenas com
pequenas alterações, até o presente.

Maria Lígia Prado. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX.
In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000)
- a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 326 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando
a inserção internacional do Brasil ao longo do período
republicano, julgue os itens subseqüentes.

Figura emblemática da diplomacia brasileira, Rio Branco veio do Império para se agigantar como estadista nas primeiras décadas republicanas. À frente do Itamaraty por dez anos, teve papel preponderante na resolução de problemas de fronteira e, no que concerne à intenção de consolidar uma identidade continental para o país, vislumbrou a crescente importância que teriam os EUA no cenário mundial.

Alternativas
Comentários
  • Correto. O mesmo chefiou o Ministério das Relações Exteriores,de 3 de dezembro de 1902 até sua morte,em 1912.Naturalmente se o Rio Branco não havia vislumbrado anteriormente,ainda no Império ou primeiros anos do Brasil Republicano,a "crescente importância que teriam os EUA no cenário mundial",na Questão do Acre, quando a Bolívia tentava arrendar uma parte do seu território a um consórcio empresarial anglo-americano,o mesmo teve provas suficientes de que aquele seria um fato que dominaria o cenário da política internacional do século XX.
  • Gabarito Certo Barão de Rio Branco, ajudou na questão do Território do Acre - 1903 O atual estado do Acre era reivindicado por Brasil e Bolívia. Vários brasileiros estavam na região trabalhando nos seringais quando a Bolívia arrenda as terras a uma companhia americana. Diante das insurreições e revoltas, o governo brasileiro decide intervir. O barão do Rio Branco alega o princípio do “uti possidetis” que define que o território é de quem o ocupava.

ID
86902
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com o advento da República, a política externa
brasileira voltou-se para uma deliberada aproximação com
os EUA, país que reconhecera, quase que de imediato, o
novo regime político do Brasil. Isso não significou que
houvessem sido abandonadas as ligações com a Europa,
especialmente com a Grã-Bretanha, marca registrada das
relações exteriores durante o Império. Mas articulavam-se,
com o barão do Rio Branco à frente do ministério, as novas
bases de uma identidade continental, que garantiria um
alinhamento do Brasil com os EUA, mantido, apenas com
pequenas alterações, até o presente.

Maria Lígia Prado. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX.
In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000)
- a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 326 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando
a inserção internacional do Brasil ao longo do período
republicano, julgue os itens subseqüentes.

Entre os momentos em que "o alinhamento do Brasil com os EUA" - mantido, segundo o texto, ao longo do período republicano - sofreu algum tipo de constrangimento, pode-se citar a fase da Política Externa Independente. Lançada na primeira metade dos anos 60 do século passado, ela refletia os anseios de se praticar um ponto de vista internacional a partir dos interesses nacionais em um rico e complexo contexto histórico, no qual se destacavam, entre outros marcantes acontecimentos, os impactos da Revolução Cubana e a emergência das novas nações africanas.

Alternativas
Comentários
  • Lembrar que nessa época, o então presidente Janio Quadros, reestebelaceu relações com a União Soviética, mandou Jango (seu vice) para a china (não sei pra que, rs) e ainda deu uma medalha de honra para Chê na revolução cubana. Isso tudo tinha o proposito de mostrar para o mundo e principalmente para os EUA que o Brasil era um pais com uma Politica Externa Independente.

    Bons estudos!
  • Foi o Jango quem restabeleceu relações diplomáticas c/ a URSS em 1961, Janio iniciou as negociações, mas ñ deu tempo

    lembrando que JK já tinha restabelecido relações comerciais em 1958


ID
86905
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com o advento da República, a política externa
brasileira voltou-se para uma deliberada aproximação com
os EUA, país que reconhecera, quase que de imediato, o
novo regime político do Brasil. Isso não significou que
houvessem sido abandonadas as ligações com a Europa,
especialmente com a Grã-Bretanha, marca registrada das
relações exteriores durante o Império. Mas articulavam-se,
com o barão do Rio Branco à frente do ministério, as novas
bases de uma identidade continental, que garantiria um
alinhamento do Brasil com os EUA, mantido, apenas com
pequenas alterações, até o presente.

Maria Lígia Prado. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX.
In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000)
- a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 326 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando
a inserção internacional do Brasil ao longo do período
republicano, julgue os itens subseqüentes.

Malgrado suas indisfarçáveis similitudes e de terem convivido no mesmo contexto histórico, o justicialismo peronista e o trabalhismo getulista não conseguiram se aproximar, quer em termos de propostas de ação, quer pela atuação conjunta propriamente dita. Mais que mera possibilidade, é provável que esse desencontro tenha sido motivado pelo histórico contencioso entre Argentina e Brasil, que tiveram nas disputas pela hegemonia na região platina, no século XIX, seu elemento definidor.

Alternativas
Comentários
  • A questão mistura tudo e induz ao erro. Na realidade, justicialismo e trabalhismo se aproximaram e muito. Ambos foram projetos reformistas, voltados a atender os desígnos do operariado. Os dois implementaram normas que até hoje garantem os direitos dos trabalhadores. Apesar desta semelhança programática, os dois líderes Vargas e Perón mantiveram relações consideradas "frias" durante o período em que estiveram no poder. Assertiva errada.

  • A aproximação não se deu em razão de conjuntura interna instável em ambos países.

  • Na verdade houve melhora nas relações. Inclusive aconteceu uma vista de Augustin Justo no Brasil em 1933.
  • Questão bastante inteligente. De fato, sendo Perón e Vargas contemporâneos, o que teria acontecido - ou não acontecido - que os não tenha aproximado, os tenha distanciado, ou nenhuma coisa ou outra? Parece que é uma pergunta que já fizeram no passado, e que daria um estudo interessanrte. 

    http://noblat.oglobo.globo.com/cronicas/noticia/2015/05/peron-peron-getulio-getulio.html

     

  • Essa questão está com o gabarito errado. De fato, o justicialismo peronista e o trabalhismo getulista não conseguiram se aproximar, quer em termos de propostas de ação, quer pela atuação conjunta propriamente dita. Não achei nenhuma fonte que pudesse indicar essa suposta aproximação. Indicada para comentário.

  • Erro:  quer em termos de propostas de ação

    Em 1953, houve a proposta do Pacto ABC.

  • Malgrado suas indisfarçáveis similitudes e de terem convivido no mesmo contexto histórico (correto)

    o justicialismo peronista e o trabalhismo getulista não conseguiram se aproximar (correto)

    quer em termos de propostas de ação, quer pela atuação conjunta propriamente dita (parcialmente correto - apesar das proximidades ideológicas entre Vargas e Peron, não houve aproximação política entre eles.

    • Peron propôs a edição de um Pacto ABC na área econômica, que resultaria em uma espécie de união aduaneira entre os 3 países, mas foi negado por Vargas
    • Em 1954, uma das maiores crises do governo Vargas foi a demissão do chanceler Neves da Fontoura, que denunciou um susposto plano de envio de armas ao Brasil para criar uma "república sindicalista", com apoio de Peron.
    • Porém as duas doutrinas eram próximas no plano ideológico, previam uma certa "terceira via" entre capitalismo e socialismo com o corporativismo.

    Mais que mera possibilidade, é provável que esse desencontro tenha sido motivado pelo histórico contencioso entre Argentina e Brasil, que tiveram nas disputas pela hegemonia na região platina, no século XIX, seu elemento definidor. Errado. A relação com a Argentin já vinha melhorando desde o início do século, com a visita de Júlio Roca em 1898. É um momento de "instabilidade conjuntural, com busca de cooperação e momentos de rivalidade".

    https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/CrisePolitica/PactoABC


ID
86908
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com o advento da República, a política externa
brasileira voltou-se para uma deliberada aproximação com
os EUA, país que reconhecera, quase que de imediato, o
novo regime político do Brasil. Isso não significou que
houvessem sido abandonadas as ligações com a Europa,
especialmente com a Grã-Bretanha, marca registrada das
relações exteriores durante o Império. Mas articulavam-se,
com o barão do Rio Branco à frente do ministério, as novas
bases de uma identidade continental, que garantiria um
alinhamento do Brasil com os EUA, mantido, apenas com
pequenas alterações, até o presente.

Maria Lígia Prado. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX.
In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000)
- a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 326 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando
a inserção internacional do Brasil ao longo do período
republicano, julgue os itens subseqüentes.

Enquanto os primeiros governos do regime militar instaurado em 1964 faziam nítida opção pelo alinhamento com Washington, na provável busca de um relacionamento especial e privilegiado com a grande potência ocidental, sob Geisel o regime reorienta a ação diplomática do Brasil. Esgrimindo um pragmatismo responsável, o Brasil aproxima-se de outros importantes centros capitalistas - de que decorre, por exemplo, o acordo nuclear com a Alemanha - e implementa significativa política para o continente africano - que teria no rápido reconhecimento de Angola uma de suas cargas mais simbólicas.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA.

    Além disso Geisel realizou as seguintes ações que corroboram com o pragmatismo responsável e neopolítica para o continente africano.
    • 1) Elevação das embaixadas no Zaire, Costa do Marfim, Quênia. 
    • 2) Reconhecimento da independência da ex-colônia portuguesa Guiné-Bissau.
    • 3) Acordo comercial Brasil-URSS e compra de 5 turbinas para a hidroelétrica de Sobradinho.
    • 4) Brasil se torna o 1º país a reconhecer a independênciade Angola
    • 5) Brasil reconhece a independência de Moçambique.
    • 6) Brasil cancela acordo militar com EUA firmado em 1952.
  • O estranho dessa questão é ter afirmado "os primeiros governos do regime militar instaurado em 1964 faziam nítida opção pelo alinhamento com Washington". O PRIMEIRO foi alinhado, mas só o primeiro, o de Castello Branco. Já Costa e Silva, o SEGUNDO, não foi. Por isso estranhei. A expressão "os primeiros" inclui Costa e Silva, o que, na minha modesta opinião, invalida a questão. 
  • Questão duvidosa:

    Clodoaldo Boeno e Amado Cervo em "história da política exterior do Brasil" argumentam que:

    "Desde Costa e Silva tinha-se consciência de que o alinhamento, a aliança, as relações especiais não podiam constituir uma prioridade, porquanto os interesses nacionais produziam atritos que colocavam em risco o entendimento bilateral".

    Alguém tem alguma fonte que corrobora a visão da banca?

  • Plural duvidoso. Castelo Branco foi um "passo fora da cadência" 

  • A partir de Costa e Silva, que recupera alguns princípios da PEI, acaba o alinhamento "automático" aos EUA do governo Castelo Branco. Essa questão está incorreta e esse gabarito deveria ser mudado.


ID
86911
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com o advento da República, a política externa
brasileira voltou-se para uma deliberada aproximação com
os EUA, país que reconhecera, quase que de imediato, o
novo regime político do Brasil. Isso não significou que
houvessem sido abandonadas as ligações com a Europa,
especialmente com a Grã-Bretanha, marca registrada das
relações exteriores durante o Império. Mas articulavam-se,
com o barão do Rio Branco à frente do ministério, as novas
bases de uma identidade continental, que garantiria um
alinhamento do Brasil com os EUA, mantido, apenas com
pequenas alterações, até o presente.

Maria Lígia Prado. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX.
In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000)
- a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 326 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando
a inserção internacional do Brasil ao longo do período
republicano, julgue os itens subseqüentes.

A forma efusiva como o presidente Fernando Henrique Cardoso foi recebido por George W. Bush demonstra que, a despeito da impressão insatisfatória deixada na Casa Branca à maneira pela qual o Brasil reagiu aos ataques terroristas do 11 de setembro de 2001, propondo prudência e cautela na reação norte-americana e se recusando a apoiar atitudes sustentadas por uma visão maniqueísta do mundo, a política internacional é conduzida por princípios conceituais, de modo que as divergências tendem a ser superadas.

Alternativas
Comentários
  • Política Internacional não é marcada pelos princípios conceituais, mas pelo pragmatismo!

    Vide caso do Império Russo, integrante da Sta. Aliança e contrário às insurreições nacionalistas. Ainda assim, apoia luta da Grécia pela independência, uma vez que tinha interesse no enfraquecimento do Imperio Otomano.
  • Resposta: ERRADO

    1) Segundo a revista Veja: "George H. W. Bush foi um presidente bastante neutro em relação ao Brasil, com o qual não estabeleceu nenhuma relação especial. Até porque seu foco estava longe daqui, no Oriente Médio. No passado recente, a maior aproximação se deu mesmo entre Bill Clinton e FHC, a quem o marido de Hillary admirava pelo lastro intelectual. " Em: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/presidentes-americanos-brasil/diplomacia-governo-obama-bush-clinton.shtml

    2) Para Luiz Alberto Moniz Bandeira: "Após os atentados terroristas que destruíram as torres gêmea do WTC e de parte do Pentágono, com mais de 3.000 mortos, Fernando Henrique Cardoso, na mesma manhã de 11 de setembro, telefonou para Bush, a fim de emprestar-lhe integral solidariedade, e Celso Lafer tomou a iniciativa de convocar uma reunião do Órgão de Consulta da OEA, invocando o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), conhecido como Tratado do Rio de Janeiro, alegando que “a excepcional gravidade dos ataques e a discussão de seus desdobramentos” justificavam o recurso ao mecanismo de segurança coletiva do hemisfério. Três dias depois, declarou que o Brasil poderia participar da guerra, se viesse a ocorrer, apoiando uma ação militar dos Estados Unidos, desde que o grupo terrorista que atacou as torres do World Trade Center e o Pentágono fossem identificados. E, durante a XXIV Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos, em 21 de setembro, afirmou que “as mais de cinco décadas decorridas desde a assinatura do TIAR não lhe retiram a validade”. Em: http://www.espacoacademico.com.br/049/49bandeira.htm

    Baseando-se nesses dois excertos, pode-se concluir:

    a) O presidente Bush não tinha um relacionamento caloroso com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

    b) O Brasil solidarizou-se com os EUA no episódio do ataque terrorista às Torres Gêmeas invocando o TIAR e manifestando desejo de enviar tropas para participar da guerra, e não "propondo prudência e cautela na reação norte-americana e se recusando a apoiar atitudes sustentadas por uma visão maniqueísta do mundo", conforme o enunciado da questão.

    Além disso, a afirmação de que "a política internacional é conduzida por princípios conceituais" é destituída de veracidade, conforme o comentário anterior de Francisco de Barros Vilela.


  • CASCA DE BANANA: "A forma efusiva..."

    +

    BATATA PODRE: "a política internacional é conduzida por princípios conceituais"
  • Bons tempos em que os estudantes do QConcursos achavam que "princípios conceituais" (leia-se "ideologias") não coadunavam com a PEB.

  • Errado

    Brasil se solidarizou de forma imediata com os EUA e sugeriu o acionamento do TIAR como solidariedade


ID
88120
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A aproximação Brasil-Argentina, a partir de 1985-86, teve, entre outras, a seguinte motivação:

O interesse puramente econômico, sobretudo da liberalização comercial.

Alternativas
Comentários
  • O leitmotiv inicial era político e não econômico. Uma reclamação feita por José Sarney é o foco excessivamente econômico, segundo ele, dado ao bloco. Para o ex-presidente, aliás, essa é a causa do processo MERCOSUL não avançar mais rápido e de maneira mais assertiva.

    Amado Cervo enfatiza o fato de o processo sul-americano de integração se iniciar pela integração política e geopolítica em vez da econômica (diferentemente da UE) - vide "HPEB", pág. 514.