A elaboração do texto radiofônico requer, por conseqüência, o uso de um estilo próprio oral-auditivo, conseguido a partir de características específicas, no que se refere às condições de: tempo, dinâmica, melodia, sons complementares, voz, articulação e linguagem, segundo Munõz & Gil (1990, p.57):
a) tempo: refere-se à velocidade da fala. Os textos devem apresentar, em média, de seis a oito linhas, de 65 toques datilografados, com períodos de duas linhas e meia, para serem considerados "enxutos";
b) dinâmica: diz respeito à ênfase da frase, quer dizer, aos elementos estilísticos concernentes às pausas, às alternações rítmicas etc. Embora a notícia (gênero básico da informação) requeira uma redação despersonalizada, o comunicador pode se valer de recursos supra-segmentais estilísticos para transmiti-la com clareza e expressividade;
c) melodia: caracteriza-se pela seleção de palavras eufônicas. A construção adequada do texto, em termos de seleção de palavras, é indispensável, de preferência usa-se a forma singular e conjuntos que soem harmonicamente, evitando-se cacofonias do tipo: "por cada", "buscar alho", "uma mão". Enfim, também é fundamental saber quando usar palavra forte, doce, musical ou emocional;
d) sons complementares: consistem em determinados recursos que não se configuram como entrevista, isto é, são os do tipo: declarações e testemunhos que só ampliam dados;
e) voz humana, por ser rica de inflexões e persuasiva, é capaz de conduzir qualquer tipo de mensagem; no uso da voz, a articulação deve contemplar a clareza, o volume de voz e a intensidade no volume de voz. A forma de falar (dicção, locução) e escrever (seleção de palavras, colocação das frases) constituem o estilo, que revela características, tendências e personalidade de quem fala;
f) linguagem do comunicador, seja qual for o estilo, deve, segundo Porchat (1989, p.100), atentar para uma formação adequada do texto radiofônico
GABARITO: ERRADO